Bando da montanha darkfall.

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O Dilema de Ryan Bando da Montanha Darkfall 13 Fel Fern O lobo dominante, Ryan Sandoval tem duas prioridades - proteger a matilha no lugar do seu irmão e encontrar sua irmã desaparecida. Ele não leva em consideração a chegada de um lobo submisso de Darkfall, aquele cuja presença enreda todos os seus sentidos. Nathan é sexy, valente e não tem medo de dizer o que pensa. Ele também é o companheiro de Ryan, mas com tantas coisas em jogo, Ryan não pode permitir qualquer distração. Uma única noite de paixão muda tudo. Nathan é tudo o que ele jamais imaginou e muito mais. Mas a notícia de dois estranhos quebra a sua felicidade recémdescoberta. Nathan cheirava uma armadilha o momento em que dois shifters falcão se aproximaram deles. Ele sempre foi movido pela razão, mas não pode deixar Ryan sozinho. Apesar de não conhecer um ao outro por muito tempo, Nathan sabe que o seu coração e corpo pertencem a Ryan. Nathan pretende seguir o seu companheiro, mesmo para a morte certa. Ele pode convencer Ryan a deixar o passado para trás e olhar para frente para o seu futuro não escrito?


Capítulo Um Ryan Sandoval não conseguia ficar dentro da cabana por mais tempo. Seu irmão Noel, alfa do bando Ruby de Sangue, lhe havia ordenado que vigiasse os outros membros da matilha e seus hóspedes. Isso foi apenas uma desculpa. Havia uma razão pela qual Noel levou seu novo companheiro no lugar dele para o território de outra matilha, e isto não se sentia bem para Ryan. Porra, eles não tinham visto o seu bando através dos melhores e piores momentos juntos? A matilha Ruby de Sangue não era grande. Ela só era composta por cinco lobisomens adultos e dois filhotes de leão adotados. Bem, seis incluindo agora Kian o companheiro de Noel e Nathan não contava. Nathan e Kian eram inicialmente estranhos que eles desconfiavam, dois representantes da maior e mais feroz matilha no país – a matilha da Montanha Darkfall. Kian tinha provado o seu valor e coragem, ganhando o coração de Noel no processo. Nathan, no entanto, irritou os nervos de Ryan. Nathan lhe lembrava que o seu irmão levou Kian em vez dele. Pelo amor de Deus, Ryan era o Beta do bando. Ele devia ser o único ao lado de Noel ao entrar no território Darkfall. Seu pequeno grupo nunca teve a intenção de se estabelecer na cidade de Blue River. Eles eram um bando nômade, que se mudava de lugar para lugar, até que a sua pequena irmã Allie foi sequestrada. Eles ainda estavam à procura de respostas quando Kian e Nathan entraram no seu território. Nenhum outro grupo de animais queria falar contra os captores misteriosos de Allie, e eles finalmente entenderam o porquê. Allie

não

foi

pega

por

sequestradores

medíocres,

mas

por

mercenários humanos treinados que trabalhavam para uma organização que


capturava e fazia experiências com shifters. As Indústrias Alpine era uma grande empresa farmacêutica global, mas era apenas uma fachada. Ryan verificou seu website. Seu slogam era "ajudar as pessoas a ficar melhor." Uma vez que o bando Darkfall começou a compartilhar informações, o sangue de Ryan queimava mais e mais. as Indústrias Alpine tinha sido nada mais do que uma fachada para o maior grupo de ódio aos paranormais da nação. As guerras entre os humanos e sobrenaturais terminaram um século atrás, mas ele supôs que algumas pessoas não poderiam deixar o ódio ir facilmente. Ryan compreendia. Ele queria rasgar as gargantas dos cientistas que tinham em suas mãos a sua irmã. — Você ainda está meditando? — A voz de Nathan o interrompeu. — Você vai furar os tapetes se continuar andando assim. Rosnando baixinho, Ryan virou-se para o outro homem. Ele não sabia por que o submisso magro e bonito sempre o irritava. Seu lobo não sentia Nathan como seu inimigo, mas outra coisa. Ryan não sabia se ele queria foder o cérebro de Nathan fora ou discutir com Nathan até a morte. Era uma sensação estranha, uma aflição que conhecia a cura, mas não conseguia admitir. No momento em que viu Nathan, Ryan sabia que o lobo submisso era seu companheiro. Pena que Ryan não tinha intenções de amarrar sua alma e lobo com outro homem. Seu dever para sua matilha, e a sua primeira prioridade era encontrar sua irmã desaparecida. Nathan era distração, tentação e não podia permitir isso. — Eu não quero ter outra discussão com você. — Ryan apontou. Esta cabana alugada tinha sido a sede temporária da sua matilha, mas era também extremamente pequena para a sua comodidade. Não ajudou


que eles tinham toda a casa para eles. Melody levou Aaron para a cidade, e Russ e Mal seguiram Melody e Aaron para manter uma estreita vigilância sobre eles. Movendo-se para uma sala diferente não parecia ajudar, porque Nathan acabaria por segui-lo. — Deixe-me sozinho. — Ryan sabia que ele soava como um moleque mal-humorado, mas não se importou. Eles estavam perdendo tempo. Por um lado, ele sabia que os lobos de Darkfall tinham todas as respostas, mas estava cansado de esperar que algo acontecesse. — Ela está viva. Sua irmã é forte. A voz suave de Nathan fez Ryan encará-lo. — Como você sabe? — Seus companheiros de matilha me contaram histórias sobre ela. Ela não vai desistir facilmente. Ryan grunhiu. A última coisa que ele precisava era da pena de um estranho. Estourar com Nathan era contraproducente. O lobo submisso não merecia isso. Nathan e o seu irmão tinham sobrevivido as Indústrias Alpine quando os seres humanos assassinaram o seu bando e levaram alguns dos seus companheiros de matilha como seus novos projetos de ciência. Nathan de todas as pessoas sabiam exatamente o que os cientistas humanos e o seu exército privado eram capazes. — Quer ir para uma corrida? — Perguntou Nathan, quebrando o silêncio. A recusa estava na ponta da língua, exceto que Ryan disse exatamente o oposto. — Certo. Algum tempo atrás, Ryan ficou incomodado quando Nathan o seguiu para a floresta nas suas quatro patas em vez dos dois pés pela primeira vez.


Em pouco tempo, ele acostumou-se a presença de Nathan e, além disso, os lobos não brigavam. Eles poderiam perder muitas horas, correndo ao lado um do outro, seus casacos roçando. Brincando de brigar ou esconde-esconde. Não havia perigo de cruzar essa linha de estranhos para amantes. Dirigiram-se para fora da casa. Ryan deixou um bilhete na mesa da cozinha no caso dos outros voltarem cedo. Ele não podia esperar para sair das suas roupas. Em poucos segundos, ele estava nu, inalando a brisa fria da floresta contra o rosto e fechando os olhos para inalar o cheiro da natureza. O bando escolheu esta cabana porque era perto da floresta e não muito longe da cidade propriamente dita. Ela também lhes forneceu muita privacidade. Quando Ryan abriu os olhos, ele notou Nathan olhando para ele. — Você gosta do que vê? Merda. Ryan estava realmente flertando? O que estava errado com ele? Mas ele quis dizer cada palavra. Nathan tinha apreciação em seus olhos, mas o outro homem se virou. — De jeito nenhum. Você é tão cheio de si. Sorrindo, Ryan alcançou o seu lobo. Ele não conseguia se lembrar da última vez que se sentiu assim, alegre e livre. Além disso, Noel fez menção tomando um fôlego agora e então não foi tão ruim. Sem esperar por Nathan terminar, Ryan correu para a linha mais próxima de árvores. Nathan soltou um gemido atrás dele. Isto sentiu-se incrível - o vento no seu pelo e ninguém para perturbar a sua corrida, especialmente humanos. Ryan nunca tinha sido bom com as pessoas, até mesmo como uma criança crescendo. Ele sempre esteve mais em contato com a sua metade-animal. Noel era o carismático, o cara que poderia colocar qualquer um à vontade. Era por isso que Noel era o Alfa indiscutível apesar do fato de que Ryan poderia desafiar o seu irmão para o cargo a qualquer momento que


quisesse. Inferno, quando ouviu Noel reivindicar Kian, Ryan tinha sido quase tentado. No final, ele viu o quão perfeito Kian era para o seu irmão. Ele podia sentir Nathan seguindo rapidamente atrás dele. Ryan era maior e mais rápido. Ele abrandou de propósito, mesmo que ele não quisesse, até que Nathan o alcançou. O lobo submisso beliscou o seu pelo. Nathan estava brincalhão hoje, Ryan notou. Em resposta, ele golpeou o focinho de Nathan. O lobo submisso olhou. Que fofo. Ryan decolou novamente. Nathan fez um trabalho impressionante de recuperar o atraso com ele, apesar de Ryan saber que Nathan não possuía tanta resistência quanto ele. Como Beta do seu pequeno bando, Ryan sempre precisava estar em forma. Era parte das suas responsabilidades para proteger qualquer membro do bando, para servir como um bom soldado. Às vezes, ele se perguntou o que mais existia para ele. No passado, Noel costumava trabalhar duro para a matilha. Com Kian na cena Noel agora cuidava do seu companheiro e matilha. Vendo seu irmão e o companheiro do seu irmão, por vezes, o fez olhar para Nathan diferente. Como seria, tomar um lobisomem com força de vontade como Nathan? Oh, Ryan sabia que Nathan não possuía apenas uma língua afiada. Nathan podia parecer duro por fora - o lobo submisso tinha que ser forte, tanto para si mesmo quanto para o seu irmão mais novo - mas Ryan viu vislumbres do outro lado de Nathan, um lado afetuoso que Nathan mostrava apenas a ele quando ele sentia perigo. Sem perceber, Ryan tinha tomado o caminho que ia à antiga instalação. Ele veio para uma parada súbita na falésia com vista para o laboratório de testes abandonados das Indústrias Alpine. Este tinha sido um lugar de pesadelos, de miséria.


Os seres humanos configuraram o laboratório antes mesmo de Ryan e o seu bando chegarem em Blue Moon. Este laboratório foi o motivo do Alfa da antiga matilha de Nathan decidir investigar e, no final, tomar as decisões erradas. Ryan se perguntou se Allie estava em uma instalação como esta. Recordando o equipamento médico abandonado, as gaiolas, e os dispositivos de tortura o fez ver vermelho novamente. Ryan queria nada mais do que afundar suas presas em um desses seres humanos. Melhor ainda, ele mataria todos eles, exceto que não havia nada aqui. Deus sabia que eles procuraram na instalação por pistas muitas vezes. Nathan deslizou mais perto até que seus casacos roçaram um contra o outro. Ryan perdeu um pouco da sua intensidade e ódio. Ele tinha vergonha de si mesmo por quase perder o controle do seu animal. Fazia um longo tempo desde que isto aconteceu. Não querendo ficar lá por mais tempo, Ryan começou a correr novamente. Deu-lhe alívio e conforto que Nathan seguia atrás dele, deixando-o assumir a liderança. Ryan levou-os a uma clareira aberta perto de uma fonte. Deitou-se, exausto. Nathan se juntou a ele. O lobo submisso rolou no seu estômago e se mexeu. Uma vez que ele era humano de novo, Nathan colocou a mão sobre os olhos e olhou para cima, para o céu. — Há uma abundância de estrelas esta noite. — Comentou Nathan. Ryan estava em cima do muro. Ele deveria mudar para humano também? Essa não era a melhor decisão a tomar. Sentado tão perto de Nathan, os aromas tentadores de Nathan acariciou suas narinas. Nathan não sabia o quão tentador ele era? Um brilho fino de suor cobria o corpo magro de Nathan.


Ryan queria nada mais do que a lamber e explorar cada polegada do seu prêmio. Espera. Nathan não era o seu prêmio ou seu nada realmente, apenas um convidado da matilha. Um anfitrião respeitável não teria pensamentos sujos quando se tratava dos seus hóspedes. Ainda assim, Nathan não precisava voltar para humano. — Ryan? Você ainda está acordado? — Nathan suavemente passou os dedos pelo seu pelo. Ryan soltou um rosnado de aviso, mas o lobo submisso não recebeu a mensagem. Nathan continuou a acariciá-lo. Isso era bom, Ryan decidiu. Ele colocou o focinho no peito de Nathan, observando Nathan a partir do canto do olho, enquanto Nathan continuou olhando para o céu. — Lembro-me de Kian estar interessado em astronomia. Era apenas uma moda passageira, mas economizamos para dar-lhe um telescópio digno de qualquer maneira. Depois que ele ficou enjoado dele, eu comecei a usá-lo. Gostaria de saber onde esse telescópio está. Ryan

fez

uma

pausa.

Quando

as

Indústrias

Alpine

enviaram

caçadores de recompensa atrás de Nathan e dos sobreviventes do antigo bando de Nathan, Nathan e o resto tiveram que deixar tudo para trás para escapar. — Você sabe. — Nathan falou. — Eu sinto como se estivesse falando sozinho. Então, novamente, você prefere ser um lobo do que um homem, não é? Ryan é claro, não podia dizer nada. — Tudo bem. — Nathan murmurou. Havia decepção na voz do lobo submisso. Ryan ainda estava perto de perder o controle. Seria tão fácil reivindicar Nathan como seu companheiro.


Deus sabia que Ryan tinha fantasiado sobre o que ele queria fazer com o corpo doce e sexy de Nathan. Você só vive uma vez. Essas foram as palavras de despedida de Noel. Ryan tinha a sensação de que o seu irmão estava falando de Nathan. Todos os outros membros do bando assumiram que eram um casal, apesar de não fazerem nada. Ryan era um covarde. Foda-se, ele nunca se afastou de um desafio toda a sua vida e, no entanto, ali estava ele, com medo de começar algo com Nathan. Nathan era exatamente isso. Depois que os pais de Nathan morreram quando ele era jovem, Nathan assumiu a criação do seu irmão. Desde então, Nathan esteve cuidando de Kian. No entanto, era o trabalho de Noel fazer isso. Certo de que ele estava tomando uma decisão que em breve se arrependeria, Ryan mudou. Ele teve o suficiente de esconder e evitar, porque um predador não agia como presa. Rolando em cima de Nathan, ele montou o lobo submisso, prendendo os braços de Nathan acima da sua cabeça. Ryan respirava com dificuldade. Porra. Ele estava fazendo isso errado, e sabia disso, mas teve problemas mantendo a lógica. Nathan simplesmente cheirava muito bem, e a sensação do seu toque na sua pele foi incrível. — Finalmente. — Disse Nathan. O lobo submisso não parecia assustado ou apreensivo como deveria. — Pare de me seduzir, eu não estou avisando novamente. — Inferno. Aquelas não eram as palavras que Ryan realmente queria dizer, mas não havia como retirá-las agora. — Seduzir você? Você concordou em ir para uma corrida, ou você esqueceu? Este pequeno lobo certamente tinha coragem. Era hora de lembrar Nathan quem era o dominante neste arranjo. — Você me quer, pequeno lobo? Aqui estou.


Capítulo Dois Nathan não podia acreditar que aquelas palavras saíram da boca de Ryan. Por um lado, o Beta tinha estado agindo quente e frio com ele durante o seu tempo aqui. Não havia nenhuma razão para ele ficar em Blue River. Nathan poderia ter voltado com Kian e Noel para Darkfall. Afinal, Darkfall não era mais um refúgio temporário, mas um lugar que Kian e ele poderiam possivelmente chamar de lar. No entanto, poderia Kian e ele ainda chamar Darkfall de casa? Durante muito tempo, era apenas seu irmão e ele. Naturalmente, havia outros membros da sua velha matilha, mas Kian era seu sangue e único membro restante da família. Quando Kian acasalou com Noel, Nathan sentiu como se tivesse sido separado da sua ligação com à realidade. Desde que seus pais morreram, ele sempre esteve com Kian e planejou seu futuro. Agora, Kian tinha sua própria vida, e ele não tinha mais um propósito. Não, isso não era verdade. Sergio, o alfa de Darkfall enviou Kian e ele para negociar com o bando de Noel e Ryan. Missão cumprida, mas ele ainda estava aqui. Nathan poderia segurar a si próprio em uma luta, mas não era um guerreiro ou valorizado na próxima luta contra as Indústrias Alpine. Ele sabia que Sergio estava reunindo outros bandos para montar uma ofensiva. Nathan


faria o que pudesse nos bastidores. Sua ausência não teria muito efeito. Pelo menos aqui, ele poderia ajudar Ryan. Antes que Noel e o seu irmão saíssem, Noel o levou para o lado e fez prometer que cuidaria de Ryan. Impedi-lo de fazer qualquer loucura. Como se alguém pudesse parar este lobisomem poderoso de fazer o que ele queria. Nathan sabia que ele levava Ryan ao limite. Eles eram noite e dia, opostos exatos, mas com Ryan ao redor, o mundo parecia um lugar completamente diferente. — Nenhuma resposta para mim? E eu pensei que você nunca ficaria sem palavras para dizer — Ryan comentou. As palavras de Ryan o arrastaram de volta à realidade. Nathan tinha dificuldade em pensar, especialmente com os músculos firmes do torso de Ryan esfregando-se contra os dele. Seu peito tocou, assim como as suas virilhas, e o seu pênis estava ficando duro a cada segundo. Nathan nunca escondeu seu interesse, mas isso era francamente vergonhoso. Ele estava agindo como um filhote de lobo jovem e com tesão. Milagrosamente, a língua de Nathan funcionou. — Você me colocou em uma posição difícil. Como você espera que eu responda quando você está em cima de mim e me segurando? — Diga-me para ir ao inferno e eu não vou tocá-lo novamente — disse Ryan. O lobo dominante segurou seus pulsos. A aderência era firme, mas sem contusões. Nathan sempre gostou de ser amarrado ocasionalmente durante o sexo. Não que qualquer cara com quem ele tenha saído fosse tão esmagador. Alguma parte dele tinha esquecido o que exatamente era Ryan. As pupilas de Ryan ficaram amarelas. Na maioria das vezes, o lobo dominante


