KANREKI - Estrela de Ouro F.C. - Santos

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História dos 60 anos do Estrela de Ouro Futebol Clube

JOSÉ CARLOS SILVARES




EDITORIAL Editorial

N N

o ano 2012, o Estrela de Ouro FC comemorou 60 anos de sua fundação. Para

celebrar esta data, além de uma festa para os associados e convidados foi anunciada a elaboração de um livro contando a história do Clube e sua trajetória na Cidade de Santos. Existe uma naturalidade sobre a condução da vida, as culturas milenares expressam esse conhecimento, nossa ancestralidade define como KANREKI IWAI as comemorações de uma nova fase da vida, aquela em que se cumpre um ciclo e outro se inicia. Refletindo sobre a história do Estrela de Ouro propus ao Conselho Deliberativo a elaboração de um livro, que seria escrito por um profissional, jornalista e pesquisador, para levar a conhecimento das novas gerações as várias fases do Clube nesses 60 anos e principalmente saber o DNA de sua existência. As pessoas que viveram e as que se sucederam no Estrela de Ouro escreveram uma história única de comportamentos e práticas que fazem do Clube um espaço diferenciado de convivência. Como a história e os períodos são cíclicos, passamos a viver um novo tempo, com as transformações naturais de uma sociedade contemporânea, aceitando futuros comportamentos, novas formas de expressões que rompem paradigmas instituídos pelas nossas crenças, buscando soluções de práticas conciliadoras e alternativas que lastreiem a continuidade de preservação da identidade do Clube. Este será o novo desafio dos nossos dirigentes e associados, e das futuras gerações. Tudo o que se reuniu neste documento será de grande valia para aqueles que vivem hoje e aqueles que virão a conviver, recordar ou conhecer os fatos acontecidos nesta valorosa trajetória do Clube. Boa leitura a todos e que este livro seja inspirador para todos os que aprenderam a gostar do nosso querido ESTRELA DE OURO.

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2012

2012 nem KINSEI KURABU wa souritsu 60 shuu nen o mukaemashita. Kono hi no kinen jigyou to shite, kaiin, kankeisha no katagata to no shukugakai no hoka, SANTOS shi ni okeru koremadeno KINSEI KURABU no rekishi o issatsu no hon ni shite shuppan suru koto ni narimashita. (2012 - ni sen juu ni ) (60 - roku juu ) Jinsei no mitinori wa shizen to ayumu to, furuku kara no bunka de sono tishiki wa yoku tsutawarete imasu. 60 nem no shuuki o oe, mata tsugui no shuuki ga hajimaru, watashitati no sosen wa sore o KANKERI IWAI to iimasu. KINSEI KURABU no koremadeno rekishi o furikaeri, watashi ga rijikai ni teian shita koto wa, kono hon wa subete senmonka ni yotte kakareru koto, soshite 60 nen kakete kizukiagueta ayumi o korekarano wakai sedai ni shitte morau tame demo arimasu. Souritsusha no katagata, sore o uketsuida katagata ga, kon niti, KINSEI KURABU o zuiiti shinkouteki no basho to shite kizukaremashita. Rekishi, jidai wa shizen to utsurikawarimasu. Shitagatte, atarashii taiken, koudou, shisouryoku nado kindai shakai ni tori irenakereba narimasen. Kore ga korekara KINSEI KURABU o mitibiku sekininsha no katagata no tyousen to naru deshou. Koko no atsumeta shiryou ga koremade yakuwari o hatasareta katagata ga omoidashi, korekara hatasareru katagata ni totte, juuyou na shiryou de aru koto to omoimasu. Saigo ni watashitati ga ai suru KINSEI KURABU o shinrai suru katagata ni totte yoi dokusho de aru koto o negatte orimasu.

Sadao Nakai 3


EDITORIAL Editorial

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Um dos primeiros Livros de Ouro, aberto para doaçþes de empresas de pesca e de simpatizantes, com o objetivo de construir a sede própria do clube.

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O

KANREKI

Kanreki é a comemoração dos 60 anos de vida. Uma tradição oriental milenar que se refere à conclusão de um ciclo e início de outro. Esse reinício de vida, como um renascimento a partir dos 60 anos, é um período dedicado à reflexão, de olhar para trás e rememorar momentos importantes, bons ou ruins, realizações individuais que marcaram a existência até então e que guardamos na memória. É também tempo de prosseguir com essa bagagem de experiências e valores, no sentido de alcançar novo ciclo de vida. Tempo de planejar o futuro, essa nova etapa do desconhecido que ao mesmo tempo nos assombra e nos renova, dando forças para prosseguir. O Kanreki é o início da longevidade. A celebração do envelhecimento, como novo sopro de vida.

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Kanreki

Kanreki wa jinsei no 60 nen o iwaimasu. Furuku kara no touyou no

dentou wa jinsei no naka no saikuru no shuuryou kara, tsugui no saikuru e no kaishi to kangaete imasu. 60 nem kara no jinsei no kaishi wa, yoki ni shitemo, waruki ni shitemo, soremade o no sonzai o omoidasu juuyou na jikan desu. Mata atarashii jinsei o tassei suru tame ni, keiken ya katikan o zokkou suru jikan desu. Shorai no tame no keikaku to douji ni jibun o migaeri, atarashii dankai e to keizoku suru tikara o ataete kuremasu. Kanreki wa tyouju no hajimari desu. Kono you ni rouka e no iwai to hรก, seimei no atarashii megumi to mo iemasu.

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PONTAda DA PRAIA Ponta Praia

Os terrenos vazios eram a característica da região da Ponta da Praia nas primeiras décadas do século 20 e onde se fixaram muitas das famílias de imigrantes japoneses. 8


A

região da Ponta da Praia, em Santos, já conhecia algum desenvolvimento naquele início dos anos de 1950. Era um dos últimos bairros a ser ocupado por residências, a maioria construída em madeira, mas para seus moradores o progresso chegava ali aos poucos. O movimento maior era na Avenida Rei Alberto I, batizada com esse nome para homenagear o terceiro rei da Bélgica morto tragicamente aos 60 anos em 1934 ao cair quando escalava um monte. Essa via tinha grande importância, já

Após descer dos navios, as famílias eram encaminhadas de trem para a

era pavimentada e servia de único acesso viário para os carros que usavam a

Hospedaria dos Imigrantes, em São Paulo, e distribuídas pelas fazendas do

balsa para o Guarujá.

interior paulista, notadamente as de cultivo do café. Grande parte, porém, não se adaptou às mudanças bruscas de cultura, de idioma, de hábitos alimen-

Nessa última quadra do bairro havia um sonho a se realizar.

tares e diferenças climáticas, preferindo buscar outros locais.

Muitas das famílias eram de japoneses, que começaram a vir para o Brasil,

Acostumadas às atividades pesqueiras no Japão, muitas das famílias

em grande escala, a partir de 1908 quando o famoso navio Kasato Maru

desistiram do interior e retornaram para Santos, próximo das praias, onde

atracou no Porto de Santos, trazendo a primeira leva de imigrantes, num total

pudessem desenvolver o seu trabalho na pesca.

de 781 pessoas. E foi assim que começaram a ocupar a Ponta da Praia, ainda uma área A economia do Brasil era dependente da monocultura cafeeira, que depen-

praticamente deserta. Faziam aqui seus projetos de vida, tentando se integrar

dia dos escravos na sua lavoura. A partir de 1888, com a abolição da es-

à comunidade local, comprando barcos, montando empresas comerciais de

cravatura, os donos de terras começaram a substituir a mão de obra e a

pesca, encaminhando os filhos para colégios municipais, cultivando plan-

contratar famílias imigrantes, sobretudo europeus e japoneses.

tações e construindo as próprias residências. Entre os anos de 1920 e 1940 já moravam nessa área cerca de 30 famílias de japoneses nas cercanias da

Entre 1908 e 1941 quase 200 mil japoneses mudaram para o Brasil,

Avenida Rei Alberto I.

forçados por crises financeiras, guerras, terremotos e outros fatores. Na década dos anos de 1930 o Brasil já reunia em seu território a maior comunidade de japoneses do mundo.

Mas havia uma terrível notícia rondando os japoneses. O que determinaria também a mudança de planos e de futuro na região.

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Fortaleza da Barra, no GuarujĂĄ, o Forte, um Ă­cone visto da Ponta da Praia.

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A RETIRADA Setembro de 1939 – A Alemanha invade a Polônia e inicia a guerra. O Japão e os Estados Unidos estavam em atrito desde 1937, quando o Japão ameaçou tomar a China. Itália e Japão se uniram à Alemanha. Os japoneses atacam a base norte-americana em Pearl Harbour, no Havaí, em dezembro de 1941. Os

C C

om a decretação do Estado Novo (1937-1945) pelo presidente Getúlio Vargas,

título de “indenizações devidas por atos de agressão contra bens do Estado

de caráter amplamente nacionalista, iniciou-se a partir de 1937 uma série de

Brasileiro e contra a vida e bens de brasileiros ou de estrangeiros residentes

ações visando reprimir as culturas que eram entendidas como “fechadas”,

no Brasil”. Entram nessa lei os bens pessoais e jurídicos dos imigrantes,

notadamente as dos japoneses e também dos alemães. Com o decreto 383, de

ficando indisponíveis ainda os bens de sociedades culturais e recreativas liga-

18 de abril de 1938 foram determinadas diversas proibições aos estrangeiros,

das a esses imigrantes.

países que integram o Eixo – Alemanha, Itália e Japão – passam a ser considerados inimigos. Em janeiro de 1942 o Brasil rompe relações diplomáticas com o Japão. A 11 de março de 1942 o Decreto-lei 4166 assinado por Getúlio Vargas confisca os bens de imigrantes italianos, alemães e japoneses no Brasil, a

que a partir de então não poderiam mais participar de atos políticos ou formar qualquer associação.

Em São Paulo, os primeiros japoneses são despejados de suas casas e muitos são detidos sob suspeita de espionagem. É decretada lei que congela

Mais que isso, era proibido falar idiomas estrangeiros em público, foi

os bens de imigrantes dos países considerados inimigos. Navios brasileiros

vetada a transmissão de programas de rádio em outras línguas e também se

são afundados por submarinos alemães, com muitas mortes e comoção social

pôs fim às aulas para alfabetização de crianças. Os órgãos jornalísticos im-

e o Brasil entra definitivamente na guerra, a 22 de agosto de 1942.

pressos em idioma estrangeiro também foram impedidos de circular, a não ser que fossem bilíngues com versão do português.

Em novas ações, pelo Decreto 10.490, publicado no dia de Natal de 1942, o Brasil determina que os imigrantes dos países considerados inimigos não

Os japoneses, em grande número no Brasil, seriam os mais atingidos. Uma pesquisa da Estrada de Ferro Noroeste, em São Paulo, revelava que 88% dos

poderiam mais viver na faixa litorânea, sob a suspeita de espionagem e da possível facilitação de ingresso de forças inimigas vindas pelo mar.

nipo-brasileiros assinavam jornais no idioma japonês, num dos mais elevados índices de leitura no Brasil, naquela época. Tudo foi interrompido.

A partir de 1943, em Santos, onde se concentra grande parte da colônia, os japoneses são obrigados a mudar para o interior. Nessa época, a colônia

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Estava decretado o início de uma sequência de novas restrições que

japonesa de Santos destacava-se por sua pujança econômica, havendo na

seriam ainda mais pesadas nos anos seguintes, com o início da Segunda

região mais de 100 estabelecimentos comerciais ligados à colônia,

Guerra Mundial.

especialmente no setor pesqueiro. O fornecimento de combustível é cortado


para esses imigrantes e, sem ele, os barcos pesqueiros ficam fundeados ou parados nas praias. O mês de julho de 1943 foi o mais perverso. Forças policiais ajudadas pela Delegacia de Ordem Política e Social (Dops) invadem residências e apreendem aparelhos de rádio em todas as cidades litorâneas. As famílias da Ponta da Praia são atingidas. Têm que deixar o litoral em 12 horas e abandonar as casas, os barcos, as empresas e as plantações. Partem sem rumo certo para São Paulo e para cidades do interior como Marília, Bastos e Lins. Algumas famílias se alojam em casas de parentes. Outras têm que viver em hotéis ou em casas alugadas. Em um só dia cerca de 600 japoneses e alemães deixaram Santos, em trens especiais da São Paulo Railway, na estação do Valongo, rumo à Hospedaria dos Imigrantes, na Capital, de onde seriam distribuídos para outros locais. A colônia perde a sua identidade e se dispersa. Prédios e terrenos de escolas, associações e empresas, entre outros bens, são confiscados. Um grande exemplo em Santos foi o caso da Escola Japonesa criada para o ensino do idioma japonês, pertencente à Sociedade Japonesa de Santos, fundada em 14 de junho de 1939. Mesmo mudando o nome para Sociedade Instrutiva Vila Mathias no início da guerra, seguindo o que fizeram muitas colônias em todo o País, o imóvel da Rua Paraná, 129 foi incorporado ao patrimônio brasileiro, por força do Decreto-lei 9727, de 1946, de autoria do então presidente general Eurico Gaspar Dutra, um ano depois do término da guerra, passando, logo após, ao controle do Exército, que ali instalou uma unidade. Desde então a colônia japonesa tenta reaver o imóvel, sem sucesso, obtendo, no entanto a sua cessão em 22 de agosto 2006 por ato do governo do então presidente Luis Inácio Lula da Silva, que no seu discurso citou os 60 anos de confisco desse imóvel como um episódio que “entra para o rol de episódios de intolerância, discriminação e injustiça”. Entre os imigrantes, os prejuízos materiais foram enormes, mas o que mais marcou foi a tristeza do isolamento, a humilhação e a incerteza de um futuro nebuloso.

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Ryu Mizuno Ryu Mizuno

Kasato Maru Kasato Maru



u r a M Kasato

Buenos Ai

u r a M o e d i v e t Mon 16

res Maru


Divulgação de registro histórico.

Foto: Herbert Passos Neto

Escultura de Tomie Othake em comemoração ao centenário da imigração Japonesa ao Brasil.

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O RETORNO As demais famílias tiveram o mesmo fim – buscar o interior ou a capital até que passassem os horrores da guerra.

U U

O retorno não foi fácil. Havia ainda, entre os brasileiros, a terrível chaga do racismo, da discriminação, especialmente contra os japoneses, que viveram muito tempo afastados da sociedade, formando núcleos de habitações e sendo chamados de “traidores”, de “espiões”, de “quintas colunas”, “olhos rasgados” e outros termos.

m ano após o final do conflito mundial, a partir de meados de 1946, aos poucos

Se por um lado a retirada dos imigrantes foi um episódio triste de sua

as famílias de japoneses retornaram ao litoral paulista, especialmente a

história, por outro, no retorno, houve a mudança no comportamento de todos,

Santos, muitas delas na tentativa de retomar a vida abandonada por força da

com a necessidade de se fortalecer o espírito de solidariedade e o convívio em

repressão dos atos de guerra. E de reconstruir a pesca.

grupos para enfrentar de frente os problemas que surgiriam. E que não seriam poucos.

No último quadrilátero da Ponta da Praia, com a Avenida Rei Alberto I cortando o bairro, e próximo dali, se instalaram muitas dessas famílias como

Começava ali um processo de autoafirmação dos nisseis na sociedade.

os Hamamoto, Imada, Kikuchi, Koide, Matsumoto, Nakai, Okida, Okumura, Okuyama, Onishi, Ono, Ota, Sakai, Sassaki, Sato, Takahashi, Taniguchi, Tuzuki, Yagui, Yamazawa, Yano, entre outras.

Nos números 239 e 241 da Avenida Rei Alberto I formou-se uma colônia especial, também conhecida como “Beco”, “Vila dos Pescadores” ou mais tarde como “Gueto” – nome que alguns preferem esquecer. Ali viviam

O chefe dos Ono, Toshimatsu Ono, pescador, veio da província de Ibaraki,

concentradas em chalés de madeira diversas famílias como os Hamamoto,

banhada pelo Oceano Pacífico, no leste do Japão e inicialmente se instalou em

Koide, três famílias Okida, Okumura, Ono, Sakai, Yamazawa e a família

uma fazenda no noroeste paulista. Não se habituou lá e retornou a Santos,

Nascimento. À exceção da família Nascimento, de origem brasileira, as

dedicando-se à pesca. Na guerra teve que abandonar tudo e ir para a casa de

demais faziam da pesca o seu meio de sobrevivência.

um tio, em Promissão e depois se instalou em uma pensão na capital paulista. A esposa, que era nascida no Brasil, ficou tomando conta de alguns barcos de arrasto. O casal teve cinco filhos: Katutoshi, Tokuji, Mitsugu, Luiz e Zilda.

