P E D R O F E R R E I R A | PORTFÓLIO
PEDRO FERREIRA TRABALHOS SELECIONADOS 2009|2014
Índice
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página 04
página 08
página 16
Pedro Ferreira
Ninho Invertido
CIALO
Perfil
Projecto académico
Projecto académico
Sobre mim e CV
2009
2011
página 26
página 34
página 50
Casa em Marin
EISAC
Casa na Teima
Projecto académico
Projecto académico
Projecto profissional
2011
2013
2014
página 64
página 74
página 80
GreenContainer
Muzzle
Documentos
Construção
Fabricação
Diploma e recomendações
2010-2015
2013-2014
2014
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PEDRO FERREIRA PORTFÓLIO
Sobre mim
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Pedro Ferreira Nasci nas Caldas da Rainha em Novembro de 1989. Quando era pequeno, passava as tardes a brincar com legos construíndo com eles pequenas casas ou castelos. Também me interessava pelo desenho, tendo como referência o meu pai que sempre gostou de pintar nas horas livres. Creio que estes dois gostos, aliados a um espírito crítico e a uma enorme curiosidade, encaminharam-me naturalmente para a arquitectura. Tendo frequentado a Escola Rafael Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, o campo artístico, que já então não me era indiferente, enraizou-se. Mais tarde, em 2007, comecei os meus estudos arquitectónicos na Faculdade de Arquitectura de Lisboa (FAUL). No terceiro ano trabalhei no CIAUD (Centro de Investigação de Arquitectura, Urbanismo e Design) sob coordenação do Doutor Arquitecto Jorge Cruz Pinto, onde participei em vários concursos de arquitectura. Comecei o mestrado em Itália, tendo frequentado a Scuola di Archittetura Civile del Politecnico di Milano. Tive acesso a uma forma bastante diferente de ensino, a uma nova cultura e a novas pessoas que me proporcionaram um crescimento tanto a nível profissional como pessoal. Em 2013 terminei a tese de mestrado onde investiguei a relação entre estratégias e conceitos bioclimáticos com a cidade consolidada sob a orientação do Doutor Arquitecto Hugo Farias e o Mestre Arquitecto Luís Calixto. Em 2014 realizei um estágio no gabinete Paratelier, em Lisboa, onde tive oportunidade de trabalhar em vários concursos e projectos de arquitectura e de design. Procuro agora pôr em prática tudo aquilo que aprendi e, acima de tudo, continuar a aprender.
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INFORMAÇÃO PESSOAL nome Pedro Guilherme Mateus Ferreira morada Rua Vítimas da Guerra Colonial, n.30 2825-420 Costa de Caparica, Portugal telefone +351 914 127 694 e-mail pferreirarq@gmail.com website www.cargocollective.com/pmferreira nacionalidade portuguesa data de nascimento 27 de Novembro de 1989 profissão arquitecto
EDUCAÇÃO datas curso entidade local
2007 - 2013 mestrado em arquitectura Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa Lisboa, Portugal
datas curso entidade local
2010 - 2011 Erasmus - mestrado em arquitectura Scuola di Architettura Civile del Politecnico di Milano Milão, Itália
datas curso entidade local
2013 curso intensivo de inglês (B2.2) Faculdade de Letras da UL Lisboa, Portugal
datas curso entidade local
2010 curso de italiano (A1) Scuola di Architettura Civile del Politecnico di Milano Milão, Itália
APTIDÕES LINGUÍSTICAS português inglês italiano espanhol
língua materna conhecimentos avançados em leitura e conversação e escrita conhecimentos médios em leitura e conversação e escrita conhecimentos básicos em leitura e conversação e escrita
APTIDÕES E COMPETÊNCIAS técnicas realização de maquetas desenho à mão imagens renderizadas software Domínio nos programas AutoCAD, Sketchup, 3D StudioMax, InDesign, Photoshop e Illustrator.
