Atós pŕo e contra Bolsonaro marcarão Dia da Independência nesta terça-feira

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Braskem avança com fechamento de poços de sal > B-1 Prefeitura paga o Cartão BEM Enquantoa anuncia o pagamento do Cartão BEM para esta segunda-feira (6), a Prefeitura de Maceió comunica o avanço da campanha de conscientização contra exploração infantil, implementada pela Secretaria Municipal de Assistência Social - Semas. > A-3

edição PRIMEIRA

Mega-Sena sobe para R$ 40 mi Ninguém acertou a Mega-Sena deste sábado (4). Foram sorteadas as dezenas 08 - 12 - 29 43 - 54 - 60. Acumulado, o próximo prêmio da Mega está estimado em R$ 40 milhões. Quem fez a Quina receberá R$ 54 mil. A Quadra vai pagar R$ 968 a cada acertador.

Ano 13 | Edição 942 | Maceió, Alagoas, 6 a 12 de setembro, 2021 | R$ 2,00

Atos pró e contra Bolsonaro marcarão Dia da Independência nesta terça-feira Sem desfiles militares e colegiais - por causa da pandemia - mas com as ruas das capitais e grandes cidades do interior abarrotadas de manifestações a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro. Assim será o 7 de Setembro, absolutamente atípico, desta terça-feira quando se comemora a Independência do Brasil. Em Maceió apoiadores de Bolsonaro convocaram grande caminhada, a partir das 9h, com concentração no tradicional Corredor Vera Arruda, na Jatiúca. Cidades do interior alagoano, como Arapiraca e Penedo, também terão atos em defesa do governo e do presidente da República. > A-2

Primeira Edição

fotos: Divulgação

Manifestações pró Bolsonaro inundarão as ruas do Brasil nesta terça-feira, Dia da Independências, mas a oposição também programou protestos

Decreto amplia público em bares e eventos Atlas da Violência mostra avanço de Alagoas contra a criminalidade

Atlas mostra Alagoas como terceiro estado que mais reduziu os crimes de morte no período de 2014 a 2019

COMBUSTÍVEL

Com ICMS fixo, AL não tem como elevar o preço da gasolina É matéria conclusiva sobre a polemica inventada sobre quem aumenta os preços dos combustíveis: se o ICMS, imposto estadual, está com alíquota de 29% fixa desde 2016, como a Secretaria da Fazenda pode aumentar o preço da gasolina? Portanto, os reajustes são decretados pela Petrobras. É a estatal que fixa o preço básico dos combustíveis, sobre o que incidem impostos e outros fatores como frete e lucro. > A-5

Alagoas é o 3º estado que mais reduziu a taxa de homicídios no período entre 2014 e 2019, segundo o Atlas da Violência que acaba de ser divulgado. No período houve queda de 46,8% na taxa de crimes de morte por 100 mil habitantes. A redução da violência começou com a chegada de Renan Filho ao governo e Alfredo Gaspa à Segurança. A-2

Em novo decreto emergencial, o governo alagoano mantém o Estado na Fase Amarela, mas amplia a capacidade de público em bares, restaurantes, igrejas, academias, salões de beleza e espaços públicos, além de aumentar o

número de pessoas em eventos. Com avanço da vacinação, Alagoas vem registrando redução de novos casos e mortes por Covid-19, na capital e no interior, o que vai abrindo espaço para gradativas flexibilizações.> A-5

Aldo prega conciliação entre poderes e diz que JB provoca turbulências Ao afirmar que Bolsonaro é hoje fator de turbulências, o alagoano Aldo Rebelo, ex-presidente da Câmara Federal e ex-ministro da Defesa, diz que o

presidente deveria buscar a conciliação entre os poderes, um passo visto como fundamental para evitar mais crises institucionais no País. > A-3

CSA não vence nem o Vila Nova > B Max Verstappen vence GP da Holanda e volta à liderança do Mundial O piloto Max Verstappen retomou a liderança do Mundial de Fórmula 1 ao vencer o GP da Holanda, sua casa, na manhã deste domingo (5). O holandês

liderou a corrida de ponta a ponta e viu seu rival Lewis Hamilton chegar em segundo, já como o vicelíder. Valtteri Bottas ficou na 3ª colocação. > B-4

Verstappen, da Red Bull, vence em Zandvoort e retoma liderança da F1

CRB se firma entre os quatro melhores > B

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Primeira Edição | 6 a 12 de setembro, 2021

A2 | Política

O D A ERI RIA F O ÁT P DA Primeira Edição

Maceió e algumas cidades do interior - Arapiraca, Penedo, Palmeira dos Índios, Batalha, Porto Calvo, entre outras - terá manifestação pública em defesa do presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira, 7 de Setembro, data comemorativa da Independência do Brasil. Os atos públicos foram convocados ao longo dos últimos três meses, em muitas ocasiões pelo próprio Presidente da República, e têm - para militantes bolsonaristas, apoiadores do presidente e aliados do atual governo - o sentido de um desagravo. Nas redes sociais, como que buscando mostrar o significado político do Dia da Independência, Bolsonaro afirmou: "Chegou a hora de, no dia 7, nos tornarmos independentes para valer". Em Maceió, os apoiadores do presidente farão grande caminhada pela orla da Jatiúca, partindo do Corredor Vera Arruda, onde haverá concentração a partir das nove horas da

Maceió vai ter manifestação a favor de Bolsonaro neste 7 de Setembro No interior alagoano, grandes cidades também programam atos caminhadas em defesa do presidente Primeira Edição

manhã. Movimentos e militantes contrários ao atual governo também anunciam manifestações de rua para este 7 de Setembro, apesar de terem marcado, igualmente, 'grande mobilização nacional' para o próximo dia 12 de setembro. O que se sabe é que Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e demais capitais - além de cidades importantes do interior brasileiro - estarão com as ruas abarrotadas neste Dia da Independência, com protestos contra e a favor de Bolsonaro.

O QUE ABRE

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio) informou que na terça-feira, Dia da Independência do Brasil, a maioria dos shoppings e as grandes redes de supermercado de Maceió não apresentam alteração em seus horários de funcionamento. As lojas do Centro fecham, segundo a Aliança Comercial. A expectativa é que apenas as lojas âncoras abram na região.

Caminhada de apoiadores do presidente vai mobilizar Maceió nesta 3ª feira; concentração será no Corredor Vera Arruda (Jatiúca) a partir das 9h

O Shopping Farol não abre, mas as lojas dos demais shoppings funcionam normalmente. No Shopping Pátio

Maceió, o atendimento ocorre das 10h às 22h. No Parque Shopping Maceió, abrem das 10h às 22h. No Maceió

Shopping, as lojas âncoras abrem das 9h às 22h, as lojas satélite e praças de alimentação funcionam das 10h às 22h

e os cinemas seguem a programação em cartaz. Agências bancárias, loterias e Central Já não abrem.

Lira diz que Bolsonaro é ‘único’ a perder se houve tumulto nas ruas O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse esperar que as manifestações programadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro para o Dia da Independência sejam pacíficas e alertou que eventuais episódios de violência só tendem a manchar a imagem do chefe do Executivo. "A polêmica está criada e nós só superaremos ela depois do dia 7 de setembro, com muita tranquilidade. Acho que não há motivo, como venho dizendo, para que se cause espanto de agressão às instituições. O presidente sabe da responsabilidade dele com relação a isso e sabe que é o único a perder se

por acaso houver tumulto na manifestação", opinou o deputado no final de semana. Segundo o parlamentar, por mais que as manifestações sejam legítimas, é fundamental que não haja nenhuma tentativa de depredação do patrimônio público. Ao longo das últimas semanas, organizadores do ato que acontecerá na Esplanada dos Ministérios falaram em invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), o que fez a Corte pedir ao Governo do Distrito Federal um reforço na segurança. "É de se esperar que todos venham, os que vierem para a rua, e façam a sua manifestação

fotos: Divulgação

Artur Lira adverte que, “se houver tumulto” nas ruas, durante manifestaões, “Bolsonaro será o único a perder”

com faixas, com cartazes, às vezes com boneco, é da democracia. Não tem problema com relação a isso. Agora, respeito às instituições e com o estado democrático de direito, isso é fundamental", frisou Lira. "Nós esperamos sim que as manifestações ocorram num clima pacífico, de normalidade, de respeito às instituições, ao estado democrático de direito. Manifestação, eu já disse diversas vezes, elas são normais no Brasil desde 2013, nós estamos acostumados a elas. Desde que elas venham pacíficas e respeitosas, não há em absoluto nenhum problema", completou.

