CÂNCER DE ESÔFAGO EMANUEL GONÇALO LEITE DE ALMEIDA CIRURGIÃO GERAL
ANATOMIA ÓRGÃO TUBULOMUSCULAR 25 A 30 CM - INICIA CARTILAGEM CRICÓIDE ( NÍVEL C6 ATE T11) CONSTRIÇÕES ANATÔMICAS: - Esfincter cricofaringeo - Broncoaórtica - Diafragmática PAREDE ESOFÁGICA: - Mucosa ( Ep. Escamoso estratificado não queratinizado) - Submucosa - Camada Muscular - Camada adventícia , NÃO apresentando camada SEROSA
ANATOMIA DIVISÃO ANATOMIA CIRÚRGICA: - ESÔFAGO CERVICAL ( até cricofaríngeo) - ESÔFAGO TORACICO - ESÔFAGO ABDOMINAL
IRRIGAÇÃO : -SUPERIOR (aa tireoidianas sup e inf) - MÉDIO (aa brônquicas e intercostais d.; aorta descendente) - DISTAL ( aa. gástrica e. , frênica inferior e. e esplênica)
DRENAGEM VENOSA: -SUPERIOR (Cava superior pelas tireóideas inf) - MÉDIO ( Cava superior pela ázigos e hemiázigos) - INFERIOR ( Sistema porta pela gástrica e. e curtas)
ANATOMIA DRENAGEM LINFÁTICA: - SUPERIOR (Linfonodos cervicais profundos) - MÉDIO ( Linfonodos mediastinais e traqueobrônquicos) - INFERIOR (Linfonodos celíacos e gástricos)
INERVAÇÃO : NERVO VAGO FUNÇÃO: Transportar alimentos ingeridos da boca ao estômago.
EPIDEMIOLOGIA 6º causa de morte por câncer no mundo Mais homens que mulheres ( 3 a 5:1) Pico 5º a 6º década de vida Brasil, maior incidência no SUL Adenocarcinoma 60% dos casos - mais caucasianos Brasil e nos países pobres mais comum ainda o escamoso
FATORES ETIOLÓGICOS CARCINOMA EPIDERMÓIDE ( CEC ) AFECÇÕES PREDISPONENTES: 1. Megaesôfago (16x maior) 2. Estenose Caústica 3. Tilose ( hiperceratose palmoplantar e papilomatose do esôfago) 4. Sd. Plummer Vinson 5. Divetículos Esôfago FATORES AGRESSIVO E PRÓ CARCINÓGENOS: 1. Tabagismo 2. Etilismo 3. Ingestão compostos nitrosos, alimentos contaminados por fungos, condimentados e temperatura alta ( Chimarrão) 5. Carne vermelha 6. Baixos níveis de zinco e selênio
FATORES ETIOLÓGICOS ADENOCARCINOMA FATORES RELACIONADOS:
1. OBESIDADE ( aumentar risco DRGE)
2. DRGE ( Barrett)
3. TABAGISMO
4. Baixa ingesta frutas e vegetais
ANATOMIA PATOLÓGICA CARCINOMA EPIDERMÓIDE (CEC) LOCALIZAÇÃO: - TERÇO MÉDIO ( 50%), seguido TERÇO INFERIOR E CERVICAL. Originam se de pequenos pólipos, epitélio desnudo e placas. Tumor altamente agressivo, acomete gânglios linfáticos adjacentes e metastáse via hematogênica. Por Contiguidade, invade árvore traqueobrônquica, aorta e pericárdio.
anatomia patológica TIPOS DE DISSEMINAÇÃO CONTINUIDADE Marcante neste tipo tumor, Nas ressecções esofágicas não se admite margens com menos 10 cm. LINFÁTICA Ocorre mesmo em fases precoces HEMATOGÊNICA Mais tardia e indica fase final da doença. Mais acometido fígado (30%), pulmões e ossos.