Nesse trecho bem definido da Ponta da Praia havia também cerca de 50 crianças, meninos e meninas nisseis, que conviviam pacificamente com as cinco crianças da família Nascimento. Não havia restrições entre elas. Dona

Uma das famílias Okida, a do casal Sadami e Haruno, tinha vindo de

Rosa Nascimento era quem aplicava injeções na turma, quando necessário.

Hiroshima em 1912, no terceiro navio da imigração japonesa, o Kunagawa

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Maru. Sadami, aos 18 anos, trabalhou na fazenda Guatapará, depois foi lavar

As crianças brincavam o dia inteiro nos amplos quintais da vizinhança e

pratos em São Paulo e chegou a São Vicente, onde aprendeu português. Em

nos terrenos sem uso. Corriam, pulavam cordas, jogavam bolinhas de gude,

1922 casou com Haruno, que era doméstica em São Paulo. Na guerra se refu-

porrete (taco), amarelinha, empinavam papagaios e faziam peladas de

giaram em Artemis, depois em Porto João Alfredo, na região de Piracicaba, e se

futebol. Em grupos, rumavam para a quadra seguinte, na avenida da praia,

aproveitaram do rio caudaloso para voltar à pesca, quase que para a própria

que ainda tinha apenas uma pista, para tomar banhos de mar nas praias que

subsistência. O casal teve oito filhos, quatro homens e quatro mulheres.

se formavam ali, no quente verão santista.


Estudavam em colégios públicos, os mais novos no Grupo Escolar Visconde de São Leopoldo; outros, no Instituto Dona Escolástica Rosa, esta profissionalizante, onde muitos puderam aprender ofícios técnicos. Mas havia outras escolas também como Coelho Neto e Canadá. Ninguém sabe ao certo de onde, mas surgiu no meio da turma uma bola feita de panos, bem costurada talvez por uma das mães do Beco. E os meninos começaram a prática de um esporte que, daquela hora em diante traria novos tempos para os japoneses de Santos. Começavam após as aulas e jogavam até o anoitecer. Havia muito espaço para se jogar futebol naquele trecho. Mas os terrenos tinham plantações ou mato, a rua tinha o trânsito para as balsas e, no final, na faixa da praia, a linha Forte Augusto conduzia os trens de carga e carvão entre o porto e o chamado Forte Augusto, que existiu diante de onde hoje é o Museu de Pesca. Os meninos tiveram que improvisar. Limpavam uma área, cortavam o espinheiro de outra, até surgir um campo, por menor que fosse. Com o tempo, a bola já era de couro ou borracha. Mas, fora do Beco, a discriminação continuava dura. Havia muitos times de futebol em Santos, em outros bairros, em campeonatos disputando troféus e medalhas. Os times fervilhavam na várzea, mas os japoneses da Ponta da Praia nunca eram convidados nem para uma partida amistosa, nem deixavam que eles jogassem nesses times. Eles souberam driblar essa barreira e não tiveram dúvidas: formariam o próprio time.

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NASCE uma UMA ESTRELA Nasce Estrela

JJ

á tinham a bola e um campinho improvisado. Mas tinham muito mais: a garra

casa de um deles, se cogitou de, pela primeira, vez se formar um clube de

para ter o próprio time de futebol organizado.

futebol, com nome e tudo. Vários nomes foram sugeridos, a partir de uma palavra comum a todos eles: Estrela, o animal marinho disputado pelas

Foi nesse momento, entre 1948 e 1949, que um grupo de meninos resolveu

crianças nas redes de pesca dos pais, que lembrava o céu e o infinito.

de vez colocar mãos à obra para ter um campo que seria o melhor de todos. E foi nos fundos da última das casas do Beco, dos Hamamoto, que se conseguiu uma boa área para as peladas. Foi um trabalho intenso, dias a fio cortando arbustos, tapando buracos, usando foices, machados e enxadas.

Um deles sugeriu “Estrela do Mar”, lembrando um time que durou pouco tempo, outro falou em “Estrela do Oriente”, mas um dos poucos que não era nissei, o Carlos Alberto Nascimento, emendou: “Estrela de Ouro”. Poderia ser qualquer um, pois Mar lembrava a atividade pesqueira dos pais;

Estavam ali Antonio Koide,

Oriente significava a região de onde

Carlos Alberto Nascimento,

vieram os antepassados; mas Ouro

Katutoshi Ono, Tokuji Ono,

deslumbrava todos, um fascínio para

Tsuneo Okida, Yutaka Okumura

as crianças... E foi assim que

e outros amigos do Beco,

prevaleceu o nome.

ajudados também por colegas nisseis que, no Centro, participavam da Associação

Agora, o sonho era ter camisas próprias também.

Atlética Atlanta. Juntos, em espírito de solidariedade, se deu início à formação de um time, com campo improvisado, mas que pudesse participar dos torneios da Cidade.

Organizados, os meninos do Beco buscaram entre eles, com pequenos recursos e com a ajuda de seus pais o suporte financeiro para comprar um jogo de camisas. A campanha foi bem sucedida e havia um amplo sorriso em cada rosto quando as

“Lembro que improvisamos as traves usando a madeira de reforço de grandes cartazes de propaganda que havia na região”, lembra Mituro Onishi. Em uma reunião na

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primeiras camisas foram compradas pelo Yutaka Okumura, que já estudava em São Paulo. Eram azuis, lembrando o mar, com a estrela no meio do peito.


Surgiu o primeiro jogo, contra um time que a memória dos mais antigos não permite lembrar... Nem do resultado. Mas o que importou mesmo foi o dia seguinte, após as camisas serem lavadas – estavam desbotadas. Mesmo assim os jogos não paravam. Era no campo dos outros e, para orgulho de todos, também no campinho da Ponta da Praia. Ali já começavam a participar meninos como Assao Okida, Haruo Yamazawa, Mauro Nascimento, Mitsugu Ono, Tsuguio Okida e em algumas ocasiões também o Kioshi Hamamoto. Todos ali na faixa dos 10 aos 16 anos. “A família Ono nos cedia seus caminhões e levava o time inteiro para disputas em bairros mais distantes, com 22 a 25 meninos na carroceria”, lembra Mituro Onishi. “Era a nossa única forma de locomoção. Éramos todos estudantes, não tínhamos dinheiro...” Mituro era centroavante, camisa 9, e lembrava o centroavante do São Paulo, Gino. “Eu tinha um estilo parecido com o dele...”, diz, com humor. Entre altos e baixos, com ou sem camisa, mas sempre descalços, os meninos da colônia não desanimaram. Em meados de 1951 já se falava em ter um time de futebol, completo, com estrutura, camisas e um campo melhorzinho. José Jo Nakai era pequeno, mas se lembra dessa época. “Contando apenas com os japoneses seria impossível montar um time competitivo. Assim, o Estrela mesclou em sua equipe jogadores gaijins, bons de bola que marcaram época e dos quais muito se ouviu falar na Ponta da Praia. O craque deles era o Vadico, meia armador canhoto com precisão de passe impressionante”. Aquele mundo estava ficando pequeno para os meninos da Ponta da Praia. Era preciso mais. O Estrela de Ouro já não cabia apenas nos sonhos de um time de futebol. Mais que um time, a garotada já exigia um clube de futebol! Com o reforço dos meninos mais novos – e meninas também – surgiu a ideia de ter um clube com o mesmo nome do time. Estrela de Ouro Futebol Clube.

Muitos times de futebol foram formados desde antes da fundação do Estrela de Ouro, sempre com o mesmo objetivo: honrar o símbolo do clube.

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Pela memória do Jorge Nakai, a primeira diretoria foi formada pelo presidente Akira Onishi, o próprio Jorge Nakai como secretário e tesoureiro, e Yassutaro Taniguchi como diretor de Esportes, responsável pelas camisas. Depois entraram Eiji Tuzuki, Hiroshi Onishi, Tokuji Ono e outros, como diretores que ajudavam nos trabalhos. Os recursos já estavam mais organizados, com a cobrança de mensali-dade, por meio de recibos. Com nova ajuda dos pais e comerciantes da área surgiu o dinheiro para a compra das novas camisas – brancas com uma faixa azul vertical e calções azuis. Por sua dedicação aos jovens, Tieko Takahashi, chamada por todos como Tié-San, foi escolhida a madrinha do time. De fato! Ganhou até faixa de

Nakai, mas dá como admitido em 23 de julho de 1953 e como aceito em 30 de

madrinha oficial. Ela dava conselhos, costurava as camisas, ajudava em tudo. A

agosto do mesmo ano. Na época ele tinha 17 anos e era comerciário.

turma a respeitava como madrinha de fato! Antes dele, pelo teor das fichas, há outros associados admitidos e aceitos Tokuji Ono tem alguma lembrança de que aquele time “Estrela do Mar”, de

no dia 6 de junho de 1953. São eles, pela ordem, Mitsuro (Mituro) Onishi,

pouca duração, emprestara suas camisas para o novo Estrela e que Tié-San fez

estudante, que na época tinha 15 anos; Luiz Ono (comerciário, 14 anos), Hissao

os calções do time, que, no entanto jogava com os pés descalços.

Nakanishi (comerciário, 18 anos), Akira Onishi (comerciário, 18 anos), Hiroshi (Antonio) Onishi (estudante, 16 anos), Haruo Yamazawa (estudante, 14 anos), o

As diretorias informais foram sendo trocadas. Jorge Nakai assumiu como presidente e foi substituído por Katutoshi Ono, que deu lugar a Tsuneo Okida.

“brasileiro” Macleyd Souza Marcelino (estudante, 16 anos), Nelson Yamamoto (21 anos), Mituo Okida (mecânico, 16 anos), Yoshinori Nakai (comerciário, 19 anos), Fernando Kenji Tuzuki (comerciário, 16 anos), José Tuzuki

Nessa época já se usava um barracão de guardar redes de pesca da família Onishi para a realização de bailinhos. Quando não dava ali usavam a garagem

(comerciário, 17 anos), e as duas primeiras mulheres, a saber, Mityo Ignes Tuzuki (estudante, 15 anos) e Kioko Iuace (21 anos).

da família Tuzuki. As meninas se incorporavam ao grupo, torciam pelo time e depois dançavam ao som da vitrola do Nelson Yamamoto. “Com sua vitrola elétrica e seus discos de vinil ele nos fazia ouvir as mais belas canções da

A profissão de comerciário se dava porque desde cedo esses meninos já trabalhavam nas firmas de venda de pescado de seus pais.

época, proporcionando a todos momentos muito agradáveis e alegres”, lembra Tsuneo Okida.

Outros associados foram admitidos e aceitos logo a seguir. Essas fichas de 1953 foram assinadas pelo então presidente Katutoshi Ono, com o aval de três

O clube começava a tomar forma oficialmente. Foi escolhido o dia 1º. de

dirigentes da Comissão de Sindicância que deixavam suas rubricas nas fichas.

fevereiro de 1952 como a data de fundação do Estrela. Não há registros sobre a escolha da data, mas se cogita de ter sido o dia da reunião em que se decidiu formar a primeira diretoria.

Alguns meninos eram mais dispostos que outros a manter o clube a qualquer custo, revezando-se em tarefas, tomando decisões, correndo atrás de recursos ou renovando as esperanças. Entre eles, com certeza, estavam

Essa data foi impressa nas primeiras fichas de cadastro de associados do clube como sendo a da fundação: 1º. de fevereiro de 1952. As fichas começaram a ser preenchidas a partir de 6 de junho de 1953 e são imprecisas no seu preenchimento. A ficha número 1, por exemplo, é de Jorge

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Jorge Nakai e Katutoshi Ono. Principalmente para firmar o clube no seu início, mas também por todas as suas vidas. Os anos passavam, mas o ideal do clube só crescia. Agora era a hora de juntar recursos e ter uma sede própria.


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Tieko Takahashi Madrinha do Estrela de Ouro Futebol Clube DĂŠcada de 50.

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E

O consórcio corria bem, os recursos eram somados a cada mês. No início de 1956, com o Estrela sob a presidência de Tsuneo Okida, ao lado do presidente de outro clube japonês, o Atlanta Atlético Clube (que reunia as

ra o ano de 1953. Surgia em Santos a Cooperativa Mista de Pesca Nipo-

famílias das áreas do Centro e Valongo), Seiti Eizo, se realizou o primeiro baile

Brasileira, fundada por pescadores, quase todos de origem japonesa,

conjunto de carnaval, no salão de festas da Guarda Civil de Santos, na Avenida

liderados por integrantes da família Nakai, como Shiguejiro, Shikazo e Jorge.

Conselheiro Nébias.

“A pesca profissional, agora organizada, se tornou na ocasião uma grande fonte de riquezas para os pescadores e para as empresas de pesca”,

Além dos bailes conjuntos a rapaziada do Estrela também participava

testemunha Tsuneo Okida. A Nipo, como era chamada popularmente, foi por

fantasiada dos desfiles de carnaval de rua, no famoso bloco carnavalesco

muitos anos a maior cooperativa de pesca da América do Sul.

Chineses do Mercado.

José Jo Nakai morava com os pais e irmãos em uma casa conjugada aos escritórios da Nipo. Embaixo existia um armazém e um depósito de tabuleiros de pescado. “Às vezes, nesse depósito, os tabuleiros eram cuidadosamente cobertos com lonas, o salão encerado e ali aconteciam então os bailes do Estrela, com vitrolas tocando boleros da orquestra Românticos de Cuba”, como ele presenciou em 1955. Com o crescimento da pesca, no ano seguinte já se fortaleciam os projetos para a compra de um terreno para erguer a sede do Estrela de Ouro. Tsuneo Okida confirma: “Nessa ocasião, liderado pelo bondoso e saudoso Toshimatsu Ono, um dos maiores armadores de pesca de Santos na época, iniciou-se uma grande campanha envolvendo pescadores, armadores de pesca, empresas e simpatizantes da nossa causa para se arrecadar fundos para a compra de um terreno para construir a sede do Estrela”. O líder da família Ono, em uma das primeiras providências para esse objetivo, organizou um consórcio financeiro, o Tanomoshi – um sistema rigoroso de contribuições e retiradas mensais que dependem da honradez e da pontualidade dos participantes, que com ele se ajudam entre si. A primeira retirada é sempre do proponente ou para um ideal. É usado há milênios no Japão e foi trazido ao Brasil pelos primeiros imigrantes. O termo vem da palavra “tanomu”, que literalmente significa “pedir ajuda”. Na primeira reunião conduzida por Ono em sua casa havia 53 consorciados. Ono também abriu um livro de ouro para doações de empresas de pesca e de simpatizantes da campanha da sede própria do Estrela. Outros recursos foram obtidos como por meio da venda de ingressos para a exibição de filmes japoneses no Cine São José, que funcionava na Rua Silva Jardim.

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Mãos à Obra

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A PRIMEIRA SEDE

A A

inda no final de 1956, com os resultados do consórcio, finalmente se vislumbrou a compra do almejado terreno para a sede: um lote com 16 metros de frente e 45 de fundos na Avenida Senador César Lacerda de Vergueiro número 60, pertencente ao armador de pesca Shizuyoshi Onishi, o mesmo que

A Ponta da Praia vivia uma transformação. A avenida da praia, que já

emprestava seu barracão para os bailinhos da turma. O preço foi acertado:

existia em pista única era duplicada, avançava pelo bairro e dava novo aspecto

CR$ 225 mil (cruzeiros da época).

e outro acesso à orla. As obras estavam aceleradas, sob o comando do prefeito Antonio Feliciano.

Na verdade, como lembra Mituro Onishi, esse terreno era parte dos fundos da casa de seu pai, que nasceu em Hiroshima e teve ali cinco filhos. “O terreno

Pois essa grande obra tem muito a ver com a primeira sede do Estrela. Aqui

tinha 30 metros de frente por 150 de fundos. Na frente da Avenida Rei Alberto I

vão as lembranças de Okida e Ono: “A obra da praia estava mais concentrada

era a nossa casa, depois tinha o barracão de redes de pesca e ao final tinha o

na Avenida Almirante Saldanha da Gama, em frente ao colégio Escolástica

terreno que dava fundos para a Avenida César Lacerda de Vergueiro”.

Rosa, e as empresas nos cederam a terra que era escavada para o nosso aterro. Arrumamos caminhões da Nipo-Brasileira e de outras empresas para

A avenida da futura sede ganhou o nome do senador César Lacerda de Vergueiro em meados de 1957, em homenagem da Prefeitura. Nascido em

levar a terra até a área. Nós mesmos, juntos, com pás, ajudamos a encher muitos caminhões...”

