SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 6
O que estamos buscando?
6
O que é Penergetic®?
7
Como funciona a Tecnologia Penergetic®?
8
Por que Penergetic®?
9
A Tecnologia Penergetic® para a Bioativação dos Agroecossistemas
11
O que nos desafia?
ARTIGOS CIENTÍFICOS 12
Validação da Tecnologia Penergetic® para a cultura do amendoim em reforma de canaviais
14
Produtividade e qualidade de sementes de amendoim em função da aplicação de Penergetic®
16
Adubação fosfatada e aplicação de Penergetic® na produtividade do feijoeiro-comum
20
Desempenho da Tecnologia Penergetic® Kompost e Pflanzen na cultura do algodão
APTA
FUNDAÇÃO BAHIA
22
Efeito do Penergetic® Pflanzen e Kompost na cultura do algodão
24
Ensaios utilizando a Tecnologia Penergetic® em florestas
UNISAFE
29
Desempenho da Tecnologia Penergetic® na produção de soja
UNIRV
32
Avaliação da eficiência agronômica do uso do Penergetic® na cultura da soja Tangará da Serra/MT
3
SUMÁRIO
ARTIGOS CIENTÍFICOS
4
36
Micorrização do milho em solos bioativados
38
Influência da bioativação do solo na atividade microbiana e nodulação da soja
40
Efeito da Tecnologia Penergetic® no manejo da cultura da soja
44
Penergetic® Kompost como Bioativador do Crescimento de microrganismos em condições in vitro
46
Efeitos da aplicação de Penergetic® Pflanzen sobre o teor de clorofila foliar em plantas de soja e tomateiro
48
Efeito do bioativador Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost no desenvolvimento vegetativo do cafeeiro em solo nu e cultivado, associado à fertilizantes fosfatados e esterco de curral
55
Estudo da viabilidade de disponibilização de Potássio e Fósforo em solos de Cerrado com a utilização do Penergetic®
58
Efeito da utilização da Tecnologia Penergetic® na supressão de danos causados por fitonematoides
66
Efeito do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost no estímulo à micorrização em raízes de soja
68
Efeito do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost na supressão de danos causados por nematoides na cultura da soja
70
Efeito Bioativador do Penergetic® na atividade microbiana e qualidade do solo
72
Atividade biológica e persistência de resíduos culturais depositados sobre a superfície de solo, submetido à aplicação de Penergetic®
BIOTEC
ACA PROCAFÉ UNIUBE
UFSM
ARTIGOS CIENTÍFICOS 74
Efeito do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost na micorrização e na penetração de fitonematoides nas raízes do trigo
76
Efeito do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost na atividade dos microrganismos do solo de uma lavoura de trigo
79
Efeito do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost nos componentes de produção do trigo cultivado na presença e na ausência de nematoides
80
Efeito da Tecnologia Penergetic® sobre a velocidade de decomposição de resíduos culturais de azevém (Lolium multiflorum Lam.)
83
Atividade alimentar de microrganismos e fauna do solo em cultivos agrícolas submetidos a diferentes manejos
UFSM
FEPAGRO
89
Bioativação do solo na supressão dos danos causados por Pratylenchus brachyurus na cultura da soja
92
Efeitos da Tecnologia Penergetic® na germinação de sementes e no índice de clorofila em plantas de soja
95
Avaliação do uso de Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost em fruteiras de clima temperado
HOLANTEC
97
Uso de bioativador do solo e planta com e sem fertilizante mineral na soja e a relação com a fitodisponibilidade nutricional e componentes de produção
UNIOESTE
100 Ajuste da adubação fosfatada utilizando a tecnologia Penergetic® na cultura da soja 103 Efeito do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost na produção da soja
5
O que estamos buscando? Vivemos em um ambiente em constante transformação, que gera desafios nas questões sociais, políticas e ambientais. O ajuste destas questões é premissa básica para a formação de uma sociedade saudável, equilibrada e próspera, capaz de respeitar e preservar os recursos escassos de nosso planeta, sem comprometer as gerações futuras. Atualmente um dos maiores desafios da agricultura mundial é desenvolver sistemas agrícolas sustentáveis e ao mesmo tempo financeiramente viáveis, que possam produzir alimentos, fibras e energia em quantidade e qualidade suficiente, com reduzido impacto nos recursos naturais. Neste sentido, a adoção de tecnologias e modelos de produção alternativos e inovadores que resultem na otimização do uso de insumos de alto custo econômico e impacto ambiental, podem representar uma estratégia viável para produtores que estejam buscando adotar sistemas produtivos mais sustentáveis e produtivos. O uso de tecnologias que aumentam a eficiência do uso da água, luz e nutrientes disponíveis para as plantas, constitui um salto quântico na busca de processos mais produtivos, equilibrados e menos poluentes. Nesta edição você encontrará informações valiosas que estão revolucionando a Agricultura Brasileira e Mundial.
Fertilizer consumption Mt 3% a. a.
240
200
160
120
80
40
0 61 73 83 89 92 95 98 ‘01 ‘04 ‘07 10 13 16 19
K20
P205
N
Source:IFA/ANDA
O que é Penergetic®? Penergetic® é uma tecnologia de bioativação natural, única no mundo, desenvolvida e produzida na Suíça pela empresa Penergetic® International AG, que permite a cópia e transferência de informações específicas de substâncias originais (IC’s - Information Carriers) para uma substância portadora, através do processo de energização de ondas eletromagnéticas em espectro reduzido. Essas informações são transferidas através desta carga energética e contém propriedades específicas, inofensivas a qualquer organismo vivo, capazes de promover o aumento da atividade biológica dos solos e plantas, revitalizando os processos ecológicos perturbados (como nossa agricultura atual, uma monocultura intensiva), por tratar a causa e não a consequência de tais perturbações, trazendo os padrões de qualidade e equilíbrio biológico mais próximos da natureza. A essa ação promovida pela Penergetic®, chamamos de BIOATIVAÇÃO.
6
Como funciona a Tecnologia Penergetic®? O modo de ação da tecnologia Penergetic® está baseado em princípios práticos da física quântica, biofísica e química. Através da tecnologia, cada átomo, composto, molécula ou substância com efeito já comprovado na agricultura, seja na melhoria da atividade biológica no solo, absorção e utilização de nutrientes, diminuição de estresses bióticos e abióticos, promoção do crescimento vegetal ou proteção de plantas; possui uma oscilação eletromagnética específica (onda específica) medida na escala Tesla, que em condições controladas de indução eletromagnética, exerce-se determinada frequência eletromagnética sobre um mineral receptor.
Cientistas Albert Einstein e Nikola Tesla (1943)
Esta energia alterará o estado de excitação do elétron do material receptor e este estado de excitação fará com que o argilomineral passe a vibrar em uma frequência eletromagnética idêntica à determinada onda encontrada nestas substâncias naturais originais (IC’s), como compostos orgânicos, nutrientes, enzimas, etc, que resulta na melhoria das interações solo/ microrganismo/planta/atmosfera. Ou seja, através de modulação de onda contínua, a tecnologia Penergetic® é capaz de reproduzir qualquer comprimento de onda emitido na natureza e imprimir esta energia em um argilomineral capaz de reter e emitir tal energia (IC’s) na natureza. A contextualização teórica utilizada na tecnologia Penergetic® pode ser facilmente reconhecida através dos trabalhos publicados por Nikola Tesla. Nos produtos Penergetic®, o processo de energização (energia eletromagnética), provém das teorias propostas por Michael Faraday em 1846 e por James Clerk Maxwell em 1864, ambos físicos que trabalharam na questão da energização de materiais. Com base nos resultados obtidos pelos dois pesquisadores, Nikola Tesla, em meados de 1900, desenvolveu a primeira metodologia de energização de materiais sem a utilização de cabos e conectores. Tal metodologia rendeu a Tesla a primeira patente registrada no mundo quanto a transferência de energia sem fio. Com base nestas informações, a Penergetic® reproduziu as informações descritas por Tesla, tomando como base a equação abaixo:
Onde: 1 é o material original de onde o spin é copiado e 2 é o material a ser energizado.
Em suma: a tecnologia Penergetic® é capaz de ativar processos bioquímicos e modular atividades fisiológicas de microrganismos e plantas, organizando a matéria bioquímica de cada sistema.
7
Por que Penergetic®? Diversos estudos sobre ativação da microbiota edáfica e do processo fotossintético nas plantas, através da utilização de energia eletromagnética, atestam que essa ciência não é teórica, é prática e real. Literaturas atuais apresentam grande número de trabalhos demonstrando o efeito da utilização de energia eletromagnética na atividade microbiana, orientação e alimentação de insetos, bem como, na produtividade das culturas. A utilização da tecnologia Penergetic® e outras ferramentas de Bioativação não devem ser vistas somente como uma inovação, mas como uma necessidade imediata para promoção de uma agricultura realmente mais econômica, viável e ambientalmente correta. Como sempre afirmam os amigos e exímios produtores rurais, Piero e Fábio, da Fazenda Poggio di Camporbiano, na região da Toscana, Itália: “Na luta contra a natureza, sempre se perde. Cabe a cada um escolher de que lado ficar.”
8
A Tecnologia Penergetic® para a Bioativação dos Agroecossistemas Antônio Nascimento Teixeira - Mestre em Ciência do Solo, Consultor Agronômico.
A constatação, na prática, da necessidade de se manter uma alta atividade biológica dentro dos solos agrícolas, foi fruto de um amadurecimento natural do setor. A insatisfação com o modelo químico vigente estimulou agrônomos, técnicos, pesquisadores, empresas e produtores, a procurar respostas para as seguintes questões, dentre outras:
As abordagens reducionistas e cartesianas não têm conseguido atender a essas demandas do setor agrícola e da sociedade como um todo. As melhores respostas encontradas para essas questões até agora, passam pela via biológica de compreensão sistêmica dos processos naturais envolvidos na produção agrícola.
1. Porque as lavouras estão cada vez mais frágeis aos ataques de pragas e doenças, bem como às variações climáticas, apesar de tantos avanços tecnológicos e genéticos?
Uma enormidade de trabalhos científicos sérios, conduzidos em sistemas agrícolas do mundo inteiro, apontam para a mesma direção: o modelo agrícola dominante reduz drasticamente a vida do sistema. Em quantidade, diversidade e atividade. Essa redução torna o sistema cada vez mais refém dos inputs externos, já que diminuem as forças naturais que trabalhavam para mantê-lo sustentável e produtivo.
2. Porque é cada vez mais comum a falta de correlação entre o aumento da quantidade de adubo e o aumento da produtividade? 3. Porque os resultados das análises de solo e folha, muitas vezes parecem não explicar o que estamos de fato vendo, no exame clínico das lavouras?
9
Por outro lado, os conceitos agroecológicos servem muito bem para demonstrar que, preservando e aumentando a vida e a diversidade do sistema solo-planta, conseguimos melhores resultados para todos os envolvidos, pois: 1. Melhoram os lucros do produtor; 2. Melhora a qualidade dos alimentos; 3. Diminuem os impactos ambientais. Portanto, está lançado aí, o atual desafio: como preservar, aumentar e harmonizar os organismos, nesse sistema vivo e multiespecífico chamado de lavoura? Atualmente, o setor de fabricantes de insumos agrícolas, no mundo, busca soluções para isso. Todas elas apostam em produtos. São inúmeros, os produtos lançados no mercado nos últimos anos, visando atender essa necessidade urgente. Analisando-se os modos de ação e os efeitos produzidos por eles, podemos perceber diferentes estratégias, como por exemplo: 1. Fornecer ao sistema, microrganismos vivos, na esperança de que se estabeleçam e se reproduzam mais do que os já existentes; 2. Substituir fertilizantes minerais por orgânicos ou organominerais, para fornecer nutrientes às plantas de forma menos agressiva; 3. Fornecer substâncias orgânicas, como ácidos, enzimas, aminoácidos, extratos de algas, etc, com intuito de estimular a vida do sistema. A pesquisa, por sua vez, trabalha testando também diferentes manejos, como forma de alcançar o mesmo objetivo: aumentar a vida do sistema. Destacamos dois: 1. Os manejos que combinam lavouras, pecuária e florestas; 2. Os que combinam diferentes sucessões de culturas, manejando coquetéis de plantas de cobertura. Dentro desse contexto de manejos e produtos que buscam incrementar a vida do sistema solo-planta, destacamos o uso da tecnologia Penergetic®, associado ao manejo das plantas de cobertura, como alternativa mais promissora até o momento. Os sistemas tropicais de produção agrícola são, muito mais que os de clima frio, altamente dependentes dos microrganismos e da produção de fitomassa. A grande diferença entre o Penergetic® e as demais tecnologias, é o fato de promover o aumento da vida de forma natural e duradoura. O Penergetic® ativa de fato os sistemas biológicos, harmonizando o ambiente com seu campo eletromagnético, ao invés de jogar organismos externos em um sistema sem condições de mantê-los. Afinal, tentar aumentar a vida, sem entender os motivos que levaram à sua diminuição, parece não ser a melhor estratégia. A tecnologia Penergetic® é, portanto, uma estratégia coerente para bioativar os sistemas solo-planta. Os melhores efeitos têm sido constatados quando ela é associada a outras ações coerentes com o objetivo proposto. Diminuir aquilo que está destruindo a vida do sistema, aumentar o que a está favorecendo: ao que parece, essa é a chave para melhores dias na produção de alimentos.
10
O que nos desafia? Sempre fundamentado em princípios agronômicos, mas compreendendo claramente a fertilidade de solos muito além da química, o que nos desafia é a consciência de que é possível fazer uma agricultura mais inteligente e racional, mais econômica e sustentável. O que nos desafia é entender profundamente que os sistemas agrícolas de produção que trabalhamos é composto por uma grande estrutura natural e frágil, que necessita de equilíbrio e moderação em todos os processos de produção.
A tecnologia Penergetic® traz para o mercado a oportunidade única de produzir mais com menores custos de forma sustentável e segura. Convidamos você a conferir alguns dos resultados oficiais obtidos com a utilização desta tecnologia em seus diversos aspectos.
11
Validação da Tecnologia Penergetic® para a cultura do amendoim em reforma de canaviais Denizart Bolonhezi - Engenheiro Agrônomo, PhD em Agronomia, Pesquisador APTA/IAC Apoiado por : Jairo Aparecido Lima - Engenheiro Agrônomo e Paulo Cesar Zanandréa - Administrador de Empresas
INTRODUÇÃO Foram instalados 21 campos com Penergetic®, cultivados com IAC-886 (01), IAC-503 (06), IAC-OL3 (01), IAC-505 (01) e Pronto (01), nas safras 2013/14, 2014/15 e 2015/16. Os resultados demonstraram ganhos médios de 13,17% na produtividade de vagens (+30 sc ha -1) para os principais cultivares de amendoim, considerando 21 locais em três safras consecutivas. A magnitude da resposta destas validações comerciais sugerem a necessidade de pesquisa, para confirmação científica e explicação das causas dos efeitos verificados. O presente trabalho teve como objetivo, validar em condições comerciais o uso da tecnologia Penergetic® sobre a produtividade do amendoim em condições de reforma de canaviais em três safras consecutivas.
Quadro 1. Locais de instalação e datas de semeadura e colheita dos ensaios.
MATERIAL E MÉTODOS *L = Local
As aplicações do Penergetic® Pflanzen (250g ha-1) foram efetuadas por ocasião das primeiras aplicações com fungicidas, parceladas em 100 + 150 g ha-1. Considerou-se o ponto de maturação ideal para cada cultivar avaliado para colheita. Após arranquio mecanizado, durante processo de “cura” no campo, foram realizadas amostragens para levantamento da população final de plantas. A avaliação da produtividade foi realizada através da colheita em 4 leiras de 800 metros, nos talhões com tratamento Penergetic® e na Testemunha. Após recolhimento mecanizado, a produção de vagens foi transferida para transbordo, para quantificação da massa, utilizando-se balança com célula de carga. Após desconto das impurezas e umidade, os valores foram extrapolados para kg ha-1. 12
Incremento de Produtividade (%)
INCREMENTO (%) em função doDE uso PRODUTIVIDADE da Tecnologia Penergetic 30
28
27
25
26
24
19
20
19 17
16
15
15
14
%
As características dos locais de instalação, bem como as datas de semeadura e colheita, encontram-se no quadro 1.
13
13
12 10
10
9
7
7
6
5
2 0
0 L9
L6
L8
L13
L7
L1
L2
L12
L4
L16
L17
L11
L3
L15
L18
L5
L19
L14
L20
Áreas do Estado de São Paulo
Figura 1. Ganhos percentuais em produtividade de vagens em 20 locais de avaliação e quatro cultivares de amendoim nas safras 2013/2014, 2014/2015 e 2015/2016.
L10
RESULTADOS
PRODUTIVIDADE MÉDIA DE VAGENS (sc/ha)
Produtividade de Vagens (kg ha)
Penergetic®
+ 34 sc/ha
IAC-886
Testemunha
8,000.00 7,000.00 6,000.00 5,000.00 4,000.00 3,000.00 2,000.00 1,000.00
L1
L3
L4
L6
L7
0
L9 L1
1 12 14 15 17 L L L L
L1
ia
éd
M
Figura 2. Produtividade média de vagens em 12 locais para a cultivar IAC-886 em reforma de canavial, com e sem a tecnologia Penergetic®, nas safras 2013/2014, 2014/2015 e 2015/2016.
IAC-503
+ 23,6 sc/ha
Penergetic
®
Testemunha
CONCLUSÕES
Produtividade de Vagens (kg ha)
6,000.00 5,000.00 4,000.00 3,000.00 2,000.00 1,000.00
L2
L5
L13
L18
L19
L20
Média
Figura 3. Produtividade média de amendoim em seis locais para a cultivar IAC-503 em reforma de canavial, com e sem a tecnologia Penergetic®, nas safras 2013/2014, 2014/2015 e 2015/2016.
Os resultados gerados em escala comercial demonstraram ganhos médios de 13,17% na produtividade de vagens (+30 sc ha-1) para os principais cultivares de amendoim, considerando 21 locais em três safras consecutivas. A magnitude da resposta destas validações comerciais sugerem a necessidade de pesquisa, para confirmação científica e explicação das causas dos efeitos verificados.
13
Produtividade e qualidade de sementes de amendoim em função da aplicação de Penergetic® Denizart Bolonhezi - Engenheiro Agrônomo, PhD em Agronomia, Pesquisador APTA/IAC Rodrigo Valochi - Engenheiro Agrônomo Apoiado por : Jairo Aparecido Lima - Engenheiro Agrônomo e Paulo Cesar Zanandréa - Administrador de Empresas
INTRODUÇÃO A cultura do amendoim está concentrada no Estado de São Paulo, com mais de 80% das áreas de cultivo em reforma de canaviais. O uso de resíduos da agroindústria, a rusticidade e a forte interação com a biota do solo, tornam a cultura do amendoim pouco responsiva ao uso de fertilizantes minerais. Todavia, o excessivo uso de insumos durante o ciclo pode interferir na microbiota do solo, requerendo a adoção de estratégias de bioativação, as quais favorecem a máxima exploração do potencial genético das cultivares. OBJETIVOS O experimento teve como objetivo avaliar os efeitos da bioativação do solo e da cultura através do uso da Tecnologia Penergetic® na cultura do amendoim. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi instalado em Planalto, SP, na safra 2015/16. O solo utilizado foi classificado como Latossolo Vermelho Amarelo, textura franco-argilo-arenosa, cujas características químicas foram: pH = 5,6; Ca = 28,0 cmolc dm3; Mg = 7,0 cmolc dm-3; CTC = 61,0 cmolc dm-3; P (Resina) = 44,7 mg dm-3; K = 6,6 cmolc dm-3; B (água quente) = 0,20 mg dm-3; Cu = 0,73 mg dm-3; Fe = 109,7 mg dm-3; Mn = 6,1 mg dm-3; Zn = 1,33 mg dm-3; V =68,4 %; M.O.= 21,3g dm-3. Utilizou-se amendoim do tipo runner (Arachis hypogea L.) o cultivar comercial IAC-886, em delineamento blocos casualizados, com quatro tratamentos e seis repetições (3 em preparo convencional e 3 sobre palhada de cana crua). Os tratamentos foram: (1) testemunha - sem Penergetic®; (2) Penergetic® Kompost (250g ha-1) com aplicação realizada após semeadura, juntamente com a aplicação do herbicida pré-emergente; (3) Penergetic® Pflanzen (250 g ha-1) com aplicações parceladas (100 + 150 g ha-1) por ocasião das primeiras aplicações com fungicidas; (4) Penergetic® Kompost (250g ha-1) + Penergetic® Pflanzen (250g ha-1). Cada parcela experimental foi constituída de 12 linhas de amendoim com 30 metros de comprimento. Foram avaliadas as seguintes características: produtividade de vagens, grãos, rendimento, massa de 100 grãos e qualidade fisiológica de sementes. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas por Turkey (p<0,05). 14
+ 58 SACAS POR ALQUEIRE RESULTADOS
IAC-503
4800
4734 a
4700
Produtividade de Vagens (Kg ha)
4600
Figura 1. Produtividade do amendoim, variedade IAC503, Planalto/SP, 2016.
4447 ab
4500 4400 4300
4234 ab
4200
4106 b
4100 4000 3900 3800 3700
Controle
®
Penergetic Kompost
®
Penergetic Pflanzen
Penergetic® Kompost +® Penergetic Pflanzen ®
Tratamentos com Penergetic
*Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Classificação de Peneiras (%) 18
16,4
16,3
16 14
13,0
Controle
12,7
Penergetic®
%
12 10
8,2
7,4
8 6
4,6
4
3,6 1,9
2
2,2 1,0
1,6
0 26
24
22 Peneiras
20
18
Resíduo
Fonte: BOLONHEZI, D. et al; APTA - Planalto, SP - Safra 2015/16.
Figura 2.
CONCLUSÕES Conforme análise de variância constatou-se que o tratamento com a Tecnologia Penergetic® (Penergetic® Kompost + Penergetic® Pflanzen) conferiu aumento de 628 kg ha-1 na produtividade de vagens e aumento de 3% nas peneiras 26 e 24.
Figura 3. Sistema Radicular Bioativado, Planalto/SP, 2016
15
Adubação fosfatada e aplicação de Penergetic® na produtividade do feijoeiro-comum Tarcísio Cobucci - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Fitotecnia, Integração Acessoria Agrícola Adriano Stephan Nascente - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia
INTRODUÇÃO
Dentre os fatores que podem contribuir para aumentar a produtividade da cultura tem-se a adubação, uma vez que, um adequado e balanceado suprimento de nutrientes proporciona o pleno desenvolvimento da cultura com impacto positivo na produtividade de grãos (PAGANI & MALLARINO, 2012; CRUSCIOL et al., 2013). Neste sentido, tem-se o fósforo (P), elemento essencial no metabolismo das plantas que contribui de forma significativa para o aumento do desenvolvimento radicular, além de favorecer o aumento do número de vagens e da massa de grãos o que resulta em incrementos positivos na produtividade de grãos (PELÁ et al., 2009; ZUCARELLI et al., 2010).
em solos tropicais, causada principalmente por precipitação com Fe e Al, reação com óxidos hidratados dos mesmos metais e reações com argilas silicatadas, devido a isso o aproveitamento pela cultura varia de 5% a 25% do total aplicado (Malavolta, 1980). Dessa forma, pode estar ocorrendo elevação dos níveis de fósforo no solo sem que aumente a disponibilidade para as plantas. Assim, o desenvolvimento de tecnologias que proporcionem maior disponibilidade de fósforo para as plantas poderia proporcionar redução da quantidade de adubos fosfatados aplicados via solo, gerando ganhos econômicos e ambientais, uma vez que esses adubos são produzidos a partir de reservas minerais de caráter não renovável (PELÁ et al., 2009). Visando aumentar a disponibilidade dos nutrientes no solo, os produtores mais tecnificados têm utilizado a tecnologia Penergetic®, que consiste da aplicação dos produtos Penergetic® Kompost e Pflanzen, os quais, segundo a fabricante, são oriundos de argila bentonítica submetida a aplicação de campos elétricos e magnéticos (BRITO et al., 2012). Ainda segundo a fabricante esses produtos são utilizados como bioativador de solos (Penergetic® Kompost, aplicado ao solo) que aumenta e equilibra as atividades microbiológicas no solo e como bioativador de plantas (Penergetic® Pflanzen) que disponibiliza mais energia ao processo fotossintético e facilita a interação planta + microrganismo benéfico (PENERGETIC, 2013).
A necessidade em fósforo requerida pelas plantas do feijoeiro é menor do que a de potássio (K) e nitrogênio (N), no entanto, a quantidade aplicada normalmente é superior (VIEIRA et al., 2006). Isso ocorre devido à elevada taxa de fixação do P
O objetivo do trabalho foi de determinar a produtividade de grãos e componentes de produção do feijoeiro-comum afetados pela adubação fosfatada e pela aplicação de Penergetic® Kompost e Penergetic® Pflanzen.
A cultura do feijão-comum possui grande importância econômica para o Brasil, sendo produzida em três épocas denominadas época das águas, das secas e de inverno, as quais possuem diferentes condições ambientais, considerando-se a estação do ano, solo, cultivares e nível tecnológico empregado (Wander, 2007). Na safra 2013 na região Centro-Sul (Centro-Oeste e Sudeste), o feijão-comum de inverno foi cultivado em 187,7 mil ha com uma produção de 465,5 mil toneladas de grãos, correspondendo a uma produtividade média de 2.480 kg ha-1 e 15,6% de toda a produção nacional (CONAB, 2013). Entretanto, essa média de produtividade ainda é considerada baixa, uma vez que há relatos de produtividade em torno de 4.000 kg ha-1 (NASCENTE et al., 2012).
16
Tabela 1. Valores de P para as variáveis número de vagens, número de grãos vagem-1 (GRAO), massa de 100 grãos (MASSA) e produtividade de grãos (PROD) do feijoeiro-comum em função da safra agrícola e da adubação fosfatada (P), aplicação de Penergetic® (Pen) e interação. Unaí/MG, safras 2012 e 2013.
2012 2013 Ano CV (%)
VAGENS número
GRÃO número
305 a
4,52 a 4,69 a
<0,001
MASSA gramas
25,4 b 28,1 a
Valor de p (probabilidade de teste F) 0,1186 <0,001
10,0
8,7
PROD
2911 b 4061 a <0,001
5,3
8,4
Ano 2012 0 40 80 120 Aplicação Penergetic® Sem
P Penergetic® P x Penergetic® CV (%)
250 207 253 254
4,71 4,29 4,73 4,34
24,3 25,2 26,0 25,7
2799 2889 3123 2831
252 a 260 a
4,59 a 4,45 a
24,6 b 26,1 a
2815 b 3006 a
0,7117 0,2879 <0,001
Valor de p (probabilidade de teste F) 0,5849 0,5547 0,3587 <0,001 <0,001 0,8421
7,0
10,4
<0,001 <0,001 0,7002
4,8
4,5
Ano 2013 0 40 80 120 Aplicação Penergetic® Sem
P Penergetic® P x Penergetic® CV (%)
246 322 318 336
4,71 4,68 4,73 4,66
26,9 28,9 28,0 28,7
3120 4368 4247 4510
283 b 328 a
4,61 b
27,3 b 28,9 a
3579 b 4543 a
<0,001 <0,001 0,1254
4,76 a
Valor de p (probabilidade de teste F) 0,4493 <0,001 <0,001 <0,001 0,2591 0,2752
12,2
5,0
3,9
<0,001 <0,001 <0,001 12,0
¹Mesma letra na vertical não diferem entre si pelo teste Tukey para p< 0,05.
17
MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi desenvolvido em diferentes locais na Fazenda Guaribas, no município de Unaí, MG nos anos 2012 e 2013. Os solos das áreas experimentais foram classificados como Latossolo Vermelho-Amarelo (2012) e Latossolo Vermelho (2013), distróficos com textura franco-argilosa. Antes da instalação dos experimentos foram coletadas amostras do solo e realizadas as análises químicas e físicas, segundo recomendações de Claessen (1997). O delineamento experimental foi em blocos casualizados no esquema fatorial 4 x 2, com oito repetições. As parcelas tiveram as dimensões de 7,0 m de comprimento x 2,0 m de largura, sendo considerado como parcela útil as duas linhas centrais desprezando-se 0,50 m de cada extremidade. Os tratamentos constaram da combinação de três doses de fósforo aplicados ao solo (40, 80 e 120 kg ha-1 de P2O5) mais a testemunha (0 kg ha-1 de P2O5), utilizando-se como fonte o fosfato monoamônico, com a presença e ausência de aplicação de Penergetic®. As doses de fósforo foram calculadas com base na análise do solo e correspondem a 0, 1/3, 2/3 e a dose recomendada para a cultura. A aplicação do Penergetic® foi feita em duas etapas: 1ª aplicação de 250 g ha-1 de Penergetic® Kompost aplicado no solo, logo após a dessecação de manejo das plantas de cobertura um dia antes da semeadura do feijoeiro comum; e 2ª aplicação de 250 g ha-1 de Penergetic® Pflanzen via foliar no estádio V4 das plantas de feijoeiro comum. A aplicação foi realizada com pulverizador de barras com volume de calda de 200 L ha-1. O espaçamento entre as linhas foi de 0,50 m e a densidade de semeadura foi de 8 sementes m-1. Após a semeadura foi realizada a aplicação a lanço de 65 kg ha-1 de K2O (KCl) e 90 kg ha-1 de N (Ureia) (sem incorporação). Os tratos culturais foram realizados de acordo com as necessidades da cultura, utilizando-se os produtos recomendados. Utilizou-se, nos dois anos agrícolas, o sistema de irrigação por aspersão via pivô central. Para a avaliação dos componentes de produção (número de vagens planta-1, número de grãos vagem-1 e massa de 100 grãos) foram coletadas 10 plantas ao acaso em cada parcela. Avaliou-se a produtividade de grãos (130 g kg-1 de umidade) realizando-se a colheita da parcela útil. Como informação complementar foi calculada a eficiência agronômica da aplicação do P, em que fez-se a subtração da produtividade de um dado tratamento pela produtividade do tratamento controle (sem P) e dividindo-se o resultado pela quantidade de P aplicado.
produtores, a produtividade de grãos (Tabela 1). Com relação à aplicação do Penergetic®, verificou-se efeito na massa de 100 grãos e na produtividade. As maiores doses de fósforo aplicadas (80 e 120 kg ha-1) não proporcionaram incrementos positivos na produtividade de grãos da cultura. Com isso, constata-se que o fornecimento de P no sulco de semeadura até a dose de 40 kg ha-1 de P2O5 foi suficiente para acarretar produtividade semelhante a das maiores doses de P. Esse resultado pode ter ocorrido devido aos altos teores de P no solo, sendo considerados médios, fato comum em áreas sob plantio direto. Com relação ao uso do Penergetic® no ano de 2012 verificou-se que sua aplicação proporcionou incrementos significativos na massa de 100 grãos (de 24,6 para 26,1 g) e também na produtividade de grãos da cultura (de 2815 para 3006 kg ha-1) (Tabela 1). Brito et al. (2012) também verificaram que a aplicação de Penergetic® proporcionou aumentos significativos na produtividade de grãos do feijoeiro quando comparado com o tratamento controle (sem o uso do Penergetic®). Segundo os autores a tecnologia Penergetic® proporciona melhores condições ao desenvolvimento das plantas devido, principalmente, à melhor absorção de nutrientes como o fósforo. Nesse sentido, os resultados do presente trabalho permitem inferir que o uso desses produtos proporcionou melhores condições para o desenvolvimento da cultura resultando em maior produtividade de grãos. Outras pesquisas devem ser realizadas para melhor esclarecer os efeitos desses produtos na planta que causam esse melhor desenvolvimento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
No ano de 2013, constatou-se que houve efeito significativo das doses de fósforo para o número de vagens m-2, massa de 100 grãos e produtividade (Tabela 1). Com relação ao uso de Penergetic® houve efeito em todas as variáveis avaliadas, onde a aplicação de Penergetic® proporcionou valores superiores em relação à não aplicação do produto. Ocorreu também interação entre esses dois fatores (doses de fósforo e uso de Penergetic®) na variável produtividade de grãos.
No ano de 2012 constatou-se que não houve efeito significativo do número de vagens m-2, número de grãos vagem-1 e massa de 100 grãos para o fator doses de fósforo, tendo efeito na variável de maior interesse para os
Com relação à produtividade constatou-se interação com a aplicação de Penergetic®, havendo ajuste linear na ausência de aplicação do produto
Os dados foram submetidos à análise de variância e quando o teste F foi significativo, procedeu-se ao teste Tukey (p< 0,05). Para os dados quantitativos (doses de fósforo) foi realizada a análise de regressão.
Tabela 2. Eficiência agronômica na produtividade de grãos do feijoeiro-comum, em função da adubação fosfatada (P) e da aplicação de Penergetic®.
* Letras iguais, minúscula na coluna ou maiúscula na linha (dentro do mesmo ano), não diferem entre si pelo teste Tukey para p <0,05.
