Origami Arquitetônico

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ORIGAMI ARQUITE T Ô N I C O Isabela Guesser Schmitt Kerchner Luiz Gonzaga Philippi Filho Regiane Trevisan Pupo


Universidade Federal de Santa Catarina Grupo PET Arquitetura e Urbanismo 2015

Roselane Neckel Reitora

Jamil Assreuy Filho

Pró-Reitor de Pesquisa Extensão

Sebastião Roberto Soares

Diretor do Centro Tecnologico

César Floriano dos Santos

Chefe do Departamento de Arquitetura e Urbanismo

José Ripper Kós

Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo

PRONTO 3D Laboratório de Prototipagem e Novas Tecnologias Orientadas Laboratório apoio

Vera Helena Moro Bins Ely

Tutora do Grupo PET Arquitetura e Urbanismo

Regiane Trevisan Pupo Orientadora da Pesquisa

Isabela Guesser Schmitt Kerchner Luiz Gonzaga Philippi Filho Bolsistas


O RIGAM I A R Q U I T E T ร N I C O

Isabela Guesser Schmitt Kerchner Luiz Gonzaga Philippi Filho Regiane Trevisan Pupo

Fl or i anรณp ol i s , 2015


Atem rerferum escipsunt ut et estios aut vid undaest harum que nimolum et acienis eos alis reperemped moluptusda conseque prem velitios et pratur? Nem fuga. Ic temolupta volorendit am acienimet fugia doluptam ute exero qui conempo ssunt. Qui bea nonsed modionsenis ent ad que volorep udandi atur, suntiam, vent velitatus, quuntin et labo. Itatemod quiae et harum elliquis aut latus pelendit laborpor at quae re velique dolumquate providesto doluptiis sitiam facearum sintis es aut hit, evelento volorro inverum vernam, volori is dolessimus erore pla ne que repe poribus apiet a pa eturiae vernate mperitas illaut quati quam eum qui tem alici voluptat dolores re quam, ilibusda arciis modit untur? Ic to omnis at rectur, sust, quunditae verese cum eos nisquo corest faccum invelique la dolupta as anti aditatu sanimetur simeturepe et landel ium quo iur, cus eosae ratem dunt experescid et odita que

Lor molupid et exerrum resequia pre, is autectatus, sum quamus ra cone volorro blaccabore, comni ut ex etur, omnisciae eat.



Ín di c e Introdução

8

Arquitetura de papel

Método com

Uma folha

Metodologia

Arquitetura de papel

10

Metodologia de estudo

14

Ponte Hercílio Luz

35

Tipos de Origami Arquitetônico

11

Materiais e métodos

15

Mercado Público de Florianópolis

41

Definição da técnica

16

Catedral Metropolitana de Brasília

47

Definição de termos

18

Museu de Arte de São Paulo – MASP

53

SESC Pompéia

59

Oca do Ibirapuera

65

Topografia

71

Residência Vanna Venturi

77

Kettle Hole House

83

Passo a passo - Catedral de Florianópolis 23 Workshop: apresentação da técnica

31


Método com

Método com

Duas folhas

Três folhas

Palácio Itamaraty

89

SESC Pompéia

99

Conclusão

114

Referências

116

Lista de imagens

117

Projeto de Habitação de Interesse Social 107

Exemplos para montar


I n tro duç Introd uc ã o Apresentação e Justificativa

Inevitavelmente, quando as novas tecnologias digitais são uti-

representações de objetos e também de obras de arquitetura.

lizadas durante o processo projetual, haverá, em algum momento, a

passagem do virtual para o material. Neste intervalo, a materialização

tações de obras arquitetônicas já existentes, mas sua aplicação pode

se torna o ponto-chave do processo de projeto: “... não é o processo de

ser ampliada para as fases projetuais de uma edificação, por exemplo,

produção que define o projeto; é o projeto que determina a produção”

como ferramenta de visualização dos volumes e composições criadas.

(Hermmerling, 2011). Isso significa que a simples materialização da in-

Para isso, há a necessidade de estudos de modelagem digital, planifi-

formação digital (produção de maquetes e protótipos) é diferenciada

cações, sistemas CAD (Computer-Aided-Design), geometria descritiva,

quando envolve estudos aprofundados acerca da melhor aplicação de

além da compreensão de como o origami arquitetônico pode ser um

materiais em determinado projeto, por meios computacionais.

veículo de entendimento espacial e tridimensional.

Semelhante a esse processo, a produção de origamis arquitetô-

A concepção dos modelos é geralmente utilizada para represen-

O produto digital obtido é a planificação, gerada a partir de

nicos (origamic architecture), objeto de estudo desta pesquisa, envolve

todos esses estudos e tem a sua materialização no modelo do origami

diferentes etapas, desde a informação digital até a sua materialização. A

arquitetônico, executado com o auxilio de tecnologias de corte laser e,

passagem entre o virtual e material se dá por meio de padrões de cortes

posteriormente, montado.

e dobraduras previamente estabelecidos, que darão origem a diferentes

8


Objetivos

Objetivo Geral

Estudo da relação entre modelagem digital e corte a laser

na produção de origamis arquitetônicos e criação de um método

Objetivos Específicos Introdução da tecnologia do corte a laser como ferramenta para materialização dos modelos.

para concepção e elaboração de modelos. Busca de eficiência e precisão na geração de desenhos construtivos para a produção final de arquitetura de papel. Desenvolvimento de diferentes alternativas de modelos por meio da planificação em software CAD. Apresentação de projetos de arquitetura em forma de origami arquitetônico.

9


A r q uite uitett ur ura de papel Ar Arquitetura de papel

A arte de criar objetos somente com dobras é denominada origami. É composta por diversas

composições geométricas no papel que criam uma estrutura tridimensional (Imagem 01). Já o kirigami, é a arte de recorte do papel, sendo uma variante do origami, que utiliza os recortes para criar novas formas (Imagem 02). Por fim, a técnica do pop up, comumente utilizada nos cartões e livros infantis, se apropria dessas duas artes, onde a estrutura tridimensional é formada pelos cortes e

Imagem 01: Origami

tradicional (Papiromano, 2014)

suas dobras, podendo ser colados e adicionados outros pedaços de papéis (Imagem 03).

Segundo Ueno (2003), o termo origami arquitetônico surgiu somente em 1981, por Masahiro

Chatani, um professor de arquitetura do Instituto de Tecnologia de Tóquio. Nesta técnica são compiladas as três técnicas descritas acima, a dobradura do origami, o recorte do kirigami e o mecanismo de montagem do pop up. Outras terminologias também são encontradas para designar essa mesma técnica como: pop-up architecture, paper architecture, 3D card e kirigami tridimensional (como ficou conhecido no Brasil).

No campo da arquitetura, a técnica vem sendo empregada na representação de monumen-

tos e edificações reconhecidas. Inicialmente, os primeiros modelos de origami arquitetônico foram

10

Imagem 02: Exemplo

de kirigami (Papiromano, 2014)


concebidos através de um processo de tentativa e erro (Mitani, 2003). Com a evolução dessa técnica foi criada uma base teórica desenvolvida por Masahiro Chatani, para elaboração de diferentes formas e modelos.

Tipos de origami arquitetônico Imagem 03: Exemplo

de pop up (Carroll, 2010)

A técnica do origami arquitetônico é concebida por cortes e dobras em uma folha de papel,

que quando montada gera uma estrutura tridimensional. O ângulo de abertura da folha de papel define quatro tipos de origami arquitetônico: 0°, 90°, 180° e 360°.

Os modelos de 90° são os mais utilizados para representação de obras arquitetônicas, pois

constituem uma modalidade que permite uma maior exploração de detalhes e ao se destacar do papel, ressalta a sua tridimensionalidade. Para que esse tipo de origami seja executado, é necessária a aplicação de conceitos geométricos visando a precisão de dobras e cortes no fechamento do modelo além de proporção, volumetria e profundidade. Este tipo de modelo utiliza somente uma folha de papel e os efeitos são proporcionados pelos cortes e dobras que, ao abrir e fechar a folha, Imagem 04: Origami

de 90º (Biankini, 2009)

revelam o volume criado por essas dobras (Imagem 04).

11


Já os modelos de 180°, podem ser definidos também como pop ups, de maneira que as

formas são visualizadas quando o mesmo é aberto a 180° (Imagem 05). Para sua confecção é ne-

Imagem 05: Origami

de 180º (Linking-heart, 2011)

cessário um planejamento de encaixe ou colagem de novos papéis, que juntos montam a estrutura tridimensional quando aberto. Semelhante aos modelos de 90°, quando fechados as dobras se ajustam até se tornarem planas.

Os modelos de 360° geram a estrutura tridimensional por completo. Esta técnica também

desenvolvida por Masahiro Chatani foi elaborada através do estudo de cubos e outras formas geométricas, quase sempre constituídas de formas simétricas (Imagem 06). Por último, nos modelos com 0° de abertura, também é formada apenas por uma única folha de papel como os de 90°, mas que aparenta possuir várias camadas de papel, devido aos cortes na folha, ressaltando a ideia de

Imagem 06: Origami

de 360º (MsWellpappe, 2013)

tridimensionalidade (Imagem 07).

Dentre as quatro modalidades de origami arquitetônico, esta pesquisa foca no estudo de

90°, que pode ser aplicada na representação e compreensão de obras arquitetônicas já construídas, bem como na elaboração volumétrica de croquis e esboços das primeiras fases projetuais.

Imagem 07: Origami

12

de 0º (Jiem, 2014)


13


Metodologi a Metodologia Metodologia de estudo

Esta pesquisa se motivou a elaborar um método de criação

por outros artistas da arquitetura do papel como Ingrid Siliakus

de origamis arquitetônicos, por meio de modelos práticos de dife-

(2009), Maria Victoria Garrido Bianchini (2009) e Joyce Aysta (2009).

rentes obras de arquitetura. Todo esse estudo visa apresentar uma

nova alternativa de elaboração de maquetes e representações tri-

à técnica e também do estudo mais aprofundado da planificação

dimensionais, importantes para estudos volumétricos e espaciais.

dos modelos. Foi nessa etapa que a lógica do origami monta-

O processo da pesquisa que envolve este tema teve início

do ficou mais clara, pois a planificação já existente foi refeita em

com um estudo bastante prático com montagem e recorte de

software CAD (AutoCAD), tendo o cuidado de se verificar as di-

modelos já prontos, elaborados por outros autores, estudan-

mensões entre as linhas de dobra e o volume analisado. Refazendo

do a forma de representação da obra em questão e também

a planificação de alguns modelos, pôde-se identificar que

a sua planificação. Parte da bibliografia utilizada na pesquisa

algumas decisões de planejamento somente puderam ser

foi encontrada em livros contendo modelos da técnica finaliza-

percebidas após a sua materialização que, nestes casos, utilizo-

dos e outros com a devida planificação da obra para recorte

se a tecnologia de corte a laser.

e montagem. Boa parte dos modelos encontrados foi confec-

cionada pelo professor Masahiro Chatani (1999) e também

prontos, iniciou-se o processo de criação de novos modelos a partir

14

O passo seguinte consistiu na leitura de artigos referentes

Concluída a etapa de estudo da técnica por meio de modelos


de imagens. As fotos selecionadas deveriam conter informações

das imagens e planificação, mas também os croquis e testes

como profundidade e ângulo de visão escolhido para a sua repre-

físicos manuais. Somente após esse processo, que o origami

sentação no origami arquitetônico. A partir disso, foi possível criar

arquitetônico estaria pronto para finalização, sendo então

modelos utilizando a proporção e os elementos característicos de

planificado em qualquer sistema CAD, para posterior mate-

cada obra como partido para elaboração dos mesmos.

rialização, com corte laser.