> CLIMA TENSO

Bolsonaro fala em ultimato a ministros Guedes não vê razão para impeachment PE com IstoÉ

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro reforça que os atos desta terça-feira, 7 de Setembro, são ultimato aos ministros Roberto Barroso e Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que tem confiança nas instituições brasileiras e diz não ver razões para um pedido de impeachment do presidente da República. "Pessoas cometem excessos, todos nós. Não há um ser humano que não tenha cometido um erro. Às vezes dois erros, três erros. Às vezes, por temperamento, você comete o mesmo erro várias vezes. Agora, uma coisa são palavras, outra são os atos. Você pode cometer excessos em palavras,

xingar e ofender alguém. Mas e nos seus atos? Você está violando responsabilidade fiscal para sofrer um impeachment? Você está ofendendo alguém para ser acusado de violar a liberdade de expressão. Temos que observar a diferença entre palavra e atos. Tem gente que fala muito e não viola a lei e gente que fala elegante e viola a lei", afirmou o ministro da Economia, em participação no "Scoop Day", organizado pelo TC. Guedes voltou a admitir que às vezes o presidente Bolsonaro fala coisas inadequadas e pontuou que às vezes um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ou parlamentares podem cometer excessos também. "Mas se as instituições funcionaram, elas acabam recomendando ao indivíduo

Paulo Guedes admite erros nas ações do presidente da República, mas não vê ‘razões’ para impeachment

que volte para dentro das quatro linhas. Se está saindo das

quatro linhas, jogando fora das regras, fora da Constituição, as

instituições vão corrigindo isso. Às vezes alguém pula a cer-

ca, mas aí tem VAR, todo mundo vê e começa a turma do deixa disso", completou. Para o ministro, esse "vai e vem" é parte da democracia e da demarcação dos territórios entre os três poderes. "Os excessos são de parte a parte. Tem muito desrespeito em relação à Presidência. Às vezes tem desrespeito em relação ao STF, em relação à mídia. Às vezes a mídia conta narrativas que não são as mais adequadas, mas confio na mídia como instituição, embora haja milícias. Tem milícia para todo lado", reclamou. Guedes reconheceu ainda que um bom ambiente de negócio exige um bom equilíbrio entre os poderes. "Mas temos que evitar que isso vire uma corrida nuclear. Temos que moderar", concluiu.


Primeira Edição | 6 a 12 de setembro, 2021

Política |A3

> EX-MINISTRO Romero Vieira Belo

Enfoque Político Jornalismo é, antes de tudo, a busca da verdade

O deputado Artur Lira e e a alta dos combustíveis Matéria inserida na página A-5 desta edição, sob o título 'Alagoas não tem como aumentar preço da gasolina, com ICMS fixo' diz em resumo: se o valor do imposto sobre o combustível está congelado há cinco anos, por que o produto sobe? No texto, a resposta simples e objetiva: o preço final do produto aumenta porque o básico, adotado pela Petrobras, sobe primeiro. Nenhum mistério, nenhuma equação insolúvel. E a conclusão também está ao alcance de todos: se a Petrobras não elevar o preço - seja do diesel, da gasolina ou do gás - ele não sobe. A causa dos aumentos, pois, não está nos impostos (estadual e federal) nem na distribuição ou no lucro dos postos. É o óbvio. Diante disso, soa inócua a grita do deputado Artur Lira que, em aparente empenho para diminuir o preço da gasolina e do diesel, está propondo uma redução do ICMS aplicado pelos estados sobre a cotação dos combustíveis. Inócuo pelo simples e elementar fato de que, se a Petrobras continuar reajustando, para cima, a cotação do diesel e da gasolina - e do próprio gás de cozinha - os preços vão subir mais ainda. Lembrando que a estatal, sempre voltada para o interesse de seus investidores e acionistas, subordina a cotação dos combustíveis às tendências do mercado externo e, pior, à variação do dólar que nunca subiu tanto quanto atualmente. Partindo dessa análise, conclui-se que o deputado Artur Lira está apenas se alinhando ao discurso do presidente Bolsonaro que, em suas falas aos apoiadores, tenta convencê-los de que os preços dos combustíveis sobem por culpa dos governadores, cuja grande maioria não reza na cartilha do atual governo. Em todo caso, Lira pode agir de forma objetiva e, quem sabe, usando o 'poder de pressão' do Centrão, buscar uma solução para conter a alta desenfreada dos combustíveis de maneira efetiva: basta e até o presidente da Petrobras e tentar convencê-lo a parar com os aumentos constantes do diesel, do gás e da gasosa. Se acionistas e investidores aceitarem, os preços param de subir. E Lira para de agir como um ventrículo do Planalto. OPOSIÇÃO NA ALE SOFRE COM AGENDA DE RENAN FILHO Enquanto Renan Filho dá o maior banho de obras na história de Alagoas principal motivo de sua aprovação pela grande maioria dos alagoanos alguns deputados estaduais (os de sempre) mantêm a venda nos olhos e não suportam ouvir falar sobre a nova realidade alagoana. RF, afinal, está assinando ordens de serviços praticamente todos os dias...

Aldo Rebelo prega conciliação ao associar Bolsonaro a turbulências Alagoano que presidiu Câmara Federal diz que crise institucional se reflete na economia fotos: Divulgação

PE com Correio Braziliense

Ex-ministro da Defesa, o alagoano Aldo Rebelo afirmou que o presidente Jair Bolsonaro transformou-se "num fator de turbulência e instabilidade" política e institucional, o que pode afetar, entre outros fatores, a economia. Entretanto, o ex-deputado e presidente da Câmara Federal pondera que é preciso olhar para o momento com serenidade. "O Brasil vive, de fato, um momento de turbulência. Contudo, o país continua se dedicando às outras funções", disse. Avaliando o fato de que o presidente Bolsonaro dispara, frequentemente, ataques a ministros do Supremo e à legitimidade do sistema eleitoral, diz Aldo Rebelo: "O acirramento concentra-se mais na esfera política e, por isso, creio, não tenha capacidade de gerar um fenômeno indesejado ao país, como um golpe de Estado, por exemplo. Não há forças capazes de promover uma aventura dessa natureza", afirmou, em entrevista ao jornalista Vicente Nunes, editor executivo do Correio Braziliense.

AGRAVAMENTO

Nesse sentido, Aldo Rebelo

Ex-ministro da Defesa, alagoano Aldo Rebelo diz que Bolsonaro é fator de turbulências e defende ‘conciliação’

entende que a Economia é afetada pela instabilidade, agravando o que já é difícil, a própria economia. "O Brasil vive um processo de estagnação econômica e, por isso, não consegue retomar o crescimento. Quando o país cresce, há dinheiro para quase tudo. Quando não cresce, não se tem recursos para nada", explicou, acrescentando: - A economia também vive um processo inflacionário em cima dos mais pobres, encare-

cendo o preço do gás, da gasolina e dos gêneros de primeira necessidade. Outro ponto é a multiplicação da pobreza, marcada pela redução da renda dos mais pobres. Somado a isso, temos um país isolado internacionalmente".

CONCILIAÇÃO

O ex-ministro disse também que o presidente da República deveria buscar ser um elo de conciliação entre os poderes, sobretudo, nesse momento de

instabilidade institucional. Questionado sobre como está o clima nos quartéis em meio às brigas da República, o ex-ministro da Defesa aponta que militares da ativa, em geral, não comentam sobre a situação política no país. "Aqueles da reserva são quase civis. Manifestam-se politicamente. Mas quem comanda a tropa são os profissionais da ativa. E estes permanecem em silêncio, pois agem dentro da legalidade", ressaltou.

> EX-SECRETÁRIO

Após denúncia e prisão, Chico Araújo sai em rol de agraciados Metrópoles

Nova UPA da Cidade Universitária é mais um projeto de saúde concluído

UM GOVERNO SEM NENHUMA OBRA INACABADA... Pois é. E como reconhecimento ao fabuloso volume de obras do governo do Estado, o oposicionista Luiz Alberto Teixeira ( o Bebeto) apresentou projeto à Assembleia Legislativa para 'proibir a inauguração' de obras inacabadas. Proposta boba. Renan Filho tem projetado suas obras dentro de calendário factível e realista. MAIS UMA OBRA DE SAÚDE EM ALAGOAS A propósito de obras importantes, está tudo pronto para o governador Renan Filho, junto com o secretário Alexandre Ayres, da Saúde, entregar no próximo dia 20 a novíssima Unidade de Pronto Atendimento do Conjunto Santa Maria, na Cidade Universitária. A construção da UPA custou R$ 6,2 milhões, dinheiro originário da Fazenda estadual. 'CONSTRUÇÕES' DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Algumas frases de Bolsonaro nos últimos dias: "Missão difícil de salvar certas almas aqui no Brasil"; "Quem quer paz, se prepare para a guerra"; "Chegou a hora de, no dia 7, nos tornarmos independentes para valer"; "Meu futuro é ser preso, morto ou ter a vitória"; "O Brasil vive momentos não muito tranquilos". RACIONAMENTO DE ENERGIA NA AGENDA Assim como Bolsonaro, os governadores não acham nada atrativo falar sobre aumento de energia elétrica, mas, no cenário silente, a voz do vicepresidente Hamilton Mourão se ergue para prever a possibilidade de algo muito mais grave do que os reajustes tarifários: o racionamento de energia por causa da crise hídrica. DO JEITO QUE O MINISTRO PAULO GUEDES ADORA Com as contas do governo no vermelho, consequência da crise econômica turbinada pelos efeitos da pandemia, o Planalto envia para o Congresso Nacional o projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) com zero de reajuste salarial para os servidores públicos federais em 2022- ano das eleições gerais. Lembrando que a categoria não teve correção nenhuma neste ano.

Afastado do cargo após acusação de chefiar suposto esquema de superfaturamento de testes para Covid-19 e corrupção em contratos da Saúde no governo de Ibaneis Rocha (MDB), o ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco Araújo Filho, recebeu a Medalha Imperador Dom Pedro II. A Comenda da Ordem do Mérito Bombeiro Militar do Distrito Federal Imperador Dom Pedro II, medalha concedida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), é destinada a bombeiros militares, autoridades e personalidades que contribuíram com as ações e demandas da corporação, com resultados positivos à sociedade.

