Câmara rejeita PEC do voto impresso com "não" de deputada alagoana Tereza Nelma

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JHC ou Rodrigo Cunha para disputar governo? > A-3 Pazuello nega fala de Miranda O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, negou que tenha recebido pressão do deputado Artur Lira, para liberar dinheiro destinado a municípios indicados pelo parlamentar, segundo declaração do deputado Luís Miranda à Polícia Federal. > A-2

edição PRIMEIRA

Mega-Sena vai a R$ 65 milhões Ninguém ganhou a Mega-Sena deste sábado (7). Foram sorteadas as dezenas 06 - 14 - 20 39 - 46 - 48. Acumulado, o próximo prêmio está estimado em R$ 65 milhões. Quem fez a Quina vai receber R$ 60,8 mil. A Quadra vai pagar R$ 1.133 a cada acertador.

Ano 13 | Edição 938 | Maceió, Alagoas, 9 a 15 de agosto, 2021 | R$ 2,00

Câmara rejeita PEC do voto impresso com 'não' da deputada alagoana Tereza Nelma Presidente da Casa, Artur Lira sinaliza que texto ainda pode ir a plenário, com risco de o governo sofrer nova derrota De lavagem (23 votos a 11) a comissão especial da

Câmara rejeitou parecer favorável à Proposta de

Emenda Constitucional que ressuscita o voto impresso.

Conjunto da Lagoa poderá ser ocupado em dezembro

A deputada alagoana Tereza Nelma (PSDB) votou pe-

la derrubada da PEC. O presidente Artur Lyra diz

que o texto ainda vai ser levado ao plenário. > A-2

Vereador propõe cemitério vertical na capital alagoana

Primeira Edição

fotos: Divulgação

Com obras avançadas, o Conjunto Parque da Lagoa poderá receber muitas famílias antes do final deste ano

Cemitério vertical tem sido uma solução para superar falta de espaços em centros urbanos ‘congestionados’

Com custo de R$ 170 milhões e financiando pelo governo federal, o Conjunto Parque da Lagoa, em construção na área

Cemitério vertical em Maceió? É o que está em debate na Câmara Municipal, com proposta favorável do vereador Oli-

do Dique-Estrada, poderá ter 50% das unidades ocupadas já em dezembro vindouro, desarmando as favelas. > A-5

veira Lima ante a escassez de espaços nos cemitérios públicos. IML acumula corpos por falta de vagas nos cemitérios. > A-5

Humberto prepara STJ para novos ministros O ministro alagoano Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de

Justiça, marcou para esta 2ª feira (9) a sessão que decidirá as regras para a

escolha de dois novos ministros. A nomeação será feita em breve pelo presi-

dente Jair Bolsonaro para preencher as vagas de Napoleão Nunes Maia e Néfi

Cordeiro, que estão se aposentando. Os futuros ministros sairão da Justiça

Federal, cujos Tribunais deverão enviar listas com nomes ao STJ. > A-2

Brasil é Bi no futebol masculino e bate recorde em Pódio Olímpico A seleção brasileira conquistou a segunda medalha de ouro no futebol masculino olímpico ao vencer a Espanha por 2x1. O herói do sensaciional duelo foi Malcom com uma assistência e o gol da vitória na prorrogação. O Brasil superou o recorde de 19 medalhas conquistadas em 2016 no Rio, com 8 ouros contra 7. > ESPORTES

Bolsa Família criado por Lula terá nova denominação: ‘Auxílio Brasil’

Criado por Lula em 2003, Bolsa Família dará lugar a ao ‘Auxílio Brasil’, o novo programa em gestação Brasileiros comemoram Bi Olímpico no futebol masculino, que ajudou a quebrar nosso recorde de medalhas

CSA só empata com Avaí em casa: 0x0 > B

O governo já tem pronto a MP que vai criar o 'Auxílio Brasil', programa de distribuição de renda que substituirá Bolsa Família, mas valor não será R$ 400. > A-4

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Primeira Edição | 9 a 15 de agosto, 2021

A2 | Política

S O V O ES N S DOI GRANT E T N I PE com Correio Braziliense

Presidente do Superior Tribunal de Justiça, o alagoano Humberto Martins convocou para esta segunda-feira, 9 de agosto, a sessão que decidirá regras para escolha de dois novos ministros do STJ. É que o presidente Jair Bolsonaro vai nomear em breve dois ministros para o Superior Tribunal: estão abertas as vagas de Napoleão Nunes Maia e Néfi Cordeiro, que se aposentaram. São duas vagas da Justiça Federal. Por isso, os Tribunais Regionais Federais deverão encaminhar nomes ao STJ. Os ministros, então, deverão formar duas listas tríplices, ou uma com quatro candidatos, para que Bolsonaro escolha dois ma-

Humberto Martins organiza regras no STJ para Bolsonaro nomear ministros Futuros ministros vão suceder Napoleão Nunes Maia e Néfi Cordeiro, que estão se aposentando gistrados. Em seguida, os escolhidos serão submetidos a uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça e ao plenário do Senado. Serão as primeiras nomeações de Bolsonaro na corte responsável pela formação da jurisprudência do país. Napoleão Nunes Maia saiu na aposentadoria compulsória, ao completar 75 anos. Já Néfi Cordeiro se antecipou. Aos 57 anos, anunciou, em março, que deixaria a toga, depois de apenas sete anos no STJ. Assim, estão abertas vagas para ministros na 1ª Turma, de Direito Público, e na 6ª Turma, de Direito Penal. Até o fim do mandato, Bolsonaro poderá escolher mais um ministro: o substituto de

fotos: Divulgação

Alagoano Humberto Martins define regras para escolha de novos ministros

Napoleão Maia é um dos ministros que estão se aposentando no STJ

Félix Fischer, que se aposenta compulsoriamente em agosto de 2022. Neste caso, o futuro ministro será oriundo do chamado quinto constitucional. Fischer

didas da seguinte forma: um terço entre membros dos Tribunais Regionais Federais e um terço entre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elabora-

entrou em vaga do Ministério Público, mas, pela regra da alternância, agora é a vez de a OAB indicar. A Constituição estabelece que as cadeiras do STJ são divi-

da pelo próprio STJ; um terço, em partes iguais, entre advogados e membros do Ministério Público Federal, estadual, do Distrito Federal e dos Territórios, alternadamente.

> SEM ORÇAMENTO

Auxílio Brasil vai substituir Bolsa Família e Lira nega aumentar valor para R$ 400 O novo programa social que substituirá o Bolsa Família, confirmado pelo presidente Jair Bolsonaro se chamará Auxílio Brasil. O site Congresso em Foco teve acesso à minuta da Medida Provisória que institui, além do novo programa de transferência de renda, o Alimenta Brasil, que incentivará a agricultura familiar e a valorização dos alimentos produzidos por ela. A minuta da MP está sendo discutida na Casa Civil. Enquanto isso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira afirma que não há conversas para instituir um novo Bolsa Família (ou outro programa desse gênero) no valor de R$ 400, como o presidente Jair Bolsonaro tem prometido. Segundo o deputado, o

programa social de transferência de renda do governo será gestado por meio de uma Medida Provisória e não via Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Lira negou que a PEC dos precatórios seja para abrir espaço orçamentário ao programa. "Foi criada essa versão de que essa PEC seria votada para que se abrisse valor para criar o Bolsa Família, o Bolsa Verde e Amarela ou Bolsa Brasil de R$ 400. Não há possibilidade de estourar teto no Brasil a depender da vontade do legislativo. O Bolsa Família virá por MP própria, dentro do Orçamento, dentro do teto de gastos, com um valor médio planejado em torno de R$ 300. Isso é o que está sendo comentado", diz ele.

Criado por Lula em 2003, o Bolsa Família virou ‘reduto eleitoral’ e vai ser substituído pelo novo ‘Auxílio Brasil’

"Não houve essa conversa de R$ 400, não há essa conversa de Bolsa Família dentro de PEC, não há essa conversa de furar teto de gastos. O novo programa social é justo para os mais pobres, porque em todo esse contencioso da pandemia, inflação, dólar alto, são aqueles que sentem os efeitos da inflação para subsistir. Essa é uma discussão importante, mas dentro do limite, dentro do teto de gastos", garantiu Lira. Na terça-feira, Bolsonaro disse, em entrevista à TV Asa Branca, de Caruaru (PE), que o governo está estudando um aumento de 100% no valor do Bolsa Família, que passaria a ser de cerca de R$ 400. Mas não há margem orçamentária para isso.

> DEPUTADO REBATE

Miranda acusa Artur Lira e cita Pazuello, em revelação à PF, mas ex-ministro nega O Globo

BRASÍLIA - O deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) relatou em depoimento à Polícia Federal, na semana passada, que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse a ele ter recebido pressão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para liberar recursos da pasta. O GLOBO obteve o vídeo da oitiva do parlamentar, ocasião em que ele conta também que Pazuello teria dito que havia "sacanagem" no ministério desde que ele assumiu. O GLOBO procurou Lira e Pazuello, mas ainda não obteve respostas. Quando foi ouvido pela PF, o ex-ministro afirmou que não se lembrava do teor da conversa com Miranda. A conversa entre Miranda e o ex-ministro teria ocorrido no dia 21 de março, um dia depois de o próprio Miranda e

seu irmão, Luís Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde, terem levado ao presidente Jair Bolsonaro denúncias sobre a compra da vacina indiana Covaxin, cujo contrato foi suspenso em virtude das suspeitas de irregularidades. - Eu disse: "Pazuello, tá tendo sacanagem no teu ministério. Tem que agir, mermão". Aí ele falou: "Sacanagem tem desde que eu entrei". Com aquele jeitão carioca dele. "Inclusive, ontem, eu (Miranda) fui no presidente e entreguei um negócio pra ele. É um absurdo. Se estiver acontecendo de verdade, é um absurdo você (Pazuello) precisa cuidar disso". Miranda continua o depoimento contando o que Pazuello teria respondido: - O Pazuello olha pra mim e diz assim: "Deputado, posso falar a verdade? Eu passei seis

Deputado Luís Miranda acusa Artur Lira de pressão e ameaça a Pazuello, mas o ex-ministro nega conversa

horas andando de helicóptero com ele (Bolsonaro) e consegui dez minutos de atenção dele. Eu não consigo. Eu tenho coisas pra resolver com ele e, porra, no final do ano eu levei

uma pressão tão grande que eu não sei exatamente como resolver. Uma pressão... um cara".

PAZUELLO NEGA

O general Eduardo Pa-

zuello negou na 3ª feira (3) que tenha recebido "qualquer pressão" do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, durante sua gestão como ministro da Saúde. A manifesta-

ção, feita em nota divulgada pela Secom, contraria o que disse o deputado federal Luís Miranda à PF. "O Secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o, esclarece que não sofreu qualquer pressão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, durante sua gestão no ministério da Saúde, para disponibilizar recursos da pasta em atendimento a demandas do parlamentar", diz o comunicado divulgado. Também em nota à imprensa, Lira disse que as declarações de Miranda deveriam ser respondidas por Pazuello e que, "sobre as demais informações propagadas, o deputado deverá responder no foro adequado, que é o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados".


