Criação de album

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Escola Superior de Tecnologia Mestrado Fotografia

“Criação de Álbum”

Elaborado por: António Peleja – Nº 18484 Maria Manteiga - Nº 18459 Docente: Patrícia Romão TOMAR 2013/2014


É necessário que se intervenha o minímo possível sobre o objecto, de modo a assegurar a autenticidade da sua mensagem, seguindo assim um dos princípios basilares da conservação preventiva - o princípio da intervenção mínima9.

9 Alarcão, 2002, p.45.


Índice Introdução

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Contrução Álbum Fotográfico

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Conclusão

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Bibliografia

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Utensílios e materiais necessários

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Glossário

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Introdução

O adjectivo PREVENTIVO significa “o que tem por fim impedir, acumular ou prevenir que alguma coisa desagradável ou indesejável se produza” 2 Desde tempos remotos que temos a necessidade de guardar, pensando que este instinto era o suficiente e sinónimo de preservar, nada mais errado, guardar não é sinónimo de preservar, a menos que se utilizem e se estudem as formas de o fazer. Ao abrirmos hoje os álbuns de família mais antigos, são muitas as vezes que nos deparamos com verdadeiros cenários “dantescos” o estado de conservação é catastrófico, na maioria dos casos, dado que ao guardar não se teve em atenção o adjectivo PRESERVAR. Misturaram-se a palavra guardar e preservar e quando nos apercebe-mos era um pouco tarde. O estudo que se tem desenvolvido de alguns anos a esta parte no sentido da Preservação e Conservação veio reverter o sentido de todo este modo de pensar e hoje, e principalmente no Ensino Superior já existem disciplinas de Preservação e Conservação de Arquivos Fotográficos, no entanto temos que ter muita atenção nos processos que utilizamos e ter sempre em atenção que tudo o que fizermos deve ser reversível, outra palavra muito importante. REVERSÍVEL significa “Que pode ser revertido; que pode sofrer reversão; que volta atrás: decisão reversível”. 5


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Contrução de Álbum Fotográfico Antes de inicarmos a parte prática da construção de um Álbum Fotográfico devemos interrogarmo-nos sobre o que pretendemos. Devemos analisar o Álbum a reconstruir ou a função do novo álbum se for para imcorporar fotografias que no momento se encontram avulso (sem suporte álbum). Várias questões e problemáticas se levantam, tanto se for a reconstrução de um álbum, como a criação de um novo álbum, devemos ter em atenção principalmente na reconstrução, se o álbum permite a feitura de um novo, isto é se o álbum não contém inscrições uteis e outros elementos que o valorizem que com a

feitura de um novo se perderiam (ver fig. 1) portanto é um processo inicial que remete muito para o bom censo da pessoa responsável pelo construção desse mesmo álbum. Muitas vezes se a capa demonstrar interesse podemos construir um miolo novo, como novos sepa-

Fig.2 Álbum Victoriano

radores em poliéster e manter a capa depois de devidamente restaurada. Ou o inverso manter o miolo e alterar a capa esta decisão depende sempre de uma análise profunda e bem estruturada ponderando os prós e os contras de toda a decisão no seu todo.

Fig.1 Álbum com inscrições no próprio suporto dos espécimes

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Construção de Álbum Fotográfico II Neste capítulo vamos abordar a forma prática da construção de um Álbum Fotográfico. O Álbum que agora passo a descrever é um álbum simples de construir e montar e de custo relativamente baixo. O miolo será unido à capa através de três parafusos em plástico, uma das vantagens além de ser um álbum construído com materiais de conservação é também poder ser aumentado em qualquer momento dado que o sistema assim o permite. Na construção devemos começar por cortar os elementos necessários à construção do mesmo, ou sejam a capa a cobertura da capa, o miolo e os espaçadores. Tendo em base o álbum que aparece na (Fig.3) e sabendo depois de o analisar que não possui nada de interessante a ser conservado a não ser os espécimes que se encontram arquivados no seu interior, vamos proceder ao corte de um álbum com as mesmas dimensões, poderíamos tentar manter o aspecto visual do mesmo exteriormente se fosse necessário e aí podíamos tentar encontrar algum padrão que fosse semelhante ao original. Nesta situação específica arrancámos para uma construção simples, primeiramente cortámos duas folhas de cartão prensado com a medida exterior da capa (este cartão não obedece às 8

