Bando da montanha darkfall.

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Poupando Riley Bando da Montanha Darkfall 08 Fel Fern Riley Stevens é um Ômega deficiente que não pode mudar. Pior ainda, Riley não tem nenhum companheiro ou matilha para voltar. Sequestrado por cientistas humanos ansiosos para desmontar e estudar o sobrenatural, Riley acha que toda esperança está perdida... até que o comboio em que ele está é atacado por um lobisomem poderoso e dominante. Zack Simmons devia estar patrulhando as fronteiras da Matilha da Montanha Darkfall e avisar se existirem intrusos. Quando o seu lobo pega no vento o cheiro de Riley, Zack abandona o seu posto e ataca um comboio humano. É estranho, Zack é geralmente calmo e lógico, mas algo sobre Riley chama os impulsos primitivos dentro dele para proteger e manter. É época de lua cheia e ele suspeita que Riley é o seu companheiro. Mas Zack nunca se comprometeu com um homem antes e Riley tem pavor de confiar novamente. Eles podem fazer as coisas funcionarem?


Capítulo Um Riley Stevens nervosamente verificou o seu reflexo no espelho do lado do carro. Um jovem nos seus vinte e poucos anos olhou para ele, magro, louro e de olhos azuis. Ele teria que se encaixar no perfil padrão de qualquer macho considerado um Ômega, um ótimo partido para qualquer matilha de lobos. Pena que Riley não possuía o pacote completo. Ele quase pulou quando o seu celular vibrou no painel. Vendo o número da sua mãe, ele suspirou, debatendo se devia atender ou apenas ignorá-la. Desde que ela armou este encontro às cegas, ele atendeu. ― Riley, onde está você? Você deveria se encontrar com Warren em cerca de cinco minutos. Riley estremeceu com a nitidez da voz dela. Ele acalmou-se antes de responder. ― Eu estou no meu carro, vou encontrá-lo agora. Maldição, um homem adulto não deve estar contando com a sua mãe para arrumar-lhe encontros, mas ela tinha um ponto. Riley não estava ficando mais jovem. Tendo crescido estimulado e rejeitado na matilha dos seus pais por ser uma decepção, um Ômega deficiente incapaz de mudar, Riley conseguiu convencê-los a deixá-lo seguir o seu próprio caminho. Ele tinha saído com um monte, tido um par de encontros de uma noite e conexões com seres humanos, shifters e outros paranormais. Riley esperava sentir o formigamento que lobisomens tinham quando sentiam o seu companheiro nas proximidades. Nada mágico aconteceu. A realidade fria bateu. Aqueles homens só queriam uma coisa - seu corpo, mas o seu coração eles poderiam ficar sem. Após o fracasso de um relacionamento onde ele pensou que estava realmente acontecendo com um homem-urso dominante,


sua mãe entrou em cena. Riley passou a mão pelo cabelo desgrenhado, ouvindo com metade de uma orelha, enquanto a sua mãe falou sobre o quão grato ele deveria ser que Warren concordou com o encontro. A partir do espelho do lado, ele viu que um sedan azul estacionou dois carros atrás dele. Riley franziu a testa. Por que parecia que o carro o seguiu do seu apartamento? Ele não podia ver o motorista, mas o contorno sugeriu que era um macho. Deus, ele estava ficando paranoico. Ele temia o encontro às cegas tanto assim? ― Riley, só não estrague tudo. Seu pai e eu estamos ansiosos para delirar sobre netos ― ela finalmente acrescentou. Foi o último prego no seu caixão. Sendo um Ômega masculino capaz engravidar deveria ter feito Riley a coisa mais quente no mercado lobisomem. O curador da matilha de lobos Northfield garantiu aos seus pais que, enquanto Riley não tinha conseguido a sua primeira mudança, nada mais sobre ele era falho. Que azar. ― Eu vou chamá-la de novo, mamãe. ― Riley terminou a chamada, sentindo-se pior, apreensivo. ― Eu poderia muito bem acabar com isso. Ele saiu do seu carro, olhando do lado de fora das janelas da cafeteria, antes de entrar. Um homem de cabelos grisalhos ocupado - em um terno estava em um telefone, com as mesmas características da foto que a sua mãe lhe enviou. Warren, seu sobrenome Riley tinha esquecido. Ele olhou para a sua própria roupa casual - uma camisa simples, jeans e tênis. Ele deveria ter usado algo mais apropriado? Riley se sentiu confortável assim, no entanto, desde que ele tinha acabado de terminar o seu turno no café. Warren, sua mãe nunca deixou de repetir, era um empresário local influente na cidade. Enquanto o homem-lobo dominante não pertencia a Matilha de lobos Northfield como Riley ou os seus pais, Warren tinha ligações com os seres humanos e habitantes sobrenaturais que detinham o poder e posição.


Com uma respiração profunda, ele empurrou o seu caminho. Warren nem sequer olhou para cima até que ele limpou a garganta. Irritado, Warren largou o telefone. Seus olhos castanhos se iluminaram quando viu Riley. Riley se sentiu desconfortável de ser observado assim, como se Warren o visse como um objeto ao invés de uma pessoa real. ― Muito bom de fato. Sua mãe não estava exagerando ― disse Warren, lambendo os lábios. Riley impediu-se de estremecer de repulsa quando Warren estendeu a mão, e a colocou sobre a curva da sua bunda como se fosse mercadoria em exposição. ― Sente-se, Ômega. Sem se incomodar em pedir qualquer coisa, Riley se sentou e decidiu que não queria perder tempo desnecessário com este encontro. O que a sua mãe estava pensando? O acasalamento era uma coisa assustadora, mais permanente do que qualquer contrato de casamento. Pior, shifters acasalavam para a vida. Riley não estava desesperado o suficiente para se tornar a porra de um brinquedo de um idiota, e esse cara aparentemente pensou que era somente para isso que ele servia, sendo deficiente e tudo. ― Por que não levar isso para algum lugar mais privado? ― Warren sugeriu. Riley piscou. Será que ele perdeu uma grande parte da conversa? Seu lobo rosnou, quando Warren agarrou o seu pulso. Warren inclinou-se perto da sua orelha para sussurrar ― Eu quero quebrar a minha nova cadela primeiro. Furioso, Riley agarrou a ainda fumegante xícara de café de Warren, derramando o líquido em todo o terno do idiota. Ganindo, Warren soltou, agarrando os guardanapos para limpar o melhor que podia. ― Seu pedaço de merda desajeitado, ― Warren gritou. ― Você vai pagar por isso. Sem esperar para ver o que acontecia depois, Riley fez uma corrida para as portas. Ele ouviu um grunhido irritado atrás dele. Sabendo que Warren


iria querer retribuição, ele se atrapalhou com as chaves no bolso do jeans. Talvez ele desaparecesse da cidade de Northfield por um tempo. Envergonhar Warren dessa maneira teria repercussões graves, porque o idiota tinha conexões. Lobos dominantes especialmente, possuíam uma memória longa e uma tonelada de orgulho. Riley considerou embalar um saco para a noite e tentar o que todos os jovens shifters que viviam em Northfield foram alertados a nunca mais fazer - ir até as montanhas, até a próxima cidade. Lembrando dos rumores que cercavam a cidade de Darkfall, ele estremeceu. Uma matilha de lobos sanguinários reivindicou o território e todos os tipos de contos de terror flutuavam, contos sobre o que eles fizeram com pessoas que foram estúpidas o suficiente para causar problemas nas suas terras. Inferno, essas histórias vão desde louco para o impossível, de como eles lidavam com assassinos em série e caçadores humanos fanáticos. Alguma coisa tinha que ser verdade, mas indo lá, Riley sabia que Warren ou os seus pais não seriam capazes de segui-lo. Resolvendo desaparecer, Riley se dirigiu para o seu carro. O sedan azul ainda estava lá, o motorista mastigando fritas indescritíveis. Ele balançou sua cabeça. Este dia estava ficando nos seus nervos. Uma vez que ele entrasse em Darkfall, ele entraria em contato com a sua mãe. Lhe diria que ele estava cansado desses encontros às cegas ridículos, que preferia morrer sozinho em vez de ser a porra de um brinquedo de um idiota. Lágrimas turvavam os cantos dos olhos de Riley. Irritado, ele limpouos e se dirigiu para o seu apartamento. Ele teve o suficiente de viver às expectativas de outra pessoa. Seus pais não esperavam muito dele. Riley se formou no colegial, foi para a faculdade local da cidade, mas nunca terminou o seu grau ou foi atrás do seu sonho de se tornar um artista. Em vez disso, ele sofreu um encontro após o outro, encontrando potenciais companheiros ansiosos para ter um Ômega na sua lista de reprodução. Alguns Ômegas eram cuidados por seus companheiros possessivos,


essencialmente, vivendo como amantes mantidos. Seus pais convenceram Riley a colocar todo o seu foco em encontrar um companheiro que ele poderia viver confortavelmente. Adoeceu Riley pensar que a comunidade lobo ainda pensava nesses termos medievais. Em vez disso, ele manteve o seu emprego como barista e colocou alguma distância entre ele e os seus pais. No entanto, shifters vinham em pares. Solidão, muitas vezes bateu em Riley nos momentos mais estranhos, o fazendo se perguntar por que o destino faria dele um Ômega falho. Alcançando a sua rua, Riley estacionou o seu carro. Pelo canto do olho, ele vislumbrou o sedan azul. Ele congelou. Dois homens saíram, não parecendo fora do comum nas suas roupas escuras, mas algo sobre eles era estranho. Apesar das suas tentativas de se misturar, eles eram enormes e praticamente gritavam problemas. Espere, Warren não poderia ter mandado eles, poderia? Riley viu o carro antes do encontro. Quando os dois homens começaram a andar na sua direção, o lobo de Riley disse-lhe para correr. Ele correu, mas apesar de cheirar como seres humanos, o primeiro homem o pegou, envolvendo os braços grossos em volta do seu peito. O segundo veio até o lado dele. Algo brilhou sob o sol da tarde uma agulha e uma seringa. Em pânico, Riley tentou combatê-los, mas Ômegas não eram realmente conhecidos por sua força ou poder. Chutou e tentou gritar, mas o primeiro tonto apertou a mão sobre a boca de Riley. ― Não lute, filhote. Schmidt vai gostar muito se você fizer isso, ― o primeiro sussurrou no seu ouvido. Riley podia cheirar a excitação do segundo. Oh Deus. Quem diabos eram esses homens? No que ele havia se metido? Schmidt afundou a seringa no lado do pescoço de Riley. Riley sentiu a droga chutando. O que tinha naquilo? Ele pode não ser um shifter poderoso, mas poucas drogas modernas funcionavam na sua espécie. Essa fórmula tinha que ser algo especialmente feita para contê-los. A visão de Riley embaçou. Seus membros pareciam


chumbo. Ele não estava ciente de cair contra o seu captor. O tonto tirou a sua mão da boca de Riley. Riley lutou para permanecer acordado, mas o seu corpo começou a apagar. Com um grunhido, o primeiro tonto jogou Riley por cima do ombro como se Riley não pesasse nada. Riley podia ouvir o segundo segurando a porta do sedan aberta. Ele queria gritar, mas a sua mandíbula e boca não iriam funcionar. Eles tinham coragem de levá-lo à luz do dia. Isso não era uma boa notícia.

Seus

pais

muitas

vezes

advertiram

Riley

para

escolher

um

companheiro forte o suficiente para protegê-lo. Mas ele afirmou que ele podia se defender. Estava o destino rindo dele agora? Desespero o encheu quando os capangas bateram a porta fechada. Ouviu o arranque do motor segundos depois, e Riley caiu inconsciente.

A próxima vez que Riley acordou, ele pensou que tinha sonhado tudo. Primeiro, um encontro que deu errado, em seguida, seu sequestro, tudo parecia muito surreal para ser real. Ele abriu seus olhos, perguntando-se por que todo o seu corpo se sentia tão rígido. Um segundo depois, ele percebeu que estava apoiado contra algum tipo de banco. Algemas forradas de prata tinham sido colocadas nos seus pulsos e ligadas por uma corrente fina de algemas combinando nos seus tornozelos. Riley segurou um grito. Quando ele olhou em volta, em pânico, viu outros prisioneiros sentados no seu banco e um na frente dele. Pneus cantaram. Com uma pontada, Riley percebeu que eles estavam todos em algum tipo de comboio. ― Oh Deus, ― Riley sussurrou. ― O que está acontecendo? Por que


eles nos levaram? Quem nos levou? Tantas perguntas correram na sua cabeça. Rostos miseráveis não olharam para ele. Finalmente, o prisioneiro na frente dele respondeu. ― Para o inferno ou algum tipo de instalação de testes. ― Os seres humanos nos levaram, certo? ― Os cientistas ― o outro prisioneiro respondeu melancolicamente. O estômago de Riley se agitou. A revelação do sobrenatural pode ter ocorrido antes dele nascer, mas até agora, nem todos abraçaram a sua presença. A área que viveu poderia ser mais próxima à integração, mas ele sabia que havia milhões lá fora, que abraçavam o movimento “Primeiro Seres Humanos”. Esses cientistas misteriosos eram parte desse movimento? ― Todo mundo aqui é um Ômega? ― Perguntou Riley. O outro homem balançou a cabeça. ― Eu perguntei. Não há nenhuma preferência particular. ― Você tem alguma ideia de onde eles estão nos levando? O homem sacudiu a cabeça, acenando para alguma coisa, no canto superior do comboio. Riley seguiu o seu olhar para ver uma pequena câmera provavelmente gravando a conversa. Uma rápida olhada ao redor do comboio mostrou-lhe mais câmaras os observando de todos os ângulos. Ele caiu contra a parede, mas ele se recusou a admitir a derrota como alguns dos cativos lá. Uma mulher orou em voz alta, um outro homem chorou lágrimas silenciosas. Pelo menos o cara com que tinha falado parecia vivo o suficiente. Riley pensou nos seus pais. Certamente, Warren iria reclamar para a sua mãe sobre o seu comportamento. Quanto tempo levaria para os seus pais perceberem que ele estava faltando? Mas Riley tinha saído da matilha de Northfield. Será que eles começariam a investigar o seu desaparecimento? Será que os seus pais fariam alguma coisa, sabendo que ele era uma decepção, ou ele estava essencialmente sozinho nesta luta? Ele soltou um suspiro. Será que os seres humanos o pegaram e os outros, porque eles eram indivíduos isolados sem ninguém a quem recorrer?


Isso pareceu a forma mais lógica de fazer isso. Uma coisa era certa, se ele fosse inventar algum tipo de plano meia-boca de escape, isso tinha que acontecer antes que eles fossem levados para quaisquer instalações que eram comandadas por estes humanos. Riley tinha a sensação de que quem estava no comando fez as suas operações de forma eficiente e eficaz. O outro homem encontrou o seu olhar. Como diabos eles seriam capazes de se comunicar, se eles estavam sendo observados?

Capítulo Dois ― Zack tem certeza sobre isso? Você não precisa assumir meus deveres. ― Protestou Matt, o melhor amigo e companheiro da matilha de Zack. ― Está bem. Eu gosto de estar ocupado, além de Jordie reclamar que você gasta tempo demais na floresta. ― Zack apontou. Seu irmão mais novo, Jordie, olhou por cima do jornal na mesa de café da manhã. ― Zack ― Jordie reclamou. ― Eu lhe disse em segredo. Rindo, Matt se inclinou para dar um beijo na bochecha de Jordie. ― Você sente falta de mim, pet? ― Oh vá se ferrar, Matt. ― O que você disse, pequeno humano? Testemunhando as suas brigas costumeiras, um desejo estranho atravessou Zack. Foi há apenas dois meses atrás que Zack descobriu que o seu melhor amigo estava se encontrando com o seu irmão mais novo? Zack se lembrava de como reagiu quando soube que eles estavam mantendo isso escondido dele. Ele tinha exagerado e assumiu o pior de Matt, o desafiando a


um duelo na frente de todo o bando. Ninguém ganhou, mas Zack estava pronto para causar sérios danos ao seu melhor amigo e Matt não parecia que desistiria da luta. Inferno, Zack e Matt ainda carregavam as cicatrizes da luta. Matt falou sério sobre Jordie, o que tinha preocupado Zack por mais tempo. Depois de não conseguir um emprego na cidade, Jordie voltou para casa na Montanha Darkfall. Embora ao contrário de Zack, que era um lobisomem, Jordie era humano, mas a matilha Darkfall o abraçou como um do bando. Oito semanas depois, tudo voltou ao normal, exceto de que de certo modo, nada estava. Zack às vezes pensava que tinha perdido o seu melhor amigo e irmão com um tiro, mas era o pensamento egoísta e a solidão falando. Aos vinte e oito anos, Zack ainda era solteiro e não acasalado. Embora se envolvesse com o sexo casual com os outros membros da matilha durante a época de lua cheia, quando a maioria dos lobos entrava no cio, Zack nunca considerou um relacionamento de longo prazo. Shifters acasalavam para a vida toda depois de tudo, e ele não podia se ver amarrado a ninguém. Ele porém começou a pensar em encontrar um parceiro sério, depois de ver o quão feliz Matt e Jordie eram. Droga. Zack não devia ter ciúmes do seu melhor amigo e irmão mais novo. Assim, quando o alfa da matilha Darkfall pediu voluntários para patrulhar as suas fronteiras territoriais, Zack agarrou a oportunidade. Inicialmente, Matt se ofereceu, mas Zack conseguiu convencê-lo a ficar com Jordie, sabendo que era necessário o novo casal ficar sozinho. Ultimamente, coisas estranhas estavam acontecendo na sua cidade. Estranhos que não tinham negócios com eles, pareciam amar acabar em problemas. Após a recente briga do bando com um clã de shifters hienas, os líderes do bando decidiram reforçar a segurança. ― Eu não me importo. Enfim, eu preciso correr. ― Zack olhou para o relógio de pulso. ― Eu esqueci de dizer ao meu chefe que vou tirar alguns dias de folga e preciso passar na pizzaria para dizer a Alessio ou Michella que estou


assumindo o turno de Matt. Desde que Seth Calhoun, o chefe de Zack e proprietário da Auto Reparo de Calhoun, também era um membro do bando, Zack sabia que não teria problema. ― Zack. ― Jordie disse, agarrando o seu braço antes de Zack conseguir fazer a sua saída precipitada. Zack sabia que Jordie tentava inclui-lo em qualquer atividade que planejava, mas ele se sentia um pouco como um intruso. O período da lua de mel acabaria, mas não seria tão cedo. Matt parecia não conseguir manter as suas mãos longe de Jordie. ― Sim? ― Não exagere. ― Disse Jordie, parecendo preocupado. ― Você não precisa se preocupar comigo, irmãozinho. Eu posso cuidar de mim mesmo. ― Claro que pode. ― Jordie lhe deu um sorriso pequeno e incerto. Zack pegou a sua jaqueta e mochila para sair. Uma vez na privacidade do seu próprio carro, Zack pôde respirar um pouco mais fácil. Ele jogou a mochila no banco traseiro e ligou o motor. Sua pele arrepiou e ele podia sentir o seu lobo querendo correr livre. A mata chamava por ele e Zack não queria nada, exceto entregar o seu controle para o lobo e correr livremente. Algum tempo longe da civilização humana para que pudesse parar de pensar sobre o idiota que estava sendo, por estar tão ciumento da relação de Matt e Jordie, era exatamente o que Zack precisava. Ele deveria ficar feliz por eles. Zack chegou à loja de consertos em menos de quinze minutos. Percebendo o familiar fusca amarelo estacionado em frente, Zack saiu a tempo de ver Michella Esteban, a gama da matilha rindo de algo que Seth disse, antes de sair da loja. Vendo Zack, ela parou de falar. ― Hey, Zack. Você está indo para o trabalho? ― Que bom que você está aqui.


