PIAL #1 - Os 50 melhores discos de 2016

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Play It And Listen ANO 1 | JANEIRO 2017 | EDIÇÃO #1

2016 was mine?! OS 5 0 M ELHO R ES DISC O S DO A NO


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Acessa aí...

Melhores Músicas Camadas, da brasileira Céu, é uma das mais belas canções lançadas no ano. The 1975 e Frank Ocean também marcam presença. Veja mais em: goo.gl/bptEMM

Melhores clipes

De ANOHNI, a The Weeknd, passando por Kanye West e até Solange. Veja as melhores produções em vídeo de 2016. Veja mais em: goo.gl/7NawCd

Disco completo é aquele que capricha não apenas no conteúdo. Selecionamos as dez mais bonitas capas de álbuns. Veja mais em: goo.gl/WafDJm

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Foto: Reprodução

Melhores capas


EDITORIAL

Janeiro / 2017

UM “VIVA” PARA 2016!!!?

Pode parecer repetitivo dizer o quão importante é o pa-

pel da música em nossas vidas. Na verdade, não parece... é realmente repetitivo, como o refrão do single que toca incontáveis vezes nas principais rádios do Brasil a fora. Mas só é repetitivo porque em meio a tantas faixas, de diversos gêneros existentes no globo, não paramos para observar o fator remediador, físico e mental, que possui a música que por vezes taxamos como meros produtos. Não vou mentir: 2016 vai deixar saudade. Falo isso com a mesma propriedade de quem não gostou nada de viver os conflitos políticos, econômicos, sociais e até mesmo ambientais que este “caótico” ano trouxe para nós, mortais. Em escalas globais, a música nunca foi tão presente em causas importantes para pessoas reais, vividas sob um regime de impunidade e na maioria das vezes velado. Em escalas nacionais, nunta tivemos tantos grandes lançamentos, bons, em tão pouco tempo. Apesar dos pesares, 2016 ainda é um ano a ser celebrado. ASSIM NASCEMOS! Sob esta perspectiva abrimos o ano de 2017 com o lançamento desta revista. Para celebrar o que foi de melhor no ano anterior, e torcer para que a música mantenha o “fogo no olhar” que vivenciamos há pouco menos de um dia. Feliz 2017! Lucas Rodrigues, editor 03

o que é? Revista PLAY IT AND LISTEN é uma publicação online de responsabilidade do jornalista Lucas Rodrigues. Guarujá - SP | Brasil Com exceção dos artigos do editor, os artigos publicados na revista são de responsabilidade de seus autores, não necessariamente refletem a opinião do veículo. É expressamente proibida a reprodução parcial ou total do conteúdo deste material sem autorização prévia. Você tem alguma sugestão de pauta? Comentário sobre a edição? Quer fazer parte do projeto? Entre em contato: lucasrodrigues.jornalista@ gmail.com


CAPA


Foto: Reprodução

OS 50 MELHORES DISCOS DE 2016! MAS QUE ANO, HEIN?! CRISE POLÍTICA, ECONÔMICA, AMBIENTAL E SOCIAL... AINDA ASSIM, 2016 FOI UM ANO IMPORTANTÍSSIMO PARA A MÚSICA NACIONAL E INTERNACIONAL, E EM RAZÃO DISSO, O PLAY IT AND LISTEN LISTOU OS 50 MELHORES ÁLBUNS LANÇADOS NESTE “LONGO” ANO. QUEM ESTÁ NO TOPO? QUEM NÃO ESTÁ? E QUEM NEM MESMO CONSEGUIU UMA VAGA NO CORTE FINAL? CONFIRA!

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OS 50 MELHORES DISCOS DE 2016

CAPA

50º

48º

46º

MIOCARDIO BARRO

MAHMUNDI MAHMUNDI

LEVAGUIÃ TERÊ VITOR ARAÚJO

(Barro)

(Skol Music)

(Vitor Araújo)

Discoteca de ótima qualidade em voz brasileira. Mahmundi em seu primeiro disco de estúdio deixou sua marca e a vontade de quero mais.

