Introdução
Transformando o Currículo
Liderança Dinâmica
Finanças para as Escolas na Era Digital
Revolucionando a Educação:
Legislação e Políticas
O que Estamos Aprendendo com a Tecnologia - As Escolas Transformadas
Apresentado por
Produzido por
Um Recurso da
Revolucionando a Educação: O que Estamos Aprendendo com a Tecnologia As Escolas Transformadas Introdução Transformando o Currículo: Desafios e Oportunidades Liderança Dinâmica: A Chave do Sucesso Finanças para as Escolas na Era Digital: Corte de Custos com Melhoria do Resultado Legislação e Políticas: Qual Será o Futuro?
Introdução O Projeto RED é um esforço nacional de pesquisa e defesa baseado na premissa de que a tecnologia detém a promessa de nos permitir reestruturar nosso sistema educacional. Por meio dos esforços do Projeto RED e de nossos parceiros – que incluem a Intel, Apple, a Fundação Pearson, Qwest, eChalk, NSBA, AASA, CoSN, ISTE, ASBO, AESA, NAMTC, SETDA e iNACOL – esperamos chegar a um melhor entendimento do que será necessário para que a tecnologia transforme a aprendizagem e as escolas, da mesma forma que transformou os lares e escritórios em praticamente todos os outros segmentos de nossa sociedade. Para fazer isso, no entanto, nossa nação precisa repensar a forma com que vemos – e orçamos – a tecnologia nas escolas. Há um abismo tremendo entre as escolas que estão comprometidas em preparar os alunos para o sucesso no século 21 com a ajuda da tecnologia digital e aquelas que ainda estão adotando uma atitude de “esperar para ver” sobre o papel da tecnologia na sala de aula. Em resposta a isso, o Projeto RED conduziu uma pesquisa sobre as escolas transformadas pela tecnologia em todo o país para conhecer o que está funcionando para elas e para mostrar como a tecnologia pode trazer economia de dinheiro quando corretamente implementada. Neste eBook, compartilhamos alguns resultados preliminares da pesquisa e avaliamos o que as pesquisas passadas e a observação nos dizem sobre algumas das chaves para o sucesso na implementação de tecnologia em áreas que incluem: currículo, liderança, financiamento e legislação. Para saber mais, visite-nos online em www.projectred.org. - Equipe do Projeto RED.
Transformando o Currículo: Desafios e Oportunidades Se a taxa de mudança em uma instituição é inferior à taxa de mudança externa, o fim está à vista. Jack Welsh, CEO da General Electric Por Dr. Mike Gielniak e Tom Greaves
Por tanto tempo quanto se pode lembrar, tem havido chamados neste país para que haja uma reforma nas escolas. Em anos recentes, a tecnologia – com seu potencial de engajar e motivar, de oferecer apoio à aprendizagem diferenciada, e oferecer a prática nas habilidades da era da informação – tem sido vista por muitos como um catalisador da inovação. E, ainda assim, uma outra verdade sobre a educação é que as reformas nas escolas são frequentemente transitórias, com metas não inteiramente atingidas antes que o pêndulo comece o movimento contrário. O que faz a diferença entre as mudanças que “ficam” e aquelas que não? Em que categoria se encaixa a reforma escolar com apoio da tecnologia? As respostas dependem do grau em que entendemos os desafios que tornam a reforma tão difícil. Eles incluem: • A educação é algo complexo. Os alunos individuais são complexos. Multiplique estas complexidades por muitos alunos em uma comunidade escolar, considere ainda as questões políticas e de financiamento e os desafios podem ser enormes. • A mudança leva tempo e requer paciência. A reforma escolar é política e está sujeita às mudanças nos temperamentos e opiniões. É muito fácil desistir e tentar algo novo antes que a promessa de uma inovação em particular tenha se concretizado.
• Regulamentações, políticas, práticas e crenças enraizadas podem atrapalhar. Como diz um velho provérbio chinês: “Em tempos de rápidas mudanças, a experiência é o seu pior inimigo”. • Pode ser difícil de comprovar. Quando o comportamento humano é o assunto, a pesquisa científica é difícil. A busca por medir resultados objetivos tem motivado uma obsessão por pontuação de provas, e no entanto é tremendamente difícil de construir uma conexão causal entre qualquer coisa que as escolas façam e notas mais altas nas provas. • A falta de acesso continua a ser uma barreira em muitas situações. O desafio de se medir o progresso é multiplicado pelo fato de que o acesso geral aos computadores era praticamente inaudito até recentemente, e continua raro em muitas escolas ainda hoje. • A reforma exitosa nas escolas requer comprometimento. Muitas vezes, as iniciativas de tecnologia são vistas como sendo impostas de cima para baixo, ou adicionadas com pouca consideração quanto ao seu impacto. A reforma escolar requer planejamento cuidadoso, desenvolvimento profissional e construção do consenso de forma que todos os stakeholders dêem seu apoio. • Há pouco consenso sobre os usos da tecnologia. Embora alguns defendam a tecnologia como um “remédio milagroso” para a inovação educacional, infelizmente, não há consenso sobre os melhores usos da tecnologia na educação – e mesmo quando as melhores práticas são conhecidas, elas são frequentemente ignoradas. Ao tentar entender o que funciona, é importante evitar uma armadilha identificada pelo professor de Stanford, Larry Cuban em um artigo de 2006 na Education Week: “Repetidamente”, escreve ele, “existe uma confusão entre o meio de instrução (notebooks) e a forma com que os professores ensinam”.
