Santos Memorial da Gestão da Educação Municipal Santos / SP / 2005 - 2012
Projeto Arte na Capa Aluno: Nicholas Santana UME - Cidade de Santos
Editorial
L
ogo que assumimos a Secretaria de Educação, pensamos em elencar eixos que pudessem nortear o nosso trabalho. A partir daí, começamos a trabalhar de forma a valorizar o nosso profissional, dar maior qualidade de ensino às nossas crianças, melhorar os ambientes de trabalho e as escolas, tudo para estimular os atores que fazem parte do processo educacional. Neste final de trabalho, resolvemos registrar nossas conquistas e mostrar para a comunidade de que ponto partimos e onde está nossa educação hoje. E é isso que pretendemos apresentar nessa publicação. Nas próximas páginas, relatos, depoimentos e vivências que demonstram o que foi feito em educação, o que deu certo e o que ainda pode avançar. Em cada texto, você encontrará um carimbo indicando a que eixo aquele trabalho se refere: Gestão Democrática; Acesso e Permanência; Qualidade; Educação de Jovens e Adultos. Existem ações porém, que pertencem a mais de um eixo, porque, na verdade, eles se complementam. Outro termo que você irá encontrar com frequência é a sigla “U.M.E.” (Unidade Municipal de Educação) utilizada para identificar as escolas municipais. Temos certeza de que o leitor se deparará com muitas histórias emocionantes que irão transportá-los às suas memórias. Nesses oito anos, seja na escola, em sala de aula, nos setores administrativos da secretaria, ou em tantos outros lugares em que se pensou e se fez a educação nesta cidade, houve envolvimento de pessoas que respiram e vivem este ideal. Todos esses profissionais e servidores que dedicam grande parte de suas vidas na busca incessante de um ensino de qualidade para nosso município podem ser reconhecidos em alguns dos cenários apresentados nesta edição. O caminho foi devidamente preparado para os que chegam e as boas sementes lançadas, para que num futuro bem próximo, os frutos desse trabalho possam ser colhidos pelas próximas gerações.
Boa leitura...
E X P E D I E N T E . Publicação da Secretaria de Educação do Município de Santos - SEDUC MEMORIAL DA GESTÃO DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL - 2005/2012 . Tiragem: 1 mil exemplares . Impressão: Gráfica Everest - Santos - SP . Textos e conteúdo: Assessoria (SEDUC), Equipe de Professores, Gestores e Colaboradores da SEDUC . Direção de Arte e Diagramação: Paulo H. Farias . Fotos: SECOM/PMS | Colaboradores da SEDUC | Image Bank | Paulo H. Farias . Secretária de Educação da Gestão 2005 / 2012: Suely Maia . Prefeito Municipal de Santos: João Paulo Tavares Papa * Os textos podem ser reproduzidos com citação da origem e os originais estão à disposição para reimpressão.
Realizações da:
Apoio na publicação deste Memorial:
Foto: Paulo H. Farias
GOVERNO DO ESTADO
Aos Cidadãos A
proposta de elaboração de um Memorial da Gestão da Educação Municipal ocorre, não por acaso, no último ano de um período administrativo na esfera municipal. Memoriais, relatórios, planos, dentre outros, são formas de registro de uma realidade que sempre está em movimento, de um processo que sempre é rico e inesgotável, pelas múltiplas facetas que o integram. O memorial é um documento que retrata determinado momento e registra aspectos essenciais, vividos num determinado espaço de tempo. Nesse sentido, o exercício dessa prática permite ao gestor identificar e acompanhar acontecimentos, avaliar seus impactos e recomendar alterações no decorrer do percurso. É, sem dúvida, um importante instrumento de planejamento e avaliação de políticas públicas. No nosso caso, também e sobretudo, de continuidade da política municipal de educação. Pretende-se, dessa forma, contribuir com a proposta de elaboração do Memorial, para uma transição entre governos municipais, na ótica republicana. Há uma estreita relação entre a noção de gestão pública e de estado republicano. Na realidade, a origem histórica do conceito de res (coisa) pública, enquanto forma de gestão da sociedade, nasce associada à noção de estado laico, constitucional, democrático, de afirmação dos direitos do homem e do cidadão e da convivência democrática dos poderes. Portanto, o poder na república afasta-se da idéia de se ter governos soberanos e donos das instituições do estado. Assenta-se numa concepção distinta, na qual o bem público é de todos, e o que é de todos deve ser decidido por todos e jamais ser propriedade de alguns. O Estado, nessa ótica, comporta duas dimensões dinâmicas, unas e distintas: a de governos alternantes e a de instituições perenes. Pós-revolução francesa, essa nova concepção de estado emerge e passa a influenciar os acontecimentos políticos no mundo, incluindo as transformações ocorridas na América Latina. No Brasil, o estado republicano é, segundo a Constituição Federal de 1988, o Estado Democrático de Direito. Nesse sentido, o planejamento e a gestão das políticas públicas, dentre elas, os da educação, passam a ser orientadas pela lei, aclimatadas em cada período administrativo pelos governantes, legitimamente, eleitos e, modi-
ficadas, institucionalmente, somente no âmbito da convivência dos poderes. Essa complexa e rica natureza do estado republicano vem demandando mudanças nas atitudes dos agentes políticos e, por esse motivo, aos prefeitos e dirigentes municipais de educação é importante ressaltar, a grande oportunidade que tiveram e ainda estão tendo, marcar sua época administrativa, implementando mudanças educacionais, aspiradas pela vontade popular, nos limites de suas possibilidades, ao mesmo tempo, lembrar que, um estadista reverencia a vida institucional, e sendo assim, deve entender que as políticas públicas não cessam com o término de um período administrativo. Fortalecer, institucionalmente, a secretaria de educação, mantê-la em pleno funcionamento até o último dia de governo e proporcionar as condições para uma boa transição entre governantes é uma atitude republicana. Com o propósito de contribuir com a continuidade das políticas educacionais e construir uma transição republicana, a Diretoria de Fortalecimento Institucional e Gestão Educacional da Secretaria de Educação básica – SEB, inspirada no proclamado regime de colaboração entre os sistemas de ensino, desenvolveu em parceria com a União dos Dirigentes Municipais de Educação – Undime, com o Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF e com Organização das Nações Unidas para a Educação a ciência e a Cultura – UNESCO, parceiros do Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação – PRADIME, como estratégia central da formação dos dirigentes municipais de educação, o eixo planejamento e avaliação das políticas educativas, na ótica da elaboração do Memorial da Gestão da Educação. Trata-se de um instrumento de sistematização e registro de uma prática, de sua fundamentação, bem como, de recomendações erigidas da avaliação dessa mesma prática, feita por quem a viveu e por quem pretende instituir a continuidade das políticas públicas. Essa ação é parte do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE que tem como foco central o direito à aprendizagem. Essa é mais uma das contribuições do Ministério da Educação aos dirigentes municipais de educação na perspectiva de consolidar uma educação pública de qualidade social para todos os cidadãos.
Ministério da Educação | Secretaria de Educação Básica | Diretoria de Fortalecimento Institucional e Gestão Educacional | Coordenação Geral de Sistemas | Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação - PRADIME MEMORIAL DA GESTÃO DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL Construindo uma Transição Republicana no Brasil Brasília, DF | Março – 2008
Educação como prioridade Absoluta A
o cumprir os últimos meses à frente da Prefeitura de Santos, é, com enorme satisfação, que constatamos grandes avanços na política educacional do município. São conquistas transformadoras, como a educação em tempo integral, que ampliou a oportunidade de aprendizado; a entrega de 15 novas e modernas escolas em diferentes regiões da cidade e o fim da lista de espera por vagas em creches. Os bons resultados obtidos são comprovados pela superação do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que atesta a grande melhoria na qualidade do ensino. Nada menos que 88% das escolas municipais avaliadas atingiram, ou ultrapassaram as metas estabelecidas pelo Ministério da Educação. O IDEB do município melhora a cada ano: passou de 4,4, em 2005, para 5,6 em 2011. A evolução foi reconhecida por prêmios, como o de Cidade Educadora, e principalmente pelos relatos dos próprios estudantes, familiares e professores. O investimento da Prefeitura na Educação teve crescimento real de nada menos que 66,8% nos últimos oito anos, descontada a inflação do período. Em 2004, o orça-mento para a área foi R$ 121.963.933,19, e, em 2013, chegará a R$ 381.158.000,00. Tal crescimento foi destaque na revista Finanças dos Municípios Paulistas publicada em 2011 pela Frente Nacional de Prefeitos, na qual Santos é apontada como a cidade do Estado com mais de 400 mil habitantes que mais destinou recursos 'per capita' à educação. A valorização do professor impulsionou tais avanços e se
consolidou com o novo Plano e Estatuto do Magistério. Além das melhorias do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do servidor, professores e técnicos em Educação passaram a receber outros benefícios específicos. O adicional de dedicação exclusiva agregou 20% aos vencimentos do professor que opta por atuar numa única unidade, e as gratificações por trabalho noturno e por complexidade propiciaram acréscimos de 10% a 20%. Os professores adjuntos, antes nominados substitutos, tiveram a jornada mínima alterada de 25 para 105 horas mensais, resultando em aumento significativo na re-muneração. A licença acadêmica foi assegurada: quem estiver cursando mestrado ou doutorado tem direito ao afastamento remu-nerado de 12 meses. O Plano do Magistério santista é atrativo e responsável. Muito superior à média do país e o maior na região, o salário inicial do educador municipal portador de diploma de Pedagogia por 40 horas/aula semanais é de R$ 2.337,77, 51% maior que o piso nacional da categoria para a mesma carga horária. O valor médio pago ao professor municipal é de R$ 3.739,21 (Educação Básica I) e R$ 3.555,68 (Educação Básica II). Ao longo da carreira, vários instrumentos de valorização são incorporados aos vencimentos, que chegam a R$ 6.117,15 para professor de Educação Básica II e R$ 5.840,00 para o de Educação Básica I. Já os especialistas em Educação (orientador educacional, coordenador pedagó-gico, assistente de direção, diretor e supervisor) recebem entre R$ 4.403,43 a R$ R$ 8.356,84. Vale lembrar que todos os educadores da rede são incentivados a se aprimorar. Em 2011, 4.222 deles participaram de cursos. O concurso Educador Santista é uma outra iniciativa que premia projetos inovadores de docentes e gestores focados na melhoria do ensino oferecido na nossa rede. Para atender a crescente demanda de recursos humanos - decorrente de mais alunos, das escolas construídas e adquiridas, novas creches e dois Cais (Centros de Atividades Integradas de Santos) inaugurados no antigo Colégio Santista e ao lado da Arena Santos - a prefeitura promoveu concursos públicos e nomeou educadores. Em 2004, eram 3.871 profissionais atuando na rede municipal de Educação, e hoje são 4.631. O total de estudantes cresceu de 38 mil para 40 mil no período, incluindo os atendidos por entidades conveniadas. Temos, portanto, absoluta convicção de que a nossa cidade está muito bem estruturada na Educação, que, sem dúvida, é prioridade absoluta, o pilar mais importante na construção de uma cidade preparada para novos desafios e de uma sociedade mais justa e mais equilibrada. Nossos profundos agradecimentos aos professores e demais profissionais que atuam na Educação, principais agentes das inúmeras conquistas e resultados expressivos obtidos em Santos nos últimos oito anos.
João Paulo Tavares Papa Prefeito de Santos | 2005 a 2012
Educação Como Razão de Ser do Governo
O
Ministério da Educação e a Undime – União dos Dirigentes Municipais da Educação - recomendam a todos os secretários municipais da pasta que, ao findar-se um período administrativo, como boa prática dita republicana, providenciem a elaboração de um Memorial da Gestão, documento que deve ser útil, especial embora não somente, para o melhor transcurso do período de transição. Para favorecimento de melhor desempenho por parte da equipe entrante, supõe-se frutífero o melhor conhecimento, de sua parte, das rotinas e, principalmente, da situação em que se encontram os diversos projetos em curso. Um Memorial, portanto, embora tenha este nome, não tem por objetivo apenas recordar feitos, motivos, datas e pessoas envolvidas. Apesar de que, tudo isso é também muito importante. Nada vem do nada, assim como um raio não cai de um céu azul. Tudo o que é e foi feito, tem seus antecedentes, suas motivações, pessoas envolvidas e comprometidas, contradições ou divergências, lutas, esforços, noites mal dormidas, emoções e lágrimas. Só aos adolescentes admite-se suporem que as gavetas arrumamse sozinhas e que os pratos e talheres vão direto da mesa para as prateleiras independentemente do trabalho de alguém. Erros foram cometidos também, é claro. Porém, todos os resultados que se admitam como positivos, a começar pelo fato de Santos ser, hoje, uma cidade declarada livre do analfabetismo, apesar de eventuais frações de imigrantes que não o sejam; de ser uma “Cidade Educadora”; de alcançar resultados superiores ao IDEB nacional, todas essas conquistas aconteceram, não por acaso, não, como estaria na moda dizer-se hoje em dia, apesar do governo, apesar dos políticos e da política. Não. Os resultados que hoje se possam colher são frutos do propósito governamental de colocar em prática objetivos políticos determinados. Na parte que nos toca, de ser um governo voltado para a formação de nossos futuros cidadãos, oferecendo a todos, sem distinção de qualquer origem, tudo o que nos fosse possível do que, de melhor, nossa sociedade possa oferecer em matéria de educação. No sentido mais amplo e de acordo com as mais avançadas conquistas da psico-pedagogia. Um governo, como costuma dizer o próprio prefeito, centrado na criança. Um governo que tem a educação como razão de ser. Não quero com isso dizer que outros não pudessem ter
feito o que fizemos e nem mesmo que tudo tenha resultado apenas de nosso trabalho. Mas digo que pouco ou nada disso teria sido alcançado sem o compromisso, a bravura, a lealdade, o esforço e a determinação com que pude contar, na melhor equipe que um Secretario da Educação tivesse, como eu, o privilégio de dirigir; que pouco ou nada disso poderia hoje estar sendo reconhecido não fosse a determinação política do prefeito João Paulo Tavares Papa. Assim este Memorial é, principalmente, o relato do que de relevante e inovador foi feito, em diversas áreas da SEDUC, no período administrativo iniciado em janeiro de 2005 e que ora se encerra. De relevante, inovador e que mereça, conforme pensamos, alguma continuidade, seja corrigindo eventuais falhas ou buscando seu aperfeiçoamento. Ao assumir a Secretaria da Educação, em janeiro de 2005, definimos os quatro eixos norteadores de nossa ação: Gestão Democrática; Qualidade; Acesso e Permanência; e Educação de Jovens e Adultos. Aqui, neste Memorial, procuramos mostrar, principalmente, quais os projetos que foram realizados ou estão em curso em cada uma destas grandes áreas que delimitamos para a nossa ação. Procuramos sempre demonstrar os antecedentes, mas, ao fazê-lo, não temos qualquer intenção valorativa quanto a gestões anteriores. Queremos apenas o estabelecimento dos pontos de partida. Nossa intenção maior é esclarecer os objetivos visados, como agimos para alcançá-los e o que fizemos perante cada dificuldade que nos tivesse feito reavaliar os percursos originalmente estabelecidos. Como ocorre com projetos em geral, cada um que desenvolvemos na SEDUC, ao longo desses anos, foi ou é um conjunto original, supondo a incerteza de atividades fora da rotina e o destemor de enfrentá-las. Cada projeto demandou muita criatividade e compromisso elevado, especialmente porque os recursos foram sempre escassos e os riscos abundantes. Mais uma vez quero, aqui, demonstrar meu reconhecimento ao prefeito João Paulo Tavares Papa por seu apoio e compromisso com a educação e aos meus colaboradores que, com sua sabedoria e habilidade, souberam comprometer a Rede Municipal de Educação de Santos, os supervisores, os diretores, os professores, as equipes escolares com a necessidade de também assumirem os mesmos compromissos.
Suely Maia
Santos, dezembro de 2.012
Secretária de Educação de Santos 2005-2012 Presidente da Undime SP eleita em 2009 e reeleita em 2011 Titular no Conselho Estadual de Educação de São Paulo 2009-2012.
Suely Maia
“Na educação
nós nunca
poderemos parar” Após oito anos, à frente de uma das secretarias mais importantes do governo, a Secretária de Educação de Santos, Suely Maia, faz um balanço das conquistas de sua administração, no que concerne aos quatro eixos estratégicos que norteiam a política pública de educação no município. Você confere esta avaliação, na entrevista a seguir.