escondia bem suas emoções, mas algo havia mudado esta noite porque não havia nada além de fome letal lá. Nathan sentiu o mesmo. Semanas jogando este jogo quente e frio o desgastou. Só serviu para construir a tensão entre eles. Ryan se inclinou, cheirando e lambendo o lado do seu pescoço. Ele gemeu quando Ryan mordiscou o seu pulso. — Não consigo te ouvir. — Eu não me assusto fácil. Apesar das palavras ousadas, ele não se sentia nem um pouco bravo. Nathan pensou que sabia o que ele queria, mas finalmente entendeu, o que quer que fosse não havia volta. Isso não era uma conexão ou algo temporário. O calor entre eles queimava muito quente. — Beije-me, — Nathan sussurrou aterrorizado que Ryan iria rejeitálo. Aconteceu que ele não tinha nada com que se preocupar. Ryan selou seus lábios e acendeu o fogo dentro deles, transformando-o em um inferno. Não foi um beijo gentil. Ryan beijou áspero e duro, exatamente como Nathan queria. Suas línguas e dentes emaranhados. Mantendo uma mão nos seus pulsos, Ryan moveu a outra pelo comprimento do seu corpo. Nathan estremeceu quando as pontas dos dedos de Ryan roçaram o seu mamilo esquerdo, dando ao broto um puxão. A ligeira dor só adicionou uma vantagem adicional para a pressão crescendo dentro dele. Deus. Eles nem tinham feito nada e, no entanto, Nathan podia gozar ali mesmo, naquele momento. Ele se conteve, não querendo estragar o momento. Ryan encontrou o seu pênis e começou a acariciar. Encontrou-se empurrando seus quadris na mão de Ryan. O lobo dominante puxou a boca para longe, o olhar nunca


deixando o dele. Isso era tão intenso, a maneira como Ryan continuava a olhar para ele como se ele fosse algo digno de devorar em pedaços pequenos. — Você gosta da minha mão enrolada em torno do seu pênis, pet? — Ryan sussurrou contra a sua orelha, fazendo-o estremecer. — Você sabe que sim. ― É isso o que você quer, que lhe masturbe? Nathan engoliu em seco. — Não. — Diga-me. Quem era esse homem lindo e brincalhão? Era assim que Ryan era uma vez que ele deixava todas as barreiras cair? Corando, Nathan fez. Ele não sabia quanto tempo esse clima iria durar, mas ele planejava tirar proveito de cada segundo com Ryan assim. — Eu quero o seu pênis em mim. — Você quer? — Sim. Por favor. — Por favor, — Ryan meditou. ―- Gosto dessa palavra. — Por favor, foda-me, com uma cereja no topo? — Nathan perguntou. O riso borbulhou da boca de Ryan, inesperado e despreocupado. Atônito, ele só podia olhar. O Beta deveria rir mais vezes. Era um som tão agradável. Ryan tinha um belo sorriso também, mas aqueles eram reservados apenas para momentos especiais. Era compreensível. Nathan não saberia o que fazer se suas posições fossem reservadas e Kian tivesse sido levado pelas Indústrias Alpine para experimentação. — Ainda não. Quero ouvir você gritar meu nome. Ryan trabalhou no seu pênis mais rápido, bombeando para cima e para baixo. Justo quando Nathan estava prestes a explodir, Ryan pegou o pré-


sêmen fora do seu pênis e lambeu-o. A visão estava além de despertar. Ele gemeu, mas Ryan deu um apertão de advertência. — Não faça sem minha permissão — advertiu Ryan. Ele gemeu. — Isso é difícil. — Faça isso por mim. — Eu recebo um prêmio? — Nathan perguntou com um sorriso, mas ele logo perdeu a linha de pensamento. Ryan deslizou seu punho em torno do seu pênis mais rápido, e Nathan sabia que ele não seria mais capaz de conter o seu orgasmo se isso continuasse. — Talvez. — Ryan afastou o pré-sêmen na sua ponta e deu um aperto. Nathan estava tão perto, e Ryan devia ter percebido isso também, porque o lobo dominante disse: — Me dê sua rendição, Nathan. Faça. A pressão dentro dele chegou ao limite. Com um grito, Nathan explodiu, cobrindo a mão de Ryan com o seu sêmen. Apesar da sua mente enevoada, ele registrou o choque quando Ryan levantou sua mão molhada para seus lábios e lambeu. Desesperado para ter um gosto dos dois, Nathan agarrou a mão de Ryan e lambeu-o. O grande lobo riu. — Você vai me foder agora? — Perguntou Nathan. — Não aqui. Cabana. Sem aviso, Ryan mudou para o lobo. Amaldiçoando em voz baixa, Nathan deixou o seu lado humano e mudou para o seu animal. Ryan já tinha uma vantagem, mas não importava. Nathan conheceu esses bosques, uma vez. Quando Kian e ele foram mordidos pela primeira vez por um lobisomem e suas vidas mudaram para sempre, eles praticaram a mudança nestas florestas. Eles aprenderam a amar correr em quatro patas em vez de duas e ouvir o som da natureza.


Foi também ao redor dessa parte que encontraram seus velhos companheiros de matilha sobreviventes, incluindo Logan e os outros, bem como aqueles que morreram. Havia memórias positivas aqui e também algumas não tão boas. A floresta era um refúgio seguro até que os seres humanos o transformassem exatamente no oposto - um lugar de medo e pesadelos. Felizmente, Ryan sugeriu que levassem isso de volta para a cabana. Nathan não pensou que ele quisesse se lembrar da sua primeira vez com Ryan perto do laboratório experimental. Eles voltaram rapidamente à cabana, mudando a pele de lobo para a pele humana. Ryan terminou primeiro a mudança e Nathan levou aqueles próximos segundos para admirar o lindo e dominante lobisomem. De pé, cada centímetro de Ryan estava coberto de músculos. Um brilho fino de suor cobria o corpo de Ryan, aumentando a dor dentro de Nathan. Ryan passou sua mão através do seu cabelo preto curto e finalmente olhou para ele. — O que você está esperando, pequeno lobo? Mudou de ideia? De jeito nenhum. Nathan estava de volta na pele humana, ofegando um pouco da corrida. A adrenalina ainda percorria suas veias. Quem poderia imaginar que jogar de perseguição com outro lobo poderia deixá-lo tão excitado e necessitado? Então novamente Ryan não era um estranho, mas seu companheiro. Nathan sabia desde o começo, mas o lobo dominante estava além de teimoso. Não importava. Nathan era conhecido por ser persistente, por tentar arduamente. Olhe para onde isso o levou. Ryan finalmente admitiu. Além disso, Ryan não seria de nenhuma ajuda se ele continuasse nesse caminho. Ryan se preocuparia até a morte, e Ryan já tinha os outros lobos em casa na borda. Nathan poderia ajudá-lo a relaxar, ajudar a limpar sua mente e pensar objetivamente.


Ryan resmungou. — Estou indo tomar um banho. — Quer alguma companhia? — O banheiro é bem pequeno. Era um desafio? ― Vamos encaixar. Não vou ocupar muito espaço. — Vem então.

Capítulo Três Ryan liderou o caminho. Havia dois banheiros na cabana. Um deles era no quarto principal e o segundo era comum a todos. Noel e Kian geralmente se hospedavam no principal, mas Nathan sabia que Ryan mudou para lá temporariamente. Nathan seguiu Ryan, notando que o quarto estava agora cheio com o material de Ryan. Ele sabia disso, porque tinha entrado furtivamente no quarto de Ryan quando o grande lobo não estava olhando. Depois de passar rapidamente para o banheiro, Ryan entrou. De repente, Nathan sentiu-se um pouco tímido. Ryan mencionou secamente uma vez que Nathan tinha de ter calma com a sua aparência e construir, que Nathan não tinha problemas para encontrar amantes. Isso não era verdade em tudo. Nathan tinha cuidado de Kian toda a sua vida, ele nunca teve tempo para namorar, apenas encontros rápidos. Essas experiências preenchiam a necessidade dentro dele, mas apenas por um


momento. Depois disso, ele só se sentia dormente e oco. O que Nathan realmente queria era um companheiro para cuidar, alguém para amar. Era pedir muito? Em tempos de incerteza como estes, era melhor entender o que estava na sua frente. Isso tinha sido o conselho de Kian para Nathan antes de Kian sair. Nathan tinha a sensação de que o seu irmão mais novo tinha falado sobre Ryan. Mesmo

os

companheiros

da

matilha

de

Ryan

deram-lhes

a

privacidade quando possível, como se eles também reconhecessem que Nathan era o companheiro de Ryan. Tudo o que Ryan precisava fazer era dar esse salto final. Ryan estava certo. Ao entrar no banheiro, Nathan percebeu o espaço do pequeno chuveiro. Sua boca ficou seca com a visão de Ryan, com os olhos fechados quando a água descia em cascata para baixo no seu corpo. — Entre, pet. — Ryan falou sem olhar para ele. Junte-se a mim se você tiver coragem, foram as palavras não ditas. No momento em que Nathan entrou em cena, Ryan abriu os olhos, agarrou seus ombros e puxando-o para outro beijo entorpecente que foi direto para o seu interior. Quando Ryan o soltou, Nathan caiu de joelhos, ansioso para retribuir o favor. Os olhos de Ryan brilhavam dourados com pura luxúria. Ele gemeu quando Ryan agarrou seu cabelo e colocou o seu pênis entre os lábios. Não precisando de instruções, Nathan começou a trabalhar. Ele queria provar primeiro. Com a língua para fora, ele lambeu o pré-sêmen na ponta de Ryan. Outro puxão insistente no seu cabelo, pedindo para Nathan abrir a boca e tomar o pênis de Ryan entre os lábios. Ele engasgou com o tamanho de Ryan na primeira tentativa. A segunda foi melhor. Em seguida, Nathan inclinou a cabeça para cima e para baixo. Ele foi encorajado pelos sons de prazer que o lobo dominante emitia.


— É o bastante. Quero terminar em você. — Ryan praticamente rosnou as palavras. Nathan puxou sua boca longe do pênis de Ryan, lambendo os lábios em antecipação. Seu próprio pênis estava duro e necessitado. — Como você me quer? — Perguntou Nathan. Ryan arrastou-o a seus pés e girou-o até a frente de Nathan pressionar contra os azulejos lisos. Nathan esfregou seu pênis contra a parede, gemendo quando Ryan deu um beijo na parte de trás do seu pescoço. — Espere aqui — Ryan ordenou. Nathan ouviu Ryan saindo e um armário sendo aberto. Ele roubou uma espiada por cima do ombro e viu Ryan agarrando o lubrificante. O lobo dominante voltou segundos depois, posicionando-se atrás das costas de Ryan. Nathan descansou sua testa contra a parede. Seu corpo inteiro se sentia febril, ardendo de desejo. Ryan empurrou suas pernas mais afastadas, e Nathan se contorceu quando Ryan escorregou um dedo para dentro dele. — Tão apertado — Ryan murmurou. — Diga-me, pet. Quantos homens tiveram você? — Uns poucos, mas eles não significaram nada para mim. — E eu significo? Nathan gemeu quando Ryan colocou um segundo dedo nele. — Você sabe a resposta para essa pergunta. — Diga-me de qualquer maneira. — Você é meu companheiro, e eu sou seu. Por que você vem lutando tão duro? É por minha causa? — Nathan ouviu o desespero na sua própria voz, mas ele não se importou. Ele tinha que saber se Ryan encontrou falhas nele de qualquer forma. — Não é você, pet. — Ryan beijou-o entre as omoplatas. Puxando os dedos para fora, Ryan empurrou-os de volta e enrolou. O dominante deve ter


roçado a glândula de Nathan porque um suspiro rasgou fora dele. A sensação era incrível, e Nathan pediu-lhe para fazê-lo novamente. Ryan obedeceu, fazendo-o choramingar. — Então por quê? — Perguntou Nathan. — Eu não quero decepcioná-lo. Se você me conhecesse, você não gostaria de ser acasalado a um cara como eu. Já fiz muitas coisas na minha vida, algumas ações que lamento. Foda, você mal me conhece. — Nós todos fizemos coisas que nos arrependemos, e já vi o suficiente. Você é feroz e leal ao seu irmão, a sua matilha. Você não hesita quando alguém pede sua ajuda, — Nathan apontou. — E isso é o suficiente? — Isso é o suficiente. Ryan esfregou o seu pescoço e acrescentou um terceiro dedo. O lobo dominante sussurrou no seu ouvido: — Então eu não sei por que esperei tanto tempo. Puxando os dedos para fora, Ryan agarrou suas mãos e as colocou sobre a sua cabeça. — Mantenha-as aí — Ryan ordenou. O lobo dominante adicionado mais lubrificante no seu ânus. — Você está pronto para mim, Nathan? — Claro que sim. Você não pode saber quanto tempo eu esperei. — Você tem sido um bom lobo — Ryan admitiu. — Agora, eu quero ouvir você gritar o meu nome quando eu bater dentro deste pequeno e doce traseiro. Ele estremeceu com essas palavras, espalhando suas pernas abertas. Nathan sentiu Ryan esfregando o pênis molhado contra o seu ânus, provocando, mas não empurrando para dentro.


— Por favor — implorou Nathan. — Eu não sei quanto tempo eu posso aguentar. — Eu posso sentir o seu cheiro, pet. Você está tão duro por mim, e eu não estou dentro de você ainda. — Isso é o que você faz comigo. Ryan soltou um grunhido possessivo que causou arrepios na espinha de Nathan. Nathan entendeu que, uma vez indo por este caminho, não haveria como voltar atrás. Não importava. Ele estava pronto, e ele não se arrependeria. Ele foi sincero com Ryan. Nas últimas semanas, ele assistiu o lobo dominante como um animal enjaulado. Muitos dias se passaram, e eles tinham brigado e passado muitas horas juntos. Ryan afirmou que Nathan não sabia tudo dele, mas Nathan tinha visto o melhor neste homem. Ele sabia no fundo do coração que Ryan era seu companheiro, e isso significava aceitar todos os defeitos e imperfeições um do outro, o bom e o ruim. — Pare de jogar. Eu preciso de você em mim, por favor — Nathan murmurou. Ryan

empurrou.

Seus

olhos

se

arregalaram

ligeiramente,

subestimando a grossura de Ryan. Um gemido saiu dele quando Ryan começou a empurrar a si mesmo. — Respira — Ryan instruiu. Nathan respirou dentro e fora. Esta era uma espécie de doce tortura, ele percebeu. Uma vez que a cabeça do pênis de Ryan passou o seu anel apertado de músculos, ficou muito mais fácil. Ryan estava totalmente dentro dele, e Nathan podia sentir as bolas do lobo dominante roçando o seu traseiro. — Tão grande, — ele sussurrou. — E você é tão foda apertado, Bebê. Você se sente incrível. — O comentário de Ryan o fez corar furiosamente. Ryan não percebeu. — Eu vou


fazer você se sentir tão foda incrível, que você não irá mais desejar o pênis de outro homem depois que eu acabar com você. — Eu não quero ninguém além de você — Nathan confessou. Depois disso, Ryan virou seu cérebro em mingau. Ryan martelou dentro e fora dele, caindo em um ritmo constante. Nathan teve a impressão de que

Ryan estava sendo

cuidadoso, certificando-se

que

Nathan estava

usufruindo disso. — Mais rápido, por favor — suplicou ele. Ryan obedeceu. Cada golpe era mais profundo, mais rápido, como se Ryan tivesse a intenção de violar seus lugares mais íntimos. O banheiro caiu da sua linha de visão. Tudo o que importava era Ryan e ele se unindo. Nathan também podia sentir os lobos, entrelaçando em torno de si na familiaridade. Os animais sempre souberam o que eram um para o outro - metade que faltava um do outro. Portanto, isso era o que parecia, encontrando a mente, pensou Nathan. Ryan deve ter mudado o ângulo porque o próximo impulso de Ryan atingiu o seu ponto doce. Um suspiro rasgou fora dele. Nathan agarrou a parede. Ryan apertou seus braços nos quadris de Nathan e roço u sua próstata novamente. Prazer preenchendo-o. — Toque-se, — Ryan ordenou. Ele fechou os dedos em torno do seu pênis e começou a acariciar. Deus. Nathan estava prestes a gozar, e ele sabia disso. — Por favor, eu não acho que posso durar. — Faça, goze para mim novamente — disse Ryan, para seu alívio. Com um grito, a mente de Nathan se desmanchou. Ele entrou em erupção, derramando o seu sêmen em toda a parede do chuveiro. Ryan bateu nele várias vezes e Nathan sabia que não iria demorar muito agora. O instinto


lhe fez oferecer o pescoço para Ryan. O lobo dominante não hesitou. Ryan pôs a boca no lado do seu pescoço, lambendo o pulso antes de encontrar o ponto certo entre o ombro esquerdo e o pescoço. Ryan gritou seu orgasmo, disparando sua carga dentro do seu traseiro. Ao mesmo tempo, o lobo dominante desembainhou suas presas e mordeu. Nathan gritou tanto da dor lancinante e do prazer inacreditável. Ele estremeceu, gemendo enquanto Ryan estendia a mão para o seu lobo. Os dois animais delimitados em um nível espiritual, tornando-se um. Nathan não estava mais sozinho, porque sua força de vida agora estava intimamente ligada ao seu poderoso e incrível companheiro. Ele quase caiu contra a parede quando Ryan tirou suas presas, mas Ryan rapidamente o pegou. Os braços musculosos em volta dele. Ryan o tratou com uma delicadeza inesperada, ligando o chuveiro para limpar os dois. Após enxuga-lo, Ryan emprestou-lhe uma calça e uma camisa confortável, dois tamanhos muito grandes para ele. Não importava. Nathan cheirou a camisa, farejando o cheiro familiar de Ryan sobre ela. Ryan ofereceu para sentá-lo no balcão do banheiro e pegou um kit de primeiros socorros para desinfetar e enfaixar sua ferida. — É toda essa agitação necessária? — Perguntou Nathan. — Não dói tanto assim. Ryan bufou. — Uma vez que o êxtase pós-orgasmo desgasta, você vai sentir isso. — Então tudo que você precisa fazer é me fazer gozar novamente. Ryan parecia divertido. — Exigindo pequeno companheiro. — O seu companheiro, — Nathan corrigido. Quando Ryan sorriu, ele estava quente por toda parte, como se o mundo finalmente fizesse sentido.


— Meu — Ryan concordou.