Curriculum Vitae
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EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL datas cargo entidade local
2014 arquitecto projectista PARATELIER Lisboa, Portugal
datas cargo entidade local
2010 arquitecto projectista CIAU Lisboa, Portugal
TRABALHOS E COMPETIÇÕES 2014 2014 2014 2013 2013 2013 2012 2011 2010 2010 2010 2009 2008
projecto “Casa na Teima”, Paratelier concurso de arquitectura “Water is Alive” por Ordine degli Architetti Provincia di Varese, Paratelier 1º lugar | concurso de fotografia “Lisboa num instante - detalhes” por Trienal de Arquitectura de Lisboa imagens renderizadas para o projecto “Sede Deloitte Portugal”, arquitectura de GRCA imagens renderizadas para o projecto “Hospital Privado de Saurino”, arq. de Oficina Urbana Arquitectos concurso de renders “Architectural 3D Awards” por CGarchitect 1º lugar | concurso de ideias “Arquitecturas Inúteis” por FAUL. (parceria com Arq. Tiago Póvoa) concurso “Una parada en el caminho” por Pladur (parceria com os Arq.ºs Tiago Póvoa e Diogo Frazão) concurso “A house in Luanda: Patio and Pavilion” por Trienal de Arquitectura de Lisboa, CIAUD concurso “Tokyo 2010: Fashion Museum Omotesando“ por Arquitectum, CIAUD concurso “OS-House” por Enviu, CIAUD Design gráfico para “Belém Town Houses”, arquitectura de João Paciência (parceria c/ Arq. N. Raimundo) 4º lugar | concurso “Um Lugar à Sombra” por AEFAUL
PUBLICAÇÕES 2013 Tese de mestrado “Arquitectura bioclimática na cidade consolidada: aplicação de boas práticas construtívas na intervenção do Hospital Santo António dos Capuchos para Escola Informal”, FAUL, Abril 2011 Artigo “Arte Urbana: entre sociedade e arquitectura, revista digital ENTREmais, Junho 2011 Artigo “Sustentabilidade?”, revista digital ENTREmais, Maio 2009 Projecto “Queda de água” em “A casa das três portquinhas: Uma pedagogia experimental sobre forma, materialidade, técnica, valores de uso e lugar”, colecção Praxis/didática, CEFAUL, Fevereiro
ACTIVIDADES 2014 voluntário na 26ª Festa de Natal das pessoas sem abrigo organizada pela Comunidade Vida e Paz 2013 voluntário na 25ª Festa de Natal das pessoas sem abrigo organizada pela Comunidade Vida e Paz 2013 monitor da iniciativa “Verão na Técnica” promovido pela Universidade de Lisboa, FAUL
INTERESSES E CARACTERÍSTICAS PESSOAIS Gosto de realizar trabalhos manuais, desenhar, tocar guitarra, viajar, fazer teatro, ir ao cinema e ler. Sou competente, responsável, dinâmico, profissional, curioso, trabalhador, team player e estou ansioso por conhecer o mundo.
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NINHO INVERTIDO Praça D. Pedro IV, Lisboa, Portugal Espaço expositivo 2009 O presente projecto tratou-se de um pequeno exercício livre, sem restrições nem condicionantes. Como não foi dado um local de intervenção foi adoptada a estratégia de desenvolver um projecto efémero, adaptável a várias escalas, contextos e programas. Denominado Ninho Invertido, trata-se de um projecto que usa como elemento matricial um módulo de forma “L”. A conjugação e sobreposição deste módulo permite a criação de diferentes ambientes principalmente através da maior ou menor filtragem do exterior. Dependendo da escala foi pensado como banco, muro, abrigo, espaço de reflexão, espaço de exposição, etc.. É demonstrada uma hipótese de aplicação do projecto nas páginas seguintes. O local de implantação é a Praça D. Pedro IV, em Lisboa, Portugal. Próximo ao seu centro, tirando proveito do desenho da calçada existente, está implantado o volume principal: um espaço semi-encerrado que funciona como área expositiva. Depois, dispersos de uma forma concêntrica ao volume supracitado, estão outros, de menores dimensões, geradores de micro-espaços, que as pessoas podem usufruir.
Palavras-chave: Efémero, Módulo, Adaptabilidade e Ninho.