Fig.3 Álbum a ser substituído


normas de conservação no entanto não vai estar em contacto com os espécimes dado que na parte exterior vai ser revestido com uma imitação de napa e na parte interior com papel de conservação que serve de tampão. Depois de cortadas as duas partes da capa, vamos colocá-las uma a uma em cima do revestimento plástico a imitar a napa, mas que também podia ser qualquer outro tipo de material, pano, papel, etc... Com a capa assente sobre o revestimento vamos proceder à marcação das linhas para corte, nunca esquecer as margens de segurança para uma boa colagem e os cantos cortados de modo a fazerem um sobreposição perfeita, como podemos observar na (Fig.4) e em baixo à esquerda o revestimento com as marcações definidas. A tira que se encontra na (Fig.4) serve para não criar vincos no álbum e instabilidade do mesmo quando folheado por diversas vezes.

Fig.5 Forçando a colagem com espátula de osso e vincando as dobras.

Fig.6 Pormenor no sítio do cartão do espaçamento, da dobragem.

Fig.4 Capa assente sobre o revestimento

Ultrapassado este passo passamos à colagem destes três elementos a capa, o revestimento e o separador, esta colagem é feita com cola PVA, vulgarmente conhecida por “cola branca” ou de “madeira” é uma cola de cor branca e pastosa e muito usada na encadernação, seca rapidamente fazendo o papel esticar um pouco. Não deve ser colocada directamente sobre fotografias pois não é reversível com água. Existe com a indicação de pH neutro, mas acidifica rapidamente. Finalmente e depois deste processo de colagem terminado, vamos colocar na parte interior da capa o papel de conservação que ficará em contacto com o interior do álbum (Fig.7).

Fig.7 Capa durante o processo de colagem do papel de conservação

Fig.8 Capa forrada com papel de conservação e com vinco no espaçamento

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Fig.9 Pormenor das folhas do miolo, onde se podem ver as dobras e também o cartão espaçador

Neste momento a capa está finalizada vamos assim avançar para o miolo (interior do álbum), o miolo neste caso vai ser construído em papel Canson de conservação Acid Free por o álbum original só ter fotos de um dos lados da página optámos por manter esse aspecto evitando assim ter de intercalar as folhas com folhas de poliéster no entanto em qualquer momento e dado a construção deste álbum isso é possível. Cortámos as folhas do miolo com o tamanho inferior à capa para esta servir a sua função de protecção do miolo e depois com uma máquina de vincos criámos alguns ao tamanho do espaçador da capa para acentuar o ponto de viragem e facilitar a observação do álbum depois de montado e ainda evitar que as folhas com o manuseamento pudessem estalar e mais tarde rasgar. Neste espaço entre a ponta da folha e o espaçador da capa e nesta precisa medida vão ser inseridos cartões espaçadores para que as fotos não sejam motivo de pressão no álbum e assim este funcione perfeitamente. Este espaçadores serão colados à folha através de cola PVA para evitar que com o manuseamento se descole dado que as colas de Amido e Metilcelulose são muito mais fracas, nesta colagem devemos evitar colocar excesso de cola, depois de coladas as folhas devem ser colocadas com reemay entre elas e cartão mata-borrão e sujeitas a pesos para uma melhor aderência de ambas as partes. 10

Agora que temos ambas as partes cortadas e prontas para a montagem existe a necessidade de fazer a marcação na capa dos sítios onde se vão colocar os parafusos de plástico, depois da marcação feita pegamos num punção e no martelo e procedemos á abertura dos furos por onde passarão os referidos parafusos ver (Fig. 10).

Fig.10 Abertura dos furos com a ajuda do martelo e do punção.