Durante a criação dos próprios modelos, notou-se que as

obras escolhidas possuíam singularidades arquitetônicas que deveriam ser ressaltadas, criando-se então, algumas estratégias

Materiais e métodos

de representação. Para cada nova forma estudada foram sendo observados diferentes métodos de representação. Com isso, pôdese perceber que não existe apenas uma maneira de represen-

tar uma obra arquitetônica, pois existem inúmeras possibilidades

possibilidade de representação tridimensional. Semelhante ao

de criação, seja a partir de ângulos diferentes de visualização

de uma maquete física, esse tipo de modelo passa por uma

ou mesmo nos detalhes escolhidos a serem enfatizados.

simplificação visando expressar as características essenciais

Criando diferentes tipos de origamis arquitetônicos a partir

de uma determinada obra arquitetônica. Essa simplificação

de imagens, chegou-se a um método, resultado das experiências

também é observada nos materiais utilizados, que se resume a

anotadas em cada modelo. A elaboração dos modelos deixou claro

apenas um: o papel. Por esse motivo, para que se tenha uma

que o processo criativo envolvia não somente a observação

representação estável e uniforme, orienta-se o uso de papéis

A técnica do origami arquitetônico surge como uma nova

15


com gramatura superior a 130 g/m², de livre escolha quanto ao tamanho, formato e textura, dependendo do resultado que se deseja obter (Imagem 8).

O corte a laser desempenha um papel bastante importante na elaboração dos modelos,

proporcionando uma interação rápida entre a informação digital e sua materialização, que para testes, demonstra tornar o procedimento mais eficaz. Foi utilizada a máquina de corte laser Automatisa, modelo Prisma 60w. Foram testados diferentes tipos e gramaturas de papéis, além dos ajustes das relativas potências e velocidades de corte e vinco no papel, resultando num modelo preciso e com um ótimo acabamento (Imagem 9).

Definição da técnica

Imagem 08:

Materiais para confecção manual de origami arquitetônico

O origami arquitetônico com 90º de abertura possui a singularidade de estar fixo

no papel e consiste num volume único gerado apenas pelos cortes e dobras. Entretanto, devem-se respeitar os padrões de dobradura para satisfazer a condição de fechamento do modelo (de 90° para 0°).

16

Essas regras são baseadas na geometria descritiva que, no origami arquitetônico, é

Imagem 09: Cortadora

a laser


iniciada com uma dobra principal para montar o modelo, definida aqui como “linha zero”. Todas as representações desta técnica são feitas a partir de polígonos planos, sendo a planificação do mesmo a chave para aplicação das condições de fechamento. Além da linha zero,

existem outros dois tipos de dobradura: a dobra vale

(voltada para cima) e a dobra montanha (voltada para baixo). Os cortes servem para destacar as faces do papel e gerá-las sempre a partir da linha zero criada. Imagem 10:

Croqui 2,5D (Bianchini, 2009)

Esses padrões de dobradura e os cortes no papel geram uma estrutura que faz a

transição do 2D para o 3D, em que a figura formada ressalta a ideia de tridimensionalidade, porém suas faces são planificadas. Isso ocorre porque os pedaços de papel cortados e dobrados para criar os volumes deixam espaços vazios, sem o fechamento lateral. Dessa maneira, pode-se considerar que o modelo criado não gera um objeto totalmente tridimensional e nem bidimensional, resultando num intermédio dessas duas formas, o 2.5D (Imagem 10).

17


Definição de termos

Confeccionar e elaborar modelos de origami arquitetônico é um

Dobra vale e dobra montanha: na planificação, a dobra vale e montanha

exercício constante de observação e testes, sendo que as diferenças

também correspondem às linhas que estão associadas à linha zero (origem).

observadas na sua planificação resultam em diferentes efeitos a serem

A distância entre uma dobra vale ou montanha irá determinar a altura do volu-

explorados. Com isso, é necessário diferenciar as diversas terminologias

me (Imagem 12). Esses dois tipos de dobras existem um em função do outro

e notar como cada uma delas se associa na estrutura final do origami:

e juntos compõem a estrutura (Imagens 13 e 14).

Linha zero: Essa linha monta o modelo e é a responsável por determinar as

Face volumétrica e face de sustentação: para criar diferentes formas,

relações de volumetria. Todas as dimensões têm por base essa linha, que pode

as faces devem representar uma determinada figura. As faces volumétricas

ser localizada em diferentes posições da folha, não necessariamente no meio

expressam uma fachada ou elemento arquitetônico em si (Imagem 15). Já

da mesma, variando pelo tipo de objeto que será representado (Imagem 11).

as faces de sustentação servem para montar o modelo. Sempre que a face volumétrica for paralela ao plano vertical, por exemplo, a face de sustentação

Plano horizontal e vertical: a folha de papel dobrada forma 90° gerando dois planos: um vertical e outro horizontal, bases de apoio do modelo (Imagem 11).

18

será paralela ao plano horizontal.


Imagem 11: Diferenciação

entre plano horizontal, vertical e linha zero

Imagem 12: Diferenciação

entre dobra vale, montanha e linha zero

Imagem 13: Diferenciação

Imagem 14: Planificação

entre planos e dobras

e diferenciação entre planos e dobras

19


Cortes verticais e horizontais: são os cortes no papel que delimitam as

Relações geométricas: as condições de existência dos origamis ar-

faces volumétricas e de sustentação, estando associadas com os limites

quitetônicos são embasadas nas relações geométricas entre os cortes e

das dobras vale e montanha. Quando a linha zero é projetada na horizontal

dobras com a dobra principal. Desse modo, essas relações podem ser

o efeito de tridimensionalidade é obtido com cortes na vertical, e quando

analisadas através da planificação do modelo (Imagem 18). Os volumes

projetada na vertical os cortes são feitos na horizontal. Essa relação entre

criados sempre terão como linha base a linha zero e as dimensões e

a linha zero e os cortes fazem com que as faces se destaquem do plano

afastamentos dessa linha resultam nos deslocamentos dos volumes.

horizontal ou vertical, dependendo da estrutura do modelo (Imagem 15).

Detalhes construtivos: a ferramenta utilizada para representar os detalhes construtivos são os cortes no papel e a remoção desses pedaços da figura, portanto, esse efeito é criado a partir dos vazios numa face que seria totalmente plana. A combinação das dobras, cortes e destaque dos detalhes construtivos permitem o reconhecimento de uma obra retratando os seus aspectos mais relevantes (Imagem 15, 16 e 17).

20


Imagem 15: Diferenciação

entre face volumétrica, de sustentação e detalhes construtivos

Imagem 16: Apresentação

das terminologias – modelo montado

Imagem 17: Apresentação

das terminologias – modelo planificado

Imagem 18: Planificação

e diferenciação entre planos e dobras

21


22

Imagem 19: Fotografia

da Catedral Metropolitana de FlorianĂłpolis (TurĂ­sticas, 2015)


Passo a passo - Catedral de Florianópolis

Após estudo da técnica e testes de diversos modelos,

chegou-se a um método que contém todo o processo de elaboração de um origami arquitetônico, desde a escolha das imagens da obra até a produção final do modelo.

Para ilustrar a concepção passo a passo de um origami

arquitetônico, a obra escolhida foi a Catedral Metropolitana de Florianópolis. Localizada em frente à Praça XV de Novembro, a praça central da cidade, a edificação destaca-se no centro histórico de Florianópolis e é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A escolha se deve pela sua volumetria e características arquitetônicas diferenciadas, como ornamentação, escadaria e seus volumes anexos.

23


Ao iniciar um origami arquitetônico, é necessário ter de-

finido qual ângulo da obra se quer representar; no caso deste exemplo optou-se pela fachada frontal da mesma.

Para compreender a volumetria da obra, o ideal é que haja

pelo menos duas imagens de referência, para que os aspectos de profundidade e proporção possam ser percebidos nas ima-

Imagem 20: Identificação

dos volumes da Catedral

Imagem 21: Identificação

dos volumes da Catedral

gens (Imagens 20 e 21).

Após análise da volumetria da obra por meio das ima-

gens, inicia-se a planificação do modelo no software CAD (neste caso foi utilizado o AutoCAD 2D). Para isso é necessário que a imagem base (por onde serão traçadas as linhas) tenha menos distorções de perspectivas possíveis.

24


Inserida a imagem no plano de trabalho 2D do software,

os limites (eixos) verticais e horizontais da obra que se pretendem demarcar são definidos (Imagens 22) para que possa ser traçado o limite de cada volume já identificado. Recomenda -se que para facilitar o reconhecimento das linhas auxiliares Imagem 22: Delimitação

dos eixos horizontais e verticais

criadas, cada volume seja feito de uma vez (Imagem 23).

Conforme citado anteriormente, recomenda-se utilizar uma

imagem sem muita distorção pela perspectiva, porém nem sempre isso é possível. Neste caso, será necessária a comparação entre duas imagens de ângulos diferentes, no mínimo. Comparando as duas imagens, são observadas as proporções entre as diferentes partes da obra e, com isso, poderá ser representada com maior realismo, semelhante ao desenho de uma fachada que utiliza as dimensões em verdadeira grandeza.

Imagem 23: Delimitação

do volume

25


Na Imagem 24 se observa uma delimitação mais clara de

cada volume e a observância das proporções. Demarcados os volumes, a próxima etapa de representação é a identificação dos detalhes construtivos que se quer representar e que são mais relevantes para a identificação da obra (Imagem 25). Representados todos os detalhes construtivos, orienta-se a utilizar

Imagem 24: Demarcação

dos volumes

uma cor de linha ou hachura para cada volume e grupo, a fim de diferenciar um dos outros nas próximas etapas (Imagem 26).

Concluída a etapa de representação dos detalhes construti-

vos, o modelo está pronto para tornar-se um origami arquitetônico. Esse processo inicia-se com a definição da linha zero e a partir dela serão definidas as distâncias entre as dobras vale e a linha zero (Imagem 27). Recomenda-se que cada volume seja deslocado de uma vez, para facilitar o reconhecimento das distâncias que serão aplicadas (Imagem 28). Nesta etapa a imagem de fundo pode ser retirada, utilizando apenas as linhas criadas como referencial para concepção do origami arquitetônico. Imagem 25: Representação

26

dos detalhes construtivos


Imagem 26: Diferenciação

por cores dos volumes

Imagem 27: Demarcação

Imagem 28: Deslocamento

dos volumes em relação à linha zero

da linha zero

27


Realizados os deslocamentos em relação à linha zero, serão

demarcadas as distâncias entre a dobra vale e a linha zero também no plano vertical, após a face volumétrica, delimitando e criando, então, a face de sustentação (Imagens 29 e 30). Como podem ser observadas nas imagens anteriores, as mesmas caracterizam-se por apresentar volumes simples, porém, quando mais de um vo-

Imagem 29: Delimitação

e criação das faces de sustentação (volume 3)

Imagem 30: Delimitação

e criação das faces de sustentação (volume 1)

lume possuir a mesma face de sustentação, as distâncias serão subdivididas, conforme ilustrado na Imagem 31.

