Nº07
CENTRO INTERNACIONAL DE VOO À VELA DE MOGADOURO
A AVIAÇÃO, OS HUMANOS E AS SUAS DECISÕES
OTTO LILIENTHAL, VIDA E OBRA DO PRIMEIRO AVIADOR
VOO À VELA VINTAGE EM CRESCIMENTO
SIE-3
Uma máquina presente entre passado e futuro
GANHA ASAS VEM VOAR COM AS ÁGUIAS
ESCOLA DO CENTRO INTERNACIONAL DE VOO À VELA DE MOGADOURO Curso de Piloto de Planador Curso de Conversão de Piloto de Avião e de ULM para Planador Jornadas de Iniciação ao Voo à Vela
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EDITORIAL
Os Invisíveis
Embarca neste projeto de entusiastas do Voo Ă Vela www.issuu.com/planadouro planadouro@gmail.com
SUMÁRIO Os Invisíveis CIVVM, sempre na crista da onda Um novo piloto, duas novas máquinas Seminário de refrescamento para instrutores
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A Aviação, os Humanos e as suas Decisões Galeria “Red Burros 2017” Galeria “Térmicas Red Burros 2016 e 2017” Workshop “Pisco - voa bem e é fácil de construir”
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Uma máquina presente entre passado e futuro SIE-3, a derradeira variação de um tema vencedor PB-SIE-3 Voo à Vela Vintage Otto Lilienthal O hidroplanador Portugal Charles Atger, um recorde para a eternidade Ilusões vestibulares Rebocar planadores… por terra Charriô vanguardista Em aeronáutica, segurança acima de tudo O início de tudo O despertar de Castanheira Moda “Hi Vis” Galeria de heróis BZM “Italian Vintage Sailplanes” de Vicenzo Pedrielli
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VHF
09 05 2018
SEMPRE NA CRISTA DA ONDA
É
“
Desta forma estaremos melhor preparados. Mais agregados, repartidos por grupos de competência, com uma organização definida e com regras. Mais consistentes e mais eficientes. O nosso objetivo é que cada vez mais o CIVVM seja a melhor alternativa em Portugal para a prática da nossa apaixonante modalidade.
”
UM NOVO LOGÓTIPO
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VHF
A
Seminario de refrescamento
Instrutores de voo de planador em Montemor-o-Novo No dia 18 de março de 2018 realizou-se um seminário de refrescamento dirigido a instrutores de voo de planador. Nele participaram representantes dos centros e das associações de voo à vela existentes no país, nomeadamente do CVL, do CIVVM e do AeCP.
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EM PLANO DE VOO
A Aviação, os Humanos e as suas Decisões Por Mathieu Neuforge
“O "factor humano" é hoje a causa mais frequente de acidentes aéreos (cerca de 75%). Os humanos erram, violam regras, sofrem de fadiga, necessitam de alimentação, de folgas, de férias, de "condições" e custam uma fortuna em formação e treino.“
Modelos de Decisão para Aviação PIOSEE Problem Information Options Select Execute Evaluate
Piloto Humano versus Tecnologia
DODAR Diagnose Options Decide Assign Review
SAFE State the problem Analyze the problem Fix the problem Evaluate the result
FORDEC Facts Options Risk/benefit Decision Execute Check
FATE Fly the aircraft Analyze the alternatives Take action Evaluate
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EVENTOS
Modelo de planador no workshop “Jovens Grifos”
PISCO Voa bem e é fácil de construir!
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DOSSIER SIE-3
SIE-3 Uma máquina presente entre passado e futuro Por Gabry Hernandez Tradução de João Castro
PILOTAR UM CLÁSSICO
QUALIDADES EM TÉRMICA
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DOSSIER SIE-3
A efetividade destes freios aerodinâmicos é brutal e deve destacar -se que há poucos planadores com tal resposta, o que faz dele uma máquina muito boa para todos os pilotos.
ATERRAGENS DE PRECISÃO
O armário voador de Mogadouro
TRABALHOS DE RECUPERAÇÃO
Esperamos que a vida deste planador se prolongue por muitos e longos anos e continue a deleitar os felizes pilotos com voos seguros e desafiantes.