Este processo repete-se em todas as folhas e capa servindo sempre da um molde em cartão para todos os furos sairem no sítio certo. Finalizado este trajecto chegou a altura de proceder à montagem da capa e das folhas com os parafusos de aperto, como se exemplifica na página seguinte, nas Fig. 11 e 12. A seguir podemos colar as fotos com charneiras de papel japonês e com cola de metilcelulose.


Fig.11 Pormenor da união das folhas à capa com os parafusos de plástico

Fig.12 Álbum no seu aspecto final

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Conclusão

Este pequeno Manual de Procedimentos foi elaborado para responder às necessidades de um público que tenha conhecimentos mínimos de Conservação Fotografia e pretende ser um auxiliar para quem inicia o seu trajecto nesta área. Espero com o mesmo ter explicado de forma muito resumida mas ao mesmo tempo assertiva todos os processos necessários para a criação de um álbum simples de fotografia. O finalizar aqui de uma etapa desta UC pede uma reflecção sobre todo o estudo desenvolvido no decorrer deste semestre, que na minha opinião foi produtivo e de enorme carga de conhecimentos no domínio e percepção de alguns procedimentos a efectuar, no campo do Conservação e Preservação de colecções de fotografia. Os procedimentos que fomos absorvendo serão muito uteis no futuro de quem quiser seguir e aprofundar esta temática, dado que nos permite um trabalho sério e rigoroso e nos abrem uma vontade enorme de continuar a actualizarmos os ensinamentos através de pesquisas e estudos que solidifiquem cada vez mais as nossas bases que serão fundamentais no desenvolvimento do nosso trabalho, futuro. No caminho surgiram alguns obstáculos que penso que em conjunto e com base no entendimento mútuo e frontalidade conseguimos superar. 12


Bibliografia Pavão, Luís, Conservação de Colecções de Fotografia, Dinalivro, 1ª edição: Novembro de 1997

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Utensílios e Materias necessários Cartão Prensado Papel Canson Conservação Acid Free Cartão conservação Plástico capa Parafusos Plásticos Punção Martelo Espátula de osso Cola PVA Régua X-Acto

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Glossário Abrasão – Marcas, riscos causados por atrito.

Embalagem Individual – É uma embalagem que protege apenas uma espécie fotográfica como um enveAmido – Fécula em pó de origem vegetal ou farinha a lope um cartão passe-partout ou uma manga que foi retirado o glúten. Emulsão - Composta por um meio ligante e o mateCharneiras – Tiras, geralmente de papel japonês usa- rial formador da imagem que está em das para suspender provas fotográficas em suportes de suspensão no meio ligante sem se dissolver. Os macartão. teriais do meio ligante usados ao longo da história da fotografia foram o colódio, a albumina e actualmente Colódio Húmido - Processo fotográfico negativo em a gelatina. Os materiais formadores da imagem povidro, introduzido por Frederic Scott Archer em 1851. dem ser os halogenetos de prata (p/b) ou os corantes Foi o processo mais utilizado até 1875. A chapa era (cor) Emulsão de cloreto de colódio - Introduzida em coberta com uma solução de colódio e iodeto de cád- 1864 por George Simpson. Foi utilizada no fabrico de mio e enquanto húmida era imersa numa solução de papel de impressão fotográfica e diapositivos em vidnitrato de prata. ro. Produz uma imagem directamente sem revelação. Após um ou dois minutos a chapa era colocada no No fim do século XIX o papel colodionado tornou-se chassis e exposta numa máquina fotográfica durante muito popular devido à inclusão, na emulsão, de sais alguns segundos ou minutos. Imediatamente após a de ouro capazes de provocarem a viragem a ouro diexposição a chapa era revelada em ácido pirogálico ou rectamente (denominados de auto viradores). em sulfato ferroso, lavada, fixada em hipossulfito de sódio, lavada de novo e posta a secar. Todo o processo Escamar - Deterioração de um material por libertinha que decorrer enquanto o colódio estava húmido, tação de pequenas escamas. porque quando seco o colódio não é permeável ao revelador, nem ao fixador. Os fotógrafos eram obrigados Espelho de Prata - Designação de uma forma de dea transportar consigo uma câmara escura para onde terioração muito vulgar das imagens quer que fossem, e executavam todas as operações no fotográficas em prata filamentar gelatinada. O espelho local. As câmaras escuras portáteis tornaram-se cara- de prata consiste no aparecimento de zonas de cor cterísticas deste processo. As chapas de colódio apre- de chumbo, brilhantes, nos bordos e cantos das prosentam uma cor esbranquiçada e uma distribuição de vas e negativos. Resulta da migração de iões de prata colódio irregular, especialmente nos bordos. oxidada para a superfície da imagem e sua posterior redução a prata metálica. É mais acentuada em geral Direcção das Fibras do Papel – Direcção em que es- na periferia da fotografia porque é por aí que penetra tão alinhadas as fibras do papel. Nesta direcção o pa- a humidade. pel é mais resistente. Gelatina - Proteína natural, usada como um meio liDurabilidade do Papel (Paper Durability) - Refere- gante dos sais de prata nas emulsões se à capacidade do papel em manter as suas proprie- fotográficas correntes. É extraída, por vários procesdades físicas ou mecânicas originais quando submeti- sos, das peles e ossos do gado. Os processos de exdo a uso contínuo. tracção têm influência considerável nas propriedades da gelatina. A gelatina usada em fotografia é altamente Embalagem de encapsulamento – Embalagem de purificada é bastante estável, não amarelecendo com conservação em que a espécie é protegida entre folhas o tempo. É designada por um gel reversível porque de plástico, selada contra uma folha de cartão. absorve água, incha e quando seca contrai e regressa 15