Ninho Invertido maquete conceptual
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Ninho Invertido fotografia aĂŠrea | conceito
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Ninho Invertido planta de implantação | planta e corte longitudinal
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Ninho Invertido ambiĂŞncia
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CIALO Aldeia de Arelho, Óbidos, Portugal Centro de Interpretação Ambiental 2011 O Centro de Interpretação Ambiental da Lagoa de Óbidos resolve uma lacuna de equipamento presente no concelho em causa. O local escolhido para o projecto foi a Aldeia do Arelho. Tentou-se com este exercício, para além de resolver as problemáticas inerentes à escala arquitectónica do edifício, solucionar, ou pelo menos mitigar, os maiores problemas urbanos deste aglomerado. Escala urbana O lote escolhido para a implantação do CIALO comunica com dois Largos. O projecto do Centro permite atribuir funções de carácter público a estes dois Largos e, ao mesmo tempo, redefine os seus limites. Foi ainda proposto um maior equilíbrio entre as áreas rodoviárias e pedonais da envolvente próxima. Escala arquitectónica Este projecto procura estabelecer uma relação entre o passado e o presente. Paramentos e muros arruinados, de materiais pétreos e cerâmicos, assim como a antiga eira, são elementos preexistentes que definem linhas orientadoras para o desenho do edifício e são incorporados no mesmo. Procurou-se uma linguagem arquitectónica subtil que conferisse aos elementos acima referidos o destaque merecido. Pelo exterior, trata-se de um volume horizontal pontuado por três torres que se distiguem pela sua verticalidade, pelo seu programa e pelo seu revestimento lenhoso, material pouco utilizado no contexto próximo.
Palavras-chave: Rural, Ruína e Reabilitação.
CIALO maquete de estudo
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Ninho Invertido fotografia a茅rea | conceito
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Mem贸ria
Horizonalidade
Verticalidade
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CIALO planta de implantação | planta do piso térreo
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CIALO alçados poente e sul | axonometria explodida
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Piso 2 Gabinetes Instalações sanitárias Auditório Sala de exposição
Eira
Piso 1 Laboratório de análise Instalações Sanitárias Camarim Cafetaria Auditório Átrio e Loja Sala de exposições
Largo do Forno
Largo do Forno
Piso 0 Cafetaria Instalações sanitárias Largo do Jogo
Largo do Jogo
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CIALO corte construtĂvo
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CASA EM MARIN Condado de Marin, Califórnia, EUA Habitação e atelier 2011 A Casa em Marin surgiu de um exercício académico em que era exigido o desenho de uma residência para um artista enaltecendo aspectos e características da sua obra. Esta casa foi desenhada para o artista Artur Rosa. Na concepção da habitação o cubo foi usado como módulo, dada a sua rigorosa geometria assim como a sua versatilidade. Utilizando gestos geométricos simples, como a repetição, a translacção, a rotação e ainda a transformação, operações comuns na obra de Artur Rosa, tornou-se possível a criação de diferentes espaços interiores com uma maior ou menor exposição ao exterior. No interior, foi utilizada uma variedade limitada de materiais de modo a dar um maior destaque à volumetria espacial. Tal como nos trabalhos de Artur Rosa, foi procurada a indução do movimento, sendo este conceito mais evidente no exterior da habitação. A casca exterior sofre ainda uma metamorfose entre o opaco e o transparente tendo sido utilizados para tal o aço corten, a madeira e o vidro. Como foi dada a oportunidade de escolher o local para a implantação do projecto optou-se pelo Mount Tamalpais State Park, na Califórnia, EUA, mais precisamente, numa encosta com vegetação rasteira e numa paisagem natural e orgânica que destaca a casa e suscita a ideia de “mineral sobre o solo”.
Palavras-chave: Artur Rosa, Cubo, Modular e Dinamismo.