Santos, o senador pelo PSD foi assassinado por um sobrinho no dia 31 de janeiro de 1957, em pleno mandato, causando forte comoção social no País.

Aos poucos a área foi aterrada para o início das obras. Um projeto logo surgiu pelas mãos habilidosas do engenheiro Yutaka Okumura, que conta essa

Foi feito um esforço conjunto entre Jorge Nakai, Katutoshi Ono, Toshiji

passagem, em detalhes: “Recém-formado e com a colaboração do engenheiro

Nakai, Tsuneo Okida e Yutaka Okumura junto ao sr. Onishi para que vendesse

Keitaru Yaginuma, fizemos a planta, a legalização e administração total da

essa parte dos fundos de sua casa, de frente para a avenida.

obra. A mão de obra foi realizada pelos Irmãos Jacomelli, que deram tudo de profissional e foram muito além, pois também vibraram com as realizações do

A contribuição de pais dos meninos e meninas, todos isseis, foi de grande importância para se concretizar a compra. Eis alguns, em ordem alfabética:

clube, principalmente o Luiz Jacomelli.” Yutaka Okumura nada cobrou pelo projeto, concluído com sucesso.

Guiti Tuzuki, Jose Sato, Jutaro Nakai, Kazumi Okida, Sadami Okida, Saichi Imada, Shiguejiro Nakai, Shigueo Matsumoto, Shikazo Nakai, Shizuyoshi

A obra demorou pouco mais de um ano, de intenso trabalho em emprei-

Onishi, Tadashi Yano, Toshimatsu Ono, Yassuhissa Nakanishi, Yassuya

tadas ou em sistema de mutirão, nas horas vagas. Todos acompa-nhavam os

Okuyama, Yumitsu Okida, entre outros.

serviços e ajudavam a levantar a sede própria. “Já no final faltavam a pintura do salão, a construção do palco para as apresentações artísticas e a forração

Agora era novamente mãos à obra. Tokuji Ono e Tsuneo Okida lembram bem do trabalho que deu para aterrar a área.

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do salão”, lembra Tsuneo Okida, para contar sobre um acidente que até hoje marca sua memória.


Ele estava lá ao lado de outros colegas, sobre um andaime a quase dois

Imada, Sadami Okida, José Sato, Paulo Ohya, Katsumi Nakai, Yassuya

metros do solo tentando alinhar o forro quando o andaime ruiu e todos foram

Okuyama, Kosaku Kikuti, Guiti Suzuki, Nelson Shiraki, Akira Suzuki, José

ao chão. Ninguém se machucou, mas aquela cena ficou marcada, pois a partir

Shiraki, Kazuo Oshima, Shigueo Matsumoto, Tadaji Yano, Jorge Nakai,

dali os trabalhos foram retomados com mais intensidade até que a sede

Yassuhisa Nakanishi; e como suplentes Mituro Takahashi, Hiroshi Onishi e

ficasse pronta.

Nobuyoshi Sakai. Todos foram empossados.

A escritura de compra do terreno foi assinada no dia 31 de maio de 1957, mas pouco antes disso, em fevereiro, todos decidiram regularizar o clube

Por aclamação unânime foi eleito presidente do Conselho Deliberativo Toshimatsu Ono e secretário Shikazo Nakai. Eles foram empossados no ato.

juridicamente, o que era necessário para se ter a escritura. Os membros do Conselho Deliberativo, em reunião no dia 15, ainda na casa

fatoee de de direito DeDefato direito

dos Ono, tiveram a missão de escolher o presidente e o vice-presidente da diretoria do clube. Havia cinco candidatos: Hissao Nakanishi, Tokuji Ono, Katutoshi Ono, Yutaka Okumura e Jorge Nakai. Por maior número de votos foram eleitos e empossados Jorge Nakai como presidente e Hissao Nakanishi como vice. Jorge Nakai tinha apenas 21 anos e, desde então, até hoje, se tornou o presidente mais jovem do clube.

Após muitas conversas entre todos se resolveu transformar o clube em uma entidade de fato e de direito. Para isso foi realizada uma Assembleia

Os cargos do Conselho Fiscal seriam preenchidos em nova assembleia no

Constitutiva, no dia 1º de fevereiro de 1957, com reunião na casa dos Ono, à

dia 22. Foram eleitos Shizuyoshi Onishi, presidente; e Shiguejiro Nakai,

Rua Rei Alberto I, 355.

secretário. E suplentes, Toshiji Nakai, Tadao Harada, Yassushi Nakai e Pedro Okabe.

Na presença de 28 pessoas, às 20h30 horas desse mesmo dia, por decisão unânime, foi escolhido Jorge Nakai para presidir a sessão, e Tokuji Ono para secretariar. O clube estava fundado para fins de constituição jurídica.

Estava formada a primeira diretoria do clube em sua constituição jurídica. Todas as atas das assembleias foram registradas no cartório de Registro Especial de Títulos de Santos, no dia 9 de abril de 1957.

Em novo encontro, no dia 5, em assembleia geral sob o comando dos mesmos presidente e secretário, foi convidado o presidente da comissão de elaboração dos estatutos, Hissao Nakanishi, para a leitura, recebendo do plenário aprovação unânime. Para preencher a vacância de comando até o registro do clube como personalidade jurídica e por indicação de Katutoshi Ono, Jorge Nakai foi indicado presidente, Hissao Nakanishi secretário e Tokuji Ono tesoureiro. Eles formaram uma junta administrativa que respondeu provisoriamente pela direção do Estrela durante a fase de formação e registro. Foram eleitos por aclamação. A junta convocou assembleia para o dia 10 para eleição dos membros do Conselho Deliberativo e seus suplentes, por meio de voto secreto. Foram eleitos por maiores números de votos como conselheiros deliberativos titulares Shikazo Nakai, Toshimatsu Ono, Jutaro Nakai, Guiti Tuzuki, Saishi

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Eram realizados ali almoços e jantares, festas juninas que fazem Tsuneo

Anos de OURO Ouro ANOS DE

Okida voltar à juventude: “Havia a distribuição de muita pipoca, amendoim, doces, churrasco, batatas assadas na fogueira, balões e a criançada dançando a quadrilha ao som de músicas caipiras em homenagem a Santo Antonio, São João e ao abençoado São Pedro, padroeiro dos pescadores”. O primeiro carnaval foi realizado em 1958, com a venda antecipada de ingressos. Chovia muito e se improvisou pontes de madeira sobre poças de água na Avenida Rei Alberto I e nas outras ruas até se chegar ao clube. Mesmo assim muita gente compareceu aos bailes. Mas Tokuji Ono não tem uma boa lembrança do dia em que fechou as contas: “Ficamos todos muito tristes porque as contas não batiam. O carnaval fechou no vermelho”. Aquilo era uma desonra para todos. Foi quando apareceu no clube o Edison Okumura, querendo saber o motivo da tristeza. “Fechamos no vermelho”, disseram. Ele emendou: “Não deviam ter fechado a conta. E os

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ingressos que vendi antecipadamente? Aqui está o dinheiro...” Foi uma alegria geral. Uma lágrima corre pelo rosto de Tokuji Ono. “Refizemos as contas e ficamos no lucro”, comemora, para emendar, ainda emocionado: “O sucesso do clube é devido à honestidade das pessoas. Esse clube nasceu com uma estrela, e uma estrela de ouro!” No ano seguinte também o carnaval foi um sucesso, mas havia tanta gente

om o clube legalizado e a sede pronta era preciso programar as atividades ali.

que se decidiu fazer os bailes em um local mais amplo em 1960. Foi escolhido o

A Turma do Beco já não precisava mais correr pelas ruas ou nos terrenos nem

salão do restaurante Jangadeiro, de frente para o mar da Ponta da Praia.

improvisar os bailinhos do barracão dos Onishi ao som da vitrola do Yamamoto ou reunir-se em torno da mesa da sala dos Ono.

Ainda em 1959 Katutoshi Ono, aos 26 anos, assume a presidência do Estrela e é reeleito por três gestões até o biênio 1963/1964. Teve como vice-

As reuniões eram realizadas na própria sede. Os mais velhos se lembram

presidentes Tsuneo Okida, Akira Onishi, e novamente Tsuneo Okida. O

com alegria e emoção desses primeiros dias como uma conquista, um sonho

Conselho Deliberativo foi presidido nesse período por Yutaka Okumura,

realizado, a vitória pela determinação.

Toshiji Nakai e Nelson Yamamoto.

A sede já era usada para reuniões, para a prática de judô ou tênis de mesa,

Eram anos de ouro para o Estrela e para a pesca em geral. Criada em 1962,

para apresentações festivas, exibição de filmes, festas de aniversário e de

a Superintendência para o Desenvolvimento da Pesca (Sudepe) chega para

casamento, concurso de canto, bailes – agora ao som da orquestra do maestro

fortalecer o setor, que viu prosperar a atividade ao longo dos anos de 1960.

Mario Folganes. Nessa época, anos de 1960, os bailinhos tomavam conta da sede. José Jo

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Além do futebol, o judô sempre foi um esporte praticado ali, com vários

Nakai se lembra bem: “No começo, ainda adolescentes, a molecada e as

professores amadores como Mitsugu Ono, Yoshinori Nakai e Nelson Okumura.

meninas do Estrela se reuniam na sede aos domingos, fazendo os bailinhos

Depois foi contratado o judoca Ricardo Kikuo Arazaki, que era ajudado pelo

que chamávamos Chás Dançantes, ocasião em que começamos a aprender a

Nelson Okumura. O clube tinha um judô muito forte e chegou a ser tricampeão

dançar, ao som de discos LPs da Cely Campello, Ronnie Cord, Ray Conniff,

santista, para a glória do clube.

Frank Pourcel e outras tantas músicas tocadas em vitrola Sonata”.


Os bailes noturnos aconteciam mensalmente, aos domingos, ao som da

Um daqueles jovens na época, Nelson (Neti) Okumura se lembra dos bailes

orquestra de Mário Folganes ou da Banda do Deo (Walter Sperandeo). Jo e o

carnavalescos no segundo andar do restaurante Jangadeiro, alugado por

amigo Miltinho ajudavam a divulgar os bailes do Estrela, espalhando cartazes

muitos anos pelo clube. “Era muito trabalho amador, desde a portaria, no bar e

em cartolina no cine Dom Pedro, durante as sessões de filmes japoneses. “Não

no salão, de onde eram retirados montes de confeti e serpentina em cada uma

havia erro, pois toda a colônia ia às sessões daqueles filmes”.

das quatro noites e duas matinês. Aqui vale um destaque especial para o Mário Sato, o chefe do bar, que cuidava de tudo praticamente sozinho”.

Com o sucesso dos Beatles e do movimento da Jovem Guarda, um grupo resolveu montar uma banda de rock, nascendo o The Sleepers (Os

Havia sempre muita disposição de todos para ajudar a fortalecer o clube.

Dorminhocos, na tradução do inglês) formado pelo Miltinho (guitarra), Julinho

Na cozinha, o casal Mituro (Paulo) e Kazuko Matsumoto, com a ajuda de Tieko

(guitarra solo), Banha (baixo), Bolinha (bateria) e Jiro (vocal). Jo se lembra de

Takahashi Sassaki, começava a preparar almoços aos domingos, uma vez por

que a montagem do conjunto só foi possível graças ao Toshiji Nakai que

mês, dando início a um serviço que teria futuro garantido.

abraçou a causa e financiou a compra dos instrumentos. “Os ensaios aconteciam na casa do Shigueo Nakai e após muito treino os bailes do Estrela passaram a ser abrilhantados pelo conjunto”.

Em meados dos anos de 1960, sob o comando de Jorge Nakai, o clube multiplicou as atividades sociais e esportivas. Excursões para passeios e jogos de futebol para o interior do Estado de São Paulo eram realizadas com

O clube continuava suas atividades a pleno vapor. O judô começava a

frequência. Na sede havia aulas de música e exibição de filmes para os

ganhar corpo – os jovens já disputavam torneios internos e externos, e, ao lado

associados. O destaque continuava sendo o judô, que já se destacava até em

do futebol e do tênis de mesa ajudavam a formar o caráter das novas gerações

âmbito nacional.

que vestiam com orgulho a camisa da estrela dourada.

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SEDEAtual ATUAL A ASede

A A

Mais arrojada ainda foi a ideia de adquirir o terreno, em local de futura valorização, dando como parte de pagamento os lotes de terreno da Rua Vereador Henrique Soler, na área conhecida na época como Jardim Nova Era. Assim, na tarde do dia 31 de janeiro de 1966, em escritura pública, o Estrela comprou o terreno da praia por CR$ 210.000,00, entrando na compra os lotes, recebidos por CR$ 60.000,00 (cruzeiros).

s finanças do clube iam bem e a pesca tinha rendimentos elevados com recordes sucessivos de produção, que nos anos de 1960 chegaram a quase 400

“Foi uma grande luta para pagar o terreno da sede nova”, lembra Tokuji

mil toneladas. Com dinheiro em caixa e nova ajuda de todos o presidente

Ono. Ele se recorda de que em algumas ocasiões os próprios diretores

Katutoshi Ono, auxiliado por Yutaka Okumura, comprou lotes de terreno, com

levantavam empréstimos em seus nomes junto ao Banco América do Sul para

4.000 metros quadrados, na Rua Vereador Henrique Soler, 253, na Ponta da

saldar dívidas do clube.

Praia, como investimento do clube. Todos sabiam agora que o trabalho seria redobrado. O que fazer com o novo Já na gestão de Yutaka Okumura, biênio 1965-1966, com Nelson Yamamoto

terreno? Quais os planos para fazer o clube crescer ainda mais? Eram os

como vice, Tsuneo Okida como presidente do Conselho Deliberativo e Jorge

debates que se travavam entre os diretores e novos associados em reuniões e

Nakai como tesoureiro, surgiu a compra do terreno de 4.800 metros

encontros informais.

quadrados de frente para o mar, entre as avenidas Rei Alberto I e Almirante Saldanha da Gama, a sede atual.

Em 1967-1968 Katutoshi Ono novamente preside o Estrela, tendo como vice-presidente Toshiji Nakai. Ele ainda exerceu o biênio 1969-1970, tendo

Numa iniciativa arrojada para a época para se alcançar o objetivo da compra, a diretoria realizou campanha memorável, com a reforma dos

como vice Mituro (Paulo) Matsumoto.

O Conselho Deliberativo nesses

períodos foi presidido por Tsuneo Okida e por Yutaka Okumura.

estatutos para a implantação de sócios titulares e sócios titulares especiais e com a venda de títulos. A diretoria contou com o empenho de Tokuji Ono e Tsuneo Okida, entre outros.

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A presidência dos biênios 1971-1972 e 1973-1974 foi exercida por Yutaka Okumura, tendo como vices Mituro (Paulo) Matsumoto e Sumio Ueda, e


presidentes do Conselho, Tokuji Ono e Mituro (Paulo) Matsumoto.

Ali, em torno de uma grande mesa improvisada e chão ainda de terra, se faziam novas amizades com pessoas de diferentes setores da cidade. Os

Em julho de 1974 Antonio Manoel de Carvalho assume a Prefeitura de

pratos eram regados a vinho, cerveja e refrigerantes e, como lembra Tsuneo

Santos (14 de julho de 1974 a 6 de maio de 1979). Ele e outras pessoas

Okida, com humor, “quase ninguém pagava nada...” Cada vez mais gente

influentes como o diretor do Fórum, José Ricardo Tremura, logo se tornam

participava das atividades do clube.

amigos e frequentadores do Estrela. A presidência de Mitsugu Ono prolongou-se por cinco gestões sucessivas Em 1975 foi escolhido Mitsugu Ono para presidir o clube. Como vice, Tsuneo Okida.

até o biênio 1983-1984, período em que se consolidou o início das benfeitorias e a gradativa ocupação da nova sede. Graças a essa ocupação eliminou-se o risco da desapropriação da área, uma ameaça sempre lembrada pelos amigos

Desde que foi adquirida, a área ficou como um enorme descampado de

com algum poder na cidade. Nas gestões de Mitsugu foram vice-presidentes

frente para o mar. Havia na época muitas informações de que o terreno seria

Tsuneo Okida, Roberto Matsumoto (três gestões) e Paulo Matsumoto; e

destinado para ser a sede da Capitania dos Portos ou que poderia ser

presidentes do Conselho, Yutaka Okumura e Mituro Matsumoto (quatro

desapropriado para outras finalidades. Em função dessas notícias não oficiais

vezes).

