Bando da montanha darkfall.

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O Fogo de Harley Bando da Montanha Darkfall 02 Fel Fern O vampiro novato Silas olhava para o seu futuro onde passaria a eternidade com o seu senhor e mestre do seu coração - até caçadores humanos destruírem esse sonho. Capturado e torturado, Silas perde toda a esperança. Ele começa a desejar a morte, quando um lobisomem furioso salva a sua vida. O lobisomem dominante Harley Jameson é geralmente o tipo de cara que fica fora de problema. Apesar de ser um membro da viciosa matilha da Montanha Darkfall, Harley quer viver uma vida normal. Normal, voou para fora da janela, no momento em que o seu lobo sentiu o cheiro do vampiro ferido. O sanguessuga não é um companheiro ideal para um lobisomem, mas Silas traz todos os instintos territoriais de Harley para a superfície. Sozinhos e acuados, Harley e Silas devem assumir a maior luta das suas vidas. Eles conseguirão sobreviver tempo suficiente para ver se as faíscas entre eles são reais e se eles terão um futuro juntos?


Capítulo Um Envolvido nos braços do seu Mestre para o último beijo da morte, Silas achou que a noite não poderia ser mais perfeita. ― Relaxe, Silas. Eu vou fazer isso o mais indolor possível ― Lucius murmurou contra o seu ouvido. ― Você é um aluno exemplar. Está na hora de dar o passo final para o seu renascimento como uma criatura da noite. Silas aceitou o conselho de Lucius. Ele focou os seus sentidos no seu ambiente. Notas sedutoras de Mozart tocando no fundo da suíte de cobertura de Lucius saindo de alto-falantes de alta definição. Luzes de velas piscavam ao redor deles, ao redor da sala com calor. O toque de Lucius era frio, como de costume, mas logo o de Silas estaria também. Dez anos atrás, o mestre vampiro Lucius decidiu salvar um jovem de quinze anos de idade, viciado em drogas de ser agredido até a morte por seu revendedor. Para comemorar a sua nova vida como aluno de Lucius e, eventualmente, seu aprendiz, Lucius batizou-o com um novo nome - Silas. Para Silas, Lucius era toda a sua vida. Seu futuro e Lucius finalmente considerava Silas pronto para assumir o manto da imortalidade. Silas respirou fundo, sua última respiração. Ele se atreveu a levantar os olhos para olhar os olhos vermelhos de Lucius. ― Estou pronto, mestre. Um sorriso elegante apareceu nos lábios suaves de veludo de Lucius. Lucius puxou Silas mais perto até que os seus lábios roçaram o pulso martelando de Silas. Em seguida, Silas sentiu o escovar dos dentes de Lucius. Ele obrigou-se a ficar parado, para estar no comportamento exemplar, porém ele se contorceu quando as pontas afiadas desenharam picadas de sangue. Silas estava grato pelo punho de ferro de Lucius, segurando-o firme, quando as presas de Lucius finalmente perfuraram a sua pele. Seu Mestre


bebeu profundamente, até que a dor diminuiu, e Silas flutuava em uma espécie de torpor estranho. Lucius retraiu as suas presas. ― Calma, Silas, isso ainda não acabou. Agora, você precisa se alimentar de mim ― disse Lucius com uma voz suave. Lucius embalou a cabeça de Silas suavemente contra o seu ombro, e cortou o seu próprio pulso com os dentes. O olhar de Silas permaneceu nos olhos de sangue carmesim. Ele pensou não ter forças para levantar a cabeça, mas Lucius colocou o seu pulso sangrando na sua boca. Silas pressionou a boca sobre o corte e bebeu o sangue do seu Mestre. Pelos próximos dois segundos, o coração de Silas desacelerou. Seus pulmões se esforçaram em agonia para tomar ar. ― Silêncio. Não lute contra isso, Silas. Aceite a morte. Abrace-a e saia triunfante ― disse Lucius. Silas lutou para obedecer, mas a dor era demais para suportar. ― Mestre ― ele proferiu, antes de perder a consciência. Silas achava que ele não iria acordar para a realidade de novo, só que ele acordou. A próxima vez que ele acordou, viu-se deitado no colo de Lucius no sofá. Lucius olhava para ele, parecendo preocupado. Então Lucius abriu um sorriso. ― Muito bem, meu aluno. Eu não estava certo de que iria sobreviver a minha mordida. Silas piscou, e sentou-se lentamente. Sua visão nadou, antes de ficar afiada um segundo depois. Ao longo dos anos, Lucius enfiou na sua cabeça o processo de transformação. Experimentá-la por si mesmo era um assunto completamente diferente. Ele olhou para a sua pele pálida, e ficou maravilhado com a sensação de couro sob as pontas dos dedos. Outros sentidos de Silas foram reforçados também - como o cheiro de cera queimada, e a colônia de Lucius provocando suas narinas.


Em seguida, um segundo tipo de fome bateu nele, intenso e difícil de ignorar. Silas tinha uma sede súbita de sangue, e de afundar suas novas presas na pele macia de alguma vítima voluntária. Lucius agarrou o seu braço. Silas rosnou. ― Calma ― Lucius estalou. ― Controle-se. Vou levá-lo para caçar em breve. Percebendo que ele reagiu como um animal, como um shifter violento, Silas respirou profundamente. ― Sinto muito, Mestre. Eu só estou oprimido por quão diferente tudo se sente. Lucius parecia aflito. ― Está tudo bem, meu aluno. Normalmente, quando um vampiro novato se alimenta pela primeira vez, ele é acompanhado por seu clã, mas eu sou tudo o que você tem. Silas sacudiu a cabeça ferverosamente. Tinha sido sempre assim, apenas Lucius e ele contra o mundo, porque Lucius não se aliou com qualquer clã de vampiros ou grupo sobrenatural. Eles eram nômades, sempre se movendo de um lugar para outro e nunca se estabelecendo. Durante a virada do século, Lucius irritou a Ordem da Faca, um grupo de caçadores de vampiros depois de acidentalmente matar um dos formandos que interferiu enquanto ele estava se alimentando. A Ordem nunca perdoou Lucius por seu erro, embora Lucius não matasse enquanto ele se alimentava. Bom para Silas, porque ele gostava de viajar - algo que ele nunca experimentaria se Lucius não o tivesse salvado das ruas. Neste momento, estavam na pequena cidade de Northfield. Seu próximo destino era a cidade vizinha de Darkfall, que era supostamente habitada por uma viciosa matilha de lobisomens que não acolhiam estranhos. Lucius tinha uma boa amizade com o alfa Sergio, no entanto. Sergio concordou em deixá-los ficar por uma semana, desde que eles não deixassem para trás quaisquer cadáveres, então Lucius poderia treinar o seu novo aluno.


― Você é tudo que eu preciso ― Silas sussurrou. Ele se inclinou mais perto, com medo de que Lucius rejeitasse o seu beijo. Para seu alívio, o seu Mestre aceitou o seu presente. No início Silas não tinha certeza de como beijar com seus novos dentes, mas ele conseguiu. Lucius enrolou uma mão ao redor da sua cintura, puxando-o para perto e aprofundando o beijo. Silas poderia levar alguns anos para dominar a arte do beijo de língua com suas próprias presas. Silas começou a se perder enquanto o mundo limitava o seu alcance a Lucius e ele. Vampiros podiam ser frios ao toque, por natureza, mas quando se tratava de sexo, todos eles eram puro calor. Ele podia sentir o seu próprio membro pressionando contra o seu jeans e Lucius. Silas começou a puxar para baixo o zíper da calça de Lucius para libertar o seu comprimento, quando ouviu algo. O sussurro de passos tão suaves, seus ouvidos uma vez mortais não teriam escutado. Ele abruptamente se separou de Lucius, que olhou para ele, confuso. ― Silas? ― Lúcius sussurrou. Sua voz soava rouca. Lucius não conseguia ouvi-los? Em seguida, a porta da frente bateu aberta. Silas só vi os intrusos por um segundo. Meia dúzia de homens e mulheres de olhos duros vestidos de preto militar, todas as armas em punho. Antes que qualquer vampiro pudesse reagir, os caçadores abriram fogo.

Uma fome intensa acordou Silas na próxima vez que ele recuperou a consciência. Na primeira, ele não conseguiu entender o que aconteceu. Seu


cérebro se recusava a trabalhar e ele estava todo machucado. Sangue. Ele precisava comer para que ele pudesse se curar, pensar e avaliar o que aconteceu... exceto que alguma coisa estava gritando dentro dele, um vazio, onde uma ligação metafísica ligava um vampiro novato ao seu mestre. ― Lúcius ― Silas sussurou. As memórias do acontecido a algumas horas voltou para Silas. Lembrou-se do jantar extravagante oferecido por Lucius, mesmo que os vampiros não comessem. Como Lucius mencionou que seria a sua última refeição. Sua última noite como um mortal, mas Silas não precisava ter medo. Lucius estaria lá para guiá-lo passo-a-passo... exceto que Lucius tinha ido embora. Silas podia recordar o momento com muita clareza. Quando os caçadores de vampiros invadiram o apartamento e descarregaram os seus clips. O primeiro instinto de Lucius não foi de se proteger. Sabendo que Silas não conhecia nada sobre o uso do seu novo corpo, Lucius atirou-se sobre Silas, e usou o seu próprio corpo como escudo quando as balas de prata rasgaram uma centena de buracos nele. Ele torceu, soltou um pequeno grito quando o fogo queimou em seus pulsos. Prata. Ele se forçou a ficar parado. Silas forçou seus olhos a ficarem abertos, temendo a posição que ele iria encontrar-se. Ele estava meio nu e pendurado como um porco no matadouro, os pulsos amarrados com correntes de prata e presos ao teto. Um olhar rápido lhe disse que os caçadores o havia colocado em algum tipo de celeiro vazio. Eles tinham tirado sua camisa encharcada de sangue, mas mantiveram o seu jeans. Silas respirou calmamente, antes de se lembrar que ele já não precisava respirar. Por que diabos eles mataram Lucius, mas o deixaram para trás? ― Você está acordado, sanguessuga, ― disse uma voz.


― Basta matar o filho da puta. Nós não precisamos dele ― sussurrou uma segunda voz. Dois homens lixados e mal-humorado em seus vinte e tantos anos, vestidos de preto entraram na linha de visão de Silas. Ele não deixou de notar as espingardas penduradas sobre os seus ombros, ou as bainhas de faca que transportavam lâminas de prata afiadas. Será que eles realmente achavam que ele era tão perigoso? ― Onde está Lucius? ― Silas exigiu, feliz por sua voz soar equilibrada. ― Ele provavelmente virou cinzas até agora. Nós queimamos o seu corpo para ter certeza. ― Você filho da puta, eu vou te matar. Vou suga-lo até secar ― Silas assobiou. Ele não era um indivíduo temperamental por natureza, mas uma raiva quente e branca encheu-o agora, juntamente com pensamentos de vingança. Lucius disse muitas vezes que imortais e outros seres sobrenaturais sentiam as emoções humanas normalmente de forma mais intensa. Alguns mudaram para melhor durante o seu tempo de vida, enquanto a maioria se tornava piores. Silas jurou que não acabaria assim, mas ele não podia evitar. Como esses mortais se atreveram a arruinar o seu momento com Lucius? Cristo. Como ousaram matar o seu mestre? O que aconteceria com Silas agora? O segundo caçador, o careca com brinco, veio para perto de Silas em seguida, e deixou o seu punho falar. A força do seu soco quebrou o nariz de Silas. Ele gemeu, sentindo o gosto de sangue, mas a dor não era tão ruim quanto ele imaginava. ― A única pessoa prestes a morrer aqui é você, sanguessuga. ― Ben, se afaste agora ― ordenou o primeiro.


Ben resmungou, mostrou a Silas um ódio inexplicável queimando no seu olhar, cuspiu nele, antes de manter distância. ― Quando eu sair daqui, eu vou tomar o meu tempo drenando você ― Silas ameaçou. Era uma ameaça patética, mas ele precisava de um pouco de coragem. Ele sabia, por algum motivo que esses caçadores pensavam que Silas tinha algo que eles queriam. Depois disso, porém, Silas não seria mais necessário. ― Coopere com a gente, sanguessuga, ou eu vou deixar o meu irmão trabalhar em você da maneira mais dura. ― O primeiro homem mostrou-lhe um flash de dentes brancos. ― Deixe-me assegurar-lhe, Ben pode ser bastante criativo. ― Foda-se. Por que eu iria ajudá-los, idiotas? O rosto de Ben contraiu. ― Deixe-me pegar o meu kit, Gordon. Este Twink vai falar depois que eu enfiar uma garrafa de água benta na sua garganta. Silas fez o seu melhor para não demonstrar medo. A prata já queimava a sua pele. Água benta iria doer muito mais e fraco, como estava, por causa do seu jejum, Silas não sabia quanto tempo ele iria durar. Assim, ele rosnou e fez ameaças inúteis. Gordon deixou Ben trazer o seu kit e Silas recorreu a argumentos, que só fizeram os caçadores mais ansiosos. Eles fizeram as mesmas perguntas várias vezes, questões que Silas não tinha respostas. ― Pela centésima vez, eu não sei sobre essa porra de cálice que vocês idiotas estão procurando ― Silas falou com voz rouca. Ben destampou a garrafa de água de aparência comum. Água benta atingiu o seu braço, queimando instantaneamente como ácido. Silas gritou.


― Vamos tentar isso novamente. Seu mestre, Lucius, era o guardião do Cálice Rosewood. Você era seu aluno e você não tem ideia? ― Não. Eu realmente não sei. Lucius apenas transformou-me esta noite. Ele nunca me disse nada além do que eu precisava saber para sobreviver como um vampiro. ― Silas implorou e chorou. Por fim, Gordon levantou a mão para parar Ben. ― Acho que o pobre coitado não tem realmente uma pista maldição. ― Mentiras do sanguessuga. Deixe-me trabalhar um alicate naquele rosto bonito ― Ben zombou. Silas choramingou, sem saber o quanto mais ele poderia aguentar. ― Ele nunca mencionou nada, absolutamente nada sobre como recuperar um objeto precioso de um local especial? ― Perguntou Gordon. ― Nós planejávamos ir para Darkfall. Eu não sei de mais nada. ― Silas estava exausto. Fogo corria por todo o seu corpo, e ele só queria que tudo isso acabasse. Por que ele estava lutando tanto de qualquer maneira, quando ele não tinha mais uma razão para viver? Lucius tinha ido embora. Sujeira e cinzas, e ele ainda era carne e sangue na terra. Inferno, uma parte dele queria que os caçadores terminassem o trabalho. Silas poderia atender Lucius na vida após a morte, ou qualquer lugar em que as almas dos condenados acabavam. ― Darkfall, é? ― Gordon soou contemplativo. ― Darkfall não é dirigida por lobisomens? Por que um vampiro iria para lá? ― Ben perguntou. Os dois discutiram um pouco mais. Silas decidiu fechar os olhos, mesmo que por apenas um momento. Se ele nunca acordasse de novo, seria bom também, porque esta realidade era muito dolorosa para se viver. Tomar o caminho mais fácil parecia que seria o que um covarde faria, mas quem poderia culpá-lo? Afinal, Silas não tinha mais nada para voltar. No dia que


Lucius o tirou das ruas foi o dia em que a sua vida realmente começou, por isso nada mais certo que a sua vida acabasse ao lado de Lucius.

Capítulo Dois Harley Jameson perguntava-se o que é que o possuiu para andar tão longe tanto quanto Northfield. Os bosques rodeavam o seu lar doce lar Darkfall, coberto em abundância com terra para qualquer lobisomem. Normalmente, Harley não desviava da matilha, quando eles iam para a sua corrida semanal. Em algum lugar ao longe, o alfa da matilha Darkfall, Sérgio, soltou um grito. Outros membros da matilha de Harley responderam na forma de latidos e rosnados. Harley não se juntou á canção pela primeira vez. A curiosidade levou a melhor sobre ele. Ele desviou-se do caminho de costume. Algo no vento parecia errado, como se ele estivesse gritando de agonia. Harley pairou na fronteira entre os dois territórios, com os seus pelos levantados, seus ouvidos achatados. Ele não sabia o que assustou o seu lobo, ou o que o levou aqui, mas ele pretendia descobrir. Ao contrário de Darkfall e outras cidades próximas, Northfield não estava sob qualquer grupo ou clã sobrenatural. Era considerado campo neutro para qualquer mortal e membro da comunidade paranormal entrar. Infelizmente, isso também a tornou um terreno de caça popular para personagens desagradáveis como vampiros e shifter caçadores que procuravam caçar seres sobrenaturais. Harley não tinha


nada contra caçadores, mas ele nunca os esquecia. Esses grupos, como a Ordem da faca, ficavam longe de Darkfall porque a sua espécie não era bemvinda lá. Harley cheirou o ar. Ele teve um gosto de pinheiros frescos e leve chuva. Embora sem ruído ou qualquer som de pequenos animais. A floresta estava morta em silêncio. Harley foi para frente, e em seguida, bateu no seu nariz - o cheiro de dor e violência fresca. Na distância, além do conjunto de árvores, Harley avistou uma quinta mal mantida e abandonada, exceto pelas luzes no celeiro. Além disso, o cheiro de sangue tornava-se cada vez mais proeminente á medida que ele chegava mais perto. Sua metade humana gritou para ele se afastar. Para deixar esses filhos da puta sozinhos, porque não era nenhum dos seus negócios e ele nunca tinha

sido

do

ocasionalmente,

tipo

de

se

apressar

transformar-se

de

forma

imprudente.