Tanto quanto Zack podia se lembrar, os três irmãos Esteban comandavam o bando da Montanha Darkfall. Os dois irmãos mais velho de Michella, Alessio e Sergio, eram, respectivamente, o Beta e Alfa, mas Zack era mais cauteloso com ela. Como uma empata, Michella era altamente sensível às emoções, fazendo dela a pessoa ideal para falar quando surgiam problemas. Embora ela tivesse apenas vinte e poucos anos, Zack sempre se sentiu na presença de alguém mais velho e sábio. ― Você quer falar sobre algo? ― Perguntou ela. Zack limpou a garganta, desejando que a sua mente não focasse em nada em particular. Jordie era especialmente próximo a Michella, a vendo como uma espécie de irmã mais velha. Embora Zack apreciasse, não queria que ninguém mais se preocupasse com ele, porque tinha sido sempre o mais forte. Se alguém estava com problemas, Alessio ou Michella iriam tentar resolvê-los. Na próxima lua cheia, Zack planejava desafiar um dos atuais executores da matilha para a sua posição e tinha certeza de que ganharia. ― Alessio e você estavam pedindo voluntários para patrulhar a fronteira. Inicialmente, Matt e eu nos inscrevemos, mas estou assumindo o turno dele. Ela olhou-o por um par de segundos. ― Você tem certeza, Zack? Estar em forma de lobo tanto tempo é... ― Eu sei, mas eu possuo mais controle do que a maioria. Eu não vou ceder aos meus impulsos animais. Além disso, meio que preciso de uma pausa. ― Zack confessou. ― Eu não vou pará-lo. Vamos discutir isso lá dentro. Sentindo o seu tom sério, eles foram para a loja onde apenas outros shifters podiam ouvi-los. Michella era muitas vezes brincalhona, por isso era uma visão estranha vê-la tão séria. ― Precisamos de uma equipe confiável e nossos batedores perceberam um monte de atividades estranhas perto das montanhas de Northfield, que tecnicamente não faz parte do nosso território.


Zack franziu a testa. ― Mais shifters como as hienas de dois meses atrás? ― Pior. Trata-se de seres humanos, o que torna este negócio complicado. ― Ela passou os dedos pelo cabelo loiro. ― Comboios de veículos militares privados foram avistados movendo-se dentro e fora da estrada por caminhos raramente utilizados. Eles são espertos, fazem a movimentação ou transporte de cargas durante o dia, quando a maioria de nós está nos nossos trabalhos diurnos. A narina de Zack queimou. Isso não soava bem. ― Nossos espiões encontraram qualquer informação sobre a sua base de operações? ― Isso será seu trabalho, e Zack? Isso será apenas reconhecimento. Não se envolva com o inimigo a menos que seja necessário. Sergio e Alessio querem conhecer quem vamos enfrentar primeiro. Se eles estão transportando drogas ou armas, então vamos entrar em contato com as autoridades humanas competentes. Os lábios de Zack se curvaram em entendimento. ― E se é uma questão sobrenatural? ― Você respondeu a sua própria pergunta. ― Seu sorriso vacilou. ― Zack, eu sei que tem sido duro esses dois meses. ― Você não sabe nada. ― A resposta ríspida surpreendeu a ambos. Como de costume, ela não parecia insultada. Seus irmãos não tolerariam a sua explosão imatura. ― Meus dois irmãos encontraram seus companheiros em lugares improváveis. Matt percebeu que a sua alma gêmea estava lá, ao lado dele o tempo todo. Eu tenho certeza que você vai encontrar o seu companheiro mais cedo ou mais tarde, Zack. Ele engoliu em seco, sentindo-se como uma criança mal-educada, enquanto valorizava o seu controle sobre todas as coisas. ― Como você tem certeza? ― Shifters vêm em pares ou trios. ― Ela bateu no seu ombro. ― Eu


vou enviar uma mensagem com o cronograma e detalhes. Estamos usando uma das antigas cabanas de Garret perto das Montanhas Northfield e voluntários alternarão turnos. Zack consultou o seu telefone, estudando o cronograma e fazendo perguntas antes de voltar para o seu carro. Abaixando as janelas do carro, Zack dirigiu para fora da cidade em direção as pequenas estradas que levavam às montanhas. As estradas vazias e árvores limitavam o caminho. Respirando uma lufada de ar fresco, Zack suspirou de alívio. Ele alcançou a cabana de Garret em meia hora. Garret era um membro solitário do bando, tinha sido um dos últimos homens que Zack pensou que acasalaria, mas Garret o venceu nisto também. ― Todo mundo está se acasalando nos dias de hoje. ― Zack murmurou, estacionou o carro no caminho de terra que servia de garagem. Ele tinha todo o lugar para si mesmo até o dia seguinte, quando alguém assumiria para que ele pudesse descansar. Pegando a sua mochila, Zack saiu do seu carro e verificou o lugar. Equipado com as necessidades básicas, a cabana tinha dois quartos, uma cozinha, sala de jantar e sala de estar com lareira. Mapas colocados na mesa de jantar, juntamente com bolsas com armamento em caso de emergência. Depois de um banho rápido, Zack deu uma olhada para eles. Cada lobo na matilha Darkfall sabia sobre a configuração da terra que juraram proteger contra invasores. Mapas eram desnecessários, mas uma segunda verificação no mapa mostrou a Zack uma área que não estava familiarizado. Franzindo a testa, Zack traçou o caminho marcado no mapa, uma passagem da montanha levava a um par de túneis debaixo das Montanhas Northfield. Um ponto de interrogação com marcador vermelho marcou a área. Excitação zumbia pelas veias de Zack. Finalmente, ele tinha outra coisa para se concentrar. Uma parte egoísta dele esperava que não fosse drogas ou algo relacionado a outro crime humano. Zack queria afundar os seus


caninos e garras em algo que merecia ser ferido. Isso fez dele uma má pessoa? Balançando a cabeça, Zack memorizou a área antes de sair. Depois de fechar a porta da frente, Zack tirou a roupa. Colocou-as de um lado da varanda e se transformou. Ossos estalaram. Pelos cobriram o seu corpo. Apoiado nas quatro patas, Zack correu, amando a sensação do vento contra a sua pele. Ele não parou, não pensou. Um uivo estava preso na garganta, mas ele o soltou, sabendo que ninguém mais iria ouvi-lo, apenas as árvores e animais. A passagem da montanha ainda estava a uma certa distância. Percebendo que estava se aproximando, Zack utilizou a discrição e rastreou o chão da floresta. Ao ouvir o som de rodas na estrada à sua frente, Zack se agachou na folhagem. Seus ouvidos achatados e, por algum motivo, ele mostrou as suas narinas. Algo ou alguém tinha conseguido a atenção do seu lobo, chamando os seus instintos básicos de proteção e Zack queria descobrir o porquê. Zack cheirou o ar, percebendo no vento um perfume sedutor. Que porra é essa? Zack se aproximou da estrada, sabendo que era uma má ideia. Seu trabalho era vigiar e denunciar, mas quando mais os veículos se aproximavam, mais o seu lobo ficou enfurecido. Sua pele se arrepiou com desconforto e uma raiva inexplicável. O delicioso aroma provocou suas narinas. Ele rosnou baixinho, era cheiro de baunilha, algum tipo de sabão e musk de lobo. Outro shifter. Não. Uma outra fungada lhe disse que havia mais. Os veículos entraram na sua linha de visão, um sedan preto e um caminhão blindado. Seu lobo confirmou que shifters estavam no caminhão. A luz solar brilhava sobre o metal. Prata. Zack silenciosamente amaldiçoou. Ele agora podia sentir o medo do outro shifter e o cheiro acobreado revelador de sangue. Jesus. Zack se sentia como um idiota por desejar que esta fosse uma operação humana, não algo sobrenatural. Os outros, os captores, eram


certamente humanos. Que diabos estava acontecendo? Quem eram esses seres humanos, carregando o equipamento? Todos usavam as mesmas fardas, uma equipe militar privada, então? Mercenários? Mas a operação era muito tranquila, muito organizada. Zack não gostava disso nenhum pouco. A melhor solução era continuar vigiando. Seguir estes malditos humanos à distância. Ver onde a sua base estava escondida, em seguida, voltar para relatar as suas descobertas. Uma coisa estava clara. Zack precisava de apoio. Era necessário discutir esta revelação com os líderes do seu bando, mas algo o impediu de fazer a coisa certa. O cheiro novamente, o desarmando, distintivo e tentador. Masculino. Jovem. Um ômega. Enquanto Zack diferenciava tudo isso, todo o resto escapou. Um grito soou do comboio, erguendo os seus pelos. Todos os instintos gritavam para Zack correr, para proteger, mas isso era quase um suicídio. Por um lado, Zack estava seriamente em menor número e fora do páreo, especialmente desde que estes seres humanos estavam armados com o que ele tinha certeza que eram balas de prata. Um grito soou do caminhão de novo, abafado por um som de metal batendo em carne. Zack mostrou os dentes. Como podia assistir e não fazer nada? Zack se moveu através dos arbustos, correndo em um ritmo constante. Os seres humanos não pareciam estar com pressa, como se eles fizessem isso o tempo todo. Isso chateou Zack ainda mais. Há quanto tempo essa operação estava acontecendo? Gritos vieram do caminhão. Zack viu os mercenários no sedan conversando uns com os outros, parecendo preocupados. Bem, eles deveriam estar, porque não sabiam o que iria atingi-los. Dane-se, mas Zack estava sendo cauteloso. Ele correu para a direita fora da estrada, em frente ao sedan, confiando que a primeira coisa que qualquer bom piloto faria seria evitar atropelar um animal. Sua aposta estava certa. Ele pôde ver a maldição que o condutor


falou através do vidro, desviando para a esquerda. O comboio parou, mas Zack desapareceu no lado oposto da estrada, muito rápido para o olho humano ver. O sedan bateu em uma árvore, os air bags dispararam. ― Que porra é essa, Trevor! ― Um dos caras do sedan exigiu. Aproveitando a situação, Zack voltou a sua atenção para o caminhão. Mais cauteloso que os outros, o mercenário sentado ao lado do motorista saiu franzindo a testa, com o rifle na mão. O bastardo olhou para o lado da estrada, onde Zack desapareceu, não vendo quando ele apareceu de repente, saindo do seu esconderijo e saltou na sua garganta.

Capítulo Três Riley miseravelmente esfregou o seu rosto machucado, o olho roxo dado por um dos guardas. No início, só ele e os outros prisioneiros estavam no caminhão, mas a câmera deve ter apanhado eles sussurrando uns com os outros. Assim, um dos homens de preto se juntou a eles, levando abertamente um rifle carregado de balas de prata. Riley recostou-se contra a parede desconfortável, repensando a sua estratégia quando o caminhão deu uma parada abrupta. ― Jacobs, o que está acontecendo? ― Disse o guarda no fone de ouvido. ― Leon foi verificar os outros. Trevor colidiu com uma árvore. Riley e os outros podiam ouvir a conversa perfeitamente. Eles podiam ser shifters medianos e fracos, mas a sua audição sobrenatural era boa. Ele chegou mais perto do indivíduo acorrentado a ele, ouvindo, pensando se isso poderia ser algum tipo de oportunidade que poderia aproveitar. ― O que? ― O guarda exigiu. ― Merda. Isso é grande demais para ser algum animal aleatório. Eu acho que é um dos lobos de Darkfall que os superiores disseram para evitarmos. Porra, eu estou deixando Leon, ele é carne morta de qualquer


maneira. Sua mente correu. Um lobisomem da montanha Darkfall interrompeu o comboio? Esperança saltou dentro dele. Será que a matilha local interviria a seu favor? Esta situação estava melhor a cada momento. Ainda assim, Riley não podia baixar a guarda. Cada segundo contava. O caminhão de repente deu uma guinada, empurrando os prisioneiros e o guarda. O olhar de Riley reconheceu o prisioneiro da sua frente, que parecia tão vigilante como ele. A arma do guarda saiu do alcance de Riley. Xingando, o guarda se atrapalhou com o objeto. O caminhão chegou a um impasse. O rifle do guarda parou perto dos pés de Riley. As correntes nos tornozelos de Riley estavam soltas o suficiente. Ele agarrou a arma com os pés, a virou e segurou com as mãos trêmulas. O guarda zombou. ― Já atirou em alguém antes, cachorrinho? Continue. Atire em mim. ― Mate-o! ― Gritava o cara na frente de Riley. Deus. Riley nunca tinha matado ninguém em toda a sua vida. Ele levantou a arma, apontou, mas tinha certeza que atingiria alguma coisa. Em vez de disparar no guarda, Riley mirou na fechadura do caminhão. O guarda ficou de pé com os punhos erguidos. A cabeça de Riley vacilou quando soltou a arma. Riley ouviu um rosnado de gelar os ossos, seguido de um grito em algum lugar lá fora. ― Seu pedaço estúpido de merda. ― O guarda amaldiçoou, forçando o cano da arma contra a cabeça de Riley. O suor escorria pelas costas de Riley. Medo martelava no seu coração. Riley abriu a boca e depois a fechou. Implorar por sua vida como um covarde não era o caminho a percorrer. Ele poderia não matar o seu sequestrador, um dos idiotas que tinham planejado fazê-los conhecer Deus mais cedo. Riley não queria morrer. Ele queria viver. Para ver seus pais, pedir desculpas à sua mãe por


estragar o seu encontro e jurar que levaria a vida mais a sério. Warren poderia não ser dele, mas certamente em algum lugar lá fora, seu companheiro estava esperando. Um companheiro forte e paciente que teria certeza que nada como isto jamais acontecesse com Riley novamente. Alguém que não se importava de Riley mudar. Droga. Ele não deveria pensar sobre tudo isso quando estava tão perto de morrer. Como chegou a esse ponto? As portas do caminhão se abriram. Luz penetrou no caminhão. Riley fechou os olhos. Uma bala direto no cérebro o mataria instantaneamente. Uma breve dor, e depois nada, ou assim Riley esperava. O guarda disparou, mas a bala nunca encontrou a sua cabeça. O guarda gritou. Riley abriu os olhos para o maior lobo cinzento que já tinha visto lutando contra o guarda. Ele estremeceu ao som de caninos afundando na pele. O lobisomem sem cerimônia rasgou a garganta do guarda, o olhar amarelo se estreitando em Riley. ― Hum, obrigado por salvar a minha vida? ― Riley não sabia mais o que dizer. Seu salvador desconhecido colocou a boca nas correntes de prata. ― Espere, não faça isso. Prata vai feri-lo, também. Ele se encolheu quando o grande lobo continuou tentando morder as correntes. O shifter era louco? A julgar por esses olhos selvagens, Riley não estava tão errado. Ele compreendeu um segundo mais tarde porque o lobo estava com pressa. O caminhão andou novamente. A corrente quebrou, mas o lobisomem ignorou os apelos dos outros. Sem aviso, o shifter pegou um pedaço da corrente pendurada no tornozelo de Riley e começou a correr para fora do caminhão. Riley agarrou o chão, os olhos presos entre os outros cativos. ― Eu vou libertar vocês. ― Ele sussurrou, sem saber por que disse essas palavras. Perguntas correram através da sua cabeça. Por que esse lobisomem iria salvá-lo e não o resto? Claramente, o shifter não tinha tempo. Inferno. O


lobo de Riley não sentiu outros lobisomens ao redor. Será que esse louco atacou os seres humanos sozinho? Riley nem sabia se poderia manter a promessa para os outros cativos. Ele não conhecia nenhum deles. Ele não tinha nenhuma obrigação com eles, mas isso não era verdade. Depois de passar pelo mesmo calvário, não poderia simplesmente esquecer e seguir em frente. Ele tinha que fazer algo. Qualquer coisa. O lobo saltou para fora das portas, arrastando Riley com ele. Ambos pousaram no cascalho. Pneus cantaram. Riley gemeu. Dor explodiu nas suas costas e pernas, mas nada parecia quebrado. Recuperando os seus sentidos, ele ficou de joelhos, olhando para a traseira do caminhão. Havia outro carro na frente do caminhão, mas ambos os veículos pareciam estar com pressa e desapareceram rapidamente da sua linha de visão. Uma mistura de alívio e pesar o encheu. Um grunhido chamou a atenção de Riley para a estrada vazia e o seu salvador. A próxima coisa que Riley viu, foi o grande lobo caminhando até ele. Ele engoliu em seco quando os olhos amarelos inteligentes ficaram próximos aos seus. Ele soltou um grito nervoso quando o lobo começou a cheirá-lo. Riley sentiu o nariz macio do lobisomem no pescoço e umidade um segundo depois. O shifter estava lambendo-o. O significado do local não passou despercebido por Riley. Era exatamente o lugar onde qualquer lobo dominante marcaria o seu companheiro submisso. Ele

afastou-se

lentamente,

mas

isso

pareceu

enfurecer

o

grandalhão. Riley congelou no lugar quando o lobo agarrou um punhado da sua camisa. O lobisomem não parecia desejar-lhe mal, caso contrário, Riley estaria morto ou ferido, mas o irritou da mesma forma. Embora ele não soubesse por que, Riley estendeu a mão, segurando um punhado do pelo espesso. O lobo ficou tenso. Riley ficou menos assustado, alguma parte irracional do seu cérebro lhe disse que estava seguro com esse estranho, mas por quê?