é que se decidiu pela limpeza e aterro da área, com a imediata construção de uma pequena sala e banheiros, em alvenaria.

Mitsugu deixava a presidência para a nova gestão 1985-1986, ocupada por Mituro (Paulo) Matsumoto, tendo como vice-presidente Nelson (Neti)

O terreno estava ocupado. No dia 5 de dezembro de 1975 o Conselho

Okumura, presidente do Conselho Deliberativo Katutoshi Ono e secretário

Deliberativo, presidido por Yutaka Okumura e secretariado por Valmir dos

Valmir dos Santos Farias. A diretoria deu continuidade à ocupação da sede da

Santos Farias, autoriza a diretoria a construir um ginásio na área, de acordo

praia, aprimorando almoços e jantares, os chás beneficentes e a Festa do

com projeto apresentado pelo engenheiro Ricardo Yamauti.

Peixe. Nesta fase se iniciou no clube um curso de Língua Japonesa, com grande sucesso.

A sala e os banheiros eram usados pelos associados e no resto da área se armava a barraca de praia do clube onde as crianças se divertiam ao lado de seus pais. Nessa barraca eram realizadas peixadas e churrascadas.

Com o falecimento de Matsumoto, o vice Nelson (Neti) Okumura, assume a presidência. Com a morte de Matsumoto, aos 62 anos, o Estrela perdia um grande colaborador e o iniciador dos serviços da cozinha, ao lado da esposa

Nos anos seguintes o clube comprou uma grande estrutura metálica, com

Kazuko. Ele também tinha sido presidente da Associação Profissional dos

aproximadamente 400 metros quadrados, para erguer no terreno um ginásio

Armadores de Pesca do Estado de São Paulo, diretor da Cooperativa Nipo-

que melhor atendesse os eventos do clube e os associados, servindo também

Brasileira, dirigente de vários clubes e incentivador de ações benemerentes.

de salão de festas. Essa estrutura é a que está lá até hoje e onde fica o restaurante. Após erguer a estrutura metálica a diretoria da época resolveu dar uma utilidade ao espaço. Foi assim que, no final dos anos de 1970, sob inspiração de Nelson (Neti) Okumura se criou uma turma de homens que se reuniam ali às terças-feiras para aliviar o estresse da semana e que logo foi apelidada de “turma do Bolinha”. A turma praticava futebol no campo ao lado e, no galpão, preparava sashimis de atum, peixe sempre oferecido pela família Ono, sardinhas, roncadores na brasa, mecas, anchovas grelhadas e camarões fritos. Muitos se recordam dessa época com saudosismo.

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GRANDE ARRANCADA AAGrande Arrancada

N N

elson Okumura, armador de pesca, termina a gestão anterior e é eleito para o biênio 1987-1988, tendo como vice Mauro Sassaki, presidente do Conselho Jorge Nakai e secretário Valmir dos Santos Farias. Vale registrar que Valmir dos Santos Farias, admitido no clube como associado em 12 de fevereiro de 1954, assumiu como secretário do Conselho Deliberativo por 14 sucessivas gestões, desde 1973, tendo sob sua responsabilidade também toda a parte legal do clube, para o qual trabalhou gratuitamente todo o tempo. “A década de 1980 foi com certeza a década da arrancada do Estrela para o desenvolvimento de seus projetos e para a sua estupenda situação socioeconômica atual”, diz Tsuneo Okida. Foi a partir da gestão de Nelson Okumura que se resolveu investir de vez na nova área, já com o grande salão construído na gestão anterior. Com o salão terminado e as atividades ali desenvolvidas com sucesso, novo impulso aconteceu com as peixadas realizadas em dois dias da semana, com mais habilidade: as mulheres do pessoal da turma do Bolinha entravam em cena e, voluntariamente, passavam a tomar conta da cozinha. Definitivamente. “A turma da cerveja e Bolinha fazia uma vez por semana o jantar do peixe até que a dona Toshiko Ueda quebrou a hegemonia dos homens e iniciou a venda de pratos japoneses”.

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Logo o serviço se multiplicou: além das terças e quartas-feiras os jantares passaram a ser oferecidos às quintas-feiras e, muito rapidamente, também às sextas-feiras. E os almoços aos sábados e domingos. O cardápio do Estrela fez fama imediata na cidade, em diferentes setores. Aqueles primeiros almoços preparados com carinho na antiga sede pelo casal Mituro (Paulo) e Kazuko Matsumoto, com a ajuda de Tieko Takahashi Sassaki prosperaram, agora com a profissionalização da cozinha na nova sede. Nelson Okumura lembra: “As senhoras que antes eram amadoras passaram a ser profissionais e o que era uma vez por semana gradativamente foi aumentando e renovando, passando para dona Julia, Midori, Emilia, Myoko que se tornaram o carro-chefe do clube”. Os jogos de futebol continuavam no campinho ao lado do galpão, Antes era um areão, mas depois foi sendo modificado durante a gestão de Nelson (Neti) Okumura. O clube precisava crescer na nova sede. E havia muitos planos para isso. O presidente Nelson (Neti) Okumura contratou o arquiteto Hugo Braz para fazer um projeto para as novas dependências do clube. O projeto tinha visão de futuro. Ele conta: “Iniciamos a parte da frente com dois pavimentos com alicerce para três andares e depois levantamos três pavimentos com alicerce para sete andares”. Assim foi feito, mas, quando o esqueleto do segundo prédio ficou pronto, Okumura confessa: “Levamos um susto e sentimos um grande medo, achando que fizemos um elefante branco. Felizmente não foi isso que aconteceu. Depois de acabado conseguimos encher de atividades”. O arquiteto Hugo Braz reconhece: “Foi um projeto avançado para a época. Até audacioso. Mas o Neti teve coragem, teve visão e capacidade de empreender, de pensar no futuro do Estrela, e pôs mãos à obra”. Braz não fez apenas o projeto da nova sede, mas acompanhou o dia a dia da obra em todos os setores, desde as fundações até a pintura final, como responsável técnico e execução dos serviços. Mais que isso, ele e Neti desenvolveram um plano diretor para a sede, em cinco etapas. “Ouvi o que ele queria e fiz o projeto. Quis fazer uma sede que não perdesse a noção de tempo. E ela está lá, moderna e bonita até hoje...”.

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Hugo Braz conta que a primeira etapa foi a construção da parte da fachada de frente para o mar, com dois pavimentos, onde estão as salas da secretaria, da diretoria e os banheiros; a segunda etapa foi a construção dos três pavimentos, com o amplo salão do mezanino do restaurante e as salas de academia, unindo a frente com o salão do restaurante, incluindo a previsão para o elevador; e a terceira etapa foi o patamar da fachada onde também há área para refeições, com um subsolo de serviços. Ele revela que havia outros projetos para a imensa área e que tem dois prontos para uma nova fachada na frente da Avenida Rei Alberto, com projeção de lojas. “E havia outros planos, como a construção de uma cobertura da ala central, com piscina e quadra poliesportiva”. Na verdade, Hugo Braz diz que há muitas possibilidades para a área, como um centro de convenções e estacionamento subterrâneo e que, quem sabe, podem ser aproveitadas no futuro. Ideias não faltam. As novas dependências começaram a ser ocupadas, com a cozinha profissional, muito bem aparelhada, e atividades como o judô, com o professor Lúcio, a academia, as salas de jogos e a introdução do jiu jitsu, sob a batuta do professor Elcio Figueiredo. Ainda quando era vice-presidente na gestão de Matsumoto, Okumura trouxe de volta ao cenário do clube um tesoureiro que já tinha ocupado o cargo na gestão de Katutoshi Ono (por três gestões, entre 1969 e 1974), após substituir Jorge Nakai – Salvador Oganna, que atuou também na área financeira da Cooperativa de Pesca Nipo-Brasileira. Nelson (Neti) Okumura tinha visão empreendedora. Ele e Salvador Oganna foram pilares do projeto. “O Neti detectou uma demanda latente dos que frequentavam a Festa do Peixe e pediam mais dias com bons pratos”, diz Sadao Nakai, que nessa época, ainda muito jovem, participava de ações do clube. A cidade, nessa época, não tinha tantos restaurantes como hoje. Okumura sentiu que havia potencial de mão de obra, que eram as senhoras do clube, que sempre se dedicaram com esmero e com grande capacidade, e aproveitou para dar mais atividades e renda a esse grupo. Eram quase todas elas esposas de dirigentes ou de membros do Estrela, e se sentiram muito valorizadas em poder contribuir com o clube. Havia chegado a era da profissionalização de fato. Okumura foi reeleito por cinco gestões, até 1995/1996, sempre com Mauro Sassaki como vicepresidente e tendo por duas vezes na presidência do Conselho Jorge Nakai.

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Aqui também houve inovação no Estrela. Nas três gestões seguintes de Neti Okumura pela primeira vez uma mulher ocupou o cargo de presidente do Conselho Deliberativo: Kazuko Takahashi Matsumoto, viúva do ex-presidente Mituro (Paulo) Matsumoto, o casal que deu início às atividades da cozinha do clube nos anos de 1960. No toque de profissionalizar o clube, além da cozinha, Neti Okumura também inovou no setor administrativo, e na gestão 1989/1990 contratou o jovem Sadao Nakai para ocupar o recém-criado cargo de Gerente Administrativo do clube. Sadao já estava no clube como professor de judô, mas frequentava as aulas desde muito pequeno. Com o clube bem administrado, as contas sempre em dia e o restaurante gerenciado com grande controle e disputado pelo público, Neti Okumura resolveu deixar a presidência após cinco gestões consecutivas e de ter concluído a obra da nova sede. Esse vácuo logo fez surgir duas chapas de concorrentes à gestão 1997/1998, tendo à frente Helio Yano e Roberto Matsumoto. Ao final, Helio Yano é escolhido, tendo na vice-presidência o então presidente Nelson (Neti) Okumura e como presidentes do Conselho, Carlos Takao Oshima e Tokuji Ono. Yano havia sido diretor de Esportes desde a gestão de Mituro Matsumoto em 85/86 e depois prosseguiu em sete gestões no mesmo cargo, ajudando o clube a colecionar muitos títulos esportivos, em diferentes modalidades. Nesse meio tempo as novas dependências do clube foram entregues aos associados e visitantes. No dia 13 de junho de 2000 a Prefeitura Municipal de Santos expediu a Carta de Habitação para a área de 1.708,40 metros quadrados de frente para o mar, à Av. Saldanha da Gama, 163, “aprovada e legalizada a 13 de janeiro de 2000”, somando-se à área de 1.004,25 metros quadrados já existentes, no terreno com área total de 4.187,47 metros quadrados do clube. Em 19 de fevereiro de 2001, foi instalada na parte nova uma placa com os nomes dos Grandes Patronos do clube, assinada pelo presidente do Conselho Deliberativo, Tokuji Ono e pelo presidente Yano. Em 1º. De fevereiro de 2002 outra placa tem os seguintes dizeres: “Aos jovens que no ano de 1952 formaram o time de futebol e aos homens que em 01/02/1957 fundaram o clube, a eterna gratidão dos associados e dirigentes do Estrela de Ouro Futebol Clube. Que Deus abençoe o Estrela e seu brilho ilumine a todos”.

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NaNAVirada doSÉCULO Século VIRADA DO

D

epois de conhecer em profundidade praticamente todos os ambientes do clube como gerente administrativo e tendo implantado um eficiente sistema de controle no restaurante, além de reorganizar a famosa Festa do Peixe, o jovem Sadao Nakai estava preparado para assumir a presidência. Na virada do século, que prometia muitas atividades. Ele foi lançado por Nelson Okumura, que na gestão 2001/2002 ocupou a vice-presidência, tendo como titular do Conselho Deliberativo Tokuji Ono. Nesta sua primeira gestão, Sadao procurou dar estabilidade ao clube, consolidar o projeto de sustentabilidade com o restaurante, tornando-o mais profissional e incluindo na equipe uma nutricionista, para dar maior qualidade aos pratos já disputados pelos frequentadores. O objetivo principal era mesmo profissionalizar a gestão do restaurante, em cima da visão que teve Neti Okumura. Ao lado dessa estabilidade financeira com o restaurante, surgiu com Sadao outro apelo administrativo: o da prestação efetiva de contas ao Conselho Fiscal, com as decisões levadas sempre em assembleia geral dos associados. “Isto surgiu em função das alterações do Código Civil, levando à proposta de

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dar visão de transparência aos associados e ao Conselho”, lembra Sadao, que

partir de 1994. Sadao Nakai acompanhou esse processo desde que assumiu e

procurou formar uma equipe de valorosos colaboradores, com muitos planos

teve a felicidade de ser o presidente do clube quando o Governo autorizou a

para o clube, de modo geral e ainda nas áreas social, cultural e de esportes.

concessão de uso do imóvel, em ato em que esteve presente no Palácio do Planalto com o então presidente Lula. “A devolução efetiva ainda depende da

A história do Estrela foi reconhecida pela Câmara Municipal de Santos nas

sanção presidencial”, lembra Sadao, que mantém a confiança de que logo isso

comemorações de 50 anos de fundação, com a entrega ao presidente Sadao

ocorrerá, permitindo dar ao casarão da Rua Paraná um espaço efetivo para a

Nakai da Medalha de Honra ao Mérito Braz Cubas, em sessão solene no dia 5

difusão da cultura japonesa na região.

de junho de 2002, por iniciativa do vereador Marinaldo Mongon. Em agradecimento, Sadao enfatizou: “O Estrela de Ouro, extrapola o significado

O Estrela é movido por muita história e certamente por isso é que recebeu

de um clube esportivo. Ele representa a vitalidade, a saga e a contribuição dos

nova homenagem da Câmara de Santos em outubro de 2007, pela passagem

nossos avós e pais, imigrantes do sol nascente, na miscigenação cultural

dos 55 anos de fundação do clube, com a entrega de uma placa de Honra ao

deste país”.

Mérito pelo vereador Marcus De Rosis ao presidente Sadao Nakai.

No dia 16 de dezembro de 2003 se concluiu outro processo iniciado por

Em 2008 houve a comemoração do centenário da imigração japonesa ao

Sadao, o da reforma do estatuto do clube, para atualização e adequação às

Brasil. Sadao revela: “Um dos grandes sonhos era termos o imóvel de volta”.

novas exigências do Código Civil. Para isso, foi designada uma comissão,

Isso não aconteceu, mas o Estrela participou com ações políticas no sentido

presidida por Valmir Santos Farias e integrada também por Sadao, Hélio

de se obter no Japão recursos para a reforma total do imóvel.

Valentini, Hélio Yano, Paulo Roberto Maeda, Tokuji Ono e Tsuneo Okida. O texto proposto foi aprovado em assembleia geral, convocada e conduzida pelo

A equipe teve êxito e passou a novas articulações, desta vez visando ter em

presidente do Conselho Deliberativo, Tokuji Ono. O estatuto foi em seguida

Santos a presença do príncipe Naruhito. “Foi um trabalho exaustivo de

registrado em cartório.

bastidores”, lembra Sadao, enfatizando que a vinda do príncipe a Santos e a recepção a ele nas dependências do Estrela de Ouro foi um dos grandes

Outro dos planos foi o de resgate da identidade da cultura japonesa. Foi

destaques de suas seis gestões sucessivas como presidente do clube.

uma tarefa difícil por obrigar a retroceder no tempo da fundação do clube, quando começou a ocorrer um processo de “abrasileiramento” forçado pela

Suas articulações políticas tanto na recuperação do imóvel como nas

Segunda Guerra Mundial. Esse processo também atingiu a religião, com a

tratativas para a vinda do príncipe herdeiro acabaram por elegê-lo vereador à

passagem de muitos jovens da época para o catolicismo; com a mudança de

Câmara Municipal de Santos em 2008, e reeleição em 2012 como o vereador

nomes tradicionais para ser aceito no batismo, surgindo muitos Pedro, José,

mais votado. Em 2013 foi eleito presidente da Câmara.

João e outros. “O trauma da guerra e do pós-guerra desestruturou famílias, gerando questionamentos nos mais jovens e um processo de desgaste que me incomodava muito”, diz Sadao.

Passados 60 anos o Estrela de Ouro se mantém fiel aos ideais da fundação, da união, da tradição, do trabalho e do respeito à comunidade em que vive, com ações nos campos social, esportivo, cultural e da benemerência. Aberto

Um dos primeiros atos da nova gestão foi a reaproximação com a

ao mundo.

