Caderno rural outubro

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Piracaia HOJE

OUTUBRO/14

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Piracaia e Joanópolis

Rural Uma parceria entre o jornal Piracaia Hoje e o Sindicato Rural de Piracaia

Inácio Benedito - experiência e projetos Aos 72 anos tem projetos para implantar em Joanópolis (meu pai fazia o melhor “fumo de rolo” da região), sorgo vassoura e grande variedade de frutas e olerícolas; Além das atividades na agricultura e na pecuária de leite, meu pai era um mestre de artes e ofícios, pois fazia trabalhos em couro (laços, arreios, etc.), madeira, bambu (cestarias); era pedreiro, barbeiro e também aplicava injeções receitadas pelo Dr. Felício Fernandes Nogueira, o qual deu as instruções e ensinamentos para esse trabalho social. Na área da comunidade exerceu o cargo de Inspetor de Quarteirão sempre

Nesta edição do caderno Piracaia e Joanópolis Rural, conversamos com o senhor Inácio Benedito Pereira, 72 anos, joanopolense, nascido na roça, trabalhou na Sabesp, acompanhou a construção das represas de nossas cidades, viu o sofrimento de fazendeiros e sitiantes deixando suas terras submersas pelas águas do Cantareira. Voltou para a roça e, com sua experiência, tem projetos para adequar-se aos novos tempos e às mudanças vividas pela cidade e pela região. Deixamos a apresentação para o próprio Inácio que conta-nos quem é ele: “Sou Inácio Benedito Pereira, nasci no Bairro dos Alves, município de JoanópolisSP, em 5 de fevereiro de 1942. Sou filho de Jerônimo Benedito Pereira e de Dona Maria Benedita de Almeida Pereira. Meus familiares sempre foram agricultores familiares e trago na lembrança a década de 50 quando a primeira Escola Rural se instalou no bairro em 1952 (eu já sabia ler e escrever, graças aos ensinamentos de meu pai). A minha primeira professora foi dona Orazília Turella. Outras professoras se seguiram, algumas delas ficavam a semana toda no sítio e uma delas na nossa residência e que me ajudava nas “lições de casa”. Era uma casa simples a nossa, porém muito hospitaleira e tínhamos conforto e muita fartura. Nossa diversão e fonte de informações era um rádio alimentado por baterias e, por ser de válvulas, demorava aquecer para começar a falar. Em 1954, meu pai instalou uma turbina para acionar um pequeno gerador de energia que alimentava apenas cinco lâmpadas de 60 watts e não servia para o rádio, porém foi um avanço ter

a casa toda iluminada. Meu casamento aconteceu no ano de 1966, com Sebastiana Verona Pereira e dessa união nasceram minhas quatro filhas, todas casadas, acrescentando ao convívio familiar mais quatro genros e oito netos; minha neta primogênita se casou no último dia 20/09 e até o final de dezembro o meu neto primogênito também contrairá matrimonio, agregando mais pessoas no nosso grupo familiar. Minha vida de agricultor que começou aos catorze anos de idade foi interrompida em 1970 quando fui aprovado num teste para apontador de obras na Empreiteira da COMASP e comecei a trabalhar na construção civil na obra da Represa do Rio Cachoeira em Piracaia. A função de Apontador permitia fazer um “diário da obra” pois éramos (tinha vários colegas) os “Escrivãos da Obra”. Outras firmas me admitiram, sempre na área de construção civil e em 1978 fui admitido pela SABESP como Operador de Estação de Tratamento de Água sendo promovido em 1981 para Cargo de Chefia (Encarregado de Posto de Operação) até o ano de 2004 quando me desliguei da Empresa, já aposentado. No entanto jamais me desliguei da agricultura sendo parceiro de meu pai até 1986 quando ele faleceu e, após esse ano, com meus irmãos, dos quais sou condômino até a presente data numa área 42 hectares, dividida em três glebas distintas. No tempo de meu pai tínhamos dois hectares de cafezal, carro chefe da propriedade, além de cultivos diversificados, tais como milho, feijão, arroz, cebola, tabaco

procurando mediar os conflitos dos vizinhos e dos casais. Já minha mãe era uma verdadeira mestra nas chamadas “prendas domésticas” que além do “porco na lata” (carne de porco conservada na própria banha), fazia farinha de milho no monjolo, torrava o melhor café, cujos grãos eram colhidos e selecionados no “ponto de cereja” e secados com todo o cuidado para proporcionar uma excelente bebida; além disso, era também costureira e bordadeira; tudo isso sem saber ler e escrever, apenas com o conhecimento empírico vindo