Casa em Marin maquete conceptual
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Casa em Marin fotografia aĂŠrea | conceito
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Casa em Marin planta de coberturas | alรงado nordeste e corte longitudinal
M1 - Entrada e Sala
M2 - Cozinha, IS e Arrumos M3 - Espaรงo de leitura, Biblioteca e Arrumos
M4 - Espaรงo de trabalho e IS
M5 - Espaรงo de trabalho
M6 - Quarto M7 - Varanda
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Casa em Marin ambiĂŞncia
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E. I. Santo António dos Capuchos Colina de Santana, Lisboa, Portugal Equipamento de ensino 2013 Enquadramento Em 2011 foi aprovada, pelo governo português, a construção do Hospital de Todos-os-Santos em Chelas, Lisboa. Com a sua edificação, cinco equipamentos hospitalares localizados na Colina de Sant’Ana, dentro dos quais o Hospital Santo António dos Capuchos, alvo deste projecto, serão para lá transferidos resultando na desactivação e desafectação dos complexos existentes. Posto isto, o futuro da Colina fica comprometido dado que são precisamente estes equipamentos hospitalares os principais responsáveis pelas deslocações diárias da população a esta parte da cidade motivando o comércio e os serviços locais. Acrescenta-se ainda o risco de negligência do património existente, onde se inserem estruturas conventuais, estruturas hospitalares, azulejaria, e um espólio de medicina único no panorama nacional. Foi esta problemática que desencadeou a realização deste projecto.
Palavras-chave: Reabilitação, Acrópole, Convento Santo António dos Capuchos e Embasamento
Escola Informal Santo Ant贸nio dos Capuchos maquete de contexto
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1785 por Franc D. Milient
1831 por Duarte José Fava
1850 por Filipe Folque
1911 por Silva Pinto
Escola Informal Santo António dos Capuchos fotografia aérea, mapas cartográficos | conceito
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Enquadramento Histórico
Estratégia
“Foi colocada, a 15 de Fevereiro de 1570, a primeira pedra para a fundação do Convento de Santo António dos Capuchos. Este caracterizava-se pela sua Igreja, de nave única, com seis capelas laterais e uma capela-mor; pelo seu claustro, com seis colunas e cinco arcos de pedra em cada lado; pela sala do capítulo, guarnecida de painéis de azulejos; pelos dormitórios, com celas de pequenas dimensões mas com uma «larga vista» para o exterior; pelas suas grossas paredes, caiadas de branco, e pela sua cerca, de dimensões consideráveis, repleta de hortas e árvores” (ALVES, 1993).
Como os hospitais da Colina de Sant’Ana são os principais responsáveis pelas deslocações diárias realizadas a esta parte da cidade, pretendeu-se que a implementação da estratégia programática a estabelecer no complexo conseguisse também atrair um vasto número de pessoas ao local. Para tal desenvolveu-se um programa multifuncional assente num equipamento âncora: a Escola Informal Santo António dos Capuchos que ocupa, entre outros, o edifício conventual. Aliado a este equipamento estão outros usos, nomeadamente, um ginásio, uma piscina, um restaurante e uma pousada que, embora tenham sido concebidos para funcionar autonomamente, são um complemento da Escola.
Em 1755, os efeitos do grande terramoto fizeram-se sentir no Convento Santo António dos Capuchos e levaram à realização de obras de restauro. Oito décadas mais tarde, após dois anos de abandono na sequência da expulsão das ordens religiosas de 1834, o Convento é transformado no Asilo da Mendicidade de D. Maria II. Com o aumento da procura, as instalações existentes rapidamente se tornaram exíguas. “Novas obras alteraram a forma e conteúdo do convento, em conformidade com outras premências e objectivos estruturais” (ALVES, 1993). Em 1928 dá-se o encerramento do estabelecimento asilar. No mesmo ano, é criado o Hospital Santo António dos Capuchos. Novos pavilhões e anexos foram, desde então, construídos. Porém, tal crescimento, embora tenha sido realizado para dar resposta às necessidades da população, foi executado sem a sensibilidade merecida, negligenciando a estrutura do edificado preexistente. Exemplos desta negligência podem ser hoje verificados na ausência de uma estratégia para os espaços exteriores, na fraca hierarquia entre os edifícios, na descaracterização do edifício conventual, etc., problemas estes que foram alvo de estudo e atenção durante a definição da estratégia.