Associação Japonesa, incentivando-a a manter-se como ente de representação nipônica na região, reconhecido pelo Consulado do Japão. Sem

O futuro do clube agora depende das novas gerações. Há um caminho

imóvel, perdido durante a Segunda Guerra, a Associação instalou-se

brilhante para o Estrela de Ouro, com possibilidades de expansão de área, de

provisoriamente no próprio Estrela.

outros projetos e de mais atividades. Um olhar para a frente, já na quarta e quinta descendências daqueles meninos felizes que corriam descalços nos

O processo de devolução do imóvel da Associação Japonesa tivera início

descampados da Ponta da Praia, atrás de uma bola de pano.

em 1992 com a então prefeita Telma de Souza, tendo a participação importante do deputado federal Koyu Iha e do vereador Adelino Rodrigues, a

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AAção açãodas das Mulheres Mulheres Kasuko Takahashi Matsumoto, pioneira nos trabalhos da cozinha.

E

las sempre foram a força motriz do clube, desde o início, atuando quase

sempre nos bastidores. “Éramos voluntárias mesmo. Ninguém ganhava nada. Trabalhávamos por amor ao clube. Só queríamos ver o Estrela crescer”. Assim relatam a uma só voz algumas das mulheres que ajudaram o clube a se desenvolver, num depoimento coletivo: Midori Oshima, Toshiko Ueda e Tsuyako (Julia) Nakai. Anteriormente já tinha participado também Tomi Tempaku Shimabukuro. Quando o casal Mituro (Paulo) e Kazuko Matsumoto, com a experiência de ações no Rotary Club, deu início aos almoços aos domingos, na sede antiga do clube, as mulheres, donas de casa, esposas de diretores e de associados ajudavam no preparo de tudo. “Eles eram a cabeça da gente”, dizem, referindo-se ao casal Matsumoto com alegria, rememorando a época como se fosse ontem. A arrecadação era revertida em benefício de entidades como a Casa da Esperança, a Casa do Filho do Pescador, a Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo e o Asilo Nipo-Brasileiro, entre outras. Depois as atividades passaram a chás e à famosa Festa do Peixe. Os chás eram preparados com esmero, com convite vendido para mulheres da colônia e fora dela. Tinham bingo recreativo, salgados que elas preparavam e eram servidos com jogo de chá completo, com xícaras e pires para cerca de 600 pessoas, ao menos duas vezes ao ano. Sempre com objetivo beneficente. Um sucesso que se perpetuou.

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Na sede antiga se realizaram muitos casamentos e festas de aniversário de

ao alho e que vêm abertos. Outros sugeriram o espeto de Meca. Nelson (Neti)

15 anos das meninas da colônia. Nas festas de Carnaval no clube e no

Okumura teve a ideia de introduzir o shushi e o sashimi. Mas esses eram

restaurante Jangadeiro, enquanto os homens serviam no bar elas serviam

exceções. As mulheres sempre dominaram a cozinha do clube.

cachorro quente para os frequentadores. “Era só mulher na cozinha. Uma participação em massa, desde sempre”, Na gestão de Mitsugu Ono, quando se iniciou a Festa do Peixe, ainda nas

lembra Tsuneo Okida.

barracas armadas na praça do final da Ponta da Praia, as mulheres redobravam a atividade. No início eram servidos peixes diversos, a tainha era

“O clube deve muito às senhoras”, diz Tokuji Ono.

frita em enormes frigideiras. Aos poucos foram acrescentados tempurá, casquinha de siri, espeto de meca

As mulheres a que se referem esses

(com o peixe cortado em cubos, com

dois veteranos do Estrela são muitas,

tomate, cebola e bacon), maionese de

Temos a destacar os seguintes nomes:

atum, filé de pescada, ovas de tainha,

Emilia Okumura, Isabel Oshima,

entre outros pratos. “A gente fazia tudo”, lembram. Elas iam para as barracas de manhã para limpar as casquinhas de siri e ficavam na cozinha até o último freguês. Sempre com a arrecadação beneficente. Elas também faziam os doces como tortas de limão e morango, bolo e pudim de leite. E, quando a festa acabava, ajudavam a lavar a área com mangueiras...

“Éramos voluntárias mesmo. Ninguém ganhava nada. Trabalhávamos por amor ao clube. Só queríamos ver o Estrela crescer”.

Kazuko Matsumoto, Marcia Yamashiro Shiraki, Maria Helena Yanagi, Midori Oshima, Neuza Okida, Rosa Myoko Alvarenga, Elisa Nakai, Terezinha Ono, Tieko Takahashi Sassaki, Tomi Tempaku Shimabukuro, Toshiko Ueda, Tuyako (Julia) Nakai e muitas outras. Uma delas, Toshiko Ueda, deu início aos pratos servidos inicialmente no clube, com peixe frito e depois desenvolvendo yakisoba e tempurá. Além disso, dava aulas de japonês para os

Quando o Estrela comprou o terreno da sede atual, elas também ajudavam a preparar o peixe frito para os

interessados e até mesmo para filhos e netos de diretores e associados, retomando a difusão do idioma.

homens que jogavam bola na área ao lado. “Era peixe frito e cerveja. Eles pagavam tudo”, lembram.

Com o restaurante já funcionando e a Festa do Peixe a pleno vapor, as mulheres se revezavam na cozinha e também atendendo a freguesia. “Era

E foi justamente por causa do futebol que nasceu a ideia do restaurante.

engraçado porque tinha tanta gente que nós identificávamos a pessoa como o

Aos poucos as mulheres foram introduzindo um tempero todo especial nos

senhor de camisa vermelha, o de óculos etc. para alguma de nós levar o prato a

almoços, jantares, festas e comemorações no clube – o carinho. Com muita

quem pediu...”, contam, rindo desse tipo de passagem.

determinação, na criação de pratos, na limpeza, na decoração, no esmero como serviço, na higiene e na seleção dos alimentos.

Elas sempre fizeram questão de participar também de atividades culturais como festivais em que se exige o traje tradicional,como o Undokai, a arte do

Alguns dos pratos foram sugeridos também pelos maridos, como conta

origami e outras atividades.

Yara Kaneda, lembrando que o marido Takayoshi Kaneda foi o criador de um prato famoso até hoje, o Camarão a Santista, com camarões pistola grelhados

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Pioneirismo Pioneirismo

A A

nos de 1970. O armador de pesca Toshimatsu Ono, proprietário de diversos barcos destinava aos eventos realizados pelo Estrela grandes quantidades de atuns e outras espécies, devido a fartura da pesca profissional naquela época. Mas foi por volta de 1977 que seu filho, Mitsugu Ono, então presidente do clube, iniciou o que logo se chamou de Festa do Peixe. Aproveitando a novidade de um desses peixes no mercado, a meca, Mituro (Paulo) Matsumoto inventou um saboroso espetinho com esse peixe trazido pelas embarcações dos Ono, e que logo caiu no gosto dos consumidores. A meca é de grande porte e considerado o maior peixe de bico do mundo. Pois o espetinho de meca logo se tornou o prato preferido de todos na Festa do Peixe. As duas primeiras festas foram realizadas na Praça Gago Coutinho, no final da Ponta da Praia, onde hoje está instalado o Mercado de Peixe. Muitos ainda se lembram dessas primeiras festas, mas um deles, Tsuneo Okida, conta com detalhes: “O local na época era totalmente descampado e ali foram construídas com muito trabalho as barracas de lona para a realização da Festa do Peixe. Eram oferecidas ao público tantas iguarias de frutos do mar e o consumo era tanto que por várias vezes ouvi o saudoso sr. Mituru Takahashi, que era um dos que preparava os espetinhos de meca dizer como as pessoas gostavam dessa iguaria. Num dos dias ele já tinha preparado mais de 3.000 espetinhos e achava que ainda iria faltar...” Por muito tempo as festas do peixe tinham o objetivo de arrecadar fundos para a construção na nova sede na praia e também para ajudar algumas entidades beneficentes como a Casa da Esperança, a Casa do Filho do Pescador, a Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo e o Asilo NipoBrasileiro, entre outras.

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Cozinha Camarão sem casca

Misture os legumes com os ovos batidos

Ovos batidos com um pouquinho de água

Junte o camarão

Tempurá

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A farinha e o sal

Sal

Legumes cortados em tiras (cenoura, vagem, salsão...)

Misture tudo levemente

Faça pequenas porções

Farinha de trigo

Frite em óleo a 180º


Premiada 3 vezes eleito como o melhor restaurante oriental da região - Revista Veja Litoral Paulista Camarões grandes

Abra os camarões pelas costas e coloque sal

Limão

Exemplo do corte

Alho torrado

Coloque na chapa com a parte aberta para baixo

Pressione com uma espátula

Pincele com manteiga

Coloque o alho frito

Camarão à Santista

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Futebol - Foram muitos os jogos e os títulos conquistados. Depois que o time foi formado o clube disputou inúmeras partidas entre clubes de Santos e das cidades da região, além de excursões a Araraquara, Ribeirão Preto,

Esporte

ESPORTE É SAÚDE

Londrina e outras cidades mais afastadas.. “Chegamos a disputar com o Juvenil do Santos Futebol Clube nos áureos tempos”, lembra Mituro Onishi, que detalha: “Foi numa partida preliminar na Vila Belmiro e tomamos uma goleada no segundo tempo. Éramos jovens enfrentando jogadores experientes e ficamos cansados....” Nelson Okumura se lembra que nas excursões o time sempre levava sardinha para abastecer a equipe e também os adversários. “Era sempre um sucesso”. Para as partidas mais importantes o Estrela alugava um dos campos de futebol que existiam no bairro Aparecida, junto ao Canal 5. “Tivemos grandes momentos com o Kanci Imada (Neneca) no futebol e depois com o Paulo Roberto Mayeda (Abel) como técnico”. Outros atletas se empenharam pelas cores do Estrela de Ouro ao longo do tempo, em jogos disputados com garra em muitos campos. Ainda hoje o clube mantém um campo de futebol society em sua área. Diversas gerações formaram as equipes de futebol do Estrela, em momentos que estão relatados ao longo deste livro e esculpidos para sempre em muitos troféus na galeria do clube. Judô – Ainda nos primeiros anos do clube, na sede antiga, a segunda

O O

geração (filhos dos fundadores), crianças com 6 ou 7 anos de idade, começou a praticar com os próprios pais ou tios, mais em convivência social do que por destaque competitivo. As mulheres levavam os filhos para o clube e eles praticavam e depois se reuniam para um lanche distribuído pelas mães. “Eu era um deles”, lembra Sadao Nakai, que desde muito cedo começou a praticar no próprio clube. Muitos professores e seus alunos passaram pelo

futebol deu origem ao Estrela de Ouro, mas não foi o único esporte praticado

Departamento de Judô nas décadas de 1970 e 1980 e os atletas dominavam as

ali. No entanto, foi o futebol que deu impulso ao clube desde cedo, quando os

competições em diversos níveis.

meninos do início daqueles anos de 1950 se reuniram para formar um “time imbatível”.

“O judô foi muito forte na Baixada e até no Brasil”, diz Tokuji Ono, que foi diretor de judô durante 15 anos. “Tivemos muitas conquistas e até um

Veja algumas das modalidades com títulos pelo clube:

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representante nos Jogos Olímpicos. Chegamos a ter 150 atletas, fomos


campeões paulista e brasileiro e daquela turma tivemos médicos, engenheiros, advogados, juízes e outros profissionais”. O judô do Estrela foi também tricampeão santista. Alguns atletas foram destaque em competições regionais e nacionais. Era filiado à Federação Paulista e à Confederação Brasileira de Judô. Tênis de mesa – O esporte começou a ser praticado ainda na antiga sede, nos anos de 1970, quando o então presidente Yutaka Okumura adquiriu algumas mesas para treino com as crianças que frequentavam o clube. Mas foi incrementado quando a diretoria abriu as portas para esse esporte no final dos anos de 1980 e início dos anos de 1990, em parcerias com a Prefeitura de Santos e o Santos Futebol Clube, quando houve até a adoção de atletas, com destaque em competições regionais, nacionais e internacionais. O esporte é filiado à Federação Paulista e à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa. Jiu-Jitsu – O esporte teve início por volta de 1995, em parceria com o professor Élcio Figueiredo, chegando a ter mais de 100 alunos. Ele formou uma geração de faixas pretas. O esporte resgatou as origens da luta e teve grande procura em função de sua característica de defesa pessoal. Ainda hoje tem participantes em competições. É filiado à Federação Paulista e à Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu. Tiro ao alvo – As experientes equipes do Estrela conquistaram o campeonato estadual de São Paulo de tiro ao alvo esportivo em 2008. Elas foram campeãs paulistas de armas curtas (revólveres e pistolas) e vicecampeãs de armas longas (carabinas e espingardas). Atualmente ainda há participantes desse esporte no clube. Snooker – O esporte como a Sinuca foi praticado com boa equipe, em campeonatos de séries em torneios interno e interclubes, onde conquistou alguns títulos, realizando ainda competições da terceira idade e juvenil. Na época do presidente Nelson (Neti) Okumura as equipes vindas de outras cidades se reuniam em competições e depois faziam refeições no restaurante do clube. Gatebol – Esse esporte já era praticado por grupos na Associação Japonesa e depois se transferiu para o clube, onde foi difundido.

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Judô

JUDÔ

A equipe juvenil de 1968 do Estrela, tendo ao centro o mestre Ryuzo Ogawa, que fundou a Academia Budokan, da tradicional arte do judô.

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Foto: Edson da Silva, Prof. Mestre Élcio Figueiredo, João Carlos ”Teco“ Shinzato e Marcio Okumura.

Arte Suave

Jiu Jitsu Praticado desde meados dos anos de 1990 o Jiu Jitsu do Estrela formou uma geração de faixas pretas e chegou a ter mais de 100 alunos. O esporte resgatou sua característica de defesa pessoal. O Jiu Jitsu foi introduzido no Estrela de Ouro em meados dos anos de 1990, com objetivo de resgatar as técnicas de defesa pessoal, estrangulamentos e chaves de articulações preservadas pela família Gracie, e transmitidas por Mitsuo Mayeda que tinha sido aluno de Jigoro Kano. Sob a orientação do Professor Mestre Élcio Figueiredo (faixa coral), aluno de Carlson Gracie, o Clube conseguiu grande destaque no cenário paulista, chegando a conquistar o tetracampeonato paulista em equipes entre várias outras conquistas individuais de atletas formados na Escola denominada Integração Ji Jitsu - Estrela de Ouro F.C. Destaque, entre inúmeros alunos do professor, aos primeiros faixas pretas formados no Clube: Edson da Silva, João Carlos "Teco" Shinzato, Marcio Okumura... entre muitos outros que surgiram no decorrer desses anos. 65


N N

ALBERT SABIN VisitaVISITA deDEAlbert Sabin

o dia 11 de novembro de 1982 o clube teve a grande honra de receber em sua sede o ilustre cientista Albert Bruce Sabin, o descobridor da vacina contra a poliomielite que leva o seu sobrenome. Sabin participou de um jantar especialmente oferecido a ele como homenagem por seu grande feito em benefício da humanidade. Ele veio a Santos trazido pelo presidente da Casa da Esperança, o médico Luiz Yanagi. A Casa da Esperança atende crianças com problemas de locomoção motora. Sabin nasceu em uma família de judeus na antiga Rússia imperial, parte que hoje pertence à Polônia, mas em 1921 imigrou com a família para os Estados Unidos, onde obteve a cidadania, passando a viver em Washington. Ele já estivera outras vezes no Brasil, sempre interessado em acompanhar as campanhas contra a pólio. Em uma das vezes, em 1971, ele conheceu no Rio de Janeiro a brasileira Heloísa Dunshee de Abrantes, na época com 54 anos, dez anos mais moça que ele, e com quem se casou no ano seguinte. Após a morte de Sabin, aos 86 anos, em 1993, foi implantado em Washington o Instituto Sabin de Vacinas, para perpetuar as pesquisas científicas e o legado deixado por ele. Uma placa instalada no restaurante faz referência à visita ao Estrela de Ouro.