EM MACEIÓ

Francisco Araújo foi secretário de Ação Social de Maceió, durante o segundo mandato do então prefeito Cícero Almeida. A publicação aparece no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) da segunda-feira

À CPI da Pandemia, Chico Araújo garante que os desvios de recursos da Saúde no DF não têm suas digitais

(30/8) e conta com uma longa lista de personalidades do DF, com honra que receberam o título de comendador. Pelo bom trabalho que realizou, inclusive reabilitando uma Pasta totalmente desorganizada, Chico Araújo esteve cotado para disputar eleições vereador ou deputado estadual

- mas teve de desistir cumprindo recomendação de Cícero Almeida.+

ESCLARECIMENTO

O GDF divulgou nota sobre o ato publicado no Diário: "O Governo do Distrito Federal esclarece que a Ordem do Mérito Bombeiro Militar do

Distrito Federal Imperador Dom Pedro II foi entregue a 395 pessoas em 2 de julho de 2019. A documentação referente aos nomes homenageados foi formalizada no Diário Oficial do DF de 30 de agosto de 2021 por problemas no trâmite interno do Corpo de Bombeiros", informou.

À CPI, ex-secretário se diz inocente Em depoimento prestado à CPI da Pandemia, na quintafeira (2), Francisco Araújo negou veementemente que tenha tido qualquer relação com a Precisa Medicamentos, empresa investigada por suspeitas de esquema de corrupção envol-

vendo a compra de testes rápidos usados na campanha de combate à Covid-19. O depoimento de Chico Araújo havia sido adiado, mas acabou sendo antecipado devido à ausência de Marconny Faria, suposto lobista da Precisa

Medicamentos "Eu tenho a minha consciência tranquila, em paz, que não tem e nem terá a minha digital em nem um só lugar de relação com a empresa Precisa", declarou o ex-secretário, salientando que seguiu os trâmites

para a licitação e que irá provar a sua inocência. Questionado pelo relator da comissão, senador Renan Calheiros, ele também disse que não tem relação com o deputado federal Ricardo Barros e nem com o PP (Partido Progressista).


Primeira Edição | 6 a 12 de setembro, 2021

A4 | Nacional

> TEMA POLÊMICO

> UNIÃO

Sem acordo, votação do Código Eleitoral fica para após o feriado

Orçamento para 2022 não contempla aumento para o funcionalismo público

Adiamento é derrota para Artur Lira, que esperava votá-lo na semana passada fotos: Divulgação

Correio Braziliense

A falta de consenso em torno do projeto do Código Eleitoral levou os partidos a fazerem um acordo para adiar a votação do texto na Câmara para a próxima 4ª feira (8), frustrando os planos do presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL). Entre os temas polêmicos, está o que prevê a proibição de pesquisas de intenção de voto na véspera e no dia das eleições. O parecer da relatora do Código Eleitoral, deputada Margarete Coelho (PP-PI), compila toda a legislação eleitoral em vigor em 905 artigos e foi elaborado após discussões de um grupo de trabalho criado pela Câmara. Deputados de vários partidos criticaram o fato de o texto ter ido ao plenário sem passar pelas comissões. Na última terça-feira (31), a proposta teve requerimento de urgência aprovado por 322 votos a 139. Na quarta, porém, após um acordo de líderes, os deputados realizaram apenas a discussão da matéria, adiando a votação para esta semana. Durante a sessão, PSol, No-

Ministro Dias Toffoli deu prazo para Artur Lira explicar votação do Código Eleitoral sem discussão nas comissões

vo e PSL ainda apresentaram requerimentos para que também a discussão fosse adiada, alegando a necessidade de aprofundar os debates. Os pedidos foram rejeitados pela maioria do plenário. LEGISLAÇÃO O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) elogiou a iniciativa da Câmara em com-

pilar a legislação eleitoral em apenas um único documento, mas disse que é preciso mais tempo para debater o projeto. "É claro que muitos artigos presentes na legislação proposta já são do conhecimento dos líderes e dos parlamentares e das assessorias, mas, mesmo assim, não faz muitos dias que esse relatório com mais de 900 artigos foi apresentado à sociedade

e, portanto, não houve o debate devido", explicou. A pressa de Lira em votar o Código Eleitoral também foi contestada no Supremo Tribunal Federal (STF). Na terçafeira, atendendo a uma representação do Novo e do Podemos, o ministro Dias Toffoli deu 48 horas para a Câmara prestar informações sobre a tramitação do projeto.

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) para 2022, encaminhado pelo governo ao Congresso Nacional, frustrou as expectativas de servidores e contrariou a promessa do presidente Jair Bolsonaro, de conceder aumento de 5% para o funcionalismo federal no ano que vem. Na peça orçamentária (PLN 19/21), houve pouca clareza em relação à categoria. Na proposta, estão previstas 41.716 novas vagas a serem preenchidas por concurso público e mais 13.300 para promoções e progressões. Mas, devido ao alto número de aposentadorias (em 2020, foram mais de 38 mil), ficou a dúvida se esses preenchimentos serão suficientes para manter a quantidade e a qualidade do atendimento. O secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, deixou claro que eventual espaço orçamentário futuro não garante a correção das remunerações. "Não tem previsão de reajuste. O orçamento já está muito apertado. Tendo algum tipo de mudança por conta dos precatórios, serão definidas prioridades no orçamento”, disse. Ariosto Culau, secretário de Orçamento, contou que os concursos estão detalhados no anexo 5 do Ploa - ainda não divulgado. "Há a necessidade de recomposição da força de trabalho pelo represamento da realização dos concursos nos últimos três anos", admitiu Culau. O economista Gil Castello Branco, especialista em contas públicas da Associação Contas Abertas, ironizou o documento. "O papel aceita tudo. O governo cumpriu o prazo constitucional (31 de agosto), mas encaminhou uma proposta descasada de seus objetivos sociais e políticos. O orçamento definitivo surgirá no Congresso. E a não previsão de reajustes salariais vai ocasionar forte pressão por parte dos servidores civis, há anos sem aumento. O Congresso, em véspera de ano eleitoral, é sensível às pressões, especialmente dos servidores", frisou.

Texto atinge pesquisas e direitos Para que possa valer a partir das eleições de 2022, o Código Eleitoral precisa ser aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro até outubro. Além de compilar a legislação existente, o parecer da relatora traz algumas inovações. Uma das mais polêmicas é a que prevê uma quarentena de cinco anos para militares, policiais, magistrados e membros do Ministério Público que desejarem disputar as eleições. Na sessão de 5ª feira, o líder do governo, Ricardo Barros (PPPR), levou ao plenário a posição do Planalto contrária o dispositivo. "Vou transmitir aqui

Ricardo Barros levou mensagem de Bolsonaro defendendo os militares

um pedido do senhor presidente Jair Bolsonaro no sentido de que não haja quarentena para policiais e militares no Código Eleitoral", disse. Já a proposta de proibir pesquisas eleitorais na véspera e no dia da eleição - como é hoje - e a obrigação dos institutos de informar o percentual de acerto das sondagens realizadas nas últimas cinco eleições são vistas por analistas como instrumentos de censura a informações importantes para o cidadão. Eles afirmam que a proibição de divulgação de pesquisas de institutos confiáveis às vésperas das eleições pode estimular a circulação de fake news.

Reforma do Imposto de Renda favorece parte dos contribuintes G-1

O texto-base da reforma do Imposto de Renda aprovada na Câmara dos Deputados estabelece mudanças para a pessoa física - a medida faz parte do pacote de medidas tributárias proposto pelo governo Jair Bolsonaro. O texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente para entrar em vigor. Para a pessoa física, o projeto atualiza as faixas de renda da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), isentando um número maior de contribuintes. Por outro lado, reduz o limite de desconto simplificado na declaração anual. Na avaliação dos especialistas, boa parte dos contribuintes deve ser beneficiada pela proposta, mas destacam que o efeito da correção da tabela tende a ser praticamente nulo em termos anuais nas faixas de renda

Rodrigo Pacheco dará rumo final à polêmica reforma do Imposto de Renda

mais elevadas.

OS NOVOS ISENTOS

O projeto prevê elevar a faixa de isenção (o ganho mensal livre de imposto de renda) de R$ 1.903,98 para R$ 2,5 mil uma correção de 31%. Com a

nova faixa de isenção, mais de 5,6 milhões passarão a ser considerados isentos e, portanto, deixarão de pagar o tributo. Com isso, os isentos passariam dos atuais 10,7 milhões para 16,3 milhões de pessoas. Já os demais trabalhadores cele-

tistas teriam um desconto menor no contracheque. As demais faixas do IR seriam ajustadas, mas em menor proporção (cerca de 13%). "Pensando num sistema como um todo, a mudança de alargar a base e ter faixas para beneficiar aquelas pessoas com uma renda menor é importante para dar maior progressividade ao sistema", diz Frederico Bastos, professor do Insper. O projeto reduz o limite de desconto simplificado na declaração de ajuste anual para R$ 10.563,60. Pelas regras atuais, o desconto "padrão" (valor que pode ser abatido dos rendimentos, sobre o qual não vai incidir o imposto) é de 20% dos rendimentos tributáveis anuais, limitado a R$ 16.754,34. O abatimento substitui todas as deduções legais da declaração completa, incluindo gastos com educação e saúde.