Nós no Projeto RED temos visto muitas evidências de que a tecnologia onipresente pode ser um auxílio poderoso na reforma escolar, porém para concretizar o potencial é imperativo que se mude a conversa de quais tecnologias valem a pena comprar para questões sobre como os alunos aprendem, que metodologia é a mais adequada, e como a tecnologia pode melhorar o processo. Vamos começar examinando algumas crenças que moldam o ensino e a aprendizagem.
Instrução Direta A instrução direta é a forma tradicional de transmitir informações do professor ao aluno. Ela segue tipicamente um ciclo que inclui conteúdo específico a ser aprendido, práticas dirigidas neste conteúdo, e teste dos conhecimentos do aluno. Os alunos muitas vezes são destinatários passivos de informação, enquanto ouvem as aulas e trabalham nas perguntas com respostas definidas. A instrução direta não é, em si, nem boa nem má. Quando procedimentos específicos precisam ser aprendidos ou se valoriza a memorização rápida, a instrução direta pode ser a metodologia preferencial. E há pouca dúvida que a tecnologia digital pode ajudar – permitindo que o computador entregue a instrução direta e avalie o progresso do aluno de forma individualizada como nenhum professor poderia reproduzir. No entanto, existe um paradoxo entre os resultados que os líderes educacionais afirmam que são os desejados e os métodos usados para se chegar a estes resultados. Buscamos ter alunos que sejam pensadores críticos, preparados para a força de trabalho de amanhã, mas ainda continuam a utilizar muito a instrução direta, que, conforme mostram as pesquisas, não é uma forma eficaz de desenvolver o pensamento complexo, de ordem superior. Alguns pesquisadores (como Spiro & Jengh, 1990) afirmam que a instrução direta pode resultar num entendimento rígido do conteúdo que prejudica o aprendizado subsequente.
O aprendizado centrado no aluno envolve: •
Aprendizado ativo ao invés de passivo;
•
Ênfase no aprendizado profundo e no entendimento;
•
Maior responsabilidade e possibilidade de acompanhamento do aluno;
•
Maior senso de autonomia no aluno;
•
Interdependência entre o professor e o aluno;
•
Respeito mútuo no relacionamento professor-aluno.
O Aprendizado Centrado no Aluno No modelo centrado no aluno, há uma mudança do poder do professor para o aluno, com o aluno assumindo maior autonomia e responsabilidade. As filosofias centradas no aluno não são nada de novo. F. H. Hayward tem sido reconhecido como o criador do termo em 1905, com defensores de alta visibilidade como Dewey e Piaget surgindo em meados do século 20. O advento da tecnologia de computadores nos anos de 1980 impulsionou um novo interesse no aprendizado centrado no aluno – a idéia de alunos trabalhando de forma independente ou colaborativamente em projetos baseados em tecnologia com o professor passando do papel de “sábio no palco” para “guia ao lado”. Esta transição não é sempre fácil, no entanto. Como diz um aluno do sexto ano em uma escola de Michigan sobre o aprendizado centrado no aluno com apoio da tecnologia, “O mais difícil é que eles (os professores) não nos dão nenhuma resposta”. A mudança para um ambiente centrado no aluno em que o instrutor não mais oferece todas as perguntas e respostas pode ser um choque cultural tanto para alunos quanto para professores. Outro desafio é a necessidade de incorporar a aquisição de conhecimento ao modelo, pois sem conhecimento de conteúdo suficiente, fica difícil os alunos serem auto-dirigidos.
A tecnologia é um meio natural para que os alunos dirijam seu próprio aprendizado e trabalhem em seu próprio ritmo, como foi demonstrado no programa Liberdade para Aprender Um a Um de Michigan. Quando foi implementado, alguns estavam relutantes em incluir alunos de educação especial no programa. Ainda assim, as escolas que o fizeram ficaram surpresas com os resultados. A individualização da instrução e a natureza engajada e motivacional do dispositivo ajudou os alunos a chegarem além do que muitos professores pensavam ser possível. As evidências continuam a se acumular sobre os benefícios do aprendizado centrado no aluno. Um estudo de seis anos em Helsinque (Lonka & Ahola, 1995) que comparou a instrução direta ao aprendizado centrado no aluno constatou que o grupo centrado no aluno desenvolveu um melhor entendimento do conteúdo. Em 1997, Hall e Saunders mostraram que os alunos em um programa centrado no aluno demonstraram maior participação, motivação e notas mais altas. Em outro estudo (O’Neill & McMahon, 2005), 94% dos alunos afirmaram que recomendariam a abordagem centrada no aluno em comparação à instrução direta.
Criação do Conhecimento A criação do conhecimento toma alguns princípios básicos do aprendizado centrado no aluno, porém transforma o ambiente de aprendizado de uma maneira fundamental. Ao invés do enfoque no aluno individual, a criação de conteúdo envolve os alunos de forma que passam a ver-se a si mesmos e a seu trabalho como parte de um esforço do mundo real para fazer avançar o conhecimento em um certo campo. As ferramentas da Web 2.0 estão desempenhando um papel importante em gerar interesse na criação de conteúdo. Com elas, os alunos podem: criar apresentações colaborativas com pares que nunca viram; participar de experimentos científicos envolvendo dados do mundo inteiro; entrevistar especialistas de renome mundial; e postar vídeos e histórias para que centenas de pessoas comentem e aprimorem.