Primeira Edição | 9 a 15 de agosto, 2021

Política |A3

> CENÁRIO Romero Vieira Belo

Enfoque Político Jornalismo é, antes de tudo, a busca da verdade

Por que não 'impresso' apenas para presidente? O presidente Jair Bolsonaro criou uma controvérsia ruidosa defendendo o retorno do 'voto impresso', o sistema antigo de votação em que o eleitor assinalava nome ou número do candidato e depositava numa urna com lacre da Justiça Eleitoral. O que move Bolsonaro a insistir na mudança? A suspeita de que, na sucessão presidencial de 2018, alguém fraudou as urnas eletrônicas e impediu que ele se elegesse já no primeiro turno. A desconfiança não parece cabível se levado em conta o fato (situação concreta) de que até hoje ninguém provou ou comprovou violação ao sistema eletrônico de votação. Nem hackers 'desafiados' pela Justiça Eleitoral conseguiram sequer demonstrar a possibilidade de manipulação da urna eletrônica. O próprio Bolsonaro prometeu apresentar provas da fraude em 2018, teve prazo aberto pelo Tribunal Superior Eleitoral para fazê-lo (já vencido) e não exibiu o material probatório prometido. Ao contrário, chegou a reconhecer que não existe como provar nada: que a urna eletrônica é violável ou que não é violável. Políticos, autoridades, a sociedade - todos questionam o retrocesso que ocorreria com a volta do voto de papel, mas também o custo que a mudança imporia, estimado pela Justiça Eleitoral em 2 bilhões e 500 milhões de reais. Bom, considerando que, nas eleições de 2022 o eleitor votará cinco vezes - em deputado estadual, governador, deputado federal, senador e presidente - vai aqui uma sugestão: por que não adotar o voto impresso apenas para o pleito presidencial, dado que os políticos em geral confiam no voto digital? Dessa forma, não apenas Bolsonaro seria atendido em sua insistente desconfiança no processo, como também o custo seria reduzido dos 2,5 bilhões estimados para 500 milhões de reais. Claro que se trata apenas de alvitre, vez que a Justiça Eleitoral irá até às últimas consequências para manter o sistema vigente. A menos - óbvio - que Bolsonaro apresente prova de fraude e explique por que, em 2018, teriam fraudado apenas o primeiro turno, mas permitido que ele vencesse a votação final. JHC VIAJA À COLÔMBIA E LESSA COMANDA PREFEITURA Ronaldo Lessa assumiu a Prefeitura de Maceió na sexta-feira (6) e exercerá o cargo até a próxima segunda (16), quando JHC regressa de viagem à Colômbia. O prefeito está em Medellín, onde conhece projetos sociais desenvolvidos pela ONG 'Gerando Falcões', a convite de Eduardo Lira, com quem firmou parceria para executar em Maceió o projeto 'Favela 3D'.

Pesquisa poderá definir Cunha ou JHC para disputar governo Prefeito de Maceió se destaca mais que senador, mas disputar sucessão seria desafio Primeira Edição

PSDB e PSB estão unidos, marcharam juntos no pleito municipal do ano passado, e caminham até agora com a perspectiva de lançar o tucano Rodrigo Cunha - senador e líder político de Arapiraca - para a sucessão estadual do ano que vem. A candidatura de Cunha estaria fechada, definida, não fossem por algumas pesquisas recentes de intenção de voto mostrando que o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, está à frente do senador e herdeiro político da ex-deputada Ceci Cunha. Diante disso, chove especulações dando conta de que, ante a realidade

dos números, o bloco partidário liderado pelo PSDB e PSB poderiam lançar JHC, e não Cunha, para concorrer à sucessão do governador Renan Filho ou de seu eventual 'sucessor-tampão', caso RF decide renunciar para concorrer às eleições de 2022, possivelmente disputando o Senado.

CUNHA SUMIDO

Eleito com a maior votação da disputa ao Senado em 2018 (duas vagas estavam em jogo, a outra ficou com o senador Renan Calheiros, que venceu a disputa direta com Benedito de Lira) Rodrigo Cunha criou a expectativa de que seria um senador combativo e atuante, empolgado, mo-

vido pela energia da juventude, mas sua atuação não correspondeu. Distante dos grandes debates e ausente até mesmo das mobilizações políticas em Alagoas, Cunha parece não ter se adaptado à dinâmica do mandato parlamentar exercido no Congresso Nacional, palco dos granes eventos políticos do País. A consequência política desse desempenho discreto, tímido mesmo, se reflete hoje em sua densidade eleitoral que, em vez de ter se dimensionado com sua presença em Brasília, parece ter se desgastado segundo se percebe nas evidências dos números pesquisados em relação à próxima sucessão alagoana. fotos: Divulgação

Senador Rodrigo Cunha ainda é nome preferencial da aliança PSB-PSDB

Prefeito JHC tem mais projeção, mas teria de partir para ‘tudo ou nada’

JHC ocupa mais espaços políticos Enquanto isso, vitorioso na disputa municipal de 2020, quando venceu no segundo turno o confronto com Alfredo Gaspar, João Henrique Caldas se projeta cada vez mais criando situações, como prefeito de Maceió, que o mantêm em evidência constante, o que se soma ao seu 'carisma natural' como têm avaliado observadores da cena política de Alagoas. Seja tapando buracos na malha asfáltica destroçada, seja buscando recursos para

construir moradias populares, seja investindo na saúde e educação, seja criando programas sociais, enfim, seja atuando dentro do campo de luta contra a pandemia de Covid-19, JHC se projeta mais - e com mais facilidade - do que seu parceiro Rodrigo Cunha. E diante justamente dessa projeção é que analistas políticos - também sob a influência das pesquisas - acreditam que, sem atritos, mas investindo conjuntamente em um projeto eleitoral consistente - Cu-

nha e JHC poderão recorrer a pesquisas qualitativas (para consumo interno) para decidir sobre quem deve assumir a condição de candidato a governador no ano que vem. Impõe-se lembrar, porém, que JHC, para concorrer ao governo, terá de renunciar ao mandato, passando o cargo ao vice Ronaldo Lessa, o que não deixa de ser - de alguma forma - uma 'jogada lotérica', dado que eleição nem sempre acaba como 'jogo de cartas marcadas'.

> EM ALAGOAS

Com viagem de JHC a Medellín, Ronaldo Lessa será prefeito até o dia 16

MODELO EFICAZ DE COMBATE À PANDEMIA Alagoas é destaque nacional na luta contra a pandemia: menor taxa de mortalidade, menor taxa de ocupação hospitalar, menor taxa de contágios da Covid. É a resposta aos que, por motivações políticas e até pessoais, criticaram as medidas restritivas adotadas pelo governo Renan Filho em defesa da saúde e da vida dos alagoanos. A vacinação só coroa o trabalho meritório realizado. NA ASSEMBLEIA, UMA HOMANAGEM AOS PADRES Os padres também têm seu dia comemorativo: 4 de Agosto. A data teve celebração especial no plenário da Assembleia Legislativa, onde o líder do governo, Sílvio Camelo, fez brilhante digressão sobre a importância do sacerdócio, do papel exercido pelos que cuidam dos valores espirituais da comunidade. REFERÊNCIA ESPECIAL AO MONSENHOR ALÍPIO "Em homenagem a São João Maria Vianney, patrono dos párocos, a igreja celebra esta data. Gostaria de homenagear todos os padres de Alagoas, do Brasil e do mundo, na figura do monsenhor Celso Alípio, mais conhecido como Padre Celso, com mais de 50 anos de sacerdócio em nosso Estado" disse Sílvio Camelo exaltando a figura do sacerdote alagoano. LUTO EM PERNAMBUCO POR JOAQUIM FRANCISCO Morreu Joaquim Francisco, um dos grandes nomes da política pernambucana. Foi prefeito do Recife, deputado federal, governador e ministro do Interior no governo José Sarney. Tinha 73 anos e foi vítima de um câncer de próstata. Em 1993, conheci-o durante o velório de meu pai - Plínio Vieira Belo - no Cemitério de Santo Amaro, situado na área central do Recife. SEM TER COMO ABRIR MÃO DO CENTRÃO Evidente, óbvio, elementar - que Bolsonaro não se juntaria à turma do Centrão se o governo não tivesse com sua base de sustentação em situação crítica. Com 28 anos de Câmara Federal na bagagem, o capitão sabe quem são os 'centristas', mas tem de tolerá-los. Afinal, um deles tem a decisão do impeachment nas mãos...

Deputado comemora projeto que aumenta venda de armas de fogo PE com Assessoria da ALE

No momento em que o governo estadual investe na Segurança buscando reduzir os índices de violência praticada, principalmente, com armas de fogo, o deputado Alberto Alves Teixeira (mais conhecido como cabo Bebeto) marcou sua volta do recesso legislativo com discurso elogiando projeto de sua autoria que concorreu para aumentar a venda de armas em Alagoas. O Portal da Assembleia Legislativa postou o texto a seguir registrando a fala do parlamentar sobre projeto que reduziu alíquota do ICMS e turbinou o comércio de armas de fogo: "Em pronunciamento durante sessão plenária (terça-feira, 3 de agosto) o deputado Cabo Bebeto (PTC) destacou que a redução do imposto sobre a compra de armas de fogo, insumos e munições, através de lei de sua autoria, trouxe um incremento de cerca de 700% na arrecadação do Estado, e repudiou matéria jornalística que criticou a medida. "O ICMS sobre armas de fogo era de 31%. Nós conseguimos reduzir para 14%. Mostramos durante as tratativas dessa lei que reduzindo a tributação o Estado arrecadaria mais. E o aumento foi de quase 700% no registro de armas de fogo", observou Bebeto, ressaltando que o Executivo abriu mão de 55%, beneficiando o comércio, os alagoanos e o Estado.

Marcelo Victor presidiu reinício dos trabalhos legislativos, que teve elogio de Bebeto à venda de armas

"O Estado arrecadou mais, o alagoano pagou mais barato e o comerciante vendeu mais. Esse é o nosso papel: otimizar esses três agentes e favorecer a todos", reforçou o parlamentar, observando que medida semelhante deveria ser estendida a outros produtos, citando como exemplo a produção de aves no Estado. "O frango produzido em Alagoas não consegue atender o mercado interno, pois não somos autossuficientes. O Governo deveria reduzir o ICMS, ao invés de apresentar uma pauta

muito alta para o produto que vem de fora", criticou Cabo Bebeto. O parlamentar informou que apresentou o projeto de lei nº 474/2021, determinando redução temporária de alíquota de ICMS nas operações internas envolvendo produtos essenciais. "Alagoas tem uma das maiores tributações estaduais do Brasil. Quando a gente trabalha e reduz o imposto, certamente aumenta o consumo, aumenta a circulação de dinheiro e o Estado recolhe mais", disse.


