REVISTA CATÓLICA PARA A FAMÍLIA
A Semana Santa
Tradições e significados do período que revive a Morte e a Ressurreição de Cristo
Quadrinhos
Páscoa não é só chocolate!
Mentira
ABRIL - 2014
A máscara da FEIURA
O Sermão das Sete Palavras
20
22
Quadrinhos: Lico
Oração
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Sumário 6
Liturgia de abril
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Semana Santa
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As tradições populares da Semana Santa no Brasil
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Mentira: a máscara da feiura
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Quadrinhos: Lu e Zeca
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Diversão
Equipe Pe. Edecildo J. Antônio Prado da Silva Prof.ª Maria Helena Menezes Carvalho Prof. Alessandro Marcondes A. Guimarães Pe. Vanderci Coelho de Oliveira Prof. Emerson Ribeiro Chaves Prof. Geraldo Vieira Júnior Irmã Liza Helena Ramos Odília Ladeira Grilo Santos Mariana Angélica Fernandes Adriana Barbosa Duarte Daniela Silva Santos Ana Luiza Silva de Lima André Castro Ferreira Alves Reginaldo Aparecido Mesquita (Lico) Ilustração e diagramação Eric Ricardo da Silva Revisão ortográfica Márcia Luzia da Silva Esta revista é editada por uma equipe do COLÉGIO SANTA MARIA.
www.santamaria.pucminas.br
ta A TURMA,
Amigos e amigas da Revis Saúde e paz!
um nós, cristãos, viveremos Neste mês de abril, todos ra po pro ero : a Semana Santa. Qu período muito importante o er sab e para este momento. Procur você uma tarefa especial ver , con e integra a Semana Santa significado de cada dia qu muito imou com os catequistas. É is, pa s seu os com do san na Santa, deiro significado da Sema portante conhecer o verda e entrequ , renova sua fé em Cristo pois neste período a Igreja suscitando var e venceu a morte, res gou sua vida para nos sal no terceiro dia. ar sua gria e lembre-se de renov Celebre a Páscoa com ale nta. Sa na ma Se a pre mais sobre fé, buscando aprender sem ndo çoa en ab r, te ajude nesta tarefa, Que Jesus, nosso Salvado . você e toda a sua família Azevedo Dom Walmor Oliveira de de Belo Horizonte Arcebispo Metropolitano
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Editorial
Amigos leitores da Revista A TURMA, tudo bem? Como é bom nos encontrarmos novamente! Espero que estejam aproveitando bastante A TURMA. Várias pessoas têm colaborado para que nossa revista tenha um bom conteúdo e boas ilustrações. Você sabia que A TURMA é uma das poucas revistas de formação catequética para a família editadas no Brasil? Inclusive, quero agradecer e parabenizar os vários assinantes que nos últimos meses passaram a fazer parte de um grande número de pessoas que desfrutam das páginas de nossa revista. Agora gostaria de dirigir algumas palavras para as seguintes pessoas: Para os pais e avós
Leiam para as crianças as histórias da revista. Quem ouve também desenvolve a capacidade de contar.
Para os catequistas e professores
Há muitos textos que produzimos que podem ser aproveitados para um trabalho com as crianças, tais como: gentileza urbana, a liturgia de cada domingo e outros.
Para os padres
Sugiro que vocês incentivem os catequistas e catequizandos a adquirirem uma assinatura da revista.
Para as crianças
Depois de utilizar a revista quem sabe você poderia doar a revista para um amiguinho? Isso seria muito bom!
