On Comum 21

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Energia sem limites · fevereiro | março * 2011 Nº21

DISTRIBUIÇÃO Programa 2012 prepara a EDP para o futuro SPOTLIGHT EM DEBATE As vantagens do outsourcing nas diferentes geografias

Administradores falam sobre os desafios da Distribuição

REDES SOCIAIS EDP nas novas plataformas de comunicação

QUEM É QUEM António Sarmento fala sobre o projeto Windfloat

EDP WAY Programa faz balanço de dois anos

RESULTADOS Lucros aumentam 5% em relação a 2009


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03_EDITORIAL:Layout 1 11/03/31 15:46 Page 3

editorial

on

EDP nas redes sociais: Like! ra inevitável. O impacto das redes sociais na sociedade levou a que empresas repensassem os seus paradigmas e desenvolvessem novas ligações. A construção da imagem de uma empresa, e dos produtos e serviços que oferece, passou a ser coletiva. É um novo mundo, em formação, para o qual temos de estar preparados. Querendo ou não, a empresa é comentada, positiva e negativamente. E se estiver fora do meio a sua capacidade de reação fica mais limitada. Este é mais um desafio para pensar “fora da caixa”. As redes sociais são como portas que se abrem para o mundo inteiro, para ser explorado e conquistado. Vários estudos indicam que o número de internautas em redes sociais ultrapassará, até 2012, os 800 milhões. O que significa que será cada vez mais difícil para uma empresa acompanhar todo o conteúdo que entra e sai da sua rede. E se os consumidores são fortes para apoiar ou eliminar uma marca, os colaboradores também são elementos fundamentais na construção da imagem de uma empresa: há que ter consciência de que o perigo proporcionado pelas redes sociais pode ter origem dentro da própria companhia. Um simples comentário pode destruir o que levou tanto tempo a construir. O regulamento para a utilização das redes sociais é, neste sentido, uma ferramenta essencial para cada um dos colaboradores. Este manual de boas práticas, que pode ser consultado na íntegra na intranet, pretende acima de tudo, salvaguardar a imagem corporativa. Estabelecer regras, definir limites, orientar os colaboradores para uma nova forma de comunicação onde estamos ainda todos a aprender. O Grupo EDP, como reconhecido player internacional que é, não podia ficar à margem desta forma de comunicação globalizada. Os negócios devem tornar-se sociais ou ficarão para trás. Queremos estar mais perto dos nossos clientes, colaboradores, fornecedores, investidores, sempre com a mesma política de abertura e transparência que nos caracteriza. De que está à espera para se tornar nosso amigo?

E

Paulo Campos Costa Director de Marca e Comunicação

Queremos estar mais perto dos nossos clientes, colaboradores, fornecedores, investidores, sempre com a mesma política de abertura e transparência que nos caracteriza on 3


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índice fevereiro | março Execução, envolvimento, simplicidade e inovação. Estas são as principais mensagens do Programa 2012, cujo objetivo é preparar a EDP Distribuição para os grandes desafios dos próximos anos

56

On é uma edição bimestral Proprietário EDP – Energias de Portugal, SA Praça Marquês de Pombal, 12, 1250-162 Lisboa Tel: 210 012 680 Fax: 210 012 910 gmc@edp.pt Diretor Paulo Campos Costa

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Ensaio Fotográfico O grupo de fotografia da Central Térmica de Aboño mostra algumas das melhores fotos do seu portfólio

Editora Península Press SL Rua dos Correeiros 120, 4º esq , 1100-168 Lisboa Administrador executivo Stella Klauhs info@peninsula-press.com Redação Eduardo Marino (editor), Joana Peres (redactora), Arte Marta Conceição, André Noivo Fotografia Hugo Gamboa, José Reis e Adelino Oliveira, iStockphoto, SXC Revisão Ana Godinho Coordenação EDP Margarida Glória Distribuição gratuita Portugal – 23.000 exemplares; Espanha – 2.000 exemplares; Brasil – 2.500 exemplares; Renew – 500 exemplares Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, Rua Consiglieri Pedroso, nº90, Casal de Sta. Leopoldina, 2730-053 Barcarena - Portugal Telf. +351 21 434 54 00; Fax. +351 21 436 01 83 Isenta de registo na E.R.C., ao abrigo do decreto regulamentar 8/6, artigo 12º nº1-a Esta publicação foi escrita ao abrigo do novo acordo ortográfico


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í n d i ce

18 Os colaboradores do Grupo EDP empenharam-se a fundo na campanha de recolha de bens e conseguiram juntar 73 toneladas de bens! Conheça os resultados em Portugal, Espanha e Brasil

6 fórum Perguntámos aos colaboradores EDP, qual a área que mais contribuirá, nos próximos cinco anos, para o desenvolvimento sustentável do Grupo

7 bolsa 8/9 mercado 2º Encontro dos Fornecedores, em Gaia, em destaque

foco Retrato da Distribuição no Grupo EDP 26 em

10/17 cultura edp O balanço do programa EDP Way, a EDP nas redes sociais e a apresentação dos resultados de 2010 do Grupo EDP são alguns dos temas a não perder

22/25 inovação A HC Energía é responsável pela primeira instalação de micro-cogeração plenamente operativa nas Astúrias

é Quem? 42 Quem António Sarmento,

presidente da Direção do Centro de Energia das Ondas

46/48 capital humano “Ser Líder EDP” reforça competências de liderança

50/51 a nossa energia As notícias que ligam os centros produtores às comunidades envolventes

64 em destaque Joaquín Suárez Saro, chefe do Serviço Jurídico de Regulação da HC Energía

34 Spotlight: Entrevista com Miguel Stilwell D’Andrade, Ângelo Sarmento e João Torres

on 5


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fórum* I N V E S T I GAÇ ÃO , D E S E N VO LV I M E N TO E I N OVAÇ ÃO · A O n p e rg u n ta

I&D+i Na EDP, a área de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (I&D+i) está alinhada com os seus pilares estratégicos: Crescimento Orientado, desenvolvendo projetos que contribuam para os planos de crescimento sustentado da EDP; Eficiência Superior, procurando soluções que permitam aumentar a eficiência dos processos produtivos; Risco Controlado, desenvolvendo projectos que permitam mitigar a exposição da EDP a riscos, nomeadamente de regulação, ambientais e de negócio. Na sua opinião, qual a área que mais contribuirá, nos próximos cinco anos, para o desenvolvimento sustentável do Grupo?

PERGUNTÁMOS AOS COLABORADORES E RECEBEMOS 563 RESPOSTAS

30 25 20 15 10 5 0 Energias Renováveis

Produção de Energia

Eficiência Energética

Smart Grids

Mobilidade Elétrica

Mercados

Tecnologias

• Energias Renováveis (offshore: eólico e ondas; solar): 161 respostas 28,6% • Produção de energia (geração limpa e captura e sequestro de CO2): 112 respostas 20% • Eficiência Energética: 96 respostas 17% • Novas tecnologias de distribuição de energia (“smart grids” e “micro grids”): 93 respostas 16,5% • Mobilidade Elétrica: 65 respostas 11,5% • Mercados e Serviços de Valor Acrescentado – marketing: 21 respostas 3,7% • Tecnologias de Informação – “webização” do negócio: 15 respostas 2,7%

COMENTÁRIOS “Tendo em conta as novas filosofias ambientais e a política de uma mais eficiente sustentabilidade com o ónus sempre alto preço do petróleo, penso que a mobilidade elétrica irá afirmar-se definitivamente.” “Es muy importante que toda la energia que se produce se gestione correctamente (que existan unas redes de suministro inteligentes). Y que su distribucion se haga de la misma manera.” “A aposta deverá ser na remodelação da rede de distribuição que permita a entrada em funcionamento progressiva (com resultados mensuráveis) de smart grids e micro grids que potenciam serviços inovadores, de valor acrescentado para os clientes EDP.” 6 on

“Considero que la distribución de energía con las pérdidas asociadas es el punto donde se deben concentrar los esfuerzos para un desarrollo más sostenible, si bien tengo dudas de que antes de los próximos cinco años se desarrolle.” “Sem dúvida acho que as smart grid são o futuro, como a Internet foi para as comunicações e a globalização dos negócios e conhecimento. O seu grande boom não será - talvez - nos próximos cinco anos, mas vão dar-se (nesse período) passos muito importantes para essa realidade estar ao alcance de muitos "prossumidores". “Hay más áreas que podrían contribuir al desarrollo sostenible, una de ellas es la de Recursos Humanos ya que el

desarrollo sostenible implica un buen funcionamiento de la empresa de forma eficiente; y para ello hay que tener en cuenta a los colaboradores que hacen que eso sea posible.” “A instabilidade sociopolítica dos países árabes produtores de petróleo e a necessidade de baixar as emissões de CO2 para manter o equilíbrio ecológico é condição essencial para que se recorra à produção de energia através de fontes renováveis, que garantirão a sustentabilidade energética mundial e económica das empresas do setor.” “A produção de energia, em especial na sua componente hídrica, vai certamente contribuir para a sustentabilidade a médio e longo prazo das novas práticas de consumo energético.

Nos próximos cinco anos, os efeitos a este nível serão ainda incipientes, mas far-se-ão já notar com a entrada em serviço industrial dos reforços de potência de Picote, Bemposta e Alqueva. A otimização do sistema de geração (designadamente ao nível da sua dicotomia geração eólica/produção hídrica (sistema reversível) vai fazer-se sentir.” “Acredito que no âmbito da liberalização do mercado será desejável a menor perda de clientes possível, principalmente os clientes importantes, pelo que penso que a "área de Mercados e Serviços de Valor Acrescentado-marketing", poderá ter um grande peso para o desenvolvimento sustentável da Empresa.”


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o s co rd õ e s d a b o l s a

EDP Portugal 2,90

3,0

2,5

2,0

1,5

1,0

0,5

0,0 11/01/03

11/02/03

11/03/03

Valor em Euros (de 1 de janeiro a 3 de março)

EDP Brasil

39,45

40 35

Movimentações de bolsa entre 18 de janeiro e 09 de março

30 25 20 15

Analista

Data

Recomendação

Preço

USB

09/mar/2011

Neutro

2,75

N+1

07/mar/2011

Neutro

2,85

BoA - Merrill Lynch

07/mar/2011

Comprar

3,15

JP Morgan

25/fev/2011

Acomular

3,50

5

BPI

24/fev/2011

Reter

2,75

4

Goldman Sachs

17/fev/2011

Compra

3,60

3

BES

17/fev/2011

Compra

3,30

2

Fidentiis

16/fev/2011

Reter

2,91

Collins Stewarts

21/jan/2011

Compra

3,25

Société Generale

18/jan/2011

Compra

3,00

10 5 0 11/01/03

11/02/03

11/03/03

Valor em Reais (de 1 de janeiro a 3 de março)

EDP Renováveis

4,55

1

0 11/01/03

11/02/03

11/03/03

Valor em Euros (de 1 de janeiro a 3 de março)

on 7


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mercado Negócios da EDP

2.º Encontro de Fornecedores

Relações mais produtivas

P

elo segundo ano, o Grupo EDP realizou o Dia do Fornecedor, onde foi apresentado o plano de investimento da EDP, dando assim a possibilidade de, com antecedência, se prepararem para os concursos a lançar, quer em Portugal, quer no estrangeiro. Para 2011 e 2012, o plano de investimentos previsto mantém-se: ascende a cerca de dois mil milhões de euros em cada ano, dos quais 1,5 mil milhões, em Portugal. E para dar resposta aos investimentos previstos, os fornecedores têm um papel preponderante. Hoje, são já as empresas portuguesas as maiores fornecedoras da EDP: num ano, essa percentagem subiu 10% (de 20 para 30%). “As empresas portuguesas estão mais preparadas, mais informadas. Perante esta situação, conseguem programar melhor os seus recursos”, garantiu António Mexia. Nos últimos três anos, a EDP apoiou a internacionalização de mais de 100 empresas portuguesas com um volume de consultas de cerca 500 milhões de euros. Em Vila Nova de Gaia, cerca de 200 fornecedores vislumbraram novas oportunidades de negócio – nas áreas de distribuição, produção,

renováveis e gás – não só em Portugal, mas noutras geografias onde o Grupo desenvolve atividades. Segundo Nuno Alves, CFO da EDP, o objetivo da EDP é também procurar que os parceiros em Portugal se internacionalizem. De acordo com Luís Marques Ferreira, da EDP Valor, entre junho de 2009 e dezembro 2010, 72 empresas portuguesas foram consultadas pela EDP para negócios fora de Portugal e aceitaram o desafio de internacionalização. Mas o negócio deve também ser sustentável socialmente. Prova disso é o envolvimento que o Grupo EDP e os seus fornecedores têm para com as comunidades onde desenvolvem a sua atividade, criando emprego e melhores condições de vida. Sérgio Figueiredo, administrador-delegado da Fundação, lançou, neste dia, um desafio aos fornecedores: “Vamos dar parte de nós”, é o programa de voluntariado da EDP para que cada um, através de materiais, apoio técnico, gestão de equipas, mão-de-obra e contribuições monetárias, possa contribuir para mudar as condições de alguns estabelecimentos de saúde.

HC Energía: os clientes confiam! Os clientes da HC Energía são os mais fiéis do setor energético espanhol. Esta é uma das conclusões do último relatório da Comissão Nacional de Energia (CNE) sobre a análise do abastecimento de cada um dos principais grupos empresariais de distribuição em Espanha. O grau de permanência chega aos 94%. 8 on

O utilizador final, apesar de ter a possibilidade de contratar o abastecimento a uma empresa diferente da empresa distribuidora, continua a preferir a HC Energía. Além disso, a HC entrou no mercado de distribuição na concorrência: tem uma quota de comercialização de 23% na E. On, detém 5% na Iberdrola, tem uma quota de 1% na Gas Natural

Fenosa. Dados do mesmo relatório, apontam que nenhuma outra empresa elétrica mantém um tão elevado grau de lealdade por parte dos seus clientes, superando assim, entre 8 e 13 pontos percentuais, a Endesa e a Iberdrola, que conservam 86% e 81% dos clientes nos seus respectivos ambientes naturais.


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m e rca d o

Naturgas: + de 100.000 clientes duais no País Basco A Naturgas Energía superou recentemente o número de 100.000 lares “duais” (clientes de gás e eletricidade), desta vez, no País Basco. Além disso, a empresa conta com mais de 116.000 serviços contratados de manutenção “Funciona”, para luz e gás. A Naturgas foi o primeiro operador a lançar no mercado uma oferta dual, ou seja, uma oferta integrada de gás e eletricidade na mesma fatura, adicionada ao serviço “Funciona”, de manutenção e reparações de instalações de luz e gás.

O último relatório da Comissão Nacional da Energia (CNE), de novembro de 2010, destaca a oferta da Naturgas Energía e HC Energía como uma das melhores do mercado espanhol. Noutro relatório, o de Supervisão do Mercado Elétrico Minoritário a CNE afirma que “a empresa com maior percentagem de abastecimentos duais é o Grupo EDP (HC Energía e Naturgas Energía)". Através do serviço dual, o cliente obtém pontos que podem ser trocados por energia ou presentes mediante o programa de fidelização.

Novo impulso da EDP Serviços

No final de 2010, decorreu a reunião de kickoff da renovada EDP Serviços, iniciativa que teve como objectivo dar início à nova fase de exploração e desenvolvimento do negócio de serviços energéticos do Grupo EDP. Esta reunião contou com a presença de todos os colaboradores da EDP Serviços, juntamente com o Conselho de Administração e primeiras linhas da EDP Comercial. Nesta reunião foi apresentada a nova estratégia e modelo organizacional da EDP Serviços, a visão de macro-processos ao longo da cadeia de valor destes novos negócios do Grupo para dar apoio às novas prioridades e ao desafio de crescimento inerente, tal como às iniciativas

operacionais já em curso. Posteriormente, em janeiro de 2011, a EDP Serviços apresentou o seu Plano de Negócios para o biénio 2011-2012, sessão de trabalho que contou com a presença de todos os colaboradores da empresa que, desta forma, puderam conhecer e debater os principais objetivos e iniciativas da EDP Serviços, assim como das respetivas unidades de negócio para o período em questão. Como forma de agradecimento e reconhecimento formal pelo esforço e empenho de todos, aproveitou-se a ocasião, para a entrega de lembranças personalizadas a todos os colaboradores que contribuíram para o sucesso e crescimento recente da EDP Serviços, como forma de celebrar a triplicação das vendas de serviços de energia em apenas três meses, no final de 2010. Estas sessões permitiram um maior alinhamento e compromisso dos colaboradores da EDP Serviços com a estratégia da empresa, composta por um conjunto de objetivos ambiciosos e alavancada por uma crescente aposta e empenho do Grupo EDP na área de serviços de energia. Saiba mais em: http://avs3.sl.pt

Mais de um milhão de MWh A geração hídrica da HC Energía superou, pela primeira vez, um milhão de MWh. Em 2010, a geração da central hidráulica foi de 1.053.553 MWh, o que significa um incremento de produção de mais 10%, face ao recorde anterior, conseguido em 1996, de 940.481 MWh. A central de geração é a mesma, com a diferença de que 2010 foi um ano com muita pluviosidade. Mas o crescimento deve-se, essencialmente, ao excelente comportamento das centrais de produção e de toda a equipa humana de geração.

Solidal: novo caso de sucesso da EDP Serviços Devido à aquisição de uma nova máquina para produção de cabos de cobre de Muito Alta Tensão (MAT), assim como a criação de um novo laboratório de ensaios, a Solidal contratou o serviço de aumento do nível de tensão da EDP Serviços (EDPS), para passar do abastecimento em nível Média Tensão (MT) para nível Alta Tensão (AT). A EDPS projetou e construiu uma subestação com TP de 6 MVA-60 KV/ 15 KV e uma linha mista de 60 KV com cerca de 5.900 metros em parte aérea em postes de ferro e de betão com condutores em alumínio/aço de 160 mm2 e parte subterrânea com cerca de 150 m em cabo LXHIOLE monopolar de 630 mm2. Devido à intervenção de aumento de tensão pela EDPS, a Solidal conseguiu uma poupança tarifária anual de cerca de 250.000 €, tendo a subestação entrado em exploração em dezembro de 2009, ficando a EDPS responsável pela manutenção e verificação da qualidade do serviço através da monitorização para identificar soluções sobre a qualidade de energia. O Cliente Solidal – Condutores Elétricos S.A., sediado em Esposende, é um produtor e comercializador de condutores elétricos. on 9


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cultura edp Os métodos mais eficientes e os valores que servem de exemplo

Lucro recorde de €1.079 milhões

+5%

Lucro: (1.079 milhões de euros)

+7%

EBITDA: (€3.613 milhões em 2010)

+159

Poupança: milhões de euros Capacidade Instalada: (21.990 MW)

+7%

Os lucros da EDP, em 2010, aumentaram 5%, face ao ano anterior, para os 1.079 milhões de euros. Um resultado que ficou acima dos 1.061 milhões previstos por vários analistas Este é o melhor resultado de sempre do Grupo EDP excluindo ganhos extraordinários, sendo que estes resultados "são obtidos num contexto de mercado muito difícil", como sublinhou António Mexia, CEO da EDP, na apresentação de resultados 2010, dia 3 de março. Mais de metade dos resultados do Grupo, 55%, tiveram origem nos 12 países onde a empresa está presente, com especial destaque para o Brasil – através de uma apreciação do real face ao euro, e da retoma da produção de eletricidade neste país – para o mercado regu10 o n

lado do gás e para os Estados Unidos, país onde a EDP é o terceiro maior operador na área das renováveis. Na apresentação de resultados, o CEO realçou ainda "uma redução importante do custo da dívida", que permitiu estabilizar os resultados financeiros do Grupo. A EDP fechou 2010 com um lucro de 1.079 milhões de euros (crescendo 5%) e um EBITDA de 3,61 mil milhões de euros, a subir 7%. António Mexia valorizou as poupanças conseguidas pelo Grupo. "Com dois anos de antecedência

conseguiram-se os objectivos em termos de eficiência", afirmou o CEO da EDP, cuja poupança chegou, em 2010, aos 159 milhões de euros. Quanto à dívida, a EDP tem actualmente 16,3 mil milhões de euros de dívida líquida, estimando chegar ao final do ano com um valor “ligeiramente abaixo” desse nível, de acordo com o administrador financeiro da EDP, Nuno Alves. Para este ano, o CEO está optimista. “Tomámos antecipadamente as medidas que nos levam a olhar com confiança para 2011.”