O primeiro eixo “Acesso e Permanência” tem por objetivo atender a demanda de alunos e proporcionar atividades sociais, culturais, educacionais e esportivas. Alcançamos esse propósito? Sim, a começar pela demanda de creches. A parceria com as entidades conveniadas, aliada ao empenho do governo e de nossos técnicos permitiu que eliminássemos as listas de espera de nossas Unidades. Quando não há possibilidade de atendimento na unidade mais próxima da residência, o munícipe recebe vale transporte para deslocar-se até o equipamento com vaga. Com o programa Escola Total e Jornada Ampliada os alunos permanecem mais tempo nas atividades escolares. Os pais podem trabalhar tranquilos, seguros de que seus filhos estão recebendo alimentação adequada e boa educação. E esse processo não se encerra durante o período de férias escolares. Neste período, as crianças permanecem nas creches nas unidades polos. Tudo isso sem falar na infinidade de projetos esportivos, culturais e artísticos desenvolvidos pelos Departamentos e que envolvem entidades do terceiro setor entre outros profissionais. Nós resolvemos a questão do acesso e permanência na escola pública em nossa cidade. Atendemos cem por cento da demanda. Para motivar nossos alunos, trabalhamos também a questão dos grêmios e conselhos escolares. As famílias passaram a participar efetivamente das decisões da escola com a implantação dos GAFCES as equipes técnicas não medem esforços no acompanhamento da frequência escolar e o SIGES implantou um programa inédito de comunicação com os pais, por meio de mensagens nos celulares. Os responsáveis são avisados das faltas dos filhos em tempo real e convocados à escola para justificarem as ausências. Nossas crianças têm direito ao material escolar, uniforme, alimentação. São cinco refeições servidas para os alunos que permanecem em tempo integral. Tudo isso, sem falar na ampliação dos equipamentos da rede. E quanto ao eixo Qualidade? Que avanços podem ser registrados? A questão da formação em serviço foi muito bem trabalhada. Os resultados deste investimento podem ser medidos pela melhora na aprendizagem, comprovada por indicadores externos como o IDEB, o SARESP, o FIRJAN. Nossas crianças se destacaram em diversos concursos e eventos, recebendo premiações na região e fora daqui. Muitos de nossos projetos são reconhecidos e técnicos de outras cidades e regiões nos procuram para aprender com nossas experiências. Neste ano teremos a 4ª. edição do Prêmio Educador Santista. Qual foi o seu objetivo com a criação desta premiação? Esta iniciativa pode ser entendida como um reconhecimento do trabalho feito pelos professores e técnicos em nossas escolas e por este motivo esse prêmio alcançou tanto sucesso. Ele tem como objetivo principal apresentar à população, os projetos que são desenvolvidos nas escolas por educadores e gestores. E todos eles têm por objetivo a aprendizagem de nossas crianças. É uma
maneira de valorizarmos os nossos profissionais, emprestando visibilidade ao que de bom é feito nas escolas. Neste ano, estamos na luta para que a iniciativa se torne lei, de modo que esta conquista seja mantida nos próximos governos. Outra forma de valorização do profissional é a realização da Semana da Educação. Em 2012, a Semana da Educação atingiu um público estimado em cinco mil educadores, envolvido em diversas atividades. Além da abordagem educacional, nossos professores e funcionários puderam desfrutar de experiências diferentes, com vistas à melhoria da autoestima como sessões de massagem, aulas de maquiagem e cosmética, além da troca de experiências e contato direto com renomados expoentes da educação, possibilitando a apropriação de novas ideias, propostas e tecnologias que incidem diretamente no resultado lá na ponta: nossos alunos. Sabe-se que a valorização passa também pela questão salarial. O Plano de Carreira conseguiu reparar essas distorções? O Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos é fruto do trabalho de todos, da mobilização dentro das escolas e de seus representantes. Quisemos valorizar efetivamente, com melhores salários, os profissionais da educação. Muitos avanços foram conquistados, mas sabemos que ainda há ajustes por fazer. O que importa é que o primeiro passo foi dado. Como educadora e entusiasta das causas da educação, continuarei me empenhando nas lutas da categoria até o último dia deste governo.
Quais foram as inovações no eixo Educação de Jovens e Adultos? Na Educação de Jovens e Adultos – EJA – desenvolveuse um trabalho muito importante, sobretudo no aspecto da motivação deste público que possui características peculiares. A busca por novas tecnologias foi uma ferramenta imprescindível, pois a internet exerce um grande fascínio sobre eles. A prova disto é que conseguimos diminuir a evasão nesta modalidade com a implantação da EJA Digital, possibilitando acesso ao saber também por meio da educação à distância e dentro de um formato mais atrativo e dinâmico. Esse trabalho deu ótimos resultados, fazendo com que muitos retornassem à escola e sentissem motivados. O próximo passo deverá ser o de oferecer-lhes um caminho que os leve à profissionalização. Outro projeto que recebeu muita atenção desta secretaria foi o “Parceiros do Saber”. A senhora poderia explicar como funcionou? Nossos professores vão até o local, onde estão concentrados grande parte de nossos alunos da EJA: o canteiro de obras, por exemplo. Lá, montamos uma sala para que os trabalhadores possam estudar naquele mesmo local, dando continuidade aos estudos. O Título de Cidade Livre do Analfabetismo nos foi concedido também em razão deste empenho: de irmos à busca daqueles que não sabem ler ou escrever. Deflagramos ainda uma campanha “Seja da Eja”, com publicidade nas mídias e divulgação em locais públicos para atrair e estimular pessoas a ingressar ou retornar a escola. O último eixo que abordaremos e não menos importante é o da Gestão Democrática. Como as escolas têm lidado com essa autonomia proposta pela Secre-
FIRJAN
SARESP
IDEB
O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) é um estudo anual do Sistema FIRJAN que acompanha o desenvolvimento de todos os 5.564 municípios brasileiros em três áreas: Emprego & Renda, Educação e Saúde. Ele é feito, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.
O Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo – SARESP – é uma avaliação externa da Educação Básica, realizada desde 1996 pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo – SEE/SP. O SARESP tem como finalidade produzir informações consistentes, periódicas e comparáveis sobre a situação da escolaridade básica na rede pública de ensino paulista, visando orientar os gestores do ensino no monitoramento das políticas voltadas para a melhoria da qualidade educacional.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Inep e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça, é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula. O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6, em 2022 – correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos.
s i a m
a b i Sa
taria de Educação - SEDUC? Nós desenvolvemos a gestão com apoio de diversos programas como o Dinheiro Direto na Escola, repasse de verbas da prefeitura, com o trabalho da formação dos Consehos de Pais nas escolas, implantação do Grupo Articulador de Conselho de Pais e com o Conselho Municipal de Educação. As diretoras que, a princípio, estavam muito preocupadas com a questão do gerenciamento de todos esses recursos, aprenderam durante esses anos e os resultados foram satisfatórios. As verbas estão sendo aplicadas em benefício dos próprios alunos e da comunidade escolar. Sempre com a participação dos pais, que estão cada vez mais envolvidos, mostrando que estão ali não só para fiscalizar, mas para ajudar a direção da escola a construir uma educação de qualidade. Tudo é discutido por todos e as responsabilidades são compartilhadas. Estimulamos a participação dos Conselhos de Escola, o que foi fundamental para conseguirmos bons resultados. A gestão passa também pela questão da formação desses gestores e investimos muito nesta área também, oferecendo cursos e apoio técnico em suas principais dificuldades. Devo agradecer muito aos gestores de nossas escolas que, comprometidos, se empenharam em efetivamente assumir o gerenciamento de suas escolas. Sem o apoio e a confiança deles, não seria possível atingirmos o sucesso. Hoje me emociono, quando ao chegar numa escola me deparo com obras, mudanças e aquisições feitas com essas verbas e vejo o brilho nos olhos dos diretores, que orgulhosos, prestam contas à comunidade de seu trabalho. É um sentimento de dever cumprido que ressoa em meu coração também.
Palavra Universidades das
Profa. Dra. Sílvia Ângela Teixeira Penteado Reitora - UNISANTA “A Universidade Santa Cecília - UNISANTA mantém há longos anos, parceria com a Secretaria Municipal de Educação – SEDUC/Santos cujo principal objetivo é o constante desafio de ambas, para concretização da missão de propiciar a formação de educadores; a produção do conhecimento e do comprometimento com a responsabilidade social. Ambas procuram evidenciar suas identidades buscando diferenciação e originalidade, orientando as decisões educacionais, políticas e administrativas que definem a qualidade que desejam assumir no ensino, na pesquisa e na extensão. Assim, elas se propõem a imprimir às ações conjuntas, uma direção para a relevância educacional, com especificidades e singularidade, dando clareza aos procedimentos assumidos. Com tais finalidades, a parceria existente propicia a disseminação da cultura inovadora, a propriedade intelectual e a transferência de tecnologia.”
Prof. Dr. Édison Monteiro Diretor – UNIP Santos “A UNIP e a SEDUC vem realizando um excelente trabalho de parceria. Temos desenvolvido diversas ações que envolveram os seguintes temas: · Gestão do espaço Físico da UNIP, foram realizados diversos eventos: · Semana da Educação · Dia do Secretário e Oficial Administrativo · Encontro Metropolitano de Supervisores de Ensino · Cursos de Gestão Educacional · Parceria da Seduc e os cursos da UNIP envolvendo professores e alunos · Pedagogia · Cosmética e Estética · Farmácia · Nutrição · Educação Física · Monitoramento da atuação dos Gestores Escolares nas Unidades Municipais de Educação A UNIP ajudou a consolidar os eixos estratégicos da Educação e a Política pública do Município no que tange GGa Governança Participativa.”
Seduc
Equipe da Secretaria da Educação de Santos
EIXOS ESTRATÉGICOS
Seduc
Assegurar condições que permitam a participação da comunidade (interna e externa) nas decisões · Garantindo a comunicação e a coesão das diretrizes internas na Seduc · Adotando diretrizes para as UME´s e acompanhando a sua aplicação · Proporcionando autonomia administrativa financeira e pedagógica para as UME´s · Fornecendo subsídios teóricos e práticos para atuação participativa e democrática · Promovendo a participação da comunidade na tomada de decisão relativa à gestão escolar
Garantir uma educação de qualidade · Valorizando os profissionais da educação · Promovendo formações continuadas em todos os níveis da educação · Disponibilizando recursos materiais, financeiros e humanos para efetivação das ações das escolas e da SEDUC · Desenvolvendo um currículo adequado à realidade da sociedade
Seduc Atender a demanda de alunos e proporcionar atividades sociais, culturais, educacionais e esportivas · Assegurando as instâncias de participação da comunidade escolar e da sociedade civil · Proporcionando condições para inclusão social · Garantindo projetos e programas que permitam educação em tempo integral · Promovendo ações para aprimorar a qualidade do ensino público
Seduc Criar meios para permitir acesso à educação · Desenvolvendo currículo e formas alternativas de permanência adequadas a essa realidade; · Viabilizando parcerias para ampliar as oportunidades dessa modalidade de educação; · Erradicando os índices de analfabetismo (%) do município; · Criando oportunidades para a certificação e qualificação profissional básica.
Você sabe como surgiu o programa?
E
m 2005, quando assumimos a SEDUC, sob o comando da secretária Suely Maia, tínhamos um grande compromisso de governo, mas especialmente, tínhamos um sonho: ampliar o tempo, os espaços e as oportunidades de aprendizagem dos meninos e meninas do Ensino Fundamental implantando o conceito de Educação Integral. Os equipamentos da rede municipal não dispunham de espaços para garantir a proposta, estavam ocupados com a carga de quatro horas/dia, mínimo obrigatório por lei. A compreensão de que há na cidade muitos espaços que, em parceria, poderiam articular o período da escola com outro período, também educativo, em que pudéssemos, ampliando o tempo e os espaços, democratizar o acesso à cultura, à arte, ao esporte e à preparação para o trabalho para muitos que não tinham até então esta oportunidade, tomou sentido e corpo.
Maria José Marques
Foto: Image Bank
Maria José Marques - Profª Maria José Marques - Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Assesssora Executiva da SEDUC. Coordenadora do Programa Escola Total da Prefeitura de Santos e Coordenadora Municipal do Programa Mais Educação. Professora da Faculdade de Educação - Universidade Metropolitana de Santos.
Uma equipe de três professores da rede municipal coordenados por mim, deu início a este trabalho, a partir da busca nos diversos territórios da cidade, de instituições que poderiam dividir este anseio. Então, em abril de 2005, chamamos para uma reunião representantes das Associações de Bairro da cidade para contar deste sonho de política pública para a educação. Eles saíram de lá com os mesmos anseios que os nossos e cheios de vontade de colaborar. Estavam, a partir daí, imbuídos da missão de conseguir parceiros que pudessem nos ceder locais para que nossas crianças/adolescentes pudessem desenvolver as atividades propostas no contraturno escolar. Vieram instituições religiosas, clubes, sociedade de melhoramen-tos de bairros, espaços oriundos de secretarias municipais para estabelecer convênios. Logo, no segundo semestre de 2005, o Programa Escola Total decidiu implantar em uma escola que, por ter sido implementada naquele ano, tinha espaço físico para receber o projeto piloto: UME Oswaldo Justo, no bairro da Alemoa. A seguir vocês vão conhecer um pouco dos caminhos que percorremos até hoje dentro do Programa Escola Total/Jornada Ampliada.”
Por que Educação Integral pode fazer a diferença? Porque tem o conceito de ampliar o tempo, diversificar os espaços e as oportunidades de aprendizagens com objetivo de diminuir as desigualdades sociais existentes nos territórios da cidade e aumentar as perspectivas de vida e futuro para todas as crianças e adolescentes. Portanto, trata-se de um Projeto Político Pedagógico de se fazer Educação Pública construída em princípios democráticos.
Como Santos se organizou? Por meio de duas estratégias: Núcleos: espaços para complementar os equipamentos das UMEs, por meio de parcerias com equipamentos comunitários, públicos e privados, locação de clubes e outros espaços, aquisição do CAIS – Colégio Santista e construção do CAIS – Vila Mathias. Escolas de Tempo Integral: construção de quatro UMEs de Ensino Fundamental com espaços para desenvolvimento de um currículo intercultural e com a incorporação de um prédio estadual, reformado para tal fim.
Mais sobre Educação Integral e Monitoramento Hoje a Prefeitura atende cerca de 10.000 alunos em período integral, destes, mais de 5.000 participam do Escola Total/Jornada Ampliada. O tema educação integral passou a ter centralidade e destaque nos debates das políticas públicas em nível nacional. Os municípios são importantes na construção da Educação Integral, porque ousam e avançam nesta concepção, em parceria com os demais setores. Atualmente monitora-se a aprendizagem através do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica); Santos vem realizando o Monitoramento das Aprendizagens com crianças/adolescentes do Programa Escola Total.
Processo que monitora e avalia Educação Integral é exposto em Brasília Como reconhecimento do trabalho realizado na educação integral na cidade, a equipe do programa Escola Total foi convidada para apresentar o processo de monitoramento e avaliação feito desde 2010 com os alunos da rede municipal, no MEC (Ministério da Educação), em Brasília. O resultado deste processo está publicado em dois livros.
“O processo serve para refletir sobre a rotina de aprendizagem na busca da qualidade da educação”, disse a coordenadora do programa, Maria José Marques. Segundo ela, o MEC quer conhecer os meios utilizados em Santos para discutir o processo da educação integral. “Por intermédio de um estudo detalhado, traçamos pontos que precisamos modificar e outros satisfatórios para o aprendizado. Avaliamos individualmente cada criança ou adolescente”.
Atividades desenvolvidas no Escola Total em Santos Lutas: caratê, capoeira, judô e taekwondo Esportes: natação, surf, skate Língua estrangeira: inglês e espanhol Artes: cênicas, visual, dança, música Culinária Rádio Escolar – Mais Educação Fotografia Contação de história e hora do dever
Foto: Image Bank
Atividade da vida prática (apenas nas UMES de Tempo Integral).
Santos Criança O Escola Total faz parte de um programa do governo municipal denominado Santos Criança, que promove a atenção prioritária à infância, com o intuito de dar qualidade de vida e contribuir para o desenvolvimento dos meninos e meninas. O trabalho é realizado em rede integrada por todos os setores da administração municipal.