Finalizada a etapa de definição das faces de sustentação,

serão demarcadas as dobras vale e montanha, já previamente identificadas para execução das faces volumétricas e de sustentação (Imagens 32 e 33). Como pode ser observado nas figuras, o origami arquitetônico representa somente o “corpo” da Catedral. Caso se deseje representar outros elementos, esse novo volume pode ser acrescentado do restante do modelo, como no exemplo da escadaria, que foi anexada aos outros volumes já montados respeitando as distâncias em relação à linha zero (Imagem 34).

28


Imagem 31: Subdivisão de distâncias, conforme sobreposição de volumes (volumes 2 e 4)

Imagem 32: Simplificação

em uma única cor e demarcação da dobra vale

Imagem 33: Demarcação

da dobra vale, montanha e demais terminologias

Imagem 34: Volume

da escadaria adicionado

29


Realizadas todas essas etapas, o modelo origami arqui-

tetônico está pronto para corte e montagem. As Imagens 35 e 36 mostram a representação da Catedral Metropolitana de Florianópolis em foto e em origami arquitetônico executado nesta pesquisa. Imagem 35: Fotografia

da Catedral Metropolitana de Florianópolis (Neves, 2015)

Imagem 36: Origami

30

arquitetônico da Catedral Metropolitana de Florianópolis


Imagem 37: Exercícios

práticos

Workshop: Apresentação do método

Com a intenção de aplicar o método elaborado nesta pesquisa para a confecção de modelos

na técnica origami arquitetônico, assim como testá-la, foi realizado um workshop para graduandos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina. O workshop foi organizado em duas etapas, a primeira com a apresentação teórica da técnica, exemplos de outros autores e exercícios práticos manuais; e a segunda, com a apresentação do método e o exercício final. Imagem 38: Cortadora

a laser

A primeira etapa teve como objetivo apresentar a técnica e aproximar os participantes atra-

vés da prática, com exercícios manuais (Imagem 37), possibilitando a observação das diversas terminologias e processo de montagem. Na segunda etapa foi explanado todo o processo de confecção de origamis a partir de um exemplo próprio da Catedral Metropolitana de Florianópolis.

Concluída a apresentação da metodologia foi proposta a elaboração de um origami arqui-

tetônico pelos próprios participantes. Os graduandos utilizaram como ferramenta computacional o software AutoCAD, iniciando o exercício a partir de uma foto da fachada disponibilizada e seguindo o passo a passo apresentado. A etapa final foi a de materialização através do corte a laser (Imagem 38) e posterior montagem do modelo (Imagem 39). Imagem 39: Origami

arquitetônico final

31


A obra escolhida foi a residência Vanna Venturi, projetada pelo arquiteto Robert Venturi

(Imagens 40 e 41). Com uma volumetria simples, esse exemplo conseguiu explorar diversas técnicas do origami arquitetônico, como a diferenciação e afastamento de planos, a simplificação e disposição de elementos ou ornamentações e os métodos de suporte de planos.

O exercício foi realizado em duplas, executado em conjunto com a solução e colaboração

de todos os participantes. Percebeu-se o entendimento da criação de modelos pela técnica, incluindo suas relações matemáticas, métodos de criação, técnicas e processo de corte e dobra. Os participantes iniciaram um raciocínio de criação, o qual, quando exercitado, possibilita a confecção de seus próprios modelos. O entendimento da transformação de planos em volumetrias

Imagem 40: Fachada

frontal da residência Vanna Venturi (Buszek, 2015)

Imagem 41: Fachada

lateral da residência Vanna Venturi (Smallbones, 2010)

mostrou-se claro e importante para a compreensão projetual. A utilização de máquina de corte laser, além de facilitar o processo de execução, foi atrativa e estimulante.

32


33


34

Imagem 42: Fotografia

da Ponte HercĂ­lio Luz (Noticenter, 2015)


Uma folha Método com

Ponte Hercílio Luz

A Ponte Hercílio Luz localiza-se em

Florianópolis e foi inaugurada no ano de

Informações essenciais

1926, sendo o mais popular cartão postal da

Gramatura sugerida

cidade. Hoje tombada como patrimônio his-

Velocidade do corte

tórico e artístico, é ainda considerada uma

Velocidade do vinco

das maiores pontes pênseis do mundo e a maior do Brasil (Fundação Catarinense de

Potência do corte

Cultura, 2014).

Potência do vinco

A obra foi escolhida pela sua com-

plexa estrutura de aço com um desenho tão característico, que pode ser expresso no origami arquitetônico por apresentar seus

Quantidade de folhas

80

140 180 200 300 (g/m²)

2

3

4

5

6 (m/min)

2

3

4

5

6 (m/min)

20

30

40

50

60 (%)

10

13

20

40

60 (%)

1

2

3

4

5 Imagem 43: Croqui

do origami arquitetônico da Ponte

traços mais marcantes.

35


A representação da estrutura de aço da Ponte passou por

uma simplificação, a fim de representar somente os traços e contornos mais relevantes para representação da obra. Tendo isso em vista, não é necessário representar cada barra de aço, pois o contorno e marcação dos elementos mais importantes, como as duas torres, definem e são suficientes para sua representação.

A Ponte possui apenas um volume principal a ser demarcado,

delimitado pelos eixos verticais e horizontais da Imagem 45. Demarcado o volume principal (Imagem 46), são marcados os principais detalhes construtivos. Pode-se observar que o conjunto de barras de aço passou por uma simplificação (Imagem 47). Representados todos os detalhes construtivos relevantes, é demarcada a linha zero (Imagem 48).

36

Imagem 44: Fotografia

noturna da Ponte (Kunzler, 2013)


Imagem 45: Delimitação

dos eixos verticais e horizontais

Imagem 46: Demarcação

do volume principal

Imagem 47: Representação

dos detalhes construtivos

Imagem 48: Demarcação

da linha zero

37


Imagem 49: Delimitação

Imagem 50: Demarcação

38

e criação das faces de sustentação

da dobra vale, montanha e demais terminologias


Na Imagem 49 podemos observar a delimitação e criação

das faces de sustentação, nesta obra em especial, essas faces retratam a ideia de que foram representados os dois lados da Ponte, em conjunto com as barras de aço espelhadas no Detalhe 1. Essa estratégia de representação pode ser utiliza para diferentes obras, desde pontes até obras arquitônicas diversas.

Por fim, foram demarcadas as dobras vale e montanha, im-

portantes para montagem do origami (Imagem 50). A Imagem 51 apresenta a Ponte Hercílio Luz em origami arquitetônico.

Imagem 51: Origami

arquitetônico da Ponte Hercílio Luz

39


40

Imagem 52: Fotografia

do Mercado PĂşblico de FlorianĂłpolis (Catarinense, 2015)


Mercado Público de Florianópolis

O Mercado Público de Florianópolis

é um edifício público, localizado no centro

Informações essenciais

histórico de Florianópolis. O edifício original

Gramatura sugerida

é datado por volta do século XVIII, foi

Velocidade do corte

transferido para sua localização atual no

Velocidade do vinco

ano de 1899 e funciona até hoje como um centro de comércio.

Potência do corte

Potência do vinco

Foi escolhido por apresentar uma ti-

pologia arquitetônica histórica e com muitos ornamentos, sendo este um dos desafios de representação no origami arquitetônico.

Quantidade de folhas

80

140 180 200 300 (g/m²)

2

3

4

5

6 (m/min)

2

3

4

5

6 (m/min)

20

30

40

50

60 (%)

10

13

20

40

60 (%)

1

2

3

4

5 Imagem 53: Croqui

do origami arquitetônico do Mercado

41


A imagem base escolhida para representação do Mercado

Público é uma perspectiva de esquina, pelo fato desta ser a paisagem mais comumente avistada por quem passa pelo centro histórico de Florianópolis.

Para retratar o Mercado Público com maior realismo, foram

utilizadas duas imagens base – uma da fachada frontal e outra da lateral – que juntas representam a perspectiva desejada sem distorções.

Para as duas imagens são delimitadas os eixos verti-

cais e horizontais (Imagens 55 e 56), como também a demarcação do volume principal em cada uma das imagens base (Imagens 57 e 58).

42

Imagem 54: Fotografia

do Mercado Público de Florianópolis (Amorim, 2011)


Imagem 55: Delimitação

dos eixos horizontais e verticais

Imagem 57: Demarcação

dos volumes

Imagem 56: Delimitação

dos eixos horizontais e verticais

Imagem 58: Demarcação

dos volumes

43


Imagem 59: Representação

dos detalhes construtivos

Imagem 60: Demarcação

44

da linha zero

Imagem 61: Delimitação

Imagem 62: Demarcação

e criação das faces de sustentação

da dobra vale, montanha e demais terminologias


Após demarcação dos volumes, são juntadas as duas ima-

gens para representação dos detalhes construtivos (Imagem 59) vale destacar que só foram representados os mais relevantes dentre os diversos ornamentos da obra. A linha que separa as duas fachadas é também a linha limite para demarcação da linha zero (Imagem 60).

Como as duas faces possuem detalhes construtivos elas

funcionam como face de sustentação e volumétrica ao mesmo tempo como pode ser observada na Imagem 61. Por último, são demarcadas as dobras vale e montanha para posterior montagem (Imagem 62). Na Imagem 63 observamos o origami do Mercado Imagem 63: Origami

arquitetônico do Mercado Público de Florianópolis

Público de Florianópolis.

45


46

Imagem 64: Fotografia

da Catedral Metropolitana de BrasĂ­lia (BSB, 2015)


Catedral Metropolitana de Brasília

A Catedral Metropolitana de Brasília

foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer

Informações essenciais

e o primeiro monumento a ser criado em

Gramatura sugerida

Brasília, pronta em 1960 (Site oficial, 2015).

Velocidade do corte

Caracteriza-se como um ícone da arquite-

Velocidade do vinco

tura brasileira. Foi escolhida pela sua singularidade

Potência do corte

arquitetônica e desafio de representação,

Potência do vinco

por apresentar uma estrutura de pilares em curva. A solução adotada encontra-se no passo a passo a seguir.

Quantidade de folhas

80

140 180 200 300 (g/m²)

2

3

4

5

6 (m/min)

2

3

4

5

6 (m/min)

20

30

40

50

60 (%)

10

13

20

40

60 (%)

1

2

3

4

5 Imagem 65: Croqui

do origami arquitetônico da Catedral

47


O principal desafio da obra escolhida para representação

no origami arquitetônico é a transformação das faces em curva em faces planificadas. É necessária essa transformação devido o fato de que um origami arquitetônico necessita de faces planas para seu fechamento por completo. Portanto, a solução adotada para essa obra pode ser replicada para outros modelos semelhantes que possuam estruturas em curvas e cascas. Abaixo segue o passo a passo da Catedral de Brasília.

Observadas as características e volumetrias da obra inicia-se

o processo de representação do origami, começando pela delimitação dos eixos verticais e horizontais (Imagem 67). Delimitados os eixos são demarcados os volumes (Imagem 68), já diferenciando cada um deles para posterior deslocamento em relação à linha zero.

Nesta obra em questão não foram representados detalhes

construtivos, pois o próprio contorno dos volumes principais já foi suficiente para retratar a obra com realismo. Definidos e delimitados os volumes é demarcada a linha zero, numa distância equivalente para deslocamentos dos volumes (Imagem 69).