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A4 | Nacional

S O D A T U O P Ã E R D DI I C DE FOLHAPRESS

O presidente da Câmara,

Após revés na CE, Lira submeterá PEC do voto impresso ao plenário Alagoana Tereza Nelma votou contra proposta; governo deve perder também na decisão em plenário Arthur Lira (PP-AL), anunciou na sexta-feira (6) que vai levar a PEC (Proposta de Emenda à

Constituição) do voto impresso ao plenário, mesmo após o texto ter sido derrotado em co-

missão especial na noite de quinta-feira (5). Lira convocou a imprensa fotos: Divulgação

Artur Lira levará ‘PEC do voto impresso’ para decisão final do plenário

Alagoana Tereza Nelma votou contra parecer favorável ao voto impresso

Bolsonaro afirma que não ataca Barroso: 'Devia ouvir a verdade' Correio Braziliense

O presidente Jair Bolsonaro mostrou que não está disposto a ceder em meio à crise institucional com o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral e renovou os ataques, especialmente contra o ministro Luís Roberto Barroso, pivô da insatisfação do chefe do Executivo por ser contra a implementação do voto impresso. Ele chamou o magistrado de "filho da puta". Em Joinville, o presidente parou para falar e tirar fotos com apoiadores e suspeitou que um homem, na aglomeração, tinha sido mandado pelo ministro para atrapalhá-lo. "O filho da p* ainda traz gente

Bolsonaro nega ataques a Luís Barroso, a quem chamou de ‘filho da p’

dessa maneira. Aquele filho da p* do Barroso", esbravejou Bolsonaro. O vídeo foi postado nas redes sociais dele, mas

apagado posteriormente. Apesar do xingamento, Bolsonaro negou que esteja investindo contra o presidente

do TSE. "Estou atacando o Barroso? Não estou. Acho que ele deveria se orgulhar e ouvir, da minha parte, a verdade. É ele que fala que as urnas são invioláveis, o termo mais adequado seria impenetráveis. Esse tipo de gente quer decidir as eleições no ano que vem. Quero e desejo eleições limpas, democráticas, sem que meia dúzia de pessoas conte os votos numa sala escura", frisou, durante palestra a empresários na cidade catarinense. "Nunca proferi uma só palavra, tive um só ato, uma só posição fora das quatro linhas da Constituição." Ele também acusou "parte" do STF de querer "a volta da corrupção e da impunidade".

Ministros reagem ao presidente Se Bolsonaro mantém a ofensiva, ministros das Cortes também deram recados de que não pretendem apaziguar os ânimos com o presidente enquanto ele não diminuir o tom. "Sou um ator institucional, não político. Não tenho interesse nem cultivo polêmicas pessoais. A conquista e a pre-

servação da democracia foram causas da minha geração, e é a isso que eu dedico a minha vida. Não paro para bater boca, não me distraio com miudezas. Meu universo vai muito além do cercadinho", rebateu Barroso, ao participar de um evento organizado por Comunitas, RenovaBR e Insper, que

discutiu a proposta do semipresidencialismo. O presidente do TSE criticou nações que não respeitam a democracia. Não chegou a citar o Brasil, mas lembrou que o país "faz parte do mundo" e frisou que "em alguns países se criou também a mentirocracia, que é a difusão da

inverdade e das narrativas falsas como método de governo e estratégia de manipulação das massas". "Criam-se milícias de fanáticos e de mercenários que vivem de disseminar ódio, desinformação e teorias conspiratórias com o propósito de enfraquecer as instituições", salientou Roberto Barroso.

> APÓS GILMAR

Procurador pede que juiz aceite a 'denúncia do sitio' contra Lula Consultor Jurídico

Apesar de o Supremo Tribunal Federal ter anulado todas as decisões que o então juiz Sergio Moro tomou no curso dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério Público Federal ratificou a denúncia referente ao caso do sítio da Atibaia, requerendo à 12ª Vara Federal do DF que ela seja recebida. O pedido consta de parecer assinado por Frederico de Carvalho Paiva, procurador da República. A denúncia fora originalmente aceita por Moro, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, e o caso resultou em conde-

MPF-DF faz nova denúncia que poderá complicar situação política de Lula

nação do ex-presidente, confirmada em segunda instância. Mas em março deste ano, o mi-

nistro Edson Fachin decidiu que a jurisdição curitibana era incompetente para processar e

julgar o ex-presidente Lula nos casos do tríplex do Guarujá, em duas ações envolvendo o Instituto Lula e também no caso do sítio de Atibaia. Na ocasião, Fachin disse que os autos deveriam ser enviados para a Justiça do Distrito Federal e que caberá "ao juízo competente decidir sobre a possibilidade de convalidação" de depoimentos e de coleta de provas. Em outra ação, a 2ª Turma do STF decidiu pela suspeição de Moro para julgar Lula no caso do tríplex do Guarujá, também em março. Posteriormente, o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, estendeu essa decisão a ações penais conexas.

para um pronunciamento e, segundo ele, o objetivo de levar o texto ao plenário é para que os 513 deputados se manifestem sobre o assunto, que, afirma, "divide o país". Com a decisão, a PEC de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF) e defendida pelo presidente Jair Bolsonaro ganha sobrevida na Câmara. "O plenário será o juiz desta disputa, que, infelizmente, já foi longe demais", afirmou o presidente da Câmara. Lira disse ainda que seguirá pregando a harmonia entre os Poderes e que o "botão amarelo" continua apertado, em referência ao cumprimento da Constituição. "Vamos levar sim a questão do voto impresso ao plenário", afirmou. "Não há nada mais livre do que deixar o plenário se manifestar." Para aprovar uma PEC são necessários ao menos 308 votos na Câmara e 49 no Senado, em votação em dois turnos. Para valer nas eleições de 2022, a proposta teria que ser promulgada até o início de outubro deste ano. O anúncio ocorreu horas depois de o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEMMG), afirmar que há uma tendência do Congresso Nacional a rechaçar a mudança do voto eletrônico para o impresso, como defende Bolsonaro. "O que se avizinha é uma solução com a votação de ontem [quinta] na comissão da Câmara dos Deputados, um reconhecimento, de que a tese do presidente, de seus apoiadores e parlamentares, é uma tese que a princípio será vencida", disse Pacheco. "Sendo vencida, todos aqueles que foram vitoriosos na tese, e derrotados na tese, haverão de respeitar, porque isso é democrático, o resultado das eleições de 2022." "O que não podemos é questionar a pretexto disso a lisura e legitimidade das eleições de 2022. Há uma tendência

muito forte a partir dessa votação na Câmara que este assunto se encerre na Câmara. Caso não se encerre, o Senado, no seu momento oportuno, prevalecendo a maioria, decidirá a respeito desse tema", continuou o presidente do Senado. O voto auditável é uma das bandeiras de Bolsonaro, que usa o tema para escalar ameaças golpistas contra as eleições de 2022. Em 29 de julho, Bolsonaro realizou uma live para apresentar o que ele chamava de provas das suas alegações, mas trouxe apenas teorias que circulam há anos na internet e que já foram desmentidas anteriormente. Ao longo de sua fala, o presidente mudou o discurso e admitiu que não pode comprovar se as eleições foram ou não fraudadas. O modelo atual de votação já tem várias camadas de proteção e auditoria, em suas diferentes etapas, inclusive com participação de instituições e grupos externos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Até hoje não há evidências de que tenham ocorrido fraudes em eleições com urna eletrônica. "Eu não tenho nenhum fato relevante que eu possa falar que houve fraude nas urnas eletrônicas. Eu não posso desconfiar do sistema em que eu fui eleito", disse na quarta-feira (4). "Mas a discussão é: se não há falhas, se não há problema, por que nós ficarmos discutindo essa versão? Por que essa versão cresce? O Brasil é feito com problemas de versões, é isso que a gente tenta combater", ressaltou Lira. "Então, na minha visão, também se não há problemas não há por que nós não chegarmos numa situação de termos uma auditagem, seja lá de que maneira for, de forma mais transparente, para que não se tenha uma eleição, independente de quem seja eleito, contestada", frisou na ocasião.

Proposta é derrotada com o voto de Tereza Nelma Primeira Edição com G-1

Com voto da deputada alagoana Tereza Nelma, do PSDB, a comissão especial da Câmara dos Deputados rejeitou na quinta-feira (5), por 23 votos a 11, o parecer favorável a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, elaborado pelo deputado Filipe Barros, do PSL do Paraná. Mas, embora o texto tenha sido rejeitado na comissão especial, a proposta ainda continua sendo discutida na Câmara, ao contrário do que costuma acontecer em situações como essa. Tanto que o presidente da Casa, Artur Lira, explicou que a proposta pode ir a plenário em dois cenários: caso seja ultrapassado o limite de 40 sessões para a tramitação no colegiado ou se o texto for derrotado. No segundo caso, porém, o parecer contrário à proposta seria analisada pelo plenário. Lira afirmou ainda que "é bom que os dois lados saibam quais são as consequências (das alternativas)", sem entrar em detalhes sobre o que queria dizer. - As comissões especiais funcionam de maneira opinati-

va. Não são terminativas. Então, ela sugere um texto. Mas, qualquer recurso, pode fazer (chegar ao plenário) - afirmou Lira. O voto impresso é uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro, que tem afirmando que houve fraude no primeiro turno da eleição presidencial de 2018, embora - intimado pelo Tribunal Superior Eleitoral não tenha apresentado prova. Votaram a favor do parecer que defende a PEC do voto impresso deputados dos partidos: PSL, PP, REPUBLICANOS, PTB, PSC e PODE. Enquanto que votaram contra o texto os parlamentares das legendas: PT, PL, PSD, MDB, PSDB, PSB, DEM, SOLIDARIEDADE, PSOL, PCdoB, PV, REDE, PDT, PATRIOTA, NOVO. A julgar pelas posições assumidas pelos partidos, analistas acreditam que a PEC do voto impresso será derrotada também no plenário, o que seria pior ainda para o presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, pois mostraria que, mesmo com respaldo do Centrão, ele não teria na Câmara Federal apoio para barrar a abertura de um eventual processo de impeachment.


Primeira Edição | 9 a 15 de agosto, 2021

Geral | A5

Vacinação diminui impacto da Covid-19 e governo não muda lista de restrições

IO R Á CEN ITIVO POS

Renan Filho pede que alagoanos mantenham cuidados sanitários porque "pandemia ainda não acabou" fotos: Divulgação

Primeira Edição

Confira as medidas prorrogadas

Com 90% dos idosos (60 anos ou mais) devidamente imunizados, isto é, com o esquema vacinal concluído, Alagoas segue revertendo os números da pandemia, com queda contínua da ocupação de leitos na rede hospitalar e com redução das taxas de contágios e mortes por Covid-19. Diante disso, o governador Renan Filho anunciou quintafeira (5), a renovação do decreto emergencial de enfrentamento à pandemia: sem alterações, as medidas estabelecidas no documento anterior foram prorrogadas por mais 15 dias. Alagoas segue na Fase Amarela.

Vacinação em idosos reduz taxas de contágio e mortess por Covid em AL

Mas o governador observa que, embora os números confirmem a tendência de recuo na transmissão e a redução na taxa de óbitos, os alagoanos devem

continuar atentos aos protocolos e, principalmente, usar máscara ao sair de casa, higienizar as mãos com água e sabão ou álcool 70° e evitar aglomera-

- Lojas, galerias, centros comerciais, shopping centers, academias, clubes e centros de ginásticas permanecem com funcionamento em horário regular. - Bares, restaurantes e estabelecimentos congêneres seguem com horário entre 5h e 0h. Depois deste horário, será permitido apenas o atendimento por meio dos serviços de entrega, inclusive por aplicativo, e na modalidade "pegue e leve", sendo expressamente proibido o consumo local, tanto de bebidas quanto de alimentos. - Teatros, museus, parques temáticos, cirções. Apesar dos expressivos avanços obtidos com a Campanha de Vacinação, a pandemia ainda não acabou, reforça

cos e cinemas podem funcionar com 50% de ocupação - Templos, igrejas e demais instituições religiosas autorizados com 50% da capacidade - Academias, clubes e centros de ginásticas seguem de portas abertas em horário regular, mas 50% de capacidade, sendo permitidas aulas coletivas com, no máximo, 25 pessoas por turma. - Transporte intermunicipal de passageiros e turístico continua a operar com 75% de capacidade. demasiada, lavar sempre as mãos e, sempre lembrar às pessoas: vacinação!", justificou o chefe do Executivo estadual.