Tendo em conta as intervenções realizadas durante os usos asilar e hospitalar, tornou-se necessário, em primeiro lugar, clarificar os volumes e hierarquizar os espaços exteriores. A localização do complexo foi um ponto preponderante neste processo dado que, por estar implantado no cimo da Colina de Sant’Ana é, simultaneamente, um ponto de vista privilegiado sobre a cidade e uma parte integrante da paisagem da Colina. Por este motivo, foi adoptada a metáfora da acrópole como conceito do projecto. Todos os edifícios e estruturas que impediam o contacto visual entre o convento e a cidade foram substituídos por um volume baixo e longo. Este, para além de incorporar todo o programa da escola que exige espaços de maior dimensão (auditório, espaços expositivos, salas de aulas práticas, etc.), serve ainda dois grandes propósitos: funciona visualmente como um embasamento onde o edifício conventual assenta (relação da cidade com a colina) e como uma praça mirante (relação da colina com a cidade). Foi também desenhado, numa cota inferior, um jardim, que procura estabelecer a articulação entre a cidade e o complexo e, ao mesmo tempo, retomar a memória da vida monástica onde os pomares, as hortas e o jardim desempenhavam um papel significativo.
Escola Informal Santo Ant贸nio dos Capuchos planta de coberturas
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Escola Informal Santo Ant贸nio dos Capuchos planta piso t茅rreo | planta piso 1
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ITUDINAL
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ALÇADO SUL
CORTE LONGITUDINAL
ALÇADO SUL
Escola Informal Santo António dos Capuchos alçado sul, alçado poente e corte longitudinal
ALÇADO POENTE
CORTE LONGITUDINAL
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ALÇADO SUL
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Escola Informal Santo Ant贸nio dos Capuchos corte construt铆vo
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Estratégias bioclimáticas passivas e activas Houve uma especial atenção no desenho da EISAC, tal como no restante complexo, de forma a incentivar um maior equilíbrio energético-ambiental do equipamento durante todo o seu ciclo de vida, onde se destacam: - a maximização da insolação através da redução das sobras projectadas nas fachadas do convento; - a criação de pátios de modo a assegurar uma iluminação e uma ventilação natural nos espaços interiores; - a organização espacial segundo o percurso solar; - a preferência por materiais com baixo impacto ecológico; - o processamento de entulho da fase de demolição para enchimento de camadas de terraplanagem; - a utilização de acabamentos claros no interior de modo a incentivar uma distribuição mais uniforme da luz; - a utilização de acabamentos claros no exterior de modo a evitar o sobreaquecimento dos espaços interiores durante o Verão; - a presença de corpos de água no claustro e no pátio da escola;
- a opção por materiais com elevada inércia térmica nas paredes e tectos de modo a reduzir a variação térmica dos espaços; - a optimização dos ganhos solares através da utilização de paredes de armazenamento térmico na fachada Sul; - a utilização de sistemas de sombreamento nos envidraçados; - o incentivo da ventilação natural dos espaços interiores; - a ocorrência de ventilação por arrefecimento evaporativo; - a captação de águas pluviais para posterior utilização no jardim; - o tratamento de águas cinzentas para futura utilização; - o desenho de túneis de luz de modo a iluminar naturalmente a sala de exposição na antiga cisterna (espaço soterrado); - a microgeração energética através de colectores solares, painéis fotovoltaicos e aerogeradores de eixo vertical.