Relator Artur Maia mantém a estabilidade para os futuros servidores

> ADMINISTRATIVA

Relator modifica texto e mantém a estabilidade para futuros servidores O relator da reforma administrativa, deputado Arthur Maia (DEM-BA), decidiu manter a estabilidade de todos os servidores na reforma administrativa. Desde que o assunto passou a ser discutido na Câmara, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), prometeu que a PEC 32 não acabaria com nenhum direito adquirido dos atuais servidores. Os novos servidores, no entanto, também terão estabilidade - ao contrário do que o governo queria inicialmente. Maia apresentou o parecer sobre a PEC 32 nesta terça-feira (31/8). A expectativa é que ele seja lido nesta quarta (1º/9) às 9h30 na comissão especial que analisa o tema. Ontem, Lira já adiantou que concederá vistas - mais tempo para apreciar a proposta - a todos os partidos. A votação da matéria na comissão deve ocorrer entre os dias 14 e 15 de setembro, o que, segundo ele, deve dar tempo às bancadas para estarem a par do relatório, podendo, assim, sugerir mudanças. "É tempo mais que suficiente para que como sempre todas as dúvidas sejam retiradas, todas as versões sobre o texto sejam banidas", disse o presidente da Câmara, em pronunciamento ao lado do relator e do deputado Fernando Monteiro (PP-PE), que preside a Comissão. Lira ressaltou que apesar de manter a estabilidade, a proposta traz algumas "atualizações" para tornar o Estado mais "leve", "moderno" e para que seja possível mensurar a qualidade dos serviços. Ele assegurou que a vontade do Congresso não é perseguir servidores públicos, mas melhorar a qualidade dos serviços. "Nunca fez parte ou é parte da vontade desse Poder ou do Congresso Nacional fazer verificação de funcionário público e sim do serviço público e é atrás disso que andamos", afirmou. O deputado Arthur Maia explicou que, além dos direitos adquiridos, há a expectativa de que outros benefícios também sejam mantidos. Ele chegou a citar subsídios e gratificações, sem, portanto, dar maiores detalhes. Maia afirmou que os servidores só poderão ser demitidos se tiverem uma avaliação de desempenho insuficiente - algo que se aplica apenas aos novos servidores. O relator disse também que a PEC não detalha de que forma se dará a avaliação de desempenho, mas afirmou que ela indicará certos caminhos. O primeiro deles, segundo o deputado, visa evitar qualquer tipo de perseguição política.


Primeira Edição | 6 a 12 de setembro, 2021

VO O N O M I U R Á CEN

Geral | A5

Atlas da Violência confirma vitória de 'Alagoas contra a criminalidade' Estado é o terceiro do Brasil em redução de homicídios no período entre 2014 e 2019, revela estudo fotos: Divulgação

PE com Agência Alagoas Que a violência de um modo geral teve redução progressiva e sustentável nos últimos seis anos e meio, o alagoano já sabiam, e isso tem ficado evidente na ausência (que antes era diária) de assaltos a bancos, invasões de residências em Maceió, roubos de carga nas rodovias, assaltos a postos de combustíveis, ação de bandidos no interior dos coletivos urbanos, 'saidinhas de banco' e muitas outras modalidades de crime violentos. Agora, mais uma estatística preciosa: o estado de Alagoas registrou uma queda de 46,8% na taxa de homicídios por grupo de cem mil habitantes entre os anos de 2014 e 2019, o que representa a terceira maior redução entre todos os estados brasileiros. Os dados fazem parte do Atlas da Violência 2021, divulgado na terça-feira (31) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. De acordo com o relatório,

Violência recuou com a ‘política de segurança’ de Renan Filho e Gaspar

Alagoas ficou atrás apenas dos estados do Ceará e de São Paulo, que apresentaram redução de 49,4% e 47,9%, respectivamente. Na década entre 2009 e 2019, o estado aparece com a quinta maior redução do país, com uma queda de 43,7%. Ainda de acordo com os números do Atlas, a redução na taxa de homicídios em Alagoas começa notadamente a partir de 2015,

quando ela passou de 62,8 em 2014 para 52,3, seguindo para 54,2 em 2016, 53,7 em 2017 e 43,4 em 2018. Em 2019, segundo o Atlas da Violência 2021, o estado de Alagoas registrou a menor taxa de homicídios desde 2009, com 33,4 a cada 100 mil habitantes. Em 2011, maior taxa registrada na década, foram 71,4 mortes violentas para cada grupo de

Ações efetivas da Polícia estadual derrubam taxa de homicídios e de todos os demais tipos de crimes em Alagoas

100 mil habitantes.

NÚMEROS ABSOLUTOS

O Atlas da Violência registra ainda a variação no número absoluto de homicídios ocorridos em Alagoas entre os anos de 2009 e 2019. Na década avaliada pelo documento, Alagoas aparece com uma redução de 40,5% no número de casos, com

destaque para o ano de 2019. Foram 1.115 casos naquele ano, menos da metade do número de homicídios ocorridos em 2011, pior ano da série histórica, com 2.244 casos. Na comparação com 2018, o Estado passou de 1.441 homicídios para 1.115, uma redução de 22,6%. Os números absolutos registrados entre os anos de 2014 e 2019 também apresentam re-

dução, neste caso, de 46,5%. Os casos começam a cair acentuadamente a partir de 2015, quando passaram dos 2.085 registrados no ano anterior para 1.748. Nos anos seguintes, os registros mostram 1.820 casos em 2016, 1.813 em 2017 - ano em que estourou em todo o país a guerra de facções que elevou o número de mortes - e 1.441 em 2018.

> AVANÇO

Governo do Estado amplia a capacidade de público em eventos no novo decreto Com Agência Alagoas Em novo decreto emergencial, publicado na quintafeira, 2 de setembro, o governo de Alagoas prorrogou a Fase Amarela do Plano de Distanciamento Social Controlado por mais sete dias no estado, mas, desta vez, o documento permite o aumento da capacidade de público em bares, restaurantes, academias, salões de beleza, igrejas e espaços públicos, além de ampliar o número de pessoas em eventos. A renovação tem vigência até as 23h59 do próximo dia 09 de setembro. Alagoas continua avançan-

do na vacinação e apresenta números cada vez melhores nos principais indicadores relacionados à pandemia de Covid19. Mas a pandemia não acabou, inclusive sob a ameaça de novas mutações, como a variante Delta. Por isso, a colaboração da população é fundamental. As regras continuam as mesmas para todos: evitar aglomerações, respeitar os protocolos de distanciamento social, utilizar máscara ao sair de casa e higienizar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool a 70%. Além disso, a busca pela imunização é a principal forma de se vencer o vírus em defini-

Igrejas de Alagoas ganham mais fiéis com flexibilização de novo decreto

tivo. Se você ainda não se vacinou, inclusive com a segunda dose, procure um dos postos em sua cidade - é o para o seu bem e para a proteção de quem você ama. A seguir, as novas medidas estabelecidas pelo decreto: A) Bares e restaurantes passam a operar com 75% da capacidade de público; B) Igrejas e templos passam a poder receber 75% da capacidade de público; C) Academias e clubes passam passam a operar com 75% da capacidade de público; D) Salões de beleza passam passam a operar com 75% da capacidade de público; E) Espaços públicos e priva-

dos podem abrigar práticas esportivas coletivas, sem público e sem limitação de pessoas nas equipes; F) Teatros, museus, circos e cinema passam a operar com 75% da capacidade de público; G) Eventos ao ar livre ampliam a capacidade de 100 pra 200 pessoas, sem venda de ingressos; H) Eventos em locais fechados aumentam a capacidade de 50 pra 100 pessoas, sem venda de ingressos; I) Horário de bares e restaurantes, no fim de semana, amplia para de 05h às 02h da manhã, mantendo o horário, durante a semana, até a meia-noite.

> NESTA 2ª FEIRA

Prefeitura conclui pagamento do BEM e SEMAS combate o trabalho infantil Secom Maceió A Prefeitura de Maceió conclui nesta segunda-feira (6) os pagamentos da segunda parcela do Bolsa Escola Municipal (BEM), pago a todas as famílias de estudantes da rede municipal de ensino. Com valores que vão de R$ 70 a R$ 300, o BEM atende estudantes do Ensino Infantil à Educação Para Jovens, Adultos e Idosos (Ejai). Segundo o secretário de Educação, Elder Maia, a Prefeitura já está em diálogos com a Caixa Econômica Federal para definir o calendário de pagamento da terceira parcela. "Estamos realizando um monitoramento permanente através

do sistema da Caixa e com o banco de dados que temos internamente. O balanço até agora é que tem sido um sucesso, uma grande ação coberta de êxito coordenada pela secretaria.", afirma. Na quinta-feira (2), foi a vez dos nascidos entre setembro e outubro de receberem o benefício. É o caso de Michelle Maximiano Santos Silva, mãe de Micaele Victória e Fabrício Ricardo, de 5 e 8 anos, respectivamente. "Esse auxílio beneficia muitas mães que não tem trabalho, não tem condições financeiras, como eu", diz. Ela conta que recebeu o valor em sua conta da Caixa Tem sem dificuldades, na celeridade que o momento exige. "Ago-

ra tem comida na mesa, a barriga das crianças cheia. Nesse momento de pandemia, isso é muito importante", frisa a mãe.