Renan Filho: "Estamos saindo da segunda onda, mas ainda com alguns cuidados necessários como, por exemplo, usar máscara, evitar aglomeração

> DIQUE-ESTRADA

Conjunto Parque da Lagoa poderá ser parcialmente ocupado já em dezembro PE com Assessoria

Eduardo Rossiter, Assistência Social, Carlos Jorge, e Segurança e Convívio Social, Thiago Prado. Além de moradores das margens da lagoa Mundaú, que puderam tirar dúvidas sobre a obra de reurbanização da região. Com um investimento de R$ 140 milhões de recursos do governo federal, o Parque da Lagoa é um empreendimento habitacional que trará moradia digna, segura e confortável para mais de sete mil pessoas moradoras da orla lagunar. No complexo, as famílias terão à disposição equipamentos de esporte e lazer, espaço para impulsionar o comércio de pescados, creche e posto de saúde. Desde o início da gestão do prefeito JHC, em janeiro, uma equipe da Secretaria Adjunta de Habitação Popular tem trabalhado diariamente na conscientização e

Iniciado na gestão passada com recursos do governo federal, o Conjunto Parque da Lagoa, em construção na área do Dique-Estrada (região do Vergel do Lago) está com previsão de ocupação parcial (50% dos apartamentos) pelas famílias cadastradas, segundo estimativa de assessores do prefeito João Henrique Caldas (JHC) divulgada no Portal do Município. Na quarta-feira (4), representantes da Prefeitura de Maceió estiveram reunidos no Mi-nistério Público de Alagoas (MPAL), no Barro Duro, para discutir novas ações visando à reurbanização da orla lagunar e para apresentar o projeto do Residencial Parque da Lagoa, no Vergel do Lago. Estiveram presentes os secretários de Infraestrutura, Nemer Ibrahim, de Habitação,

Primeira Ediço

Saúde intensificou o trabalho para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti por toda a cidade, especialmente em bairros onde houve maior registro de ocorrências de casos de dengue. Com o período chuvoso, o órgão alerta a população para que reforce os cuidados com os ambientes domésticos, evitando o acúmulo de água e reduzindo os riscos para disseminação das doenças. A Coordenação de Vigilância Epidemiológica informa que de janeiro a julho deste ano, foram notificados 528 casos de dengue, sendo 403 de dengue clássica, 60 casos de dengue com sinais de alarme e 3 de dengue grave. Do total, 30 foram descartados, um foi inconclusivo e 32 tiveram resultado ignorado/branco. Os dados foram notificados até a Semana Epidemiológica 30, que corresponde ao período de 25 a 31 de julho.

Blocos de apartamentos já estão em fase de acabamento e já poderão ser habitados até o final deste ano

mapeamento das famílias que moram na localidade. Atualmente, o Parque da Lagoa já conta com 32 blocos

de apartamentos em fase de acabamento. A previsão da Prefeitura de Maceió é entregar 50% do residencial em

dezembro deste ano.

COMBATE À DENGUE

A Secretaria Municipal de

> EM MACEIÓ

Vereadores acham que ‘cemitério vertical’ superaria falta de espaço Primeira Edição Findo o recesso legislativo, a Câmara Municipal de Maceió retomou suas atividades abordando uma questão crucial que foi destacada na manchete anterior do Primeira Edição: a falta de espaços para sepultamentos nos cemitérios públicos da capital. Durante a sessão de reabertura dos trabalhos legislativos, o vereador Cléber Costa (PSB) manifestou seu apoio à proposta de constrição de cemitérios verticais em Maceió. A ideia, que se apoia no fato de que a cidade não dispõe mais de grandes áreas livres que permitam a implantação de cemitérios planos, foi apresentada pelo vereador Oliveira Lima (Republicanos) e ganha destaca no momento em que o

Instituto Médico Legal de Maceió está com as geladeiras abarrotadas de corpos por falta de vagas para enterros nos cemitérios públicos. Em nossa edição anterior, o assunto foi tema da manchete de capa com o seguinte título e chamada: "Pandemia abarrota geladeiras do IML e MP pede mais vagas nos cemitérios Mesmo com nova estrutura, o Instituto Médico Legal de Maceió está com as geladeiras cheias de corpos - um dos efeitos da pandemia que elevou a taxa de mortalidade em Alagoas. Para sanar o problema, o comando do IML a intercessão do Ministério Público Estadual junto à Prefeitura, objetivando a abertura de ao menos 100 novas vagas nos cemitérios públicos a fim de permitir o sepultamento dos restos mortais

Sepultar pessoas em prédio tem sido solução para falta de espaço nos centros urbanos cada vez mais ‘inchados’

que se encontram 'engavetados' no Instituto". Em sua intervenção favorável ao projeto de cemitérios verticais, Cléber Costa salien-

tou: "Basta que seja encaminhada a proposta que retira a Lei 530, a qual proíbe a construção desses cemitérios (verticais) e, se for o caso, para que

possamos trazer a esta Casa os especialistas que forem contratados para executar essas construções, de modo que possam esclarecer tudo e dissipar

quaisquer dúvidas". Na matéria anterior sobre o tema, ressaltou a iniciativa da direção do IML de Maceió de solicitar a intercessão do Ministério Público Estadual, no sentido de manter gestões junto à Prefeitura objetivando à abertura de mais espaços para sepultamento nos cemitérios públicos da capital. A reportagem lembrou que a falta de vagas é consequência não apenas do crescimento demográfico de Maceió - o que naturalmente eleva a taxa de mortalidade - mas também pelo elevado número de óbitos causados pela pandemia. Emergencialmente, o IML pede a abertura de 100 vagas, e o procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto, assumiu o compromisso de interferir para conseguir os espaços.


Primeira Edição | 9 a 15 de agosto, 2021

A6 | Especial

P Í LU L A S D O O U V I D O R Geraldo Câmara

Ouvidor Geral geraldocamara@gmail.com

SAUDADES DO VÉIO! Tenho sim, muitas saudades de meu pai. Muita falta dos papos que alimentávamos juntos desde a minha meia infância até o passamento dele quando eu já tinha meus cinquenta anos. Entre pai e filho não existe idade; não existe ou pelo menos não devem existir poços e pontes levadiças. Com o devido respeito, afinal ele nascera em 1916, era um cara bem aberto, muito sábio, muito inteligente e culto. Um homem que se formou em engenharia e no curso da vida acrescentou aos seus diplomas os de economista, químico industrial e advogado. Em meio aos livros de sua biblioteca de mais de oito mil livros eu me extasiava desde menino e bebia assuntos que perpassavam pelo técnicos de suas profissões até os de literatura nacional e internacional. Com ele aprendi a ler. Até porque, inteligentemente ele me dava a missão de catalogar seus livros que, antes mesmo de lidos, eram encadernados em brochura couro provocando a mais linda e estática biblioteca particular que conhecia. Pai e eu, até a sua morte trocávamos idéias sobre tudo e eu me arriscava diante daquele poço de cultura a discutir e muitas vezes desafiá-lo com minhas posições. Ele foi condecorado com 75 títulos internacionais de alta valia e portador de um papo sensacional e invulgar. Por tudo isto e pelo amor familiar que sempre teve, amigo que ele foi de minha irmã, de mim e de todos os netos que chegou a conhecer tenho muitas saudades do Dr. Nilo Vieira da Câmara. Meu pai.

D E S TA C Ô M E T R O

O destaque da semana vai para o presidente da BRK, Fernando Mangabeira. Dirigindo a empresa de saneamento que comprou parte da Casal, Fernando promete excelência de serviços que, desta área tanto o alagoano precisa.

A propósito de saneamento básico vamos aguardar a atuação da BRK no que diz respeito ao vazamento de água constante em vários lugares das cidades e, agora, o asfalto péssimo praticado pela antecessora que cobre as cidades de buracos. Falo cidades porque a concorrência ganha pela BRK atinge 13 municípios ao entorno de Maceió - sendo que está atendendo a 10 - e porque todas essas cidades são atingidas pelo mal do buraco. Por outro lado, que a BRK não esqueça nunca de que sua atividade é de suma importância para a saúde da população que não pode ficar a mercê de água suja, de línguas negras e tantos problemas de saúde provocados por água e esgoto. E, por fim sugerir que vejam a entrevista que o presidente da BRK deu ao jornalista Valtenor Leôncio na TV Cidadã e em nosso Bartpapo na BAND no último sábado. Está no Youtube em Programas do Geraldo Câmara - Bartpapo de casa 61. Alegria, gente, ver que a vacinação está chegando aos nossos jovens. Já estamos em Maceió vacinando os que têm 24 anos e acreditamos que pelo andar da carruagem vamos chegar aos 18 e menos ainda na próxima semana. Sucesso,

ABRAÇOS IMPRESSOS Danúbio Lacerda é um profissional de energia, alta categoria, a antiga CEAL que o diga, mas é um grande músico e principalmente com o instrumento que eu adoro que é o sax. Semana passada deu show no Bartpapo. Procurem no Youtube em Programas do Geraldo Câmara - Bartpapo de casa 61.

prefeito! E depois, prefeito, além da vacinação, entrar no fechamento dos buracos da cidade causados pela chuva, pelo mau asfalto e até pelo serviço incompetente que era realizado pela Casal no fechamento dos ditos cujos. O Sindicato dos Ferroviários de Alagoas denunciou o que classifica um "conflito de interesses" nas negociações de indenização entre a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Braskem. Outro detalhe também chama a atenção: segundo os trabalhadores a Braskem não aceitou proposta de indenização de R$ 2 bilhões que possibilitaria a construção de uma nova linha férrea em Maceió. O montante seria destinado à construção de uma nova rota saindo de Rio Largo e cruzando a Avenida Menino Marcelo até a estação em Jaraguá. No entanto, segundo o sindicato, a proposta foi recusada pela Braskem. (fonte: Tribuna Independente) O nosso querido amigo, Rostand Lanverly (foto), sem dúvida pode ser apontado como o mais atuante presidente da Academia Alagoana de Letras, mostrando ao grande público a radiografia da AAL e os valores que a representam em Alagoas.


Esportes

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Primeira Edição | 9 a 15 de agosto, 2021 Opinião - Social

> OURO DE NOVO

Brasil sofre mas vence Espanha por 2x1 e leva Bi Olímpico no futebol masculino Seleção brasileira abriu placar, sofreu empate e fez o gol da vitória já na prorrogação, após tomar duas bolas na trave O Brasil é bicampeão olímpico no futebol. Na manhã deste sábado, a Seleção sofreu, mas derrotou a Espanha por 2 x 1 na prorrogação no Estádio Internacional de Yokohama, cenário da conquista do pentacampeonato mundial, em 2002, e repetiu os feitos de Grã Bretanha (1908 e 1912), Uruguai (1924 e 1928), Hungria (1964 e 1968) e Argentina (2004 e 2008). É o quinto país a conquistar dois títulos consecutivos na modalidade, que passou a a integrar o programa do maior evento esportivo do mundo em Paris1900, na segunda edição da Era Moderna. Richarlison desperdiçou um pênalti, Diego Carlos salvou um lance perigoso da Espanha em cima da linha, o centroavante Matheus Cunha candidatou-se a herói ao finalizar com precisão um cruzamento esforçado do lateral-direito veterano Daniel Alves no fim do primeiro tempo, mas a Espanha empatou na etapa final com um golaço de Oyarzabal, um dos seis jogadores semifinalistas da última edição da Eurocopa. No tempo extra, Malcom assumiu o papel de protagonista do gol de ouro. A partida avançou à prorrogação. A Espanha encarou o terceiro tempo extra na competição. Havia se submetido a isso contra Costa do Marfim (quartas) e Japão (semi). O Brasil também sofreu 120 minutos diante do Japão. Prevaleceu quem teve mais fôlego. Malcom tentou duas vezes. Unai Simon impediu no primeiro tempo, mas não evitou no segundo. O brasiliense Reinier puxou contra-ataque, acionou Antony e o atacante inverteu a bola rapidamente para Malcom. Ele ganhou na corrida de Miranda e chutou forte, sem chance para o goleiro espanhol. Era o gol do bicampeonato verde-amarelo. Malcom foi o último a se apresentar. Desembarcou às pressas para substituir o cortado Douglas Augusto. O atacante não havia sido liberado pelo Zenit São Petersburgo na primeira tentativa da CBF. Na segunda investida, peitou o clube

fotos: Divulgação

apontou pênalti a favor da Seleção.