Riley voltou para os seus sentidos. ― Por que você me salvou? Em resposta, o estranho começou a mudar. Deus, Riley desejou que ele se mantivesse em forma de lobo, porque o homem que substituiu o lobo era o pecado encarnado. Elevando-se na frente de Riley, com 1,80 m, cada pedaço da pele reluzente era esculpida em músculo duro. O suor brilhava na parte superior do seu corpo e Riley não conseguia tirar os olhos dele. O olhar de Riley devorou cada centímetro do homem na frente dele, desde os pés, passando pelas coxas e pernas musculosas, para o membro monstruoso pendurado entre as suas pernas. A boca de Riley ficou seca vendo o membro endurecer na sua frente. Ele nunca tinha tido nada tão grande dentro dele, lobos dominantes o queriam por uma coisa somente. Sexo nunca significou nada para Riley, até agora. Luxúria bateu nele, acordando o seu próprio pênis. Calor se expandiu até as suas bochechas. ― Gosta do que vê, pequeno lobo? Deus. Mesmo o som da voz do estranho desarmou Riley. Atônito, Riley olhou além da sua cintura impressionante, o abdômen trabalhado, para o que Riley assumiu ser a tatuagem da matilha da Montanha Darkfall no seu peitoral esquerdo e parou no seu rosto. Ângulos duros construíam a sua face. Cicatrizes antigas cortavam o seu rosto, mas não o fazia ser menos bonito. Ele usava o cabelo castanho escuro curto e olhos verdes penetrantes, salpicados de ouro. Riley lambeu os lábios, imaginando como seria ser beijado por um homem assim. Este estranho não beijaria, não pediria. Ele tomaria. Excitação e medo arrepiaram a sua espinha. O que estava acontecendo com o seu corpo? Normalmente, Riley tinha mais sentido do que isso. Ele não era virgem ou alguém novo no jogo de namoro. Ele não conseguia entender como esse homem o reduziu a uma desordem sem sentido com apenas um olhar. Levou um segundo para Riley perceber que ainda estava de joelhos


na altura do pênis do homem. O estranho segurou o seu queixo, forçando Riley a olhar para ele. ― Qual é o seu nome, pequeno ômega? Ele trabalhou a língua. ― Riley. E o seu? ― Zack. ― Zack sorriu o que enviou um arrepio pela espinha de Riley. Aquele sorriso o fez se sentir como se Zack tivesse um segredo que não desejava compartilhar. ― Então, você é quem eu tenho procurado por todo esse tempo. ― Desculpe-me? ― Riley engoliu quando Zack o ajudou a se levantar. Zack não sabia o quão desconfortável fez Riley se sentir, ali de pé nu? Todos os shifters eram acostumados com a nudez, mas algo sobre este homem puxou todas as cordas de Riley. ― Eu cheirei a sua dor. ― Zack não se incomodou em explicar, só começou a olhá-lo de cima a baixo. Embora soubesse que Zack estava o verificando por lesões, Riley não perdeu a forma como os olhos do homem se iluminaram com fome indisfarçável. Riley apreciou a atenção. A maneira de Zack olhá-lo o fez se sentir diferente da forma que Warren olhou para ele, não apenas como um buraco para foder, mas algo mais, como se Zack quisesse cada pedaço dele, não apenas o seu corpo. Isso fez com que este encontro fosse ainda mais aterrorizante. Nada de bom poderia sair disso. Riley tinha sido ferido antes por homens que fizeram promessas que não podiam cumprir. Todos os poderosos shifters dominantes eram os mesmos. Eles sempre levavam sem dar algo de volta. Riley tinha sofrido com centenas de homens como Warren. Zack era o mesmo por debaixo? Ainda assim, não podia ignorar o fato de Zack arriscar a sua vida para salvá-lo. O que o sacudiu. Nenhuma vez em toda a sua vida, alguém tinha feito algo extremo por ele. Riley não achava que a sua vida valia algo para


qualquer um salvá-lo. A julgar pela estrada vazia, Zack fez isso sozinho também. Sua matilha estava nas proximidades? Riley silenciosamente se irritou. Ele tinha tantas perguntar que queria respostas, mas Zack iria dá-las? Riley começou com a mais fácil. Ele não quis falar para provocar o poderoso lobisomem, mas as palavras escaparam. ― Diga-me Zack, você olha para todos os ômegas que salva dessa forma?

Capítulo Quatro Mesmo depois que o estrago estava feito, Zack ainda não conseguia compreender o que aconteceu. Por que ele quebrou o protocolo e as ordens da matilha para salvar um pequeno Ômega? Em um momento ele estava observando a estrada, mas o cheiro do sangue derramado de Riley e o som dp seu grito efetivamente desativou a sua lógica. Tudo o que Zack se lembrava era de estar vendo vermelho. Raiva o alimentava. O empurrou a fazer coisas imprudentes que nunca se imaginou fazendo, porque valorizada o seu controle e lógica. Riley cruzou os braços, esperando uma resposta à sua pergunta. Caramba, este Ômega tinha atitude, mas Zack gostava disso. Muito. Ele não podia esperar menos do seu companheiro. Espera. Ele acabou de chamar Riley de seu companheiro? Zack se lembrava de dizer a Riley que ele tinha sido o único por quem Zack estava esperando toda a sua vida. De que outra forma poderia explicar as suas ações? Uma onda de alívio o encheu e fez toda a confusão inicial desaparecer.


Um lento sorriso se espalhou pelos lábios de Zack. Este era o seu momento. Ele esperou o seu companheiro chegar por tantos anos que se perguntou se havia algo intrinsecamente errado com ele. — Hum, Zack? — Riley falou, parecendo menos seguro agora. Zack gostava disso também. Atrevido, mas capaz de ser vulnerável, Riley estava se transformando em um desafio. No entanto, eles não estavam fora de perigo ainda. Zack pensou sobre o resto da sua matilha. Como eles iriam reagir, sabendo que o infalível e confiável Zack, tinha desobedecido ordens? — Como estou olhando para você, Riley? — Como seu eu fosse bom para comer? — Riley sussurrou. Ele não estava se afastando, pelo menos. Um bom sinal, porque o Ômega não o temia, embora Riley estava certo sobre Zack querer comê-lo. Não conseguia se lembrar da última vez que qualquer outro homem fez o seu lobo reagir desta maneira, como um filhote de cachorro com tesão na sua primeira lua cheia. Ele balançou sua cabeça. Tinha tempo de sobra para explorar esse pensamento mais tarde, mas agora, tinha que se concentrar no que precisava fazer. Por um lado, eles não poderiam permanecer aqui. Quem sabia quem mais estaria observando-os? Zack agarrou o pulso de Riley, começando a puxá-lo para a floresta, mas Riley teimosamente ficou e afastou a sua mão. — Que diabos? Para onde você está me levando? Zack franziu a testa. — Precisamos dar o fora daqui. Vamos. Vou levá-lo para terrenos mais seguros. — O que faz você pensar que vou confiar em você o suficiente para ir junto como um carneiro manso? Zack soltou um suspiro de frustração. — Porra. Fique ou venha. Essa é sua escolha. Você não conhece esses bosques, Riley. Eu conheço. Decida de uma vez, antes que esses seres humanos voltem — Riley mordeu o lábio. — Eu estou pedindo que você confie em mim. É pedir muito, eu sei,


mas não quero te fazer mal. — Essa é a coisa, — Riley sussurrou. — Eu sei que você não vai me machucar, mas você é perigoso. Zack esperou. Decidiu que ele poderia perder alguns minutos, mas Riley pegou o seu braço de novo, uma expressão determinada no seu rosto. — Vamos em frente. Zack soltou um suspiro. O que acontecia com este Ômega? Ele os puxou para a floresta. Uma vez que a estrada tomou forma, ele fez um gesto para o caminho à sua frente. — Mude. Vamos mais rápido em quatro patas. — Quando Riley continuou segurando o seu braço, Zack resmungou. — Nós estamos tendo uma discussão sobre não confiar em mim de novo? — Não é isso. — Riley olhou para longe do seu olhar, uma expressão conflitante no seu semblante, como se estivesse debatendo quais palavras lhe dizer. Finalmente, ele olhou para Zack novamente, respirou fundo e disse — Eu não posso. — O que? — Eu não posso mudar. Eu sou defeituoso. A raiva e tristeza na voz de Riley fez Zack agarrá-lo pelos ombros. Assustado, Riley olhou para ele. — Nunca mais diga essa palavra na minha frente novamente. Você não é defeituoso. Riley franziu as sobrancelhas. — Você não ouviu o que eu disse? — Eu ouvi claramente, Ômega. Isso não é um problema. Eu sou grande o suficiente quando mudo. Você pode montar nas minhas costas. Riley abriu a boca, e depois fechou. Ele pareceu espantado com a oferta de Zack. Zack ficou surpreso também, mas eles não podiam se dar ao luxo de perder tempo. Os seres humanos poderiam voltar, carregando cães e armas. Uma vez que Zack chegasse ao território Darkfall, porém, eles não se atreveriam a continuar a sua perseguição. — Você sabe, a maioria das pessoas apenas deixaria para trás um membro fraco do bando, — Riley finalmente respondeu.


Inferno. Este Ômega tinha claramente problemas de confiança e precisava muito do impulso de confiança. Zack poderia lidar com isso. Uma vez que tivesse muito tempo com Riley sozinho, ele iria ensinar ao Ômega que o seu mundo seria diferente agora, apesar de que Zack tinha primeiro que convencer Riley que eles estavam fadados a se encontrar. — Que tipo de pensamento negativo é esse? Além disso, eu nunca o deixaria para trás. — Por quê? — Essa é a única palavra que você conhece? A resposta está na nossa frente, Riley. Nós somos companheiros. Riley ficou boquiaberto. — Jesus. Você é tão imprudente quanto delirante? Zack olhou com raiva para ele. — Você está tentando a minha paciência, Ômega. Eu estou mudando. Puxando pelo seu lobo, Zack mudou. Uma vez que mudou, notou que Riley ficou em silêncio. Parecendo hesitante, Riley se aproximou dele e agarrou um punhado do seu pelo. — Sabe quando você disse essas palavras, Zack? Isso me fez muito feliz por algum motivo. Obrigado pela mentira, no entanto. — Riley ignorou o grunhido de advertência. — Vamos fazer isto. Eu nunca montei um lobo, então seja paciente, ok? Montando um lobo? Bem, Zack planejava ser o único a fazer a montagem, mas reservou o pensamento para mais tarde. Uma vez que conseguisse Riley são e salvo, provaria ao Ômega o quão errado ele estava. Zack desfaria cada lição que Riley tinha tido sobre ser deficiente, e que não havia nada de errado em ser incapaz de mudar. Shifters faziam uma coisa. Eles negociavam formas. Riley simplesmente ainda não teve a oportunidade de se conectar corretamente com o seu animal. Riley amaldiçoou toda vez que tentou sentar nas costas de Zack. A primeira vez que colocou um pé sobre ele, Riley caiu de bunda no chão. Zack estava feliz que ainda estava na sua forma de lobo. Caso contrário, uma risada


teria escapado. — Você está rindo de mim, senhor? — Riley perguntou, levantando-se. O Ômega abanou as folhas fora da sua roupa. Sua segunda tentativa falhou, mas na terceira conseguiu. Uma vez em segurança no topo, Zack começou a correr. Ele podia cheirar os humanos e as suas armas próximos da sua localização. Pena que eles não conheciam esses bosques da maneira que Zack conhecia. Riley soltou um grito enquanto Zack ziguezagueava o seu caminho através da floresta. O Ômega mal pesava uma coisa. Eles ultrapassariam os seres humanos em breve, e Zack diminuiu um pouco uma vez que ele chegou a terreno familiar. — Deve ser bom, viver tão perto da natureza, hein? Em Northfield, temos florestas, também, mas não é seguro, especialmente para os jovens shifters passearem. Northfield? Essa cidade era apenas um par de horas de carro de Darkfall. Tinha o seu companheiro vivido tão perto sem Zack saber? Era um pensamento que o desarmava. Então, novamente Zack não tinha estado em Northfield por anos. Zack não acreditava em coincidências ou no destino, mas estava começando a acreditar agora. Como explicar o seu encontro com Riley? — Zack? Será que a sua matilha dará boas vindas a alguém de fora? Quer dizer, eu ouvi rumores, — Riley murmurou. Como o Ômega esperava que ele respondesse? Zack fez uma pausa no meio do caminho, imaginando para onde levar Riley. Riley tinha um ponto. Ele não podia exatamente esconder o Ômega, como um pequeno segredo sujo, mas não estava pronto para mostrar Riley ainda. Zack levou Riley de volta para a casa, como prometido. Uma vez que ele desmontou, Zack voltou para humano. Ele não perdeu a forma como Riley lhe deu um olhar de fome. Porra, mas o Ômega era uma delícia inesperada. — Casa agradável —, comentou Riley, seguindo-o para dentro. — Não é minha. A casa pertence a um dos membros do bando. —


Zack encontrou algumas roupas de reposição na gaveta e toalhas. — Tenho certeza que gostaria de um banho quente. Depois, vou verificar os seus ferimentos. Ouvindo o estômago roncando de Riley, Zack soltou uma risada. — Vamos pegar um pouco de comida, também. Riley pegou as roupas e toalhas, prestes a ir ao banheiro, mas parou e olhou para Zack. — Você ainda não respondeu à minha pergunta anterior. Como será que a sua matilha irá reagir a mim? — Era para eu fazer um pouco de reconhecimento, mas eu me empolguei. — Zack esfregou as têmporas. — Deixe-me lidar com isso. Riley franziu o cenho, mas assentiu. Ele fechou a porta atrás dele e Zack ouviu a água correr um minuto depois. Zack olhou para a porta. O que ele esperava? Que Riley iria convidá-lo para tomar banho juntos? — Chegar junto — Zack murmurou. Ele encontrou roupa para si mesmo e vestiu, uma vez que parecia que estar nu perturbava o Ômega. Isso era uma coisa boa ou ruim? Zack saiu da sala, e decidiu iniciar a primeira ordem do dia. Pegando o seu telefone de dentro da sua mochila, viu um texto de Jordie, lembrando-o para atualizar Matt e ele. Zack mandou uma mensagem de volta, dizendo ao seu irmão mais novo que estava bem. Melhor não preocupar qualquer um deles ainda, mas em quem podia confiar? Ele rolou através dos números no seu telefone e, finalmente, decidiu, em Michella. Ela entenderia e poderia ajudar amaciando um pouco as coisas quando chegasse o momento de Zack explicar para o Alfa e Beta que estragou a missão. Ao tomar Riley, ele involuntariamente provocou os seres humanos e disse-lhes eficazmente que a matilha estava mantendo um olho neles. Ele suspirou. Michella pegou no segundo toque. — Zack, você está relatando muito cedo. Aconteceu alguma coisa? — Michella, — Zack começou, hesitante. Droga. Ele ainda podia consertar isso. Riley valia a pena, também, e Zack não queria perder o direito


sobre o Ômega depois que o encontrou. — Eu fodi tudo. Ela não o interrompeu durante o seu relato, apenas ouviu, fazendo ocasionalmente perguntas atenciosas. Depois que ele terminou, ela ficou em silêncio por um longo momento, fazendo com que Zack se perguntasse se ela tinha desligado, mas ela falou novamente. — Zack, eu não tenho certeza se posso evitar que Sergio ou Alessio saibam disso. Os seres humanos falando sobre shifters, isso é sério. Zack exalou bruscamente. — Eu pensei, mas você pode segurá-los? Quero algum tempo com Riley. Ver se ele pode nos ajudar. — Eu posso fazer isso. Você quer que eu envie um curador para o seu Ômega? Zack gostou imensamente do som “o seu Ômega”, embora isso ainda tinha que ser determinado. — Ele está um pouco abatido, mas não gravemente ferido. Nós ficaremos bem. — Mantenha-me atualizada. — Obrigado. — Zack terminou a chamada. Ligar para Michella tinha sido uma boa decisão depois de tudo. Ele trataria das coisas dando um passo de cada vez. Não queria passar novamente pela experiência de ver Riley sendo ferido. Voltar ao comboio teria poupado a Zack e os outros também, se tivesse tempo, mas não tinha. Ele iria voltar por eles. Encontraria uma maneira de acabar com a operação desses seres humanos. Se dirigiu para a cozinha, começando a procurar nos armários e geladeira, aliviado ao ver frios, queijos e sucos. Até o momento em que Zack terminou de fazer os sanduíches, Riley saiu do banheiro, com roupas dois tamanhos maior do que ele. Não tinha jeito. A matilha mantinha roupas de reposição em caso de emergência e nenhum deles era exatamente pequeno. Zack tinha colocado os mapas e saco de armas de lado e colocou a comida e bebida na mesa de jantar. — Com fome?


