Manutenção de cepas para controle de qualidade em Microbiologia Clínica Carmen Paz Oplustil Outubro/2011 carmen.oplustil@formatoclinico.com.br
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• Controle de qualidade
• Garantir a qualidade dos processos
PROGRAMA DE GARANTIA DA QUALIDADE EM MICROBIOLOGIA EQUIPE Direção e Colaboradores
CEPAS DE REFERÊNCIA
CONTROLE INTERNO E EXTERNO
PLANO DE GESTÃO DA QUALIDADE
DOCUMENTOS E FORMULÁRIOS
Parâmetros da Qualidade • Plano de qualidade por escrito • POPs • Pessoal capacitado e motivado • Garantir amostras adequadas • Sistemas analíticos adequados
• CIQ e CEQ da qualidade • Laudos informativos, em tempo hábil • Espaço de trabalho adequado • Segurança do trabalho • Auditoria e acreditação
CIQ na Microbiologia O que controlar • Meios de cultura • Kits e reagentes • Colorações • Antibiograma e discos de antibióticos • Reações bioquímicas • Sorotipagens • Metodologias automatizadas • Equipamentos
Objetivo do Controle Interno da Qualidade • Garantir a qualidade e reprodutibilidade dos processos e
das análises microbiológicas ------ verificação contínua de possíveis interferentes, fornecendo resultados confiáveis, que possam contribuir de forma eficaz no estabelecimento do diagnóstico pelo clínico.
CIQ na Microbiologia O que controlar • Meios de cultura • Kits e reagentes • Colorações • Antibiograma e discos de antibióticos • Reações bioquímicas • Sorotipagens • Metodologias automatizadas • Equipamentos
Controle de performance dos meios Clinical Microbiology Procedures Handbook, 3ÂŞ.ed, 2010
CIQ na Microbiologia O que controlar • Meios de cultura • Kits e reagentes • Colorações • Antibiograma e discos de antibióticos • Reações bioquímicas • Sorotipagens • Metodologias automatizadas • Equipamentos
Controle Interno - Reagentes Clinical Microbiology Procedures Handbook, 3ÂŞ.ed, 2010
CIQ na Microbiologia O que controlar • Meios de cultura • Kits e reagentes • Colorações • Antibiograma e discos de antibióticos • Reações bioquímicas • Sorotipagens • Metodologias automatizadas • Equipamentos
Controle Interno - Corantes Clinical Microbiology Procedures Handbook, 3ÂŞ.ed, 2010
CIQ na Microbiologia O que controlar • Meios de cultura • Kits e reagentes • Colorações • Antibiograma e discos de antibióticos • Reações bioquímicas • Sorotipagens • Metodologias automatizadas • Equipamentos
Controle de qualidade - discos de antibi贸ticos
Frequência de realização do controle de qualidade do antibiograma
Identificar problemas
Manutenção de cepas para controle de qualidade em Microbiologia Clinica Objetivo • Manter as diversas cepas para o controle de qualidade interno de forma segura para garantir a qualidade dos processos.
Tipos de Cepas vamos manter • Cepas de coleções conhecidas de referência • Cepas isoladas no laboratório • Cepas recebidas como controle externo da qualidade
Muitos nomes, mesmo significado • • • • • • •
Culturas padrão Cepas padrão ATCC Cepas controle Cepas de referência Culturas de referência Cepas de teste Cepas de controle de qualidade
Cepas da rotina
Manutenção de cepas por curto período de tempo •
Meios mais utilizados para a manutenção: Tryptic Soy Broth (TSB), caldos nutrientes (BHI, Brucella) ou somente água destilada estéril, podendo ou não conter crioprotetores.