ANATOMIA PATOLÓGICA ADENOCARCINOMA Relacionado ESÔFAGO BARRETT Jovens com melhores condições nutricionais LOCALIZAÇÃO: 1. Próximo junção esôfagogástrica (JEG) Menos agressivo quanto a disseminação, contudo metastáses para linfonodos e órgãos a distância.
ANATOMIA PATOLÓGICA CLASSIFICAÇÃO DE SIEWERT TIPO I: Tumores esôfago distal, 5 e 1 cm proximais a cárdia, TIPO II: Tumores da cárdia, entre 1 cm proximal e 2 cm distais à cárdia, TIPO III: Tumores subcárdicos gástricos que infiltram JEG e o esôfago distal, 2 e 5 cm distais a cárdia.
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO DISFAGIA PROGRESSIVA, é o sintoma mais frequente. ANOREXIA e PERDA DE PESO ODINOFAGIA E REGURGITAÇÃO ANEMIA CRÔNICA SANGRAMENTO AGUDO, TOSSE, EXPECTORAÇÃO E ROUQUIDÃO. Doença avançada, devido invasão estruturas adjacentes.
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO EXAMES DIAGNÓSTICOS EDA COM BIOPSIA RAIO X CONTRASTADO DE EED
ESTADIAMENTO TC cervical, tórax, abdome e pelve. LARINGOBRONCOSCOPIA avaliar comprometimento árvore traqueobrônquica US ENDOSCÓPICA avaliar profundidade da lesão (T) PET SCAN ou PET TC
TRATAMENTO
MEDIDA PRÉ OPERATÓRIAS AVALIAR ESTADO NUTRICIONAL AVALIAR FUNÇÃO PULMONAR E CARDÍACA
TRATAMENTO CRITÉRIOS PARA RESSECÇÃO
TRATAMENTO RESSECÇÕES RADICAIS
ESOFAGECTOMIA ACESSOS:
ABDOMINAL E TORÁCICA
ABDOMINAL E CERVICAL SEM TORACOTOMIA
EM 3 CAMPOS: ABDOMINAL, TORÁCICO CERVICAL
TRANSMEDIASTINAL
TRATAMENTO ANASTOMOSES COM ESTÔMAGO OU COLON, SENDO MAIS UTILIZADA ESOFAGOGASTROPLASTIA.
TRATAMENTO LINFADENECTOMIA
TRATAMENTO INDICAÇÕES CIRÚRGICAS CÂNCER ESÔFAGO CERVICAL
TRATAMENTO CÂNCER ESÔFAGO TORÁCICO CÂNCER NA JUNÇÃO ESÔFAGOGÁSTRICA
PROGNÓSTICO SOBREVIDA GLOBAL EM 5 ANOS DE ACORDO COM ESTADIAMENTO FINAL: ESTÁGIO I: 60% ESTÁGIO II: 30% ESTÁGIO III: 20% ESTÁGIO IV: 4%
TRATAMENTO PALIATIVO
TRATAMENTO PALIATIVO
RADIOTERAPIA QUIMIOTERAPIA NEOADJUVÂNCIA - PARA CONTROLE DAS MICROMETÁSTASES, COM POSSIBILIDADE DE RESSECÇÃO CIRÚRGICA. RT + CISPLATINA E 5FU ( FLUORURACILA) ADJUVÂNCIA RT - alivio de 80% disfagia, potencializada pela QT Não faz RT em pacientes portadores fistulas traqueoesôfagicas e de próteses. Cisplatina + 5FU
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Mattox, KENNETH L., C. M. Towsend, and R. DANIEL Beauchamp. "SabistonTratado de cirurgia." (2010).
• Monteiro, Nonato Mendonça Lott, et al. "Câncer de esôfago: perfil das manifestações clínicas, histologia, localização e comportamento metastático em pacientes submetidos a tratamento oncológico em um centro de referência em Minas Gerais." Revista brasileira de cancerologia 55.1 (2009): 27-32.