TRABALHO INFANTIL

Agentes do Município fazem panfletagem contra a exploração infantil

A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), através do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), promoveu, nesta sextafeira (03), ação de conscientização sobre o trabalho infantil na região da Cidade Universitária, parte alta de Maceió. Por meio de entregas de panfletos e colagens de cartazes, os colaboradores da Semas e do Conselho Tutelar da Região VIII passaram nas bancas de frutas e verduras da Feria Livre do Village Campestre e em res-

taurantes e lojas do Graciliano Ramos. Segundo a Coordenadora do PETI, Vitória Ferreira, ações voltadas para a erradicação do trabalho infantil são comuns e acontecem durante todos os meses. Para a colaboradora, é dever do governo e da sociedade civil exterminar essa prática exploratória e incentivar a juventude a estudar. O objetivo principal é sempre conscientizar à população sobre o combate ao trabalho infantil, porque sabemos que o índice referente à exploração desses jovens é enorme. A luta é grande, mas aos poucos estamos mudando a realidade de várias regiões", afirmou Vitória Ferreira.


Primeira Edição | 6 a 12 de setembro, 2021

A6 | Cotidiano

P Í LU L A S D O O U V I D O R Geraldo Câmara

Ouvidor Geral geraldocamara@gmail.com

O SETE DE SEMBRO Lembro-me bem, ainda menino, acompanhado de meus país e indo assistir ao desfile das tropas no Sete de Setembro. No Dia da Independência. No Dia da Pátria. Lembro-me bem de como era bonito o desfile na Avenida Presidente Vargas no Rio de Janeiro, palanque armado e a figura do presidente da república prestigiando e comandando o evento que nos falava de glórias, de "porque me ufano de ser brasileiro", de patriotismo acima de tudo, de amor aos símbolos pátrios e de respeito às leis e aos desígnios do país. As bandeirinhas tremulavam nas mãos das pessoas, nas pequeninas mãos dos pequerruchos e todos nós éramos um só sentimento: Brasil. Hoje, na véspera do Sete de Setembro, vendo tanta gente chamando para manifestação política e não cívica, para tantos achando que a data poderá ser palco para coisas inimagináveis fico a pensar em que país é este em que estamos vivendo o retrocesso de tudo o que aprendemos a ser e a pensar. Que país é este onde os poderes constituídos estão divididos e não são respeitados como deviam? Que país é este onde as autoridades se confundem e se ignoram como tais para se transformarem em pessoas doentes e psiquicamente perturbadas e, com isso, deixando que a grande perturbação seja nacional envolvendo toda a sociedade que parece ter encontrado o seu campo de guerra. Sinceramente, assim como vocês, não sei como será o nosso Sete de Setembro deste ano. Não sei se será pacífico ou se, paralelamente ao desfile oficial vamos ver a ordem conturbada e o país convulsionado com um medo que não poderia haver. De qualquer modo espero pensar naquele dia da Independência como um dia vivi e com o qual ainda sonho. Deus é brasileiro!

D E S TA C Ô M E T R O

Sem dúvida o governador Renan Filho está rindo a toa. Passados 7 anos de seu governo ele vê resultados que esse estado nunca viu a não ser os pontuais. Seu governo o credencia para o que quiser em 2022. E ainda o coloca como líder das negociações. Merece o nosso destacômetro.

Estou escrevendo essa coluna e olhando na parede duas das minhas honrarias recebidas em Alagoas. Uma a de Cidadão Maceioense, a outra de Cidadão Alagoano. Já lá se vão mais de dez anos das duas e o meu coração ainda vibra quando as vejo. O receber títulos dessa grandeza não se resume em se orgulhar, mas em se manifestar de fato e de direito como o cidadão que esperam de você os que lhe outorgaram os títulos. E aí, sim. O seu comportamento é que vai ser o fiador. A propósito, preciso reagradecer e dizer que o de Cidadão Maceioense me foi proposto pela então vereadora Rosinha da Adufal e o de Cidadão Alagoano pelo ainda hoje deputado Ronaldo Medeiros. Sempre procuro retribuir com minha conduta de vida. Mais de 26 milhões de vacinas Covid-19 enviadas em uma semana pelo Ministério da Saúde: o número recorde reflete o ritmo acelerado da campanha de vacinação em todo Brasil. O quantitativo é atingido com a distribuição de mais 17 milhões de doses para todos os estados e Distrito Federal nos próximos dias. Dinho Lopes pediu para dizer: Com todos os cuidados de distanciamento, ambiente aberto, descoberto e arejado, além da disponibilidade

ABRAÇOS IMPRESSOS

Amiga de coração aberto, jornalista de primeira grandeza, colunista esmerada colecionando admiradores, os abraços impressos vão com muito prazer para esta querida figura humana, Gigi Acioly. Com especiais cumprimentos meus e de Vanessa.

de álcool em gel para todos e da proibição da circulação sem máscaras. É o "Samba na Calçada". O reencontro do Samba com Alagoas que reunirá 07 dos melhores representantes do samba do nosso estado. Todos no mesmo lugar e no mesmo dia. Artistas renomados e que foram impedidos de executar justamente a sua profissão. O Samba na Calçada irá reunir no sábado, dia 11 de setembro, a partir das 17 horas, nomes como Igbonan Rocha, Yaldo Leite, Valbocca e Negro Mir . O time feminino vem com Ismair Martins, Negra Gil e Carla Araujo. Fale com Dinho: ZAP 9 99814018. Neste Setembro Amarelo, médicos e enfermeiros que atuam diariamente no SAMU serão capacitados para realizarem atendimentos de pacientes em sofrimento psíquico, quadro que foi agravado devido à pandemia de Covid-19. Suicídios que o digam. Eu sempre digo que ela é a empresária do entretenimento e ela diz que adora o título. Weldja Miranda (foto) quando não está fazendo os seus eventos que tanto gosta cansou de andar pela casa como Zumbi e escreveu o livro "Vai Passar". Está passando, amiga


Primeira Edição | 29 de março a 4 de abril, 2021

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Esportes

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Primeira Edição | 29 de março a 4 de abril, 2021 Opinião - Social

> VENCER E VENCER

Azulão pega o Guarani visando a vitória Equipe precisa reagir fora de casa para recuperar os pontos perdidos no Rei Pelé, empate com o Vila Nova foi uma “derrota” Redação com web A falta de regularidade do CSA explica o momento da equipe na Série B. Sem vencer há três partidas, o time vai buscar a vitória contra o Guarani, desta vez fora de casa. Nas 22 rodadas disputadas até agora, o Azulão só engatou três vitórias seguidas uma única vez (contra Confiança, Coritiba e Brasil de Pelotas). É muito pouco para quem pretende brigar pela parte de cima da tabela. O empate com sabor de derrota diante do Vila Nova, no Rei Pelé, deixou o torcedor preocupado. Além dos resultados negativos, o baixo aproveitamento ofensivo é um problema a ser trabalhado pelo técnico Mozart. Terça, o CSA vai ter que superar outro desafio na próxima rodada: os números como visitante. Jogando longe do Rei Pelé, o aproveitamento é de apenas 40%. São 10 jogos, com quatro vitórias e seis derrotas. Foram nove gols marcados contra 11 sofridos.

fotos: Divulgação

SABOR AMARGO

O técnico Mozart resumiu sua reestreia no comando do CSA. Contra o Vila Nova, o time criou inúmeras chances no primeiro tempo, abriu o placar na segunda etapa, com Dellatorre, mas sofreu o empate nos minutos finais. Por pouco, não sofreu a virada. - Nós tivemos total domínio do jogo. Eu sou um cara bem crítico, mas, realmente, tivemos o domínio do jogo no primeiro tempo, foram 16 cruzamentos, tivemos um volume muito grande, boas finalizações com Gabriel, com Marco Túlio, o próprio Dellatorre, o goleiro foi o grande destaque deles no primeiro tempo - analisou, e prosseguiu: - Voltamos pro segundo, fizemos um gol com o Dellatorre, poderíamos ter matado o jogo, infelizmente, acabamos não fazendo o segundo gol e, numa felicidade do Vila Nova e infelicidade nossa, eles acabaram empatando e fica um gosto bem amargo, assim, infelizmente... Mas vamos lá: é erguer a cabeça, continuar tra-

- Eu vejo que nós criamos algumas situações com as trocas e não vejo que caímos de rendimento. É que o rendimento de quem iniciou o jogo estava muito bom e você entrar no jogo manter esse rendimento não é tão simples assim. Tem alguns jogadores que precisam de ritmo e eu, como treinador, tenho que dar ritmo pra eles e espero que no próximo jogo nós aproveitemos as oportunidades que foram criadas.

PREPARAÇÃO

Mozart vai para o primeiro jogo fora de casa nesse retorno ao CSA, vencer ou vencer, só interessa ao Azulão

balhando, terça-feira tem um jogo importante. Apesar do resultado desagradável, o treinador apontou pontos positivos da equipe azulina contra os goianos. - Mas é exaltar o que esses

jogadores fizeram, um grande jogo. Nós, nos últimos dois dias, os treinamentos eram pra ganhar tempo, assim, talvez eu passei um pouco do ponto no treinamento de quinta-feira, enfim... Aproveitar esses três

dias para descansar os jogadores pra terça. O técnico também comentou a queda de rendimento do time no segundo tempo, principalmente após a saída do meia Gabriel.

O elenco do CSA não teve tempo para descansar. Após o tropeço em casa, contra o Vila Nova, o grupo se reapresentou no último sábado e começou a trabalhar de olho no Guarani. Pela manhã, os jogadores que participaram de todo o jogo dessa sexta fizeram um trabalho regenerativo. Os demais treinaram em campo sob o comando do técnico Mozart. No próximo compromisso, o técnico vai contar com o retorno do lateral-direito Éverton Silva, que cumpriu suspensão no empate contra o Vila Nova.

> NO CAMINHO...