Nem todos os projetos instrumentais costumam entrar em evidência. Levaguiã Terê, do brasileiro Virtor Araújo, é um em um milhão neste aspecto. Um álbum denso.

Inaugurando as listas do PIAL, Barro abre a lista de melhores discos com seu primeiro álbum. Ótima recomendação para os fãs de mpb.

47º

49º

OLOGY GALLANT (Mind Of A Genius)

Estreando na música, Gallant surpreendeu a todos com seu R&B de gente grande logo no primeiro trabalho. Destaque para os arranjos.

LADY WOOD TOVE LO (Island Records)

Sem uma disputa muito acirrada pelo pop underground, Tove Lo pode se orgulhar de ter lançado o melhor disco pop do seguimento. Excêntrico e radiofônico. 06


45º

42º

40º

ARIANA GRANDE

ESCORPIÃO GODASADOG

JUNK M83

(Republic Records)

(Victor Meira)

(Mute Records)

DANGEROUS WOMAN

Depois de refazer o Dangerous Woman, Ariana se tornou um sucesso pop ainda maior, se consagrando como a principal artista feminina da nova geração.

44º

Escorpião é uma das grandes surpresas do ano. Vindo de dois brasileiros, o álbum brinca com o eletrônico no melhor estilo Daft Punk.

41º

39º

(Elektra - NEK)

(Francisco, El Hombre)

Do Austrália para o mundo. Matt trouxe para o seu primeiro disco uma sonoridade voltada para o rock e blues, o que garantiu um trabalho mais do que sofisticado.

Militância fez a música em 2016. No primeiro disco da Francisco El Hombre, não faltou críticas para Bolsonaro, por exemplo.

DEATH OF A BACHELOR

PANIC! AT THE DISCO (Fueled By Ramen)

Em seu quinto álbum inédito, a Panic! teve que se reinventar mais uma vez. Desta vez saem as influências da The Police e entram Frank Sinatra e Fred Mercury. Vale a pena. 07

CASHMERE SWET SHOP BOYS (Customs)

Que 2017 nos traga mais misturas musicais como da Swet Shop Boys. Álbum de rap de britânicos e americanos com descendência árabe.

2016 WAS MINE?!

TELLURIC MATT CORBY

SOLTASBRUXA FRANCISCO, EL HOMBRE

43º

Fotos: Reprodução

O mais recente disco da M83 trouxe para a música o toque psicodélico que tanto estava em falta nos último anos. Ótima recomendação.


OS 50 MELHORES DISCOS DE 2016

CAPA

38º

VIEWS DRAKE

(Republic Records)

A cada dia, o álbum “Views” atinge a cada dia recordes de venda e streaming. Drake atingiu o topo dos topos, e está usufruindo da visão.

36º

35º

37º

BRAZA CLEOPATRA THE LUMINEERS

BRAZA

(Columbia)

A Braza nasceu da antiga Forfun, inteiramente repaginada musicalmente, e ainda assim não para de conquistar novos fãs. Com uma mistura legitimamente brasileira, fica dif´icil não gostar do projeto.

Depois de 4 anos, a The Lumineers retorna com um projeto menos comercial que o seu primeiro disco, mas com um disco ainda mais encantador.

(Deck)

A SINFONIA DE TUDO QUE HÁ FRESNO (Tratore)

Do nada, a banda Fresco pegou todos de surpresa com o anúncio de um novo álbum. Melhor do que isso foi saber que a qualidade do grupo está intacta.

34º

HOTEL ALLAN ALLAN RAYMAN (Universal Music)

Uma das novidades musicais de 2016 foi Allan Rayman. Depois de quase dois anos liberando single atrás de single, o artista lançou seu primeiro disco, com influências no R&B contemporâneo. 08


33º

30º

DEUS E O ÁTOMO MEDULLA

FOR ALL WE KNOW NAO

(ELEMESS)

Em seu mais recente disco, a banda de rock Medulla trouxe um conceito desafiador entre a ciência e a fé. O resultado é um disco denso de sonoridade e significado.

32º

28º

(RCA Records)

Ainda na vibe da música urbana, a cantora NAO é a dona de um dos discos de R&B com pegada eletrônica mais viciantes do ano.