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de nossos ancestrais. Com esses exemplos também me dediquei a vários trabalhos voluntários, em especial na Sociedade Amigos do Bairro do Can-Can onde, em parceria entre Associados e a CATI, na ocasião comandada pelo engenheiro Agrônomo Dr. Alcides Ribeiro de Almeida Jr., realizamos cinco Exposições Agropecuárias (período de 1988 a 1992) e que se chamava EXPOCAN. Atuei como secretário de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente de Joanopolis no período de 01/01/2009 até 31/10/2010, período esse que tive a oportunidade de conviver com o “seu Manoel” e seu filho André, de saudosa memória, ambos do Sindicato Rural e com os quais pude acrescentar mais conhecimentos e sabedoria, pois sou um autodidata, tendo estudado à distancia nas apostilas de uma Escola Específica para esse fim, prestando os chamados exames de madureza (atual supletivo) na Secretaria da Educação do Estado para obter os Certificados de Conclusão de Primeiro e Segundo Graus. Nessa mesma modalidade de ensino à distancia, estudei também o Curso de Mestre de Obras para poder exercer a fiscalização das obras da SABESP que também era atribuição de meu cargo. Atualmente na gestão do meu amigo Carlão, a extensão de base do Sindicato, em Joanopolis, está prosseguindo a linha de atuação da gestão anterior tendo um escritório e uma Técnica para atender nossos produtores. E, eu também, apesar dos meus bem vividos setenta e dois anos, tenho projetos na Área do Turismo Rural e da Apicultura, pretendendo montar uma Casa de Campo e um mini-entreposto de mel e derivados. Esse é o resumo da minha história, lembrando uma frase de um autor desconhecido (não me lembro quem) – “NÃO IMPORTA A PARTIDA NEM A CHEGADA – O QUE VALE É A CAMINHADA”.

Exemplo dentro de casa

O envolvimento com assuntos da comunidade vem de ‘berço’. Jerônimo seu pai foi Inspetor de Quarteirão. Tratava-se de uma função de representante da comunidade junto à polícia. O delegado local escolhia alguém nos bairros: “naquela época, as estradas rurais não tinham a conservação e manutenção que têm hoje, o inspetor intimava as pessoas para trabalharem gratuitamente na manutenção, ele tinha poder de policia e acabava também gerenciando conflitos.

A terra era produtiva

Inácio vive hoje em uma casa a 200m de da que nasceu. Tem grande amor pela terra que considera um elo de ligação. E, lembra com alegria do sustento da família pelos frutos desta terra: “nos anos 50 o sustento da família estava na roça. No ano de 52 meu pai adoeceu e precisou chamar um primo para trabalhar como meeiro na lavoura de café. Naquele ano houve uma superprodução de café. Meu pai depois de vender a safra

comprou mais quatro alqueires de terra com a sua parte que era de 50%. Seu primo – que foi morar em Perus - na época comprou uma casinha com uma única safra”, lembra. Outro período de boa safra também continua em sua memória: “em 62 comprei uma área de várzea que era um alagado, meio alqueire, por 150 mil cruzeiros, foi um ano de estiagem igual à deste ano, mas em época diferente começou em março e choveu em outubro. Foi nesse período que fiz a drenagem, semeei o arroz, colhi 15 sacas que era vendido a seis mil cruzeiros cada saca. Consegui 90 mil com uma única safra. Hoje, se eu for plantar arroz para comprar terra vou ter que ir para o Rio Grande do Sul. O perfil da região mudou. Naquele tempo tinha o incentivo do pró-várzea depois, com o Código Florestal de 65 isto foi mudado. A fartura vinha da natureza preservada. As valas que fiz para a drenagem, com as chuvas de novembro, os lambaris e bagres subiam pelos canais, a gente selecionava o que queria consumir e devolvia o restante para o rio. Hoje, para achar um lambari ou bagre neste rio, é difícil” lamenta. O produtor credita isto à degradação: “nossos avos cortaram as matas, plantaram café, quando se incentivou pra queimar o café, o capim gordura nasceu espontaneamente aí, tirar leite era uma atividade extrativa, separava a vaca do bezerro, tirava o leite e comercializava, tirar leite era um bico. Hoje é diferente, quem tira leite tá plantando ‘brachiaria’ ou fazendo outros tipos de pastagem, custa dinheiro fazer”, explica.