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e ajuste quadrático dos dados quando se aplicou o Penergetic® (Figura 1). Entretanto independente da aplicação do produto verifica-se que a adubação com fósforo proporcionou incrementos significativos na produtividade de grãos da cultura. A aplicação do Penergetic®, independente da combinação com a dose de fósforo proporcionou maiores valores de produtividade de grãos do feijoeiro na safra 2013 em relação aos tratamentos sem o produto (Tabela 2). Corroborando essas informações verifica-se que, quando se aplicou o Penergetic®, a eficiência agronômica de aplicação do fósforo foi bem superior
ao da ausência de aplicação do produto, notadamente no ano de 2013, sendo a eficiência muito maior nas menores doses de fósforo. Para os tratamentos com Penergetic® constata-se aumento significativo da produtividade até a dose de 82,2 kg de P2O5 ha-1, atingindo 5313 kg ha-1 de grãos (Figura 1). Por outro lado, sem a aplicação do Penergetic® a resposta à aplicação de fósforo no solo foi linear, sendo que a máxima produtividade foi de 3903 kg ha-1 de grãos. Com base nos resultados pode-se inferir que a aplicação do Penergetic® proporcionou maior produtividade de grãos com menor dose de fósforo aplicado. Esse resultado pode indicar que houve maior disponibilidade de fósforo para as plantas quando se aplicou o Penergetic® possivelmente provenientes dos colóides do solo e ou parte orgânica, devido à maior atividade microbiana no solo.
Figura 1.
Produtividade de grãos do feijoeiro-comum em função de doses de P2O5 aplicados no solo no ano de 2013 em Unaí/MG.
CONCLUSÕES A adubação fosfatada proporcionou incrementos significativos na produtividade de grãos e componentes de produção do feijoeiro-comum nos dois anos de cultivo. O uso de Penergetic®
independente da dose de fósforo utilizada proporcionou maior produtividade de grãos do que os tratamentos sem aplicação do produto nos dois anos de cultivo. No ano de 2013, a aplicação de Penergetic® proporcionou maior produtividade de grãos (5313 kg ha-1) numa menor dose de fósforo (82,2 kg de P2O5 ha-1) do que na ausência do produto (3903 kg ha-1) na maior dose de fósforo (120 kg de P2O5 ha-1).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRITO, R.O.; DEQUECH, F. K.; BRITO, R. M. Use of penergetic® products P and K in the snap bean production. Annual Report of the Bean Improvement Cooperative, v.55, p.277-278, 2012.
ção de cultivares de feijoeiro comum em várzeas tropicais. Pesquisa Agropecuária Tropical, v.42, n.4, p.407-415, 2012.
CLAESSEN, M.E.C. Manual de métodos de análise de solo. 2. ed. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CNPS, 1997. 212 p. (EMBRAPA-CNPS. Documentos, 1).
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CONAB. Acompanhamento da safra brasileira: grãos safra 2012/2013: sétimo levantamento de safra de grãos. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arqui vos/13_04_09_10_27_26_boletim_graos__abril_20 13.pdf >. Acesso em: 22 jan. 2014.
PELÁ, A.; RODRIGUES, M. S.; SANTANA, J. S.; TEIXEIRA, I. R. Fontes de fósforo para a adubação foliar na cultura do feijoeiro. Scientia Agraria, v.10, n.3, p.313-318, 2009.
CRUSCIOL, C.A.C.; NASCENTE, A.S.; SORATTO, R.P.; ROSOLEM, C.A. Upland rice growth and mineral nutrition as affected by cultivars and sulfur availability. Soil Science Society of America Journal, v.77, n.1, p.328-335, 2013.
WANDER, A. E. Produção e consumo de feijão no Brasil, 1975– 2005. Informe Econômico, v.37, n.2, p.7–21, 2007.
MALAVOLTA, E. Elementos de nutrição mineral de plantas. Piracicaba: Ceres, 1980. 215 p. NASCENTE, A.S.; KLUTHCOUSKI, J.; CRUSCIOL, C.A.C.; COBUCCI, T.; OLIVEIRA, P. Aduba-
ZUCARELI, C.; PRANDO, A.M.; RAMOS JUNIOR, E.U.; NAKAGAWA, J. Fósforo na produtividade e qualidade de sementes de feijão Carioca precoce cultivado no período das águas. Revista Ciência Agronômica, v.42, n.1, p.32-38, 2011.
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Desempenho da Tecnologia Penergetic® Kompost e Pflanzen na cultura do algodão Fabiano Andrei Bender da Cruz - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia, Pesquisador e Consultor da Fundação Bahia
INTRODUÇÃO O Penergetic® é um bioativador de solo (Penergetic® Kompost) e de plantas (Penergetic® Pflanzen), com potencial em promover o aumento de efeitos positivos no vigor das plantas, com equilíbrio entre solo/planta, através da otimização da utilização dos fertilizantes adicionados ou da fertilidade já existente no solo. Atua na liberação do fósforo fixado não disponível às plantas e promove o reequilíbrio de microrganismos disponibilizando maior energia no processo fotossintético.
Tabela 1. Caracterização química e física do solo na profundidade de 0 a 20cm (Luís Eduardo Magalhães/Bahia. 2015/16).
MO: K2Cr2O7; pH: CaCl2; P, Ca, Mg, K, Cu, Fe, Mn e Zn: Mehlich 1; Al: KCl; H+Al: SMP; S: Ca(H2PO4)2; B: água quente.
Tabela 2. Descrição dos tratamentos utilizados na cultura do algodão (Luís Eduardo Magalhães/Bahia. 2016).
OBJETIVO Avaliar o desempenho da tecnologia Penergetic® Kompost e Pflanzen sobre os componentes de produção, produtividade de algodão e características tecnológicas da fibra. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado na safra 2015/16 no Centro de Pesquisa e Tecnologia do Oeste Baiano, Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães, Bahia, cujas coordenadas geográficas são 12º05’26’’ S e 45º42’42’’ W, com altitude de 760 m. No solo classificado como LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico (SANTOS et al., 2013), amostra retirada na profundidade de 0 a 20cm foi submetida à análise química e granulométrica (RAIJ et al., 2001; CAMARGO et al., 1986) e os resultados estão apresentados na Tabela 1. A área é caracterizada por sistema de cultivo mínimo, cultivada com soja (safra 14/15), milho na entressafra (15/15) e algodão (15/16), localizada no 20
Pivô 1. Foi utilizada a variedade DP 1536 BGII RRFlex®, tratadas com Avicta® (0,36 mL kg-1 stes), Standak Top® (3,0 mL kg-1 stes) e Priori® (2,5 mL kg-1 stes), foram semeadas mecanicamente em 26/01/16 (emergência em 01/02/16), com adubação entre 200 e 320 kg ha-1 de 05-34-00 (7% Ca, 14% S, 0,05% B, 0,05% Cu, 0,1% Mn e 0,1% Zn) no sulco de semeadura, conforme Tabela 2, além da aplicação superficial de 190 kg ha-1 de Sulfato de Amônio e 250 kg ha-1 de KCl, aos 15 DAE, 160 kg ha-1 de Uréia aos 30 DAE e 160 kg ha-1 de Uréia aos 45 DAE. O manejo fitossanitário seguiu o padrão da Fundação Bahia. O experimento, delineado em blocos ao acaso com 5 repetições, consistiu de 4 tratamentos (Tabela 2), sendo cada parcela experimental composta por 4 linhas de semeadura espaçadas em 0,76m com 8m de comprimento, sendo mantida uma distância
de 15m entre parcelas. Avaliou-se por ocasião da colheita (12/07/16), a população de plantas, altura de plantas, o peso médio de capulhos, a produtividade de algodão em caroço, rendimento de pluma e características tecnológicas de fibra, sendo os dados submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P<0,05).
Tabela 3. População de plantas (POP), peso médio de capulho (PC), rendimento de pluma (REND.), produtividade de algodão em caroço (PROD.) e produção relativa (PR) para os diferentes tratamentos (Luís Eduardo Magalhães/Bahia. 2016).
RESULTADOS E DISCUSSÃO A média para população de plantas, o peso médio de capulhos e o rendimento de pluma não foram influenciados significativamente ¹Teste F: * e ** significativo a 5% e 1% de probabilidade, respectivamente, e ns não significativo. Médias seguidas pela mesma letra dentro dos níveis de adubação não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 1% de pelos tratamentos (Tabela 3). A probabilidade. : média geral. CV: coeficiente de variação. produtividade de algodão em caroço foi significativamente (p<0,01) influenciada pela interação Adubação x Tecnologia Penergetic® (Tabela 3), obtendo-se média de 2.154 kg ha-1 (144 @ ha-1). Quando mantida a adubação padrão de 320 kg ha-1 da CONCLUSÕES formula 05-34-00 no sulco de semeadura, o uso da Tecnologia Penerge® -1 -1 tic provocou redução de 210 kg ha (14 @ ha ) na produção de algodão A Tecnologia Penergetic® promoveu aumento em caroço. No entanto, quando ajustada a adubação para 200 kg ha-1 de significativo na altura de plantas, independente 05-34-00 no sulco de semeadura, a Tecnologia Penergetic® resultou em do nível de adubação utilizado; incremento de 398 kg ha-1 (26,5 @ ha-1 ou 17%) na produção de algodão A Tecnologia Penergetic® aumentou a produtiem caroço. A tecnologia Penergetic® promoveu maior crescimento de vidade de algodão em caroço em 17%, quanplantas independentemente da adubação utilizada (Figura 1). do ajustado o nível de fertilizante aplicado no sulco de semeadura, mas diminuiu a produção Figura 1. Efeito do nível de adubação e do uso da tecnologia quando mantidas as doses de fertilizante no Penergetic® sobre a altura de plantas de algodão (Luís Eduardo sulco de semeadura. Magalhães/Bahia. 2016).
1,2
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1,01 a
1,0
0,96 b
1,03 a
0,94 b
CAMARGO, O.A. et al. Métodos de análise química, mineralógica e física de solos. Campinas: IAC, 1986. 77p. RAIJ, B. van. et al. Análise química para avaliação da fertilidade de solos tropicais. Campinas: Instituto Agronômico, 2001. 285p.
0,8
SANTOS, H.G., JACOMINE, P.K.T, ANJOS, L.H.C., OLIVEIRA, V.A., LUMBRERAS, J.F., COELHO, M.R., ALMEIDA, J.A., CUNHA, T.J.F., OLIVEIRA, J.B., editores. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 3ª ed. Rio deJaneiro: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária; 2013.
E 0,6 0,4 0,2 0,0
200 kg ha-1
320 kg ha-1
Sem Penerge c
®
Com Penerge c
®
F Adub. = 1.703 ns F Pen. + 4,944* F Pen. x Adub = 0, 395 n CV %=9,4
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
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Efeito do Penergetic® Pflanzen e Kompost na cultura do algodão Fabiano Andrei Bender da Cruz - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia, Pesquisador e Consultor da Fundação Bahia Aline Fabris - Estagiária, Acadêmica do Curso de Agronomia, convênio FAAHF/Fundação Bahia Edimilson Marques Lima - Assistente de Pesquisa, Técnico em Agropecuária, Fundação Bahia.
INTRODUÇÃO O algodoeiro (Gossypium hirsutum L.r. latifolium Hutch), espécie vegetal de ciclo curto anual, é considerada uma cultura de grande importância socioeconômica para o País, especialmente para as regiões Nordeste, Centro Oeste e Sudeste. O Penergetic® é um bioativador de solo (Penergetic® Kompost) e de plantas (Penergetic® Pflanzen), com potencial em promover o aumento de efeitos positivos no vigor das plantas, com equilíbrio entre solo/planta, através da otimização da utilização dos fertilizantes adicionados ou da fertilidade já existente no solo. Atua na liberação do fósforo fixado não disponível às plantas e promove o reequilíbrio e aumento de microrganismos disponibilizando maior energia no processo fotossintético. OBJETIVO O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost sobre os componentes de produtividade de algodão. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi realizado na safra 2014/15 no Centro de Pesquisa e Tecnologia do Oeste Baiano, Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães, Bahia, cujas coordenadas geográficas são 12º05’12’’ S e 45º42’30’’ W, com altitude de 768 m em relação ao nível médio do mar. A variedade utilizada neste ensaio foi BRS 368RF®, semeadas mecanicamente na safra 2014/15 no mês dezembro, com adubação de 100 kg ha-1 e 500 kg ha-1 de 05-34-00 (8% Ca, 5% S, 0,08% B, 0,05% Cu, 0,2% Mn e 0,15% Zn) no sulco de semeadura, conforme tratamentos pré-estabelecidos (Tabela 1), além da aplicação superficial para todos os tratamentos de 220 kg ha-1 de 00-00-60 e 130 kg ha-1 de 45-00-00, aos 33 DAE, 120 kg ha-1 de 21-00-00+24% de S aos 46 DAE, 150 kg ha-1 de 00-00-60 e 130 kg ha-1 de 45-00-00 aos 48 DAE. Os tratos culturais realizados na cultura foram a queles recomendados para cultivo comercial (inseticidas, fungicidas e micronutrientes). 22
O experimento, delineado em blocos ao acaso com cinco repetições, consistiu de quatro tratamentos (Tabela 1), sendo cada parcela experimental composta por quatro linhas de semeadura espaçadas em 0,76 m com dez metros de comprimento, sendo a área útil composta pelas duas linhas centrais, excluídos dois metros de Tabela 1. Descrição dos tratamentos utilizados na cultura do algodão. Fundação Bahia. cada extremidade. Luís Eduardo Magalhães/BA. Safra 2014/15. Adubação de semeadura 05-34-00 (kg ha-¹)
Tratamento Penergetic
500 kg ha-¹
(21 DAE) (45 DAE) (65 DAE)
(11 DAE) Penergetic Kompost (g ha-¹)
Controle
_
Penergetic Pflanzen (g ha-¹)
500 kg ha-¹
Penergetic®
500 g ha-¹
167 g ha-¹ 167 g ha-¹ 167 g ha-¹
100 kg ha-¹
Controle
_
_
100 kg ha-¹
Penergetic®
500 g ha-¹
167 g ha-¹ 167 g ha-¹ 167 g ha-¹
®
®
®
_
Os tratamentos foram realizados através de pulverização de Penergetic® Kompost antes do plantio e Penergetic® Pflanzen aos 11, 21, 45 e 66 dias após a emergência, através de pulverizador costal pressurizado, à pressão constante (CO2) de 2,9 kgf cm-2, munido de barra de alumínio com 6 bicos de jato plano espaçados de 0,5 m, com volume de calda equivalente a 150 L ha-1.
Na colheita do algodão, realizada aos 195 DAE, foram avaliados a produtividade de algodão em caroço e pluma, sendo os dados submetidos à análise de variância e os efeitos dos níveis do fertilizante e das aplicações de Penergetic®. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Figura 1. Produtividade de algodão em Caroço e Pluma (@/ha) sob diferentes doses do fertilizante 05-34-00 na presença de Penergetic® (Luís Eduardo Magalhães/Bahia. 2015).
PRODUTIVIDADE EM CAROÇO (@/ha) 500 kg/ha 05-34-00® + Penergetic 500 kg/ha 05-34-00
245 210
100 kg/ha 05-34-00® + Penergetic
250 220
100 kg/ha 05-34-00
PRODUTIVIDADE EM PLUMA (@/ha) 500 kg/ha 05-34-00® + Penergetic 500 kg/ha 05-34-00
180
Na Figura 1, pode ser observada a produtividade de algodão em caroço em @/ ha, quando utilizadas às doses de 100 e 500 kg ha-1 do fertilizante 05-34-00, cuja variável não foi influenciada significativamente (p<0,05) pelos tratamentos, ou seja, o fornecimento de 170 kg ha-1 de P2O5 proporcionou produtividades equivalentes àquelas obtidas com o uso de 34 kg ha-1 de P2O5. Quando analisado o efeito da aplicação ou não de Penergetic® sobre a produtividade de algodão em caroço, independente da dose de fertilizante aplicada (Figura 1), verificou-se incremento significativo (30 e 35 @/ha), ao passo que a aplicação de Penergetic® associada às diferentes doses de P2O5 proporcionou produtividades similares, evidenciando seu efeito independente da dose de P2O5 adotada. A produtividade do algodão em pluma, verificou-se o incremento (87 e 12 @/ha), influenciada pela aplicação de Penergetic® (Figura 1).
93 CONCLUSÃO
100 kg/ha 05-34-00® + Penergetic 100 kg/ha 05-34-00
109 97
A aplicação de Penergetic® proporcionou maiores produtividades de algodão em caroço e pluma nos diferentes tratamentos.
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Ensaios utilizando a Tecnologia Penergetic® em florestas Pedro Francio Filho - Engenheiro Agrônono Henrique Lopes Moino - Engenheiro Agrônono Anderson Willian Klein - Engenheiro Florestal
INTRODUÇÃO Esses trabalhos tiveram o objetivo de verificar os efeitos da aplicação da tecnologia Penergetic® Kompost e Penergetic® Pflanzen em florestas, uma vez que os mesmos já vêm sendo amplamente utilizados em outras culturas agrícolas. Contudo, no cultivo de florestas comerciais ainda não se têm análises substanciais sobre os resultados da ação dos produtos mencionados, tornando o presente estudo um dos pioneiros.
ENSAIO 1
Os experimentos foram conduzidos em viveiros florestais, produtores de mudas de eucalipto - e em áreas de plantio comercial de florestas, tanto em maciço florestal quanto em sistemas de produção silvipastoril, sendo realizados em diferentes regiões do Paraná.
OBJETIVO O experimento teve por objetivo avaliar o efeito do Penergetic® sobre mudas de Eucalyptus urograndis Clonal, em relação à promoção da microbiota de substrato de produção, visando calibrar as doses ideais de aplicação de Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost.
METODOLOGIA Este experimento foi conduzido sob o abrigo de estufa, o que possibilitou que algumas condições fossem controladas, como por exemplo, disponibilidade de água, luminosidade, temperatura, umidade relativa do ar, entre outras. A propagação – via estaquia - das mudas ocorreu em 11/02/2016, sendo que o manejo subsequente das mudas constitui-se em irrigação com duração de 10 segundos a cada 15 minutos, sendo que as mesmas permaneceram 20 dias na casa de vegetação, 7 dias na casa de sombra e 5 dias em bandejas a pleno sol. Assim realizaram-se os seguintes tratamentos:
T1: Testemunha (sem aplicação); T2: Penergetic® Pflanzen (1g L-1) 45 dias após o estaqueamento; T3: Penergetic® Pflanzen (1,5g L-1) 45 dias após o estaqueamento; T4: Penergetic® Pflanzen (2g L-1) 45 dias após o estaqueamento; T5: Penergetic® Pflanzen (4g L-1) 45 dias após o estaqueamento; T6: Penergetic® Kompost (1g L-1) no dia estaqueamento + Penergetic® Pflanzen (3g L-1) divididos em 3 aplicações, ou seja aos 20 dias, 40 e 60 dias após a aplicação do Penergetic® Kompost. Aplicou-se um delineamento experimental inteiramente casualizado, com esquema fatorial 6x4, correspondendo a 6 tratamentos e 4 repeti-
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ções, cada repetição foi composta por 20 unidades amostrais (mudas) totalizando 80 mudas por tratamento. O experimento foi composto por um total de 480 mudas. As avaliações foram realizadas no mês de maio de 2016, aos 90 dias após a propagação do E. urograndis e os parâmetros avaliados foram os seguintes: altura da planta (cm), diâmetro de colo (mm), comprimento da raiz (cm), massa fresca (g) e massa seca (g). Para a avaliação da altura da planta foi utilizada uma régua milimétrica e para o diâmetro do colo um paquímetro. Após esse processo, as raízes das mudas foram destorroadas e lavadas em água corrente com o objetivo de remover todo o substrato comercial de enraizamento para posteriormente realizar a mensuração do tamanho da raiz principal de cada muda e as quantificações da massa seca e massa verde, que basicamente constitui-se na pesagem da massa verde em balança analítica, posterior secagem das amostras em estufa, e nova pesagem da massa seca.Os dados foram tabulados em planilha eletrônica Microsft Excel e submetidos à análise estatística com software ASSISTAT 7.7.
Tabela 1. Resultados da análise estatística relacionando Altura, diâmetro do coleto (D.C.) e Comprimento de Raiz. Londrina/PR, 2016.
As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si. Foi aplicado o Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade (p < 0.05). Onde: D.C = Diâmetro do coleto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados obtidos, por meio da análise estatística, estão expressos na Tabela 01.
Tabela 2. Resultados da massa seca e verde de folha e raiz dos indivíduos avaliados. Londrina/PR, 2016.
Quanto a variável altura observou-se que os tratamentos T2, T3, T4 e T6, não diferiram estatisticamente entre si. O tratamento T5 (Penergetic® Pflanzen (4g L-1) 45 dias após o estaqueamento) foi o que apresentou os melhores resultados (23,58 cm) para esta variável, destacando significativamente dos demais tratamentos, contudo não diferindo-se estatisticamente dos tratamentos T2 e T3. O tratamento T1 (Testemunha) apresentou os menores índices de desenvolvimento para a variável em análise. A partir dos resultados é possível identificar que a aplicação de 4g L-1 Penergetic® Pflanzen 45 dias após o estaqueamento contribui para o desenvolvimento em altura de mudas de E. urograndis em viveiro. Com relação a variável diâmetro do coleto (D.C.) contatou-se diferença estatística entre o tratamento T1 (Testemunha) e os demais tratamentos, sendo que os melhores índices foram apresentados para o T1 (3,14 mm). Analisando conjuntamente a variável altura e diâmetro de coleto percebe-se claramente a relação altura/diâmetro uma vez que no tratamento T1, as mudas gastaram maior energia em desenvolvimento no diâmetro de coleto e consequentemente menor energia em desenvolvimento em altura. Tecnicamente quanto menor for o valor dessa relação melhor será a capacidade das mudas sobreviverem e se estabelecerem no campo. Outro fator levado em consideração foi o comprimento das raízes, no qual o tratamento T5 (19,15 cm) diferiu-se estatisticamente dos tratamentos T1 (13,96 cm) e T2 (14,73 cm). Desta maneira é possível perceber a relação entre o comprimento das raízes e altura, pois em ambas as variáveis o tratamento T5 (Penergetic® Pflanzen (4g L-1), 45 dias após o estaqueamento) foi mais efetivo no desenvolvimento destes índices.
Observando a Tabela 2 para a variável massa verde e seca da folha, nota-se que apenas o tratamento T4 (Penergetic® Pflanzen (2 g L-1) 45 dias após o estaqueamento) diferiu-se significativamente dos demais tratamentos, apresentando os menores índices, os demais tratamento não apresentaram diferenças significativas. Quanto a massa seca e verde da raiz, o tratamento que apresentou os menores índices foi o tratamento T3 (Penergetic® Pflanzen (1,5 g L-1) 45 dias após o estaqueamento), já os outros tratamentos não apresentaram diferenças expressivas nos valores.
CONCLUSÕES A aplicação de 4g L-1 Penergetic® Pflanzen 45 dias após o estaqueamento contribui para o desenvolvimento de raiz e altura das mudas de E. urograndis em viveiro. Este é um dos critérios importantes para determinar o bom estabelecimento inicial das mudas a campo, entretanto, não verificou-se maior incremento em diâmetro e com isso a relação altura/diâmetro foi maior que o da testemunha. De acordo com especialistas em produção de mudas de eucalipto, quanto menor for essa relação, maior será a adaptação da planta em campo, sendo que é necessário acompanhar o desenvolvimento destas mudas em campo para analisar como será seu consequente desenvolvimento, para poder gerar uma conclusão mais precisa a respeito da aplicação do Penergetic®.
25
ENSAIO 2
OBJETIVO Nesta ocasião o experimento foi implantando com a finalidade de testar os efeitos do Penergetic® Pflanzen e Kompost em componentes de arborização de sistemas de integração silvopastoris, em estágios de desenvolvimento mais avançando.
METODOLOGIA O experimento foi conduzido em um sistema silvopastoril, no qual é consorciado o componente de arborização Eucalipto - clone I144 - com a cultivar Panicum maximum (Capim Mombaça). O componente arbóreo foi implantado, sistematicamente, com espaçamento de 15 metros, entre renques simples e 4 metros entre plantas. Estas áreas de produção comercial em estudo foram implantadas no mês de outubro de 2012. Devido à floresta já estar estabelecida e em estágio avançado de desenvolvimento vegetativo, a aplicação do Penergetic® foi realizada com a utilização de avião agrícola, sendo aplicadas as dosagens de 500 gramas por hectare de Penergetic® Kompost, além de 250 gramas por hectare de Penergetic® Pflanzen – um mês após a primeira aplicação, em todas as quadras, com exceção das
RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES Analisado a Tabela 3 percebe-se que houve diferença de produtividade em volume entre os tratamentos avaliados. A realização das avaliações com 1 ano e 4 meses após a aplicação do Penergetic® na área, validaram o uso do Penergetic®, demonstrando vantagens no emprego deste produto. A área de sistema silvopastoril com espaçamento aplicado à arborização sistemática de 15 x 4 metros sem aplicação de Penergetic® apresentou 44,29 m³ ha-1, enquanto que a área com a aplicação de Penergetic® apresentou 53,19 m³ ha-1, demonstrando que com a aplicação de Penergetic® e sua capacidade de bioativação houve aumento no incremento de biomassa florestal, corroborando com ganhos em produtividade na ordem de 9 metros cúbicos por hectare (17%), aos 3 anos e 6 meses de idade. Além disso, o incremento médio anual de biomassa lenhosa, na área com a aplicação de Penergetic®, foi de aproximadamente 2,3 m³ ha-1 ano-1 superior e demonstrou que mesmo o Eucalipto sendo uma cultura perene de ciclo longo, a floresta com 3,5 anos conseguiu responder a aplicação de Penergetic® em apenas em um ano e quatro meses. 26
testemunhas. Este experimento foi conduzido em uma área total equivalente a 105,00 hectares, sendo que em 82,49 hectares houve aplicação de Penergetic® e em 22,51 hectares não houve aplicação destes produtos. Desta forma o delineamento constitui-se em dois tratamentos os quais são descritos a seguir: Tratamento 1: Controle (Sem Penergetic®); Tratamento 2: Penergetic® Pflanzen (floresta com 2 anos e 4 meses) e Penergetic® Kompost (floresta com 2 anos e 5 meses). A diferença entre os tratamentos foi mensurada em julho de 2016, ou seja, 3 anos e 9 meses após o plantio e 1 ano e 4 meses após a aplicação do Penergetic®. Para tanto foi realizado inventário florestal, delimitando-se duas parcelas de 3.120m² (52 x 60 metros) em cada tratamento, totalizando 12.480m² de área amostral nos dois tratamentos do experimento, onde foram mensurados os seguintes parâmetros: diâmetro a altura do peito (1,3 metros do chão), altura total e volume de madeira. Os equipamentos utilizados nesta etapa foram suta florestal (paquimetro), clinômetro eletrônico florestal e prancheta de campo.
Tabela 3. Produtividade E. urograndis (I144) dos tratamentos realizados no experimento na Fazenda Matão. Loanda/PR, 2016. Tratamento
I (anos)
H (m)
DAP (cm)
N (árv./ha)
V (m³/ha)
IMA (m³/ha/ANO)
Controle Penerge c®
3
18,15
20,50
147
44,29
11,36
3
19,12
21,84
147
53,19
13,64
Sendo: I= idade; H= altura média; DAP= diâmetro médio; N= número de árvores por hectare; V= volume por hectare; IMA= incremento médio anual.
Em função do presente estudo ser pioneiro na proposta de avaliação de resultados provenientes da aplicação de Penergetic® em florestas comerciais, é aconselhável que sejam realizados novos experimentos para florestas em outros estágios de desenvolvimento e condições edafo-climáticas.
CONCLUSÃO A aplicação de Penergetic® demonstrou aumento da produtividade de biomassa de eucalipto em sistema de integração silvipastoril. Mesmo o Eucalipto sendo uma cultura perene e de ciclo longo, o componente florestal, com 3,5 anos, já demonstrou resposta à aplicação de Penergetic®, um ano e quatro meses após a aplicação. Pode-se concluir que em sistema silvipastoril, com espaçamento de 15 x 4 metros aplicado ao componente arbóreo, a aplicação de Penergetic® propiciou aumento da produtividade da floresta de E. urograndis (I144) em aproximadamente 9 metros cúbicos por hectare – 17% superior a área que não houve posicionamento deste produto.
ENSAIO 3
OBJETIVO O experimento teve como objetivo avaliar o resultado da aplicação de Penergetic® em floresta comercial de Eucalyptus urograndis (I144), em maciço florestal, conduzido para múltiplos usos.
METODOLOGIA Para este experimento inicialmente foram demarcadas 4 (quatro) áreas de aproximadamente 2.000 m² ao longo do maciço florestal de E. urograndis, com diferentes idades e zonas de manejos silviculturais. A demarcação de uma área de 2.000 m² teve por objetivo proporcionar uma área de segurança e de isolamento para aplicação do Penergetic®.
floresta de E. urograndis estava com 5,9 anos de idade no momento do levantamento dendrométrico, a área 2 (L2Q1) apresentava com 6,2 anos, a área 3 (L3Q3) com 5,3 anos e a área 4 (L4Q3) estava com 4,2 anos. Nas áreas 1, 3 e 4 foi realizada a alocação de duas parcelas de 400 m² e ao lado dessas áreas também alocou-se duas parcelas nas mesma proporções, ou seja, áreas que não haviam recebido o Penergetic® denominadas de testemunhas.
Essas áreas foram identificadas, in loco, com a demarcação em tinta branca das árvores marginais. Posteriormente foi realizada a aplicação de Penergetic ® Pflanzen e Kompost nessas áreas já delimitadas.
Na área 2, o E. urograndis estava com 6,2 anos, ou seja, idade mais avançada, sendo que já houve desbaste intensivo e possui espaçamento entre árvores bastante superior as demais áreas avaliadas. Desta maneira, houve a necessidade de alocar parcelas maiores (484 m²) para se obter maior precisão dos parâmetros avaliados no levantamento dendrométrico.
Após 10 meses da aplicação do Penergetic® procedeu-se a avalição deste povoamento, por meio do inventário florestal. Na área 1 (L2Q1) a
Assim foi possível mensurar as variáveis altura e diâmetro a altura do peito (1,30m do chão), além de quantificar o número de árvores e realizar avaliações qualitativas da floresta.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
duto. Já na área 2 com E. urograndis de 6,2 anos de idade, a altura média e o diâmetro médio das árvores obtido foram 8,45% e 14,96% maior que na área sem aplicação, de Penergetic® respectivamente.
A seguir são apresentados os valores obtidos através do inventário florestal (Quadro 1). Dentre os valores apresentados, o principal índice a ser avaliado que indica a produtividade da floresta é Incremento Médio Anual (IMA). Assim, analisando o quadro a seguir percebe-se a diferença entre as áreas com aplicação de Penergetic® e as áreas sem aplicação de Penergetic®. Percebe-se que todas as áreas com aplicação de Penergetic® tiveram resultados de IMA superior quando comparadas com as testemunhas. Isso demonstra que a aplicação de Penergetic® entre os 5,3 e 6,2 anos de idade para florestas de E. urograndis proporciona maiores incrementos em volume. Este resultado também pode ser observado pelos valores médios de diâmetro e altura do levantamento dendrométrico. Na área 1, na qual o E. urograndis estava com 5,9 anos de idade, onde foi aplicado Penergetic® o incremento em altura e diâmetro foi 5,3% e 9,43% superior a área sem aplicação, respectivamente. Consequentemente, o incremento médio anual em volume obtido foi 37,4% maior com aplicação de Penergetic® já demonstrando ganhos em produtividade e vantagens no posicionamento deste pro-
Esta área apresentou IMA menor que as outras áreas em função de ser uma área que já sofreu um desbaste intensivo, entretanto se comparar somente dentro desta zona de manejo o IMA foi 19,45% superior com a aplicação de Penergetic®, ou seja, não aplicando-se Penergetic® tem-se 23,6 m³ ha-1 ano-1 e aplicando-se Penergetic® este valor sobe para 29,3 m³ ha-1 ano-1. Na área 3, com E. urograndis de 5,3 anos de idade foi observado que a altura média e o diâmetro médio das árvores foram 0,21% e 5,85% maior que a área sem aplicação do Penergetic® , respectivamente. O IMA desta área foi maior que aqueles encontrados nas áreas 1 e 2, sendo que o resultado de incremento foi positivo e o IMA mostrou-se 16,53% maior com a aplicação de Penergetic®, ou seja, não aplicando-se Penergetic® tem-se 62,31 m³ ha-1 ano-1 e aplicando-se Penergetic® este valor salta para 74,65 m³ ha-1 ano-1. Na área 4, com E. urograndis de 4,2 anos de idade foi possível observar que a altura média e o diâmetro médio das árvores foi 2,04% e 2,43% superior que na zona sem aplicação, respectivamente. Entretanto, mesmo sendo uma área mais jovem que as demais não verificou-se efeito significativo sobre o IMA desta área. 27
Quadro 1 - Especificações dos resultados obtidos no levantamento dendrométrico (Fonte: Unisafe Consultoria, 2016).
Onde: A= área; P= parcela; PE= Penergetic®; TE= testemunha.
CONCLUSÕES Os experimentos demonstraram diferenças entre as áreas com aplicação de Penergetic® e as áreas sem aplicação de Penergetic®. O E. urograndis com 5,9 anos de idade, demonstrou ganhos percentuais, sobre o indicador incremento médio anual de 37,4% com aplicação de Penergetic®. O E. urograndis com 6,2 anos de idade e desbaste intensivo, também apresentou aumento da produtividade, com IMA obtido 19,45% superior a área testemunha, (não se aplicou-se o produto). O mesmo pode se dizer para E. urograndis de 5,3 anos de idade onde foi obtido IMA de 62,31 m³ ha-1 ano-1 sem aplicar Penergetic® e 74,65 m³ ha-1 ano-1 aplicando-se Penergetic®, ou seja, 16,53% superior.