Além

de,

em um lobo, Harley levava uma vida

completamente normal. Ele gostava dessa forma também. Antes de um lobisomem desonesto o morder durante as suas viagens de mochila na Europa, na sua adolescência, Harley tinha sido apenas mais um cara normal. Depois de aprender a controlar a sua besta, Harley terminou o seu grau, mas nunca chegou a ensinar Inglês. Ele preferiu trabalhar com as mãos, e quando uma vaga abriu na garagem de um dos membros do bando, Joe, Harley aproveitou. Em termos de poder, Harley era medíocre. Ele não era do tipo com fome de poder lobisomem que desafiava o próximo melhor cara para subir na escada da matilha. Harley estava contente de ser o mecânico da matilha, mas algo nesse cenário todo o incomodava. A Besta de Harley insistia em ir perigosamente perto. Para entra, ser o herói imprudente e salvar quem estava lá, sem se importar com quem ele estava enfrentando. Quanto mais Harley pedia ao seu lobo para voltar a


participar da matilha novamente, mais ele discordava. Harley se moveu em direção à margem das madeiras de frente para o celeiro e o cheiro de dor e sangue afetou-o bastante. Rosnando, ele apertou através da abertura na cerca quebrada. Então ele ouviu vozes discutindo. ― Vamos matar a sanguessuga, e depois vamos para Darkfall ― o primeiro argumentou. ― Poderíamos ser capazes de torcer mais informações para fora do bastardo ― disse o segundo. Um grito rouco seguido, então pelo barulho de correntes. Estes caçadores, quem quer que fossem, tinham estado a torturar alguém por um tempo. Não ocorreu a Harley até muito mais tarde que ele só ouviu três batidas de coração, e não quatro. Vendo vermelho, Harley não se incomodou em pensar em um plano. Ele entrou correndo, dentes arreganhados. Dois homens, construídos como tijolos e vestidos com esmero de negro, estavam em torno de uma figura pálida e magra pendurada pelos seus membros. Cheirando a pele queimada e sangue, Harley rosnou. ― Que porra é essa? De onde é que a besta veio? ― O bastardo careca murmurou, tirando rapidamente algo das suas costas. Vendo o brilho do metal, Harley não lhe deu a chance de fazer nada. A julgar pelo seu equipamento, os dois eram experientes caçadores, mas uma cheirada lhe disse que eram mortais. Harley saltou para a sua garganta, trazendo-o para baixo. O cara gritou quando Harley afundou os seus caninos profundamente no seu pescoço. Ele ouviu o som com satisfação quando a arma caiu ruidosamente no chão, antes que a arma do segundo caçador rugisse para a vida. Harley deixou a garganta do primeiro caçador com um grunhido. Dor


riscava o seu lado esquerdo, mas ele não podia se dar ao luxo de se distrair. Ele tinha avistado a insígnia costurada no bolso esquerdo do cara cuja garganta ele tinha arrancado - um punho sangrento segurando a ponta da lâmina de uma faca. Sérgio fez com que todos os seus lobos tivessem uma educação básica sobre a política sobrenatural e mortal fora de Darkfall. Essa insígnia pertencia à Ordem da faca, uma organização secular de caçadores mortais que se especializou em caçar os sobrenaturais. ― Você porra vira-lata! ― O primeiro caçador gritou, virando a arma para ele. ― Abaixe-se! ― Uma voz respondeu asperamente. Harley rolou, mal evitado a chuva de balas que teria terminado com a sua vida. A julgar pela queimadura no seu lado esquerdo, estes caçadores vieram preparados com munição revestida de prata. Harley ficou tenso quando o caçador mudou de alvo e apontou a arma para a impotente figura torturada. ― É isso mesmo, idiota. Game over. ― O caçador mostrou os dentes. Harley não sabia por que o gesto covarde o encheu de fúria inexplicável. Ele tinha jogado de herói, e perdeu a batalha. Hora de ir para casa e lamber as suas feridas. Por que ele iria arriscar a sua vida por um estranho que acabou de conhecer? No entanto, ele não poderia deixá-lo sozinho. Harley queria tomar o seu tempo de lazer para rasgar o caçador que ousava pensar que era bom, ferindo o que era dele. Seu... Quem era exatamente este homem pálido? Por que ele exercia tanto poder sobre Harley? Havia apenas uma resposta lógica, mas Harley recusou-se a enfrentar a verdade ainda.


Agora não era o momento para pensar de mais. Ignorando a razão e confiando nos seus reflexos, Harley saltou para o caçador, indo para as pernas. O homem gritou quando as garras de Harley rasgaram os ligamentos do joelho esquerdo. Harley resmungou, sentindo o impacto do barril quando o homem usou-o como instrumento contundente. Eles emaranharam-se no chão. Irritado, Harley desalojou a arma do cara com a suas mandíbulas. Recusando-se a ceder, o homem apalpou os bolsos internos do seu colete. Vendo a sugestão de uma faca de caça, Harley mordeu automaticamente o pulso do bastardo. Ele sabia que os assassinos da faca eram especialistas em combate corpo-a-corpo e para além deste incidente, ele nunca tinha estado em muitas lutas. Harley também teria terminado o negócio sujo, mas as suas orelhas pegaram o som de sirenes de polícia à distância. Porra. Ele não sabia o que dizer á polícia local. Pior, o xerife provavelmente chamaria a filial local de Darkfall para lidar com isso. Harley não se preocupava com a aplicação da lei em Darkfall, mas quem sabia como Sérgio e os outros líderes da matilha iriam reagir à notícia? Sérgio era um líder justo, mas ele e o seu irmão Alessio, não tinham a amabilidade para com lobos que brincavam com a paz que eles trabalharam tão duro para construir, especialmente com uma cidade vizinha. Com pouco tempo de sobra, Harley decidiu abandonar a sua matança. Harley mudou, rangendo os dentes com a mudança repentina e a bala ainda nas suas costelas. Mancando ligeiramente, tomou a faca do caçador e usou-a para soltar o estranho do seu confinamento. Gravemente ferido, o homem caiu contra ele, leve como uma pluma. Suas narinas cheiraram o cheiro de carne queimada.


Quando o cara começou a se debater contra os braços de Harley, ele disse ― Silêncio. Você está seguro agora. Ninguém mais vai feri-lo nunca mais. Eu juro. Harley não sabia o que o levou a começar a fazer promessas que não tinha certeza se poderia cumprir. Esta noite era, aparentemente, o início de muitas estreias. O homem seminu piscou os olhos de safira muito vivas e quase desumanas para ele. ― Qual é o seu nome? ― O belo estranho sussurrou. Mesmo meio morto, o homem era uma visão para se olhar. Ele tinha a construção de um corredor magro, a pele lisa como seda e Harley perguntouse se ficariam num belo tom de rosa uma vez que ele colocasse a boca e as mãos sobre ela, e o rosto esculpido de um Adónis de olhos azuis e cabelos dourados. Que

diabos?

Como

poderia

Harley

estar

tendo

pensamentos

impróprios em tal momento? ― Harley. ― Harley resmungou, perguntando como ele estaria indo obter os dois para fora dali. ― Sou Silas. ― Então as pálpebras de Silas se fecharam. Ligeiramente em pânico, Harley pressionou o polegar contra o seu pulso e não sentiu nada. O cara não estava respirando também. ― Cristo. Todos estes problemas da porra e você acaba morrendo em meus braços como uma vítima de um filme trágico ― Harley resmungou. Ele estava prestes a colocar Silas para baixo, e abandoná-lo, mas o seu lobo veementemente discordou da ideia. Silas não estava morto, sua besta parecia discutir, e Harley sempre confiou nos seus instintos. Ocorreu a Harley de repente que ele não conseguia ouvir o coração batendo de Silas, mas ele distintamente ouviu os seus gritos.


Ordem da faca,

Harley resmungou, girando

as peças

rapidamente na sua cabeça. Estes dois caçadores definitivamente queriam Silas por uma razão. Silas claramente não era mortal, mas um vampiro maldito. Merda. A noite de Harley parecia ficar cada vez pior. Melhor ele livrar-se deste negócio logo, porque ajudar Silas lhe traria todos os tipos de problemas indesejados. ― Merda dupla. Harley respirou fundo e listou as coisas que precisava fazer. Primeiro a bala tinha que sair. Uma vez que ela tenha saído, a ferida vai se curar lentamente, mas acabaria por perto. Era agora ou nunca. Cerrando os dentes, Harley empurrou os dedos na ferida. A dor incandescente inacreditável diminuiu, mas Harley conseguiu cavar em volta e tirar a maldita coisa. Sem tempo para examinar isso agora, mas pelo menos ele não precisava se preocupar com isso injetando mais veneno. Harley ergueu o vampiro por cima do ombro e saiu para a noite, assim quando o primeiro carro da polícia puxou para dentro da fazenda. Ele não sabia de onde veio toda a energia extra. Talvez fosse a sua vontade teimosa para viver, ou o que quer que fosse, Harley esperava que fosse suficiente para levá-los o inferno fora de lá.

Capítulo Três Silas lutou muito para não acordar. Ele não queria ver os rostos dos caçadores, ou lembrar a agonia do seu corpo sendo arruinado. Acima de tudo,


Silas não queria pensar em Lucius, e no seu corpo cheio de buracos. Seu Mestre nunca iria segurá-lo novamente, mantê-lo seguro, e fazer o seu corpo vibrar com sensações desconhecidas. ― Você está acordado, vampiro? ― Perguntou uma voz grave, rouca e desconhecida. Silas tentou limpar a mente nebulosa. Apesar dos seus receios, ele abriu os olhos. Por um momento, sua cabeça girou. Em vez do celeiro quente e fechado, quase sufocante, Silas estava de alguma forma em movimento. Uma floresta em ambos os lados e ar fresco acariciando o seu rosto. Alívio quase substituiu o medo, exceto que Silas percebeu que estava jogado por cima do ombro de alguém, sendo carregado como um saco de farinha. ― Coloque-me no chão neste instante! ― Silas bateu nas costas largas e musculosas. ― Porra ― seu captor murmurou. Sem aviso, ele jogou Silas no chão coberto de folhas. Silas amaldiçoou quando atingiu a superfície dura. ― Depois de arriscar a porra da minha vida para salvá-lo, este é o maldito agradecimento que recebo? Com um silvo, Silas sentou-se. Os acontecimentos passados vieram à tona. Lembrou-se de estar confuso, silenciosamente implorando aos caçadores para matá-lo, quando um animal peludo invadiu o celeiro - um lobisomem, seu salvador inesperado. Ainda assim, este desgraçado tinha muita coragem de leva-lo assim. Harley, ele se lembrou de que o shifter se chamava assim. Ele também recordou a forma estranha que o seu corpo reagiu. Mesmo amarrado e torturado, Silas sentiu o puxão invisível entre o seu corpo e o lobo. Lembrouse de pensar que a reação era perigosa, porque só Lucius deveria ser capaz de causar essas reações no seu corpo.


― Me dá um tempo. Quem diabos você pensa que é? ― Silas exigiu. Ele tinha mais algumas coisas a dizer. A raiva sempre era o seu mecanismo de defesa, mas ele parou de falar rapidamente quando viu o espécime impressionante elevando-se sobre ele. Harley era o exato oposto de Lucius, mas algo sobre o lobisomem atraiu Silas mesmo assim. Harley parecia ter um metro e oitenta e dois e era construído como um lutador, com pele dourada e músculos sobressalentes. Silas não o considerava bonito, no sentido tradicional, mas havia algo sedutor sobre o seu rosto áspero. Silas baixou o olhar, lambendo os lábios depois de observar os peitorais bem formados de Harley, sua cintura estreita com abdômen firme e finalmente, seu pênis generosamente proporcionado. Já a meio mastro, Silas observou. ― Oh meu... ― Silas sussurrou. Ele silenciosamente se amaldiçoou por soar como um idiota. Harley o salvou, e Silas não esperava qualquer ajuda de Deus, do destino, ou quem quer que estivesse lá fora no universo. De certa forma, Harley foi o seu príncipe. Um cavaleiro escuro, talvez, mas o salvador de Silas, no entanto... Só ate ele abrir a boca. ― Explique nesse instante, ou eu vou te deixar aqui para apodrecer ― Harley rosnou. Vendo o brilho selvagem de ouro nos olhos de Harley, Silas sabia que o lobo de Harley estava montando o homem. Qualquer outra pessoa lógica seria cautelosa, mas ele não. ― Oh, você não vai fazer isso ― Silas respondeu sem pensar. Harley levantou uma sobrancelha escura e se aproximou mais. Ele agarrou o braço de Silas e facilmente o empurrou para ficar de pé. Harley mostrou os dentes, mostrando a Silas as extremidades afiadas dos seus caninos. ― Foda me provoque.


Silas cruzou os braços e tentou não parecer intimidado. Foi difícil, porém, especialmente sabendo que apenas algumas polegadas o separava do lobo. ― Você não precisava, mas você correu e matou os caçadores... a menos que tenha algo a ver com eles. Silas não se incomodou em esconder a suspeita da sua voz. A julgar pela forma que Harley impensadamente entrou correndo, e saiu quando ouviu as sirenes da polícia, era improvável que o lobisomem estivesse envolvido. Silas não sabia por que ele queria sacudir Harley, e tentar ficar debaixo da sua pele. Harley rosnou e empurrando um dedo no peito de Silas. Um empurrão raivoso foi o suficiente para Silas sentir um choque de eletricidade que foi do seu peito direto para a virilha. Merda. Este lobisomem era uma má notícia. ― Eu deveria deixar a sua magra bunda pálida ― Harley vacilou quando Silas agarrou o seu dedo indicador, e deslizou o dígito na sua boca. Silas não sabia o que o possuiu para suga-lo lentamente e passar os seus dentes gentilmente sobre a pele. Uma picada foi o suficiente para tirar uma gota de sangue. Silas congelou, sua língua capturou o rico elixir vermelho grosso. Tão fácil para ele fazer mais e cometer o impensável. Harley não fez nada a não ser salvá-lo dos seus algozes. Silas devia sua via ao cara, mas a fome, mais intensa do que ele já sentiu o atingiu como uma marreta. Ele queria envolver o lobisomem em seus braços, soltar os seus feromônios vampíricos para manter a sua presa dócil, mas ele sabia que um homem como Harley lutaria. Ele lutaria até a morte e a perspectiva de um desafio excitava Silas. Então, seu cérebro humano se rebelou. Silas tirou o dedo de Harley da sua boca e sussurrou ― Você deveria me deixar aqui.


― O que diabos está errado com você? ― Harley exigiu, agarrando seus ombros. Silas balançou a cabeça e mostrou a Harley a miséria em seus olhos. ― Levaram-me quando Lucius me mudou ― disse ele em um tom incerto. ― Acalme-se, porra. Respire fundo ― Harley disse rapidamente. ― Me conte o que aconteceu. Silas não sabia como Harley poderia mudar de estar com raiva para incrivelmente persuasivo e calmante. Ele abriu a boca e a sua história sobre Lucius derramou dos seus lábios. Silas deu a Harley a versão condensada, o resumo sem enfeites. Concentrando-se em suas palavras ajudou Silas a ignorar sua fome. Depois, Silas se sentiu vazio. Anestesiado como um vaso vazio faltando o seu propósito na vida. ― Eles continuaram a fazer perguntas sobre algum cálice do qual eu não tinha ideia do caralho, então você sabe o que aconteceu depois ― Silas terminou. Harley franziu as sobrancelhas. Sentindo-se um pouco tonto, Silas se aproximou. Ele estava apavorado que fosse cair e envergonhar-se, mas sentiu os braços fortes de Harley pega-lo facilmente. Silas cheirou a garganta de Harley e apertou os dentes com tanta força contra o seu lábio inferior para manter-se de afunda-los no pescoço de Harley, ele provou o seu próprio sangue. Pior, ele podia sentir o cheiro do sangue fresco em Harley, especialmente nas feridas cicatrizando sobre as suas costelas, mas ele tentou o seu melhor para não pensar nisso. ― Calma. Você precisa se alimentar. ― Eu não sei como. Harley, você precisa ir. Salve-se. Você já fez o suficiente por mim ― Silas murmurou. ― Cala a boca. Você não tem ideia do que está dizendo ― O olhar de ouro de Harley brilhou sob o luar. ― Beba de mim.