6 Temas para a Comunidade de Construção do Conhecimento 1. O avanço do conhecimento é gerado pela comunidade e não pelo êxito individual; 2. O conhecimento avança como aprimoramento de idéias e não como um processo em direção a uma verdade pré-determinada; 3. Conhecimento de em contraste a conhecimento sobre; 4. O discurso funciona como resolução colaborativa de problemas ao invés de argumentação; 5. Uso construtivo da informação definitiva; 6. O entendimento é visto como um fenômeno que emerge
Scardamalia e Berieter, os criadores do Knowledge Forum, descrevem a construção do conhecimento como “iniciação dos jovens em uma cultura devotada ao avanço das fronteiras do conhecimento... e ajudá-los a encontrar um papel construtivo e que traga satisfação pessoal nesta cultura”. Ainda não há muita pesquisa sobre o valor da criação do conhecimento, porém aqueles que a experimentaram estão entusiasmados. Um exemplo de larga escala é o GLOBE, um projeto mundial em que colaboram alunos e professores de mais de 20 mil escolas no mundo para investigações baseadas em inquirições sobre o meio ambiente e o sistema terrestre em parceria com a NASA e o NSF. Como disse um aluno do quarto ano em Canton, Ohio, “O GLOBE é importante porque estamos ajudando cientistas de verdade a fazerem o seu trabalho”.
Dezenas de relatórios de pesquisa foram publicados com base no programa GLOBE, sendo que um deles mostrou que os dados coletados pelos alunos no projeto eram pelo menos tão precisos quanto aqueles coletados pelos profissionais.
Liderança Dinâmica: A Chave para o Sucesso
Vendo-se em um contexto mais amplo, muitos compartilham com o Instituto de Educação Internacional a crença que “a paz e a prosperidade no século 21 irão depender do aumento da capacidade das pessoas de pensarem e trabalharem em uma base global e intercultural. Da mesma forma que a tecnologia abre fronteiras, a troca educacional e profissional abre mentes”. Se quisermos verdadeiramente transformar a educação com a ajuda da tecnologia, é essencial que tenhamos um diálogo nacional, com o apoio de pesquisas continuadas, sobre como as pessoas aprendem. Até que consigamos isso, continuaremos andando sobre uma esteira giratória com novos programas-maravilha com poucos resultados que comprovem seu valor.
Como Escolher o Enfoque Correto Há claramente benefícios e desvantagens em cada abordagem delineada aqui. No entanto, a verdade é que, até que dediquemos o tempo necessário para lidar com os sistemas de crença subjacentes dos professores e administradores, não veremos as mudanças fundamentais no sistema educacional que desejamos tão fortemente.
A tecnologia mudou nosso mundo e tem o potencial – ainda não concretizado em diversos ambientes – de transformar nossas escolas. A economia global e a era da informação criam uma tempestade educacional a partir da qual pode surgir a mudança digital. Por Leslie Wilson
A liderança para as escolas do século, 21 ricas em tecnologia, requer uma abordagem holística e dinâmica. De acordo com os autores de “Líderes e Lanterninhas: Um Relatório em Fichamento Estado por Estado sobre a Inovação na Educação”, “A inovação educacional significa descartar políticas e práticas que não mais atendem aos alunos e ao mesmo tempo criar oportunidades para solucionadores de problemas espertos e empreendedores para ajudar as crianças a aprender”. Carol Bartz, CEO do Yahoo, escreveu na edição de novembro de 2009 da The Economist que para se ter sucesso em meio à atual enxurrada de tecnologias da informação, os líderes precisam saber como navegar em águas turbulentas e oferecer um direcionamento “inequívoco”. Ela observou que a gestão avessa a aparições é a antítese da liderança no mundo atual. Contraste sua perspectiva da liderança dinâmica necessária com a da burocracia educacional tradicional. Para que o atual sistema educacional produza o sucesso, a liderança deve modificar-se para se equiparar aos resultados esperados. Enquanto os líderes de ontem eram predominantemente gerentes, os deste século devem ser navegadores rápidos dos mares agitados da informação, capazes de se ajustarem, adaptarem e liderarem em um ambiente em mudança. Klimek, Ritzenhein e Sullivan, em Liderança Generativa (2008) complementam as
observações de Bartz com suas recomendações de que a liderança deve ser “orgânica”, consistentemente reinventando-se com base em um mundo em mudança. Se tivéssemos sido observadores cuidadosos das tendências da tecnologia há uma década, haveriam menos escolas com laboratórios de informática e mais com a banda larga e a infraestrutura capaz de acomodar os programas um a um em escala total.