No G-4: Galo tem rendimento superior ao líder Coxa Redação com web O meia Diego Torres voltou ao time titular do CRB e foi um diferencial na vitória contra o Confiança. Foi do pé do argentino que saiu o passe para o gol de Júnior Brandão, o primeiro na vitória por 2 a 1. Com o jogador em campo, os números do Galo ganham expressão. Dos 22 jogos da equipe pelo Brasileiro, Diego Torres participou de 17 (confira a lista ao final da matéria). E o percentual de aproveitamento é de 64,7%, superior ao do Coritiba, líder da competição, que tem 63,6%. Diego conquistou nove vitórias, seis empates e sofreu apenas duas derrotas na Série B deste ano. O meia balançou a rede sete vezes e virou o artilheiro isolado do time (tanto no Brasileiro como na temporada, com 11). O argentino desfalcou o CRB nas derrotas para Avaí (1 a

0) e Guarani (1 a 0), no empate com o Operário (0 a 0) e na vitória contra o Remo (2 a 1). Após três jogos fora da equipe titular, Diego mostrou serviço na Arena Batistão e retorna ao time com propriedade. Contra o Goiás, no próximo sábado, o argentino, provavelmente, será titular. O meia garantiu que pretende concluir o contrato com o CRB até o fim do ano. - Quero ficar no CRB, tenho contrato até o final do Brasileirão. Sou muito grato ao torcedor por todo o carinho. Se Deus quiser, estaremos juntos comemorando o acesso no final do ano. Jogos do CRB no Brasileiro com Diego Torres 1ª CRB 2 X 2 REMO R e i Pelé 2ª Cruzeiro 3 x 4 CRB Mineirão 3ª CRB 3 x 2 Confiança

Rei Pelé 18ª Vitória 1 x 1 CRB Barradão 21ª CRB 0 x 0 Cruzeiro Rei Pelé 22ª Confiança 1 x 2 CRB Batistão

LEI DO EX!

Argentino Diego Torres comemora o gol marcado com a camisa do CRB

Rei Pelé 4ª Goiás 1 x 0 CRB Serrinha 5ª Vasco 3 x 0 CRB S ã o Januário 6ª CRB 2 x 1 Brasil de Pelotas Rei Pelé 8ª CRB 1 x 1 Náutico Rei Pelé 9ª CSA 0 x 1 CRB R e i Pelé

10ª CRB 2 x 1 Botafogo Rei Pelé 12ª CRB 2 x 1 Vila Nova Rei Pelé 13ª Coritiba 1 x 1 CRB Couto Pereira 15ª CRB 1 x 1 Ponte Preta Rei Pelé 16ª Londrina 0 x 2 CRB Estádio do Café 17ª CRB 3 x 0 Brusque

A próxima rodada do Brasileiro vai marcar o reencontro do CRB com velhos conhecidos. O mais badalado é o comandante do Goiás. Em novembro de 2020, o técnico Marcelo Cabo aceitou o convite do Atlético-GO e trocou Maceió por Goiânia. O treinador carioca comandou o Galo entre os anos de 2019 e 2020. Ao todo, disputou 53 jogos pela equipe regatiana e conquistou 21 vitórias. Comandando o CRB, Marcelo Cabo comemorou o título do Campeonato Alagoano de 2020. Desde a saída do CRB, Marcelo Cabo comandou o Atlético-GO e o Vasco antes de acer-

tar com o Goiás. Pelo Dragão, disputou 22 partidas e somou 10 vitórias; com o Gigante da Colina, foram 29 jogos e 13 vitórias. Além de Marcelo Cabo, dois jogadores que já defenderam o clube defendem hoje o Goiás. Um deles é o lateral-esquerdo Hugo, que trocou o Ninho do Galo pelo CT Edmo Pinheiro. Contestado pela torcida regatiana, o lateral ganhou oportunidade no Goiás e já disputou 15 partidas pelo Esmeraldino. O outro atleta do Verdão que atuou pelo CRB é o meia Élvis. Ele passou por Alagoas na temporada de 2017. Em 22 jogos pelo Galo, marcou dois gols e deu quatro assistências. Deixou o CRB para atuar o Criciúma e passou por Oeste e Cuiabá até acertar com o Goiás. CRB x Goiás promete muito para este sábado, equipes estão no G-4.


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Esportes | B3

> CLÁSSICO DA QUARENTENA

Polêmica: Anvisa barra Brasil x Argentina Quatro jogadores argentinos são retirados de campo, duelo não continua, autoridades tentaram rever o impasse, nada feito Redação com web Funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) paralisaram a partida entre Brasil e Argentina, no último domingo, aos cinco minutos de jogo. A ação se deu por conta da presença de quatro jogadores argentinos que passaram pela Inglaterra e, pelo protocolo contra a covid-19, precisariam passar por um período de quarentena antes de transitarem pelo país. Ednaldo Rodrigues, presidente em exercício da CBF salientou que: "todos levaram um susto. Primeiro quero dizer que é lamentável um episódio desse tipo. Brasil e Argentina desperta o interesse de todo mundo. Há três dias, pelo o que tomamos conhecimento, a Anvisa já estava acompanhando a seleção da Argentina. Se estava acompanhando, e tem o protocolo da Anvisa. Nos causou muita estranheza deixar para depois que o jogo se iniciasse. Em momento algum a CBF foi parte, por quem quer que seja, com relação a qualquer negociação para retirar atletas da equipe. Muito pelo contrário, a CBF respeita as normas sanitárias, isso seria uma situação da Conmebol com a Anvisa. Ainda antes da partida se iniciar, o delegado da partida disse que poderiam jogar, para depois serem deportados. Mas depois, por um motivo que a CBF não conhece, mudaram."

fotos: Divulgação

DISPARA!

Lionel Scaloni, técnico da Argentina, lamentou a interrupção do jogo contra o Brasil logo no início, neste domingo, na Neo Química Arena, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. Agentes da Anvisa e da Polícia Federal entraram em campo para retirar quatro jogadores da Argentina durante o primeiro tempo da partida. Os jogadores que não podiam ter entrado em campo são: o goleiro Emiliano Martinez, os meia Emiliano Buendia e Giovani Lo Celso e o zagueiro Cristian Romero. Os quatro atuam na Inglaterra. - Eu fico muito triste e não busco nenhum culpado. Se passou ou não passou algo, não era o momento para fazer essa intervenção - disse Scaloni. - Tinha que ter sido uma festa para todos. E eu, como técnico, tenho que defender meus jogadores. Em nenhum momento nos notificaram que (os quatro jogadores) não podiam jogar a partida. Queriamos disputar o encontro, e os jogadores do Brasil também - completou. A bola estava rolando e o jogo foi paralisado com seis minutos de partida. Em seguida, todos jogadores da Argentina saíram e foram para o vestiário na Neo Química Arena. Os quatro jogadores da Argentina foram ameaçados pela Anvisa (Agência Nacio-

Brasil e Argentina é suspenso após Argentina desrespeitar protocolos sanitários estabelecidos pela Anvisa

nal de Vigilância Sanitária) de deportação, mas mesmo assim seguiram para o jogo. A Conmebol e a CBF entraram em contato com Governo Federal para administrar a situação. O protocolo de Covid-19 teve aceite de todos países que participam das competições da Conmebol - como Libertadores, Sul-Americana e, claro, Eliminatórias. A portaria nº 655, de 23 de junho de 2021, estabelece regras para a entrada de estrangeiros no Brasil durante a pandemia de Covid-19, e diz o seguinte: § 7º O viajante que se en-

quadre no disposto no art. 3º, com origem ou histórico de passagem pelo Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, pela República da África do Sul e pela República da Índia nos últimos quatorze dias, ao ingressar no território brasileiro, deverá permanecer em quarentena por quatorze dias.

POLÊMICA

Agentes da Anvisa e da Polícia Federal entraram em campo para retirar quatro jogadores da Argentina durante o primeiro tempo da partida contra o Brasil, na Neo Química Arena, pelas Eliminatórias da Copa

do Mundo. São eles: o goleiro Emiliano Martinez, os meia Emiliano Buendia e Giovani Lo Celso e o zagueiro Cristian Romero. Os quatro atuam na Inglaterra. A bola estava rolando e o jogo foi paralisado com seis minutos de partida. Em seguida, todos jogadores da Argentina saíram e foram para o vestiário na Neo Química Arena. Os quatro jogadores da Argentina foram ameaçados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de deportação, mas mesmo assim seguiram para o jogo. A

Conmebol e a CBF entraram em contato com Governo Federal para administrar a situação. O repórter Eric Faria, da TV Globo, flagrou conversa entre Tite, Lionel Scaloni, Messi, Neymar e outros jogadores. O craque argentino dizia: - Por que não autuaram antes? - disse o jogador, já de colete, dentro de campo. Ao questionar Scaloni se iria jogar, Eric Faria ouviu: - Eu não decido - respondeu. Durante a transmissão da partida, Galvão Bueno fez contato com Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, que explicou ao vivo na TV Globo a situação: - São quatro jogadores. Eles, ao chegarem em território nacional, apresentam a declaração de saúde do viajante. Neste documento não falava que eles passaram por um dos três países que estão restritos, justamente para a contenção da pandemia. Mas depois foi constatado que eles passaram pelo Reino Unido. Foi constatado entre ontem de noite e hoje. Chegamos nesse ponto porque tudo aquilo que a Anvisa orientou, desde o primeiro momento, não foi cumprido. Eles tiveram orientação para permanecer isolados para aguardar a deportação. Mas não foi cumprido. Eles se deslocam até o estádio, entram em campo, há uma sequência de descumprimentos - disse o dirigente.