28
Desempenho da Tecnologia Penergetic® na produção de soja June Faria Scherrer Menezes - Doutora em Fitotecnia/UFV, Professora e Pesquisadora do departamento de Agronomia da UniRV, Rio Verde/GO
INTRODUÇÃO A tecnologia Penergetic® atua na bioativação de solo e de planta com potencial em promover efeitos positivos no vigor de plantas, aumentar a otimização dos nutrientes fornecidos ou existentes no solo além de, melhorar a microbiota do solo. Com o uso de Penergetic® alguns autores encontraram resultados positivos na redução de insumos, indi-
cando melhor aproveitamento da fertilidade já existente, melhor liberação e aproveitamento de nutrientes às plantas e dos recursos naturais existentes, consequentemente incremento na produtividade das culturas. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar o desempenho da Tecnologia Penergetic® na produção de soja na safra 2015/16. MATERIAL E MÉTODOS Para a realização do ensaio, avaliaram-se os seguintes tratamentos:
Tabela 1. Descrição dos tratamentos utilizados no ensaio (Rio Verde/GO, safra 2015/16)
®
®
®
® ®
®
*Penergetic® Kompost – 250 g/ha aplicado antes da semeadura, com o manejo de dessecação (aplicação em dose única). **Penergetic® Pflanzen – 250 g/ha parcelado em duas aplicações, sendo: 125 g/ha aplicado aos V3-V4 e 125 g/ha aplicado aos 15 a 20 dias após a primeira aplicação. Aplicações realizadas com pulverizador costal de precisão pressurizado a CO2, utilizando-se 150 L/ha de calda.
29
Todos os tratos culturais foram realizados conforme a indicação técnica para a cultura e segundo o cronograma da Fazenda, exceto a adubação que seguiu os tratamentos. Para a realização do ensaio utilizou-se cultivar de soja Nidera 7000, em área comercial de pivô central, na fazenda Fontes do Saber, pertencente à Universidade de Rio Verde (UniRV). As avaliações foram realizadas em parcelas de 22,5m2, representando 9 linhas de plantio por 5 metros de comprimento. Para a colheita, utilizou-se 4 linhas centrais por 4 metros de comprimento, em delineamento inteiramente casualizado com quatro
RESULTADOS E DISCUSSÃO A altura média de plantas em R1/R2 foi maior nas parcelas que receberam a tecnologia Penergetic®, com 72,62 cm. A altura de plantas nas parcelas sem aplicação de Penergetic® foram semelhantes independente da adubação. As parcelas que não receberam adubação mineral (0% adubação) apresentaram maior altura de plantas, tanto na média geral quanto com a aplicação de Penergetic®, com 79,05 cm (Tabela 2).
repetições. Para fins de evitar influência entre os tratamentos, utilizou-se distância de 20 metros entre as parcelas. Durante o ciclo da cultura foram realizadas as seguintes avaliações: análise de solo, realizada antes do plantio, nas profundidades 0-10cm, 10-20cm e 20-40cm; volume de raiz por deslocamento de água no florescimento pleno; massa seca da parte área e da raiz no estádio R1/R2; índice médio de clorofila no estádio R1/R2; número de nódulos aos 30 dias após a emergência; altura média das plantas no estádio R1/R2 e na época da colheita e produtividade de grãos. A produtividade de grãos foi ajustada para 13% de umidade e calculada em sc/ha-1. Todos os dados das variáveis analisadas foram submetidos à análise de variância e teste de médias (Tukey a 5% de probabilidade) para obtenção dos resultados finais.
As parcelas adubadas com Penergetic® apresentaram maior índice de clorofila em relação as parcelas sem Penergetic® (Tabela 2). Possivelmente quanto maior o índice de clorofila, maior seria o teor de N e Mg na folha. A massa seca de raiz da soja em R1/R2 não apresentou diferença entre os tratamentos e da aplicação ou não do Penergetic® (Tabela 2). Resultado semelhante ao obtido do volume de raiz (Tabela 2). A massa seca da parte aérea das plantas em R1/R2 dias após a semeadura foi superior nas parcelas sem aplicação de Penergetic® e a adubação que apresentou maior massa seca da parte aérea foi com 50% da adubação mineral (Tabela 2).
Tabela 2. Parâmetros de avaliação
a
a
a
a
Médias seguidas da mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem estatisticamente entre si a 5% pelo teste Tukey.
30
O número de nódulos no estágio R1/R2 foi semelhante em todas as parcelas em que houve aplicação do Penergetic®. Porém, nas parcelas que não receberam Penergetic®, o número de nódulos foi superior, sendo que a soja da parcela que não foi adubada apresentou o maior número de nódulos por planta, 39,6 (Tabela 2).
Figura 1. Altura média de plantas e produtividade. ALTURA MÉDIA DE PLANTAS (CM)
Controle
Penergetic®
75 70 65 60 55
62
62 63
100% adubação
50% adubação
57
CV (%) = 4,95
69 60 b
60
65 a
Cm
50
A altura de plantas na colheita (116 dias após a semeadura) foi maior nas parcelas que receberam a tecnologia Penergetic®, com 64,85 cm. A altura de plantas nas parcelas sem aplicação de Penergetic® foram semelhantes independente da adubação. Inferindo que o Penergetic® interferiu positivamente na altura final de plantas (Figura 1). As parcelas que não receberam adubação mineral (0% A.M.) apresentaram maior altura de plantas, independentemente se receberam Penergetic® ou não (Figura 1). Os resultados de altura de plantas na colheita foram semelhantes na avaliação da altura de plantas em R1/ R2 na primeira avaliação do ensaio (Tabela 2).
40 35 30 25 20 15 10 5 0 0% adubação
Média
PRODUTIVIDADE SC/HA CV (%) = 7,03 76
74
74
Controle
Penergetic®
72
72
70 a
70 Sc/ha
O tratamento com aplicação de 100% de adubo mineral e Penergetic® apresentou a maior produtividade de grãos (74 sc/ha), 11% a mais em relação ao tratamento que não recebeu Penergetic® (66 sc/ha), como pode ser verificado na Figura 1.
45
68 66
66
64
67 65
65
66 b
62 60 58
100% adubação
50% adubação
0% adubação
Média
Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si a 5% pelo teste Tukey.
CONCLUSÃO O uso do bioativador de solos (Penergetic® Kompost) e de plantas (Penergetic® Pflanzen) na cultura da soja promoveu maior homogeneidade no estande de plantas; maior população de plantas por hectare; maior altura de plantas; maior índice de clorofila e maior produtividade de grãos.
31
Avaliação da eficiência agronômica do uso do Penergetic® na cultura da soja Tangará da Serra/MT Cesar Augusto Cunha - Engenheiro Agrônomo, Assobase
INTRODUÇÃO
eficiência agronômica do Penergetic® Kompost e Penergetic® Pflanzen combinado com diferentes doses de fósforo na cultura da soja.
A cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) é uma das mais importantes para a agricultura brasileira, ocupando uma área de aproximadamente 33 milhões de hectares, com produção superior a 95 milhões de toneladas (CONAB, 2016). É também uma das culturas que recebem os maiores investimentos em termos de tecnologia, de forma a aumentar seu potencial produtivo. Entre estas tecnologias podemos citar o melhoramento genético de plantas, produtos para a proteção das plantas contra insetos e doenças, agricultura de precisão, máquinas e implementos agrícolas, etc. No entanto, um dos fatores que impedem o aumento da produtividade na maioria das culturas e onera de forma significativa o processo produtivo nos solos tropicais é a adubação fosfatada. O fósforo (P) é o nutriente mais limitante da produtividade de biomassa em solos tropicais. Os solos brasileiros são carentes de P, em consequência do material de origem e da forte interação do P com o solo, em que menos de 0,1% encontra-se em solução (RAIJ, 2001).
MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa foi conduzida na safra 2015/16 na área da Estação Experimental da ASSOBASE, localizada as margens da rodovia MT 480 KM 15 (sentido Deciolândia). A localização geográfica desta área está definida pelas seguintes coordenadas: latitude 14° 33’ 47” S, longitude 57° 32’ 18” W e altitude de 314 metros. A semeadura foi realizada no dia 11 de dezembro de 2015, com auxílio da semeadora adubadora de 5 linhas, marca Jumil, com sistema de distribuição de sementes à vácuo. Foram dispostas na linha de semeadura 17 sementes por metro linear, em profundidade média de 4 cm em linhas espaçadas 0,45 m. O solo do local do experimento é classificado como Latossolo Vermelho-Eutrófico, com relevo suave ondulado e com boa drenagem. A área vem sendo cultivada nos últimos anos com sucessão soja-milho, sendo a soja cultivada na safra principal (outubro-janeiro) e o milho na safrinha (fevereiro-junho). Foi realizada uma amostragem de solo para a caracterização química e física da área onde o experimento foi conduzido. As amostras foram analisadas no laboratório Plante Certo, com sede no município de Várzea Grande - MT. TRATAMENTOS UTILIZADOS NO EXPERIMENTO:
A aplicação de P em doses elevadas em solos intemperizados é justificada pela intensa fixação deste elemento, ocasionando baixo conteúdo de P disponível, principalmente em solos onde há o predomínio de sesquióxidos. Desta forma, a adoção de técnicas de manejo ou o uso de produtos ou tecnologias que possibilitem disponibilizar o P fixado se torna imprescindível para que a agricultura em regiões tropicais se torne mais viável tanto economicamente quanto ambientalmente. Perante a necessidade de incorporar novas tecnologias para o aproveitamento dos nutrientes, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a
Tabela 1. Caracterização química do solo da área experimental ASSOBASE antes da implantação do experimento, Tangará da Serra/MT.
pH H2O 5,6
32
P
1. 0 kg/ha de P2O5
2. Adubação indicada de 45 kg/ha de P2O5
3. Adubação padrão do produtor de 100 kg/ha de P2O5
4. 0 kg/ha de P2O5 + Penergetic®
5. Adubação indicada de 45 kg/ha de P2O5 + Penergetic®
6. Adubação padrão do produtor de 100 kg/ha de P2O5 + Penergetic®
O Penergetic® Kompost, foi aplicado na dose de 250 g/ha antes do plantio da soja. Ambas aplicações do Penergetic® Pflanzen ocorreram em V3-V4 e R1, na dose de 125 g/ha em cada aplicação.
K
Ca
-3 --mg/dm --
2,2
114
Mg
H
Al
H+Al
SB
CTC
3 ------------------------cmolc/dm ------------------------
1,99
0,77
4,03
0,00
4,03
3,45
9,3
M.O
V
(g/kg)
%
19,0
55
As sementes utilizadas no experimento receberam tratamento industrial com o conjunto de produtos denominado Avicta Completo, que é a união do Avicta 500 FS, Cruiser 350 FS e Maxin Advanced 195 FS. Além do tratamento industrial, as sementes foram inoculadas
Tabela 2. Aplicação de defensivos durante o período de condução do ensaio.
com o produto Optimize Power na dose de 300 ml p.c. /100 kg de sementes momentos antes da semeadura. O controle de plantas daninhas e pragas na cultura foram realizados conforme necessidade. Para o controle de plantas daninhas e insetos-praga utilizou-se os seguintes produtos:
Data
Produto
(kg ha-1 ou L ha-1)
Dose
Classe
11/01/2016
Zapp QI 620
1,80
Herbicida
11/01/2016
Glytrel
1,00
Nutriente foliar
10/01/2016
Mustang
0,20
Inseticida
20/01/2016
Mancozin
1,00
Nutriente foliar
20/01/2016
Fox
0,40
Fungicida
20/01/2016
Aureo
0,30
Adjuvante
28/01/2016
Prêmio
0,05
Inseticida
07/02/2016
Fox
0,40
Fungicida
07/02/2016
Aureo
0,30
Adjuvante
07/02/2016
Mustang
0,20
Inseticida
07/02/2016
Bazuka
1,00
Inseticida
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A colheita do material foi realizada no dia 17 de março de 2016. Foram colhidas plantas contidas dentro da área útil de cada parcela (4 linhas x 2 m), cada parcela foi identificada e trilhada em trilhadora estacionária, os grãos foram pesados e os dados transformados para sacas de 60,0 kg/ ha-1, com a umidade corrigida para 13,0%.
As análises estatísticas e as provas de comparação múltipla de médias de produtividade mostraram diferenças estatísticas significativas, apenas para adubação mineral padrão em comparação com o tratamento controle (sem Penergetic®).
n=4
CV(%) = 13,3
57,9
Gráfico 1. Produtividade da soja na interação adubação mineral e Penergetic® no campo experimental da Assobase em Tangará da Serra/MT.
55,8 49,1
a
50,5
ab
ab 43,1
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
63,6
ab
ab
0 kg/ha de P2O5 + ® Penergetic
45 kg/ha de P2O5
b 0 kg/ha de P2O5
45 kg/ha de P2O5 + ® Penergetic
100 kg/ha de P2O5
100 kg/ha de P2O5 + ® Penergetic 33
Todos os tratamentos mostraram incrementos de produtividade quando aplicado Penergetic®, com exceção do tratamento com 100% da adubação fosfatada. Este pode estar associado ao consumo de luxo que as plantas realizam quando o fornecimento de nutrientes supera as necessidades fi-
siológicas e metabólica da cultura. Segundo MALAVOLTA (1996), inicialmente as plantas tendem a aumentar nos tecidos o teor dos nutrientes, até se atingir o nível crítico, a partir daí não há mais resposta econômica na produção de matéria seca. O incremento no acúmulo do nutriente é proporcional ao acúmulo de matéria seca; posteriormente ocorre o aumento na taxa de absorção do nutriente.
70,0 60,0 Gráfico 2. Modelo quadrático para produtividade da soja na adubação mineral e o uso de Penergetic®.
y = -0,5879x 2 + 7,6094x + 35,628 R² = 0,8692
50,0 40,0 30,0 20,0
0 kg/ha de P2O5
0 kg/ha de P2O5 + ® Penergetic
45 kg/ha de P2O5
45 kg/ha 100 kg/ha 100 kg/ha de P2O5 + de P2O5 de P2O5 + ® ® Penergetic Penergetic
O gráfico 2, mostra como os níveis de produção obtidos para cada tratamento conseguem o melhor ajuste ao modelo quadrático quando o coeficiente de determinação (R2) verifica que os incrementos na
produção de grãos são representados por 87% dos casos que foram relacionados entre as variáveis analisadas. Estes resultados permitem assegurar que o adubo fosfatado associado ao uso da tecnologia Penergetic®, proporcionam aumento de produção de grãos.
n = 8,0
CV % =7,2
60,7
Gráfico 3. Efeito isolado dos niveis de adubação fosfatada sob a produtividade (sc/ha) da soja no campo experimental de Assobase Consultoria.
53,2 46,1
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
ab
b 0 kg/ha de P2O5
O efeito das doses crescente de adubo mineral foi analisado pelo anova e as provas post-hoc, ao mostrar diferenças estatísticas altamente significativas, com destaque para a adubação padrão (100 kg/ha de fósforo)
34
a
45 kg/ha de P2O5
100 kg/ha de P2O5
que alcançou 60,7 sc/ha de soja, seguido pela adubação indicada (45 kg/ha de fósforo) com 53,2 sc/ha (Gráfico 3).
Gráfico 4. Efeito das aplicações de Penergetic® sob a produtividade da soja
n = 12,0
CV % =18,7
54,3 52,4
b
Sem ® Penergetic
ab
Com ® Penergetic
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Apesar de não mostrar diferenças significativas (gráfico 4), quando comparados os tratamentos com e sem Penergetic® para n=12 observações, as parcelas que receberam aplicações de Penergetic® mostraram aumento médio de 1,9 sacas/ha, o que corrobora a influência direta da tecnologia sobre a produtividade. Resultados similares foram publicados por COBUCCI et al, (2016), ao concluir que aplicações de Penergetic® independente da combinação com as doses de fósforo, proporcionou maiores valores de produtividade de grãos do feijoeiro em relação aos tratamentos sem o bioativador. Verifica-se que quando se aplicou Penergetic® a eficiência agronômica no manejo do fósforo foi bem superior ao da ausência de aplicação da Tecnologia Penergetic®, sendo a eficiência e custo benefício muito maior nas doses ajustadas de fósforo. Considerando os resultados até aqui expostos, pode-se inferir que a aplicação da Tecnologia Penergetic® proporcionou maior produtividade de grãos com menor quantidade de fósforo aplicado. Os resultados indicam que existe maior disponibilidade de fósforo para as plantas quando se combinam as pulverizações de Penergetic® com baixos níveis de P no solo, situação que pode ocorrer se o fósforo orgânico e mineral são bio-disponibilizados pela ação de microrganismos especializados na solubilização e mineralização do elemento. Importante destacar que atualmente se conduzem ensaios em parcelas experimentais e campos de produção, com objetivo de confirmar as hipóteses anteriormente expostas, uma vez que produtores de grãos do Mato Grosso relatam incrementos positivos na produtividade de soja e algodão, quando incorporados os princípios da bioativação nas suas lavouras comerciais.
CONCLUSÕES: As aplicações de Penergetic® em interação com a adubação indicada e zero proporcionaram incrementos de produtividade na soja de 5,3 e 6,0 sc/ha, respectivamente. Verificou-se o efeito de consumo de luxo do nutriente pela planta quando se aplicaram altas doses de fósforo seguida pelas pulverizações de Penergetic®. O teste T de student não aportou diferencias estatísticas quando comparados os tratamentos com e sem Penergetic, porém as parcelas que receberam aplicações de Penergetic® aportaram incrementos médios de 1,9 sacas/ha.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COBUCCI, T.; NASCENTE S. A; LIMA PAIVA D.; Adubação fosfatada e aplicação de Penergetic na produtividade do feijoeiro comum. FCA, (Universidade Federal da Grande Dourados) Revista Agrariam. 11 p. 2015. CONAB. Acompanhamento da safra brasileira: grãos, décimo segundo levantamento, setembro de 2015. Companhia Nacional de Abastecimento. Brasília, Conab. 2015. 30p. RAIJ, B. V. Análise química para avaliação da fertilidade de solos tropicais. Campinas, IAC, 2001.
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Micorrização do milho em solos bioativados
Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM Lucas Macedo - Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agrobiologia/UFSM
INTRODUÇÃO Os solos brasileiros possuem baixa disponibilidade natural de fósforo devido, principalmente, à alta capacidade de retenção deste nutriente. Neste sentido, faz-se cada vez mais necessário o entendimento das simbioses microbianas com plantas cultivadas, visando a biodisponibilização de nutrientes via atividade fúngica e/ou bacteriana. Dentre as inter-relações biológicas estabelecidas no ecossistema solo, as simbioses entre plantas e microrganismos heterotróficos, como o caso das micorrizas, destaca-se pelos benefícios proporcionados à produção vegetal. Segundo BRADY e WEIL (2002), as micorrizas são consideradas a simbiose de maior expressão ecológica e econômica entre fungos do solo e raízes de plantas vasculares. Nas últimas décadas o interesse pela utilização dos fungos micorrízicos inoculados as espécies de interesse agrícola se intensificou devido aos benefícios que esses proporcionam às plantas, tornando possível o estabelecimento das culturas em solos que apresentam condições sub ótimas de disponibilidade de água, nutrientes ou mesmo com a presença de poluentes. As micorrizas arbusculares e as ectomicorrizas promovem um incremento significativo da área de absorção radicular das plantas colonizadas, maximizando o aproveitamento de água e nutrientes, como o fósforo, o nitrogênio e o potássio e alguns micronutrientes não fungistáticos (SMITH e READ, 2008). Na relação mutualística estabelecida entre as raízes da planta e o fungo, ocorre uma micotrofia, onde o fungo proporciona à planta maior área de absorção de água e nutrientes minerais, devido à extensão de suas hifas no solo, e em contrapartida, a planta libera na forma de exudatos radiculares alguns fotossintatos, compostos orgânicos e aminoácidos, beneficiando o desenvolvimento micelial (ZEPPA et al., 2005). Segundo DUPONNOIS et al. (2008), na micorrizosfera, termo utilizado para descrever a região onde ocorrem as associações entre os fungos e o sistema radicular das plantas, ocorrem vários processos que influenciam não somente a interação fungo-planta, mas o balanço nutricional e a estabilização dos ecossistemas microbianos. Além dos benefícios que os fungos micorrízicos proporcionam às plantas, os quais foram descritos anteriormente, quando em simbiose com o vegetal, os fungos produzem fitormônios (ácido indol acético – AIA, e alguns compostos derivados de auxinas) em resposta à produção de compostos fenólicos liberados pelas raízes da planta no momento da colonização. Esses fitormônios são excretados na micorrizosfera, ficando biodisponíveis para as plantas e apresentam efeito indireto importante para o crescimento vegetal (SMITH e READ, 2008). Nos últimos anos, o conhecimento sobre as simbioses entre fungos micorrízicos e culturas de grãos tem incentivado o manejo da fertilidade biológica dos solos, resultando em incrementos de qualidade e produtividade com possibilidade de ajuste na dosagem de fertilizante fosfatado a ser adicionado à cultura. OBJETIVO O presente trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência da bioativação no incremento da simbiose micorrízica na cultura do milho em condições de campo.
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METODOLOGIA
Kompost foi aplicado em pré semeadura na dosagem de 250g por hectare e o Penergetic® Pflanzen foi aplicado em duas épocas, 125g por hectare em V3 (terceira folha) e 125g por hectare 20 dias após a primeira aplicação. Durante o florescimento do milho, as plantas foram coletadas para avaliação da porcentagem de micorrização e do número de vesículas micorrízicas por grama de raiz. Ao final do ciclo, avaliou-se a produtividade da cultura em relação aos tratamentos. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05).
Os ensaios foram realizados em quatro áreas de cultivo no estado do Rio Grande do Sul. Avaliou-se a porcentagem de micorrização e o número de vesículas arbusculares nos tratamentos: 1) Adubação conforme a recomendação para a cultura (Testemunha); 2) Redução da adubação fosfatada, com base nos resultados da análise química do solo e 3) sem a utilização da adubação fosfatada. Os três tratamentos foram realizados com e sem a aplicação do bioativador de solo e planta (Tecnologia Penergetic®), totalizando seis tratamentos com quatro repetições. O plantio da cultura seguiu o zoneamento climático para as regiões de estudo e o manejo fitossanitário foi realizado conforme as recomendações técnicas. O Penergetic®
RESULTADOS A aplicação da Tecnologia Penergetic® resultou em incremento na porcentagem de micorrização das raízes de milho. O ajuste da adubação, a exclusão da adubação fosfatada e a adubação padrão resultou no aumento de 26, 23 e 28% de micorrização, respectivamente, em comparação ao tratamento testemunha sem a bioativação.
% Micorrização Figura 1. Porcentagem de colonização micorrízica.
35,00
32,00 a
30,00
26,22 b
25,00
19,38 c
20,00 15,00 Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
10,00
24,66 b
15,29 c 10,91 d
5,00 0,00 Adubação Padrão
Adubação Padrão + Penergetic®
Adubação Ajustada
Adubação Ajustada + Penergetic®
Sem Adubação
Sem Adubação + Penergetic®
CONCLUSÃO O bioativador Penergetic® mostrou-se eficiente no incremento da simbiose micorrízica na cultura do milho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRADY, N. C.; WEIL, R. R. The nature and proprieties of soils. 13 ed. Upper Saddle River, New Jersey, 2002, 960p. DUPONNOIS, R.; GALIANA, A.; PRIN, Y. The mycorrhizosphere effect: a multitrophic interaction complex improves mycorrhizal symbioses and plant growth. In: SIDDIQUI, Z. A.; MOHD, S. A.; KAZUYOSHI, F. (ed.) Mycorrhizal: sustainable agriculture and foresty. Springer Science + Business Media, Aligarh, 2008. 359p. SMITH, S. E.; READ, D. J. Mycorrhizal symbiosis. 3ª ed., San Diego, Academic Press, 2008, 787p. ZEPPA, S.; SISTI, D.; PIERLEONI, R.; POTENZA, L.; GUESCINI, M.; VALLORANI, L.; STOCCHI, V. Tilia platyphyllos Scop.-Tuber brumale Vittad. vs. T. platyphyllos Scop.T. borchii Vittad. ectomycorrhizal systems: a comparison of structural and functional traits. Plant Physiology and Biochemistry, Paris, v. 43, n. 7, p. 709-716, 2005.
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Influência da bioativação do solo na atividade microbiana da soja Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM Lucas Macedo - Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agrobiologia/UFSM
INTRODUÇÃO A biomassa microbiana apresenta papel fundamental na produção vegetal, atuando de forma direta nos ciclos biogeoquímicos dos elementos, na degradação do material orgânico e consequentemente na manutenção da biodisponibilização de nutrientes, estabelecendo interações simbióticas benéficas à produtividade das culturas. No caso da soja, estima-se que até 94% do nitrogênio requerido pelos cultivares mais produtivos é fornecido via fixação biológica. Análises de parâmetros microbiológicos em solos cultivados são cada vez mais importantes, a fim de se entender e preservar as comunidades microbianas e as simbioses de interesse agronômico. Dentre estes parâmetros, a respiração basal representa um indicador sensível às alterações da comunidade microbiana provocadas por manejos e/ou produtos aplicados no ecossistema solo. OBJETIVO O trabalho teve por objetivo avaliar o efeito da tecnologia Penergetic® como bioativador de solo e planta na cultura da soja. METODOLOGIA Para comprovar os efeitos, ensaios de campo foram realizados em quatro áreas de cultivo no estado do Rio Grande do Sul, avaliando-se a respiração basal e a nodulação de raízes de soja nos tratamentos: 1) Adubação conforme a recomendação para a cultura (Testemunha); 2) Ajuste da adubação fosfatada, com base nos resultados da análise química do solo e 3) Sem utilização de adubação fosfatada. Os três tratamentos foram realizados com e sem a aplicação do bioativador de solo e planta (Tecnologia Penergetic®), totalizando seis tratamentos com quatro repetições. Não houve suprimento de nitrogênio durante o ciclo da cultura. No estágio de florescimento da soja, coletaram-se o solo e o sistema radicular das plantas para avaliação da respiração basal. Ao final do ciclo da cultura, avaliou-se a produtividade em cada tratamento. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05).
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RESULTADOS A respiração basal apresentou relação direta tanto com a racionalização da adubação como com a utilização da tecnologia Penergetic®. A bioativação do solo aumentou o fluxo de CO2, passando de 80,7 mg de C-CO2 por kg de solo seco por dia no tratamento testemunha, para 117,7 e 118,6 mg de C-CO2 por kg de solo seco por dia nos tratamentos onde houve a aplicação do Penergetic® juntamente com a prática de ajuste da dosagem de fertilizante e retirada da adubação, respectivamente.
RESPIRAÇÃO BASAL (mg de C-CO2 /por kg de solo seco por dia)
Figura 1.
117,77 a
120,00
94,67 b
100,00 80,00
80,57 c
118,67 a 103,80 ab
84,23 c
60,00 40,00 Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
20,00 0,00 Adubação Padrão
Adubação Padrão + Penergetic®
Adubação Ajustada
Adubação Ajustada + Penergetic®
Sem Adubação
Sem Adubação + Penergetic®
CONCLUSÃO A tecnologia Penergetic® mostrou-se uma ferramenta eficiente para ativação microbiana, favorecendo a simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio na cultura da soja.
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Efeito da Tecnologia Penergetic® no manejo da cultura da soja Paulo Sérgio de Assunção - Engenheiro Agrônomo, Consultor PA Consultoria
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
A soja é considerada uma das dez culturas de maior importância econômica mundial, sendo uma das principais fontes de concentrados proteicos e de óleo vegetal (DÍAZ et al., 1992). Os primeiros registros de produção mundial na cultura da soja são oriundos dos Estados Unidos, liderando o mercado mundial. No Brasil, para a safra 2015/2016 a soja ocupou uma área de aproximadamente 33 milhões de hectares, com produção total de aproximadamente 95 milhões de toneladas. A nível nacional, os principais estados produtores de soja são Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul (CONAB, 2016).
O ensaio foi conduzido na safra 2015/16 na estação de pesquisa da PA Consultoria Agronômica, Pesquisa & Agricultura de Precisão, sediada na Fazenda São Paulo, distrito de Deciolândia, no município de Diamantino, MT, cujas coordenadas geográficas são: latitude 14°03’59,9” S, longitude 57°17’13,1” W e altitude de 592 metros.
Devido à grande relevância da cultura, cada vez mais se busca aumento da produtividade. Por isso, o manejo nutricional balanceado e equilibrado é fundamental para que a cultura possa expressar o seu máximo potencial produtivo. A maioria dos solos brasileiros onde se cultivam soja possui deficiência de nutrientes ou desequilíbrio entre eles (SFREDO, 2007). No entanto, a crescente expansão da atividade agrícola tem levado a questionamentos quanto à qualidade dos sistemas de manejo do solo em uso (SALTON et al., 2008). Logo, se o solo representa um componente básico à atividade agrícola, a conservação de sua qualidade agronômica é essencial para a manutenção da produção em longo prazo. A soja é uma cultura muito exigente em todos os macro nutrientes essenciais. Para que os nutrientes possam ser eficientemente aproveitados pela cultura, devem estar presentes no solo em quantidades suficientes e em relações equilibradas. A insuficiência ou o desequilíbrio entre os nutrientes pode resultar numa absorção deficiente de alguns e excessiva de outros (SFREDO, 2008). O fósforo é muito importante para o desenvolvimento da cultura da soja, sendo responsável por respostas significativas no rendimento de grãos. Já a utilização do potássio, segundo SFREDO (2008), além de favorecer o funcionamento de várias enzimas, pode reduzir drasticamente a porcentagem de incidência de doenças fúngicas e bacterianas, quando aliado a fatoras climáticos, manejos culturais entre outros. Dessa forma, a deficiência deste nutriente pode causar uma diminuição na taxa fotossintética, aumentando a taxa de respiração da planta. Diante a necessidade de incorporar novas tecnologias para o aproveitamento dos nutrientes, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de Penergetic® Kompost e ® Pflanzen no estabelecimento, desenvolvimento e produtividade da cultura da soja.
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A semeadura foi realizada em 19/11/2015 e a cultivar utilizada foi M 8372 IPRO. O experimento foi instalado em solo argiloso (60% de Argila) de alta fertilidade natural. No tratamento de sementes foi utilizado Piraclostrobina (2,5%) + Tiofanato Metílico (22,5%) + Fipronil (71,3%) de nome comercial STANDAK TOP + Co (0,6%) + Mo (6%) + Aminoácidos (13%) de nome comercial EXION DA. Para o controle de plantas infestantes utilizou-se em pré-emergência as misturas de Diclosulan + S-Metolacloro (30 g ha-1 + 1,0 L ha-1), de nomes comerciais DUAL GOLD + SPIDER e em pós-emergência foi realizada uma aplicação de glifosato + óleo mineral (3,0 L ha-1 + 0,5 L ha-1) de nome comercial ZAP QI + NIMBUS. Foram realizadas 3 aplicações de fungicidas, sendo: Trifloxtrobina + Protconazole, de nome comercial FOX, Benzovindiflupir + Azoxtrobina de nome comercial ELATUS e Trifloxtrobina + Protconazole. Para o controle de lagartas, percevejos, e outras pragas foram realizadas aplicações de inseticidas quando a área atingia o nível de dano econômico. Foram monitorados alguns fatores ambientais capazes de influenciar a qualidade das aplicações, e os dados colhidos com o uso do Anemômetro portátil (VA 8021) estão na Tabela 1.
Tabela 1. Datas, Umidades Relativas do ar (U.R.), Temperaturas (T.), Horário de aplicação e Velocidade do vento (V.V.) na aplicação dos tratamentos Penergetic® em diferentes estádios fenológicos. Diamantino/MT, 2016. U.R. (%)
T. (°C)
Horário de Aplicação
V.V. (Km h-¹)*
1ª - 19/11/15
72,30
28,8
9h - 10h
2,4
2ª - 12/12/15
64,70
29,2
10h - 11h
2,1
3ª - 28/12/15
67,30
31,5
10h - 11h
2,8
Aplicações
Seis tratamentos foram utilizados para avaliar o efeito de Penergetic® Kompost e Penergetic® Pflanzen no estabelecimento e desenvolvimento da cultura da soja (Tabela 2).
Tabela 2. Diferentes manejos de adubação utilizados na cultura da soja, conduzidos na Estação Experimental PA Consultoria Agronômica, Pesquisa & Agricultura de Precisão. Diamantino/MT, 2016.
Doses (gha-¹)
Época de Aplicação
250 + 125 + 125
Dessecação / V3-V4 15 a 20 após a primeira aplicação
-
-
250 + 125 + 125
Dessecação / V3-V4 15 a 20 após a primeira aplicação
4. Adubação Indicada**
-
-
5. 0 kg P2O5 + Penergetic® Kompost + Penergetic® Pflanzen + Penergetic® Pflanzen
250 + 125 + 125
Dessecação / V3-V4 15 a 20 após a primeira aplicação
-
-
Nº Tratamentos 1. Adubação Padrão* + Penergetic® Kompost + Penergetic® Pflanzen ® + Penergetic Pflanzen 2. Adubação Padrão* 3. Adubação Indicada** ® + Penergetic Kompost ® + Penergetic Pflanzen + Penergetic® Pflanzen
6. 0 kg P2O5
Penergetic®
®
Penergetic
*Adubação Padrão: Fórmula 02-28-00, na dose de 262 kg ha-1 **Adubação Indicada: Fórmula 02-28-00 na dose de 110 kg ha-1). A adubação potássica de 150 kg ha-1 de Cloreto de Potássio foi utilizada em todos os tratamentos.