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6

c u l t u ra e d p

Prémios Reputação 2010 A Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas (APECOM), lançou a primeira edição dos Prémios Reputação 2010, que distinguiu os melhores trabalhos e os melhores profissionais da comunicação empresarial e relações públicas. A EDP subiu ao palco, por seis vezes. Veja quais as categorias distinguidas pela APECOM: • António Mexia, CEO da EDP: Personalidade de Comunicação do Ano;

• Projeto “A tua energia”: categoria de Energia, Ambiente e Ecologia; • “Relatório & Contas EDP”: categoria Comunicações Financeiras, Fusões e Aquisições; • “Concerto na Barragem de Alqueva”: categoria Eventos; • “edpON, Televisão Corporativa”: categoria Corporate TV & Vídeo; • “Revista ON”: categoria Publicações Empresariais.

Tecnologias de informação reúnem-se em Óbidos

Óbidos foi a vila escolhida para receber as Jornadas Ibéricas da DSI (Direção de Sistemas de Informação), nos dias 9 e 10 de dezembro, onde o balanço do ano de 2010 e os novos desafios para 2011 foram apresentados aos vários colaboradores de Espanha e Portugal. No primeiro dia, António Vidigal, administrador da EDP Inovação, recebeu os participantes com uma palestra sobre inovação e tecnologia seguindo-se um jantar. A sessão de trabalhos começou cedo, no dia seguinte, com apresentações dos vários chefes e responsáveis de área, entre eles, o diretor corporativo da DSI, Vergílio Rocha, e o diretor de comunicação, António Venâncio. A meio da manhã, houve ainda tempo para uma atividade lúdica onde as redes sociais tiveram em destaque. As mesas com decorações alusivas a redes sociais, no contexto contemporâneo e tecnológico da DSI, ganharam vida, quando os colaboradores e diretores criaram um perfil e imaginaram-se a ocupar diferentes cargos, com a possibilidade

“O foco na melhoria do que se está a fazer até agora sobre uma plataforma ibérica integrada é um dos objectivos da DSI para 2011”, Jorge Cruz de Morais de fazerem um “like” e “comments” nas diferentes respostas. Deste encontro resultaram novos desafios. Este ano, a missão da DSI passa, não só pela redução de custos, como em imprimir valor para toda a família EDP, tendo sempre presente as melhores práticas de TI. Informar, qualidade, segurança, eficiência e promover uma cultura única de grupo são os valores da DSI. Jorge Cruz de Morais, administrador do pelouro da DSI, encerrou a reunião focando o enquadramento estratégico, revelando as preocupações e expetativas associadas à função TI no Grupo.

Formacão indoor atravessa o Atlântico A EDP abraçou o desafio da construção de um empreendimento termoelétrico numa nova geografia: central a carvão em Pecém, no Brasil, tendo servindo, naturalmente, de modelo inspirador, a Central de Sines. A Produção Termoelétrica de Sines (PTSN) foi chamada a participar ativamente na formação prática dos estagiários brasileiros, que serão direcionados para duas funções distintas: operadores de Sala e de Campo na Central Termoelétrica do Pecém, no estado brasileiro do Ceará. O estágio decorreu entre agosto e outubro, junto de colaboradores que desempenham funções semelhantes e envolvendo outros que pelas suas características e áreas de atuação proporcionaram uma transmissão de conhecimentos mais enriquecedora e multifacetada.

o n 11


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cultura edp

Avaliação de qualidade

Azucena Viñuela, diretora corporativa da DAI recebeu o certificado em Madrid, por ocasião das Jornadas de Auditoria Interna promovido pelo Instituto de Auditores Internos de Espanha.

A Direção de Auditoria Interna (DAI) Ibérica recebeu um certificado do The Institute of Internal Auditors (IAI), dos EUA, como resultado da avaliação de qualidade da Função de Auditoria Interna do Grupo EDP, HC Energía, Naturgas Energía e EDP Renováveis. A avaliação foi realizada por uma equipa de peritos independentes, recolheu o contributo direto através de questionários e entrevistas individuais a cerca de 140 colaboradores do Grupo EDP, a maioria dos quais com responsabilidades na Alta Direção. O rating atribuído corresponde ao nível de “Geralmente Cumpre” (GC), a mais alta classificação concedida pelo IAI. Independentemente da máxima

classificação obtida, foi possível capturar áreas de melhoria que serão desenvolvidas no próximo plano de atividades. Um certificado que só foi possível graças às opções estratégicas tomadas pela DAI, na adoção dos normativos internacionais no exercício da função, do incondicional apoio dos supervisores e no empenho e determinação de todos os colaboradores. O futuro será marcado pela monitorização e manutenção contínua da qualidade necessária de acordo com a evolução do Grupo e da função, tendo em vista continuar a proporcionar o conforto apropriado às entidades de supervisão e clientes.

PARTILHAR O PRESENTE, PREPARAR O FUTURO

Desenvolver Valor “Não vamos ensinar-te a vestir a camisola, vamos mostrar-te porque deves sentir orgulho em vesti-la”, foi a mensagem entregue a cada jovem da EDP Valor, acompanhada por uma t-shirt, que os deixou a pensar! “Como se explica a factura da EDP?” ou “Quais as diferenças entre as várias tecnologias de produção elétrica?” são algumas das questões, com que os colaboradores são confrontados e para as quais, às vezes, não têm a melhor resposta. O Programa Desenvolver Valor visa integrar e dotar os participantes de ferramentas, que lhes permitam conhecer melhor o Grupo e colocar em prática novas atitudes e comportamentos. No primeiro dia, assistiram a uma apresentação dos “seniores” da EDP Valor com informação sobre o Grupo e participaram no workshop “Técnicas para Apresentações no Estado da Arte”. No final, com os grupos formados pelas cores das t-shirts recebidas, foram sorteados os desafios. Passadas três semanas, a Central do Ribatejo foi o local escolhido para a apresentação dos trabalhos. Os jovens responderam às questões colocadas nos desafios, utilizando a informação e as técnicas recebidas na primeira sessão. QUEM? 60 jovens com idade até aos 36; quadros e não quadros; divididos em 10 grupos heterogéneos. 12 o n

A macroestrutura da EDP Soluções Comerciais (EDPSC) reuniu-se em Évora, no dia 3 de dezembro, para fazer o balanço de 2010 e apresentar o Plano Operacional para 2011. 2010 – Desafio Superado

João Matos Fernandes, administrador da EDPSC, fez o balanço de 2010 realçando que se atingiram os objectivos estabelecidos, resultado do contributo e do envolvimento de todos. Com a apresentação do Plano Operacional 2011, colocou na agenda os desafios e os compromissos estratégicos. 1. Prosseguir a eficiência de custos operacionais 2. Alargar à Península Ibérica a operação de Contact Center 3. Impulsionar uma Gestão de Contactos mais eficiente e mais eficaz 4. Promover a ‘webização’ da relação com o Cliente 5. Motivar e envolver os colaboradores “As Soluções estão nas Pessoas”

Manuela Silva, administradora da EDPSC, apresentou o People Plan, programa delineado num conjunto de medidas organizadas segundo cinco aspirações : 1. Alinhar os trabalhadores com a estratégia 2. Reforçar as competências-chave 3. Reter os que têm melhor desempenho 4. Atrair as competências certas e atempadamente 5. Incrementar a eficiência e a flexibilidade da Organização O que reflete o forte compromisso da empresa em otimizar a gestão das pessoas, fortalecendo as competências, garantindo a concretização dos objetivos estratégicos sustentados na con-

vicção de que “ As Soluções estão nas Pessoas “ Parabéns a todos os Colaboradores

O presidente do Conselho de Administração, Martins da Costa, referiu-se ao encontro como um excelente momento de partilha, possibilitando uma melhor perceção da organização e dos eixos de atuação. Quanto a 2010, considerou que a EDPSC está de parabéns, num ano em que apesar de algumas dificuldades conjunturais, foi possível atingir as metas. Para 2011, considera fundamental manter e reforçar o espírito de equipa, prosseguir a cultura de desempenho focada na ultrapassagem dos objetivos, sendo imprescindível o envolvimento de todos, para o que é decisivo o papel das lideranças. A Inovação em Évora

Os participantes foram recebidos pela EDP Distribuição, na loja do Inovcity, proporcionando informação especializada e contacto próximo com a aposta na nova tecnologia da gestão inteligente de distribuição de energia que irá alterar substancialmente o relacionamento com os clientes, potenciando a sua satisfação e uma política focada na eficiência energética.


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Em que estás a pensar...

edp Os colaboradores não podem falar publicamente em nome da empresa. A fronteira entre a informação pessoal e a profissional é muito ténue, pelo que o utilizador de uma rede social deve ter o cuidado de referir que a informação que partilha é da sua responsabilidade e não traduz necessariamente a posição da EDP. Deve ser explícita a referência de que se trata de uma opinião pessoal e não da empresa.

258.966

Lisa Areias A liberdade de expressão não é um direito adquirido?

pessoas gostam disto

A EDP já está nas redes sociais. Nesse sentido, o Conselho de Administração Executivo aprovou recentemente o Regulamento para Utilização das Redes Sociais. O objetivo é definir regras de atuação nestes canais, de forma a evitar conflitos laborais, decorrentes de comentários depreciativos colocados numa rede social, ou mesmo dinâmicas que se considera não posicionarem positivamente o Grupo EDP. A existência das redes sociais é hoje uma realidade inquestionável. O fenómeno está de tal forma implantado junto das pessoas que as empresas não lhe podem ficar alheias. A EDP reconhece os benefícios da sua utilização, mas está consciente de que, se não utilizadas devidamente, as redes sociais poderão ser uma ameaça à segurança da informação e da credibilidade da empresa. Conheça alguma das regras básicas para comunicar neste novo meio.

edp Claro que sim, mas há que ter consciência de que o que é publicado numa rede social tem consequências.

Diana Costa Concordo. Ao ultrapassar a esfera privada, a informação veiculada nas redes sociais pode ter repercussões ao nível nacional ou mesmo internacional e graves consequências para o negócio.

Ricardo Torrado Cada um deve ser responsável pela informação que difunde e deve ter em consideração que aquilo que publica poderá ser (bem ou mal) utilizado por terceiros.

edp Os colaboradores devem respeitar o Código de Ética e o dever de confidencialidade, não divulgando informação sigilosa. Não podem citar ou fazer qualquer referência a clientes, parceiros, fornecedores ou investidores da EDP.

Lisa Areias Essas orientações aplicam-se a todos os colaboradores do Grupo?

edp Sim, o código é válido para todos, sem exceção. Antes de divulgar informação relacionada com a empresa, inclusive produtos e serviços, os colaboradores devem certificar-se da sua veracidade e validá-la com a sua hierarquia, com vista a assegurar o alinhamento com a estratégia de comunicação do Grupo.

Diana Costa Quem gere a informação? Há algum responsável pelas redes sociais?

edp Há um “porta-voz”, que deve agir em consonância com os princípios do Código de Ética e proteger toda a informação considerada confidencial no Grupo EDP. Ao publicar informação no espaço público, o representante da empresa deve ter a preocupação de se identificar devidamente. A informação deve ser clara e atualizada pelo que, antes de ser publicada, tem de ser confirmada juntos dos responsáveis pelo assunto em questão.

edp A EDP não pretende vigiar os colaboradores, mas sim alertar para as consequências dos seus comentários, opiniões e divulgação de informações prejudiciais para a empresa.

Ricardo Torrado Que conselho dá a empresa ao nível da linguagem utilizada?

edp Não deve, obviamente, ser utilizado vocabulário considerado não próprio (palavrões, termos obscenos ou preconceituosos) e que promova uma má imagem da EDP.

Lisa Areias Posso entrar nas redes sociais durante o meu horário de trabalho?

edp É importante que os colaboradores saibam gerir os seus tempos de trabalho. O recurso às redes sociais o n 13 não deve interferir com os seus compromissos profissionais. Os colaboradores que sejam utilizadores pessoais de redes sociais deverão fazê-lo fora do horário de trabalho.


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EDP Way em balanço O EDP Way foi lançado em janeiro de 2009. Passados dois anos e oito relatórios trimestrais, é o momento de fazer o balanço aos cinco projetos deste programa transversal a todo o Grupo, conhecer os resultados já alcançados, as geografias envolvidas e os factos mais significativos

Data início: janeiro 2009 Número de Dinamizadores por projeto: Prog rama EDP Way: 5 Projetos (Sou+Edp, EDPro, Lean, Opex, SharEDP) Geog rafias: • Portugal • Espanha • EUA • Brasil

• Roménia • França • Bélgica • Reino Unido

• Sou+edp: + 340 • EDPro: + 220 • Lean: + 300

• Itália • Polónia • Canadá

SharEDP

27%

21%

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Opex Lean

12%

Número de Dinamizadores no Prog rama EDP Way: + 1280

• Opex: +150 • SharEDP: + 270

23%

17%

EDPro Sou+EDP


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Factos significativos

10 empresas envolvidas

3100 iniciativas

EDPD, EDPP, EDPSC, EDP, SA (DSI e pilotos na DCG e UNGE), EDPR, EDPBR, HC, Naturgas, EDP Valor, EDPGas

900 criadas em 2010

Novos prog ramas 2009/2010 EDP Gás / EDP Valor / EDPR-US (piloto) / Relançamento EDP Distribuição (incluído no programa Distribuição 2012) / EDPP-CP Lares / Relançamento EDP Brasil

2000 colaboradores diretamente envolvidos 750 em 2010

2000 iniciativas implementadas 650 em 2010

• Apoio a novos programas: Diagnóstico Lean na EDPGas, Lançamento EDPP-PTLR, Novas equipas EDPSC, Relançamento EDP-Br, Criação de um Lean Office na EDPD, Workshop e Lançamento Lean na EDPR / Horizon • Desenvolvimento e aprovação de um manual lean corporativo • Realização de seis Lean Days: Lisboa(2), Coimbra(2), Setúbal(1) e Porto(1) – EDPSC, EDPP, DSI, EDPD, EDPV • Disponibilização de material de comunicação transversal • Realização de um Fórum Lean interempresas (EDPP/EDPD) e preparação de um fórum EDPP/HC • Criação de uma estrutura/catálogo formativa Lean para todo o Grupo EDP - via catálogo EDP Valor • Curso Lean na Escola da Produção e Tema Lean incluído nos Desafios da Distribuição na Escola da Distribuição • Criação de uma ferramenta de partilha de informação Lean (lean.edp.pt) • Nova vaga de formação Lean Experts interempresas • Booklet Lean corporativo • Realização de um Saiba Mais Sobre Lean EDPWay • Actividade regular do Lean nas empresas: comités sobre Lean, apresentações e formação a colaboradores • Arranque equipa parcerias, com Universidade EDP, e reuniões com três Universidades sobre cooperações no âmbito do Lean edpway

Factos significativos • Arranque do Contact Center Ibérico • Implementação da ferramenta de Tesouraria – Target • Coordenação do processamento de salários nas várias geografias do Grupo EDP • Arranque da Organização única de Serviços Comerciais em Espanha • Uniformização dos Processos Comerciais de Negociação na Península Ibérica • Implementação da plataforma Logos para a gestão integrada de Logística e Materiais • Integração dos Processos de Tesouraria e Terceiros de Espanha na EDP Valor • Desenvolvimento do Scorecard Ibérico para a Informação de Gestão Comercial • Implementação do sistema de captura automática de dados – CAFC na HC Energía e Naturgas Energía • Selecção dos fornecedores ibéricos de Equipamentos de combate a Incêndios, Rent-a-car, Vestuário de Trabalho e Limpeza • Finalização da fase I do sistema de Informação de Gestão da EDP Soluções Comerciais • Início dos roll-outs do Lince-SAP R/3 Multi-geografias

12 Empresas envolvidas 16 Projetos 9 ShareCorp / 7 ShareCom

11 Geografias envolvidas

277 Colaboradores 211 ShareCorp 45 ShareCom 21 Transversais 204 Portugal / 65 Espanha / 3 EUA / 5 Brasil o n 15


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320 Inquéritos de maturidade à gestão de processos analisados (2010) 260 processos-chave prioritários levantados no Grupo • 26 processos corporativos • 56 processos transversais • 178 processos locais aos Negócios

12 Empresas / Unidades de Negócio envolvidas em todas as geografias 1.800 KPIs definidos na ferramenta iBPMS

Factos significativos • Implementação de um modelo de governo para a gestão de processos comum a todos os Negócios e geografias do Grupo; • Focalização da gestão de processos na medição e otimização regulares; • Valorização e responsabilização do papel dos Donos de Processo; • Nomeação e formalização dos Donos de Processo; • Adopção da simbologia BPMN (Business Process Modeling Notation) como referencial para o desenho de fluxogramas de processo em todo o Grupo;

• Adoção do quadro de classificação de processos da APQC (American Productivity and Quality Center) como referencial para o desenho da arquitectura de processos; • Definição e divulgação de linhas de orientação específicas para a gestão dos processos transversais no Grupo; • Integração dos controlos SCIRF no mapeamento dos processos; • Montagem e disponibilização de um programa-quadro de apoio à actividade dos Donos de Processo nas Unidades de Negócio;

• Lançamento anual dos ciclos de planeamento da otimização de processos em articulação com o processo de plano e orçamento do Grupo; • Implementação da ferramenta informática de suporte adotada no modelo de governo (iBPMS); • Instituição de um inquérito semestral de aferição da maturidade da gestão de processos no Grupo.