MOMENTO BAGGIO

Artilheiro do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Richarlison pegou a bola, assumiu a responsabilidade da cobrança e decepcionou. Tal como Roberto Baggio na final da Copa de 1994, tentou acertar o ângulo direito de Unai Simon com um chute forte e a péssima cobrança foi pelas alturas. Decisivo nos pênaltis contra a Suíça na Euro, Simon pulou no canto certo.

OPORTUNISMO

Com ouro no futebol masculino, Brasil bate recorde histórico de medalhas, superando Olimpíada do Rio em 2016

O gol do Brasil teve assinatura de dois personagens esforçados. Aos 38 anos, o lateraldireito Daniel Alves evitou a saída de bola com um cruzamento para dentro da área. Ela subiu e caiu nos pês do centroavante Matheus Cunha. Vetado na semifinal contra o México, o camisa 9 ganhou de três marcadores e chutou de perna direita para abrir o placar em Yokohama.

MILAGRE

A Espanha voltou para o segundo tempo com duas substituições. Mais ofensiva com as trocas de Merino e Asensio por Soler e Bryan Gil, demorou a se ajustar taticamente e cedeu espaço. Em uma escapada pela direita, Claudinho achou Richarlison dentro da área. Ele driblou, finalizou com perfeição e viu o goleiro Unai Simon ser salvo pelo travessão. Herói do Bi Olímpico, Malcom marcou o gol da vitória contra Espanha, em jogo com final prá lá de dramático

russo e conseguiu viajar para o Japão. Além dele, há um outro herói. Aos 38 anos, Daniel Alves escolheu disputar os Jogos em busca do inédito ouro na carreira e conseguiu. A conquista no Japão é simplesmente a 42ª na carreira do baiano nascido para vencer. A seguir, o Correio Braziliense destaca os atos decisivos da final no Japão.

ANJO DA GUARDA

O primeiro lance perigoso do jogo teve interferência pro-

videncial do zagueiro Diego Carlos. A Espanha cruzou a bola da direita, Oyarzabal escorou de cabeça e o beque verde-amarelo lembrou David Luiz na final da Copa das Confederações de 2013, no Maracanã, contra a mesma Espanha ao salvar a bola em cima da linha.

ILUSÃO DE ÓTICA

Autor das principais finalizações do Brasil no início da partida, Richarlison fez o Brasil gritar "gol" aos 24 minutos. Ele recebeu a bola do lateral-es-

Ficha Técnica

2

querdo Guilherme Arana dentro da área e finalizou de primeira. O chute acertou a rede, mas pelo lado de fora. BRASIL (1-4-4-2)

VAR

Titular da Espanha na Eurocopa, o goleiro Unai Simon protagonizou uma trapalhada. Saiu muito mal do gol aos 33 minutos, errou o tempo da bola e acertou o centroavante Matheus Cunha. Enquanto o camisa 9 do Brasil era atendido, o árbitro Chris Beath era chamado para consultar o vídeo e

Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães, Antony (Gabriel Menino) e Claudinho (Reinier); Matheus Cunha (Malcom) e Richarlison (Paulinho). Técnico: André Jardine

BOLA NA ÁREA

Ajustada em campo, a Espanha passou a incomodar explorando um dos pontos fracos do Brasil: as bolas alçadas na área e os erros de marcação. Em um deles, Soler avançou nas costas de Guilherme Arana e cruzou da direita para a oura ponta. Oyarzabal surgiu por trás de Daniel Alves e encheu o pé de primeira para finalizar de primeira e estufar a rede: 1 x 1.

BOLAS NA TRAVE

Recuado e sem intensidade no segundo tempo, o Brasil escapou duas vezes de sofrer a virada no tempo normal. A primeira em um cruzamento esquisito, meio despretensioso, que quase enganou o goleiro Santos. A trave salvou a Seleção. Depois, foi a vez de Byan Gil arriscar de longe. O goleiro Santos foi salvo novamente, dessa vez pelo travessão.

PRORROGAÇÃO

A Espanha chegou pela terceira vez ao tempo extra. Havia sofrido contra Costa do Marfim e o Japão. O Brasil também encarou prorrogação contra o México na semifinal. No duelo entre duas seleções exaustas, prevaleceu o cansaço. O Brasil ameaçou no primeiro tempo com Malcom, mas o goleiro Simon impediu o gol. No segundo, Malcom conseguiu. Aproveitou linda assistência de Antony em um contra-ataque, estufou a rede de Simon e decretou o bicampeonato olímpico do Brasil.

1

ESPANHA (1-4-3-3)

Simón; Óscar Gil (Vallejo), Eric García, Pau Torres e Cucurella (Miranda); Merino (Soler), Zubimendi (Moncayola) e Pedri; Asensio (Bryan Gil), Oyarzabal (Rafa Mir) e Dani Olmo. Técnico: Luis de la Fuente

Local: Estádio Internacional, em Yokohama Árbitro: Chris Beath (AUS) Gols: Matheus Cunha, aos 46 minutos do primeiro tempo; Oyarzabal, aos 14 do segundo tempo. Malcom, aos dois minutos do segundo tempo da prorrogação.


Primeira Edição | 9 a 15 de agosto, 2021

B2 | Esportes

> PÉSSIMO RESULTADO

CSA e Avaí empatam sem gols no Rei Pelé O Leão conquista um importante ponto no Rei Pelé; setor ofensivo do Azulão passa em branco pelo 3º jogo seguido Redação com web CSA e Avaí fizeram um jogo morno no último sábado, pela 16ª rodada da Série B. A produção ofensiva dos dois times foi baixa e o problema se refletiu no placar de 0 a 0 em Maceió. Melhor para o Avaí, que ganhou um ponto no Rei Pelé e pelo menos por enquanto se mantém no G-4. O CSA continua no meio da tabela.

1º TEMPO

O Avaí tentou jogar no erro do CSA no início do jogo. Aos dez minutos, a defesa falhou na saída e Getúlio quase aproveitou. O CSA criou uma ótima chance aos 20. Silas cruzou da esquerda, Gabriel tocou de calcanhar e, depois de um fliperama na área, não apareceu ninguém para colocar a bola para dentro. O último a tentar o arremate foi Bruno Mota, mas ele acertou a defesa. Aos 31, Edílson experimentou de longe e o goleiro do CSA deu rebote. Para a sorte de Thiago Rodrigues, nenhum jogador do Avaí pegou a sobra. O Leão voltou a criar aos 37. Serrato cruzou da esquerda, Renato cabeceou e a defesa aliviou. Teve mais: aos 41, Diego Renan bateu de longe e o goleiro do CSA espalmou.

2º TEMPO

O jogo piorou na etapa final. Sem criatividade, o CSA deixou de aparecer na área do

fotos: Divulgação

Avaí. Do outro lado, o Leão também tinha dificuldade para chegar. A chance apareceu aos 11 minutos. Edílson levantou na área do CSA, e Marcos Serrato, livre, cabeceou para fora. Aos 34, mais Avaí. Rômulo experimentou de longe e Thiago Rodrigues espalmou com muita dificuldade. O CSA quase marcou aos 46. Iury Castilho recebeu na área, de costas para o marcador, virou e bateu por baixo: Glédson defendeu com o pé direito.

BAIXA PRODUÇÃO

O CSA tem um problema ofensivo crônico. Nos últimos três jogos, o time não fez nenhum gol na Série B. Perdeu por 2 a 0 contra o Botafogo e 1 a 0 diante do Remo e empatou por 0 a 0 com o Avaí. O técnico Ney Franco mexeu no time, mudou o ataque, mas não achou soluções.

TUDO EM CASA

O Avaí tem pela frente dois jogos seguidos em casa na Série B. Primeiro pega o Guarani, na terça, e depois enfrenta o Náutico no próximo sábado. Essas partidas vão ter muita importância para o G-4 da competição.

NEY FRANCO

O técnico Ney Franco mexeu no setor ofensivo do CSA para o jogo contra o Avaí.

não foram criadas muitas chances. Ney também elogiou o adversário. Lembrou na coletiva que o Avaí foi uma das equipes que mais pontuaram nas últimas rodadas da Série B e deve lutar pelo acesso. - Foi um jogo equilibrado o tempo todo. Pena que a gente vinha de dois resultados negativos. Foi um jogo disputado no setor de meio-campo, com as duas equipes se entregando muito. A gente sabia que os gols poderiam sair num detalhe, em algum erro de um jogador, numa saída de bola errada, numa bola parada, e as duas equipes criaram poucas oportunidades.

AGENDA

O CSA fica no empate em 0x0 com o Avaí em Maceió pela Série B, Azulão não consegue encaixar o ataque

Formou o trio ofensivo neste sábado com Iury Castilho, Bruno Mota e Dellatorre, e posicionou Gabriel na armação. Mesmo com as mudanças, o ataque voltou a apresentar problemas na Série B e passou em branco pelo terceiro jogo seguido. Após o empate sem gols com o Avaí no Rei Pelé, o treinador admitiu que o setor ainda precisa de ajustes. - O problema está em cima dos três últimos jogos que a gente não fez (gols), né? Antes

desses três jogos, a equipe foi até bem. No jogo contra o Vitória fez dois gols, no próprio jogo contra o Vasco fez dois gols, e caiu um pouquinho de rendimento nesses três jogos (Botafogo, Remo e Avaí). A gente trabalhou muito essa semana, principalmente na parte final, movimentações ofensivas e infelizmente hoje a nossa equipe não criou muitas oportunidades e, quando criou, não teve a competência pra fazer os gols. O próprio goleiro fez duas defe-

sas boas no jogo - analisou Ney Franco, e continuou: - Realmente, eu trabalho com números e, em cima disso, principalmente dos três últimos jogos, esse sistema ofensivo tem que ser trabalhado e é um ponto da nossa equipe que ter melhorar para a sequência da competição.

RESUMO

No geral, o treinador achou que o sistema defensivo das duas equipes levou a melhor na partida e por isso

Terça-feira, o Avaí recebe o Guarani na Ressacada, às 19h, pela 17ª rodada da Série B. Nos mesmos dia e horário, o CSA enfrenta o Confiança no Batistão, em Aracaju.

CRB

O CRB mudou o estilo de jogo nas últimas partidas. Se antes o Galo jogava com apenas um meia de ofício, o técnico Allan Aal tem mandado a campo a equipe com Diego Torres e Renan Bressan entre os titulares. Pela 17ª rodada o Galo vai encarar o Brusque no Estádio Rei Pelé, nesta quinta às 19h, em um jogo classificado de seis pontos.