CENTROS DE ATIVIDADES INTEGRADAS DE SANTOS CAIS - Colégio Santista: primeiro centro de atividades integradas
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ais do que um espaço para atividades diversas, o Cais Colégio Santista (Centro de Atividades Integradas de Santos), na Vila Nova, é um lugar destinado à educação, ao lazer e ao esporte de crianças e comunidade do entorno. Os alunos de 1º ao 5º ano das escolas municipais Avelino da Paz Vieira, José Bonifácio e Antônio Demóstenes de Souza Britto participam das atividades diárias no horário contrário das aulas regulares. São aproximadamente 400 alunos atendidos nos dois períodos. Formado por um complexo de 14.559 metros quadrados, sendo 11.800 metros quadrados de área construída, o Cais conta com modernas salas de aula, biblioteca com acervo de 17 mil livros, quadra poliesportiva, campo de futebol, auditório, brinquedoteca, laboratórios diversos, sala de livre expressão, de artes entre outros espaços. Os alunos também têm acesso às aulas de caratê, xadrez e dança. Na unidade acontecem ainda as formações de professores e funcionários da prefeitura. O espaço, que começou a funcionar em 2010, ainda abriga o CEMID (Centro Municipal de Inclusão Digital), que oferece cursos de informática básica. Além disso, o Projeto Guri, uma parceria com o Estado, é um outro trabalho que beneficia os estudantes com aulas de música. A Prefeitura investiu mais de R$ 20 milhões na compra do espaço que abrigou o tradicional Colégio Santista.
Uma mudança na vida de todos Denise Freitas
Colégio Santista
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ntendemos Educação Integral como a que atende o aluno em todas as suas necessidades, não restringindo-se a um conteúdo pré-estabelecido como na educação formal. Para tanto, proporcionamos ao estudante momentos de atuação nas diversas linguagens como a arte, a música, a dança, o esporte, entre outras, a fim de desenvolver habilidades e competências importantes para a formação educacional e para a vida. Desde que iniciamos as atividades no Cais Colégio Santista até o presente momento é possível destacar diversos pontos positivos. Entre eles, o esclarecimento de tudo o que poderia melhorar diante da resposta das próprias crianças, possibilitou um envolvimento maior de todos no processo; os educadores se comprometeram no resgate da autoestima dos estudantes e a grande participação dos pais em reuniões e apresentações artísticas realizadas pelas crianças. Tudo isso, aliado ao trabalho de educadores e funcionários do Cais, modificou, consideravelmente, o comportamento dos alunos. Trabalho, como o realizado no Cais Colégio Santista, proporciona uma mudança na vida de todos, crianças e adultos, pois começam a perceber que a escola é uma oportunidade, uma perspectiva de algo melhor. Mais do que um simples prédio, é um local prazeroso em que o conhecimento e a brincadeira caminham juntos para que a criança se torne um cidadão mais feliz e íntegro.
(Dirigido pelos Irmãos Maristas)
m 1904, chegaram a Santos os primeiros Irmãos Maristas franceses. Logo que chegaram por aqui, alugaram um prédio na Rua Constituição, esquina com a Rua Amador Bueno, e, no dia 4 de abril, iniciaram-se as aulas do Gymnasio do Sagrado Coração. Já no dia seguinte, o pequeno prédio, não comportando o número de alunos, fez necessária a aquisição de uma casa chamada de palacete, na Rua Constituição, esquina com a Rua 7 de Setembro. Era uma residência grande para uma família, mas pequena para um colégio. Por essa razão, foi necessário ampliá-la em altura e largura. Infelizmente, nada restou da primeira habitação, destruída pelo incêndio em 1953.
Desde então, com a aquisição de casas vizinhas, a propriedade foi sempre aumentando. Em 1955, foi inaugurado o prédio da Rua Henrique Porchat e, em 1965, a parte da Portaria, Secretaria e Gabinetes de Química. Das cinzas do velho prédio, surgiu o majestoso Ginásio Esportivo. Atualmente, a área total do terreno do Colégio tem 11.560 m² e a área construída, em 4 andares, cerca de 12.320 m². Em 2005, o Colégio passa a se chamar Colégio Marista. Depois de 105 anos de história e de formar alunos como o ex-governador Mário Covas, o judoca campeão olímpico Rogério Sampaio e o ator Nuno Leal Maia, o Colégio Marista de Santos, antigo Colégio Santista, encerra as suas atividades no fim de 2009. No ano seguinte passa a abrigar o CAIS, um complexo educacional, que ocupa um quarteirão no centro de Santos, que foi comprado pela Prefeitura.
Cais Vila Mathias é mais um espaço para o contraturno dos estudantes da rede municipal
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antos conta com mais um centro de atividades integradas: o Cais Vila Mathias. O local fica na Av. Rangel Pestana, 184, ao lado da Arena Santos. Com a reforma, restauro e ampliação, a administração transformou a edificação, que serviu à antiga companhia de energia City, num espaço para educação em tempo integral de alunos da rede municipal de ensino e uso da comunidade, a exemplo do Cais Colégio Santista. Projeto da SEPLAN (Secretaria de Planejamento), o Cais Vila Mathias contempla três blocos para atividades educacionais nas áreas de cultura, inclusão digital e oficinas. O bloco A tem 12 salas, sendo duas de informática, e as demais de multiuso, além de refeitório, cozinha, dispensa, área de convivência e sanitários com acessibilidade a deficientes e crianças. Com um pavimento, o bloco B abriga o setor administrativo no térreo e auditório no piso superior. O Bloco C, também com um pavimento, é formado por três salas de música e duas de dança, tablado para atividades diversas, setores administrativos, copa e sanitários. Os dois prédios terão plataformas elevatórias para acesso de cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Todos os ambientes do complexo serão climatizados. Com área total de 4.230 m², a construção do Cais Vila Mathias soma recursos de R$ 8.811 milhões, provenientes do DADE (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias), do governo do Estado.
Funcionamento Os alunos são divididos de acordo com a idade por meio de coletes nas cores verde (seis a oito anos), amarela (nove e dez anos) e azul (a partir dos 11 anos). Os ônibus que fazem o transporte das crianças também levam a placa de identificação nas respectivas cores, para garantir organização e segurança. Com esse novo equipamento fica completo o ciclo de atividades que integra o Núcleo Portuários e o Parque Municipal Roberto Mário Santini. São atendidos estudantes das escolas Ayrton Senna da Silva, Olavo Bilac, Emilia Maria Reis, Irmão José Genésio, Cidade de Santos, Lourdes Ortiz, Florestan Fernandes, Edméa Ladevig, José da Costa e Silva Sobrinho, Oswaldo Justo, Vinte e Oito de Fevereiro e Martins Fontes. Os demais alunos participam do programa em outros 17 espaços municipais e também em igrejas, clubes e sociedades de bairro.
NOSSA ESCOLA Escolas abertas aos fins de semana
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ortas abertas aos fins de semana. É a realidade das unidades municipais de educação que oferecem ensino fundamental. A comunidade e alunos podem participar de oficinas, atividades e cursos. Tudo isso faz parte do Nossa Escola. O projeto é oferecido dentro dos eixos: esporte, saúde, cultura, qualificação para o trabalho, educação e meio ambiente. Com a iniciativa, a população passa a respeitar mais o espaço público e a usá-lo com responsabilidade. Cada unidade de ensino proporciona uma atividade diferente, porque depende da necessidade e perfil da comunidade em que fica localizada a escola e também do voluntário disposto a dar a oficina. Para participar de qualquer curso, o interessado precisa procurar o educador profissional da unidade e se inscrever. O cronograma de atividades fica afixado na porta das escolas.
Professora Maria de Lourdes Pimenta da Silva Coordenadora Geral da Iniciativa.
Para ver a banda tocar Projeto estimula aprendizagem por meio da música
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apaz de promover mudanças no comportamento e desenvolvimento educacional dos estudantes, o projeto 'Pra Ver a Banda Tocar', da SEDUC tem influenciado a vida dos alunos, tanto em relação ao ensino quanto ao convívio social e familiar. Essa transformação é atestada pelos próprios estudantes, que passam a ter melhores notas, e é confirmada por pais, instrutores e professores. A proposta se baseou em estudos que comprovam a importância da música para o bem-estar das crianças. Segundo a professora Maria de Lourdes Pimenta da Silva, coordenadora do projeto, “a música ajuda os alunos a desenvolverem o raciocínio matemático, capacidade de concentração e memória”. Para o maestro e coordenador musical Alexandre Felipe Gomes, “eles adquirem responsabilidade, disciplina, mais interesse em sala de aula e amor pela escola”. Desde maio de 2005, o 'Pra Ver a Banda Tocar', que faz parte do programa 'Escola Total', leva educação musical para crianças do ensino fundamental (1ª ao 9ª ano), entre 7 e 14 anos. As bandas participam de desfiles cívicos, abertura de eventos, festas comunitárias e concursos em várias regiões do Estado, destacando Santos como um dos municípios que mais apoiam e valorizam essa atividade no país. O reconhecimento veio em junho de 2007, com o título de 'Prefeitura Amiga das Bandas', outorgado pela AFABAN (Associação de Fanfarras e Bandas da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira). Atualmente, entre instrumentistas e linha de frente (alunos que fazem coreografias e levam as bandeiras), são quase 1.500 participantes em 32 bandas.
Seduc Seduc Alexandre Felipe Gomes - Maestro e Coordenador Musical do Projeto.
Materiais
Os instrumentos são emprestados aos alunos que levam para casa para aperfeiçoamento das músicas enquanto fazem parte do projeto.
Sopro Doce Surgiu a partir do projeto Pra Ver a Banda Tocar. Acontece em 10 escolas municipais. O projeto visa à musicalização através da flauta doce combinando um repertório que vai de canções folclóricas a MPB. Cada polo possui uma monitora e atende a diversos convites da comunidade. Participam alunos entre sete e 11 anos. A iniciativa surgiu em 2007, com apresentações em salas de audição e teatros.
E não é só isso... Em quatro escolas, desde 2007, existe o Coral, formado pelos alunos, como ferramenta de aprendizado. Além disso, foi implantado o projeto piloto de aulas de teclado na escola municipal Maria de Lourdes Borges Bernal.
Violão para Todos A SEDUC ainda oferece aulas de violão para a comunidade no Cais Colégio Santista.
GESTÃO DEMOCRATICA Educação, Gestão de Democracia
O trabalho do Departamento Financeiro
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o Departamento Administrativo, Financeiro e
Infraestrutura, ao longo desses anos, priorizamos
a sua organização, o controle financeiro e a aplicação
dos recursos da educação, dentro dos eixos estratégicos desta Secretaria, atendendo as seguintes demandas: * Aquisição de gêneros alimentícios de qualidade; * Elaboração de cardápio variado pelas nutricionistas deste Departamento; * Formação anual para as cozinheiras e merendeiras; * Parceria com a UNIFESP no desenvolvimento de trabalhos sobre alimentação saudável e aceitabilidade de novos alimentos; * Construção e reformas de várias unidades escolares; * Repasse de subvenção às entidades conveniadas; * aumento da frota de ônibus escolares na região dos morros; * Material escolar; uniformes; limpeza das unidades escolares e administrativas; * Realização de serviços que melhoraram a segurança nas unidade; * Troca do mobiliário escolar de várias unidades; * Serviços de manutenção de serralheria, elétrica, hidráulica e outros; * Realização anual da atribuição de cargos para especialista em educação e professores; * Alocação de profissionais em várias áreas de atuação (cozinheiros, inspetores de alunos, oficiais administrativos e outros); * Repasse mensal de R$ 4,00 por aluno, pelo programa Dinheiro Direto na Escola, a todas as Associações de Pais e Mestres das Unidades Municipais de Educação, oriundo do orçamento da educação, para aquisição de materiais permanentes, consumo e serviços, desde 2010, garantida pela Lei nº 2632/2009, que proporcionou autonomia financeira para as escolas, perfazendo um total de R$ 3.060.000,00. A utilização desta verba é decidida em assembleia geral da APM. Todos os anos, os Diretores das escolas, Presidentes natos das APMs, passam por formação continuada, sendo orientados quanto à aplicação dos recursos e sua prestação de contas.
Jussara Ribeiro Chefe do Departamento Administrativo, Financeiro e de Infraestrutura – SEDUC/Santos
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de anos
UME Irmão José Genésio foi fundada em 1953, inicialmente com o nome de Escola Mista do Morro do José Menino, com área construída de 120m² e apenas duas salas de aula, cantina, gabinete médico, depósito e dois banheiros. Atendia, então, a 33 alunos no que se chamava à época, primeiro grau. A escola passou por mais uma reforma e possui 8 salas de aula, laboratório de informática e atende, em três períodos, cerca de 500 alunos do Morro do José Menino, do 1º ao 9 º ano, além da Educação de Jovens e Adultos, Ciclo I, à noite. No local, é oferecida ainda a modalidade EJA- Digital (Educação à Distância), Ciclo II. A UME Irmão José Genésio, antiga Escola do Morro do José Menino, recebeu esse nome em homenagem a um padre nascido na França, em 1884, que veio para o Brasil, trabalhou no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e, depois, radicou-se em Santos. Fez parte do grupo de religiosos que fundou o Colégio Santista, dos Irmãos Maristas, na cidade (onde hoje funciona o CAIS – Centro de Atividades Integradas de Santos). Trabalhou como educador durante vinte e seis anos, falecendo em 1947.
Professora Helena Dzielinsk
Participação nas decisões
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ma unidade que possui história de luta desde sua fundação, tem condições de trabalhar em equipe para atuar de forma participativa e democrática. Esse é o pensamento de Helena Maria Dzielinsk, diretora desde 2004 da escola. “A gestão coerente tem por base atingir metas claras, começando por definir: a que lugar se quer chegar e o que se quer? Sua fala tem que estar condizente e alinhada com suas ações. O trabalho em equipe, focado no aluno em primeiro lugar, deve oferecer suporte para os professores atuarem, respeitar a equipe técnica que compõe o quadro, bem como seus funcionários”, acredita a gestora. Entendendo a Gestão Democrática, um dos eixos implantados pela Secretaria de Educação, como uma política educacional que visa proporcionar autonomia administrativa, financeira e pedagógica para as UME´s, a direção vivencia na prática sua implantação na 'Irmão José Genésio'.
Sem perda de tempo “Tudo é discutido para aprimorarmos o trabalho nesta gestão. Aqui temos a oportunidade de ver o resultado acontecer com as crianças que se tornam cidadãos pelas nossas mãos!”, acredita a professora Deise Aparecida de Almeida, há mais de dez anos na UME Irmão José Genésio. Para a professora Sonia Tomazo, o olhar e o estímulo da equipe valorizam o trabalho. “Criei o Projeto “Brincando com o Alfabeto” e não tenho palavras para descrever o retorno positivo de todos os envolvidos. Somos sempre motivados pelas avaliações internas para produzirmos novas ações.”. Foi criada uma forma de organização na escola que possibilita o acesso a todo material armazenado nos
armários com a 'chave única'. “Não perdemos tempo por aqui. Todo material didático está à disposição nas salas de aula, porque a nossa proposta é tornar o ambiente funcional e agradável para quem trabalha. A ajuda é mútua”, enfatiza a diretora Helena.
Parceria Para que tudo dê certo na execução do trabalho, as parcerias são primordiais em todos os setores. Tanto que um grupo de discussão foi criado voluntariamente pelas diretoras das UMEs: Irmão José Genésio, Leonardo Nunes, Magali Alonso, e Pedro Crescenti. O objetivo é aprimorar estudos sobre gerenciamento e utilização dos recursos da APM (Associação de Pais e Mestres), do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) e do Repasse da Prefeitura Municipal de Santos (lei nº 2632 de 13 de julho de 2009), para que esses valores possam ser melhor administrados. “São os nossos erros que orientam os acertos. O trabalho tem que ser encarado como um meio de vida e não de morte! Queremos aprender e nortear nossos planos de ações. Criamos um roteiro de prioridades de como utilizar as verbas e o repasse”, explica Helena. Após verificação minuciosa de detalhes que vão do telhado ao piso do equipamento e utilizando uma planilha específica, foram elencadas em reunião, listas sobre as necessidades da escola, partindo-se em seguida para a ação. “Nossa escola está cada dia mais bonita. Os banheiros foram reformados e a gente cuida direitinho de tudo para não estragar. Nem a água é desperdiçada!”, relataram os alunos Pablo, de 6 anos e Iago, de 7.
Relato do aluno David Bruno Soares dos Santos Desde os meus seis anos de idade estudei na UME Irmão José Genésio. Na primeira série eu era um menino calmo, tímido e até mesmo tinha minhas dificuldades. De tanto esforço, aprendi a ler e a escrever. Minha vida mudou por aí, fui crescendo, evoluindo e todo ano eu passava.
consolidar Santos como uma Cidade Educadora. O trabalho da SEDUC visa à formação de cidadãos participativos, conscientes de seus direitos e deveres, com olhar crítico em relação à realidade social. A participação na gestão valoriza as novas iniciativas e ideias e o cuidado com a infraestrutura dá condições para que as concepções pedagógicas sejam desenvolvidas diariamente, de forma objetiva e segura.