ao estado inicial. Torna-se quebradiça em ambientes são reproduzidas através da sua cor complementar, muito secos. Torna-se líquida a temperaturas superi- o verde do original aparece magenta no negativo, o ores a 30 C. azul aparece amarelo e o vermelho aparece ciano. Os negativos geralmente são transparências, em filme ou Grão - Minúsculos pontos mais ou menos visíveis nas vidro, para impressão. provas fotográficas ampliadas. São formados durante a revelação do negativo pela agluti- Observação (em conservação) - Determinação dos nação dos halogenetos de prata em materiais e da estrutura original de uma imagem fominúsculos filamentos de prata que tendem a crescer tográfica e avaliação da deterioração sofrida pela imacom o aumento do tempo de revelação. Confere às gem e suporte. imagens fotográficas uma aparência arenosa. O grão torna-se mais visível quando o negativo é muito am- Oxidação - No sentido restrito é uma reacção químipliado. Geralmente os filmes mais sensíveis à luz têm ca de combinação com o oxigénio, mais grão do que os filmes menos sensíveis. - Por ser transparente o ião de prata deixa de conHumidade Relativa - É a quantidade de vapor de água tribuir para a imagem. Consequentemente as imaexistente no ar, quantificada em termos de percenta- gens oxidadas perdem vigor e os pormenores das gem sobre a máxima quantidade de vapor de água que zonas mais claras desaparecem. o ar pode conter à mesma temperatura. - Sendo móvel o ião de prata, este desloca-se para a Lenhina ou Lignina – Polímero natural que está pre- superfície, onde pode recuperar o electrão perdido sente nos caules vegetais sobretudo na madeira, com a tornando-se de novo visível. Consequentemente as função de lhes dar consistência, decompõe-se em áci- imagens oxidadas apresentam na superfície zonas dos sendo assim responsável por parte da acidez do brilhantes, cor de chumbo, chamadas espelho de papel. prata. A espelhagem aparece frequentemente nos cantos e margens por onde a humidade penetra iniMata-Borrão de Conservação – Papel cartonado sem cialmente. encolagem, isento de ácidos ou corantes que possam - Sendo reactivo o ião de prata combina-se com o contaminar outros materiais, com grande capacidade enxofre residual do processamento formando sulde absorção de humidade. É usado na secagem de furetos e originando manchas amarelas. provas e de reparações que envolvam humidificação do papel. A oxidação da prata não tem efeitos significativos em objectos de prata, mas apenas em Manga – Embalagem de conservação em plástico em partículas de dimensões microscópicas. A oxidação é forma de manga e com abertura nas duas pontas. provocada por agentes oxidantes dos quais são particularmente importantes o dióxido de azoto, o ozono Meio Ligante - É uma das camadas constituintes de e o peróxido de hidrogénio. Estes agentes oxidantes uma prova fotográfica ou negativo, que contém em têm origem na poluição atmosférica, nos cheiros e suspensão e protege os grãos de prata da imagem vernizes e tintas, no trabalhar de maquinaria eléctrica fotográfica. O material utilizado actualmente como (como as fotocopiadoras), na madeira e nos cartões de meio ligante é a gelatina. No século XIX a albumina e má qualidade etc. Basta existirem numa quantidade o colódio foram igualmente utilizados. O meio ligante muito pequena para desencadearem a oxidação. A oxdesempenha um papel importante na formação da idação é retardada fazendo baixar a humidade relativa imagem, devendo ser permeável aos banhos de pro- do ar. cessamento sem se dissolver neles. O material usado como meio ligante e o seu acabamento é determinante Papel Barreira – Papel neutro, fino, de boa qualidade nas propriedades ópticas da prova fotográfica, tais usado para proteger a imagem fotográfica do contacto como textura, brilho e em certa medida cor. de cartões e papeis ácidos. Pode intercalar-se nas páginas dos álbuns. Negativo - Imagem que contém as densidades invertidas em relação ao original. As zonas claras do Papel Encolado – Papel que é impregnado de cola , de original são traduzidas por elevadas densidades e as forma a reduzir a permeabilidade e permitir a escrita. zonas escuras são transparentes ou apresentam baixas Pode ser encolado com gelatina, amido, colofóniadensidades. Tratando-se de um negativo a cores, estas alumina ou colas sintéticas. 16