Escola Informal Santo António dos Capuchos esquema de estratégias bioclimáticas
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Escola Informal Santo Ant贸nio dos Capuchos maquetes de estudo
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CASA NA TEIMA Monte da Teima, Odemira, Portugal Alojamento local 2014 Este projecto localiza-se no litoral alentejano junto ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e, mais precisamente, no Monte da Teima. Este monte caracteriza-se pela sua acentuada topografia e pela situação de clareira originada pela vegetação envolvente. O projecto teve como objectivo evidenciar um centro no Monte, tirando partido das construções já então existentes. A partir destas, criam-se alinhamentos e foi desenvolvida uma proposta de zonas a edificar, eixos de comunicação e áreas a arborizar. Dado o relevo do terreno, foram definidos dois embasamentos, um para a piscina e outro para o alojamento local, que embora não contínuos, dada a sua proximidade, a sua materialidade e os seus alinhamentos se lêem como um só. O alojamento local tira partido de uma construção preexistente que, por estar num fraco estado de conservação, apenas foi possível salvaguardar as paredes de taipa do topo Nordeste. Estas paredes são incorporadas no projecto e constituem o espaço mais nobre do mesmo: entrada no edifício e sala de estar comum. Pretendeu-se preservar os traços desta zona que consistia anteriormente, na cozinha e num quarto.
A partir destas paredes nasce um novo corpo que, ao contrário do primeiro (que preserva no exterior as características da arquitectura tradicional alentejana), procura ser o mais neutro possível. Com esta solução pretendeu-se dar destaque à parte reabilitada que embora de dimensões mais diminutas exalta a atenção pelos seus materiais. O novo corpo detem as áreas técnicas e as unidades de alojamento. A relação de todo o edifício com o exterior dá-se a partir dos alçados Sudeste e Nordeste. É com o primeiro que esta relação é mais evidente, existindo inclusivamente um alpendre que funciona como elemento de transição exterior-interior e que proporciona, ao mesmo tempo, um espaço de permanência ao ar livre. A variedade de materiais utilizados no projecto é limitada por uma lado porque os espaços são pequenos e, por outro lado, porque se pretende evidenciar as linhas puras dos mesmos. Em termos concretos, os pavimentos das zonas nobres são de madeira enquanto os das zonas técnicas são de betonilha afagada. Os paramentos são caiados ou rebocados e pintados de branco baço. Por fim existe um elemento de madeira presente em todo o projecto que constitui um eixo longitudinal: a parede central. Esta relaciona-se com quase todas as divisões do alojamento e serve de apoio ou de acesso a elas.
Palavras-chave: Teima, Clareira, Núcleo e Taipa.
Casa na Teima fotografia local
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Casa na Teima fotografia aĂŠrea | conceito
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Casa na Teima planta de implantação e perfil
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Casa na Teima planta de coberturas e alรงado sudeste
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Casa na Teima planta piso tĂŠrreo e corte longitudinal
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Casa na Teima corte construtĂvo
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Casa na Teima maquetes de estudo
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GREENCONTAINER Parque Fiartil, Estoril, Portugal Espaço polivamente 2014 O Greencontainer trata-se dum projecto de recuperação de um antigo contentor de mercadoria. Serviu, numa primeira fase, para acolher várias actividades do festival Greenfest (que consiste no maior evento de sustentabilidade de Portugal), e depois, numa segunda fase, como um pequeno espaço de trabalho. Para que isto fosse possível houve o cuidado de desenvolver um projecto versátil e polivalente, facilmente adaptável a diferentes usos e a diferentes pessoas. A solução desenvolvida consistiu no revestimento interior das paredes do contentor com painéis OSB perfurados, de modo a permitir a fixação de varas de madeira. Foram produzidas varas com diferentes comprimentos e espessuras de modo a aumentar as possibilidades de apropriação do espaço definindo cabides, prateleiras, puxadores, apoios, entre outros. As preocupações ambientais foram alvo de grande atenção durante o desenho do projecto, a escolha dos materiais e a sua construção. Como resultado, foram criadas novas aberturas no contentar, permitindo uma maior exposição solar e uma eficiente ventilação natural; foram recuperados os painéis de MDF do pavimento; os materiais utilizados nas paredes e no tecto são naturais e ecológicos; optou-se por uma construção a seco sem argamassas nem colas; é possível desmontar todos os elementos de modo a serem utilizados noutro local; isolou-se térmica e acusticamente com placas mistas de aglomerado negro de cortiça e de fibras de coco, etc.. A minha participação neste projecto consistiu na recuperação do contentor onde tive oportunidade de ver de perto a passagem de um projecto no papel para a realidade.