O problema da água não é falta de chuva, mas um descontrole do clima Conversamos sobre vários assuntos e, como ex-funcionário da Sabesp, não podíamos deixar de falar sobre a crise de água que afeta o sistema Cantareira. Inácio é membro do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente-Comdema, do qual participa ativamente e, pela sua experiência de vida e trabalho, entende que a degradação ambiental tem contribuído para este cenário de crise hídrica. “Este problema da água não é um problema só nosso, é algo climático, mundial, não é que não esteja chovendo, o rio madeira, por exemplo, está causando transtorno, chove muito no Sul, ano passado o Espírito Santo foi inundado, isto tudo era chuva que caia aqui. Ouvimos uma série de baboseira de que a água está acabando. A água tem um ciclo, desde que o mundo é mundo. Lembro-me que na época do Ari Cardoso (ex-prefeito) foi feita uma adutora pra 100 litros por segundo. Minha chácara está abaixo do ponto de captação e eu tenho água ainda, porque é o bairro do Sabiá 1, bastante preservado. Antigamente tinha lavoura de batata, que poluía, hoje não existe mais” afirma. Inácio acredita que um bom planejamento colocado em prática seja uma saída: “na próxima reunião do Condema que faço parte. Vao discutir o Plano de Manejo da Piracantareira, é coisa mais simples que tem. Por exemplo: Joanópolis capta água no rio correnteza, faz uma análise de onde capta

e a análise na saída, ela tem que devolver com a mesma qualidade. Se São Paulo fizesse isto, estaria usando a água do rio Tietê. Lá na capital não falta água, quantas vezes ficamos presos por algamentos? Pegue a água limpa e devolva limpa. Acabe com o desperdício, a Sabesp perde 25% da água tratada. Falta gestão e visão mais simples, sem complicar as coisas” defende.

Vontade de inovar

Inácio, com seus já bem vividos 72 anos não fala em aposentadoria, continua sonhando e tem projetos que pretende desenvolver em Joanópolis. Um deles envolve sua propriedade e o outro, os produtores de mel. “Quero transformar minha propriedade em uma casa de campo para gerar renda. Hoje, o roteiro da Cachoeira dos pretos traz muita demanda, um turismo diferenciado, o pessoal vem visitar uma vez com a família, passar o final de semana e quer conhecer os produtores locais, as atividades de plantio, artesanato, culinária. O turismo público gera mais eventos, às vezes, do ponto de vista econômico não é bom, a festa de São João, por exemplo, vem os ambulantes de fora e levam o dinheiro, e o comércio da cidade não ganha muito com isto, aliás, tem gasto, tem transtorno, mas é tradição, tem o lado religioso mas tem o comercial também. Acho que tem que aprimorar algo neste sentido. As barracas de comidas típicas, coisas locais poderiam ser mantidas pela comunidade, produtores, entidades, fazem mas é incipiente ainda” explica. Um dos motivos de orgulho de Inácio foi ter conseguido implantar o Roteiro da Cachoeira dos Pretos durante sua gestão enquanto secretário da Agricultura (2009/10): “junto com seu Manoel (ex-presidente do Sindicato Rural), fizemos uma parceria boa e criamos o Roteiro da Cachoeira dos pretos o pessoal está ganhando dinheiro com isto. Trouxemos o curso do Senar que deu a capacitação. O produtor não muda nada na estrutura de seu sítio, continua produzindo e desenvolvendo suas atividades, o Sindicato Rural ajuda e incentiva essas iniciativas”. Seu Inácio tem consciência que com a mudança do perfil da região, antes agrícola, hoje os produtores precisam buscar outras alternativas: “uma cidade pequena como Joanópolis em que o Índice de Desenvolvimento Humano-IDH é baixo, por conta desta represa que mudou o perfil da região, as pessoas que produziam nas melhores terras foram forçadas a sair, caso semelhante a Piracaia, Vargem, Nazaré, foram penalizados na arrecadação. Lembro-me da Fazenda São Vicente, do senhor Nicolino Russo produzia uma cachaça de exportação, colonial, fazenda bem montada. A do João Nicheli, era vizinho, abaixo da represa. O dia em que entraram com as máquinas para cortar eu estava lá, era apontador de obra, dava pena de ver, o homem ficou doente. Era uma vida ali”, lembra com tristeza. Para ele, as alternativas estão no turismo rural, ecológico, de aventura, ou mesmo, quem quer permanecer na roça, tem a agricultura