41
O delineamento experimental adotado foi o fatorial para três quantidades de adubo fosfatado com e sem aplicações da Tecnologia Penergetic, os seis tratamentos foram distribuídos em cinco repetições. As parcelas continham 4 linhas de 3 metros cada. A produtividade corrigida para 13% de umidade. Os dados obtidos foram submetidos à análise da variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância, utilizando-se o software SISVAR (FERREIRA, 2000).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: No ano agrícola 2015/2016 os fatores climáticos foram determinantes para que houvesse imprevistos nas lavouras do estado do Mato Grosso. As elevadas temperaturas, atraso das chuvas, juntamente aos períodos de estresse hídrico (veranicos), dificultaram seguir as orientações de época de semeadura, o que impactou diretamente na produtividade média das lavouras de soja. O que refletiu também na baixa produtividade média do presente ensaio. Nas condições desse ensaio, as aplicações de Penergetic proporcionaram resultados de produtividade superiores quando comparados aos tratamentos em que estes não foram aplicados.
Gráfico 1. Produtividade (sc/ha) da soja no campo experimental PA Consultoria 2016, Diamantino/MT.
CV% = 12,2
64,1 61,8 60,3
60,5
58,4
54,2
Zero adubação
Zero adubação ® + Penergetic
Adubação Indicada
Adubação Indicada +® Penergetic
Adubação Padrão
Adubação Padrão + ® Penergetic
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
De acordo com o gráfico 1, verifica-se o incremento de produtividade nos três níveis de adubação fosfatada quando utilizou a Tecnologia Penergetic®. Vale destacar, que a maior produção de grãos alcançada correspondeu com a adubação padrão do produtor e adubação indicada, ambas combinadas com as pulverizações da Tecnologia Penergetic®. Independentemente do nível de adubação utilizada ocorreu incremento de produtividade devido ao uso da Tecnologia Penergetic®. O incremento de produtividade devido ao uso da Tecnologia Penergetic® variou de 1,5 a 4,2 sacas/ha. Ocorreu diferença estatística significativa para a adubação padrão com Penergetic® quando comparadas com o zero de adubo sem e com Penergetic®. Os dados apresentados no gráfico 1, mostram tendência de acréscimos de produtividade, em resposta a uma possível relação entre 42
as quantidades de fertilizantes fosfatado e as aplicações de Penergetic®. Porém, este efeito não pode ser analisado a partir dos dados registrados durante a condução do experimento, devido as complexas relações que acontecem com o fósforo na solução do solo, proveniente da fertilização, que dependendo do poder tampão do solo pode apresentar equilíbrio com o P-inorgânico imobilizado na argila-húmus, e o P-orgânico contido na matéria orgânica e a biota do solo. Ocorreu diferença estatística significativa, com destaque para a adubação padrão (73 Kg/ha de P2O5) que alcançou 64,1 sacas/ha de grãos de soja, seguido pela adubação indicada (31,0 Kg/ha de P2O5) com 61,8 sacas/ha (Gráfico1). Os resultados mostram que os acréscimos de produtividade foram superiores quando aplicados os fertilizantes fosfatados, o que corrobora a necessidade da planta pelo nutriente, entretanto os níveis de produção obtidos na adubação indicada e padrão foram similares, este fato pode estar associado aos baixos níveis de fósforo disponível no solo, que em ocasiões pode ser inferior ao nível crítico necessário para a cultura (Gráfico 2).
Gráfico 2. Efeito dos níveis de adubação fosfatada na produtividade da soja na estação experimental PA Consultoria.
n = 10
CV% = 7,2 62,3
61,0
Os resultados obtidos neste trabalho coincidem com os dados publicados por BRITO et al. (2012) ao conferir que aplicações de Penergetic® proporcionaram aumentos significativos na produtividade de grãos do feijoeiro quando comparado com o tratamento controle (sem o uso do Penergetic®). Segundo os autores a tecnologia Penergetic® proporciona melhores condições ao desenvolvimento das plantas devido principalmente à melhor absorção de nutrientes como o fósforo.
56,3
Adubação Zero
Ocorreu diferença estatística significativa, quando foram comparados com tratamentos com e sem a Tecnologia Penergetic® (gráfico 3). A média das parcelas que receberam aplicações de Penergetic® apresentaram incrementos médios de produtividade de 3,1 sc/ha.
Adubação Indicada
Adubação Padrão
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
CONCLUSÃO: O uso da Tecnologia Penergetic® associadas com a adubação padrão, adubação indicada e zero de adubo proporcionaram incrementos de produtividade na soja de 4,1; 1,5 e 4,2 sc/ha respectivamente.
Gráfico 3. Efeito das aplicações de Penergetic® na produtividade da soja na estação experimental do PA Consultoria
n = 15
CV% = 6,2
61,44 58,34
a
b Sem Penergetic®
Com ® Penergetic
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRITO, R.O.; DEQUECH, F. K.; BRITO, R. M. Use of Penergetic® products P and K in the snap vean production. Annual Report of the Bean Improvement Cooperative, v.55, p.277-278, 2012. CONAB. Acompanhamento da safra brasileira: grãos, décimo segundo levantamento, setembro de 2016. Companhia Nacional de Abastecimento. Brasília, Conab. 2016. DÍAZ, H., I. BUSTO, O. VELÁZQUES, M. FERNÁNDEZ, J. GONZÁLEZ, Y J. ORTEGA. 1992. El cultivo de la soya para granos y forrajes. Costa Rica, CIDA. (Boletín Técnico). EMBRAPA. Tecnologias de Produção de Soja – Região Central do Brasil 2012 e 2013. Sistema de Produção 15. ISSN 2176-2902, Outubro, 2011. Londrina: Embrapa Soja. Fixação Biológica do Nitrogénio. Pp 164. FERREIRA, D. F. Análises estatísticas por meio do SISVAR (Sistema para análise de variância) Windows 4.0. In: Reunião Anual da Região Brasileira da Sociedade Internacional de Biometrias, 45., 2000, São Carlos. Anais... São Carlos: UFSCar, 2000. p. 255-258. SALTON, J. C.; MIELNICZUK, J.; BAYER, C.; BOIENI, M.; CONCEIÇÃO, P. C.; FABRÍCIO, A. C.; MACEDO, M. C. M.; BROCH, D. L. Agregação e estabilidade de agregados do solo em sistemas agropecuários em Mato Grosso do Sul. Revista Brasileira de Ciências do Solo. 32: 11 – 21. 2008. SFREDO, G. J. Soja no Brasil: Calagem, adubação e nutrição mineral. Londrina: Embrapa Soja, 2008. 148 p. Embrapa Soja. ISSN 1516-781X. (Documentos-305).
43
Penergetic® Kompost como Bioativador do Crescimento de microrganismos em condições in vitro Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS Joseila Maldaner - Bióloga, Doutora em Fisiologia Vegetal Cléber Witt Saldanha - Engenheiro Florestal, Doutor em Fisiologia
INTRODUÇÃO O solo, quando se encontra em equilíbrio, é habitado por diversos microrganismos que influenciam na sua fertilidade (STAMFORD et al., 2005) por proporcionarem diversas transformações químicas, físicas e biológicas benéficas para a sustentabilidade da agricultura (SOTTERO, 2003). Dentre os microrganismos que ocorrem naturalmente nos mais diversos tipos de solo encontram-se os fungos do gênero Trichoderma sp., que são considerados bioestimuladores do crescimento radicular, além disso, facilitam a solubilização e absorção de nutrientes pelas plantas (HARMAN, 2000; HARMAN et al., 2004). Segundo Delgado et al. (2010), algumas espécies deste gênero também possuem potencial para disponibilizar nutrientes na rizosfera a ponto de reduzir a necessidade de adubação nas culturas. O meio de cul-
tura GL foi desenvolvido para identificar microrganismos capazes de aumentar a disposição de fósforo às plantas através dos processos de mineralização e solubilização desse elemento. OBJETIVO O objetivo deste ensaio foi avaliar o efeito da adição de Penergetic® Kompost sobre o desenvolvimento de três isolados de Trichoderma sp. em meio de cultura GL contendo forma insolúvel de fósforo (precipitado de fosfato inorgânico). METODOLOGIA Discos de micélio (9mm de diâmetro) de três isolados de Trichoderma sp. crescidos em meio de cultura BDA (batata-dextrose-ágar) durante 15 dias foram transferidos para o centro de placas de Petri (90mm de diâmetro), sobre meio de cultura GL contendo precipitado de fosfato inorgânico
Solução
Tabela 1. Soluções usadas para o preparo do meio GL contendo CaHPO4 (BRADLEY-SYLVESTER et al., 1982).
Após a homogeneização das três soluções constituintes do meio GL contendo CaHPO4, o Penergetic® Kompost foi adicionado ao meio de cultura em am44
com ou sem adição de Penergetic® Kompost. Este meio de cultura é utilizado para selecionar microrganismos solubilizadores de fósforo, pois é constituído por uma forma insolúvel de fósforo, o fosfato-tricálcico (CaHPO4) (BRADLEY-SYLVESTER et al., 1982). Os tratamentos avaliados foram: meio GL contendo CaHPO4 com e sem adição de Penergetic® Kompost (2,08g.L-1). Foram testados três isolados fúngicos do gênero Trichoderma, identificados como: 04, 21 e 30. Nenhum destes isolados apresentou capacidade de solubilização de fosfato, conforme ensaios previamente realizados. Depois de autoclavado o meio GL, foram adicionados 50 mL de K2HPO4 (10%) e 100 mL de CaCl2 (10%). Assim, ocorre a formação de um precipitado de fosfato inorgânico (CaHPO4). Os constituintes de cada solução são informados na tabela 1.
Volume total da solução
Reagente
Qtde. (g )
Glicose
10
Extrato de levedura
2
Ágar
15
Solução 1
K₂HPO₄
5
50 mL
Solução 2
CaCl₂
10
100 mL
Meio GL
biente totalmente asséptico. As unidades experimentais foram distribuídas aleatoriamente no interior da câmara climatizada (temperatura de 25±2 ºC e
850 mL
fotoperíodo de 12 horas). Decorridas 72 e 120 horas de incubação, as placas foram analisadas quanto ao crescimento dos isolados fúngicos.
RESULTADOS Foram observadas diferenças visuais relevantes em relação ao crescimento dos três isolados fúngicos crescidos em
meio de cultura com Penergetic® Kompost, comparativamente àqueles que cresceram sem a presença do produto. Após um período de 72 horas de incubação, os isolados nº 4 e 21 apresentaram
velocidade de crescimento visivelmente superior quando crescidos em meio de cultura com adição de Penergetic® Kompost (Figura 1). Figura 1. Crescimento in vitro dos isolados fúngicos de Trichoderma sp. (isolados nº 4 e 21) em meio de cultura GL contendo CaHPO4 com e sem adição de Penergetic® Kompost, após 72 horas de incubação.
Penergeticc ® Com Penerge
Sem Penerge Penergeticc ®
A partir de 120 horas de incubação, observou-se que o isolado nº 30 também apresentou diferenças em relação ao crescimento e à esporulação devido à adição de Penergetic® Kompost ao meio de cultura (Figura2). Figura 2. Crescimento in vitro de três isolados fúngicos de Trichoderma sp. (isolados nº 4, 21 e 30) em meio de cultura GL contendo CaHPO4 com e sem adição de Penergetic® Kompost, após 120 horas de incubação.
Com ComPenergetic Penergetic®®
SemPenergetic Penergetic®® Sem
Com Penergetic Penergetic®® Sem Sem Penergetic Penergetic®® Com Desta forma, analisando o padrão de crescimento dos isolados de Trichoderma sp. a partir de 72 horas de incubação, observou-se que tanto o crescimento quanto a esporulação do micélio dos isolados crescidos em meio de cultura enriquecido com Penergetic® Kompost foram significativamente superiores ao crescimento e à esporulação dos isolados crescidos na ausência do produto (Figuras 1 e 2). Nota-se ainda que os incrementos no crescimento
Com Penergetic® Penergetic® Sem Penergetic® Penergetic®
e na esporulação dos isolados crescidos em meio com Penergetic® Kompost se mantiveram com o passar do tempo, pois, mesmo após 120 horas de incubação, os isolados crescidos na ausência de Penergetic® Kompost apresentaram crescimento e esporulação evidentemente inferiores provavelmente devido ao reduzido suprimento dos nutrientes essenciais para o desenvolvimento dos mesmos, sendo, neste caso, o nutriente fósforo.
CONCLUSÃO A adição de Penergetic® Kompost ao meio de cultura GL contendo fosfato-tricálcico favoreceu o crescimento e a esporulação de isolados fúngicos do gênero Trichoderma sp. em condições in vitro.
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Efeitos da aplicação de Penergetic® Pflanzen sobre o teor de clorofila foliar em plantas de soja e tomateiro Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS Joseila Maldaner - Bióloga, Doutora em Fisiologia Vegetal Cléber Witt Saldanha - Engenheiro Florestal, Doutor em Fisiologia
INTRODUÇÃO O parâmetro da planta mais estudado no intuito de indicar o nível de nitrogênio (N) foliar para predizer a necessidade de adubação de cobertura é o teor relativo de clorofila na folha. Este método fundamenta-se na correlação positiva existente entre o teor de clorofila e o teor de N na planta (SORATTO et al., 2006; BARBOSA FILHO et al., 2008, 2009). Teores de clorofila ocupam posição de destaque na medida em que determinam o potencial fotossintético da planta através do seu controle sobre a quantidade de radiação solar que uma folha absorve (BLACKBURN, 2007; HATFIELD et al., 2008). Uma possibilidade para determinação quantitativa do conteúdo das clorofilas de forma rápida e não destrutiva, com base nas suas assinaturas espectrais é o uso de clorofilômetros, que são sensores ativos da intensidade da cor verde nos tecidos foliares e operam combinando propriedades de transmitância e absorbância das clorofilas
(SHADCHINA e DMITRIEVA, 1995; BLACKBURN, 2007). As leituras indiretas efetuadas pelo medidor portátil de clorofila correspondem ao teor relativo de clorofila presente na folha da planta (TAKEBE e YONEYAMA, 1989; CHAPMAN e BARRETO 1997). Os teores de clorofila podem ser alterados por diferentes fatores, tais como, condições estressantes, adubação nitrogenada ou ainda aplicação de bioindutores alternativos. OBJETIVO Objetivou-se verificar se a aplicação foliar do produto Penergetic® Pflanzen altera os teores de clorofila nas folhas de plantas de soja e tomateiro em casa de vegetação. METODOLOGIA O ensaio foi conduzido em casa de vegetação utilizando plantas de soja e tomateiro cultivadas em copos plásticos contendo o substrato comercial Carolina Soil (Figura 1). Vinte e sete dias após a semeadura, cinco plantas de cada uma das culturas receberam aplicação de solução Penergetic® Pflanzen na parte aérea através de pulverização manual. Utilizou-se a dose de 1,9 g de produto Penergetic® Pflanzen por litro de água, sendo que cada planta recebeu 2,5 mL da solução. A solução foi aplicada utilizando-se borrifador manual.
Figura 1. Plantas de soja (A) e tomateiro (B) com 27 dias após a semeadura, cultivadas em copos plásticos contendo substrato comercial Carolina Soil.
Os tratamentos foram com e sem aplicação de Penergetic® Pflanzen, sendo utilizadas cinco repetições por tratamento de cada espécie vegetal (soja e tomateiro). As plantas foram mantidas em casa de vegetação durante sete dias, sendo rea46
lizada uma leitura diária, no mesmo horário, do teor de clorofila com o clorofilômetro ClorofiLOG CFL 1030 (FALKER, 2008). As leituras foram realizadas em um ponto do limbo foliar do primeiro par de folhas completamente expandidas a partir do meristema apical, amostrando uma planta em cada repetição.
RESULTADOS Observaram-se comportamentos distintos entre as plantas de soja e tomate que receberam e as que não receberam a aplicação do Penergetic® Pflanzen.
Para as plantas de soja, a partir do segundo dia após a aplicação do produto, o índice de clorofila foliar (ICF) apresentou incrementos em relação às plantas testemunha (sem a aplicação do produto). A partir do quinto dia da aplicação, esta diferença passou a ser significativamente superior (Tabela 1, Figura 2A).
Tabela 1. Médias dos teores de clorofila foliar (ICF) determinados em plantas de soja e tomateiro que receberam ou não adição de Penergetic® Pflanzen na parte aérea. Médias de cinco repetições. (n = 5).
Figura 2. Índice de Clorofila Falker (ICF) observado nas plantas de soja (A) e tomate (B) após a aplicação do Penergetic® Pflanzen.
Observou-se que do quinto ao sétimo dia de avaliações, ocorreu redução na produção de clorofila pelas plantas de soja (Figura 2A), o que provavelmente ocorreu devido ao aumento na temperatura no interior da casa de vegetação durante o período de condução do experimento. Para as plantas de tomateiro, observou-se leve diminuição no índice de clorofila nas plantas que receberam o produto nos dois primeiros dias após aplicação. No entanto, 72 horas após a aplicação, estas plantas apresentaram índices de clorofila foliar significativamente superiores aos observados nas plantas testemunhas. No sétimo dia após a aplicação, o incremento no índice de clorofila nas plantas que receberam a aplicação do Penergetic® Pflanzen chegou a 25,88% em relação às plantas testemunha. Nestas plantas, o efeito da temperatura também foi observado, porém, com menor intensidade. No entanto, nas plantas que receberam o Penergetic® Pflanzen não
foi observado este efeito (Figura 2B). Possivelmente, as altas temperaturas registradas no 5º ao 7º dia (superiores a 37º C) provocaram redução dos índices de clorofila em ambas as espécies vegetais. Contudo é importante destacar a diferença observada entre as plantas que receberam e as que não receberam aplicação do Penergetic® Pflanzen. As primeiras apresentaram uma redução mais branda do que as que não foram tratadas com o produto. Esses resultados sugerem uma importante aplicação deste produto como protetor dos sistemas de pigmentos, embora o mecanismo de atuação ainda deva ser estudado. Os resultados apresentados na figura 2 permitem inferir que, no que se refere ao incremento no teor de clorofila, o produto Penergetic® Pflanzen promoveu maior taxa fotossintética. CONCLUSÃO A aplicação de Penergetic® Pflanzen (solução de 1,9 g.L-1) na parte aérea de plantas de soja e tomateiro promoveu incrementos no teor de clorofila foliar.
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Associação dos Cafeicultores de Araguari
Efeito do bioativador Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost no desenvolvimento vegetativo do cafeeiro em solo nu e cultivado, associado à fertilizantes fosfatados e esterco de curral Roberto Santinato - Engenheiro Agrônomo MAPA Procafé Felipe Santinato - Engenheiro Agrônomo, Mestre em Produção Vegetal André Luís Teixeira Fernandes - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Engenharia de Água e Solo
INTRODUÇÃO O produto comercial Penergetic é um bioativador de solo e de plantas com potencial em promover o aumento de efeitos positivos no vigor das plantas, com equilíbrio entre solo/planta, através da otimização da utilização dos fertilizantes adicionados ou da fertilidade já existente no solo. Atua na liberação do fósforo fixado não disponível às plantas e promove o reequilíbrio de microrganismos disponibilizando maior energia no processo fotossintético. Alguns trabalhos na cultura do café têm sido publicados com resultados positivos na redução da quantidade de insumos aplicados, em solos de média à elevada fertilidade, indicando que a tecnologia Penergetic® promove melhor aproveitamento da fertilidade já existente e dos recursos naturais existentes. ®
METODOLOGIA O trabalho foi desenvolvido no período de dezembro de 2013 à julho de 2014 (6 meses), no município de Araguari – MG, no campo experimental Izidoro Bronzi, pertencente à Associação dos Produtores de Café de Araguari. Foram utilizados vasos, dispostos em um viveiro telado com tela de polipropileno, com 50% de sombreamento e irrigação por aspersão com vazão de 70,0 Lh -1 (MATIELLO et al., 2010). Os tratamentos estudados foram: T1 - Solo virgem de cerrado (SVC); T2 - Solo virgem de cerrado mais Penergetic® Pflanzen e Kompost (SVCP); T3 - Solo virgem de cerrado mais superfosfato simples (SVCSS); T4 - Solo virgem de cerrado mais superfosfato simples mais Penergetic® Pflanzen e Kompost (SVCSSP); T5 - Solo virgem de cerrado mais fosfato de Araxá (SVCFA); T6 - Solo virgem de cerrado mais fosfato de Araxá mais Penergetic® Pflanzen e Kompost (SVCFAP); T7 - Solo virgem de cerrado mais esterco de curral (SVCEC); T8 - Solo virgem de cerrado mais esterco de curral mais Penergetic® Pflanzen e Kompost (SVCECP); T9 - Solo virgem de cerrado mais superfosfato simples e esterco de curral (SVCSSE); T10 - Solo virgem de cerrado mais superfosfato simples e esterco de curral mais Penergetic® Pflanzene Kompost (SVCSSECP); 48
T11 - Solo virgem de cerrado mais fosfato de Araxá e esterco de curral (SVCFAEC); T12 - Solo virgem de cerrado mais fosfato de Araxá e esterco de curral mais Penergetic® Pflanzen Kompost (SVCFAECP); T13 - Solo de lavoura cultivada por 10 anos (SLC); T14 - Solo de lavoura cultivada por 10 anos mais Penergetic® Pflanzen e Kompost (SLCP); T15 - Solo de lavoura cultivada por 10 anos mais esterco de curral (SLCEC); T16 - Solo de lavoura cultivada por 10 anos mais esterco de curral mais Penergetic® Pflanzen e Kompost (SLCECP). Os tratamentos estudados foram dispostos em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, totalizando 64 parcelas. Cada parcela abrangeu um vaso contendo três plantas. Utilizaram-se vasos com capacidade de 20 litros (baldes plásticos perfurados) preenchidos com substrato conforme os tratamentos em estudo. Plantou-se, em cada vaso, três plantas da cultivar Catuaí Vermelho IAC 144, com três pares de folhas, em raiz nua, para evitar interferência do substrato original das mudas. Em todos os vasos, aplicou-se 25 g de cloreto de potássio. As adubações nitrogenadas de cobertura foram realizadas com sulfato de amônia e ureia conforme recomendações do MAPA Procafé, vigentes para a região, bem como todos, os tratos culturais e fitossanitários. O manejo hídrico foi realizado de acordo com SANTINATO & FERNANDES 2012, mantendo a capacidade de campo nos vasos com 80%. O Penergetic® Kompost foi aplicado via solo, na dose de 600 g ha-1, e o Penergetic® Pflanzen foi aplicado via foliar, dividida três aplicações, utilizando-se a dose de 200 g ha-1 nos 1º, 3º e 5º meses de condução. O superfosfato simples e o fosfato de Araxá foram aplicados nas doses de 300
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g vaso-1 (1,5 t ha-1) e 500 g vaso-1 (2,5 t ha-1). O esterco de curral foi aplicado na dose de 2,0 L em cada vaso, correspondendo a 5,0 t ha-1. Aos seis meses após o plantio das mudas procedeu-se as avaliações do experimento. Foi realizada a biometria das plantas, matéria seca, parâmetros de nutrição de plantas e os parâmetros de fertilidade do solo. Os dados foram submetidos à analise de variância e quando procedente ao teste de Tukey, ambos à 5% de probabilidade. Os resultados encontram-se expressos em gráficos, para melhor entendimento e visualização. RESULTADOS As variáveis biométricas e de matéria seca apresentaram diferenças significativas na análise de variância e no teste de Tukey, como pode ser visualizado nos gráficos 1.1 a 1.8. Verificou-se a superioridade de todos os tratamentos que utilizaram o produto Penergetic® em relação à testemunha e aos demais tratamentos, independentemente do substrato em que as mudas se encontravam plantadas. Os maiores valores obtidos nos parâmetros biométricos foram nos tratamentos 4, 8, 12, 14 e 16. Na média dos tratamentos, com a aplicação de Penergetic®, obtiveram-se acréscimos de 18, 17, 10, 21, 8 e 49% na altura das plantas, diâmetro da copa e caule, comprimento da raiz, número de ramos e número de folhas, respectivamente. É importante salientar que mesmo com a baixa fertilidade natural dos solos de cerrado, na ausência de qualquer adubação fosfatada, a aplicação do Penergetic® promoveu acréscimo em todos os parâmetros biométricos avaliados. Os resultados foram superiores nos solos que receberam adubações fosfatada e orgânica. Com relação aos parâmetros de fertilidade do solo, observou-se que os tratamentos que não utilizaram Penergetic® obtiveram maior teor de Al+3 e m%. Isto ocorreu devido ao Penergetic® atuar na liberação do Ca+2 e Mg+2 presente no solo, notadamente no solo adubado com esterco de curral, que os libera de forma gradual, o Ca+2 e Mg+2 formam compostos com o Alumínio neutralizando-o. Tal fato também influencia no m% e V%, com aumento do índice de saturação de bases nos tratamentos adubados com Penergetic®. A aplicação de Penergetic® resultou em aumento do teor e da disponibilidade de fósforo para as plantas, como ilustra o gráfico 2.1. O P é o principal nutriente para o cafeeiro na fase de formação da lavoura, principalmente devido ao seu papel na formação e expansão do sistema radicular. Provavelmente o maior fornecimento deste nutriente foi o responsável pelo acréscimo nos parâmetros biométricos das plantas. A maior diferença entre o fator ausência e presença de Penergetic® foi obtida no solo virgem de cerrado adubado com fosfato de Araxá. Esta fonte apresenta cerca de 28% de P2O5 solúvel em ácido cítrico, e baixa eficiência no fornecimento deste nutriente para as plantas, quando comparado à outras fontes (MALAVOLTA et al., 2006). A aplicação do Penergetic® juntamente com o fosfato de Araxá potencializou sua eficiência, liberando uma maior quantidade de P2O5. CONCLUSÃO Pode-se concluir que o Penergetic® atua na liberação dos nutrientes contidos nos solos, fertilizantes orgânicos ou minerais, disponibilizando maior quantidade destes para as plantas, com destaque para Ca, Mg e P. E que o maior aproveitamento dos nutrientes obtido pela utilização de Penergetic® promove maior crescimento biométrico das plantas.
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SVC = T1 e T2: Solo virgem de cerrado SVCSS = T3 e T4: Solo virgem de cerrado + superfosfato simples SVCFA = T5 e T6: Solo virgem de cerrado + fosfato de araxá SVCEC = T7 e T8: Solo virgem de cerrado + esterco de curral SVCSSE = T9 e T10: Solo virgem de cerrado + superfosfato simples + esterco de curral SVCFAEC = T11 e T12: Solo virgem de cerrado + superfosfato simples + fosfato de araxá SLC = T13 e T14: Solo de lavoura cultivada por 10 anos SLCEC = T15 e T16: Solo de lavoura cultivada por 10 anos + esterco de curral
LEGENDA DOS GRÁFICOS
GRÁFICOS DOS PARÂMETROS BIOMÉTRICOS
GRÁFICOS DOS PARÂMETROS BIOMÉTRICOS
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GRÁFICOS DOS PARÂMETROS BIOMÉTRICOS
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GRÁFICOS DOS PARÂMETROS BIOMÉTRICOS
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GRÁFICO DO PARÂMETRO DA FERTILIDADE DO SOLO
LEGENDA DOS GRÁFICOS SVC = T1 e T2: Solo virgem de cerrado SVCSS = T3 e T4: Solo virgem de cerrado + superfosfato simples SVCFA = T5 e T6: Solo virgem de cerrado + fosfato de araxá SVCEC = T7 e T8: Solo virgem de cerrado + esterco de curral SVCSSE = T9 e T10: Solo virgem de cerrado + superfosfato simples + esterco de curral SVCFAEC = T11 e T12: Solo virgem de cerrado + superfosfato simples + fosfato de araxá SLC = T13 e T14: Solo de lavoura cultivada por 10 anos SLCEC = T15 e T16: Solo de lavoura cultivada por 10 anos + esterco de curral
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Estudo da viabilidade de disponibilização de Potássio e Fósforo em solos de Cerrado com a utilização do Penergetic® André Luís Teixeira Fernandes - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Engenharia de Água e Solo Roberto Santinato - Engenheiro Agrônomo Pesquisador MAPA Procafé Reginaldo O. Silva - Gerente do Campo Experimental Izidoro Bronzi, Araguari/MG Antônio Nascimento Teixeira - Mestre em Ciência do Solo, Consultor Agronômico
INTRODUÇÃO As comunidades de organismos micro e macroscópicos que habitam o solo realizam atividades imprescindíveis para a manutenção e sobrevivência das comunidades vegetais e animais. No solo, as principais atividades dos organismos são: mineralização da matéria orgânica; produção de húmus; ciclagem de nutrientes e energia; fixação de nitrogênio atmosférico; produção de compostos complexos que causam agregação do solo; decomposição de xenobióticos e controle biológico de pragas e doenças, proporcionando assim, condições ideais para uma biodiversidade extremamente elevada. Especificamente no cultivo de café, a tecnologia Penergetic® tem sido utilizada na prática para promover o equilíbrio e intensificação das atividades microbiológicas no solo, a fim de melhorar o fornecimento dos nutrientes potássio e fósforo, principalmente os percentuais destes elementos que estão nas formas não lábeis no solo. OBJETIVOS Dentro desse contexto, instalou-se um experimento com os seguintes objetivos: 1) avaliar o efeito da aplicação de Penergetic® Kompost e Penergetic® Pflanzen, sobre o equilíbrio biológico do solo, a nutrição mineral, crescimento, produtividade e qualidade do cafeeiro irrigado e cultivado em condições de cerrado e 2) avaliar possibilidade de redução da adubação P e K do cafeeiro com a utilização da tecnologia Penergetic®. METODOLOGIA O experimento está sendo conduzido no Campus Experimental Izidoro Bronzi, convênio Universidade de Uberaba, Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) e Fundação Procafé, em lavoura de café cultivar Catuaí Vermelho IAC 15, com 07 anos de idade, espaçamento 3,70 x 0,70 m, situada na Fazenda Chaparral, às margens da Rodovia do Café, Km 09, município de Araguari (MG). O sistema de irrigação é o tipo gotejamento, com emissores autocompensantes, vazão de 2,3 litros/hora, espaçamento de 3,70 m entre linhas e 0,70 m entre gotejadores. Foram aplicados 5 tratamentos, conforme tabela 1. As aplicações de fertilizantes foram realizadas em outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março (divididas em 2 aplicações por mês), o Penergetic® Kompost foi realizado em outubro e o Penergetic® Pflanzen - 3 aplicações junto com as pulverizações de defensivos. Os tratos culturais, fitossanitários e nutricionais foram realizados conforme recomendação de SANTINATO, FERNANDES (2012). 55
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Tabela 1. Descrição dos tratamentos instalados no campo Experimental Izidoro Bronzi. TRATAMENTO
DESCRIÇÃO
T1
Testemunha Padrão (gotejo normal, sem adubação PK, adubação nitrogenada normal)
T2
Adubação de cobertura convencional via fertirrigação (100% de NPK recomendada)
T3
Adubação de cobertura convencional via fertirrigação (100% de NPK recomendada) + Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost.
T4
Adubação de cobertura convencional via fertirrigação (75% de NPK recomendada) + Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost.
T5
Adubação de cobertura convencional via fertirrigação (50% de NPK recomendada) + Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost.
Tabela 2. Colheita dos diferentes tratamentos, em sacas beneficiadas por hectare, cinco safras, Campo Experimental Izidoro Bronzi, Araguari/MG
Tratamentos
Quan dade Nematoides
T1
T2
T3
T4
T5
Meloidogine sp.
Solo
112
276
256
172
188
Raiz
860
884
326
160
72
Pratylenchus sp.
Solo
-
-
-
-
-
Raiz
-
-
-
04
-
Rotylenchulus reniformis
Solo
-
04
Raiz
-
-
56
Tabela 3. Contagem de nematoides no solo e raízes do cafeeiro. Laboratóio de Nematologia - EPAMIG - Análise 81/2013
CONCLUSÃO
Pode-se concluir, após 5 safras, que a utilização da tecnologia Penergetic® é viável para a nutrição do ca04 feeiro, na medida em que permite redução da adubação necessária, com aumento de produtividade. Na média de cinco safras, a superioridade de produção comparando-se com a nutrição convencional foi de 10 sacas beneficiadas/ha/ano, com redução de 50% na quantidade de NPK recomendado. Com relação aos indicadores biológicos, comparando-se com a testemunha e fertirrigação convencional, os tratamentos com Penergetic® promoveram aumentos de 16 a 36% na biomassa microbiana, houve maior colonização de micorrizas nas raízes de café, com valores de 10,6 a 22% e superioridade de número de esporos micorrizicos com valores de 10 a 19/50 mL de solo. E menor incidência de nematoides nas raízes dos cafeeiros dos tratamentos que utilizaram a tecnologia.