Atordoado, Silas olhou para ele por um par de segundos. ― Você está me oferecendo o seu sangue? E se eu não conseguir me controlar? Eu nunca fiz nada como isso antes. Por que você esta sugerindo algo assim para um completo estranho? Harley rosnou. ― Tudo o que somos, o que quer que seja essa coisa entre nós, não somos mais estranhos. Em seguida, o lobisomem o surpreendeu novamente, inclinando o seu queixo e tendo os seus lábios. Lucius o beijava de maneira doce, calmo e, ocasionalmente, áspero, mas Harley saqueava. Ele tomou posse completa da boca de Silas, erradicando qualquer pensamento lógico da sua mente. As entranhas de Silas derreteram. Seu coração disparou quando Harley segurou a parte de trás do seu pescoço e aprofundou o beijo. Ele abriu a boca, deixando a língua de Harley transar com ele. O lobisomem afetou Silas de maneira diferente. Harley era grosseiro, forte e quente ao contrário da afeição, por vezes fria e relutante que Lucius lhe dava. Ele era, Silas decidiu, muito quente com o calor incinerando tudo na sua boca. Quando Harley o soltou, Silas se sentiu um pouco tonto e fora de si. Harley tinha substituído a sua fome de sangue com uma tentação diferente. ― O que foi isso? ― Silas sussurrou, com os olhos arregalados. ― O que você esta fazendo comigo? Você está me fazendo sentir coisas que não devia estar sentindo novamente após o meu Mestre morrer. Harley pressionou um dedo sobre os seus lábios. ― Faça perguntas mais tarde. Silas gemeu quando Harley empurrou-o suavemente até que as suas costas encontraram a textura áspera da casca de uma arvore. Ele não deveria estar sentindo nada além das velhas dores da tortura que ele sofreu. Parecia incrivelmente inadequado se sentir tão excitado.


Harley segurou os seus pulsos acima da sua cabeça com uma mão, e beijou-o de novo, enviando a sua mente em uma confusão. Ele beijou o lado do pescoço de Silas, enquanto usava a outra mão para alcançar o botão do jeans. Era como um filme controlado por Harley. Ele puxou o zíper para baixo e tirou o membro necessitado de Silas. O olhar de Harley escureceu com intensa necessidade. ― Tão duro por mim, bebe? ― Nós não nos conhecemos bem o suficiente para nos chamarmos com nomes assim ― Silas não pode evitar a resposta. Harley riu. ― Jogue bonito ou você não vai conseguir nada. ― Que tipo de jogo doentio você está jogando? Harley nivelou aqueles olhos amarelos bestiais com os de Silas. ― Diga-me que você não sente nada, Silas. Vá em frente e minta para mim. ― Eu não posso ― Silas admitiu, desviando o olhar. ― Eu não entendo o que é isso entre nós. ―

Nós

somos

companheiros,

Silas.

Você

não

consegue

compreender? É por isso que eu fui correndo no momento em que cheirei as suas mágoas. Por que um cara como eu, que evita problemas, pularia na linha de fogo por um estranho que acabou de conhecer? ― Companheiros? ― Silas ecoou. Ele ouviu sobre o conceito. Sabia que shifters acasalavam para a vida, mas pensou que era algo como uma história de conto de fadas ou um mito inventado. ― Amor instantâneo? Harley riu. ― Não existe tal coisa. O que temos é uma faísca, algo que pode falhar ou fortalecer, porque nada na vida é fácil. ― Então você está me distraindo com o sexo, assim eu não pensarei em comer você? Harley rosnou, batendo-o contra a árvore. ― Não sou presa de ninguém, pequeno vampiro. Eu conduzo a dança, não você.


Então Harley fechou os dedos em torno do membro de Silas. Silas soltou um suspiro quando Harley esfregou o pré-sêmen brilhante provocando e beliscando a cabeça do seu pênis. ― Implore ― Harley exigiu. ― É muito arrogante da sua parte presumir que eu gosto desse tipo de coisa. Harley soltou uma risada estrondosa. ― Eu não presumo, Silas. Eu sei. Eu posso cheirar a sua necessidade. Apesar do seu jeito, você quer alguém digno para tirar o controle de você. Silas tremeu sob o seu olhar. Como Harley, ainda um completo estranho mesmo apesar da sua alegação de que eram companheiros, poderia saber que Silas era submisso quando se tratava de sexo? Inferno, o lobisomem bateu todos os seus botões. ― Estou errado? ― Harley perguntou com os dedos parados apenas mantendo o seu membro cativo. ― Você está certo ― Silas admitiu. Harley sorriu. ― Então diga as palavras mágicas. ― Por favor ― Silas proferiu. Uma vez que a palavra saiu dos seus lábios, a tensão nele quebrou. Ele cedeu contra o grande lobisomem segurando-o. Silas gemeu na boca de Harley quando Harley começou a bombear o seu pênis. Harley deslizou os seus dedos para cima e para baixo, ganhando força antes de propositadamente abrandar. Silas gemeu a sua frustração. Sua carranca parecia apenas divertir Harley, que continuou trazendo-o perto da borda, apenas para puxar de volta quando Silas estava perto o suficiente de estourar. ― Por favor ― Silas disse novamente.


― Isso soa porra perfeito em seus lábios ― Harley tomou a sua boca inchada novamente. Desta vez, ele deixou Silas gozar. ― Goze em meus dedos, Silas. Agora ― Harley ordenou. Ele beliscou o pênis de Silas e foi o suficiente para desencadear o seu clímax. Silas soltou um gemido abafado quando a pressão dentro dele quebrou. Ele não sabia como o seu corpo poderia reagir assim a uma simples masturbação, mas a floresta e os acontecimentos da última hora foram esquecidos enquanto ondas de prazer agrediram o seu corpo. Harley parecia satisfeito com a visão. Ele soltou os pulsos de Silas e o puxou para mais perto inclinando a cabeça com o seu pescoço descoberto para Silas. Confiando em si mesmo, Silas agarrou Harley e envolveu as mãos em torno dos seus ombros largos. Silas desembainhou suas presas e bebeu o sangue rico de Harley que inundava a sua garganta. Silas podia sentir Harley tentando impedir-se de lutar ou empurrar Silas. Silas bebeu além do sague para se manter. Ele também bebeu algumas das memórias de Harley. Imagens de Harley passaram pela cabeça de Silas em alguns momentos mais vivos que qualquer informação transmitida através de simples conversa. Ele sabia que Harley não havia mentido para ele. Através dos olhos de Harley, ele viu o homem que salvou a sua vida e os seus laços com a sua família, a matilha da montanha Darkfall. Quando Harley gentilmente se empurrou para longe, Silas soltou. Ele tinha pensado que seria mais difícil se afastar e não drenar Harley, mas algo em Silas lhe disse que Harley não era uma presa, mas um igual. Mais do que isso, Harley poderia ser outra coisa. Alguém que mesmo Lucius não poderia ser - o companheiro de Silas. Silas

limpou

o

sangue

dos

seus

lábios

quando

Harley

caiu

ligeiramente contra ele, o peso de Harley mais suportável porque ele tinha acabado de se alimentar.


― Como está se sentindo? ― Ele perguntou a Harley ansiosamente. ― Um pouco tonto, mas bem ― Harley resmungou. ― Não, você não está. Você mal consegue ficar em pé. Eu tomei um monte de sangue e o seu corpo ainda esta cicatrizando as feridas. Além disso, o sol esta quase nascendo. Precisamos encontrar um lugar seguro ― Silas murmurou. Lucius lhe ensinou que todos os vampiros sabiam quando era hora de ir para o subterrâneo. ― Sabe algum lugar onde possamos ficar? ― Há uma cabana de madeira a oeste não utilizada no campo norte que é onde estamos agora. Não é muito longe, talvez três a quatro quilômetros de subida ― Harley resmungou e finalmente aceitou inclinar-se contra o ombro de Silas. ― Eu vou encontrar. Vamos, cara grande ― Desta vez, Silas liderou o caminho.

Capítulo Quatro ― Bem ali, apenas um par de metros mais ― disse Harley asperamente. Com o corpo de Silas curado, não demorou muito tempo para chegar à cabana. A maioria dos lobisomens mais jovens da matilha da Montanha Darkfall sabiam sobre o lugar em Northfield como um local para brincar e que estava perto o suficiente de casa. Pena que a maioria dos membros da matilha de

Harley

estavam

provavelmente

de

volta

a

Darkfall,

quer

ainda

comemorando, beber ou fodendo depois do seu embate mensal da lua cheia.


De qualquer maneira, Harley esperava discutir uma estratégia com Silas antes de trazer problemas para a matilha. ― Graças a Deus ― Silas murmurou. Harley puxou a porta da frente aberta e entrou em colapso dentro. A maioria das cortinas comidas pelas traças foram para baixo e havia uma fina camada de poeira no chão, mas eles tinham todo o lugar para si. Silas o deixou cair perto do que foi outrora a sala de estar. Harley não precisa olhar para fora das janelas para saber o sol estaria chegando em breve. ― Não se preocupe comigo, ― Harley apontou. Por insistência teimosa de Silas, Harley mostrou-lhe a sua ferida. Satisfeito estava começando a fechar, Silas o deixou sozinho. Silas parecia um pouco exausto até agora, como se o seu corpo sobrenatural conhecesse o seu inimigo natural, o sol, estava se aproximando rapidamente. ― O quarto não tem janelas. Você estará seguro lá. Ele seguiu Silas para a sala, e fez com que nenhuma luz pudesse tocar o espaço enquanto Silas acomodou-se contra o canto da sala. Apenas um momento atrás o vampiro parecia no auge da saúde depois de tomar o seu sangue. Agora suas situações estavam revertidas. Harley sentou-se no chão ao lado de Silas. As paredes de madeira estavam frias atrás das suas costas, como o frio da pele de Silas. Silas olhou para ele, a expressão dolorosamente vulnerável e crua. Ele quase se perdeu, e Harley não queria nada mais do que envolver seus braços ao redor do vampiro, e transferir parte do seu calor. Harley deu um tapinha no seu colo. Iluminando-se, Silas colocou a cabeça contra a sua coxa. Harley passou os dedos pelo cabelo sedoso de ouro do vampiro e fez pequenos círculos na sua espinha para acalmar. Quando Silas se mexeu como um cachorro feliz, Harley não podia deixar de sorrir. Difícil imaginar que era o seu companheiro necessitados, buscando o seu conforto.


Deitado tão docemente assim, Harley poderia imaginar que eles não estavam correndo por suas vidas. Será que eles sobreviveriam a esta provação para experimentar momentos de ternura como estes? Desespero e circunstâncias infelizes poderiam ter os colocado juntos, mas olhando para Silas e passando os dedos pelo seu cabelo, Harley percebeu que queria mais. Ele queria ver como era, ter o seu companheiro em um encontro ou fazer algumas coisas, como cozinhar ou jardinagem. Estranho como Harley nunca se viu fazendo qualquer uma dessas coisas antes de Silas. ― Harley. Quando eu acordar, você ainda vai estar aqui? ― Perguntou Silas, parecendo sonolento. ― Eu vou ficar ao seu lado e ter certeza de que nada chegue perto o suficiente para feri-lo, ― Harley prometeu. ― Não minta ― Silas murmurou, soando parcialmente convencido. Harley o provocou e puxou o cabelo de Silas. ― Eu mantenho minhas promessas. ― Ok ― Silas concordou. Em seguida, Silas fechou os olhos. Harley o assistiu dormir por um tempo, e se maravilhou como lindo o seu companheiro parecia dormindo, como uma estátua esculpida o seu criador teve tempo para esculpir a perfeição. Ele acariciou a ponte do nariz de Silas e o seu lábio inferior, surpreso com a onda de emoções possessivas praticamente esmagadoras passando por ele. Harley sabia, sem dúvida, que ele faria qualquer coisa e tudo para salvar o seu novo companheiro e mantê-lo protegido do mal. Depois de se certificar que Silas estava dormindo, Harley gentilmente o colocou de lado, em seguida, mudou. A ferida de bala doía um pouco, mas Harley sabia que já não seria um problema uma vez que ele se alimentasse.


Ele foi para fora da cabana e para os bosques próximos. Harley não ir agora, só circulou a propriedade. Seu lobo seria alertá-lo de qualquer intruso e movimentos suspeitos. Respirando o cheiro de ar fresco da montanha e sentir a sujeira debaixo das suas patas o ajudou a pensar. A terra não pertencia a matilha, não exatamente o cheiro de casa, mas era perto o suficiente. Harley encontrado pequeno animal e se alimentou com vontade, sabendo que ele precisaria da sua força para mais tarde. Ele se perguntou sobre os caçadores dos quais ele roubou Silas. A Ordem da faca nunca faltou para números. Mate um bastardo e mais viria, Harley sabia. Ele imediatamente se arrependeu de não ser capaz de terminar a sua matança. Homens mortos não contavam contos, mas mesmo aqueles semimortos podiam entrar em contato com os seus aliados. Pior, Silas e ele estavam praticamente incapacitados pelo próximo par de horas. Sem escolha, além de ficar fora. Esperando o pôr do sol, ele guiaria Silas para a floresta. Persuadiria Silas a alimentar a sua fome de animais. Harley não era um vampiro, mas ele tinha sofrido uma experiência semelhante quando ele era um lobisomem mudado recentemente. Ao contrário de Silas, porém, Harley tinha a matilha para vigiar as suas costas. Silas não tinha ninguém, além dele para confiar. Depois de Silas se alimentar, eles começariam a ir para Darkfall. Idealmente, eles deviam chegar à fronteira, antes do caçador e os seus amigos os apanhar. Até mesmo os membros da Ordem hesitariam em causar problemas em Darkfall, onde a matilha estava em sua força total. Após a alimentação, Harley lavou-se no rio próximo, e voltou para se aconchegar perto de Silas. Inconscientemente no seu sono, Silas puxou Harley perto e usou-o como um travesseiro. Bem. Harley não se importava. O vampiro tinha muito bom gosto, afinal.


― Foda-se, ― Gordon Willis assobiou. Seu braço mastigado sangrava como uma cadela, apesar das suas tentativas de conter o dano. Gordon não sabia o que doía mais. Seu irmão, o seu único sangue, morto ou nunca ser capaz de usar o seu braço dominante. Porra. Gordon precisava de ambas as mãos para fazer o seu trabalho ingrato. ― Você vai se arrepender disso, vira-lata. Meus amigos e eu vamos caçar você e o seu sanguessuga. Eu vou colocar as suas cabeças de merda no meu quarto. Gordon não sabia como ele conseguiu sair do celeiro antes que os policiais locais chegassem. Febril, braço engessado, Gordon contou com o seu ódio para alimentar o seu desejo. Ele se arrastou para fora do celeiro, degustando a vingança sobre o ar frio da noite. Gordon fez o seu caminho para o Toyota preto de Ben. Arrastou a sua bunda patética e dirigiu o inferno fora da cena o mais rápido que podia. Sem ajuda, mas Gordon teve que deixar o cadáver de Ben para trás. Simplesmente não havia tempo, e além disso a polícia não iria encontrar nada. Todos os membros da Ordem eram essencialmente fantasmas. Homens e mulheres que morreriam no momento em que pegavam a lâmina e arma, e fizeram o juramento incansável para caçar toda criatura sobrenatural fedorenta que ousasse andar na terra que por direito pertencia aos mortais. Gordon cuspiu um punhado de sangue enquanto ele dirigia como um louco. De volta à cidade, ele escondeu o carro em um beco e fez o seu caminho para o esconderijo temporário que Ben e ele escolheram - um prédio de apartamentos abandonados nas favelas da cidade. Com uma mão, Gordon


pegou o telefone de emergência e discou o número que todos os caçadores foram orientados como único contato em caso de extrema emergência. Esta situação estava perto o suficiente. Ben e ele tinham sido encarregados de uma coisa simples. Caçar o vampiro mestre Lucius e pegar o seu tesouro, o Cálice Rosewood, uma relíquia que precedeu Cristo e supostamente tinha habilidades sobrenaturais. Gordon não estava certo sobre os detalhes, mas eles não esperavam quaisquer complicações, certamente não o conhecimento indesejável de que Lucius tinha um novo incipiente e que esse incipiente tinha um companheiro lobisomem que pertencia a matilha da Montanha Darkfall. Darkfall era a cidade dos lobisomens e um dos lugares em que um caçador não poderia perseguir livremente a sua presa sem consequências. Gordon precisava das grandes armas. ― Eu espero que você esteja chamando por uma boa razão, camarada Gordon, ― veio a voz na outra extremidade. Gordon lambeu os lábios, e explicou a situação. Houve silêncio do outro lado. O número era uma linha telefónica direta para um dos cinco capitães de caça da Ordem. Chamar por um motivo tolo e você pode acabar morto, Gordon sabia disso, mas ele queria vingança e justiça para Ben e a sua vergonha recente. ― O que você precisa? ― Disse a voz, finalmente. ― Um grupo de caça equipado e pronto para o extermínio. ― Nós entraremos em contato com os detalhes novamente. Certifique-se de não desapontar a Ordem de novo, Gordon. Lembre-se, recuperar o cálice é a sua prioridade número um. Em seguida, a linha ficou muda. Gordon não dava a mínima para alguma relíquia antiga, mas ele certamente estaria ansioso para fazer o


vampiro e o seu lobisomem ferido sofrerem de maneiras que nunca souberam que existia.

Capítulo Cinco Silas acordou, em pânico. Ele revivia o mesmo pesadelo - Lucius tomando a chuva de balas para que ele pudesse viver, exceto que Lucius falou com ele na sua versão, ou tentou se comunicar com Silas, exceto pelo sangue derramado fora dele. Ainda não tendo utilizado os seus novos sentidos aguçados, Silas reagiu mal. Do lado de fora da cabana, ele ouviu o piar distintivo de uma coruja e o farfalhar das árvores. Silas pegou o objeto mais próximo a ele, suspendeu as mãos e segurava um punhado de peles. Ele piscou, vendo o enorme lobo confortável enrolado perto dele. — Harley, — Silas sussurrou com alívio. O grande lobo cutucou a cabeça contra o seu lado, e passou a sua língua úmida e áspera. Se não fosse pela linha impressionante dos caninos de Harley, Silas teria pensado que ele era um cão de grande porte. Sem um pingo de vergonha, Silas trouxe Harley perto para um abraço apertado. — Deus, eu pensei que você tinha me deixado. Quer dizer, qualquer pessoa lógica teria, — Silas confessou. Pele e garras desapareceram e Silas agora segurava um punhado de homem. Um muito nu suado e um pouco excitado homem, Silas observou. Seu companheiro. Ele ainda achava difícil acreditar que ele fosse encontrar Harley aqui de todos os lugares.


