Os pressupostos por detrás do conceito pimpumplay

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Os pressupostos por detrás do projecto pimpumplay O primeiro pressuposto para a criação do conceito pimpumplay é de que jogar/ brincar são processos essenciais que sustentam o desenvolvimento humano. E isto é tão importante para os mais pequenos, que dão os primeiros passos na compreensão de si e do mundo que os rodeia, quanto para os mais velhos, que procuram satisfazer formas alternativas de promover a aprendizagem e o seu bem-estar. Por outras palavras, nos primeiros tempos o jogo e a brincadeira ajudam a definir quem somos e o que conhecemos e, à medida que crescemos/ evoluímos, vão-se tornando alternativas para resolver situações concretas do dia-a-dia (no trabalho, nas relações pessoais ou simplesmente nos momentos de lazer). Aliás, brincar é isso mesmo: explorar, testar alternativas de forma mais ou menos controlada… e quando se integram regras mais formais, que estruturam a brincadeira, passamos a falar de ‘Jogo’. Conhecer e lidar com todas as regras de um Jogo nem sempre é fácil; se as oficiais não levantam grandes dúvidas para a maioria dos jogadores – aquelas que estão escritas no manual de instruções da caixa, ou as que o grupo convenciona antes de começar a jogar – o mesmo já não podemos dizer das ‘regras’ que definem o processo individual de jogo: a forma como nos relacionamos com a nossa equipa, como projectamos a nossa personalidade na dinâmica de interacção, como interpretamos os movimentos dos adversários, como resolvemos problemas concretos para atingir os objectivos, ou a vantagem. Estas são ‘regras’ que também estão relativamente pré-definidas, mas que por terem um carácter muito subjectivo escapam ao conhecimento da maioria das pessoas. Se estivermos a pensar num jogo de futebol entre amigos ou no recreio da escola, talvez as primeiras sejam de facto as mais relevantes – importa saber quando é golo, como se ganha o jogo ou quando é falta. Mas se o nosso objectivo for o de promover o desenvolvimento de uma competência específica, utilizando um Jogo como mediador, então importa conhecer ao máximo as outras ‘regras’, para assim tornar mais claro o processo de ‘aquisição’ dessa competência. Por outras palavras, podemos dizer que numa viagem, para chegarmos ao destino, teremos a tarefa facilitada se conhecermos o caminho mais eficaz, se anteciparmos as dificuldades e se nos precavermos para tomar as melhores decisões.

www.pimpumplay.pt morada: Aldeamento Santa Clara; Rua da Carvalha, 570, 2400-441 LEIRIA | endereço electrónico: geral@pimpumplay.pt | telefone: 244 845 531

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O segundo pressuposto que define o nosso conceito é que se estamos a utilizar o Jogo como um mediador entre a competência que queremos desenvolver e a pessoa com quem a queremos desenvolver, então uma das variáveis fundamentais de todo o processo é a forma como se desenrola a Relação. Quando falamos de Relação, falamos da capacidade para estabelecer comunicação (de explicar ou expressar, mas também de ouvir e compreender o Outro), da capacidade para estabelecer empatia (de imaginarmos como seria se estivéssemos no lugar do Outro) e da capacidade de nos descentrarmos de um objectivo final único e, em alternativa, nos concentramos no processo que nos levará a atingir esse fim. Com isto queremos dizer que o modo como estas variáveis se conjugam define uma matriz que determina a forma como a pessoa representa cada momento de aprendizagem e se relaciona com essa experiência no futuro. Importa portanto que a perspectiva do Educador (seja pai, amigo, professor, animador, etc.) seja a de criar no Outro disponibilidade e alternativas, para que este possa, de uma forma segura de si, encontrar a melhor solução. Queremos com isto dizer que para que possamos ensinar ou modificar um comportamento no Outro, devemos sempre tentar: adaptar a nossa linguagem ao seu nível de compreensão; ouvir e perceber a forma como a nossa intervenção está a ser experimentada pelo Outro; e passar a mensagem de que o seu sucesso e a Relação não dependem exclusivamente do desfecho final da situação, mas sobretudo da forma como o indivíduo enfrenta e resolve a situação-problema. Colocando a questão de outra forma, com uma criança não faz sentido utilizarmos palavras difíceis e conceitos dos adultos; com uma pessoa idosa, não faz sentido propormos uma actividade infantil; com uma criança irrequieta, não faz sentido repetirmos constantemente “pára quieto”, sem tentarmos perceber o porquê daquele comportamento; com uma pessoa com dificuldades na aprendizagem não faz sentido fazer depender o sucesso e a relação de um objectivo final como, por exemplo, ‘aprender a ler’.

O terceiro pressuposto que define o nosso conceito é de que o desenvolvimento humano tem uma ordem, que em grande parte já é conhecida, e que essa ordem deve ser respeitada, sempre que o nosso objectivo for o de promover a harmonia do desenvolvimento. Querer iniciar a construção de uma casa a partir do telhado seria absurdo. Há fases e processos anteriores que têm que ser respeitados, para que numa lógica de organização do sistema, possam sustentar essa estrutura. Com o desenvolvimento humano o processo é semelhante, ainda que não tão óbvio.

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Mesmo a segmentação das diferentes áreas de desenvolvimento a que fazemos muitas vezes referência, só faz sentido do ponto de vista do estudo científico, uma vez que o desenvolvimento é um todo em que as partes são interdependentes. Por exemplo, para uma criança iniciar a marcha, há um conjunto de competências de várias áreas que terá que dominar, antes de conseguir coordenar os movimentos do corpo para articular um passo (competências motoras, cognitivas e sociais); assim como para começar a saltar, tem que primeiro dominar os mecanismos de equilíbrio e coordenação inerentes à marcha.

Desenvolvimento, Relação e Jogo serão então, certamente, as palavras que mais encontrará em www.pimpumplaty.pt. Tenha sempre em mente que não oferecemos soluções, mas sim alternativas, para que possa encontrar o melhor caminho para o desenvolvimento. Em síntese queremos proporcionar-lhe os melhores mediadores para tornar o jogo de aprender e desenvolver o mais divertido, mas intencional possível. Consulte as nossas dicas; partilhe a sua experiência e conhecimentos… viva a brincar; viva a aprender!

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