Aluno Davi Bruno
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uando cheguei à quarta série, no final do ano tive uma grande surpresa que eu não esperava. Repeti de ano e foi muito difícil para mim. Mas enfrentei, lutei, batalhei e melhorei. Daí pra frente a minha vida foi mudando. Percebi que a escola era um lugar para estudar e não bagunçar. Mas ninguém, ou melhor, nenhum aluno consegue ir para a escola para estudar. Sempre tem um ou dois que começam a bagunçar. Eu mesmo, quantas vezes fui pra escola e ao chegar lá, bolava aula, gritava, berrava, brigava e xingava as professoras. Mas muitos olhavam para mim e diziam que eu era capaz de batalhar pelos meus sonhos. Eu segui esses conselhos, melhorei e graças a Deus cheguei no dia mais emocionante da minha vida: a minha formatura. Fiquei tão feliz que nem acreditava que estava me formando. Depois desse dia, só foi alegria para mim, minha família, professoras, inspetoras e equipe da escola. Mas não posso esquecer a diretora Dona Helena que me ajudou muito e me deu tudo aquilo que eu precisava para continuar os estudos. Deu-me coragem. E o que eu pedia ela fazia de tudo pra me ajudar. Por isso, que, quando eu saí dessa escola, nunca deixei de visitar Dona Helena e todos que ali trabalham. Essa escola pra mim é vida. Essa escola pra mim é educação e conhecimento. Essa escola tem tudo que um aluno precisa para ser alguém na vida, apesar de muitos não darem valor e acabarem se perdendo lá fora. Mas graças a Deus eu saí um menino digno, honesto e vitorioso.
UME - Irmão José Genésio Um futuro melhor para seu filho. Diga sim para os estudos. E não para as drogas. Esta reportagem poderia ter contado a experiência de qualquer uma das 80 unidades que fazem parte da rede municipal de educação. Isso porque, todas, sem exceção, desempenham com muito comprometimento, amor e profissionalismo seus papéis. Todas têm como objetivo principal assegurar a qualidade do ensino e
Como se usa o dinheiro na escola . Antes de efetuar qualquer orçamento ou compra verificar se o CNPJ está ativo. (consulta no site www.receita.fazenda.gov.br) . Verificar no ato da compra ou da entrega do produto se o preenchimento da nota fiscal está correto. (consultar preenchimento no DEAFIN) . Tirar cópias dos cheques emitidos antes de entregar à empresa. . Não efetuar compras parceladas. . Carimbar a nota fiscal com os seguintes carimbos: de recebimento do produto na UME, de compra com a verba do repasse e um de recebimento do pagamento da empresa.
GAFCE - um grupo formado para auxiliar a Gestão Democrática
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Grupo Articulador de Fortalecimento dos Conselhos de Escola- GAfCE- Santos nasceu da necessidade de a escola se abrir para a comunidade, no sentido de melhorar a qualidade da educação e ao mesmo tempo trazer os vários segmentos que compõem essa comunidade indo ao encontro do que reza a Constituição Federal em seu Art. 205 “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Em 2009, Santos começa uma experiência que serviria de exemplo em todo o Brasil. A partir da nossa participação no I Encontro Nacional para o Fortalecimento dos Conse-
lhos de Escola, do Ministério da Educação - MEC, naquele ano, a Seduc convidou os mais diferentes setores da secretaria e da própria sociedade para construir e implementar um dos eixos estratégicos desta administração: Gestão Democrática. Nesta esteira, o GAFCE representa um esforço conjunto para melhorar a educação por meio de uma maior participação, especialmente dos pais, na escola. Este instrumento permite que vários segmentos da cidade possam conhecer a política educacional da secretaria e dar sua contribuição no sentido de aperfeiçoar o controle social da educação pública. O Grupo, que se reúne desde 2009, ininterruptamente, conta com a participação de todos os Departamentos da SEDUC da Coordenadoria de Supervisão de Ensino,além de oito diretoras representando o conjunto das escolas. A sociedade civil está representada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, CMDCA; Conselho Municipal de Educação, CME; Conselho Municipal da Comunidade Negra, CMCN; Conselho Municipal de Juventude, CMJ; Associação de Pais e Amigos da Escola Pública da Baixada- APAEP-BS; Promotoria da Infância e da Juventude; Sindicatos dos Servidores; Fórum da Cidadania; Conselho Tutelar, CT; Universidade Pública, UNIFESP; Universidade Particular, UNIMES; Comissão de Educação da Câmara Municipal de Santos. E ainda conta com o apoio do SESC-Santos. Por intermédio da UNDIME, MEC e Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR, o GAFCE Santos já apresentou este tipo de organização para mais de 800 cidades, em todo o Brasil. O GAFCE - Santos tem sido modelo para o fortalecimento e, até mesmo, para implantação de Conselhos de Escola nas mais diversas secretarias de educação de várias partes do território nacional.
Daniel Gomes Daniel Gomes é servidor público de carreira. Professor de sociologia. Pós-graduando em Direito Educacional pela UniSanta. Assessor para questões de Gestão Democrática- membro do Grupo Articulador para o Fortalecimento dos Conselhos de escola.
Grêmios
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projeto de Grêmios nasceu em 2005 e mais de 30 mil adolescentes passaram por ele. O projeto tem por finalidade mostrar às crianças e adolescentes que, apesar de sua condição de pessoas em desenvolvimento, elas são sujeitas de vários direitos, inclusive o de uma educação de qualidade. Mais de 3.000 crianças e adolescentes participaram das últimas três edições da Conferência Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes - elegendo vários representantes para participar das etapas regional e estadual desta Conferência. Pensando na educação para a cidadania, o Projeto se notabilizou por formar várias das jovens lideranças do movimento estudantil e da juventude de hoje. Foram decisivos na reorganização da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Santos - UMES - Santos e na conquista do tão sonhado Conselho de Juventude da cidade de Santos Aprender a fazer escolhas desde cedo, a se organizarem em grupos e virar protagonistas de suas próprias realidades são algumas das conquistas dos participantes deste Projeto inovador.
Sistema Integrado de Gestão Escolar – SIGES – vem modernizar a administração
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roporcionar transparência e agilidade nos processos, além de estabelecer contato direto com os pais, alunos e comunidade escolar são alguns dos objetivos do SIGES, um sistema de informatização inovador implantado pela Secretaria de Educação em 2006. O sistema, que funciona em todas as 80 escolas municipais, é resultado da parceria entre a Secretaria de Gestão e a Secretaria de Educação do município, sob a coordenação e gestão das professoras Cristina Barletta e Elisabete Soares.
O SIGES está organizado em 3 módulos: MÓDULO ALUNADO – com o cadastramento, até o momento, de cerca de 30.000 alunos. O módulo facilita o acesso às movimentações das secretarias das escolas e é criado um registro dessas atividades. MÓDULO ATRIBUIÇÃO – Atribuição de aulas/cargos para cerca de 4000 profissionais da educação. MÓDULO AVALIAÇÃO – registro de notas e frequência dos alunos. Outra novidade, implantada em maio de 2011, foi o Boletim On-line, que possibilita o acompanhamento do processo educativo. Mas o sistema está sempre inovando e recentemente criou outra comodidade para que os pais possam trabalhar tranquilos enquanto acompanham a frequência dos filhos: é o envio de “torpedos” informando, pelo celular, toda vez que há excesso de faltas dos alunos. Toda essa tecnologia vem auxiliar no acompanhamento da vida escolar da crianças e colabora para estreitar as relações entre a escola e a comunidade.
Além disso, o SIGES tem proporcionado... Dados concretos para subsidiar a implantação de políticas públicas educacionais: . Reunião das informações em um único banco de dados . Acesso a dados atualizados em tempo real . Padronização dos procedimentos e documentos . Encaminhamento do aluno para a escola mais próxima de sua residência . Visualização da toda demanda atendida, . Visualização de vagas disponíveis . Identificação das regiões mais carentes em vagas para proposição de medidas para atender o maior número de crianças · Organicidade no processo de compra e distribuição de uniformes escolares, materiais e gêneros diversos . Análise imediata dos resultados das avaliações bimestrais e resultados finais . Acesso e transparência a todas as movimentações relativas a alunos . Organização e distribuição na rede dos funcionários, professores e especialistas de educação com transparência e eficiência
Reconhecimento público O papel do SIGES tem sido reconhecido, por meio dos prêmios conquistados durante esse período: . Prêmio TI Governo - 2007 - categoria e-administração pública - por sua relevância social e seu caráter inovador. Cristina Abreu da Rocha Barletta - Gestora do Siges - Professora de Educação Básica II e Pedagoga. Pós-Graduação em Direito Educacional e Gestão Educacional. Elisabete Soares - Supervisora de Ensino da PMS aposentada. Professora de Educação Infantil – PMS e Gestora do Siges. Formada em Pedagogia e Mestre em Educação.
. Prêmio Inovação em Gestão Educacional – 2008 Instituído pelo Ministério de Educação - MEC por seu caráter inovador em gestão educacional . É a tecnologia proporcionando a melhoria da educação do município.
Santos,
Cidade Educadora Título recebido em 2008 valoriza a educação de maneira integrada modelo educacional adotado por Santos possibilitou o título de Cidade Educadora. O município integra uma rede mundial que tem a educação como prioridade. São quase 400 municípios, pertencentes à Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE). Com sede em Barcelona, a AICE funciona desde 1990. Para fazer parte dela, a prefeitura promoveu desde 2005 reuniões e debates em vários segmentos sociais. O ingresso da cidade na Associação foi autorizado pela lei n° 2.553, de 25 de junho de 2008. O objetivo de uma Cidade Educadora é utilizar os espaços públicos e comunitários a favor da educação, além de formar cidadãos conscientes e atuantes. O ambiente esclar deve transpassar os limites da estrutura física da escola, contando também com o envolvimento da comunidade em geral, ou seja, a educação é levada para todos os espaços do município.
Estrutura
Selma Martinez Simões Rodrigues de Lara - Mestre e Dra. em Psicologia e Educação pela faculdade de educação da USP (Feusp). Professora e Coordenadora Pedagógica da Seduc desde 1985. Chefe do Departamento Pedagógico, desde 2005. Membro do Conselho Municipal de Educação e da Diretoria Técnica da Omep (Organização Mundial Pré-escolar). Profa. Universitária.
Alguns Projetos que reafirmam o título... O programa Escola Total/ Jornada Ampliada é um grande destaque de uma cidade educadora, pois utiliza vários locais do município para a educação dos estudantes. Já no projeto 'Santos da Gente', a cidade se transforma em sala de aula, onde as crianças aprendem mais durante passeios por pontos históricos e turísticos. Além disso, o 'Parceiros do Saber', que promove alfabetização de jovens e adultos, é outra importante ferramenta no processo, ao levar a educação para dentro de igrejas, associações de bairro e canteiros de obras, entre outros espaços, por meio de parcerias. O ' Arte na Capa' também fez de Santos uma classe, promovendo suas oficinas nas ruas.
A rede municipal atende 40 mil estudantes, incluindo os das entidades conveniadas. A cidade oferece unidades de educação infantil, ensino fundamental, educação especial e educação profissional. Presta serviço a crianças com necessidades especiais e tem um forte trabalho na educação de jovens e adultos. São 80 unidades escolares.
Foto: Paulo H. Farias
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Selma Lara
... que sabemos dos lugares é coincidirmos com eles durante um certo tempo no espaço que são. O lugar estava ali, a pessoa apareceu, depois a pessoa partiu, o lugar continuou, o lugar tinha feito a pessoa, a pessoa havia transformado o lugar. ... Palavras para uma cidade por José Saramago
IDEB comprova a qualidade nas escolas municipais
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ados do Ideb 2011 (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) comprovam a qualidade do ensino da rede municipal. De acordo com o índice, as escolas de 1º a 9º ano se mantêm acima da média nacional. Os bons resultados são atribuídos aos investimentos feitos pela prefeitura na área da educação e ao trabalho dos profissionais do setor. O indicador é usado pelo MEC (Ministério da Educação) e pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) para avaliar o nível da educação no país. Nos anos iniciais da educação básica, o índice nacional passou de 4,6 para 5,0 e, na fase final do ensino fundamental, evoluiu de 4,0 para 4,1. Das 33 escolas da rede municipal avaliadas, que atendem do 1º ao 5º ano, 88% atingiram ou ultrapassaram a média nacional. Nos anos finais (6º ao 9º ano), das 14 escolas participantes da Prova Brasil em 2011, 71,5% tiveram resultado igual ou superior se comparado ao nacional. O número da fase inicial das escolas municipais passou de 5,3, em 2009, para 5,6. Já nos anos finais, o índice cresceu de 4,4 para 4,5. Em relação às metas projetadas para cada escola, 25 unidades com 1º ao 5º ano e sete de 6º ao 9º, atingiram ou superaram os números estipulados pelo MEC, órgão que apresenta metas individuais para cada unidade de acordo com o desempenho obtido. De acordo com a secretária de educação, Suely Maia, o bom resultado deve-se a uma série de iniciativas. “As unidades desenvolvem vários projetos voltados para o
letramento e incentivo à leitura além do mapeamento em tempo real do processo de aprendizagem por meio do SIGES (Sistema de Gestão Escolar)”. Ela destaca ainda o atendimento feito aos alunos com deficiência por meio do projeto auxiliar de classe e atendimento educacional especializado (AEE). O Programa Escola Total é apontado pela secretária como importante instrumento de inclusão social. “A iniciativa amplia o tempo de permanência, espaços e oportunidades de aprendizagem, por meio de atividades desenvolvidas em locais diferentes além da escola, justificando o título de Cidade Educadora.” Para a secretária os números satisfatórios representam uma grande conquista para a educação no município, já que a escola é avaliada individualmente. “É a garantia de que o aprendizado está sendo feito com qualidade e empenho.” Ela afirma ainda que o indicador permite avaliar e refletir sobre avanços e dificuldades para a busca de uma educação pública cada vez melhor.
Equipe envolvida Segundo a coordenadora pedagógica da escola municipal Florestan Fernandes, Maria Cristina Magalhães de Paula, o comprometimento dos professores é essencial. “Os educadores se esforçam para que as aulas sejam dinâmicas e atrativas.” A unidade obteve a maior pontuação entre as escolas municipais: 6,4 (anos iniciais) e 5,2 (anos finais). A professora da escola, Maria Helena Dias, destaca o
seria 4,5. “Nosso olhar neste momento deve estar voltado também para estes avanços, pois refletem boas práticas que deverão ser analisadas e estimuladas para que a escola consiga num futuro bem próximo atingir melhores resultados”, considera a chefe da seção de Ensino Fundamental e Educação Profissional, Zaida Fernandes de Azevedo. envolvimento dos alunos como um dos fatores responsáveis pelos avanços registrados. Ela acrescenta que a estrutura de trabalho oferecida contribui para o aumento da qualidade. “Podemos utilizar a sala de vídeo, biblioteca e laboratório de informática para incrementar o dia a dia dos estudantes.” Algumas unidades destacaram-se pela superação dos índices projetados pelo IDEB como é o caso da escola Ayrton Senna (6º ao 9º ano), no Marapé, que passou de 4,3 em 2009 para 5,1 em 2011. Já a Vinte e Oito de Fevereiro, localizada no bairro do Saboó, passou de 3,8 para 4,4 (1º ao 5º). Além dessas, a 'Martins Fontes' cresceu de 4,3 para 6,1 (1º ao 5º). Para a técnica da SEDUC, Susanna Artonov, esses números precisam ser celebrados pois refletem o resultado de um trabalho e empenho da direção, equipes técnicas e educadores em ações articuladas e subsidiadas pela Secretaria de Educação.” Houve uma superação das próprias metas estabelecidas pelo MEC para as escolas individualmente e isso é muito mais importante que superar rankings na comparação com outros municípios ou redes”, finaliza. A 'Pedro Crescenti' (1º ao 5º), por exemplo, que aparece como tendo o IDEB mais baixo (4,6) das escolas da rede, apresenta uma evolução de 0,2 em relação aos índices de 2009 e ainda superou sua meta estipulada para 2013, que
IDEB Criado pelo INEP, em 2007, o IDEB sintetiza dois conceitos importantes para a educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O índice é medido a cada dois anos e estabelece metas a serem alcançadas pelas escolas a fim de elevar o patamar educacional do país.
Destaques positivos IDEB 2011 anos iniciais (1º ao 5º ano) UME - Florestan Fernandes - 6,4 UME - Gota de Leite - 6,3 UME - Waldery de Almeida - 6,3 ANOS FINAIS (6º ao 9º ano) UME - Florestan Fernandes – 5,2 UME - Ayrton Senna - 5,1 UME - Edméa Ladevig - 5,0.