> LÍDER EM BAIXA

Náutico é goleado pelo Confiança, que deixa a lanterna da competição GE Náutico e Confiança fizeram, na tarde do último sábado, o jogo mais surpreendente da 16ª rodada da Série B. Líder da competição, o Timbu foi massacrado pela equipe sergipana, que aplicou um incontestável 4 a 0 e saiu da lanterna para a 16ª posição. Os gols da partida foram marcados por Willians, Rafael, duas vezes, e Nirley.

PRIMEIRO TEMPO

Líder da Série B, o Náutico iniciou o jogo com jeito de quem lutava contra o rebaixamento. Sem organização ofensiva e com muitos espaços na zaga, o Timbu foi facilmente envolvido pelo Confiança. Lanterna da competição, a equipe sergipana entrou em campo disposta a mudar o rumo no torneio. E não demorou para abrir o placar com Willians, aos quatro minutos. Jean Carlos chegou a empatar aos 23, mas o árbitro marcou impedimento. Melhor para o Confiança, que ainda marcou o segundo com Rafael, aos 48, e saiu para o intervalo vencendo por 2 a 0.

SEGUNDO TEMPO

Para quem esperava um segundo tempo com o Náutico reagindo, a realidade se apresentou bem diferente. Sem ser importunado pelo Alvirrubro, o Confiança fez o terceiro, com Nirley, logo aos dois minutos, e o quarto com Rafael, aos 15. Dois minutos depois, Ítalo qua-

Irreconhecível, Náutico é goleado pelo Confiança e emenda segunda derrota seguida na disputada Série B

se marcou o quinto. O Timbu ainda tentou reagir, mas Michael, em tarde perfeita, impediu que o Náutico marcasse pelo menos um gol.

CADÊ ELE?

Artilheiro do Náutico e vi-ce-artilheiro da Série B, com sete gols, Jean Carlos até tentou, mas não conseguiu ajudar o Timbu. O armador teve uma participação efetiva, quando marcou um gol, mas o assistente de arbitragem invalidou o lance por impedimento. Nas outras vezes que arriscou, o camisa 10 esbarrou no goleiro Michael, que teve uma tarde perfeita, mas deixou o Náutico em situação complicada.

TARDE GOLEADORA

O volante Rafael teve uma tarde de artilheiro com a camisa do Confiança. Além de levar a melhor em boa parte das ações defensivas, ele ainda marcou dois dos quatro gols da equipe sergipana.

CALMA...

Logo após a patrtida, o técnico Hélio dos Anjos foi reclamar da expulsão do zagueiro Carlão e discutiu com o volante do Confiança, Rafael, que mostrou o dedo médio para o treinador.

ALIVIADO

O clube quebrou um ruim retrospecto fora de casa. O Dra-

gão não vencia longe de Aracaju desde o dia 31 de março, quando derrotou o Freipaulistano por 3 a 1, ainda no Campeonato Sergipano e sob o comando de Daniel Paulista. Pela Série Pela Série B, tinha somado apenas dois pontos em oito jogos até este sábado. Com a vitória, a equipe azulina somou o seu primeiro triunfo como visitante na competição.

O QUE VEM PELA FRENTE?

Na próxima rodada, o Náutico encara o Sampaio Corrêa, fora de casa, na quarta-feira. Um dia antes, o Confiança recebe o CSA, um complicado desafio.


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Esportes | B3

> OLIMPÍADAS

Tóquio se despede dos fascinantes Jogos Grande show marca despedida dos Jogos Olímpicos do Japão e início de contagem regressiva para as Olimpíadas da Franç fotos: Divulgação

GE Faltam menos de 1.082 dias para as Olimpíadas de Paris 2024. A contagem regressiva começou no último domingo na Cerimônia de Encerramento dos Jogos de Tóquio. Sem público nas arquibancadas, mas em clima de festa com direito a um show de luzes e muita música, os japoneses celebraram o fim das Olimpíadas de Tóquio e fizeram a passagem de bastão para os franceses. A chama olímpica foi apagada depois de 17 dias de disputas nas arenas de Tóquio marcando o fim das Olimpíadas. Para o Comitê Olímpico Internacional (COI) e para o Comitê Organizador dos Jogos, ter conseguido realizar as Olimpíadas em tempos de pandemia do coronavírus foi um desafio superado. Uma barreira que todos esperam que não se repita a caminho dos Jogos de Paris, em 2024. A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, entregou a bandeira do COI para Thomas Bach, presidente do COI, que passou o pavilhão para Anne Hidalgo, prefeita de Paris. Foi a simbólica passagem de bastão. A cerimônia de encerramento acabou com uma chamada para as Paralimpíadas de Tóquio. A abertura dos Jogos Paralímpicos está programada para o dia 24 de agosto.

SHOW DE LUZES E MÚSICA

Por causa da pandemia do coronavírus, o Japão teve de reduzir os custos das cerimônias de abertura e encerramento. Ainda assim, a festa do último domingo foi marcada por

na memória. Simone Biles jogou luz sobre a saúde mental dos atletas e retornou em grande estilo; Rebeca Andrade brilhou não só com medalhas mas também ao som do Baile de Favela; Rayssa Leal protagonizou o próprio conto de fadas e entrou no pódio mais jovem da história dos Jogos Olímpicos... Foram muitos os acontecimentos que serão lembrados por todos.

SIMONE BILES

A cerimônia de encerramento acabou com uma chamada para as Paralimpíadas de Tóquio. Abertura dos Jogos Paralímpicos está prevista para o dia 24

um show de luzes na formação dos aros olímpicos, simbolizando a energia de todos os torcedores que não puderam estar nas arquibancadas. Muita música japonesa também transportou os atletas um pouco para perto da cidade de Tóquio que eles não puderam conhecer por causa da pandemia do coronavírus. Os participantes dos Jogos só podiam se deslocar entre as arenas e a Vila Olímpica.

PARADA DAS NAÇÕES

Como é de costume na Cerimônia de Encerramento, todos as bandeiras dos países entraram juntas no Estádio Olímpico. A ginasta campeã olímpi-

ca Rebeca Andrade foi a portabandeira do Brasil. Por causa da pandemia do coronavírus, 63 das 206 delegações não enviaram representantes, e suas bandeiras foram carregadas por voluntários. - Estou muito feliz. Eu me sinto muito honrada. De tantos atletas, eu fui a escolhida. É um sonho estar aqui - disse Rebeca Andrade.

BRASIL BEM REPRESENTADO

Assim como na Cerimônia de Abertura, a participação do Brasil foi reduzida para evitar surto de coronavírus. Rebeca Andrade foi a porta-bandeira em reconhecimento às conquistas da ginasta, prata no indivi-

dual geral e ouro no salto. Campeão no boxe, Hebert Conceição foi o representante masculino dos atletas do Brasil. Francisco Porath, técnico de Rebeca, representou os treinadores do Brasil. Completaram a delegação brasileira a médica Ana Corte, o vice-chefe de missão Sebastian Pereira e Bira, funcionário mais antigo do COB.

BANDEIRA E HINO DO JAPÃO

A bandeira do Japão entrou no Estádio Olímpico carregada por quatro atletas do país, um profissional da saúde e uma pessoa com deficiência que vai participar da Cerimônia de Abertura das Paralimpíadas. O hino do

país foi cantado pelo grupo feminino Takarazuka Revue.

PÓDIOS DA MARATONA

Como já virou tradição, a cerimônia de pódio da maratona foi realizada dentro da festa de encerramento dos Jogos. Foi a primeira vez, porém, que a prova feminina da maratona também recebeu essa honraria, reforçando o conceito de igualdade de gêneros dos Jogos de Tóquio. O hino do Quênia tocou para Peres Jepchirchir e Eliud Kipchoge.

MARCANTES

As Olimpíadas de Tóquio 2020 reservou diversos momentos marcantes que vão ficar

Um dos momentos mais marcantes das Olimpídas, foi a expectativa de Simone Biles ser o principal nome das Olimpíadas de Tóquio 2020. E foi. De uma forma inesperada. Multimedalhista olímpica, a ginasta americana chamou a atenção do mundo para a questão da saúde mental, ao desistir de quatro finais devido à condição psíquica debilitada. Sete dias depois de levar a prata por equipes femininas como reserva, ela se sentiu mais confiante para ir para a final da trave e conquistou um bronze. No fim, saiu dos Jogos Olímpicos satisfeita com o desempenho levando em consideração as dificuldades.

PELO BRASIL

"Diz amém que o ouro vem", não importa o que acontecer. O mantra de Italo Ferreira foi capaz de fazê-lo superar até mesmo a quebra da prancha no início da bateria final contra o japonês Kanoa Igarashi. Com uma prancha reserva, o brasileiro dominou a disputa e conquistou o primeiro ouro olímpico do surfe masculino, que se eternizou ao ser o primeiro atleta a ganhar na modalidade.

> NU ARTÍSTICO

Teatro Deodoro exibe Mostra Fotográfica de Hugo Taques Assessoria Tudo pronto para abertura da Mostra Fotográfica de Hugo Taques, intitulada Poesia da Sombra II - Diversidade, na próxima quarta-feira, 11 de agosto, no Complexo Cultural Teatro Deodoro, cuja temática é o nu artístico feminino. Serão expostas 50 imagens captadas pelo profissional com a sutileza típica de um mestre da arte visual que agrega a esse trabalho a sensibilidade de uma alma poética o suficiente para focar o belo em corpos femininos independentemente do padrão estético. A exposição, portanto, é uma leitura da diversidade estética do gênero. Pelas imagens o autor revela destaques fascinantes em cada corpo: sobrepeso, rugas, flacidez, e traços que remetem a uma estética masculina realçando incrivelmente o sexo oposto. Enfim, a mostra artística traduz a mensagem do acolhimento das diferenças, o que tem sido desafiador para a contemporaneidade. Segundo o curador da exposição, Fredy Correia, esta segunda mostra faz parte de uma trilogia sobre a temática para a qual Hugo já começou captar imagens e planejar a terceira. Dessa vez foram convidadas e fotografadas dez mulheres cuiabanas e maceioenses de diferentes

Hugo Taques inaugura Mostra no Teatro Deodoro na próxima 4ª feira

biotipos, idade, orientação sexual e etnia, dando ênfase à diversidade. Poesia da Sombra II - Diversidade ficará aberta à visitação até o dia 13 de setembro. As obras também poderão ser visitadas de forma virtual, para isso basta acessar o endereço http://www.diteal.al. gov.br/tour360/ e fazer o tour 360 graus observando em detalhes cada uma das 50 fotografias.

QUEM É O ARTISTA?

Hugo Taques realizou sua primeira exposição individual em Maceió em maio de 2015 no MISA - Museu da Imagem e do Som de Alagoas. Foram 30 fotos com modelos magras,

altas e jovens. Nesta segunda o olhar do artista mostra que sensualidade e beleza são valores subjetivos e não são exclusivos de nenhuma tipologia de beleza. "Foi um trabalho de muita sensibilidade e delicadeza no trato com as fotografadas. Exigiu confiança mútua, desde o convite para participação do projeto, passando pelas sessões de fotos no estúdio, até a seleção das imagens," disse Taques. Segundo ele, que é natural de Mato Grosso, mas radicado em Maceió- AL, há 16 anos, Poesia da Sombra II - Diversidade, tem uma proposta totalmente inclusiva e aborda questões sensíveis atuais, por vezes polêmicas e permeadas de pre-

Nu artístico feminino compõe a nova exposição do mestre Hugo Taques: são 50 novos trabalhos no Deodoro

conceitos, como a mulher trans, a mulher idosa, negra, magra, plus size e também as portadoras de deficiência física. "Todas elas são reveladas em seus traços mais fortes de plena beleza e naturalidade", resume o artista. Hugo Taques é formado em História pela UFMT, e fotógrafo há mais de 20 anos; aos 63 anos mantém sua paixão por ambas as áreas, inclusive ministra palestras sobre História da Arte e Fotografia Contemporânea. Ele costuma dizer que sua relação com a fotografia é orgânica e que está em constante busca de conhecimentos para se manter vivo e atual.