— Sim, você é um salva-vidas. — Riley se juntou a ele e, sem dizer uma palavra, começou a devorar a comida. Divertido, Zack comeu a sua própria quota. — Quando foi a última vez que você comeu? — Desde que fui sequestrado, horas atrás. Eu acho. Zack esperou que Riley terminasse de comer. — Você pode me contar o que aconteceu? Riley assentiu, contando o que houve. Zack franziu a testa com a menção de um encontro as cegas. Não devia ter um ciúme doentio por Riley estar vendo outras pessoas, porque Riley não era seu, mas ficou de qualquer maneira. No lado positivo, isso significava que Riley não estava ligado a ninguém ainda. — Zack, o que vai acontecer a seguir? Não podemos deixar que os seres humanos façam o que querem com esses shifters. — Riley tremeu. — Eles levam os fracos, sabendo que não podem lutar contra eles. Zack agarrou o seu queixo, fazendo Riley olhou para ele. — O que eu lhe disse? Você não é fraco. Você tem coragem para lutar com eles e para confiar em um estranho. Os lábios de Riley se curvaram em um sorriso. — Você não é um estranho. Zack nivelou um olhar inquisidor com o dele. — Então o que eu sou?

Capítulo Cinco Aturdido com a pergunta de Zack e a sua incapacidade de responder, Riley lambeu os lábios, considerando. Zack pensou que eram companheiros, mas ele não estava tão certo. Essa conversa toda era por causa da adrenalina, porque ninguém iria querer um companheiro deficiente. Será que Zack ultimamente se olhou no espelho? Um lobo poderoso como Zack acabaria por acordar e perceber que Riley era um erro. Ainda assim, isso não explicava porque Riley iria contar o


conteúdo da sua alma para um completo estranho. Ele disse tudo a Zack, mesmo os detalhes da sua captura que ele poderia ter omitido, como os seus encontros às cegas e falhas no departamento de romance. Cruzando os braços, Zack parecia que esperava uma resposta. Riley não podia deixar de olhar para o tríceps e bíceps protuberantes dos seus braços musculosos. Graças a Deus, Zack decidiu colocar algumas roupas, mas por que o instinto gritou com Riley para chegar mais perto? Seria tão fácil andar até Zack, se sentar no colo dele, tirar a camisa, e passar as mãos por todo os músculos gostosos. Será que Zack o puxaria para um beijo? Talvez pegar o seu pulso quando a mão de Riley vagasse para o botão do jeans de Zack? A respiração de Riley tornou-se curta. Ele podia imaginar Zack vestindo um sorriso sinistro, dizendo a Riley que teria que ganhar o privilégio do seu pau e Zack de bom grado cair de joelhos e implorar para fazer as pazes. Pare. O que diabos Riley estava fazendo, tendo fantasias sexuais no meio de uma conversa, com um estranho que acabou de conhecer? Zack não era um estranho, porém, lembrou o seu lobo, mas alguém especial. Se Riley confiasse nesses instintos, teria que confiar que Zack era seu companheiro e, em seguida, cometer o erro mais grave da sua vida, ele iria cair aos pedaços. Nunca levantar novamente, porque ele não sabia por que, mas estava certo de que Zack tinha o poder de quebrar o seu coração. — Eu não sei — admitiu eventualmente. — Desculpe por fazer você passar por isso novamente, mas eu tenho mais perguntas. Riley assentiu, respondendo as perguntas de Zack relacionadas com o seu sequestro. — É a minha vez de pedir desculpas. Não me lembro de muita coisa. Isso é tudo o que eu sei. Zack sentou-se no seu assento. Nas outras cadeiras, Riley notou mapas e mochilas com armas que espreitavam para fora. — Vocês estavam prontos — comentou Riley.


— Nós sempre temos armas ao redor em caso de emergência, — Zack respondeu distraidamente. — É o protocolo padrão para qualquer matilha, certo? — Na verdade não. A matilha em que Riley cresceu certamente não mantinha munição ao redor. Ele tinha visto em primeira mão do que Zack era capaz. Se ele multiplicasse o número de lobos de Darkfall, não tinha dúvidas de que eles poderiam ser uma força a ser reconhecida. Riley tremeu involuntariamente com o pensamento assustador, mas a parte vingativa dele queria que aqueles humanos pagassem. Ele ainda podia se lembrar do gosto do medo e como os seus captores brincaram com ele, como se tivessem feito essa operação muitas vezes. O que aconteceu com outros como ele, que nunca conseguiram sair vivos? Zack tocou a sua mão, fazendo-o saltar. Riley ficou tenso, e depois relaxou quando Zack começou a acariciar o seu braço, acalmando-o. Calor espalhou-se a partir dos dedos ásperos de Zack e penetrou na sua pele. Ele encontrou o olhar de Zack, sem perceber a própria chama de fogo nos seus olhos. Os olhos de Zack estavam quase dourados, agora, o seu lobo espreitava Riley. Zack colocou os dedos de Riley sobre os seus lábios e a sua boca ficou seca quando Zack começou a beijar cada um. — Eu... — Riley vacilou, sem saber o que dizer. — Diga-me para parar. — Zack enfiou um dedo na sua boca, sugando e Riley ficou boquiaberto. Enquanto suor escorria, seu pau se contraiu à vida. — Eu não posso, — Riley sussurrou. Ele nunca tinha tido certeza de nada na sua vida, mas pela primeira vez, estava confiante de que queria Zack. Quantas vezes Riley imaginou como se sentia, sendo procurado por um lobisomem sexy e poderoso como Zack? Com Zack, Riley não se sentia inadequado, ou como a última opção de outra pessoa.


— Deixe-me ajudá-lo a afastar o medo, pet. Fazer você se sentir melhor. Riley mordeu o lábio inferior. Deus sabia que ele estava pronto, mas pegar essa estrada poderia levá-lo a um caminho ladeira abaixo? — Prometame uma coisa. — O que? — Não me machuque também. Zack rosnou, os olhos como esferas douradas no seu belo rosto, fazendo-o parecer um pouco selvagem. — Pequeno lobo, deixe-me lhe prometer algo. Uma vez que eu tenha você, não vai querer nenhum outro homem. Eu vou ser o seu último. Ninguém jamais vai feri-lo de novo, porque você é meu. Meu. Ele nunca tinha ouvido alguém dizer estas palavras a ele com orgulho. Riley se mexeu desconfortavelmente na cadeira, coração acelerado, mãos suando. Zack não sabia o quanto essas palavras significavam para ele. O bastardo arrogante assumiu que Riley estaria perdido no feitiço que ele lançou, mas porra, ele estava certo. Riley cavaria um buraco. Por resistir à tentação quando era mais fácil se render? — Não faça promessas que não pode cumprir. Zack não parecia intimidado. — Você não me conhece muito bem. — Essa é a questão. Nós somos estranhos. Este calor entre nós, são nossos lobos falando. Nós nem sequer sabemos onde isso pode levar. — Eu sei onde. Algum lugar bom. Todos esses filhos da puta com quem você esteve, Riley? Eles eram bastardos cegos que não podiam ver o verdadeiro achado que você é. Estou prestes a mostrar-lhe o que é ser um homem de verdade. Cristo. Riley não sabia de onde Zack veio, mas ele fez o seu ponto. — Venha descobrir, pequeno lobo. Ver onde isso leva. — Beije-me primeiro. Por favor. Zack sorriu um sorriso de lobo. — Achei que você nunca iria pedir.


— Um beijo e vamos ver a partir daí. — Você não é um romântico bonito? — Zack apertou a parte de trás do seu pescoço, trazendo os seus rostos perto. Riley respirou na proximidade. — Vamos deixar uma coisa bem clara, pet. Eu sou o único no controle aqui. Riley estremeceu. Zack passou para o ataque. O lobo dominante não beijou, saqueou, todo língua e dentes. Impotente e querendo mais, Riley, de forma imprudente, respondeu gostando da mão firme de Zack no seu pescoço, dando-lhe a ilusão de contenção. Calor se arrastou até o seu peito e o seu pênis engrossou. As mãos de Zack estavam por toda parte, tocando, explorando cada polegada dele e Riley fez o mesmo. Roupas estúpidas. Riley as queria fora do caminho. Quando a língua de Zack acariciou os seus lábios, Riley os abriu para Zack aprofundar o beijo. Sua cabeça girava. O cheiro de Zack o encheu, força, pinho e almíscar. O beijo era uma promessa e Riley percebeu que Zack iria protegê-lo não importa o custo. O pensamento aqueceu o seu coração. Zack separou a sua boca. Riley olhou para ele, ofegante. — Você tem um gosto melhor do que imaginei, pet. Eu quero mais. — Zack empurrou os pratos e talheres para um lado. — O-o que você está fazendo? O olhar de Zack se moveu do seu rosto para a protuberância na sua calça jeans e Riley de repente sabia que Zack queria um sabor seu. As bochechas de Riley avermelharam e ele lambeu os lábios. — De jeito nenhum. — Não? Você está me dizendo que você não quer a minha boca no seu pênis, pequeno Ômega? — Aqui? A imagem era demais para Riley. Ele poderia gozar ali, a partir do beijo, mas segurou o seu orgasmo. Como iria parecer, como uma espécie de filhote com tesão na sua primeira época de acasalamento? Isso não aconteceria, nunca antes se sentiu tão fora de controle na sua vida e ele gostou.


Zack resmungou. — Estamos no meio do mato. Ninguém nos verá. Coloque esse traseiro bonito sobre a mesa ou eu o estou levantando. Quando Riley hesitou, braços fortes facilmente o levantaram pela cintura e o colocou sobre a mesa. — Muito melhor. — Eu ainda tenho as minhas roupas, — Riley disse timidamente. De onde veio esse devasso dentro dele? Normalmente, ele nunca iniciava qualquer coisa, mas por alguma razão, queria agradar Zack. — Você é o meu presente. Desembrulhe-se. Camiseta primeiro. Sorrindo timidamente para Zack, Riley tirou a camiseta. Ele nunca tinha visto a si mesmo como sexy antes, mas Zack o olhou como se fosse comestível. Zack moveu a cadeira para mais perto, até que o brim do jeans roçou Riley. Passando uma mão no joelho esquerdo de Riley, Zack assentiu para o resto do corpo. — Mostre-me o quão duro você está por mim, pequeno Ômega. Riley não poderia puxar as suas roupas para baixo rápido o suficiente. Debaixo, Riley não usava nada. Os olhos de Zack brilhavam com luxúria, ajudando-o a arrancar o tecido e jogando-o de lado junto com a camisa de Riley. — Agora você está perfeito. Calor se espalhou pelo pescoço e bochechas de Riley quando Zack empurrou as suas pernas afastadas, de modo que o seu pênis apontou para Zack. — Você ainda vai negar que me quer, Ômega? — Eu sempre quis você. Eu estou com medo disso, de “nós”, se há mesmo um “nós”. Zack esfregou o seu joelho, mão grande se deslocando até a parte interna da coxa, acariciando-o como um pequeno animal que precisava de reafirmação. Funcionou. Riley gostou da atenção exclusiva de Zack sobre ele. — Obrigado por ser honesto. — Você pode me agradecer de outras maneiras. Achei que você


queria me provar? — Filhote falador. — As mãos de Zack passaram em ambos os lados de Riley, e segurou a sua bunda. Riley engasgou quando Zack o puxou mais perto da borda da mesa. Zack puxou as suas nádegas abertas, dedilhando o seu traseiro. — Oh, por favor. Não. — Riley tinha certeza que o seu rosto estava vermelho beterraba agora. — Por quê? Eu vou afundar o meu pênis no seu buraco, mais cedo ou mais tarde. As cruas e eróticas imagens que Zack conjurou na sua cabeça fizeram Riley gemer. Zack baixou a cabeça em um dos seus mamilos, sacudindo a língua sobre o broto até que ele endureceu. Riley engasgou quando ele fechou a boca sobre isso e sugou. Ele agarrou os ombros de Zack, procurando algo em que se agarrar. Afastando a sua boca, Zack olhou para ele, sorrindo. — Um filhote de cachorro sensível. Zack sugou o seu mamilo direito, desta vez mordendo. Riley gritou, inflamado, mas Zack agarrou as suas coxas com as mãos para manter Riley no lugar. Quando Riley olhou para baixo, viu uma impressão perfeita dos dentes de Zack lá e ele não sabia por que gostava de vê-la, como um símbolo de orgulho. Um lembrete de que era de Zack, pelo menos naquele momento. Não satisfeito, Zack demorou, beijando a linha do seu corpo. Riley gemeu. Ninguém tinha lhe dado tanta atenção ou tratado o seu corpo como se fosse concebido para ser adorado, especialmente por um homem tão pensativo e poderoso. Zack chegou ao seu baixo ventre, e deu um beijo na sua ponta vazando, mas fez uma pausa. — Zack? — Riley chamou, hesitante. Toda sua hesitação desapareceu no olhar de Zack. — Implore por mim.


— Por favor? Você prometeu que me faria sentir melhor. — Eu prometi. — Zack tinha um olhar malicioso no rosto. Isso não era um bom sinal, pelo menos para Riley. Riley se retorceu quando Zack lambeu o pré-sêmen no seu prepúcio, e lambeu a sua fenda em um gesto dolorosamente lento. O bastardo foi vagaroso, explorando Riley da coroa para a base, tendo cada uma das bolas de Riley na sua boca e sugandoas. Riley compreendeu o jogo, mas ele não iria durar. Sempre tinha sido aquele que entregava o prazer em qualquer relacionamento e nunca do lado do destinatário, por isso a atenção de Zack era nova para ele. — Zack, por favor. Eu não vou durar. Zack afastou a sua boca. — Não se atreva a gozar sem a minha permissão, filhote. — Ou o que? Você vai me dobrar sobre o seu joelho e me espancar seu tolo? — Riley lamentou a sua resposta um segundo mais tarde, quando os lábios de Zack se curvaram em um sorriso. Ele sempre soube que era submisso no quarto, que gostava de um pouco de dor junto com o seu prazer, mas os homens com quem tinha ficado sempre se aproveitavam um pouco desse fato. Embora com Zack, se sentia bem diferente desde o início. — Você gosta do som disso não é? — Zack riu. — Impertinente, sujo, pequeno Ômega. Inferno. As palavras de Zack não deviam transtorná-lo tanto assim. — Você tem que falar assim? — Por quê? Você não gostou? — Zack finalmente retomou ao que estava fazendo, tomando o pênis de Riley entre os lábios. Gemendo, Riley observou Zack tomar todo o seu pênis, trabalhando os músculos da garganta, em seguida, se afastando. Riley se perdeu. Com um suspiro, ele explodiu, derramando a sua carga. Até então, Zack conseguiu se afastar, mas Riley viu quando um pouco da sua carga espirrou na sua camisa. Ele se encolheu, pronto para uma advertência. A maioria dos shifters estaria louco, mas Zack parecia divertido, simplesmente tirando a camisa. Vendo os


músculos sólidos do seu peito e tronco, Riley ingeriu. Ele deveria se desculpar? Zack lambeu as gotas nos lábios, fazendo Riley corar. — Lembra-se do que eu disse, filhote? — Eu não pude me conter, — Riley revelou. — Eu não me lembro da última vez que alguém me deu um boquete. Zack sacudiu a cabeça, ainda parecendo presunçoso. — Você sabe o que vai acontecer a seguir. Ele bateu no seu joelho. Quando Riley não respondeu, Zack continuou — Cada segundo que me faça esperar você vai ganhar outra palmada, Ômega.