48

Imagem 66: Fotografia

da Catedral Metropolitana de Brasília (Gil, 2006)


Imagem 67: Delimitação

dos eixos horizontais e verticais

Imagem 68: Demarcação

Imagem 69: Demarcação

da linha zero

dos volumes

49


Imagem 70: Deslocamento

dos volumes em relação à linha zero

Imagem 71: Delimitação

50

e criação das faces de sustentação

Imagem 72: Demarcação

da dobra vale, montanha e demais terminologias


Para dar o aspecto de volumetria desejado foi escolhido re-

presentar a obra em camadas (volumes dos pilares em curva), para que deslocados em relação à linha zero, na sua base pudessem retratar uma estrutura em formato de curva.

Após demarcação da linha zero são deslocados os volu-

mes um de cada vez proporcionalmente (Imagem 70). Recomendase nomear as linhas delimitantes de cada volume para posterior criação das faces de sustentação.

Na Imagem 71 pode-se observar que foi criada apenas

uma face de sustentação que une todos os volumes, essa solução pode ser adotada para simplificar o modelo e deixá-lo mais firme Imagem 73: Origami

arquitetônico da Catedral Metropolitana de Brasília

em

relação à folha de papel. Por último, temos o origami arquitetônico pronto para ser

montado, com as diferentes terminologias e diferenciação das dobras vale e montanha (Imagem 72). Na Imagem 73 temos o origami arquitetônico da Catedral cortado e montado.

51


52

Imagem 74: Fotografia

do Museu de arte de São Paulo - MASP (Flieg, 1970)


Museu de Arte de São Paulo – MASP

O Museu de Arte de São Paulo, mais

conhecido como MASP, foi projetado pela

Informações essenciais

arquiteta Lina Bo Bardi, executado entre 1956

Gramatura sugerida

e 1968, e é uma das mais importantes institui-

Velocidade do corte

ções culturais brasileiras (Site oficial, 2010).

Velocidade do vinco

Foi escolhida para ser representa-

da como um origami arquitetônico pelas

Potência do corte

suas singulares características, como o

Potência do vinco

grande vão livre de 74 metros sustentado pelos dois pórticos, hoje, em vermelho.

Quantidade de folhas

80

140 180 200 300 (g/m²)

2

3

4

5

6 (m/min)

2

3

4

5

6 (m/min)

20

30

40

50

60 (%)

10

13

20

40

60 (%)

1

2

3

4

5 Imagem 75: Croqui

do origami arquitetônico do MASP

53


Para representação do MASP como origami arquitetônico

foi escolhida uma imagem em que este estivesse em perspectiva (entre a fachada frontal e lateral). Desse modo, foi possível representá-lo com maior realismo. Foram realizados testes de representação pela sua fachada frontal, o qual não obteve um resultado tão fiel quanto ao em perspectiva que segue no passo no passo abaixo.

Conforme citado anteriormente foi escolhida uma imagem

base em que o MASP estivesse em perspectiva, sendo assim, é importante ter outras imagens de ângulos diferentes para poder representá-lo com proporcionalidade. O primeiro passo é a delimitação dos eixos verticais e horizontais (Imagem 77).

Delimitados os eixos são demarcados os dois volumes – fachada frontal e lateral – conforme representado na Imagem 78. Após, são representados os detalhes construtivos (Imagem 79), o Detalhe 1 representa a linha de divisão entre as duas faces – fachada frontal e lateral – importante para posterior demarcação da linha zero.

54

Imagem 76: Fotografia

do Museu de arte de São Paulo - MASP (Cordeiro, 2015)


Imagem 77: Delimitação

dos eixos horizontais e verticais

Imagem 78: Demarcação

Imagem 79: Representação

dos detalhes construtivos

dos volumes

55


Imagem 80: Demarcação

Imagem 81: Delimitação

56

da linha zero

e criação das faces de sustentação

Imagem 82: Demarcação

da dobra vale, montanha e demais terminologias


Definidos e representados todos os detalhes construtivos é

traçada a linha zero (Imagem 80), conforme a distancia indicada no Detalhe 1 da Imagem 79. Traçada a linha zero pode ser observada as faces de sustentação (Imagem 81), assim como a diferenciação entre dobra vale e montanha no origami (Imagem 82). Na Imagem 83 podemos observar o origami arquitetônico do MASP já pronto e montado.

Imagem 83: Origami

arquitetônico do MASP

57


58

Imagem 84: Fotografia

do SESC PompĂŠia (Kok, 2015)


SESC Pompéia

Essa unidade da entidade SESC lo-

caliza-se no bairro Pompéia, em São Paulo,

Informações essenciais

numa antiga fábrica, e também foi projetado

Gramatura sugerida

pela arquiteta Lina Bo Bardi. Contempla um

Velocidade do corte

centro de cultura, esporte e lazer.

Velocidade do vinco

Como origami arquitetônico esta obra

foi escolhida pelos diferentes volumes e

Potência do corte

possibilidades de representação. Foi repre-

Potência do vinco

sentado uma das edificações, que comporta as áreas de esporte, caracterizado pelas formas de prismas e cilindros de concreto armado.

Quantidade de folhas

80

140 180 200 300 (g/m²)

2

3

4

5

6 (m/min)

2

3

4

5

6 (m/min)

20

30

40

50

60 (%)

10

13

20

40

60 (%)

1

2

3

4

5 Imagem 85: Croqui

do origami arquitetônico do SESC Pompéia

59


O SESC Pompéia apresenta diferentes formas e volumes, que

ao serem identificadas necessitam de estratégias de representação adequadas para cada uma delas. O primeiro passo é a delimitação dos eixos verticais e horizontais de uma imagem base (Imagem 87).

Delimitados esses eixos são demarcados os volumes (Imagem 88).

Para cada volume são representados seus detalhes construtivos mais relevantes (Imagem 89). É interessante observar na Imagem 86 os diferentes Detalhes marcados. O Detalhe 1 faz referência à estratégia de representação de faces originalmente em diagonal, como isso não é possível no origami, a face plana é segmentada em duas para dar a ideia de profundidade. A estratégia do Detalhe 1 também pode ser utilizada para representação de bases curvas (como no exemplo da Oca e Catedral de Brasília).

Já o Detalhe 2 apresenta a solução para o cilindro, que ao

invés de segmentá-lo foi utilizado o recurso dos detalhes construtivos, que fazem a alusão a uma curvatura uma face plana. Por fim, o Detalhe 3 representa uma base de sustentação das passarelas que estão afastadas dos volumes dos prismas retangulares, outra solução para as passarelas é apresentada no Modelo de folha dupla.

60

Imagem 86: Fotografia

do SESC Pompéia (Kok, 2015)


Imagem 87: Delimitação

dos eixos eixos horizontais e verticais

Imagem 88: Demarcação

Imagem 89: Representação

dos detalhes construtivos

dos volumes

61


Imagem 90: Demarcação

Imagem 91: Deslocamento

62

da linha zero

dos volumes em relação à linha zero

Imagem 92: Delimitação

Imagem 93: Demarcação

e criação da face de sustentação

da dobra vale, montanha e demais terminologias


Traçados todos esses detalhes é demarcada a linha zero

(Imagem 90). A partir da linha zero são deslocados os volumes conforme as estratégias já indicadas (Imagem 91). Foram nomeadas as Linhas 1, 2 e 3 para facilitar a delimitação das faces de sustentação.

Deslocados os volumes é criada apenas uma face de sus-

tentação que contempla todas as faces volumétricas, sempre que possível é interessante unir várias faces para dar maior rigidez na folha de papel (Imagem 92). Por último, são demarcadas as dobras vale e montanha (Imagem 93). A Imagem 94 apresenta o origami arquitetônico do SESC Pompéia de folha única.

Imagem 94: Origami

arquitetônico do SESC Pompéia

63


64

Imagem 95: Fotografia

da Oca do Ibirapuera (Traveler, 2006)


Oca do Ibirapuera

O Pavilhão Lucas Nogueira Garcez,

mais conhecido como a “Oca”, localiza-se

Informações essenciais

no Parque do Ibirapuera em São Paulo e

Gramatura sugerida

foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer

Velocidade do corte

em 1951. Atualmente funciona como um

Velocidade do vinco

pavilhão de exposições. Esta obra foi escolhida pelo fato de

Potência do corte

ser uma estrutura em casca, sendo este

Potência do vinco

um desafio na representação em origami arquitetônico.

Quantidade de folhas

80

140 180 200 300 (g/m²)

2

3

4

5

6 (m/min)

2

3

4

5

6 (m/min)

20

30

40

50

60 (%)

10

13

20

40

60 (%)

1

2

3

4

5 Imagem 96: Croqui

do origami arquitetônico da Oca

65


Um origami arquitetônico utiliza uma relação geométrica para

concepção de seus modelos, utilizando somente faces planas para o seu fechamento. Porém, no exemplo da Oca foi utilizado outro recurso. A solução adotada tem o modelo montado em 90º representando a obra fielmente, mas não é possível fechá-lo, porque não são utilizadas faces planas e sim uma curvatura.

O primeiro passo para representação é a delimitação dos

eixos verticais e horizontais numa imagem base (Imagem 98). Posteriormente é demarcado o volume principal (Imagem 99).

Demarcado o volume são representados os detalhes cons-

trutivos, no caso da Oca, as aberturas (Imagem 100). Nessa Imagem podemos observar o Detalhe 1, que demonstra a estratégia de representação a obra. Consiste na segmentação da face única em diversas outras para juntas poderem representar na base uma estrutura em curva. Na Imagem 101 podemos observar a demarcação da linha zero.

66

Imagem 97: Fotografia

da Oca do Ibirapuera (D’Marco, 2014)


Imagem 98: Delimitação

dos eixos horizontais e verticais

Imagem 99: Demarcação

do volume principal

Imagem 100: Representação

dos detalhes construtivos

Imagem 101: Demarcação

da linha zero

67


Imagem 102: Deslocamento

dos volumes em relação à linha zero

Imagem 103: Delimitação

68

e criação das faces de sustentação

Imagem 104: Demarcação

da dobra vale, montanha e demais terminologias


Demarcada a linha zero, os vários segmentos de faces são

deslocados em relação a ela (Imagem 102). Como podemos observar na Imagem 103 não existe uma diferenciação entre a face volumétrica e de sustentação, sendo estas, o mesmo segmento, sem a divisão de dobras. Isso ocorre porque toda essa face (sem interrupções) irá formar uma curvatura, representando a estrutura em casca da Oca. Esse recurso pode ser replicado para outras obras com característica semelhantes, lembrando que não é possível seu fechamento.

Por fim, são demarcadas as dobras vale e montanha, que

neste exemplo em especial, a dobra montanha não tem uma demarcação rígida, pois ela existe em algum ponto da curvatura formada Imagem 105: Origami

arquitetônico da Oca do Ibirapuera

(Imagem 104). A Imagem 105 o origami arquitetônico da Oca.

69


70

Imagem 106: Fotografia

do Terreno em Florianรณpolis (Google, 2015)


Topografia

Diferente dos modelos já apresen-

tados, este consiste na representação de

Informações essenciais

uma topografia a partir de curvas de nível.