Capítulo Quatro Muito tempo depois de Nathan adormecer, Ryan ainda permanecia acordado,

imaginando

maravilhosamente

como

diabos

submisso,

mas

ele

acabou

com

ocasionalmente

um um

companheiro companheiro

altiloquente1. O lobo submisso se aconchegou alegremente em seus braços, roncando levemente. Ver o pescoço enfaixado de Nathan provocou impulsos super protetores dentro de Ryan. Ele nunca se sentiu assim. Como Beta, era seu trabalho ver se todo mundo estava bem, mas não assim. Ele mataria qualquer um que se atrevesse a prejudicar quem legitimamente pertencia a ele. Não era apenas isso. A presença de Nathan o acalmou, acalmou a tempestade prestes a quebrar dentro dele. Eventualmente, Ryan adormeceu, satisfeito por sentir a ascensão e queda do peito de Nathan contra ele. Uma voz o acordou horas depois. Ele ainda precisava de várias horas de sono. Através dos laços do bando que o ligava e aos outros membros da Matilha Ruby de Sangue, ele sabia que todos estavam de volta. Melody estava provavelmente com Aaron, o filhote de leão que o bando adotou. Mal e Russ estavam ao redor também, provavelmente fazendo suas patrulhas de costume.

1

Altiloquente: adjetivo de dois gêneros que se exprime com estilo grandioso, com alta eloquência; que fala com facilidade; altíloquo.


Ryan e Nathan poderiam liberá-los dos seus deveres mais tarde. Ele estava prestes a voltar a dormir, mas algo não parecia certo. As energias de Mal e Russ nos laços do bando estavam agitados, e as vozes ficavam cada vez mais altas. Apesar de não querer, ele se separou de Nathan. — Não, volta. ― Nathan murmurou no seu sono. Ryan colocou seu travesseiro nos braços de Nathan e o ômega começou a acariciar o travesseiro. Droga. Deveria ser ele. Se Mal e Russ tivessem começado uma discussão estúpida, ele iria perder a paciência. Ryan encontrou um jeans limpo na pilha de roupa desarrumada no chão e deu de ombros. Ele saiu do quarto, fechando a porta silenciosamente atrás dele para não acordar Nathan. Como sempre, encontrou Melody na cozinha, preparando o café da manhã. Aaron, em forma de filhote de leão, estava perseguindo uma bola no balcão da cozinha. — O que está acontecendo? —

Mal

e

Russ

estão

discutindo

com

dois

shifters

falcão.

Aparentemente, eles encontraram os dois caras nas fronteiras do nosso território. — Por que ninguém me acordou? ― Ele perguntou. A loira lhe deu um olhar por cima do ombro, mas continuou cuidando do bacon na panela. O cheiro fez o seu estômago rosnar, fazendo ele se lembrar de Nathan e que ele não comeu nada na noite passada. — Você parecia ocupado, e já era hora de você reivindicar Nathan. Ryan não disse nada por alguns segundos. — O que? Acha que nenhum de nós notou? Você estava muito pior antes que Nathan começasse a incomodá-lo. Ele é uma boa influência e Mal e Russ o consideram um cara decente. Eh, eles gostam de Nathan mais do que de Kian.


Melody colocou o bacon recém-cozido em um prato com papel. Quando Aaron conseguiu roubar um, Ryan agarrou o filhote de leão e esfregou sua cabeça. — Mal e Russ estão ficando barulhentos. Vou verificá-los. Quando Aaron tentou golpeá-lo com sua pata minúscula, ele riu e colocou o filhote de leão longe do prato de bacon. — Isso. ― Melody disse suavemente. — Não me lembro da última vez que riu assim desde que Allie desapareceu. A culpa o atingiu duas vezes mais forte, mas Melody, apesar de não ser de sangue, também era como uma irmãzinha para ele. Ela o conhecia muito bem aparentemente, porque ela disse. — Não. — Não o que? — Comece a se sentir culpado, isso é injusto com Nathan. Ele realmente quer ajudar e não se esqueça. Nathan poderia ter ido com Noel e Kian para Darkfall, mas ele ficou com você. Ryan soltou um suspiro. — Eu sei. Ele é importante para mim também, e ele é meu agora. A discussão lá fora cresceu um passo mais alto e foi seguido por rosnados. — Eu estou indo lá fora, fique aqui. Melody revirou os olhos. — Os dois irmãos parecem inofensivos. — Como você sabe que eles são irmãos? — Espiei lá fora, eles parecem gêmeos, mas se eles pretendessem nos prejudicar, eles teriam atacado Russ e Mal por agora. Melody tinha um ponto, mas Ryan estava desconfiado de outros shifters. Como um bando itinerante, eles não confiavam facilmente em outros.


Demorou muito para o seu irmão confiar em Sergio e na Matilha Darkfall, mas isso era diferente. Até mesmo Ryan sabia que se aliar com a Matilha Darkfall estava

entre

as

decisões

mais

sábias

que

eles

tomaram.

Eles

compartilhavam um propósito em comum. Uma vez que eles tivessem Allie de volta, Ryan queria se livrar das Indústrias Alpine. No entanto, nem todos os grupos de animais compartilhavam os mesmos sentimentos. Alguns ficaram aterrorizados com esses humanos e decidiram se virar contra seu próprio tipo. O pensamento o deixou doente. Ryan se afastou, fechando a porta da frente atrás dele. Mal e Russ ambos pareciam chateados, à beira de mudar de forma e resolver o argumento com garras e presas. Ele entendeu o que Melody queria dizer. Os dois shifters falcão pareciam gêmeos, com cabelos loiros e olhos verdes. A maioria dos shifters aves não possuía um corpo construído, ao contrário da maioria dos shifters predadores terrestres, mas estes dois tinham um corpo magro. — Ryan. ― Mal disse. — Podemos lidar com isso. Volte para o seu companheiro. Aparentemente, todo mundo sabia sobre sua ocupação na noite anterior. Droga. Talvez os membros do seu bando planejaram tudo, deixando Nathan e ele sozinhos na cabana ontem. Bem, não importava. Por enquanto, ele tinha que usar sua máscara Beta. Ele se colocou entre Mal e Russ e os dois shifters falcão. Se os intrusos não tinham feito um movimento, o que eles queriam? — Eu sou Ryan Sandoval, Beta da Matilha Ruby de Sangue. O que vocês estão fazendo no nosso território? Os shifters falcão pareciam perder um pouco do seu controle e deram olhares um ao outro. O mais alto e mais assustado da dupla falou.


— Eu sou Kayden, e este é meu irmão mais novo, Tanner. Nós estamos procurando você ou seu irmão Noel. Ele estreitou os olhos. Tanto Mal quanto Russ rosnaram, mas ele ergueu a mão, e os dois homens ficaram quietos. Sem Noel, ele era o responsável. — Por quê? — Nós não viemos aqui procurando um confronto. Fomos informados de que você e o Alfa do seu bando estão procurando informações sobre o desaparecimento da sua irmã. Kayden soltou um suspiro. O shifter falcão parecia muito sério, muito intenso como seus olhos fixos contrariado. — Nosso irmão mais novo, Kenneth, desapareceu no mesmo dia em que a sua irmã. Tanner continuou. — Ken acabou de completar dezoito anos, devíamos comemorar indo para Las Vegas. Estivemos correndo cegamente como você está depois que ele desapareceu. — Como soube da minha irmã? ― Ele perguntou. — Somos aliados da Matilha Darkfall. Nos disseram para deixar baixo, para que esperássemos até que reunissem informações suficientes, mas não podemos esperar mais. Nós fomos contra os desejos do nosso bando e decidimos nos aproximar depois de saber que você estava no mesmo barco. ― Kayden respondeu. Ryan relaxou, mas isso não significava que ele iria baixar a sua guarda completamente. No entanto, ele poderia se relacionar com esses dois. Kayden e Tanner provavelmente entenderiam a profundidade da sua dor, sabiam como se sentia quando falhavam com o seu próprio sangue.


Os outros membros do bando sofreram a mesma perda, mas não na mesma escala que Ryan ou Noel. Como irmãos mais velhos de Allie, eles deveriam ter estado com ela, ou no mínimo, ter impedido que algo assim acontecesse. — Entrem, temos muito o que conversar. Russ, continue patrulhando a área. Mal, venha comigo. Seus membros do bando obedeceram e não discutiram, embora pudesse sentir sua desaprovação. Não importava. Ryan queria ouvir o que Kayden e Tanner tinham a dizer. Seu grupo entrou na cozinha. Nathan estava acordado e ajudando Melody a preparar a mesa. Percebendo os dois pratos extras, ele adivinhou que Melody tinha atualizado Nathan sobre a situação. Como Melody achava que esses shifters falcão não eram inimigos, ele não sabia. Kayden e Tanner pareciam surpreendidos pela calorosa recepção de Melody. — Sentem-se, há bastante comida para todos. Não se preocupe, nada está envenenado. ― Ela acrescentou com uma piscadela. — O café está no balcão da cozinha se alguém quiser um pouco. Precisando de cafeína, Ryan se dirigiu para a cozinha enquanto o resto se acomodava em volta da mesa. Ele encontrou seu companheiro lá. Nathan lhe entregou uma xicara e preparou o café exatamente como Ryan gostava, preto com açúcar. — Você está surpreendentemente doce esta manhã. ― Ryan observou. Ele manteve sua voz baixa, para não deixar os outros na sala de jantar ouvir. Nathan bufou. — Eu estou com raiva, você saiu da cama sem me dizer. Ryan resmungou.


— Discutiremos isso em breve. Nathan suspirou. — Eu ouvi o que vocês estavam falando. Vocês não estavam exatamente falando baixo. Esses dois têm alguma informação, vamos ouvir. Ryan pareceu surpreso. — Eu pensei que você seria contra, como Mal e Russ. Nathan sacudiu a cabeça. — Não há nada de errado em ouvi-los. Alguém limpou a garganta, era Tanner. — Ouvi dizer que posso tomar café aqui. — Claro, vou pegar uma xicara para você. Nathan pegou uma xícara de reserva dos armários. Seu companheiro parecia saber onde estava tudo. Então, novamente, não era surpresa. Quando Melody estava ocupada, Nathan assumia a cozinha. Surpreendentemente, Nathan podia cozinhar. Nathan admitiu que fazia refeições para Kian ao crescer. Nathan derramou uma xicara para Tanner e entregou a ele. — Sou Nathan a propósito. — Meu companheiro. Ryan sentiu que precisava acrescentar isso, embora fosse mais territorial do que pretendia. Tanner piscou. — Eu vejo, prazer em conhecê-lo, Nathan. Não se preocupe. Eu tenho um companheiro também, Beta. Ele não está exatamente feliz comigo no momento, mas ele entende por que eu tinha que fazer isso com Kayden. — Os companheiros podem ser possessivos, certo? ― Nathan apontou.


Ryan olhou para o seu companheiro, mas isso iluminou Tanner, que riu. — Absolutamente, mas não podemos viver sem eles. ― Tanner acrescentou. — Eu acho que vamos nos dar bem. ― Nathan disse com um sorriso. Eles não falaram muito durante o café-da-manhã. Kayden e Tanner pareciam estar com fome e comeram a maior parte do bacon e waffles. — Desculpe. ― Tanner disse, parecendo envergonhado. — Nós estivemos voando durante dias, tentando chegar a Blue River. — Você mencionou que o seu bando não está feliz com você dois desobedecendo ordens. ― Ryan disse. Kayden assentiu. — Era um risco que decidimos correr. Nós também obtivemos algumas informações sobre uma instalação aberta recentemente dirigida pelas Indústrias Alpine a três cidades de Blue River. Suspeitamos que nosso irmão e a sua irmã foram levados para lá. — Você tem prova? ― Mal interrompeu. — Deixe ele falar. ― Ryan disse, irritado. Esta foi a primeira informação real que eles obtiveram, e Ryan estava cansado de Noel não compartilhar. Ele sabia muito bem o que seu irmão queria dizer, mas Noel provavelmente estava com os lábios apertados porque Noel sabia que Ryan faria algo impulsivo assim que tivesse informações sólidas sobre Allie. Foda-se Noel. — Você não percebe? Você está muito cego pelo desaparecimento de Allie para pensar direito. ― Mal disse. Irritado, Ryan estava fora da sua cadeira em segundos e tinha Mal pela garganta. — Me diga essas palavras de novo.


Mal não recuou. — Todos nós podemos ver. Seu julgamento está nublado. Nós não podemos confiar nestes shifters falcão, e você lhes dá boas-vindas na nossa casa. — Eu tomo a decisão aqui, ou você esqueceu quem é o Beta aqui? ― Ryan praticamente rosnou as palavras. Aaron começou a chorar. Melody pegou o filhote de leão pela mão e o levou para fora. — Talvez você não esteja apto a ser Beta. ― Mal respondeu. — Você vai me desafiar pelo cargo, Mal? Você vai perder. ― Ryan disse. Ele sabia que isso não era certo, que eles não deveriam estar discutindo na frente de estranhos, mas impondo uma frente unida em vez disso. Ryan não se importava. Estava cansado de esperar. É verdade, a presença de Nathan ajudou. Se o seu companheiro não estivesse lá, Ryan já teria quebrado o pescoço de Mal agora. — Eu não me importo se eu perder. Você precisa colocar sua cabeça no jogo. ― Mal ressaltou. — Ryan, se acalme. ― Nathan se juntou a conversa. Ele olhou para o seu companheiro. — Você vai me dizer o fazer também, Nathan? Nathan balançou a cabeça rapidamente. — Você sabe que eu sempre estarei ao seu lado, mas não há motivo para machucar Mal. Ele está apenas expressando suas preocupações. Nathan tinha razão. Empurrou Mal de volta para sua cadeira, consciente do que tinha feito. Em alguns dias, Ryan já não se reconhecia. Mal se levantou do assento, parou ao lado de Nathan, apertou o ombro de Nathan e saiu. Merda. Ryan não estava lidando bem com essa situação.


— Tanner e eu planejamos pegar Ken, junto com sua irmã e vários outros. Nós fizemos um pouco de reconhecimento a alguns dias atrás. Uma fonte confiável do bando tinha tirado algumas fotos. Elas não são claras, mas são suficiente. Podemos mostrar para você. ― Kayden propos. Fotos? Esses shifters falcão tinham provas físicas dos cativos capturados pelos humanos? Ryan podia sentir sinceridade na voz de Kayden. Esses dois simplesmente queriam resgatar seu irmão, e a sua história fazia sentido. A Matilha Darkfall usou seus aliados aves como espiões, e não podia haver nenhuma razão para que os irmãos mentissem. — Quero ver estas fotos primeiro. Tanner assentiu. — Vou trazê-las aqui. Meu irmão explicará o resto do seu plano. Uma vez que Tanner saiu, Kayden continuou. — Uma vez que vimos o tamanho da instalação, sabíamos que não poderíamos fazer este trabalho sozinho. Nós encontramos outros shifters cujos amigos ou membros da família foram levados, mas eles estavam muito assustados para fazer qualquer coisa. Ryan entendia a frustração na voz de Kayden, porque antes da Matilha Darkfall oferecer ajuda, ninguém queria oferecer qualquer informação sobre as Indústrias Alpine. As pessoas também estavam assustadas que um dos seus seriam levados e nunca voltaria. Sem dizer nada por alguns instantes, Ryan olhou pelas janelas. A raiva brotou dentro dele quando notou Mal, Russ e Melody conversando. Nathan se aproximou dele e lhe deu um abraço apertado. Era exatamente o que ele precisava. Nathan olhou para ele com olhos preocupados e Ryan soltou um suspiro. Ele sabia que Nathan iria ficar com ele, não importa o que e isso lhe deu conforto.


— Os membros da minha matilha não podem ajudar. ― Ele disse. Sem mencionar, que ele provavelmente não contaria a Noel sobre sua decisão. Mesmo que Tanner ainda estivesse pegando as fotos, Ryan já tinha feito sua escolha. — Está bom. Uma equipe de quatro homens é suficiente. Nós não planejamos lutar contra os humanos ou causar uma guerra. Simplesmente pretendemos libertar os sequestrados. Meia hora depois, ouviu um carro parando na entrada da garagem. Tanner entrou na casa, estendendo uma pasta grossa. Isso atraiu o interesse dos outros membros da matilha. Mal seguiu o shifter falcão. Tanner lhe entregou o arquivo. — Antes de abrir isto, esteja preparado. Ryan lhe deu um curto aceno. Nathan o soltou, mas felizmente permaneceu ao seu lado. Sem seu companheiro, Ryan não tinha certeza de que ele poderia invocar a força necessária para passar pelas fotos sozinho. As primeiras imagens não eram tão ruins. Elas pareciam o exterior da instalação abandonada em Blue River. Uma vez que Ryan chegou às fotos dos cativos, ele se firmou. A miséria estava escrita por todos os rostos dos cativos. Eram todos magros, provavelmente esfomeados e todos usavam trapos ásperos semelhantes. A foto borrada de um grupo de shifters amontoados em uma única cela não destinada a caber uma dúzia de prisioneiros chamou sua atenção. O reconhecimento o atingiu quando ele espiou a mulher na extrema direita. Ele engoliu em seco. A jovem com o sorriso vibrante, que ansiava pela vida, tinha desaparecido. Allie parecia pálida, machucada e derrotada. Essa mulher podia usar os traços da sua irmã, mas tinha dificuldade em acreditar que era ela. Não, definitivamente era Allie. Mesmo a foto não podia esconder a marca de nascimento em forma de coração no lado esquerdo do pescoço. Ele


não estava ciente de deixar sair um barulho sufocado. Nathan fechou sua mão sobre a dele e deu um aperto. — Qual delas é ela? ― Nathan perguntou suavemente. Ryan apontou para Allie. — Quando foi tirada? ― Ryan perguntou. — Há três dias. De acordo com nossa fonte, os seres humanos estão preparando esses cativos para uma experiência maciça. É por isso que precisamos nos mover em breve. Kayden gesticulou para um jovem de cabelos castanhos assustados a direita de Allie. — Esse é o Ken. Pensar sobre o que esses seres humanos estavam fazendo com sua irmãzinha o fez ver vermelho. Nathan começou a acariciar seus nós dos dedos, o acalmando ligeiramente, mas não era suficiente. — E você confia nessa fonte? ― Mal finalmente perguntou. — Paul é humano, mas ele desaprova o que está sendo feito aos shifters. ― Tanner respondeu. — Podemos confiar nele. — Não podemos confiar apenas na sua palavra. ― Mal disse. — Não existe nenhum ‘nós’. ― Ryan finalmente disse, encontrando o olhar do outro homem. — Eu vou com eles, quer você goste ou não. — Nós temos que contar a Noel sobre isso. ― Mal interrompeu. — Prossiga. Veja se eu fodidamente me importo. ― Ryan respondeu. — Eu vou com você. ― Nathan disse, olhando nos seus olhos. — Não me diga para ficar aqui, por favor. Eu só vou atrás de você. Ryan assentiu. Ele preferia que Nathan ficasse aqui, mas ele sabia como o seu companheiro podia ser teimoso. Era melhor se Nathan estivesse ao seu lado, porque se ele deixasse Nathan aqui, ele estaria preocupado com o que Nathan estaria fazendo.