Em números (Learning Maps) 1.750 Acções 8 Países 8.711 Colaboradores envolvidos 251 Energizadores

89,4% de Taxa de Participação 26.133 Horas de Formação

Factos significativos • Folheto On Top • Brochura de recrutamento • Parcerias com estabelecimentos de ensino nas áreas de influência dos novos centros eletroprodutores • Desenvolvimento da Política de Mobilidade Interna • Colocação de ofertas de mobilidades no EDP Pessoa 16 o n

• “Rotation Breakfast” com Administradores e Directores de RH • Formação das chefias para serem gestores da mobilidade • Elaboração do Manual de Políticas RH • Elaboração do Manual de Acolhimento • Edição do Guia do Líder EDP • Folhetos sobre os Processos RH • Iniciativa Novas Oportunidades: acordos de

cooperação e certificação de colaboradores em vários níveis de escolaridade • Encontro Anual RH 2010 • Encontro de Integração dos novos colaboradores 2009 • Realização de Learning Maps “Sou+EDP”: Portugal e Espanha • Voluntariado nas escolas: aulas de empreendorismo


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Factos significativos

Objetivos de poupança de 160M€ até 2012 120M€ Target anual de poupança total (2010) (96M€ na Península Ibérica e 24M€ no Brasil)

159M€de poupança gerada com as iniciativas implementadas até ao final de 2010 (132% do objetivo anual), com 135M€ na Península Ibérica e 24M€ no Brasil

• Equipa TI: Redução de custos em Tecnologia de Informação Poupança de 25M€. • EDP Produção: Projecto LEAN - poupança de 4M€; redução de custos com materiais Alstom - poupança de 1.5M€; diminuição de custos operacionais com o descomissionamento dos centros produtores de Setúbal e do Carregado - poupança superior a 2M€. • EDP Distribuição: Redução de custos na manutenção de redes - poupança de 17M€; renegociação do contrato de prestação de serviços de exploração de SI georeferenciada - poupança de 1.6M€; redução de custos em comunicações - poupança de 1.6M€; redução e optimização do funcionamento dos armazéns e depósitos poupança de 1,1M€. • EDP-SC: Redução do custo médio dos documentos emitidos devido à desmaterialização do ciclo comercial - poupança de 1,3M€; renegociação dos contratos com os prestadores de serviços de leitura redução do custo unitário de leitura e conseguiu uma poupança de 1,2Mk€; renegociação do contrato com o fornecedor de telecomunicações para o contact center – poupança de 800k€. • HC: Renegociação do contrato de manutenção da CCGT de Castejon 1 - poupança de 2.6M€; redução de custos na manutenção de redes - poupança de 2M€; redução dos custos de O&M nas centrais de cogeração - poupança de 1M€; denúncia de contratos de arrendamento – poupança de 500k€. • EDP Gás: Redução Custos de Marketing em 1M€; redução de custos com p&f e correio - facturação bimestral – poupança de 600k€; redução de custos com leituras contadores - menor quantidade – poupança de 500k€. • EDP Valor: Redução de gastos com comunicações telefónicas fixas e móveis - poupança de 3,3M€. • EDP SA: Redução de custos com Trabalhos Especializados do Grupo EDP originou uma poupança de cerca de 15M. • EDP Brasil: Programa transformacional – poupança de 18 M$R; otimização de gastos com horas extras – poupança de 8,1 M$R; otimização de custos com passagens aéreas – poupança de 3,6 M$R. o n 17


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causasedp Capacidade económica e empenho social

Campanha de recolha de bens angariou 73 toneladas Sempre mais e melhor. Os colaboradores do Grupo EDP empenharam-se a fundo na Campanha de Recolha de Bens e conseguiram juntar umas impressionantes 73 toneladas de bens! Conheça os resultados em Portugal, Espanha e Brasil

“A fasquia está cada vez mais alta”, considerou António Mexia

P

ara o ano é preciso fazer mais e melhor”. O desafio foi lançado pelo presidente do Conselho de Administração Executivo, António Mexia, na cerimónia de encerramento da Campanha de Recolha de Bens EDP 2010 que, no dia 1 de fevereiro, juntou parceiros, instituições e voluntários no Museu da Electricidade. O tom foi de orgulho. “A fasquia está cada vez mais alta”, frisou António Mexia. Contas feitas, esta campanha superou todas as expetativas. As 10 toneladas de bens angariados em 2009 triplicaram este ano para 34 toneladas, repartidas por vestuário, mobiliário, equipamento informático e brinquedos, entre outros bens, que serão agora canalizados para uma centena de instituições de solidariedade social, beneficiando um total de 336 mil pessoas em Portugal. Os números são ainda mais expressivos quando se somam os resultados obtidos pelas empresas do Grupo em Espanha e no Brasil, este ano também convidadas a participar. Na Energias do Brasil foram recolhidas 37 toneladas de bens e na Naturgas, em Espanha, foram doadas 2 toneladas. Resultado global: 73 toneladas de bens. Por cá, o sucesso da edição deste ano da Campanha de Recolha de Bens — à qual a Urbanos a Fundação Benfica, a Activism e a Mop se associaram como parceiros, bem como o

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37 36 toneladas no Brasil

toneladas em Portugal e Espanha

NATURGAS ENTREGA BRINQUEDOS Fernando Bergasa, diretor-geral da Naturgas Energía, entregou, no passado dia 10 de fevereiro, a Mikel Ruiz, diretor da Cáritas Diocesana de Vizcaya, 22 caixas de brinquedos, conseguidos pelos colaboradores da Naturgas. Os brinquedos foram recolhidos no âmbito da campanha de Solidariedade “Neste Natal dê mais a quem tem menos”, que decorreu de 20 de dezembro a 14 de janeiro, realizada em todas as empresas do Grupo. A Naturgas entregou ainda vários conjuntos de material escolar, que serão particularmente úteis no trabalho que a Caritas tem vindo a desenvolver com crianças: após o horário escolar, a instituição ajuda-as a fazer os trabalhos de casa, contribuindo para a sua formação e cultura geral.

Diário Económico, a Lusa e a TSF como parceiros de media — mede-se também pela participação de 172 voluntários. “No final do dia, é muito motivador sentir que tivemos a possibilidade de melhorar o mundo à nossa volta. Há uma vontade assumida da EDP em olhar cada vez mais para a comunidade que a rodeia e em

mobilizar os colaboradores a participarem em causas sociais e isso contribui para um maior sentido de pertença e de orgulho em trabalhar numa empresa com esta dimensão social”, salienta Maria João Martins, diretora de Recursos Humanos da EDP, também ela voluntária nesta campanha.

Sorrisos que geram solidariedade Mais do que cumprir os seus papéis dentro do Grupo, os colaboradores da EDP no Brasil sabem realizar os seus deveres com a sociedade. Através da ‘Campanha de Recolha de Bens Brasil’, realizada durante todo o ano de 2010 pelo Instituto EDP, centenas de colaboradores e voluntários da empresa, nas mais diversas localidades do Brasil, abraçaram as campanhas como SOS Cidades em Estados de Emergência, Campanha do Livro, Campanha do Agasalho, Natal Solidário e EDP nas Escolas. Em todas as campanhas, houve arrecadação de alimentos, produtos de higiene e limpeza, roupas, brinquedos, móveis, entre outros. Em dezembro de 2010, por meio do ‘Natal Solidário’, colaboradores levaram a boa energia para 27 escolas municipais em sete estados brasileiros: São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina, Tocantins, Ceará, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Pelas mãos dos voluntários, mais de mil crianças participaram da sessão Cine Natal e cerca de 8 mil alunos do Programa EDP nas Escolas serão beneficiadas no ano letivo de 2011. As escolas ganharam um aparelho de DVD, um projetor multimídia e filmes infantis.

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500 mil Euros para instituições

A Fundação EDP tem a decorrer, até ao dia 3 de março, o prazo de candidaturas ao Programa EDP Solidária 2011, que este ano conta novamente com uma verba reforçada, no valor de 500 mil euros. Este reforço é justificado pelo número crescente de pedidos de apoio: a edição de 2010 contou com 445 candidaturas, entre as quais foram selecionados 19 projetos. Puderam candidatar-se a este programa de apoio todas as entidades sem fins lucrativos, designadamente instituições de solidariedade social ou organizações não governamentais. O júri, que é uma vez mais presidido por Francisco Sánchez, anunciará os vencedores de 2011 no dia 29 de abril, no âmbito de uma conferência sobre inovação social, que se realizará no Museu da Electricidade.

Contra as alterações climáticas

A HC Energía, através da Naturgas Energía, assinou, em outubro, um acordo de colaboração com o Ayuntamiento de Múrcia, através da sua Agência Local da Energia (ALEM) para a luta contra as alterações climáticas. O alcaide e presidente da ALEM, Miguel Ángel Cámara, rubricou o acordo com Yolanda Etxauri, diretora geral da Levante. O objetivo deste acordo passa, principalmente, por promover medidas locais de poupança e eficiência energética, fazer face às alterações climáticas e promover as energias renováveis em Múrcia. Através desta assinatura, a HC Energía participará em todas as atividades desenvolvidas pela ALEM, entre muitas, a execução do plano de energia sustentável de Múrcia que estará enquadrado no Pacto de Autarcas da União Europeia, que visa reduzir 20% das emissões de gases de efeito de estufa para 2020.

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DIA SOLIDÁRIO: PROVA SUPERADA! HC Energía traçou para o seu dia solidário um desafio complicado, ainda mais em tempo de crise. O projeto proposto tinha como objetivo alcançar a finalização necessária para dotar de eletricidade o Centro de Saúde de Bongowerou, em Benim, na África Ocidental, para iluminação, refrigeração de vacinas, alimentação de aparelhos elétricos, assim como para um bombeio elétrico para captação de água através das fontes e disponibilizá-lo à população. Para conquistar o desafio, era necessário arrecadar 20.300 euros por parte dos colaboradores e 4.600 provenientes da Fundação HC Energía, que duplicava cada euro doado por colaborador. A verdade é que o desafio foi conseguido e, em muito, superado! O valor atingido pelas contribuições dos colaboradores chegou aos 23.875 euros e a Fundação duplicou-o, alcançando os 64.475 euros. Esta conquista fará com que sejam atendidas, anualmente, 6.400 pessoas. O centro de saúde está equipado com uma clínica médica, pequenas cirurgias, farmácia, hospita-

A

Graças à HC, um centro de saúde em África já tem eletricidade. Tudo graças ao contributo dos colaboradores lização semi-ambulatória, enfermaria, casa para médicos e visitantes e uma sala polivalente. Hora de executar!

Depois das contribuições, chegou a hora de arregaçar as mangas e executar o projeto. Através da página da intranet, espaço Projeto Solidário, poderá seguir todas as etapas da execução até ao objetivo final. A HC Energía pretende estabelecer um sistema geral de eletrificação através de painéis fotovoltaicos, um sistema fiável e de baixo custo de exploração, para substituir o pequeno grupo eletrogéneo atual. As equipas e os materiais que compõem a instalação fotovoltaica serão adquiridos em Espanha e transportados para Benim, via marítima.


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causas

GALA AJUDA PROJETO NA ÍNDIA A Naturgas Energía foi co-patrocinadora, em dezembro, de uma gala muito especial, celebrada pela Fundação Vicente Ferrer, em Bilbau, para recolha de fundos em apoio ao projeto de desenvolvimento da saúde em Anantapur, na Índia. Durante mais de uma hora e meia, mais de 200 pessoas puderam desfrutar das atuações de Mikel Erentxun, bailarinos da escola de dança Igor Yebra, de Mentón de Fogarty, Kirmen Uribe, Félix Ardanaz, Jon Allende e Kepa Junkera. A gala contou com a presença de Anna Ferrer, viúva de Vicente Ferrer, e presidente da Fundação. Muito consciente da situação da mulher na Índia, Anna foi e continua a ser um dos pilares estratégicos da Fundação, elevando a sua voz na luta pelos direitos da mulher.

Viva a nossa Energia em Bilbau Celebrou-se, no dia 8 de janeiro, a jornada “Viva a Nossa Energia”, nas instalações da alameda de San Mames, em Bilbau, com os filhos dos colaboradores, entre os 6 e os 9 anos. A atividade desenvolvida foi uma pequena amostra do que se irá realizar nos centros escolares do País Basco, no primeiro e segundo ciclo, no ano letivo de 2010-2011. O objetivo fundamental é educar e sensibilizar as crianças para as fontes de energia renováveis e o uso eficiente dos recursos naturais. Nesta ação, vários monitores explicaram às crianças matérias sérias num ambiente divertido. No final da atividade, veio o derradeiro teste final, no qual as crianças, divididas por equipas, responderam corretamente a todas as questões. Além de informadas, as crianças saíram com várias recordações de um dia cheio de energia: mochilas, lápis, pinturas, afia lápis, entre outras.

Fundações apoiam JOVENS ALUNOS Até 2013, Fundação EDP irá doar 495 mil euros a este projeto que poderá beneficiar meio milhar de jovens em Portugal

Trata-se de um dos maiores acordos de mecenato social em Portugal. A Fundação EDP e a Fundação Benfica decidiram unir esforços para combater o absentismo e melhorar a assiduidade e os resultados escolares de crianças e jovens em risco, entre o 6 e os 16 anos. Esta parceria ganha corpo através do projeto “Para Ti Se Não Faltares”, desenhado para, através do desporto, promover a inclusão social e a igualdade entre géneros, o desenvolvimento de competências individuais e sociais e a orientação para o mérito. O “Para Ti Se Não Faltares”, do qual a Fundação EDP

é Mecenas Principal, irá desenvolver-se em todo o território nacional, em articulação com os agrupamentos escolares inseridos em regiões desfavorecidas e ambientes sociais de risco. O projeto será desenvolvido no Porto, Portalegre e Região do Tua, com especial incidência nas áreas onde a EDP está a realizar os novos investimentos hidroelétricos. A par de inúmeras atividades desportivas, o “Para ti Se Não Faltares” implementará também programas nas áreas das tecnologias de informação e comunicação, português e matemática. o n 21


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inovação* A primeira instalação de micro-cogeração plenamente operativa nas Astúrias já está a funcionar. A HC Energía pode orgulhar-se de ter sido pioneira na execução de um projeto deste tipo. Saiba mais sobre o tema

HC: pioneira em micro-cogeração

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www.hcenergia.com construtoras já iniciaram a instalação de equipamentos de micro-cogeração em edifícios administrativos e de habitação.

Gases de Combustão

Calor -70%

Como funcionaria em minha casa? Eletricidade -30%

Combustível 100%

Da seguinte forma: o equipamento de microcogeração começa a gerar eletricidade e liberta calor. A eletricidade gerada vende-se à central elétrica ou utiliza-se para abastecer a própria habitação. O calor residual gerado passa para um depósito de armazenamento e aproveita-se convertendo-se em calor útil. A micro-cogeração é o sistema mais adequado para os utilizadores que procuram uma excelência do rendimento energético do seu edifício. Quais são as vantagens?

Motor / Turbina Alternador

A

HC Energía conseguiu um novo objetivo: ser pioneira na primeira instalação de micro-cogeração plenamente operativa nas Astúrias. A central está instalada na Fundación Asturiana de Atención y Protección a Personas con Discapacidades y/o Dependencias (FASAD), incluindo a operação de exportação de eletricidade à rede. Tudo isto foi conseguido mesmo apesar das dificuldades nos trâmites técnicos e administrativos, por tratar-se de um sistema novo. O projeto FASAD converte-se, assim, na primeira instalação plenamente operativa nas Astúrias, e a HC na primeira empresa a conseguir executar um projeto deste tipo. O que é a micro-cogeração?

A micro-cogeração é uma energia alternativa que se materializa na instalação de equipamentos de pequena escala, normalmente motores ou turbinas alimentados com gás natural, com a característica de que permitem gerar, armazenar e abastecer energia no mesmo local de consumo. A energia gerada injeta-se posteriormente na rede de distribuição. Este sistema permite que os consumidores possam converter a sua casa ou o seu negócio em pequenas centrais térmicas. Desta forma, a energia gera-se no mesmo local em que se consome, evitando o custo de transporte e distribuição. Em que locais se pode implementar?

As aplicações da micro-cogeração implementam-se com êxito em hospitais, hotéis, escritórios, centros educativos, residências, espaços polidesportivos, piscinas climatizadas ou grandes superfícies comerciais. Algumas empresas

- Diminuição da energia primária consumida e das emissões de gases de efeito de estufa, ao mesmo tempo o consumidor final poupa dinheiro; - Contribuição das necessidades de água quente e produção de renda pela venda de eletricidade à rede; - Supõe poupanças superiores a 30% e até 40%; - A instalação ocupa dimensões reduzidas e não necessita invadir espaços arquitetónicos como fachadas e telhados; - Evitam-se perdas do sistema elétrico. Em Espanha, mais de 10% da eletricidade produzida pelo sistema centralizado perde-se no seu transporte e distribuição. A HC Energía pode ajudar

A micro-cogeração é um sistema muito benéfico, porém, torna-se complexo para os clientes gerir todos os aspectos associados: legalização, execução, manutenção, abastecimento de energia primária, venda de energia à rede, entre outros. Para isso, o departamento de serviços de eficiência energética da HC Energía lançou um novo serviço que contempla a gestão energética integral deste tipo de instalações, incluindo todos os aspectos inerentes ao sistema. Desta forma, o cliente final pode desfrutar da energia produzida, vantagens económicas e ambientais da micro-cogeração, sem se preocupar com toda a gestão associada às instalações energéticas porque a HC Energía fá-la por ele. Atualmente, são vários os projetos de gestão em que o departamento de serviços de eficiência energética da empresa já está a trabalhar, o que se torna atrativo para o cliente, e uma ferramenta importante para eliminar as barreiras que poderão existir para o impulso deste tipo de instalações.

Novas funcionalidades, melhor serviço A HC Energía lançou novas funcionalidades para os utilizadores da Internet. O objetivo é melhorar os serviços de informação que oferece aos seus clientes. A equipa Lean, do ciclo comercial B2C, trabalhou para incorporar ao portal da HC novas funcionalidades, que permitem à empresa uma poupança de custos significativa, otimização do tempo de trabalho, facilitando igualmente a gestão de clientes. Novidades: • Consulta, a qualquer momento, dos extratos de pontos, com a possibilidade de descarregar a informação num documento PDF. Tudo isto através da “Área de clientes”, da página web. Mais de 50.000 clientes deixam de receber esta informação por correio, o que representa uma poupança em papel e uma diminuição de esforços e custos de impressão, envelopes e franquias. • Possibilidade de agilizar a solicitação de religação do abastecimento depois de um corte por falta de pagamento. • Otimização do tempo de trabalho. Com as novas funcionalidades, como o desenvolvimento de informações de faturação, é facilitada a identificação das faturas pendentes de emissão, priorizando as mais antigas. o n 23


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Co-creation: desafio à comunidade Na EDP Inovação, acredita-se que "as melhores ideias, não têm que surgir, necessariamente, dentro da companhia". Este é um dos motivos que levaram a empresa a lançar recentemente a plataforma cocreation.pt, com a qual se pretende estimular a comunidade, e todos os stakeholders, a participar no nosso processo de inovação. Na linha de recentes casos de sucesso, como a Procter & Gamble e a Nike, hoje consideradas referências mundiais neste domínio, a aposta na Inovação Aberta e em práticas de co-criação, não só permite acrescentar valor ao processo interno de inovação como constitui mais um contributo para o desenvolvimento do respetivo setor.

A abertura da plataforma cocreation.pt, à participação de qualquer cidadão, universidade, empresa, que pretenda apresentar uma boa ideia para a área da Energia, assegura mais uma ponte entre a comunidade e o setor, numa fase em que este enfrenta desafios tão estimulantes. Em paralelo com a receção e tratamento de contributos externos, a plataforma apresenta um conjunto de desafios associados a grandes projetos/temas, relevantes para o Grupo. Desta forma, a comunidade é convidada a participar na procura de soluções para os desafios do setor. As Unidades de Negócio do Grupo encontram aqui um instrumento que lhes permite, não só, estimular a

participação da comunidade através de desafios específicos, mas também, interagir com a mesma e, por essa via, identificar contributos relevantes para a sua atividade. A nova plataforma, acessível no endereço http://cocreation.pt, além de constituir o suporte da atividade de co-criação com o Grupo, irá potenciar o desenvolvimento de comunidades de interesse em torno de temas relevantes para o setor da Energia. De facto, ao incluir componentes de rede social (elemento inovador em sites deste tipo), a plataforma cocreation.pt estimula o networking, potencia a criação de grupos de discussão temática e promove a partilha de conhecimento, em áreas relevantes para o setor.