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O Príncipe e a carambola 2 1 de Junho de 2008.

japonês. Ali ele acenou para as pessoas e ouviu um grupo de crianças flautistas executarem o hino do Japão. Naruhito esteve também no Parque Municipal Roberto Mário Santini, onde inaugurou uma escultura de 15 metros de altura da artista Tomie Ohtake, representando ondas pintadas de vermelho, apontada na direção do Japão. No Estrela, o príncipe foi recebido pelo presidente Sadao Nakai e almoçou acompanhado de outras 31 pessoas, dispostas em quatro mesas com oito lugares cada uma, no espaço reservado no mezanino do restaurante, setor construído especialmente para o evento. Na mesa principal, além do príncipe, estavam o chefe da comitiva, embaixador Katsunari Suzuki; o embaixador do Japão no Brasil, Ken Shimanouchi; o cônsul geral em São Paulo, Masuo Nishibayashi, o embaixador do Brasil no Japão, André M. M. Amado; o prefeito João Paulo Tavares Papa, o presidente do Estrela, Sadao Nakai; e presidente da Associação Japonesa de Santos, Hiroshi Endo.

E

As mesas do mezanino foram finamente decoradas com pratos de porcelana japonesa e arranjos florais. Na parte do restaurante, onde havia dezenas de convidados, as mesas foram cobertas com toalhas brancas e vermelhas, cores do Japão, e decoradas com as bandeiras dos dois países. No teto, lanternas e tsurus vermelhos (pássaros recortados em origami), além de uma grande faixa de saudação ao príncipe.

sta data vai ficar marcada para sempre na lembrança dos que acompanharam a visita inédita de um príncipe herdeiro do Japão ao Estrela.

No cardápio, meca grelhada, camarões e tempurá. Entre os ingredientes, como decoração dos pratos, havia carambolas cortadas horizontalmente, na

O príncipe Naruhito, filho mais velho de Sua Majestade o Imperador

forma de estrelas. O príncipe não reconheceu aquilo e soube pelo prefeito João

Akihito, veio em visita a várias cidades brasileiras para comemorar o

Paulo Tavares Papa que se tratava de uma fruta. Papa pediu à cozinha uma

centenário da imigração japonesa ao Brasil, que tem como marco principal o

carambola inteira e a deu ao príncipe. Foi uma nota curiosa da visita...

dia 18 de junho de 1908, quando o navio japonês Kasato Maru deixou no Porto de Santos a primeira leva de imigrantes.

Outro detalhe curioso na vinda do príncipe, lembrado por Sadao, é que nas comemorações dos 50 anos da imigração, em 1958, quando o clube era

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O almoço no Estrela estava previsto na rigorosa agenda de sua estada em

presidido por seu tio Jorge Nakai, o seu avô paterno, Shiguejiro Nakai

Santos, após meticuloso trabalho de bastidores da equipe do clube, liderada

participou da vinda a Santos do príncipe Mikasa, irmão caçula do ex-

pelo presidente Sadao Nakai. Ele estivera bem cedo na Associação Japonesa

imperador Hiroito e tio paterno do atual imperador Akihito. O príncipe Mikasa

para reinaugurar o prédio que serviu de escola para as crianças da colônia e

esteve em Brasília, a convite do ex-presidente Juscelino Kubitscheck e depois

foi tomado durante a Segunda Guerra pelo governo brasileiro e reentregue ao

visitou Santos, ao lado do ex-prefeito Silvio Fernandes Lopes, tendo recepção

uso mais de 60 anos depois. O prédio foi restaurado com verbas do governo

no Clube Atlético Santista.


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Recepção aos Militares RECEPÇÃO AOS MILITARES

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Foto: Silvio Roberto Smera

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O O

MARINHA JAPONESA Marinha Japonesa

s navios da Força Marítima de Autodefesa do Japão têm visitado com frequência o Porto de Santos, com recepção pela Associação Japonesa de Santos. E seus

oficiais e tripulantes sempre são recebidos em almoços ou jantares no Estrela de Ouro, ocupando grande parte das mesas do restaurante. As visitas das esquadras de treinamento a portos brasileiros se dão quase sempre de quatro em quatro anos. Nas ocasiões de ida ao Estrela os comandantes oferecem como lembrança e em retribuição às recepções um brasão com o nome e as armas do navio visitante. Um dos navios que ofereceu esse brasão foi o contratorpedeiro Hamayuki, que esteve em Santos entre os dias 18 e 22 de agosto de 1993 junto com outro contratorpedeiro Isoyuki e o navio-escola Katori, formando o grupo-tarefa sob o comando do contra-almirante Mutsuyoshi Gomi. Entre 1980 e 2008 pelo menos 18 navios da Marinha do Japão estiveram em Santos com suas tripulações, e em visita ao Estrela de Ouro.

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Foto: Marcelo Lopes


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CONSELHOSeE Diretorias DIRETORIAS Conselhos 1957/58 Titulares: Shikazo Nakai, Toshimatsu Ono, Jutaro Nakai, Guiti Tuzuki,

Secretário: Yutaka Okumura. Presidente Diretoria: Katutoshi Ono. Vice

Saichi Imada, Sadami Okida, José Sato, Paulo Ohya, Katsumi Nakai, Yassuya

Presidente: Akira Onishi. Diretoria - Secretário: Yutaka Okumura.

Okuyama, Kosaku Kikuti, Guiti Suzuki, José Shiraki, Kaduo Oshima, Shuigueo

Tesoureiro: Jorge Nakai. Esportivo: Kanci Imada. Social: Tsuneo Okida.

Matsumoto, Tadaji Yano, Jorge Nakai, Yassuhisa Nakanishi. Suplentes: Mituro Takahashi, Hiroshi Onishi, Nobuyoshi Sakai. Presidente Conselho: Toshimatsu Ono. Secretário: Shikazo Nakai. Presidente Diretoria: Jorge Nakai. Vice Presidente: Hisao Nakanishi. Conselho Fiscal: Shizuyoshi Onishi, Shiguejiro Nakai. Suplentes: Toshiji Nakai, Tadao Harada, Yassuchi Nakai, Pedro Okabe.

1963/64 Titulares: Toshiji Nakai, Mario Kikuti, Yutaka Okumura, Nelson Yamamoto, Katutoshi Ono, Yoshinori Nakai, Nelson Okumura, Asao Okida, Tsuneo Okida, Akira Onishi, Tsuguio Okida, Kanci Imada, Jorge Nakai, Haruo Yamazawa, Mitsugu Ono, Yuhao Okabe, Tetsuji Ota, Paulo Matsumoto, Shigueo Nakai, Tokuji Ono. Suplentes: Yukio Okida, Paulo Okida, Mauri Pimentel,

1959/60

Mituo Okida, Kioshi Hamamoto. Presidente Conselho: Nelson Yamamoto.

Titulares: Yutaka Okumura, Katutoshi Ono, Jorge Nakai, Tokuji Ono,

Secretário: Mario Kikutu. Presidente Diretoria: Katutoshi Ono. Vice

Toshimatsu Ono, Shikazo Nakai, Guiti Tuzuki, Saichi Imada, Sadami Okida,

Presidente: Tsuneo Okida. Conselho Fiscal: Shizuyoshi Onishi,

José Sato, Paulo Ohya, Katsumi Nakai, Yassuya Okuyama, Nelson Shiraki,

Shiguejiro Nakai, Toshimatsu Ono. Suplentes: Yassuya Okuyama, Shikazo

Akira Suzuki, Akira Onishi, Shigueo Matsumoto, Tadaji Yanao, Shiguejiro

Nakai, Saichi Imada. Diretoria – Secretário: Yutaka Okumura.

Nakai, Shizuyoshi Onishi. Suplentes: Toshiji Nakai, Nelson Yamamoto,

Tesoureiro: Jorge Nakai. Social: Nelson Okumura.

Tokeharo Nakai, Hiroshi Suzuki. Presidente Conselho: Yutaka Okumura. Secretário: Akira Onishi. Presidente Diretoria: Katutoshi Ono. Vice Presidente: Tsuneo Okida. Conselho Fiscal: Shizuyoshi Onishi, Shiguejiro Nakai, Toshimatsu Ono. Suplentes: Guiti Tuzuki, José Sato, Shikazo Nakai.

1965/66 Titulares: Katutoshi Ono, Yutaka Okumura, Nelson Yamamoto, Mario Kikuti, Toshiji Nakai, Yoshinori Nakai, Tokuji Ono, Haruo Yamazawa, Nelson Okumura, Asao Okida, Tsuneo Okida, Akira Onishi, Tsuguio Okida, Kanci Imada, Jorge Nakai, Mitsugu Ono, Edison Okumura, Tetsuji Ota, Shigueo

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1961/62

Nakai, Mitsuro Matsumoto. Suplentes: Yukio Okida, Paulo Okida, Mauri

Titulares: Yutaka Okumura, Katutoshi Ono, Nelson Yamamoto, Mario

Pimentel, Mitsuo Okida, Kioshi Hamamoto. Presidente Conselho: Tsuneo

Kikutu, Toshiji Nakai, Yoshinori Nakai, Haruo Yamazawa, Nelson Okumura,

Okida. Secretário: Tokuji Ono. Presidente Diretoria: Yutaka Okumura.

Asao Okida, Tsuneo Okida, Akira Onishi, Tsuguio Okida, Kanci Imada, Jorge

Vice Presidente: Nelson Yamamoto. Conselho Fiscal: Shizuyoshi Onishi,

Nakai, Mitsugu Ono, Yuhao Okabe, Tetsuji Ota, Shigueo Nakai, Paulo

Shiguejiro Nakai, Toshimatsu Ono. Suplentes: Yassuya Okuyama, Shikazo

Matsumoto, Tokuji Ono. Suplentes: Yukio Okida, Paulo Okida, Mauri Pimen-

Nakai, Saichi Imada. Diretoria - Secretário: Katutoshi Ono. Tesoureiro:

tel, Mituo Okida, Kioshi Hamamoto. Presidente Conselho: Toshiji Nakai.

Jorge Nakai. Esportivo: Kazushiro Shimabukuro. Social: Nelson Okumura.


Durante o período de 1952 a 1956 o Estrela de Ouro teve a liderança de 3 jovens que se revezaram na Presidência do embrionário Clube, Akira Onishi (1952), Katutoshi Ono (1953/1954) e Tsuneo Okida (1955/1956).

Akira Onishi (1952)

Katutoshi Ono (1953/1954)

Tsuneo Okida (1955/1956)

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1967/68

1973/74

Titulares: Tokuji Ono, Shigueo Nakai, Tetsuji Ota, Mituro Matsumoto,

Titulares: Mituro Matsumoto, Katutoshi Ono, Jun Nakai, Tokeharo Nakai,

Massaru Matsumoto, Isaias Viriato Augusto, José Shiraki, Mitsuro Takahashi,

Tsuguio Okida, Toshio Oshima, Nelson Shiraki, Kioshi Ueda, Jorge Sato, Tetsuji

Mario Kikuti, Mitsugu Ono, Yoshio Okida, Tsuneo Okida, Paulo Ohya, Edison

Ota, Carlos Silva, Valmir Farias, Mario Minamitami, Mituro Takahashi, Kanci

Okumura, Katsumi Nakai, Asao Okida, Nelson Yamamoto, Toshio Oshima, Tsuguio

Imada, Jorge Tuzuki, Takehiro Suzuki, Shilo Nishikuma, Hiroaki Harada, Mario

Okida, Yassuya Okuyama. Suplentes: Tokeharo Nakai, Issamu Okida, Yassuchi

Kikuti. Suplentes: Mauri Pimentel, Djalma Santana, Akira Onishi, Assao Okida,

Nakai, Seigi Maeda, Jorge Sato. Presidente Conselho: Tsuneo Okida.

Mario Fujii. Presidente Conselho: Mituro Matsumoto. Secretário: Valmir S.

Secretário: Tokuji Ono. Presidente Diretoria: Katutoshi Ono. Vice

Farias. Presidente Diretoria: Yutaka Okumura. Vice Presidente: Sunio

Presidente: Toshiji Nakai. Conselho Fiscal: José Sato, Shigue-jiro Nakai,

Ueda. Conselho Fiscal: Shilo Nishikuma, Takehiro Suzuki, Mario Kikuti.

Toshimatsu Ono. Suplentes: Nelson Shiraki, Hiroaki Harada, Itiro Imakawa.

Suplentes: Katutoshi Ono, Tokeharo Nakai Jorge Sato. Diretoria –

Diretoria – Secretário: Yutaka Okumura. Tesoureiro: Jorge Nakai.

Secretário: Carlos Takao Oshima. Tesoureiro: Salvador Oganna. Esportivo:

Esportivo: Kazushiro Shimabukuro. Patrimonial: Nelson Okumura. Social:

Nelson Okumura. Patrimonial: Tsuneo Okida. Social: José Mauricio C. Porto.

Mituro Matsumoto.

1975/76 1969/70

80

Titulares: Katutoshi Ono, Nelson Okumura, Mitsugu Ono, Tokuji Ono,

Titulares: Yutaka Okumura, Toshiji Nakai, Nelson Okumura, Tsuneo Okida,

Salvador Oganna, Mituro Matsumoto, Jorge Nakai, Celso Sakaguti, Carlos Silva,

Mitsuro Matsumoto, Mario Kikuti, Jorge Nakai, Joaquim Maria Ferreira, José de

Mario Sato, Yutaka Okumura, Tsuneo Okida, Sumio Ueda, Tetsuji Ota, Takao

Freitas, Mario Sato, Mauri Pimentel, Katutoshi Ono, João Shimabukuro, Celso

Oshima, Valmir S. Farias, Toshio Oshima, Takehiro Suzuki, Ricardo Nakai, Waldir

Sakaguti, Luis Jacomelli, Costabile Salzano, Tokuji Ono, Kanci Imada, Valmir dos

Okuyama. Suplentes: Mario Okuyama, José Mauricio C. Porto, Kanci Imada,

Santos Farias, Sidney Camargo. Suplentes: Isaias V. Augusto, Tokeharo Nakai,

Agenor Nakai, Kazushiro Shimabukuro. Presidente Conse-lho: Yutaka

José Myakawa, Nelson Yamamoto, Waldir Teixeira. Presidente Conselho:

Okumura. Secretário: Valmir S. Farias. Presidente Diretoria: Mitsugu Ono.

Yutaka Okumura. Secretário: Mario Kikuti. Presidente Diretoria: Katutoshi

Vice Presidente: Tsuneo Okida. Conselho Fiscal: Milton Shiraki, Mario Fuji,

Ono. Vice Presidente: Mituro Matsumoto. Conselho Fiscal: Nicacio da Costa,

Mituro Takahashi. Suplentes: Hiroaki Harada, Jorge Sato, Tsuguio Okida.

Mitsugu Ono, Jorge Sato. Suplentes: Manoel Tavares, Kenzo Matsui, Luiz Ono.

Diretoria - Secretário: Ricardo Nakai. Tesou-reiro: Takehiro Suzuki.

Diretoria – Secretário: Ricardo Nakai. Tesoureiro: Salvador Oganna.

Esportivo: Tokuji Ono. Patrimonial: Mituro Matsumoto. Social: Carlos Luiz

Social: Mario Sato.

da Silva.

1971/72

1977/78

Titulares: Jorge Nakai, Yutaka Okumura, Katutoshi Ono, Tokuji Ono, Nelson

Titulares: Katutoshi Ono, Nelson Okumura, Mitsugu Ono, Tokuji Ono,

Okumura, Mario Sato, Toshiji Nakai, Kazushiro Shimabukuro, Mituro Matsumoto,

Salvador Oganna, Mituro Matsumoto, Jorge Nakai, Celso Sakaguti, Carlos Silva,

Mario Kikuti, Ricardo Nakai, Tsuneo Okida, Kanci Imada, Salvador Oganna, Toshio

Mario Sato, Yutaka Okumura, Tsuneo Okida, Takao Oshima, Valmir S. Farias,

Oshima, Jorge Sato, Mitsugu Ono, Celso Sakaguti, José Mauricio C. Porto,

Toshio Oshima, Takehiro Suzuki, Paulo Matsumoto, Mario Fuji, Roberto

Costabile Salzano. Suplentes: Valmir S. Farias, Paulo Benedito Amorim, Mauri

Matsumoto, Tetsuya Oshiro. Suplentes: Milton Shiraki, Mauri Pimentel, Kanci

Pimentel, Djalma Santana, Luiz Ono. Presidente Conselho: Tokuji Ono.

Imada, Agenor Nakai, Kazushiro Shimabukuro. Presidente Conselho: Mituro

Secretário: Jorge Nakai. Presidente Diretoria: Yutaka Okumura. Vice

Matsumoto. Secretário: Valmir S. Farias. Presidente Diretoria: Mitsugu Ono.