OUTUBRO/14 orgânica: “na época que estive secretario seu Manoel foi parceiro muito importante. O seu Jesuino da Fazenda Bela Vista, foi presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, seu sogro tem fazenda no Mato Grosso e ele queria vender sua propriedade e ir para lá. Mas aí apareceu este curso do Senar, começaram a fazer. Jesuino começou produzir batata, deu certo, hoje ele tem contrato com o Pão de Açúcar, já visitou os EUA pra ver como funciona lá. Ele tem a marca dele, certificado, batata é difícil de produzir, mas a região favorece. Outra alternativa são as frutas, o pessoal ainda não atentou, mas temos o mesmo potencial pra produzir Amora, Franboeza, etc, o mesmo que se produz em São Bento do Sapucai, Campos do Jordão. Tem possibilidades de diversificar o foco, o orgânico é ambientalmente correto, usa mão-de-obra familiar, a Bela Vista, por exemplo. Há pouca gente de fora, estes, o Claudio integra, dando assistência técnica na propriedade da pessoa que produz e ele comercializa a produção, como ocorre nos estados do Sul com a Sadia, Perdigão, ela praticamente leva toda a tecnologia e assistência técnica e o produtor vende a mão de obra dele. É uma experiência bem sucedida que dá pra trazer para cá, basta sensibilizar a população que tem que mudar o foco, sair do feijão com arroz”, afirma.

Quero ser um integrador

Seu segundo projeto está ligado à produção de mel. Inácio quer ser um integrador dos produtores: “tem muitos produtores pequenos em Joanópolis, alguns produzem 200 a 300 kg por ano, e acamab vendendo no comércio clandestino. É preciso organizá-los. Meu irmão, por exemplo, tem umas 25 colmeias, umas dão 50 kg/ano, se todas forem bem trabalhadas, da pra tirar uma tonelada, já começa a ter possibilidade de profissionalizar, agregar valor, pegar nicho de mercado, certificado orgânico, vender em sachês”, explica. Há muita desconfiança e reclamação quanto ao Serviço de Inspeção Municipal-SIM: “com a entrada do SIM, o pessoal acha complicado e ameaça parar de produzir. O produtor tem que entender que ele também é um consumidor, o filho dele também come a merenda escolar, da mesma forma que quer produto de qualidade para seu filho, ele também tem que oferecer o seu. Isto tem um custo, mas tem a contrapartida que eles já receberam: o treinamento gratuito, o crédito do Pronaf, de graça, em Joanópolis quem tem a DAT, a Secretaria de Agricultura faz o projeto para ele de graça, como incentivo. Não está arcando com subsídio mas é uma renúncia fiscal quem, na realidade se equiparam ao subsídio agrícola. Não dá para entender apenas como ônus”. O produtor sabe que além de tudo isto, tem a desconfiança vinda de experiências negativas como a da cooperativa de laticínios que faliu e gerou muitas suspeitas de gestão temerária: “as pessoas têm medo de alguém puxar o tapete, tem que vencer esta desconfiança e acreditar. Hoje é mais fácil trabalhar com a transparência e seriedade”, aposta.