Meus sinceros agradecimentos aos colaboradores e aos assinantes da nossa querida revista! Um abraço fraterno, boa leitura e boa diversão! Padre Edecildo J. A. Prado da Silva Diretor da Revista A TURMA
No Caminho de Jesus Irmã Liza Helena Ramos
Liturgia de abril Abril é o mês da Páscoa. Na nossa caminhada quaresmal já contemplamos Jesus como Aquele que é Vida (“entrega sua Vida e a retoma”): tira da morte e dá a Vida. Sejamos como discípulos de Jesus, adeptos da vida, descobrindo sinais de Vida, levando Vida onde há morte. Dia 06/04 5.º Domingo da Quaresma
Dia 13/04 Domingo de Ramos
João 11,1-45
Mateus 26,14-27.66
A vitória da Vida sobre a morte. Quem acredita nessa verdade, que é confirmada por Jesus, não perde seu tempo. E vai ao encontro de Jesus quando se depara com uma situação de morte (sofrimento causado pelo pecado). Expressa sua fé e aprende maneiras de colaborar com Jesus, que é Vida, tirando as ataduras que impedem as pessoas de ver e caminhar. Jesus grita: “Lázaro, vem para fora”. E Lázaro sai da morte para a vida! Algumas situações ou pessoas estão prendendo você, como num túmulo? Talvez você, ou alguém conhecido, precise de ajuda, como Lázaro, para se libertar do que está “sepultando” sua vida, sua liberdade, oferecida por Jesus. Peça ajuda. Reze. Estenda as mãos para Jesus. Acolha a Vida! A Páscoa já vai chegando. É um bom tempo para ressuscitar com Jesus!
“O rebaixamento de Jesus revela sua solidariedade radical com os últimos da sociedade, com aquelas pessoas sem valor, desprezadas, excluídas e descartadas. Esse Jesus que se fez escravo nos convida ao seu seguimento. Ele é Deus e Senhor de todas as coisas. A Ele dobramos nossos joelhos e prestamos homenagem juntamente com toda a Criação” (Celso Loraschi em Vida Pastoral, comentando Fl 2,6-11). Os dois longos capítulos de Mateus escolhidos para nossa meditação nesse Domingo de Ramos narram os últimos momentos da entrega de Jesus para nossa libertação do pecado. Ouvindo ou lendo-os com atenção e fé, você poderá acompanhar Jesus, que em seu Amor se faz o Cordeiro de Deus que dá a vida para nossa libertação de todo o mal. Reserve um tempo para essa leitura – sozinho, com alguém, com sua família ou comunidade. Você perceberá, crescendo, sua gratidão a Jesus, sua fé, sua solidariedade. Por quem sofreu Jesus uma morte assim? Por você, pela humanidade! Vale a pena ser cristão, seguir Jesus, participar de sua ação salvadora e aclamar, seguindo-o: “Hosana ao Nosso Salvador”! 6
Dia 27/04 2.º Domingo da Páscoa
João 20,1-9
João 20, 19-31
É o primeiro dia da semana, da Nova Semana, pois, com a Ressurreição de Jesus, Deus inaugura uma Nova Criação. É tempo de Luz, da Vida Nova na fé em Jesus vitorioso.
Jesus aparece para os apóstolos depois de ressuscitado. Glorioso, vitorioso, o Filho amado do Pai cumpre a promessa feita em sua despedida: o Espírito Santo e a paz. E, como condição para a paz, dá aos seus a missão do perdão dos pecados, concedido por Deus.
Mas só a fé nos torna possível reconhecer os sinais de Jesus ressuscitado. Ainda estava escuro. Também na nossa vida o escuro da ignorância, do egoísmo, dos vícios, das ambições, da falta de amor, nos impede de reconhecer sinais do Ressuscitado. Jesus não está mais no sepulcro, lugar de mortos, mas está conosco: vivo, estimulando nossa fé, nossa esperança, nosso amor. Sinal da sua Ressurreição é um gesto fraterno; é a Palavra de Deus proclamada, meditada, acolhida. É a comunidade reunida para celebrar, rezar, promover a vida. É a Eucaristia que nos transforma em seguidores de Jesus: João vai junto com Pedro. Mas, porque ama Jesus, reconhece os sinais de que está vivo!
O Espírito Santo nos possibilita, por seus dons, viver a paz, promover a paz. A paz da reconciliação da humanidade com Deus. O episódio com Tomé é o quadro de comunicação da bênção concedida a nós, os que “não viram, mas creram”. Nós cremos nos testemunhos deixados por escrito pelos apóstolos nos Evangelhos, nas Cartas, nos Atos. Somos bem-aventurados. Somos herdeiros do Espírito do perdão e da paz. Que você e eu, todos os cristãos, sejamos bons administradores dessa bênção, que cresce na medida em que a partilhamos.