Capítulo Seis Riley ficou boquiaberto com Zack, mas Zack não parecia que estava brincando. Lembrando o que cada segundo de atraso poderia adicionar à sua punição, ele deslizou para baixo da mesa. Com o rosto vermelho, deixou Zack dobrá-lo sobre o joelho, consciente do jeans de Zack roçando a sua carne vulnerável. Só com isso o seu pau acordou de novo, pronto para mais. — Você precisa disso, não é mesmo, querido? Quando foi a última vez que alguém lhe deu uma surra adequada? Riley suspirou. — Muito tempo. Eu não estou no estilo de vida BDSM, mas eu gosto de um pouco de dor com o prazer. — Eu achei que sim. — Zack esfregou as suas nádegas, fazendo-o se contorcer. Riley não esperava o primeiro golpe chegar tão rapidamente. O tapa alto encheu a sala, a dor fazendo-o gemer. Essa primeira palmada foi direto para a sua virilha. — Conte — Zack instruiu. Riley contou, gemendo mais alto a cada golpe que Zack lhe dava, nunca no mesmo lugar. Até o momento que ele chegou a vinte, toda a sua bunda doía e o seu pênis estava duro. Ele sentiu o dedo de Zack roçar contra o


seu anus novamente. — Bom filhote. Você tomou a sua punição como um campeão. Riley brilhou com essas palavras. Ele esticou a cabeça, para que pudesse olhar Zack nos olhos e lhe dar um sorriso insolente. — Você vai me foder agora? Zack riu, batendo nas suas nádegas inflamadas, fazendo-o saltar. — Você precisa me deixar duro primeiro, pet. Riley desceu do seu joelho e se estabeleceu entre as pernas de Zack. Esta posição parecia certa, com Zack sentado em cima dele e ele de joelhos. Ele estava procurando por toda a vida pelo homem certo, capaz de domá-lo e aqui estava Zack, bem na sua frente. Riley olhou para o cume da ereção de Zack, ainda contida no seu jeans. — Posso? — Vá em frente, pet. Riley às pressas trabalhou o botão do jeans de Zack, então o zíper. Zack o ajudou, até que estava totalmente nu como Riley, o enorme pênis meio-ereto. Riley lambeu os lábios, ansioso para retribuir o favor. Uma vez que Zack enfiou os dedos no seu cabelo e o puxou para perto, Riley baixou a boca sobre o pênis de Zack. Ele rodou a sua língua ao redor da cabeça, lambendo o pré-sêmen, enquanto Zack gemeu acima dele. Ao contrário de alguns homens, Riley amava sexo oral e o poder que isso lhe dava. Ele pegou o pau de Zack entre os lábios, engasgou no início com o tamanho, antes de se ajustar em conformidade. Balançando a cabeça para cima e para baixo, curtiu cada rosnado positivo e gemido que veio dos lábios de Zack. Sentindo o puxão de Zack no seu cabelo, Riley fez uma pausa. — Chega, pet. Quero terminar em você. Com isso, Riley retirou a boca do pênis de Zack. — Como você me quer? — Espere aqui. — Zack se levantou, desapareceu no quarto, e voltou com lubrificante. Ele voltou para a sua cadeira e deu um tapinha no seu colo.


— Vem cá, pet. Riley montou no colo de Zack, sentindo a sua mão apoiar nas suas costas. Zack não parecia se importar que ele colocasse os seus braços em volta do seu pescoço. Um olhar e Riley podia ver a cabeça do pênis de Zack, roxa e perto de explodir. Abrindo o lubrificante, Zack aplicou ao redor dos seus dedos, sem deixar de olhar para Riley, fazendo toda a experiência muito mais intensa. Impaciente, Riley se moveu no seu colo. — Por favor, Zack. — Por favor, o que, pet? — Foda-me. Faça-me seu. — As últimas três palavras saíram espontaneamente, mas Riley sequer pensou nisso. Zack colocou um dedo no seu buraco ansioso, ondulante, atingindo a sua próstata. Riley gemeu quando ele deslizou um segundo dedo e começou a esticá-lo, aparentemente sem pressa. — Por favor, Zack. Eu preciso de você em mim. — Boa resposta. — Zack aplicou mais lubrificante no seu buraco, até então mais apelos sairam da boca de Riley. Finalmente, ele sentiu Zack posicionando o seu pênis no seu anus. Zack empurrou um par de polegadas dentro de Riley, fazendo-o gemer. — Você é tão grande, eu não tenho certeza que você vai se encaixar. Zack lhe deu outro entorpecente e ondulante beijo. — Eu vou. Leveme dentro de você, bebê. Você pode fazê-lo. Zack continuou, embainhando-se todo o caminho. Os olhos de Riley se arregalaram, mas Zack segurou firme. — Relaxe. Respire fácil para mim. Riley inspirou e expirou, sabendo que Zack o faria se sentir bem em breve. — Isso é bom, pet. Foda-se, mas você é tão apertado. Riley intensificou o seu aperto no pescoço de Zack, e deu-lhe um beijo que fez o lobo dominante gemer. — Você vai ser a minha morte, pequeno Ômega.


Então Zack começou a se mover. Lento no início, ele se estabeleceu em um ritmo. Cada vez que Zack entrou nele, Riley sentiu os seus lobos internos se unindo, tornando-se um. Seja qual for a duvida que Riley tinha antes, desapareceu diante da verdade, que os seus corpos eram um ajuste perfeito um para o outro. Por que tinha lutado contra Zack? Ele sabia o porquê. Riley ainda não sabia porque um lobo tão forte e solidário como Zack iria quere-lo, mas afastou o pensamento por agora. — Zack. — Riley gemeu na sua boca. — Mais rápido, por favor. Zack tomou os seus lábios novamente, o beijo áspero e decisivo, como se Zack quisesse reafirmar o seu poder e Riley queria ser reivindicado por ele. Pegando velocidade, Zack martelou nele, indo mais profundo com cada impulso. Um grito escapou de Riley quando Zack mudou o ângulo, acertando o seu ponto doce. — Toque-se para mim, bebê. Bebê. Muito cedo para estar chamando nomes uns aos outros como animais de estimação, Riley sabia, mas a palavra soou especial na boca de Zack e o fez se sentir febril quente e incomodado. Alcançando o seu próprio pênis, Riley começou a bombear e a visão erótica parecia estimular Zack. Zack acertou o seu ponto doce cada vez mais. Ofegante, Riley fechou os olhos quando a pressão no seu corpo se construiu. — Você vai gozar, pet? — Muito perto — Riley respondeu, a voz ofegante e descontrolada. — Dá-me, querido. — A voz autoritária de Zack empurrou Riley para a borda. Gritando o nome de Zack, Riley explodiu nos dedos dele. Ele pulverizou um pouco do seu sêmen sobre o peito e estômago de Zack, mas ele não parecia preocupado. Empurrando no seu buraco ondulante várias vezes, Zack soltou um rugido triunfante antes de atingir o clímax, disparando a sua carga dentro do traseiro de Riley. Riley caiu contra ele, mas os braços fortes de Zack facilmente o


seguraram firme. — Obrigado — disse Zack contra o seu ouvido, beijando o seu lábio inferior, o seu pescoço. O conhecimento de que Zack poderia ser tanto um amante duro quanto atencioso deixou Riley perplexo. Ele nunca tinha conhecido um homem como Zack antes. Os lobos mais dominantes que tinha visto na matilha dos seus pais gostavam de se exercitar mostrando o seu poder. Alguns deles até mesmo tratavam seus companheiros como merda. Será que um Ômega defeituoso merecia uma captura como Zack? Riley soltou uma risada trêmula. — Eu não deveria ser o único a dizer isso? Zack soltou uma gargalhada estrondosa, e em seguida pegou a sua mão. Perplexo, Riley observou, deixando Zack levar os dedos, passando-os através das gotículas quase secas de sêmen no seu peito. Colocando os dedos de Riley na sua própria boca primeiro, Zack lambeu os dedos de Riley, o olhar sobre ele. As bochechas de Riley avermelharam, não estava prestes a ser superado. Ele lambeu o resto do sêmen seco, degustando o sabor de Zack e dele combinados, e tinha um gosto melhor do que bom. — Bom trabalho, pet. Vamos. Vamos limpar. — Vamos continuar isso no chuveiro? — Acrescentou Riley. Ele mal reconheceu esta parte devassa dele, este lado que se sentia reprimido toda a sua vida. Cada vez que a sua mãe o colocou em um encontro às cegas ou quando alguém bateu nele no bar gay, sempre pisava em qualquer terreno com cuidado. Com Zack, porém, ele parou de se preocupar sobre ser uma decepção. Zack o queria, tudo dele, e não precisava que mudasse nada. Zack inclinou a cabeça, olhando-o. Um sorriso sabedor e malicioso apareceu nos seus lábios, fazendo Riley estremecer. — Veremos. Riley saiu do seu colo e quando Zack lhe ofereceu uma mão, Riley fechou os dedos finos sobre os grandes de Zack sem hesitação. Deixando Zack levá-lo ao banheiro, Riley quase podia esquecer o pesadelo que tinha vivido.


Iria fazer o que pudesse para os outros cativos com a ajuda de Zack, mas esta noite, tudo o que importava era Zack e ele. Ele entrou no chuveiro, rindo quando Zack apertou-se no pequeno espaço. — Algo engraçado, pet? — Zack girou-o pelos ombros, então Riley enfrentou a parede. O coração batendo com emoção, Riley abriu as mãos contra a parede e as pernas. Apenas uma vez e ele queria mais. Zack era como uma droga e Riley não poderia ter o suficiente, porque nunca tinha se sentido assim com ninguém antes. Zack arrastou a ponta contra a curva da bunda de Riley, não empurrando, mas provocando. — Você quer o meu pau em você de novo, pet? Incapaz de falar, Riley gemeu o seu consentimento. Ainda lubrificado a partir do sêmen de Zack, ele agarrou os seus quadris e entrou com facilidade. Desta vez, seu poderoso companheiro fez amor com ele, lento e suave. Eles terminaram o banho mais longo do que o pretendido. Após se secarem com a toalha, acabaram na cama, um pouco pequena para caber ambos. Riley não se importava. Zack estendeu a mão para ele e Riley se enrolou ao lado do seu calor sólido, maravilhado com a maneira perfeita como eles se encaixavam, como as peças que faltam de um quebra-cabeças. — Zack? — Riley falou hesitante. Ele não queria estragar o momento, mas tinha tantas perguntas. Uma coisa levou a outra e, embora agora ele estivesse certo que Zack era o companheiro que tinha estado à procura toda a sua vida, os seres humanos com as armas ainda estavam lá fora. Zack poderia ter salvado a sua vida, mas esses cativos precisavam ser liberados também. Ninguém merecia ser tratado como um animal, sendo cutucado, e experimentado atrás das grades. — Sim? — Zack soou meio acordado atrás dele. Riley não poderia culpá-lo. Zack devia estar esgotado a partir do


resgate. Ele precisava de descanso. — O que vai acontecer a seguir? — Nós vamos descobrir amanhã. — Juntos? — Juntos — Zack concordou. Com essas palavras tranquilizadoras, Riley se aconchegou nos braços musculosos e reconfortantes de Zack. Ele caiu em um sono sem sonhos, sabendo que da próxima vez que acordasse, Zack estaria lá e ele não seria um experimento preso em uma gaiola de vidro.

Capítulo Sete Ao ouvir a abertura da porta da frente, Zack gemeu, não querendo se separar de Riley. O cheiro familiar o pegou de repente na cama. Seus olhos se abriram. Zack olhou para o seu companheiro, em alarme e ficou aliviado ao ver que Riley ainda dormia profundamente. Cuidando para não acordá-lo, Zack saiu da cama, colocando um travesseiro substituto para Riley abraçar. Assim, perdido no reino dos sonhos, Riley parecia inocente e doce, um anjo. Zack beijou a sua testa antes colocar uma cueca e ir para fora. Ele desejou que tivesse imaginado o som e cheiro, mas não havia dúvida, era Matt. Ótimo. Matt era a última pessoa com quem ele queria falar. — Zack? Graças a Deus. Você preocupou a mim e ao Jordie quando não respondeu às nossas chamadas ou textos. Zack cautelosamente admitiu que Matt parecia horrível, com círculos escuros sob os seus olhos. Sentindo-se culpado, Zack suspirou. — Será que Michela o enviou? — Michella? — Matt fez uma careta. — Aconteceu alguma coisa? — Bom. Ela manteve a sua palavra. — Zack, o que no inferno aconteceu? Você deveria chamar Kevin para informá-lo.


— As coisas ficaram um pouco complicadas. — Os olhos de Matt estreitaram e ele começou a cheirar o ar, o olhar movendo-se para a porta atrás de Zack. — Que diabos? Você se extraviou um pouco? Matt saltou para Zack que rosnou. Ele não tinha a intenção de iniciar uma luta, principalmente depois que ele quase matou o outro em um duelo oficial semanas atrás. — Tenha cuidado, Matt. Você está falando sobre o meu companheiro. Matt piscou. — Seu companheiro? Seu melhor amigo inspirou e expirou, se acalmando. — Nós precisamos conversar. — De acordo, vamos lá. Zack pegou cervejas da geladeira, entregando uma para Matt. Eles se instalaram na sala de jantar. Um olhar rápido em direção ao quarto assegurou a Zack que Riley ainda estava dormindo. Era mais fácil dessa maneira. Riley estava inflexível sobre ser envolvido no planejamento, mas Zack não achou que fosse uma boa ideia. Seu companheiro tinha uma espinha dorsal, ele não podia negar, mas Riley ainda não podia mudar. O melhor para Zack era mantêlo seguro e à margem até que a matilha cuidasse dos seus assuntos. Riley não gostaria nem um pouco, Zack sabia, mas era o melhor. — Diga-me o que aconteceu. Zack contou, não deixando nenhum detalhe fora. Antes que Matt tomasse o seu irmão mais novo como companheiro, eles tinham sido inseparáveis. Eles cuidavam das costas um do outro durante as missões e estavam sempre lá um para o outro. Nada deveria mudar isso. Seu encontro com Riley finalmente o fez perceber que tinha vindo a fazer as coisas complicadas quando não deveriam ser. Com Riley, ele entendeu o que é ser superado pelo instinto primal de proteger e defender o seu companheiro, da forma como Matt fez quando Jordie ficou em apuros. Inferno, Zack ainda podia se lembrar de como raiva encheu a sua visão quando ouviu o grito de Riley. Ele queria rasgar todos os seres


humanos à parte, apesar de saber que ele estava em desvantagem. Depois de contar a sua história, Matt não disse nada por alguns momentos. — É por isso que você me perguntou sobre Michella? Ela é a única que sabe sobre estes seres humanos? — Vou chamá-la em breve. Atualizá-la sobre o que Riley sabe. Vamos organizar uma reunião e chegar a um plano para lidar com estes intrusos. Quando Matt deu-lhe um olhar estranho, Zack rosnou. — O que? — É só que eu nunca te vi tão sério ou irritado. Você deve realmente se preocupar com o seu Ômega. — Ninguém deveria passar pelo que ele passou. — Vendo a vibração do seu telefone celular sobre a mesa da sala de jantar, e número de Michella piscando na tela, ele acenou para Matt e colocou a Gama no viva-vos. — Zack, eu espero que você tenha uma boa notícia para mim. Alessio está comigo — veio a voz de Michella. — Matt está comigo agora. — Zack relatou tudo o que Riley se lembrou sobre o seu sequestro. Ele podia ouvir Alessio amaldiçoando do outro lado da linha. — Esses malditos seres humanos precisam ser tratados — disse o Beta. — Vamos organizar uma reunião. Sergio precisa saber, também, antes de podermos chegar a uma decisão. — Eu não acho que podemos perder muito tempo. Zack atacando o seu comboio de transporte e anunciando a nossa presença terá repercussões. Se tornarmos a fazer algo precipitado, poderemos não conseguir nada. Eles podem decidir mudar em vez de cruzar os caminhos com a matilha. Isso pode significar que não teremos uma chance de resgatar as outras vítimas. O estômago de Zack deu um tombo com as palavras de Alessio. Ele sabia que agiu precipitadamente, mas naquela época, não pensou além da


segurança de Riley. — Não comece, irmão. Você agiu da mesma forma quando Kelias estava em apuros — Michella repreendeu. — Por enquanto, Matt e Zack, vocês vão acompanhar a situação? Vocês estão perto das suas instalações. — Lembrem-se, — Alessio acrescentou. — Só reconhecimento neste momento. — Não há problema, Beta. Eu vou prestar atenção em Zack — disse Matt, ignorando o olhar de Zack. Bem, Zack merecia isso depois de tudo. Ele deveria ser grato por ter saído dessa sem qualquer problema. — Bom. — Depois de passar mais detalhes, ele terminou a chamada. Zack caiu no seu assento, terminando a sua cerveja, e, finalmente, olhando para Matt. — O que você diz, parceiro? Matt sorriu. — Isso parece como nos velhos tempos, hein? Zack engoliu o nó na garganta, prestes a pedir desculpas por ser um pau na bunda nas últimas semanas, mas Riley falou primeiro. Ele não ouviu a porta ser aberta. — Eu quero ir. A cabeça de Zack disparou para Riley, que estava junto à porta. A quanto tempo o Ômega estava ouvindo? Bem, Zack não poderia culpá-lo. Riley acabaria sabendo. — Vamos falar sobre isso. Vem cá, pet. Eu quero que você conheça alguém. Riley se aproximou e Zack estava satisfeito que ele escolheu ficar atrás da sua cadeira, por trás do seu ombro. Desde que ele parecia nervoso, Zack estendeu sua mão e deu-lhe um aperto. — Este é Matt, meu melhor amigo e um dos poucos caras em que eu confio. Matt, este é Riley. Matt sempre teve um jeito com as pessoas que Zack invejou. Em nenhum momento, Riley relaxou em torno dele. Depois de contar a Riley sobre a decisão da matilha, Riley teimosamente esticou o queixo. — Eu ainda quero ir.


Zack tentou não parecer muito exasperado. — Riley, pode ser que apenas vamos lá para ver o que estes seres humanos estão fazendo, mas ainda é perigoso. — Eu posso me cuidar. — Como? Você foi pego, lembra? Você não pode mudar também. — Riley ficou rígido com as suas palavras, mas Zack não tinha escolha. Dizendo a verdade a Riley era a única maneira de mantê-lo seguro. Riley fechou as mãos em punhos e Zack quase esperou que o Ômega desse um soco nele, mas Riley permaneceu firme. — Eu pensei que você fosse diferente, — foi tudo o que Riley disse. O Ômega voltou para o quarto e fechou a porta de repente. Franzindo a testa, Zack procurou escutar sons de movimento, mas não

havia

nenhum.