Aprendendo com Três Projetos Estaduais Pesquisas em três estados que investiram pesadamente nas iniciativas de tecnologia um a um demonstram que tipo de liderança é necessária para que os programas inovadores tenham sucesso. A Iniciativa de Tecnologia do Aprendizado do Maine (MLTI) – que com sete anos de idade é o programa estadual um a um mais antigo do país – criou uma equipe de liderança para cada escola que incluía um reitor, um líder de professores e uma pessoa para liderança tecnológica. Jeff Mao, diretor de políticas do MLTI, explica que os membros de sua equipe são selecionados com base na experiência em sala de aula e nas habilidades de liderança, e não na expertise em tecnologia. Ao resumir vários anos de pesquisa sobre o impacto do MLTI, o Dr. David Silvernail, diretor de pesquisa do Centro Internacional do Maine para Aprendizado Digital na Universidade do Sul do Maine compartilha as constatações sobre a liderança eficaz: 1. Deve haver uma clara visão estratégica e um plano. 2. Os professores devem receber desenvolvimento profissional e apoio fortes, que façam sentido e sustentados. 3. A tecnologia deve ser adequada para a tarefa e enfocada.
4. A tecnologia deve ser usada como ferramenta de aprendizado. 5. As avaliações devem equiparar o aprendizado à tecnologia. 6. Deve haver planos claros de avaliação e pesquisa desenvolvidos nos estágios iniciais da iniciativa. 7. É importante articular e gerenciar as expectativas. No Texas, o Piloto de Imersão na Tecnologia (TIP) foi um projeto piloto de três anos envolvendo alunos do ensino médio em diversas escolas de alto nível. As pesquisas conduzidas pelo Centro do Texas para Pesquisa Educacional chegaram às seguintes conclusões sobre o papel da liderança eficaz nos locais dos programas um a um: • A implementação completa do modelo de imersão na tecnologia – que foi associado com melhores êxitos e maior engajamento dos alunos – foi obtido apenas em cerca de um quarto das escolas no terceiro ano do projeto. • Constatou-se que a implementação completa exigia: Liderança, Apoio do Professor (compromisso), Apoio dos Pais e da Comunidade, Suporte Técnico e Desenvolvimento Profissional. • Os professores sentiram-se melhor apoiados por líderes administrativos que acolhiam a inovação, que ajudavam a engajar os pais e membros da comunidade, e que asseguravam suporte técnico e desenvolvimento profissional abundantes. O programa 1:1 de Michigan, Liberdade de Aprender (FTL), foi líder em atender à necessidade de aprendizado profissional dos administradores conforme eles embarcavam em uma mudança
notável. O Centro de Pesquisa e Política Educacional da Universidade de Memphis estudou os efeitos da liderança sobre o sucesso do programa e constatou que:
• Articulação clara e consistente de uma visão cativante, permitindo que os membros participantes sintam que têm um papel importante a desempenhar na missão;
• Mais de 60% dos respondentes do FTL acreditavam que o programa estava “largamente” ou “muito bem” implementado.
• Planejamento sólido do conceito à implementação e à sustentabilidade, com planos de ação alinhados à visão e baseados em pesquisas, melhores práticas e tendências;
• O sucesso na implementação foi atribuído em grande parte à dimensão do papel da liderança e à qualidade da liderança do programa.
• Um modelo de liderança compartilhada que se utiliza dos pontos fortes coletivos e individuais de cada stakeholder;
• Os reitores e reitores assistentes foram percebidos como sendo um tanto mais eficazes ao trazerem as metas do FTL do que outros administradores.
• Facilitação do aprendizado profissional contínuo e de alta qualidade para professores, administradores e líderes de tecnologia;
Classificação do valor da liderança na implementação de programas 1:1 % de professores
21,6%
• Atender proativamente as questões de infraestrutura e banda larga; • Comunicação consistente e honesta com os stakeholders em relação aos sucessos, desafios e lições aprendidas;
39,5%
25,4%
13,6%
Muito Em grande parte Parcialmente Ineficazes
• Um plano de jogo para resolução de problemas nas questões que surgirem; • Uma abordagem sistêmica para integrar a tecnologia onipresente em toda a organização;
Observação: Não há diferença estatística entre as classificações para professores de sala de aula e professores líderes Fonte. Programa Liberdade de Aprender, Avaliação no Estado de Michigan, 2008.
• Habilidades para liderar a mudança a partir do tradicional em direção ao ambiente transformado;
A Liderança nas Atuais Escolas Ricas em Tecnologia
• Planos de avaliação, monitoramento e ajustes.
Pesquisas profissionais e também evidências empíricas em locais ricos em tecnologia apontam uma variedade de outros atributos e práticas dos líderes eficazes. Estas incluem:
O Dr. Bill Hamilton, que atuou como superintendente das Escolas Consolidadas de Walled Lake em Michigan, liderou um programa 1:1 de larga escala por quase uma década, aconselha, “Comece seu projeto com aqueles que acreditam... Conecte-se frequentemente com seus pioneiros. Certifique-se que eles saibam que você está lá, sempre, para dar apoio.” Incorporado a estes processos está o gerenciamento das expectativas. O que podem a escola, o distrito e a comunidade “esperar” quando os alunos tiverem acesso ininterrupto à Internet?
Será que as notas nas provas importantes saltarão? O que dizem as pesquisas? Manter as expectativas num nível realista e com os pés no chão, naquilo que é conhecido dos especialistas e da base de conhecimentos.