Evolução do IDEB 5º ano 2005 2007 2009 5 5,3 SANTOS 4,4 9º ano 2005 2007 2009 4,3 4,4 SANTOS 4,1
2011 5,6 2011 4,5
Semana da Educação: 24 anos promovendo atividades de valorização profissional
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á vinte e quatro anos acontece a Semana da Educação e todos os anos traz uma novidade que contribui para a reflexão sobre o processo educacional. Criada em 1989, por meio de lei Municipal 590, por incentivo da então vereadora Suely Maia. Para a chefe da coordenadoria de formação educacional, Maria do Carmo Borges Gonzalez, o evento busca produzir discussões que garantam o aprendizado de todos, com a intenção de promover a cidadania, pautada na justiça, na igualdade, na equidade e na participação, além da busca do bem pessoal e coletivo. Durante a Semana da Educação toda a comunidade escolar - (quase 5.000 pessoas!) - tem a possibilidade de aprender sobre inovações nesta área, além de outros temas pertinentes à saúde e qualidade de vida dos trabalhadores. E por se apresentar como uma excelente oportunidade para unir aqueles que pensam e constroem a educação de qualidade em nosso município, foram incluídos há dois anos, outros eventos em sua programação: SIPAT/Educação, Seminário da Cidadania na Escola, CTE em Ação e Seminário de Educação Integral.
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Refletir
Planejamento: toda criança tem direito a uma educação de qualidade
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Férias Escolares Durante o recesso escolar, as unidades passam por manutenção e melhorias, além disso, os profissionais de educação precisam ter preservado seu direito às férias. Porém, Santos garante que os alunos que precisam ficar na escola neste período, não tenham nenhum prejuízo. Para obter a vaga em creches polos, é necessário que os pais manifestem a vontade acerca do atendimento de seu filho com comprovação de que estarão trabalhando nos meses de janeiro e julho.
Maria da Graça Giordano de Marcos Crescenti Aulicino Maria da Graça Giordano de Marcos Crescenti Aulicino - Chefe do Departamento de Planejamento Educacional. Conselheira do Conselho Municipal de Educação de Santos. Professora Universitária. Graduada em: Pedagogia, Psicologia e Direito e Mestra em Direitos Difusos e Coletivos.
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omo é bom entrar em uma sala de aula e ver a criançada aprendendo com alegria. Médicos, engenheiros, professores, psicólogos, ou seja, todos precisaram passar pela escola para se tornarem profissionais capacitados. Para isso acontecer, é necessário um planejamento de vagas suficientes para atender a demanda da cidade. É este um dos trabalhos da SEDUC. E ele foi realizado com sucesso! Por falar em vagas, o grande desafio da SEDUC foi com relação às crianças na primeira etapa da educação infantil (creche). Para enfrentá-lo foi preciso adotar diversas ações que incluíram reuniões com equipes das escolas para a otimização dos espaços físicos e adequação para atender crianças mais novas: encontros com os mantenedores das entidades conveniadas com a SEDUC no sentido de adequar a faixa etária de atendimento, priorizar os alunos em idade de creche (zero a três anos) e inaugurar novas unidades que atendem a esse público. Hoje, são 13.551 alunos de 0 a 5 anos atendidos nas unidades municipais e entidades conveniadas. As unidades de educação infantil da prefeitura seguem os parâmetros do MEC (Ministério da Educação), priorizando o desenvolvimento integral do aluno, por meio do cuidado e da educação. No período integral, os estudantes recebem cinco refeições por dia, totalmente balanceadas por nutricionistas. Eles participam ainda de atividades pedagógicas e lúdicas, além da hora do banho e do descanso. A prefeitura fornece uniforme e material escolar às crianças das unidades próprias e conveniadas.
Projeto Arte na Capa Aluno: Ramon Castan Sutto UME - EdmĂŠa Ladevig
Seção de Projetos Especiais de Integração Educacional
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riada no ano de 2005, a Seção de Projetos Especiais de Integração Educacional vem implantando e gerenciando projetos para o atendimento dos alunos no período do contraturno escolar, tendo como objetivo principal minimizar os riscos sociais a que estes educandos estejam eventualmente expostos. Com isso, priorizamos os eixos estratégicos desta Secretaria, oportunizando o acesso e permanência dos alunos das Unidades Municipais de Educação em projetos culturais, artísticos e esportivos, proporcionando condição para a inclusão social dos mesmos, diminuição da evasão escolar e principalmente, contribuir para a qualidade de ensino. O que se percebe é que os projetos implantados nas escolas ou núcleos próximos a elas são “ações inteligíveis” que colaboram por meio de interesse dos alunos para despertar a aprendizagem, pois estabelecem novos modos de pensar, resgate de valores e fazem acontecer a mudança da realidade destes educandos, ampliando seus horizontes, resgatando sua autoestima e promovendo uma educação de qualidade em toda sua amplitude, como a qualidade de vida. Atualmente, todos os conceitos de mudanças que aparecem relacionados aos processos de transformação, ocorrem por força de novos rumos de vida e mudanças de ambiente. Isto se percebe nitidamente nas avaliações dos projetos semestralmente. Esta sinergia que ocorre no desenvolvimento da prática, seja artística ou esportiva, transforma-se em processo de aprendizado, onde o educando estabelece vínculo com as atividades e são estimulados a compreender sua importância na participação social, como exercício de direitos e deveres. Em todos esses anos a frente da seção de projetos, é perceptível a valorização do aprender de maneira múltipla, ou seja, por diferentes formas de linguagens. Estas múltiplas linguagens colaboram com a educação formal e tornam-se verdadeiros “recursos pedagógicos” utilizados para alcançarmos o aprendizado, seja por meio do esporte (utilizando-o como ferramenta do processo educacional no desenvolvimento social, físico, motor, cognitivo e afetivo) ou da arte (incentivando os educandos a trocarem o tempo ocioso por espaços privilegiados de criação), pois a valorização do meio em reutilizar materiais recicláveis possibilitam o conhecer, para crescer e saber transformar. Todos estes mecanismos levam a criança ou o jovem a expressar seus instintos, e dessa forma, servem como elemento encorajador e de orientação que, são utilizados
Sandra Regina Freitas Chefe da Seção de Projetos Especiais de Integração Educacional. Professora de Pós-Graduação. Graduada em Pedagogia e Educação Física e Mestra em Educação pela UniSantos.
para auxiliar no desenvolvimento da inteligência, incentivando a sociabilidade a criatividade e, principalmente, utilizando as atividades como elementos norteadores para alcançarmos as competências cognitivas e sociais. “Neste processo a educação é permanente”.
Vânia Borges Bernal
O desenvolvimento dos processos formativos em Educação Ambiental na Secretaria de Educação
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esde 2005, a Secretaria de Educação de Santos se empenha em fortalecer os processos educativos voltados à sustentabilidade. A educação ambiental tem sido desenvolvida na Educação Infantil e no Ensino Fundamental por meio de projetos, campanhas, teatros, oficinas, exibição de filmes, concursos, enfim, variadas ações e metodologias que permitem que educadores e educandos compreendam a necessidade da mudança de atitudes e de comportamentos frente à problemática socioambiental na contemporaneidade. Precisamos assumir posturas que integrem consciência, responsabilidade e ação, para que possamos ter uma melhor qualidade de vida para todos. Nesse período, a formação continuada dos educadores geralmente ocorreu permeando os projetos implantados, alguns deles com parcerias. De 2005 até hoje foram desenvolvidas muitas iniciativas com a temática, tais como: Horta nas Escolas, Expedições Pedagógicas, Educação Para o Consumo, Cuidando do Ambiente, Projeto Ecoeducador, Trilhas, Caminhos do Mar, VouVolto, Coleta Seletiva nas Escolas, Programa de Olho no Óleo, Projeto Cidadão, Projeto ECOVIVER, Projeto Gremar, Projeto Albatroz, entre outros. Todas têm colaborado para a ampliação do conhecimento na área socioambiental. Além disso, outros avanços da própria política municipal incentivaram a mudança de atitudes e comportamentos nas Unidades Municipais de Educação (UME), tal como o Decreto nº 4.959 (03/12/2007) que instituiu o Sistema de Coleta Seletiva Interna (SICSI). O decreto dispõe sobre a coleta seletiva interna de papéis, metais, vidros e resíduos oriundos de alimentos nos órgãos da administração pública. Assim, a partir de sua publicação, a Secretaria de Educação iniciou um processo formativo de educadores para gerenciarem a coleta seletiva nas UMEs, que agora destinam corretamente o lixo limpo produzido
Vânia Borges Bernal, pós-graduada em Educação Infantil (Unimonte) e em Educação a Distância (Faculdades COC), Mestra em Educação pela Universidade de São Paulo (FEUSP). Coordenadora Pedagógica da Rede Municipal de Educação de Santos - SP, experiência na utilização de metodologias participativas e no desenvolvimento de projetos interdisciplinares e Chefe da Seção de Projetos Educacionais Especiais.
na unidade, utilizando-se dos serviços da própria municipalidade. Todos os meses os gestores educacionais encaminham à SEDUC a planilha contendo a quantidade de materiais enviados à coleta seletiva. As ações da SEDUC para a compra do material escolar distribuído anualmente aos alunos já está integrada a essa proposta - o uso do papel reciclado em folhas e nos cadernos confeccionados é uma realidade já há alguns anos. Outra questão, mais recente, foi a aprovação da Lei Municipal nº 2.863 (09/10/2012) que dispõe sobre a inclusão do conteúdo “Estudos básicos sobre tratamento e destinação do lixo” no currículo das Unidades Municipais de Educação. Apesar do conteúdo “resíduos sólidos” já ser contemplado no plano de curso, o aprimoramento da temática já está previsto para o currículo de 2013. Acreditamos que esses foram passos importantes e fundamentais que visaram à sensibilização, à conscientização e a algumas mudanças, porém, sabemos que precisamos ir além. A educação ambiental, segundo o Ministério da Educação deve estar presente nas escolas em todos os níveis de ensino. Ao pensarmos na dimensão ambiental e em seu ensino, refletimos sobre algumas questões que consideramos essenciais para a Educação Ambiental. É possível viver nessa sociedade assumindo padrões diferentes daqueles que a globalização dissemina? Como reduzir o consumo se o “valor” das pessoas está no possuir bens materiais? Como andar na corrente contrária à das propagandas veiculadas nos meios de comunicação? Como pensar no coletivo se o individualismo e a competição são as marcas injustas nesse modelo de sociedade? São desafios para todos os educadores, que são responsáveis pelo desenvolvimento da reflexão crítica dos estudantes que estão em plena fase de formação intelectual, ética e moral. Pensando na urgência de mudança desse modelo
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destrutivo difundido, precisamos avançar para uma concepção crítica de educação ambiental, voltada à sustentabilidade. Porém, como implementar processos educativos participativos nas escolas, comprometidos com a sustentabilidade? Como tornar a escola um espaço de reflexão e de ação socioambiental? Isso demanda ampliar e sistematizar a formação continuada de professores e promover ambientes educativos que incentivem na escola a mobilização dos processos para a investigação e intervenção nos problemas socioambientais locais, com metodologias ativas/participativas, propiciando assim um processo educativo que contribua para o exercício da cidadania. Assim, o desafio futuro para a política educacional voltada à sustentabilidade, é, a princípio, a garantia da formação continuada para os educadores. A Educação Ambiental (EA) crítica na escola busca a formação integral do cidadão, dando as ferramentas e motivando a mobilização na área socioambiental, por meio da transversalidade e da interdisciplinaridade no entendimento dos principais problemas do mundo contemporâneo. Promove a reflexão sobre as injustiças socioambientais, as desigualdades, a apropriação da natureza como objeto de exploração e consumo e incentiva a ação para as transformações possíveis. Portanto, o espaço escolar, é o lócus privilegiado para a abertura de espaços potencializadores de reflexão-ação, de integração social, porque se percebe a necessidade da inserção dos alunos na política, por meio do engajamento ativo. Assim, a escola cumpre seu papel social, formando sujeitos capazes de compreender o mundo e agir nele de forma crítica, atuando também na minimização dos problemas socio ambientais locais. Ainda numa visão de futuro e de atenção à cidade como um todo, acreditamos ser necessária a construção de uma Política de Educação Ambiental Municipal, num movimento conjunto e articulado entre as Secretarias do Município, para, a partir dessa política, construir um programa municipal de EA, que beneficie a todos os cidadãos santistas. Cuidar do meio ambiente, é cuidar da vida.
Seduc
Escola Mário de Almeida Alcântara
Falando em sustentabilidade, a prefeitura reformou e ampliou a escola municipal Mário de Almeida Alcântara. Na obra foram investidos R$ 4,487 milhões. De forma inédita, o projeto beneficiou a unidade com sistema de aquecimento solar, que abastece os chuveiros e torneiras da cozinha; e reservatório de água da chuva para os vasos sanitários. A escola fica na Rua Mansueto Pierotti, 75.
O Projeto “Arte na Capa” N
os meus 12 anos de carreira como Arte Educador na Secretaria Municipal de Educação de Santos, moldei o meu trabalho a partir dos interesses e motivações de meus alunos. Desenvolvi o meu conhecimento e experiência a partir desse intercâmbio, dessa troca, e me tornei um profissional melhor. Nesta troca, voltei os meus esforços no sentido de lhes retribuir a oportunidade de aprender com eles. Mas foi em 2009 que tive a verdadeira chance de compartilhar com eles toda a satisfação que o meu trabalho proporcionou: O Projeto “Arte na Capa”. Com o objetivo final de se produzir um boa capa de caderno, desenvolvi o projeto no sentido de concretizar uma ideia da Secretária de Educação Suely Maia e de possibilitar aos alunos uma atividade prática onde pudessem aprender com profissionais da área os conceitos necessários para a produção de uma obra de arte: tema, composição, estilo, técnica (pintura , desenho, bico de pena, colagem) , construção de imagem, citação ou releitura. Nos dois primeiros anos, convidei artistas renomados da cidade para ministrarem oficinas sobre técnica e estilo que foram ministradas em salas de aula montadas em pleno espaço público - Aquário Municipal, Praça das Bandeiras, Mercado Municipal, Jardim Botânico, Praça Mauá. Afinal havíamos recentemente recebido o título de Cidade Educadora e envolver profissionais da cidade como também os espaços públicos, foi uma boa maneira de celebrar esta conquista. Contamos também com parcerias importantes de outras secretarias, como a de Turismo, Comunicação, Cultura, Meio Ambiente, tornando este, um trabalho de equipe. Nos dois últimos anos, concentramos nossos esforços para atividades que fossem ministradas pela “prata da casa”. Os professores começaram a fazer parte integrante deste projeto, como se fossem co-autores das obras criadas. Temas que já faziam parte do currículo escolar foram escolhidos para nortearem as criações de nossos alunos: releitura de obras de Arte da História Universal e a Cultura da Paz. Durante os quatro anos em que este projeto foi praticado, tivemos em nosso cadernos ilustrações lindas e ultracoloridas, que refletiam as paisagens naturais de nossa
Jadir Battaglia Jadir Battaglia é professor de Arte em Educação Básica e atua na Secretaria de Educação há doze anos, oito deles com projetos voltados para a educação artística, comunicação visual, design de interiores dos aparelhos públicos e identidade institucional.
cidade, seus pontos turísticos, monumentos históricos e mais importante: a “cara” de nossos alunos. Poderia me satisfazer com o orgulho de ter um trabalho bem feito, um projeto bem administrado com o resultado esperado. Mas os frutos colhidos vão além dos benefícios materiais, como capas bonitas e maior apreço pelo material escolar e visibilidade entre os principais meios de comunicação. O projeto envolveu a comunidade escolar de tal forma, que alunos e professores aguardam ansiosamente pela hora de começar a elaborar as capas dos cadernos do ano que se inicia. Através das quatro edições do Arte na capa, o aluno teve a oportunidade de experimentar o papel de um profissional ligado à arte, seja um publicitário, ilustrador, designer gráfico ou artista plástico. Teve também a oportunidade de sentir a satisfação de ter um trabalho publicado, antes mesmo de sair da escola, algo que vai levar para toda a vida. Teve sua foto e uma pequena biografia publicada na contra capa, registrando a assinatura daquela obra de arte. Não consigo pensar numa forma melhor de dizer obrigado a todos os alunos que por minhas mãos passaram, seja direta ou indiretamente, de agradecer aos professores e toda a equipe técnica das escolas que apoiaram e se envolveram com o projeto, a todos da Secretaria da Educação, especialmente à secretária Suely Maia que me deixou livre para criar. Arte é vida, é cultura, é saber. A sensação de liberdade foi a marca desse projeto.