Uma das principais apostas para a música nos próximos dois anos, Anderson .Paak lançou seu primeiro disco Malibu e já conquistou diversos fãs da música R&B.

MELHOR DO QUE PARECE O TERNO (Tratore)

No terceiro disco da banda O Terno, o grupo explorou o blues junto do seu clássico indie rock. Impecável!

31º

WAHYOOB BETO MEJÍA (Tratore) Fotos: Reprodução

Não é de hoje que qualidade e sucesso são opostos, infelizmente. Here é um belo exemplo. Qualidade musical incrível, mas com pouco apelo de público.

Ex-integrante da Móveis Coloniais de Acajú, Beto Mejia lançou seu disco solo repleto de referências da cultura Maia. Um dos melhores álbuns pop nacionais do ano. 09

TROPIX CÉU (Six Degrees Records)

Sem dúvidas, Céu é um dos maiores nomes da nova geração da mpb. Com o Tropix, a cantora atingiu um patamar tão alto a ponto de ganhar prêmios Grammy Latino.

2016 WAS MINE?!

(Steel Wool Records)

(RCA Records)

27º

29º

MALIBU ANDERSON .PAAK

HERE ALICIA KEYS


OS 50 MELHORES DISCOS DE 2016

CAPA

26º

SABOTAGE SABOTAGE (Sabotage)

Se já não bastasse o fato deste ser o primeiro disco póstumo do rapper Sabotage, a experiência sonora aplicada neste álbum é tão digna de ser apreciada quanto a genialidade do artista.

23º

22º

25º WESTWAY (THE GLITTER AND THE SLUMS)

CHRONOVISION OBERHOFER

STICKY FINGERS

(Glassnote Records)

Da Austrália para o mundo, a banda de rock com influências no reggae, Sticky Fingers, se recuperou depois de um ano de problemas com um dos álbuns mais vorazes do ano. Têm muito a crescer. Melhor ficar de olho.

O indie pop psicodélico também se destacou em 2016. Apesar de pouquíssimo apelo comercial, Chronovision traz para o ouvinte uma experiência que envolve desde o rock até a discoteca.

(Sureshaker)

24º

REMONTA

LINIKER E OS CARAMELOWS (Independent Press)

Grande revelação da música nacional de 2015, Liniker e companhia trouxeram o jazz brasileiro para outro nível. 10

ORGUNGA RICO DALASAM (Rico Dalasam)

Seguindo a mesma militância negra explorada por Liniker por meio de sua música, Rico Dalasam cumpriu bem o seu papel de desconstruidor no rap. Um dos grandes nomes da música nacional em 2016, e aposta para os próximos anos.


19º

21º

17º

JOANNE LADY GAGA

BLACKSTAR DAVID BOWIE

(Interscope Records)

(Columbia Records)

Mais uma vez, Lady Gaga se reinventou e ratificou a sua importância na indústria musical. Quem imaginaria que seu primeiro disco depois do álbum com Tony Bennet teria influências fortes do rock e country? Pois bem...

Dias após a morte do icónico David Bowie, o mundo foi surpreendido com um lançamento de inéditas que estava pronto para ir as prateleiras meses antes do ocorrido. Bowie continua perfeito, e com uma série de segredos escondidos no encarte do projeto.

20º

ABRA A SUA CABEÇA ABAYOMY (Abayomy)

O coletivo artístico Abayomy, de Slavador, é mais um que juntou forças para apontar os preconceitos vividos pela comunidade negra, principalmente brasileira.

16º

O MINISTÉRIO DA COLOCAÇÃO SÉCULOS APAIXONADOS (Balaclava Records)

(GOOD Music)

Pessoal e impecável, o novo álbum de Kanye abriu ainda mais espaços para as discussões sociais envolvendo negros e mercado musical.

Fotos: Reprodução

Rock com pegada eletrônica e letras profundas, assim podemos resumir o excelente Ministério da Colocação.

THE LIFE OF PABLO KANYE WEST

11

STRANGER TO STRANGER PAUL SIMON (RCA Records)

Colecionador de prêmios Grammy, o veterano do rock Paul Simon voltou a lançar discos em 2016 e surpreendeu a todos com sua sonoridade experimental.