Muito

provavelmente,

Riley

voltou

para

a

cama,

fumegando. Zack pensou que ele iria se colocar em uma luta, mas ele estava feliz que Riley raciocinou. — Hã. Riley tem uma boca atrevida e ele meio que me lembra de Jordie — Matt apontou inutilmente. — Anime-se, Zack. Isto é para o seu próprio bem e o nosso. Uma vez que descobrimos mais, podemos manter Riley no circuito sobre o que a matilha decidir. — Isso é verdade. — Ainda assim, Zack estava incomodado. Riley não parecia o tipo de cara que iria desistir facilmente. Será que ele estava pensando sobre as coisas? Ele esfregou as têmporas. Após a verificação da instalação, ele se sentaria com Riley e eles teriam uma longa discussão. Zack não podia esquecer a maneira como Riley lhe perguntou o que aconteceria em seguida. O Ômega não tinha perguntando sobre os outros cativos, mas perguntando sobre eles e a possibilidade de um futuro. Uma vez que tudo isso tivesse acabado, Zack teria todo o tempo do mundo para convencer Riley de que eles foram feitos um para o outro. Teriam mais tempo juntos. Teriam abundância de sexo e, eventualmente, Zack colocaria a sua marca no seu companheiro. — Não vamos perder tempo. Uma


vez que Kevin chegar aqui para vigiar Riley, podemos sair — disse Zack. Kevin, um outro companheiro e aplicador da matilha, chegou meia hora mais tarde. Zack bateu na porta. — Vá embora, a menos que você tenha mudado de ideia, — Riley gritou com ele. — Só quero dizer que estamos saindo. Kevin, um outro lobo, estará aqui na casa no caso de você precisar de alguma coisa. — Outro baque na quarto soou, como se Riley estivesse desencadeando a sua ira sobre os móveis. Zack ouviu Riley murmurar um “ow” mais tarde. Ele sorriu, incapaz de conter a si mesmo. Eles certamente teriam muita diversão juntos, isso era certo. — Não se preocupe, Zack. Eu vou mantê-lo seguro, — Kevin asseguroulhe no caminho para fora da casa com Matt. Zack não conhecia Kevin muito bem, mas eles trabalharam lado a lado algumas vezes. Ele sabia que o outro homem iria manter a sua palavra. — Nós vamos estar de volta em um par de horas. Se não o fizermos, então algo está errado. Faremos chamada de segurança — disse Matt. Era o protocolo padrão. Na varanda da cabana, eles se despiram e mudaram. Uma vez que ambos estavam em quatro patas, partiram para a floresta. Zack tinha corrido ao lado de Matt muitas vezes e eles dificilmente precisaram se comunicar. Assumindo a liderança, Zack refez o caminho que ele e Riley tinham feito antes. Sentindo um par de olhos atrás dele, Zack se virou um par de vezes, confuso quando viu apenas Matt atrás dele. Será que estava imaginando alguém os seguindo? Seu lobo não podia sentir um inimigo, no entanto. Estranho. Eles chegaram à estrada, onde Zack atacou o comboio mais cedo do que esperavam. Mantiveram-se ocultos, o que evitou serem vistos no aberto. Zack caminhou com cuidado, seguindo a estrada mais estreita, levando a um caminho difícil para as montanhas de Northfield. Ele ainda podia sentir o cheiro de gasolina e ver as marcas de pneus deixadas para trás pela


escolta do transporte. Mais à frente, Zack e Matt viram um composto delimitado por uma cerca de arame farpado. Zack resmungou baixinho. Matt repetiu. Eles voltaram por uma encosta que lhes deu uma visão mais ampla da operação. Parecia uma instituição privada, mas bem

financiada,

com guardas constantemente

patrulhando as fronteiras. Matt cutucou e Zack dirigiu o seu olhar para um comboio, semelhante ao que ele atacou. O veículo estava parado às portas da frente para inspeção, antes de ser permitido passar. Ele chegou a um impasse no estacionamento. Mais guardas se aproximaram do comboio e começaram a retirar shifters, homens e mulheres, dos seus vinte anos aos quarenta anos. Seu estômago enrolou. Zack queria correr até lá, mas que bem faria isso? Os guardas tinham muita munição. Eles vigiaram um pouco mais. Parecia haver uma enxurrada de movimento na instalação. Zack contou os comboios com as suas entranhas enroladas. Alessio estava certo? Será que os seres humanos estavam em pânico depois de saber que a matilha da Montanha Darkfall sabia sobre as suas atividades? Não era apenas a sua matilha que os seres humanos tinham que responder, mas seus crimes iriam enfurecer o resto dos grupos sobrenaturais na área. Seria lógico para eles recuar em vez de ter um banho de sangue em suas mãos. — Oh inferno, é pior do que eu pensava. Zack girou, os olhos apertados, mostrando os dentes, mas era só Riley, ofegante, parecendo que gastou toda a sua energia, seguindo-os. Matt resmungou a sua desaprovação, mas Zack se empurrou para o lado para lidar com o seu companheiro errante. Ao vê-lo, Riley levantou as mãos em derrota simulada. — Antes de dizer qualquer coisa, como você pode não ter visto isso? As palavras de Riley o surpreenderam. Zack olhou com raiva. Riley não compreendia o perigo que corria? — Não olhe para mim assim, Zack. — Riley plantou as mãos nos


quadris. Parte de Zack ficou surpreso por Riley conseguiu chegar tão longe a pé. Espera. Este não era o momento de ficar impressionado com o seu companheiro. — Zach, — Riley falou. — Vocês viram o que eles estão fazendo. Eles estão na casa da matilha. Precisamos fazer alguma coisa. Não podemos esperar para o resto da sua matilha agir. Matt balançou a cabeça, mordendo a orelha de Zack, claramente, numa recusa. Zack olhou de volta para o acampamento. Culpa colidiu com ele. Seu egoísmo foi a causa de tudo isso, mas ele não podia simplesmente deixar Riley a um destino pior do que a morte também. O tempo não estava do seu lado, mas Zack nunca tinha desobedecido ordens da matilha até agora. Riley estar lá não o permitiu pensar logicamente. Zack pegou sua metade humana e mudou. — Zack? — Riley falou hesitantemente quando Zack se aproximou dele e deu um aperto no seu ombro. — Eu entendo você, Riley. Você deseja salvar os cativos e eu também, mas não podemos agir precipitadamente. Eu preciso que você fique aqui enquanto Matt e eu cumprimos a nossa missão. — Mas... — Riley começou, mas Zack o cortou. — Escuta, você precisa ficar aqui. Você só vai ser um obstáculo e Matt e eu não podemos nos dar ao luxo de nos distrair. — Zack sabia o efeito que as suas palavras tiveram sobre Riley. Embora afirmando a verdade não parecesse que tinha um efeito sobre Riley. Vendo o fogo nos olhos de Riley, ainda insaciável, Zack suspirou. Riley não percebia que matava Zack quando a sua vida estava em perigo? Zack amava Riley demais. Estranho pensar que eles só tinham passado um par de horas um com o outro e Zack já se importava tanto com Riley. Não. Não era, se Zack realmente pensasse sobre isso. Amor trabalhava de forma estranha. Zack nunca pensou que iria encontrar o seu


companheiro

em

circunstâncias

estranhas,

mas

ele

encontrou.

Estava

procurando por Riley, por sua alma gêmea para completá-lo todo esse tempo e ele não podia se dar ao luxo de perder Riley apenas quando o encontrou. A expressão de Riley vacilou enquanto Zack mostrou-lhe a dor nua no seu rosto. Zack agarrou-o pelos ombros e lhe deu um beijo carinhoso. Deus Riley tinha um sabor doce nos seus lábios. Ele ainda não podia se acostumar com o fato de que Riley parecia perfeito em seus braços também. Riley foi feito para ele e funcionou nos dois sentidos. Ele ainda não iria dizer a Riley que o amava. Isso viria mais tarde, quando as circunstâncias fossem diferentes e quando esta confusão tivesse acabado. — Riley, pela primeira vez me escute. Eu não posso me dar ao luxo de te perder. Isso vai me matar. Literalmente, — Zack ouviu o desespero e carência na sua voz, mas não se importava. Parecendo atordoado e sóbrio, Riley assentiu. — Eu entendo, Zack. Eu vou ficar aqui e vigiar. Zack assentiu com a cabeça, limpando a garganta, constrangido pela sua reação. — Matt e eu vamos nos aproximar do acampamento e determinar o que fazer a seguir. Era um compromisso. Zack e Matt correram para baixo da encosta para chegar mais perto. Matt lançou lhe um olhar, Zack ignorou. Seu melhor amigo não tinha o direito de julgá-lo, porque Matt desobedeceu ordens da matilha

muito

tempo

por

Jordie.

Zack

bufou.

Ambos

eram

tolos

apaixonados. As madeiras estavam diluídas perto da instalação, mas eles utilizaram de discrição. Evitando serem vistos, mantiveram-se à margem da folhagem e arbustos. Outro comboio entrou nos portões. Pararam a meia milha de distância da instalação. As entranhas de Zack torceram. Havia mais guardas do que inicialmente se pensava. Ele

cutucou

Matt,

que

parecia

como

se

nutrisse

segundos

pensamentos sobre ir mais perto. No entanto, Zack sentiu Matt segui-lo. Ele


parou perto da porta, perto o suficiente para ouvir e espionar os guardas. — Se você me perguntasse, no mínimo é uma dor no traseiro nos mover novamente — o primeiro dizia ao segundo. — Por que os superiores tem tanto medo de um bando de lobisomens selvagens de qualquer maneira? — o segundo questionou. — Você não entende nada. Estes lobos de Darkfall agem como uma espécie de unidade militar treinada e eles não deixam sobreviventes. Mesmo se conseguirmos matar todos eles, a comunidade sobrenatural vai ter a amabilidade de nos massacrar. Eles teriam nossas cabeças, mais cedo ou mais tarde. — Paranormais do caralho. Eles tiveram o suficiente. Compartilhando um entendimento privado, Zack e Matt recuaram. Era muito perigoso agir sozinhos e Zack não ousaria arriscar uma missão suicida. Pensou em Jordie. Seu irmão mais novo provavelmente estava esperando em casa por ambos Matt e ele, roendo as unhas para nada. E o que faria Zack se Riley fosse morto também? Zack voltou para a encosta, franzindo a testa quando não viu Riley imediatamente. O pior tipo de medo o agarrou quando ele começou a farejar o cheiro de Riley. Chateado, Zack se perguntou sobre as chances de Riley ter retornando para a casa. Riley não seria irracional o suficiente para se aproximar da instalação sozinho. Tinha que haver outra explicação - uma razoável, mas o quê? Claramente, eles tinham que trabalhar em problemas de confiança e comunicação, mas Zack precisava achar Riley primeiro para resolver qualquer problema de relacionamento. Rosnando, Zack farejou o cheiro de Riley, esperando que o pior não tivesse acontecido.


Capítulo Oito Será que Zack realmente esperava que Riley se sentasse e não fizesse nada enquanto Matt e ele ficavam em perigo? Riley silenciosamente se irritou, continuando a olhar para a instalação. Ele ouviu e não viu nada, para além das atividades a nível da superfície. Os guardas se moveram e mudaram o comboio descarregando mais cativos no edifício de vários andares que Riley assumiu ser onde estavam os shifters. Ele fechou os punhos e a sua imaginação ficou selvagem. O que esses bastardos estavam fazendo para os shifters? Riley não poderia só se sentar aqui, mas ele não podia fazer nada. Esperar, ele podia ser útil para Zack. Ainda não tinha esquecido a expressão rasgada de Zack e a dor genuína lá. A perda de Riley realmente iria machucá-lo e Riley não poderia ter isso. Toda a sua vida, ele tinha sido rejeitado. Ninguém queria um Ômega falho como companheiro, mas Zack não se preocupava com as suas imperfeições. Claro, Zack podia ser super protetor às vezes, mas Riley gostava disso nele. Zack era um guarda, e Riley poderia imaginá-los

fazendo

algumas

coisas

juntos

e

conhecer

Zack

melhor.

Definitivamente iria mudar para Darkfall e começar a sua nova vida lá. Não sozinho, mas, finalmente, com um homem maravilhoso, um companheiro atencioso que... — Pense no seu final feliz depois, — Riley murmurou para si mesmo. Ele tinha trabalho a fazer. Embora seus músculos estivessem exaustos de tentar acompanhar Zack e Matt, ele empurrou o seu corpo ao limites. Voltando para a floresta, Riley percebeu o seu erro, um segundo depois. Ele parecia estar andando em círculos. Cada árvore e arbusto parecia o mesmo. Sibilando sob a sua respiração, Riley chegou a uma parada súbita na


frente de uma estrada - não apenas qualquer estrada, mas a mesma onde Zack o resgatou. Isso foi a só quantas horas atrás? Antes disso, Riley tinha se preocupado com coisas bobas, como o seu encontro às cegas com Warren. Nem tudo o que aconteceu foi ruim, porque se Riley não fosse sequestrado, nunca teria sido capaz de achar a sua alma gêmea. Quase valia a pena, exceto que Riley não poderia pensar nesses termos. Ele precisava salvar os seus companheiros de cativeiro primeiro, juntamente com Zack e o seu bando. Por um lado, Riley sabia que estava ultrapassando os limites. Nenhuma ação iria acontecer, sem a aprovação dos líderes da matilha, mas se ele fosse correndo atrás de Lucas, Riley poderia persuadir o lobisomem. Além disso, embora ele tivesse estado na companhia de Zack e dos outros por um tempo curto, sabia que os lobos de Darkfall eram um grupo apertado. Eles fariam qualquer coisa para proteger os seus. — Quem diabos é você e de onde você veio?— A voz assustou Riley fora dos seus pensamentos. Ele congelou, prestes a se virar, mas sentiu o cano de metal frio contra a parte de trás da sua cabeça. O coração de Riley quase saltou para fora. Droga, ele não poderia entrar em pânico. É claro que havia espiões humanos aqui após o ataque de Zack. Ele inspirou e expirou e foi com prazer que a sua voz saiu. — Merda, cara. Acalme-se. Eu sou um carona. — História improvável — disse o seu captor. — Mova-se. Riley e o estranho caminharam para a estrada e Riley viu que o homem começou a empurrá-lo. Ele vislumbrou a moto escondida nos arbustos. — Mudança de planos. Riley obedeceu e respirou fundo, vendo o uniforme preto familiar. Os guardas que o capturaram usavam a mesma coisa. — Me reconhece? — Perguntou o homem, franzindo as sobrancelhas, como se estivesse tentando decifrar Riley.


— Você é militar? Há uma base em Northfield certo? Você pode me levar lá? Eu prometi encontrar os meus amigos para um concerto. A mentira veio a Riley instantaneamente, mas o estranho cairia no seu truque? Nesse momento Zack já teria descoberto que ele tinha ido embora. Riley tinha certeza de que Zack iria cheirá-lo. A única coisa que Riley podia fazer agora era evitar a captura e distrair esse estranho. — Se você fosse um shifter, teria me atacado por agora, — o estranho meditou. — Shifter? Eu sou humano, cara. Você é um shifter? — Perguntou Riley, vibrando os seus cílios. Agindo sem noção parecia ser a melhor opção, mas era hora de tomar este outro desvio. — Eu não vou andar de graça. Eu não tenho dinheiro, mas existem alternativas que posso pagá-lo. O olhar de Riley caiu para a virilha do estranho. Cristo, suas ações davam nojo nele, mas Riley usaria qualquer arma no seu arsenal até que Zack conseguisse encontrá-lo. Não iria tão longe a ponto de dar um boquete no homem, mas poderia tirar proveito do seu momento de fraqueza e agarrar essa arma. — Bem, — o homem o olhou de cima abaixo. — Você parece que tem andado por um tempo. — Ah, sim, o caminhoneiro idiota prometeu me deixar mais perto da civilização, mas isso foi, anos atrás, — Riley balbuciou. O homem virou a cabeça quando os arbustos perto deles se agitaram. Com o coração acelerado, Riley pegou dois pares de olhos amarelos. Zack realmente veio atrás ele. — O que foi isso? — Perguntou o homem. — O que foi o quê? — Riley agarrou o seu pulso. — Vamos, bonito. O que você disse? — Vamos bem... — o estranho começou, mas não terminou. Zack saltou para fora do seu esconderijo, abordando o cara no chão. Medo se agarrou a Riley. A arma caiu no chão e Riley a pegou. Com as mãos trêmulas, ele apontou a arma, mas Zack e o cara moviam-se muito rápido.