Enviem suas críticas e sugestões para o Piracaia e Joanópolis Rural: (11) 4036-7339 ruralpiracaia@gmail.com redacao@piracaiahoje.com.br


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Joanópolis participa da primeira Oficina do SUASA-SISBI

A Prefeitura de Joanópolis, representada pela médica veterinária Michelle Gomes Barreto, participou da Primeira Oficina no Estado de São Paulo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SUASASISBI) de 1 a 5/09/2014, com o objetivo de receber orientações sobre a adesão ao Programa, bem como sobre a construção de programas de trabalho que serão implantados no município. Estavam presentes no evento representantes do Ministério da Agricultura (DIPOA), Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo-CDA, ITESP, Instituto Mineiro Agropecuário-IMA, Prefeituras de Itu, Itapeva, Rio Claro, Laranjal Paulista, Jales, Turmalina, Araçoiaba, Campinas, Bauru, Franca, Joanópolis e Ponta Porã-MS. O SUASA-SISBI é o novo sistema de inspeção, organizado de forma descentralizada e integrada entre a União, através do Ministério da Agricultura e AbastecimentoMapa, que coordena o sistema

como Instância Central e Superior; os estados como Instância Intermediária; e os municípios, como Instância Local. A adesão é voluntária e depende da vontade de cada estado e município em participar desse novo sistema de inspeção sanitária. Com a adesão do Município ao programa, produtos registrados no Serviço de Inspeção MunicipalS.I.M poderão comercializar em todo o País. Para termos a adesão será necessária a comprovação que temos as condições de avaliar

Sempre preocupada com o bem-estar dos animais e com a profissionalização dos médicos veterinários que atuam no Brasil, a Vetnil promove ciclo de palestras em diversas cidades brasileiras, em parceria com o Dr. Rodrigo Cardoso Rabelo, presidente do Departamento de Medicina Veterinária Intensiva da Associação de Medicina Intensiva Brasileira-AMIB. No dia 7 de outubro o evento acontece no Hotel Nacional Inn, em Sorocaba. Já no dia 8, Rodrigo fará apresentação no Hotel Golden Park Viracopos, em Campinas. Com o título “Doutor, Quando Ele Volta pra Casa?”, as palestras vão abordar os erros mais comuns cometidos pelos profissionais da saúde animal em meio à rotina da clínica veterinária. Além disso, os participantes receberão dicas valiosas sobre procedimentos que minimizam o mal-estar animal causado por possíveis internações ou prescrição equivocada de medicamentos. O evento também explicará que a diminuição dos erros está diretamente ligada com o período de hospitalização

do animal e à satisfação dos clientes, ou seja, diminuindo-os, aumenta-se o giro na internação da clínica, contribuindo para a ampliação das taxas de altas bem sucedidas e para que os animais passem mais tempo em casa com seus tutores. Rabello também comentará sobre as soluções para falhas recorrentes relacionadas à nutrição do animal, seja pela prescrição equivocada de jejum ou pela indicação de calorias abaixo do que o animal necessita para estar saudável. Cristiano de Sá, diretor de marketing e novos negócios da Vetnil, comenta sobre a importância de se investir em eventos como esse, que levam informação aos profissionais da área. “É fundamental que a Vetnil leve aos médicos veterinários de todo país sua expertise em saúde veterinária. Contribuindo para o bem-estar animal, a profissionalização do setor de serviços e o desenvolvimento do mercado como um todo”, diz. Os médicos veterinários interessados em participar devem entrar em contato com o Departamento Comercial da Vetnil

a qualidade e a inocuidade dos produtos de origem animal com a mesma eficiência do Ministério da Agricultura. A Prefeitura de Joanópolis já recebeu a Auditoria Orientativa do MAPA ao Serviço de Inspeção Municipal, o próximo passo é o encaminhamento dos documentos para uma Auditoria Documental. É dessa forma integrada e descentralizada que o SUASA articula em termos de resultados equivalentes da qualidade sanitária dos produtos.

