Carta Brain 16

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Carta Instituto BRAiN

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Informativo exclusivo aos integrantes do CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DIRETORIA ESTATUTÁRIA

Prezado senhor Abram Szajman, estas são as notícias do mês de Fevereiro. Boa leitura.

Fundos de pensão e soberanos são foco de grupo de atração de investimentos O Instituto BRAiN, no âmbito do Grupo de Atração de Investimentos Estrangeiros, iniciará, em 2016, o mapeamento de dois grandes grupos de investidores, com seu potencial e eventuais entraves para o investimento no País. São eles os fundos de pensão e os fundos soberanos. A entidade escolherá uma entre cinco consultorias para conduzir o processo: EY, KPMG, PwC, Oliver Wyman ou McKinsey. A indústria de fundos de pensão representa, globalmente, um dos segmentos com maior potencial de investimento. Somados, os ativos de Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá e Holanda atingem um total de mais de US$ 22 trilhões. A ideia do projeto é entender a dinâmica desse mercado, identificar seus players mais importantes, onde investem e, evidentemente, eventuais barreiras que dificultem o processo de investimento no Brasil. Assim, o projeto deverá servir como subsídio para uma possível readequação da base regulatória para ampliar os investimentos. Já os fundos soberanos, segundo o The Sovereign Wealth Fund Institute (SWFI), somam um total de US$ 7,2 trilhões em ativos sob gestão (AUM), constituindo também uma importante base na busca de investimentos estrangeiros. Os maiores fundos, segundo a instituição, são o Norway (da Noruega, US$ 825 bilhões em AUM), o Abu Dhabi Investment Authority (ADIA, US$ 773 bilhões em AUM) e o China Investment Corporation (US$ 747 bilhões). Da mesma forma que será feito com os fundos de pensão, os fundos soberanos deverão ser mapeados e avaliados, resultando, por fim, num importante e aprofundado estudo sobre seu potencial e possíveis gargalos que dificultem a atração de investimentos no Brasil. Estas ações gerarão propostas concretas de melhorias regulatórias. Deverão ser mensurados os impactos, do ponto de vista regulatório, para esses dois grupos de fundos, de um determinado país ser ou não membro OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e de ter ou não grau de investimento (investment grade) por parte de agências de classificação de risco. O resultado do processo de seleção será divulgado ainda em fevereiro.


Projeto de Integração prevê passaporte de Fundos No projeto Integração Financeira da América Latina, a perspectiva, em 2016, é de desenvolvimento de novos mecanismos de integração entre os países objeto do trabalho – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. O primeiro deles seria o ‘Latin American Depositary Receipt’ (LDR), tanto para equity quanto renda fixa. Os LDRs seriam recibos de depósito semelhantes aos já existentes na Europa, mas com trânsito em toda a América Latina. Atualmente, 38% dos negócios com ações das empresas da região são realizados em Nova York, na forma de recibos, e a capitalização de mercado dos ADRs de empresas latino-americanas é da ordem dos US$ 500 bilhões. A criação dos LDRs poderá ampliar o mercado de capitais da região, aumentando sua liquidez. O projeto de Integração também enfocará a criação de um passaporte regional de fundos para facilitar a distribuição de fundos no mercado local e na região. O modelo já é adotado na Europa e Ásia, totalizando mais de US$ 7 trilhões em ativos sob gestão (AUM). Na Europa, os passaportes UCITS (Undertakings for Collective Investment in Transferable Securities) e AIFMD foram essenciais para o crescimento e consolidação da indústria de fundos e atração de investimentos para a região. Por isso, o modelo europeu deverá servir como um dos principais parâmetros para o padrão a ser desenvolvido na América Latina. Por fim, será realizado, no âmbito do projeto de Integração, um estudo das operações de hedge cambial do mercado de capitais na América Latina, fundamentais para a escolha do mercado e, consequentemente, aumento da liquidez na região. O risco cambial é um dos principais entraves para a formação do bloco da região latino-americana. Atualmente, a BRAiN está em fase de contratação dos consultores para o desenvolvimento dos estudos, que deverão ser concluídos num horizonte de um ano.

Notas O projeto Integração Financeira da América Latina foi um dos temas tratados pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, em rodada de discussões sobre o mercado de capitais no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça).

Agenda Reunião da Diretoria Estatutária: 19 de fevereiro Conselho de Administração: 10 de março

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