IWebReport – sistema de telegestão de Iluminação Pública da EDP Serviços A EDP Serviços disponibiliza aos seus clientes o sistema IWebReport, uma plataforma web inovadora para controlo de iluminação pública (IP). Trata-se de um sistema multi vendor que suporta equipamentos de regulação de fluxo, de diferentes marcas e modelos, de forma a permitir aos municípios a instalação de equipamentos que melhor se adequem técnica e financeiramente em cada área. Este serviço proporciona ao cliente o acesso à rede de IP sobre gestão para comando remoto e configuração, nomeadamente a criação de vários perfis de funcionamento para diferentes dias ao longo do ano, permitindo visualizar estados, medidas, e possibilitar a deteção de situações de avaria, fornecendo também elementos de suporte à manutenção preditiva e preventiva, assim como a determinação dos níveis reais de poupança de energia. A redução dos custos de energia para os Municípios é obtida através da gestão dos perfis de funcionamento que permite adequar, ao longo da noite, o nível de iluminação à intensidade de circulação dos utentes na via pública, garantindo os níveis mínimos recomendados para cada local. O sistema foi instalado em Évora em 24 circuitos no âmbito do Inovcity, tendo como cliente a EDP Distribuição. Permitiu uma poupança de 24% nos custos de IP desses circuitos, estando neste momento em execução pela EDP Distribuição um programa de melhorias que irá permitir aumentar o nível de poupanças. 24 o n

Saiba mais em: http://www.wikiedp.edp.pt/index.php/Iwebreport


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Soluções inteligentes A EDP no Brasil deu mais um passo importante no âmbito das smartgrids. Lançou, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o projeto ClimaGrid, que agregará à tecnologia das redes elétricas a inteligência das pesquisas científicas. Previsto para ser realizado no período de três anos, o projeto, um dos primeiros no mundo nesta área, pretende fazer com que dados de vento, chuva, vegetação, raios e temperatura passem a fazer parte do sistema elétrico de forma simples e intuitiva. Devido à sua grande abrangência, o projeto integra diversas áreas, como sustentabilidade, inovação, telecomunicação, tecnologia da informação e, ainda, as áreas de distribuição e transmissão de energia elétrica. O projeto permitirá criar estudos inéditos a respeito do clima de uma forma nunca estudada antes e ajudará a planear toda a logística de atendimento da EDP no Brasil.

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Lisbon MBA Case Competition

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EDP Inovação patrocinou o Business Case Competition do programa The Lisbon MBA international (Católica | Nova — a collaboration with MIT), uma competição de estratégia que decorre desde há três anos e que tem como objetivo que os alunos resolvam um caso real, aplicando todos os conceitos aprendidos no decurso do MBA e, simultaneamente, fornecendo soluções que acrescentem valor para a empresa patrocinadora. A iniciativa decorreu durante uma semana, em dezembro de 2010, e culminou com uma sessão de dois dias, no Hotel Sana, em Lisboa. O tema em discussão foi as redes inteligentes e a eficiência energética. O desafio, lançado por João Maciel, da EDP Inovação, com apoio da EDP Distribuição e da Direção de Marketing Corporativa, foi o seguinte: “No pressuposto de

que existirá uma infraestrutura de redes de distribuição inteligentes, desenvolvam uma estratégia e um modelo de negócio que permita à EDP criar uma relação mais profunda com os clientes nas suas casas, a jusante da referida infraestrutura”. Por detrás deste desafio, pretendíamos obter respostas para questões como: O que podemos / devemos vender? Como nos devemos posicionar em relação aos novos interfaces (telefones móveis, televisão, tablets…)? Como alavancar sobre as comunidades e como extrair valor da co-criação com os nossos clientes? Que práticas de outras indústrias serão aplicáveis e que potenciais parcerias podem fazer sentido? A competição correu muito bem, tendo surgido um conjunto de ideias que se encontram em análise pelas respetivas Unidades de Negócio.

“Este tipo de iniciativas permite-nos aceder, a um custo baixo, a ideias de alunos com imenso potencial, ainda com a vantagem adicional de trazerem um olhar novo sobre desafios em que já estamos a trabalhar”, António Vidigal, Presidente da EDP Inovação 1. Perspetiva do auditório durante uma das apresentações 2. António Vidigal entregando um prémio simbólico à equipa vencedora

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em foco Programa Distribuição 2012

EDP DISTRIBUIÇÃO Siga esta luz A EDP Distribuição apresentou as linhas estratégicas para fazer face aos desafios futuros. No Programa Distribuição 2012 as mensagens principais são: executar, envolver, simplificar e inovar. Nas próximas páginas, um retrato da empresa

Programa Distribuição 2012 é a resposta da EDP Distribuição aos desafios do futuro. Quatro eixos estratégicos e um quinto, transversal ao Programa, sob a responsabilidade e o envolvimento direto dos membros do Conselho de Administração, com a responsabilidade de coordenação dos comités de acompanhamento de cada uma das iniciativas. João Torres, Ângelo Sarmento e Miguel Stilwell d’ Andrade revelam-nos as grandes linhas do Programa de uma empresa que é responsável por cerca de 22% dos resultados líquidos do Grupo. (ver entrevista na rubrica Spotlight, na página 34) Comunicar de forma transversal os resultados das iniciativas da organização, criar um fórum de discussão de temas com potencial impacto, simplificar o reporte dos projetos, antecipar necessidades e acompanhar resultados da empresa são alguns dos pontos decisivos na construção e sedimentação de uma nova cultura organizacional na EDP Distribuição.

O

26 on


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em foco

A EDP no mundo a distribuir eletricidade (dados 2009)

Portugal

Espanha

Brasil

Kilómetros de rede

218,246

21,874

82,164

Número de clientes

6.119,805

650,000

2.700,000

46,146

9,131

23,749

GWh distribuídos

on 27


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em foco

Estrutura 2010

A Cultura do Exemplo

Dirigentes e Quadros Sup. Quadros Médios e Ch. Secção Prof. Alt. Qualificados Prof. Qualificados Prof. Especializados

620 64 1.131 1.641 68

TOTAL

3.524

Clientes por trabalhador (Mercado Regulado + Mercado Livre) 1800 1700 1600 1500 1400 1300 1200 1100 1000 900 800 700 600

10,04% ano

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Evolução do número total de clientes (Mercado Regulado + Mercado Livre) 6200 6100

1,03% ano

6000 5900 5800 5700 5600 5500

Como funciona a Distribuição

5400 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 28 on

Um inquérito recente aos quadros da EDP Distribuição permitiu identificar alguns aspetos em que o modo de funcionamento da empresa tem potencial de melhoria. “ Vamos refletir sobre esses pontos e definir aquilo que poderá vir a transformar-se num guia de comportamento, porque só praticando, só dando o exemplo é que conseguimos fazer os ajustamentos culturais necessários” revela João Torres. Constituída em Fevereiro de 2000, com cerca de dez mil pessoas oriundas de várias empresas com estruturas e sensibilidades diferentes, a EDP Distribuição soube, ao longo de mais de dez anos, ajustar a sua organização às exigências do Mercado. A empresa modernizou-se, soube redefinir a sua abordagem ao outsourcinge, atualmente, tem níveis de eficiência muito superiores aos do início da década. “Esta empresa foi-se transformando a todos os níveis. Hoje em dia, os nossos piquetes operam com PDA’s, onde recebem as ordens de serviço, o reporte das avarias; há escassos anos, o que recebiam era uma folha das mãos da hierarquia ou, uma comunicação telefónica. É um exemplo que ilustra como muitas pessoas tiveram de ganhar competências, adaptar-se aos novos tempos na nossa empresa.” afirma o PCA da EDP Distribuição. “O desafio é crescente. Basta lembrar o desenvolvimento das redes inteligentes, que pode mudar completamente a forma como a distribuição de energia elétrica funciona. Daí a importância do lançamento do Programa Distribuição 2012, num momento tão decisivo para a empresa”, sublinha João Torres. “Julgo que a forma como conseguirmos transformar a EDP Distribuição e identificar atempadamente os passos seguintes é essencial para o futuro da empresa. E, isso, só se consegue com a participação de todos.”

Quando chega ao cliente, a energia já percorreu um longo caminho. Para levar a energia dos cen-


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em foco

tros produtores às nossas casas, os comercializadores utilizam a rede de transporte e a de distribuição. Em Portugal Continental, a EDP Distribuição é o Operador de Rede de Distribuição, atividade que é regulada. Para além deste território, o Grupo EDP desenvolve a atividade de distribuição de energia elétrica em Espanha, principalmente nas Astúrias e, em menor escala, em Madrid, Valência, Alicante, Barcelona, Huesca e Zaragoza. No Brasil, a EDP está presente no mercado de distribuição de eletricidade através da EDP Bandeirante, no Estado de São Paulo, e da EDP Escelsa, no Estado do Espírito Santo (ver páginas seguintes). A distribuição de energia elétrica é uma atividade regulada que consiste no encaminhamento, através das redes de distribuição, da energia elétrica entre as subestações da Rede Nacional de Transporte e os pontos finais de consumo. No âmbito desta atividade, a EDP D constrói, opera e mantém as redes e instalações destinadas à distribuição de eletricidade. A EDP Distribuição é detentora de cerca de 99% da rede de distribuição de energia elétrica em Portugal Continental – apenas não detém as redes dos autoprodutores e de pequenas cooperativas. As redes de distribuição, para além das linhas aéreas e cabos subterrâneos de AT (60 kV), de MT (essencialmente a 30kV, 15 kV e 10 kV) e de BT (400/230 V), são constituídas por subestações, postos de transformação e demais equipamentos acessórios necessários à sua exploração. Fazem ainda parte das redes de distribuição os equipamentos ligados à iluminação pública. O número de clientes de eletricidade em Portugal Continental registou um crescimento médio anual de cerca de 2% nos últimos cinco anos. No final de 2010, o número de utilizadores ligados à rede elétrica da EDP Distribuição ultrapassava os seis milhões. O Grupo EDP tem evoluído no sentido de dar resposta a um crescente número de clientes, ao aumento dos níveis de consumo e à liberalização do mercado.

QUALIDADE DE SERVIÇO TÉCNICO A Qualidade de Serviço Técnico é medida pelo indicador TIEPI - Tempo de Interrupção Equivalente da Potência Instalada. Este indicador, apesar do efeito negativo resultante das avassaladoras vagas de incêndios, recorrentes no verão, tem registado melhorias significativas nos últimos anos. Esta melhoria da qualidade de serviço deve-se essencialmente: • ao elevado investimento e esfor-

ço de manutenção realizados nos últimos anos, ao nível da rede de distribuição; • à ação conjugada de um conjunto alargado de iniciativas de caráter técnico e organizativo, nomeadamente o Projeto LEAN, cujo objetivo é diminuir o tempo de reposição após avaria em todas as Áreas de Rede; • às condições climatéricas favoráveis.

Indicadores Gerais de Qualidade de Serviço - 2010 (valores em %) Orçamentos de ramais de BT (até 20 dias úteis)

Clientes com reposição de serviço até 4 horas (na sequência de interrupções de fornecimento acidentais)

Execução de ramais (até 20 dias úteis)

90

80

70 Pedidos de informação por escrito (até 15 dias úteis)

Ligações à rede BT (até 2 dias úteis)

Atendimento telefónico centralizado (até 60 seg. espera)

Centros de atendimento (até 20 min. espera)

Padrão (%)

2010(%)

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Instalações e equipamentos em serviço Investimento e Conservação Em 31 de dezembro de 2010 Subestações

2010 Investimento (exclui encargos financeiros)

Nº de subestações

404

AT

54.084

Nº de transformadores

712

MT

78.098

Potência instalada (MVA)

16.538

BT

120.212

Redes

252.394

Linhas (incluindo ramais, em km)

82.455

Aéreas AT (60/132 kV) MT (6/10/15/30 kV)

66.431 8.485 57.945

Cabos Subterrâneos AT (60/132 kV) MT (6/10/15/30 kV)

16.024 496 15.527

Sistemas e outros

30.847

Conservação (custos totais) AT

14.708

MT

30.585

BT

82.130

Unidades

63.223

Potência instalada (MVA)

19.040

Outros

7.374

TOTAL

134.798

Investimento a custos técnicos IFRS (preços correntes em M€) Redes BT (km)

137.864

Aéreas

105.751

Subterrâneos

30 on

Distribuição AT/MT

132.2

Distribuição BT

120.2

32.113 Outros

30.8

TOTAL

283.2

Fonte Relatório exercício 2010

Postos de Transformação


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em foco

Quem regula o mercado?

Qualidade de serviço

A necessidade de adaptação da empresa às novas condições do mercado, como consequência do processo de liberalização do sector elétrico, impôs como objetivos prioritários aumentar o grau de satisfação dos clientes e a sua fidelização a melhoria da Qualidade de Serviço prestado e a promoção da imagem da EDP Distribuição. As redes de distribuição de energia elétrica, à semelhança das redes de transporte, estão em contínuo processo de modernização e reforço. A necessidade de resposta ao aumento de consumos, com evolução diferente em geografias diversas, tem merecido uma resposta adequada da EDP Distribuição que melhorou significativamente o nível de qualidade de serviço exigível e, reduziu substancialmente as perdas na rede. De igual modo, a EDP Distribuição tem promovido a adaptação da sua rede, ao nível da otimização das ligações, em condições técnicas adequadas, dos microprodutores e dos novos centros eletroprodutores, designadamente, PRE (Produtores em Regime Especial).

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos é a entidade responsável pela regulação dos setores do gás natural e da eletricidade. A ERSE é independente no exercício das suas funções, tendo como missão proteger adequadamente os interesses dos consumidores em relação a preços, qualidade de serviço, acesso à informação e segurança de abastecimento, fomentar a

concorrência, nomeadamente no quadro da construção do mercado interno da energia, garantindo às empresas reguladas o equilíbrio económico-financeiro no âmbito de uma gestão adequada e eficiente, estimular a utilização eficiente da energia e a defesa do meio ambiente e ainda arbitrar e resolver litígios, fomentando a resolução extrajudicial de litígios.

Cabos subterrâneos AT, MT e BT 49 47 45

EDP Distribuição em números Margem Bruta de eletricidade

2009

2010

1214

1215

+0.1%

569 212

558 242

-1.9% +14.4%

EBITDA Resultado líquido

43 41 37 35 2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Valores em milhões de euros

Linhas Aéreas AT, MT e BT

Evolução da potência instalada dos PRE

175

5500 5000

170

4500 165

4000 3500

160 3000 2500

155

2000 150 2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

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em foco

espanha

Colaboradores: 298 Km de rede:

Alta Tensão = 50 e 132 kV Média Tensão = 22 kV Baixa Tensão = 400 V Alta Tensão = 1.416 km Média Tensão = 5.931 Baixa Tensão = 14.679

Idade (anos)

menos de 30 entre 30 e 40 entre 40 e 50 entre 50 e 60 mais de 60

11 54 101 113 19

Classificação Profissional

Dirigentes Quadros Superiores Quadros Médios Quadros Intermédios Qualificados e Alt. Qualificados

5 37 44 147 65

Formação (horas)

Específica Corporativa Universidade Corporativa

2.951 3.924 404

HC Energía Distribucíon já atingiu 650.000 clientes A HC Energía Distribuicíon, cujo novo diretor é, atualmente, Luís Álvarez Arias de Velasco, opera nas atividades reguladas de distribuição e comercialização de energia elétrica, tendo como seu mercado natural a região das Astúrias. A empresa tem vindo a expandir as suas atividades para outras regiões de Espanha, estando presente nas regiões de Madrid, Valência, Alicante, Barcelona, Huesca e Saragoça. Estes são mercados em forte expansão com uma forte componente industrial e um elevado número de clientes liberalizados, não existindo uma estrutura redundante (que possibilita a manutenção e o upgrade de servidores reais sem a necessidade de tornar indisponível o serviço) dos distribuidores da zona. Principais desafios a) Alteração do Modelo Regulatório

• Remuneração do investimento e custos de operação e manutenção de acordo com um modelo de rede de referência: o modelo adotado pelo Ministério da Indústria para todas as empresas é muito semelhante à proposta da HC Energía, para que a remuneração à distribuição passe a estar mais ligada à extensão da rede e à dificuldade de construção e manutenção, do que pelo próprio consumo, como acontecia até agora. • Bonificação pela qualidade de fornecimento: o modelo de bonificação adotado também tem que ver com a qualidade de fornecimento que cada distribuidor oferece nas suas redes. Neste sentido, a HC Energía registou uma qualidade de fornecimento muito supe32 on

rior à média nacional e o seu TIEPI (Tempo de Interrupção Equivalente da Potência Instalada) — indicador que mede a qualidade de fornecimento — tem melhorado de forma progressiva nos últimos anos.

ção de tempo real, utilizado no Centro de Controlo (Despacho Central de Distribuição). Inclui o SCADA e aplicações avançadas (gestão de avarias, brigadas, cálculo de indicadores de qualidade, etc.)

b) Melhoria da eficiência

A HC Energía Distribución Eléctrica dispõe ainda de um Centro de Controlo na SE de Corredoria e uma réplica do sistema nas lojas de La Gesta (Oviedo), que permite conhecer a situação real da rede e que, além disso, ao ser controlado à distância, permite minimizar o tempo de interrupção de fornecimento.

Casos dos projetos OPEX e Lean. Inovação

A HC Energía está a colaborar com a Universidade e outras empresas em alguns projetos. De destacar, a avaliação do estado dos cabos subterrâneos de média tensão de acordo com as descargas parciais online, e os sistemas de armazenamento de energia elétrica mediante baterias redox. Ambiente

Foi constituída uma equipa de trabalho para a obtenção da certificação ISSO 14001. Indicadores: integração paisagística, emissões para a atmosfera SF6, contaminação dos solos, resíduos, subprodutos e ruído. Sistemas de Gestão de rede

GIS: sistema de informação geográfico onde se encontram todas as instalações da HC Energía Distribución Eléctrica, que permite uma localização mais rápida de qualquer incidência e uma reposição eficiente do fornecimento. O sistema dispõe das propriedades de cada elemento e de toda a informação detalhada sobre a rede de fornecimento. NM (Network Manager): sistema de explora-

SAP, RM e PM: gestão das ordens de manutenção e projetos de extensão da rede. Dispõem de um módulo de comunicação com empreiteiros. DPLAN: sistema de planificação da rede, o mesmo que é utilizado pela EDP. Vendas

Em Espanha, a Distribuição não vende. Toda a energia é vendida pelos geradores aos comercializadores. A Distribuição apenas opera a rede. O valor da energia a circular pela rede é de 9.751 GWh. Investimentos na qualidade de serviço

No último Plano de Negócios preveem-se alguns investimentos em energia elétrica de 300 milhões de euros, que compreendem a extensão a novos territórios, a operação de manutenção das redes atuais, assim como o reforço das zonas de distribuição.


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brasil Distribuidoras atendem 2,7 milhões de clientes A Distribuição, liderada por Miguel Setas desde início de 2010, realizou uma experiência única no Grupo EDP. O planejamento estratégico da área foi definido conjuntamente com os colaboradores através de uma pesquisa realizada na intranet e com os resultados, realizou-se um roadshow para divulgar a estratégia aos cerca de 2000 colaboradores. O crescimento da economia no Brasil influenciou o aumento no consumo de energia. Cresceram também a energia vendida e a distribuída. Foi um ano de muitas conquistas para as distribuidoras EDP Bandeirante e EDP Escelsa. • A EDP Bandeirante ultrapassou a marca de 1,5 milhões de clientes • Redução dos deslocamentos improcedentes – de 30% para 12,69% na EDP Escelsa e de 30% para 14,56% na EDP Bandeirante • Inauguração do novo Call Center integrando as duas distribuidoras • Redução de 25% dos acidentes com colaboradores e de 10% com prestadores de serviços • As perdas comerciais apresentaram redução em relação a dezembro de 2009 (0,38 pp na EDP Bandeirante e 1,05 pp na EDP Escelsa) • A Pesquisa de Clima Organizacional 2010 revelou colaboradores mais motivados (a motivação na Distribuição subiu de 60% para 70% • O projeto Lean realizou 245 ações do 5S e 117 ações de outras atividades com bons resultados (redução de 48% do tempo de realização do pedido de reposição; redução de 16% do tempo de reposição de material; 10 toneladas de papel; seis caminhões de entulho) Inovação Destaca-se o lançamento da primeira rede de abastecimento de veículos elétricos do Brasil, com 20 postos espalhados por várias cidades de São Paulo e Espírito Santo. E ainda a doação de 90 bicicletas a entidades municipais e de segurança pública. As redes inteligentes na distribuição constituem outra área de atuação. Além da colocação de

telemedidores nos clientes de AT e MT, foi lançado o projeto ClimaGrid, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que se prevê realizar em três anos, e que pretende fazer com que dados de vento, chuva, vegetação, raios e temperatura passem a fazer parte do sistema elétrico de forma simples e intuitiva. O Prêmio EDP 2020, que quer estimular o desenvolvimento de projetos inovadores no setor energético já teve o seu primeiro vencedor: Gabriel Domingos com o tema sobre bio-reciclagem dos resíduos orgânicos domésticos. Até 2020, a EDP investirá R$ 1 milhão em ideias que valorizem os novos paradigmas do setor energético.

lâmpadas eficientes e realiza ações para o uso racional de energia. A EDP Escelsa também atua nas comunidades que atende. No estado capixaba, 75 mil clientes já receberam novas lâmpadas, geladeiras, e regularizações dos padrões de energia elétrica. Até o fim deste ano, o programa tem previsão de substituir mais de seis mil geladeiras. O Grupo EDP destacou-se no setor nos últimos anos, com a implementação de ações que reduziram o consumo de energia. Um esforço reconhecido por diversas entidades e que já possibilitou a conquista de vários prêmios (Prêmio Estadual FIESP de Conservação e Uso Racional e o Prêmio Nacional Procel).