Aprecie entre as páginas deste Memorial alguns desenhos do projeto...
Projeto Santos da Gente oferece cultura e lazer
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ma aula ao ar livre, passeando pela cidade. Este é o projeto 'Santos da Gente' que proporciona aos estudantes a chance de conhecer pontos turísticos do município. Desde 2006, já beneficiou quase 5.000 alunos, de 9 a 11 anos, da rede municipal de educação. As crianças visitam locais como o Aquário Municipal, Museu da Pesca, Memorial das Conquistas do Santos Futebol Clube e Museu do Porto. Além disso, os estudantes fazem passeios de escuna e de ônibus conversível. A partir do segundo semestre deste ano, a área continental foi incluída no itinerário. De acordo com a chefe da seção de projetos especiais de integração educacional, Sandra Freitas, o 'Santos da Gente' traz uma outra linguagem de aprendizado. “As crianças ficam fascinadas com os lugares que visitam, passam a ter outra visão de mundo”.
Alimentação escolar preocupação com a alimentação saudável e nutritiva!
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uando pensamos que cada criança em idade escolar passa no mínimo cinco horas dentro da escola, logo nos vem à cabeça que elas têm de se alimentar. Até porque está comprovado: criança com fome não aprende. Ninguém consegue prestar atenção aos conteúdos se estiver com a barriga “roncando”. Por outro lado, temos observado um aumento considerável de crianças obesas. Uma obesidade que pode trazer problemas de saúde e que, também, se torna prejudicial para a aprendizagem. Pensando nisso, foi adotado, a partir de 2006, o projeto Alimentação nota 10 com a finalidade de complementar a merenda das crianças nas escolas de Santos e de repassar as informações mais importantes sobre alimentação aos alunos. Dessa forma, em parceria com a Maurício de Souza Produções, foram produzidas cartilhas educativas e livros de receitas para realizar educação nutricional através de histórias lúdicas. Uma maneira das crianças aprenderem brincando, além delas se transformarem em agentes multiplicadores desta mudança de hábitos alimentares em suas casas. As cartilhas foram produzidas apenas em 2006, mas a alimentação nota 10 continua até hoje, com a utilização de verduras, legumes e frutas no cardápio diário das escolas. Houve também a introduçao de peixe e alimentos integrais. Para os bebês, abaixo de um ano de idade, existe a oferta de leites modificados, próprios para a faixa etária.
Tudo isso na busca de uma alimentação de qualidade e desenvolvimento da criança. Os horários das refeições, servidas nas Unidades Municipais de Ensino, foram alterados, com o intuito de respeitar o relógio biológico dos alunos. Nas creches e unidades de educação infantil de período integral do município são servidas cinco refeições diárias, nas unidades de educação infantil e fundamental período parcial são servidas duas refeições diárias, enquanto nas escolas estaduais e de educação de jovens e adultos é servida uma refeição diariamente. Na elaboração do cardápio também são observados aspectos como hábitos alimentares e culturais da região, safra e preço médio dos alimentos e combinação de cores, consistência e grupos alimentares. A alimentação oferecida é específica para cada tipo de ensino, planejado segundo faixa etária e período de permanência diária dos alunos. Os cardápios são programados de modo a suprir as recomendações nutricionais que estão inseridas no Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE. Existe também a preocupação com a descrição dos gêneros alimentícios para compra, com pouco sódio, pouco açúcar, sem conservantes, pouca gordura entre outros, e também não existe fritura no cardápio. Para cuidar da qualidade do que é consumido nas escolas de Santos, contamos com 14 nutricionistas, sendo uma Coordenadora da Merenda Escolar e uma Chefe da Seção de Nutrição – Educação.
Saiba que .... São oferecidas todos os dias na rede municipal de ensino de Santos, nada menos que 117.059 refeições.
Adylles Castello Branco
Tecnologia derruba as barreiras para o conhecimento
Adylles Castello Branco. Pedagoga, com mestrado em Psicologia Educacional pela PUC-SP e especialização pelo CEDERJ da UFF. Assessora Técnica da SEDUC desde 2005, responsável pelo planejamento e implantação do trabalho com educação a distância na Prefeitura de Santos e pelo projeto de criação do Centro de Tecnologia Educacional de Santos - CTE, em 2011.
Centro de Tecnologia Educacional de Santos – CTE Santos
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que falar da tecnologia? Nos dias atuais muito se diz que a internet, os computadores vão acabar com as relações humanas, que eles podem criar pessoas meio máquinas e que esses jovens podem não saber o que fazer com tanta informação. Informação em tempo real, minuto a minuto. Informação disponível para todos, ao mesmo tempo, sem nenhum filtro. Crianças com acesso a conteúdos adultos. Mas o que fazer para utilizar essa rede de conteúdos e conhecimento a serviço da educação? A Secretaria de Educação de Santos resolveu lutar contra o mau uso da internet, aliando-se a rede mundial de computadores. Mas como conseguir isso? Foi aí que surgiu a ideia de criar o Centro de Tecnologia Educacional de Santos. O embrião foi o trabalho já existente com tecnologia de informação desde 1999, com os ônibus de informática e, posteriormente, com o trabalho
com informática educativa nos laboratórios das Escolas. A este segmento, acrescentou-se, a partir de 2005, o trabalho com educação a distância como forma de oferta de cursos paradidáticos para os professores da Secretaria de Educação de Santos, realizados pelo Núcleo de Educação a Distância – NuED. Oficialmente criado em março de 2011, o CTE Santos, ligado à Secretaria de Educação, tem o objetivo de realizar o atendimento educacional à distância, levando em conta a necessidade de ações e condições para o acesso à gestão democrática no ensino público de qualidade. Para tanto, CTE é composto pelos seguintes setores:
1 – Núcleo Tecnológico Municipal – NTM Criado em 1999, em parceria com o PROINFO/MEC com o objetivo de fomentar o trabalho com tecnologia nas
escolas municipais de Santos, oferecer capacitação para professores orientadores de informática educativa (POIES) e cursos a distância e semipresenciais sobre tecnologia de informação. Também faz parte de sua missão, trabalhar a inclusão digital de servidores municipais, professores e comunidade.
2 - Núcleo de Educação a Distância – NuED Grupo de trabalho formado por professores da Rede Municipal de Ensino, criado em 2005 por definição da Secretaria de Educação, com o objetivo de implantar cursos paradidáticos a distância, visando prioritariamente o enriquecimento profissional e cultural de educadores de Santos, a partir dos eixos temáticos: educação infantil, educação fundamental, educação tecnológica, formação continuada, qualidade de vida e projetos especiais.
3 – Polo Municipal de Apoio Presencial da Universidade Aberta do Brasil – Polo UAB Santos Criado a partir da assinatura de Termo de Compromisso entre a Prefeitura de Santos e o MEC/CAPES, em 2008. Em 2011, ampliando o trabalho com cursos de pós-graduação, a estrutura do Polo da UAB passou a dar suporte a cursos da Universidade Virtual do Estado de São Paulo – UNIVESP. O objetivo principal do Polo UAB Santos é oferecer cursos de pós-graduação gratuitos e de qualidade aos educadores de Santos e região.
4 – Programa de Educação a Distância para Jovens e Adultos – EJA/EAD Envolve dois sub-programas: 4.1– Projeto EJA Digital Santos – voltado para o atendimento a alunos da EJA e realizado em parceria com a Seção de Jovens e Adultos – SEJA do Departamento Pedagógico – DEPED. Utiliza recursos da educação à distância com professores EAD postando aulas no computador, a distância, e os alunos estudando presencialmente nos laboratórios de informática das U.M.E.s que participam do Programa, com o apoio de professores tutores presenciais. 4.2 – Projeto de Iniciação Profissional à distância para jovens e adultos: Curso Introdução ao Mundo do Trabalho O CTE localiza-se, provisoriamente, Av. Ana Costa, 285, Encruzilhada, mas sua sede definitiva será na Rua São Paulo, 40 A, Vila Mathias, cuja reforma já se encontra em andamento.
Resultados numéricos do CTE Santos 1 – Núcleo Tecnológico Municipal – NTM - 20 cursos sobre tecnologia educacional em parceria com o e-Proinfo. - Professores atendidos: 1.804 - Projeto Aula Fundação Telefônica: implantado em 8 escolas desde 2009 - Capacitação para POIEs:10 encontros anuais para aproximadamente 80 professores por vez 2 - Núcleo de Educação a Distância – NuED - 73 cursos atendendo 4.848 professores 3 – Polo Presencial da UAB - 20 cursos atendendo a 499 participantes 4 - Programa EJA/EAD Evolução do atendimento a alunos do Ciclo II da Educação Fundamental pelo Programa EJA Digital Santos: - 2007 – 25 alunos atendidos - 2008 – 75 alunos atendidos - 2009 – 128 alunos atendidos - 2010 – 139 alunos atendidos - 2011 – média de 310 alunos por semestre - 2012 – 1° semestre: 455 alunos 2° semestre: 413 alunos
O que falam de nós.... “Elogio a simpatia e o carinho com que somos recebidos. A estrutura que foi montada para nos atender. Me sinto privilegiada e agradecida a todas as pessoas e instituições que contribuíram, direta ou indiretamente, para que a UAB fosse implantada em Santos.” Opinião de aluna de Curso da UNIFEI, oferecido dentro do Sistema UAB “Os encontros mensais nos auxiliam muito no desenvolvimento do trabalho no Laboratório de Informática.” Opinião de POIE sobre os encontros mensais realizados pelo NTM “As novas tecnologias são maravilhosamente aproveitáveis para o nosso trabalho. Podemos pesquisar, nos atualizar, participarmos de cursos de aperfeiçoamento, além de a net nos oferecer blog's, sites, enfim vários instrumentos e materiais para realizarmos um bom trabalho com os nossos alunos. Depoimento de aluno do Curso: Novas Formas de Aprender: comunidades virtuais realizado pelo NuED
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“O projeto EJA Digital Santos contribui eficazmente para a continuidade dos estudos dos jovens e adultos, que haviam desistido de estudar. O modo como é estruturado traz mais motivação e interesse por parte dos alunos e possibilita o desenvolvimento e a ampliação do conhecimento e da integração social. Alguns jovens que passaram pelo projeto tiveram o desejo de continuar os estudos e até mesmo já estão inseridos no mercado de trabalho. De uma maneira geral, o EJA Digital traz muitos benefícios à vida de jovens e adultos, pois é estabelecido por meio do comprometimento de profissionais engajados e competentes.” Parecer de membros de Equipe técnica de um Polo EJA Digital.
Cursos de informática promovem inclusão digital de jovens e adultos
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cesso ao computador e exercício da cidada-nia. Esta é a proposta do Cemid (Centro Municipal de Inclusão Digital) ao oferecer cursos gratuitos para pessoas de todas as idades, no Cais Colégio Santista (Rua Sete de Setembro, 34, Vila Nova) e em outros cinco polos espalhados pela cidade. O sucesso do CEMID, há oito anos, se mede pelo número de certificados entregues aos alunos. Cerca de 7.000 pessoas já receberam os diplomas. Segundo a gestora da centro, Graziella Foz, o material didático é preparado por técnicos da SEDUC da Secretaria de Educação) e os profissionais são submetidos a constantes formações para que o atendimento seja cada vez melhor.
É o mundo digital se abrindo para os munícipes santistas.... Os alunos aprendem a digitar textos, salvar arquivos em pastas, inserir figuras, elaborar planilhas e slides, fazer pesquisas em sites e enviar e-mails. Os cursos são divididos por idade: Netjovem (de oito a 16 anos), Navegando (16 a 59) e Vovonauta (acima de 60). As aulas de informática do CEMID também são destinadas às pessoas com deficiências. “Temos recursos tecnológicos e profissionais especializados para atender este público. Promovemos a inclusão ampla e irrestrita”, diz Graziella. As inscrições são divulgadas no Diário Oficial de Santos. Informações: 3228-1818. POLOS - Polo Sociedade de Melhoramentos do Campo GrandeRua Marquês de São Vicente, 135/137 Telefone: 3235-1773 - Polo Centro da Juventude - Zona Noroeste, Av. Brigadeiro Faria Lima s/n º, Rádio ClubeTelefone: 3203-4347- Polo Centro Turístico, Cultural e Esportivo do Morro do São BentoRua São Marcos s/nº - Telefone: 3221-6382- Polo Santa Margarida Maria Praça Júlio Dantas, 45, Caneleira Telefone: 3203-2940- Polo Esporte Clube Juventude Rua Antônio Manoel de Carvalho, 1.788, Morro da Nova Cintra - Telefone: 3258-7710.
Santos:
livre do analfabetismo
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arde demais para aprender? Nunca! A prefeitura de Santos acredita nisso e se empenha no trabalho realizado na EJA (Educação de Jovens e Adultos), por meio da SEDUC. O resultado? A redução do índice de analfabetismo. Como reconhecimento, em 2007, a cidade recebeu o selo 'Município Livre do Analfabetismo', do governo Federal, com a marca de 96,44% da população alfabetizada. E não parou por aí. O atendimento foi intensificado e os números melhoraram ainda mais: dados do IBGE (2010) mostraram que Santos tem o índice de 2.2% de analfabetismo entre munícipes acima de 15 anos. Mas para isso acontecer, muitos projetos foram desenvolvidos. Um deles é o Parceiros do Saber, parceria com empresas, entidades assistenciais e associações interessadas em alfabetizar trabalhadores. A iniciativa atende pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar na infância. Desde de 2005 quase 2.000 jovens e adultos participaram das aulas e hoje possuem autonomia de ler e escrever com segurança. Com o aumento da autoestima, eles vivem melhor em comunidade e consigo mesmo. O trabalho funciona da seguinte maneira: a prefeitura cede o
Parceiros do Saber
Susanna Artonov Susanna Artonov – Pedagoga, com especialização em Psicopedagogia e Mestrado em Educação. Professora Universitária e Coordenadora de Pós-Gradução. Coordenadora de Políticas Educacionais da Prefeitura de Santos.
material didático e os professores, que recebem formação continuada específica. Já os parceiros disponibilizam o local e agrupam os alunos. Existe ainda o Programa de Educação Digital – EJA, que oferece o curso em laboratório de informática na escola, com auxílio de professores presenciais e on-line. A EJA conta com outros projetos, como Co-ligação, em parceria com a Secretaria de Saúde, para inclusão de adolescentes com transtornos mentais. Além disso, são promovidos eventos para motivar os estudantes, como Jogos Escolares e Festeja. Este último divulga na comunidade o trabalho realizado nas escolas com a modalidade de ensino e valoriza a cultura popular. As inovações nesta modalidade são inúmeras. Em 2010, foi implementado o Emcceja (Exame Municipal para Certificação de Competências de Jovens e Adultos) para interessados a partir dos 15 anos. A prova é mais uma alternativa para conclusão do ensino fundamental. Atualmente cerca de 2.200 estudantes estão matriculados em 17 escolas municipais para formação nos ciclos I (1ª a 4ª série) e II (5ª a 8ª série).
"Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção". Paulo Freire
Prefeitura Municipal de Santos
“Eu conhecia as letras, mas não conseguia formar palavras. Era cega e agora enxergo”. Júlia da Costa Santos, 64 anos (Parceiros do Saber)
“Quero ler tudo na rua. Não tenho mais vergonha das pessoas”
Seduc Foto: Image Bank
Santos
Marilene Dias da Silva, 52 anos (Parceiros do Saber)
“Eles trazem experiência de vida e se esforçam muito. Eu aprendo com os estudantes”. Gleyce Ferreira Azevedo Pinto Professora do Parceiros do Saber * Depoimentos retirados de matéria publicada no DOS de 15 de junho de 2012.