O mercenário arrancou a maior faca de caça que já tinha visto de uma bainha na sua perna e conseguiu cortar Zack no seu nariz. Riley tentou apontar de novo, mas algo o empurrou e puxou o seu jeans. Girando, Riley relaxou, vendo Matt, mas o lobo deu-lhe um olhar severo, provavelmente, dizendo a ele para não interferir. Ele olhou para trás, preocupado. O mercenário conseguiu vários golpes, mas Zack conseguiu se apossar da sua garganta. Um instante e Zack rasgou a garganta, o sangue jorrando do estranho e derramando no seu focinho. Tendo certeza de que o estranho estava morto, Riley correu até ele, abraçando-o com força. Explicações se derramaram dos seus lábios. — Zack, graças a Deus. Eu não desobedeci as suas ordens, eu queria correr de volta para a cabana e obter Lucas para ajudar. O cara veio atrás de mim. Alguém riu, e Riley viu Matt mudado para a forma humana para falar. — Parece que precisamos manter uma estreita vigilância sobre o seu Ômega, Zack. — O que você viu? Riley nervosamente passou as mãos em toda a pele de Zack, enquanto Matt deu a sua avaliação. — Não há nenhuma ajuda. Estamos voltando. Uma vez que entregarmos o nosso relatório, a matilha não tem escolha senão reagir antes que os seres humanos decidam mudar o seu funcionamento — disse Matt. Isso não soou reconfortante, mas Riley sabia que perderam muito tempo. Ele deveria ter escutado Zack, primeiro, mas não havia tempo para arrependimento. Os três voltaram para a casa, com Zack deixando-o montá-lo novamente. No momento em que chegaram, o sol se pôs. O sangue de Riley esfriou, vendo os carros estacionados ao longo da casa. Ele podia cheirar uma mistura de pessoas e lobos. Um lobo com uma pele vermelha veio até eles, gesticulando sem dúvida, para eles o seguirem. O mistério de onde saíram todos se tornou claro. O lobo vermelho os levou para a parte de trás da casa. Riley saiu de Zack,


engolindo em seco quando os olhos se voltaram para eles. Ele contou. A matilha de Darkfall tinha números perto de cinquenta e Riley apostava que havia mais na cidade de Darkfall, vigiando o seu forte. Ele sabia que não existia muitos Alfas que poderiam controlar uma matilha deste tamanho facilmente. — Parece que os idiotas heroicos finalmente voltaram — resmungou alguém por perto. A voz profunda cortou do meio da multidão. — Zack, Matt. Aproximem-se. Enquanto o homem não gritou, todos lá, Riley incluído, ouviu. A matilha se separou e Riley viu o dono da voz possante. Não havia dúvida de que o marcado homem alto, musculoso, de cabelos escuros, com olhos e voz duros era o Alfa. Dois outros ficaram próximos ao seu ombro, um pouco menores, mas não menos forte homem e uma mulher esbelta surpreendentemente loira que parecia fora do lugar. Com uma sacudida, Riley se lembrou que três irmãos governaram a matilha de Darkfall, de modo que o homem e a mulher eram, provavelmente, Beta e Gama do Alfa. Mais cinco outros ficaram por perto, aplicadores, Riley sabia. Um medo repentino subiu pela espinha de Riley. Mesmo matilhas normais não iriam tolerar a presença e especialmente o envolvimento de um estranho. O que fariam com ele? Felizmente, Zack se manteve perto e Riley agarrou o seu pelo. — Comece a falar — o Alfa nem sequer deu a Riley uma segunda olhada. Zack e Matt mudaram. Mesmo assim, Zack segurou a mão de Riley, dando-lhe um aperto tranquilizador, o que não ajudou nem um pouco. Riley estava mais preocupado por Zack. — Sergio, eu fiz como mandou, — começou Matt. — Matt, eu vou dar as explicações. Eu comecei isto — disse Zack.


Matt assentiu, mas ele parecia preocupado, o que não ajudava os nervos de Riley nem um pouco. Sergio não parecia nem um pouco apaziguado ou disposto a perdoar uma vez que Zack terminou. — Porra Zack, será que você não considerou o resto da matilha, quando agiu por impulso? — Sérgio perguntou em uma voz perigosa. — Zack arriscou a sua vida por mim. Ele não é o culpado. Eu estou em falta, também, — Riley interrompeu, ignorando o aperto no seu braço que Zack deu. — E quem é você, pequeno Ômega? — Perguntou Sérgio. A determinação de Riley vacilou quando intensos olhos amarelos o olharam. — Estranhos não têm voz na nossa matilha. — Não temos tempo para isso, Sergio. Precisamos lidar com esses filhos da puta e derrota-los, — o Beta interrompeu. Oh, Riley gostou deste Beta, cada pedaço dele. — Ir com força total sobre esses seres humanos, sem os recursos e as informações corretas não é sábio — disse Sergio. — Quantos lobos vão morrer por Zack e esse tolo Ômega? O Alfa começou a virar as costas, mas o desespero arranhou Riley. Ele viu todos os rostos dos prisioneiros, os que estavam com ele no comboio, e se lembrou de como eles pareciam. Alguns estavam com medo, mas eram aqueles que estavam com expressões desesperadas que permaneciam na sua mente. Esses shifters pareciam que sabiam que ninguém iria salvá-los. — Você está indo apenas virar as costas para essas vítimas, por causa do seu orgulho? Que tipo de Alfa é você? — Riley provocou, lamentando as suas palavras um segundo depois. Sergio girou, os olhos apertados. Um uivo de fúria saiu dele, e o som fez os outros lobos reagirem com rosnados e grunhidos. Riley se apoiou contra Zack, percebendo que com uma palavra, Sergio poderia fazer todos os seus lobos se voltarem contra Zack e ele. Sergio avançou sobre ele, dentes


alongando e mostrando os caninos, as mãos em garras. — Quem diabos você pensa que é, pequeno Ômega? Você não sabe nada de mim ou da minha matilha. Eu não confio nem um pouco em você. Zack ficou entre Sergio e Riley. Riley agarrou-o com força. — Saia do caminho, Zack. Este estranho precisa ser ensinado uma lição. — Tudo o que você quer fazer ou dizer para Riley, você precisa confrontar-me, também. — Por que, Zack? Será que esse estranho significa muito para você? — Sergio zombou. — Riley é meu companheiro, — Zack disse simplesmente. Houve algumas respirações abatidas no seu anúncio e Riley podia sentir os olhos nas suas costas, não havia dúvida sobre os olhares de ódio. É claro que um cara como Zack não seria o par ideal de ninguém. Pena que Riley iria defender o seu companheiro até o seu último suspiro. Se este era o fim, que assim seja. Ele iria para baixo com Zack. Pelo menos ele tentou, fez o seu melhor, embora lhe doesse pensar que ele e Zack não teriam um futuro juntos. — Sergio, por favor, acalme-se, — uma voz feminina disse calmamente. Riley olhou por cima do ombro de Zack para ver a pequena loira caminhar até Sergio e colocar uma mão suave no seu braço. Ela não vacilou quando Sergio rosnou para ela. — Michella, fique fora disso — Sergio estalou. Michella sacudiu a cabeça. Tinha uma estranha calma sobre ela. Riley nunca tinha visto uma shifter feminina parecer tão serena ou no controle. Ela falou suave o suficiente para Riley ouvir, mas o resto não. — O que Ron vai dizer se ele te ver assim? Riley não o lembra do seu próprio companheiro? — Isso é diferente — Sergio resmungou. — Não temos tempo para isso. Precisamos tomar uma decisão sobre estes seres humanos agora — Alessio interrompeu. — Todo mundo que veio aqui quer um pedaço desses idiotas. Eles podem não estar no nosso território,


mas estão próximo o suficiente. Não fazer nada vai afetar a nossa reputação, também. — Ales tem um ponto. Vamos lidar com Zack e, — Michella parou, encontrando o olhar de Riley por um segundo. Era imaginação de Riley, ou havia diversão lá? Michella continuou, — o seu interessante companheiro mais tarde? Sergio encarou-a, e depois resmungou. — Tudo bem, vamos chamar isso de votação. Aqueles a favor de enfrentar estes seres humanos? Os rosnados e latidos eram resposta suficiente. Riley não era ingênuo o suficiente para pensar que todos os homens e mulheres nutriam boas intenções. Eles provavelmente queriam alguma violência e derramamento de sangue, mas isso não importava, desde que recuperasse todos os cativos. Eles começaram a planejar. Apesar da impressão negativa inicial que Riley teve de Sergio, ele podia ver que Sergio era um bom Alfa, quando questionou Matt e Zack sobre a instalação novamente. — Você deve estar cansado. Venha sentar-se comigo — disse uma voz. Riley piscou, encontrando Michella ao seu lado. Quando ela se moveu? Zack olhou para eles, e, em seguida, acenou para Riley, dizendo para confiar na Gama. Michella levou-o de volta para a casa e foram para a cozinha. — Sente por favor. Eu não vou morder — acrescentou, apontando para o assento à sua frente. Riley sentou-se, sem saber por que ele foi mais cauteloso com ela do com Sérgio. Enquanto ela parecia ter mais ou menos a sua idade, cerca de vinte e poucos anos, agia como se fosse muito mais velha. Ela pegou duas cervejas na geladeira, entregando-lhe uma. Riley não tinha certeza se podia confiar nela, embora Zack claramente confiava. — Você está com fome? — Ao aceno de cabeça, ela se juntou a ele no balcão. Riley aceitou a cerveja que ela entregou a ele.


— Zack nos contou o seu lado da história — disse ela. — Você pode me dizer o seu? Suspirando, Riley contou a sua história. Por algum motivo, porém, era fácil falar com Michella. Ela não o interrompeu, apenas fez gentilmente algumas perguntas, ou o empurrou para continuar quando parou muito tempo. Riley confessou verdades que nunca contaria a Zack, como a forma como ele estava começando a se apaixonar por Zack. Que se sentia culpado, sobre convencer Zack a ajudá-lo a libertar os prisioneiros. Quando ele terminou, não se sentia exausto. Se sentia bem, colocando tudo para fora. — Eu vejo — ela disse depois. Lá fora, Riley podia ouvir os outros shifters conversarem. Claramente havia mais planejamento. Deu uma olhada cautelosa para Michella. Ela sorriu para ele. — Eu não estou aqui para distraí-lo. Eu queria conhecê-lo um pouco melhor para satisfazer a minha curiosidade. Nós estávamos começando a nos preocupar com Zack, você sabe. Honestamente? Estou feliz que você veio. — O que diabos é você? — Riley deixou escapar, consciente de que era rude, mas ele não se importou. — Um leitor de mente? Você não pode ser um shifter normal. — Eu leio emoções mais facilmente do que a maioria das pessoas, nada demais. — Você vai me dizer para não me envolver? Para ficar para trás e esperar Zack lutar sozinho? — Perguntou Riley, sabendo que ela ia ficar para trás no caso de algo acontecer. — Não. Eles tentaram isso, não é? Isso não é tão ruim. Você seria mais útil se fosse junto. — Eu... — Riley vacilou. — Quem é Ron? — Companheiro de Sergio. Ele quase arriscou a matilha para tê-lo, também. — Michella assentiu para o exterior. — Vá se juntar ao seu companheiro, Riley. Zack ficaria feliz em tê-lo.


— Eu não posso mudar. Sou praticamente humano. — Todos nós começamos como seres humanos. Alguns shifters se esquecem disso. — Ela se levantou do seu assento. Riley seguiu até a sala de estar. Ela arrancou uma espingarda da parede de armas, parecendo que sabia como lidar com isso, e entregou a ele. — Faça o que puder. Não seja morto. — Obrigado. — Juntos, eles se dirigiram para fora. Michella caminhou até Sergio, e trocaram algumas palavras. — A discussão correu bem? — Perguntou Zack, vindo ao lado dele. Ele tinha de alguma forma conseguido encontrar roupas e Riley viu que estava carregando munição também. Uma espingarda estava pendurada no ombro e mais dois revólveres estavam no seu cinto, juntamente com duas facas. — Eu acho, — Riley murmurou, notando que Zack estava olhando para a arma. — Eu vou com você neste momento. — Eu percebi. — Zack o beijou nos lábios. — Eu cometi o erro de tentar mantê-lo afastado antes. Vamos terminar isso juntos, amor. — Amor? — A respiração de Riley ficou presa na garganta. — Sim, eu te amo, Riley Stevens. Eu queria que você soubesse disso, no caso de algo acontecer. Lágrimas encheram os seus olhos. Riley deu um soco no ombro de Zack, mas foi um esforço meia-boca na melhor das hipóteses. — Eu também te amo, idiota. Nada vai acontecer. Zack riu. — Alguns de nós estão levando os seus carros. É melhor ter uma combinação de garras, dentes e armas neste momento. Zack levou-o a um caminhão que estava esperando e Riley não se surpreendeu ao ver que Matt estava dirigindo. Dois outros lobos estavam sentados no banco de trás com Riley. Dado que todos estes eram grandes homens, Riley teve que se espremer. — Riley, estes são Jared e Isaac, — Zack apresentou. Isaac grunhiu, parecendo um homem de poucas palavras. Jared,


entretanto, deu-lhe um sorriso. — Feliz em ver que Zack finalmente encontrou o seu companheiro. Incapaz de se conter, Riley sorriu de volta. Era por causa de Zack, ou ele se sentia em casa com a matilha de Zack? Toda a sua vida, ele estava tentando se encaixar. Bem, a procura tinha terminado, mas eles precisavam sobreviver a esta noite primeiramente.

Capítulo Nove Zack olhou para frente da estrada. Metade da matilha tinha ido nas suas formas animais, usando a vegetação com uma vantagem. Zack esperava tiros, uma luta nas suas mãos, mas só ouvia um silêncio mortal. Matt desligou o motor. ― O que está acontecendo? ― Riley perguntou na parte de trás, mas Zack não pode responde nada, pois não sabia o que estava acontecendo. Um lobo correu para eles, mudando de volta para humano. ― Não há ninguém lá dentro. A instalação está abandonada. Zack apertou os lábios. Mais à frente, podia ver mais lobos se aproximando da cerca. Ninguém disparou contra eles. Dando a perseguição parecia redundante agora que os seres humanos tinham saído, mas Zack sabia que o cheiro ainda estava fresco. Um uivo veio a esquerda deles, chamado de Sergio. A adrenalina subiu nas veias de Zack. ― O que significa isso? ― Zack ouviu Riley perguntar. ― Isso significa que a caça ainda está de pé, ― Zack encontrou-se


respondendo com entusiasmo. ― Os seres humanos não poderiam ter ido muito longe. Matt ligou o motor novamente e eles estavam em movimento. Zack baixou as suas janelas. Ele podia sentir o cheiro persistente de gasolina, homens e armas, confirmando que os seres humanos tinham passado por ali. Eles dirigiram em silêncio por um tempo, a tensão estava palpável no veículo. Minutos depois, eles ouviram a primeira série de tiros. Zack tirou a espingarda, olhando para o espelho do lado para ver o rosto pálido de Riley. Se algo acontecesse com Riley, Zack não se perdoaria. Bem melhor ter ele pôr perto, em vez de se preocupar com ele longe. Matt acelerou e logo em seguida, Zack finalmente viu um carro, um deles, colidiu com uma árvore, com fumaça saindo. O motorista e os passageiros, conseguiram sair a tempo. Alguns estavam feridos, mas o resto parecia que estava chateado. ― Que porra poderia fazer esse buraco no carro? ― Perguntou Matt. Franzindo a testa, Zack viu o que Matt disse. ― Continue dirigindo. Precisamos pegar esses bastardos. A pergunta de Matt logo estava sendo respondida quando ficou na frente da primeira barreira que ia aos seus inimigos. ― Puta merda ― Matt sussurrou. ― O quê? ― Perguntou Jared, se empurrando entre os assentos, e depois começou a praguejar. ― Rapazes? O que está acontecendo? ― Perguntou Riley. Isaac respondeu ele. ― Eles têm um tanque. Matt olhou no memento que a arma girou, na sua direção. O tanque disparou, acertando a traseira do carro. Zack teria batido contra o volante, se não tivesse com o cinto de segurança. ― Segurem-se, todos, ― Matt gritou. O tanque disparou novamente e, desta vez, Zack sabia que não teria a mesma sorte. ― Todo mundo, saia do carro! ― Zack soltou o cinto de segurança,


assentiu para Riley na parte de trás e pulou. Ele e os outros saltaram para fora do carro, antes que a bala de tanque atingisse o caminhão de Matt. Agachado, Zack gemeu ao ouvir o som da explosão. Uma vez que ele conseguiu levantar a cabeça, procurou por Riley, que estava um par de metros longe dele. Levantando, correu para o seu companheiro, começou a verificara-lo por ferimentos. ― Eu estou bem ― Riley estava ofegante, agarrando a sua camisa. ― Zack, nós não temos chance contra esse tanque. Zack observou o tanque a procurar de alvos. Zack percebeu que tinha sido uma distração, para que o resto dos veículos pudesse fazer a sua fuga. ― Você vai ver ― disse Zack para Riley, dando-lhe um beijo. Ele se virou para Matt e os outros. ― Eu preciso de vocês para ser a isca. ― Por que temos de ser a isca? ― Jared gemeu. ― Porque Zack quer impressionar o seu companheiro, ― Matt brincou de volta. Vendo Matt e os outros mudando de forma, Zack tirou o seu rifle de caça. Através do escopo viu Matt, Jared e Isaac correndo até o tanque. Eles se moviam muito rápido para o tanque se concentrar em qualquer um deles. Quando o tanque focou em Matt, Zack puxou o gatilho. Ele deu um tiro, mas errou na primeira vez. Rosnando baixinho, Zack mirou novamente. Sua segunda bala tinha ido direito no alvo e assim o fez o seu terceiro. Ele parou de atirar. Matt e os outros se afastaram da explosão que soou dentro do tanque. Um homem abriu a escotilha, mas Zack atirou nele antes que ele pudesse fazer a sua fuga. Zack não viu o caminhão vindo por trás do tanque, ocupado procurando por mais mercenários de preto e eles tinham uma metralhadora na parte de trás. ― Zack. ― Riley colocou o seu corpo como escudo para proteger Zack, assim que os mercenários abriram fogo. O choque do sacrifício de Riley não tinha chegado a consciência de