Indicadores da qualidade do serviço Vitória, no Espírito Santo, está entre as capitais com melhores desempenhos de DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Cliente) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Cliente). Nos últimos três anos, manteve o índice de três interrupções por ano (FEC), e em 2010, ficou abaixo de três horas de interrupção (DEC). A média exigida pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para a região é de cinco interrupções por ano e duração de seis horas por ano.

Investimento Social A Distribuição já investiu cerca de R$ 2,4 milhões em ações e programas focados na educação, cultura, desenvolvimento local, desporto e assistência social. Merecem destaques os programas EDP nas Escolas, EDP Solidária, EDP Amiga da Criança e Letras de Luz.

Eficiência Energética Em 2010, o Grupo investiu cerca de R$ 25 milhões em Eficiência Energética. Na EDP Bandeirante desenvolve-se o projeto de Eficientização Semafórica (uso da iluminação LED de alta eficiência em sistemas de sinais de trânsito) onde, em quatro anos, já houve reduções de 90% de gastos com energia. Também investe em eficiência energética nas comunidades de baixa renda: “o Projeto Boa Energia Solar”, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano do Estado de São Paulo, onde substituem lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas e fazem a instalação de sistemas de aquecimento solar de água; o projeto “Boa Energia na Comunidade”, além de atendimento e identificação das residências com ligações clandestinas, a empresa entrega kits de

Investimentos A EDP Bandeirante e EDP Escelsa totalizaram, juntas, um investimento de R$ 376,7 milhões, demonstrando o comprometimento da EDP com o desenvolvimento das regiões onde atua. Os investimentos da EDP Bandeirante totalizaram R$ 188,9 milhões – o maior valor desde a privatização da empresa, em 1998. Além de investir na expansão da rede elétrica, no melhoramento de linhas e redes de distribuição e no combate às perdas não técnicas, e no Programa Luz para Todos (para levar energia a zona rural), a ampliação de 5 subestações, a construção da Subestação Pedreira, em Itaquaquecetuba, e o acréscimo de aproximadamente 1.401 km de redes. No Espírito Santo, foram construídas dez novas subestações e ampliações de outras dezesseis, com reforço do sistema em 497,5 MWA’s em dois anos, o que representa um crescimento de 30% de capacidade instalada.

DISTRIBUIÇÃO EM NÚMEROS 2010 Lucro líquido EDP Bandeirante: R$ 278,24M EDP Escelsa: R$ 178,6M

Principais desafios para 2011

Energia vendida EDP Bandeirante: 9.038 GWh EDP Escelsa: 5.211,89 GWh

• Desenvolver as pessoas

Distribuída aos clientes livre EDP Bandeirante: + 12% EDP Escelsa: + 38,5%

• Promover inovação tecnológica

Total Energia distribuída EDP Bandeirante: 14.310 GWh EDP Escelsa: 9.439,12 GWh

• Satisfazer os clientes • Maximizar receitas • Bater a empresa referência • Planejar os investimentos • Otimizar gestão de fornecedores • Difundir a cultura da EDP • Implementar o modelo de excelência de gestão • Gerir riscos

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spotlight À conversa com...

JOÃO TORRES ÂNGELO SARMENTO MIGUEL STILWELL D’ ANDRADE

Os desafios da Distribuição O Programa Distribuição 2012 resulta de um plano estratégico, para o período de 2010 a 2012, com quatro eixos principais de atuação: Risco Controlado, Rentabilidade Superior, Excelente Qualidade de Serviço e Inovação Constante e, ainda, um eixo transversal do Programa, denominado Cultura Organizacional. Característica comum é o elevado grau de acompanhamento, pontuado por reuniões regulares, mensais, entre os promotores das diferentes iniciativas e as primeiras linhas da empresa. Um fórum em que se partilha a informação e definem os próximos passos. Nesta entrevista, o Conselho de Administração da EDP Distribuição traça o retrato da empresa, num momento considerado decisivo para o setor

J

oão Torres, presidente do Conselho de Administração da EDP Distribuição e os membros da sua equipa, Ângelo Sarmento e Miguel Stilwell d’Andrade, são os grandes responsáveis do Programa Distribuição 2012. Um programa ambicioso, que pretende preparar a empresa para os próximos desafios. Em termos gerais, como define o Programa Distribuição 2012? João Torres (JT): Trata-se de um programa de

mobilização, estruturado em quatro eixos, para chegarmos aos objetivos que definimos neste Plano de Negócios. É um plano com um grande envolvimento do Conselho de Administração e que, pela sua diversidade e alcance, queremos que seja o espelho do envolvimento de toda a empresa, razões pelas quais mobilizámos muita gente pa34 o n

ra as equipas de trabalho e para as diversas iniciativas. É um programa muito dinâmico e que, até agora, tem vindo a correr bastante bem. Quais são os objetivos principais do eixo Risco Controlado? Miguel Stilwell d’Andrade (MSA): Dentro do

tema do Risco Controlado, há quatro objetivos principais: a gestão dos desafios regulatórios, o controlo de gestão – incluindo a qualidade de informação fornecida a terceiros – o modelo de outsourcing, associado, também, à gestão do capital humano e, por fim, a gestão dos riscos ambientais e de sustentabilidade. A distribuição é altamente regulada, existindo um diálogo constante com a ERSE, particularmente relevante em 2011, porque se define o próximo período regulatório. Criámos, aliás, grupos de trabalho especifi-

camente associados a esta matéria. No âmbito do tema do ambiente e sustentabilidade, é pacífico, que a sociedade se está a tornar cada vez mais exigente, o que cria uma série de novos desafios, que a Distribuição tem de ultrapassar para conseguir implementar o seu plano de negócios. Que iniciativas-chave estão previstas dentro do eixo Rentabilidade Superior? MSA: É um eixo que está muito ligado ao an-

terior. Temos como objetivo claro melhorar a rentabilidade da EDP Distribuição. Para o atingir precisamos, por um lado, de controlar os custos promovendo programas como o OPEX e, por outro, otimizar o investimento e a gestão de ativos. Saber onde e como estamos a investir. E, assegurar que esse investimento seja alocado


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spotlight

àqueles projetos que tenham um maior impacto na qualidade de serviço, na redução de perdas e na redução de custos. A Distribuição tem uma estrutura vasta. Ao criarmos um fórum e ao definirmos claramente as políticas, prioridades e os objetivos, encontramos aqui um espaço para as próprias pessoas irem partilhando as melhores práticas. Um exemplo é o tema do OPEX. É muito fácil ter um programa top-down. Mas aqui, o que temos é a oportunidade de partilhar iniciativas específicas do OPEX entre as várias direções. No tema das deslocações e custos, adotámos medidas práticas como, p.e., a introdução de mais videoconferências e o início das ações de formação uma hora mais tarde, no período da manhã, evitando inúmeras deslocações, designadamente, de véspera. Rapidamente, difundimos e partilhamos algo que constitui um contributo significativo para a questão da rentabilidade. De que forma é que estão a assegurar a transmissão de conhecimento? MSA: É um tema crítico para a Distribuição.

Há 10 anos, tinha quase 10.000 pessoas. Atualmente, são cerca de 3.600 e, daqui a dez anos, é expectável que o número seja inferior a 2000. Há necessidade de gerir este conhecimento e de assegurar que ele se mantém internamente. 36 o n

Existe uma equipa de trabalho, a “In & Out”, que está a definir que tipo de competências queremos e podemos manter internamente e, aquelas que poderemos externalizar aos prestadores de serviços. JT: Perceber o que hão de ser as atividades e as competências da EDP Distribuição no futuro, é um trabalho decisivo, estratégico, alinhado com uma visão de empresa de mais longo prazo. Entretanto, temos lançado um conjunto de iniciativas, porque não podemos parar na construção desta nova empresa. Fizemos um recrutamento muito forte nos últimos anos com a contratação de cerca de uma centena de novos colaboradores. Atualmente, cerca de um terço dos quadros superiores em posições de chefia, têm menos de 40 anos, mercê de uma política de rotação e de colocação de novos desafios. A par disto, na gestão da sabedoria, fazendo uso das competências dos nossos quadros mais experientes, somos francamente inovadores naquilo que são as políticas de acompanhamento destes jovens - com programas de mentoring, de coaching, com meios internos, em que desafiamos aqueles quadros a ajudar os mais jovens. Mais recentemente, temos estado todos muito envolvidos na Escola da Distribuição. Ângelo Sarmento (AS): Um dos objetivos da Escola de Distribuição é precisamente esse: a

retenção de conhecimento e a forma como ele é transmitido das gerações mais antigas para as mais novas. Vem de encontro a esta preocupação de reter internamente aquele que é o conhecimento coredo negócio da Distribuição. Outra realidade atual é a da mobilidade. Como têm reagido os colaboradores a estas mudanças? JT: Procuramos ser uma organização dinâ-

mica. Acreditamos que as pessoas têm muito mais potencial do que imaginam e, quando são confrontadas com novas situações, trazem ideias novas, Por isso, temos desafiado muita gente a desempenhar outras funções e o balanço que fazemos ultrapassa as nossas melhores expetativas. Nas reuniões regulares que fazemos aproveitamos para ter espaços abertos de debate. Faz parte do processo da transformação cultural. Sentimos que temos evoluído, que somos uma empresa muito mais ágil e disponível, com um leque de conhecimentos mais alargado, em que as pessoas encaram a mudança de uma forma positiva. Temos um índice de satisfação, na EDP D claramente acima do que se poderia esperar de uma empresa com esta dimensão, porque há este trabalho contínuo de atenção às pessoas, que exigimos a todos os dirigentes. Os resultados ao nível


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da satisfação dos colaboradores, refletem o facto dos planos de ação, em cada unidade de negócio, terem um acompanhamento estreito em que a motivação é elemento essencial. AS: Estamos a colocar a tónica num conjunto de valores que estão a alinhar-se bem com a cultura que queremos para a empresa, bem patente em cada um dos eixos. Voltando à racionalização de custos, como é que se consegue compatibilizar este objetivo e a necessidade de prosseguir uma política de investimento? MSA: Racionalização de custos é ser mais

eficiente no que faço. O investimento focado é perceber onde devo aplicar o dinheiro. Consigo aproveitar os recursos de uma forma mais otimizada se os conseguir direcionar para o que tem maior impacto. Não são coisas incompatíveis. Um bom investimento pode e deve permitir uma redução de custos. Investimento e qualidade de serviço, andam de mãos dadas na Distribuição, com resultados que refletem uma gestão muito criteriosa.

de ser um traço distintivo e sempre presente na nossa atuação. MSA: O tema é caro para a Distribuição. Organizámos um “Encontro de Ambiente e Sustentabilidade” em 2009 e, outro, em 2010. Realizar-se-á, no próximo mês de junho um novo “Encontro. São espaços de debate em que se reúnem sensibilidades da EDP Distribuição, de outras empresas do Grupo, e de entidades externas que convidamos, onde se faz um balanço do que foi feito e se discutem as prioridades para o futuro. A regulação pode condicionar, de alguma forma, os objetivos relativos aos eixos Risco Controlado e Rentabilidade Superior? MSA: É o aspeto que pode ter mais impacto na

Distribuição. Vamos entrar agora num período de discussão para o próximo período regulatório, de 2012 a 2014. Temos de perceber, junto do Regulador, como conseguir alinhar os interesses da Distribuição com aquilo que são os interesses do consumidor e, os de todo o setor. É esse trabalho que fazemos com a ERSE, procurando que o Regulador seja, de facto, o fiel da balança.

colocamos é a de reduzir estas assimetrias procurando nivelar pelas zonas onde a performanceé mais positiva. Este desempenho é essencial para a boa imagem do Grupo, já que uma grande parte das críticas à EDP vem desta área… AS: Temos que estar preparados não só para

aqueles dias, que chamamos “de Primavera”, em que invariavelmente a rede tem um desempenho muito bom, mas também para os dias em que há fortes perturbações ao nível atmosférico que, de facto, nos causam alguns problemas, obrigando-nos a estar cada vez mais atentos e melhor preparados. Mas também é necessário melhorar no plano da comunicação com o cliente, de modo a facultar-lhe com rapidez e exatidão, a informação que ele necessita. No entanto, mesmo em situações de rede perturbada a nossa resposta tem sido cada vez mais eficaz para o que, muito tem contribuído a aplicação do POAC (Plano Operacional de Atuação em Crise) o qual, num curto lapso de tempo, nos permite mobilizar equipas pelos períodos que se revelarem necessários, operacionalizar recursos

Procuramos ser uma organização dinâmica. Acreditamos que as pessoas têm muito mais potencial do que imaginam e, quando confrontadas com novas situações trazem ideias novas. Por isso, temos desafiado muita gente a desempenhar outras funções e, o balanço que fazemos é francamente positivo

menos, em função das medidas que vimos adotando. Mas o tema do Ambiente e Sustentabilidade está, de forma crescente, na nossa agenda. MSA: Os riscos ambientais do negócio não mudaram muito, o nível de exigência da sociedade é que é cada vez maior. Há riscos decorrentes da própria atividade da distribuição, como, p.e., o tratamento de resíduos, que tem de ser gerido com cuidado. Há, também, a necessidade de compatibilizar atividades que exercemos e que são objeto de restrições várias. Por exemplo, não podemos passar redes por zonas protegidas sem determinados licenciamentos; como estamos em todo o lado, é necessário trabalhar com as várias entidades de forma a minimizar os impactos ambientais que possam existir no terreno. JT: A criação de faixas de proteção das linhas aéreas, por exemplo, é um tema decisivo. Não só pelo impacto ao nível da qualidade de serviço, mas também como factor de prevenção e proteção contra incêndios e preservação da biodiversidade. Como temos cerca de 220 mil quilómetros de linhas, a EDP Distribuição tem a responsabilidade de saber fazer melhor. Tem

JT: Fazendo o equilíbrio entre as empresas do setor e os consumidores finais. Quanto mais informação facultarmos, quanto melhor e mais rigorosamente transmitirmos aquilo que são as nossas questões, mais ponderadas serão as suas decisões. Temos feito esta aproximação procurando explicar aquilo que é o dia-a-dia da Distribuição e os desafios que lhe são colocados. Sabemos que o Regulador quer regular bem e que a nossa contribuição é essencial. Passando a outro eixo do P2012, o da Excelente Qualidade de Serviço, podemos dizer que essa mesma qualidade de serviço melhorou de forma substancial nos últimos anos? AS: Indiscutivelmente. Em termos do princi-

pal indicador da Qualidade de Serviço, o TIEPIMT, vulgo TIE (Tempo de Interrupção Equivalente), eu diria que, nos últimos dez anos, melhorou de forma segura e gradual. De um valor inicial de 480 minutos, estamos atualmente estabilizados abaixo dos 120 minutos, o que significa uma redução de 75 por cento. Naturalmente, esta redução é ao nível global. Há sempre algumas zonas que não estarão tão bem quanto outras. No programa de Distribuição 2012, no eixo Excelente Qualidade de Serviço, a tónica que

e gerir os meios adequados à reposição da normalidade, num trabalho que envolve a Proteção Civil, Municípios e Bombeiros. O tema comunicação tem sido recorrente nesta conversa… JT: Estamos todos a aprender a comunicar da

forma mais eficaz. De facto, trata-se de uma labuta permanente perseguir os objetivos determinantes para a Distribuição. Só com muito trabalho, um grande profissionalismo, uma equipa coesa, capaz de executar cada vez melhor é que, por exemplo, conseguimos melhorar a qualidade de serviço em 75 por cento em dez anos; uma cultura organizacional que tem permitido fazer investimentos criteriosos, que, nesse período atingiram cerca de três mil milhões de euros. São feitos notáveis em que a comunicação deste trabalho nem sempre resulta como ambicionamos. Vamos tendo sempre notas muito positivas, mas temos um grau de exposição muito elevado e, por isso, é fácil ficarmos sob crítica, do que sermos valorizados pelo nosso desempenho, até porque, o nível da qualidade de serviço que prestamos já está interiorizado, é normal, é um dado adquirido. Temos feito um bom trabalho, mas as pessoas vão sendo cada vez mais exigentes em relação à quav

Quais são os principais riscos ambientais na atividade da EDP Distribuição? JT: Apetece-me responder: são cada vez

o n 37


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lidade de serviço que é, sem dúvida, qualidade de vida. No que diz respeito aos prestadores de serviços externos, quais são as medidas a implementar para a melhoria sustentada na execução de trabalhos? JT: Já nos é difícil viver sem os prestadores de

serviço. Mas temos um nível de outsourcingequilibrado e iremos tomar decisões em relação àquilo que consideramos o nível adequado para esta empresa. Neste campo, uma das marcas dos últimos anos é o facto de tratarmos os nossos prestadores de serviços externos como parceiros, assumindo que eles têm um papel cada vez mais relevante. Mas não nos demitimos de fazer concursos exigentes, de introduzir níveis de serviço alinhados com aquilo que são os nossos próprios níveis de desempenho. Há uns anos, tínhamos um número significativo de serviços diretos da EDP Distribuição, que reduzimos mantendo o mercado competitivo. E temos uma ideia de parceria, para uma relação de longo prazo, em que os nossos PSE’s têm de melhorar em vários aspetos. Porque temos a noção que o desempenho e a qualificação dos prestadores de serviços externos são estratégicos para o desempenho da própria EDP Distribuição. Que se revela não apenas em termos

esse ciclo. Temos de ser mais rápidos e mais efetivos na forma como comunicamos com o cliente, dar respostas de uma forma clara, menos técnica, mais próxima do cliente, numa linguagem mais comum mas, igualmente, rigorosa. Ao nível da reposição de serviço, um dos aspetos que o cliente mais valoriza é saber quanto tempo demoramos a reparar uma avaria, sobretudo, aquela que o afeta. Um dos focos desta equipa é definir a forma mais eficaz de passar a informação ao nível do contact center, o suporte e o tipo de comunicação que é preciso estabelecer. MSA: A propósito, já entrou em serviço, no final de novembro, a Linha Empresarial. Os maiores clientes empresariais em Portugal Continental passaram a ter um acesso prioritário e direto a esta informação. Tem tido um grande sucesso, com um feedback muito positivo por parte dos clientes. Começámos com um grupo de cerca de dois mil clientes que vamos triplicar. Passando a uma vertente não menos importante, a da iluminação pública (IP)… JT: O tema da IP é, também, um daqueles em

que temos trabalhado em estreita colaboração com os municípios, ao nível da procura das melhores e mais adequadas soluções, suportadas em novas tecnologias que aportem maior eficiência energética e permitam a redução dos custos

to, mas tem sido uma experiência muito enriquecedora para todos. MSA: O InovCity foi lançado em 6 de Abril de 2010, em Évora. Não deixaremos de assinalar o seu 1º aniversário. Poderemos, então, começar a fazer um balanço do que foi este processo, não só em termos operacionais, mas do ponto de vista do consumidor, para, entre 2011 e 2012, perceber se vamos fazer um roll out e, em que moldes será feita a extensão deste projeto no território português. JT: O projeto InovGrid – o InovCity é a materialização da ideia e do conceito de inovação – é um projeto de desenvolvimento de redes inteligentes, de que nos orgulhamos muito e que coloca a EDP e a EDP Distribuição na linha da frente do que se está a fazer em termos europeus e mundiais. Na primeira fase, exigiu uma grande mobilização tecnológica, mais recentemente, a mobilização centra-se na atenção a dispensar ao consumidor, bem como no que aquela tecnologia pode vir a possibilitar. A mobilidade elétrica está na ordem do dia. Os resultados estão dentro das expetativas? AS: Tem vindo a cumprir-se o Programa,

bastante ambicioso, definido pelo governo, de instalação de pontos de carregamento ao longo

O projeto InovGrid – o InovCity é a materialização da ideia e do conceito de inovação – é um projeto de desenvolvimento de redes inteligentes, de que nos orgulhamos muito e que coloca a EDP e a EDP Distribuição na linha da frente do que se está a fazer em termos europeus e mundiais contratuais, mas também, em áreas tão importantes como a prevenção e segurança, onde promovemos ações conjuntas. É um facto que, atualmente, tratamos os nossos prestadores de serviços como o fazemos com os nossos trabalhadores e, nessa perspetiva, queremos que interiorizem os valores do nosso Código de Conduta na forma como se apresentam perante os Clientes. No serviço ao cliente, que iniciativas existem para redução de tempos de ligação, resolução de reclamações e de reposição de serviço? AS: Está prestes a ser divulgado o “Manual de

Ligações”, instrumento que define um conjunto de procedimentos e recomendações, para transmitir ao cliente e que, internamente, permitirá normalizar estes procedimentos melhorando a resposta ao cliente. Ao nível das reclamações, estamos a analisar todo o ciclo do processo de reclamações, identificando, não só os estrangulamentos, como as melhores práticas internas, de forma a otimizar 38 o n

associados. Por outro lado, fomos percebendo que cerca de um terço das comunicações que recebíamos no contact center eram relativas à IP. Estamos, nesta altura, a experimentar uma linha dedicada para a iluminação pública, com atendimento especializado que, cremos, nos permitirá dar um salto qualitativo. O InovCity veio, também, contribuir para a eficiência energética. Que balanço se pode fazer até agora? AS: O feedback da InovCity é muito positivo.