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ANÁLISE NEMATOLÓGICA – CAFÉ | ACA – ARAGUARI-MG/2013
Meloidogyne sp - Solo
884
860
Meloidogyne sp - Raiz
276
256
324 188
172 160
112
72
Controle
100% NPK
100% NPK + Penerge c®
75% NPK + Penerge c®
50% NPK + Penerge c®
Gráfico 1 - Contagem de nematoides no solo e na raiz do cafeeiro
PRODUTIVIDADE (SACAS BENEFICIADAS / HA) 80
T1 - Sem Penerge c® T2 - Sem Penerge c® T3 - Com Penerge c®
70
T4 - Com Penerge c® T5 - Com Penerge c®
60 53,2 51,2 48,8
50
43,4
40
38,7
30
20
10
0 2009/2010
2010/2011
2011/2012
2012/2013
2013/2014
MÉDIA
Gráfico 2 - Produtividade (sacas beneficiadas/ha), cinco safras do cafeeiro 57
Efeito da utilização da Tecnologia Penergetic® na supressão de danos causados por fitonematoides Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM
INTRODUÇÃO Os nematoides representam o maior número de organismos multicelulares no solo. Estes organismos estão distribuídos em cerca de 15.000 espécies conhecidas, porém há estimativas de que o número total possa chegar a 50.0000 espécies no solo. Estes organismos representam nível trófico do sistema, devido ao seu rápido ciclo reprodutivo, morfologia, especificidade alimentar e a resposta em curto prazo de tempo às mudanças ambientais e ações de manejo do solo. Estes organismos ocupam posição central na cadeia alimentar de detritos, participando de processos ecológicos fundamentais, como na decomposição e ciclagem de nutrientes. Informações divulgadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), demonstram que no Brasil encontram-se aproximadamente 25 patógenos de importância econômica para culturas de grãos, em especial a cultura da soja. Dentre estes, os fitonematoides vêm crescendo em importância no sistema produtivo e ganhando espaço no cenário brasileiro, podendo inclusive inviabilizar algumas áreas de cultivo. As nematoides em culturas agrícolas estão associadas a pelo menos uma dezena de gêneros de fitonematoides, onde dos quais os gêneros Meloidogyne spp., Heterodera spp., Pratylenchus spp., Rotylenchulus spp., Helicotylenchus spp. e Xiphinema spp. são os mais importantes. O grande número de espécies vegetais hospedeiras existentes, a fácil disseminação e a interação com outros organismos fitopatogênicos colocam estes fitonematoides entre os principais
58
patógenos responsáveis por danos às culturas agrícolas, reduzindo a produtividade das culturas e acarretando perdas na ordem de US$ 125 bilhões anualmente. A cada ano agrícola fica evidente o aumento quanto à preocupação e consequente procura por medidas de controle e manejo sustentável destes fitopatógenos, visto que as áreas com sintomas da ação destes organismos, especialmente os causadores de galhas e de lesões radiculares, vem crescendo ano a ano. Esta disseminação está associada, entre outros fatores, a falta de divulgação dos problemas inerentes à presença destes fitopatógenos nas lavouras, do desconhecimento da distribuição destes organismos no campo, bem como do manejo equivocado que vem sendo adotado em áreas infestadas. Embora a biologia e o comportamento dos fitonematoides causadores de galhas e de lesões radiculares sejam bem conhecidos pela pesquisa, o controle destes organismos a campo ainda apresentam grandes limitações, tanto pela carência de produtos eficientes como pela falta de informação por parte da assistência técnica, uma vez que, frequentemente, a baixa produtividade observada em áreas infestadas pelo fitonematoide seja atribuída inicialmente a problemas de fertilidade do solo, fitotoxicidade a produtos químicos ou ação de fungos ou bactérias de importância agrícola. Para que a produtividade seja compatível com a rentabilidade esperada pelo produtor e com o potencial da cultura, faz-se necessário constante busca de soluções e adoção de medidas relacionadas à nutrição, ao manejo e às condições fitossanitárias da lavoura. O controle destes organismos não se baseia somente na tentativa de sua erradicação, mas na diminuição da população presente no solo a níveis não prejudiciais à produção. Neste contexto, o objetivo deste material é apresentar informações que auxiliem no controle sustentável de fitonematoides causadores de danos em cultivos agrícolas.
METODOLOGIA Foram avaliadas a nematofauna existente em ensaios de campo e em casa de vegetação, buscando-se determinar a eficiência da Tecnologia Penergetic® em suprimir danos causados nas culturas de soja, trigo e milho. Para a avaliação de nematoides, foram realizadas coletas de amostras de solo e de raízes, as quais foram acondicionadas em sacos plásticos devidamente identificados e mantidas em caixa de isopor até o momento da sua utilização. A extração de nematoides do solo foi realizada pelos métodos combinados de flutuação, sedimentação, peneiramento e separação por centrífuga em solução de sacarose (JENKINS, 1964). Após a coleta e extração dos fitonematoides, efetuou-se a contagem do número de nematoides, utilizando-se microscópio estereoscópio, com aumento de 40x. A identificação dos fitonematoides foi realizada através das características morfológicas segundo JAIRAJPURI e AHMAD (1992), HEYNS (1971), SIDDIQUI (1985) e MAI e MULLIN (1996). Para avaliação da população de fitonematoides no interior das raízes, procedeu-se, no período de florescimento das culturas, a contagem do número de organismos, utilizando-se metodologia descrita por BYRD et al. (1983) para coloração de raízes. Após a etapa de coloração, as raízes foram dispostas entre duas lâminas de vidro, sob microscópio com aumento de 40x, para contagem do número de fitonematoides penetrados. Posteriormente avaliou-se, aos 36, 45 e 60 dias após a inoculação dos nematoides, a eficiência de ativos comerciais (químicos e biológicos) utilizados no controle de fitonematoides com e sem a presença da Tecnologia Penergetic®. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e teste de médias de acordo com Tukey pelo software SISVAR (FERREIRA, 2000).
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TRIGO
NÚMERO DE NEMATOIDES PENETRADOS Meloidogyne javanica
61
60 50
45
40
30 kg de P₂O₅
Recom. Adubação CQFS-RS/SC + Penerge c®
0
Testemunha + Penerge c®
10
38
35
30 20
57
30 kg de P₂O₅ +Penerge c®
68
Recom. Adubação CQFS RS/SC
70
Testemunha
Número de Fitonematoides
80
Fonte: UFSM/RS. (CQFS RS/SC – Comitê de química e fertilidade do solo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Figura 1. Número de fitonematoides (Meloidogyne javanica) penetrados nas raízes de trigo cultivar Quartzo, na fase de florescimento, em condições de casa de vegetação. Média de 5 repetições.
89 68,5
30 kg de P2O5 + Penerge c®
41 30 kg de P2O5
38,5
Recom. Adubação CQFS RS/SC
75,5
Recom. Adubação CQFS-RS/SC + Penerge c®
83
Testemunha + Penerge c®
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
Testemunha
Número de Fitonematoides
NÚMERO DE NEMATOIDES PENETRADOS Pratylenchus brachyurus
Fonte: UFSM/RS. (CQFS RS/SC – Comitê de química e fertilidade do solo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Figura 2. Número de nematoides (Pratylenchus brachyurus) penetrados nas raízes de trigo cultivar Quartzo, na fase de florescimento em condições de casa de vegetação. Média de 5 repetições.
60
SOJA
235
250
203
50 0
Testemunha + Penerge c®
150
Metade rec. P e K
200
187 Recomendação P e K + Penerge c®
300
100
342
318
Recomendação P e K
350
364
Metade rec. P e K + Penerge c®
400
Testemunha
Nº de fitonematóides por grama de raiz
NÚMERO DE NEMATOIDES PENETRADOS NO FLORESCIMENTO Pratylenchus brachyurus
Fonte: UFSM/RS. (Rec, Penergetic® Pflanzen e Kompost – recomendação de fósforo e potássio segundo o Comitê de química e fertilidade do solo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Figura 3. Número de Pratylenchus bvrachyurus penetrados por grama de raiz de soja cv Fepagro 36RR submetidas a diferentes tratamentos (CV% 13,24 ).
800 700
689
655
654
600
338
100 0
Metade rec. P e K
200
Testemunha + Penerge c®
300
284 Recomendação de P e K + Penerge c®
346
Metade rec. P e K + Penerge c®
400
Recomendação de P e K
500
Testemunha
Número de fitonematoides por grama de raíz
NÚMERO DE NEMATOIDES PENETRADOS NO ENCHIMENTO DE GRÃOS Pratylenchus brachyurus
Fonte: UFSM/RS. (Rec, Penergetic® Pflanzen e Kompost – recomendação de fósforo e potássio segundo o Comitê de química e fertilidade do solo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Figura 4. Número de Pratylenchus bvrachyurus penetrados por grama de raiz de soja cv Fepagro 36RR em casa de vegetação.
61
Figura 5. Nematoide das lesões radiculares Pratylenchus brachyurus penetrados nas raízes de soja cultivar Fepagro 36RR, na fase R8. (A) Aumento de 20x e (B,C,D) aumento de 100x. Fonte: UFSM/RS.
Figura 6. Nematoides (Pratylenchus brachyurus) penetrados nas raízes de soja Nidera 5909 aos 60 dias após a emergência em condições de casa de vegetação. Média de 6 repetições. Fonte: UFSM/RS.
62
SOJA
NÚMERO DE NEMATOIDES PENETRADOS AOS 30 DAE Pratylenchus brachyurus
Fitonematoides por grama de raiz
30 DAE 378
400 350 300 250 200 150 100 50 0
Florescimento
366 302
267
257
248 168
157
Testemunha
Testemunha + Penerge c®
Adubação conforme CQFS - RS/SC
Adubação conforme CQFS - RS/S + Penerge c®
Figura 7. Número de nematoides da espécie Pratylenchus brachyurus penetrados em raízes de soja aos 30 dias após a emergência (DAE) e no florescimento da cultura.
1800
Penerge c®
1600
1600
Padrão
1400
1220
1200
983
1000
-38,6%
800 600 400 200 0
515
845
-30,7%
307
-40,4% Talhão 10B
Talhão 4A
Soja (safra 2014/2015)
Quan dade de nematoides por 5g de raízes
NÚMERO DE NEMATOIDES PENETRADOS Pratylenchus brachyurus
Talhão 15
Figura 8. . Número de Pratylenchus brachyurus em raízes de soja. Fazenda Reunidas do Papagaio, Sapezal/MT - Média dos 3 talhões: Safra 2014/15.
63
Figura 9. Fitonematoides (Pratylenchus brachyurus) penetrados nas raízes de milho TLTG Vipter aos 60 dias após a emergência em condições de casa de vegetação. Média de 6 repetições.
Figura 10. Número de fitonematoides (Pratylenchus brachyurus) penetrados nas raízes de milho híbrido TLTG Vipter, durante os primeiros 60 dias após a emergência em condições de casa de vegetação
Número de fitonematoides
700 600
Testemunha
500
Penerge c® 48,71%
300 200
59,42%
100 0 3
6
9 12 15 18 19 21 24 27 30 33 36 39 42 45 48 51 54 57 60
Milho: TLTG Vipter População inicial: 1750 nematoides por vaso
64
57,61%
400
Dias após a inoculação
SOJA CONCLUSÕES
NÚMERO DE NEMATOIDES PENETRADOS EM RAIZES DE SOJA (Pratylenchus brachyurus) 800 700
Sem Penerge c
724
600
Com Penerge c®
503
500
36 DIAS
APÓS A INOCULAÇÃO
411
400
474 377
300
312 298
265
200
403
466
395
Partindo-se do pressuposto de que o ciclo de parasitismo do fitonematoide inicia com a penetração e/ou lesão causadas pelas larvas infectantes nas raízes da planta, pôde-se observar que os tratamentos onde houve a utilização da Tecnologia Penergetic® resultaram em menor número de nematoides penetrados e/ou lesões radiculares, proporcionaram, consequentemente, maior desenvolvimento das plantas.
203
100 0
Testemunha
Abamec na
Cadusafós
Figura 11.
Sem Penerge c
1200 1000
1012
800
Imidacloprid +Tiodicarbe
Trichoderma
Com Penerge c®
Bacillus
45 DIAS
APÓS A INOCULAÇÃO
715
711 532
600
599 478
461
400
504 358
433
499
428
200 0
Testemunha
Abamectina
Cadusafós
Figura 12.
1600 1400
Sem Penerge c
1376 1013 836
800
Trichoderma
Com Penerge c®
Bacillus
60 DIAS
APÓS A INOCULAÇÃO
1200 1000
Imidacloprid +Tiodicarbe
866
843
702
688 506
600 400
577 421
519
429
200 0
Testemunha
Figura 13.
Abamec na
Cadusafós
Imidacloprid +Tiodicarbe
Trichoderma
Bacillus
65
Efeito do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost no estímulo à micorrização em raízes de soja Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo Professor do Departamento de Solos/UFSM Edicarla Trentin - Eng. Agr., Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS
Dentre as relações biológicas estabelecidas no ecossistema solo, a simbiose entre plantas e microrganismos heterotróficos, como o estabelecimento de micorrizas, destaca-se pelos benefícios proporcionados à produção vegetal. As micorrizas são consideradas a simbiose de maior expressão ecológica e econômica entre fungos do solo e raízes de plantas superiores, representando uma relação mutualística entre as raízes da planta e o fungo, onde o fungo proporciona à planta maior área de absorção de água e nutrientes, como o fósforo, o nitrogênio e o potássio e alguns micronutrientes não fungistáticos, devido à extensão de suas hifas no solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do Penergetic® Pflanzene Penergetic® Kompost sobre a taxa de micorrização de plantas de soja em condições de casa de vegetação. Para as avaliações, vasos com capacidade de 5 L foram preenchidos com 4 kg de solo, no qual foram utilizados os seguintes tratamentos: 1) testemunha; 2) testemunha com aplicação do Penergetic®; 3) aplicação da metade da dose recomendada de P2O5 e K2O; 4) aplicação da metade da dose recomendada de P2O5 e K2O com aplicação do Penergetic®; 5) aplicação da dose recomendada de P2O5 e K2O; 6)aplicação da dose recomendada de P2O5 e K2O com a aplicação do Penergetic®. O Penergetic® Kompost foi aplicado no solo sete dias antes da semeadura da soja e o Penergetic® Pflanzen aplicado via foliar nas fases V3 e R1. No período de florescimento da cultura, realizou-se a contagem e identificação de esporos micorrízicos no solo de cada tratamento, através do método de peneiramento úmido (GERDEMANN e NICHOLSON, 1963) e centrifugação em sacarose (JENKINS, 1964). Os esporos obtidos foram dispostos em lâminas e visualizados em microscópio ótico para identificação das espécies segundo suas características morfológicas (INVAM, 2001). Na fase de enchimento de grãos, avaliou-se a porcentagem de colonização micorrízica, onde as raízes foram clarificadas segundo metodologia proposta por KOSKE e GEMMA (1989) e avaliadas segundo método de intersecção proposto por GIOVANETTI e MOSSE (1980). Foram observados maior número de esporos no solo e diversidade de gêneros nos tratamentos onde houve a aplicação do Penergetic®, exceto nos tratamentos onde utilizou-se a dose recomendada de P2O5 e K2O, onde o teor de P pode ter proporcionado diminuição da presença de esporos no solo. Quanto à micorrização, a aplicação do Penergetic® resultou em acréscimo de 29,41%, 27,86% e 7,84% na porcentagem de colonização radicular, quando comparado aos tratamentos testemunha, meia dose e dose recomendada de P2O5 e K2O respectivamente. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que a tecnologia Penergetic® proporcionou incremento no número de esporos micorrízicos no solo e na porcentagem de colonização micorrízica em raízes de soja. 66
MICORRIZAÇÃO
Número de esporos micorrízicos no solo e micorrização das raízes das plantas de soja cv Fepagro 36RR submetida a diferentes tratamentos Nº esporos micorrízicos por 100 gramas de solo Nº esporos micorrízicos por 100 gramas de solo
Testemunha
Testemunha + Penerge c®
Metade rec PeK
Testemunha
Testemunha
Metade rec
c® PeK Resultados no+ Penerge florecimento da soja -
Metade rec PeK + Penerge c® Metade rec PeK (CV+ Penerge 21,6%) c®
Recomendação PeK
Metade rec PeK + Penerge c® Metade rec PeK + Penerge c®
Recomendação PeK
Recomendação PeK
Recomendação PeK + Penerge c® Recomendação PeK + Penerge c®
Micorrização nas raízes (%) Micorrização nas raízes (%)
Testemunha
Testemunha + Penerge c®
Metade rec PeK
Testemunha
Testemunha + Penerge c®
Metade rec PeK
Recomendação PeK
Recomendação PeK + Penerge c® Recomendação PeK + Penerge c®
Resultados no enchimento de graõs da soja - (CV 18,66%)
67
Efeito do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost na supressão de danos causados por nematoides na cultura da soja Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo, Professor do Departamento de Solos/UFSM Edicarla Trentin - Engenheira Agrônoma, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM Juliane Schmitt - Bióloga, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM Andressa de Oliveira Silveira - Pós-Doutora em Ciência do Solo, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental/UFSM
A grande distribuição geográfica, a fácil disseminação e a interação com outros organismos fitopatogênicos colocam os nematoides entre os principais patógenos responsáveis por danos às culturas agrícolas. Atualmente, o nematoide da espécie Pratylenchus brachiurus (Godfrey), causador de lesões radiculares, representa uma das principais ameaças à produtividade da soja nas regiões sudeste e centro oeste do Brasil. Por apresentar controle complexo, devem ser incluídos no manejo de fitonematoides, práticas ou tratamentos que estimulem a microbiota do solo, promovendo competição entre os organismos na rizosfera. Dentre as alternativas, o Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost, constituído de argila bentonita energizada, visa à ativação da microbiota do solo, otimizando as interações entre os organismos edáficos. O presente trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos da aplicação do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost nos danos causados por P. brachiurus na soja. Para isso, em casa de vegetação, vasos plásticos com capacidade de cinco litros foram semeados com soja cultivar Fepagro 36RR, inoculadas com 1750 ovos e juvenis de P. brachiurus. Avaliaram-se nove tratamentos: 1) testemunha sem a inoculação do nematoide; 2) testemunha com a inoculação do nematoide e sem aplicação do Penergetic®; 3) testemunha com a inoculação do nematoide e com aplicação do Penergetic®; 4) aplicação da dose recomendada de P2O5 e K2O sem a inoculação do nematoide; 5) aplicação da dose recomendada de P2O5 e K2O com a inoculação do nematoide e sem aplicação do Penergetic®; 6) aplicação da dose recomendada de P2O5 e K2O com a inoculação do nematoide e com aplicação do Penergetic®; 7) aplicação da metade da dose recomendada de P2O5 e K2O sem a inoculação do nematoide; 8) aplicação da metade da dose recomendada de P2O5 e K2O com a inoculação do nematoide e sem aplicação do Penergetic®; e 9) aplicação da metade da dose recomendada de P2O5 e K2O com a inoculação do nematoide e com aplicação do Penergetic®. O Penergetic® Kompost foi aplicado no solo sete dias antes da semeadura da soja e o Penergetic® Pflanzen aplicado via foliar nas fases V3 e R1. Durante o ciclo da cultura, observou-se que a utilização do Penergetic® reduziu os sintomas típicos dos danos causados por P. brachyurus em soja. Ao final do ciclo da cultura, observou-se que no tratamento testemunha, a presença do fitonematoide resultou na diminuição de 13% no número de vagens e de 15% no peso de grãos por planta, independentemente da aplicação do Penergetic®. Quando da aplicação da adubação (metade da dose ou dose recomendada), a utilização do Penergetic® reduziu os danos causados pelo P. Brachiurus, mostrando-se uma ferramenta eficiente no manejo de fitonematoides na cultura da soja. 68
Número de fitonematoides penetrados nas raízes das plantas de soja cv Fepagro 36RR submetida a diferentes tratamentos Número de fitonematoides por grama de raíz Número de fitonematoides por grama de raíz
Metade rec Recomendação Recomendação Fósforo e Fósforo e Fósforo e Potássio Potássio Potássio + Penerge c® + Penerge c® Recomendação Recomendação Metade rec Testemunha Testemunha Metade rec Resultados no florescimento da soja - comFósforo inoculação deFósforo Pratylenchus brachiurus Fósforo e e e + Penerge c® Fósforo e Potássio Potássio Potássio Potássio Número de fitonematoides por grama+de raízc® + Penerge c® Penerge Testemunha
Testemunha + Penerge c®
Metade rec Fósforo e Potássio
Número de fitonematoides por grama de raíz
Testemunha
Testemunha + Penerge c®
Metade rec Fósforo e Potássio
Testemunha
Testemunha + Penerge c®
Metade rec Fósforo e Potássio
Metade rec Fósforo e Potássio + Penerge c® Metade rec Fósforo e Potássio + Penerge c®
Recomendação Fósforo e Potássio Recomendação Fósforo e Potássio
Recomendação Fósforo e Potássio + Penerge c® Recomendação Fósforo e Potássio + Penerge c®
Resultados no enchimento de grãos da soja - com inoculação de Pratylenchus brachiurus
69
Efeito Bioativador do Penergetic® na atividade microbiana e qualidade do solo Edicarla Trentin - Engenheira Agrônoma, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM Andressa de Oliveira Silveira - Pós-Doutora em Ciência do Solo, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental/UFSM Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo, Professor do Departamento de Solos/UFSM Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS Antônio Carlos Bassaco - Mestre em Agrobiologia, Técnico do Laboratório de Biologia do Solo/UFSM
Atualmente, com a crescente demanda por alimentos e a ascensão do modelo de agricultura sustentável, o grande desafio é atender a necessidade de produção de alimentos em concomitância à preservação dos recursos naturais. A utilização de produtos bioestimuladores da população microbiana do solo e atividade fotossintética vegetal corrobora com a redução dos custos de produção, degradação ambiental, aumento da qualidade do solo e produtividade das culturas. Desta forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a qualidade do solo através de indicadores biológicos, da determinação da atividade microbiana, por meio da respiração basal e atividade de diversas enzimas do solo, diretamente relacionadas com a ciclagem de nutrientes. O experimento foi conduzido durante o ciclo da cultura da soja (Glycine max L.) no Centro de Pesquisa em Sementes da Fepagro, em Júlio de Castilhos. Foram realizados quatro tratamentos com três repetições cada: T1: testemunha; T2: somente Penergetic®; T3: recomendação do Rolas para K e P; T4:
recomendação do Rolas para K e P + Penergetic®. A amostragem do solo foi realizada em quatro diferentes épocas (03/12/2013; 13/01/2014; 07/03/2014 e 11/04/2014) a uma profundidade de 10 cm. As amostras foram tamisadas em peneira de 2mm e armazenas à -4°C. Foram determinadas a respiração basal microbiana e as atividades das enzimas β – Glicosidase, fosfatase ácida, urease e hidrólise de FDA, conforme os procedimentos descritos em Dick et al. (1996) para as três primeiras e segundo metodologia de Adam & Duncan (2001) para a hidrólise de FDA. Os resultados encontrados para a respiração microbiana foram superiores na terceira coleta, porém não houve diferença estatística entre os tratamentos com e sem Penergetic® e adubação química, representando um pico de atividade da população de microrganismos do solo. Já para a atividade enzimática, a hidrólise do FDA e β - Glicosidase não apresentaram diferenças estatísticas entre os tratamentos e as coletas, demonstrando-se insensíveis para detectar variações entre os diferentes tratamentos de fertilidade utilizados. Porém, para a fosfatase ácida houve maior atividade no tratamento com Penergetic® na segunda coleta, embora não tenha diferido dos tratamentos químicos com e sem adição de Penergetic® (Tabela 1).
Tabela 1. Atividade de enzima fosfatase ácida (µg p-nitrofenol g-1 solo seco h-1) em amostras coletadas antes da semeadura e aos 30, 90 e 120 dias após e emergência da soja.
70
Já a enzima urease apresentou tendência de maior atividade no tratamento com Penergetic® na terceira coleta, não diferindo do tratamento químico (Tabela 2).
Tabela 2. Atividade de enzima urease (µg N-NH4 g-1 solo seco 2h-1) em amostras coletadas antes da semeadura e aos 30, 90 e 120 dias após e emergência da soja.
Sendo assim, as enzimas fosfatase e urease tenderam a se demonstrar mais sensíveis aos efeitos da aplicação de tratamento de fertilização dos solos. O Penergetic® apresentou-se como uma eficiente ferramenta de bioativação de atividade microbiana. Porém, para a comprovação dos resultados obtidos é necessário dar continuidade à realização de ensaios em um mesmo solo, para observar o comportamento da população microbiana do mesmo, inclusive em outras culturas agrícolas.
71
Atividade biológica e persistência de resíduos culturais depositados sobre a superfície de solo, submetido à aplicação de Penergetic®
72
Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM Edicarla Trentin - Engenheira Agrônoma, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo, Professor do Departamento de Solos/UFSM
A atividade alimentar da comunidade edáfica e a velocidade de decomposição de resíduos culturais depositados sobre o solo são fatores que interferem diretamente na dinâmica da ciclagem de nutrientes e no manejo dos cultivos agrícolas. O trabalho teve como objetivos: 1) determinar a persistência de diferentes resíduos culturais e tamanho de resíduo em cultivo de soja que recebeu aplicação de Penergetic® durante o ciclo da cultura e 2) avaliar os efeitos da aplicação do Penergetic® sobre a atividade alimentar da comunidade edáfica. Os ensaios foram conduzidos em Júlio de Castilhos (RS) durante o cultivo de soja cultivar Fepagro 36 submetido a diferentes formas de adubação e doses de Penergetic®. Os tratamentos aplicados no campo foram: 1) testemunha (sem aplicação de Penergetic® e adubação mineral); 2) Aplicação de Penergetic® conforme recomendação do fabricante; 3) Aplicação de fósforo (P) e potássio (K) conforme recomendação do Manual de Adubação e Calagem para os Estados do RS e de SC e 4) Aplicação de Penergetic® e adubação mineral (P e K). Para avaliar a persistência dos resíduos, utilizou-se o método litter bags ou sacolas de decomposição. Os resíduos culturais de trigo foram cortados manualmente com tesoura e os de azevém foram triturados mecanicamente em triturador. Alterações na atividade alimentar da fauna foram avaliadas através do uso de bait-laminas. Decorridos 21 dias, as lâminas foram retiradas do solo e avaliadas quanto ao estado de perfurações, sendo os orifícios classificados como vazios, parcialmente vazios ou preenchidos. Foram observadas diferenças na persistência e velocidade de degradação de ambos os resíduos nos diferentes tratamentos ao longo dos 120 dias.
Tabela 1. Persistência da palhada de resíduos de trigo e azevém aos 30, 60, 90 e 120 dias após emergência da soja, utilizando a metodologia das sacolas de decomposição (litter bags). Média de cinco repetições
Palha moída. 2Palha cortada.
1
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 10% de probabilidade. 3
ns
diferença não significativa.
Maior velocidade de degradação foi observada até os 90 dias. O tamanho do resíduo interferiu na taxa de persistência no campo. A palhada de azevém triturada persistiu menos, indicando maior velocidade de degradação. Aos 120 dias, a maior taxa de degradação dos resíduos de azevém ocorreu no tratamento 2, correspondente à adição somente de Penergetic®, enquanto que para os resíduos de trigo as maiores taxas ocorreram nos tratamento 2 e 3. Foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos na atividade dos organismos habitantes da camada superficial do solo 0-8cm (Figura 1).
As parcelas testemunhas apresentaram maior percentual de orifícios preenchidos (34,58%), indicando menor atividade biológica. As parcelas nas quais foi adicionado somente Penergetic® apresentaram maior percentual de orifícios parcialmente vazios (70,42%). O tratamento correspondente à aplicação de fertilizantes (P e K) mais Penergetic® resultou em maior atividade biológica no solo, resultado evidenciado pelo menor percentual de orifícios preenchidos (7,33%) e maior percentual de orifícios vazios (32,76%) em relação aos demais tratamentos. A aplicação de Penergetic® aliada à correção da fertilidade do solo favoreceu a atividade biológica e microbiológica, reduzindo a taxa de persistência de resíduos em superfície.
Figura 1. Atividade alimentar dos organismos do solo cultivado com soja, avaliada através da metodologia da lamina-bait na camada 0-8 cm de solo. Média de 30 repetições.
80
ATIVIDADE ALIMENTAR
VAZIOS
PARCIALMENTE VAZIOS
70,42
70
65
59,91
60 % ATIVIDADE ALIMENTAR
CHEIOS
50
50 40
34,58
32,76
30 20
15,42
10 0
TESTEMUNHA
18,75 10,83
PENERGETIC®
20,93 14,17 7,33 RECOMENDAÇÃO P
RECOMENDAÇÃO P + PENERGETIC®
73
Efeito do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost na micorrização e na penetração de fitonematoides nas raízes do trigo Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM. Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo, Professor do Departamento de Solos/UFSM. Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM. Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/ RS. Edicarla Trentin - Engenheira Agrônoma, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM. Juliane Schmitt - Bióloga, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM. Antônio Carlos Bassaco - Mestre em Agrobiologia, Técnico do Laboratório de Biologia do Solo/UFSM.
INTRODUÇÃO
T1 = Testemunha
As micorrizas são associações mutualísticas entre alguns fungos do solo e uma ampla variedade de plantas. Além da maior absorção de nutrientes, a simbiose micorrízica proporciona às plantas outros benefícios como: maior eficiência na nodulação e na fixação biológica de nitrogênio; imobilização de metais pesados; otimização no uso da água; melhorias na estrutura do solo, diminuição de estresses bióticos e abióticos, etc.
T2 = Penergetic®
OBJETIVO
T6 = Recomendação NPK + Penergetic®
O presente trabalho teve por objetivo determinar o efeito da tecnologia Penergetic®, associada ou não com adubação química, na micorrização e na penetração dos fitonematoides nas raízes das plantas de trigo.
Os tratamentos foram conduzidos na presença e ausência de nematoides, os quais foram inoculados na cultura de soja antecessora. No período de florescimento da cultura, cinco plantas por repetição foram coletadas e as amostras de raízes utilizadas para determinar o porcentual de colonização micorrízica e a penetração de nematoides. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, usando o programa estatístico SISVAR.
METODOLOGIA O experimento foi conduzido na casa de vegetação no Departamento de Solos da UFSM, Santa Maria, RS. Para o cultivo do trigo, utilizou-se um Latossolo Vermelho Distrófico coletado no município de Catuípe/RS. O solo estava acondicionado em vasos de polietileno com capacidade de 5.000 mL, contendo 4.000 g de solo. O Penergetic® foi aplicado nas doses e épocas recomendadas pelo fabricante. A adubação da cultura seguiu as indicações do Manual de Adubação e Calagem e a semeadura do trigo cultivar Quartzo foi realizada no dia 23/07/2014 colocando-se 15 sementes por vaso, sendo que aos 10 dias após a emergência foi realizado o desbaste, deixando-se 10 plantas por vaso. O experimento constitui-se de seis tratamentos com quatro repetições, dispostos em delineamento inteiramente casualizado:
Tabela 1. Porcentagem de colonização micorrízica em raízes de plantas de trigo em floração, submetidas a diferentes tratamentos e cultivadas em casa de vegetação na presença e na ausência do fitonematoide Pratylenchus brachyurus.
ns
diferença não significativa.
Médias seguidas de mesma letra, minúscula nas colunas e maiúsculas nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Turkey a 5% de probabilidade.
74
T3 = Metade da recomendação de NPK T4 = Metade da recomendação de NPK + Penergetic®. T5 = Recomendação de NPK conforme Manual de Adubação
RESULTADOS Colonização micorrízica A porcentagem de micorrização das raízes de trigo foi influenciada pela adição de fósforo no solo e pela utilização do Penergetic®, ainda que diferenças estatísticas não fossem observadas (Tabela 1).
Tratamentos
Sem
Com
T1 - Testemunha
80,00 aA
70,00 nsB
T2 - Penerge c®
73,75 abB
86,25 nsA
T3 - Metade Rec. NPK
62,50 abA
61,25 nsA
T4 - Metade Rec. NPK + Penerge c®
76,25 aA
76,25 nsA
T5 - Recomendação NPK
41,25 bB
60,00 nsA
T6 - Recomendação NPK + Penerge c®
55,00 abB
66,25 nsA
12,27
9,52
CV%
Já a presença dos nematoides no solo não demonstrou influenciar a micorrização das raízes. Na média dos tratamentos, a colonização micorrízica foi de 78%, 69% e 56%, respectivamente nos tratamentos sem adição de fósforo, com metade da dose e com a dose recomendada. Na média das comparações entre os pares de tratamentos, observa-se que esta tecnologia aumentou a porcentagem de colonização em 13%, à exceção dos tratamentos Testemunha e Penergetic® na ausência de nematoides. Penetração de fitonematoides A tecnologia Penergetic® demonstrou reduzir a penetração dos nematoides Pratylenchus brachyurus nas raízes do trigo, à exceção do tratamento com Recomendação de NPK (Figura 1). Na comparação entre os tratamentos Testemunha e Penergetic® houve redução de 54% na penetração dos nematoides e na comparação entre os tratamentos com metade da recomendação de NPK a redução foi de 43% devido a aplicação do Penergetic®. De acordo com os resultados observados, é possível que a tecnologia Penergetic® resulte em maior atividade dos microganismos da rizosfera, que por sua vez, formam uma barreira biológica no entorno da raíz, protegendo esta do ataque de patógenos.
