Portefólio Arquitectura/Design Pedro Mota

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Pedro Mota

Arquitectura/Design

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Este portefólio contém uma selecção de trabalhos desenvolvidos durante a minha formação académica em Arquitectura, na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa e na Arkitektur- og designhøgskolen i Oslo, e em Design de Comunicação, na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Os elementos escolhidos mostram várias competências adquiridas para o desenvolvimento e a comunicação de projectos em diferentes escalas e áreas artísticas.


Projectos académicos 04

Equipamentos Promotores de Socialização

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Cultural Center in Lillesand

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4x4x4,5m

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Centro de Divulgação da Banda Desenhada

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reading as writing

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Oslo 2111


Equipamentos Promotores de Socialização Aplicados na Requalificação de Áreas Urbanas de Génese Ilegal

Projecto Final de Mestrado Orientador Cientifico: Professor Doutor Pedro Jorge Dias Pimenta Rodrigues Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, 2013

Repositório da UL

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O território de estudo e de projecto desenvolvido durante o Projecto Final de Mestrado teve como zona de intervenção a Área Urbana de Génese Ilegal (AUGI) situada na Quinta da Arroja, em Odivelas. A escolha deste espaço foi motivado pelo interesse nas questões intrínsecas a este tipo de território e em trabalhar de forma orientada para a resolução de problemas em contexto social concreto. O estudo deste local implicou a abordagem de temas como migração e direito à habitação, a ocupação ilegal do território e manifestações de auto-construção assim como a ambiguidade de territórios entre o rural e o urbano. Neste local identificaram-se três problemas nucleares que orientaram o programa do projecto: • descaracterização do espaço público; • falta de equipamentos públicos de proximidade; • isolamento em relação a territórios vizinhos em Odivelas. Após identificados espaços de interesse, foi proposta a definição das vias e passeios de acesso e da zona de jardim que acompanham a linha de água. Ao longo destes eixos, foram propostos equipamentos que contribuem para a definição de uma identidade reconhecível na AUGI e para moldar as vivências que aí podem ocorrer. Foi proposta a construção de um centro de fisioterapia ceriátrico, uma ludoteca e um mercado para a população da Quinta da Arroja e restante cidade de Odivelas.


ludoteca

ludoteca mercado

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20.

11. 21. 6. Recepção Centro Fisioterapia 7. Sala de espera 8. Vestiário 9. Centro de Fisioterapia 10. Pátio 11. Sala de ginástica 12. Sala de funcionários 13. Gabinete de tratamentos 14. Gabinete médico 15. Lavandaria

15.

10.

16. 17. 18. 19. 20. 21.

Recepção Centro Geriátrico Administração Sala de convívio Sala de refeições Copa Cozinha

22. Estacionamento

Piso 2 - Esc. 1:200 2.

Piso 0

3.

3.

3.

3.

1.

18.

16.

22. 2.

6.

12.

Centro de Fisioterapia Geriátrico Corte Transversal

Piso 1

Corte traversal - Esc. 1:200

Piso -1

Arquitectura

Candidato: Pedro Luís Deodato Ribeiro Mota Orientador Cientifico: Professor Doutor Pedro Jorge Dias Pimenta Rodrigues

Faculdade de Arquitectura - Universidade de Lisboa

Novembro 2013

14. 13. 13.

12.

6.

I.S. 11.

I.S. 7. 86.40

10.

8.

15.

8. 9.

Planta piso de recepção

Piso 0

22.