Presidente: Mituro Matsumoto. Conselho Fiscal: Tokeharo Nakai, Isaias

Vice Presidente: Roberto Matsumoto. Conselho Fiscal: Nelson Shiraki,

Viriato Augusto, Shilo Nishikuma. Suplentes: Luiz Ono, Mituro Takahashi,

Waldir Okuyama, Ricardo Nakai. Suplentes: Luis Ono, Jun Nakai, Tsuguio

Tetsuji Ota. Diretoria – Secretário: Ricardo Nakai. Tesoureiro: Salvador

Okida. Diretoria - Secretário: Sussumo Adachi. Tesoureiro: Takehiro

Oganna. Esportivo: Nelson Okumura. Patrimonial: José Mauricio Costa Porto.

Suzuki. Esportivo: Tokuji Ono. Patrimonial: Tsuneo Okida. Social: Carlos

Social: Mario Sato.

Luiz da Silva.


Jorge Nakai - 1957 / 58

Katutoshi Ono -1959 / 64 e1967 / 70

Yutaka Okumura - 1965 / 66 e 1971 / 74

Mitsugo Ono -1975 / 1984

81


1979/80 Titulares: Paulo Matsumoto, Toshiji Nakai, Agenor Noboru Nakai, Akira

Conselho: Mituro Matsumoto. Secretário: Valmir S. Farias. Presidente

Onishi, Roberto Matsumoto, Milton Shiraki, Kazumi Shinohara, Ronaldo

Diretoria: Mitsugu Ono. Vice Presidente: Paulo Matsumoto. Conselho

Matsumoto, Katutoshi Ono, Mitsugu Ono, Salvador Oganna, Mituro

Fis-cal: Shilo Nishikuma, Luiz Ono, Kazushiro Shimabukuro. Suplentes:

Matsumoto, Jorge Nakai, Celso Sakaguti, Carlos Luis da Silva, Yutaka

Mauro Sassaki, Mario Kikuti, Massaro Iuasse. Diretoria - Secretário:

Okumura, Tsuneo Okida, Carlos Takao Oshima, Valmir S. Farias, Toshio

Ismael Shiraki. Tesoureiro: Carlos Takao Oshima. Esportivo: Salvador

Oshima. Suplentes: Kyoshi Ueda, Hiroaki Harada, Ariovaldo Gaspar, Mario

Oganna. Patrimonial: Kioshi Ueda. Social: Helio Valentini.

Fuji, Roberto Osima. Presidente Conselho: Mituro Matsumoto. Secretário: Valmir S. Farias. Presidente Diretoria: Mitsugu Ono. Vice Presidente: Roberto Matsumoto. Conselho Fiscal: Mauri Pimentel, Kanci Imada, Jun Nakai. Suplentes: Luis Ono, Tsuguio Okida, Mario Sato. Diretoria - Secretário: Helio Valentini. Tesoureiro: Takehiro Suzuki. Esportivo: Tokuji Ono. Patrimonial: Kazumi Shinohara. Social: Gilberto Moscatiello.

1985/86 Titulares: Antonio Tamashiro, Carlos Myoshi, Helio Valentini, Joji Teruya, Jorge Nakai, Jun Nakai, Kazushiro Shimabukuro, Katutoshi Ono, Kiroiti Ikeoka, Luis Yanagi, Mario Yamauti, Mauro Sassaki, Milton Okuyama, Mitsugu Ono, Mituro Matsumoto, Nelson Okumura, Tokuji Ono, Tsuguio Okida, Tsuneo Okida, Valmir S. Farias. Suplentes: Kazumi Shinohara, Lauro Y. Watanabe, Luiz Ono, Paulo Matsumoto, Roberto Matsumoto. Presidente

1981/82

Conselho: Katutoshi Ono. Secretário: Valmir S. Farias. Presidente

Titulares: Mituro Matsumoto, Valmir S. Farias, Toshiji Nakai, Agenor

Diretoria: Mituro Matsumoto. Vice Presidente: Nelson Okumura.

Noboru Nakai, Milton Shiraki, Ronaldo Matsumoto, Katutoshi Ono, Salvador

Conselho Fiscal: Hiroshi Endo, Ronaldo Matsumoto, Kanci Imada.

Oganna, Paulo Matsumoto, Jorge Nakai, Celso Sakaguti, Carlos da Silva,

Suplentes: Carlos Takao Oshima, José Roberto Nascimento, Helio Yano.

Yutaka Okumura, Tsuneo Okida, Kazumi Shinohara, Roberto Matsumoto,

Diretoria - Secretário: Helio Valentini. Tesoureiro: Salvador Oganna.

Nelson Okumura, Tokuji Ono, Tsuguio Okida, Mitsugu Ono. Suplentes:

Esportivo: Helio Yano. Patrimonial: Roberto Matsumoto. Social: Paulo

Toshio Oshima / Tokeharo Nakai, Roberto Oshima/ Takehiro Suzuki, Mauri

Matsumoto.

Pimentel / Kioshi Ueda, Kanci Imada/ Nelson Shiraki, Hiroaki Harada/ Jun Nakai. Presidente Conselho: Mituro Matsumoto. Secretário: Valmir S. Farias. Presidente Diretoria: Mitsugu Ono. Vice Presidente: Roberto Matsumoto. Conselho Fiscal: Shilo Nishikuma, Mituro Takahashi, Assao Okida. Suplentes: Mauro Sassaki, Sergio Takahashi, Massaro Iuasse. Diretoria - Secretário: Helio Valentini. Tesoureiro: Takehiro Suzuki. Esportivo: Tokuji Ono. Patrimonial: Carlos Takao Oshima. Social: Sergio Takahashi.

1987/88 Titulares: Katutoshi Ono, Valmir S. Farias, Nelson Okumura, Mitsugu Ono, Tsuneo Okida, Salvador Oganna, Tokuji Ono, Paulo Matsumoto, Mario Sato, Kazushiro Shimabukuro, Helio Yano, Roberto Matsumoto, Joji Teruya, Ronaldo Matsumoto, Toshiji Nakai, Tsuguio Okida, Jorge Nakai, Mauro Sassaki, Jun Nakai, Antonio Tamashiro. Suplentes: Agenor N. Nakai, Luis Carlos Sassaki, Lauro Watanabe, Kazumi Shinohara, Luis Ono. Presidente

1983/84

Conselho: Jorge Nakai. Secretário: Valmir S. Farias. Presidente Direto-

Titulares: Mituro Matsumoto, Valmir S. Farias, Toshiji Nakai, Agenor

ria: Nelson Okumura. Vice Presidente: Mauro Sassaki. Conselho Fiscal:

Noboru Nakai, Milton Shiraki, Ronaldo Matsumoto, Katutoshi Ono, Milton

Hiroshi Endo, Ricardo Nakai, Milton Shiraki. Suplentes: Antonio Koide,

Okuyama, Paulo Matsumoto, Jorge Nakai, Celso Sakaguti, Carlos da Silva,

Ismael Shiraki, Seiji Sakaguti. Diretoria - Secretário: Helio Valentini.

Tokeharu Nakai, Tsuneo Okida, Luiz Yanagi, Roberto Matsumoto, Nelson

Tesoureiro: Salvador Oganna. Esportivo: Helio Yano. Patrimonial:

Okumura, Tokuji Ono, Hiroaki Harada, Mitsugu Ono. Suplentes: Toshio

Carlos Takao Oshima. Social: Paulo Matsumoto.

Oshima / Roberto Osima, Joji Teruya/ Helio Suga, Mario Yamauti/ Rafaele Pica, Mauri Pimentel/ Kanci Imada, Nelson Shiraki/ Jun Nakai. Presidente

82


Mituro Matsumoto - 1985 / 86

Nelson Okumura - 1987 / 1996

Helio Yano -1997 / 2000

Sadao Nakai - 2001 / 12

83


1989/90 Titulares: Katutoshi Ono, Valmir S. Farias, Nelson Okumura, Mitsugu

Suplentes: Milton Okuyama, Pedro Alvarenga, Takayoshi Kaneda.

Ono, Tsuneo Okida, Salvador Oganna, Tokuji Ono, Paulo Matsumoto, Mario

Diretoria – Secretário: Helio Valentini. Tesoureiro: Salvador Oganna.

Sato, Kazushiro Shimabukuro, Helio Yano, Roberto Matsumoto, Joji Teruya,

Esportivo: Helio Yano. Patrimonial: Carlos Takao Oshima. Social: Edson

Toshio Oshima, Mauro Sassaki, Tsuguio Okida, Jorge Nakai, Helio Valentini,

Amaral Azzone.

Jun Nakai, Antonio Tamashiro. Suplentes: Avelino Matsui, Nivaldo Inforzato, Umanojo Nakai, Kazumi Shinohara, Toshiji Nakai. Presidente Conselho: Jorge Nakai. Secretário: Valmir S. Farias. Presidente Diretoria: Nelson Okumura. Vice Presidente: Mauro Sassaki. Conselho Fiscal: Hiroaki Harada, Paulo Roberto Mayeda, Ismael Shiraki. Suplentes: Lauro Watanabe, Pedro Alvarenga, Takayoshi Kaneda. Diretoria - Secretário: Helio Valentini. Tesoureiro: Salvador Oganna. Esportivo: Helio Yano. Patrimonial: Carlos Takao Oshima. Social: Edson Amaral Azzone.

1995/96 Titulares: Katutoshi Ono, Valmir S. Farias, Nelson Okumura, Mitsugu Ono, Tsuneo Okida, Salvador Oganna, Tokuji Ono, Mario Sato, Kazushiro Shimabukuro, Helio Yano, Roberto Matsumoto, Joji Teruya, Tsuguio Okida, Kazuko Matsumoto, Mauro Sassaki, Jun Nakai, Antonio Tamashiro, Toshio Oshima, Yutaka Okumura, Paulo Matsumoto. Suplentes: Avelino Matsui, Nivaldo Inforzato, Massaro Iuasse, Hiroaki Harada, Hiroshi Endo. Presidente Conselho: Kazuko T. Matsumoto. Secretário: Valmir S.

1991/92

Farias. Presidente Diretoria: Nelson Okumura. Vice Presidente: Mauro

Titulares: Katutoshi Ono, Valmir S. Farias, Nelson Okumura, Mitsugu

Sassaki. Conselho Fiscal: Pedro Castelino Alvarenga, Paulo Roberto

Ono, Tsuneo Okida, Salvador Oganna, Tokuji Ono, Paulo Matsumoto, Mario

Mayeda, Ismael Shiraki. Suplentes: Agenor Noboru Nakai, Ronaldo

Sato, Kazushiro Shimabukuro, Helio Yano, Roberto Matsumoto, Joji Teruya,

Matsumoto, Takayoshi Kaneda. Diretoria - Secretário: Helio Valentini.

Toshio Oshima, Mauro Sassaki, Tsuguio Okida, Kazuko Matsumoto, Helio

Tesoureiro: Salvador Oganna. Esportivo: Helio Yano. Patrimonial:

Valentini, Jun Nakai, Antonio Tamashiro. Suplentes: Avelino Matsui, Nivaldo

Carlos Takao Oshima. Social: Edson Amaral Azzone.

Inforzato, Yutaka Okumura, Franklim F. Naka, Kazumi Shinohara. Presidente Conselho: Kazuko T. Matsumoto. Secretário: Valmir S. Farias. Presidente Diretoria: Nelson Okumura. Vice Presidente: Mauro Sassaki. Conselho Fiscal: Hiroaki Harada, Paulo Roberto Mayeda, Ismael Shiraki. Suplentes: Lauro Watanabe, Pedro Alvarenga, Takayoshi Kaneda. Diretoria – Secretário: Helio Valentini. Tesoureiro: Salvador Oganna. Esportivo: Helio Yano. Patrimonial: Carlos Takao Oshima. Social: Edson Amaral Azzone.

1997/98 Titulares: Helio Yano, Nelson Okumura, Helio Valentini, Valmir Santos Farias, Katutoshi Ono, Tokuji Ono, Kazushiro Shimabukuro, Mauro Sassaki, Antonio Tamashiro, Yutaka Okumura, Mitsugu Ono, Salvador Oganna, Mario Sato, Joji Teruya, Jun Nakai, Toshio Oshima, Franklin Naka, Carlos Takao Oshima, Nivaldo Inforzato, Tsuneo Okida. Suplentes: Mauro Morikawa, Milton Shiraki, Sadao Nakai, Hiroshi Endo, Edson Azzone. Presidente

1993/94

Presidente Diretoria: Helio Yano. Vice Presidente: Nelson Okumura.

Titulares: Katutoshi Ono, Valmir S. Farias, Nelson Okumura, Mitsugu

Conselho Fiscal: Agenor Noboru Nakai, Milton Okuyama, Shitiro Tanji.

Ono, Tsuneo Okida, Salvador Oganna, Tokuji Ono, Mario Sato, Kazushiro

Suplentes: Shiguenobu Tomita, Seiji Sakaguti, Roberto Osima. Diretoria -

Shimabukuro, Helio Yano, Roberto Matsumoto, Joji Teruya, Tsuguio Okida,

Secretário: Helio Valentini. Tesoureiro: Salvador Oganna. Esportivo:

Kazuko Matsumoto, Mauro Sassaki, Jun Nakai, Antonio Tamashiro, Toshio

Helio Yano. Patrimonial: Marcos Okumura. Social: Pedro C. Alvarenga.

Oshima, Yutaka Okumura, Paulo Matsumoto. Suplentes: Avelino Matsui, Nivaldo Inforzato, Massaro Iuasse, Franklim F. Naka, Carlos Takao Oshima. Presidente Conselho: Kazuko T. Matsumoto. Secretário: Valmir S. Farias. Presidente Diretoria: Nelson Okumura. Vice Presidente: Mauro Sassaki. Conselho Fiscal: Hiroaki Harada, Paulo Roberto Mayeda, Ismael Shiraki.

84

Conselho: Carlos Takao Oshima. Secretário: Valmir S. Farias.


85


1999/2000 Titulares: Helio Yano, Nelson Okumura, Helio Valentini, Valmir Santos

Seiji Sakaguti, Alberto Rubens Caldas. Diretoria - Secretário: Luiz Carlos

Farias, Katutoshi Ono, Tokuji Ono, Kazushiro Shimabukuro, Mauro Sassaki,

Sassaki, Sergio Doi. Tesoureiro: Kazushiro Shimabukuro, Neuza Oganna.

Antonio Tamashiro, Yutaka Okumura, Mitsugu Ono, Paulo Matsumoto, Mauro

Esportivo: Mario Okuyama, Marcio Okumura. Patrimonial: Nivaldo Ono,

Morikawa, Joji Teruya, Jun Nakai, Toshio Oshima, Franklin Naka, Carlos

Flavio T. Izumi. Social: Jorge Nakai, Marina S. Oshima. Jurídico: Fernando

Takao Oshima, Nivaldo Inforzato, Tsuneo Okida. Suplentes: Mario

Moromizato Jr. Marketing: Paulo C. Nakai, Helio Suga Jr. R. Publicas: Dr.

Okuyama, Milton Shiraki, Sadao Nakai, Hiroshi Endo, Seiji Sakaguti.

Antonio C. Taira, Shiguetoshi Taminato, Carlos Miyashiro, Armando Sassaki.

Presidente Conselho: Tokuji Ono. Secretário: Valmir S. Farias. Presidente Diretoria: Helio Yano. Vice Presidente: Nelson Okumura. Conselho Fiscal: Carlos Alberto Ono, Ismael Shiraki, Shitiro Tanji. Suplentes: Agenor Noboru Nakai, Edson Azzone, Avelino Matsui. Diretoria - Secretário: Helio Valentini. Tesoureiro: Kazushiro Shimabukuro. Esportivo: Paulo Roberto Mayeda. Patrimonial: Marcos Okumura. Social: Pedro C. Alvarenga.

2005/2006 Vitalícios: Tokuji Ono, Mitsugu Ono, Tsuneo Okida, Carlos Takao Oshima, Nelson Okumura, Yutaka Okumura, Helio Yano. Titulares: Valmir S. Farias, Mauro Morikawa, Mauro Sassaki, Toshio Oshima, Helio Valentini, Dr. Joji Teruya, Milton Shiraki, Nivaldo Inforzato, Hiroshi Endo, Paulo R. Mayeda, Ismael Shiraki, Agenor N. Nakai, Tsuguio Okida, Shitiro Tanji, Mario Sato, Carlos Miyashiro, Avelino Matsui, Takehiro Suzuki, Dr. Antonio C. Taira, Mario

2001/2002

Okuyama. Suplentes: Pedro Alvarenga, Flavio T. Izumi, João Matsumota,

Titulares: Tokuji Ono, Sadao Nakai, Nelson Okumura, Helio Valentini,

Ronaldo Matsumoto, Shilo Nishikuma. Presidente Conselho: Tokuji Ono.