Vetnil promove ciclo de palestras para veterinários em Sorocaba e Campinas através do telefone 0800 10 91 97 ou pelo email comercial@vetnil.com.br. Ciclo de Palestras Vetnil – Sorocaba Data: 7 de outubro - 19h30 Local: Hotel Nacional Inn Sorocaba Rodovia Sen. José Ermírio de Moraes – KM 2,6 – Sorocaba/SP (GPS | SP 75) Ciclo de Palestras Vetnil – Campinas Data: 8 de outubro - 19h30 Local: Hotel Golden Park Viracopos R. Antonio Luchiari, 900/8 – Distrito Industrial de Campinas – Viracopos/SP Sobre a Vetnil Fundada pelo médico veterinário Dr. João Carlos Ribeiro, a Vetnil atua há 20 anos no mercado, a empresa 100% nacional atua na área de pesquisas e desenvolvimento de produtos para nutrição de equinos, sendo líder de mercado no segmento. Também está presente no mercado PET estando entre os cinco maiores laboratórios do setor, desenvolvendo soluções voltadas à saúde e nutrição dos animais de companhia, e no segmento de animais de produção.

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Agropecuarista defende mais florestas para combater falta d’água

As secas prolongadas que têm afetado diversos estados e levado à iminência de racionamento na maior cidade do País, São Paulo, não se resolverão só com a volta das chuvas. É preciso reflorestar as nascentes e margens dos rios para garantir um suprimento de água confiável e perene. O alerta não vem de setores ambientalistas, mas de um segmento durante muitos anos associado à derrubada das matas: os agropecuaristas. A segurança hídrica afeta não só as torneiras da população, mas coloca em risco o próprio negócio dos fazendeiros, que precisam de água abundante para irrigar suas plantações. A opinião foi externada pelo diretor da Sociedade Nacional de AgriculturaSNA, Alberto Figueiredo, em entrevista à Agência Brasil. “O que acontece é que a escassez de água, neste momento, está recrudescendo. Está acontecendo de fato e deixando milhares de pessoas na sede. O fato se tornou grave e alarmante. O que nos preocupa é que não há qualquer trabalho feito pelas autoridades no sentido de manter as fontes de água, as nascentes, as florestas nas encostas, as reservas ciliares para garantir os cursos d’água. Isso não acontece na intensidade que deveria, e pode fazer com que crescentes contingentes de pessoas fiquem sem água”, alertou Figueiredo. A escassez de água e a diminuição dos cursos d’água acabam por inibir novos projetos de irrigação e afetam as iniciativas existentes no campo, segundo o diretor da SNA. “A gente sabe que as produções, tanto agrícolas quanto pecuárias, sem irrigação, tornam o processo extremamente difícil em termos de produtividade”, salientou. Para ele, os governos deveriam incentivar, monetariamente, os fazendeiros a replantarem as áreas de preservação permanente, principalmente as encostas. As matas nesse tipo de terreno têm a função de reter e fazer infiltrar as chuvas, evitando que grande volume de terra acabe assoreando os córregos e rios. Segundo Figueiredo, “o novo Código Florestal diminuiu as exigências de reflorestamento em áreas declivosas, o que é grave, pois são terrenos que não dão produtividade nem para a pecuária nem para a agricultura, e se prestam efetivamente para as florestas. O que precisamos é fazer funcionar um dos artigos do Código Florestal que permite remunerar os produtores que fizerem conservação de recursos hídricos, pela manutenção das matas ciliares, ao redor das nascentes e também nas encostas”. Figueiredo acredita que as novas gerações de agropecuaristas têm nova visão ecológica do processo produtivo. “A geração atual está consciente disso. O que precisa é o governo fazer cumprir a legislação que existe. Hoje não há, por exemplo, profissionais distribuídos pelo interior para orientar os produtores em relação ao preenchimento do cadastro ambiental rural”, ressaltou. O dirigente da SNA também prega o aumento da produtividade na criação de gado, colocando mais animais em espaço menor e abrindo área para o reflorestamento. Pelas suas contas, “hoje temos 1,2 cabeça de boi por hectare, em média, no Brasil. Já estamos conseguindo, em algumas propriedades, 15 cabeças por hectares. Podemos multiplicar por dez, no mínimo, a produtividade, ou diminuir em 90% a área ocupada, mantendo a mesma produção. Esta área que vai ser liberada, a partir da racionalização do uso do solo, vai permitir que se recomponham as matas”. (Fonte: Agência Brasil.