•
Subcultivos periódicos - Cepas de enterobactérias, Staphylococcus spp. e Enterococcus spp. se mantém viáveis por este método por aproximadamente 6 meses Óleo mineral estéril – associado a um meio Freezer - 20°C – meio é importante Disco de papel-filtro estéril – fungos e bactérias esporuladas Água mineral sem gás estéril – Microrganismos como Legionella spp e bacilos gram-negativos não fermentadores, preservam bem nessas condições por aproximadamente 1 ano Solução fisiológica estéril - Cepas de EPEC, EIEC, Salmonella spp., Shigella spp., Yersinia spp. empregadas no controle de qualidade dos antissoros
• • • • •
Manutenção de cepas por longos períodos de tempo • Liofilização • Temperaturas ultrabaixas • Crioprotetores – glicerol e DMSO, 5 -10% v/v do meio
Tabela 29.1 – Procedimentos utilizados para a manutenção de microrganismos. Microrganismos
Métodos de estocagem
Crioprotetores
Temperatura de estocagem
Tempo aproximado de preservação do
Freezer
Glicerol ou skim milk
– 20°C
1 - 3 anos
Freezer
Skim milk, glicerol
– 70 a –196°C
1 a 30 anos
Liofilização
Skim milk
2 a 8°C
30 anos
Subcultivos
Nenhum
2 a 8°C
2 a 3 meses
Freezer
Glicose
– 20°C
1 a 2 anos
Freezer
Skim milk, glicose
– 70 a –196°C
3 a 30 anos
Liofilização
Skim milk + lactose
2 a 8°C
30 anos
Freezer
Skim milk
– 20°C
2 meses
Freezer
Skim milk
– 70 a –196°C
2 meses a 1ano
Liofilização
Skim milk
2 a 8°C
6 meses a 30 anos
Freezer
Skim milk
– 20°C
3 a 5 anos
Freezer
Skim milk
– 70 a –196°C
3 a 5 anos
Liofilização
Skim milk
2 a 8°C
16 a 30 anos
Freezer
Sacarose, lactose
– 20°C
1-2 anos
Freezer
Sacarose, lactose, glicerol ou skim milk
– 70 a –196°C
2 a 30 anos
Liofilização
Skim milk, lactose, sacarose
2 a 8°C
30 anos
Subcultivo
Nenhum
TA
1-3 meses
Leveduras
Água destilada
Nenhum
TA
1-2 anos
Fungo filamentoso
Subcultivo
Nenhum
4 a 25°C
2 a 10 anos
Freezer
Glicerol, DMSO
–70 a –196°C
2 a 30 anos
Liofilização (formadores de esporos)
Glicerol, DMSO, sacarose, skim milk
2 a 8°C
2 a 30 anos
microrganismo Bactérias gram-positivas
Bactérias esporuladas
Streptococcus
Mycobacterium
Bactérias gram-negativas
Adaptada de: PETTI, CA. Procedures for the Storage of Microrganisms. In: Manual of Clinical Microbiology / editor in chief, Patrick R. Murray; editors, Ellen Jo Baron[et al], 9th Edition, v. 1, 2007. DMSO = dimetil-sulfóxido; TA = temperatura ambient
Livro: Procedimentos básicos em Microbiologia Clínica 3ed. 2010
Cepas de referência • As mais conhecidas são as cepas ATCC (American Type Culture Collection) •
Apresentação das cepas de referência • Em swab • Liofilizados
Manuseio das cepas Definições • Cepas ATCC – subcultivadas para criar as culturas de estoque • Culturas de estoque são subcultivadas para criar as culturas de trabalho • Culturas de trabalho são mantidas em tubos com meio de cultura para os testes do dia a dia
• Subcultura – é 1 passagem • Passagem – transferência de bactérias de uma cultura fresca para um novo meio de cultura. Cada transferência é um subcultivo que corresponde a uma passagem
Manuseio das cepas Definições • Uma passagem é definida como o crescimento do microrganismo em meio de cultura sólido ou líquido. • Ressuscitar um microrganismo congelado ou liofilizado por descongelamento ou hidratação não é considerado uma passagem. • Subcultivar um microrganismo ATCC congelado ou liofilizado para fazer a cultura estoque é considerado a primeira passagem. • Subcultivar esta cultura de estoque é considerada a segunda passagem • Subcultivos subsequentes são consideradas passagens.
Esquema de manuseio das cepas de ReferĂŞncia
1 passagem
0 passagem
3 passagem
2 passagem 2 passagem 3 passagem
4 passagem
2 passagem
Microbiologics
1 geração
2 geração
3 geração
4 geração
Importante • ATCC recomenda que as cepas sejam utilizadas atÊ 5 passagens a partir da cepa ATCC.
Empresas com licença para comercializar cepas ATCC • www.atcc.org
• Microbiologics (PlastLabor)
Pontos importantes • Cepas ATCC comercializadas por empresas que não a própria ATCC estão em geral, a 1 ou 2 passagens da cepa de referência. • Verificar cuidadosamente a bula do produto adquirido. • Sempre verificar se a cepa adquirida é da ATCC • Não existe “similar a ATCC” como sendo ATCC.
Outras cepas de referĂŞncia www.ukcc.co.uk
www.wfcc.info
DĂşvidas ?
Obrigada pela oportunidade!
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