6

Piso -1

Projecto Final de Mestrado Integrado em Arquitectura

Candidato: Pedro Luís Deodato Ribeiro Mota Orientador Cientifico: Professor Doutor Pedro Jorge


Ludoteca Corte Transversal

Planta piso 0


Os mercados são equipamentos de especial relevo nas cidades devido à importância da sua função de abastecimento da população, associado ao seu valor histórico e simbólico de elemento destinado à troca de bens e reunião da população. Um mercado aberto à comunidade e em diálogo com o contexto urbano pode contribuir para promover a criação de vínculos entre a sociedade e o seu meio. O mercado proposto formaliza-se num conjunto de edifícios cuja utilização é alargada ao espaço exterior, com o intuito de ser entendido como parte integrante do bairro. Este conjunto é ainda atravessado pelo eixo pedonal que estrutura o plano proposto para a AUGI. Para além dos edifícios propostos para o mercado, participa também nessa actividade o espaço sob o viaduto. Este espaço já existente proporciona um local de abrigo reservado para as práticas de mercado levante, sendo proposta a deslocalização da feira da Arroja da Praceta Irene Lisboa (à data um descampado) para este local. O viaduto existente é também elemento de referência para a definição da imagem do mercado, pretendendo estabelecer um diálogo de continuidade entre os novos edifícios e a estrutura existente. O patamar mais baixo do mercado formaliza um pátio confinado que se vira para a Ribeira da Póvoa em direcção ao centro da cidade. A sua localização serve de charneira entre a Quinta da Arroja e o restante tecido urbano da cidade.

Mercado Panta Piso 2 8


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Cultural Center in Lillesand

Flexible Buildings Professor: Søren S. Sørensen Arkitektur- og designhøskolen i Oslo, 2010

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O exercício desta disciplina surgiu da parceria entre a Câmara Municipal de Lillesand e a Faculdade de Arquitectura e Design de Oslo (AHO) com o intuito de realizar um concurso de ideias de ocupação de um terreno na zona costeira na cidade. Lillesand está localizada no Sul da Noruega e, como porto natural, até meados do sec. XIX teve como principal actividade a construção naval que usava como recurso a madeira local. Kokkenes, a zona terreno de intervenção, foi também um estaleiro, agora desativado. É actualmente um local de vista privilegiada para a beleza natural da costa norueguesa e onde se acumulam auto-caravanas. Dado o clima mais ameno e proximidade do oceano, Lillesand tornou-se local de passeio para barcos de recreio e de estadia para o turismo nacional. Esta relação natural e histórica entre a cidade e o mar foi fundamental para o desenvolvimento do programa e da expressão formal do edifício: sob o mote Flexible Buildings sugerido pela disciplina, a proposta apresentou um programa de espaços polivalentes, e uma marina de pequenas dimensões.


Kokkenes no Sec. XIX

Esboรงo da proposta

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sala técnica Piso 2 mediateca

auditório Piso 1 sala de exposições recepção

instalações marina cais

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Piso 0


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4x4x4,5m

Edificações I Professores: João Pardal Monteiro Nuno Dinis Cortiços Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, 2009

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O exercício realizado na disciplina de Edificações I propunha a conceptualização, desenvolvimento e pormenorização de um objecto arquitectónico habitável com aprox. 4x4x4.5m. Nesse sentido, era obrigatório garantir as condições de habitabilidade e conforto ambiental adequadas, respeitando o Regulamento Geral das Edificações Urbanas. A função do espaço era habitação, casual e temporária. No interior tinha que ser considerada uma zona onde se possa cozinhar (requisitos de exaustão) e outra com funções de instalação sanitária (requisitos de impermeabilização no interior). A construção desenvolvia-se em dois pisos de modo a acompanhar o desnivel do terreno e usufruir de vistas e terraços, o que implicou um maior desafio na solução.


Esquiรงo de estudo de estruturas

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Desenhos tĂŠcnicos: Corte longitudinal e plantas 1:50 (no original) 16


Pormenores construtivos: Corte longitudinal 1:10 (no original) 17


Centro de Divulgação da Banda Desenhada

Laboratório de Arquitectura III Professoras: Ana Cristina Oliveira Vasconcelos, Maria Madalena Aguiar da Cunha Matos Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, 2009 Edificações II Professores: Graça Bachman João Pardal Monteiro Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, 2010

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O exercício teve início com uma prancha de banda desenhada de Georges Wolinski onde a personagem se questionava sobre o quadrado onde vivia. Mesmo concluído que aí era feliz, em comparação com outras formas geométricas, lamentava o seu quadrado não tivesse um lado ligeiramente mais pequeno do que os outros. Em resposta ao desafio, o objecto proposto (que serviu de conceito para o desenvolvimento do edifício final) não tem a forma de um quadrado mas usa elementos significativos de um quadrado, como arestas de igual dimensão e ângulos de 90º, que transportam esta figura para o espaço tridimensional. Tirando partido das sobreposições visuais das estruturas reticuladas, era criada a ilusão de formalizar quadrados que nunca eram confirmados.