Paulo Matsumoto, Valmir Santos Farias, Kazushiro Shimabukuro, Mauro

Secretário: Mauro Morikawa. Presidente Diretoria: Sadao Nakai. Vice

Sassaki, Helio Yano, Yutaka Okumura, Mitsugu Ono, Hiroshi Endo, Mauro

Presidente: Nilson Ono. Conselho Fiscal: Carlos A. Ono, Fernando Moromi-

Morikawa, Joji Teruya, Jun Nakai, Toshio Oshima, Milton Shiraki, Carlos

zato Jr., Sergio Doi. Suplentes: Mauricio C. Porto, Helio Suga Jr., Marcio

Takao Oshima, Nivaldo Inforzato, Tsuneo Okida. Suplentes: Seiji Sakaguti,

Shimabukuro. Diretoria - Secretário: Paulo Nakai, Luis F. Ono, Luis C.

Mario Okuyama, Nilson Ono, Mario Ono, Pedro Castelino Alvarenga.

Sassaki. Tesoureiro: Kazushiro Shimabukuro, Neuza Oganna, Nivaldo Ono.

Presidente Conselho: Tokuji Ono. Secretário: Mauro Morikawa. Presidente Diretoria: Sadao Nakai. Vice Presidente: Nelson Okumura. Conselho Fiscal: Shitiro Tanji, Ismael Shiraki, Carlos Alberto Ono. Suplentes: Agenor Noboru Nakai, Luis F. Ono, Alberto Rubens Caldas. Diretoria - Secretário: Luiz Carlos Sassaki, Sergio Doi. Tesoureiro: Kazushiro Shimabukuro, Neuza Oganna. Esportivo: Paulo R. Mayeda, Valmir Imakawa. Patrimonial: Nivaldo Ono. Social: Jorge Nakai.

2007/2008 Vitalícios: Tokuji Ono, Mitsugu Ono, Tsuneo Okida, Carlos Takao Oshima, Nelson Okumura, Yutaka Okumura, Helio Yano. Titulares: Valmir S. Farias, Mauro Morikawa, Mauro Sassaki, Toshio Oshima, Helio Valentini, Dr. Joji Teruya, João Matsumota, Nivaldo Inforzato, Hiroshi Endo, Paulo R. Mayeda, Ismael Shiraki, Agenor N. Nakai, Pedro Alvarenga, Shitiro Tanji, Mario Sato,

2003/2004

Mario Okuyama. Suplentes: Flavio T. Izumi, Ronaldo Matsumoto, Armando

Titulares: Tokuji Ono, Sadao Nakai, Paulo R. Mayeda, Helio Valentini,

Sassaki, Shilo Nishikuma, Luis Hideo Nishi. Presidente Conselho: Tokuji

Paulo Matsumoto, Valmir Santos Farias, Ismael Shiraki, Mauro Sassaki, Helio

Ono. Secretário: Mauro Morikawa. Presidente Diretoria: Sadao Nakai.

Yano, Nilson Ono, Mitsugu Ono, Hiroshi Endo, Mauro Morikawa, Joji Teruya,

Vice Presidente: Nilson Ono. Conselho Fiscal: Carlos A. Ono, Fernando

Jun Nakai, Toshio Oshima, Milton Shiraki, Carlos Takao Oshima, Nivaldo

Moromizato Jr., Sergio Doi. Suplentes: Mauricio C. Porto, Helio Suga Jr.,

Inforzato, Tsuneo Okida. Suplentes: Agenor Noboru Nakai, Ronaldo

Marcio Shimabukuro. Diretoria - Secretário: Paulo Nakai, Luis F. Ono, Luis

Matsumoto, Tsuguio Okida, Nelson Okumura, Yutaka Okumura. Presidente

C. Sassaki. Tesoureiro: Kazushiro Shimabukuro, Neuza Oganna,

Conselho: Tokuji Ono. Secretário: Mauro Morikawa. Presidente

Nivaldo Ono.

Diretoria: Sadao Nakai. Vice Presidente: Paulo R. Mayeda. Conselho Fiscal: Shitiro Tanji, Luis F. Ono, Carlos Alberto Ono. Suplentes: Mario Ono,

86

Marcos Okumura, Avelino Matsui, Takehiro Suzuki, Dr. Antonio C. Taira,


2009/2010 Vitalícios: Tokuji Ono, Mitsugu Ono, Tsuneo Okida, Carlos Takao Oshima, Nelson Okumura, Yutaka Okumura, Helio Yano. Titulares: Valmir S. Farias, Mauro Morikawa, Toshio Oshima, Helio Valentini, Dr. Joji Teruya, Nivaldo Inforzato, Hiroshi Endo, Paulo R. Mayeda, Ismael Shiraki, Agenor N. Nakai, Shitiro Tanji, Mario Sato, Avelino Matsui, Takehiro Suzuki, Dr. Antonio C. Taira, Pedro Alvarenga, Nilson Ono, Marcos Okumura, Paulo Matsumoto, Ronaldo Matsumoto. Suplentes: Flavio T. Izumi, Armando Sassaki, Mauro Sassaki, Shilo Nishikuma, Luis Hideo Nishi. Presidente Conselho: Marcos Okumura. Secretário: Nilson Ono. Presidente Diretoria: Sadao Nakai. Vice Presidente: Paulo Nakai. Conselho Fiscal: Carlos A. Ono, Fernando Moromizato Jr., Sergio Doi. Suplentes: Mauricio C. Porto, Renato Ono, Marcio Shimabukuro. Diretoria - Secretário: Helio Suga Jr, Luis F. Ono, Luis C. Sassaki. Tesoureiro: Kazushiro Shimabukuro, Neuza Oganna, Nivaldo Ono.

2011/2012 Vitalícios: Tokuji Ono, Tsuneo Okida, Carlos Takao Oshima, Nelson Okumura, Yutaka Okumura, Helio Yano. Titulares: Valmir S. Farias, Mauro Morikawa, Toshio Oshima, Helio Valentini, Dr. Joji Teruya, Nivaldo Inforzato, Hiroshi Endo, Ismael Shiraki, Agenor N. Nakai, Mario Sato, Avelino Matsui, Dr. Antonio C. Taira, Pedro Alvarenga, Nilson Ono, Marcos Okumura, Paulo Matsumoto, Ronaldo Matsumoto, Luis C. Sassaki, Luis F. Ono, Fernando Moromizato Jr. Suplentes: Flavio T. Izumi, Armando Sassaki, Mauro Sassaki, Takehiro Suzuki, Marcio Shimabukuro. Presidente Conselho: Marcos Okumura. Secretário: Fernando Moromizato Jr. Presidente Diretoria: Sadao Nakai. Vice Presidente: Paulo Nakai. Conselho Fiscal: Carlos A. Ono, Mauricio C. Porto, Sergio Doi. Suplentes: Helio Suga Jr, Nivaldo Ono, Leonardo Ono. Diretoria - Secretário: Marcio Okumura, Helder Doi, Rafael Shiraki. Tesoureiro: Kazushiro Shimabukuro, Neuza Oganna, Renato Ono.

87


Paulo L. Campos Nakai Presidente - 2013/2014

2013/2014 Vitalícios: Tokuji Ono, Dr. Helio Yano, Nelson Okumura, Carlos Takao Oshima, Tsuneo Okida e Sadao Nakai. Efetivos: Agenor Noboru Nakai, Avelino Matsui, Pedro Castelino Alvarenga, Dr. Antonio Carlos Taira, Dr. Joji Teruya, Hiroshi Endo, Ismael Shiraki, Mario Sato, Sergio Doi, Luis Fernando Ono, Nivaldo Inforzato, Luis Carlos Sassaki, Takehiro Suzuki, Toshio Oshima, Ronaldo Matsumoto, Paulo Matsumoto, Nilson Ono, Helio Valentini, Mauro Morikawa, Valmir S. Farias, Flávio Izumi, Hugo Braz. Armando Sassaki, Marcio Shimabukuro e Mauro Sassaki. Conselho Deliberativo - Presidente: Sadao Nakai. Vice Presidente: Nilson Ono. 1º. Secretário: Sergio Doi. 2º. Secretário: Luis Fernando Ono. Diretoria Executiva - Presidente: Paulo L. Campos Nakai, Vice Presidente: Marcio Okumura. 1º Diretor Financeiro: Marcos Okumura. 2º Diretor Financeiro: Neusa Oganna. 1º Diretor Secretário: Marina Oshima. 2º Diretor Secretário: Fernando Moromizato Junior. Suplente Financeiro: Helio Suga Junior. Suplente Secretário: Luis Felipe Sassaki. Conselho Fiscal – Presidente: Carlos Alberto Ono. Secretário: Kazushiro Shimabukuro. Efetivo: Maurício C. Porto. Suplentes: Nivaldo Ono, Leonardo Ono e Rafael Siraki.

88


Foto: Marina Silvares


90


91


SOCIAL Social

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97






GRANDES PATRONOS Grandes Patronos Jorge Nakai

Issamu Ueda

Katutoshi Ono

Juroka Ota

Mituro Matsumoto

Takayuki Takahashi

Toshiji Nakai

Tetsuo Yamauti

Kazuko Takahashi Matsumoto

Kazumi Okida

Yutaka Okumura

Saichi Imada

Tsuneo Okida

Tomoichi Kobuti

Mitsugu Ono

Yassuyuki Sakai

Nelson Okumura Tokuji Ono Shizuyoshi Onoshi Guihiti Tuzuki Toshimatsu Ono Shiguejiro Nakai Kossaku Kikuti Guiti Suzuki

102

Eichi Matsumoto Yassuya Okuyama Tadagi Yano Kiyomi Okumura Takishi Tanigushi Juzaemon Hashimoto Yomori Uta

Seichiro Matsumoto

Sanryo Suzuki

Sadami Okida

Shigueo Nakai

Yumitsu Okida

Tieko Takahashi Sassaki

JosĂŠ Sato

Toshio Yamauti

Shikazo Nakai

Seisoku Yamauti

Jutaro Nakai

Dr. Luis Yanagi


Sócios SÓCIOSBeneméritos BENEMÉRITOS Jimasuka Nishi

Yoshio Kume

Mauro Sassaki

Katsumi Nakai

Yassutaro Tanigushi

José Augusto Alves

Minoru Fujimoto

Suehiro Kishi

Tetsuji Ota

Mituro Takahashi

Nelson Yamamoto

Jorge Sakaguti

Yoshio Okida

Chige Nakanishi

Kazushiro Shimabukuro

Kazuro Shimabukuro

Paulo Ohia

José Francisco Cardoso

Hitoshi Shiraki

Luis Ono

Shigueo Matsumoto

Issamu Ueda

Mamoru Sakamoto

Mario Kikuti

Goro Tukunio

José Akama

Yassuyuki Aoki

Simpel Cataoi

Eraldo Nakagawa

Geraw D'Elia

Jun Nakai

Tsuguio Okida

Atsushi Yonori

Kazumi Okida

Yoshinori Nakai

Mario Okida

Hitoshi Shiraki

Massaro Iuasse

Assao Okida

Noriaki Ono

Shiguero Aoki

Uitiro Matsui

Yukio Okida

Valmir S. Farias

Yasuhisa Nakanishi

Orlando Miyakawa

Issamu Okida

Mauri Pimentel

Tokio Kishi

Mitsuo Okida

Yoshimitsu Okuyama

Kioshi Hamamoto

Tokeharu Nakai

Julio Moraes

Pedro Y. Okabe

Issamu Ueda

Kanci Imada

Yassuchi Nakai

Tei Terag

Carlos Kenssak Ishiy

Mario Sato

Salvador Oganna

Kazuma Sakaguti

Hiroaki Harada

Jorge Sato

Edison Okumura

Kioshi Shimizu

Nelson Shiraki

Nobuyoshi Sakai

Kioshi Ueda

Coite Maeda

Tamotsu Sakai

Oswaldo Sakai

Massao Yamamura

Tadashi Tsuzuki

Kenzi Imada

Haruo Yamazawa

Kazumitsu Kato

Ryosuke Gakiya

José Shiraki

Massaro Nakanishi

José Orlando de Freitas

Massao Shida

Yumitsu Okuyama

Toshio Oshima

Hanako Okuyama

103




Fontes consultadas Acervo do Estrela de Ouro Futebol Clube, Santos – SP Anuário do Lloyd’s Register of Shipping, London, England Biblioteca da Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio, Santos - SP Centro de Estudos Nipo-Brasileiro – SP Hemeroteca Municipal Roldão Mendes Rosa, Santos – SP Instituto Histórico e Geográfico de Santos – SP Jornal A Tribuna de Santos – SP Jornal Cidade de Santos – SP Jornal Diário de Santos – SP

Agradecimentos do autor José Jo Nakai Marina de Azevedo Silvares Marta de Azevedo Silvares Mituro Onishi Nelson Okumura Sadao Nakai

Jornal NippoBrasil Memorial do Imigrante/ Museu da Imigração, São Paulo, SP Museu do Porto de Santos, SP

Tokuji Ono Tsuneo Okida

Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil – SP Revista O Cruzeiro Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa - Bunkyo – SP

Internet

Depoimentos

http://nikkeypedia.org.br

Hugo Braz

http://santosshiplovers.blogspot.com.br

Jorge Nakai (por escrito)

www.acbj.com.br

José Jo Nakai

www.centenario2008.org.br

Midori Oshima

www.historia.com.br

Mituro Onishi

www.imigracaojaponesa.com.br

Nelson Okumura

www.imigrantesjaponeses.com.br

Nelson Teixeira

www.museubunkyo.org.br

Sadao Nakai

www.naval.com.br

Tokuji Ono

www.nikkeybrasil.com.br

Tomi Tempaku Shimabukuro

www.nippobrasil.com.br

Toshiko Ueda

www.novomilenio.inf.br

Tsuneo Okida

www.pbase.com

Tuyako (Julia) Nakai Yutaka Okumura (por escrito)

106


Livros “A Integração e Participação de Japoneses e Descendentes na Sociedade Brasileira” – Hiroshi Saito, Ed. Centro de Estudos Nipo-Brasileiros, 1977 “Breve História da Hospedaria de Imigrantes e da Imigração para São Paulo”, Memorial do Imigrante de SP, série Resumos n°. 7, Odair da Cruz Paiva “Corações Sujos” – Fernando Morais. Ed. Companhia das Letras, São Paulo, 2000 “Estrutura Familiar e Mobilidade Social” – Ruth Corrêa L. Cardoso, Ed. Primus, 1995 “Imigração Japonesa na História Contemporânea do Brasil” – Arlinda Rocha Nogueira, Ed. Centro de Estudos Nipo-Brasileiros, 1984 “Imigração Japonesa para o Brasil: Um Exemplo de Imigração Tutelada (1908-1941” – Célia Sakurai, in “Fazer a América”, Boris Fausto, Edusp, 1999 “Navios de Emigração Japonesa que atuaram antes da Segunda Guerra Mundial” – Ed. Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, 2011 “Navios e Portos do Brasil nos Cartões Postais e Álbuns de Lembranças” – João Emilio Gerodetti e Carlos Cornejo, Solaris Edições Culturais “O Caminho dos Imigrantes Japoneses, Brasil, século 20” – Nobuhiko Ito, Ed. Nikkey Shimbum, 1986 “O Imigrante Japonês: História de sua Vida no Brasil” – Tomoo Handa, Ed. T.A. Queiroz, 1987 “Peixes Marinhos do Brasil: Guia Prático de Identificação” – Marcelo Szpilman, Mauad Editora, 2000 “Peixes, Costa Brasileira” – Alfredo Carvalho Filho, Ed, Marca D’água, 1992 “Santos, o Porto do Café” – José Roberto de Araújo Filho – Instituto Brasileiro de Geografia, 1969 “South Atlantic Seaway” - Noel R. P. Bonsor, Ed. Brookside Publications, 1983 “Transatlânticos em Santos – 1901-2001”, Laire José Giraud, Ed. Do Autor, 2001

Créditos Pesquisa e Textos: José Carlos Silvares

Direção de arte , diagramação e produção gráfica: Paulo Henrique Farias

Assistência de produção gráfica: Augusto Cézar Oliveira Ferreira Simone Fernandes Samara Voss

Fotografia: Acervo do Clube Acervo dos Sócios Acervo de José Jo Nakai Colaboradores e amigos Paulo Henrique Farias José Carlos Silvares

Aprovação: Sadao Nakai

Publicação: Estrela de Ouro Futebol Clube




Kanreki Hist贸ria dos 60 anos do Estrela de Ouro Futebol Clube


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