— Não seja tolo porra, — disse Harley, com os dentes descobertos. — Por que você sempre estraga o momento, abrindo a sua boca estúpida?— Silas exigiu. Harley o pegou com a mão na nuca de Silas e puxou-o para um beijo áspero que o deixou sem fôlego. Bem Silas não tinha imaginado isso, ou o calor entre eles. — Melhor?— Perguntou Harley, sorriso bobo no rosto. — Um beijo nem sempre pode fazer as coisas melhor, — Silas murmurou ainda se sentindo tonto. — Será que isso?— Harley enfiou a mão entre os seus corpos, prestes a chegar ao pênis de Silas, e depois parou. Ele balançou sua cabeça. — Nós não temos tempo para isso. — Por quê? — Silas exigiu. Em seguida, ele ouviu um segundo depois. Sua audição afiada pegou o som de passos à distância. Ele engoliu em seco, quando o velho medo levantou-se dentro dele. — Não pode ser, — ele sussurrou. — Quem? Você matou os dois. Harley olhou-o severamente. — Eu não terminei o último filho da puta. Ele provavelmente chamou mais dos seus amigos. Não ajuda a Ordem ter uma ereção pelo cálice do seu Mestre. — Eu nem sei o que é isso, — disse Silas, parecendo frustrado. Harley agarrou seus ombros, o olhar intenso. — Eu acredito em você. Olha nós não temos tempo de sobra. Eles têm equipamentos e armas. Temos as nossas garras e presas, que não é muito, mas tem que servir. — Qual é o plano? — Perguntou Silas. Deus, ele esperava que Harley tivesse um, porque Silas não planejava morrer em breve. Não depois de encontrar Harley. Lembrando-se do pesadelo, Silas começou a acreditar que as coisas aconteciam por uma razão. Era por isso que o destino fez Lucius morrer protegendo-o, assim, Silas


poderia, eventualmente, encontrar o seu companheiro em circunstâncias terríveis? Se os caçadores não tivessem o encontrado, ele certamente nunca iria conhecer Harley. Harley afirmou que eles eram companheiros, apesar de serem totalmente estranhos, Silas estava começando a acreditar que ele estava certo. Como ele poderia explicar esses sentimentos avassaladores? Esta fome repentina de viver, para que ele pudesse descobrir se Harley e ele teriam um amanhã e um feliz para sempre depois de esperar tanto tempo? — Nós vamos ter de fazer uma corrida e ir direto para Darkfall. Se chegarmos lá, a minha matilha vai nos proteger. Não é um caminho fácil, no entanto. Primeiro, precisamos alimentar a sua fome, então vamos na direção das Montanhas Darkfall. Elas são as três montanhas que protegem a cidade. Silas ingeriu. Ele podia ser um vampiro, mas ele nunca foi um fã de atividades ao ar livre. Silas pensou nas palavras de Harley. — Como será que a sua matilha iria reagir por nós enviarmos caçadores à sua porta? Harley fez uma careta. — Ainda não sei, mas eu não vejo outra maneira. Você me disse que o seu mestre tinha planejado ficar em Darkfall de qualquer forma e Sergio está esperando por ele. Silas assentiu. — Lucius disse que ia me treinar lá. Pensando sobre isso, eu acho que ele mencionou que ele tinha um outro propósito em mente também. — Sergio, meu alfa, pode saber algo sobre esse cálice. De qualquer maneira, as respostas estão em casa. Vamos pensar sobre ultrapassar os caçadores primeiro. Eu vou assumir a liderança, e você me segue. Harley mudou e Silas o seguiu para fora. O lobisomem cheirou o ar, sua cabeça levantada. Silas fez uma careta. Ele focou os seus sentidos, limitando-o à direção que os caçadores estavam vindo. Havia o rumor fraco de motores. Motos, Silas percebeu com medo, e o som de vozes. Ele cheirava


algo mais, também. Armas e eles estariam em punho com balas de prata letais tanto para Harley quanto para ele. Sentindo-se nervoso, Silas encostou em Harley e acariciou os seus ouvidos. Harley parecia gostar disso. Ele soltou um ronco e divertidamente beliscou o braço dele. Então Harley foi para a floresta. Silas levou em o seguiu. O terreno era duro e impiedoso, mas ele percebeu que com Harley ao lado dele e guiando-o, Silas sentiu menos medo. Ele olhou a forma peluda da Harley tecendo para cima das árvores, deixando escapar um grunhido Silas o seguiu. Com a recém-determinação, Silas correu atrás dele.

Depois de fazer o seu companheiro o segui, Harley acelerou o passo. Eles correram passando sujeira e árvores, e continuaram indo para cima. Aqui, o ar era mais fino. Mais frio. Terra deu lugar à pedra, mas Harley temia que haveria menos folhagem, menos lugares para protegê-los contra o olho. Atrás deles, os ouvidos de Harley pegaram as vozes dos caçadores e o som dos seus passos. Quando Harley ouviu os latidos e ganidos, ele hesitou. A raiva cresceu dentro dele. Os bastardos estavam usando cães de caça para segui-los, como se fossem a maldita presa. Harley não podia negar a inversão de papéis. Os caçadores cheiravam a armas e violência, o seu entusiasmo com a perspectiva do derramamento de sangue era palpável. Malditos sejam por não tomarem meias medidas. O que existia sobre esse cálice, que eles tanto queriam? As árvores borradas em cada lado de Harley, toda iguais e aparentemente sem fim. O quão longe eles foram? Harley sabia que ele não os


estava levando em círculos. Certo, impossível ele confiou no seu lobo para saber o caminho que levava para casa. Darkfall estava na frente deles, um farol luminoso de casa. Cristo, o que Harley não daria por um banho quente e depois se estabelecer na sua cama, colocando Silas com ele. Ele não sabia quando ele começou a colocar Silas na sua vida, mas ele começou, ele não conseguia parar. — Harley, — Silas raspou atrás dele. — Cuidado. Harley

desviou

a

tempo

de

uma

bala

direcionada

para

ele,

enterrando-se na árvore de carvalho à sua esquerda. Se Harley fosse humano, tinha amaldiçoado. Ele tinha tido sorte no celeiro. Aqui, porém, eles não podiam parar para arrancar as balas de prata facilmente, quando os caçadores eram mortos em conjunto e querendo vê-los mortos, ou tinham algum outro propósito em mente. Mais balas trovejaram entre eles. Com a ajuda dos seus reflexos sobrenaturais, eles mal evitaram a maioria delas. Harley escolheu o terreno mais áspero, o terreno irregular e crivado de raízes indomáveis. Caminhos que seres humanos e os seus cães teriam dificuldade em atravessar para colocar alguma distância entre eles. Harley foi para a direita. As árvores estavam ficando mais escassas aqui e eles estavam ficando sem tempo. O som da água fez cócegas a distância. Confiando em seus instintos, Harley dirigiu-se naquela direção. Insano não saber a configuração da terra, mas Harley não tinha mais nada para contar. Atrás dele, ele ouviu Silas tropeçar. Sem hesitar, Harley voltou. Silas era um novo iniciante, droga. Isso não devia ser o caminho para Silas estar aprendendo a fazer uso dos seus sentidos. Seria em um ambiente controlado, com a orientação constante do seu mestre. Silas ficou de pé. Com o cutucão de Harley, eles se moveram.


O som de água estava mais perto quase afogando os seus tímpanos agora. Eles chegaram a uma clareira que levou a um rio. Este rio, Harley freneticamente teve que assumir, era o que os moradores chamavam de Little Northfield. Se ele lembrava bem, isso poderia levar a uma das montanhas que fazia fronteira com Darkfall. — Cristo, Harley. Eu espero que você tenha um plano, — Silas sussurrou. Eles seguiram a margem do rio, ganhando velocidade. Agora em terreno relativamente plano, os caçadores estavam chegando a eles. Harley deslizou até parar a uma distância. Ele ofegava. O luar iluminava a porra de uma gota de sangue. — Foda-se, — Silas sussurrou. —É um beco sem saída. O vampiro virou-se para Harley e Harley não gostou do olhar de resignação lá. — Escute Harley, eles só querem a mim. Você não precisa ficar. Se você corre o suficiente - rápido... Harley beliscou o jeans de Silas em aborrecimento. O vampiro gritou, em seguida, olhou com raiva. — Ei! Estes jeans surrados são as únicas coisas que eu tenho. Pare. Passos e latidos ficaram mais alto. Quantos minutos, inferno, segundo eles tinham? Silas fez um ponto válido. A Ordem queria Silas, e não ele, mas eles estavam juntos nessa agora. Além disso, Harley suspeita que a Ordem não iria apenas baixar a arma se derrubasse Silas. Eles o levariam como cativo novamente. Torturando-o novamente pela informação que ele não tinha, mas desta vez eles não iria cometer um erro. Vendo o lindo corpo de Silas coberto de feridas novamente era foda inaceitável. Nenhum lunático iria colocar um dedo em Silas novamente. Harley


teria certeza disso. Ele não tinha tempo para explicar o seu plano, então Harley deu a Silas um olhar que esperava que traduzisse como “siga-me”. — Oh infernos não. Eu não gosto desse olhar ns seus olhos, cara grande. Você vai fazer algo louco, como assumir os caçadores? — Silas exigiu, quando agarrou a nuca de pelo de Harley. Harley sacudiu. Ele voltou atrás, não para atacar os caçadores como Silas pensou, mas para obter uma vantagem inicial. — Harley! — Silas gritou, reconhecendo os seus planos. Harley evadiu em uma corrida rápida. Suas pernas queimaram com o esforço de correr por tanto tempo, mas ele correu de verdade, certo sobre a gota. Atrás dele, Harley ouvido maldições criativas de Silas, antes do som das cataratas o afogar. Ele não estava preocupado. Ele sabia que Silas iria segui-lo. Satisfeito, ele sentiu o mergulho do vampiro atrás dele, Harley fechou os olhos e tentou se acalmar, porra. O medo bateu no seu coração, e reduziu-o a uma confusão. Queda livre não era o que a mídia fazia parecer. Não era divertido em tudo, não quando ele estava realmente na merda com medo. Graças amaldiçoando-o,

a

Deus,

o

lembrou-lhe

som que

da

voz eles

estridente ainda

de

Silas,

estavam

ainda

vivos

e

esperançosamente iriam sobreviver a isso. Vento soprava por ele. Harley mexeu as patas arranhando o nada. Em seguida, ele mergulhou de cabeça em águas negras. Harley nunca tinha sido um nadador forte. Ele chutou as suas patas furiosamente, querendo ir para o ar. Seus pulmões queimavam. A corrente indiferente continuou empurrando-o para frente. Em seguida, Harley começou a afundar. Porra. Ele rugiu inutilmente sob a água, sua energia estava esvaindo-se. Harley quase pensou que ele ia morrer afogado. Não era a sua forma preferida de ir, mas ele sentiu mãos


fortes segurando o seu pelo, um segundo depois, arrastando-o até a superfície. O ar doce da noite encheu seus pulmões. Os fortes braços pálidos trancados em torno dele pertenciam a Silas. — Você é louco seu bastardo, — Silas estalou, em seguida, teve a ousadia de bater nele como uma criança mal comportada. Harley rosnou, começou a se afogar novamente, mas Silas puxou-o de volta para cima. — Cães não deveriam ser bons nadadores? Ele pretensioso. Como Silas se atreve compará-lo a um animal doméstico insignificante? Além disso, como poderia o vampiro não estar precisando de ar? É claro que os mortos-vivos não respiravam otário de sorte. Harley não podia discutir muito, no entanto, não quando Silas lutou para trazê-los para a segurança. Uma vez que Silas o arrastou para a terra, Harley conseguia respirar mais fácil. Eles deitaram nas suas costas, lado-alado, completamente encharcados e com frio, sem falar por um par de minutos. Eventualmente, Harley encontrou força suficiente para mudar. — Obrigado por me salvar, — disse Harley, fazendo a paz. Silas virou-se para ele. A raiva inicial não se dissipou. — Estou apenas devolvendo o favor, além disso, se você não tivesse saltado, os caçadores nos teriam apanhado a esta altura. — Não achei que iria sobreviver, porém, — Harley admitiu. — Quero dizer, mesmo lobisomens e vampiros têm limites. Para sua surpresa, Silas enlaçou à mão com a sua. — Fizemos isso, no entanto. Viver para ver outro dia, certo? — Silas brincou. Harley colocou a mão na sua testa. — Noite longa. — Quer que eu faça tudo melhor, garotão?— Perguntou Silas. Harley não poderia dizer se ele estava brincando ou não.


— Bebê, nós só escapamos da morte ou tortura. Você não acha que é inapropriado vindo para mim? Silas cheirou, e depois deu um soco no ombro. — Não seja um burro. — Eu não estou. O olhar de Silas caiu para o pau de Harley, de pé a meio mastro, em seguida, levantou uma sobrancelha. — Olha quem está ficando excitado. Harley rosnou. — Não me tente. Eu posso puxar os seus jeans apertados e ver por mim mesmo. Então Harley tomou o vampiro de surpresa. Ele rolou em cima de Silas e prendeu os braços acima da sua cabeça facilmente. — Você... — Silas começou. Harley reivindicou os seus lábios, se tornando conscientes do seu beijo na pele lisa. Calor passou por Harley, fazendo-o esquecer do frio úmido. Ilógico deles estarem fazendo isso aqui e agora, mas tinham sido um inferno de noite. Nada fazia sentido, desde que ele salvou Silas. Além disso, quem sabia quanto tempo eles teriam para viver? Harley moeu o seu corpo contra o jeans de Silas, e deixou Silas sentir a sua ereção. Quando ele soltou Silas, a expressão de Silas estava amolecida, e tornou-se vulnerável e necessitado. Fome quando Harley foi para o conforto, para alívio do isolamento e do medo. Dentro dele, o lobo de Harley uivou, querendo que ele fosse mais longe, empurrar até que Silas e o seu corpo estivessem conectados. — Por favor, — Silas proferiu. Sua pele pálida e bela se destacou contra as rochas e o solo. Silas era pura tentação e todo seu. Apenas seu. — Porra eu amo essa palavra nos seus lábios, — disse Harley. Ele afrouxou o aperto um pouco, o suficiente para Silas se libertar e bloquear os braços em volta do pescoço de Harley. Corajosamente, Silas roubou outro beijo que deixou Harley fôlego.


Harley beijou o seu caminho até a mandíbula de Silas, o lado do seu pescoço, e se moveu para baixo. Indo para o mamilo esquerdo de Silas, Harley chupou o broto até que ele endureceu, mantendo o seu olhar treinado no rosto corado de Silas. Ele mordeu, deixando a sua marca, fazendo Silas gritar. O som era música para Harley. Silas começou a chegar para o eixo da Harley, mas Harley rosnou e agarrou-o. — Eu chamo os tiros, vampiro, — disse Harley. Ao aceno de Silas, Harley o soltou. Ele caiu em Silas, lambendo os lábios com a visão do pau grosso de Silas. Harley rodou o pré-sêmen na ponta de Silas, fazendo o vampiro tremer, e colocar os dedos nos cabelos de Harley. Harley tomou Silas entre os lábios, engasgou no início, antes de se acostumar com o tamanho do vampiro. Ele aplicou sucção em cada polegada do pau de Silas, gostando dos gemidos que saiam da boca de Silas. Harley atingiu as bolas de Silas, apertando suavemente, para julgar a sua reação. Silas gemeu, empurrando os seus quadris para Harley. Harley inclinou a cabeça para cima e para baixo no pau de Silas, tomando o seu tempo, reduzindo o vampiro a um monte de gosma. — Por favor, Harley, — Silas pediu. Harley tomou o seu pau profundamente na sua boca novamente, e Silas gritou por cima dele, provavelmente atingindo a sua voz rouca. Gritando o seu nome, Silas puxou o seu cabelo enquanto descarregava o seu esperma. Harley engoliu a carga de Silas, e não derramou. Ele lambeu os lábios, gostando do gosto do vampiro. Foi um bônus ver o rubor de Silas. Em seguida, um sorriso lento apareceu nos lábios de Silas. — Por que eu não devolvo o favor? Então você pode me foder sem sentido. Então Harley ouviu o tiro.


Capítulo Seis No momento em que Silas ouviu uma arma armar, ele e Harley se separaram. Silas se levantou, os olhos apertados. Ele avistou duas figuras encapuzadas nas sombras das árvores. O metal do cano da espingarda brilhava. Ao lado dele, Harley resmungou, começando a mudar. Será que ele conseguiria? Silas tinha que distrair esses dois, então Harley poderia terminar e entrar na luta. Os dois intrusos avançaram. Os caçadores não poderiam ter ido atrás deles tão cedo. Estavam estes dois observando as suas bundas, enquanto seus amigos iniciaram a perseguição principal? Por que não tinham atirado de novo? Mesmo que eles quisessem Silas mortos, eles gostariam de imobilizá-los primeiro. —Fácil. — Disse uma voz rouca. — Harley, é você? Harley parou a mudança e manteve-se em forma humana. Silas agarrou o braço dele quando ele deu um passo adiante. — Ele é do bando. — Disse Harley. Os dois homens entraram na sua linha de visão. O falador era alto, musculoso um homem de cabelos escuros nos seus trinta anos, enquanto o segundo era um homem esbelto carregando um rifle de caça. O primeiro, Silas identificou como sendo um lobisomem, o segundo um ser humano. Ele relaxou um pouco.