É um projeto que muda por completo o paradigma no negócio da energia, na distribuição, e na forma como nos vamos relacionar e comunicar com os clientes. A rede vai modernizar-se, no sentido de poder atrair e integrar um conjunto de novas formas de produzir energia, desde a microgeração, aos veículos elétricos. Vamos sensibilizar o cliente para as questões da eficiência energética. Dar-lhe a conhecer os seus consumos reais, num curto espaço de tempo. Estamos numa fase-piloto, de validação de todo o concei-

do país. Há 25 capitais de distrito que deverão ser as cidades-piloto neste projeto. Nesta altura, já temos cerca de 300 pontos de carregamento. Começam já a ser instalados pontos de carregamento rápido nalgumas estações de serviço. E, até ao final do ano, o projeto prevê que tenhamos instalados, no mínimo, 1.300 pontos de carregamento lento e cerca de 50 pontos de carregamento rápido, o que permitirá que, p.e., empresas com frotas de veículos elétricos tenham, a curto prazo, garantias da existência de pontos de carregamento dos seus veículos. JT: É um desafio nacional muito exigente. É preciso identificar os locais, ter interações com os municípios e com o GAMEP (Gabinete para a Mobilidade Eléctrica em Portugal), encontrar as soluções elétricas, estabelecer a ligação com os diversos fornecedores dos equipamentos. Este papel de charneira foi entregue à EDP Distribuição e, como foi dito, temo-lo cumprido de forma determinada e já reconhecida. De acordo com este ordenamento jurídico da mobilidade elétrica, a EDP Distribuição criou duas empresas: a


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SGORME (Sociedade Gestora de Operações da Rede de Mobilidade Elétrica), que assegura a gestão do sistema, onde tem uma posição maioritária, e a EDP MOP, que assegura a instalação e a manutenção dos equipamentos. Tivemos que mobilizar e dar passos, até em termos organizativos, que permitem responder melhor ao que nos é pedido. Podemos dizer que, também nesta área, estamos no pelotão da frente na Europa? JT: Estou certo que sim. O projeto português

tem uma série de características inovadoras que o distinguem dos demais. Aliás, os equipamentos já vão sendo exportados. Existem condições para que a mobilidade elétrica resulte. Do ponto de vista das infraestruturas, esperemos que apareçam veículos em número significativo, correspondendo a esta rede. AS: Ao nível do consumidor individual admito que possa ser mais difícil implantar este sistema, mas ao nível das empresas já começam a surgir sinais positivos. Fazem circuitos mais curtos e é mais compatível, nesta altura, com a dimensão e a oferta dos pontos de carregamento. A EDP Distribuição tem uma estrutura que acompanha tudo o que se relaciona com o eixo Inovação Constante, há até um

Governo da Inovação… AS: De facto, criámos na EDP Distribuição uma

estrutura para acompanhar e dinamizar todas as iniciativas ligadas à inovação. Todos estes temas de que falamos – redes inteligentes, veículo elétrico e outros – são claramente inovadores, mas não se esgota aí a inovação numa empresa com a nossa dimensão. Há um conjunto de boas ideias, a vários níveis, que devem ser canalizadas e tratadas de uma forma organizada e sistematizada. Para esse efeito, criámos uma Comissão de Inovação, constituída pela macroestrutura, elementos das várias direções, e criámos também uma equipa, que designámos por “Magnet Team”, para energizar as várias unidades operacionais. Quais são as palavras-chave no eixo Cultura Organizacional? JT: O Programa Distribuição 2012 é um

programa de mobilização. Tem quatro palavraschave, que não resultaram só de decisão do Conselho de Administração: saíram do trabalho desenvolvido em diversos níveis para conseguirmos estruturar o programa. O Plano de Negócios e o Programa Distribuição 2012 tiveram uma reflexão prévia, uma mobilização significativa dos quadros da EDP Distribuição. As quatro palavras traduzem a nossa forma de estar, os traços distintivos da Cultura Organizacional da Empresa, que

é um eixo transversal deste Programa. Desde logo, “Execução”: Porque esta empresa executa. Promete: Entrega! É uma empresa, que é chamada nos momentos em que é preciso fazer acontecer. E, é uma empresa, do ponto de vista do controlo de custos e de prazos, muito disciplinada. A segunda palavra é “Envolvimento”. Num programa anterior tínhamos usado a palavra proximidade, mas não era suficiente para traduzir aquilo que é realidade, porque a proximidade por si só, não espelha aquilo que é outra marca desta organização, o efetivo Envolvimento. Depois, “Simplicidade”. Fazer as coisas de forma simples, decidir de forma simples, eliminar desperdícios; a simplicidade no funcionamento interno e na relação com os clientes, na relação com os municípios e com as mais diversas entidades. Ambicionámos que esse relacionamento fosse o mais simples possível e que, nessa relação, todos sentissem que é fácil o acesso à Distribuição. E, por último, a “Inovação”. Não só a inovação tecnológica e dos processos, mas a inovação na forma como nos relacionamos e gerimos as pessoas, como identificamos o potencial. Estas são ideias-chave que temos, que queremos que nos definam e que procuramos transmitir. o n 39


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em debate JORGE VENTURA - Direção de Gestão de Fornecedores

Outsourcing As empresas recorrem à contratação de serviços como forma de ajudar a atingir os objetivos definidos pela gestão. Quais são as vantagens desta prática para o Grupo EDP?

O

peso do outsourcing nas empresas de infraestruturas, designadamente nas utilities, tem vindo a crescer e representa hoje cerca de 48% do volume total de trabalho. As empresas recorrem à contratação de serviços como forma de ajudar a atingir os objetivos definidos pela gestão, garantindo desta forma maior capacidade de adaptação e flexibilidade para responder às necessárias alte40 on

rações do mercado. Também na EDP Distribuição, a procura de uma maior agilidade e eficácia na resposta, tem levado a um progressivo aumento da contratação de serviços aproveitando o know-how e a especialização de empresas externas em determinadas funções-chave, permitindo à empresa concentrar as suas atividades nas competências essenciais do negócio. Estrate-

gicamente, a EDP Distribuição tem-se focalizado no Planeamento, definição dos Projetostipo, no Controlo e Monitorização das Redes e na execução de alguns trabalhos de Manutenção. O nosso percurso no outsourcing tem permitido: • Reduzir custos, reduzir os investimentos em meios e consequentes compromissos financeiros, reduzir encargos de estrutura, alocar melhor os investimentos; • Melhorar o desempenho e a eficiência, garantindo a especialização e a otimização dos recursos em tarefas muito rotineiras e de grande volume; • Garantir maior disponibilidade dos recursos internos na identificação de novas áreas de crescimento, novos métodos e hábitos de trabalho orientados ao serviço e à flexibilidade, • Cumprir com maior flexibilidade e rapidez as alterações decorrentes de novas exigências regulatórias. Deste modo, temos vindo a alinhar progressivamente o modelo contratual aos objetivos definidos pelo negócio e utilizando o outsourcing como instrumento de gestão, alinhando o modelo contratual à estratégia definida. Este modelo pretende fomentar relações de parceria duradouras e de mútuo benefício, garantindo uma partilha de riscos consistente com o que cada um faz melhor. No âmbito da permanente procura de melhoria, fator igualmente determinante na sustentabilidade do negócio, o contrato estabelece os compromissos assumidos quanto ao nível de serviço a atingir (SLA), paralelamente à medição do desempenho da Qualidade Técnica, Ambiental e de Segurança. Todos estes fatores influenciam, de modo agregado, a aplicação de incentivos e de penalidades decorrentes do cumprimento ou incumprimento dos valores negociados e contratualizados.


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em debate

As opiniões de diferentes personalidades

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Márcio Franco

José M.ª Rey Paredes Clara Maia

· Gestor Executivo de Suprimentos EDP Brasil

· Responsable Servicios Técnicos da HC Energía

· EDP Produção

Uma das principais questões do cenário atual dos negócios é a necessidade das organizações atuarem de forma competitiva. As principais vantagens do outsourcing são financeiras, tecnológicas, competitivas e de foco no negócio. A esfera financeira está ligada com a redução dos custos operacionais e economia na utilização dos recursos da empresa. Outra vantagem é de ordem tecnológica, ou seja, o fornecedor disponibiliza à empresa as inovações que surgem no mercado, pois em geral as empresas prestadoras de serviços estão sempre buscando novas tecnologias no sentido de melhorar os processos e reduzir custos. A empresa que adere ao outsourcing torna-se competitiva por ser mais ágil, já que sua energia está concentrada nas questões realmente significativas e estratégicas para a empresa, ou seja, está focada no seu negócio. Todos esses elementos justificam a escolha do outsourcing.

O grau de outsourcing na HC Distribuição tem vindo a aumentar de forma progressiva, como uma prática que permite uma maior flexibilidade (flutuações da carga de trabalho) e redução de custos (especialização das empresas e menos investimentos em equipamentos) em determinados trabalhos. Estes, ou bem que são repetitivos e de pouca dificuldade, ou, embora mais complexos, podem ser realizados por empresas especializadas seguindo os critérios gerais da HC Distribuição. Entre eles, a realização de projetos; construção de instalações e manutenção das mesmas; telecomando das instalações; centro de atendimento ao cliente, assim como actividades onde existem empresas especializadas no nosso setor. Há, no entanto, outros trabalhos não outsourcing, que exigem um grande conhecimento da nossa rede e são atividades com grande impacto nos nossos indicadores de qualidade e na imagem da nossa empresa perante os clientes. Nos últimos contratos realizados em dezembro de 2010, foi estabelecida uma série de critérios para dar especial relevância à qualidade e segurança. E, desta forma, se valorizaram as ofertas: preço, em 70 por cento; qualidade em 20; 10 por cento em segurança.

No processo de otimização da engenharia da EDP Produção foram identificadas as suas competências críticas e definidas estratégias para a realização das atividades não core. Dentre elas, salienta-se a política de outsourcing que permitiu libertar recursos das atividades não core; concentrar os restantes nas atividades core; e criar maior capacidade de ajustamento à volatilidade da atividade de engenharia. Mais tarde, a introdução de um número significativo de novos projetos hídricos, veio alterar o cenário subjacente à política de outsourcing. Originalmente focada nas necessidades não core, estendeu-se a atividades core, para as quais a Empresa dispõe de valências, mas não dos recursos necessários ao cumprimento de uma exigente programação. De um cenário em que o outsourcing abrangia já a quase totalidade das atividades de fiscalização, coordenação e segurança, topografia e fundiário, passou-se para um quadro em que também diversos projetos foram adjudicados externamente, face à impossibilidade de os desenvolver em sobreposição com outros realizados com meios internos. Apesar das vantagens identificadas, a aplicação do outsourcing numa área de engenharia específica, não é isenta de dificuldades, pela inadequada resposta do mercado, em qualidade e prazos.

Na EDP Distribuição, a procura de uma maior agilidade e eficácia na resposta, tem levado a um progressivo aumento da contratação de serviços aproveitando o know how e a especialização de empresas externas em determinadas funções-chave, permitindo à empresa concentrar as suas atividades nas competências essenciais do negócio.

Jorge Ventura é quadro do Grupo EDP desde 1978. Exerceu funções técnicas como responsável de projeto, construção e manutenção de subestações de Alta, Média e Baixa Tensão, em Portugal e ao serviço da Companhia Eléctrica de Macau (CEM), onde foi membro do “Grupo de Intercâmbio Tecnológico “ com a República Popular da China. Integrou, em 1999, a “Equipa de Reorganização da Distribuição. Com formação na área da Engenharia de Eletrotecnia, já passou por diversas áreas dentro da empresa. Atualmente, lidera a Direção de Gestão de Fornecedores da EDP Distribuição.

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quem é quem Professor do Instituto Superior Técnico

ANTÓNIO SARMENTO O que é o projeto Windfloat?

É um projeto inovador na área da energia eólica offshore, que está previsto ser colocado em águas relativamente profundas. Há uma experiência já grande de energia eólica no mar, mas em profundidade de água relativamente baixa, na ordem dos 20-30 metros. Para essas baixas profundidades o que se faz é, grosso modo, utilizar as tecnologias que se utilizam em terra e passá-las para o mar. Isto é, há uma torre que tem uma turbina em cima, e essa torre tem uma fundação fixa, no fundo do mar.

mos de ter estruturas fixas para passarmos a ter estruturas flutuantes. É esse passo que a EDP agora dá. Em que fase se encontra neste momento?

A EDP sabe isso melhor que eu, mas está em andamento. A maior parte dos materiais estão comprados. A construção está já a processar-se. A primeira fase há de terminar com a assemblagem do conjunto dos componentes que estão a ser construídos. A turbina vem da Alemanha. As

Energia eólica offshore: o próximo passo Tirar partido das ondas e do vento da nossa costa é o objetivo do Windfloat. Um projeto, desenvolvido de forma pioneira pela EDP, que pretende revolucionar a forma como produzimos energia. Nesta entrevista, António Sarmento, presidente da Direção do Centro de Energia das Ondas, fala sobre as vantagens e sobre os riscos desta tecnologia À medida que se avança para águas mais profundas, essa estrutura tem de ser mais complexa. E, claro, é mais cara. Quais são as principais condicionantes do projeto?

Há aqui um compromisso entre o que é o custo, mas também qual é a fiabilidade, qual a segurança da estrutura, etc. O facto de estar sujeito ao impacto das ondas - que provocam vibrações na turbina e impactos sobre a estrutura – traz um conjunto de problemas de ordem técnica que se começa a avolumar. E se há alguma coisa que nós sabemos é que todas as operações no mar são muito caras. Enquanto nós estamos nas baixas profundidades, as soluções estão próximas daquilo que já existe. São avanços incrementais. Mas a convicção é que quando se for acima dos 50-60 metros de profundidade, a solução terá de ser diferente. É uma inovação disruptiva. Corta com o passado. E esse corte é quando deixa42 o n

partes maiores das estruturas flutuantes estão a ser feitas em Setúbal, na Lisnave. E toda a montagem será feita na Lisnave. E com isso acaba o que é a fase de produção e montagem. Depois vem a fase de colocação no mar…

Antes há o transporte dessa estrutura de Setúbal para a Aguçadoura (Póvoa do Varzim). E depois vem a sua instalação. Há a colocação das amarrações no mar, depois há a ligação daquelas estruturas às amarrações. Antes disso há também uma melhor caraterização do local, que já existe feita, mas que ainda pode ser melhorada. E depois entramos na fase propriamente de teste. Ela própria tem diversas etapas. A fase inicial é a mais trabalhosa, pois tem de se verificar todos os componentes. E é muito exigente em termos do número de trabalhadores. À medida que vamos ganhando experiência e confiança com aquele equipamento, naturalmente que o acompanhamento vai sendo menor.


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Professor do Instituto Superior Técnico quem é quem

Todas as equipas trabalham no sentido de evitar que apareçam problemas, mas eles podem acontecer, dos mais simples aos mais críticos. E é evidente que vão aparecer algumas questões. O que eu espero é que sejam facilmente contornáveis. E eu digo isto, porque de acordo com a minha experiência, é inevitável que surjam alguns problemas neste tipo de projetos. Ao reforçar este aspeto, não estou a enaltecer as minhas capacidades de adivinho, mas é simplesmente para que as pessoas saibam: se há alguma certeza, é que vai haver problemas. E é importante que as pessoas estejam psicologicamente e financeiramente, preparadas para enfrentar esta situação. Eu penso que a EDP está. Um processo de inovação tem associado um processo de aprendizagem.

O que seria crítico acontecer?

Se houver um problema daqueles que faz acabar ali o projeto. Isso será crítico, mas ninguém espera ou deseja isso. Penso que a probabilidade de tal acontecer é muito pequena. Mas mesmo que aconteça um falhanço a 100 por cento, não podemos olhar para isso com uma mentalidade, que é muito típica nossa, de não perdoar os erros. Eu costumo dar este exemplo: isto é o mesmo que pôr um miúdo a andar de bicicleta e esperar que o miúdo nunca chegue a cair. Todos nós sabemos que se cai das bicicletas, mesmo que se saiba andar. Isto parece óbvio dito assim, mas não é tão óbvio quando se passa à realidade. Se isto acontece, quer dizer que as expetativas foram mal geridas. Na sua opinião, como está a EDP a gerir essas expetativas?

Penso que a EDP está a geri-las bem, pelas conversas e pelos contactos que tenho tido. Mas obviamente que a gestão das expetativas não é apenas da responsabilidade da EDP. É também das entidades públicas que financiam o projeto, das entidades que fiscalizam o projeto, etc. Toda a gente tem de perceber que este é um projeto de risco. Que vai ter problemas. E que até pode correr mal. Mas o certo é que o caminho tem de passar por aqui. Existe em termos de calendarização alguma previsão de quando esta estrutura poderá estar instalada?