SERVIÇO: O quê: Exposição Fotográfica (física e virtual) Com 50 imagens monocromáticas ( preto & branco ), medindo 50 X 70 cm, produzidas em estúdio com técnicas de luz e sombra de alto contraste. Título: Poesia da Sombra II - Diversidade Autor: Hugo Taques (fotógrafo) Onde: Presencial: Complexo Cultural Teatro Deodoro (Praça Deodoro Centro - Maceió) Virtual: http://www.diteal.al.gov.br/ tour360/ Quando: Inauguração 11 de agosto. Visitação 11 de agosto a 13 de setembro/21. (Agendamento de visitas guiadas a grupos de escolas e instituições sociais pelos telefones: (82)3315-5660, 98884-6885 e pelo e-mail: escolasditeal@gmail.com) Horário: De segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. Aos sábados, das 10h às 13h. Contatos com o foto artista Hugo Taques: WhatsApp: (82)99924-5154 Email:htaques@gmail.com Redes Sociais: Instagram: @hugotaques e @hugotaquesarte Facebook: Hugo Taques Portfólio: www.flickr.com/photos/189605760@N06


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B4 | Esportes

> GANGORRA DO BRASIL

Olimpíadas 2020: o Brasil em alta e baixa Boxe é destaque; natação, judô e atletismo crescem nas medalhas, mas perdem finais; vôlei vê declínio; esportes novos... GE As Olimpíadas de Tóquio terminaram de forma positiva para o Brasil, com direito a recorde de medalhas, com 21 no total, melhor posição no quadro de medalhas de todos os tempos, 12º, e resultados históricos em diversas modalidades. O boxe puxou a lista das modalidades com destaque, enquanto o vôlei acabou sendo uma decepção, embora o time feminino tenha feito uma campanha muito boa e conquistado a prata.

O GRANDE DESTAQUE

O boxe foi a grande modalidade do Brasil nas Olimpíadas. Foram três medalhas, um ouro, uma prata e um bronze, além de outros dois boxeadores parando nas quartas de final. É a melhor campanha da história da modalidade, superando uma prata e dois bronzes de Londres 2012 e o único ouro de 2016. O time masculino era jovem e estava sendo formado para Paris 2024, mas o atraso de um ano das Olimpíadas antecipou os planos, e nomes como Hebert Conceição Abner Teixeira, respectivamente ouro e bronze, se destacaram já em Tóquio. Beatriz Ferreira, com a prata,

fotos: Divulgação

confirmou sua força no feminino.

OS NOVOS ESPORTES

A GRANDE SURPRESA

Das 21 medalhas do Brasil, a mais surpreendente veio no tênis. Não pelo fato de ter vindo dessa modalidade, que chegou cotada, principalmente com a dupla masculina. Mas por ter chegado com a dupla feminina, formada por Luisa Stefani e Laura Pigossi. Elas sequer estavam classificadas até a semana da abertura, quando, com algumas desistências, saíram da lista de espera e conseguiram a classificação. Foram avançando jogo a jogo, perderam a semi, mas conseguiram uma virada inesquecível na disputa do bronze, quando chegaram a salvar quatro match points.

BOAS MEDALHAS

Atletismo, natação, vela e judô conseguiram bons resultados em termos de medalhas. No atletismo, dois pódios: bronze de Alison dos Santos (400m com barreiras) e Thiago Braz (salto com vara). Na natação, ouro de Ana Marcela (águas abertas), bronze de Bruno Fratus (50m livre) e Fernando Scheffer (200m livre). No judô, dois bronzes, com Mayra Aguiar (até 78kg) e Daniel Cargnin (até 66kg). Na vela,

mas duas Olimpíadas.

Hebert Conceicção acerta o ucraniano na final do boxe, sagrando-se como um dos grandes destaques olímpico

Martine Grael e Kahena Kunze levaram o ouro na 49erFX. Resultados importantes para essas quatro modalidades, tão tradicionais no Brasil. A natação vinha de uma Olimpíada no Rio sem medalha na piscina e conseguiu a melhor campanha da história, o atletismo foi ao pódio em uma prova de pista individual pela primeira vez desde 1984, enquanto o

judô, apesar do ciclo olímpico de altos e baixos, cumpriu o papel de trazer duas medalhas, algo que faz desde 1996. A vela repetiu o que fez em 2016. Se pensarmos só em medalhas, desempenho muito bom dessas modalidades, principalmente a natação, com três pódios. Mas, se pegarmos o número de finais conquistadas, os resultados foram piores do

que o esperado: natação chegou a apenas seis finais (na Rio 2016 foram oito), o atletismo se esperava pelo menos dez finais, mas o número foi de apenas cinco. A vela teve outros quatro barcos na regata da medalha (top 10), um resultado pior do que em 2016 nesse quesito. Por fim, o judô teve apenas cinco judocas no top 8 dos difíceis confrontos, contra sete nas últi-

Quatro medalhas do Brasil vieram do skate e surfe, novas modalidades no programa olímpico. Ouro de Italo Ferreira no surfe, e três pratas no skate: Rayssa Leal, Kelvin Hoefler e Pedro Barros. Os resultados foram bons e as modalidades cumpriram o papel de empurrar a delegação para o recorde de medalhas. Mas o próprio presidente da Confederação Brasileira, Duda Musa, disse que esperava um pouco mais, principalmente pelo fato de nomes como Pâmela Rosa, Letícia Bufoni e Luizinho terem ficado fora do pódio. No surfe, a ausência de Gabriel Medina no pódio acabou deixando com o que surfe tivesse um pódio a menos que o esperado, mas nada que apagasse o ouro de Italo Ferreira.

ESPERAVA-SE MAIS

Tirando a ótima campanha do vôlei feminino de quadra, que conquistou a prata, o vôlei, esporte tão tradicional por aqui, ficou aquém do esperado. Com apenas uma medalha, fez a pior campanha da modalidade desde quando o vôlei de praia entrou no programa dos Jogos, em 1996, nesta Olimpíada decepcionou.

> DE ENCANTAR

Canoagem e ginástica mantiveram uma pequena tradição GE A canoagem e ginástica mantiveram uma pequena tradição de ir ao pódio. Foi a terceira vez seguida da ginástica artística no pódio (2012/16/20) e a segunda da canoagem (2016/20). Nas Olimpíadas de Tóquio, as duas modalidades viveram do brilho solitário de uma estrela: Rebeca Andrade, com um ouro e uma prata na ginástica artística, e Isaquias Queiroz, campeão no C1 1000m. Resultados ótimos dessas duas estrelas, e essas modalida-

des chegaram em outras finais, mas sem pódio. Isaquias, ao lado de Jacky, terminou em quarto no C2 1000m, enquanto Ana Satila foi o destaque da slalom, chegou na final, mas ficou sem pódio. Na ginástica, Nory falhou ainda nas eliminatórias, enquanto Zanetti, no ímpeto de tentar a medalha, dificultou a série, mas caiu na saída. Flavia Saraiva, se recuperando de lesão, teve um desequilíbrio na trave.

HISTÓRICOS

Nas Olimpíadas, nem só

as medalhas são importantes. Algumas modalidades atingiram resultados importantes, muitas vezes os melhores da história. No tênis de mesa, Hugo Calderano, no individual, e a equipe chegaram nas quartas de final, nos melhores desempenhos da história na modalidade. No tiro com arco, a nona posição de Marcus D´Almeida também foi o melhor de todos os tempos, igualando o que Ane Marcelle fez em 2016. No badminton, Ygor Coelho venceu um jogo, o pri-

meiro triunfo da história do país em uma edição das Olimpíadas. No remo, Lucas Verthein ficou em 12º lugar na prova do skiff simples, a melhor posição do Brasil na modalidade dos últimos 29 anos. Nos saltos ornamentais, Kawan Pereira, de apenas 19 anos, foi o primeiro finalista brasileiro da plataforma 10m, ficando em 10º lugar, um ótimo resultado.

GOSTO AMARGO

Algumas modalidades chegaram aos Jogos Olímpicos de Tóquio com chance real de pódio, mas acabaram saindo sem medalha. O resultado não foi decepcionante, mas ficou um gosto amargo por não ter atingido o objetivo. Casos do ciclismo, com Henrique Avancini em 13º no mountain bike, e Renato Rezende parando na semi do BMX; esgrima,

com Nathalie Moelhoussen caindo para uma vice-campeã olímpica na primeira rodada; na prorrogação; no taekwondo, principalmente com Milena Titoneli, que fechou em quinto lugar; hipismo, que fechou em sexto lugar por equipes; wrestling, com três eliminações na estreia; e no tiro, em que Felipe Wu, prata da Rio 2016, ficou distante de uma vaga na final.

BEATRIZ FERREIRA

A brasileira Beatriz Ferreira, campeã mundial de 2019, perdeu, no último domingo, para a irlandesa Kellie Harrington, ouro no Mundial de 2018, por decisão unânime dos juízes e conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio na categoria até 60kg do boxe. - Saí do Brasil com a meta de conseguir a mãe de todas,

não consegui, tentei mudar de cor, mas não consegui. Vou continuar trabalhando para que ela mude. Claro que o objetivo era o ouro, o ouro não veio, mas estou contente com essa aqui. Sou medalhista olímpica, é para poucas. (...) Acredito que representei bem, não foi o ouro, mas foi a medalha de prata com sabor de ouro – disse Bia logo após colocar a medalha no peito, e prometeu que estará em Paris-2024: “Tá logo ali. Aguardem”. As duas atletas jamais tinham se enfrentado em uma competição oficial. Kellie Harrington foi campeã mundial em 2018, quando Beatriz estava do outro lado da chave e parou nas oitavas de final. Já Beatriz foi campeã em 2019, quando Kellie estava machucada e não competiu. Em 2024 uma nova história pode ter um final de ouro.

Rebeca Andrade com o ouro e a prata das Olimpíadas de Tóquio, foi classificada como o brilho solitário de 2020


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Opinião |B5

A foto do fato

Editorial

O pior dos males

Numa democracia com sistema capitalista aberto, sem amarras e sem controle do Estado, as intempéries são muitas e constantes, as crises são tão frequentes como inevitáveis e múltiplas, também, são as dificuldades enfrentadas pela maioria do povo. Para efeito de ilustração, citemos algumas dessas dificuldades: educação pública deficiente, falta de segurança, saúde precária, falta de moradias, desemprego, violência urbana. São problemas que atingem principalmente as famílias mais pobres, mas com renda, porque o Brasil também tem milhões de pessoas vivendo em condições de miséria social, mormente moradores de rua. Nenhum desses problemas, entretanto, tem a dimensão corrosiva de um fenômeno econômico chamado 'inflação', que significa 'excesso' (de efeitos negativos sobre a vida das pessoas). Alguém já disse, com absoluta propriedade, que a inflação é o pior dos impostos, aparentemente invisível - pois ninguém recolhe dinheiro, ninguém vai ao banco ou usa aplicativo para pagá-lo - mas todos sentem o impacto no bolso, na redução do rendimento, do salário - e contra o qual não existe sonegação. Para ficar em tempos mais recentes, a inflação atacou durante o regime militar nos anos 60, 70 e começo da década de 80, e voltou feroz após a redemocratização que teve como marco a eleição presidencial de Tancredo Neves, que faleceu e foi sucedido pelo vice José Sarney. Só para se ter uma ideia: quando Sarney passou o governo a Collor, em março de 1990, a inflação oficial atingiu a casa dos 84%. Era o sinal da hiperinflação. Cenário: salários devorados, escassez de produtos e um mercado financeiro inchado. Com remuneração vinculada à inflação, ninguém produz, quem tem algum aplica na chamada ciranda financeira. E o drama social ganha ares de tragédia. A crise inflacionária foi contida pelo Plano Real, entre 1993 e 1994, o que permitiu a retomada do desenvolvimento, mas o fantasma está de volta. A taxa inflacionária deste ano deve ficar em 7%, no mínimo. Sinal vermelho. Há claros indícios de descontrole na economia a exigir ações enérgicas do governo. O pior dos males, o imposto mais cruel já representa uma ameaça real com Presidente do Supremo Tribunal, Luiz Fux, e presidente da República, Jair Bolsonaro, travam embate institucional em clima de forte tensão reflexos na vida da grande maioria dos brasileiros. entre os poderes. Para onde caminhamos? O experiente ministro Marco Aurélio Mello resume em uma frase: "A corda está muito esticada"...