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DOSSIER SIE-3
Optimizando a tecnologia de construção de planadores em madeira e tela, característica dos anos 60, Paul Siebert e Wilhelm Kürten conceberam e produziram o SIE-3, um modelo da classe standard, que dava continuidade ao grande sucesso da geração Ka6 da marca Schleicher, mas mais espaçoso, com boas performances e custo atrativo, visando o mercado dos clubes de voo à vela. O voo inaugural do protótipo realizou-se com sucesso em setembro de 1968.
SIE-3 A derradeira variação de um tema vencedor Por João Corredeira
A
Sie-3
A marca SIEBERT
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DOSSIER SIE-3
SIE 3
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DOSSIER SIE-3
Quadro de produção e registo dos planadores SIE-3
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TEMAS VV
Por Pedro Castanheira
“
A atividade focada no voo, manutenção e preservação de planadores concebidos e produzidos há mais de quarenta anos, os chamados planadores “antigos” e “clássicos” é um mundo especial, que conta com grupos muito motivados e ativos, unidos na determinação de manter vivo o traço da passagem do tempo nos centros de voo e nos céus.
”
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TEMAS VV
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GLISSAR NO TEMPO
Por João Castro
Otto Lilienthal Visionário, piloto-de-teste, engenheiro de projeto e construtor, cientista, investigador de aerodinâmica e mártir
O sonho de voar
“
Voar como os pássaros é um sonho tão antigo como a capacidade de sonhar. Em 1981 os céus germânicos testemunharam o 1º voo pilotado numa aeronave não motorizada de asa fixa: o planador dos irmãos Lilienthal.
”
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GLISSAR NO TEMPO
Investigação e ação
“
Numa fase inicial acreditava que a dinâmica de voo das aves tinha a maioria das respostas para o projeto de uma aeronave com suficiente performance.
”
O livro “DER VOGELFLUG ALS GRUNDLAGE DER FLIEGEKUNST“
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GLISSAR NO TEMPO
Conclusão / o fim do sonho
Otto Lilienthal / Resumo biogrรกfico
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“
GLISSAR NO TEMPO
...whenever the laurels of success are attained by an aviator of the present day, let him remember with grateful acknowledgment the work of Otto Lilienthal!...
�
Planador de Otto Lilienthal testado em laboratรณrio
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HISTÓRIA DO VOO À VELA EM PORTUGAL
O “Portugal” foi o primeiro planador original, projetado e construído em Portugal. O autor deste projeto pioneiro foi o Engª Varela Cid. O projeto da aeronave, de descolagem aquática, iniciou-se em 1929, a construção decorreu até 1931.
A
O hidroplanador “PORTUGAL” Voo à vela marítimo - Um novo desporto? Por João Castro
Hidroplanador: um desafio tecnológico e operacional
Arthur Varela Cid
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HISTÓRIA DO VOO À VELA EM PORTUGAL
Embora o nome Varela Cid não conste nos registos como um piloto de planador detentor de marcas ou records, pilotava frequentemente as suas aeronaves em fase de teste.
Hidroplanador “Portugal” - Especificações Cronologia relevante
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GLISSAR NO TEMPO
“
Charles Atger
P
orventur
Naqueles tempos desenrolava-se uma verdadeira corrida aos recordes, todos queriam estar mais tempo no ar, e por isso voava-se de noite, os planadores transportavam baterias extra, tinham luzes de posição, faróis de aterragem e dispositivos de apoio básico à vida do piloto.
”
Por Joaquim Pires Coelho
Um recorde para a eternidade
Excertos da entrevista de Charles Atger, dada Ă sobrinha, Catherine Atger-Grellet, em 1998
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FATORES HUMANOS
Ilusões vestibulares e desorientação espacial em voo Por João Castro
A visão é o mais importante sentido do ser humano. Cerca de 70% da informação processada pelo cérebro é recolhida pelos olhos. Sem referências visuais externas podem ocorrer ilusões e desorientação espacial, consequência do conflito entre o que vemos e o que sentimos (diferença de perceção entre o sistema visual e o sistema vestibular).
A
Bases anatómicas e fisiológicas do equilíbrio
Tipologia de manobras
Orientação em voo
O principal problema em relação à orientação em voo é que o referencial imediato do piloto – o avião – está também em movimento, relativamente à superfície da terra e ao campo gravitacional.