Gramatura sugerida

Foi escolhido um terreno padrão de 500 m²

Velocidade do corte

em declive, localizado em Florianópolis.

Velocidade do vinco

Maquetes topográficas são comu-

mente utilizadas no projeto arquitetônico,

Potência do corte

normalmente feitas de isopor para ser

Potência do vinco

facilmente manipulável. Esse modelo resulta em apenas uma representação formal do terreno.

Quantidade de folhas

80

140 180 200 300 (g/m²)

2

3

4

5

6 (m/min)

2

3

4

5

6 (m/min)

20

30

40

50

60 (%)

10

13

20

40

60 (%)

1

2

3

4

5 Imagem 107: Croqui

do origami arquitetônico do Terreno

71


Este modelo apresenta um terreno em declive em escala. Nos

outros exemplos já apresentados, os modelos eram concebidos a partir de uma imagem base. No caso do terreno, são utilizadas as curvas de nível (Imagem 109).

Cada patamar entre as curvas de nível (de 1 em 1 m) equivale

a um volume indicados na Imagem 110. Identificados todos os volumes é traçada a linha zero (Imagem 111).

Imagem 108: Fotografia

72

de satélite do Terreno (Google, 2011)


Imagem 109: Curvas

de nível do terreno

Imagem 110: Demarcação

Imagem 111: Demarcação

da linha zero

dos volumes

73


Imagem 112: Deslocamento

Imagem 113: Demarcação

74

em relação à linha zero e delimitação das faces

da dobra vale, montanha e demais terminologias


Na Imagem 112 podemos observar que as faces volumétri-

cas criadas elevam cada patamar 1 m (em escala), vale lembrar que a linha zero foi traçado numa distância equivalente para o fechamento do modelo.

Por fim, são diferenciadas as dobras vale e montanha para

montagem (Imagem 113). Este passo a passo pode ser utilizado para confecção de outros modelos de topografia, observando as distâncias para fechamento do volume, conforme o número de desníveis que o terreno possua. Na Imagem 114 podemos observar o origami arquitetônico da topografia.

Imagem 114: Origami

arquitetônico do Terreno

75


76

Imagem 115: Fotografia

da residĂŞncia Vanna Venturi (Smallbones, 2010)


Residência Vanna Venturi

A

residência

Vanna

Venturi

foi

projetada pelo arquiteto Robert Venturi

Informações essenciais

e está localizada na Filadélfia, EUA,

Gramatura sugerida

desde de 1964.

Velocidade do corte

Velocidade do vinco

Esta obra foi escolhida como exer-

cício do Workshop: Origamic Architecture (realizados pelos autores) por apresentar

Potência do corte

uma arquitetura com volumes mais simples

Potência do vinco

e interessantes composições para serem abordados no Workshop.

Quantidade de folhas

80

140 180 200 300 (g/m²)

2

3

4

5

6 (m/min)

2

3

4

5

6 (m/min)

20

30

40

50

60 (%)

10

13

20

40

60 (%)

1

2

3

4

5 Imagem 116: Croqui

do origami arquitetônico da residência Vanna Venturi

77


Este modelo apresenta apenas dois volumes conectados pelo

frontão. Para resultar no modelo, elaborou-se uma maneira de os volumes compartilharem as mesmas faces de sustentação.

O primeiro passo é a delimitação dos eixos verticais e

horizontais (Imagem 118), logo em seguida são demarcados os volumes (Imagem 119). Demarcados os volumes e seus contornos são traçados os detalhes construtivos (Imagem 120), neste caso são retratados os elementos mais importantes da fachada frontal da obra.

Imagem 117: Fotografia

78

da residência Vanna Venturi (Smallbones, 2010)


Imagem 118: Delimitação

dos eixos horizontais e verticais

Imagem 119: Demarcação

Imagem 120: Representação

dos detalhes construtivos

dos volumes

79


Imagem 121: Demarcação

Imagem 122: Deslocamento

80

da linha zero

dos volumes em relação à linha zero

Imagem 123: Delimitação

Imagem 124: Demarcação

e criação da face de sustentação

da dobra vale, montanha e demais terminologias


Posteriormente é demarcada a linha zero (Imagem 121),

sobre a qual serão deslocados os dois volumes (Imagem 122). Na Imagem 123 é interessante observar que o volume 2 foi deslocado para até o limite do contorno do frontão, e entre os dois foi criado uma face de sustentação. Foi adotada essa estratégia pelo fato dos dois volumes estarem conectados e que o volume 2 não tivesse recortes em sua face volumétrica.

Na Imagem 124 podemos observar todas as terminologias e

a diferenciação entre as dobras vale e montanha, e na Imagem 125 seu origami arquitetônico.

Imagem 125: Origami

arquitetônico da Residência Vanna Venturi

81


82

Imagem 126: Fotografia

da Kettle Hole House (Oudeman, 2013)


Kettle Hole House

A residência Kettle Hole House foi

projetada pelo arquiteto Robert Young e

Informações essenciais

está localizada em Nova Iorque, EUA.

Gramatura sugerida

Velocidade do corte

como

Esta obra foi também escolhida exemplo

para

apresentação

no

Workshop: Origamic Architecture (realiza-

Velocidade do vinco

do pelos autores). Esse modelo em questão

Potência do corte

partiu de uma experiência de elaborar o

Potência do vinco

origami arquitetônico de uma obra que os autores não a conhecessem, se não, apenas por fotos.

Quantidade de folhas

80

140 180 200 300 (g/m²)

2

3

4

5

6 (m/min)

2

3

4

5

6 (m/min)

20

30

40

50

60 (%)

10

13

20

40

60 (%)

1

2

3

4

5 Imagem 127: Croqui

do origami arquitetônico da Kettle Hole House

83


A residência Kettle Hole House apresenta diferentes

volumes e materiais na fachada, desse modo, procurou-se representar os detalhes nas transições do concreto e textura de madeira na fachada, por exemplo. Observa-se que essas representações são importantes no reconhecimento da obra como origami arquitetônico e que podem ser replicadas para outros modelos que apresentem diferentes materiais na fachada.

Identificados todos os volumes da fachada principal são

delimitados os eixos verticais e horizontais (Imagem 129), para demarcação dos volumes (Imagem 130). O passo seguinte é a representação dos detalhes construtivos (Imagem 131). Nesse caso, foram representadas as esquadrias, delimitação entre diferentes materiais e outros elementos.

84

Imagem 128: Fotografia

da Kettle Hole House (Oudeman, 2013)


Imagem 129: Delimitação

dos eixos horizontais e verticais

Imagem 130: Demarcação

Imagem 131: Representação

dos detalhes construtivos

dos volumes

85


Imagem 132: Demarcação

Imagem 133: Deslocamento

86

da linha zero

dos volumes em relação à linha zero

Imagem 134: Delimitação

Imagem 135: Demarcação

e criação das faces de sustentação

da dobra vale, montanha e demais terminologias


Representados os detalhes construtivos é demarcada a

linha zero (Imagem 132) e a partir dela são deslocados diversos volumes (Imagem 133). Deslocados todos os volumes são delimitadas e criadas as faces de sustentação (Imagem 134).

Por último, são demarcadas as dobras vale e monta-

nha do origami arquitetônico (Imagem 135). Na Imagem 136 podemos visualizar o origami arquitetônico pronto e montado da Kettle Hole House.

Imagem 136: Origami

arquitetônico da Kettle Hole House

87


88

Imagem 137: Fotografia

do Palรกcio Itamaraty (Design, 2015)


Duas folhas Método com

Palácio Itamaraty

O Palácio Itamaraty está localizado

em Brasília e em 1970 foi inaugurado para

Informações essenciais

ser a sede do Ministério das Relações

Gramatura sugerida

Exteriores do Brasil. Foi projetado pelo

Velocidade do corte

arquiteto Oscar Niemeyer e é também

Velocidade do vinco

conhecido como o Palácio dos Arcos (Portal Brasil, 2010).

Potência do corte

Potência do vinco

Esta obra foi escolhida pela relação

entre a envoltória de arcos e a caixa central do prédio. O resultado foi o uso da técnica original e testes com duas folhas de papel.

Quantidade de folhas

80

140 180 200 300 (g/m²)

2

3

4

5

6 (m/min)

2

3

4

5

6 (m/min)

20

30

40

50

60 (%)

10

13

20

40

60 (%)

1

2

3

4

5 Imagem 138: Croqui

do origami arquitetônico do Palácio Itamaraty

89


Na tentativa de criar um origami do Palácio Itamaraty com a

técnica original - utilizando apenas uma folha de papel -, foi observado que ele não conseguia expressar todas as características essenciais da obra. Com uma folha de papel o máximo expresso eram os arcos e o espelho d’ água.

A concepção dessa nova abordagem da técnica surgiu como

uma possibilidade de criar origamis arquitetônicos mais sofisticados, com uma maior riqueza de detalhes. Funcionando como camadas de papéis sobrepostas, elas podem ser relacionadas com os próprios volumes da obra, na ordem do seu posicionamento.

Assim, a primeira folha de papel expressa todos os arcos do

Itamaraty e a segunda folha (ou camada) expressa a grande “caixa” de vidro. Os dois origamis são feitos individualmente, apenas com a mesma referência da linha zero.

90

Imagem 139: Fotografia

do Palácio Itamaraty (Association, 2012)


Como cada folha de papel irá representar certo aspecto

da obra, este primeiro representa os arcos e o reflexo do espelho d’ água. Sendo assim, com uma imagem base são traçados os eixos verticais e horizontais (Imagem 140). Após delimitação desses eixos é demarcado o volume principal (Imagem 141). Imagem 140: Delimitação

dos eixos horizontais e verticais (folha 1)

Imagem 141: Demarcação

do volume principal (folha 1)

91


Em seguida, são representados os detalhes construtivos

(Imagem 142), é interessante observar que a obra não foi representada em verdadeira grandeza e sim como ela é vista proporcionalmente em perspectiva. Esta estratégia de representação pode ser replicada para obras que são mais conhecidas pela sua imagem em perspectiva.

Imagem 142: Representação

dos detalhes construtivos (folha 1)

Como existe apenas um volume principal simétrico, a linha

zero é traçado no meio do desenho (Imagem 143).

Imagem 143: Demarcação

92

da linha zero (folha 1)


No Detalhe 1 da Imagem 144 podemos observar a repre-

sentação do espelho d‘água, que representa um detalhe bastante característico da obra. Além disso, na Imagem 144 podemos notar que existem apenas faces volumétricas, pois ambas apresentam detalhes construtivos. Imagem 144: Representação

do espelho d’ água (folha 1)

Por último, podemos identificar as dobras vale e montanha

na Imagem 145, o tracejado em vermelho representa a marca onde será feita o recorte do papel, para referência da folha 2.

Imagem 145: Demarcação

da dobra vale, montanha e terminologias (folha 1)

93


Na folha 2 é expresso a “caixa” de vidro e os detalhes

construtivos das esquadrias. Numa imagem base são traçados os eixos verticais e horizontais (Imagem 146). O passo seguinte é a demarcação do volume principal (Imagem 147), para posterior representação dos detalhes construtivos (Imagem 148). Imagem 146: Delimitação

dos eixos horizontais e verticais (folha 2)

Imagem 147: Demarcação

94

do volume principal (folha 2)


Na imagem 148 podemos observar a quantidade de deta-

lhes construtivos representados (também em perspectiva). Isto não seria possível se não fossem utilizadas uma folha para cada elemento. Imagem 148: Representação

dos detalhes construtivos (folha 2)

Imagem 149: Demarcação

Também no centro do desenho é traçada a linha zero

(Imagem 149), por se tratar de uma representação simétrica.

da linha zero (folha 2)

95


Assim como na folha 1, existem apenas faces volumétri-

cas que representam os detalhes construtivos (Imagem 150), é relevante salientar que neste caso, a face volumétrica é também uma face de sustentação para fechamento do modelo.