De filho para pai

Reforma tributária: o pior dos mundos?

Meu pai, hoje não o tenho Já faz quase uma década da mais fisicanossa despedida, e o acontecido mente, poparece haver sido ontem. Lembro rém sempre o seu olhar vindo em semblante lembrarei que cansado ansiosamente a me o senhor me mirar, desejando querer dizer viu dar os prique gostaria de ficar sem conse- meiros passo, guir, pois havia chegado a sua estava lá hora, e você se foi para sempre quando balbuciei minha primeira me deixando triste e desolado. palavra, passei a conhecer o alfaHoje, apesar do tempo haver beto e em um campo de futebol passado com a rapidez da água ensaiava os chutes iniciais em do mar que escorre por entre os uma bola de couro. dedos, quando com as mãos ten- Para mim, não existia coisa no tamos represa-la, a sua imagem mundo que você, painho, não continua a brilhar em minha reti- soubesse fazer! Guardo até hoje na, levando-me a entender que todo o aprendizado adquirido saudade é a solidão acompanha- em nosso convívio, as diversas da, é quando o amor ainda não memórias que juntos criamos, as foi embora, mas o amado sim. variadas aventuras por nós pratiLembro do seu vigor, quando cadas, os filmes assistidos em sua quase em êxtase colocava-me companhia sempre me contando sentado em seus ombros para o enredo para facilitar a compassearmos na preensão. avenida, das Por outro lado, suas boas coneu estive lá no “Antes voce versas com as surgimento do quais muito ria cuidava de mim, seu primeiro fio enquanto tobranco, o qual hoje fico triste mávamos cerveusando tinta ja gelada nos bem preta tenpor não ter bares da cidatou esconder, tomado mais de. Não posso permaneci a esquecer da sua admirá-lo quanconta de você” alegria a cada do assumiu a sua degrau da vida careca rodeada que com muita por cabelos gridificuldade e esforço, seguindo o salhos. Pai, sou grato por cada seu exemplo, conseguia subir. momento que usufruímos em Recordo-me da sua felicidade ao família, por cada bronca ou abrase tornar o amoroso avô das min- ço forte que me deu. Antes você has três filhas, verdadeiros anjos cuidava de mim, hoje fico triste de candura, que com suas chega- por não ter tomado mais conta das me fizeram sentir completo e de você. Muito mais do que pai e realizado. filho, fomos e seremos parceiros Dou razão ao poeta que um dia para todo o sempre. escreveu: "O ciclo da vida passa, E hoje, meu querido velho, penmenos no abismo do coração. Lá sando em você dirijo-me a mindentro, perdura a graça do amor has filhas pedindo que da mesma florindo em canção." Talvez inspi- forma que sempre lhes acomparado nesses dizeres, não existe nhei em seus caminhos, em um único dia em meu viver que determinado momento, quando ao acordar, quase sempre encan- as minhas pernas estiverem trôtado com o nascer do sol, não pegas, segurem em minhas mãos fortaleça a certeza de que apesar para um dia terminar o meu. Um de não mais possuir beijo no coração de todos os pais a meu dispor os momentos vivi- do mundo. dos, ainda tenho todo o tempo do mundo para respirar e perma(*) Presidente da Academia necer realizado ao lado dos meus Alagoana de Letras amores.

Alexandre Rands Barros (*)

Alberto Rostand Lanverly (*)

A grande discussão econômica ao longo da semana passada ainda girou em torno da reforma tributária. Ela tem se concentrado na tributação dos dividendos. Mais fortemente na distribuição dos percentuais tributados na empresa e na pessoa física. A ideia é tributar em algo entre 12,5% (relator) e 22,5% (governo, original) os dividendos ainda nas empresas (IRPJ) e entre 20% (original) e 22,5% (relator) na pessoa física (IRPF), após sua distribuição. A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) permanece nos mesmos 9% atuais (o ministro Guedes admitiu reduzi-la). Isso elevaria a carga tributária direta sobre os acionistas das empresas para 45,2% na visão do governo/Receita Federal ou para 39,2% no caso da proposta do relator, enquanto hoje ela é de 34%. Essa menor concentração do ônus tributário nas empresas, em tese, deveria elevar a competitividade internacional brasileira na atração de investimentos, apesar de estudos empíricos não confirmarem tal hipótese. Esse modelo de participação da tributação entre pessoas física e jurídica gera incentivo para as empresas não distribuírem lucros, utilizando-os para aumento do seu capital. Nesse caso, a parte que seria paga através de IRPF não existirá. Isso gera uma perda de arrecadação potencial, que pode ser elevada. As empresas que recorrerem a esse artifício pagariam algo entre 21,5% (versão do relator) e 31,5% (versão do governo) de IRPJ+CSLL, ambos inferiores ao que se paga

hoje (34%). Essa redução na tributação se justificaria pela queda na oneração de investimentos. Acredita-se que tal mudança possa vir a elevar o crescimento econômico. Contudo, esse ganho causado pela maior eficiência seria inviabilizado pela perda de arrecadação, pois o Brasil continua com os estrangulamentos fiscais de práxis. É difícil sacrificar arrecadação nos próximos anos. Além disso, a queda de arrecadação dos estados e municípios, obtida pela participa-

“Esse modelo de participação em tributação entre pessoas física e jurídica gera incentivo para as empresas” ção deles no imposto de renda (FPE e FPM), seria proporcionalmente maior. Toda a economia das empresas seria realizada no imposto de renda, que possui tal participação. A CSLL, que não tem participação de estados e municípios na arrecadação, continuaria intacta. Esse desequilíbrio de impacto nos entes federados é mais um problema

que pode inviabilizar essa parte da reforma tributária, se mantida nos termos atuais. Dois outros itens também são objetos de discussões: (i) a retirada dos juros sobre capital próprio, que reduz parte dos tributos empresariais (cai de 34% para 15% no modelo atual a parte que pode ser justificada sobre essa rubrica), e (ii) a redefinição da tributação das pessoas jurídicas de pequeno porte. A ideia é evitar a chamada pejotização de profissionais de alta remuneração e assim forçá-los a pagar INSS. As propostas nessas áreas ainda estão se moldando e estão bem confusas. Até agora a reforma está conseguindo desagradar a quase todos, além de gestores subnacionais, empresários e profissionais de alta qualificação. A maior motivação da reforma, que era simplificar os processos tributários, fugiu completamente das preocupações das propostas, até então. O governo tomou em suas mãos uma demanda da sociedade para justificar uma proposta completamente diferente, que talvez até exacerbe alguns dos problemas hoje existentes. Ou seja, a reforma está sendo mais uma trapalhada do governo. (*) Economista

A saúde, o veto e as inovações tecnológicas Marcus Pestana (*) Na última terça-feira (27), saiu publicado no Diário Oficial da União o veto do presidente Jair Bolsonaro ao Projeto de Lei no. 6330/2019, de autoria do senador Reguffe (Podemos-DF), que pretendia estabelecer a incorporação automática dos medicamentos antineoplásicos de uso oral a partir do simples registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sem a devida "Avaliação de Tecnologias em Saúde" (ATS) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para todos os usuários de planos e seguros de saúde. Sempre considerei que a aprovação de qualquer medida legislativa deveria se dar a partir da avaliação criteriosa de seu conteúdo e não de sua origem ou da postura governista ou oposicionista do parlamentar. Não há sentido em uma oposição sistemática do tipo "quanto pior, melhor". Ouso dizer, na linha de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que o veto presidencial está correto. Assusta-me a postura de meus colegas, exgestores de saúde, hoje exercendo mandatos parlamentares, que não levantaram essa discussão e aprovaram o PL 6330/2019 acriticamente, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que a ATS é "a avaliação sistemática das propriedades, efeitos e/ou impactos da tecnologia da saúde. Seu principal objetivo é gerar informação para a tomada de decisão, incentivando a adoção de tecnologias custo-efetivas e prevenindo a adoção de tecnologias de valor questionável aos sistemas de saúde". Hoje, em todo o mundo, é aceito que os cus-

tos dos sistemas de saúde, públicos ou privados, serão crescentes. Isto se deve à transição demográfica e ao frenético processo de inovação tecnológica no setor. Ninguém, em sã consciência, se coloca contra a incorporação de inovações que melhorem a atenção à saúde dos brasileiros. Em abstrato, na incorporação de novas tecnologias, o céu é o limite. Mas aí, nós, os chatos economistas, erguemos conceitos como restrição orçamentária e relação custo-efetividade. Isto impõe o exercício da ATS. No Brasil é papel da CONITEC e da ANS. Em

“Ninguém, em sã consciência, se coloca contra a incorporação de inovações que melhorem a saúde dos brasileiros” dois dos melhores sistemas de saúde do mundo é função da NICE, no Reino Unido, e da CADTH, no Canadá. Ninguém no mundo desenvolvido faz incorporação tecnológica automática. A Anvisa analisa unicamente a segurança e a eficácia. Mas isto não se confunde com a necessária ATS. É preciso esclarecer que os

novos medicamentos são caríssimos. E "não há almoço grátis". Alguém irá pagar a conta. No caso do SUS, todos os contribuintes. No caso da Saúde Suplementar, todos os 48 milhões usuários de usuários, que verão suas mensalidades subir significativamente. No caso concreto, qualquer oncológico recém-lançado implicará em tratamentos que custam entre R$ 500 mil a R$ 1 milhão por ano. Os planos de saúde já cobrem o tratamento de câncer, inclusive 58 medicamentos orais. A partir da última incorporação ao rol feita pela ANS, em abril de 2021, existem apenas 11 medicamentos, que têm registro na Anvisa a serem avaliados, que custam de 3.000 a 113.000 reais a caixa. O Canadá ainda não aprovou nenhum deles e o Reino Unido apenas um. Se o Congresso Nacional derrubar o veto, o Brasil será pioneiro. O processo de ATS na ANS tem levado de dois a três anos. É muito tempo. Porque não fixar 180 dias, com a possibilidade excepcional de mais 90 dias, como propôs, em substitutivo, o deputado Pedro Westplalen? Uma última pergunta: e os 166 milhões de brasileiros que dependem exclusivamente do SUS? Serão excluídos mais uma vez, aumentando a iniquidade social na saúde? (*) Ex-deputado federal

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