— Ryan, precisamos discutir com o bando. ― Mal disse. Ryan

teve

o

suficiente

de

Mal

questionando

suas

ordens.

Ultimamente, mesmo Russ criticou suas decisões e sem Melody ou Nathan lá, as coisas teriam provavelmente agravado em uma luta interna. Os

irmãos

reuniram

as

fotos.

Havia

também

um

plano

grosseiramente desenhado da instalação, mas teria que ser suficiente. — Nós vamos deixa você discutir a situação. Estou lhe dando o meu número. ― Kayden disse, olhando para Ryan. Depois de inserir o número de Ryan no seu telefone, Kayden continuou. — Nós vamos embora esta noite, se vocês quiserem ir ou sair. Venha ao MapleBerry Inn na cidade se você estiver interessado.

Capítulo Cinco Uma vez que os irmãos saíram, uma forte tensão invadiu a sala. Melody voltou para dentro, anunciou que estava levando Aaron para a cidade, deixando Ryan com Russ e Mal. Ele não contava Nathan porque seu companheiro era o único leal ali. Venha o inferno ou água alta, Ryan já tomou sua decisão. Ele estava tirando Allie de lá. De jeito nenhum ele esperaria pelas ordens de Noel. Noel poderia ser Alfa, e normalmente o pensamento de desobedecer às ordens não estava na sua natureza, mas o livro de regras voou pela janela há muito tempo. Era sobre Allie de quem estavam falando. Deveria ser Ryan numa gaiola, não Allie.


Sua irmã não podia esperar por mais um dia, Ryan sabia disso. Eles não consideravam Allie fraca, mas não podiam esperar que ele se sentasse sabendo de tanta informação. ― Vamos falar sobre o plano dos falcões, ― começou Mal depois de atualizar Russ sobre a situação. Ryan sentou-se em um silêncio inflexível enquanto Mal explicava, mas ele tinha que dizer sua parte. ― Não há nada para discutir. Nathan e eu vamos com Kayden e Tanner. Vocês bastardos podem sentar aqui e manter o forte. ― Noel aconselharia você a ficar aqui, e esperar por reforços do bando Darkfall, ― disse Russ. Ryan bufou. ― Eu não posso esperar. Kayden mencionou que os seres humanos estão planejando algo. Se eu não me mover agora, pode ser tarde demais. ― Vocês podem apenas estar caminhando para uma armadilha. Várias coisas poderiam dar errado, ― acusou Mal. Ryan sabia que Mal tinha um ponto em algum lugar, mas ele estava passado de se preocupar em ser cuidadoso. ― Essa fonte deles pode traí-los. Pelo que sabemos, não podemos confiar neles. Espere até que verifiquemos sua história com o seu rebanho e o bando de Darkfall pelo menos. ― Não. Eles estão na mesma situação que nós. Eles querem seu irmão de volta. Ponto. ― Nathan, convença-o de que não é a coisa certa a fazer ― disse Russ, virando-se para Nathan. Ryan rosnou. ― Não o use contra mim. Nathan colocou uma mão no seu ombro.


― Eu estou de acordo com a decisão de Ryan, não importa o quê. Conte comigo para cuidar dele. ― Eu não gosto disso ― disse Mal. ― Isso não importa. A decisão foi tomada. Diga a Noel que não me importo. ― Ryan saiu da mesa, levando Nathan com ele. ― Precisamos nos preparar. Ryan puxou Nathan para o seu quarto e fez algumas coisas básicas. Arrastou para fora o saco com suas armas e empurrou suas favoritas em um saco menor. Oh, ele sabia que eles não estavam planejando cometer qualquer assassinato sério, mas era melhor estar preparado. Percebendo que Nathan estava simplesmente parado ali, Ryan fez uma pausa. O lobo submisso mordeu o lábio inferior como se tivesse outras palavras para dizer. Através do seu laço de companheiro, Ryan podia sentir a preocupação de Nathan, e provavelmente era tudo por conta ele. Ocorreu a Ryan que durante a maior parte da sua vida, ele só se preocupava com ele mesmo, mas ele tinha um companheiro agora. Nathan não o colocou para baixo. Na verdade, Nathan era sua âncora. No momento, Ryan não conseguia pensar claramente, e o seu controle sobre o seu animal estava prestes a quebrar a qualquer momento. Necessitava de Nathan mais do que Nathan precisava dele, mas não conseguia puxar Nathan para essa confusão. ― Se você quiser dizer alguma coisa, diga, ― Ryan disse, impaciente. ― Mal e Russ têm pontos válidos, mas não há como mudar de ideia ― começou Nathan. Ryan podia dizer que Nathan escolheu suas palavras cuidadosamente. Seu coração doía. Não era assim que ele imaginava que o dia seria. Ryan imaginou passar mais tempo com seu companheiro e se conhecerem, mas


haveria tempo para isso mais tarde. Uma vez que eles recuperassem Allie, ele poderia se concentrar em fazer seu companheiro feliz. ― Não, ― Ryan concordou. Com ou sem Nathan, ele ia montar um resgate. ― Você ainda vem ou fica aqui? Nathan ergueu o queixo e cruzou os braços. ― Já lhe dei a minha resposta. Onde quer que você vá, eu vou. Nesse momento, Ryan se aproximou de Nathan e juntou os lábios em um beijo abrasador. Inclinou a testa contra Nathan e soltou um suspiro. ― Você não tem ideia do quanto essas palavras significam para mim. Segure-se, querido. Este vai ser um passeio selvagem.

Tanner Johnson caminhou pelo quarto, inquieto. Seu irmão mais velho não parecia preocupado, mas continuou polindo o seu revólver favorito. Tanner não pôde evitar, ele deixou escapar: ― Por que você deixou a discussão assim? E se eles disserem "não"? Pior, e se eles chamarem o seu Alfa e descobrirem que mentimos? Kayden ergueu os olhos da arma. ― Pare de se preocupar demais. O plano já está em movimento. ― Como você pode estar tão confiante? ― Tanner disparou de volta. ― Porque eu vi a expressão no rosto de Ryan. Ele faria qualquer coisa para recuperar sua irmã. Na superfície, seu irmão poderia parecer calmo, mas nenhum deles estava realmente bem. O que eles estavam prestes a fazer revirou seu estômago, mas que outra opção eles tinham?


Tanner conhecia as chances. Ninguém saia de uma instalação gerida pelas Indústrias Alpine vivo. Somente a matilha Darkfall tinha atacado uma instalação próxima ao seu território de cabeça erguida, mas sofreu grandes baixas. Se Ryan Sandoval estivesse pensando direito, o Beta saberia que suas chances de sucesso eram próximas de zero. O Beta e o seu companheiro pareciam pessoas decentes também. Ryan apenas queria salvar a irmã do jeito que queria que Ryan voltasse. Eles tinham tantas semelhanças. De acordo com o acúmulo de informações do bando, Ryan e Noel Sandoval criaram sua irmã sozinhos depois que seus pais faleceram. Foi o mesmo para eles. Antes que o rebanho falcão de Darkfall os recebesse, Kayden, Ken, ele vagavam de um lugar para outro e não tinham um lugar para chamar de lar. Darkfall, com seus diversos grupos de animais e comunidade acolhedora, era sua casa. Virar as costas para o rebanho era uma das coisas mais difíceis que Tanner já havia feito. Como reagiria Ryan, uma vez que descobrisse a verdade? Que eles não eram aliados e que isso era tudo uma armadilha? Não havia fonte. Kayden e ele fizeram o trabalho ilegal. Suas intenções tinham sido puras. Eles sempre pretenderam tirar Ken desse inferno, mas foram capturados. Eles fecharam um acordo. As Indústrias Alpine não estavam satisfeitas com o bando Ruby de Sangue depois que o bando de Ryan matou alguns dos seus homens. Eles também queriam estudar um casal acasalado. Seu contato nas Indústrias Alpine inicialmente queria o Alfa do bando e o seu companheiro, mas Ryan serviria, agora que o Beta estava acasalado também. Kayden já tinha chamado seu contato e atualizado o Sr. Smith sobre a situação. O laboratório estava ansioso para colocar as mãos em um par


acasalado. Tanner não gostou de como isso soou. Lembrando o amável sorriso de Nathan fez seu estômago ficar enjoado. Ele mentiu sobre ter um companheiro para Nathan confiar nele. Estava cansado de mentir. ― Diga, Kayden, você tem certeza disso? ― Ele perguntou novamente. Finalmente, havia visível raiva no rosto do seu irmão mais velho. ― Não há mais nada para discutir. Ambos concordamos que este era o único caminho. Lembra-se? Kayden mostrou-lhe a incisão no antebraço esquerdo. Ele também tinha uma marca semelhante onde os cientistas implantaram um dispositivo de rastreamento GPS. Todos os experimentos tinham e uma vez que os prisioneiros colocassem um pé fora da instalação, a minúscula bomba no dispositivo detonaria. Uma vez que Kayden e ele entregassem Ryan e Nathan, o Sr. Smith prometeu

tirar

seus

dispositivos

de

rastreamento

e

entregá-los

Ken.

Aparentemente, os cientistas cansaram de cortar seu irmão e não tinham mais uso para Ken. Isso o irritou ainda mais. Eles não eram nada para esses humanos, apenas ratos de laboratório descartáveis, mas o que eles poderiam fazer? ― E se Ryan vir à razão e retroceder? Ele não nos contatou ― interrompeu Tanner. Com a deixa, o telefone sobre a cama - também fornecido pelas Indústrias Alpine, tocou. O nome de Ryan passou pela tela. Kayden ouviu por alguns momentos e assentiu. ― Vejo você lá embaixo ― disse seu irmão. Cada palavra que trocavam ao telefone era monitorada, Tanner percebeu. Esta foi realmente a decisão certa? Eles estavam colocando tudo na


reta. E se as Indústrias Alpine voltassem atrás na sua palavra e tudo isso fosse por nada? Ainda assim, ele tinha a pasta de fotos. Ao contrário de Ryan, ele tinha visto as celas de perto. Lembrou-se do Sr. Smith andando com Kayden e ele pelo corredor onde os cativos eram mantidos. Tanner recordou os rostos irritados dos cativos que os observavam. Podiam ser eles lá dentro, Kayden disse a ele depois. Tanner sabia disso também, mas seu coração rompeu ao ver todos os shifters prisioneiros. Aqueles que tinham energia suficiente para olhar para eles eram os lutadores, ele se lembrava de pensar. Se Tanner estivesse dentro de uma dessas celas, ele estaria como a maioria dos shifters, com nada mais que miséria e desespero em seus olhos. Eles permaneceram perto da cela de Ken, mas não importava quantas vezes Tanner chamasse o nome de seu irmão, Ken não responderia. Lembrou-se de que a irmã de Ryan era diferente. Ela ainda tinha alguma luta nela e explicou a Tanner que não adiantava. Ken poderia ainda estar vivo, mas Tanner sabia que o irmão que ele havia criado e que tinha tocado com ele tinha desaparecido. Kayden ainda acreditava que Ken poderia se curar disso, mas Tanner não tinha tanta certeza. Kayden desligou a chamada. ― Eu sei que você tem preocupações, mas precisamos manter essa charada um pouco mais. Assim que recuperarmos Ken, seremos uma família novamente. Tanner disse a si mesmo

para mentir também, mas estava

começando a desaparecer. Realmente valeria a pena arriscar dois outros estranhos para salvar seu irmão mais novo? Kayden certamente pensava que sim. No entanto, destruir outro bando para atingir seus objetivos, não os tornava tão ruins quanto os seres humanos que sequestraram Ken?


Capítulo Seis Nathan ansiosamente olhou em torno da recepção do motel. Ryan não podia suporta espaços pequenos, então ele estava andando na calçada. Nathan olhou para o relógio, sentindo-se apreensivo. Quinze minutos mais tarde, os irmãos shifter falcão chegaram. Kayden caminhou até a recepção para check-out. Tanner se aproximou dele, puxando uma mochila com ele. — Desculpe, levou muito tempo, queríamos garantir que temos tudo o que precisávamos — explicou Tanner. — Feito. — Kayden disse alguns minutos mais tarde, juntando-se os dois. Ele olhou para Nathan. — Onde Ryan está? — No lado de fora. Eles saíram da pousada. Ryan estava esperando no seu carro. — É melhor se formos no meu carro — disse Kayden. Quando Ryan hesitou, Kayden continuou: — Temos de confiar uns nos outros para que isso funcione. Nathan não estava muito certo sobre ir com Kayden e Tanner nesta missão suicida também, mas ele não podia simplesmente deixar Ryan ir sozinho. Suicídio. Não havia outra palavra para isso. Havia apenas quatro deles contra uma instalação inteira ocupada por mercenários e guardas, um bando de mercenários com munição especializada para matar qualquer shifter à vista. De volta ao seu velho bando, Kian e ele, estavam sendo caçados pelas Indústrias Alpine, eles sempre pensaram que era uma alternativa melhor


morrer rapidamente em vez de ser aberto por cientistas que os viam como nada mais do que indivíduos descartáveis. Recordando aqueles dias, Nathan estremeceu. Como se sentisse o que ele sentia, Ryan estendeu a sua mão e deu-lhe um aperto. — Você está bem? — Ryan perguntou. Nathan assentiu, não querendo mostrar fraqueza na frente de todos. Havia apenas uma razão para Ryan leva-lo. Ele iria causar mais problemas se ele ficasse em Blue River, mas ele queria provar ao seu companheiro, que ele poderia ser útil. Eles dirigiram em silêncio por um tempo. O carro passou pelo painel de sinalização da cidade. Árvores limitavam cada lado deles, mas que em breve iria dar lugar as planícies. — Estou enviando-lhe as informações que eu tenho juntado via email, vocês podem me dar os seus endereços de e-mail? — Tanner perguntou na frente. Eles deram a ele e, segundos depois, Nathan ouviu um beep do seu celular e o celular de Ryan vibrando no bolso. Puxou-o para fora, olhando para os fotos. — As instalações em New Destiny Falls? — Perguntou Nathan com surpresa. — Você conhece essa cidade? — Perguntou Kayden. — Eu costumava levar meu irmão lá quando éramos crianças. Havia sempre um carnaval ou circo lá, mas isso foi há dez anos. Eu não tenho certeza se ainda é a mesma — Nathan respondeu. Tanner tinha feito um bom trabalho em juntar todas as informações necessárias em um arquivo. Os irmãos falcão devem ter feito o seu melhor, mas, o mais importante, eles ainda estariam correndo cegamente. Das quatro pessoas no carro, apenas Nathan podia pensar racionalmente. Kayden, Tanner,


e o seu companheiro só tinham uma coisa em mente, e que era resgatar seus irmãos. Ele precisava ser a voz da razão. — Vamos precisar fazer mais observação, ver as rotações de guarda e conferir aquele túnel que vocês pretendem usar — disse Nathan. — Concordo — Kayden respondeu com uma voz cortante. O Shifter Falcão mais velho parecia ter pressa, mas Nathan não poderia culpá-lo. Lembrando as fotos dos prisioneiros que tinha visto o fez estremecer. Se o bando de Darkfall não tivesse oferecido aos membros sobreviventes do seu antigo bando santuário, eles estariam em uma dessas celas ou provavelmente mortos. — De onde você é, Nathan? Eu entendo que o Bando Ruby de Sangue vaga, mas sobre você? Você é um novo membro ou transferido de outro bando? — Perguntou Tanner, provavelmente para aliviar o clima. — Eu cresci em Blue River, juntamente com o meu irmão e fomos levados pelo bando local. O bando quase foi dizimado, perseguido pelas Indústrias Alpine. Nós sobreviventes decidimos nos refugiar em Darkfall. Os irmãos pareciam compartilhar um olhar preocupado. — Você é um membro do bando Darkfall? — Perguntou Tanner. Nathan detectou uma pitada de nervosismo na sua voz, mas ele não podia culpar o shifter falcão. Outros grupos temiam os lobos de Darkfall por sua escura reputação. — Eu estou acasalado a Ryan, então minha lealdade é para ele e o seu bando — Nathan disse com firmeza. Isso conseguiu um sorriso do seu companheiro. Ryan agarrou a parte de trás do seu pescoço e lhe deu um beijo rápido. Ele queria mais, mas seria inadequada dada a situação. — Entendo. Então, você nunca conheceu qualquer um dos membros de Darkfall? — Perguntou Kayden.


Nathan finalmente entendeu. Os irmãos saíram escondidos do rebanho para salvar Ken, assim o seu velho rebanho deve estar procurando por eles. — Não se preocupe. Eu não sou tão próximo do bando Darkfall. Eles têm sido atenciosos. Meu irmão e eu quase nos ajustamos para viver na cidade de Darkfall, mas sempre havia algo faltando. — Eu? — Perguntou Ryan com uma sugestiva sobrancelha levantada. — Você. — Nathan concluiu. Tanner gemeu. — Deus, outro casal insuportável no banco de trás. — Você mencionou ter um companheiro também. Deve ser difícil deixá-lo para trás — Ryan afirmou. — Foi uma das coisas mais difíceis que já fiz — Respondeu Tanner, o tom curto. Nathan teve uma sensação de que o were falcão não estava interessado em falar sobre esse tema específico, então ele deu um aperto no braço de Ryan. — Bem — Nathan declarou. — Depois de encontrar Allie e Ken, vamos comemora. Vocês podem retornar ao seu rebanho com o seu irmão. Tenho certeza de que eles vão recebê-los de volta. — Eu espero — disse Kayden. O were falcão mais velho sempre soou tão rude, Nathan notou. Eles dirigiram seis horas seguidas, revezando-se atrás do volante e decidiram passar a noite em uma pousada na estrada. Tanner dirigiu o carro no estacionamento quase vazio. — Este é um bom lugar — Disse Kayden. — Sim, é apenas um par de milhas até chegar a New Destiny Falls. Haverá mercenários disfarçados na cidade observando as pessoas de fora — Ryan apontou.