Aprendizado Profissional para Administradores Michael Fullan, pesquisador da Universidade de Toronto que estuda o processo de mudança em escolas, afirma que o desenvolvimento profissional é a estratégia fundamental para aprimorar e transformar as escolas. Uma variedade de outras pesquisas concordam que o aprendizado profissional é o principal ponto de alavancagem para assegurar as oportunidades de aumentar o êxito dos alunos por meio das práticas de melhoria contínua da escola pelos educadores. Embora o senso comum e a experiência nos digam que as experiências de crescimento profissional para os administradores – bem como para os professores – são fundamentais para se implementar a mudança, é raro que os distritos se comprometam em propiciar o desenvolvimento profissional contínuo relativo à tecnologia aos líderes escolares. De fato, em mais de 4 mil páginas de pesquisas sobre implementações de tecnologia, pouquíssimas apontam para o aprendizado profissional sustentado para administradores. Os resultados iniciais da pesquisa do Projeto RED sobre escolas ricas em tecnologia são alentadores, no entanto. Dos reitores que responderam, 38% estão engajados no desenvolvimento profissional contínuo, com 11% envolvidos em cursos online. Em comparação à média, isto demonstra um compromisso forte com as oportunidades de treinamento continuado para administradores.
Método de Aprendizado Profissional do Reitor em Escolas Ricas em Tecnologia % de respondentes
38,0%
9,2% 2,2% Curso curto
Curso longo
Contínuo
Pesquisa do Projeto RED, Resultados Preliminares, Novembro de 2009
Planejamento e Sustentabilidade A transformação das escolas atuais é uma operação de 360 graus. Ela deve ser sistêmica. Todos já ouvimos falar de iniciativas que falharam devido à falta de visão, metas, planejamento eficaz ou de benchmarks para medir o sucesso. O planejamento deve se basear na realidade – a condição atual do sistema de educação – alinhado com planos de ação estratégicos e detalhados e benchmarks destinados à ampliar a visão.
O gráfico acima analisa um aspecto comumente aceito do planejamento da computação um a um: os benefícios de se colocar a tecnologia nas mãos dos professores muito antes dos alunos para fins de treinamento e aclimatação. Complementar a isto está a constatação de que os professores e administradores em escolas ricas em tecnologia têm uma alta taxa de crença na sustentabilidade de seus programas – com uma maioria significativa acreditando que sua iniciativa seja sustentável por cinco anos ou mais. Em uma escola que esteja comprometida com uma reforma com apoio da tecnologia, “dançar conforme a música muda” se torna a norma, e não a exceção. No cerne da liderança de uma escola deste tipo, se encontrará: uma visão coletiva que chama ao espírito; aprendizado, que invigora o cérebro; e ação, que produz vigor. A partir destas perspectivas, o desenvolvimento da liderança muda do individualizado ao coletivo; do currículo estático e da instrução para a produção dinâmica do conteúdo. A robusta sala de aula rica em tecnologia evolui continuamente em torno das experiências de aprendizado personalizadas dos alunos. Os professores capacitam os alunos e os alunos capacitam os professores conforme eles se movem juntos, em direção ao futuro. Acesso dos Professores a Computadores, em Comparação aos Alunos % de respondentes ricos em tecnologia 36,5% 27,8%
30,7%
12 meses ou mais antes que os alunos 1 a 11 meses antes Ao mesmo tempo que os alunos 4,9%
Após os alunos
Fonte. Projeto RED, © 2009, Escolas Ricas em Tecnologia, Resultados Preliminares, dezembro de 2009.
Finanças para as Escolas da Era Digital: Corte de Custos com Melhoria dos Resultados Um dos choques de realidade ao se visualizar a inovação educacional de qualquer tipo é o dinheiro. Como os distritos financiarão novos programas e manterão os que já existem quando a educação já está sendo criticada pelos custos que subiram sensivelmente nos últimos anos? Por Jeanne Hayes
De acordo com o Centro Nacional de Estatísticas da Educação, os aumentos dos gastos com educação para as escolas de primeiro e segundo graus têm superado a taxa de inflação desde a 2ª Guerra Mundial, com os custos se acelerando nas últimas duas décadas. Neste contexto, é compreensível que os líderes educacionais estejam preocupados com o custo das implementações de tecnologia e em como financiar tudo, desde novo hardware até a manutenção dos equipamentos já existentes, do desenvolvimento profissional sustentado à ainda mais essencial conectividade em banda larga. No longo prazo, o impacto financeiro dos investimentos em tecnologia deveria ser fortemente positivo, resultando em: escolas mais competitivas em uma economia global; maiores impostos sobre a propriedade; impostos de renda vindos de cidadãos melhor educados; custos reduzidos de seguridade social com o declínio das taxas de evasão. No entanto, os sistemas escolares que estão se recuperando das recentes quedas nas vendas e impostos de propriedade não podem enfocar as metas de longo prazo agora. Os administradores responsáveis devem se concentrar no curto prazo, buscando formas de melhorar os resultados enquanto diminuem o crescimento no aumento dos gastos.