Jesus não está no sepulcro. Ele está vivo. Está entre nós! Aleluia! O que você acha que Jesus espera de você, para que seja também um sinal da sua Ressurreição? Alegre-se! Vá! Siga-o, cantando ALELUIA com a voz, gestos, vida, enfim!
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No Caminho de Jesus
Dia 20/04 Domingo de Páscoa
Matéria de capa Adriana Barbosa Duarte
Semana Santa
Os últimos passos de Cristo até a Ressurreição são revividos A Semana Santa é um período especial e sagrado para os católicos. Recebe esse nome por nos introduzir, diretamente, no mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A Igreja recorda a vida de Cristo, que nos deu a sua Vida para nossa salvação. Mostra que vale a pena lutar pela justiça, honestidade e compromisso de viver em um mundo com amor e paz, o compromisso do amor de Deus para com os homens. Cada dia da Semana Santa possui um significado especial, já que revive os últimos passos de Jesus Cristo até a sua Ressurreição. Para a Igreja Católica, inicia-se depois do Domingo de Ramos (domingo que antecede a celebração da Páscoa), data que representa a entrada de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém. O evento está presente nos Evangelhos, que contam a jornada de Jesus à Cidade Santa para celebrar a sua última Páscoa com os discípulos. Como explica a Bíblia, Jesus Cristo, montado em um jumento, é recebido por centenas de pessoas, com muito entusiasmo e fervor, que carregam ramos de oliveira e palmeiras nas mãos para saudá-lo.
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Matéria de capa
O Domingo de Ramos é celebrado, nas igrejas católicas, com uma procissão de fiéis, que cantam hinos e carregam ramos. Ao chegar à igreja, uma missa é celebrada com leitura de trechos bíblicos sobre o sacrifício de Jesus Cristo. Os fiéis costumam levar para a igreja ramos de oliveira, a fim de serem abençoados, como símbolo de sua fé. Os primeiros dias da Semana Santa são marcados pela preparação mais imediata da Páscoa. Na Segunda-Feira Santa, a Igreja relembra o momento de descanso de Jesus, na casa de uma família que lhe era muito estimada. A casa de seu amigo Lázaro (a quem Ele havia ressuscitado), Marta e Maria Madalena, numa aldeia chamada Bethânia. Ainda segundo o Evangelho, nesse dia, Maria, irmã de Marta, perfumou o Senhor com uma essência cara, o que, para os judeus, significava um gesto de amor e de acolhida, depois o enxugou com os cabelos. O ato causou crítica por parte de Judas Iscariotes, que achava desperdício banhá-lo com perfume caro, em vez de vender o frasco para repartir o dinheiro com os pobres. O Senhor, porém, respondeu-lhe: “Deixa-a! que ela o guarde em vista do meu sepultamento. Os pobres, sempre os tendes convosco. A mim, no entanto, nem sempre tereis”. Como lembra o Evangelho, o aroma que encheu a casa previa a fragrância do amanhecer da Ressurreição no Domingo da Páscoa. Na terça-feira que antecede a celebração da Páscoa é lembrado o dia em que Jesus Cristo anuncia a sua Morte, causando grande sofrimento aos seus discípulos. Cristo também revela o que se passa no coração de Judas Iscariotes, aquele que o iria trair. Jesus manifesta o seu amor por todos nós e, consciente, aceita o destino que o aguarda, como forma de mostrar ao mundo a glória de Deus e, assim, para que a sua Salvação chegue até os últimos confins da terra. No Evangelho de quarta-feira, é apresentada a traição de Judas. O Evangelho descreve como o apóstolo foi ter com os chefes dos sacerdotes, a quem se ofereceu para trair Jesus. Naquele dia, Judas Iscariotes aceitou trinta moedas de prata como recompensa da sua traição.