— Vamos jantar lá e passar os nossos planos? — Kayden sugeriu, apontando para o restaurante ao lado da pousada. Eles saíram do carro, conseguiram os quartos, e entraram no restaurante. O estômago de Nathan resmungou, mas quando a comida gordurosa chegou, ele descobriu que não conseguia comer. A preocupação tomou conta dele, assim como a apreensão. Quando o amanhã chegar, tudo poderia acontecer. Merda. Durante a última hora, ele estava recebendo uma série de textos do seu irmão. Com Ryan era o mesmo. Seus celulares tinham ligações perdidas e mensagens. Mal e o resto provavelmente querendo noticias deles. Nathan não poderia culpá-los. A última mensagem de Kian o assombrava. Tome cuidado, irmão. Tenha a certeza de voltar em segurança com o seu companheiro. Houve um tempo, em que Nathan vivia para seu irmão. Sem pais para tomar conta deles, Kian tinha sido seu mundo inteiro. Ele sabia que podia ser arrogante e protetor. Kian tinha Noel agora, e ele tinha estado louco de ciúmes do seu vínculo até que ele percebeu que Ryan era seu companheiro. Ele entendeu por que seu irmão uma vez arriscou sua vida para salvar o seu Alfa, porque Nathan faria o mesmo por Ryan. Seu único arrependimento seria não ser capaz de falar com Kian uma última vez. Deus sabia que eles tinham uma abundância de mal-entendidos para corrigir. Se eles falhassem - não, Nathan não podia pensar nisso dessa forma. — Nathan, você está ouvindo? — A voz de Tanner o trouxe de volta à realidade. Ryan parecia preocupado, e ele percebeu que eles estavam falando sobre planos para amanhã.


— Sim — respondeu Nathan. Ele entendeu a parte mais importância de qualquer maneira. Alguém iria cortar a eletricidade que alimentava a seção do edifício onde Ken e Allie eram mantidos. Kayden e Tanner iriam encontrá-los através dos túneis e levá-los com facilidade até a cela de Allie e Ken. Com Allie e Ken, eles iriam fazer a sua fuga da mesma forma, sem alertar os guardas. Parecia simples e ainda assim mil coisas poderiam dar erradas. — Espere — disse Nathan. Sua mente correu. Eles tinham esquecido um fato vital. Os cientistas estavam perto de completar Height ou H, a droga em pílula que deu aos seres humanos normais velocidade e força de um shifter temporariamente. Essa pílula maldita foi a maior invenção das Indústrias Alpine, conseguidas a partir de milhões de dólares gastos em rasgar e cortar shifters abertos. — Como é que vamos entrar na cidade sem sermos detectados? A última vez que ouvi, os cientistas tinham quase aperfeiçoado Height. Um dos lobos de Darkfall que recentemente foi contra as Indústrias Alpine relatou que os seres humanos podem sentir shifters agora. O rosto de Ryan escureceu. Ainda recentemente, um mercenário conseguiu espionar a cabana, sem ser detectado porque o ser humano tomou uma dose diferente de H que veio de um shifter camaleão. — Nós temos pensado nisso. Desculpe, com tudo acontecendo, alguns dos detalhes me escaparam — explicou Kayden. O were Falcão tirou algo da sua jaqueta e colocou-o sobre a mesa. Parecia um simples frasco de comprimidos brancos, mas Nathan teve um mau pressentimento sobre isso. — O bando de Darkfall provavelmente não divulgou esta informação, mas do nosso lado, nós temos nossos próprios cientistas desenvolvendo esta droga. Ele esconde as nossas capacidades, nos faz sentir como seres humanos, mas tem um efeito colateral — disse Tanner.


Nathan segurou a garrafa e examinou-a. Ele destampou e cheirou, se surpreendeu por não haver cheiro nenhum. Entregou a Ryan, o lobo dominante fez o mesmo. — Qual é o efeito colateral? — Ryan finalmente perguntou. — Nós não podemos mudar. É uma arma de dois gumes, mas é a única maneira que podemos entrar em New Destiny Falls sem sermos detectados. Nós vamos nos passar por turistas — explicou Kayden. Nathan não gostava desse plano nem um pouco. Ser capaz de mudar, de lutar com garras e presas eram a única vantagem que tinham sobrado. Enquanto H poderia dar aos humanos melhores reflexos, velocidade e força, ou outras habilidades raras, eles não eram capazes de mudar de forma. Tomando esta droga iriam paralisa-los, mas ele podia ver Ryan refletir sobre isto. Os irmãos olharam com intenção de ver o plano ocorrer. — Nós tentamos isso antes. Pode ser desorientador no início, mas você vai se acostumar com isso. Kayden pegou um comprimido e, para surpresa de Nathan, engoliu um. Kayden tomou provavelmente para provar alguma coisa. Quase sentia como um desafio silencioso. Eu estou me tornando vulnerável para salvar o meu irmão, você vai fazer o mesmo? Nathan quase podia imaginar Kayden dizendo as palavras. —Bom. Vamos tomar. Será que tomar isso significa que estamos imunes a balas de prata? — Perguntou Ryan. Foda-se, mas o seu companheiro ainda estava falando sério sobre este plano insano. Nada que Nathan falasse poderia convencer Ryan a mudar de ideia. Ele sabia a extensão da determinação de Ryan quando eles saíram. Ele não tinha prometido a Ryan que ele sempre estaria ao seu lado? Ainda assim, o plano estava ficando mais arriscado a cada segundo. Eles poderiam realmente puxar algo como isto?


— Sim, mas lembre-se. Se as nossas capacidades regenerativas estão bloqueadas, não podemos curar as feridas de bala normais também — Tanner disse vagamente. — Não levar um tiro. Entendi. — Respondeu Ryan. — Todos nós devemos dormir um pouco. Há um longo dia pela frente. — Kayden soou cauteloso. — Essas pílulas são para vocês. Temos um lote adicional. Teste hoje à noite, ver como se sente. O efeito dura por uma hora. Vamos ver vocês às sete da manhã. Por que as palavras de Kayden despertaram tanto medo e apreensão dentro de Nathan?

Capítulo Sete Eles se separaram. Ryan pegou a garrafa. Depois de pegar sua mala na parte de trás do carro, dirigiram-se para o seu quarto de motel. — Bem, — disse Nathan, tentando fazer uma piada. Ele deu uma boa olhada no papel de parede descascado e na cama que provavelmente estava infestada de percevejo. — Está não é a lua de mel que eu imaginava. Ryan sentou em uma cadeira de plástico ao lado da cama e olhou para a garrafa. Seu companheiro parecia que precisava de uma distração. Andando com ele, Nathan colocou os comprimidos na mesa de cabeceira e montou o colo de Ryan. Ryan automaticamente passou um braço ao redor da sua cintura, e Nathan rodeou seu pescoço com os braços.


O lobo dominante se aproximou e inalou o lado do seu pescoço. Apesar da situação, Nathan podia sentir o calor entre os seus corpos, seus

lobos

ansiosos

para

acasalar

novamente.

Seu

pênis

estava

engrossando e hoje à noite, ele queria sentir Ryan dentro dele novamente. — Desculpe, distraído —, disse Ryan, beliscando seu pescoço. — Você não precisa se desculpar por isso. — Nathan hesitou. — Ryan, não gosto deste plano. — Eu também não, mas... Nathan colocou um dedo nos lábios de Ryan e olhou nos olhos do seu companheiro. — Eu sei. Não há tempo, especialmente se os cientistas têm planos para Allie e Ken. Ryan balançou a cabeça. — Eu não posso acreditar o quão sortudo eu sou em ter um companheiro incrível e compreensível. Nathan apoiou a cabeça no peito largo de Ryan, suspirando quando o lobo dominante começou a acariciar as suas costas. — Vou admitir. Estou com medo. E se o plano der errado por causa de algo estúpido que eu fiz? — perguntou Nathan. — Não pense assim. Nós ainda nem começamos. O plano tem buracos, mas podemos fazê-lo funcionar. Ryan tomou seus lábios então, distraindo o caralho dele. Sentindo Ryan mover a mão para o zíper da sua calça jeans, ele gemeu. — Pegue o lubrificante na mala, bebê, — Ryan sussurrou contra sua orelha. — Sim, senhor. Isso causou uma risada de Ryan. Ele pulou do colo de Ryan e encontrou o lubrificante no bolso lateral da mala.


— Eu não sabia que isto era um item essencial, — disse Nathan, entregando-o para Ryan. Antes que ele pudesse abrir o botão da sua calça jeans, Ryan enganchou os dedos nos laços do cinto e os puxou para baixo. Nathan se livrou da sua camisa e da cueca e voltou a montar Ryan, gostando do contraste da sua pele nua contra o tecido do jeans de Ryan. Ele começou a tirar a calça jeans de Ryan, retirando o glorioso pênis do seu companheiro. Vendo Ryan duro e pronto para ele o fez sorrir. — Veja o que faz comigo, bebê, — Ryan disse, abaixando a cabeça no mamilo esquerdo. Sentindo Ryan afundar os dentes, ele engasgou. Ryan se afastou. Nathan não sabia por que a visão das marcas de dentes de Ryan no seu mamilo o deixou ainda mais excitado. — Meu, tudo meu — As palavras saíram mais como um rosnado do que sons humanos. Um arrepio percorreu a espinha de Nathan. O quarto parecia um pouco frio quando eles chegaram, mas Ryan facilmente o aqueceu. — Fode-me, querido. Por favor. — Ainda não. Eu ainda quero desfrutar de você. — Não fale como se esta fosse a nossa última noite juntos, — Nathan murmurou. Ryan segurou seu queixo, forçando-o a olhar para ele. — Nós vamos passar por isso. Depois que pegarmos a Allie, vou te trancar num quarto comigo. Tudo o que vamos fazer é foder até que eu memorize cada centímetro e descubra cada segredo desse seu doce corpo, bebê. Nathan gemeu, se esfregando para frente e para trás na coxa de Ryan. — Você irá? — É claro. Eu nunca vou deixar você ir.


Nathan agarrou a bainha da camisa de Ryan, e o lobo dominante deixou que ele a arrancasse. — Moe em mim, meu pet. Isso é tão excitante. — E se eu estragar o seu jeans? — Não importa. Eu tenho um monte. Além disso, eu não estou preocupado. Você não vai gozar sem a minha permissão. Nathan gemeu. A negação era sempre tão quente. Ele se moveu de um lado para o outro, esmagando o seu pênis no jeans de Ryan, sua ponta deixando gotas de pré-sêmen. Isso era uma loucura. Nathan não sabia quanto tempo ele conseguiria aguentar. Não ajudou que as pupilas de Ryan ficaram amarelas com excitação. Ryan agarrou sua cintura, e Nathan se moveu para abrir suas pernas e assim Ryan tinha uma visão perfeita do seu pênis. Agarrando o lubrificante, Ryan alisou seus dedos e empurrou-os no seu ânus. — Foda-me duro, por favor. Não posso fazer suave esta noite, — Nathan implorou. — Exatamente meus pensamentos, bebê, — disse Ryan. O lobo dominante posicionou seu pênis no seu ânus. Nathan agarrou o ombro enorme de Ryan e ofegou quando o lobo dominante empurrou o pênis completamente dentro dele. Ele podia sentir os músculos da sua bunda apertando em torno do pênis de Ryan. — Porra, você é sempre tão apertado para mim, — Ryan murmurou, apertando o seu domínio sobre a cintura de Nathan. O lobo dominante começou a se mover, empurrando para dentro dele. Nathan saltou no pênis de Ryan, incrivelmente excitado e necessitado. Por que esta noite parecia sua última vez juntos? Bem, se fosse a última ou não, Nathan pretendia montar o seu companheiro até que ambos estivessem desgastados. Ryan mudou o ângulo


das suas estocadas e bateu contra o seu ponto doce. Um grunhido escapou dos seus lábios. Ryan foi para o local repetidamente, enviando sangue correndo direto para o seu pênis. Suas bolas se apertaram contra o seu corpo. — Por favor —, implorou Nathan. — Vá em frente, pet. Goze para mim, — Ryan ordenou. Ryan bateu nele uma última vez e empurrou-o sobre a borda. Com um grito, Nathan explodiu e derramou seu sêmen por todo o abdômen e camisa de Ryan, mas o lobo dominante não pareceu se importar. Ryan empurrou nele várias vezes mais antes de gozar dentro da sua bunda. Segurado, Nathan caiu contra seu companheiro, respirando com dificuldade. Ele podia sentir os altos batimentos cardíacos de Ryan voltando ao normal. — Melhor? — Ryan perguntou depois, acariciando seus cabelos. — Carregado —, Nathan admitiu. — Kayden tem razão. Ambos precisamos descansar. Nathan saiu do colo de Ryan. — Vou tomar um banho. — Não me tente. — Não vou. — Vou tentar essas pílulas e ver seus efeitos. Nathan assentiu. — Eu vou tentar também, após o banho. Pegando roupas de reposição do saco, ele entrou no chuveiro e rapidamente se lavou. Ele se sentia melhor? Sexo era uma distração, mas ele ainda não estava confiante no plano. Nathan era egoísta. Ele queria mais tempo com Ryan, mas o tempo parecia estar acabando. Não era só o sexo arrasador que ele queria. Nathan queria um futuro com esse homem. Droga. Eles estavam acasalados recentemente, mas Nathan tinha um plano inteiro traçado na sua cabeça. Ele queria ver o rosto de Ryan à primeira


hora da manhã, com o pênis de Ryan enterrado dentro da sua bunda, fazendo ele se sentir amado e possuído, acarinhado e protegido. Eles iriam construir um lar juntos. Talvez houvesse filhotes ao longo do caminho. Ele sabia que Ryan e ele seriam bons pais. Uma guerra estava chegando com os humanos e paranormais se odiando. Estava quase no horizonte, e cada lado estava reunindo suas forças. Depois disso, porém, Nathan sabia que viria um tempo de paz. Os irmãos não precisariam se preocupar com suas irmãs sendo levadas nas ruas. Os pais já não ficariam com medo de deixar suas crianças brincar lá fora. Poderia Nathan ver esse período de prosperidade? Deus, ele esperava que sim. Depois de tomar banho e se vestir, ele retornou para o quarto e viu que Ryan usava uma das suas camisas extras e estava deitado sobre o colchão sujo. O lobo estava com os olhos fechados. Esta viagem inteira deve ser mentalmente cansativa e isso sem mencionar, que Ryan provavelmente ainda estava se sentindo culpado por não contar a Noel. Nathan se sentia igual. Kian nunca o perdoaria se ele não saisse disto vivo. Ele olhou para a garrafa de água semiaberta na mesa ao lado da cama e a terrível garrafinha de pílulas ao lado. Nathan pegou uma e engoliu. Os efeitos eram instantâneos. Náusea, varreu seu corpo. Não admira que Ryan se deitasse. Ele se estabilizou e descobriu que a sua visão não estava clara, como se ele precisasse de óculos. Os sons estavam entorpecidos também. Roubado dos seus sentidos de Shifter, Nathan de repente se sentiu fraco e ele nunca tinha sido um poderoso shifter em primeiro lugar. Seu animal dentro dele estava adormecido, mas ele ainda podia sentir os laços sutis do seu companheiro ligando sua alma com Ryan. Isso era bom. Se qualquer um deles ficasse ferido, eles ainda poderiam sentir um ao outro.


— Ryan? Vou apagar as luzes. — Nenhuma resposta. Ryan estava dormindo? Ele se aconchegou ao lado do seu companheiro, gostando de como Ryan o agarrou e envolveu seus braços ao redor dele como se fosse a coisa mais importante do mundo. Nathan fechou os olhos, mas o sono não veio. Ele não sabia quanto tempo ficou deitado ali, incapaz de dormir. Se preocupar com cada detalhe e imaginar o pior cenário sempre foi um dos seus defeitos. Sentindo a pressão dos lábios na nuca do seu pescoço, ele piscou. — Não consegue dormir? — Ryan perguntou atrás dele. O lobo dominante não pareceu nem um pouco com sono também. — Sim. — Eu também, mas não se preocupe. Vamos buscar sua irmã de volta. — Não é por isso que não consigo dormir. — O que é então? — Estou com medo de perdê-lo depois que te encontrei. Eu nunca deveria ter arrastado você para esta confusão. Minha bagunça e eu não quero que chegue o amanhã. — Não é mais sua bagunça. Estamos nisso juntos, agora e para sempre. Já pensou o que vai acontecer comigo se você morrer? Se você for, eu vou com você. Nossa força vital está unida. Quando um companheiro de um shifter morre, não há volta. Ryan descansou a cabeça na curva do pescoço e beijou a marca do seu companheiro. — Eu sei. Essa é a parte horrível, o que eu estou pedindo para você fazer. — Você não me pediu nada. Eu vim por vontade própria. Quando nós acasalamos, eu sabia a bagagem que você tinha e você sabia a minha.


— Então não há mais nada a dizer, —, disse Ryan, soando aliviado. — Não. Podemos fazer isto, e podemos planejar o futuro. — Eu gosto do som disso. Diga-me o que você vê. — Nós construindo uma vida juntos, — Nathan começou e disse a Ryan o que ele imaginava. O lobo dominante não disse nada durante um bom momento, e Nathan pensou que Ryan finalmente tinha adormecido. — Esses são bons sonhos. — Eles não são sonhos porque nós vamos transformá-los em realidade um dia.