Virginia Pires da Silva Ierizzi
Plano Municipal de Educação de Santos
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Secretaria de Educação de Santos preocupada em estabelecer diretrizes de políticas públicas em educação com a participação de diversos agentes sociais e, sobretudo, atenta as demandas legais em nível nacional e internacional, inicia no ano de 2009 os trabalhos de implantação, logística, chamamento da população em geral para um tema em destaque – Educação no município de Santos. Os destaques legais que embasaram o trabalho junto com a comunidade local estão diretamente ligados à garantia de direitos da população – Constituição Federal de 1988, artigos 205 e 206 e incisos I a VII; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9.394/96; e no Plano Nacional de Educação – PNE Lei nº 10.172/01. O processo de construção de um padrão de discussão democrático e transparente, marca registrada do governo João Paulo Tavares Papa, inicia-se com uma grande Conferência Mundial de Educação para Todos, em Jomtien, Tailândia, promovida pela UNESCO - em destaque a Declaração Mundial sobre Educação para Todos. Ainda na década de 90, o Ministério da Educação coordena um movimento para a elaboração do Plano Decenal de Educação para Todos e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/1996 que institui a Década da Educação. Em 2001, é sancionado o Plano Nacional de Educação – Lei nº 10.172/2001. Essa retrospectiva histórica legal acerca dos caminhos para um processo de democratização da educação e melhoria do ensino público balizou os estudos que, aqui, em Santos foram corporificados por meio de Portaria que designou uma comissão para elaboração do Plano Municipal de Educação. Assim desencadeou-se um processo democrático, autônomo e de colaboração entre vários agentes que contribuíram para os debates acerca do ensino público municipal. Características da região, situação educacional do município, diagnóstico da população estudantil embasaram as discussões em torno de propostas, diretrizes e metas que o Plano Municipal impõe. Para tanto é oportuno, dizer, que foram instituídas comissões específicas para os debates afins em modalidades dispostas na estruturação do ensino brasileiro. Contou, sobretudo com a participação de membros do
Virginia Pires da Silva Ierizzi – Formada em Pedagogia, Direito e Psicopedagogia. Mestra em Educação pela PUC/SP. Coordenadora Pedagógica da Prefeitura de Santos.
Conselho Municipal de Educação, Técnicos e professores da Secretaria Municipal de Educação, representantes das Universidades da região, Professores das Unidades Municipais de Educação, Supervisores da Diretoria Regional de Ensino. Ainda na garantia do processo democrático, foram realizadas reuniões setoriais e/ou de divulgação sobre a elaboração do Plano Municipal de Educação, em escolas Estaduais e Municipais, Entidades Conveniadas com a Prefeitura de Santos, Escolas Particulares, Escolas Técnicas, Sindicatos de Classes, Secretarias do Governo que totalizaram a participação de 5.352 representantes de diversos segmentos da comunidade. Todos esses movimentaram a cena e deram a ''direção'' para os grandes temas que envolvem a qualidade de ensino, a abrangência municipal, escola de período integral, ensino à distância, atendimento em creche (UME de 0 a 3 anos), transporte escolar, alimentação escolar, financiamento da educação e tantos outros que definiram a política em educação no município de Santos. As questões aqui apresentadas e muito mais, foram norteadas e aglutinadas em espaço garantido por meio de um Decreto Municipal nº 5.200 de 05 de novembro de 2008 que institui a Conferência para a elaboração do Plano Municipal de Educação ''(…) em caráter democrático e com a efetiva participação da socieda de santista (…)''. O Plano Municipal de Educação é instituído em 13 de janeiro de 2010 – Lei Municipal nº 2.681/2010 com duração de 10 (dez) anos, sendo disposto em seu artigo 2º, parágrafo único – as avaliações do Plano Municipal de Educação darse-ão, no mínimo, de dois em dois anos (…). Portanto, já estamos em pleno processo de retomada de discussão democrática acerca do ensino público municipal.
Educação ... um plano para ser feliz!
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alar da história da educação no município já é bom, fazer parte dela, é melhor ainda... Há quase 28 anos iniciei minha carreira profissional nesta Secretaria de Educação. Durante minha trajetória, tive oportunidade de vivenciar a transformação da cidade, o crescimento da Secretaria de Educação, a ampliação da rede municipal de ensino e a criação do Sistema Municipal de Ensino. Nesta caminhada sequencial, de cargos e funções, de professora substituta à supervisora de ensino e chefe da Coordenadoria de Supervisão de Ensino, detenho na memória afetiva e na experiência profissional, a alegria de fazer parte de um grupo que, com certeza, contribuiu para tantas conquistas na área da educação. Nestes últimos oito anos, foram tantos os avanços rumo à excelência na qualidade do ensino público por esta administração municipal, que poderíamos escrever muitos livros ... Sabemos que muitas questões ainda precisam ser discutidas e adequadas, mas tenho certeza de que podemos contar com profissionais que buscam todas as condições necessárias para continuarmos a ser referência em educação de qualidade. Oferecemos à população, uma educação de qualidade, solidária e inclusiva e, por isso, zelamos pelo respeito aos alunos e familiares, aos profissionais envolvidos no dia a dia escolar e a toda a comunidade que utiliza dos nossos serviços. Destaco, por exemplo, a formação permanente e em serviço dos professores, equipe técnica e funcionários; a implementação do ensino em tempo integral para mais de cinco mil estudantes, que fez do Programa Escola Total ser reconhecido como referência no país; a expansão da rede, com 12 escolas, entre novas, reconstruídas e adquiridas e a solução para a demanda por creches, por meio de parcerias com entidades civis. Outro motivo de satisfação foi o título outorgado ao nosso município, credenciado como Cidade Educadora, uma rede internacional que congrega aproximadamente 400 municípios no mundo. E ainda o reconhecimento do Ministério da Educação com o selo de Cidade Livre do Analfabetismo. Mas entre todas estas conquistas, desejo ressaltar a aprovação, em 2012, do Estatuto e Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos para o Magistério, um marco significativo na história da educação na região. O documento inovador, construído coletivamente, incentiva a qualificação dos profissionais e garante sua valorização. Este Plano permite ao professor planejar e ter sua carreira valorizada, seja permanecendo no próprio cargo docente ou na construção da carreira nos cargos de Espe-
Gisele Genio Benevides Pitta Gisele Genio Benevides Pitta, Supervisora de Ensino é servidora pública municipal de Santos desde 1985 e passou pelos cargos de professora, coordenadora pedagógica, orientadora educacional, diretora de escola e supervisora de ensino. De 2008 a maio de 2012 foi chefe da Coordenadoria de Supervisão de Ensino. Em 2012, substituiu a Secretária de Educação.
cialistas de Educação I, II e III. Após estudos de propostas, da legislação vigente e sonhos dos educadores, com a implantação do PCCV, o professor poderá mediante critérios específicos, optar por atuar apenas na rede municipal de ensino de Santos (dedicação exclusiva), obter licença acadêmica de um ano, com vencimentos, para a conclusão de cursos de pósgraduação, mestrado e doutorado e receber a imediata valorização e reconhecimento profissional no retorno às suas atividades, com o respectivo Adicional de Titularidade. Também foi possível garantir Jornadas de Trabalho com a proporcionalidade prevista em lei, de forma que o professor cumpra apenas 2/3 do total de aulas com os alunos e as demais utilizadas para preparação de materiais, aprimoramento profissional, atendimento aos pais e reuniões.
INOVAÇÕES E CONQUISTAS DO PCCV . Adicional de Titularidade . Gratificação por Trabalho Noturno . Gratificação de Complexidade . Licença Acadêmica . Progressão Salarial . Regime de Dedicação Exclusiva
Prêmio Educador Santista: Valorização e Reconhecimento
Prêmio Educador 2011
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proximadamente 3.000 professores. Cada um com sua forma própria de trabalhar e de levar para a sala de aula conteúdos diferenciados que estimulem a criatividade e a aprendizagem dos estudantes, sejam eles da educação infantil, do ensino fundamental ou da educação de jovens e adultos. Profissionais comprometidos que fazem de Santos uma Cidade Educadora. Pensando em valorizar e dar visibilidade ao trabalho executado por esses profissionais, foi criado o Prêmio Educador Santista, concurso que premia experiências educativas na rede municipal de ensino. Uma forma de homenagear e divulgar os projetos dos educadores da rede. Quando de sua implantação, em 2009, só havia premiação para os professores. No entanto, sentiu-se a necessidade de reconhecer também o trabalho desenvolvido pelos gestores. Sendo assim, há dois anos o concurso foi ampliado para atender as duas categorias: educador e gestor. De acordo com a coordenadora do Prêmio, Sandra Freitas, a ideia do evento é um sonho antigo e que há quatro anos se tornou realidade. “Sabemos que temos dentro das escolas educadores competentes e que merecem todo respeito e reconhecimento e o prêmio é a oportunidade que a Secretaria criou para identificá-los e agradecer-lhes pelo belo trabalho”, afirma. Os vencedores são presenteados com viagens, passeios, bolsas de estudos, computadores, entre outros prêmios. Além disso, a cerimônia de premiação é realizada em uma festa concorrida, organizada tradicionalmente em dezembro, em homenagem aos profissionais que cuidam da educação do município. Mas para isso se tornar possível, a prefeitura conta com a parceria de diversas empresas.
Vencedores do Prêmio Educador Santista Prêmio Educador 2010
2009 Educador 1º lugar: Rivonete Custódio Doria – UME Therezinha de Jesus Pimentel 2º lugar: Andréa Ferreira Garcia Pereira – UME Pedro II 3º lugar: Débora Barbosa da Piedade – UME Maria Luíza Alonso Silva 4º lugar: Fernando Luiz Simões de Aguiar - UME Maria de Lourdes Borges Bernal 5º lugar: Helena Maria Costacurta - UME Cely de Moura Negrini
2010
Prêmio Educador 2009
Educador 1º lugar: Andréa Cristina Callejon – UME Martins Fontes 2º lugar: Lidiane Cristine de Oliveira - UME Maria Luiza Simões Ribeiro 3º lugar: Eliane Leandro Nogueira – UME General Clóvis Bandeira Brasil 4º lugar: Magna Aparecida Silva Martins - UME Padre Lúcio Floro 5º lugar: Patrícia Camarotti Custódio de Barros Mello – UME Iveta Nogueira Mesquita
2011 Educador 1º lugar: Juliana Souto de Melo Lopes - UME José Bonifácio 2º lugar: Rosana Fátima Rodrigues Dias - UME Dos Andradas I 3º lugar: Magda Stela Caldas Morgan - UME Therezinha de Jesus Siqueira Pimentel 4º lugar: Vanessa Soares Rosa - UME Avelino da Paz Vieira 5º lugar: Sueli Lousada de Morais – UME Maria Luiza Alonso Silva Gestor 1º lugar: Ana Paula Delaporta Rocha - UME Martins Fontes
2012 Educador
4º - Lugar: Ana Paula Reis de Abreu UME Antônio de Oliveira Passos Sobrinho Projeto: Os contos que as caixas contam
1º - Lugar: Simone Monteiro Mendes de Freitas UME Irmã Maria Dolores Projeto: Entre sabores, os sentimentos
5º - Lugar: Fabiana Almeida Brito UME José da Costa e Silva Sobrinho Projeto: Recriando Arte com o corpo
Gestor 2º - Lugar: Márcia Regina de Sousa Bezerra UME Avelino da Paz Vieira Projeto: Brinquedos do Mangue
3º - Lugar: Laura Silvana da Rocha Gradilone UME Cyro de Athayde Carneiro Projeto: Grandes Amigos
1º - Lugar: Cláudia Carvalho Souza UME Gemma Rebello Projeto: Escola Sustentável, Lugar de Gente Feliz.
Q Qualidade
Biblioteca Mário Quintana
Sebibli Seção de Biblioteconomia e Multimídia estimula leitura e organiza acervo nas escolas de Santos
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antinho da leitura, espaço para estudo, um ambiente acolhedor, especial para que alunos e professores possam usufruir de uma boa leitura. Assim são as bibliotecas das escolas municipais. Quem cuida da seleção/organização deste acervo é a Seção de Biblioteconomia e Multimídia (Sebibli), da Secretaria Municipal de Educação de Santos que é responsável pela Biblioteca “Mário Quintana” e supervisiona e orienta as 40 Bibliotecas das Unidades Municipais de Educação de ensino fundamental (UMES). Biblioteca Mario Quintana Aberta de segunda à sexta-feira das 8h às 19h, atende usuários da rede municipal de educação para consulta e empréstimo domiciliar e à comunidade em geral para consulta local. A Biblioteca é especializada em educação e áreas afins como Psicologia, Artes, Filosofia, Sociologia, contando com livros de literatura geral, literatura infantil e infantojuvenil; cerca de 800 mídias entre VHS, DVD,CD e CDROOM especializados em educação e, em sua maioria, voltados à formação de professores. O acervo é de composto por cerca de 20 mil volumes,
sendo que 15.600 já se encontram processados no sistema PHL (Personal Home Library), software gerenciador de bases de dados, que pode ser consultada on line pelo site da educação: http://www.portal.santos.sp.gov.br/seduc/news.php Clicando sobre o ícone Biblioteca Mário Quintana; ou diretamente pelo link: http://www.portal.santos.sp.gov.br/seduc/news.php
ACERVO GERAL (Biblioteca Mario Quintana + Bibliotecas das UMEs) = mais de 170 mil volumes. A Biblioteca Mário Quintana funciona na Rua Sete de Setem-bro, 34, 2º andar - Vila Nova – Santos. No prédio do CAIS – Colégio Santista. Projeto Biblioteca de Portas Abertas: voltado ao incentivo à leitura dos alunos nas unidades municipais de ensno, tem como objetivo a revitalização das bibliotecas escolares e a formação continuada dos auxiliares de bibliotecários e profissionais readaptados em biblioteca escolar que atuam na rede. Esses funcionários participam de formações voltadas para as práticas de leitura, além de formações técnicas para o exercício das rotinas diárias de biblioteca.
Foto: Paulo H. Farias
Santos,
linda de olhar, melhor ainda para morar.
Perfil “Bendito entre as mulheres...” Experiência na Supervisão de Ensino de Santos
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Secretaria de Educação possui atualmente quase 4700 funcionários, um contingente maior que a população de muitas cidades do interior. Grande parte destes servidores são mulheres. Os homens representam uma pequena parcela neste universo predominantemente feminino. Eu sou um deles. Por conta disto, além das ações pertinentes ao cargo, pude aprender ao longo destes 13 anos integrando o grupo de Supervisores, um pouco da “difícil” arte de entender as mulheres. Afinal, são 39! Quero primeiramente, falar sobre a trajetória e conquistas percebidas nestes últimos anos pela Supervisão de Ensino. Até o início desta década, as escolas municipais de Santos eram supervisionadas pela Diretoria Regional de Ensino e, concomitantemente, o corpo de supervisão municipal fazia o acompanhamento de suas unidades de ensino. Após a instituição do sistema municipal de ensino autônomo, cada uma das redes públicas de ensino assumiu a supervisão das escolas de sua competência, culminando com sua normatização em 2007. Ao longo destes últimos anos, a Supervisão foi conquistando espaço e crédito junto às escolas e departamentos que integram a Secretaria. Pertenço a este seleto grupo há quase treze anos. Confesso que inicialmente, tremia nas bases, pois proporcionalmente, ao número de mulheres eu era e, continuo sendo, minoria. Hoje o tremor foi substituído pelo orgulho, uma vez que no decurso dos anos tenho aprendido e crescido profissionalmente com estas “meninas”. Recordo, de maneira nostálgica que a saudosa Supervisora Elaine dos Santos Silva entregou-me, nos anos 80, o "canudo" do curso normal na então Escola Estadual de 2.º Grau "Canadá" e disse: - Um dia vamos nos encontrar e eu vou me orgulhar daquilo que verei... Duas décadas após, nos encontramos em minha primeira reunião no setor, e me lembro de suas palavras: - Me sinto realizada, pois vivi para te encontrar e me orgulhar daquilo que vejo!
Enéas Machado Muitas pessoas só conhecem a atuação do Supervisor enquanto visita às escolas, mas a abrangência de seus competes é muito maior. Além de oferecer assessoria às 80 unidades escolares, professores, funcionários e Equipe Gestora da rede municipal, cumpre-nos ainda a função de vistoriar, autorizar e subsidiar as 51 escolas particulares de educação infantil e 56 entidades conveniadas da cidade. Acompanhamos os processos avaliativos destas instituições e, de posse dos resultados podemos intervir buscando estratégias com vistas a obter o sucesso educacional de nossos alunos. Além disso, respondemos pela análise e homologação de diversos documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico, Calendário Escolar e diversos projetos. Muitos dos eventos e formações realizados pela SEDUC, contam com a participação dos Supervisores em sua organização, planejamento e execução, sem falar dos plantões de atendimento aos munícipes, em que podemos avaliar a qualidade dos serviços prestados à comunidade escolar. Os supervisores também integram comissões responsáveis pelas discussões educacionais que norteiam e servem de base para a implementação das políticas educacionais no município, garantindo assim a legitimidade e a legalidade das ações, abrangendo as diversas etapas e modalidades da educação básica. Possuímos representatividade em vários conselhos instituídos na cidade na condição de integrantes, propositores e controladores sociais. Penso que o compromisso do Supervisor no escopo educacional seja o de conferir vez e voz às subjetividades silenciadas no decurso da história, logo criar sítios de resistências é o mote pedagógico para o protagonismo
Foto: Paulo H. Farias
necessário e a ação supervisora não foge a tal intento. Somos os olhos da lei, que instrui, orienta e alerta. Mas também, somos o coração que compreende, o ouvido que escuta, a mão que acolhe, o abraço que abriga e o colo que afaga. Mas além de discorrer sobre as competências que o cargo nos infere é preciso dizer do privilégio de conviver com este grupo e testemunhar o quanto aprendi com todas elas, nas mais diversas áreas. Com estas mulheres, aprendi a desenvolver a metalinguagem, a leitura imagética e corporal uma vez que estas agregam a leitura de mundo e do ser humano. Aprendi a me emocionar com os ganhos, ainda quando diminutos... Aprendi a dividir, sorrir, “sair bem na foto” e sobretudo - ser companheiro (aquele que divide o pão). "Em todo o tempo ama o amigo, e na angústia nasce o irmão" (Provérbios 17:17). Nos momentos mais conflituosos e difíceis, além de profissionais e corroboradoras da política educacional no município de Santos estas mulheres, mães e profetisas (que declaram, vaticinam algo a alguém) não perdem a sensibilidade - mola propulsora da Educação Humanista, que sobrevive às agruras da pós-modernidade.