2016 WAS MINE?!

18º


OS 50 MELHORES DISCOS DE 2016

CAPA

15º

DUAS CIDADES BAIANASYSTEM (BaianaSystem)

Ditos como um dos principais grupos alternativos do país, o coletivo artístico de Salvador, BaianaSystem, deixou para 2016 sua maior e melhor mistura: social, cultural e política. Em Duas Cidades o grupo traz para o ouvinte uma experiência que vai desde o reggae ao axé.

14º

HOPELESSNESS ANOHNI (Secretly Canadian)

A música alternativa também esteve muito bem representada neste ano, e a banda Anohni é um belo exemplo. Liderada pela cantora Antony Hegarty, a banda apresentou um R&B alternativo com toques líricos tão bem posicionados, que é impossível não parar e analisar cada nota deste disco. Destaque para o single “Drone Bomb Me”. 12

Dentro do contexto do disco, o grupo trata de reforçar o papel do negro e das religiões de matrizes africanas na cidade mais negra fora do continente africano. Conscentização e respeito são as palavras que o grupo prega no projeto. Destaque para as colaborações.


13º

ANTI RIHANNA (Westbury Road Entertainment)

12º

PROBLEMA MEU CLARICE FALCÃO

Fotos: Reprodução

(Chevalier de Pas)

Sem aviso prévio, Clarice Falcão fez seu retorno à música com seu maior e melhor disco. Problema Meu marca não apenas a sua mudança de sonoridade, investindo em sintetizadores e em mais instrumentos de sopro, mas também as mudanças em sua vida pessoal e como isso influenciou em sua música. Destaque para o single “Eu Escolhi Você”. 13

2016 WAS MINE?!

Demorou, mas saiu. Depois de quase cinco anos, Rihanna lançou seu oitavo discos de inéditas com um conteito que se diz contrário ao que está em alta no mercado musical. Apesar das controvérsias, visto que o mesmo é sim radiofônico, o tempo de espera para o Anti só favoreceu a cantora, indicada ao Grammy 2017. Destaque para “Woo”.


OS 50 MELHORES DISCOS DE 2016

CAPA

11º

BLONDE FRANK OCEAN (Boys Don’t Cry)

Depois do sucesso estrondoso que foi o Channel Orange (2012), Frank Ocean retornou ao mercado musical com o ainda melhor Blonde. Tão elogiado quanto o disco anterior - ou até mais -, Frank se tornou manchete por boicotar o Grammy 2017 com um dos álbuns mais promissores do ano. Destaque para o single “Nikes”

10º

FREETOWN SOUND BLOOD ORANGE (Domino Recording)

Não só um dos dez melhores discos do ano, mas também um dos que possuem um excelente projeto gráfico e visual. Blood Orange lançou um dos melhores discos de R&B do ano, o que ratificou a qualidade de todo seu repertório. Só a capa já merece um prêmio. Destaque para “Augustine”. 14


09º

ATLAS BALEIA (Baleia)

Fotos: Reprodução

08º

HOW TO BE A HUMAN BEING GLASS ANIMALS (Wolf Tone)

Apostando em uma sonoridade mais comercial do que a de seu primeiro disco, a Glass Animals não perdeu o posto de uma das melhores bandas índie dos últimos anos. Apesar do maior apelo comercial, as letras intensas continuam alí, os momentos de ex15

perimento sonoro também, e ainda sobra espaço para deixar o repertório da banda mais “alegre”, sem perder a essência. Em How To Be A Human Being a banda explora os limites do ser humano com uma sonoridade próxima dos videogames. Destaque para o single “Youth”.

2016 WAS MINE?!

Como dito anteriormente, o ano de 2016, apesar de tudo, foi um excelente ano para a música nacional, onde expandiu os investimentos e arrecadações com música digital e física. Reflexo evidente do melhor disco nacional do ano, Atlas, do grupo Baleia. Intenso, voraz e lindo tanto no aspecto sonoro, quanto visual. Destaque para “Estrangeiro”.