Por fim, são demarcadas as dobras vale e montanha, como

também o tracejado de referência para corte na folha de papel

Imagem 150: Demarcação

das faces volumétricas (folha 2)

(Imagem 151). Este retângulo de referência é feito para as duas folhas juntas encaixarem.

Imagem 151: Demarcação

96

da dobra vale, montanha e demais terminologias (folha 2)


Cortados e montados, o origami final é a compilação

das duas folhas de papel encaixadas, com o volume dos arcos representados na folha 1, e a “caixa” de vidro na folha de 2. Como o volume da “caixa” é proporcionalmente menor que o dos arcos, ele possuem uma área menor na folha de papel em relação ao da folha 1, isso faz com que o efeito de profundidade entre os dois elementos (arcos e caixa) seja apresentado com realismo a obra. Na Imagem 152 temos o origami arquitetônico do Palácio Itamaraty.

Imagem 152: Origami

arquitetônico do Palácio Itamaraty

97


98

Imagem 153: Fotografia

do SESC PompĂŠia (Kok, 2015)


SESC Pompéia

O SESC Pompéia foi novamente

representado em origami arquitetônico,

Informações essenciais

com duas folhas de papel nesta segunda

Gramatura sugerida

versão. Procurou-se melhorar a representa-

Velocidade do corte

ção das passarelas, que com apenas uma

Velocidade do vinco

folha de papel foi expressa com dois pilares de apoio, que na obra não existem.

Potência do corte Potência do vinco Quantidade de folhas

80

140 180 200 300 (g/m²)

2

3

4

5

6 (m/min)

2

3

4

5

6 (m/min)

20

30

40

50

60 (%)

10

13

20

40

60 (%)

1

2

3

4

5 Imagem 154: Croqui

do origami arquitetônico do SESC Pompéia

99


Como no exemplo do Palácio Itamaraty, cada parte da obra

é representada numa folha de papel: Na folha 1, os volumes dos prismas retangulares e cilindro, e na folha 2, apenas a passarela.

O passo a passo da folha 1 é bastante semelhante ao do

exemplo do SESC Pompéia de folha única. Inicia-se com a delimitação dos eixos verticais e horizontais (Imagem 156) seguida da demarcação dos volumes (Imagem 157) e representação dos detalhes construtivos (Imagem 158).

A demarcação da linha zero mantém a mesma posição na

do exemplo de folha única, assim como os deslocamentos dos volumes em relação a ela (Imagem 159). Imagem 155: Fotografia

100

do SESC Pompéia (Miura, 2011)


Imagem 156: Delimitação

dos eixos horizontais e verticais (folha 1)

Imagem 157: Demarcação

dos volumes (folha 1)

Imagem 158: Representação

Imagem 159: Deslocamento

dos detalhes construtivos (folha 1)

dos volumes em relação à linha zero (folha 1)

101


Na Imagem 160 são representadas as faces de susten-

tação, onde é marcada também a posição da folha onde será encaixada a folha 2, com o recorte da folha de papel da folha 1 na parte indicada. Por fim, são representadas as dobras vale e montanha (Imagem 161), com o tracejado do tamanho de folha referência.

Imagem 160: Delimitação

Imagem 161: Demarcação

102

e criação da face de sustentação (folha 1)

da dobra vale, montanha e demais terminologias (folha 1)


Na folha 2 é representada apenas a passarela, mas sua

concepção segue o mesmo passo a passo dos outros origamis já apresentados.

Inicia-se pela delimitação dos eixos verticais e horizontais

(Imagem 162), seguida pela demarcação do volume da passarela Imagem 162: Delimitação

dos eixos horizontais e verticais (folha 2)

Imagem 163: Demarcação

(Imagem 163).

do volume principal (folha 2)

103


Imagem 164: Representação

dos detalhes construtivos (folha 2)

Imagem 165: Demarcação

104

da linha zero (folha 2)

Imagem 166: Delimitação

Imagem 167: Demarcação

e criação da face de sustentação (folha 2)

da dobra vale, montanha e demais terminologias (folha 2)


Demarcado o volume, são representados os detalhes

construtivos (Imagem 164). Em seguida, é traçada a linha zero (Imagem 165), com a mesma referência base da folha 1. Posteriormente, é criada a face de sustentação (Imagem 166) e demarcados as dobras vale e montanha (Imagem 167), com o tracejado da folha 1 de referência 1.

O resultado dessa nova representação do SESC Pompéia

pode ser observado somente com o encaixe das duas folhas de papel. A solução adotada foi “esconder” os pilares que sustentam as passarelas atrás da folha 1. Com isso, observando o origami arquitetônico de frente e montado, pode-se observar Imagem 168: Origami

arquitetônico do SESC Pompéia

volumes independentes, retratando a obra com maior realismo.

A Imagem 168 ilustra o origami arquitetônico do SESC

Pompéia em folha dupla.

105


106

Imagem 169: Rendering

do projeto de habitação de interesse social


Três folhas Método com

Projeto de Habitação de Interesse Social

Este modelo foi criado para a represen-

tação de um projeto de habitação de interesse

Informações essenciais

social (HIS) numa disciplina de Projeto Arquite-

Gramatura sugerida

tônico. Por isso, o desenvolvimento desse mo-

Velocidade do corte

delo utilizou apenas croquis e maquetes, ao

Velocidade do vinco

invés de fotos da edificação, como referência. Semelhante à concepção com duas fo-

Potência do corte

lhas, o modelo de folha tripla pode ser utilizado

Potência do vinco

para representações de obras mais complexas, com um maior número de volumes interligados.

Nesse caso, cada folha de papel re-

presentou um detalhe da forma da edificação,

Quantidade de folhas

80

140 180 200 300 (g/m²)

2

3

4

5

6 (m/min)

2

3

4

5

6 (m/min)

20

30

40

50

60 (%)

10

13

20

40

60 (%)

1

2

3

4

5 Imagem 170: Croqui

do origami arquitetônico do HIS

ganhando uma maior impressão do escalonamento e dinamicidade do HIS.

107


Com a imagem base inserida no AutoCAD, são delimitados

os eixos verticais e horizontais (Imagem 172). Na Imagem 173 podemos observar os três volumes principais, cada um deles terá sua representação em uma folha de papel. Os volumes 1 e 2 coincidem na hachura, mas representam estruturas diferentes, ou seja, o volume 1 representa as paredes e esquadrias mais à frente, e o volume 2 representa as esquadrias e sacadas recuadas. O volume 3 se dedica a representar o volume das escadas e caixa d’água.

O princípio da concepção de folha dupla ou tripla, é a seg-

mentação do projeto nas folhas, na ordem de seu posicionamento, utilizando as primeiras folhas para os volumes mais próximos ao observador e as últimas para os elementos mais distantes.

trutivos. Já nas Imagens 177, 178 e 179 são demarcadas as linhas zeros, com a mesma referência para posterior encaixe das folhas.

108

Imagem 171: Perspectiva

As Imagens 174, 175 e 176 demostram os detalhes cons

do HIS

Este modelo é a representação de um projeto criado na disciplina de Projeto Arquitetônico IV do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSC, no ano de 2013, com o tema ”Habitação de Interesse Social” no bairro Tapera, em Florianópolis, Santa Catarina. O projeto foi criado pelas graduandas Daniela Otto, Francielli Telli, Isabela Guesser Schmitt e Lilian Miranda.


Imagem 172: Delimitação

dos eixos horizontais e verticais

Imagem 173: Demarcação

dos volumes

Imagem 174: Representação

dos detalhes construtivos (folha 1)

Imagem 175: Representação

dos detalhes construtivos (folha 2)

109


Imagem 176: Representação

dos detalhes construtivos (folha 3)

Imagem 177: Demarcação

110

da linha zero (folha 1)

Imagem 178: Demarcação

da linha zero (folha 2)

Imagem 179: Demarcação

da linha zero (folha 3)


Tendo todos esses elementos representados, o próxi-

mo passo é a delimitação e criação das faces de sustentação (Imagens 180, 181 e 182), segundo sua geometria. Nas Imagens 181 e 182, pode-se observar um recorte, necessário para o encaixe do volume 3. Imagem 180: Delimitação

e criação das faces de sustentação (folha 1)

Imagem 181: Delimitação

e criação das faces de sustentação (folha 2)

111


e criação das faces de sustentação (folha 3)

Imagem 184: Demarcação

da dobra vale, montanha e terminologias (folha 2)

da dobra vale, montanha e terminologias (folha 1)

Imagem 185: Demarcação

da dobra vale, montanha e terminologias (folha 3)

Imagem 182: Delimitação

Imagem 183: Demarcação

112


Por último, são demarcadas as dobras vale e montanha

e demais terminologias (Imagens 183, 184 e 185). Após recorte dos modelos, as folhas 1, 2 e 3 são encaixadas segundo a referência da linha zero, ilustradas na Imagem 186 do origami arquitetônico montado.

Imagem 186: Origami

arquitetônico do projeto de Habitação de Interesse Social

113


C on c l us ã o Resultados obtidos

A partir desses estudos e avaliados os processos e resulta-

desenhos e sketches na fase de desenvolvimento de um projeto,

dos, esta pesquisa presencia uma conclusão além de um produto

em que o modelo seria uma ferramenta projetual para análise e

(origami) de papel. Percebe-se no processo de concepção do ori-

estudos de volumes.

gami arquitetônico uma compreensão do objeto estudado que não

envolve essencialmente apenas informações físicas, tais como

propiciou clareza, rapidez e precisão em detalhes que, se efe-

suas dimensões e proporções. Este traz um entendimento prá-

tuados pelos métodos tradicionais, provavelmente não teriam os

tico de espacialidade e volumetria, semelhante ao da confecção

mesmos impactos. O tempo que seria “gasto” em atividades de corte,

de maquetes físicas, onde os estudos dessas relações se tornam

marcações e medições foi substituído por processos criativos e

mais próximos e evidentes. Assim, proporciona-se um raciocínio

de entendimento do espaço para o qual está sendo projetado.

de criação para projetos próprios onde a espacialidade, criada por planos e volumes, forma-se com clareza na mente do projetista.

No decorrer da pesquisa observou-se que o método

pode ser aplicado não somente com base em imagens fotográficas de arquiteturas existentes, mas também a partir de croquis,

114

Além disso, a utilização de tecnologias como o corte a laser



R efe rên c i as Referências bibliográficas

Bianchini, María Victoria Garrido; Siliakus, Ingrid; Aysta, Joyce. The Paper Architect: Fold-it-yourself buildings and structures. United States: Potter Craft, 2009. Carroll, Lewis; Sabuda, Robert. Alice’s adventures in wonderland – pop up. Simon & Schuster, 2010. Chatani, Masahiro; Kihara, Takaaki. Origamic Architecture: World-famous Buildings. Tokyo, Japan: Shokokusha, 1999. Escher, M. C. Pop-ups M. C. Escher. Los Angeles, Califórnia, EUA, 2011. Hermmerling, Marco. Informed Material. XV Congresso Sigradi 2011. Jackson, Paul. The Pop-Up Book: Step-by-Step Instructions for creating over 100 Original Paper Projects. New York: Owl Books, 1993. Jackson, Paul. Cut and fold techniques for Pop-Up designs. London: Laurence King, 2014.