— Nós devemos cancelar. Você ouviu Nathan. Ele é afiliado com o bando Darkfall, ― argumentou Tanner. — Errado. Só deram a ele e o seu irmão santuário. Se for o caso, Nathan é novo. Ele não sabe nada. Ele provavelmente não tem nenhuma informação nova sobre nós — Kayden disse. Ele sabia que isso ia acontecer. Tanner sempre vacilou no último minuto, mesmo quando eram crianças. Kayden também não gostava do que estavam prestes a fazer. Esfaquear alguém pelas costas ou atraí-los para uma armadilha corrompia seu código de honra, mas o que ele poderia fazer? A vida de Ken estava em jogo. Um homem como Ryan entenderia porque ele iria salvar a sua própria carne e sangue. Ele parecia exatamente como Ryan depois de ver Ken atrás daquela jaula. Sr. Smith disse-lhes como


eles queriam. Quanto mais ele olhava Ken, mais ele percebeu que o seu irmão já não os reconhecia. Kayden não desistiu da esperança. Havia médicos lá fora. Eles encontrariam um hábil para Ken, um para o corpo e outro para a mente. — Kayden, isto é errado. Onde está o nobre irmão que eu conheci? — Tanner argumentou. — Ele morreu quando Ken foi tomado. — Não podemos deixar Ryan e Nathan pegar o lugar de Ken nessas celas. Eles são bons, pessoas decentes. — Ryan e Nathan são fortes. Você viu seus laços. Eles vão sobreviver naquele lugar. Talvez até encontrem uma saída. — Eles não vão. Ninguém saiu daquele inferno vivo. Fomos apanhados tentando recolher mais informações. Podemos estar do lado de fora, mas nós estamos marcados, assim como os outros prisioneiros. — Tanner tocou a incisão no seu braço com aversão. Kayden não podia suportar olhar para o seu próprio braço também. Shifters não eram animais. Eles não deveriam ser marcados como cães perdidos, mas ele não podia se dar ao luxo de vacilar agora. Eles todos fizeram sacrifícios. Ele jogou fora sua moral para chegar onde estavam. Ter sua família junta novamente era sua prioridade número um. — Você está comigo, Tanner, ou esqueceu do Ken? — Essas palavras foram o disjuntor do negócio final, e Kayden sabia disso. — Pare de usar o nome para me fazer sentir culpa e pensar que este é o caminho certo. — Não há nenhum caminho certo, esta é a única maneira, — Kayden disse simplesmente, friamente. — Você está dentro ou fora? Tanner soltou um fluxo de maldições, mas no fim, Kayden sabia que Tanner desistiria. Foi da mesma forma quando ele soube que Ryan Sandoval


cairia na armadilha dele. Ele estava totalmente certo que Nathan nutria suspeitas, mas Nathan era totalmente dedicado ao Ryan, mesmo que isso levasse à sua morte. Nenhum dos dois dormiu na noite anterior. Kayden passou seus planos reais com seu irmão, apesar de terem passado por isso centenas de vezes. Erros eram inaceitáveis. Um movimento errado poderia levar Ryan e Nathan voltando. — Estou com você. Vamos acabar com isto.

Capítulo Oito Enquanto Ryan estava no chuveiro, Nathan ouviu o seu celular tocar. Era Kian novamente. Essa poderia ser a última vez que eles poderiam se falar, ele resolveu atender a ligação. Ele queria contar ao seu irmão um monte de coisas. Queria se desculpar com Kian por ser um burro teimoso, por não deixar Kian tomar suas próprias decisões. — Kian — ele disse, atendendo ao celular, mas ele foi interrompido. — Nathan, aqui não é o seu irmão. Ele congelou com aquela voz. Nathan reconheceria aquela voz profunda, áspera e dominante em qualquer lugar. Ele estava quase tentado a desligar a ligação com Sergio Esteban, Alfa do bando da montanha Darkfall. Por um lado, Sergio aterrorizava o inferno nele, mas o Alfa ofereceu o santuário para sua matilha - até mesmo de má vontade.


— Sérgio. — Eu esperava que o seu irmão fosse imprudente, mas não você. — Por que você está ligando? Onde está Kian? — Seu irmão está com seu companheiro. — Quero falar com ele. — Oh, eu acho que você iria querer falar comigo primeiro. Vou manter as coisas curtas. Os seus dois novos amigos não são quem eles dizem que são. Nathan engoliu em seco. — Diga-me. Por favor. — Quero que você ouça com muito cuidado — Sergio falou, suas palavras foram breves, mas ele foi direto ao ponto. No final, Nathan respirava com dificuldade. Estavam entrando numa armadilha, e ele sabia disso. — Eu estou cancelando. Meu companheiro e eu estamos saindo daqui. — Não. Ainda não. Até agora, os seres humanos provavelmente terão mercenários vigiando. — Você quer que eu vá junto com o plano? — Nathan sussurrou furiosamente. Seu coração quase parou quando Tanner acenou para ele através do estacionamento, segurando quatro cafés. Apesar das emoções se agitando no seu coração, ele esboçou um sorriso falso e acenou de volta. — Nathan, você está aí? — Sim. — Meus lobos, incluindo Kian e Noel estarão lá em um par de horas. Quero que esses seres humanos não suspeitem de nada. Nathan não disse nada por alguns instantes. — Você está planejando uma chacina, ou você planeja resgatar os prisioneiros também?


— Você me acha um monstro? — Sim, mas precisamos de um monstro para liderar essa luta. Sergio realmente riu do outro lado. O Alfa também tinha perdido uma irmã, lembrou Nathan. — Nosso principal objetivo é resgatar os prisioneiros e destruir as instalações. — E quanto a Tanner e Kayden? São bons rapazes. Quero dizer, claro. Eles planejaram trair a gente, mas estavam fazendo isso para salvar seu irmão. — Eles não estão sob minha jurisdição. O líder do seu rebanho lidará com eles. Ouvindo a porta do quarto ser aberta, Nathan decidiu que precisava terminar a ligação. — Tudo bem, eu entendo. Eu preciso ir. Sergio terminou a ligação, e ele levantou os olhos para ver Ryan bocejando. — Quem é era? — Kian — ele mentiu, seu coração estava correndo. — Eu não disse nada a ele. Ryan suavizou. —Tudo bem, eu entendo onde você está querendo chegar. Além disso, quando eles chegarem aqui, já teremos cumprido com êxito a missão ou... Ryan hesitou. Nathan bateu no seu braço e beijou-o rapidamente nos lábios. — Pense em pensamentos positivos — disse Nathan. — Me dê cinco minutos para tomar banho.


Quando Nathan voltou, de banho tomado e vestido, ele notou que Ryan tinha levado a mala com ele. Por um segundo, ele entrou em pânico. Ryan saiu sem ele? Ah Merda. Isso não poderia estar acontecendo. Eles

não

iriam

sem

ele,

certo?

Kayden

não

mencionou

que

precisavam de uma equipe de quatro homens para o trabalho? Ele correu para fora do quarto só para ver Ryan conversando com Kayden e Tanner no carro deles. Alcançando-os, ele ofegou e olhou para Ryan. — O que está procurando, querido? — Ryan perguntou, oferecendolhe o copo extra de café. — Você me assustou como o inferno. Pensei que você tivesse me deixado. Ryan piscou. — Eu nunca faria isso. — Bom. — Acabou a briga de amantes? — Kayden perguntou. — Temos um trabalho a fazer. Nathan girou para o shifter falcão, pronto para liberar uma abundância da sua raiva, mas segurou sua língua, lembrando-se. Mesmo Tanner mostrou momentos de dúvida, mas Kayden não parecia sentir nada. Ele balançou a cabeça. — Vamos fazer isso. Eles entraram e dirigiram em silêncio. O café não ajudou. — Hora de tomar as pílulas, estamos chegando à barreira em breve — disse Kayden. Nathan não teve tempo de mencionar as pílulas para Sergio, mas hesitar poderia chamar atenção. Lembrou-se de agir como se nada tivesse mudado. Manter o plano de Sergio para si mesmo por enquanto era crítico. Ele


não queria distrair Ryan quando ele já parecia com a cabeça nas nuvens. Ele estalou a pílula na sua boca, fazendo uma careta ao sentir o gosto. Fiel à palavra de Kayden, seu carro logo se juntou a uma longa fila. — Por que há tanta gente? — Ryan perguntou, inclinando-se para olhar para a fila. Ryan e ele estavam no banco de trás novamente. Nathan não gostou do fato de que Kayden poderia simplesmente levá-los para qualquer lugar que ele quisesse, mas Sergio mencionou que os irmãos planejaram traí-los uma vez dentro da instalação. Seu plano exato, Sergio não tinha sido muito claro. Por agora, eles estavam sozinhos. — Não tenho certeza tampouco — Tanner disse, abaixando a janela para poder olhar para fora. Quando se aproximaram, Nathan viu uma barreira com homens de uniforme. Ele chegou à conclusão de que New Destiny Falls não estava mais sob o controle do governo - tanto as agências locais quanto as paranormais. Nathan ouviu que as Indústrias Alpine tinham aliados no governo, então ele não estava muito surpreso. Ficou tenso quando o carro parou em frente ao posto de controle. Não ajudou que ele notou os olhos injetados de sangue dos guardas, um sinal que eles estavam tomando Height. A última notícia que Nathan tinha do inimigo, era que os cientistas ainda estavam experimentando doses em voluntários. Eles tinham aperfeiçoado a droga e começaram a usá-la em todos os seus guardas? O pensamento deixou Nathan enjoado. Ele já havia lutado contra um mercenário drogado. Combinando com o treinamento militar, eles eram uma força mortal a ser reconhecida. Eles devem ter passado por humano, porque o guarda entediado disse: — Abra o porta-malas.


Seu coração disparou, mas Ryan começou a acariciar seu braço. Os guardas provavelmente poderiam sentir as mudanças no seu corpo, então ele fingiu

pensar

em

outra

coisa.

Felizmente,

os

guardas

não

pareciam

interessados em abrir as malas. — Mova-se. — O guarda acenou. Entraram

na

cidade

propriamente

dita,

e

Nathan

teve

que

estremecer. Havia cartazes anti-paranormais e outdoors em qualquer lugar. Um sinal dizia: “New Destiny Falls, o único lugar na terra onde os monstros não são bem-vindos”. As pessoas que entravam nesta cidade eram pessoas que odiavam os paranormais, pensou Nathan. Talvez houvesse uma espécie de reunião. — Eu já odeio este lugar — murmurou Ryan. — Eu não posso acreditar o grau que esses seres humanos vão — disse Tanner. — Eles são apenas uma minoria — acrescentou Kayden. — Claro, mas uma vez que as Indústrias Alpine começarem a vender a sua droga pelo maior lance, eles se tornaram uma ameaça real — Nathan murmurou. — Não é problema nosso. Nós vamos resgatar Allie e Ken. Isso é tudo. — Isso é tudo? Você não se importa com os outros prisioneiros? Eles têm famílias, amigos e companheiros procurando por eles também — disse Nathan. Ryan lançou lhe um olhar. Nathan não sabia de onde vinha essa raiva. Talvez fosse porque ele sabia que Kayden e Tanner usaram os sentimentos de Ryan para manipulá-los para vir aqui. Por que as Indústrias Alpine concordariam com um negócio?


Na verdade, Nathan sabia. As Indústrias Alpine nunca negociavam. Ele sabia disso por experiência pessoal. Eles achavam que era bom matar shifters porque os animais não possuíam almas. Kayden e Tanner não sabiam que estavam sendo usados, mas dizer-lhes isso agora não ajudaria. Eles estavam muito envolvidos na missão que tinham em mãos. — Você não sabe como é ter alguém de quem você gosta levado — afirmou Kayden. Foi a primeira vez que Nathan ouviu fúria na voz do were falcão. — Eu sei. A maior parte do meu bando foi assassinada por esses bastardos. — Então você entende — disse Kayden. Não adiantava discutir com o were falcão. Além disso, sua raiva podia acabar arruinando a missão. — Desculpe — ele disse primeiro. — Eu estou no limite. — Todos nós estamos, está tudo bem — disse Tanner. Ryan acariciou sua coxa, mas ele podia ver que o seu companheiro sabia que algo estava acontecendo. Nathan desejou poder dizer a Ryan o que estava acontecendo, mas eles não tiveram tempo de ficar sozinhos. Kayden dirigiu ainda mais, para os arredores da cidade. Como o antigo laboratório criado em Blue River, a nova instalação não estava localizada em qualquer lugar perto da cidade. Eles não encontraram nenhum outro veículo. Kayden parecia saber para onde estava indo. O were falcão fez voltas e voltas. O cascalho debaixo das rodas do carro desapareceu e se transformou em sujeira áspera. Eventualmente, eles chegaram a uma clareira sombreada e Kayden estacionou o carro. Um homem solitário esperava por eles lá. Percebendo que todos estavam focados no homem, incluindo os irmãos were falcão e Ryan, ele rapidamente pegou o celular, ligou o GPS.


Uma vez que ele tinha a localização, ele enviou para Sergio, juntamente com as notas de Tanner. Ele não teve tempo de verificar se a mensagem foi visualizada. Nathan deixou o celular escondido em um dos assentos antes de sair do carro com os outros. A fonte dos irmãos era um senhor de meia-idade e usava um casaco de laboratório, parecendo muito nervoso quando eles saíram. O homem olhou para Kayden. — Você disse que haveria mais com você. — Quatro são suficientes — disse Ryan. Ao ver Ryan, o homem recuou, provavelmente assustado com o tamanho de Ryan. Limpando a garganta, o homem reajustou seus óculos. — Quatro está bom. Precisamos rever o plano? Aparentemente apresentações e nomes não estavam no itinerário. Atrás do homem, Nathan finalmente notou o túnel escondido entre duas árvores. Onde estava o laboratório? De acordo com as notas de Tanner, as instalações estavam aqui, mas ele não via nada no penhasco acima do túnel ou em qualquer lugar ao redor da área. Merda. A instalação era subterrânea? Os humanos estavam ficando inteligentes, escondendo sua base onde os shifters não conseguiriam encontrá-la. E se Sergio e os outros não os encontrasse? Não adiantava pensar no “se” agora. — Sim, todo mundo conhece seus papéis? — Perguntou Kayden. Com o reconhecimento de todos, ele acenou com a cabeça para a entrada. — Vamos. O were falcão parecia muito ansioso para que começássemos. A armadilha estava dentro do túnel? Eles pegaram o equipamento da parte de trás do carro. Ele percebeu que isso perturbou sua fonte, mas o homem não disse mais nada.


— Vou parar temporariamente a eletricidade remotamente daqui — disse o desconhecido. — A energia voltará em trinta minutos. Ryan virou-se para Kayden. — Pensei que tivesse dito que tínhamos quarenta e cinco minutos. — Os superiores instalaram recentemente um novo gerador de energia. Estejam em trinta minutos — afirmou o humano. Ryan resmungou. — Ryan, estamos tendo segundas intenções? — Kayden perguntou. Havia o primeiro sinal de desespero na sua voz. — Não. Allie está lá. Não vou embora sem ela. Com isso, eles entraram no túnel. A fonte de Kayden deve ter cortado a energia porque as luzes de sobrecarga se apagaram. Pequenas luzes de emergência se alinharam o chão, mas não encontraram ninguém. Apesar da iluminação, Nathan mal podia ver o que estava à frente, graças aos comprimidos que tomou mais cedo. — Por aqui — disse Kayden, levando eles do corredor mais largo para outro menor. Eles fizeram várias voltas. Nathan olhou para o relógio. Dez minutos haviam passado. — Já estamos lá? — Ryan manteve a voz baixa, mas Nathan podia sentir sua impaciência. Tanner ergueu o dedo até os lábios. Kayden se colocou em ação quando ouviram passos, eles viraram em outro canto, permitindo que um grupo de guardas passasse. — Estamos chegando à entrada do bloco de celas G, onde Allie e Ken são mantidos — Kayden respondeu uma vez que os guardas se foram. Eles correram para frente, fazendo mais voltas, e finalmente entraram em uma sala vazia e sem janelas. Era um beco sem saída. Era isso, percebeu Nathan, onde os dois irmãos os trairiam.


— Nós fizemos o caminho errado? — Ryan perguntou. O pulso de Nathan disparou quando a porta atrás deles se fechou. Ele se aproximou de Ryan, mas tirou o revólver. Uma voz falou dos alto-falantes que não via. — Não adianta lutar contra, é inevitável animais. Nathan ficou tenso, seus olhos se estreitaram quando a porta começou a abrir de novo. Os dois primeiros guardas que entraram tinham fuzis apontados para eles. Mais os mercenários carregando a munição seria estavam atrás dos dois. Sua mão estava no gatilho, mas Ryan agarrou seu ombro. Não havia nenhum uso da arma porque não havia nenhuma maneira de escaparem. — Ei — Kayden gritou. — Nós os temos aqui. Devolve o nosso irmão. Realização finalmente ocorreu em Ryan. Um rosnado saiu do seu companheiro e Ryan usou uma expressão assassina. O coração de Nathan quase parou. — Seu mentiroso. — Ryan acusou Kayden. — Você vai pagar por isso. — Você tem que entender por que fizemos isso — suplicou Tanner. Se Ryan fosse capaz de mudar, suas pupilas teriam ficado amarelas, e os seus dentes teriam se transformado em presas. Apesar de estar como humano, Nathan sabia que o seu companheiro ainda era letal. Com um rosnado, Ryan foi em direção de Kayden, talvez esquecendo por um segundo onde eles estivessem. Do canto do olho, Nathan viu o mercenário levantar a arma e apontar diretamente para Ryan. — Não! — protestou Nathan, empurrando Ryan de lado. Ele grunhiu quando a bala o atingiu. Não, não uma bala, ele percebeu, mas algum tipo de dardo paralisante. A tontura o inundou. Sua visão vacilou. Ele caiu no chão, mas Ryan o pegou. As pessoas começaram a gritar, mas Ryan soltou um grito de fúria e Nathan sabia que o seu


companheiro tinha sido baleado também. Ele agarrou a mão de Ryan, mas descobriu que não podia apertar. Lutar para permanecer acordado não estava funcionando. A boca de Ryan abriu e fechou, mas ele não conseguia entender as palavras. A inconsciência o tomou.