Matéria de capa
Tríduo Pascal A Quinta-Feira Santa marca a transição da Quaresma para o Tríduo Pascal. É o dia em que a Igreja rememora a Última Ceia de Jesus Cristo com seus apóstolos, onde Jesus, humildemente, lavou os pés dos seus doze discípulos. No momento do lava-pés, Judas Iscariotes sai para entregar Jesus em troca das trinta moedas de prata. Durante a Última Ceia, Jesus Cristo instituiu a Eucaristia, o Santo Sacrifício, como sua eterna memória e, em seu último discurso, encorajou os discípulos a amarem-se uns aos outros. Após a Santa Ceia, Jesus dirigiu-se ao monte de Getsêmani, tomou consigo três discípulos e começou a sua agonia nos jardins, onde foi preso pelos judeus. A Sexta-Feira Santa é o primeiro dia do Tríduo Pascal, o grande dia de luto para a Igreja. Não há Santa Missa, mas celebração da Paixão do Senhor que consta de três partes: Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz e Sagrada Comunhão. A Sexta-Feira da Paixão marca o sofrimento de Jesus Cristo, a crucificação. Após sua prisão, Jesus é julgado e açoitado. Recebe a coroa de espinhos na cabeça, é condenado e carrega a sua própria cruz até o Monte Calvário. Jesus Cristo é crucificado ao meio-dia, entre dois ladrões, e às três horas, morre. O corpo do Senhor é retirado da cruz e colocado num sepulcro cavado na rocha. O Sábado Santo é conhecido como o dia da oração silenciosa e do jejum, quando os cristãos choram pela Morte de Jesus Cristo, momento de profunda contemplação. No Sábado Santo, inicia-se a Vigília Pascal, ao final do dia, e termina com o amanhecer da Páscoa.
Páscoa O Domingo de Páscoa é o ápice do ano litúrgico, quando a Igreja se reúne para comemorar a Ressurreição de Jesus Cristo, sua vitória sobre a Morte. É o dia do grande milagre, quando Jesus Cristo volta à Vida através da Ressurreição. A Ressurreição de Jesus Cristo simboliza o início de uma Vida Nova, iluminada. Por isso dizemos que a Páscoa é renascimento. 10
Matéria de capa Significado das tradições da Semana Santa Missa de Ramos: abre a Semana Santa. Na procissão, o louvor do povo com os ramos é o reconhecimento de que Jesus é o Messias. Missa dos Santos Óleos: acontece na manhã da Quinta-Feira Santa. O óleo de oliva, misturado com perfume (bálsamo), é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação. Missa de Lava-Pés: acontece na Quinta-Feira Santa, à noite. O gesto de Cristo em lavar os pés dos apóstolos deve despertar a humildade, mansidão e respeito com os outros. Nesse dia, faz-se memória à Última Ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia. Ainda na quinta-feira, o altar é despido para tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como expressão de um grande e respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus. Tríduo Pascal: começa na Quinta-Feira Santa. São três dias santos em que a Igreja faz memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Jejum e abstinência de carne vermelha: realizados na Sexta-Feira Santa, constituem uma forma de participar do sofrimento de Jesus. É um dia alitúrgico na Igreja, com a celebração da Adoração da Cruz. Impera o silêncio e clima de oração, fazendo memória à Paixão e Morte do Senhor. Vigília Pascal: é realizada no Sábado de Aleluia, em que se vai anunciar a Ressurreição de Cristo, sua vitória sobre a morte. 11
Fique por Dentro Adriana Barbosa Duarte
As tradições populares da Semana Santa no Brasil Com o final do período da Quaresma, os quarenta dias de jejum e penitência que precedem a festa da Páscoa, que têm início na Quarta-Feira de Cinzas e termina na Quarta-Feira Santa, os fiéis católicos passam a reviver os últimos passos de Jesus Cristo, relembrando sua Paixão, Morte e Ressureição. Diversas tradições são realizadas ao longo da Semana Santa, em preparação ao acontecimento mais importante para esses religiosos, a Páscoa do Senhor. Muitas das tradições da Semana Santa não são celebrações prescritas pela Igreja, mas fazem parte do universo da religiosidade popular. Essas tradições podem ser vistas como práticas da piedade popular, o que a Igreja não condena. São práticas que ajudam o povo a se colocar nessa intimidade com o Senhor. O importante é que elas conduzam à verdadeira liturgia.