116

Jackson, Paul. Folding techniques for designers: From sheet to form. London: Laurence King, 2011. Mitani, Jun; Susuki, Hiromasa. Computer aided design for Origamic Architecture models with polygonal representation. Tokyo, Japan: J. Ipsj, 2003. Ueno, Thaís R. Do origami tradicional ao origami arquitetônico: uma trajetória histórica e técnica do artesanato oriental em papel e suas aplicações no design contemporâneo. Bauru, Brasil, 2003.


L i s t a d e i magens m agen s Lis Lista de imagens

Imagem 01: origami tradicional. Papiromano. Papiroflexia para todos. Disponível em: <http://papiromania.blogspot.com.br>. Acesso em: 10 abr. 2014.

Imagem 07: origami de 0º. Jiem. Disponível em: <https://www.flickr.com/ photos/kiriarchi/albums>. Acesso em: 03 fev. 2015.

Imagem 02: exemplo de kirigami. Papiromano. Papiroflexia para todos. Disponível em: <http://papiromania.blogspot.com.br>. Acesso em: 10 abr. 2014.

Imagem 08: materiais para confecção manual de origami arquitetônico. Fonte: dos autores.

Imagem 03: exemplo de pop up. Carroll, Lewis; Sabuda, Robert. Alice’s adventures in wonderland – pop up. Simon & Schuster, 2010. Imagem 04: origami de 90º. Bianchini, María Victoria Garrido; Siliakus, Ingrid; Aysta, Joyce. The Paper Architect: Fold-it-yourself buildings and structures. United States: Potter Craft, 2009.

Imagem 09: cortadora a laser. Fonte: dos autores. Imagem 10: croqui 2,5D Bianchini, María Victoria Garrido. Obra pessoal, 2009. Imagem 11: diferenciação entre plano horizontal, vertical e linha zero. Fonte: dos autores.

Imagem 05: fotografia de origami de 180º. Linking-heart. Disponível em: <http://notesondesign.tumblr.com/page/7#10>. Acesso em: 03 fev. 2015.

Imagem 12: diferenciação entre dobra vale, montanha e linha zero. Fonte: dos autores.

Imagem 06: origami de 360º. MsWellpappe. “mini Pop Up Karte 360° mit Origami, Fleurogami Blume... Pop Up Card...”. Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=3XBT-Fog9Z8>. Acesso em: 03 fev. 2015.

Imagem 13: diferenciação entre planos e dobras. Fonte: dos autores. Imagem 14: Planificação e diferenciação entre planos e dobras. Fonte: dos autores.

117


Imagem 15: diferenciação entre face volumétrica, de sustentação e detalhes construtivos. Fonte: dos autores. Imagem 16: apresentação das terminologias – modelo montado. Fonte: dos autores. Imagem 17: apresentação das terminologias – modelo planificado. Fonte: dos autores. Imagem 18: relações geométricas na planificação. Fonte: dos autores. Imagem 19: fotografia da Catedral Metropolitana de Florianópolis. TURÍSTICAS, Notícias. Florianópolis: a bela Floripa. Disponível em: <http://www. noticiasturisticas.com.br/florianopolis-a-bela-floripa/>. Acesso em: 03 fev. 2015.

Imagem 23: delimitação do volume. Fonte: dos autores. Imagem 24: demarcação dos volumes. Fonte: dos autores. Imagem 25: representação dos detalhes construtivos. Fonte: dos autores. Imagem 26: diferenciação por cores dos volumes. Fonte: dos autores. Imagem 27: demarcação da linha zero. Fonte: dos autores. Imagem 28: deslocamento dos volumes em relação à linha zero. Fonte: dos autores. Imagem 29: delimitação e criação das faces de sustentação (volume 3). Fonte: dos autores.

Imagens 20 e 21: identificação dos volumes da Catedral. Fonte: dos autores.

Imagem 30: delimitação e criação das faces de sustentação (volume 1). Fonte: dos autores.

Imagem 22: delimitação dos eixos horizontais verticais. Fonte: dos autores.

Imagem 31: subdivisão de distâncias, conforme sobreposição de volumes (volumes 2 e 4). Fonte: dos autores.

118


Imagem 32: simplificação da planificação em uma única cor, para diferenciação das dobras vale e montanha. Fonte: dos autores. Imagem 33: demarcação da dobra vale, montanha e demais terminologias. Fonte: dos autores. Imagem 34: volume da escadaria adicionado. Fonte: dos autores. Imagem 35: fotografia da Catedral Metropolitana de Florianópolis. NEVES, Gel. Série Igrejas. Disponível em: <https://www.flickr.com/photos/rogeriojneves/sets/72157625949973117/detail/>. Acesso em: 03 fev. 2015. Imagem 36: origami arquitetônico da Catedral Metropolitana de Florianópolis. Fonte: dos autores. Imagem 37: exercícios práticos. Fonte: dos autores. Imagem 38: cortadora a laser. Fonte: dos autores. Imagem 39: origami arquitetônico final. Fonte: dos autores.

Imagem 40: fachada frontal da residência Vanna Venturi. BUSZEK, Maria. AD Classics: Vanna Venturi House / Robert Venturi. Disponível em: <http:// www.archdaily.com/62743/ad-classics-vanna-venturi-house-robert-venturi/>. Acesso em: 03 fev. 2015. Imagem 41: fachada lateral da residência Vanna Venturi. SMALLBONES. Wikipedia. Vanna Venturi House. Disponível em: <http://en.wikipedia.org/ wiki/Vanna_Venturi_House>. Acesso em: 03 fev. 2015. Imagem 42: fotografia da Ponte Hercílio Luz. NOTICENTER. Florianópolis debate o futuro da Ponte Hercílio Luz. Disponível em: <http://www.noticenter.com.br/?modulo=noticias&caderno=cidades¬icia=01752-florianopolis-debate-o-futuro-da-ponte-hercilio-luz>. Acesso em: 03 fev. 2015. Imagem 43: croqui do origami arquitetônico da Ponte Hercílio Luz. Fonte: dos autores. Imagem 44: fotografia da Ponte Hercílio Luz. KUNZLER, Estela. Blog da Estela. Disponível em: <http://www.blogdaestela.com.br/2013/10/pontos-turisticos-e-praias-de.html>. Acesso em: 05 mar. 2015.

119


Imagem 45: delimitação dos eixos verticais e horizontais. Fonte: dos autores.

ala-sul-do-mercado-publico-de-florianopolis-deve-durar-seis-meses-3458524.html>. Acesso em: 03 fev. 2015.

Imagem 46: demarcação do volume principal. Fonte: dos autores.

Imagem 53: croqui do origami arquitetônico do Mercado Público. Fonte: dos autores.

Imagem 47: representação dos detalhes construtivos. Fonte: dos autores. Imagem 48: demarcação da linha zero. Fonte: dos autores. Imagem 49: delimitação e criação das faces de sustentação. Fonte: dos autores. Imagem 50: demarcação da dobra vale, montanha e demais terminologias. Fonte: dos autores. Imagem 51: origami arquitetônico da Ponte Hercílio Luz. Fonte: dos autores. Fonte: dos autores. Imagem 52: fotografia do Mercado Público de Florianópolis. CATARINENSE, Diário. Reforma da Ala Sul do Mercado Público de Florianópolis deve durar seis meses. Disponível em: <http:// diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/noticia/2011/08/reforma-da-

120

Imagem 54: fotografia do Mercado Público de Florianópolis. AMORIM, Luiz Carlos. Disponível em: <https://normabruno.wordpress.com/2011/05/14/ queres-conhecer-a-alma-de-um-lugar/_mg_0377-3/>. Acesso em: 05 mar. 2015. Imagem 55: delimitação dos eixos horizontais e verticais. Fonte: dos autores. Imagem 56: delimitação dos eixos horizontais e verticais. Fonte: dos autores Imagem 57: demarcação dos volumes. Fonte: dos autores. Imagem 58: demarcação dos volumes. Fonte: dos autores.


Imagem 59: representação dos detalhes construtivos. Fonte: dos autores. Imagem 60: demarcação da linha zero. Fonte: dos autores.

Imagem 66: fotografia da Catedral Metropolitana de Brasília. GIL, Javier. Wikipedia. Disponível em: < http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Catedral_de_Brasilia_en_Brasil.JPG>. Acesso em: 05 mar. 2015.

Imagem 61: delimitação e criação das faces de sustentação. Fonte: dos autores.

Imagem 67: delimitação dos eixos horizontais e verticais. Fonte: dos autores.

Imagem 62: demarcação da dobra vale, montanha e demais terminologias. Fonte: dos autores.

Imagem 68: demarcação dos volumes. Fonte: dos autores.

Imagem 63: origami arquitetônico do Mercado Público de Florianópolis. Fonte: dos autores. Imagem 64: fotografia da Catedral Metropolitana de Brasília. BSB, Guia. Pontos turísticos. Disponível em: <http://www.guiabsb.com.br/pontos-turisticos-brasilia-df?page=2>. Acesso em: 03 fev. 2015. Imagem 65: croqui do origami arquitetônico da Catedral de Brasília. Fonte: dos autores.

Imagem 69: demarcação da linha zero. Fonte: dos autores. Imagem 70: deslocamento dos volumes em relação à linha zero. Fonte: dos autores. Imagem 71: delimitação e criação das faces de sustentação. Fonte: dos autores. Imagem 72: demarcação da dobra vale, montanha e demais terminologias. Fonte: dos autores.

121


Imagem 73: origami arquitetônico da Catedral Metropolitana de Brasília. Fonte: dos autores.

Imagem 81: delimitação e criação das faces de sustentação. Fonte: dos autores.

Imagem 74: fotografia do Museu de Arte de São Paulo. FLIEG, Hans Gunter. Disponível em: <http://vejasp.abril.com.br/blogs/morar-em-sp/2013/06/ fotos-de-arquitetura-no-tomie-ohtake/>. Acesso em: 05 mar. 2015.

Imagem 82: demarcação da dobra vale, montanha e demais terminologias. Fonte: dos autores.

Imagem 75: croqui do origami arquitetônico MASP. Fonte: dos autores. Imagem 76: fotografia do Museu de Arte de São Paulo. CORDEIRO, José. Disponível em: <http://imprensa.spturis.com.br/fotos/sao-paulo-geral>. Acesso em: 05 mar. 2015. Imagem 77: delimitação dos eixos horizontais e verticais. Fonte: dos autores. Imagem 78: demarcação dos volumes. Fonte: dos autores. Imagem 79: representação dos detalhes construtivos. Fonte: dos autores. Imagem 80: demarcação da linha zero. Fonte: dos autores.

