Presskit Nacional - Rockrise

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Rockrise resgata memória do Rock Nem só de Roberto Carlos vive a música produzida no Espírito Santo. Na terra natal do rei, de Sérgio Sampaio, Carlos Imperial, Nara Leão e outros tantos grandes nomes, o rock teve peso e vez. E é justamente o rock produzido nessas terras o tema do livro Rockrise, de José Roberto Santos Neves. Santos Neves é jornalista especializado em música e já publicou os livros “Maysa”, biografia da cantora, cuja família é capixaba, e “A MPB de Conversa em Conversa”, que conta bastidores de entrevistas com grandes nomes da música popular brasileira, como Caetano Veloso, Maria Bethânia e Paulinho da Viola. Em “Rockrise – a história de uma geração que fez barulho no Espírito Santo”, o autor começa na primeira gravação de rock feita no Brasil, em 1955, por Nora Ney, e vai até a década de noventa. O foco da narrativa é a década de oitenta, e

o livro conta, por exemplo, como foi o começo da banda de hardcore Dead Fish, quando ainda se chamava Stage Dive. Os fãs do metal ficam sabendo como se deu o nascimento e a ascensão do Siecrist e do Porrada!!!, bandas capixabas que alcançaram projeção nacional e internacional, e fazem uma viagem no tempo até 1969, ano em que Os Mamíferos já faziam um rock autoral de peso e com as caras pintadas, quatro anos antes do primeiro disco do Secos & Molhados. O livro pode ser encontrado nas principais livrarias do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Vitória e está disponível para venda on-line nos site das redes Saraiva e Cultura, bem como no Estante Virtual.


Nascido em Vitória (ES), em 1971, José Roberto Santos Neves é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com pósgraduação em Gestão em Assessoria de Comunicação pela Faesa. Trabalha no jornal A Gazeta desde 1994, onde exerce atualmente a função de editor do Caderno Pensar. Vindo de uma família de escritores, como os tios Reinaldo e Luiz Guilherme Santos Neves, cresceu cercado de livros e escreve desde pequeno. Chegou a cursar Administração antes de entrar no curso de Jornalismo. O gosto pela música vem da adolescência, época em que aprendeu a tocar bateria e fez parte de bandas como Seven, The Rain, Skelter e Hell. Desse gosto e da falta de espaço para a juventude nos jornais locais, surgiu a ideia da página Fanzine, que foi seu projeto de graduação na Universidade. Como baterista, gravou

os CDs "Hidden Melody" (1994), da banda The Rain, e "Todo dia é dia de blues" (2003), da Big Bat Blues Band. É autor dos livros "Maysa" (2004), a primeira biografia da cantora Maysa, e "A MPB de Conversa em Conversa" (2007), reunindo bastidores de 40 entrevistas com grandes nomes da música popular brasileira, publicadas originalmente entre 1995 e 2005, no jornal A Gazeta. Produziu, ainda, roteiros para as edições de 2010 e 2011 do espetáculo “Um canto Solidário”, o primeiro sobre Cazuza e o segundo sobre a Tropicália. Além destes, roteirizou os shows Viva Maysa (2008) e Essas Mulheres – Elis Regina (2011).



É rico o que traz José Roberto Santos Neves à cena jornalística e literária capixaba. Mais ainda quando ele fala de música, sua praia desde sempre. Depois de “Maysa” e “A MPB de conversa em conversa”, aterrissa “Rockrise – A história de uma geração que fez barulho no Espírito Santo”. Aterrissar é pouco. Na verdade, o livro é um convite à decolagem. Leva a gente aos anos 80, mas passeia também por outras décadas, sem compromisso com ordem de chegada. Desse caleidoscópio do tempo, vem à tona um envolvente apanhado da música que, naquelas últimas décadas do século passado, marcou época no ES. José Roberto, com quem trabalhei em A Gazeta lá pelos 1990 e tantos, compõe aqui uma viagem para além do universo de jornalista e escritor, áreas nas quais sempre foi um sujeito luminoso, cheio de predicados. Naquela época, ele era baterista da banda The Rain. E mantém a agilidade das mãos quando assume o teclado para escrever. A música mora nele, e a partir daí é que a narração da história flui feito em um bom arranjo. Enlaça. Em “Rockrise”, a ferveção musical capixaba

dos anos 80 surge focada na origem: o aprendizado pós-revolução cultural dos 70 (depois de tudo veio a era Jetsons, que começou nos 90). A história de uma geração abordada no livro situa roqueiros, punks, metaleiros, hardcores, populares, uma constelação imensa. É apurado o foco na atitude transgressora, que desembocou em tantas vertentes musicais, literárias e culturais. E aí surge outra cereja de “Rockrise”: a música compreendida como atitude. Que é o que ela é. Não espere cronologia, não é documentário. A sacada legal de José Roberto é a de trazer a teia cultural que, desde muito antes da internet, faz pontes entre os músicos capixabas e o mundo. Ele dá um mergulho de marreco nos tempos em que o idioma inglês atingiu no Brasil um nível avassalador de popularidade, épocas marcadas na cena roqueira por inesquecíveis versões de sucessos dos EUA cometidas por Rossini Pinto, entre outras pictchuras. Contextualizada no Espírito Santo, principalmente em Vitória e Vila Velha, a costura de “Rockrise – A história de uma geração que fez


barulho no Espírito Santo” é precisa. Faz mais que jus ao subtítulo. Você vai gostar de “interagir” (uma boa leitura pressupõe possuir e ser possuído pelo universo abordado) com personagens emblemáticos, queridos. Quais sejam? Algumas iscas são Rogério Coimbra e todos os sensacionais do antológico Os Mamíferos, Fabinho Boi, da Banda Thor; Alexandre Lima, Mahnimal; Juca Magalhães e Mário Gallerani Jr., da Pó de Anjo; o Combatentes da Cidade... Tem um monte. São todos perfis intensos na composição do fio que tece a história do rock capixaba. Dorock e do pós-rock, do heavy, do punk, de todos os rockockós possíveis.

Aproveite, pois há momentos em que ler José Roberto abre canais para alguma entidade levar você aonde quer que ele se refira. Quando criança, eu sentia isso lendo Monteiro Lobato. “Rockrise”, claro, passeia bem passeado por points que marcaram época em Vitória na composição do cenário do roquenrou contemporâneo. Aí vem vindo o velho e fantástico Saldanha, o Rock House, primeiro videobar de Vitória, em Santa Lúcia (foi fantástico, mas não durou nem um ano); o Dose Dupla, na Praia do Canto... E, claro, a Lama, o universo paralelo mais bem-integrado que poucos terão visto em vida. Ô abre alas no seu coração.

Em meio a tudo isso, também vem à tona um aspecto curioso de outros tempos: os fantásticos grandes donos de lojas de discos e posteriormente de CDs de Vitória, como o ícone Golias e os irmãos Tiussi, em Campo Grande. E o autor atenta, ainda, à transição entre o formato bolachão – o disco de vinil, que muita gente hoje não saberá do que se trata se não consultar o Google – para o CD, há tempos na rota do desgaste. Engrenagens do mundo musical.

Deleite-se. O rock convida. E o abraço de seus tentáculos é bom.

Chico Neto


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Maysa – História da vida de uma das cantoras mais conhecidas da MPB.

MPB de conversa em conversa – Bastidores de entrevistas com quarenta grandes nomes da música nacional.


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