— Harley, o que está fazendo neste lado do bosque Darkfall? E é um vampiro que eu cheiro com você? Harley puxou Silas para ele agarrando-o, em um gesto possessivo. Silas se comoveu. Ele não precisava de proteção, mas uma parte dele ficou satisfeita. O outro lobisomem levantou uma sobrancelha. — Eu não tenho tempo para explicação, Garret. — Harley olhou por cima do ombro, de volta ao rio. — Silas e eu estamos em alguma merda profunda. Caçadores estão atrás de nós e eu preciso da ajuda do bando. — Silas? — Perguntou Garrett. Silas levantou a mão. — Esse seria eu, o vampiro. Garret bufou. — Bocudo. — Meu. Meu companheiro. — Harley disse simplesmente. A maneira natural em que Harley disse essas palavras enviou um arrepio pela espinha de Silas. Garret não precisava de mais explicações. Ele assentiu. — Venha, então. Eu estava ensinando Bo a caçar quando ouvimos barulhos. Meu caminhão está próximo. Eles se dirigiram para a pick-up de Garret. O outro lobisomem parecia conhecer o seu caminho em torno da floresta, porque eles foram para o lado da estrada em questão de minutos. — Graças a Deus, civilização. — Silas murmurou. Bo riu. O ser humano se apresentou como companheiro de Garret e, embora eles só tinham conhecido um ao outro por pouco tempo, Silas decidiu que gostava imensamente dele. — Eu sei o que você quer dizer. Isso é o que você ganha ficando ao redor de lobisomens. Eles andaram até a pick-up de Garret e se dirigiram para a cidade de Darkfall. No banco de trás, Silas se encostou em Harley, sentindo-se completamente exausto.


— Está tudo bem agora, certo? Chegamos ao seu bando. — Silas sussurrou. Na frente, Garret e Bo conversavam em voz baixa. Harley asseguroulhe que confiava em Garret, então ele relaxou pela primeira vez no que pareciam dias. — Estamos bem. Por agora. — Harley o assegurou. — Feche os olhos e descanse. Conversaremos depois que acordar.

Silas acordou ao som de várias vozes discutindo. Ele abriu os olhos e esfregou-os. As cortinas do quarto estavam fechadas, mas ele não precisa puxa-las para saber que o sol se pôs horas atrás. Ele havia dormido o tempo todo. Silas decidiu ficar quieto e escutar, pelo menos no momento. A voz de Harley foi fácil identificar, irritada e cheia de raiva. — Eu não vou o caralho ficar aqui e aceitar os seus insultos, Beta. Eu tenho coisas melhores para fazer. — Harley estava dizendo. — O que você esperava, Harley? Que eu ficasse ao seu lado depois que você convidou a porra de caçadores assassinos à nossa porta? — Disse uma segunda voz aquecida. — Escutem, brigar não vai resolver nada. — Disse Garret. — Você fique de fora, Garret. Você e o seu companheiro já nos causaram problemas da última vez. Um uivo de gelar os ossos soou, levantando todos os pelos nos braços de Silas. Ele nunca tinha ouvido nada parecido antes, mas quem fez isso ordenou que todos lá fizessem silêncio. Silas deduziu que tinha sido o alfa do bando.


— Parece que o seu companheiro vampiro está acordado, Harley. Deixe-o falar. — Disse a voz. Engolindo, Silas jogou as cobertas de lado. Ele endireitou as costas enquanto se levantava. Um novo par de roupas repousava sobre a cômoda. Ele colocou-as, e decidiu que não deixaria ninguém, nem mesmo um lobisomem maldito alfa, empurrar Harley ao redor. Quem estes lobos acham que eram de qualquer maneira? Eles não tinham o direito de julgar Harley ou ele. Silas andou em frente, cabeça erguida. Dois grandes homens de cabelos escuros cercavam Garret e Bo invadindo o seu espaço pessoal. O que dizia muito, visto que Harley e Garret não eram exatamente pequenos. Não foi apenas seus tamanhos que intimidou Silas. O alfa e beta da Matilha da Montanha Darkfall emanavam presenças dominantes, o que tornava difícil desviar o olhar. Eles tinham características semelhantes, irmãos, talvez. Um praticamente rosnou para ele, enquanto o outro olhou para ele com calma, calmamente fazendo o balanço dele, o alfa provavelmente. Nunca olhe para longe de outros predadores. Silas continuou andando e tomou posição ao lado do seu companheiro. Harley fez um som estrondoso na sua garganta. Não um som com raiva, mas de prazer. Ele o puxou em um braço possessivo ao redor da cintura e trouxe Silas mais perto. As costas de Silas bateram no peito duro de Harley. Harley se esfregou contra Silas, deixando Silas saber que tipo de reação a sua presença provocou nele. Se este era um show para os líderes do bando de Harley para mostrar-lhes que a sua ligação era genuína, Silas estava ansioso para jogar. Exceto que o gemido que saiu da garganta de Silas não era falso ou fabricado. Harley mordiscou a orelha de Silas. — Acordado agora, bebê? — Sonhei com você, com nós. — Admitiu Silas, como se eles não estivesse em meio de lobos irritados.


— Fodendo? — Perguntou Harley, interessado. — Você gostaria. Garret limpou a garganta. — Portanto, este é o vampiro que considerou necessário salvar, Harley. — Disse o homem de cabelos escuros mais alto e cheio de cicatrizes. — Este é Silas. — Harley concordou, não deixando Silas se afastar. — Silas, este é Sergio, o alfa do bando. O cabeça dura ao lado dele é Alessio, o nosso beta. Silas cutucou Harley gentilmente. Harley deixo-o ir com relutância. Silas ficou satisfeito que o seu companheiro confiava nele o suficiente para marcar o seu território. Ele andou até Sergio e Alessio, consciente de que eles eram praticamente o dobro do seu tamanho, estendeu a mão e friamente lhes deu uma olhada. — Prazer em conhecê-los. Alfa, meu Mestre Lucius falou bem de você. Sergio deu-lhe um olhar contemplativo, e depois deu a Silas um aperto de mão firme. — Lucius? — Alessio murmurou, em seguida, virou-se para Harley. — Porra, Harley deixou de mencionar esse pequeno detalhe. — Isso é o que eu venho tentando dizer todo esse tempo. É um malentendido. — Harley disse entre dentes. Após os ânimos serem suavizados, todos eles se sentaram. Bo entrou e entregou-lhes cervejas, e disparou a Silas um olhar de desculpas. — Você ainda bebe cerveja? Nós não temos exatamente bolsas de sangue ao redor. — Disse Bo. — Nós ainda podemos consumir comida e bebida humana, mas não precisamos. — Silas declarou, aceitando a cerveja.


Bo deu-lhe um sorriso. — Não deixe que esses lobisomens te intimidem. Todos eles amam parecer duros e resistentes, mas eles são caras legais lá no fundo. Sergio deu ao ser humano um olhar, em seguida, começou a rir. Alessio rosnou. — Garret, você precisa calar o seu humano bocudo. Bo lançou lhe um olhar, antes de se sentar no colo de Garret. — Eu quero ouvir a história dos seus próprios lábios, Silas. Dessa forma, eu posso dizer se você está mentindo. — Disse Sergio. O olhar intenso que Sergio deu a Silas fez Silas recordar dos boatos que o seu Mestre lhe disse uma vez sobre lobisomens alfas, que podiam sentir o cheiro mentiras. Não importava, porém, porque Silas não tinha nada a esconder. Ao lado dele, Harley apertou a sua mão em encorajamento. Silas disse a sua historia de novo, não deixando nenhum detalhe para trás. Ele fez o seu melhor para responder às perguntas de Sergio sobre os caçadores e Lucius. Após um longo silêncio, Sergio assentiu. — Eu acredito em você. Harley e você foram apanhados em circunstâncias infelizes que nem você poderia controlar. Sergio trocou um longo olhar com o seu irmão, antes de voltar a sua atenção para eles. — Os próximos detalhes que discutiremos nunca devem sair desta sala, entendeu? Mais acenos. Silas podia sentir a tensão na sala, e logo entendeu por que. —A intenção de Lucius trazê-lo aqui era não apenas para ensiná-lo a caçar e se acostumar com o seu corpo de vampiro. Ele queria transmitir a você o seu segredo. — O Cálice de Jacarandá. — Disse Silas. Sergio assentiu. — Um par de anos atrás, Lucius se aproximou de mim, me perguntando se ele poderia guardar a relíquia aqui em Darkfall.


Lucius nunca se juntou a um clã por uma razão. Ele foi nomeado o responsável pelo cálice sagrado. Seu criador vampiro foi o mesmo, e ele queria passar o dever há você no futuro? — O que exatamente é isso? — Perguntou Silas. Lucius deu a sua vida por ele. Sem o seu sacrifício, Silas não teria encontrado Harley. O mínimo que podia fazer era cumprir o dever e propósito que o seu Mestre queria que ele assumisse. Sergio hesitou. — Lucius diz que é antigo. Alguns dizem que é o cálice que Cristo bebeu antes da sua morte. Outros dizem que antecede o Cristianismo. Eu não tenho certeza se eu acredito nisso, mas beber dele supostamente lhe concede habilidades sobrenaturais. Silas engoliu, não gostando para onde isso ia. Antes de Lucius o encontrar, ele tinha sido um cético da existência do sobrenatural. Os sinais estavam lá. As guerras paranormais iam e vinham. Acordos eram formados entre sobrenaturais com as autoridades mortais, mas Silas nunca realmente acreditou, até Lucius. — Supostamente? — Perguntou Harley, cético. — Lucius nunca realmente demonstrou as suas habilidades. — Sergio disse secamente. — Além disso, naquela época, eu não pensava em nada. Eu devia a Lucius um favor, e ajudar a guardar uma taça antiga parecia bastante fácil. — Michella e eu lhe dissemos que um dia isso iria nos trazer problemas, porém. — Alessio o lembrou. Em seguida, ele grunhiu, e realmente olhou para Silas, pela primeira vez. Silas viu emoção genuína lá, pesar, tristeza e raiva. — Mas Lucius era um amigo para o bando. Ele nos ajudou, quando chegamos a Darkfall e não tínhamos aliados. Sergio assentiu. — Eu concordo. Lucius não poderia ter previsto que isso aconteceria a um principiante. Tenho certeza que ele queria tomar o seu


tempo, mostrando-lhe as coisas, dizendo-lhe sobre os seus deveres, mas tenho medo que tempo não seja um luxo. Silas assentiu. Harley passou um braço em volta dos seus ombros, dizendo a Silas que o seu companheiro lobisomem estaria ao seu lado, não importa o quê. Ele não sabia o que esperar, uma vez que deixasse Darkfall. Talvez, depois de correr por suas vidas na floresta, Silas pensou julgar e recusar a guarda. Após a morte de Lucius, as coisas só pareciam piorar. Saber que ele tinha aliados, que os amigos de Lucius iriam ajudá-lo, trouxe lágrimas inesperadas aos seus olhos. Silas apressadamente limpou-as. — Obrigado. — Disse Silas, e quis dizer isso. — Não nos agradeça ainda. — Sergio o lembrou. — Qual é o plano, chefe? — Perguntou Harley. Eles discutiram o plano pelos próximos minutos. Sergio acrescentou. — Alessio irá dizer ao bando o que esperar. Vamos dividir duas equipes. Obter os habitantes prontos e preparados. Vou colocar a maioria dos lobos em guarda, enquanto o segundo e menor grupo vai acompanhar Silas e Harley para o local onde o cálice está. — Onde ele está? — Perguntou Silas. — Em uma caverna em Rubystone. É um local de mineração abandonado ao pé de uma das montanhas. — Sergio explicou. — Harley sabe onde ele está. O espaço é apertado. Uma pequena equipe é suficiente a menos que as pessoas conheçam melhor. Vou mandar Michella, o bando de Gamma e a minha irmã para o seu lado. Ela conhece o caminho. Silas assentiu, gostando do som disso. — Soa como um plano. — Então, a reunião acabou. Temos trabalho a fazer. — Sergio declarou.


Depois que os irmãos saíram, Garret levou o seu companheiro de lado para dizer que ele estaria mais seguro segurando o forte, Harley e Silas se sentiram de fora. Medo, e excitação encheram Silas. — Aterrorizado? — Perguntou Harley. Silas balançou a cabeça. — Eu estou. — Disse Harley, surpreendendo-o. Silas encostou no seu ombro, confortado pelo tamanho e calor dele. Harley segurou-o, como se fosse a coisa mais natural do mundo. — Um lobo mau como você, com medo? — Perguntou Silas. Harley riu, e, em seguida, seu tom ficou sério. — Eu salvei a sua vida uma vez Silas. Te encontrei e sabia que queria você, porque você é meu para reivindicar, mas não posso suportar te perder. Isso ia me matar. Silas virou-se para ele e olharam um para o outro olho a olho. Ele beijou o lado do queixo de Harley, pegou o seu lábio inferior com os dentes, e depois beijou Harley devagar e com ternura, deixando Harley saber, sem a necessidade de palavras que Silas sentia o mesmo. — Você não vai me perder. Nós vamos passar por isso. Vai ser duro. Esses caçadores vão levantar o inferno, mas vamos sobreviver para ver outro dia. E finalmente ver onde isso vai dar. — Eu sei onde isso vai. Um bom lugar. — Harley respondeu por ele. Ele agarrou a mão de Silas, e começou a leva-lo para fora da propriedade de Garret e Bo. Sua casa, Silas viu, estava em um bairro residencial tranquilo perto da mata. Harley o levou para fora no quintal de Garret e na escuridão. Desta vez, Silas não sentiu medo ou temor. Harley se moveu com segurança, como se ele conhecesse a floresta. Silas não estava surpreso. Aqui, os lobisomens da Montanha Darkfall conheciam as árvores e a terra como velhos amigos. Era seu território, deles para vigiar e proteger contra intrusos indesejáveis. Harley não se afastou


muito, no entanto, estavam apenas a um par de metros da casa, assim Garret e Bo não lhes ouviriam. Ele empurrou Silas contra uma árvore, lembrando a Silas do tempo que Harley se ofereceu para saciar a fome, oferecendo o seu próprio pescoço. Acima deles, o céu noturno era salpicado de estrelas. A lua subiu acima deles, ainda inchada, fornecendo aos seus atos sujos uma pequena iluminação. Silas gemeu, não se importando quão alto ele soou, quando Harley colocou os seus pulsos acima da sua cabeça. A madeira resistente arranhava as suas costas, deixando Silas consciente da sua posição, preso entre uma árvore e o seu delicioso companheiro dominador. O pensamento o deixou duro. A protuberância na sua calça jeans não precisava transmitir a sua vontade há Harley porque Silas sabia que Harley sentiu o cheiro da sua excitação. — Você está usando roupas demais, na minha opinião, vampiro. — Comentou Harley. — Você também, lobisomem. — Silas sorriu. — Eu quero ver alguma pele. Correr minhas mãos por todo os músculos gostosos. Meu. Harley riu. — A última foda antes da batalha assustadora, hein? — Não. Não a última, mas a primeira de muitas. Isso fez Harley parar. Seu olhar ficou mais escuro. Intenso. — Você está fodidamente certo. — Chega de conversa. Tira. Por favor? — Acrescentou Silas. Harley soltou os pulsos de Silas e puxou a sua camisa aborrecido. Silas lambeu os lábios. — Mais. — Vampiro exigente. — Harley soltou o cinto. — Você quer que eu rasgue essas roupas fora de você? Bo vai ficar bravo, ele é exigente sobre as coisas dele. — De jeito nenhum. — Silas se despiu com pressa. Com tudo que ele tinha. Silas simplesmente não podia esperar mais. Uma vez que ambos


estavam nus e tocando pele com pele, Silas puxou Harley para ele. Harley tomou o controle, segurando os seus pulsos e saqueando os seus lábios. A cabeça de Silas girou. E não iria parar de girar, assim Harley recuou, com um sorriso nos lábios. — Impaciente, não estamos? — Dane-se. Olha quem está falando. — Silas retrucou. Ele sentiu a pressão da ereção de Harley, longa e grossa contra a sua barriga. — Vamos, cara grande. Faça-nos ambos voar. Assentindo, Harley pegou o membro de Silas. Ele pareceu divertido quando Silas refletiu o gesto. Harley combinou com Silas cada investida. De lento para rápido. Acelerando o ritmo até ambos estarem ofegantes. — Me dê isto. Goze. — Harley disse, com a voz áspera. Ele beliscou o pênis de Silas. E Silas explodiu no seu comando, o seu sêmen derramando sobre os dedos de Harley. Ele estremeceu. Com o prazer agredindo o seu corpo, fazendo-o cair contra a árvore. Silas lutou para se agarrar de volta à realidade, para retornar o favor há Harley, mas Harley agarrou os seus dedos. — Eu vou terminar em você. Harley não pediu, o lobo exigente, mas Silas gostava disso muito. — Venha me foder, bonito. — Silas ronronou. Harley virou-o, de modo que a frente de Silas tocou a textura áspera da arvore. Ele estremeceu quando sentiu a pressão do pênis duro como aço de Harley pressionar contra a entrada do seu traseiro. — Mãos pressionadas contra o tronco. — Harley instruiu. Silas obedeceu, colocando as palmas das mãos acima da cabeça. Ele abriu as pernas para equilibrar-se. — Bebê. — Silas lamentou, chocado quando Harley bateu na sua nádega esquerda. A ardência o fez se contorcer e levou o seu pênis flácido de volta à vida. Cristo, isso foi rápido.