122

Imagem 83: origami arquitetônico do MASP. Fonte: dos autores. Imagem 84: fotografia do SESC Pompéia. KOK, Pedro. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-lina-bo-bardi>. Acesso em: 03 fev. 2015. Imagem 85: croqui do origami arquitetônico SESC Pompéia. Fonte: dos autores. Imagem 86: fotografia do SESC Pompéia. KOK, Pedro. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-lina-bo-bardi>. Acesso em: 03 fev. 2015. Imagem 87: delimitação dos eixos horizontais e verticais. Fonte: dos autores.


Imagem 88: demarcação dos volumes. Fonte: dos autores.

Imagem 96: croqui do origami arquitetônico da Oca.

Imagem 89: representação dos detalhes construtivos. Fonte: dos autores. Imagem 90: demarcação da linha zero. Fonte: dos autores.

Imagem 97: fotografia da Oca do Ibirapuera.D’MARCO. Ondas que criam cartões Postais. Disponível em: <http://blogmoveisplanejados.com.br/tag/ oscar-niemeyer>. Acesso em: 03 fev. 2015.

Imagem 91: deslocamento dos volumes em relação à linha zero. Fonte: dos autores.

Imagem 98: delimitação dos eixos horizontais e verticais. Fonte: dos autores.

Imagem 92: delimitação e criação da face de sustentação. Fonte: dos autores.

Imagem 99: demarcação do volume principal. Fonte: dos autores.

Imagem 93: demarcação da dobra vale, montanha e demais terminologias. Fonte: dos autores. Imagem 94: origami arquitetônico do SESC Pompéia. Fonte: dos autores. Imagem 95: fotografia da Oca do Ibirapuera. TRAVELER, Condé Nast. Disponível em: <http://condenasttraveler.tumblr.com/post/37357159289/oscar-niemeyers-iconic-architectural-works-oca>. Acesso em: 03 fev. 2015.

Imagem 100: representação dos detalhes construtivos. Fonte: dos autores. Imagem 101: demarcação da linha zero. Fonte: dos autores. Imagem 102: deslocamento dos volumes em relação à linha zero. Fonte: dos autores. Imagem 103: delimitação e criação das faces de sustentação. Fonte: dos autores.

123


Imagem 104: demarcação da dobra vale, montanha e demais terminologias. Fonte: dos autores. Imagem 105: origami arquitetônico da Oca do Ibirapuera. Fonte: dos autores. Imagem102: fotografia do terreno em Florianópolis. Fonte: dos autores. Imagem 106: fotografia do terreno em Florianópolis. GOOGLE. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/@-27.6061131,-48.5053072,56m/ data=!3m1!1e3>. Acesso em: 03 fev. 2015. Imagem 107: croqui do origami arquitetônico do terreno. Fonte: dos autores. Imagem 108: Imagem de satélite do terreno em Florianópolis. GOOGLE. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/@-27.6061131,-48.5053072,56m/data=!3m1!1e3>. Acesso em: 03 fev. 2015. Imagem 109: curvas de nível do terreno. Fonte: dos autores. Imagem 110: demarcação dos volumes. Fonte: dos autores.

124

Imagem 111: demarcação da linha zero. Fonte: dos autores. Imagem 112: deslocamento dos volumes em relação à linha zero e delimitação das faces volumétricas. Fonte: dos autores. Imagem 113: demarcação da dobra vale, montanha e demais terminologias. Fonte: dos autores. Imagem 114: origami arquitetônico da topografia. Fonte: dos autores. Imagem 115: fotografia da residência Vanna Venturi. SMALLBONES. Wikipedia. Robert Venturi. Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Venturi>. Acesso em: 03 fev. 2015. Imagem 116: croqui do origami arquitetônico residência Vanna Venturi. Imagem 117: fotografia da residência Vanna Venturi. SMALLBONES. Wikipedia. Robert Venturi. Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Venturi>. Acesso em: 03 fev. 2015.


Imagem 118: delimitação dos eixos horizontais e verticais. Fonte: dos autores. Imagem 119: demarcação dos volumes. Fonte: dos autores. Imagem 120: representação dos detalhes construtivos. Fonte: dos autores. Imagem 121: demarcação da linha zero. Fonte: dos autores. Imagem 122: deslocamento dos volumes em relação à linha zero. Fonte: dos autores. Imagem 123: delimitação e criação da face de sustentação. Fonte: dos autores. Imagem 124: demarcação da dobra vale, montanha e demais terminologias. Fonte: dos autores. Imagem 125: origami arquitetônico da residência Vanna Venturi. Fonte: dos autores.

Imagem 126: fotografia da Kettle Hole House. OUDEMAN, Frank. Arch Daily. Kettle Hole House / Robert Young. Disponível em: <http://www.archdaily.com/325985/kettle-hole-house-robert-young/>. Acesso em: 03 fev. 2015. Imagem 127: croqui do origami arquitetônico da Kettle Hole House. Fonte: dos autores. Imagem 128: fotografia da Kettle Hole House. OUDEMAN, Frank. Arch Daily. Kettle Hole House / Robert Young. Disponível em: <http://www.archdaily.com/325985/kettle-hole-house-robert-young/>. Acesso em: 03 fev. 2015. Imagem 129: delimitação dos eixos horizontais e verticais. Fonte: dos autores. Imagem 130: demarcação dos volumes. Fonte: dos autores. Imagem 131: representação dos detalhes construtivos. Fonte: dos autores. Imagem 132: demarcação da linha zero. Fonte: dos autores.

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Imagem 133: deslocamento dos volumes em relação à linha zero. Fonte: dos autores.

palacio-itamaraty-as-example-of-sustainable-architecture/sony-dsc-4/>. Acesso em: 03 fev. 2015.

Imagem 134: delimitação e criação das faces de sustentação. Fonte: dos autores.

Imagem 140: delimitação dos eixos horizontais e verticais (folha 1). Fonte: dos autores.

Imagem 135: demarcação da dobra vale, montanha e demais terminologias. Fonte: dos autores.

Imagem 141: demarcação do volume principal (folha 1). Fonte: dos autores.

Imagem 136: origami arquitetônico da Kettle Hole House. Fonte: dos autores. Fonte: dos autores.

Imagem 142: representação dos detalhes construtivos (folha 1). Fonte: dos autores.

Imagem 137: fotografia do Palácio Itamaraty. DESIGN, Notes On. A collection of things we love. Disponível em: <http://notesondesign.tumblr.com/ page/7#10>. Acesso em: 03 fev. 2015.

Imagem 143: demarcação da linha zero (folha 1). Fonte: dos autores.

Imagem 138: croqui do origami arquitetônico do Palácio Itamaraty. Fonte: dos autores. Imagem 139: fotografia do Palácio Itamaraty. ASSOCIATION, architexts. Disponível em: < https://architextsassociation.wordpress.com/2013/06/28/

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Imagem 144: representação do espelho d’água (folha 1). Fonte: dos autores. Imagem 145: demarcação da dobra vale, montanha e demais terminologias (folha 1). Fonte: dos autores.


Imagem 146: delimitação dos eixos horizontais e verticais (folha 2). Fonte: dos autores.

Imagem 154: croqui do origami arquitetônico SESC Pompéia. Fonte: dos autores.

Imagem 147: demarcação do volume principal (folha 2). Fonte: dos autores.

Imagem 155: fotografia do SESC Pompéia. MIURA, Paulisson. Disponível em: < https://www.flickr.com/photos/paulisson_miura/5391718290>. Acesso em: 03 fev. 2015.

Imagem 148: representação dos detalhes construtivos (folha 2). Fonte: dos autores. Imagem 149: demarcação da linha zero (folha 2). Fonte: dos autores. Imagem 150: demarcação das faces volumétricas (folha 2). Fonte: dos autores. Imagem 151: demarcação da dobra vale, montanha e demais terminologias (folha 2). Fonte: dos autores. Imagem 152: origami arquitetônico do Palácio Itamaraty. Fonte: dos autores. Imagem 153: fotografia do SESC Pompéia. KOK, Pedro. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-lina-bo-bardi>. Acesso em: 03 fev. 2015.

Imagem 156: delimitação dos eixos horizontais e verticais (folha 1). Fonte: dos autores. Imagem 157: demarcação dos volumes (folha 1). Fonte: dos autores. Imagem 158: representação dos detalhes construtivos (folha 1). Fonte: dos autores. Imagem 159: deslocamento dos volumes em relação à linha zero (folha 1). Fonte: dos autores. Imagem 160: delimitação e criação da face de sustentação (folha 1). Fonte: dos autores.

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Imagem 161: demarcação da dobra vale, montanha e demais terminologias (folha 1). Fonte: dos autores.

Imagem 169: rendering do projeto de habitação de interesse social. Fonte: dos autores.

Imagem 162: delimitação dos eixos horizontais e verticais (folha 2). Fonte: dos autores.

Imagem 170: croqui do origami arquitetônico do HIS. Fonte: dos autores.

Imagem 163: demarcação do volume principal (folha 2). Fonte: dos autores. Imagem 164: representação dos detalhes construtivos (folha 2). Fonte: dos autores. Imagem 165: demarcação da linha zero (folha 2). Fonte: dos autores. Imagem 166: delimitação e criação da face de sustentação (folha 2). Fonte: dos autores. Imagem 167: demarcação da dobra vale, montanha e demais terminologias (folha 2). Fonte: dos autores. Imagem 168: origami arquitetônico do SESC Pompéia. Fonte: dos autores. Fonte: dos autores.

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Imagem 171: perspectiva do HIS. Fonte: dos autores. Fonte: dos autores. Imagem 172: delimitação dos eixos horizontais e verticais. Fonte: dos autores. Imagem 173: demarcação dos volumes. Fonte: dos autores. Imagem 174: representação dos detalhes construtivos (folha 1). Fonte: dos autores. Imagem 175: representação dos detalhes construtivos (folha 2). Fonte: dos autores. Imagem 176: representação dos detalhes construtivos (folha 3). Fonte: dos autores.


Imagem 177: demarcação da linha zero (folha 1). Fonte: dos autores. Imagem 178: demarcação da linha zero (folha 2). Fonte: dos autores. Imagem 179: demarcação da linha zero (folha 3). Fonte: dos autores.

Imagem 185: demarcação da dobra vale, montanha e terminologias (folha 3). Fonte: dos autores. Imagem 186:origami arquitetônico do projeto de Habitação de Interesse Social. Fonte: dos autores.

Imagem 180: delimitação e criação das faces de sustentação (folha 1). Fonte: dos autores. Imagem 181: delimitação e criação das faces de sustentação (folha 2). Fonte: dos autores. Imagem 182: delimitação e criação das faces de sustentação (folha 3). Fonte: dos autores. Imagem 183: demarcação da dobra vale, montanha e terminologias (folha 1). Fonte: dos autores. Imagem 184: demarcação da dobra vale, montanha e terminologias (folha 2). Fonte: dos autores.

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O origami arquitetônico consiste numa recente técnica de arquitetura de papel, resultante da compilação de três diferentes técnicas: origami (padrões de dobradura), kirigami (padrões de corte) e o pop up (mecanismo de montagem); e seu uso pode ajudar no processo de compreensão espacial e tridimensional. Esta pesquisa se direciona, então, ao estudo da geometria e planificação de diferentes obras arquitetônicas, em um processo de elaboração de modelos próprios. Como resultado, foi criado um método de confecção de origamis arquitetônicos que possibilita a criação desses modelos a partir apenas de uma imagem da obra escolhida, utilizando como ferramenta os sistemas CAD e o corte laser que permitem uma interação precisa, rápida e eficaz.


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