Capítulo Nove Ryan acordou antes do seu companheiro. A dor percorreu a sua espinha, onde os bastardos o acertaram. Não por uma bala, lembrou Ryan, mas com algum tipo de dardo paralisante. Esses idiotas precisavam deles vivos. Esfregando os dentes, forçou os olhos e os membros a se moverem. No início, seus músculos se recusaram a obedecer, ainda sob os efeitos do dardo. Rosnando suavemente sob sua respiração, Ryan sentou-se, percebendo imediatamente que usava roupas diferentes. Ele puxou o macacão laranja com nojo. Ótimo. Os humanos aparentemente queriam que os seus prisioneiros se sentissem prisioneiros. O pânico se instalou dentro dele quando se lembrou de Nathan levar um tiro por ele. ― Nathan ― sussurrou. Um gemido respondeu-lhe. Uma onda de alívio o percorreu quando viu o corpo inconsciente de Nathan a poucos metros dele. Ryan rastejou para o


seu companheiro, verificando se Nathan tinha ferimentos sérios. Nathan não tinha nada além de contusões. Ele sentou-se perto do seu companheiro, recusando-se a deixa-lo. Por que os guardas os colocaram numa cela o confundia. As razões não podiam ser boas, mas a presença de Nathan lhe dava conforto. Se acordasse com Nathan desaparecido, Ryan sabia que teria ficado louco, insano, não sabendo onde estava seu companheiro. Ele acariciou as costas de Nathan, sorrindo quando Nathan soltou um murmúrio feliz sob sua respiração. Ryan trocaria qualquer coisa para estar lá fora. Se pudesse voltar no tempo, não teria caído na armadilha dos irmãos falcões. Todos o advertiram para ter cuidado, disseram-lhe que poderia ser uma armadilha. Nathan também percebeu que algo estava errado, mas seu companheiro leal esteve ao lado dele quando ninguém mais esteve. Ryan nunca esqueceria isso. — Ryan? — Uma voz chamou de algum lugar, um sussurro feminino. Ryan levantou a cabeça para a voz familiar. Não podia ser. Deixando o lado do seu companheiro um segundo, ele foi para as barras e olhou para fora. Na cela oposta em frente a ele estava Kayden e Tanner. Kayden olhava para a parede, parecendo derrotado. Tanner o viu, mas desviou o olhar ao seu rosnado. Lidaria com estes dois mais tarde. Como dois shifters aparentemente fortes iriam ajudar esses seres humanos e não perceber que os iriam trair, eludiu Ryan. Nathan diria que estavam desesperados, que queriam salvar seu irmão tanto quanto ele queria salvar Allie. Bem, foda-se. Se Ryan saísse da cela, a primeira coisa que faria era despedaçar aqueles mentirosos. Seu olhar se moveu para a cela à direita, e o seu coração quase caiu. Sentada contra a parede com os joelhos puxados para o peito, estava a sua irmãzinha. Ela parecia pior do que nas fotos que Kayden e Tanner tinham. Allie


estava muito magra, pálida e mesmo à distância, Ryan podia distinguir marcas de agulha em ambos os braços. O efeito dos supressores deve ter desbotado porque ele notou outros detalhes também. — Ei, irmão mais velho, — ela grunhiu, mas manteve a voz calma. Ryan olhou para a esquerda e para a direita. Não havia guardas nos corredores, mas ele podia ouvir alguns deles na sala ao lado das celas, rindo e brincando. A raiva nele aumentou, mas o que poderia fazer? Tocando nas barras lhe disse que o metal era reforçado com prata. As algemas em seus pulsos eram iguais, especialmente construídas para conter shifters. — Allie, como você está se segurando? — Assim que Ryan fez essa pergunta, sentiu-se estúpido. ― Não tão bem ― respondeu ela, desviando o olhar. O que diabos esses bastardos fizeram com ela? A Allie que ele conhecia era forte, uma lutadora. Ele sentiu uma mão no seu ombro e soube que era Nathan. Nathan não falou, apenas colocou a cabeça no seu ombro, mas foi o suficiente para acalmar Ryan. Ele não estava sozinho aqui. Ryan não deixaria o desespero comê-lo, embora soubesse que eventualmente, o desespero atingia até mesmo os mais fortes neste miserável inferno. — Você foi pego tentando me resgatar? — Ela perguntou. — Ryan, tenha cuidado com suas palavras. Há câmeras, — Nathan sussurrou no seu ouvido. Mantendo isso em mente, Ryan assentiu, olhando para Allie. — Noel queria esperar, mas fiquei imprudente e confiei em alguns idiotas que nos levaram a uma armadilha. — Nós? — Ela perguntou, soando como seu velho eu novamente. ― Nathan. Meu companheiro, — Ryan explicou, gesticulando para Nathan. Seus olhos se suavizaram.


— Oh, irmão mais velho, eu estou tão feliz por você. — Há muitas coisas que perdeu, mas vamos recuperar o atraso logo. — Parece um bom sonho —, ela murmurou. — Ryan, eu preciso te dizer uma coisa, — Nathan murmurou no seu ouvido. Ele deu um aperto no braço de Nathan. As vozes dos guardas ficaram mais altas, e Ryan soube que não tinham o luxo de falar muito mais. — Seja forte, pequena irmã. Vou tirar-nos daqui ou Noel. Ela sorriu, mas era como se fosse uma indulgência, como se soubesse que ele estava dizendo mentiras para fazê-la se sentir melhor. Um bastão bateu nas suas barras, e o rosto feio de um guarda apareceu. ― Não fale ― advertiu o guarda. Ryan mostrou os dentes. Nathan puxou o seu braço e Ryan decidiu que, por agora, poderia jogar de lobo submisso. Dar um passo para trás fez o guarda rir. — Este é um bom menino —, disse o parceiro do primeiro guarda. — Animais que sabem o seu lugar duram mais tempo aqui, mas no fim? Todos acabam no chão. O primeiro guarda pareceu achar engraçado e riu às gargalhadas. Se as barras não os separassem, Ryan teria enrolado uma mão com garras em torno de ambos os pescoços e rasgado suas gargantas. Inferno, eles não mereciam mortes rápidas. Ryan o faria o mais lento e o mais doloroso possível. ― Matthews, não gosto de como este está olhando para mim murmurou o segundo guarda. O primeiro puxou seu taser e bateu contra as barras das suas celas. Nathan pulou ao lado dele, mas Ryan não se encolheu, apenas deu ao bastardo um olhar frio e calculista. Se cometessem o erro de abrir a porta da sua cela, iriam ter uma surpresa desagradável.


― Deixe-o em paz. Os novos cativos não são nossas prioridades, os da cela 244 são. A cela 244 era onde Allie estava. Ryan olhou para os dois guardas. — Isso deixou-te louco, cara grande? Um desses animais é seu amigo? —, Zombou o segundo guarda. Nathan o agarrou e, desta vez, Ryan deixou Nathan arrastá-lo para a parte de trás da cela, não que houvesse muito espaço. Ryan continuou a olhar para os dois bastardos. Parte dele estava chateado, que Nathan estava dizendo para ele se comportar. Os lobos não foram feitos para ser enjaulados, mas então, o seu lobo também sabia o que Nathan estava querendo dizer. Atrair atenção agora não era a melhor ideia, não quando Ryan sabia tão pouco sobre a sua situação. Nathan descansou a cabeça no seu ombro, e Ryan estendeu a mão automaticamente para acariciar o cabelo do seu companheiro. ― Olha para isso. Vocês dois cães têm sorte porque os superiores querem estudá-los juntos — observou o primeiro guarda. — Não é tanta sorte assim — disse o segundo guarda. Os olhos do homem brilharam de malícia. — Os cientistas têm um fascínio com pares acasalados. Eles vão faze-los sofrer e desejar que estivesse mortos. Ryan quase perdeu o controle então, mas Nathan segurou o seu braço, uma súplica silenciosa em seus braços. Respirando com dificuldade, Ryan contou silenciosamente até dez na sua cabeça. Nessa altura, os guardas perderam o interesse e começaram a provocar Kayden e Tanner. Nathan pressionou seus lábios no lado do seu pescoço, distraindo o inferno dele. Como seu companheiro poderia permanecer calmo depois de tudo, surpreendia-o, mas um exame mais próximo mostrou-lhe que era tudo uma fachada. Ele pegou a mão trêmula de Nathan e apertou-a. Seu companheiro estava apavorado, e era tudo por causa dele.


— Eu preciso te dizer uma coisa, — Nathan sussurrou. Seu companheiro mantinha a voz suave o suficiente para que os guardas não ouvissem. Nathan foi direto ao ponto, e Ryan finalmente entendeu o porquê. Havia muitas variáveis desconhecidas. E se os dois guardas que patrulhavam o corredor tomavam H também e possuíam audição sobrenatural? Mas Ryan não pensou assim. Seus olhos não estavam injetados, um sinal de que os humanos estavam abusando da droga e os relatórios disseram que era viciante. ― Antes de chegarmos aqui, Sergio ligou ― começou Nathan, com a voz apressada. No início, a raiva cresceu dentro de Ryan. Ele não disse nada por alguns segundos, mesmo depois de Nathan terminar de explicar. — Ryan?— Nathan perguntou, olhando em seus olhos. ― Desculpe por não ter contado mais cedo. Eu nunca tive a chance. Demasiado

chateado

para

falar,

Ryan

olhou

para

as

barras

impedindo-os de voltar ao mundo exterior. Se eles estivessem de volta na cabana, ele teria mudado e ido para uma corrida para esfriar sua cabeça. Eles não tinham esse luxo. Nathan não o traiu, e Ryan também era culpado, por cair na armadilha de Kayden e Tanner. O desespero levou as pessoas a fazer coisas estúpidas, sabia disso agora. Além disso, Sergio tinha chegado a Nathan no último minuto. Eles deixaram Blue River com pressa, com a intenção de passar pelos planos insensatos de Kayden e Tanner. Se Nathan lhe dissesse, Ryan sabia que ele não teria ouvido de qualquer maneira, e Nathan ainda o teria seguido até o fim. Ryan era o sortudo. Por alguma estranha razão, o destino decidiu dar-lhe um companheiro tão maravilhoso e atencioso. Porra, mas ele quase estragou tudo.


— Eu ainda estou zangado contigo — Ryan finalmente disse. Nathan envolveu seus braços ao redor dele e fungou. Ryan não pôde deixar de puxar seu companheiro para um abraço. ― Não há mais mentiras entre nós ― disse Ryan a Nathan. Nathan suspirou e olhou para ele. —Esta coisa do relacionamento trabalha em ambas as direções. Tomamos as decisões importantes juntos. Ryan estalou um sorriso. —Eu vejo isso agora. Se de alguma forma conseguirmos sair daqui... — Nós vamos. Assim como Allie e os outros, — Nathan insistiu, mas seu companheiro foi sábio o suficiente para manter sua voz baixa. — Confia tanto assim em Sergio? —, Ele perguntou. — Não é só no Sergio. Noel e Kian estarão lá também. — Isso é verdade. — Ryan pensou no seu irmão e em como Noel reagiria. A primeira coisa que Noel provavelmente faria era socá-lo, mas Ryan não se importava se isso significasse sair desse miserável inferno. Além disso, não achava que Allie pudesse durar mais tempo. Eles precisavam levá-la a um curandeiro também, um que curava corpos e mentes. O que os dois guardas disseram incomodaram-no imensamente embora. Kayden e Tanner pareciam ter pelo menos uma informação. Os cientistas

planejavam

realizar

alguma

experiência

com

Allie

e

seus

companheiros de cela. Isso não caiu bem em Ryan. — Precisamos nos portar bem. Eu não sei o que os outros planejam, mas eles virão —, disse Nathan numa voz tranquilizadora. — Se eles pegarem Allie, todas as apostas estão fora — Ryan disse calmamente. — Certo, — Nathan disse. — Eu entendo.


Capítulo Dez Eles não disseram nada por alguns segundos. Ryan não sabia quanto tempo tinha passado. Não havia brilho no olhar dela. Bem, ele supôs que eles estavam no subsolo depois de tudo. Que lugar horrível para morrer, mas Nathan estava certo. Ele não podia perder a esperança porque Noel estava com aliados. Ryan não pensava que conseguira dormi, mas exaustão e fome eventualmente fizeram suas defesas caírem. Ele adormeceu ao lado de Nathan. Ryan sonhava com coisas boas, de não estar deitado ao lado do corpo quente de Nathan em alguma cela suja, mas em uma confortável cama kingsize. Seria sua cama e na sua casa. Porra, Ryan tinha muito para compensar, um monte de coisas para viver. Antes, sua única prioridade era cuidar da sua família. Agora, as coisas eram diferentes. Ryan tinha que viver para Nathan. Ele ajudaria a tirar Allie e os outros. Uma vez que eles estivessem de volta ao mundo de luz, ele começaria a construir um futuro com Nathan, um cheio de amor e risos, não escuridão e miséria. As coisas que os guardas insinuavam, com o que os cientistas faziam com companheiros, o faziam ficar furioso. O acasalamento era sagrado entre os shifter. Usar seus laços especiais para algum experimento científico, para ver de que jeito funcionava, não ajudava o seu temperamento.


O som de passos o acordou. Ryan abriu os olhos e descobriu que Nathan ainda estava encolhido ao lado dele. Havia quatro guardas, incluindo os mesmos dois que patrulharam os corredores mais cedo. Tinham Taser e os dardos paralisantes, mas os cativos que arrastaram não tinham mais nenhuma luta neles. Vendo Allie, ele se levantou. Ele sentiu Nathan acordar e ficar de pé. ― O que você está fazendo com eles? ― Ryan exigiu. Em vez de ficar quieto e obediente. Ele agarrou as barras da cela e repetiu a pergunta. ― Feche a boca e cuide do seu próprio negócio ― alertou um dos guardas. Na cela oposta, ele notou que Kayden e Tanner também estavam de pé. O medo e a raiva estavam nos rostos dos irmãos, e ele compreendeu por quê. Junto com Allie, Ken estava sendo levantado. ― O que você vai fazer com eles? ― Tanner exigiu. ― Você se cala também ― disse outro guarda. ― Carne fresca ― murmurou outro, ― não pode manter suas bocas fechadas. ― Esse é o meu irmão ― gritou Kayden. ― Oh sim? Boo hoo. Nenhum de nós se importa. Não se preocupe, você vai se juntar a ele em breve. Os cientistas estão ansiosos para testar seu último lote sobre essas almas miseráveis. ― O que está demorando tanto? ― Acrescentou uma nova voz, e Ryan viu um homem magro e calvo com um casaco de laboratório branco. Este era um dos cientistas que trabalhavam para as Indústrias Alpine, a amargura da sua existência? ― Só um par de bichinhos, Dr. Williams ― disse um dos guardas. ―

Apresse-se.

Não

temos

o

dia

todo.

experimentos a serem executados ― disse Williams.

Temos

um

par

de


Ryan apertou os dentes e tentou as barras. Nada aconteceu. O metal não se moveu e feriu as palmas levemente, provavelmente por causa da prata misturada. ― Você quer testar essas drogas neles? Esses shifters meio mortos não lhe darão bons resultados, não é? ― Nathan finalmente falou ao lado do seu ombro. Ryan lançou a Nathan um olhar de advertência. O que o seu companheiro estava fazendo? ― Você é um espécime animado ― observou Williams, olhando Nathan de cima e para baixo. O bastardo deu a Ryan um olhar contemplativo. ― Ouvi dizer que pegamos um casal. É maravilhoso. Vocês dois parecem ter mais tempo do que o resto. O estômago de Ryan deu um nó ao ouvir ele mencionar os outros. Quantos lobos acasalados esses babacas cortaram? Pelo menos ele finalmente captou o plano de Nathan. Nathan estava claramente chamando a atenção do cientista de Allie e os outros para eles, mas será que era uma boa ideia? Ele também não queria perder Nathan, mas se Noel e Sergio viessem, tudo o que tinham que fazer era segurar até que a cavalaria chegasse, certo? Ele olhou para o cientista. Ryan sabia que papel ele precisava jogar. Se eles estavam indo para o bom shifter e o mau shifter precisava agir, então ele teve que desempenhar seu papel de companheiro protetor. ― Leve-nos. Use-nos em vez deles. ― inferno ― Ryan resmungou as palavras. Parte dele recusou-se a deixar Nathan ir, mas que escolha eles tinham. ― Hmm, o que são esses outros cativos para você? ― Williams perguntou. ― Isso importa? Alguns deles são amigos, irmãos, irmãs, amantes e família ― afirmou Nathan.


― Nobre lobo. A morte vem a todos nós no final ― Williams disse com uma risada. Ryan percebeu que havia mais do que curiosidade científica por trás desses óculos com aro de chifre. A crueldade permanecia lá, e uma raia sádica. Este babaca apreciava torturar e cortar as pessoas. ― Um par acasalado contra meia dúzia de shifter não equilibra as probabilidades ― refletiu Williams. O coração de Ryan afundou. O plano de Nathan falhou? ― Leve-nos também ― Tanner surpreendeu a todos dizendo. O cientista olhou para os irmãos. ― Vocês não são um par acasalado. ― Nós somos irmãos. Nós também compartilhamos um vínculo especial. É verdade que não é tão especial como o vínculo de companheiro, mas podemos nos comunicar mentalmente, tornando-nos diferentes dos irmãos normais de shifter ― Kayden insistiu. Se isso era mentira ou verdade, Ryan estava incerto. Por um segundo, ele encontrou o olhar de Kayden através das barras. Eles chegaram a uma compreensão silenciosa. Apesar de Ryan não perdoar os irmãos, eles se entenderam perfeitamente. Eles estavam fazendo isso por Ken e Allie. ― Não faça isso, Kayden ― sussurrou Ken. Foi o primeiro sinal animado que Ryan viu no falcão. O olhar de pânico de Allie encontrou o dele e ele sabia que ela não queria que ele fizesse isso por causa dela também. Ele balançou sua cabeça. Ryan desejou poder dizer-lhe que tudo estaria bem, que tinham um plano, mas ele não tinha certeza disso. Williams considerou Kayden por um momento.


― Muito bem. Pouco importa para nós. Eventualmente, vamos usar o nosso estável de espécimes. Guardas, coloque os cativos de volta e pegue esses quatro. Nathan segurou sua mão e Ryan deu-lhe um olhar que ele esperava ser convincente. Eles sairiam daqui, mesmo que lhe custasse a vida. Ryan não lutou contra os guardas quando abriram sua cela e cutucaram Nathan e ele para fora. Kayden e Tanner foram trazidos para fora também. Dr. Williams foi em frente. Passaram pelo corredor e entraram numa sala. Eles passaram por muitas celas, e Ryan percebeu que cada cela estava cheia de shifter. A maioria parecia que tinham estado lá mais tempo do que outros e eles sentavam em torno das suas celas com os olhos desesperados. Mesmo se Kayden e Tanner nunca os traíssem como poderiam tirar Allie e Ken daqui e deixar todos os outros para trás? Pela primeira vez na sua vida, Ryan orou ao Deus em quem nunca acreditou e esperou que o seu irmão chegasse a tempo. Parecia uma eternidade quando passavam por todas as celas de espera e subiam um lance de escadas. Nathan estremeceu. Se Kian e a sua antiga matilha não fossem salvos pelos lobos de Darkfall, eles seriam empurrados para uma dessas celas e deixados para apodrecer. Não que a sua situação fosse melhor, mas ele sabia que tinha que agir. Ele não conhecia Ryan há tanto tempo, mas sabia o suficiente. Seu companheiro valente e poderoso era um protetor. Se Allie morresse, isso seria um golpe que Ryan nunca recuperaria, e Nathan não poderia ter isso. Se possível, queria que todos vivessem, além disso. Williams era um risco que eles tinham que tomar, mas ele estava se arrependendo um pouco agora. E se Sergio chegasse tarde demais? Nathan e Ryan nunca veriam o amanhã?