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O Centro de Divulgação de Banda Desenhada segue as premisas do primeiro objecto através da utilização de elementos reticulados e de divisões não opacas. No interior do edifício, são privilegiadas vistas entre planos não complanares e, no exterior, a aplicação de painéis brise-solei para sombriamente do edifício conferem a leitura de uma forma cúbica imperfeita.

Alçados 1:500 (no original)

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Legenda: 1. Capeamento em chapa quinada 2. Perfil de fecho 3. Banda betuminosa com xisto 4. Murete em alvenaria 5. Banda betuminosa 6. Argamassa armada com rede metálica 7. Tela betuminosa 8. Argamassa de regularização 9. Chapa subtelha 10. Isolamento térmico Poliestireno expandido 11. Camada de forma 12. Laje em betão armado 13. Reboco de argamassa 14. Tijolo de espuma de vidro 15. Tecto falso em placa de gesso, tipo “Pladur” 16. Aranha de fixação do vidro tipo “Puntapart AL-I” em aço inox 17. Vidro tipo “Saint Goban Glass Security Point” 12mm temperado 18. Pavimento em tinta de resinas epóxidas tipo Stonblend GSI com agregados de quartzo cinza 19. Tecto falso em chapa quinada de alumínio sem perfil de suporte aparente do tipo “Armstrong Gema Q-Clip” 20. Caixa de Ar com 20mm 21. Parede de betão armado 22. Geodreno 23. Caleira periférica em meia cana

Pormenor construtivo: Fachada Sul 1:20 (no original) 21


reading as writing

Projecto II Professoras: Luísa Ribas Sofia Gonçalves Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, 2015 Laboratório II Miguel Cardoso Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, 2015

vídeo do projecto

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Um texto é construído segundo convenções que, pelo estabelecimento de hierarquias e sequências, remetem para um determinado tipo de leitura. Com a utilização de instrumentos digitais e a navegação por textos electrónicos, a leitura adopta recorrentemente sequências não-lineares e a exploração de conteúdos torna-se mais rápida e fácil. Reading as writing pretende evidenciar o papel do leitor enquanto explorador de informação escrita em contexto digital, ao propor uma ferramenta capaz de comunicar a sua leitura com recurso à geração de visualizações que traduzem este processo. O projecto materializa-se num exercício interactivo de leitura de textos onde o cursor é utilizado para simular o foco de atenção do leitor. Os comportamentos do interface são analisados e, segundo regras previamente estabelecidas, definem posições e formatos para o texto lido que é simultaneamente recomposto numa nova composição textual. A estrutura espacial do texto criado pretende transmitir, pela composição formal, a sequência temporal do processo de leitura do texto original. Deste modo, é dada uma expressão visual ao acto invisível da leitura, que se efectiva num objecto de possível replicação e registo para posterior analise ou interpretação.


A misunderstood activity: reading Michel de Certeau

Reading is only one aspect of consumption, but a fundamental one. In a

society that is increasingly written, organized by the power of modifying things

and of reforming structures on the basis of scriptural models (whether scientific,

economic, or political), transformed little by little into combined "texts" (be they administrative, urban, industrial, etc.), the binominal set production-

consumption can often be replaced by its general equivalent and indicator, the

appreciate thorough reading of text or music may require attention attention

attention attention attention attention attention attention attention attention attention attention attention attention attention attention attention attention attention attention attention to the

dimension of the text is created by the screen. The temporal

binominal set writing—reading. The power established by the will to rewrite

encounter with these structures.

on the basis of scriptural operations that are at first carried out in a circumscribed

reader’s on various and paragraphed of with When a reader in reading a words

history (a will that is by turns reformist, scientific, revolutionary, or pedagogical) field, has as its corollary a major division between reading and writing.