— Comporte-se, vampiro. — Harley o repreendeu. Quando Silas empinou a bunda para Harley, Harley deu lhe outro tapa nas suas nádegas. Silas gemeu de frustração. Isso fez Harley sorrir. Os dedos lubrificados de Harley encontraram a sua entrada um segundo depois. — Você trouxe lubrificante? Estava planejado isso, não é? — Perguntou Silas. Ele não precisa olhar para Harley para saber que o seu companheiro dominante estava sorrindo. — Claro. Vai fazer este passeio memorável. — Depois de espalhar uma generosa quantidade de lubrificante no seu ânus, Harley enfiou um dedo, silenciando Silas. —Você vai me levar em você, bebê? — Foda-se, sim. Apresse-se. — Silas sabia que parecia carente, mas ele tomaria qualquer conforto que ele poderia conseguir, especialmente quando amanhã podia significar a sua morte ou vitória. Se eles estivessem lutando por amor e o seu futuro, porque não deviam expressar o seu afeto um pelo outro da maneira como eles sabiam? Não tinha alguém uma vez citado que a intimidade sexual era o caminho para o desenvolvimento espiritual? Silas conhecia a sua identidade, a sua razão de viver quando Lucius o escolheu como seu aluno. Após a morte de Lucius, Silas não sabia qual era o seu propósito mais, até Harley aparecer. Sem Harley, Silas

não

sabia

como

ele

iria

convocar

forças

para

assumir

as

responsabilidades que Lucius deixou. Sua observação petulante deu a Silas outra palmada em cada nadega. A ardência combinada com a antecipação de Harley o violar fez o seu pau engrossar contra a casca. — Não seja bruto, Silas. Achei que você tinha melhores maneiras do que isso. Silas fungou, fingindo estar ofendido. Harley deslizou um segundo dedo escorregadio, e depois torceu. Silas gemeu. Com Harley tesourando os


dedos e trepando com ele, Harley esticou Silas para ter acesso fácil. Harley o cutucou com o seu pênis. Apesar da ligeira queimadura, Silas quis que os músculos da sua bunda puxasse o seu companheiro para dentro. — Foda-se, bebê. Você é tão apertado. Harley segurou Silas pelo quadril, se enfiando mais duro e mais profundo, até as suas bolas tocarem a bunda ainda ardendo de Silas. Soltando um suspiro, Silas fechou os olhos. Harley enterrado dentro dele sempre se sentia tão bem. Por um momento, Silas sentiu tudo. O beijo do ar da noite, protegido pelo corpo quente de Harley pressionado contra o dele, os sons da natureza ao seu redor, e os cheiros de sexo e musk. Imagem perfeita, apesar do fato que a luta pela sua sobrevivência começaria no dia seguinte. Dor e perda, medo e trepidação os aguardava. Novamente. —Isso vale a pena. — Disse Silas com convicção. Ele se lembrava de como Harley saltou para fora da borda da cachoeira, confiando que Silas iria a seguir. Harley iria segui-lo até os confins da terra se fosse necessário. O pensamento aqueceu o seu coração e entranhas. Ele era um sortudo filho da puta. Silas desejava que Lucius pudesse vê-lo agora. Será que ele ficaria orgulhoso que Silas não tinha se rendido? — Isso mesmo. — Harley não falou. Ele não precisava. Eles permitiam que os seus corpos falassem. Harley se moveu, caindo em um ritmo constante. Silas passou as unhas em toda a árvore, marcando-a. Imaginou a próxima vez que ele iria deixar marcas como meia lua crescente, como um gato territorial. Também seria bom ter uma casa aqui, tão perto da floresta onde Harley poderia correr livremente em forma de lobo, e onde eles poderiam fazer algumas coisas sujas ao ar livre. Lucius não deixou Silas sem recursos. Silas


tinha acesso a conta bancária do seu Mestre. Droga, ele estava fazendo isso novamente, planejando um futuro incerto. Pense sobre o agora, Silas. — Pensando? — Perguntou Harley, áspero. Silas fez um som que passou por um “sim”. Harley continuou. —Significa que eu não estou fazendo o meu trabalho direito. Silas se esqueceu de tudo o mais, exceto o corpo de Harley colidindo com o seu. Harley pegou o seu pau e começou a deslizar o punho para cima e para baixo. Ele fodeu Silas com mais força, indo fundo e rápido. Um grito de puro prazer feroz saiu da garganta de Silas. Isso pareceu excitar Harley. Harley mudou o ângulo dos seus quadris e bateu para a direita no ponto doce de Silas. Arregalando os olhos, Silas engasgou. Ele cravou as unhas na arvore. Harley acertou a sua próstata repetidamente, os movimentos da sua mão no pau de Silas mais frenéticos. Desta vez, eles gozaram juntos. Silas jogou a cabeça para trás e soltou um gemido trêmulo. Ele viu estrelas quando prazer anestesiava o seu corpo mais uma vez. Atrás dele, Harley soltou um rugido triunfante enquanto ele esvaziava a sua carga dentro do traseiro de Silas. Ficaram assim por um momento, recuperando os sentidos, com Harley pressionado contra ele como um cobertor. Silas pressionou a sua bochecha contra a arvore, confortado pelos braços musculosos da Harley. — Foda-se, que passeio. — Disse Harley. — Exatamente meu pensamento. — Silas respondeu. Eles teriam ficado assim para sempre, se Harley não se afastasse. — Vamos lá, para a cama. Temos uma longa noite pela frente amanhã. — Eles colocaram de volta as suas roupas. Entrelaçando seus dedos, eles se dirigiram de volta para casa.


Capítulo Sete Harley andava em um ritmo inquieto na sala de estar da casa minúscula de Garret e Bo. Lá fora, o sol da tarde se destacava contra o céu azul claro. Mais duas horas até o pôr do sol, até que Silas subisse e os caçadores iniciassem o seu ataque - de acordo com o que alguns dos seus espiões apresentaram. Depois que Sergio colocou Darkfall em estado de alerta, seus melhores lobos secretos instantaneamente se prontificaram para observar os seus futuros inimigos. Segundo eles, a Order da Faca montou uma espécie de miniexército. Uma vez que eles perceberam que não podiam seguir Harley e Silas na sua queda, eles devem ter voltado a trás para pensar e se reorganizada. Agora caminhões alterados carregados com metralhadoras estavam indo no seu caminho. Harley engoliu, não gostando das probabilidades. Ele continuou caminhando sem perder o ritmo, desgastando o tapete da sala de estar sob os seus pés. ― Oh acalme-se, porra, ― Bo reclamou. O ser humano estava sentado no sofá da sala, lendo uma revista. Levou um bom tempo de manhã para Garret convencer o seu companheiro a ficar em casa. Depois de recorrer a ameaças, Alessio e Garret finalmente convenceram Harley de proteger o seu companheiro, em vez de ajudar a matilha.


Harley sabia por que tinham lhe convencido a ficar aqui. Ele seria mais um aborrecimento do que ajuda, no seu estado ansioso. Além disso, eles tinham um ponto. Silas era vulnerável durante o dia e Harley não confiava em ninguém para cuidar do seu companheiro. ― Estou tentando ― Harley resmungou. ― Essa coisa toda apenas é uma merda. Sem mencionar que ele estava exausto. Harley não dormiu muito na noite passada, embora Silas tenha dormido longamente em seus braços. Assim que esta tempestade acabasse, Harley iria trancar Silas e ele no seu quarto por dias, apenas saindo para alimentos. Talvez eles até mesmo entrassem de férias. Ficar em algum Hotel acolhedor e fazer todas as atividades loucas e bobas que casais estavam dispostos a fazer durante a noite. O pensamento fez Harley sorrir. ― Você e o vampiro ficam bem juntos ― observou Bo. ― Sim? ― Perguntou Harley. ― Você acha que a matilha iria aceitálo? Bo sabia sobre ser o forasteiro. O ser humano veio a Darkfall inicialmente com o seu ex-amante, que acabou por ser um shifter urso psicótico. Ele conheceu Garret, e juntos, eles saíram do caos relativamente sem arranhões, mas levou tempo para a matilha dar boas-vindas a Bo. No princípio, a matilha estava desconfiada de estranhos, mas eles finalmente aprenderam a aceitar Bo e respeitar o corajoso humano. Harley esperava o mesmo para Silas. ― Certo. Silas é gente boa ― disse Bo, balançando a cabeça sabiamente. Ele parecia mais sério agora. ― Eu entendo de onde ele vem. Quando eu cheguei aqui eu era uma merda com medo. A situação de Silas é pior. Ele ainda está se recuperando do choque de perder o seu Mestre e conhecê-lo. Então há esse cálice.


Harley lentamente balançou a cabeça, pensando nas palavras de Bo. Ele sabia que o Mestre de Silas tinha sido mais do que o mentor de Silas. O cara pegou Silas das ruas e lhe deu uma segunda vida. Harley também estava ciente que eles eram íntimos. Incomodava-o um pouco, mas o cara estava morto e Harley estava aqui. Não doía que a sua conversa com Silas na noite anterior inchou o seu ego. Harley tinha incitado Silas sobre Lucius, e perguntou-lhe sobre o seu relacionamento na noite anterior. ― É difícil de descrever ― Silas tinha admitido, então ele agarrou o braço de Harley, seus olhos determinados. ― Não comece a pensar que é algum tipo de substituto. Você não é. Você é meu companheiro Harley. Podemos ter nos encontrado em circunstâncias terríveis, mas o que temos não é temporário. É especial. Algo que a maioria das pessoas sonha, mas nunca poderá ter. Essas palavras emudeceram Harley. Ele sempre soube que o vampiro era profundo. Então Silas ficou um pouco de vermelho. ― Você me faz sentir coisas que eu nunca senti antes. Com você é sempre calor e fogo, e eu suspeito que as chamas entre nós não vão abaixar tão cedo. A linha dos pensamentos de Harley foi interrompida quando o seu lobo ficou alerta e acordou dentro dele. Ele virou a cabeça em direção às janelas, e começou a se mover em direção à linha de armas que estavam na mesa de café. ― Harley? Qual é o problema? ― Perguntou Bo, mantendo a voz baixa. Harley estava verificando todas as espingardas de Garret quando ouviram. Motores retumbavam ao longe, muito longe do bairro residencial, mas perto do centro da cidade. Em seguida, o som que fez parar o coração de


Harley por um segundo. O

“bratatata” burburinho constante de uma

metralhadora de tiro rápido. ― Eles não deveriam chegar até muito mais tarde a noite ― disse Bo entre as rodadas. Harley antecipou o pior. Ele pendurou a espingarda ao ombro, e jogou outra para Bo. O ser humano cheirava a medo, mas Harley sabia que ele não iria se curvar. O companheiro de Garret era feito de um material forte, assim como Silas. ― Vamos lá, me ajude a acordar Silas. Então eu quero que você vá para o abrigo de bomba subterrâneo sob City Hall. Bo fez um ruído de desgosto. ― Onde os moradores da cidade humanos estão todos escondidos? ― Não temos tempo para discutir, ― Harley disse pacientemente. Além disso, se Bo tivesse um único arranhão nele, Garret iria esfolar Harley vivo. Ele

foi

até

o

quarto

de

hóspedes,

onde

Silas

dormia.

Seu

desenformado companheiro dormia de lado, morto para o mundo até mais tarde. Droga, Harley tinha que transportar Silas para a segurança. Ele usou os cobertores na cama e com a ajuda de Bo, envolveram Silas em um rolo de salsicha. Eles se dirigiram para a garagem e colocaram Silas no porta-malas do carro de Bo. Não havia como evitar o manuseio brusco, porque um toque do sol poderia literalmente queimar Silas. Bo ficou com a espingarda. Harley apenas deslizou para o assento do motorista quando ouviram o grito agudo de tiros surpreendentemente próximo. Ele cheirou-lhes um segundo mais tarde. Os caçadores davam tiros onde passavam, gritando e rindo como se tivessem todo o tempo do mundo. ― Fodidos, ― Harley assobiou baixinho. Ligou o motor com os ombros tensos. Vidros foram quebrados da casa de Bo e Garret.


― Droga, é melhor que eles estejam prontos para pagar pelos danos, ― Bo murmurou sob a sua respiração. Ele manteve a arma perto dele, e Harley sabia que o ser humano sabia como usá-la. ― O que estamos esperando? ― Até que eles se movam para a próxima casa e uma vez que eles estejam satisfeitos de que ninguém está em casa ― Harley sussurrou de volta. Bo assentiu. Segundos pareciam se estender por horas, até que o som das armas em funcionamento começou a desaparecer. Harley não perdeu tempo. Ele ligou a ignição e saiu para o sol brilhante da tarde. Um observador gritou do que parecia ser um Hummer modificado com o seu topo retirado. A torre de arma montada girou na sua direção. Antes que Harley pudesse reagir, balas perfuraram a parte de trás do carro. O porta malas. Harley jurou sob a sua respiração. Esses bastardos eram carne morta se machucassem Silas. Ele mesmo iria caçá-los. Inferno, se não estivessem severamente encurralados, Harley gostaria de mudar em forma de lobo. Os deixaria confusos, antes de ir para as suas gargantas e matá-los. Será que eles gostariam de ter as suas posições invertidas? ― Harley, vamos, ― Bo assobiou. Harley bateu no acelerador. Bo se atrapalhou com o cinto de segurança. A julgar pelas ruas vazias, parecia que os gritos chegaram aos habitantes da matilha Darkfall. Harley olhou pelo retrovisor. Atrás deles, o Hummer acelerava na sua direção, mas a velocidade estava ligeiramente mais lenta do que o habitual por causa das suas modificações. Uma figura gritando para a tripulação chamou a atenção de Harley. Ele estreitou os olhos, concentrando a sua visão sobrenatural. O idiota com um braço em uma tipoia parecia familiar. Harley rosnou. O mesmo cara que ele não acabou no celeiro.


― Conhece alguém? ― Perguntou Bo. Harley voltou a sua atenção para a estrada. ― Um deles torturou Silas. Deveria ter comido as suas vísceras. Bo pareceu chateado com isso. ― Você ira deixa-lo para o final, não é? Harley sorriu. ― Você tem uma raia cruel em você, Bo. Para um ser humano. ― Pô. Eu não sei se eu deveria ficar encantado ou insultado. Sabendo que o Hummer não iria alcançá-los, Harley dirigiu a toda velocidade. Como ele prometeu, ele deixou Bo na prefeitura. ― Você tem certeza disso? ― Bo perguntou antes de sair do carro. ― Você tem um celular com você? ― Perguntou Harley. Ele pegou o celular do bolso e lhe entregou. ― Você tem o número de Michella nele? O ser humano assentiu. ― Esta é exatamente a maneira que nós planejamos isso, apenas tivemos que adicionar algumas modificações. Eu vou atrair os caçadores a distância do centro da cidade. Sergio e os outros vão cuidar do excesso de bagagem. Preciso de Silas, porque Sergio diz que ele é o único capaz de usar o cálice. Bo assentiu. ― Fique seguro, Harley. Harley dirigiu o carro para uma das pequenas estradas que davam para fora da cidade. Mais motores retumbavam atrás dele. Dois Hummers. O suor escorria por suas costas. Seu coração batia em um ritmo instável. Não temia por si mesmo, mas pela sua preciosa carga na parte de trás. Nenhuma surpresa o caçador com um tesão por eles chamar seus amigos. Eles não queriam perder tempo e recursos perseguindo lobos quando o seu objetivo era Silas e o cálice.


Mantendo uma mão no volante, Harley rolou através dos nomes no telefone de Bo. Ele discou o número da Matilha Gamma. Michella atendeu no primeiro toque. Ela não exigiu explicações, apenas ouviu. ― Os caçadores vieram mais cedo. Eu estou indo para o local agora. Silas está comigo. Quanto tempo vai demorar para que você chegue lá? ― Eu já estou aqui. Harley não estava surpreso. Entre os irmãos Esteban, Michella parecia ser a única que usava os dons de shifter. ― Te vejo em breve. Vendo alguns dos estabelecimentos que foram destruídos por tiros, Harley fez uma careta. Se Lucius não fosse amigo dos líderes da matilha, Sergio não teria estendido o seu auxílio. A segurança dos habitantes da cidade vinha em primeiro lugar. Será que Harley levaria a luta para outro lugar? Ele não achava isso. A parte egoísta dele teria feito qualquer coisa para proteger o seu companheiro. Harley só iria dever a Sergio um enorme favor depois - se eles sobrevivessem. Uma vez que ele estava fora da área principal da cidade, o caminho estava rodeado por árvores grossas delimitando os lados deles. Apenas uma hora a esquerda mais ou menos, antes do pôr do sol, e eles poderiam fazer a verdadeira festa começar. Harley encontrou uma área de terra entre duas árvores e saiu da estrada, confiando que o veículo iria aguentar. As rodas trituravam no solo áspero e pequenas pedras. Harley e os membros da sua matilha pegavam este caminho mil vezes durante as suas frequentes corridas pela floresta. Ele conhecia bem o suficiente, mas ele não podia contar com o carro por muito tempo. O caminho estreito e a subida daria trabalho aos caçadores, e os atrasaria. Ele estudou as árvores. Se debatendo se elas iriam dar-lhe sombra do sol suficiente, mas decidiu que iria. Harley levou o carro tão longe quanto a trilha poderia levá-lo.