Como é possível fazer cortes na tecnologia quando há tantas evidências de que ela ajuda as escolas a preparar seus alunos para seu futuro – e quando há tanto impulso em direção a uma transição para o aprendizado online e a computação um a um? De acordo com o relatório Aprendizado Online no Primeiro e Segundo Graus, 2008 do Sloan Consortium, o número geral de alunos do primeiro e segundo graus engajados em cursos online em 2007 e 2008 foi estimado em mais de um milhão, representando um aumento de 47% sobre o ano acadêmico de 2005 a 2006. O estudo As Escolas Digitais da América em 2008 constatou que o número de alunos do primeiro e segundo graus engajados em computação um a um também superou um milhão. Não fosse a crise financeira, seria esperado que estas tendências continuassem. Porém, podemos arcar com elas hoje? Felizmente, além dos custos, há economias que podem ser obtidas com a tecnologia. Como outros segmentos da indústria conseguiram diminuir seus custos por meio do aprimoramento dos processos e das inovações com o apoio da tecnologia, também a educação tem uma chance histórica de fazê-lo agora. Como uma das últimas grandes indústrias dos Estados Unidos a atingir a mudança transformativa com a tecnologia, a educação tem a oportunidade de buscar a melhoria dos resultados e também evitar os custos por meio do que o escritor Clayton Christianson chamaria de natureza disruptiva da tecnologia e do aprendizado personalizado. Reduções de custos, aumento do engajamento dos alunos e melhores resultados do aprendizado são todos possíveis por meio da implementação das tecnologias corretas. Na verdade, uma pesquisa do Projeto RED calculou uma redução de custos geral de 8% - mesmo incorporando-se os custos de hardware e manutenção – utilizando cursos online, conteúdo digital, avaliação online e desenvolvimento profissional.
Convencido de que seu objetivo de preparar os alunos para o século 21 não seria cumprido usando os materiais e procedimentos atuais, o distrito criou equipes de professores encarregadas de construir uma base de dados de conteúdo digital ligado aos padrões do estado. Os materiais – muitos deles na forma de multimídia interativa – são uma combinação de aulas feitas pelos professores e conteúdo obtido de serviços de assinatura premium e recursos online gratuitos. Um processo de revisão pelos pares foi usado para assegurar o alinhamento com os padrões e a qualidade do conteúdo.
Economia de custos por aluno: conteúdo digital vs. livros-texto Escola de Segundo Grau Empire, Vail, Arizona Custos do livro texto versus conteúdo digital
Total
Custo anual dos livros-texto por aluno
US$ 125
Custo do conteúdo digital por aluno
US$ 84
Economia de custo com conteúdo digital por aluno
US$ 41 (economia de 33%)
Fonte: Entrevista com Matt Federoff, CIO do Distrito Escolar de Vail, Arizona
O Uso do Conteúdo Digital
O fator revelador sobre este esforço criativamente revolucionário é que os custos são mais baixos do que os da compra de conteúdo analógico (veja a tabela). O custo do tempo do professor para desenvolver e adaptar o conteúdo digital, embora não seja insignificante, é similar ao de seu trabalho anterior de alinhar o conteúdo analógico com o padrão do estado e do distrito, porém oferece benefícios maiores. Este trabalho é visto como tendo obtido tanto sucesso que outros onze distritos no Arizona estão seguindo a liderança de Vail.
O uso do Conteúdo digital em lugar dos Livros-texto oferece muitos benefícios potenciais, como maior acesso, atualidade e portabilidade, o que podem levar a um aprendizado mais eficaz. Um distrito que liderou a nação quanto ao uso do conteúdo digital é o Distrito Escolar de Vail, no Arizona.
Não apenas o uso do conteúdo digital economiza dinheiro, mas ele também oferece benefícios claros que não devem ser ignorados ao se analisar o valor do programa. Em Escolas Digitais da América de 2008, os pesquisadores perguntaram aos diretores de tecnologia dos distritos se seus alunos tinham instrução personalizada e
acesso parental – uma abordagem que está no coração do ensino e do aprendizado do século 21. Como pode ser visto a partir do gráfico abaixo, apenas 10% dos respondentes afirmou que a maioria de seus alunos tinha acesso à instrução personalizada. E, ainda assim, de acordo com o CIO de Vail, Matt Federoff, colocar os professores no papel de produtores de conhecimento e conteúdo lhes possibilitou personalizar o ensino e o aprendizado de formas profundas. Os resultados em Vail e nos outros distritos que oferecem instrução personalizada são importantes para medir – tanto os resultados educacionais quanto o impacto financeiro.
Instrução personalizada do aluno e acesso parental % de distritos implementando o 1:1
43,6%
Quase todos os alunos têm acesso à instrução personalizada. O envolvimento parental é de 90% ou mais A maioria dos alunos têm acesso à instrução personalizada. O envolvimento parental é de 75% ou mais
25,6%
Alguns alunos têm acesso à instrução personalizada. O envolvimento parental é de 50% ou mais
18,0%
Poucos alunos têm acesso à instrução personalizada. O envolvimento parental é de 25% ou mais
10,3%
26%
Quase nenhum aluno tem acesso à instrução personalizada. O envolvimento parental é de menos de 25%.