"Modernization, modernity itself, is writing," says Francois Furet. The

generalization of writing has in fact brought about the replacement of custom by abstract law, the substitution of the State for traditional authorities, and the

disintegration of the group to the advantage of the individual. This transforma-

tion took place under the sign of a "cross-breeding" of two distinct elements, the written and the oral. Furet and Ozouf 's recent study has indeed demonstrated the existence, in the less educated parts of France, of a "vast semi-literacy,

centered on reading, instigated by the Church and by families, and aimed chiefly at girls. Only the schools have joined, with a link that has often remained

extremely fragile, the ability to read and the ability to write. These abilities were

create in the

rhythm of expectations. One word alludes

text or book space as reading of the writing. music may require technology time and

space of the text.

structure is the

pattern of rubrication and various sizes line some line a musical

long separated, up until late in the nineteenth century, and even today, the adult life of many of those who have been to school very quickly dissociates "just

reading" and writing; and we must thus ask ourselves how reading proceeds where it is married with writing.

Research on the psycho-linguistics of comprehensions distinguishes

102

something earlier

score. in A written text is a structure in space, with a written text being line a musical score.

5

23


Exposição no longer a digital revolution Explorações Pós-digitais Fabrica Features, 2015 Lisboa website

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Exposição Inpossível - com n... entrar na possibilidade Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, 2016 Ribeira Grande website

créditos de imagem: DRAC-ARQUIPÉLAGO/ Rui Soares.

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Oslo 2111 Density — 10 Million

Shaping Futures Professores: Børre Skodvin Morten G Adamsen Minna Riska Trabalho de grupo com: Eva Sigvaldadóttir Melania Manso Paal Hagene Arkitektur- og designhøskolen i Oslo, 2011

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A disciplina Shapping Futures foi desenvolvida com base num cenário hipotético para a cidade de Oslo no ano 2111. Devido às alterações climáticas e aos cursos migratórios, haverá 10 milhões de pessoas a viver dentro dos limites da cidade. Os recursos fósseis já não serão utilizados e será necessário construir uma grande barragem para impedir que Oslo fique em parte submersa devido à subida do nível médio das águas do mar. Com base nestas premissas, para dar resposta à necessidade de optimizar recursos e gerir o espaço habitado na cidade, foi desenvolvida pesquisa sobre modos de vida mais eficientes. Com o conceito de comunidade A++, de máxima eficiência, desenharam-se territórios seguindo lógicas de organização definidas pela distância/tempos de percurso a pé, onde população habita segundo áreas de interesse, locais de lazer e de trabalho. Para a exposição Oslo 2111, foi desenvolvido um mapa interactivo que através de gráficos e infografias são relatados modos de vida neste cenário.


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Exposição Oslo 2111 Instalação intercativa: A++ Communities Blindern Campus – Universitetet i Oslo, 2011 ver vídeo

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Formação 2007—2013

Faculdade de Arquitectura — Universidade de Lisboa Mestrado integrado em Arquitectura

2010—2011

Arkitektur- og designhøgskolen i Oslo (AHO) 1º ano de mestrado ao abrigo do programa Erasmus

2014—2015

Faculdade de Belas-Artes — Universidade de Lisboa Pós-graduação em Design de Comunicação e Novos Media

Competências softwares

Autodesk®: AutoCad, 3ds Max, Ecotect Analysis Adobe®: Photoshop, InDesign, Illustrator. Apple®: Numbers, Pages, iMovie. OfficeTM: Word, Excel, PowerPoint Trimble Navigation: SketchUp

desenho

aptidão para desenho à mão levantada

maqueta

experiencia na construção de maquetas em diferentes materiais e corte a laser

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Pedro Luís Deodato R. Mota Rua Leite de Vasconcelos, n.º 84 — r/c esq. Lisboa pedrodeomota@gmail.com (+351) 96 942 76 63


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