Ele estacionou na frente de uma clareira que eles usavam para os desafios e lutas da matilha. Harley verificou o seu equipamento antes de sair. Ele tinha munição suficiente com ele para explodir uma cidade inteira. Vendo o porta-malas cheio de balas, suas mãos tremiam quando ele o abriu. Silas estava lá, ainda dormindo, rosto pálido espiando do ninho de cobertores grossos. Ele soltou um suspiro de alívio. Espinha de Harley se arrepiou um segundo depois. Não muito longe, ele pegou o som de rodas, de vozes impacientes

e

o

bater

ocasional

de

balas

dos

caçadores

entediados.

Gentilmente, ele colocou a forma adormecida de Silas por cima do ombro. Ele fez com que o cobertor cobrisse o vampiro da cabeça aos pés, antes de ir em uma caminhada rápida. Mais obstáculos. Árvores e terrenos acidentados, mas ao contrário da floresta Northfield, a floresta Darkfall era a sua segunda casa. Ainda assim, o esforço desgastou Harley. Quando ele avistou os túneis Ruby Stone ao pé de Little Lucy, a menor das três Montanhas, Harley estava reduzido a uma confusão ofegante. A figura no seu ombro gemeu. Harley parou e deitou Silas no chão. Acima deles, o primeiro sinal de estrelas aparecia. Silas se agitou no seu sono, se sacudindo e sentado. Seus olhos selvagens olharam ao redor, em pânico, provavelmente lembrando um velho pesadelo. Harley agachou-se, sorrindo, quando Silas relaxou na visão dele. O vampiro surpreendeu Harley, jogando os braços em volta do seu pescoço. ― Calma, amor. Nós estamos seguros e, juntos, isso é tudo que importa. A luta chegou mais cedo, ― Harley explicou. ― Eu posso dizer ― disse Silas, acenando para a floresta. ― Antes de começarmos isso, eu quero uma coisa. ― Qualquer coisa, ― Harley concordou.


― Me beije. Harley piscou. Silas não aceitaria um não como resposta. Ele passou os braços em volta do pescoço de Harley e beijou-o. O vampiro ficou bom no pouco tempo que se conheceram, seus beijos cuidadosos com as suas presas. Harley agarrou a nuca de Silas, aprofundando o beijo. ― Vocês amantes terminaram, ou vocês precisam de mais tempo? ― Perguntou uma voz feminina. Não cética, apenas divertida. Eles se afastaram um do outro. Harley viu Michella à alguns metros distante deles, os braços cruzados - uma miniatura, mas a versão mais bonita dos seus irmãos. Harley fez uma rápida apresentação. ― Você tem certeza que está relacionada a esses dois brutos? ― Perguntou Silas. Michella riu. ― Eu já gosto do seu vampiro, Harley, mas vamos acabar com as brincadeiras. Vocês dois estão prontos? Harley assentiu. Eles tinham passado pelo plano na noite anterior. De primeira, ele parecia louco, levar os caçadores direto para o ataque. Sergio explicou que era impossível mudar a localização do cálice, porque só Lucius ou os seus descendentes poderiam tocar a relíquia. Depois de Harley ver o esboço do esquema dos túneis, ele entendeu. Eles iriam chamar os caçadores em uma armadilha cuidadosamente construída. Impedi-los de escolher o terreno para a batalha. Em túneis estreitos e no escuro, os caçadores mortais teriam problemas para manobrar os seus brinquedos extravagantes. ― Vamos acabar com isso ― Silas concordou. Harley e Michella tiraram a roupa e se mexeram. O som dos caçadores se aproximava da sua localização. Ele também podia ouvir pedaços da conversa. ― Cheira como a porra de uma armadilha, Gordon ― se queixou.


― Cale a boca e faça o seu trabalho ― uma voz estalou. Gordon. O filho da puta que Harley erroneamente deixou vivo. Finalmente, Harley tinha um nome para amaldiçoar. ― Não gosto de como estes shifters nos separaram. Cameron e a sua equipe estão de volta na cidade. Eles cortaram as comunicações com a gente há cinco minutos. Isso significa apenas uma coisa. ― Eu não dou a mínima se eles estão mortos. Temos uma missão do Conselho. Pegar a porra do cálice. Então, nós pegamos enquanto abatemos alguns vira-latas ao longo do caminho ― disse Gordon. ― Nós nem sequer sabemos o que esta coisa faz. ― O que isso importa? Nós somos soldados de infantaria. Você quer que eu diga ao nosso superior como você se acovardou como um bichano? ― Isso encerrou a conversa enquanto subiam. Harley ouviu o suficiente. Eles entraram na fria escuridão do túnel. Suas garras e patas raspando em metal retorcido e madeira podre - uma mina com pista de carrinho antiga. ― Assustador ― Silas murmurou, tremendo. Harley entendia. Algo parecia fora sobre este lugar. Para shifters, alguns locais exalavam uma aura estranha - resíduo de fantasmas talvez, ou horrores antigos. Os locais antigos como estes, especialmente, assustavam Harley. Claro, shifters conseguiam lutar as suas próprias lutas contra a maioria dos males sobrenaturais, mas Harley era do tipo medroso. Como se sentisse a sua apreensão, Silas estendeu a mão para ele e começou a esfregar os seus ouvidos. Harley desejava que o vampiro pudesse ver o seu olhar furioso. Ele não era algum tipo de animal de estimação que precisava de tranquilidade, mas se sentia bem. Michella assumiu a liderança, seu lobo delgado pulando e desviando enquanto Harley a seguia. Passos barulhentos bateu atrás deles. Luzes piscaram de uma dezena de vigas,


dizendo a Harley que os caçadores tinham lanternas com eles. Bastardos inteligentes. A entrada estreitou. As paredes da mina estreitavam até que eles só poderiam se espremer por elas um de cada vez. Michella levou-os a uma grande caverna que se ramificou em quatro túneis diferentes. De acordo com os mapas, leste e oeste levavam a becos sem saída. Sul era onde o cofre que continha o cálice estava, mas era aqui que eles esperavam reduzir os números de caçadores. Os três espalharam-se, escolhendo áreas de esconderijo. A única lanterna brilhou através da abertura. Os caçadores amaldiçoavam dentro do pequeno espaço. No momento em que o primeiro homem tropeçou fora, Michella estava sobre ele. Ela terminou a matança e graciosamente saltou para longe quando uma arma foi disparada pelo segundo caçador. Silas pegou este. Harley

matou

o

terceiro,

esperando

que

Gordon

fosse

o

próximo.

Naturalmente, o covarde não o fez. Um homem como Gordon iria sacrificar os seus peões primeiro. Ao quinto morto, alguém teve o bom senso de gritar para uma retirada. ― Não recuem, Não se rendam ― Gordon gritou. ― Foda-se, cara. O resto de nós quer viver. Nenhuma esperança para isso. Harley sabia que até o momento, mais membros do bando esperavam lá fora, prontos para lidar com os retardatários. ― Corra e o Conselho ira te caçar pelo fracasso. De qualquer maneira, você está morto ― disse Gordon com uma voz fria. Harley ouviu mais passos e argumentos. Harley mostrou os dentes enquanto o próximo idiota entrou, correndo a toda velocidade. Enfrentá-lo tinha sido um erro. Ele não viu Gordon empurrando o seu companheiro de equipe na mira da arma, usando-o como um escudo humano. Os caninos de


Harley ainda estavam presos no pescoço do sacrifício, quando Gordon apontou o cano na cabeça dele. ― Tchau, vira-lata. ― Gordon puxou o gatilho.

Capítulo Oito Foi o que aconteceu em poucos segundos, muito rápido para o olho humano ver. Silas vislumbrou o caçador com o seu companheiro. Ele mal reconheceu Gordon, com os seus loucos olhos vermelhos e boca espumando de raiva. Silas ouviu o clique revelador, e viu Gordon puxar o gatilho em câmera lenta. Então alguma coisa dentro de Silas estalou. Talvez o último bloqueio contendo a sua raiva. Ele estava cansado disso. Silas estava cansado de estar sendo caçado. Sua dor e sofrimento ele poderia aceitar, mas não as pessoas que ele se importa. Ama. Machucar Harley tinha sido o último erro de Gordon. Silas correu, desejando que o seu corpo tivesse mais energia. Mais velocidade, eu preciso de mais velocidade. Seus músculos protestaram, mas ele não se importou. Silas ficou entre Harley e Gordon. A arma disparou e a bala entrou profundamente

na

sua

clavícula.

Prata

rasgando

dentro

dele

instantaneamente, mas Silas ignorou a dor e tudo o mais. Ele se concentrou na sua raiva. Gordon abriu a boca para uivar. Silas fechou sua mão direita e ouviu o ruído satisfatório quando o punho encontrou o rosto de Gordon. O caçador tropeçou momentaneamente e perdeu o equilíbrio. Silas estendeu a mão para


os ombros, expos o pescoço Gordon e afundou os seus caninos. Sangue rico inundou a sua boca. O sangue do caçador. Silas teria continuado, mas sentiu a enorme cabeça peluda de Harley cutucar a sua perna. Desgostoso, Silas deixou o cadáver de Gordon cair. O outro caçador ficou paralisado com a visão do seu líder morto. Então a voz humana de Michella disse ― Não há mais nenhuma necessidade de derramar sangue. Você pode sair daqui morto ou vivo. Se entreguem agora e os nossos membros do bando que estão esperando vão deixar vocês saírem ilesos. Os caçadores não demoraram muito para decidir. ― Nos rendemos. Silas abaixou-se para abraçar Harley. ― Acabou ― ele sussurrou. Silas ficou enfurecido quando Harley lambeu a sua bochecha. Ele sentiu a mão de Michella no seu ombro um segundo depois. ― Eu vou garantir que os caçadores não se afastem muito. ― Você não tem medo que eles possam voltar com mais homens? ― Perguntou Silas. Michella sorriu para ele severamente. ― A Ordem não tolera falhas. Esses caçadores estão condenados à morte, eles não aceitam covardes. Eles vão correr, mas não seremos nós que aplicaremos a sentença de morte. Seus próprios parentes vão encontrá-los. ― E sobre o cálice? ― Perguntou Silas. ― Eles não vão fazer outra jogada tão cedo. Não se preocupe com isso. Vamos discutir este assunto detalhadamente mais tarde ― Michella veio preparada. Silas a viu pegar um kit de primeiros socorros no canto da sala. Harley rosnou para ela quando ela se sentou e examinou o ferimento de Silas. ― Não rosne ― Michella disse para Harley, que bateu a sua cauda com impaciência.


― Dói muito? ― Ela perguntou. ― Surpreendentemente não dói tanto assim. Eu acho que é porque bebi o sangue de Gordon ― respondeu Silas. Michella eficiente tirou a bala, limpou e enfaixou a sua ferida em questão de minutos. ― Boas notícias. Isso não vai te matar, mas isso vai demorar um pouco para curar. Silas assentiu, recordando quando Harley tirou uma bala de prata dele. ― Vou verificar os caçadores, vocês certifiquem-se que o cálice está bem ― disse ela. ― Como posso encontrá-lo? ― Perguntou Silas. ― Procure profundamente dentro de você, Silas. Você vai sentir isso e saber onde ele está ― Com essa observação de despedida, Michella mudou para a forma de lobo e seguiu os caçadores. Silas viu Harley observava-lo com preocupados olhos âmbar. Ele respirou fundo e levantou-se. ― Vamos, rapaz. Vamos descobrir o que há de tão especial sobre este cálice ― Silas espanou a sujeira fora do seu jeans. A pele de Harley roçando a sua perna era confortável. Eles não falaram, nem mesmo quando a pele de lobo se tornou humana. Harley caminhava

ao

lado

dele,

entendendo

a

sua

necessidade

de

silêncio.

Timidamente, Silas estendeu a mão e entrelaçou os dedos com o seu companheiro. Silas continuou andando, seus pés aparentemente sabiam para onde levá-los. Ele viu o contorno da caverna na sua mente. Sabia que o sangue de Lucius dava a Silas acesso as suas memórias. Eles deram voltas e mais voltas, finalmente chegando a um beco sem saída.


― Huh ― Harley resmungou, esfregando a sua mandíbula. ― Isso é algum tipo de truque Como em O Senhor dos Anéis? Você sabe a senha na língua dos anões ou alguma merda assim? Silas não pode deixar de rir. Ele deu um soco no ombro de Harley. Harley resmungou. Silas tocou a parede de rocha, e gentilmente colocou a sua mão em uma crista afiada. O sangue jorrou. Gotículas respingaram na pedra. Nada aconteceu por um par de segundos. ― Só isso? ― Perguntou Harley, parecendo desconfiado. Ambos saltaram para trás quando a parede estremeceu. Harley agarrou o seu braço, pronto para correr, mas a parede não desmoronou, apenas abriu-se para a esquerda, como uma porta de correr. ― Estou impressionado, vampiro ― disse Harley. ― Quem lhe disse para duvidar de mim? ― Silas brincou de volta. Juntos, eles entraram na caverna minúscula. Ele não sabia o que esperar. Um quarto elaborado ou místico talvez. Pena que parecia só apertado e empoeirado - com exceção da pequena gruta no final da sala. Ao lado do poço de água, estava uma taça de bronze que parecia surpreendentemente simples, enferrujada e velha. Silas foi até a nascente, ajoelhou-se, e estudou a taça. Harley se juntou a ele, franzindo a testa. ― Será que isso vai me dar à vida eterna ou algo assim? ― Harley perguntou, provavelmente para dissipar a tensão. ― Vamos descobrir ― Silas mergulhou o cálice na agua até que ela estava meio cheia. Harley parou a mão de Sila antes da borda da taça tocar os seus lábios. O olhar do homem-lobo ficou sério. ― Silas, não sabemos o que essa coisa faz. E se envenenar você? ― Eu não acho que fara qualquer mal. Quer dizer, o trabalho de Lucius era guardá-lo. Os caçadores os querem muito. Confie em mim.


Relutantemente, Harley o soltou. Silas levantou o copo aos lábios e bebeu. Água fresca da montanha deslizou na sua garganta. Ele piscou. ― Bem? ― Perguntou Harley. ― Nada ― Silas não conseguia manter a decepção do seu tom. Ele estava prestes a colocar a taça no lugar quando Harley respirou rápido. ― Silas, eu acho que a ferida está se fechando. ― Isso é impossível ― Silas ficou de boca aberta quando vislumbrou a ferida fechar imediatamente. ― Uau ― Harley disse depois. ― Cristo, eu acho que estou começando a entender por que a Ordem quer tanto isso. Com isso, eles teriam algo melhor do que a capacidade regenerativa. Silas

estremeceu

ao

pensar

no

que

os caçadores fariam se

conseguissem obter o tesouro de Lucius. Sentindo o cálice em suas mãos, ele ficou maravilhado com a forma como uma coisa tão pequena pudesse ser a causa de tantos problemas. Apesar das garantias de Michella, Silas sabia que os caçadores não parariam de vir atrás deles. Essa lista incluía Harley e o resto do seu bando - as pessoas, completos estranhos, que arriscaram as suas vidas por ele. Silas não poderia passar por outro episódio novamente. ― Silas? ― Harley perguntou em voz cuidadosa. Era como se ele soubesse onde os pensamentos de Silas tinham ido. ― Lucius deixou isso em meus cuidados. Talvez ele tenha decidido que eu tinha a coragem de fazer o que ele não pode. ― E o que é? ― Sussurrou Harley. ― Destruí-lo, para que não possa cair em mãos erradas nunca mais ― disse Silas com certeza. ― Silas ― Harley disse depois de um momento de silêncio. ― E se você estiver errado?


Silas pegou o queixo de Harley, e beijou-o lento e profundamente. ― Lucius, uma vez me disse que me escolheu porque confiava em mim para fazer as minhas próprias escolhas. Os inimigos que ele deixou para trás não vão parar de nos caçar para chegar a isso. Eu não posso viver assim. ― Se isto é sobre a minha matilha e eu, então não se preocupe com isso. Podemos sair Silas. Nunca vou deixar você sozinho. Vou segui-lo para a porra dos confins do mundo se for preciso ― Harley disse ferozmente. Essas palavras abalaram o seu coração. ― Eu sei ― Silas disse com tristeza. ― Mas bebê, isso não é maneira de viver. Eu só tenho esta vida com você, e eu não vou desperdiçá-la me escondendo e fugindo. Silas sentiu o peso do cálice novamente. Ele compreendia as consequências das suas ações. Lucius viajou de lugar para lugar, porque ele não podia se dar ao luxo de ficar parado. Se ficasse muito tempo, Lucius iria começar a formar laços e arriscar as pessoas que amava. Silas tinha sido uma exceção. Talvez, Lucius o tenha escolhido por esta razão - porque Silas possuía a coragem de fazer o que Lucius não podia. Segurando o calice com as duas mãos agora, Silas reuniu toda sua força e vigor. Ele pensou que não iria funcionar, mas como qualquer outro metal ele finalmente dobrou. Harley amaldiçoou sob a sua respiração, mas Silas não parou até a taça ficasse uma bagunça torcida. Ele limpou a testa e olhou para o seu companheiro. ― Por acaso você conhece alguém que possa derreter essa coisa? Harley levantou uma sobrancelha. ― Você espera que eu tenha a Montanha da Perdição no meu bolso? ― Você não tem? ― Silas desafiou. A carga no seu coração estava muito mais leve agora. Embora ele não duvidasse que teria arrependimentos mais tarde. Ele pensaria e refletiria sobre as suas ações, e se destruir a relíquia era a coisa certa. No final, porém, Silas sabia que fez a escolha certa.