Figura 1 - Número de nematoide Pratylenchus brachyurus penetrados 44,33
41,67
41 36,5
25,25 19,33
Testemunha
Penerge
Metade rec.NPK
Metade rec. + NPK Penerge
Recomendação Recomendação NPK NPK + Penerge
CONCLUSÕES A aplicação do Penergetic® aumentou em 13% a colonização micorrízica nas plantas de trigo, mesmo quando o solo foi adubado com fósforo na dose recomendada ou com metade desta, ainda que diferenças estatísticas não fossem observadas. Para a maioria dos tratamentos, a tecnologia Penergetic® reduziu em aproximadamente 50% a penetração dos nematoides Pratylenchus brachyurus nas raízes do trigo. Os resultados indicam que a utilização do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost pode estimular a micorrização e reduzir a penetração do fitonematoide nas raízes do trigo. 75
Efeito do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost na atividade dos microrganismos do solo de uma lavoura de trigo Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo, Professor do Departamento de Solos/UFSM Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Pesquisaora da Fepagro Florestas, Santa Maria/ RS Edicarla Trentin - Engenheira Agrônoma, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM Juliane Schmitt - Bióloga, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM Antônio Carlos Bassaco - Mestre em Agrobiologia, Técnico do Laboratório de Biologia do Solo/UFSM
INTRODUÇÃO A agricultura convencional é caracterizada pela adoção massiva de insumos químicos, sem a preocupação com os impactos ambientais. Os impactos causados pela agricultura em função da utilização inapropriada e de forma contínua de fertilizantes e defensivos não se restringem à pedosfera, podendo atingir todo o ecossistema do planeta. Neste sentido, significativo esforço em inovação tem sido feito visando a substituição de insumos caros e degradadores do ambiente por insumos que sejam eficientes, de baixo custo e menos agressivos ao ambiente e ao Homem. Dentre estes, destaca-se o Penergetic®, que é recomendado para aumentar a eficiência fotossintética das plantas (Penergetic® Pflanzen) e otimizar a decomposição da matéria orgânica pela ativação dos microrganismos do solo (Penergetic® Kompost). Na avaliação deste insumo nas lavouras é fundamental utilizarmos indicadores microbiológicos de qualidade do solo, uma vez que o Penergetic® é um produto que busca ativar os microrganismos. OBJETIVO O presente trabalho teve por objetivo determinar o efeito da aplicação do Penergetic®, associado ou não com adubação química, na atividade dos microrganismos do solo de uma lavoura de trigo, através da avaliação dos indicadores microbiológicos respiração basal, conteúdo de C, N e P na biomassa microbiana, e atividade das enzimas β-glicosidase, fosfatase ácida e urease. METODOLOGIA O cultivo do trigo, cultivar Quartzo (ciclo médio), foi realizado no período de junho de 2014 a novembro de 2014, no Centro de Pesquisa em Sementes da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (FEPAGRO), no município de Júlio de Castilhos/RS, sob a responsabilidade da Dra. Madalena Boeni. A condução da cultura seguiu as recomendações oficiais das Informações Técnicas para Trigo e Triticale, com uma densidade de semeadura de 170 Kg de sementes ha-1, em sistema de semeadura direta. O experimento foi instalado em um Latossolo Vermelho Distrófico, com parcelas de 7 x 50 metros, em esquema de três blocos ao acaso, nos quais foram alocados os seis tratamentos: T1 = Testemunha; T2 = Penergetic®; T3 = Recomendação de NPK conforme Manual de Adubação; T4 = Recomendação de NPK conforme Manual de Adubação + Penergetic®; T5 = 30Kg de P2O5; T6 = 30Kg de P2O5 + Penergetic®. 76
A recomendação da adubação foi realizada de acordo com a análise de fertilidade do solo e preconizando uma produtividade média de 4 t ha-1 de trigo, foi composta por 60 Kg ha-1 de P2O5 e 40 Kg ha-1 de K2O. Todos os tratamentos receberam 20 Kg ha-1 de N na semeadura e 80 Kg ha-1 de N em cobertura na forma de uréia: 60% da dose nos estádios V3 - V4, início do perfilhamento da cultura (18/07/2014); e 40% da dose em V7, início do elongamento (07/08/2014) Durante o transcorrer do experimento foram realizadas 4 coletas de solo para as análises microbiológicas, aproximadamente aos 30 (22/07/2014), 60 (29/08/2014), 90 (25/09/2014) e 120 (23/10/2014) dias após a semeadura do trigo. Todos os resultados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), através do software Sisvar, e as médias dos tratamentos foram comparadas entre si através do teste de Tukey, a 5% de probabilidade (P<0,05). RESULTADOS Respiração basal do solo A respiração basal é proporcional a atividade dos microrganismos aeróbicos no solo, os quais, em sua maioria, degradam a matéria orgânica, utilizando o O2 como aceptor final de elétrons e liberando CO2. Assim, assume-se que quanto maior é a produção de CO2 de um solo, maior é a atividade dos microrganismos. A maior taxa de respiração dos microrganismos do solo ocorreu nas amostras coletadas aos 60 dias após a semeadura do trigo, época em que o Penergetic® estimulou a atividade microbiana do solo, comprovada na comparação dos tratamentos Testemunha e Penergetic®. Esta tendência se manteve até o final do experimento, porém não foram observadas diferenças estatísticas. Destaca-se que o tratamento Penergetic® aos 60 dias foi o que apresentou maior produção de C-CO2 entre todas as avaliações realizadas. Aos 90 e 120 dias após a semeadura das plantas, todos os tratamentos com Penergetic® apresentaram os maiores níveis de respiração basal que seu par sem Penergetic®, porém estas diferenças não foram significativas estatisticamente, mas demonstram uma tendência de estímulo a atividade microbiana no solo quando da utilização desta tecnologia.
Biomassa Microbiana do Solo A biomassa microbiana é um indicativo do estoque de C, N e P que se encontra em rápida ciclagem no solo. Os valores de C da biomassa microbiana do solo foram maiores na coleta realizada aos 60 dias e no tratamento com a aplicação de 30 kg de P2O5 + Penergetic®, em todas as épocas de coleta. Sem apresentar diferenças estatísticas, a comparação dos tratamentos Testemunha e Penergetic® demonstra que houve pequeno estímulo ao aumento do conteúdo de C na biomassa microbiana do solo pela aplicação deste produto, aos 30 e 60 dias após a semeadura do trigo. Os tratamentos com Recomendação NPK não demonstraram diferenças significativas em nenhuma das épocas avaliadas. Já o tratamento 30kg de P2O5 + Penergetic® foi superior em todas as épocas amostradas ao tratamento 30kg de P2O5, com diferenças estatísticas nas coletas de 30 e 90 dias. O conteúdo de N na biomassa microbiana do solo seguiu a mesma tendência que o C da biomassa, sendo que o tratamento 30kg de P2O5 + Penergetic® foi superior aos demais desde o início das análises até o final do experimento. Mesmo sem demonstrar diferenças estatísticas na maioria das comparações entre tratamentos, observa-se que a aplicação do Penergetic® resultou em aumentos do conteúdo de P na biomassa microbiana do solo. Atividade das Enzimas no Solo Quanto maior a atividade da β-glicosidase, maior é a atividade de degradação de resíduos do solo pelos microrganismos. As maiores atividades da enzima β–glicosidase foram novamente observadas na coleta realizada aos 60 dias. As fosfatases catalisam a hidrólise de fósforo orgânico a fósforo inorgânico (PO4-2), disponibilizando-o para as plantas. A quantificação da atividade desta enzima pode prover um índice potencial da mineralização do fósforo em um determinado solo. Na coleta aos 30 dias após a semeadura da cultura do trigo, todos os tratamentos com o Penergetic® apresentaram maior atividade da enzima fosfatase em relação aos tratamentos sem Penergetic®, sendo estas diferenças estatisticamente significativas (Tabela 1). Tabela 1. Atividade da enzima fosfatase ácida (µg p-nitrofenol g-1 solo seco h-1) em amostras coletadas aos 30, 60, 90 e 120 dias após a semeadura do trigo.
Tratamentos
30 dias
60 dias
90 dias
120 dias
Testemunha
595,91 b
618,04 ns
635,02 ns
574,50 ab
Penerge c®
637,76 a
678,23 ns
678,60 ns
643,77 a
Recomendação NPK
566,32 c
707,17 ns
593,09 ns
547,89 b
Rec. NPK + Penerge c®
624,75 ab
693,64 ns
666,77 ns
546,48 b
30 kg de P2 O5
545,24 c
609,26 ns
616,24 ns
543,48 b
30 kg de P2O5 + Penerge c®
643,39 a
634,79 ns
552,84 ns
631,65 ab
1,72
8,48
9,30
5,59
CV % ns não significa vo
77
As enzimas ureases atuam no ciclo do N, contribuindo para a liberação de N inorgânico para absorção pelas plantas. Na coleta dos 60 e 90 dias observa-se maiores atividades da urease em todos os tratamentos com Penergetic® se comparado aos tratamentos sem Penergetic®, ainda que não houvessem diferenças estatísticas. Na última coleta observa-se que o Penergetic® estimulou a atividade da enzima urease nas três comparações entre os tratamentos com e sem este produto, sendo estas diferenças estatisticamente significativas (Tabela 2).
Tabela 2. Atividade da enzima urease (µg N-NH4 g-1 solo seco 2h-1) em amostras coletadas aos 30, 60, 90 e 120 dias após a semeadura do trigo.
Tratamentos
30 dias
60 dias
90 dias
120 dias
Testemunha
101,52 a
99,83 ns
95,78 ns
33,56 cd
Penerge c®
86,49 b
102,17 ns
99,48 ns
41,67 b
Recomendação NPK
103,04 a
98,66 ns
83,47 ns
31,12 d
Rec. NPK + Penerge c®
96,35 ab
110,53 ns
84,58 ns
44,93 b
30 kg de P2O5
107,22 a
105,63 ns
101,15 ns
38,25 bc
30 kg de P2O5 + Penerge c®
107,52 a
110,26 ns
103,89 ns
53,50 a
4,82
9,58
8,41
5,89
CV % ns não significa vo
CONCLUSÃO A utilização do Penergetic® associado ou não com a adubação mineral estimulou a atividade da enzima fosfatase aos 30 dias após a semeadura do trigo. A respiração basal do solo foi estimulada pelo Penergetic®, sem aplicação da adubação mineral, aos 60 dias após a semeadura do trigo. O Penergetic® estimulou a atividade da enzima urease aos 120 dias após a semeadura do trigo quando associado ou não com a adubação mineral. Para todos os indicadores microbiológicos analisados, observou-se que na grande maioria das comparações entre os tratamentos com e sem a aplicação de Penergetic® houve estímulo a atividade dos microrganismos do solo por este produto. Em muitos casos não houveram diferenças estatísticas porque estas diferenças numéricas não foram elevadas ou porque o coeficiente de variação (CV%) foi alto, característica intrínseca das análises microbiológicas de amostras coletadas em experimentos de campo, onde a heterogeneidade natural do solo torna-se evidente.
78
Efeito do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost nos componentes de produção do trigo cultivado na presença e na ausência de nematoides Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo, Professor do Departamento de Solos/UFSM Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/ RS Edicarla Trentin - Engenheira Agrônoma, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM Juliane Schmitt - Bióloga, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM Antônio Carlos Bassaco - Mestre em Agrobiologia, Técnico do Laboratório de Biologia do Solo/UFSM
INTRODUÇÃO
T1 = Testemunha
O trigo é o segundo cereal mais produzido no mundo, depois do milho, com uma produção de 712,7 milhões de toneladas na safra 2013/2014. A cultura do trigo tem grande potencial de expansão, tendo em vista o enorme mercado nacional existente para a comercialização da produção. O Penergetic® é um produto recomendado para otimizar a decomposição da matéria orgânica do solo pela ativação dos microrganismos (Penergetic® Kompost) e aumentar a eficiência fotossintética das plantas (Penergetic® Pflanzen), podendo trazer melhorias para a produtividade do trigo, pois pode tornar a planta mais bem nutrida e menos suscetível ao ataque de fitopatógenos.
T2 = Penergetic
OBJETIVO Avaliar o efeito da tecnologia Penergetic® nos componentes de produção do trigo cultivado na presença e na ausência de fitonematoides causadores de lesões radiculares do gênero Pratylenchus spp. METODOLOGIA O experimento foi conduzido na casa de vegetação no Departamento de Solos da UFSM, Santa Maria/RS. Para o cultivo do trigo, utilizou-se o Latossolo Vermelho Distrófico coletado no município de Catuípe/RS, que na safra 2013/2014 foi utilizado em um experimento de cultivo da soja com Penergetic®. O Penergetic® foi aplicado nas doses e épocas recomendadas pelo fabricante. A adubação da cultura seguiu as indicações do Manual de Adubação e Calagem. A semeadura do trigo cultivar Quartzo foi realizada no dia 23/07/2014 colocando-se 15 sementes por vaso, sendo que aos 10 dias após a emergência foi realizado o desbaste, deixando-se 10 plantas por vaso. O experimento constitui-se de seis tratamentos com quatro repetições, dispostos em delineamento inteiramente casualizado.
®
T3 = Metade da recomendação de NPK T4 = Metade da recomendação de NPK + Penergetic®. T5 = Recomendação de NPK conforme Manual de Adubação T6 = Recomendação NPK + Penergetic® O inóculo foi constituído por populações puras de Pratylenchus brachyurus obtidas a partir do isolamento espécie-específico realizado pela Agrolab/GO. No período de florescimento e maturação do trigo, procedeu-se a coleta de cinco plantas em cada uma destas épocas para as avaliações dos componentes de rendimento: diâmetro de colmo, altura de plantas (desde o colmo até a espiga desconsiderando as aristas), fitomassa seca da parte aérea, número de grãos e massa seca de grãos. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e teste de médias de acordo com Tukey ao nível de significância de 5%, pelo software SISVAR. RESULTADOS No período de floração, a utilização do Penergetic® tendeu a reduzir o diâmetro do colmo das plantas cultivadas na ausência de nematoides, havendo diferenças estatísticas entre os tratamentos Testemunha e Penergetic®. Já na presença de nematoides a utilização do Penergetic® resultou em maior diâmetro de colmo em todas as comparações entre os tratamentos com e sem este produto, havendo diferença estatística somente na comparação entre os tratamentos Testemunha e Penergetic®. A utilização do Penergetic® tendeu a aumentar a fitomassa da parte aérea das plantas de trigo na floração, quando cultivadas na presença e na ausência dos fitonematoides. Destaca-se novamente que o Penergetic® atuou de forma a impedir os efeitos dos nematoides na redução da fitomassa da parte aérea das plantas, ain-
da que sem apresentar diferenças estatísticas, pois reduções estatisticamente significativas no acúmulo de fitomassa foram observados somente nos tratamentos com a ausência do Penergetic®. Em todas as comparações entre os tratamentos com e sem Penergetic® houve tendência de aumento do número e da massa de grãos nas plantas cultivadas na presença desta tecnologia, tanto na presença quanto na ausência dos nematoides, à exceção da comparação entre os tratamentos Testemunha e Penergetic® sem a presença de nematoides. Destaca-se que em todos os tratamentos sem Penergetic®, à exceção a Metade rec. NPK na massa de grãos, a presença dos nematoides reduziu estatisticamente o número e a massa de grãos por planta, porém na presença desta tecnologia estes componentes foram estatisticamente aumentados ou reduzidos em pequeno grau de modo a não apresentarem diferenças estatísticas entre as plantas cultivadas com e sem nematoides. Isto novamente demonstra o efeito protetor do Penergetic®, reduzindo os efeitos maléficos dos fitonematoides nas plantas de trigo. CONCLUSÕES A utilização da tecnologia Penergetic®, associada ou não à adubação mineral, tendeu a aumentar a altura e a fitomassa das plantas de trigo na floração e o número e a massa de grãos, tanto na presença quanto na ausência dos fitonematoides, porém estes aumentos não foram estatisticamente significativos. Os fitonematoides causaram reduções estatisticamente significativas na altura, fitomassa, número e massa de grãos somente nas plantas de trigo cultivadas sem a tecnologia Penergetic®; o Penergetic® atuou de forma a minimizar os efeitos maléficos dos nematoides do gênero Pratylenchus sobre os componentes da produção do trigo.
79
Efeito da Tecnologia Penergetic® sobre a velocidade de decomposição de resíduos culturais de azevém (Lolium multiflorum Lam.)
Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS. Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM Joseila Maldaner - Bióloga, Doutora em Fisiologia Vegetal Rosana Matos de Morais - Graduada em Ciências Biológicas, Doutora em Fitotecnia/UFSM Cléber Witt Saldanha - Engenheiro Florestal, Doutor em Fisiologia
INTRODUÇÃO Os organismos e microrganismos presentes no solo são os principais agentes da atividade bioquímica que ocorre nos sistemas agrícolas, estando envolvidos diretamente em todos os processos biológicos que proporcionam a ciclagem e a disponibilização dos nutrientes contidos em resíduos orgânicos para as plantas (González et al., 2001). Neste sentido, práticas capazes de proporcionar a bioestimulação destes agentes no solo promovem benefícios diretos sobre a ciclagem de nutrientes e a produtividade das culturas agrícolas. O objetivo do trabalho foi determinar o efeito do uso da tecnologia Penergetic® associada a diferentes níveis de adubação em cultivo de trigo sobre a velocidade de decomposição de resíduos culturais de azevém. MATERIAL E MÉTODOS A velocidade de degradação dos resíduos culturais de azevém foi determinada durante o cultivo de trigo cultivar Quartzo, através da metodologia das “sacolas de decomposição” (Thomas & Asakawa, 1993) ou “litter bags” (Rezende et al., 1999; Amado et al., 2002). O ensaio foi conduzido na Fepagro Sementes em Júlio de Castilhos (RS). Foram utilizados seis tratamentos de campo e um controle natural: T1 = testemunha sem adubo; T2 = testemunha + Penergetic®; T3 = recomendação de fósforo e potássio pela CQFS-RS/SC; T4 = recomendação de fósforo e potássio pela CQFS-RS/SC + Penergetic®; T5 = 30 Kg de P2O5; T6 = 30 Kg de P2O5 + Penergetic®; T7 = mato nativo (controle natural). A dose de Penergetic® Kompost e Penergetic® Pflanzen aplicada no trigo foi de 250g ha-1. As sacolas de decomposição foram confeccionadas em tecido voile (20x10 cm) e preenchidas com aproximadamente 25g de resíduos culturais de azevém. Estes resíduos foram coletados no campo, secos em temperatura ambiente e triturados em moinho de silagem. As sacolas de decomposição foram distribuídas aleatoriamente sobre o solo nas parcelas experimentais. No período de 110 dias, cinco sacolas de decomposição foram retiradas de cada tratamento de campo e três sacolas foram retiradas do mato nativo, em cada coleta no intervalo de 0, 30, 60, 90 e 110 dias. O material foi levado ao laboratório para avaliação da perda de massa, onde passou por processo de lavagem externa em água corrente para retirada de impurezas (partículas de solo) e posterior secagem em estufa com aeração forçada, a 65 °C, até atingir peso constante. Em seguida, as sacolas foram pesadas em balança analítica para a determinação da progressiva perda de massa dos resíduos. RESULTADOS E DISCUSSÃO O percentual de persistência dos resíduos culturais de azevém foi decrescente ao longo dos 110 dias de avaliação, sendo que as maiores taxas de decomposição ocorreram até os 60 dias, resultado este evidenciado pela maior perda de massa dos resíduos no interior das sacolas de decomposição. Valores mais elevados de persistência da palhada no campo indicam menor velocidade de decomposição (Tabela 1). 80
Tabela 1. Persistência de resíduos culturais de azevém aos 30, 60, 90 e 110 dias após emergência do trigo (cultivar Quartzo), utilizando a metodologia das sacolas de decomposição (litter bags). Média das repetições.
Tratamentos Testemunha
30 93,63 a
Persistência da palhada (%) 60 90 69,29 ab 68,86 ab
110 68,97 a
Testemunha + Penerge c ®
77,04 c
73,09 ab
68,67 ab
63,60 a
Recom. adubação CQFS-RS/SC
87,01 b
66,69 b
67,54 ab
64,21 a
Recom. adubação CQFS-RS/SC + Penerge c®
86,44 b
72,43 ab
74,53 a
70,08 a
30 kg P2O5
86,53 b
71,56 ab
70,84 ab
65,60 a
30 kg P2O5 + Penerge c®
85,33 b
75,59 a
67,00 ab
66,21 a
Mato na vo
82,86 b
72,47 ab
66,00 b
63,00 a
3,60
6,49
6,44
9,83
CV (%)
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 10% de probabilidade.
1
Durante os primeiros 30 dias de avaliação, o maior valor de persistência da palhada foi observado no tratamento testemunha, indicando menor velocidade de decomposição. O tratamento que proporcionou menor persistência dos resíduos foi o testemunha + Penergetic®, o qual diferiu estatisticamente dos demais tratamentos. Após 90 dias de avaliação, não foi observado efeito dos tratamentos sobre a persistência dos resíduos de azevém nas parcelas cultivadas com trigo e na área de mato nativo (Tabela 1). O coeficiente de decomposição da palhada expressa o número de gramas de re-
síduo que foi degradado, diariamente, para cada grama de palha presente no interior da sacola de decomposição. Aos 30 dias, os dados do coeficiente de decomposição (Tabela 2) confirmaram os resultados de persistência dos resíduos de azevém (Tabela 1), indicando maior velocidade de degradação no tratamento testemunha + Penergetic® e menor velocidade de degradação no tratamento testemunha (Tabela 2).
Tabela 2. Coeficiente de decomposição de resíduos culturais de azevém aos 30, 60, 90 e 110 dias após emergência do trigo (cultivar Quartzo), utilizando a metodologia das sacolas de decomposição (litter bags). Média das repetições.
Tratamentos Testemunha Testemunha + Penerge c® Recom. adubação CQFS -RS/SC Recom. adubação CQFS -RS/SC + Penerge c® 30 kg P2 O5 30 kg P2 O5 + Penerge c® Mato na vo CV (%)
K (g dia-1 ) 30 0,053 c 0,190 a 0,113 b 0,117 b 0,114 b 0,124 b 0,145 b 21,19
60 0,251 ab 0,230 ab 0,291 a 0,238 ab 0,243 ab 0,206 b 0,224 ab 16,98
90 0,267 a 0,271 a 0,284 a 0,224 a 0,254 a 0,280 a 0,288 a 15,47
110 0,273 a 0,309 a 0,310 a 0,257 a 0,295 a 0,286 a 0,315 a 20,61
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 10% de probabilidade.
1
Neste mesmo período, não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos que receberam adubação conforme recomendação da CQFS-RS/SC com e sem aplicação de Penergetic®, os tratamentos com adição de 30 kg de P2O5 com e sem adição de Penergetic® e a área de mato nativo (Tabela 2). Outra forma de avaliar o efeito da aplicação de Penergetic® e da adubação fosfatada e potássica sobre a dinâmica de decomposição dos diferentes resíduos
culturais é através do cálculo de decomposição acumulada ao longo do tempo. Os valores expressos na Tabela 3 indicam, para cada época avaliada, o valor médio de gramas de palha decompostos em cada tratamento, considerando o número inicial de gramas adicionado em cada unidade experimental.
81
Tabela 3. Decomposição acumulada de resíduos culturais de azevém aos 30, 60, 90 e 110 dias após emergência do trigo (cultivar Quartzo), utilizando a metodologia das sacolas de decomposição (litter bags). Média das repetições.
Decomposição (g)
Tratamentos Testemunha Testemunha + Penerge c® Recom. adubação CQFS-RS/SC Recom. adubação CQFS-RS/SC + Penerge c® 30 kg P2O5 30 kg P2O5 + Penerge c® Mato na vo CV (%)
30
1,59 c 5,69 a 3,38 b 3,50 b 3,42 b 3,73 b 4,34 ab 21,13
60
7,52 ab 6,90 ab 8,72 a 7,15 ab 7,30 ab 6,18 b 6,73 ab 17,37
90
8,01 a 8,13 a 8,51 a 6,71 a 7,63 a 8,40 a 8,63 a 16,58
110
8,20 a 9,27 a 9,29 a 7,71 a 8,84 a 8,58 a 9,46 a 20,54
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 10% de probabilidade.
1
Ao final dos 30 dias de avaliação, observou-se que a adição de Penergetic® no solo elevou a taxa de decomposição dos resíduos culturais de azevém em superfície. Embora numericamente superior, o valor médio de decomposição acumulada do tratamento testemunha + Penergetic® não diferiu estatisticamente do valor médio observado na área de mato nativo, tratamento este utilizado como ambiente referência de condições edafoclimáticas e biológicas pouco alteradas por interferências antrópicas, onde se esperava encontrar as maiores taxas de decomposição dos resíduos (Tabela 3). O tratamento testemunha apresentou o menor valor médio de decomposição acumulada dos resíduos aos 30 dias, indicando menor atividade biológica dos organismos e microrganismos envolvidos na atividade de decomposição vegetal na superfície do solo. Já os tratamentos que receberam adição de fertilizantes minerais com ou sem adição de Penergetic® apresentaram valores médios intermediários de decomposição acumulada dos resíduos de azevém, ou seja, valores médios estatisticamente inferiores ao tratamento testemunha + Penergetic® e superiores ao tratamento testemunha (Tabela 3). Estes resultados sugerem que houve efeito isolado da aplicação do Penergetic® sobre a atividade biológica superficial do ecossistema agrícola, influenciando diretamente a dinâmica da ciclagem de nutrientes, podendo refletir positivamente sobre a qualidade do solo. Embora menos significativo, foi possível observar efeito positivo da adição isolada de fertilizantes minerais (fósforo e potássio) ou combinada com a tecnologia Penergetic® sobre a atividade da biota e microbiota envolvidas no processo de decomposição dos resíduos em superfície, em relação ao tratamento testemunha (Tabela 3). Assim como para o parâmetro coeficiente de degradação dos resíduos, não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos em relação aos valores de decomposição acumulada da palha de azevém a partir dos 90 dias de avaliação (Tabela 3). CONCLUSÃO A aplicação de Penergetic® na cultura do trigo elevou a taxa de decomposição dos resíduos culturais de azevém depositados sobre o solo, reduzindo o percentual de persistência da palhada em superfície, nos primeiros 30 dias.
82
Atividade alimentar de microrganismos e fauna do solo em cultivos agrícolas submetidos a diferentes manejos Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM Joseila Maldaner - Bióloga, Doutora em Fisiologia Vegetal Rosana Matos de Morais - Bióloga, Doutora em Fitotecnia. Cléber Witt Saldanha - Engenheiro Florestal, Doutor em Fisiologia Vegetal Breno Bevilaqua Heinz - Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agrobiologia
RESUMO A atividade biológica do solo representa um elemento chave para a manutenção da sustentabilidade da produção em ambientes agrícolas. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos da fertilização mineral (fósforo e potássio) e da tecnologia Penergetic® sobre a bioativação do solo em cultivos agrícolas através da avaliação do consumo alimentar da fauna e dos microrganismos edáficos. Os ensaios foram conduzidos em cultivos de soja (verão) e trigo (inverno) submetidos a diferentes formas de adubação e aplicação da tecnologia Penergetic®. Quatro tratamentos foram avaliados: T1 = Controle sem fertilizantes; T2 = Controle + Penergetic®; T3 = fertilização mineral de fósforo e potássio e T4 = fertilização de fósforo e potássio + Penergetic®. As doses de Penergetic® Kompost e Penergetic Pflanzen aplicadas em ambos os cultivos foi de 250g ha-1. Para avaliação do consumo alimentar nas parcelas experimentais, utilizou-se a metodologia bait-lamina. As lâminas permaneceram no solo durante 21 dias. Foram avaliados os percentuais de orifícios vazios, parcialmente vazios e preenchidos para duas camadas de solo: 0 a 8 e 8 a 16 cm de profundidade, além da atribuição de notas para o padrão de consumo alimentar. Também foram feitas análises de componentes principais (PCA) dos resultados de atividade alimentar, notas da atividade alimentar, produtividade das culturas e respiração basal. O uso da tecnologia Penergetic® combinada com a adubação mineral fosfatada e potássica promoveu efeito significativo sobre a atividade alimentar da fauna e dos microrganismos presentes na camada 0 a 8 cm do solo em cultivo de soja. Palavras-chave: Biologia do solo, bioativação, consumo alimentar. 83
INTRODUÇÃO Os organismos e microrganismos que vivem no solo interferem direta e indiretamente nos ciclos biogeoquímicos dos elementos e na nutrição das plantas. Embora o processo de mineralização dos nutrientes seja dependente da ação dos microrganismos, a fauna do solo exerce relevante papel neste processo por regular as populações microbianas (Trogello et al., 2008; Socorrás & Izquierdo, 2014). Além disso, os diversos grupos que compõem a fauna do solo desempenham importantes serviços sistêmicos, tais como a fragmentação inicial dos detritos, a estimulação, digestão e disseminação de microrganismos, a predação seletiva de fungos e bactérias, ações estas que interferem diretamente na decomposição da matéria orgânica e alteram a disponibilidade de nutrientes para as plantas (Cragg & Bardgett, 2001). A fauna do solo influencia os processos de ciclagem de nutrientes por meio de duas vias principais: diretamente, pela modificação física da serrapilheira e do ambiente solo, e indiretamente, pelas interações com a comunidade microbiana. Seus efeitos diretos na ciclagem biogeoquímica ocorrem por meio da fragmentação e incorporação ao solo de detritos vegetais, promovendo aumento na disponibilidade de recursos nutricionais para os microrganismos e mediando a transferência de solutos e particulados profundamente no perfil do solo (Decaëns et al., 2003; Trogello et al., 2008). Eles também afetam a ciclagem biogeoquímica pelo rearranjo físico das partículas do solo, mudando a distribuição de tamanho de poros e, como resultado, os padrões de infiltração e emissão de gases (Beare et al., 1995). Com as modificações impostas pelo uso do solo e, em particular pela agricultura, a fauna e os microrganismos, em diferentes graus de intensidade, são afetados pelos impactos provocados pelas práticas agrícolas (Alvarez et al., 2001), tanto devido às modificações nas propriedades do solo, como pela ação direta dessas práticas sobre os organismos. 84
Medidas do consumo alimentar da biota do solo são indicadores de taxas de decomposição (Reinecke et al., 2008) e da integridade funcional de ecossistemas (Filzek et al., 2004). Originalmente desenvolvido por von Törne (1990) como um método capaz de mensurar a atividade alimentar dos organismos do solo in situ, o teste de bait-lamina representa uma ferramenta capaz de detectar alterações no padrão de consumo alimentar da fauna do solo em ambientes submetidos a diferentes produtos ou manejos, sejam eles deletérios ou benéficos. A tecnologia Penergetic® tem sido utilizada na agricultura para bioativar os microrganismos e a fauna existente no sistema solo. O efeito da tecnologia deve-se à adição de partículas energizadas, as quais são introduzidas nos sistemas agrícolas via pulverizações no solo e sobre as plantas. Ao entrar em contato com o solo, a energia proveniente da tecnologia atua de forma benéfica no sistema agrícola, interferindo na atividade biológica da biota e microbiota do solo, bem como sobre a disponibilidade dos nutrientes para as plantas. O processo de energização utilizado pela tecnologia Penergetic® provém das teorias propostas por Michael Faraday, em 1846, e por James Clerk Maxwell em 1864, ambos físicos que trabalharam na questão da energização de materiais (Pauli, 1927; Dirac, 1928; Noack, 1985). Na década de 60, observou-se que alguns gêneros de bactérias exibiam o surpreendente comportamento de, persistentemente, migrar em direção ao norte geomagnético, mesmo quando a orientação da amostra em uma lâmina fosse alterada através da rotação da platina do microscópio (Bellini, 1963). Desde então, pesquisas vêm sendo executadas no sentido de entender o mecanismo que envolve este comportamento. Bellini (2009) descreveu o movimento eletromagnético, demonstrando que o movimento de prótons e elétrons se dá de forma distinta e, somado a força da gravidade, este movimento gera um sentido de frequência, o qual orienta a movimentação de determinados microrganismos. Atualmente, a literatura apresenta grande número de trabalhos demonstrando o efeito da utilização de energia eletromagnética na atividade microbiana (Siannah et al., 2003; Siannah et al., 2012), orientação e atividade alimentar de organismos edáficos (Esquivel et al., 2004; Hsu et al., 2007; Wajnberg et al., 2010) e produtividade das culturas (Pieturszewski, 1993; Barbosa-Cánovas et al., 1998; Hajnorouzia et al., 2001; Novitsky et al., 2001; Zapata et al., 2002; Souza-Torres et al., 2006; Pekarskas et al., 2011; Ladino et al., 2012; Padrino et al.; 2013). Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da fertilização mineral (fósforo e potássio) e da tecnologia Penergetic® sobre a bioativação do solo em cultivos agrícolas através da avaliação do consumo alimentar da fauna e microfauna edáfica.