Pasta de madeira mecânica – Pasta obtida por trituração da madeira, sem tratamentos de purificação e que contém todos os produtos químicos da madeira. Serve de matéria prima para o fabricante do papel.

Sulfuração - Forma de deterioração das imagens de prata por reacção da prata com sulfureto de prata. A reacção ocorre com o enxofre residual do processamento das provas. Este resulta ou de uma lavagem insuficiente ou da utilização de fixador exausto. A Permanência do Papel (Permanent Paper) – Refere- sulfuração começa por um amarelecimento das zonas se à capacidade do papel em manter a sua estabilidade mais claras da imagem, desaparecimento de pormenoquímica, ou seja, de resistir ao longo do tempo à acção res e amarelecimento gradual da imagem. Quando a dos agentes químicos. sulfuração é causada por fixador exausto observa-se também o aparecimento de manchas nas zonas branpH – Medida de acidez ou alcalinidade de uma sub- cas da imagem. Estas manchas são de sulfureto de stância. É uma medida logarítmica, o que significa prata, da prata não removida na fixagem. que uma diferença de 2 no valor do pH corresponde a 100 vezes, assim, o vinagre (pH=5) é 100 vezes mais Suporte - Em fotografia é o material sobre o qual uma ácido do que a água destilada (pH=7). emulsão fotográfica é aplicada. O suporte tradicional das imagens fotográficas é o papel (para as provas) Restauro - Acção de travar e recuperar a deterioração ou o plástico (para os negativos e transparências). Ao de uma imagem fotográfica, tornando-a mais próxi- longo da história da fotografia muitos outros matema do seu estado original do que aquele em que se en- riais foram utilizados para suporte tais como vidro, contra. Pode abranger aspectos diversos visando a cor, cobre, ferro, pano, cabedal e loiça. forma, apagamento de manchas, etc. Não deve falsificar o conteúdo estético ou histórico das imagens. Só Tampão Alcalino – Substância Alcalina, que é adiciodeve ser empreendida por conservadores especializa- nada ao papel quando do seu fabrico e que evita, até dos e treinados para o fazer. certo ponto, a sua acidificação.

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