Palavras-chave: Contentor, Sustentabilidade e Polivalência.
Greencontainer fotografia
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Greencontainer fotografia aérea | conceito
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ESTRUTURA barrotes de madeira
ISOLAMENTO cortiça e fibra de coco
REVESTIMENTO placas OSB perfuradas
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Greencontainer corte longitudinal e planta
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Greencontainer fotografias
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Greencontainer fotografia
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MUZZLE Mobiliário infantil 2010
O projecto Muzzle® nasce da colaboração do gabinete Paratelier com o Designer Miguel Lopes. Trata-se de uma linha de mobiliário infantil que tem como conceito o jogo de puzzle: várias peças, ao serem montados de uma forma específica, dão origem ao produto final. Sem necessidade de colas, parafusos ou pregos, o sistema de fixação baseia-se em encaixes e peças-chave que estabilizam os móveis. Por ser tão simples pretende-se que as crianças se envolvam na sua montagem. O material utilizado varia entre placas de Doka, de Valchromat e de OSB, que são derivados de madeira e 100% recicláveis. Cada um deles proporcionando um carácter diferente à peça, ora mais industrial, infantil ou rústico, adequando-se a cada pessoa e diversificando o seu uso.
A produção é realizada por via de um sistema de corte a laser dada a rapidez, a praticabilidade e a facilidade de adaptação aos diferentes materiais. O acabamento consiste numa camada de cera de abelha ou de óleo de linhaça, ambos produtos naturais. A linha Muzzle é constituída hodiernamente por bancos, mesas, escadotes, bengaleiros, berços e camas. A minha participação neste projecto baseou-se na fabricação de vários móveis da linha tendo participado nas suas diferentes fases. Esta experiência permitiu-me ter um contacto próximo com um projecto à “escala da mão” de carácter profissional.
Palavras-chave: Puzzle, Encaixe e Interacção.
Muzzle fotografia
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Muzzle fotografia | conceito
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Muzzle fotografia
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Documentação diploma final de curso | carta de recomendação
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RUA SÃO MAMEDE 8a 1100-534 LISBOA / PORTUGAL www.paratelier.com
ASSUNTO
DECLARAÇÃO Pedro Ferreira colaborou com Paratelier no período compreendido entre 10 de fevereiro 2014 a 21 de novembro 2014 em regime de estagio para admissão à ordem dos arquitectos. Durante este período Pedro trabalhou a tempo inteiro como membro da equipa do atelier desenvolvendo projectos de tipologias e escalas variadas, desde a fase de elaboração conceptual e produção de maquetas, até ao projecto de execução, com consequente sua pormenorização. O Pedro é um arquitecto hábil, com grande capacidade de trabalhar em equipa e individualmente, e capaz de assumir diferentes competências. Demonstrou ser responsável, independentemente da tarefa que lhe era atribuída, rigoroso e criativo na descoberta de solução para qualquer problema apresentado. Esse conjunto de qualidades ficaram evidentes no trabalho no qual o Pedro Ferreira trabalhou mais exaustivamente, nomeadamente o projecto de moradia com piscina e projecto de paisagem para a herdade Monte da Teima, em Odemira onde revelou capacidades excepcionais de investigação, organização, pragmatismo, bem como capacidades técnicas tanto na elaboração gráfica como na realização de maquetas e modelos tridimensionais. O papel desenvolvido na realização do Green Containeir - modelo de construção sustentável no âmbito do Green Fest 2014, reforçou o conhecimento pratico do Pedro em relação as técnicas construtivas e aplicação dos materiais. O Pedro Ferreira, com o próprio trabalho realizado durante este período, tem sido um grande contributo para o atelier e portanto recomendo-o vivamente. Lisboa, 10 fevreiro 2015
Monica Ravazzolo - fundador do Paratelier
“A mais sólida e consistente função de sempre da arquitetura é a construção dos lugares de relação dos homens uns com os outros, com a natureza, com os outros seres e as coisas. E onde espaço, tempo e movimento não são dados como conceitos absolutos.”
MANUEL TAINHA