Prevê-se que o projeto esteja instalado em agosto. Agora, a minha experiência diz-me que é difícil manter estas calendarizações. São sistemas inovadores. Os problemas podem aparecer onde menos esperamos. Até agora, não conheço v

E se as coisas não correrem tão bem como planeadas?

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quem é quem Professor do Instituto Superior Técnico

nenhum projeto destes que não tenha sofrido um atraso. Não quer dizer que não haja um planeamento e que as pessoas não tentem respeitá-lo. Até podem acontecer atrasos que não tenham que ver com as pessoas. Em agosto, o mar é calmo, mas ninguém está livre de aparecer uma situação climatérica que não permita fazer aquela operação. Pode acontecer também que haja um atraso qualquer no estaleiro, ou no transporte. E nós vemos coisas tão triviais como edifícios ou pontes, estruturas que se constroem às dezenas, em que acontecem atrasos de anos. Volto a reforçar: muitas das dificuldades têm que ver com a gestão das expetativas que as pessoas têm. Por isso, tem de haver aqui um esforço de apresentar o projeto, com todas as suas qualidades, mas também reconhecer quais são os riscos que existem e estarmos preparados para os aceitar. Qual é a necessidade de se avançar para um projeto destes em Portugal?

A nossa costa é uma costa que afunda relativamente depressa. As turbinas eólicas têm um impacto visual que é relativamente grande. Mais ainda, a geração de turbinas de maior potência e maior dimensão, que serão utilizadas no mar. Ninguém, penso eu, gostaria de ir à praia e ver o horizonte inundado de turbinas. Há a preocupação de colocar estas turbinas suficientemente longe da costa para não serem visíveis, ou pelo menos, de uma forma que não seja incomodativa. E quais são as implicações ao nível da eficiência?

ANTÓNIO SARMENTO Professor Associado do Instituto Superior Técnico e presidente da Direção do Centro de Energia das Ondas. É membro da Direção da Associação Europeia de Energia dos Oceanos, da Direção da Internacional Society of Offshore and Polar Engineering (EUA), consultor do governo escocês e do Energy Technology Institute (Reino Unido). Iniciou a sua atividade em energia das ondas na área da hidrodinâmica no ano de 1978, tendo obtido o seu doutoramento pelo IST, em 1985, neste mesmo tema. Fundou o Centro de Energia das Ondas em 2003, onde tem tido um papel relevante na disseminação do aproveitamento da energia das ondas e no desenvolvimento de políticas públicas para esta área. Nesse âmbito, tem igualmente desenvolvido estudos de natureza estratégica para empresas nacionais e estrangeiras.

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Em termos de custos, a longo prazo, há uma oportunidade para que estas turbinas não produzam energia mais cara. Por dois motivos: por um lado, a intensidade do vento é maior se nos afastarmos um pouco da costa. Por outro, uma solução como esta do windfloat permite que toda ela seja feita no estaleiro. E portanto, o custo da instalação da turbina é relativamente barato, quando comparado com o custo de instalação das turbinas fixas, porque essas obrigam a usar navios que são específicos e que são caríssimos. Pensa que este é o projeto que Portugal precisa para tirar proveito da costa marítima?

Este projeto permite explorar um recurso que de outra forma não seria possível explorar de forma significativa. Se tiver sucesso permitirá fazer isso em Portugal e noutras costas. A EDP é uma empresa internacional e, portanto, tem a oportunidade de desenvolver uma tecnologia que lhe permite, antes de outros, explorar este recurso. E esse, penso que é um dos objetivos da empresa. Se houver ali, de facto, um produto de grande valor industrial, a EDP também vai tirar algum benefício da componente industrial.


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Professor do Instituto Superior Técnico quem é quem

Tem ideia de quanto se tem gasto nesta área da energia das ondas?

Nos últimos dez anos, ter-se-ão gasto 500 a 600 milhões de euros em toda a Europa. Mas, para ter uma ideia, gasta-se, no desenvolvimento do fotovoltaico, mil milhões por ano. Hoje, todos os sucessos são construídos à custa de alguns falhanços, e as pessoas têm de ter essa perspetiva. Esta ideia resulta apenas da nossa falta de experiência coletiva nestes processos de inovação. Existe algum exemplo de sucesso na obtenção de energia em alto mar?

Se retirarmos o petróleo e o gás, não podemos falar ainda nisso. No campo não fóssil, as tecnologias das ondas e do eólico offshore, em Portugal, são as duas com potencial. Noutras partes do mundo há outras fontes energéticas. Há as correntes de maré. Há os próprios desníveis associados às marés, mas que na Europa são difíceis de implementar devido ao impacto ambiental. Há o gradiente térmico, que permite

seguradoras e os bancos de que o risco é limitado. Aí já estamos a falar não na demonstração tecnológica, mas na comercial. Penso que nos próximos cinco anos poderemos estar numa situação mais clara em relação a qual é o caminho tecnológico. Se é pela tecnologia que a EDP está a desenvolver, se é uma outra concorrente. Pessoalmente acho que esta tem muito potencial. Depois é preciso mostrar que aquilo é fiável tecnicamente. E depois que é fiável comercialmente. Em Portugal, as barragens começaram por volta de 1940 e ficaram concluídas trinta anos depois. Penso que se as coisas correrem bem, se não houver impactos significativos ambientais, nem conflitos de uso significativos, e que o custo de energia consiga ser atrativo, se calhar isto pode levar 40-50 anos a esgotar o nosso recurso. O que é o Centro de Energia de Ondas?

É uma associação privada, sem fins lucrativos. Foi criada em 2003, e não é apenas um centro de investigação. Também o temos, mas a

Não queria deixar de tirar o chapéu à EDP, por enveredar por este projeto, que tem um grande potencial. Está de parabéns por esta iniciativa. Quero desejar o máximo de felicidades. E ao mesmo tempo pedir a todos os envolvidos que, se as coisas correrem menos bem, não sejam os primeiros a atirar a pedra aproveitar energia nas zonas tropicais equatoriais, aproveitando a diferença de temperatura entre o fundo do mar e a superfície. Há o diferencial salino, tecnologia que está a ser desenvolvida na Noruega, se tiver um rio muito caudaloso a desaguar no mar salgado, essa diferença de salinidade pode ser aproveitada para produzir energia elétrica. E depois, numa área completamente diferente, poderemos ter a produção de algas marinhas, entre outras coisas, para biocombustíveis. Daqui a quantos anos vamos poder produzir energia a partir deste recurso eólico offshore?

No eólico offshore em águas pouco profundas, isso é já uma realidade. Em relação a tecnologias para maiores profundidades os próximos dez anos serão decisivos. Neste momento, estamos a testar uma tecnologia que não é única. Há outras empresas a explorar de forma diferente o mesmo conceito das turbinas flutuantes, mas é preciso que esta tecnologia mostre que é fiável. Isso vai obrigar a construir um segundo grupo de turbinas cujo objetivo não é tanto o custo, mas mostrar que funciona. Depois é preciso mostrar que há um potencial para que os custos sejam reduzidos. É necessário convencer as

nossa perspetiva é um pouco diferente. O nosso objetivo é que a energia renovável offshore seja uma realidade comercial. Que um dia haja uma indústria que permita produzir energia elétrica. Estamos claramente numa perspetiva de desenvolver aqui uma atividade comercial. E nessa linha, tentar identificar quais são as barreiras que se vão colocando, e de que forma podem ser mitigadas, ou até, removidas. Isso obriga-nos a trabalhar quase em todas as áreas onde temos capacidade. Há pessoas a trabalhar numa parte mais tecnológica e um grupo na parte da modelação numérica, que desenvolve ferramentas de cálculo que nos permitem estudar diferentes sistemas de energia das ondas. Temos um grupo que trabalha na parte ambiental e outro na parte de políticas públicas, a tentar que seja promovida legislação que facilite todos os processos. Há ainda outro grupo que se dedica à disseminação, quer para a sociedade em geral, quer para parte da sociedade específica. E temos também, todos os anos, pessoas em formação aqui, com estágios entre os três meses e nalguns casos até de um e dois anos. E com isso também queremos ajudar a que o mercado de trabalho fique mais rico.

Windfloat O WindFloat é uma estrutura flutuante patenteada, com design simples e económico, para suporte de aerogeradores offshore. As funcionalidades inovadoras do WindFloat, que atenua os movimentos induzidos pelas ondas e pelos aerogeradores/vento, permitem implantar aerogeradores offshore em locais antes inacessíveis, onde a água excede os 50 metros de profundidade e os recursos eólicos são superiores. O sistema será testado na Aguçadoura, num parque EDP, ligado à rede, por um período não inferior a 12 meses, com o objetivo de validar o desempenho da integração entre o WindFloat e o aerogerador. Serão ainda realizados estudos de comissionamento/descomissionamento e de operação e manutenção desta estrutura.

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capital humano “Liderança é um processo de influência que tem como objetivo libertar as capacidades e energia das pessoas e das instituições” António Mexia

“Ser Líder EDP” reforça competências de liderança

A

s sessões de formação e sensibilização do “Ser Líder EDP”, que decorreram até março, envolveram todas as chefias das várias empresas do Grupo em Portugal. Trata-se de uma ação de formação e sensibilização dirigida a todas as chefias do Grupo, sob a chancela da Universidade EDP. Com esta iniciativa, pretende-se reforçar as competências e os comportamentos de liderança dos colaboradores com este perfil e, simultaneamente, dar a conhecer, mais aprofundadamente, o “Guia do Líder” (ver caixa). A formação, com a duração de três horas, assentou numa metodologia interativa. Os participantes estiveram organizados em equipas de seis pessoas sendo que, cada um destes grupos, foi acompanhado por um energizador que teve como missão ajudar a equipa a percorrer um conjunto de exercícios. Dinâmica de grupo

Na primeira fase da formação os participantes trabalharam num mapa com informação sobre o que é ser líder. Apresentaram-se aqui exem46 o n

plos e histórias de liderança, as competências do líder EDP e os comportamentos que lhes estão associados. Fechado esse mapa, cada equipa foi convidada a participar num jogo de perguntas/respostas relacionadas com os processos RH. No final, todos receberam um certificado de participação e um CD com a versão digital do “Guia do Líder”. Para o “Ser Líder EDP” foram preparados 50 energizadores e formados cerca de 700 colaboradores com função de chefia. Num total de duas sessões, destinadas à formação dos energizadores, e mais de 30 sessões para as restantes chefias.

Para Luís Damião, da EDP Valor, este encontro “foi importante para a troca de experiências entre os participantes e para visitar todos os processos RH que se encontram no ‘Guia do Líder’ um bom instrumento de trabalho”. A iniciativa começou em Portugal e, numa fase posterior, será partilhada e replicada nas restantes geografias onde a EDP desenvolve a sua atividade e tem colaboradores, com a necessária adaptação de idioma e conteúdos.

Guia do Líder

Troca de experiências

Maria Julieta Cuiça, da EDP Produção, foi uma das energizadoras nesta ação: “Gostei imenso e acho uma iniciativa muito interessante, quer em termos de objetivo quer da própria dinâmica. É muito importante sensibilizar as pessoas para a leitura e consulta do Guia do Líder e vejo a troca de experiências que aqui acontece como uma vertente muito importante deste exercício”.

O “Guia do Líder” é um documento onde estão consolidadas as principais questões de Recursos Humanos, com as quais as hierarquias se deparam no exercício da sua atividade, enquanto gestores de pessoas, e onde é reforçado o papel do líder em cada um dos processos RH.


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capital humano

Saiba Mais Sobre transpõe fronteiras

+Conciliar Juniores distinguidos por boa prestação “É sempre muito importante vermos que aquilo que fazemos tem valor e é reconhecido”, referiu uma das vencedoras do Prémio Cidadania Júnior 2010. A cerimónia de entrega dos galardões decorreu no dia 22 de dezembro, no Museu da Eletricidade Pelo terceiro ano consecutivo e no âmbito do programa +Conciliar, a EDP distinguiu os filhos dos seus colaboradores que se destacaram pela performance escolar e participação em atividades cívicas, seja de voluntariado, desportivas ou culturais, tendo recebido um total de 107 candidaturas. Segundo o administrador responsável pela área dos Recursos Humanos, António Pita de Abreu, “o objetivo deste prémio é distinguir, entre os filhos dos colaboradores aqueles que, desde cedo, têm preocupações de cidadania, que têm uma grande interação com os outros e dão um pouco de si próprios à sociedade”. Carlos Carvalho Samouco (filho de um colaborador reformado da EDP Distribuição) e Francisca Neves Ribeiro (filha de um colaborador da EDP Produção) alcançaram o primeiro lugar no grupo do 9º ano. Em 2010, excecionalmente, e dada a proximidade em termos de pontuação, a EDP reconheceu três vencedores do segundo escalão. Assim, Filipa Neves Ribeiro (filha de um colaborador da EDP Produção), Frederico Ladeira Dias e Ana Regina Vieira de Castro (filhos de colaborado-

res da EDP Distribuição) foram os melhores classificados do 12º ano. A qualidade das candidaturas foi igualmente notória no grupo do ensino superior, escalão onde foram escolhidos três vencedores: Filipa Lopes Fernandes, Marina Basílio Pedro e Sara Silvestre Silva, filhos de colaboradores da EDP Distribuição, EDP Produção e EDP Valor, respetivamente, os quais levaram para casa o prémio referente ao primeiro lugar deste escalão. Além do reconhecimento pela sua prestação, os oito jovens receberam cheques brinde com valores entre os 500 e os 1.500 euros. Aos restantes candidatos foram atribuídos prémios de participação. São excelentes alunos que marcam pontos também no que diz respeito à participação em atividades extra-curriculares, no campo da cidadania e da solidariedade. São um possível exemplo a seguir. No entender de um dos vencedores: “É bom para os outros jovens, filhos de colaboradores da EDP, verem que vale a pena ter em atenção a sociedade em que nos inserimos e esse trabalho ser reconhecido por uma empresa como a EDP”.

Saiba Mais Sobre (SMS), iniciativa que visa a partilha de conhecimento, onde se dá a conhecer aos colaboradores do Grupo EDP o que de melhor se faz em cada área, realizou-se pela primeira vez fora de Portugal em colaboração com as áreas de Recursos Humanos. O tema deste SMS foi Compras no Brasil e contou com presença do presidente da EDP Brasil, Pita de Abreu, com os vicepresidentes da EDP no Brasil, Miguel Amaro e Miguel Setas. Foram realizadas duas sessões, uma na EDP Bandeirante (São Paulo) e outra na EDP Escelsa (Vitória) tendo ambas contado com um grande número de presenças, com uma apreciação final bastante positiva, que demonstra uma grande aceitação dos colaboradores do Grupo EDP para este tipo de sessões. Na apresentação dos temas, foram apresentados exemplos de processos de compra da área de compras da EDP Brasil e um evento de Negociação Online (e-auction) interactivo com os participantes, onde todos tiveram a oportunidade de efectuar licitações e verificar o andamento do evento em tempo real. Realizada por colaboradores da EDP Brasil, dirigidos pelos seus gestores Luís Gouveia e Márcio Franco, este evento contou também com a presença e colaboração do CPO do Grupo EDP, Luís Ferreira e colaboradores da EDP Valor, João Marques Almeida e da HC Energía, Pablo García Menéndez.

Os temas apresentados no SMS • Procurement no Grupo EDP • Balanced Scorecard na área de Compras da EDP Brasil • Gestão de Fornecedores • Maximização de Sinergias • Evolução do Modelo de Compras • Análise de Preço de Mercado • Orientação para Mercado • Negociar na Internet

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capital humano

Festival de Desporto Para relevar a importância dos colaboradores conciliarem as atividades do dia-a-dia com a vida pessoal, a área de Gestão do Capital Humano da EDP no Brasil, através do Programa Conciliar, realizou o tradicional Festival de Desporto nas suas localidades. Colaboradores de diferentes áreas em São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Tocantins passaram um dia de atividades

físicas regadas de diversão e suor. O Festival de Desporto reforça a iniciativa do Grupo em promover a cultura coletiva em prol das atividades físicas dos colaboradores. Ações do Conciliar, como o próprio festival, foram recentemente reconhecidas pelo mercado com o atribuição do Prémio Sodexo Vida Profissional 2010, na categoria Qualidade de Vida.

Partilhar o know-how das nossas pessoas A edição piloto do programa Valorizar a Experiência está a chegar ao fim. Este inovador projeto decorreu em duas fases de onde resultaram muitas propostas de ações para partilha de conhecimento

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epois dos workshops de sensibilização à população alvo do programa, foram inúmeras as ideias apresentadas pelos colaboradores percebendo-se uma tendência para propostas de iniciativas mais ligadas à sua atividade diária. Dentro da área técnica e de gestão de projetos, por exemplo, surgiram temas como “Conhecimentos de base sobre a lógica/linguagem SAP”; “Operação de centrais térmicas”; “Operação de centrais hídricas”; “Segurança e saúde no trabalho: regras / procedimentos de segurança relacionadas com a consignação de equipamentos; “Integração em Projetos Internacionais”, “Planeamento de ações de comunicação”, entre muitos outros. Na opinião dos participantes, estas iniciativas devem destinar-se não só a um público interno, colaboradores mais recentes e/ou com menos experiência e conhecimentos em determinadas áreas, mas também a um universo externo, como é o caso das escolas profissionais e universidades e dos prestadores de serviços. Embora nesta edição, e no total das duas fases, tenham sido envolvidos cerca de 300 colaboradores, recorde-

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No final da primavera este ciclo vai fechar com um encontro para “Celebrar as Iniciativas” -se que, nas empresas do Grupo em Portugal, a EDP tem quase três mil pessoas com mais de 30 anos de antiguidade e de 50 anos de idade que, ao longo do seu percurso na companhia, foram acumulando conhecimentos e experiências. Com este programa pretende-se que todos tenham oportunidade de encontrar novas formas de transmitir e realçar esse saber. O programa Valorizar a Experiência insere-se na estratégia da EDP pelo facto de contribuir para a mudança cultural desejada, uma vez que reforça as capacidades de execução e promove uma maior eficiência da organização. Esta iniciativa tem como base a ideia de que a experiência é um enorme valor, desde que seja um trampolim para “novos voos” e não uma zona estática de conforto. Ou seja, o conhecimento é tanto mais valioso quanto mais partilhado for. Partilhe o seu saber!


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a nossaenergia* Escolas em projetos de biodiversidade A EDP Produção promoveu, em novembro passado, no nordeste transmontano, os seus projetos de valorização da biodiversidade junto da comunidade escolar da EB 2/3 de Sendim, no concelho de Miranda do Douro, e da Escola Visconde Vila Maior de Torre de Moncorvo. Os dois grupos, constituídos por cerca de 40 alunos e professores, foram acompanhados pelos técnicos da EDP Vítor Batista, da DSA, Anabela Peres, da DPI, e Anabela Amado, bióloga e coordenadora do projeto, que visa mapear e caracterizar as plantas nativas da região. Após a incursão em campo para recolha das respetivas sementes, estas serão enviadas para um laboratório para um processo de germinação, seguindo-se uma fase de crescimento nas estufas da Central de Setúbal. Posteriormente, as sementes regressarão ao seu meio de origem, onde serão plantadas e apadrinhadas pelos alunos que as recolheram.