Zack até que sentiu o sangue molhado se espalhando por todo o peito de Riley. ― Que porra e essa que você fez? ― Zack sussurrou. Ele não conseguia tirar os olhos do seu companheiro ferido. Além disso, ele sabia que Matt e os outros iriam lidar com os recém-chegados. Sergio e os outros shifter não estavam longe. Com um soluço, Zack reuniu Riley suavemente nos seus braços. Riley agarrou-o pela manga, com os dedos fortes. Zack rasgou a sua camisa, mordendo o lábio vendo a bala alojada no peito e tronco de Riley. Não era de prata. Riley não poderia mudar, pelo que Zack sabia, mas talvez Riley possuísse as mesmas habilidades de cura, igual a qualquer outro lobisomem. ― Zack, ― Riley sussurrou, pressionando uma mão manchada de sangue no rosto de Zack. ― Não fale. Nós vamos achar ajuda, ― Zack assegurou. Ele sentiu Matt dando um tapa no seu ombro, olhado para ele, não parecia que ele tinha ferimentos graves. Zack sacudiu a cabeça. Entrar em pânico não ajudaria Riley. Pelo amor de Deus, Riley ainda não estava morto. Eles precisavam levar ele para um médico. ― Vou levá-lo, ― Zack disse a Matt, que acenou com a cabeça. Ele ergueu Riley nos braços com cuidado. Jesus. Se eles voltassem para Darkfall levaria muito tempo, e Zack não podia se dar a esse luxo. Matt e ele ficaram tensos quando ouviram o som de um motor de carro. Eles estavam vulneráveis, mas Zack se recusou a deixar Riley para traz. Vendo um carro familiar de cor amarelo VW Beetle chegar perto deles, ele deu um suspiro de alívio. Michella abriu a janelas e falou ― Entre. Vamos levar Riley e os outros para a clínica shifter em Northfield. ― Fique comigo, bebê. ― Zack fechou a mão em torno de Riley. ― OK? Riley deu-lhe um aceno fraco. Zack tomou o assento ao lado Michella. No momento em que todos entraram, ela pisou fundo no acelerado do carro. Ela desviou de destroços e cadáveres. Zack ficou agitado, vendo as


causalidades, mas agora, ele só pensava no seu companheiro. ― A matilha não tem autoridade em Northfield. Será que está clínica shifter vai nos ajudar? ― Zack tinha que perguntar. ― Eles vão ajudar. Eu estou pedido um favor pessoal. Zack não gostava da ideia de entrar em território desconhecido. Northfield era uma cidade ao lado da deles, mas montanhas e milhas de florestas os separavam. No grupo de animais dominantes ou espécies sobrenaturais reivindicado Northfield, esse era um lugar onde qualquer paranormal poderia refugiar-se - o que tornava isso inseguro. Nada que Zack poderia fazer agora, ele tinha que confiar em Michella. ― E os mercenários? ― Perguntou Zack. ― Sergio prevê que estarão aderindo ao caminho da montanha longe de Northfield. Eu chamei o clã de were ursos locais que vivem nessa área. Eles vão ajudar, porque alguns dos seus estão desaparecidos também. ― Nós vamos obter esses bastardos e resgatar os prisioneiros, com certeza, então? ― Perguntou Zack. Ela assentiu, com os olhos treinados na estrada. Ele deu um suspiro de alívio, mas eles não estavam fora de perigo ainda. ― Riley, foi atingido com balas de prata? ― Eu não sentir o cheiro nele, mas ele é diferente. Eu não tenho certeza sobre as suas habilidades de recuperação ― Zack confessou. ― Ele vai sair dessa. Ele é mais forte do que você pensar. Seu companheiro vai sair dessa Zack. ― Eu espero que você esteja certa. Em quinze minutos, eles chegaram na pacata cidade de Northfield. Michella os levou para frente de um edifício de vista sombria na periferia da cidade. Não havia nenhum sinal na frente e as janelas estavam fechadas com tábuas, mas Zack podia ver luz no interior. ― Eles estão nos esperando. Ajude-me com Riley e os outros, Zack ― Michella disse, deligando o motor. Juntos, eles conseguiram levar Riley e os


outros dois lobos para dentro da clínica. Embora o exterior parecesse dilapidado, o interior estava equipado com camas, máquinas e equipamentos necessários. Zack ficou ao lado da cama de Riley, segurando a sua mão. Riley parecia mais pálida do que Zack viu da última vez, mas Zack podia ver que Riley estava fazendo um esforço para se manter consciente. Apenas três funcionários estavam lá e eles corriam, atendendo A.J., que estava em pior estado do que Riley. Ele viu Michella falando com uma voz lacônica com um homem considerável nos seus trinta e tantos anos, o médico-chefe, Zack assumido. ― São só estes? ― Ele ouviu o homem perguntar. ― Não, isso e apenas o começo. Haverá muito mais vindo mais tarde, mas nossos curadores estão a caminho daqui. ― Michella, você não pode trazer os seus lobos aqui. O que... ― Você me deve um favor, Daniel, ― ela disse simplesmente, e isso terminou a conversa. Michella encontrou o olhar preocupado de Zack. ― Você pode verificar Riley? Não importava o negócio pessoal entre os dois, Daniel parecia um profissional. Ele correu para o lado de Riley e começou a verificar os seus ferimentos. ― E muito ruim? ― Perguntou Zack. Ele sabia que deveria se afastar e deixar que o médico fizesse o seu trabalho, mas ele estava muito preocupado. Porra, mas ele não deveria ter permitido que Riley o acompanhasse nessa missão. Mas ele tinha todo o direito a isso. ― Não parece letal, pois não é uma bala de prata, ele vai sair dessa, mas eu preciso extrair as balas para me certificar. Michella, você pode colocá-lo de lado? ― Daniel perguntou, parecendo irritado. ― Vamos, Zack. Vamos verificar os outros. ― Michella conduziu Zack suavemente longe de Riley. Um médico começou a puxar fragmentos de prata de Doreen, e os


outros dois atendiam a A.J. Vendo o comprimento desfiado das costas de A.J e no seu braço, Zack estremeceu. Era egoísta dele pensar que ele estava feliz que Riley iria se recuperar? Michella parecia perdida em pensamentos. ― Daniel diz que a costas de A.J vão sarar, mas ele pode perder o seu braço esquerdo, porque a bala de prata está na sua corrente sanguínea. Zack estremeceu. Enquanto eles poderiam curar da maioria das lesões, eles não poderiam fazer voltar a crescer uma perna inteira de uma amputação, que tipo de futuro A.J teria? ― Quando você conheceu esse médico? ― Perguntou Zack. Ela encolheu os ombros, mas respondeu-lhe de qualquer maneira, como se ela entendesse que ele estava perguntando para se distrair das preocupações. ― Daniel é um velho amigo. ― Apenas um amigo? ― Zack brincou. Ele tinha visto Michella com alguns homens ao longo dos anos, mas nenhum deles tinha ficado. Então, novamente, tendo irmãos super protetores, igual a Sergio e Alessio tornava difícil encontrar um parceiro adequado. ― Nós namoramos. Eu estava começando o ensino médio, e ele estava prestes a se formar na faculdade. Alessio quebrou o braço, foi nesse momento que a gente se conheceu. Ele liga de vez em quando, quando alguns dos seres sobrenaturais na sua comunidade precisa de ajuda. ― Michella olhou-o, dando uma tapinha no braço. ― Eu acho que você pode ir ver Riley agora. Oh, não se esqueça de ligar para Jordie. Ele deve estar preocupado. Jordie. Cristo. Zack quase se esqueceu. Michella estava certa. Jordie estaria preocupado com Matt e ele. Matt, Zack sabia, poderia lidar com ele mesmo. Ele e o seu irmão mais novo tinham muito o que falar, porém, especialmente sobre Riley e ele ter sido um idiota durante todo este tempo. Riley e ele com Matt e Jordie. Com esta confusão esclarecida, Zack poderia começar a pensar e planejar um futuro, um grande futuro com Riley e ele. Antes de ir para o seu companheiro, Zack teve que perguntar ―


Como você sabia o momento certo de chegar no local e o momento certo? ― Instinto. Eu venho fazendo isso há tanto tempo. Não é ruim estar preparada com um plano B. ― Michella olhou para a porta da clínica. Zack podia ouvir mais gritos e carros lá fora. A julgar pelos comprimentos misturados com os gemidos dos feridos, a matilha tinha conseguido. Parecia que um peso dentro dele tinha sido tirado. Nenhum outro shifter iria passar pelo mesmo calvário que Riley passou. Uma coisa era certa, a matilha não iria esconder esta informação, porque iria ajudar os outros também. Eles tiveram uma vitória esta noite, mas podia haver abundância de batalhas no futuro. ― Bem, eu gostaria de agradecer-lhe por te nós ajudado. Eu não saberia o que fazer. Eu devo-te uma. ― Vou cobrar mais tarde Zack. Após Michella caminhar para fora para ver os outros, Zack correu para o lado de Riley. Ataduras cobriam o seu peito e uma IV estava no seu braço. Zack estava pensando que ele estava adormecido quando Riley deu um aperto na mão de Zack. ― Olá bebê. Está melhor? ― Estou Horrível, preciso ficar na cama por uma semana, ― Riley resmungou. Só Riley poderia fazer piadas no seu estado, Zack não tinha nada para se preocupar. Zack beijou a sua mão. ― Nós vamos fazer exatamente isso. Depois de se recuperar, vamos comemorar. Ir a um encontro real. Realmente ficar e conhecer um ao outro. Você vai gostar de Darkfall. Riley abriu um sorriso. ― Soa como um plano. Zack sorriu. ― Você ouve os outros shifter lá fora, pet? Conseguimos. Estes seres humanos não vão incomodar mais ninguém e saber que a matilha, estará ajudando as vítimas a voltar para as suas casas e famílias. Lágrimas encheram os olhos de Riley. ― Zack, obrigado. ― Eu não mereço o crédito. Era a coisa certa a se fazer. Agora


durma. ― Você vai ficar do meu lado? ― Perguntou Riley, parecendo esperançoso. ― Claro. ― Zack o beijou na boca suavemente. ― Eu vou ser a última coisa que você vai ver antes de dormir e a primeira quando você acordar.

Capítulo Dez Um Mês Depois Riley andou até a porta, quando a campainha tocou, parou no meio do caminho, mordendo o lábio inferior para olhar para a mesa, que estava simples. Pior ainda, os pratos e talheres não combinavam. Zack e ele tinham apenas recentemente se mudado para o novo apartamento há três dias e os seus convidados não queriam esperar para fazer uma visitar. Ainda assim, este lugar, ainda não completamente mobilado, se tornou a sua casa. Zack também era dele. Riley ainda tinha que superar esse fato. Pois nunca na sua imaginação mais selvagem poderia imagina que estaria acasalado com um companheiro lindo e pensativo como Zack, que não se importava que ele não podia mudar. Sentindo os braços musculosos de Zack ao redor da sua cintura, um segundo depois, Riley suspirou. ― Não podemos deixar Matt e Jordie esperando. ― Deixe-os esperar. ― Zack esfregou o seu pescoço. ― Por que está tão nervoso? Relaxe, bebê ― Eu queimei o frango. ― Por isso que pedimos comida pronta no restaurante. ― Não foi assim que pensei em receber os nossos convidados. Pensei que seria uma noite perfeita.


― A vida nunca é perfeita bebê. Zack tinha um ponto. Fechando os olhos, Riley abraçou Zack, apreciando o seu calor quando a campainha tocou novamente. Ele abriu a porta da frente para deixar Jordie e Matt entrarem. ― Isso levou um monte de tempo, maldição ― Matt murmurou. ― Será que interrompemos algo importante? ― Perguntou Jordie. ― Paramos na nossa padaria favorita ao longo do caminho, Riley. ― Sim! ― Riley gritou pegando a torta de Jordie. Zack resmungou. ― Estávamos prestes a ter relações sexuais. ― Você queria. ― Riley deu ao seu companheiro um beijo, embora Riley não fosse admitir que estivesse ansioso por isso. Eles se sentaram para o jantar, abrindo caixas de comida pronta. Depois de devorar tudo, eles foram para a sala de estar para assistir ao jogo. Riley e Jordie ficaram para trás, enquanto os seus companheiros gritavam e amaldiçoavam a tela da TV. ― Cerveja? ― Jordie perguntou a Riley. ― Vinho? Riley sacudiu a cabeça. ― Você rejeitou uma bebida antes, também. ― Os olhos de Jordie se arregalaram, mas Riley colocou um dedo sobre os lábios. ― Eu não disse nada para Zack ainda. ― Você sabe que eu sou ruim em manter segredos ― Jordie murmurou. ― Mas oh, eu sempre quis ser um tio de um bonitinho filhotes de lobo. ― Calma, eu estou planejado dizer a Zack esta noite. ― Sobre o que vocês estão fofocando? ― Perguntou Zack, finalmente percebendo-os sussurrando. Jordie estava pronto com uma resposta. ― Não é da sua conta. Zack franziu a testa, mas voltou a sua atenção para o jogo. ― Emocionante ― Jordie murmurou. ― Sim? Diga isso para mim quando você estiver todo gordo e


bamboleante. Jordie sorriu. ― Você sempre disse que queria começar uma família. Zack também. ― Eu sei. ― Riley já começou a fazer uma lista de nomes. E só descobriu ontem, quando comprou o kit de gravidez após vomitar. ― Vou me certificar de que Matt e eu, vamos sair mais cedo para que vocês possam conversar ― Jordie prometeu. Fiel à sua palavra, Jordie chamou Matt para ir para casa, assim que o jogo terminou. ― Por quê? ― Matt gemeu. ― É quase meia-noite. ― Você não quer a sobremesa? ― Perguntou Jordie, silenciando instantaneamente Matt. Ele deu a Riley uma piscadela, antes de Matt o puxar para fora da porta da frente. ― O que está acontecendo? ― Zack murmurou, sacudindo a cabeça e fechando a porta. ― Você não está com fome de outra coisa também? ― Riley brincou. Zack se aproximou dele, olhar faminto em seus olhos. ― Você? ― Sim ― Riley confirmou. Ele agarrou a mão de Zack e puxou-o para o quarto. Havia apenas uma cama dentro do quarto e eles não tinham tido a oportunidade de terminar a compra dos móveis, mas eles terminariam a qualquer dia. Zack puxou-o perto, dando um beijo e em segundos, as mãos de Zack estavam sobre ele, tentando encontrar a sua camisa. Eles estavam se despiram um ao outro com pressa. Uma vez nu, Riley passou a mão sobre o corpo rígidos de Zack. Olhando para baixo, o pau de Riley estava duro, vendo o pau de Zack, do mesmo jeito. Apesar de viver juntos por um mês e ter alucinante sexo em uma base diária, Riley ainda não conseguia enjoar de Zack. Cada vez que os seus corpos se tocavam, a eletricidade entre eles parecia queimar mais. Suas línguas e dentes entraram em confronto. Riley abriu a boca, deixando Zack enfiar a língua para baixo na sua garganta.


Fechando os olhos, Riley se rendeu ao beijo. Quando Zack parou de beija-lo, Riley gemeu contra a sua boca. ― Diga-me, pet. Você me quer dentro de você? ― Ah sim. ― Abaixe e chupe, para que eu possa depois afundar o meu pau no seu traseiro apertado. Despertado pela imagem, Riley caiu de joelhos. Ele sentiu os dedos de Zack no seu cabelo, puxando insistentemente. Zack pressionou a ponta contra a boca de Riley e a língua de Riley disparou para fora, lambendo o présêmen. Girando a língua ao redor do pau de Zack, Riley finalmente tomou Zack entre os lábios, aplicando sucção. Zack gemeu acima dele, apertando o cabelo de Riley. ― Sua boca é tão boa, pet. Eu estou assumindo o controle. Riley relaxou a sua garganta, deixando Zack foder a sua boca. Zack empurrou na sua boca várias vezes e Riley sabia que Zack estava perto de gozar. No último segundo, Zack se afastou. Com a voz rouca, Zack disse ― Na cama, pet. Eu quero ver o seu rosto quando eu te foder esta noite. Ansioso e animado, Riley estava deitado de costas na beira da cama. Zack foi para o banheiro, para obter o lubrificante, Riley sabia. Quando ele voltou, Riley sorriu com carinho para ele. Ontem, depois de ver exame, Riley ficou aterrorizado por um momento. Ele se perguntou o que ele faria, se Zack iria reagir mal à notícia. Jordie estava certo, no entanto. Zack sempre disse que queria uma família, a sua família. ― Tem alguma coisa errada, Riley? ― Perguntou Zack. ― Eu vou te dizer mais tarde. Faça amor comigo, por favor? ― Como posso resistir? ― Zack colocou as pernas de Riley sobre os seus ombros e abriu o lubrificante. Aplicando lubrificante nos seus dedos e na entrada de Riley, Zack colocou o primeiro dedo e logo em seguida introduziu o segundo. Gemendo, Riley agarrou os lençóis.


― Por favor, Zack. Agarrando os seus quadris, Zack transou com Riley, ele cruzou os braços em volta do pescoço de Zack, gemendo. ― Tão apertado, pet. Tão perfeito, ― Zack disse contra a orelha de Riley. Depois disso, eles não falavam mais. Zack empurrava o seu pau dentro e fora da entrada de Riley. Zack reivindicou os seus lábios enquanto o prazer bateu em Riley. Ofegante, Riley gemeu quando Zack começou a acariciar o seu pau, cronometrando com os seus impulsos. Zack transou com ele mais rápido, mais forte, praticamente fazendo vibrar o colchão. ― Vamos juntos ― Zack instruiu com respirações ofegantes. Entrando em Riley mais uma vez, Zack rosnou de prazer. Riley gritou o nome de Zack quando atingiu o seu clímax. Vários outros impulsos dentro dele e Zack atingiu o clímax, disparando o seu sêmen dentro da entrada de Riley. ― Foda-se, ― Zack murmurou, caindo em cima dele. Estendendo a mão, Riley passou os dedos pelo cabelo encharcado de suor de Zack. Não havia melhor momento para dizer a Zack a boa notícia. Riley agarrou a mão de Zack e plantou-a sobre a sua barriga. Zack congelou, e com um grito exultante, Zack o puxou para um abraço apertado. ― Você está feliz, então? ― Riley tinha que perguntar. Zack o beijou com força suficiente para deixa uma contusão. ― Claro. Bebê, uma casa, um companheiro e um filhote prestes a entrar nas nossas vidas, nós realmente temos tudo, né? ― Sim, nós temos. ― Eu te amo para caralho, Bebê. ― Eu também te amo, Zack.


Fim


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