Harley soltou uma risada. ― Nós podemos arranjar alguma coisa. Eu sei que um anão se aposentou na cidade. ― Você está brincando, um anão de verdade? Harley assentiu. ― Há um par de fadas que fixaram residência em Darkfall. Eles são um povo tranquilo. Estou certo de que podemos pedir um favor a eles. ― Você não está zombando de mim? ― Silas exigiu. Harley se aproximou. ― Vamos para casa, vampiro. Você teve aventuras o suficiente por uma noite. Isso soava bem para Silas. Ele encostou-se a Harley. Com o cálice torcido debaixo do braço, Silas e o seu companheiro saíram para encontrar o resto do bando de Harley.

Capítulo Nove Duas semanas depois. Harley não sabia sobre Silas, mas ele estava sufocando sob o calor da forja subterrânea. Não o surpreendeu que o anão tivesse uma construída sob a sua casa. Como a maioria dos habitantes mais velhos de Darkfall, Dzaruk tinha vivido na cidade, por centenas de anos. Ele não aceitava encomendas mais, mas com alguma persuasão de Sergio, o anão mal humorado concordou.


— É isso, hein? — Dzaruk não pareceu muito, de pé em cima de um degrau enquanto examinava o cálice esmagado. Harley sabia o suficiente para nunca subestimar os paranormais mais velhos. — Você tem certeza que quer derreter isso? Parece uma vergonha. Eu posso levá-lo fora das suas mãos por um bom pote de ouro. — Tenho certeza, — Silas disse firmemente por cima do ombro de Harley. Dzaruk desviou o olhar do cálice e deu-lhes um olhar contemplativo. Harley não gostou do olhar naqueles olhos negros que viam demais, e escondiam um pouco de astúcia. Michella avisou para terem cuidado com as suas palavras, e para verem o cálice sendo derretido com os seus próprios olhos. Eles não iriam correr nenhum risco. Por um segundo, Harley pensou que tinham de fazer isso da maneira mais difícil. Ele sentiu Silas ficar tenso e sabia que o seu próprio lobo se preparava para entrar em ação. Se estivesse indo para ter uma briga em suas mãos, estaria pronto. — Se tem algum problema, então vamos derretê-lo em outro lugar — Silas disse friamente. Dzaruk bufou. — Jovens imortais nos dias de hoje não têm paciência. Mantenho a minha palavra, criança de sangue. Vou derreter a relíquia. Eles não se mexeram uma polegada, até que estava feito. Depois, Harley deu a Dzaruk um breve aceno de cabeça. — Obrigado. —Não me agradeça Lobo. Diga ao seu povo, que vou exigir o meu pagamento em algum momento no futuro — Dzaruk avisou. — Soa ameaçador — Silas disse uma vez que eles estavam fora da casa de Dzaruk.


Harley deu de ombros. — Vamos nos preocupar com isso quando chegar à hora. Ele resmungou quando Silas o puxou para perto e passou os braços delgados e pálidos em torno do seu pescoço. Harley assumiu. Ele teceu os seus dedos no cabelo de Silas, e puxou, cobrindo a boca do seu companheiro com um beijo. Harley aceitou, apreciando imensamente o sabor e calor de Silas. Tudo aconteceu tão rápido, que por vezes, Harley não podia acreditar que ele realmente tinha encontrado o seu companheiro. Inferno, eles sobreviveram a todo um grupo de fanáticos que odeiam paranormais. Fiel à sua palavra, Michella e os outros líderes do Bando deixaram os sobreviventes vivos para que eles pudessem entregar uma mensagem aos seus líderes. Harley ouviu que Sergio conseguiu fazer algum tipo de barganha com a Ordem, depois que explicou que o cálice já não estava nas mãos do Bando da Montanha Darkfall. Duas semanas maravilhosas tinham passado. Trabalhosas, mas por vezes emocionante. Por causa do horário noturno de Silas, Harley teve que aprender e se acostumar a fazer as coisas à noite. Era um sacrifício que valia a pena. Silas se afastou, com os olhos brilhando de desejo e fome. — Não aqui, bebê. Precisamos obter o jantar primeiro. — O jantar pode esperar, quero ter você agora, — Harley disse agitado enquanto se dirigiam de volta para o seu carro. — Comporte-se, Lobo. Além disso, você vai precisar da sua força, porque pretendo transar com você a noite toda. Harley sufocou sua risada. — O que? Você acha que não vou durar? Isso é um desafio? Silas sabiamente sacudiu a cabeça. — Primeiro a comida. Sexo depois.


O argumento de Silas não durou muito. Após relatarem a Sérgio sobre o cálice, Harley os levou de volta para casa, para o seu novo apartamento. Eles não conseguiram manter as suas mãos longes um do outro, mesmo após duas semanas de sexo alucinante, só ficou melhor a cada vez. Harley

tropeçou

para

fora

do

carro,

com

as

mãos

em

Silas.

Eles

milagrosamente fizeram o seu caminho para o elevador. Um casal de idosos fizeram ruídos irritados, antes de sair. O que estava bom para Harley, porque queria Silas só para ele. Tomou os lábios de Silas novamente, parando de vez em quando para deixar o vampiro retirar as suas roupas. Eles deixaram um rastro delas, do elevador até o apartamento. Harley usou a sua chave e, finalmente, eles estavam lá dentro, quase nus. — O que há com essas malditas calças de brim? — Silas vaiou de frustração, tentando encontrar o botão de cima. — Você comprou para mim, lembra? Disse que gostava de como o meu traseiro ficava nelas — disse Harley inutilmente. Deus, às vezes, o divertia ver Silas irritado. Rosnando, Silas rasgou o tecido. — Você está me comprando um novo. Silas bufou. Harley aproveitou a oportunidade para agarrar seus pulsos e bater Silas contra a parede. Embora Silas não precisasse respirar, seu peito subia e descia, imitando os seus antigos hábitos humano. — Então, meu Lobo está agressivo? Eu gostei. — Silas lambeu os lábios. — Oh, eu sei —, disse Harley. Seu olhar indo para o pênis duro de Silas e o seu próprio. As bochechas de Silas estavam ligeiramente coradas. Harley moeu o seu corpo contra o de Silas, e deixou os seus peitos, barriga e virilhas se tocarem. Silas gemeu com o contato. Harley beijou os lábios dele novamente, lentamente dessa vez. Depois, fez o caminho para baixo pela


mandíbula de Silas, o lado do seu pescoço, e, continuou descendo até que tomou um mamilo entre os dentes e deixou a sua marca de mordida lá. — Bebê —, Silas murmurou. — Silêncio. Aprecie o show. — Harley caiu de joelhos e viu os olhos de Silas se arregalarem. Passou a língua sobre o pré-sêmen reunido na ponta, e usou uma mão para apertar suavemente as bolas de Silas. Gemendo, Silas enfiou os dedos nos cabelos de Harley, fechando os olhos. Harley fechou os lábios em torno do comprimento de Silas, envolvendo o seu membro com o calor da sua boca. Era um enorme prazer, observar as pálpebras de Silas vibrando, e a sua boca se abrindo ligeiramente. Harley tinha planos tortuosos para os lábios tentadores de Silas. Mas iria com calma, tinham toda a noite para si depois de tudo. Ele suavemente balançou a cabeça para cima e para baixo, aplicando sucção, cuidando de cada polegada. Sentindo que Silas estava à beira de gozar, Harley puxou a sua boca para longe do seu pau. Silas exalou bruscamente e olhou para ele. Harley o olhou de volta. — Ainda não. Você não esta carente o suficiente. — Bastardo — Silas disse, com o seu tom numa mistura de irritação e carinho. — Sempre. Além disso, não quero fodê-lo contra esta parede. — Então me foda em qualquer outro lugar. Harley pareceu pensativo. — Não em qualquer lugar. — Harley, se apresse. — Silas parecia adorável quando estava impaciente. Harley se decidiu. — Agora foi só uma prévia do que está por vir, — Harley explicou. Ele ofereceu a Silas uma mão.


O olhando com desconfiança, Silas a pegou. — Vamos para o quarto. — Harley falou. — Quarto? Pensei que estávamos indo para ter algum sexo bizarro no balcão da cozinha ou algo assim —, Silas lamentou. Harley o puxou, e Silas o seguiu. — Não banque o inteligente, ou você não vai receber qualquer sexo. Silas suspirou, todo o seu comportamento mudou, uma vez que entraram no quarto. Harley sorriu para a sua expressão boquiaberta. Silas sempre reclamou que Harley não sabia ser romântico. O quarto estava coberto por velas que iluminavam cada detalhe, desde os austeros lençóis de seda preta, as algemas de couro penduradas na cabeceira da cama, até os brinquedos no pé da cama onde Harley os colocou. Silas soltou um suspiro surpreso. — Você planejou isso. — Claro. Não podemos fazer sexo áspero sempre, podemos? Lobos podem ser criativos, também. Silas engoliu, e olhou para os brinquedos, mas Harley pegou o lampejo de emoção em seus olhos. — Deite-se na cama. Em suas costas. — Harley observou Silas avidamente. O vampiro fez o simples ato de se movimentar gracioso. Harley caminhou até a cabeceira da cama, e sorriu, quando Silas lhe ofereceu o pulso esquerdo. Harley fixou a algema de couro, e fez com que estivesse confortável; não muito apertada. Em seguida, fez o mesmo com o pulso direito, antes de se dirigir para o pé da cama. — Harley, seu bastardo astuto, — Silas respirou. — Quando você teve tempo para planejar isso?


— Durante o dia, quando estou trabalhando, ou quando estou aqui, estou sempre pensando em maus caminhos para ter você —, Harley explicou. Ele pegou o vibrador vermelho e o lubrificante, sabendo que Silas o observava ansiosamente. Rastejando entre as pernas abertas do vampiro, Harley espremeu uma generosa quantidade de lubrificante em seus dedos e na entrada enrugada do ânus de Silas. — Estou indo para te lubrificar e colocar este brinquedo em você, enquanto me divirto com o resto do seu corpo —, explicou Harley. Enfiou um dedo no ânus de Silas, em seguida, um segundo. Silas gemeu quando Harley tesourou o seu caminho. — Uma vez que estiver pronto para mim, vou levá-lo. Foder o seu cérebro até que você grite o meu nome. — Que romântico —, comentou Silas, seu sarcasmo desapareceu no momento em que Harley ligou o vibrador e começou a desliza o brinquedo dentro dele. O vibrador deslizou para dentro sem esforço, já que era menor do que o pau de Harley. Ele o programou para a configuração mais baixa. Silas se contorceu, agarrando suas restrições quando o brinquedo enviou vibrações pelo seu ânus. — Perfeito — comentou Harley, fazendo Silas ficar vermelho novamente. Ele subiu em cima de Silas, gostando da expressão atormentada no seu rosto. — Lembra-se das regras? — Não gozar sem a sua permissão. Foda-se, bebê, isso vai ser difícil — Silas confessou. — Se esforce — Harley disse, sorrindo. — Se você falhar, nós vamos fazer isso novamente até que tenhamos sucesso. Silas resmungou sob a sua respiração. Harley roubou um beijo. Silas se esfregou contra ele, mas Harley seguiu em frente. Tomou o seu tempo,


apreciando o sabor do corpo indefeso do seu companheiro. A noção de que Silas iria aceitar o que ele tinha para oferecer, era o mais excitante. Embora Harley não tivesse certeza de quanto tempo o seu controle duraria. Suas bolas se apertavam contra ele a cada gemido que Silas emitia, e queria enterrar-se profundamente dentro do seu vampiro. Controlando a sua libido, Harley colocou a boca para trabalhar. Alternando entre beijos quentes e mordidas de amor, que colocava em toda a extensão do corpo esbelto de Silas. Vendo nitidamente as suas marcas contra a pele pálida do seu companheiro, Harley lambeu os lábios. — Por favor, Harley, — Silas pediu, e depois gemeu quando Harley colocou novamente a boca em torno do seu eixo torturado. Harley lambeu e chupou o seu caminho, Silas endureceu. — Bebê. Não posso... — Silas começou. — Dê-me o seu melhor lançamento, Silas. — Harley ordenou uma vez que puxou a sua boca para fora do membro de Silas. Silas estremeceu, e soltou um suspiro de alívio enquanto explodia, cobrindo o peito e estômago de Harley com a sua carga. Harley enfiou a mão entre as pernas de Silas, segurou o vibrador, e o puxou para fora. Sabendo que Silas gostava de se abraçar a ele durante o sexo, Harley libertou os seus pulsos. — Beije-me —, Silas murmurou. Satisfeito com a expressão lânguida no seu rosto, Harley o beijou. — Nós ainda não terminamos vampiro, — Harley o avisou. Silas moveu o seu olhar para baixo do corpo de Harley, até chegar ao seu membro que estava duro como rocha. Ele lambeu os lábios. — Gostoso. Meu. Dê-me. Harley riu. Silas se posicionou perto da borda da cama e Harley tomou posição. Colocando as pernas de Silas sobre os seus ombros cobriu o


corpo do vampiro com o dele. Silas passou os braços em volta do pescoço de Harley. Harley não perguntou, não esperou. Entrou em Silas, que já estava lubrificado e pronto para ele. Sem nenhuma resistência, Harley embainhou-se completamente dentro do seu companheiro. Silas gemeu contra ele. Sabendo como Silas gostava, Harley começou a montá-lo. Lento no início, antes de se mover num ritmo constante. Harley foi mais rápido. Mais profundo. A pressão construída dentro dele implorava por libertação, e foda, ele sentia o ânus de Silas tão maldito apertado em torno do seu pênis. Harley empurrou os seus quadris, o martelando. Silas engasgou, mas Harley foi implacável. Ele apontou para o ponto doce de Silas repetidamente, rosnando baixinho quando as unhas de Silas se agarraram nos músculos das suas costas. Sabendo que estava perto, a mão de Harley encontrou o eixo de Silas, já duro e pesado. Ele o bombeou para cima e para baixo, pegando velocidade, até que Silas gritou, cravando os dedos nos seus ombros. O som do seu companheiro atingindo o clímax uma segunda vez, desencadeou o próprio orgasmo de Harley. Ele soltou um rugido triunfante, e esvaziou a sua carga dentro de Silas. Esvaziado, Harley caiu contra o seu companheiro, e suspirou, sentindo Silas deslizar os dedos pelo seu cabelo. — Vamos nos limpar —, Silas sugeriu depois. Tomaram banho juntos, e tiraram uma rapidinha, antes de se aconchegarem de volta na cama. Harley puxou Silas para perto dele, pressionando o seu membro na curva da bunda do vampiro. Eles se encaixavam perfeitamente. Sempre. — Um centavo por seus pensamentos? —, Silas ofereceu.


— Amo você, vampiro —, disse Harley, sabendo que eram essas as palavras que Silas queria ouvir. Mordiscou a orelha de Silas, apreciando o som do seu suspiro satisfeito. — Também te amo, Lobo mal humorado. — Silas se virou, ficando de frente para Harley. — Enfrentamos um grupo de fanáticos, derretemos a relíquia da desgraça com a ajuda de um anão. O que mais está na loja para um Vampiro e o seu Lobo ajudante? — Por que sou o ajudante? — Harley resmungou. Ele perdoou Silas quando este o beijou. Harley fingiu pensar sobre a pergunta de Silas por um tempo. — Amanhã é outro dia. Vamos levar um dia de cada vez. Haverá dias chatos, emocionantes, bons e maus. Harley enfiou a mão debaixo do travesseiro. Os olhos de Silas se arregalaram. Ele deixou o seu companheiro vampiro sem palavras quando lhe mostrou o anel de casamento, puro e simples. — Tivemos um começo um pouco ortodoxo. Case comigo? Silas soltou um grito agudo de pura alegria e praticamente saltou sobre Harley. Harley resmungou quando Silas passou os braços em volta do seu pescoço, seu entusiasmo era contagiante. — Sério? — Perguntou Silas, com um olhar intenso. Harley tinha um pressentimento de que Silas já estava fazendo planos para o casamento na sua cabeça. — Oh, você não quer isso? — Harley brincou. Antes que pudesse piscar, Silas agarrou o anel e o deslizou ao redor do seu dedo anelar. — Isso é um sim, então? — Claro —, disse Silas, sorrindo. — Não posso esperar para que todos saibam, amanhã.


Harley gemeu, mas deixou Silas executar o show. Afinal, se Silas queria um casamento perfeito, entĂŁo Harley iria de bom grado ter certeza de que isso acontecesse.

FIM


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