Gestão sustentável em debate Realizou-se, em outubro passado, em Pedrógão Grande, junto à barragem do Cabril, a conferência intitulada “Recursos Hídricos – Valor e Gestão”. O debate visou a análise da gestão sustentável dos recursos hídricos do país. Uma iniciativa promovida pelo jornal Região de Leiria, que analisou o que se está a fazer na área, procurando corrigir trajetórias de desperdício e de destruição. O painel de oradores foi constituído por António Castro, administrador da EDP Produção, Nuno Bravo, diretor do Departamento de Recursos Hídricos Interiores da ARHC, Pedro Teiga, especialista na Reabilitação de Rios e Ribeiras, Amável Santos, administrador delegado das Águas do Centro, e por António Martins, representante do Turismo Centro de Portugal. 50 on

ALUNOS MAIS SUSTENTÁVEIS Durante as férias há tempo para tudo: para jogar e para aprender, também. Essa foi a ideia que ocorreu aos filhos dos colaboradores da HC que, durante as últimas férias escolares, participaram nas oficinas de sustentabilidade, criadas pela Fundação HC Energía, no Museu de La Ería, em Oviedo. Uma réplica do que se faz no Espaço da Sustentabilidade, em Lisboa, onde as crianças são despertadas para três aspetos fundamentais: a origem da energia, a eficiência energética e a segurança no uso da eletricidade. A iniciativa já envolveu mais de 10.000 crianças das Astúrias e do País Basco. Depois da aula, de onde as crianças saem muito animadas, levam o passaporte que lhes permite entrarem nos vários mundos da energia e sensibilizarem as respetivas famílias.


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a nossa energia

Orquestra Geração dá música a Mirandela Portugal importou o projeto Orquestra Geração há três anos, contando com o apoio da Fundação EDP, do Ministério da Educação, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Escola de Música do Conservatório Nacional, bem como das Câmaras Municipais das regiões envolvidas. Em dezembro, esta iniciativa chegou a Mirandela, onde as primeiras 27 crianças desfavorecidas da cidade de Trás-os-Montes receberam os seus primeiros instrumentos musicais. A entrega dos instrumentos de cordas (14 violinos, cinco violas d’arco, cinco violoncelos e três contrabaixos) representou um presente de Natal antecipado que, de outra forma, qualquer um destes jovens dificilmente poderia ter. A expansão desta ação está associada aos investimentos hidroelétricos realizados pela EDP. Através de um conjunto de iniciativas e promoção do desenvolvimento, o Grupo partilha os benefícios da energia hídrica com as populações residentes nas regiões abrangidas pelos novos projetos.

Festa em Picote A EDP realizou a última edição da Festa de Santa Bárbara na obra do Reforço de Potência de Picote, no concelho de Miranda do Douro, no dia 4 de dezembro (dia de Santa Bárbara, Padroeira dos Mineiros, comemorado em todo o mundo) com uma missa e um jantar convívio. A festividade foi marcada pela forte presença dos trabalhadores e emotiva convivência. A pedido da coletividade ligada à Capela do Barrocal do Douro, foi decretado que quando as obras do reforço de potência terminarem, a figura da santa ficará exposta ad aeternum na capela.

Deputado visita Baixo Sabor O deputado à Assembleia da República Agostinho Lopes, do PCP, visitou, em novembro, as obras do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor. Nesta deslocação, o parlamentar foi acompanhado por elementos das estruturas do respetivo partido, de Bragança e de Torre de Moncorvo. O deputado do PCP realçou a importância que teve para o seu trabalho, a observação das obras e os esclarecimentos prestados pela EDP e por outros intervenientes no processo (ACE Baixo Sabor, Consulgal e Tabique).

NOVO MIRADOURO NA FOZ DO COBRÃO A Foz do Cobrão tem um novo miradouro, o Monumento das Portas do Almourão, inaugurado no dia 14 de dezembro, onde é possível desfrutar a beleza da paisagem envolvente e a especificidade da biodiversidade da região. A edificação foi executada pela autarquia de Vila Velha de Ródão, com o apoio da EDP, e vem dar notoriedade à região das Portas de Almourão, situada a jusante da futura barragem do Alvito. A cerimónia, onde foi descerrada a placa que simboliza a conclusão da obra, seguida de um passeio pelo miradouro, contou com o administrador da EDP Produção, António Castro, o administrador-delegado da Fundação EDP, Sérgio Figueiredo, a presidente da Câmara de

Vila Velha de Ródão, Maria do Carmo Sequeira, e o representante da governadora civil de Castelo Branco, Armindo Taborda. o n 51


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sustentabilidade R e s p o n s a b i l i d a d e p e lo m e i o a m b i e n t e

EDP no Brasil bem certificada Tanto na área de Distribuição como de Geração, a EDP Brasil mostrou estar no bom caminho na redução dos riscos e impactos dos seus empreendimentos

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omo estratégia mundial, a EDP no Brasil reforça o seu crescimento com conquistas de certificações ambientais e de gestão. No campo da Distribuição, a EDP Bandeirante passou pela 2ª auditoria de manutenção de certificação das atividades de operação e manutenção de subestações na norma OHSAS 1800: 2007 e das atividades de operação e manutenção das subestações ETD Vale do Sol, ETD Maresias e ETD Dutra na norma ISO 1400:2004 em dezembro de 2010, sem ano-

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tação de "Não conformidades”. A área de Geração, através da Enerpeixe, que opera a UHE Peixe Angical, no Tocantins, deu mais um passo na busca da Sustentabilidade com a Implantação e Certificação da ISO 9001 – Sistema de Gestão de Qualidade – SGQ. A Enerpeixe foi a primeira empresa na Bacia do Rio Tocantins a receber estas certificações, o que confirma o sucesso das ações implementadas para reduzir os riscos e impactos do empreendimento.


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s u st e n t a b i l i d a d e

100 mil TONELADAS de CO2 evitados por ano

Pedro Sirgado, diretor do Instituto EDP, participou, uma vez mais, na COP-16, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Cancún, no México. Representante da EDP na delegação do governo brasileiro, Sirgado reuniu-se com líderes empresariais e governantes de diversos países para discutir as mudanças climáticas e incrementar o Acordo de Copenhaga, que procura limitar o aumento das temperaturas a não mais que 2ºC em relação às registadas nos tempos pré-industriais. Hoje, o Instituto EDP administra um portfólio de cerca de 100 mil toneladas de CO2 evitados por ano e que podem representar uma receita de aproximadamente 2,9 biliões de reais.

Frota EDP com mais autonomia

HC e Toyota parceiros no veículo elétrico O presidente da Toyota Espanha, Katsuhito Ohno, assinou com o diretor geral corporativo da HC Energía, Javier Sáenz de Jubera, o protocolo de colaboração entre as duas empresas para impulsionar o veículo elétrico em Espanha. Katsuhito Ohno anunciou que se trata de um veículo híbrido plug-in, um dos primeiros Toyota Prius do mundo, que pode ligar-se à rede e que já circula pelas estradas. Alcançar o objetivo traçado pelo Governo para o impulso destes veículos depende que quatro fatores: desenvolvimento tecnológico de baterias, custo do veículo, custo da energia e implementação da infra-estrutura necessária. A colaboração entre a Toyota e a HC Energía permite dar aos clientes finais a confiança de que os quatro fatores sejam abordados por cada agente segundo a sua especialidade: desenvolvimento de baterias e custo competitivo do veículo, pela Toyota; e o abastecimento de energia e infra-estruturas de recarga pela HC Energía.

Foi cedido temporariamente pela Toyota à HC um veículo híbrido, que se destinará ao transporte interurbano dos seus colaboradores A HC Energía já conta com uma estratégia própria. O objetivo é conseguir que nas Astúrias haja 2.700 pontos de recarga, privados e públicos, em 2012. Para alcançar este propósito, a HC lançou uma campanha sobre este novo modelo de transporte sustentável e a forma de recarga em quatro áreas: vivendas unifamiliares, parkings e frotas, vias públicas e instalações próprias. No passado dia 25 de Janeiro, as empresas formalizaram um protocolo que não só contemplou a entrega temporária do veículo como também o apoio à sua introdução no mercado espanhol. A HC Energía já viaja sustentavelmente!

Juntando a sustentabilidade e a inovação, surgiu o projeto de converter cinco Toyota Prius, existentes na EDP (Lisboa e Coimbra), em veículos plug-in. Resultado: aumento de autonomia elétrica em cerca do dobro. Este projeto, liderado pela EDP Inovação com o apoio da EDP Valor, iniciou-se em setembro de 2010 e envolveu a instalação do sistema L5 PCM-Hymotion, que não é mais que uma bateria adicional. Embora as viaturas permaneçam sob o modo de funcionamento de um veículo híbrido, ou seja, mantenham a gestão automatizada dos motores elétrico e de combustão interna, a autonomia da componente elétrica é superior. Isso permite usá-la num maior leque de situações e durante mais tempo, reduzindo assim o consumo de combustível e a consequente emissão de poluentes e CO2 (em cerca de 2/3 quando comparado com o Prius original). Mais uma vez, o Grupo EDP dá o exemplo, e um passo em frente, na melhoria constante da sua responsabilidade para com a sociedade na procura pela excelência em sustentabilidade. • Aumento das distâncias totais percorridas em modo elétrico entre 50 e 65 km; • Diminuição do consumo (dependendo das condições de condução/circulação) em cerca de 2.35L/100km; • O tempo total de carregamento da bateria é de cerca de 3,5 horas; • A bateria pesa cerca de 85 kg.

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fundação* O Museu de Electricidade está de parabéns. “Povo/People” foi votada como a melhor exposição de 2010. Em exibição este ano esteve outra mostra imperdível: “Opera”, fotos do Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa

Fundação ilumina A Fundação EDP “prestou contas” à sociedade através de uma campanha institucional que marcou presença nos media no final de dezembro e nas primeiras semanas de janeiro. “Ilumina” foi o mote de um trabalho criativo, inovador, que teve como personagens centrais uma bailarina da Companhia Nacional de Bailado, uma jovem

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violoncelista da Orquestra Sinfónica Juvenil e um dr. Palhaço da Operação Nariz Vermelho. A campanha destacou a Fundação EDP como um projeto social, cultural, ambiental e científico que iluminou a vida de 1 milhão e 700 mil pessoas no último ano, ao promover a inclusão social e ao dar visibilidade ao que de melhor se fez em Portugal.


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fundação edp Joana Bastos, "I rather be a cleaner"

“POVO / PEOPLE” A MELHOR EXPOSIÇÃO DE 2010 A exposição “Povo/People”, com a qual a Fundação EDP se associou às comemorações do Centenário da República, foi votada como a melhor exposição do ano por um painel de 40 especialistas convidados da revista “L+Arte”. Um sucesso também traduzido em números: entre junho e setembro de 2010, a mostra atraiu 30 mil visitantes ao Museu da Electricidade.

“Opera” no Museu da Electricidade Quantas faces, quantas facetas e quantos segredos pode encerrar um edifício? O Museu da Electricidade expôs um conjunto de fotografias de Augusto Alves da Silva que têm como protagonista central o exterior do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, edifício classificado como monumento nacional. A exposição, intitulada “Opera” e produzida pela Fundação EDP, resulta de uma parceria com o TNSC que em 2006 pediu a vários fotógrafos que fizessem um levantamento das instalações daquele que permanece como o único teatro de ópera do país. “Opera – O TNSC por fora e por dentro” é o primeiro passo de uma sequência que, a partir de 25 de março, prossegue com uma segunda exposição fotográfica que, pelo olhar de Paulo Catrica, nos levará ao interior do São Carlos.

Acabar o ano com energia Encerrar o ano com muita energia e ritmo. Foi o que fizeram mais de 3.000 participantes nas diferentes modalidades da corrida de São Silvestre, tradicionalmente a competição que encerra o ano da maioria dos atletas em Espanha. A Fundação HC Energía patrocinou a comemoração desta corrida popular na capital do Principado. T-shirts com o slogan "Viva a nossa energia" invadiram as ruas da antiga cidade de Oviedo, com milhares de sorrisos. O percurso passou pelas áreas mais emblemáticas da cidade de Oviedo, para terminar, como é habitual todos os anos, na catedral gótica, no centro da cidade. A novidade deste ano foi a participação de um veículo elétrico da HC Energía. Desta forma, atletas e organização moverem-se através de uma energia mais limpa.

Talento, procura-se! Nove finalistas vão disputar o Prémio EDP Novos Artistas 2011, iniciativa bienal organizada pela Fundação EDP para distinguir valores emergentes da arte contemporânea portuguesa. Nesta 9.ª edição do prémio, que contou com 408 candidatos, foram selecionados Ana Manso, André Trindade, Carla Filipe, Catarina Botelho, Catarina Dias, João Serra, Nuno da Luz, Priscila Fernandes e Vasco Barata. Os candidatos serão agora convidados e financiados para desenvolver obras para uma exposição coletiva a decorrer entre junho e setembro de 2011, no Museu da Electricidade. Durante este período, um júri independente escolherá o grande vencedor. O artista receberá um prémio monetário no valor de 10.500 euros.

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ensaio fotográfico P ré m i o a n u a l d e Fo t o g ra f i a d a C e n t ra l T é r m i ca d e A b o ñ o

Título:Tranquilidad Autor: Julio Cesar Areces

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e n s a i o fo to g r á f i co

Objetivo: Fotografia Já alcançaram a maioridade atrás de uma objetiva. O grupo de fotografia da Central Térmica de Aboño foi constituído em 1992 e, durante estes 18 anos, motivaram muitos dos colegas a participar nos seus concursos. Ao mesmo tempo, partilham a sua paixão pela fotografia. Esta mostra, publicada neste Ensaio Fotográfico, é um sinal do savoir faire de muitos destes artistas. Alberto Villar, Ramón Viña e Julio Areces são os três responsáveis por este projeto, que já conta com uma

página web (www.grupofotocta. com), na qual é possível apreciar alguns destes trabalhos. No estúdio fotográfico dispõem de todos os meios para a revelação de fotografias e equipamento para o desenvolvimento das novas tecnologias digitais. Um calendário com grandes imagens e diversas exposições compõem o trabalho mais visível deste grupo, que agradece a colaboração dos que os apoiaram durante todos estes anos.

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e n s a i o fo to g r á f i co

Título: DESPUES DE LA TORMENTA Autor: Óscar Álvarez Pérez

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e n s a i o fo to g r á f i co

Título: Caseria Autor: Montse del Rio Rodriguez

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Título: Luces Autor: Marce Iglesias Lebrato

Título: Colores Autor: Juan Quintana Alonso

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Título: Noria Autor: Julio Cesar Areces Suárez

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Título: Atrapados en el cristal Autor: Carlos Lorite Martinez

Título: Se vende Autor: Óscar Álvarez Pérez

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Título: Por el Arte Hacia la Posteridad Autor: Jaine Escobar Aparicio

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em destaque JOAQUÍN SUÁREZ SARO, chefe do Serviço de Regulação da HC Energía Qual foi, até hoje, o seu maior desafio?

Durante todos estes anos, tive oportunidade de participar em diversas iniciativas empresariais, que foram marcos relevantes na configuração da atual HC Energía, e que me realizaram profissionalmente. Na atividade da Distribuição, não me posso esquecer de quando superámos o nosso tradicional território das Astúrias. Apoiando juridicamente a equipa que então liderava esta área de negócio (Santiago Bordiú, José Manuel de Vicente, Bautista Rodríguez, Jesús Fernández, …), conseguimos implantarmo-nos na comunidade valenciana depois de atravessar um autêntico “calvário” de processos administrativos e judiciais pela oposição frontal que encontrámos na Iberdrola. Foi uma grande satisfação termos conseguido o apoio unânime dos organismos reguladores às nossas pretensões, e a posterior confirmação dos tribunais. E na área da geração?

Na área de geração foi muito gratificante dar suporte jurídico à chamada “Operação Navarra”, liderada por Marcos Antuña, com a inestimável colaboração de Patricio Conesa, que ficou concluída com a entrada em funcionamento do primeiro grupo de ciclo combinado de Castejón. Com esse projeto tivemos de promover requalificações urbanísticas nos terrenos onde estava edificada a instalação, superar as restrições iniciais de uso de água, impostas pela Confederación Hidrográfica del Ebro, manter o apoio que tínhamos alcançado por parte da Câmara Municipal, neutralizar o trabalho da oposição de alguns grupos ambientais. Até que chegou a regulação…

Foi um autêntico desafio aceitar a oferta de Santiago Bordiú de colaborar com ele para por em funcionamiento e dar substância à atual área de regulação com um formato multidisciplinar. A regulação da HC é integrada por um grupo jovem de engenheiros com conhecimento dos negócios, que lhes permitirá aspirar a postos de responsabilidade dentro da empresa. E por advogadas, minhas colaboradoras mais próximas, que já são autênticas 64 on

Tento tornar a vida melhor aos que me rodeiam especialistas em Direito Energético. Há alguns anos, as atividades da nossa empresa têm vindo a merecer especial atenção por parte da Comisión Nacional de la Competencia, e, desta forma, estão a tornar-se também especialistas em Direito da Concorrência. Nesta equipa é justo acrescentar a Noelia que, com grande eficácia, ocupa-se da gestão dos arquivos e das nossas agendas tão complicadas. Como é o seu dia-a-dia?

Os dias de semana sucedem-se sem sobressaltos de maior e o tempo é repartido principalmente entre viagens, reuniões e bastantes horas de despacho. Depois do trabalho, os dias são preenchidos com leitura, algum concerto ou peça de teatro, ou bebendo umas cervejas com os amigos.

De que forma concilia a vida profissional com a pessoal?

Nesta altura da vida, quando os nossos filhos já são bastante maiores (o mais velho vive e trabalha na Alemanha e o mais novo está na segunda classe), a actividade profissional e a vida familiar são razoavelmente fáceis de conciliar. Em todo o caso, confesso que é a minha mulher quem, com uma generosidade que nunca deixarei de agradecer, tem vindo a solucionar eficazmente todos os problemas logísticos que têm surgido no campo familiar. Qual é o seu lema de vida?

Depois da experiência que os anos nos vão dando, prefiro afastar-me de propósitos grandiosos e dirigir todos os esforços na tentativa de tornar a vida melhor aos que me rodeiam.


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EDPWAY Day

Dia da EDP powered by EnergyIN

Estarão reunidos colaboradores dos cinco projetos do EDP Way (OPEX, Lean, Sou+EDP, EDPro e SharEDP) com o objetivo de aumentar o conhecimento inter-projetos, promover as sinergias e celebrar as metas alcançados.

Apresentação do Grupo EDP e das suas atividades nos próximos anos aos associados do PCTE - Pólo de Competitividade e Tecnologia da Energia.

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Semana europeia da sustentabilidade O mês de Abril será mais sustentável em toda a Europa. Em Portugal, a EDP terá um papel importante com as várias ações sustentáveis que vai lançar à população. 08

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All Energy

Dia da Árvore

Inauguração da sede no Porto

A EDP Renováveis estará presente no maior evento no Reino Unido dedicado às energias renováveis, em Aberdeen, na Escócia.

A HC Energía celebra o Dia da Árvore de forma especial. Mais de 1000 pessoas irão plantar árvores por um mundo melhor.

As novas instalações da empresa abrirão as portas, em frente à Casa da Música, no centro da cidade do Porto.

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Assembleia Geral de Acionistas

Roman Blondey

Sou + EDP

Encontro de acionistas para aprovação de diversas propostas, entre as quais o Relatório & Contas 2010.

A EDP Renováveis inaugura o Parque Eólico de Roman Blondey, em França.

O RH dará início a terceira edição do projeto no Brasil. Os colaboradores serão convidados a participar de jogos de tabuleiro e cartas. Uma forma lúdica de transmitir a cultura EDP.

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Assembleia-Geral da EDP

Corrida da Mulher

SMS Comunicação

Este ano, os acionistas da EDP encontram-se no Porto, na nova sede da empresa. Uma reunião onde o Conselho de Administração Executivo do Grupo apresentará várias propostas.

Este ano será já a 6.ª edição da prova “EDP - Lisboa, a Mulher e a Vida”, uma corrida destinada exclusivamente a mulheres. Inscreva-se e corra pela sua saúde.

O projeto Saiba Mais Sobre falará sobre a área de Comunicação, passando por Mogi das Cruzes, Tocantins, São Paulo e Espírito Santo. O evento acontece nos dias 12, 13, 17 e 19 de maio. 12

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