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B4 | Diário Oficial dos Municípios

> HOLANDÊS VOADOR

Líder: Verstappen sobra e vence em casa Correndo em casa, holandês segurou Hamilton ao longo das 72 voltas no retorno do Circuito de Zandvoort para a categoria GE Max Verstappen finalmente ganhou uma vitória em casa para chamar de sua. De ponta a ponta, o piloto da RBR venceu o GP da Holanda no último domingo, no retorno do Circuito de Zandvoort para o calendário da Fórmula 1 após 36 anos de ausência. Sua sétima vitória em 2021, diante da muralha laranja nas arquibancadas, concluiu um fim de semana dominante sem dar espaço para Lewis Hamilton, que ficou em segundo e viu o rival recuperar a liderança do campeonato de pilotos. Valtteri Bottas, companheiro do heptacampeão, chegou em terceiro. Partindo da pole position ao lado de Hamilton, Verstappen saiu na frente logo nos primeiros metros da corrida e administrou a posição de ponta a ponta, perdendo a liderança apenas nas paradas, temporariamente. Embora a vantagem sobre o rival durante a disputa não tenha sido discrepante, o holandês conseguiu mais ritmo para repelir as tentativas de estratégia da Mercedes. O triunfo é também o 17º da carreira do piloto da RBR, que já veio de vitória na etapa da última semana, no GP da Bélgica.

Com os 25 pontos, ele anula a diferença de três pontos que tinha para Hamilton e, mesmo com a volta mais rápida do adversário, recupera a liderança do campeonato de pilotos somando 224,5 pontos contra 221,5. Bottas, com o terceiro lugar, superou Lando Norris e assumiu o terceiro lugar na tabela. A Mercedes, por outro lado, se beneficiou dos problemas de Sergio Pérez, colega de Verstappen na RBR. O mexicano, que largou do pitlane, fez uma boa prova de recuperação para terminar em décimo e foi eleito o piloto do dia. Mesmo assim, a heptacampeã de construtores somou mais pontos com sua dupla e sustentou a liderança do Mundial de Equipes com 344,5 pontos contra 332,5 da rival austríaca. A 14ª etapa da temporada 2021 da Fórmula 1 será no próximo domingo, 12, com o GP da Itália no Autódromo de Monza.

OS TRÊS PRIMEIROS

VERSTAPPEN: "As expectativas aqui eram tão altas e isso nem sempre é fácil. Mas é uma sensação incrível e a multidão aqui foi incrível, como você pode ver. Podemos ficar muito satisfeitos com o desem-

fotos: Divulgação

deu a partir do sétimo lugar, antes ocupado por Antonio Giovinazzi; o italiano da Alfa Romeo, foi de cara ultrapassado por Fernando Alonso, Esteban Ocon e Daniel Ricciardo, caindo para décimo à frente de George Russell.

MOMENTOS-CHAVE

Triunfo é também o 17º da carreira do piloto da RBR, que já veio de vitória, na última semana, no GP da Bélgica

penho de toda a equipe hoje". HAMILTON: "Que corrida, que multidão, foi um fim de semana incrível. Max fez um trabalho incrível, parabéns a ele". BOTTAS: "Tentamos uma estratégia de parada única, então foi uma longa jornada para mim no início. No final, não tínhamos ritmo suficiente para

incomodar a RBR. A multidão aqui tem sido muito boa durante todo o fim de semana e muito favorável, então quero dizer obrigado".

A LARGADA

Diferente das duas últimas provas, a largada foi tranquila e alterou pouco a dinâmica definida pela classificação deste

sábado. Max Verstappen disparou na frente, sem chances de Lewis Hamilton, em segundo, atacar; atrás, Valtteri Bottas encostou no companheiro da Mercedes, mas recolheu o carro e manteve o terceiro posto, assim como Pierre Gasly, em quarto, Charles Leclerc e Carlos Sainz em quinto e sexto. A principal mudança se

1. Verstappen conseguiu rapidamente estabelecer uma diferença de, em média, 3s5 sobre Hamilton. No entanto, o heptacampeão segurou a desvantagem e manteve-se perto do rival, assim como Bottas, ameaçando as possibilidades de estratégia do piloto da RBR em suas primeiras parada 2. Assim como a largada, as primeiras voltas da prova foram tranquilas. Em um dos poucos confrontos do momento, a dupla da Alpine ensaiou uma disputa, com Ocon de olho na sétima colocação do colega Alonso. O francês chegou a encostar no bicampeão, tentando passar por fora, mas não conseguiu a ultrapassagem e reclamou da lentidão do espanhol na pista. Agora é aguardar mais uma etapa da Formula 1, pilotos equipes e, principalmente torcedores, têm a certeza que muitas emoções estão por vir nas sinuosas pistas da F1.

> PEDIU O CINTURÃO

Brunson domina Darren Till e finaliza com mata-leão Combate

Americano tem atuação soberana diante do inglês e usa jogo de quedas

Derek Brunson protagonizou um monólogo na luta principal do UFC Brunson x Till, no último sábado, em Las Vegas (EUA). Contra Darren Till, o americano dominou o rival com seu jogo de quedas e conseguiu a finalização com um mata-leão aos 2m13s do terceiro round para engatar seu quarto resultado positivo consecutivo. Número 5 do ranking, o lutador agora se aproxima de chance de disputar o cinturão em breve. Já o inglês perdeu pela terceira vez nas últimas quatro atuações.

Till iniciou melhor, controlando bem a distância. Ciente do perigo da luta em pé, o americano conseguiu uma queda antes da metade do primeiro round. Ele estabilizou a posição, deu pouco espaço para o inglês e golpeou no ground and pound por cerca de dois minutos, quando Till conseguiu ficar de pé. Brunson tentou repetir no segundo assalto a estratégia que deu certo e buscou a queda o tempo todo. O inglês resistiu na primeira investida, mas na seguinte foi colocado com as costas no solo e controlado até o cronômetro zerar. Após perder dois rounds, Till voltou agressivo para o terceiro assalto e encaixou bons golpes. Quando o momento parecia ficar favorável ao inglês, Brunson mostrou senso de urgência, entrou nas pernas do rival, conseguiu a queda, dominou as costas e encaixou o mata-leão para encerrar o confronto.

ASPINALL VENCE SPIVAC

No co-evento principal do evento, Tom Aspinall tomou a iniciativa, caçou o adversário octógono e conseguiu nocautear Serghei Spivac aos 2m30s do primeiro round. O inglês defendeu uma tentativa de queda no início e, na primeira investida mais incisiva, acertou uma joelhada e uma cotovelada de direita que levou o moldavo ao solo. Ele concluiu o serviço no ground and pound, forçando a interrupção do árbitro central.

ROUNTREE

Khalil Rountree reencontrou o caminho das vitórias de maneira inusitada. Dominante desde os primeiros movimentos, ele não deu chance para Modestas Bukauskas e conseguiu o nocaute técnico.


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Opinião |B5

A foto do fato

Editorial

A nova crise energética

A forte dependência brasileira da energia elétrica produzida, principalmente, pelas grandes hidrelétricas - enquanto as fontes alternativas ainda engatinham, como a própria geração de energia solar - mantém o Brasil, sob risco senão constante, mas ao menos periódico, de crises como a atual. Claro, óbvio que a presente crise energética resulta, não de fatores humanos, mas de um fenômeno natural - a escassez de chuvas nas áreas dos grandes reservatórios - mas é o tipo da situação que poderia, sempre que ocorresse, ter efeitos menos dramáticos. Por exemplo, um estímulo maior e permanente à economia de energia nas residências (sem ônus posterior) e um incentivo à adoção de equipamentos de energia alternativa, como a solar. O histórico apagão ocorrido em 2001 deveria, mas lamentavelmente não serviu de alerta às autoridades, tanto que a cada governo e a cada escassez de quedas pluviais, o nível dos reservatórios cai e as crises se repetem. Os governos - e não apenas o de Jair Bolsonaro - precisam entender quer o planeta passa por um período de importantes mudanças climáticas. Logo, países como o Brasil, ainda muito dependentes de energia hidroelétrica, precisam adotar medidas efetivas, não para evitar as crises, mas para mitigar seus efeitos. Aqui, impõe-se a abordagem de duas questões: 1 - quantos bilhões de reais ganham as termoelétricas acionadas, como agora, para garantir o suprimento energética diante do esvaziamento dos reservatórios das hidroelétricas? 2 - por que o governo, que sanciona tranquilamente gastos absurdos e improdutivos - como os bilhões de reais que se destinam ao financiamento das campanhas eleitorais a cada dois anos - não implanta suas próprias termoelétricas? Esta última seria a medida ideal para resolver a deficiência no suprimento energético em tempos de crises como a atual. Mesmo porque oferecer desconto aos consumidores residenciais não passa de um truque barato, uma vez que, bancado pelo chamado Encargo do Serviço do Sistema, o desconto Em vez de desfile com tropas e blindados no asfalto (cancelado devido à pandemia) o 7 de Setembro deste ano vai ter manifestações e acaba, mais adiante, sendo pago pela própria população. protestos disseminados por todo o País. Em Brasília, Congresso Nacional e Supremo Tribunal montaram esquemas de segurança máxima.