Costumes populares No Brasil, a produção dos tapetes com serragem colorida, que enfeitam as ruas especialmente das cidades do interior do País, e as peças que encenam a crucificação de Jesus Cristo dão início às celebrações que culminam no festejo da Páscoa, com a tradicional troca de ovos de chocolate. Muitos fiéis, em geral os adultos, fazem jejum, pois, segundo a tradição, tal hábito durante a Semana Santa os redime de pecados que possam ter cometido. O mais popular costume é o de não comer carne vermelha durante a Quaresma. Ainda segundo costumes populares, não se pode varrer casa, pentear cabelo ou ouvir música ao longo da Semana Santa. Na Sexta-Feira da Paixão, em algumas cidades interioranas, não é permitido se banhar. Para os fiéis mais tradicionais, o corpo que não foi banhado fica com um tom de pele cinza, remetendo à cor do barro do qual o homem, segundo a Bíblia, foi feito. É o dia de maior penitência para os homens de fé. Não se come carne vermelha na Sexta-Feira da Paixão.
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Procissões
A festa da vida
Em muitas culturas ainda subsistem rituais populares de penitência, como procissões em que se carregam enormes imagens de Cristo com a cruz, coberto das chagas da flagelação, e de Maria, na sua dor de mãe diante do sofrimento do Filho. No Nordeste brasileiro, ainda existe a confraria de autoflageladores. Nem todas as celebrações da Semana Santa são universais. Procissão do Encontro, na Quarta-Feira Santa, Procissão do Fogaréu, conhecida também como Noite da Prisão, Procissão do Enterro ou do Senhor Morto não são realizadas em todas as paróquias. Essas tradições podem ser vistas como práticas da piedade popular, o que a Igreja não condena. A piedade popular tem o seu valor na experiência de fé do povo, são práticas que ajudam os fiéis a se colocarem em intimidade com o Senhor.
O dia de Páscoa é a explosão da alegria, da certeza da vida que, em Cristo, adquire novo significado e dimensão. Para os fiéis, tudo isso é expresso por meio de símbolos ligados à vida, à luz e à alegria de viver. As velas, os trajes mais luxuosos, a procissão alegre, cheia de cantos e, em algumas culturas, até com danças; os ovos e coelhos, símbolos da fertilidade e da multiplicação da vida. O povo liberta-se da tristeza da semana anterior, cumprimenta-se nas ruas, sente-se participante e manifesta sua fé na renovação da vida, centrada na Ressurreição de Cristo, vitorioso sobre a morte. Em certos lugares, durante as procissões festivas, carros alegóricos desfilam, enaltecendo a abundância da vida em seus componentes e distribuem-se pães especiais. As flores misturam-se à fé. Tapetes de flores e serragem, com mensagens de paz, são produzidos em algumas cidades, por onde passam procissões.
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Fique por Dentro
O Sermão das Sete Palavras Depois da Via-Sacra na Sexta-Feira Santa, muitos fiéis costumam meditar sobre as últimas sete palavras de Jesus Cristo na cruz. São elas: “Pai, perdoa-os porque não sabem o que fazem.” Cristo esquece o seu próprio sofrimento e pede a seu Pai o perdão para aqueles que o pregaram na cruz. É a lição do perdão.
“Ainda hoje estarás comigo no Paraíso.” Jesus fala com o ladrão crucificado ao seu lado. O que salvou o bom ladrão foi sua fé em Cristo.
“Mulher, eis aí o teu Filho; filho, eis aí tua Mãe.” Assim, Maria é a Mãe de todos os homens e nossa.
“Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Nesse momento, Cristo carrega sobre si nossos pecados e está nos alcançando o perdão. Por isso, o Pai lhe permite sentir a solidão que sentimos quando pecamos, o que o leva a se sentir abandonado.
“Tenho sede.” Jesus Cristo supera a sede física, sente a necessidade de ser compreendido.
“Tudo está consumado.” Cristo cumpriu fielmente tudo o que o Pai lhe pediu.
“Em tuas mãos entrego meu espírito.” Cristo entrega sua alma ao Pai, com muito amor.