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Creches municipais recebem complementação para merenda escolar

Joanópolis é beneficiada pelo NutriSUS do Ministério da Saúde, o programa de fortificação da alimentação infantil envia 9.300 sachês de micronutrientes (vitaminas e minerais) em pó para Joanópolis, sendo estes utilizados nas refeições dos 155 alunos das creches municipais Bruna Caparica Filha e Joana Conceição Cardoso Costa. Os primeiros anos de vida configuramse em um período de intenso crescimento e desenvolvimento, sendo, portanto, uma fase dependente de vários estímulos para garantir que as crianças se relacionem com a vida de modo saudável. As práticas alimentares inadequadas nos primeiros anos de vida estão intimamente relacionadas à morbimortalidade de crianças, representada por doenças infecciosas, afecções respiratórias, cárie dental, desnutrição, excesso de peso e carências específicas de micronutrientes como ferro, zinco e vitamina A. Estima-se que um quarto da população mundial tenha anemia, sendo considerada um grave problema de saúde pública, e considerada a deficiência nutricional de maior magnitude no Brasil. Entre os

grupos mais susceptíveis para os efeitos prejudiciais da deficiência nutricional, estão as crianças menores de dois anos, devido ao alto requerimento de ferro para o crescimento, que dificilmente será atingido somente pela alimentação. A deficiência de ferro é a principal causa da anemia em crianças, sendo que a deficiência de outros micronutrientes prejudica o metabolismo do ferro. A partir da prioridade de cuidado integral de crianças de zero a seis anos, estabelecida pela Ação Brasil Carinhoso, componente do Plano Brasil Sem Miséria, o Ministério da Saúde lançou a estratégia NutriSUS – fortificação da alimentação infantil com micronutrientes, que consiste na adição direta de nutrientes em pó aos alimentos. Essa estratégia visa potencializar o pleno desenvolvimento infantil, a prevenção e o controle das deficiências de vitaminas e minerais na infância. A fortificação com micronutrientes em pó é conhecida internacionalmente como Home Fortification ou fortificação caseira. Estudos mostram que a fortificação caseira é tão efetiva como a suplementação com ferro no tratamento da anemia e

causa menos efeitos colaterais. Também foi observado que com o uso dos micronutrientes, no período de um ano, a redução da deficiência de ferro em 51% e de anemia em 31%, quando comparadas às crianças que receberam placebo ou não receberam intervenções. Devido ao tempo que as crianças permanecem na escola, realizando refeições e estabelecendo uma rotina, a estratégia será implantada em creches participantes do Programa Saúde na Escola-PSE, potencializando a capacidade da escola, abrangendo crianças a partir dos seis meses de idade. A complementação da merenda escolar com micronutrientes não é constante, ela ocorre diariamente por 60 dias e demanda um período de quatro meses de pausa na administração. É importante que os pais que realizam algum tipo de complementação alimentar com os filhos, conversem com os profissionais de saúde da UBS de Joanópolis, para evitar o excesso de nutrientes, que podem causar problemas de saúde nas crianças.

ANUNCIE (11) 4036-4747

redacao@piracaiahoje.com.br

Programação dos cursos Sindicato Rural e Senar - 2014 PIRACAIA OUTUBRO 14 a 17

Artesanato em Folhas Esqueletizadas Decorativos

NOVEMBRO 17 a 21

Rédeas

DEZEMBRO 08 a 12

Bovinocultura de Leite – Casqueamento

JOANÓPOLIS NOVEMBRO 28 a 30

caprinocultura - manejo de cria e recria

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Agenda Rural

Cursos de Educação à Distância do Senar Trabalhador Empreendedor Negócio Certo Rural – Internet Negócio Certo Rural – CD-ROM

Saiba mais: http://ead.senar.org.br/cursos

CLASSIFICADOS COMPRO E VENDO Pato Galinha Angola Carneiro Cabrito

(11) 9.6387-0526 (vivo)


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