MATERIAL E MÉTODOS Os ensaios foram realizados em cultivos de soja (janeiro) e trigo (outubro) submetidos a diferentes formas de adubação e aplicação da tecnologia Penergetic® no ano agrícola de 2014, no município de Júlio de Castilhos, RS, Brasil. Os tratamentos avaliados foram: T1 = Controle sem fertilização; T2 = Controle + Penergetic®; T3 = recomendação de fósforo e potássio pela CQFS-RS/ SC e T4 = recomendação de fósforo e potássio pela CQFS-RS/SC + Penergetic®. A tecnologia Penergetic® consistiu na aplicação de 250g ha-1 de cada um dos produtos: Penergetic® Pflanzen (aplicado na parte aérea das plantas) e Penergetic® Kompost (aplicado no solo). Com base nos teores de fósforo e potássio presentes inicialmente no solo, foram adicionados 50 Kg de P2O5 e 80 de K2O ha-1 nas parcelas correspondentes aos tratamentos T3 e T4. As lâminas utilizadas no ensaio foram confeccionadas de acordo com a descrição das bait-laminas comercializadas pela empresa alemã Terra Protecta (1999). Os orifícios foram preenchidos com substrato composto por uma mistura homogênea de celulose, farinha de trigo e carvão ativado nas proporções em massa de 70:27:3. Foram utilizadas 30 lâminas por parcela experimental, as quais foram inseridas verticalmente no solo com o auxílio de uma lâmina metálica, através da abertura de uma fenda no solo. As lâminas foram dispostas nas entrelinhas das culturas, em dois grupos de 15 lâminas, distantes aproximadamente 5 metros entre si. O ensaio decorreu ao longo de 21 dias, tendo-se retirado no final do período correspondente, a totalidade das lâminas depositadas em cada parcela experimental. As lâminas foram armazenadas em sacos de papel individualizados para posterior processamento em laboratório. Os resultados foram expressos em percentual de orifícios vazios, parcialmente vazios e preenchidos para duas camadas de solo. Para a camada 0 a 8 cm fo-
ram considerados os primeiros oito orifícios e para a camada 8 a 16 cm foram considerados os orifícios 9 a 16. Também foram atribuídas notas para cada um dos 16 orifícios das lâminas, de acordo com o padrão de perfuração observado: orifício vazio (nota 3), parcialmente vazio (nota 2) e orifício preenchido (nota 1). Com base nas notas atribuídas ao padrão de consumo dos orifícios de cada uma das lâminas expostas no campo, foi calculado um índice médio de consumo para cada tratamento. Desta forma, quanto maior o valor médio atribuído às lâminas em função do consumo do substrato, maior é a atividade alimentar dos organismos e microrganismos presentes na parcela experimental. Os resultados foram submetidos à análise de variância entre tratamentos, através do software Sisvar (Ferreira, 2000). As médias de cada tratamento foram comparadas entre si através do teste de Tukey a 5% de probabilidade (P<0,05). RESULTADOS Maior percentual médio de orifícios completamente preenchidos foi observado nas lâminas depositadas no solo da parcela testemunha em relação aos demais tratamentos, para ambas as profundidades analisadas no cultivo da soja (Figuras 1 e 2). A permanência de substrato não acessado pela fauna e pelos microrganismos nos orifícios das lâminas indica menor atividade biológica no solo, possibilitando comparações entre os padrões de intensidade de consumo do substrato em cada um dos tratamentos aplicados no campo. Em relação aos percentuais de orifícios completamente vazios no cultivo da soja, na camada 0 a 8 cm, também houve diferenças significativas entre os tratamentos, sendo que o maior percentual médio (32,1%) foi observado na parcela que recebeu a aplicação da tecnologia Penergetic® juntamente com a adubação fosfatada e potássica, diferenciando-se do tratamento testemunha (Figura 1). Estes resultados indicam que a adição isolada ou combinada de fertilizantes minerais e Penergetic® influenciado positivamente na atividade da comunidade edáfica presente no solo, resultando em maior atividade alimentar na camada 0 a 16 cm no cultivo do verão (Figuras 1 e 2). Em todos os tratamentos avaliados no cultivo da soja, na camada mais superficial do solo, foram observados percentuais médios de orifícios parcialmente vazios superiores a 50%, com destaque para o tratamento referente à aplicação isolada da tecnologia Penergetic®, o qual apresentou 70,4% de orifícios parcialmente consumidos pela comunidade biológica do solo, diferenciando-se significativamente do tratamento testemunha (Figura 1). Comparando o padrão de consumo alimentar dos organismos da camada 0 a 8 cm no cultivo de trigo, observou-se que não houve diferenciação dos tratamentos (Figura 1). Resultados semelhantes foram observados na camada 8 a 16 cm (Figura 2).
Atividade alimentar dos organismos na camada 0-8 cm do solo Vazio 100% 90% 80%
14,2 b
18,8 b
7,1 b
Cheio 7,3 a
1,6 a
2,1 a
2,1 a
84,4 a
85,9 a
84,9 a
14,1 b
12,0b
13,0 b
Cont. + P
Rec.
Rec. + P
34,6 a
70%
60,8 a
60%
65,0 ab
50% 40%
Parcialmente vazio
50,0 b
83,9 a
70,4 a
30% 20% 10%
20,8 ab
15,4 b
10,8 b
Cont.
Cont. + P
0%
32,1 a 8,9 a
Soja
Rec.
Rec. + P
Cont.
Figura 1. Percentual de orifícios vazios, parcialmente vazios e preenchidos na camada 0 – 8 cm de solo, indicando a atividade alimentar dos organismos nos cultivos de soja e trigo submetidos a diferentes tratamentos. Média de 30 repetições. Médias com mesma letra em cada grau de consumo nos orifícios das lâminas não diferem entre si a 5% de probabilidade.
Trigo 85
Ao atribuir notas ao padrão de consumo do substrato presente no interior dos orifícios das lâminas, o efeito da adubação mineral combinada ou não com a tecnologia Penergetic® sobre a bioativação da biota e microbiota do solo fica ainda mais evidente. Para ambas as camadas de solo avaliadas no cultivo de soja, as lâminas de-
positadas nas parcelas testemunha (sem aplicação de Penergetic® e fertilizantes minerais) apresentaram notas significativamente inferiores, indicando menor atividade biológica em relação aos demais tratamentos (Figuras 3 e 4). No cultivo da soja, comparando apenas a atividade alimentar da fauna e microfauna
na camada mais superficial do solo (0-8 cm), onde existe maior diversidade de espécies e abundância de organismos, observou-se que a combinação de correção da fertilidade do solo e aplicação de Penergetic® resultou em incremento significativo da atividade biológica do solo, através do aumento do consumo alimentar.
Atividade alimentar dos organismos na camada 8-16 cm do solo Figura 2. Percentual de orifícios vazios, parcialmente vazios e preenchidos na camada 8 – 16 cm de solo, indicando a atividade alimentar dos organismos nos cultivos de soja e trigo submetidos a diferentes tratamentos. Média de 30 repetições. Médias com mesma letra em cada grau de consumo nos orifícios das lâminas não diferem entre si a 5% de probabilidade.
Vazio 100% 80%
7,5 b
12,9 b
90%
Parcialmente vazio 15,4 b
40,7 a
70%
60,3 a
60% 73,8 a
63,5 a
62,3 a
33,7 a
35,5 a
35,6 a
0,5 b
1,0b
2,1 b
71,3 a
45,4 b
30%
33,4 a
20% 10%
65,8 a
69,6 a
50% 40%
Cheio
13,9 b
22,9 a
13,3 b
13,3 a
0% Cont.
Cont. + P
Rec.
Rec. + P
6,3 a
Cont.
Cont. + P
Soja
Foi observado efeito positivo da correção dos níveis de fósforo e potássio presentes no solo, bem como da aplicação isolada ou combinada da tecnologia Penergetic® sobre a atividade alimentar da fauna e microfauna habitante no solo no cultivo de soja. Na camada mais superficial do solo (0 a 8 cm), a correção dos níveis desses nutrientes aliada ao uso de Penergetic® resultou em efeitos de bioativação e/ou estímulo da atividade biológica do solo, sendo observado Figura 3. Índice médio de consumo alimentar dos organismos do solo na camada 0 – 8 cm, calculado através da atribuição de notas conforme o padrão de consumo do substrato em laminas-bite distribuídas em cultivos de soja e trigo. Notas: 1 (orifício preenchido), 2 (parcialmente vazio) e 3 (completamente vazio). Médias de 30 repetições.
Rec. + P
Trigo
maior percentual de orifícios totalmente vazios (32,1%) e menor percentual de orifícios completamente cheios (7,1%) neste tratamento (Figura 3). Segundo Silva Filho et al. (2002), são encontradas populações de microrganismos solubilizadores entre 104 e 107 g-1 de solo, podendo variar de acordo com o local e o método de avaliação, e na ordem de 106 g-1 de solo da rizosfera de diversas leguminosas. A interação entre micror-
ganismos e entre estes e o ambiente é conhecida. No entanto, a grande maioria das informações disponíveis é referente à utilização de sinais bioquímicos entre os microrganismos. Há alguns anos, resultados de pesquisa estão mostrando que além dos sinais bioquímicos, fungos e bactérias podem se “comunicar” com o ambiente através de sinais eletromagnéticos (Cifra et al., 2011; Dotta et al., 2011; Dotta & Rouleau, 2014).
Média do consumo alimentar dos organismos na camada 0-8 cm do solo 20,0
18,0a
18,0 16,0 14,0
14,5c
16,3b
15,4bc
16,1a
17,0a
16,8a
16,8a
Cont. + P
Rec.
Rec. + P
12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0
Cont.
Cont. + P
Soja 86
Rec.
Rec.
Rec. + P
Cont.
Trigo
Média do consumo alimentar dos organismos na camada 8-16 cm do solo 18,0 16,0 14,0
17,0a
16,0a
15,8a
15,3a
15,6a
15,9a
16,0a
Cont.
Cont. + P
Rec.
Rec. + P
13,8b
12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0
Cont.
Cont. + P
Rec.
Rec. + P
Soja
Trigo
Figura 4. Índice médio de consumo alimentar dos organismos do solo na camada 8 – 16 cm, calculado através da atribuição de notas conforme o padrão de consumo do substrato em laminas-bite distribuídas em cultivos de soja e trigo. Notas: 1 (orifício preenchido), 2 (parcialmente vazio) e 3 (completamente vazio). Médias de 30 repetições.
O fato de não ter sido observado efeito significativo do uso da tecnologia Penergetic® e da adubação fosfatada e potássica no cultivo de trigo (Figuras 1, 2, 3 e 4) pode estar relacionado às condições climáticas da região onde foi desenvolvido o estudo, caracterizado pela ocorrência de temperaturas abaixo dos 10 °C no inverno (Lima et al., 2013). Assim, é possível que as baixas temperaturas tenham inibido a atividade biológica do solo. É importante salientar que a sociedade está buscando um novo modelo de agricultura, que seja capaz de gerar alimentos de qualidade com redução da aplicação de insumos químicos, visando a redução dos custos de produção e a preservação do ambiente. Questões sobre a dependência, bem como o uso excessivo de fertilizantes minerais nos cultivos agrícolas, há décadas vem sendo discutidas buscando alternativas para garantir a sustentabilidade da agricultura (Costa, 2002). O custo dos fertilizantes minerais, principalmente os fosfatados, tem aumentado constantemente. Aliado a isso, as reservas fosfatadas do planeta estão sendo consumidas a um ritmo acelerado, comprometendo esta prática em um futuro próximo. Sendo assim, é necessário que novas tecnologias sejam propostas, visando melhorar a qualidade dos sistemas agrícolas, beneficiando a produtividade das culturas e a sobrevivência dos organismos e microbiota presente no sistema. O bioestímulo à presença e à atividade da vida existente no solo contribui para a sustentabilidade da agricultura, além de atuar diretamente na ciclagem da matéria orgânica e contribuir para a redução da necessidade de aporte externo de nutrientes nos cultivos agrícolas. CONCLUSÃO A atividade alimentar da fauna e dos microrganismos da camada de 0 a 8 e 8 a 16 cm do solo foi intensificada pelo uso da tecnologia Penergetic® isolada ou combinada à adubação fosfatada e potássica no cultivo da soja. Na cultura de inverno, devido as condições climáticas, a atividade alimentar no solo foi semelhante em todos os tratamentos avaliados.
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Bioativação do solo na supressão dos danos causados por Pratylenchus brachyurus na cultura da soja Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo Joseila Maldaner - Bióloga, Doutora em Fisiologia Vegetal Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo, Professor do Departamento de Solos/UFSM Edicarla Trentin - Engenheira Agrônoma, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM
O Brasil é o maior exportador e o segundo maior produtor mundial de grãos de soja. Atualmente, a produção de soja no Brasil é liderada pelos estados de Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, os quais correspondem a 82,0% da soja produzida no País. Segundo levantamento realizado pelo MAPA, as estimativas para soja grão indicam uma produção brasileira de 86,5 milhões de toneladas em 2020/2021 (MAPA, 2011). Aproximadamente 25 patógenos apresentam importância econômica para esta cultura no Brasil. Os fitonematoides vêm crescendo em importância no sistema produtivo e ganhando espaço no cenário brasileiro, podendo inclusive inviabilizar algumas áreas de cultivo de soja (GRIGOLLI; ASMUS, 2014). Atualmente, o controle de fitopatógenos está baseado na utilização de princípios ativos, os quais garantem a manutenção da produtividade por reduzirem os danos causados por estes organismos nas raízes. Porém, esta prática apresenta riscos de contaminação ambiental l. Neste sentido, existem pressões por parte da sociedade para que o uso de produtos químicos seja cada vez mais restrito por parte dos agricultores. Segundo Sediyama et al. (2014), atualmente há um retrocesso nos programas de manejo de pragas, resultando em aumento da intensidade e das doses de aplicação de agrotóxicos nas lavouras, com consequências indesejáveis do ponto de vista econômico e ambiental. Com a seleção de indivíduos resistentes aos agrotóxicos, utilizam-se princípios ativos cada vez mais agressivos e as consequências indesejáveis aumentam na mesma proporção. Na cultura da soja, a cada safra surgem novas pragas e o controle se torna cada vez mais ineficiente.
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Dentre os fitopatógenos responsáveis por danos em culturas de grãos, em especial na soja, destacam-se os fitonematoides causadores de lesões radiculares do gênero Pratylenchus spp. De forma geral, os nematoides desse gênero acarretam problemas graves, decorrentes da grande capacidade de adaptação aos diversos agrossistemas. Por estas razões, aliada à rapidez e à facilidade de disseminação dos fitonematoides na lavoura, é fundamental que novas alternativas de controle sejam testadas para serem aliados dos agricultores no controle destes fitoparasitas. Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost na penetração de fitonematoides nas raízes de soja. A penetração de Pratylenchus brachyurus foi avaliada na cultivar de soja Nidera 5909. As plantas foram cultivadas em vasos plásticos com capacidade de 3L contendo solo, mantidos em casa de vegetação. Os tratamentos avaliados foram: 1) testemunha (sem aplicação da tecnologia Penergetic® e sem adubação mineral); 2) Aplicação de tecnologia Penergetic® e sem adubação mineral; 3) Aplicação de fósforo (P) e potássio (K) conforme CQFS-RS/SC (2004) e 4) Aplicação da tecnologia Penergetic® e aplicação de fósforo (P) e potássio (K) conforme CQFS-RS/SC (2004). A aplicação da tecnologia Penergetic® (Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost) foi realizada segundo recomendações técnicas: Penergetic® Kompost (250 g ha-1) aplicado no solo antes da semeadura da soja e Penergetic® Pflanzen (250 g ha-1) em aplicações aéreas no estágio V3 (125 g ha-1) e 15 dias após a primeira aplicação (125 g ha-1). O inoculo foi constituído por populações puras, obtidas a partir do isolamento espécieespecífico. O preparo do inoculo foi realizado pelo trituramento das raízes conforme técnica descrita por Hussey e Barker (1973) modificada por Boneti e Ferraz (1981). Foram inoculados 5 mL de uma suspensão contendo 1750 juvenis P. brachyurus, a qual foi distribuída em três orifícios de aproximadamente 2cm de profundidade, localizados no entorno de cada planta. Aos 30 dias e no período de florescimento da cultura, procedeu-se a contagem do número de fitonematoides no interior das raízes, utilizando-se metodologia descrita por Byrd et al. (1983) para coloração de raízes. Após a etapa de coloração, as raízes foram dispostas entre duas lâminas de vidro, sob microscópio com aumento de 40x, para contagem do número de fitonematoides penetrados. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e ao teste de médias de acordo com Tukey pelo software SISVAR (FERREIRA, 2000). A utilização do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost resultou na diminuição do número de fitonematoides penetrados nas raízes de soja, tanto aos 30 dias após a emergência como no florescimento da cultura. Considerando-se que as plantas de soja foram cultivadas em casa de vegetação, ficando menos expostas a estresses bióticos e abióticos, os resultados demonstram suscetibilidade da soja ao ataque deste fitonematoide e que os diferentes produtos possuem eficiência no manejo destes organismos. Este resultado está relacionado aos fatores: (a) menor número de fitonematoides penetrados no sistema radicular e (b) redução da multiplicação destes organismos no solo, demonstrando
30 DAE 378 a
90
Fitonematoides por grama de raíz
400
Figura 1. Número de fitonematoides da espécie Pratylenchus brachyurus penetrados em raízes de soja aos 30 dias após a emergência (DAE) e no florescimento da cultura.
Florescimento 366 a
350 300
302 a
267 a
257 b
250 200
248 b 168 b
157 b
150 100 50 0 Testemunha
Testemunha + Penerge c®
Adubação conforme CQFS-RS/SC
Adubação conforme CQFSRS/SC + Penerge c®
assim, efeito de atraso do ciclo do nematoide no interior da raiz e menor fonte de inoculo no solo. Quanto aos danos causados no sistema radicular das plantas, a partir dos estágios V4-5, período em que o ciclo dos fitonematoides já está estabelecido no interior das raízes, onde o número de deformações neoplásticas, a necrose e a falência de raízes começam a corresponder diretamente ao grau de parasitismo e ao provável dano inerente à ação
Figura 2. Altura de plantas de soja mantidas em solo inoculado com o fitonematoide da espécie Pratylenchus brachyurus aos 30 dias após a emergência (DAE) e no florescimento da cultura.
Altura das plantas (cm)
30 DAE 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
38,4 a
34,3 b
16,4 b
Testemunha
Florescimento
18,7 a
Testemunha + Penerge c®
38,2 a
35,3 b
17,3 a
Adubação conforme CQFS-RS/SC
18,8 a
Adubação conforme CQFSRS/SC + Penerge c®
dos fitonematoides, observou-se que os danos causados nas raízes de soja foram significativamente inferiores nas plantas que receberam a tecnologia Penergetic®. Diante da reduzida efetividade dos nematicidas químicos disponíveis no mercado, o manejo das áreas infestadas deve ser realizado através da integração de diversas técnicas de controle, como o uso de culturas e cultivares não hospedeiras, o uso de plantas antagonistas e a utilização de tecnologias capazes de limitar os danos inerentes ao ataque destes organismos. Neste contexto, os resultados deste trabalho demonstram que o uso da tecnologia Penergetic® apresenta-se como uma ferramenta auxiliar no controle de fitonematoides no campo, pelos efeitos na redução da intensidade de infecção dos fitoparasitas no sistema radicular da cultura da soja.
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Efeitos da tecnologia Penergetic® na germinação de sementes e no índice de clorofila em plantas de soja Joseila Maldaner - Bióloga, Doutora em Fisiologia Vegetal Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo Cléber Witt Saldanha - Engenheiro Florestal, Doutor em Fisiologia Vegetal Rosana Matos de Morais - Bióloga, Doutora em Fitotecnia Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM
O Brasil é atualmente o segundo maior produtor mundial de soja. O crescimento da produção e o aumento da capacidade produtiva da soja brasileira estão aliados aos avanços científicos e à disponibilização de tecnologias no setor produtivo. Nos últimos 40 anos, a produção mundial de soja aumentou mais de 500%. Além disso, as mudanças no padrão de vida de países como a China e a crescente demanda por matéria-prima para produção de biodiesel, apontam que a produção mundial de soja continuará a crescer. Vencato et al. (2010), projeta aumento de 40% na produção de soja no Brasil até 2020, ultrapassando os Estados Unidos em produção e se tornando o maior produtor mundial desta oleaginosa. No entanto, para que projeções 92
como esta possa se concretizar, é urgente que se disponibilize ao produtor tecnologias que sustentem este patamar produtivo. Segundo balanço do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o Brasil participa atualmente com 26,5 e 31,3%, respectivamente, da produção e da exportação de soja em grão no mundo. Segundo Freitas, (2011), o crescimento da cultura da soja no Brasil sempre esteve associado aos avanços científicos e a disponibilização de tecnologias ao produtor. Dentre estes avanços, destaque é dado a mecanização, a criação de cultivares altamente produtivas adaptadas às diversas regiões e o desenvolvimento de tecnologias relacionadas tanto ao manejo da cultura como ao manejo de pragas e doenças, os quais são responsáveis por parcela significativa das perdas anuais. Neste contexto, a adoção de produtos inovadores que resultem na redução do uso de insumos de alto custo econômico e ambiental, pode re-
presentar uma estratégia viável para produtores que estejam buscando adotar sistemas produtivos mais sustentáveis, sem reduzir a produtividade das culturas. Dentre estes produtos, destaca-se o Penergetic®, o qual utiliza energia eletromagnética na otimização da eficiência fotossintética das plantas (Penergetic® Pflanzen). PEKARSKAS et al. (2011) avaliando o efeito da aplicação de Penergetic® em culturas de inverno, observaram aumento na produtividade e na qualidade do trigo. Jankauskiene e Surviliene (2009) avaliando o efeito de diferentes produtos no estímulo a germinação de hortaliças, observaram que a utilização do Penergetic® Pflanzen resultou em aumentos no vigor de sementes de tomate, rabanete, pepino e beterraba. Os mesmos autores, ao avaliar o efeito de pulverizações de Penergetic® Pflanzen sobre mudas de beterraba, observaram uma maior absorção da radiação fotossinteticamente ativa, maior taxa de transmissão de elétrons e aumento do acúmulo de matéria seca. Segundo MOTTA et al. (2000) a garantia de melhor desempenho de determinada cultura depende, fundamentalmente, da qualidade das sementes, caracterizada pela germinação e vigor, o qual caracteriza-se pela habilidade de determinado lote de sementes estabelecer plântulas normais em condições de campo. O parâmetro da planta mais estudado no intuito de indicar o nível de nitrogênio (N) foliar para predizer a necessidade de adubação de cobertura é o teor relativo de clorofila na folha. Teores de clorofila ocupam posição de destaque na medida em que determinam o potencial fotossintético da planta através do seu controle sobre a quantidade de radiação solar que uma folha absorve (HATFIELD et al., 2008). Diante do exposto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a utilização do Penergetic® Pflanzen na germinação de sementes de soja e seu efeito no processo fotossintético na fase vegetativa da cultura. Para o teste de germinação, sementes de soja cultivar Nidera 5909 foram submetidas aos tratamentos 0, 2, 2,5 e 3 gramas de Penergetic® Pflanzen por quilograma de semente utilizados na forma de tratamento de sementes. O teste de germinação foi realizado com qua-
Germinação (%)
95
96 b
98 ab
99 a
100 a
90 85 80 75 70
0
2
2,5
3
de Penergetic Pflanzen Doses deDoses Penerge c® P (g/kg de semente) (g/kg de semente) ®
Comprimento da radícula (mm)
100
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
tro repetições de 25 sementes cada. Utilizou-se papel Germitest, em forma de rolo, umedecido com água destilada, na proporção de duas vezes e meia o peso do papel e o material foi mantido a temperatura de 25oC. A contagem do percentual de germinação ocorreu no quinto dia após a instalação do ensaio. As avaliações do índice de clorofila (ICF) foram realizadas em condição de campo, utilizando-se o cultivar Nidera 5909. Para as avaliações foram utilizados os tratamentos testemunha (sem a utilização da tecnologia Penergetic®) e o tratamento Penergetic® Pflanzen na dosagem de 250 g ha-1. Antes da aplicação do Penergetic® Pflanzen (estágio V3) e nos estágios V4, V6 e R1, avaliou-se o índice de clorofila em 12 plantas por tratamento. Os dados de germinação e índice de clorofila foram submetidos à análise de variância e teste de médias de acordo com Tukey a 5% de probabilidade. A utilização do Penergetic® Pflanzen no tratamento de sementes de soja resultou em aumento significativo tanto na germinação quantono crescimento da radícula (Figura 1). As concentrações de 2,5 e 3 gramas por quilograma de semente proporcionaram germinação significativamente superior aos demais tratamentos. Quanto ao comprimento de radícula, 3 gramas de Penergetic® Pflanzen por quilograma de semente resultou em maior comprimento de radícula. Os tratamentos 2 e 2,5 gramas de Penergetic® Pflanzen por quilograma de semente foram superiores ao tratamento testemunha (ausência de Penergetic®).
93,61 a 72,5 b
74,2 b
2
2,5
35,3 c
0
3
de Penergetic Pflanzen Doses deDoses Penerge c® P (g/kg de semente) (g/kg de semente) ®
Figura 1. Porcentagem de germinação e comprimento de radícula de soja submetida a diferentes dosagens de Penergetic® Pflanzen via tratamento de semente.
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Quanto ao índice de clorofila, determinado através da utilização do clorofilômetro, observou-se que a utilização da tecnologia Penergetic® resultou em aumento no índice desde a aplicação do produto até a medição realizada no estágio R1 da cultura, apresentando resposta quadrática para esta variável (Figura 2). A importância desta informação fundamenta-se na correlação positiva existente entre o teor de clorofila e o teor de N na planta. O N é indutor de processos metabólicos, com efeitos sobre a absorção de macro e micronutrientes e sobre a alocação de matéria e energia pelas plantas (SILVA et al., 2011).
Índice de Clorofila
50
Sem aplicação
250g/ha - 125g + 125g
45
40
35 1
2
3
4
5
6
7
8
V1 V3 V4 Falker (ICF) medido Vn R2 a diferentes R3 tratamentos R4 - 5 Figura 2. Índice de clorofila em plantas deR1soja submetida
Os resultados aqui apresentados permitem, além de racionalizar a adubação nitrogenada da cultura (CARVALHO et al., 2012), inferir quanto a ganhos em produtividade conferidos pela aplicação do produto Penergetic® P, devido a promoção fotossintética através do incremento de sua maquinaria de ação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARVALHO, M.A.F.; SILVEIRA, P. M. de; SANTOS, A. B. dos. Utilização do Clorofilômetro para Racionalização da Adubação Nitrogenada nas Culturas do Arroz e do Feijoeiro. Comunicado Técnico 205 - Embrapa, ISSN 1678-961X Santo Antônio de Goiás, 2012.FREITAS, M. de C. M. de. A cultura da soja no Brasil: o crescimento da produção brasileira e o surgimento de uma nova fronteira agrícola. Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v.7, n.12; 2011. HATFIELD, J. L.; GITELSON, A.A.; SCHEPERS, J. S. Application of spectral remote sensing for agronomic decisions. Agronomy Journal, v. 100 (Supplement): p. 117-131, 2008. JANKAUSKIENE, J.; SURVILIENE, E. Influence of growth regulators on seed germination energy and biometrical parameters of vegetables. In: Scientific works of the Lithuanian institute of horticulture and Lithuanian University of Agriculture. Sodininkystė ir Daržininkystė. V. 28, N. 3, 2009. MOTTA, I.S.; BRACCINI, A.L.B.; SCAPIM, C.A.; GONÇALVES, A.C.A.; BRACCINI, M.C.L.; ÁVILA, M.R. Qualidade fisiológica de sementes de soja provenientes de diferentes épocas de semeadura. Revista Brasileira de Sementes, v. 22, p.257-267, 2000. SILVA, R.V.M.M.; ROSSIELLO, R.O.P. MORENZ, M.J.F.; BARBIERI JUNIOR, E.; GOMES, R.L.T. CAMARGO FILHO, S.T. Uso de clorofilometro na avaliação da adubação nitrogenada e potássica no capim Tifton 85. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v.12, n.3, p. 828-839, 2011. PEKARSKAS, J.; VILKENYTE, L.; SILEKIENE, D.; CESONIENE, L.; MAKARENKOS, N. effect of organic nitrogen fertilizers provita and fermentator Penergetic® k winter wheat and on soil quality. Environmental Engineering, Lithuania , 2011. VENCATO, A. Z., et al. Anuário Brasileiro da Soja 2010. Santa Cruz do Sul: Ed. Gazeta Santa Cruz, p. 144, 2010.
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Avaliação do uso de Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost em fruteiras de clima temperado Alessandra Vendrameto Martinsª- Engenheira Agrônoma
INTRODUÇÃO
Testemunha: Padrão do produtor.
A produtividade e a qualidade dos frutos de um pomar resultam da interação de vários fatores, destacando-se o potencial genético e o ambiente (manejo do solo, dos nutrientes e balanço de água). A máxima produção e a qualidade ótima do fruto são alcançadas quando o status nutricional da planta é ideal. Sob muitas situações agrícolas essa condição é satisfeita pelo suprimento anual de fertilizantes e da correção da acidez do solo. O aspecto nutricional é particularmente importante para os frutos, visto a influência que os elementos minerais exercem sobre sua qualidade. As plantas frutíferas são altamente responsivas à adição de fertilizantes. Em muitos casos a adubação e, consequentemente o estado nutricional das culturas, pode afetar não apenas a produtividade, mas o tamanho e o peso do fruto, a cor, a aparência, o sabor, o aroma, a conservação pós-colheita, a resistência a pragas e doenças, entre outros. A bioativação ou ativação biológica de plantas é uma interferência positiva que dá subsídio para que a mesma mostre seu potencial produtivo, tornando possível potencializar toda sua capacidade em converter luz, água e nutrientes, em grãos, fibras, celulose, etc, facilitando a associação dela com o solo e seus microrganismos. Isso resultará em uma planta mais saudável, resistente e vigorosa.
Tratamento 1: 600 g/ha Penergetic® Kompost e 600 g/ha Penergetic® Pflanzen.
OBJETIVO O objetivo deste trabalho é avaliar o desempenho dos produtos Penergetic® Kompost e Penergetic® Pflanzen na bioativação do solo e das plantas de Pêssego cv Kampai. METODOLOGIA O experimento está sendo conduzido na propriedade do Sr. Alberto Nascimento no Distrito de Campos de Holambra, Paranapanema-SP, em lavoura de Pêssego cv Kampai, de 4 anos de idade. Foram aplicados dois tratamentos, sendo que a adubação realizada constitui-se de 100kg/ha de nitrato de potássio, 100kg/ha de uréia e 150kg/ha de KCl dividido em duas aplicações. Segue tratamentos:
A aplicação do Penergetic® Kompost foi realizada em dose única no dia 26/06/2014, e as aplicações do Penergetic® Pflanzen foram divididas em três vezes, sendo aplicadas nos dias 18/06/2014; 02/07/2014 e 20/07/2014 respectivamente. Foram realizadas as avaliações de shelflife da fruta, avaliação de firmeza (Ibs) dos frutos, avaliação do Brix (sólidos solúveis), análise química das frutas e produtividade. RESULTADOS Foi realizada a primeira análise do solo antes da instalação do ensaio, no dia 04/06/2014. Ao final do experimento será feita uma nova análise para mensurarmos o nível de P total antes e depois da aplicação do Penergetic®. Para avaliação da vida de prateleira foi observado visualmente os frutos (Figuras 1 e 2) e avaliado a firmeza com o auxílio do penetrômetro. Além disso, avaliou-se o brix e o calibre dos frutos. As avaliações foram feitas no dia da colheita, aos 3, 5, 7 e 10 dias após a colheita. Para a análise química das frutas, foram coletadas 15 frutas de cada tratamento e encaminhadas ao laboratório. A análise da área tratada apresentou teores de elementos, tais como, potássio, cálcio, manganês, entre outros, superior à testemunha. Para a avaliação da produtividade da cultura foi realizada uma contagem de frutos de 3 plantas e feito a média para cada tratamento. Sendo assim foram coletados em média 30 frutos de cada tratamento e pesados para obter uma média de produção por planta. Os resultados apresentados foram de 238 frutos por planta da testemunha, e de 306 frutos por planta do Tratamento com Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost. O que expressa uma superioridade média de produtividade de 68 frutos das plantas tratadas com o Penergetic®. O peso médio por fruto em gramas também apresentou diferenças, sendo da testemunha de 85 gramas, e o do tratamento com Penergetic® de 88 gramas, mesmo a área tratada apresentando maior número de frutos por planta, o seu peso médio também foi maior. Os parâmetros de produtividade da área tratada com Penergetic® apresentaram um incremento de 33% em relação a testemunha. CONCLUSÕES Conclui-se que os frutos na área tratada apresentaram calibre maior do que os frutos da testemunha, e que a produtividade da área tratada foi significativamente maior que a área da testemunha, sendo que o peso médio por fruto foi de 33% a mais que os frutos da testemunha.
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FIGURA 1. SHELFLIFE DOS PÊSSEGOS DA 1° COLHEITA
FIGURA 2. SHELFLIFE DOS PÊSSEGOS DA 2° COLHEITA 96
Uso de bioativador do solo e planta com e sem fertilizante mineral na soja e a relação com a fitodisponibilidade nutricional e componentes de produção Ivair André Nava - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia Eloir Paulo Gris - Engenheiro Agrônomo
A soja (Glycine max L.) é de grande importância na atividade agrícola brasileira, ocupando o segundo lugar entre os principais produtos do campo em âmbito mundial, tanto em área e valor de produção. Os solos em que a soja é cultivada normalmente apresentam alta capacidade de fixação de fósforo (P) e isto torna primordial o uso eficiente de fertilizante (MOTOMIYA et al., 2004). Como a taxa de absorção e transporte de P inorgânico (Pi) por raízes é maior que sua taxa de difusão no solo, uma zona de depleção é formada, resultando em uma área de esgotamento para este elemento ainda no ambiente rizosférico. Dessa forma a planta, desenvolveu mecanismos de captura desse elemento para além dessa zona, por meio de associações ou simbioses mutualistas entre fungos e raízes, denominadas micorrizas (MOREIRA & SIQUEIRA, 2002).