Fonte: Escolas Digitais da América 2008, Copyright 2008, The Graves Group, The Hayes Connection
O Aprendizado Online como Parte da Solução Uma meta-análise recente do Departamento de Educação dos Estados Unidos e do Centro SRI para Tecnologia no Aprendizado relatou que os alunos que tinham uma parte ou a totalidade de suas aulas online tinham melhor desempenho, em média, do que os que frequentavam o mesmo curso por meio da instrução tradicional presencial. Com bons resultados, particularmente para uma mistura de instrução online e presencial tradicional, esta abordagem oferece economias de custo nas seguintes áreas:
• Materiais de instrução: O conteúdo digital tem custo menor do que o conteúdo baseado em texto, e pode ser facilmente indexado e buscado por meio da rede do distrito ou pela web. • Facilidades: Os alunos e professores podem acessar o material do curso online a partir de qualquer local com uma conexão com a Internet e um computador, permitindo flexibilidade de programação e economia de custos em cuidados com custódia, eletricidade, administração e outras despesas fixas. • Transporte: Os alunos podem acessar o curso a partir de qualquer lugar caso tenham um computador e acesso à Internet. Eles não precisam ser transportados ao local da escola. • Infraestrutura: As escolas podem fazer um contrato com uma escola virtual, que seria responsável pelo acesso dos alunos aos cursos, pelos dispositivos de tecnologia, pela infraestrutura e pelos professores. • Maior frequência e engajamento dos alunos devido ao aprendizado personalizado. • Aprendizado acelerado / conclusão do curso para mais alunos. O Distrito Escolar de Walled Lake em Michigan foi muito afetado financeiramente pela recessão. Ao buscar formas de economizar dinheiro e melhorar a instrução ao mesmo tempo, o Superintendente Dr. William Hamilton determinou que as possíveis economias com um curso online para 300 alunos resultariam em uma redução de 13% (Ver a tabela). Os cursos online também permitiram aos alunos acessar aulas que não eram oferecidas pelo distrito, facilitou a flexibilidade de horário dos alunos, e permitiu que os alunos do segundo grau reduzissem a presença no campus para dois períodos por semestre.
Economia de custos por aluno: Entrega do curso tradicional x online Escolas Consolidadas de Walled Lake, Walled Lake, Michigan Custos do curso tradicional vs. Curso online (Walled Lake)
Total
Custo incremental por aluno por ano de instrução – dois cursos presenciais por semestre
US$ 950
Custo por ano da instrução online por aluno, incluindo apoio do professor
US$ 823
Economia de custo por ano de instrução por aluno online – dois cursos online por semestre
US$ 127 (economia de 13%)
Fonte: Entrevista com Dr. William Hamilton, Superintendente, Walled Lake Consolidated Schools, Walled Lake, Michigan
Recomendações para Estabelecimento de Políticas e Líderes Educacionais O que segue são sugestões adicionais para líderes escolares e outros tomadores de decisão interessados em manter a tecnologia educacional acessível: • As informações sobre o custo de implementação de novas tecnologias são abundantes, porém as projeções das economias de custos ou benefícios das novas implementações são surpreendentemente ausentes. Enfoque ambos os lados da equação ao considerar novas iniciativas. • Métricas padrão devem ser desenvolvidas para assegurar uma análise custo/benefício como parte da reforma escolar. Uma métrica pode ser exigir que os líderes escolares conheçam o custo de se ensinar em qualquer padrão individualmente.
• É necessária uma mudança estrutural na orçamentação do sistema educacional de forma que os educadores devam oferecer evidências de economias em uma análise de equilíbrio entre custos/ benefícios. • Buscar ajuda de sua agência de serviços educacionais regional ou formar um grupo dos distritos de sua região. • Buscar ajuda de suas associações profissionais, como os escritórios nacionais ou as filiais estaduais da AASA, ASBO e da CoSN. Muitos destes grupos estão lidando com soluções de economia de custos como parte do diálogo nacional.
Legislação e Políticas: Qual Será o Futuro? Para que a inovação se torne a norma, é crucial desenvolver uma visão para as escolas do futuro e apoiar esta visão com legislação e financiamentos capacitadores. Alguns exemplos a se observar: Por Tom Greaves
Treinamento de liderança e gerenciamento de mudanças: A maior barreira à inovação é a inércia organizacional – como na frase “é assim que sempre fizemos”. Um exemplo dos esforços legislativos anteriores enfocados na mudança organizacional foi o exemplo, em vários estados, que os recebedores de bolsas de tecnologia administradas pelo estado devem usar pelo menos 25% dos proventos para fornecer desenvolvimento profissional de alta qualidade. Adoção de materiais digitais: A verdadeira personalização – uma das melhores formas de melhorar o desempenho dos alunos – não é prática em um ambiente de materiais impressos, e ainda assim o sistema atual permanece enviesado em favor dos materiais impressos. O estado do Texas recentemente aprovou a HB 4294, que dá um grande passo adiante em direção à paridade entre o conteúdo impresso e o digital permitindo que um distrito escolar use parte de seu orçamento para materiais de instrução em recursos eletrônicos e equipamentos de tecnologia. Diversos outros estados estão enfocados em legislação similar voltada para liberar as escolas para investir em conteúdo digital. Contratos baseados em desempenho: Mensurar os resultados é um aspecto importante na educação atual, embora raramente se aplique de fato, neste país, às compras baseadas em tecnologia ou acadêmicas. No Reino Unido, é comum fornecedores e escolas estabelecerem um conjunto de Indicadores de Desempenho Chave (KPIs), como por
exemplo, um horário alvo para que o usuário se conecte em um sistema de email, com penalidades para o fornecedor se os alvos não forem cumpridos. Nesta linha, busque leis que exijam que todas as iniciativas de tecnologia se comprometam com a melhoria acadêmica, com incentivos financeiros para o sucesso. Banda larga e conectividade: Conforme as escolas passam do material impresso para o digital, é essencial que a conectividade e a banda larga sejam suficientes para servir de apoio à transição. Conforme mostrado no gráfico, a maioria das escolas pesquisadas em 2008 previa problemas na obtenção de fundos suficientes para suas crescentes necessidades de banda larga, que estão dobrando a cada ano, de acordo com algumas fontes. Infelizmente, os níveis de financiamento para a Classificação E não mudaram desde que esta importante legislação entrou em vigor em 1996. O resultado líquido é que, com o passar do tempo, a Classificação E está pagando uma porcentagem menor dos custos das escolas cobertas. Considerando-se a natureza crítica da conectividade, é do interesse nacional que a banda larga suficiente seja assegurada – seja por meio de uma Classificação E expandida ou por outras formas.