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Gentileza Urbana Odília Ladeira Grilo Santos
Mentira:
a máscara da feiura Uma mentirinha pode parecer tão inofensiva! Nem sempre quem mente tem a intenção de prejudicar alguém. No entanto, essa atitude sempre causa algum transtorno. É verdade que as pessoas mentem. Mas é tão feio! Quem costuma mentir torna-se prisioneiro. A pessoa que mente é a maior prejudicada. Quando ela mente, é como se colocasse uma máscara que lhe tira toda a beleza. Acontece que ela fica tão envolvida que nem percebe que a cada mentira tudo piora, pois uma mentira pede outra e mais outra. Assim, aumenta o número de mentiras e, junto delas, a tristeza, o medo, a feiura. Quando acontece alguma coisa que não deu muito certo, é natural ficar apreensivo com a reação das pessoas. É uma tentação mentir. Nessa hora é preciso coragem para vencer o medo e agir corretamente. É o momento de falar a verdade sem temer, pois, do contrário, a pessoa fica presa na máscara da feiura, no medo de ser desmascarada e no isolamento porque as nossas amizades são baseadas na confiança. Quando alguém sente que foi enganado, fica entristecido, decepcionado e pode se afastar. As crianças são a esperança de uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais verdadeira. Procurar viver a verdade é um princípio para ser uma pessoa melhor e ainda mais bonita. Finalmente, é bom lembrar: “mentira tem perna curta”, diz o ditado popular. Portanto, em algum momento a verdade aparecerá. Então, se chegou a mentir, assumir é a melhor alternativa para reconquistar a confiança dos outros e também a própria tranquilidade. Simplesmente porque a verdade liberta e a mentira é a própria máscara da feiura.
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Quadrinhos Roteiro: Prof.ª Maria Helena M. Carvalho Desenho: Eric Ricardo da Silva
Páscoa não é só chocolate
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Quadrinhos
Divers達o Eric Ricardo
Sete Erros
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19 Resposta: Cruz de Jesus, cabelo de Verônica, sudário, manga da roupa de Jesus, coroa de espinhos, nuvem e suor de Jesus.
Diversão
Quadrinhos Reginaldo Aparecido Mesquita
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Quadrinhos
Oração
Pe. Vanderci Coelho de Oliveira (autor) Prof. Geraldo Vieira Júnior (inglês) Prof. Emerson Ribeiro Chaves (espanhol)
Ressurreição, esperança e gratidão Senhor, ao celebrar a Morte e a Ressurreição de Jesus, o meu coração se enche de esperança e gratidão. Não há nada que seja maior do que o teu Amor! Que eu viva para anunciar o teu poder e a tua misericórdia. Amém!
Señor Dios, al celebrar la Muerte y la Resurrección de Jesús mi corazón se llena de esperanza y gratitud. ¡No hay nada que sea mayor que tu Amor! ¡Que yo viva para anunciar Tu poder y Tu misericordia! Amén Lord, as I celebrate the Death and Resurrection of Jesus, my heart fills with hope and gratitude. There’s nothing greater than your love! May I live to announce Your power and Your mercy. Amen.
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Ajude você também na construção da Catedral da nossa Arquidiocese. Acesse www.catedralcristoreibh.com.br e saiba como colaborar.
Informações: 31.3209.3559
Assessoria de Comunicação e Marketing
Laura, de 10 anos, doou sua boneca para o bazar dos avós, iniciativa super legal que vai ajudar a construir a Catedral Cristo Rei.
REVISTA CATÓLICA PARA A FAMÍLIA
A Revista A TURMA é uma publicação da Arquidiocese de Belo Horizonte, de circulação nacional e periodicidade mensal, destinada a ajudar as famílias na formação religiosa de seus filhos, aprofundando o conhecimento da Palavra de Deus. É uma revista recheada de atividades e jogos, histórias em quadrinhos, orações, Liturgia, ensinamentos sobre o Antigo e o Novo Testamento, curiosidades e vários outros temas relacionados à Igreja Católica. Preocupada com a formação humana e cristã de nossas crianças, a Revista A TURMA busca inspirar sempre o Amor a Deus, aos pais, aos amigos e à natureza. Para adquirir um exemplar ou fazer a assinatura, ligue para (31) 3319-3410 ou 3319-3445. Ou escreva para revistaaturma@arquidiocesebh.org.br. Ou visite o link bit.ly/minha_assinatura_A_TURMA. Assinatura anual: R$29,00 (10 edições)