Independência sem mortes

Com inflação não se brinca

tempos se revezaram no Estamos nos aproximando de poder exermais um 7 de setembro, data em cendo inque celebramos a independência fluências para da pátria acontecida em 1822, sonegar aos evento cuja história tem como seus semecontexto a realidade de uma lhantes o dicolônia por anos dominada pela reito a saúde, Coroa Portuguesa, que apesar de segurança e haver muito se beneficiado das principalmente educação, deinossas riquezas, não se pode xando de oferecer-lhes condições negar, foi a grande responsável de serem realmente libertos. por manter integro o território A independência é um desejo brasileiro ante as investidas de construído desde a infância. Rediferentes povos europeus. cordo época em que com somenEm minha juventude, encantava- te quatorze anos de idade, inime quando juntamente com ciando a minha vida como docolegas de escola, preparava-me cente voluntário no Colégio Magarbosamente para participar do rista de Maceió quando durante desfile no dia 16 de setembro, o dia estudava, enquanto a noite relembrando 1817 quando Ala- no mesmo prédio, funcionava a goas quebrou amarras, emanci- Escola Champagnat, frequentada pando-se de Pernambuco. por alunos carentes da região, Se por um lado a independência onde lecionava disciplinas diverdo Brasil foi sas. Desde então impulsionada acalentava o anapós o depósito seio de ser dono em cofres lusido meu próprio “Muito cedi, tanos de indeninariz. acreditei ser o zação equivaMuito cedo, lente a dois miacreditei ser o saber a ferramenlhões de libras saber a ferrata necessária ao esterlinas, para menta necessáassim reconhedesenvolvimento ria ao desenvolcer a situação vimento de um de um povo” autorizando a povo. Justamencoroação de te por tal motiDom Pedro covo, entendo que mo o primeiro imperador do no- pensar em liberdade exige do hovo pais, por outro, a Terra dos mem uma boa compreensão do Marechais apesar de politica- mundo globalizado, sendo a culmente segregada da Veneza Bra- tura uma arma importante na sileira, permaneceu por muito padronização das atitudes do tempo ainda umbilicalmente vin- indivíduo para que tal aconteça. culada ao estado vizinho. Em contraponto ao pensamento Lembro bem quando no final do de D. Pedro I extravasado às marséculo passado, pessoas busca- gens do Riacho Ipiranga, só terevam em Recife, médicos, dentis- mos no Brasil, a Independência tas, cabeleireiros, fotógrafos, sem mortes por fome, violência e costureiros, colégios e universi- ignorância quando entendermos dades. Eu mesmo viajei até lá a educação como um processo acompanhado de meu pai com o que oferece formação melhor objetivo de contratarmos um qualificada nas suas diversas alfaiate para confeccionar as rou- fases, possibilitando às pessoas o pas que seriam usadas em meu desenvolvimento de uma conscasamento. Férias? O chique era ciência crítica e seu comprometio hotel Tavares Correia em Gara- mento com a transformação da nhuns. sociedade. Através das décadas que se sucederam o Brasil apesar de separa(*) Presidente da Academia do dos lusitanos, permaneceu tiAlagoana de Letras rantado pela ganância de autoridades brasileiras que através dos

Marcus Pestana (*)

Alberto Rostand Lanverly (*)

Se não bastassem os graves efeitos da atual crise, um assunto volta a povoar as preocupações da sociedade brasileira: a inflação. Na história econômica do capitalismo brasileiro, a inflação alta é uma característica crônica. As novas gerações não vivenciaram na pele os efeitos de uma inflação alta, graças ao êxito do Plano Real, desencadeado em 1994, um dos mais engenhosos e bem sucedidos planos de combate à inflação de todo o mundo. O Brasil conviveu com índices anuais de inflação de dois dígitos em todos os anos de 1954 a 1994, chegando em muitos deles a mais de 200%. O recorde foi em março de 1990 com um índice de 83,95% em um único mês. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), divulgou a revisão de sua projeção de inflação medida pelo IPCA para 2021 de 5,9% para 7,1%. Isto é muito superior ao centro da meta inflacionária de 3%. Seria um movimento episódico em função da pandemia ou uma tendência de perda de controle? É cedo para dizer, mas com inflação não se brinca. Algumas correntes teóricas equivocadas defendem uma certa complacência com a inflação em troca de um índice maior de crescimento da economia. Mas a inflação, a partir de certo nível, ganha dinâmica própria e acarreta graves consequências sociais e políticas. Basta lembrar a experiência histórica mais emblemática, a hiperinflação alemã da República de Weimar, que chegou a 29.500% ao mês entre 1922 e 1923, e foi

a incubadeira do "ovo da serpente" nazista. Claro que estamos longe disso. A inflação é caracterizada pela alta geral, contínua e persistente dos preços. Quando cresce a patamares elevados torna "o orçamento familiar uma peça de humor negro e o orçamento público uma obra de ficção" como certa vez descreveu o professor Luiz Gonzaga Belluzzo. A inflação se transforma num biombo atrás do qual se operam brutais transferências de renda. É um tema de

“Correntes teóricas equivocadas defendem certa complacência com a inflação em troca de crescimento da economia” fácil percepção popular. A carestia dos alimentos e a inflação geral é sentida por todas as donas de casa no supermercado e por todos os trabalhadores. A inflação já elegeu e derrubou governos. As causas da inflação brasileira são várias. Déficits públicos, quando financiados por expansão monetária, podem pressionar os preços pelo aumento da demanda, se não

houver capacidade ociosa na economia. Choques de custos resultantes do encarecimento das importações ou até de fatores climáticos, como os atuais aumentos da energia e dos alimentos, também têm o seu papel. As incertezas quanto ao futuro político e econômico, como também ocorre em nossos dias, podem desencadear posturas defensivas na fixação dos preços. A estrutura oligopolizada gerando baixa concorrência e o fechamento da economia que inibe a competição, como é nosso caso, também resultam em inflação. A queda da produtividade que determina baixa eficiência e competitividade também alimenta a espiral. A rigidez do mercado de trabalho excessivamente regulado gera inflação. E o componente inercial, que esteve fortemente presente no Brasil no início dos anos de 1980 e início dos 90, provoca uma dinâmica autônoma onde inflação gera mais inflação. Portanto, as políticas clássicas ortodoxas de aperto fiscal e monetário são insuficientes. O buraco é mais embaixo. Temos que persistir na transformação estrutural da economia através das reformas para que a estabilidade conquistada pelo Plano Real seja preservada. (*) Ex-deputado federal

Ainda sobre a reforma tributária Alexandre Rands (*) Semana passada ocorreram novas discussões sobre a reforma tributária. Eram três os objetivos básicos: (i) reduzir a complexidade e consequentes custos para pagar impostos, assim como os contenciosos tributários; (ii) manter a carga tributária atual, com aumento apenas para alguns que pagam muito pouco em relação as suas rendas; e (iii) aumentar a progressividade dos tributos, fazendo com o que os ricos pagassem proporcionalmente maior percentual de suas rendas. Na redução da complexidade, a ideia era: (i) evitar impostos em cascata; (ii) reduzir o número de impostos e (iii) diminuir a quantidade de horas necessárias nas empresas para se apresentar informações tributárias aos diversos órgãos. Infelizmente, o conjunto de propostas do governo federal abandonou esses objetivos. No que diz respeito à reforma do imposto de renda, ele elevaria a complexidade, a carga tributária e continuaria permitindo a alguns segmentos sociais de renda alta pagarem pouco imposto proporcionalmente a suas rendas (incentivo a pejotização, por exemplo). A junção de PIS/COFINS, incluída na outra parte da reforma tributária do governo federal, traz pouca simplificação e aumento de carga tributária. Também foge aos objetivos básicos. Esta semana, o esforço e a liderança de nosso secretário da Fazenda, Décio Padilha, liderando o conselho de todos os secretários

de fazenda estaduais do país, trouxe de volta a possibilidade de voltar a se por ênfase na PEC 110, que é a proposta de reforma tributária em análise no Senado. Certamente, traria uma reforma muito melhor do que os arremedos tentados pelo governo federal. Ela prevê a unificação de vários impostos indiretos, incluindo PIS/COFINS, ICMS, ISS e outros mais. Isso sim traria simplificação e homogeneização entre as cargas tributárias das empresas operando nas várias unidades federativas. Talvez pudesse

“A distribuição da carga tributária entre entes federados poderia ser paulatinamente ajustada para manter o equilíbrio” reduzir, a menos da metade, o esforço para pagamento de tributos e reduziria substancialmente os contenciosos tributários. A distribuição dessa carga tributária entre entes federados poderia ser paulatinamente ajustada para manter o equilíbrio. Ou seja, ela representa uma excelente base inicial para

as discussões sobre a reforma tributária. No entanto, após o consenso entre estados e aceitação de análise pelo executivo, os prefeitos já criaram problema, discordando dela, sem grandes motivos para tal. Apenas revelam medo de perder o controle do ISS. Isso só se justifica por ignorância ou apego a ter um instrumento de corrupção em mãos. Pois dentro de um IVA nacional, reduzem-se as possibilidades de criar regras locais que sejam de difícil satisfação e por tal sujeitas a erros frequentes nas declarações das empresas. Daí vem a fiscalização para extorquir o setor empresarial. As velhas práticas brasileiras sempre dificultam qualquer iniciativa de melhoria do nosso ambiente institucional. No entanto, há ainda esperança de que a proposta do senado evolua, apesar de as chances serem pequenas, pois o presidente só está preocupado em viabilizar seu golpe de estado ou reeleição. Com a falta da liderança necessária, fica difícil evoluir em assunto que possui tantas fontes de conflitos, como uma reforma tributária. (*) Economista

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Primeira Edição | 6 a 12 de setembro, 2021


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