Desafios Futuros do Financiamento % de respondentes múltiplas respostas permitidas Você prevê problemas na obtenção de fundos suficientes, independente da fonte, para a banda larga necessária?
56,5% 47,6% 39,5%
Você prevê problemas com financiamento pela Classificação E para suas necessidades futuras de banda larga nas porcentagens atuais? Você prevê um problema na obtenção de banda larga suficiente, independente de sua capacidade de pagar?
Sim Você prevê problemas com o financiamento da banda larga? Fonte: Escolas Digitais na América 2008, © 2008. The Greaves Group. The Hayes Connection.
Unidades Carnegie: Os requisitos de tempo de assento (também conhecidos como Unidades Carnegie) serviram às escolas muito bem no passado. No entanto, quando a personalização se tornar a norma, fará sentido adotar um sistema diferente. Procure legisladores que ajustem os requisitos de tempo de assento para permitir o progresso personalizado dos alunos e permitir flexibilidade no aprendizado online. Pode-se esperar que esta modificação seja acompanhada por padrões rigorosos ao invés de servir de uma forma de “emburrecer” o currículo. Espere que os legisladores estabeleçam a avaliação do êxito como substituto às Unidades Carnegie, começando com a criação de isenções para escolas digitais. Alguns estados, incluindo Alabama e Michigan, já fizeram movimentos nesta direção. Avaliação Online: Em 1934, Thomas Watson da IBM recebeu uma comenda do Congresso por construir uma máquina que “perfurava o intelecto humano”. Esta máquina pontuava testes de múltipla escolha. A maioria das pessoas concordaria que, em algum ponto, os testes de múltipla escolha impressos serão substituídos por ferramentas de avaliação online, mais eficazes e sofisticadas. Podemos esperar avaliações estaduais totalmente eletrônicas nos próximos anos, usando um processo de prova de conceito que será implementado em fases. Requisitos do Curso Online: No longo prazo, o requisito de que cada aluno faça alguns cursos online antes de sua formatura será visto como algo natural. Agora, no entanto, esta é uma etapa útil que oferecerá aos alunos uma preparação muito necessária para a educação superior. Estados como Michigan já têm este requisito. Outros certamente seguirão. Reformar os Padrões de Conteúdo: Espere mudanças nos padrões de conteúdo em pelo menos duas áreas. Primeiro, como a tecnologia habilita níveis de desempenho mais altos, faria sentido ter padrões mais complexos. Segundo, os padrões devem ser ajustados para refletir as habilidades da vida real no século 21 e tirar proveito da tecnologia disponível aos alunos. Por exemplo, um padrão da Califórnia que agora diz: “Os alunos sabem como os modelos de computador são usados para prever os efeitos do aumento dos gases de efeito estufa”
pode ser modificado para fazer os estudantes demonstrarem seu entendimento construindo e interagindo com modelos em computador. Além disso, procure leis que incorporem materiais de fontes primárias – mais poderosos do que os relatos feitos após os fatos – aos padrões estaduais. Reprojetando os orçamentos escolares: Olhar profundamente para o panorama do orçamento educacional total ajuda a evitar um comportamento orçamentário não tão bom. Por exemplo, se novos computadores forem comprados apenas com dólares de investimento de capital, com a manutenção dos computadores sendo coberta pelos dólares de manutenção destinados ao custo de manutenção geral, as escolas comprarão o computador com o custo inicial mais baixo ao invés daquele com o menor custo total de propriedade. Busque leis que exijam uma avaliação do TCO em computadores e periféricos, de forma similar às encontradas para aparelhos. Busque também reformas no processo orçamentário que enfatizem custos não incorridos e re-implantação dos recursos, e para orçamentos sendo anualmente reavaliados para identificar reduções de custos para pagar pelos programas de tecnologia educacional. Revolucionar a educação é uma tarefa digna porém desafiadora. Está claro que a legislação desempenhará um papel fundamental no processo. Embora as prioridades acima sejam um excelente ponto de partida, provavelmente serão apenas a ponta do iceberg. O Projeto RED (www.projectred.org) gostaria de receber os comentários sobre estas prioridades, ou sugestões relativas às prioridades adicionais que devam ser consideradas.
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