As chamadas modernas técnicas de manejo do solo vêm diminuindo sobremaneira a diversidade e importância de micorrizas no campo, implicando em quedas na resiliência e estabilidade de agroecossistemas (JEFFRIES et al., 2003). Neste aspecto, produtos comerciais vêm promovendo a sobrevivência desses organismos, ao menos é o que indicam seus fabricantes, que tem como alvo a estabilização das micorrizas no solo e a diminuição do uso de fertilizantes fosfatados; atualmente chamados de bioativadores de solo e planta.
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Considerando-se a importância da fertilização da soja para ganhos de produtividade e, a complexidade da aplicação e disponibilidade de P no sistema solo-planta em plantio direto, este trabalho tem o objetivo de avaliar o uso do bioativador de solo e planta comercial, na presença e na ausência de fertilizante na base, bem como a fitodisponibilidade nutricional e o rendimento dos componentes de produção da soja. O experimento foi conduzido a campo em sistema plantio direto na palha, na cidade de PalotinaPR; durante o período de outubro de 2014 a fevereiro de 2015. O solo foi classificado como Latossolo Vermelho Tipo 3 e as análises química e granulométrica estão apresentados na Tabela 01. Foram implantados quatro tratamentos que levaram em consideração a necessidade de P para a soja (EMBRAPA SOJA, 2010) e a aplicação da Tecnologia Penergetic® como bioativador comercial, variando entre presença e ausência de ambos, sendo dispostos da seguinte maneira: T1 (+F+BI): 100% do fósforo + 100% do bioativador; T2 (+F-BI): 100% do fósforo + 0% do bioativador; T3 (-F+BI): 0% do fósforo + 100% do bioativador; T4 (-F-BI): 0% do fósforo + 0% do bioativador. Foi utilizada a cultivar TMG 7363® resistente ao Glyphosate, depositando 14 sementes por metro linear e aplicado fertilizante formulado 07-36-10 (N2; P2O5; K2O) na quantidade de 400 kg ha-1, nas parcelas que receberam a fertilização. Cada tratamento teve área de 36 m2. A aplicação do bioativador se constituiu do produto Penergetic® Kompost, realizada em pré-semeadura na dosagem de 300 g ha-1, e do Penergetic Pflanzen realizada em duas vezes aos 28 dias após a emergência (DAE) no estádio fenológico V5 (150 g ha-1) e aos 39 DAE no R1 (150 g ha-1). Aos 86 DAE foi realizado coleta de folhas para análise do tecido foliar, sendo 25 folhas do terço médio da planta, no estádio fenológico R5.3. Foi determinado os macronutrientes: Fósforo (P), Nitrogênio (N), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S) e os micronutrientes Cobre (Cu), Zinco (Zn), Manganês (Mn), Boro (B) e Ferro (Fe). Aos 115 DAE ocorreu a colheita, onde foram determinados os componentes de produção: número de legumes por planta (NLP); número de grãos por legume (NGL) e massa de 100 grãos (M100); corrigido a umidade de grãos para 13%. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), com quatro tratamentos e três repetições. Os dados obtidos foram submetidos ao teste F (Fisher) com análise de variância (ANOVA) a 1% e 5% de significância, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. O resultado da ANOVA para os macronutrientes do tecido foliar, revelou efeito significativo para P e N a 5% de probabilidade (0,01 ≤ p < 0,05) e para o elemento K a 1% de probabilidade (p < 0,01). Para os demais elementos não houve diferenças signi98
ficativas (Tabela 02). Considerando o estádio de desenvolvimento em que foi coletada a folha (R5.3), vários elementos são transferidos para os grãos, tendo seus teores reduzidos no tecido foliar (CÂMARA, 1998). Para o P, pôde-se observar que a maior média foi expressa pelo tratamento T3 (-F+BI), onde indica que o uso pleno do bioativador sem adubação de base, favoreceu o incremento do elemento, porém estatisticamente não foi diferente do T2 (+F-BI) e T4 (-F-BI) que por consequente não diferiu do T1 (+F+BI) que obteve a menor média. Na falta do P proveniente da fertilização de base, o bioativador comercial conseguiu manter a média do nutriente, porém o solo conseguiu fornecer o P de forma satisfatória, proveniente de disponibilidade que já havia no campo, como determinou a análise de solo (Tabela 01). A soja tem potencial de apresentar altos rendimentos mesmo em condições de baixa ou nenhuma adubação fosfatada, especialmente quando se tem efeito residual das adubações anteriores, desde que a disponibilidade de P no solo esteja em níveis acima dos considerados críticos (LANTAMANN et al., 1996), esse fato ocorreu neste experimento. Já quando as plantas absorvem P em taxas que excedem a demanda de crescimento, alguns processos atuam para prevenir a acumulação de concentrações tóxicas de P (SCHACHTMAN et al., 1998). Levando em consideração esses fatos, o tratamento T1 (+F+BI), que apresentou média inferior, poderia estar ligado a essa regulação do elemento na planta. A ANOVA revelou que não houve diferenças estatísticas pelo teste F (p ≥ 0,05) para os micronutrientes do tecido foliar da soja. Este fato pode ser explicado quando se observa os teores de micronutrientes encontrados no solo, como indica a análise do mesmo (Tabela 01), todos os elementos estão dentro dos parâmetros ideias, possibilitando seu fornecimento a planta durante seu ciclo (EMBRAPA SOJA, 2010). A análise dos componentes de produção (Tabela 3) revelou que as variáveis NLP e M100 apresentaram diferenças significativas pelo teste F a 5% de probabilidade (0,01 ≤ p < 0,05) e para a variável NGL não houve diferenças significativas pelo teste F (p ≥ 0,05). Na avaliação de M100, constatou-se que os tratamentos T2 (+F-BI) e T3 (-F+BI) obtiveram médias superiores aos demais, porém não diferente estatisticamente de T1 (+F+BI). O tratamento T4 (-F-BI) teve a menor média apresentada, mas não diferente de T1 (+F+BI). Isso leva a constatar que tanto o uso do P mineral ou o uso do bioativador de forma individual, conseguiram elevar a massa de grãos. Vale ressaltar que o nível de P inicial no solo foi de 24,60 mg dm-3 (Tabela 1), teor elevado segundo Embrapa Soja (2010). Assim, conclui-se que, para o P foliar o uso do bioativador comercial foi semelhante ao do fertilizante mineral. Para os micronutrientes não houve resultados significativos. Os componentes de produção apontaram que o bioativador conseguiu resultados equiparados à fertilização mineral, porém, esses dados remetem a uma única safra agrícola. Contudo, recomendam-se avaliações similares com outras cultivares e condições de fertilidade, principalmente em solo com limitação de P, a fim de complementar os resultados encontrados nesse experimento.
Tabela 1. Resultado da análise de solo
pH H2O
mg dm 24,6
5,65 V % 68,51 +
K+
P -3
0,6
Fe
Cu
SB Mg2+ Ca2+ Al3+ H++Al3+ ----------------------------------- cmolc dm-3 ---------------------------------0 6,61 1,11 3,83 8,32 Zn
S(SO4)
Mn -3
-----------------------mg dm -------------------324,17 10,98 7,24
69,94 -2
-2
+3
+2
CTC 12,15
Areia Silte Argila ----------------- % ---------------
19,05
7,68
23,44
68,88
+2
P, K , S(SO4) = Mehlich-I. Al , Ca e Mg = KCl 1 N.
Tratamentos T1(+F+BI) T2(+F-BI) T3(-F+BI) T4(-F-BI) Média CV (%)
P* N* K ** Mg ns S ns Ca ns ---------------------------------------- g Kg-1 -----------------------------------------3,76 b 31,26 b 18,33 a 17,48 a 1,53 a 4,48 a 4,13 ab 31,56 b 16,96 b 16,68 a 1,28 a 4,94 a 4,39 a 31,92 b 18,33 a 16,28 a 1,40 a 4,72 a 4,00 ab 37,24 a 15,98 b 16,29 a 1,62 a 4,82 a 4,07 32,99 17,4 16,68 1,46 4,74 5,28 5,89 2,41 3,81 9,11 8,77
Tabela 2. Resultado dos macronutrientes no tecido vegetal
As médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si. Foi aplicado o Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade; ns - não significativo; ** - significativo a 1 % de probabilidade pelo Teste F (Fischer); * - significativo a 5% de probabilidade pelo Teste F; CV - coeficiente de variação.
Tratamentos T1(+F+BI) T2(+F-BI) T3(-F+BI) T4(-F-BI) Média CV (%)
NLP* 47,27 a 38,30 ab 47,17 a 34,15 b 41,72 14,51
NGLns 2,32 a 2,50 a 2,54 a 2,25 a 2,4 8,02
M100* (g) 11,32 ab 11,52 a 11,62 a 09,94 b 11,09 6,6
Tabela 3. Resultado das análises dos componentes de produção
NLP - número de legumes por planta; NGL - número de grãos por legume e M100 - massa de 100 grãos. As médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si. Foi aplicado o Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade; ns - não significativo; * - significativo a 5% de probabilidade pelo Teste F (Fischer). CV – coeficiente de variação.
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Ajuste da adubação fosfatada utilizando a tecnologia Penergetic® na cultura da soja Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM Carlos Ernesto Machado - Engenheiro Agrônomo Jéssica Guimarães Santana dos Reis - Engenheira Agrônoma
Atualmente, a produção agrícola mundial está alicerçada na utilização de elevadas quantidades de insumos relacionados à adubação das culturas e ao controle de pragas e doenças, resultando, além de contaminação ambiental, em elevação dos custos de produção. No Brasil, país com grande competitividade no agronegócio internacional, esta realidade não é diferente. Em revisão sobre alternativas sustentáveis de agricultura, Oliveira et al. (2014) descreveram que muitos dos avanços obtidos pelo agronegócio brasileiro é decorrente do uso em larga escala de fertilizantes e agroquímicos, os quais são necessariamente importados em grandes quantidades para suprir a demanda dos agricultores brasileiros. Ainda segundo o pesquisador, a segurança e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro estão ameaçadas pela disponibilidade e susceptibilidade destes insumos aos preços praticados pelo mercado internacional. Além disso, a sociedade global apresenta uma nova apreensão quanto à necessidade de alcançar produtividades mais elevadas e de uma forma mais sustentável, para prover a população crescente com alimentos e energia. Relatórios publicados pela FAO e pela UNESCO, citam países como o Brasil, devido às condições de solo e clima e devido à área a ser explorada, como os potenciais exportadores de alimentos nos próximos anos. No entanto, devemos nos perguntar a que custo? Atualmente 53% do fósforo e 93% do potássio utilizado na agricultura brasileira, nas mais variadas culturas, são importados principalmente de países como a Rússia e China, no caso dos fosfatos e Rússia e Canadá, no caso de fertilizantes potássicos. Segundo projeções, a dependência da importação destes fertilizantes irá aumentar significativamente até 2025. Pesquisas realizadas na China, país maior produtor e consumidor de fertilizantes fosfatados, demonstraram que apenas o excesso de fertilizantes utilizados pelos agricultores chineses nos últimos anos supriria toda a demanda por fertilizantes fosfatados na Europa Ocidental e metade da demanda de países africanos (SATTARI et al., 2015). MacDonald et al. (2010) determinaram que o excedente de fósforo na agricultura mundial ultrapassa os 13 kg por hectare por ano. Bouwman et al. (2010) em revisão sobre perdas de nutrientes e demanda de fertilizantes minerais na agricultura, demonstraram que entre os anos de 1950-2000, o excedente de fósforo adicionado aos solos era de 11 milhões de toneladas. O mesmo trabalho aponta que até o ano de 2050, caso a agricultura mundial não adote medidas de mitigação, o excedente aumentará em aproximadamente 54%. Em 2013, durante o 7º Workshop Internacional do Fósforo, realizado na Suécia, foram definidas linhas de pesquisa visando: 1) otimizar a gestão do fósforo no mundo em modificações; 2) determinar as vias de transporte do fósforo do solo para as águas superficiais e subsuperficiais; 3) inten100
sificar o monitoramento, modelagem e comunicação a respeito da utilização do fósforo na agricultura; 4) determinar a importância dos sistemas orgânicos de produção agrícola para gestão de fósforo; 5) identificar medidas adequadas de redução das perdas de fósforo e 6) implementar estratégias de mitigação para reduzir as perdas e a utilização do fósforo. Neste sentido, a adoção de produtos alternativos e inovadores que resultem na redução do uso de insumos de alto custo econômico e ambiental, representa uma estratégia viável para produtores que estejam buscando adotar sistemas produtivos mais sustentáveis, sem reduzir a produtividade das culturas. Neste sentido, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a possibilidade de ajuste da adubação fosfatada, utilizando a tecnologia Penergetic® na cultura da soja. Os ensaios constaram de plantios no desenho lado a lado em 28 propriedades na região Sul do Brasil, 18 propriedades na região Sudeste e 11 propriedades na região Centro-Oeste no ano agrícola de 2013/2014, além de 100 propriedades na região Sul do Brasil, 17 propriedades na região Sudeste, 9 propriedades na região Centro-Oeste no ano agrícola de 2014/2015. Os tratamentos utilizados foram: 1) Padrão do produtor (adubação N-P-K padrão) e 2) utilização da tecnologia Penergetic® com ajuste da adubação fosfatada conforme análise da fertilidade do solo de cada propriedade avaliada, de acordo com as formulações N-P-K de cada região. A adubação potássica foi padronizada nas áreas e nos tratamentos, sendo utilizada em cobertura na forma de cloreto de potássio. O Penergetic® Kompost-Solos (250 g ha-1) foi aplicado no solo durante a dessecação em pré semeadura e o Penergetic® Pflanzen-Plantas (250 g ha-1) aplicado via foliar em dois momentos, 125 g na fase V3 e 125 g 15 dias após a primeira aplicação. O controle de pragas, doenças e plantas daninhas foi efetuado conforme as indicações técnicas para a cultura, sendo idênticos nas parcelas de confrontos lado a lado. Durante a colheita, todas as áreas foram acompanhadas pelo produtor e pela equipe de trabalho, determinando-se a produtividade da
cultura através de medições por área. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) entre tratamentos, através do software Sisvar. As médias de cada tratamento foram comparadas entre si através do teste de Tukey a 5% de probabilidade (P<0,05). A utilização da tecnologia Penergetic® resultou em redução significativa da adubação fosfatada em todas as áreas de estudo, mantendo a produtividade a níveis superiores as observadas nas áreas denominadas “Padrão do Produtor”. Segundo Veneklaas et al. (2012), a redução na disponibilidade de fósforo para as culturas pode resultar diretamente no comprometimento da produtividade. No entanto, segundo o autor, a limitação da produtividade somente ocorre se tecnologias que potencializem a eficiência na utilização dos nutrientes imobilizados no solo não forem utilizadas. Owen et al. (2015) em trabalhos quanto à utilização de microrganismos eficientes demonstraram a importância da diversidade da microbiota na produtividade das culturas. O referido trabalho aponta a tendência atual de intensificação da utilização de insumos provindos de tecnologias “verdes”, intensificando a mineralização de nutrientes essenciais as culturas, especialmente de fósforo (P), e aumentando a sua disponibilidade para as plantas. McDaniel et al. (2014), em meta-análise de 122 trabalhos publicados nos últimos anos sobre os efeitos da agricultura na microbiota do solo,
concluíram que a falta de rotação de culturas e o monocultivo estão selecionando microrganismos adaptados a determinadas plantas e, com isso, determinando as reações microbiológicas ocorrentes nestes solos e a intensidade destas reações, potencializando desequilíbrios com efeitos maléficos a sustentabilidade agrícola. Em nível de cultivo, a estratégia de gestão da eficiência de utilização do fósforo está atrelada à eficiência de microrganismos biodisponibilizarem o nutriente. Segundo os autores, a introdução de fósforo no sistema produtivo em dosagem ajustada representa medida fundamental na mitigação dos excessos recorrentes na agricultura brasileira e mundial. Segundo Gatiboni et al. (2008), as formas orgânicas de fósforo (Po) representam os íons fosfatos ligados aos compostos orgânicos, sendo sua labilidade diretamente relacionada à suscetibilidade de decomposição do radical orgânico ao qual o fosfato está ligado. Segundo os autores, esta forma de fósforo no solo é bastante suscetível ao ataque microbiano e compõem o “pool” de fósforo lábil do solo. Segundo o autor, solos fertilizados com fósforo na forma mineral, a contribuição do fósforo orgânico para a nutrição das plantas é de apenas 6%. No entanto, na medida em que o solo deixa de receber adubação fosfatada, esta contribuição passa a valores próximos dos 45%. Segundo Stevenson (1994), o fósforo orgânico pode contribuir com até 80% do fósforo total do solo, sendo extremamente relevante nos solos tropicais, atuando de forma ativa na disponibilidade deste nutriente às plantas. Desta forma, os processos biológicos regulam a dinâmica e distribuição de formas lábeis de fósforo no solo. Os benefícios sociais, econômicos e ambientais da agricultura praticada de uma forma sustentável representam o caminho mais viável para as tendências de crescimento produtivo com responsabilidade social, econômica e ambiental. 101
Aplicação de P₂0₅ (kg/ha)
Dose média de aplicação de P₂0₅ (safra 2013/2014) 80 70 60 50 40 30 20 10 0
73,05 58,81
53,81
26,15 16,63
9,72 Tecnologia Penerge c®
Padrão Produtor
Região Sul
Tecnologia Penerge c®
Padrão Produtor
Região Sudeste
Tecnologia Penerge c®
Padrão Produtor
Região Centro Oeste
Figura 1. Dose média de aplicação P2O5 nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste em ensaios lado a lado confrontando a tecnologia Penergetic® e a adubação padrão do produtor. (Safra 2013/2014).
Produ vidade média de soja (safra 2013/2014) Produ vidade (kg/ha)
4000
3506,8
3509,6
3500
3151,15
3230
3313,8
Padrão Produtor
Tecnologia Penerge c®
3139,8
3000 2500 2000 1500
Tecnologia Penerge c®
Padrão Produtor
Região Sul
Tecnologia Penerge c®
Região Sudeste
Padrão Produtor
Região Centro Oeste
Figura 2. Produtividade média de soja nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste em ensaios lado a lado confrontando a tecnologia Penergetic® e a adubação padrão do produtor. (Safra 2013/2014).
Aplicação de P₂0₅ (kg/ha)
Dose média de aplicação de P₂0₅ (safra 2014/2015) 75
70,4
65,9
61,6
60 45
31,8
30 15 0
18,9
14,2
Tecnologia Penerge c®
Padrão Produtor
Região Sul
Tecnologia Penerge c®
Padrão Produtor
Região Sudeste
Tecnologia Penerge c®
Padrão Produtor
Região Centro Oeste
Figura 3. Dose média de aplicação P2O5 nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste em ensaios lado a lado confrontando a tecnologia Penergetic® e a adubação padrão do produtor. (Safra 2014/2015).
Produ vidade média de soja (safra 2014/2015) Produ vidade (kg/ha)
5000 4500
4428
4218
4062 3660
4000 3500
3480
3834
3000 2500 2000 1500
Tecnologia Penerge c®
Padrão Produtor
Região Sul
Tecnologia Penerge c®
Padrão Produtor
Região Sudeste
Tecnologia Penerge c®
Padrão Produtor
Região Centro Oeste
Figura 4. Produtividade média de soja nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste em ensaios lado a lado confrontando a tecnologia Penergetic® e a adubação padrão do produtor. (Safra 2014/2015). 102
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GATIBONI, L.C.; KAMINSKI, J.; RHEINHEIMER, D.S.; BRUNETTO, G. Fósforo da biomassa microbiana e atividade de fosfatases ácidas durante a diminuição do fósforo disponível no solo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 43, n. 8, p. 1085-1091, 2008. McDaniel, M. D.; Tiemann, L. K.; Grandy, A. S. Does agricultural crop diversity enhance soil microbial biomass and organic matter dynamics? A meta-analysis. Ecological Applications, v. 24, p.560–570, 2014. OLIVEIRA, A. L. M. de.; COSTA, K. dos R.; FERREIRA, D. C.; MILANI, K. M. L.; SANTOS, O. J. A. P. dos.; SILVA, M. B.; ZULUAGA, M. Y. A. Aplicações da biodiversidade bacteriana do solo para a sustentabilidade da agricultura. Biochemistry and Biotechnology Reports, v.3, n.1, p. 56-77, 2014. OWEN, D.; WILLIAMS, A. P.; GRIFFITH, G. W.; WITHERS, P. J. A. Use of commercial bio-inoculants to increase agricultural production through improved phosphrous acquisition. Applied Soil Ecology, v. 86, p. 41-54, 2015. STEVENSON, F.J. Húmus chemistry: gênesis, composition, reactions. New York: J. Wiley, 496p, 1994. WHITELAW, M.A. Growth promotion of plant inoculated with phosphate solubilizing fungi. Advances in Agronomy, v. 69, p. 99-151, 2000.
Efeito do Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost na produção da soja Tarcísio Cobucci - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Fitotecnia Integração Acessoria Agrícola
INTRODUÇÃO A necessidade em fósforo requerida pelas culturas geralmente é menor do que a de potássio (K) e nitrogênio (N), no entanto, a quantidade aplicada normalmente é superior (Vieira, 2006). Isso ocorre devido à elevada taxa de fixação do P em solos tropicais, causada principalmente por precipitação com Fe e Al, reação com óxidos hidratados dos mesmos metais e reação com argilas silicatadas, devido a isso o aproveitamento pela cultura varia de 5% a 25% (Malavolta, 1980). Nesse sentido, pode estar ocorrendo elevação dos níveis de fósforo no solo sem que aumente a disponibilidade para as plantas. Assim, o desenvolvimento de tecnologias que proporcionem maior disponibilidade de fósforo para as plantas poderia proporcionar redução da quantidade de adubos fosfatados aplicados no solo, gerando ganhos econômicos e ambientais, uma vez que
esses adubos são produzidos a partir de reservas minerais de caráter não renovável (Pelá et al., 2009). A tecnologia Penergetic® consiste na aplicação dos produtos Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost, usando como veículos a argila bentonítica e/ou Carbonato de Cálcio, submetidas a aplicação de campos elétricos e magnéticos (Brito et al., 2012). Estes produtos, segundo o fabricante, são utilizados como bioativador de solo (Penergetic® Kompost, aplicado ao solo), o qual aumenta e equilibra as atividades microbiológicas no solo e bioativador de planta (Penergetic® Pflanzen), o qual disponibiliza mais energia ao processo fotossintético e facilita a interação planta-microrganismo benéfico (Penergetic®, 2013). Já existem resultados promissores do uso desses produtos em trigo (PEKARSKAS, 2012; KADZIULIENE et al., 2005), vegetais (JANKAUSKIENE et al., 2009), feijoeiro comum (BRITO et al., 2012) e batata (JAKIENE et al., 2008). OBJETIVO O presente trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos de Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost na produção da soja, bem como validar as recomendações de adubação de fósforo e potássio em nível de campo.
103
METODOLOGIA Foram realizados quatro experimentos de campo
Tabela 1. Análise de solo da área experimental de Jataí/GO, 2014/2015.
Tabela 2. Análise de solo da área experimental de Silvânia/GO, 2014/2015.
Tabela 3. Análise de solo da área experimental de Unaí/MG, 2014/2015.
Tabela 4. Análise de solo da área experimental de Fortaleza do Tabocão/TO, 2014/2015.
nos munícipios de Unaí‑MG; Silvânia-GO; Jataí-GO e Fortaleza do TabocãoTO. As características químicas e físicas dos solos nas áreas experimentais estão descritas nas Tabelas 1, 2 ,3 e 4.
pH (cm) (água) 0-10 K P mg/dm³ mg/dm³ 210 11
M.O. g/dm³ 46 B
Ca
Cu
0,28
7
3,7 Fe mg/dm³ 26,8
Mg mmolc/dm³ 0,7 Mn
Al
H+Al
V
M %
Zn
33,1
370
63 Silte g/kg 90
H+Al
V
Argila
Areia 540
Extrator: P-Mehlich; B-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA. -Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA.
pH (cm) (água) 0-10 5,6 K P mg/dm³ mg/dm³ 170 8,8
M.O. g/dm³ 30 B
Ca
Cu
0,19
2,9
3,1 Fe mg/dm³ 41
Mg mmolc/dm³ 1,3 Mn
Al
M %
Zn
21,5
370
63 Silte g/kg 90
H+Al
V
Argila
Areia 540
Extrator: P-Mehlich; B-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA. -Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA
pH (cm) (água) 0-10 5,4 K P mg/dm³ mg/dm³ 162 8,9
M.O. g/dm³ 26 B
Ca
Cu
0,3
3,8
3,2 Fe mg/dm³ 45
Mg mmolc/dm³ 1,1 Mn
Al
Zn
Argila
26,3
2,4
360
59 Silte g/kg 100
Mg mmolc/dm³ 0,8 Mn
Al
H+Al
V
Zn
Argila
25,1
2
400
m % Areia 540
Extrator: P-Mehlich; B-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA. -Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA.
pH (cm) (água) 0-10 4,5 K P mg/dm³ mg/dm³ 90 8,4
M.O. g/dm³ 56 B
Ca
Cu
0,32
2,2
2,5 Fe mg/dm³ 37
M %
47 Silte g/kg 100
Areia 500
Extrator: P-Mehlich; B-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA. -Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA.
O delineamento experimental utilizado nos quatro experimentos foi blocos ao acaso, com dez repetições, onde as parcelas mediram 30 m de comprimento por 40 m de largura. Os tratamentos foram formados por um fatorial 3x2, sendo três doses de adubo (Sem adubação; Indicação Penergetic® e Adubação Padrão) e dois manejos (Sem Penergetic® e Com Penergetic®). A aplicação do Penergetic® Kompost-Solos foi feita na dose de 250 g/ha aplicado imediatamente no plantio e a aplicação do Penergetic® Pflanzen na dose de 250 g/ha aos 20 dias após germinação. Os tratamentos foram denominados como: T1 - Sem adubação; T2 - Sem adubação + Tecnologia Penergetic®; T3 - Indicação Penergetic®; T4 - Indicação Penergetic® + Tecnologia Fortaleza do Tabocão -TO Silvânia-GO Penergetic®; T5 - Adubação Padrão Fazenda; Semeadura: Novembro/2014 Semeadura: Outubro/2014 T6 - Adubação Padrão Fazenda + Tecnologia Cultivar: 8667 Cultivar: Nidera 7227 ® Penergetic . No quadro ao lado estão descritos Densidade: 13 sementes/m linear Densidade: 20 sementes/m linear os dados de semeadura em cada região:
Unaí-MG Semeadura: Outubro/2014 Cultivar: Nidera 7227 Densidade: 20 sementes/m linear
104
Jataí-GO Semeadura: Outubro/2014 Cultivar: Nidera 5904 Densidade: 16 sementes/m linear
Nos quatro experimentos utilizou-se o espaçamento entre linhas de 50 cm e se realizou aplicação a lanço de 150 kg/ha de KCl antes do plantio. As avaliações realizadas foram: N° de grãos/m², massa de 100 grãos (g) e produtividade final (umidade corrigida para 13%). Os dados foram submetidos à análise de variância e teste de médias (Tukey, 5%). RESULTADOS A partir da análise da Tabela 5 e do Gráfico 1, nota-se que em Jataí-GO, houve efeito significativo dos tratamentos sobre a massa de 100 grãos, grãos/m2 e a produtividade final da soja. Observa-se que nos tratamentos onde não se utilizou adubação, ocorreu um aumento significativo da produtividade da soja com o uso da tecnologia Penergetic®, variando de 5 a 8%. Analisando-se a Tabela 6, observa-se que para o número de grãos/m2 houve uma tendência do aumento de grãos com a aplicação de Penergetic®, entretanto não significativo. A massa de 100 grãos apresentou um aumento de 3 a 5%, com a aplicação de Penergetic® (Tabela 7). Para o tratamento Adubação Padrão (adubo completo), a tecnologia Penergetic® não promoveu aumento significativo na produtividade da leguminosa. Neste experimento observou-se que foi possível eliminar a adubação de base com a aplicação da tecnologia Penergetic®, pois provavelmente o efeito de ativação da microbiota do solo confere uma maior liberação de nutrientes para a planta.
Tabela 5. Produtividade da soja em função dos tratamentos. Jataí/GO, 2014/2015.
105
Gráfico 1. Média da produtividade da soja em função dos tratamentos. Jataí/GO, 2014/2015
60
58,7
59
Produ vidade soja (sc/ha)
58
57,3
57,7
58,6
57 56 55 54
55,3 Sem PENERGETIC®
54,2
Com PENERGETIC®
53 52 51
Sem adubação
Indicação Penerge c® Adubação Padrão (0 kg/ha adubo) (250 kg/ha 10-54-0)
*Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
Tabela 6. Número de Grãos/m2 da soja em função dos tratamentos. Jataí/GO, 2014/2015.
106
Tabela 7. Massa de 100 grãos (g) da soja em função dos tratamentos. Jataí/GO, 2014/2015.
Em Silvânia-GO, observa-se na Tabela 8 e Gráfico 2 que a aplicação de Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost no tratamento sem adubação e no tratamento com a indicação de adubação da Penergetic®, gerou um aumento de 8 a 9% na produtividade da soja, chegando ao mesmo patamar de produtividade proporcionado pelo tratamento com adubação padrão da Fazenda. Observa-se também, que no tratamento sem adubação, o uso da tecnologia Penergetic® proporcionou aumento na massa de 100 grãos (Tabela 9), assim como no número de grãos/m² o qual se obteve resultados superiores nos três tratamentos (Sem adubação, Indicação Penergetic® e adubação padrão da fazenda) com uso de Penergetic® (Tabela 10). Novamente, como observado em Jataí-GO foi possível à retirada da adubação de base com o uso da tecnologia Penergetic®.
107
Tabela 8. Produtividade da soja (sc/ha) em função dos tratamentos. Silvânia/GO, 2014/2015.
Gráfico 2. Média da produtividade da soja em função dos tratamentos. Silvânia/GO, 2014/2015.
66 63,7
Produ vidade so (sc/ha) ja
64 61,4
62
63,2
61,1
60 58
57,8 56,5
Com PENERGETIC®
56 54 52
108
Sem adubação
Sem PENERGETIC®
Indicação Penerge c® Adubação Padrão (100 kg/ha 05-37-00) (300 kg/ha 5-37-00)
Tabela 9. Massa de 100 grãos da soja em função dos tratamentos. Silvânia/GO, 2014/2015.
Tabela 10. Número de grãos/m2 da soja em função dos tratamentos. Silvânia/GO, 2014/2015.
109
No experimento realizado em Unaí-MG, verificase de acordo com a Tabela 11 e Gráfico 3, que a aplicação da tecnologia Penergetic® promoveu um aumento de 7% na produtividade da soja no tratamento sem adubação. Resultado este, que não diferiu estatisticamente da adubação completa.
O maior resultado de produtividade de soja foi obtido no tratamento onde se ajustou a adubação de acordo com a indicação da Penergetic®, atrelando-se o uso de Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost (Tabela 11 – Gráfico 3).
Tabela 11. Produtividade da soja (sc/ha) em função dos tratamentos. Unaí/MG, 2014/2015
58
57
55,8
Gráfico 3. Média da produtividade da soja em função dos tratamentos. Unaí/MG, 2014/2015.
Produ vidade soja (sc/ha)
56 54
51,9
52 50
50,6
Sem PENERGETIC®
48,7
Com PENERGETIC®
48 46 44
Sem adubação
Em Fortaleza do Tabocão-TO, verifica-se na Tabela 12 e Gráfico 4, que a aplicação da tecnologia Penergetic® promoveu um aumento de 3% na produtividade de soja no tratamento sem adubação. Salienta-se que este resultado 110
52,4
Indicação Penerge c® (150 kg/ha 0-24-0)
Adubação Padrão (380 kg/ha 0-24-0)
não difere estatisticamente do tratamento com adubação padrão utilizada pela fazenda. O maior resultado de produtividade foi obtido com o ajuste de adubação e aplicação da tecnologia Penergetic®, obtendo-se 53,5 sc/ ha (Tabela 12 – Gráfico 4).
Tabela 12. Produtividade da soja (sc/ha) em função dos tratamentos. Unaí/MG, 2014/2015
Gráfico 4. Média da produtividade da soja em função dos tratamentos. Fortaleza do Tabocão/TO, 2014/2015.
Prodiu vidade soja (sc/ha)
54
53,5 52,7
53 52
50
51,6
51
51
53,1
Sem PENERGETIC®
49,6
Com PENERGETIC®
49 48 47
Sem adubação
Indicação Penerge c® Adubação Padrão (0 kg/ha 10-54-0) (250 kg/ha 10-54-0)
CONCLUSÕES O uso da tecnologia Penergetic® promoveu incrementos de 6 a 8% nas produtividades de soja na média dos quatro experimentos. Este aumento da produtividade está diretamente relacionado ao aumento do número de grãos/m2, bem como ao incremento sobre a massa de grãos, observados também com o uso de Penergetic® Pflanzen e Penergetic® Kompost. Em todos os locais estudados, o uso da tecnologia Penergetic® aliado a um ajuste na adubação de base, promoveu uma redução no uso de adubo, sem perdas signficativas na produção da soja, comparando-se com os níveis de produtividade obtidos com o padrão de adubação da fazenda. 111
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