Enéas Machado é casado, pai de 2 filhas e é o único homem que integra o grupo de 40 Supervisores de Ensino da rede municipal. Formado em Pedagogia, Fonoaudiologia, Psicopedagogia, Psicodramaturgia aplicada à Educação e é Mestre em Ensino Fundamental. Ingressou na rede em 1990 tendo atuado nos cargos de Professor, Assistente de Direção, Orientador Educacional, Coordenador Pedagógico e Supervisor de Ensino.
Projeto Arte na Capa Aluna: Hellana Telles Santos UME - Vinte e Oito de Fevereiro
Rosana da Costa Corrêa
CIPA Setorial Educação SIPAT Educação
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busca pela valorização dos servidores da educação sempre foi um dos grandes objetivos da SEDUC, pois são eles os principais agentes no processo de melhoria da qualidade do ensino. Inúmeras ações foram pensadas e planejadas no sentido de oferecer aos funcionários, além de formação permanente e adequada, melhoria contínua do ambiente laboral e da qualidade de vida. Desde 2009, por exemplo, acontecem as SIPAT - Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho, com abordagens sobre a prevenção a acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Nos últimos dois anos, cerca de 170 atividades foram desenvolvidas com a participação de quase 5.000 funcionários. Entre elas: danças circulares, alternativas e de salão, pilates, hidroginástica, ginástica holística, tai chi chuan, visitas monitoradas a pontos turísticos da cidade e região, além de inúmeras palestras relacionadas à saúde, segurança, meio ambiente e qualidade de vida. PROGRAMA QUALIDADE NO TRABALHO Em 2010, foi implantado o Programa Qualidade no Trabalho, numa ação conjunta entre COFORM e CIPA Setorial Educação e iniciada pela atividade de Ginástica Laboral desenvolvida no CAIS (Centro de Atividades Integradas de Santos), SEDUC e NTM. Em 2011, a proposta foi ampliada para as Unidades Municipais de Ensino atendendo professores, equipe técnica, funcionários e alunos com os programas: Projeto “Cirandança”- Dança Circular, Projeto “Santos – uma cidade que dorme e sonha” e Projeto Ecoeducador. Em 2012, foram incluídos o Projeto “Vamos Levantar”, Dança Alternativa e Tai Chi Chuan. Todas as ações acontecem semanalmente, durante horários de trabalho administrativo e de reuniões nas escolas. PROQUALIDADE - Certificação Programa de Gestão e Qualidade no Serviço Público Municipal Obter a certificação ISO 9001:2008. Um antigo sonho, acalentado desde 2005, começa a ser concretizado, graças ao empenho e dedicação de dezenas de profissionais envolvidos no Programa de Gestão da Qualidade no
Rosana da Costa Corrêa - Presidente da CIPA Setorial Educação. Responsável pelo Setor da Qualidade da Seduc. Professora de Educação Básica II, atuando há 16 anos na Prefeitura de Santos. Formada em Artes Plásticas e Pedagogia.
Serviço Público Municipal. O programa, vinculado à Secretaria Municipal de Gestão – SEGES, visa contribuir para o aprimoramento da gestão dos serviços públicos, com ênfase na melhoria contínua da qualidade e produtividade dos serviços prestados à comunidade. Objetiva ainda aplicar as ferramentas de controle e melhoria da qualidade para promover o gerenciamento eficaz dos processos internos da Administração Pública Municipal. Foram anos de investimentos na preparação técnica dos servidores para a consolidação do padrão de qualidade no atendimento ao cidadão e simplificação de procedimentos e normas, em conformidade com requisitos internacionais de certificação de qualidade.
Amigos da Educação “A Creche – Escola de Educação Infantil – CECON – CAF – Centro de Atendimento à Família Estrela Guia, é uma ONG filantrópica que iniciou suas atividades há mais de 20 anos e hoje atende crianças e adolescentes, em razão da parceria com a SEDUC Santos através de convênio. O atendimento totalmente gratuito se estende às famílias e a comunidade em situação de risco social porque o nosso objetivo maior é formar o caráter dos meninos e meninas, com valores morais e cívicos, garantindo-lhes o direito à cultura, lazer, saúde, segurança e sobretudo educação”. (Walter Tavares da Silva - Presidente Cecon/ CAF) “As melhorias são evidentes para as entidades conveniadas que tem parceria com a Prefeitura de Santos e a Secretaria de Educação. A confiança existe de ambos os lados porque esse é um trabalho que deu certo e tornou-se referência e garantiu os direitos conquistados pelos beneficiados e nós da Associação Cristã Beneficente Eurípides Barsanulfo – Creche Espírita Padre Bento temos muito orgulho de ter participado deste momento”. (Avelino Pereira Morgado Filho - Presidente da Creche Espírita Padre Bento)
Foto: Image Bank
“Os sonhos se concretizaram para a comunidade do Morro do José Menino. O Governo Papa demonstrou interesse para a implantação da creche e da unidade municipal de educação proporcionando melhorias para os moradores locais. Antes era difícil visualizar um futuro próspero, mas a aproximação aconteceu e por causa desse importante trabalho social vamos continuar lutando” (Ana Célia da Silva Vieira - Representante da Sociedade de Melhoramentos do Morro do José Menino).
Projeto Arte na Capa Aluno: Thiago Noro Braga UME - Cidade de Santos
Santos... belos olhares...
Fotos: Paulo H. Farias
Gabriel Fernandes
Atendimento Domiciliar leva sala de aula para dentro de casa
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ma sala de aula dentro do quarto. É a realidade de Gabriel Hora Fernandes, de 7 anos, morador do Macuco. O menino está inserido no projeto 'Atendimento Domiciliar' da prefeitura, desenvolvido pela Seduc (Secretaria de Educação). Ele sofre da 'Síndrome de Miopatia Congênita Miotubular', doença muscular que está presente desde o nascimento e que acompanha uma insuficiência respiratória. Todos os dias, a criança recebe a visita da professora e estuda durante duas horas. O projeto tem o objetivo de viabilizar a educação escolar de alunos impossibilitados de frequentar as aulas em razão de tratamentos prolongados de saúde. Além do Gabriel, mais duas criança recebem este tipo de atendimento. Segundo a secretária de educação, Suely Maia, a iniciativa ajuda a ratificar o título que Santos tem de 'Cidade Educadora'. “Todos devem ter acesso ao aprendizado”, destaca. Sempre sorridente, Gabriel se mostra entusiasmado com a aula. Felizmente, a síndrome não compromete a sua capacidade de absorção e compreensão do conteúdo. “Ele é muito inteligente e acompanha a matéria sem nenhuma dificuldade”, relata a professora Fabiana Paloni Queijo. Antes de ir para a casa do menino, ela passa na escola municipal Auxiliadora da Instrução, onde ele está matriculado no 2º ano, recebe as orientações sobre as atividades do dia da professora responsável pela classe. “Depois disso repasso para ele exatamente o que os outros alunos irão aprender em aula.” Para o pai, Kléber Gomes Fernandes, o atendimento domiciliar foi uma grande ajuda para o desenvolvimento de seu filho. “Ele gosta de estudar e tem facilidade.” Com liberação médica, Gabriel frequenta a escola para interagir com as outras crianças. “Isso está sendo ótimo para ele”, destaca o pai. E para quem pensa que Gabriel não usa uniforme só porque estuda em casa, está muito enganado. Porque ele faz questão de se arrumar como se estivesse na escola. Além
disso, recebe o material escolar da prefeitura e ainda conta com um notebook, emprestado pela SEDUC para realizar as atividades. O menino é palmeirense e disse que existem três coisas que ele quer fazer no futuro: “respirar, comer e andar, sem precisar de aparelhos.” “A cada dia ele melhora mais e nos deixa cheios de orgulho”, afirma a mãe Marta Emilene Araújo Hora Fernandes. Marta teve que aprender a lidar com a doença de Gabriel e nunca perdeu as esperanças. “Eu e meu marido estamos sempre lutando para que ele tenha todo o tratamento adequado para ter uma vida melhor.”
Educação especial A prefeitura de Santos, por meio da SEDUC, atende cerca de 1.840 alunos na educação especial. São diversos tipos de atendimento. Entre eles estão os projetos 'Professor itinerante de alunos de baixa visão', 'Professor Auxiliar de Classe', 'Intérprete de Libras' e o 'Co-ligação', com alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos). Além disso, a secretaria realiza formações frequentes com os educadores da educação especial e orienta as equipes das escolas, pais e professores acerca dos serviços prestados. A rede municipal de ensino conta ainda com a escola municipal de educação especial Professora Maria Carmelita Proost Villaça, que presta um serviço especializado, oferecendo atividades diferenciadas para os alunos.
Aparelhos ajudam estudantes com deficiência de fala studantes da rede municipal com deficiência de fala já contam com nova tecnologia para auxiliar na comunicação e no processo de aprendizado. São os aparelhos vocalizadores, que gravam e reproduzem sons e imagens, possibilitando que essas crianças expressem escolhas, pensamentos e sentimentos. Cerca de 11 alunos já receberam o equipamento. De acordo com a técnica da Seduc (Secretaria de Educação) Susanna Artonov, "a prefeitura está empenhada na inclusão das crianças com deficiência, buscando aprimorar o atendimento”. Para a chefe da seção de educação especial, Débora Mercedes Ramos Rojas Pinho, os alunos poderão utilizar o equipamento em casa e na sala de aula. “É uma grande oportunidade para que a criança privada da fala se expresse e faça suas próprias escolhas. Temos certeza de que, se estimuladas, esses estudantes podem ir longe”.
Foto: Image Bank
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FORMAÇÃO CONTINUADA: um compromisso com a qualidade da educação ”Nós os seres vivos construímos esse conhecimento a partir de uma interação ativa. Aprendemos vivendo e vivemos aprendendo“. Humberto Maturana
Maria do Carmo Borges Maria do Carmo Borges - Chefe da Coordenadoria de Formação Educacional, Orientadora Educacional da Rede Municipal de Ensino. Mestra em Educação pela PUC- SP
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odo mundo sabe que para se ter uma educação de qualidade é preciso ter, também, um professor estimulado e comprometido. Mas como se consegue esse resultado? A equação parece fácil, mas depende de muitas variá-v eis. A formação do professor é uma dessas variáveis e é esse o nosso foco agora. A secretaria de Educação aposta na “formação continuada” que, de modo amplo e genérico, compreende qualquer tipo de atividade que venha a contribuir para o desempenho profissional, ou seja, tudo que possa oferecer informação, reflexão, discussão e trocas de experiência que favoreçam o aprimoramento profissional. Na nossa realidade entendemos como parte dessa formação as horas de trabalho coletivo na escola, as reuniões pedagógicas, as trocas cotidianas com os pares (os colegas que tem vivências parecidas), além da participação na gestão escolar, com a participação na APM, por exemplo. Estimulamos, também, a participação em congressos, seminários, cursos de diversas naturezas e formatos (presenciais, semipresenciais, a distância). A Secretaria de Educação, por meio da Coordenadoria de Formação Educacional (COFORM) do Departamento Pedagógico, vem possibilitando aos seus profissionais diversas formas de participação em “formação em serviço", tendo em vista as políticas públicas implantadas, sempre em consonância com as diretrizes do Ministério da Educação. Então, afinal, por que investir em formação continuada? Os profissionais da educação, no desenvolvimento de suas atividades, precisam preparar os alunos para a cidadania e principalmente para utilizarem recursos disponíveis em prol do seu bem estar social, pessoal e profissional. E para promover esse debate sobre a educação e estimular os professores, a secretaria de Educação, por meio da Coordenadoria de Formação Educacional, vem utilizando profissionais de sua própria rede de ensino.
mento, foram desenvolvidos mais de 370 cursos para os mais variados públicos-alvo, englobando diversas as diversas áreas do conhecimento. A Seção Núcleo Tecnológico Educacional (SENUTEC) oferece formação tecnológica por meio de cursos e formação continuada, para educadores da Rede Municipal. O setor coordena, ainda polos de Informática Educativa, atendendo a comunidade no que se refere à inclusão digital. Além das formações continuadas, a Seção de Projetos Especiais (SEPROJE) desenvolveu, entre os anos de 2005 e 2012, cerca de 300 atividades, projetos e programas de caráter educacional dentro e fora da escola, abrangendo os eixos denominados educação ambiental, esporte e cultura, saúde e qualidade de vida e educação em valores. O setor realiza, divulga e acompanha concursos com os alunos da rede municipal, tanto promovidos internamente quanto por meio de parcerias externas. A Seção de Biblioteconomia e Multimídia (SEBIBLI) foi criada após a reforma administrativa em 2005 e engloba a Biblioteca “Mário Quintana”, Biblioteca Central da Secretaria de Educação, cujo acervo é específico para os educadores e as 40 Bibliotecas das Unidades Municipais de Ensino (UMEs) que são destinadas ao atendimento dos alunos do ensino fundamental e educadores dessas UMEs. A equipe do Site da Educação desenvolve projetos com a utilização das novas tecnologias da informação e comunicação junto a esses professores, disponibilizando informações e materiais pedagógicos para consulta e aplicação em classe. O trabalho da COFORM tem sido bastante abrangente e diversificado. Além, das formações e projetos, o setor organiza eventos de premiação em concursos, participa de fóruns de discussão, promove semanas de planejamento, e ainda realiza a Semana de Educação Professor Paulo Freire, em cumprimento a Lei Municipal nº 590, de 08 de maio de 1989. Este evento é oferecido em parceria com outros setores da Secretaria, como a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e o Centro Tecnológico Educacional (CTE), movimentos da sociedade como o Fórum da Cidadania e instituições como o SESC. Neste ano, em sua 24ª edição, foram realizadas 170 atividades durante quatro dias de evento, englobando quase 5.000 educadores das redes municipal, estadual, particular e entidades conveniadas. Assim, por meio das diversas dimensões da formação continuada a Secretaria de Educação vem promovendo o processo de ação-reflexão-ação do profissional da educação, com o objetivo de garantir aprendizagens significativas aos estudantes e condizentes com a realidade da sociedade atual. EDUCAR É VIDA. EVOLUÇÃO.
Seduc O trabalho das seções
As seções de Biblioteconomia e Multimídia, Formação Continuada, Núcleo Tecnológico Educacional, Projetos Educacionais Especiais, Site da Educação, formam uma Equipe Interdisciplinar, que promove a formação continuada, de aproximadamente 4.600 funcionários, contribuindo com o aprimoramento desses profissionais e, consequentemente, melhoria da qualidade de ensino. As Seções de Formação Continuada (SEFORM) e Equipe Interdisciplinar tem como principal finalidade prestar aos profissionais da educação da Rede Municipal atualização de conhecimentos, subsídios pedagógicos e aperfeiçoamento constante visando à efetivação da democratização da gestão escolar e a valorização profissional, por meio da formação continuada de membros da Equipe Técnica, professores e funcionários. De 2005 a até o mo-
Santos
Projeto Arte na Capa Aluna: Larissa Anjos Oliveira UME - Mário de Almeida Alcântara
“Pen so co m al Escr egria evi e que vivi tudo serv Para quan iu nos to apro xima r. Éop rime iro d A fu ever ndam do h uma e n t al ta Asse nista refa gura e da in roc onh t Entr e ligên ecim e ho cia ento men s. eoe Bem nten vale dim have ento Bem r lut ado vale e can have tado r viv ido s , eoa mor me a com panh a”.
Pablo Neruda De Para Nacer He Nacido
Memorial da Gestão da Educação Municipal Santos / SP / 2005 - 2012