OS 50 MELHORES DISCOS DE 2016

CAPA

07º

Quando a The 1975 anunciou que estava em estúdios gravando o sucessor do álbum homônimo de 2013, criou-se uma expectativa em cima do I LIKE IT WHEN YOU SLEEP, projeto em razão da novidade FOR YOU ARE SO BEAUTIFUL sonora trazida pelo gruipo até então. YET SO UNAWARE OF IT Após alguns meses do lanTHE 1975

çamento do segundo disco, podemos dizer que essas expectativas foram superadas com esta salada pop repleta de sintetizadores e influências no rock funk. O PIAL alerta: é extremamente impossível não se apaixonar. Destaque para “The Sound”

(Dirty Hit)

06º

22 A MILLION BON IVER (Jagjaguwar)

De um dia para o outro, a Bon Iver apresentou o repertório de seu terceiro disco em um show nos EUA. Esta não foi a única surpresa, pois a sonoridade da banda mudou radicalmente, para melhor. Em 22 A Million, a banda usa de sintetizadores para contar suas belas canções com influências no folk. Destaque para “8 (Circle)” 16


05º

COLORING BOOK

CHANCE THE RAPPER (Chance The Rapper)

2016 WAS MINE?!

O Top 5 dos melhores discos de 2016 abre com uma das maiores injustiças do Grammy 2017: o álbum de Chance The Rapper lançado apenas para formato digital, o que virou a maioria da academia de cabeça para baixo e mudou as dinâmicas da premiação em função da qualidade do disco. Ainda assim, o álbum não foi indicado a Álbum do Ano. Destaque para “Angels”.

04º

A SEAT AT THE TABLE SOLANGE

(Columbia Records)

Fotos: Reprodução

A Seat At The Table foi mais um dos lançamentos relâmpagos que agitaram o mercado musical por sua qualidade e peso social. Solange Knowles nesta produção se aprofunda ainda mais nas discussões raciais tão importantes e que pautaram contantemente os noticiários mundiais. Destaque para “Don’t Touch My Hair”. 17


OS 50 MELHORES DISCOS DE 2016

CAPA

03º

AIM M.I.A (Interscope Records)

No mesmogrupo que conseguiu conciliar arte com militância, a rapper britânica M.I.A, como sempre, atraiu ainda mais os olhos do mundo para o oriente médio e europa oriental. Desta vez, a rapper buscou se aprofundar nas delicadas condições vividas pelos refugiados a caminho da Europa. Destaque para “Borders” e “Bird Song”.

02º

STARBOY THE WEEKND (XO)

Em seu segundo disco desde que atingiu os holofotes e se tornou um dos principais artistas do mainstream, The Weeknd expandiu os horizontes de seu trabalho e recrutou para Starboy ninguém mais, ninguém menos do que Daft Punk. 18

Fora isso, neste incrível disco sobra rap e R&B com influências em The Police e tantas outras bandas de rock do New Wave. É um álbum grande, demorado, mas que vale a pena a audição. Destaque para “Sidewalks”.


01º

LEMONADE BEYONCÉ (Parkwood Entertainment)

Fotos: Reprodução

19

2016 WAS MINE?!

Fica difícil falar do mercado musical global de 2016 sem citar a grande estrela do ano: Beyoncé. E não estrela porque é um rostinho bonito ou porque dança bem, mas porque ãtingiu um nível artístico acima do normal com seu mais recente Lemonade. Um projeto que toca na ferida da elite branca americana que esconde ainda mais o racismo e impunidade sofrido pela população negra, principalmente americana. A produção fica melhor ainda sendo visual. Tudo se torna muito simbólico com facilidade. Desde as reproduções de tranças, vestimentas, sons e até mesmo episódios infelizes para a população afrodescendente. Pode parecer importuno esta militância vir logo de uma popstar global como Beyoncé. Mas também parece impensável que não há ninguém melhor do que uma mulher negra americana para falar da impunidade vivida por um povo que nunca foi e nunca, dificilmente, será uma minoria um dia. Beyoncé fez bem mais do que o dever de casa. Destaque para “Sorry”, “Formation” e “Don’t Hurt Yourself”.


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