Desorientação espacial
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FATORES HUMANOS
Situações que potenciam a ocorrência de desorientação espacial
Ampola / canais semicirculares
Tipos de ilusĂľes
IlusĂľes vestibulares somatogiras
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FATORES HUMANOS
Ilusões vestibulares somatográviticas
Prevenção de acidentes causados pela desorientação espacial
“A orientação durante o voo é essencial na prevenção de acidentes. A capacidade de manter a orientação, reconhecer a desorientação espacial, compreender os instrumentos de voo, corrigir a posição da aeronave ou interromper determinado procedimento ou manobra, é de importância primordial. O piloto tem que estar preparado e saber constantemente: de onde vem, aonde está e para onde vai !!!!!”
PRÁTICA
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REBOCAR O PLANADOR… POR TERRA Por Jorge Guedes
Rebocar o planador pelo ar é a actividade a que estamos habituados, e que nos apaixona. No entanto, quando temos de rebocar o planador por terra, estamos perante uma “modalidade” totalmente distinta, que exige também muita atenção da nossa parte, para chegarmos ao destino que pretendemos, sem sobressaltos e incidentes.
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PRÁTICA
Para os proprietários de planadores, ter condições para realizar deslocações por estrada é fundamental, tendo para isso que dispor desse equipamento central que é o atrelado, espécie de hangar nómada que garante a segurança, a proteção e o apoio na montagem/ desmontagem da máquina. O usufruto de todas estas mais-valias, pressupõe a verificação e o cumprimento das regas aplicáveis ao atrelado, ao automóvel e ao condutor!
C Pesos brutos máximos por categorias
Categorias de carta de condução com atrelado Categoria da carta
Peso bruto máx. do atrelado (Kg)
Peso bruto máx. automóvel (Kg)
Peso bruto máx. do conj. (Kg)
B
até 750
até 2750
até 3500
B a)
até 750
até 3500
até 4250
B+E
até 3500
até 3500
até 7000
a) ver condições no texto
Comprimento total do conjunto
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PRÁTICA
Por Nicolas Jourdain Trad. João Castro
O
Charriô vanguardista
“
O resultado final corresponde plenamente às expectativas. Acabou a preocupação de danificar o planador depois de cada voo, e a operação de colocação sobre o charriô é simples e sem esforço!
”
Por Angel Martinez Blanco Trad. de Jorge Guedes
Se existe alguma área onde a segurança é o fator mais importante, é sem dúvida o mundo aeronáutico. Provavelmente porque qualquer acidente ou incidente é mediático, tal faz com que a segurança esteja em primeiro lugar, antes de tudo o resto. Convém que pratiquemos a segurança conscientemente, até que esta se converta numa rotina que seja sempre aplicada.
Em aeronáutica
SEGURANÇA ACIMA DE TUDO
A
Comecemos por terra: Aeródromos e hangares
SEGURANÇA
Vestuário e acessórios pessoais
Bem estar e gestão do “stress”
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SEGURANÇA
Regras do Ar - É para cumprir!
“
Os planadores que entram no circuito para aterrar, têm prioridade, uma vez que reportam “vento de cauda”, e a partir desse momento só podem manobrar para aterrar. Interromper esta manobra, é colocar em risco os demais, e a eles próprios. Respeitar e não dificultar quem está á nossa frente, é absolutamente obrigatório. Briefings e instruções diárias antes dos voos, fazem parte da atividade normal.
”
Respeitar as companheiras aves
“
Agora que já sabem, recordem: se um abutre ou águia estão perto, é porque estão muito perto!
”
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DESCOBERTA
Jovem cadete no CIVVM
O Início de Tudo
Por Diogo Santos
Muitos se perguntam como é entrar num meio completamente novo e com tantos mitos como o da aviação. Neste artigo vou narrar a experiência de um rapaz de 17 anos, 15 no início, que se viu imerso neste meio.
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Histórias à parte...
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Por Pedro Castanheira
O despertar de Castanheira
VER DO CÉU - VIVER EM TERRA
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TENDÊNCIAS
Bibliografia e leitura aconselhada:
- Ementa do Restaurante “A Tasquinha” de Mogadouro - O Livro de Pantagruel - Antologia de Poesia Erótica de Bocage, Bocage
MODA HI VIS
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HUMOR
BOUO ZEM METORE Galeria de grandes planos dos herรณis BZM Por GONZELVIS
LEITURAS
Italia a voar Avela E
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Magazine do Centro Internacional de Voo Ă Vela de Mogadouro