Passaram as escadas, passaram por paredes brancas e por pisos de concreto e teto. Passaram por várias salas, mas as paredes de vidro mostraram a Nathan os horrores que continham. Shifter contidos, empurrados e empurrados dentro de tanques gigantes. Tudo parecia cenas de algum filme de ficção científica de terror, mas os gritos eram reais o suficiente. Ele parou uma ou duas vezes, fazendo os guardas empurrar seus Taser para ele, mas nenhuma eletricidade passou através da sua pele. Ele adivinhou que não queriam danificá-lo antes que os cientistas começassem a trabalhar nele. Finalmente, eles pararam na frente de uma porta que simplesmente se lia “Sala de Teste de Produto”. Eles foram introduzidos e um frio se formou sobre a pele de Nathan. A sala não parecia tão monstruosa como as outras. Quatro cientistas estavam dentro, e todos pareciam ocupados, lendo cartas ou olhando tabletes. Metade da sala continha independentes equipamentos enquanto a outra metade era dominado por paredes e pisos. Correntes pendiam do teto daquela metade. Havia um dreno no lado esquerdo do chão, onde Nathan supunha que o sangue era lavado. ― Ah bom, estes são para o teste, Reeve? ― perguntou um dos cientistas, que nem sequer olhou para cima da tela do computador. ― Eu pensei que o Dr. Williams mencionou que pregaria os que estavam doentes, esses parecem saudáveis ― comentou outro. ― São voluntários ― respondeu Reeve. Reeve disse a palavra "voluntários" como se isso o desgostasse. ― Pouco importa. Vamos fazer isso um por um. Pegue o primeiro ― disse o cientista com desdém. ― Qual de vocês, mártires, quer ir primeiro? ― um dos seus guardas sibilou nos seus ouvidos.


Ao perceber que Ryan estava prestes a subir, Nathan quase perdeu a compostura, mas Kayden bateu em Nathan. ― Eu irei, ― Kayden disse, olhando para Ryan e Nathan. ― Sinto muito por enganá-los. Isso não significa muito, mas se você estivesse no nosso lugar, você faria o mesmo. ― Como o inferno que eu faria ― respondeu Ryan, sem graça. ― Cale-se, ― o guarda ao lado dele comandou, usando seu Taser. Ryan grunhiu quando o guarda empurrou o Taser pelas costelas, mas Ryan não caiu inconsciente ou ficou paralisado. Levava mais que isso para derrubar um shifter enorme como seu companheiro. Nathan silenciosamente jurou sob sua respiração. Ele não gostava de ver seu companheiro machucado, mas era culpa dele que eles estivessem aqui. Pensou que a satisfação o encheria vendo o homem que os traíra com dor. Não. Vendo Kayden, qualquer shifter, contido como um animal e injetado com um líquido claro arranhou os seus nervos. À sua direita, Tanner lutou e gritou, mas isso só deu a Tanner mais golpes e contusões. Os guardas tiveram de atacá-lo duas vezes até que Tanner estivesse pendurado pelos braços. Os primeiros segundos, nada aconteceu. Kayden pendia coxo nas suas restrições. ― Bem, isso é decepcionante ― murmurou um dos cientistas. Nathan não se incomodou em ler o nome do cara. Os nomes não ajudariam porque cada pessoa que trabalhava neste laboratório era um monstro. Tremores correram para cima e para baixo do corpo de Kayden e Kayden de repente se sacudiu. Um grito de agonia saiu dos lábios de Kayden, fazendo o cientista acenar com a cabeça em satisfação. ― Aquele a seguir ― disse o cientista, apontando para ele e para Ryan.


― Não! ― Protestou Nathan, gemendo quando um guarda bateu um punho nas suas costelas. Ryan não lutou. Os guardas acorrentaram seu companheiro ao lado de Kayden, esticando o enorme corpo de Ryan. Nathan sabia que as restrições seriam suficientes. As Indústrias Alpine tinham suas operações como uma fábrica eficiente, certificando-se de que nenhum engate estaria fora do lugar. Nathan ficou tenso quando o mesmo cientista tirou uma seringa de um estojo. Havia números rotulados em cada um deles. Nathan encontrou o olhar de Ryan na miséria. Deus. Ele nunca quis que isso acontecesse. Kayden não tinha parado de gritar, e Nathan não pensou que ele poderia ficar assistindo a mesma coisa acontecer com Ryan. ― Afaste-se dele ― gritou Nathan. ― Eu disse para manter a boca fechada. ― O guarda ao lado dele o golpeou com o seu bastão, retirando o ar dos seus pulmões. Nathan levantou, os olhos molhando enquanto ele caiu de joelhos. ― Fique de pé, cachorro ― disse o guarda. Ryan rosnou nas suas restrições. Para seu horror, Nathan observou o cientista empurrar a agulha no lado do pescoço de Ryan. Os olhos de Ryan aumentaram, e ele tornou-se silencioso. Seu coração batia contra o seu peito. Nathan imediatamente procurou o lobo de Ryan usando seus laços metafísicos e encontrou o lobo de Ryan fora de controle. A besta dominante surgiu dentro de Ryan, ansioso para ficar livre e Nathan compreendeu que estavam forçando a mudança no seu companheiro. Nathan desesperadamente segurou o lobo do seu companheiro. Foi difícil. A besta de Ryan resistiu e lutou, mas no final, a energia calmante que Nathan enviou para Ryan através do seu vinculo ganhou. Com um grunhido cansado, a cabeça de Ryan caiu.


Interessante

murmurou

o

cientista,

dedos

batendo

excitadamente na sua mesa. ― Traga este companheiro aqui. Nathan foi arrastado para seus pés, e Nathan concluiu que os cientistas

provavelmente

iriam

testar

os

limites

do

seu

vínculo

de

acasalamento. Eles entenderam como doía mais ver seu companheiro sofrer do que receber dor? Foi então que os alarmes começaram a soar. Fora da sala, Nathan ouviu o som distinto de um tiro seguido de rosnados e uivos de fúria. Nathan sabia que Sergio não vinha apenas para a luta com garras e dentes. O Alfa da matilha Darkfall usaria qualquer coisa, incluindo munição pesada para libertar os prisioneiros e derrubar esse circo de horrores. ― Porque você está sorrindo? ― Perguntou o guarda segurando-o. O homem sacudiu-o. ―Oque você sabe? Tanner usou esse momento para acotovelar o guarda nas costelas, fazendo com que a guarda soltasse a arma. Nathan facilmente agarrou a arma com as duas mãos. Seus pulsos ainda podiam estar contidos, mas ele sabia usar uma arma. Uma vez que ele encontrou o gatilho, ele não hesitou. Ele atirou no guarda segurando Tanner, fazendo o homem gritar. Confiando em que Tanner saberia o que fazer, Nathan usou a arma no seu próprio guarda, atirando no homem na perna. Quando o guarda caiu, Nathan procurou as chaves. Encontrando-a no cinto do guarda, ele liberou seu pulso. ― Evacue a sala de testes imediatamente ― disse um dos guardas aos cientistas. ― Nós não terminamos. Tenho certeza que é apenas um incidente menor ― disse o cientista que inseriu a seringa em Ryan e Kayden.


Menor incidente seu burro. Nathan atirou nele em seguida, acertando o homem diretamente na perna esquerda. O cientista gritou, e Nathan correu para o seu companheiro. ― Não perca, querido ― Ryan tinha a coragem de provocar. ― Você está claramente bem, ― murmurou Nathan. Isso não era exatamente verdade. Ele podia sentir a besta de Ryan pairando na superfície, ansiosa para ser libertada. Desta vez, Nathan não iria parar Ryan. Apontando a arma para as restrições na cabeça de Ryan, Nathan disparou. Ele errou a primeira vez, mas conseguiu na terceira vez. Liberado, Ryan soltou um uivo de triunfo e mudou. Os outros guardas estavam procurando suas armas, mas um lobisomem disparou pela porta e um segundo o seguiu. Do lado de fora das janelas de vidro, reinava o caos. Mais lobos estavam pelo corredor, seguido por shifter aviários e outras raças. Pelo canto do olho, viu Tanner ajudar seu irmão ainda gritando a descer. Ele não tinha ideia do que os cientistas injetaram em Kayden, mas apesar da sua traição, ele esperava que Kayden se recuperasse. Um dos lobos que veio em seu socorro mudou, revelando um lobo de Darkfall que ele reconheceu. ― Nathan, graças a Deus que nós chegamos a você ― disse Raul. Ryan estava ao seu lado e rosnou para Raul em advertência. Nathan pegou um punhado de pelo do seu companheiro e disse a Ryan: ― Ele é um amigo. Raul está casado com um dos meus bons amigos, Logan. Ryan se acalmou. Raul riu. ― Fico feliz em ver que você encontrou seu companheiro. Não temos tempo. Os bastardos humanos estabeleceram a base para explodir caso estivessem infiltrados. Saia daqui ― sugeriu Raul.


― Ainda não podemos. Precisamos tirar dois cativos. ― Os relatórios não eram claros. Quantos são? ― Eu não sei os números, mas pelo que eu vi, devemos ter passado pelo menos uma centena de cativos ― respondeu Nathan. Nesse momento, Raul jurou. ― Conduza-nos ― disse Raul. ― Espere, nós vamos com você ― Tanner interveio. Raul franziu o cenho. ― Você é um dos falcões que traiu seu rebanho. ― Aceitaremos qualquer castigo que o rebanho considere adequado ― sussurrou Tanner, ainda segurando seu irmão meio enlouquecido. Tanner deu a Nathan um olhar de súplica. ― Por favor, salve Ken também. ― Vamos tirar Ken. Pegue Kayden e saia daqui nos encontraremos lá fora ― prometeu Nathan. As lágrimas borravam os olhos de Tanner. ― Obrigado. Nathan não tinha tempo para ficar. Uma vez em todas as quatro patas, Ryan entrou em uma corrida, e ele seguiu atrás do seu companheiro. Foi maravilhoso estar na pele do seu lobo novamente. Ele não podia imaginar a vida atrás das grades, incapaz de mudar. Eles voltaram seus passos. Adrenalina correndo em suas veias, Nathan correu ombro a ombro com o seu companheiro. Com apoio, eles derrubaram os guardas que abriram fogo contra eles. Sentia-se bem, afundando os dentes no inimigo. Nathan não era ingênuo. Ele sabia que a misericórdia não tinha lugar aqui. Seus inimigos nunca ficariam abaixados. A experiência pessoal ensinou-lhe que as Indústrias Alpine não descansariam até que cada uma das comunidades paranormais estivesse morta.


Alguns shifter foram feridos, mas Nathan viu que Sergio tinha trazido uma abundância. Eles iriam ganhar uma ajuda. Alguns dos lobos de Raul voltaram a ser humanos para abrir as portas das celas, e Nathan confiou neles para tirar todo mundo. Deixando o grupo de Raul para trás, encaminharam-se para a cela de Allie. A porta foi aberta, mas os ocupantes permaneceram dentro. Um shifter urso estava de lado, cheio de balas. Eles pararam, vendo o Dr. Williams em pé na frente da cela. O médico virou-se. Ver a dinamite amarrada ao peito do homem - um colete suicida, o Dr. Williams estava segurando o gatilho - o fez congelar. Ele ofegou, olhando para os capturados assustados ainda na cela e o médico insano. Dois guardas sombrearam Williams, e ambos tinham olhos injetados de sangue, dizendo a Nathan que esses dois estavam dopados com L. ― Nenhum de vocês está saindo daqui vivo ― disse Williams com um sorriso.

Capítulo Onze Nathan estava perdido. Ele podia sentir a frustração de Ryan ao lado dele. Eles literalmente entraram no inferno para salvar Allie, mas tudo ainda se resumia a isso. Confiar que ainda assim Williams não provocaria a explosão,


Nathan se voltou para o ser humano e levantou as mãos. Ryan permaneceu perto dele, pronto para atacar a qualquer momento. — O que você quer, Williams? ― Nathan finalmente perguntou. — Uma passagem segura para fora daqui, incluindo meus guardas. ― Williams disse automaticamente. Nathan não tinha certeza se podia acreditar no homem. — Vê essas coisas bonitas presas ao meu peito? ― Williams disse na sua calma. Nathan olhou mais de perto e viu que o cientista não tinha dinamite normal lá, mas cilindros cheios com um líquido incolor. Ryan rosnou ao lado dele, provavelmente reconhecendo o que continha neles. Williams deve ter visto o reconhecimento em seus olhos porque o cientista acenou. Williams continuou. —

Está

certo.

Nitrato

de

prata.

Este

dispositivo

foi

criado

verdadeiramente para vocês, e se eu pressionar este botão, o raio é suficiente para alcançar todos os animais miseráveis naquela cela, incluindo os pombinhos. — Eu não tenho certeza se o Alfa da matilha Darkfall vai permitir que você saia ileso. ― Nathan respondeu sinceramente. — O convença. ― Williams disse simplesmente. Williams girou o fino interruptor na mão. Havia apenas um botão lá, o gatilho para a bomba. — Bem. Eu preciso de um telefone. ― Nathan explicou. — Dax, dê ao lobo um telefone. ― O guarda grunhiu e deslizou um telefone pelo chão. — Agora não tente nada engraçado, lobo, ou todos nós morremos aqui. ― Williams advertiu. — Eu entendo.


Engolindo, ele pegou o telefone. Não conseguia se lembrar do número de Sérgio de cabeça, mas vislumbrou o familiar pelo preto atrás dos guardas. Noel estava lá, e ele sabia que Noel teria apoio com ele. A situação era delicada, mas se ele pudesse jogar isso direito, ninguém seria prejudicado. Ele discou o número de Kian. — Coloque no alto-falante. ― Williams mandou. Nathan apertou o botão. Ninguém atendeu. Por que Kian deveria? Nathan sabia que o seu irmão também estava em algum lugar nas instalações, ajudando os outros. — Ele não está atendendo. ― Nathan disse friamente. O rosto de William se contorceu de raiva. — Você me acha idiota? Me traga outra pessoa. Noel saiu do seu esconderijo, um borrão negro. Outros dois lobos o seguiram. Convencidos de que pegariam os guardas, Nathan mergulhou para Williams. Ryan seguiu o exemplo, atacando o médico indo para suas pernas. Com um grito, Williams perdeu o equilíbrio. Nathan pegou o controle remoto assim que Williams largou o controle. Um dos guardas apontou uma arma para ele, mas Ryan mudou de alvo, atacando o guarda. Nathan caiu no seu traseiro com um baque. — Vão! ― Ele gritou aos cativos. Alguns pareciam confusos. — Todos para fora. ― Allie ordenou, e os shifters começaram a se mover. — De jeito nenhum. O fôlego de Williams estava quente contra sua orelha. Nathan podia dominar o humano, mas ele fez uma pausa, sentindo a ponta afiada de uma faca contra o seu pescoço. — Me dê o controle remoto, animal. — Eu não sou um animal. ― Nathan cuspiu.


Viu Ryan se movendo a uma velocidade desumana. O rosnado de advertência que saiu da garganta de Ryan ecoou pelo espaço estreito. O médico congelou por um milésimo de segundo, tempo suficiente para Nathan bater um punho no rosto do médico. A faca desenhou uma linha de sangue, mas Nathan a derrubou, satisfeito quando caiu no chão. Ryan era um perigoso borrão de garras e dentes. Quando Nathan procurou seu companheiro, Ryan arrancou a garganta do cientista. Vendo um guarda no chão alcançar sua arma, Nathan gritou e mergulhou na linha de visão do guarda. A arma rugiu. A bala bateu diretamente no peito de Nathan. Com um grunhido doloroso, ele deslizou no chão, a alguns centímetros do seu companheiro. Registrando a dor. Sua visão se tornou trêmula, e Nathan sabia que a bala poderia ter errado seu coração por um centímetro, mas era prata. Logo, o veneno atingiria sua corrente sanguínea. O lobo nele o encorajava a lutar. Ele podia ouvir vagamente o rugido de Ryan. Ele podia ver o suficiente para ver seu companheiro enlouquecer. — Ryan. ― Ele murmurou, tossindo sangue. Ouvindo-o, seu companheiro voltou para ele, cutucando o nariz no seu focinho. — Vai ficar tudo bem, querido. ― Ele sussurrou, agarrando o pelo de Ryan. — Estou feliz por conhecer você. Com essas últimas palavras, Nathan podia sentir a vida deixando seu corpo. Parte da sua mente sabia que ele ainda não tinha dito as três palavras importantes, mas ele estava tão cansado, e a morte era tão tentadora. Ele não faria mais mal se ele fosse para aquele lugar, mas ele ainda se sentiria vazio sem o seu companheiro. Não importava, Nathan decidiu. Não importava quanto tempo demorasse, ele esperaria por Ryan. Com esse pensamento persistente, Nathan fechou os olhos.


Algo vitalmente significativo estourou dentro de Ryan quando Nathan tomou o tiro por ele. Ele ficou furioso, despedaçando qualquer inimigo no seu caminho. Nathan chamando seu nome o devolveu à razão. Ele se aconchegou ao lado do seu companheiro, o coração quebrando quando Nathan agarrou seu pelo e olhou em seus olhos. Nathan tinha um pequeno sorriso em seus lábios como se estivesse mantendo algum segredo de Ryan. Ryan não podia acreditar que isso estava acontecendo. Eles pegaram os maus. Eles salvaram Allie e os outros. Perder Nathan nunca esteve no itinerário. O sofrimento se apoderou dele uma vez que Nathan fechou os olhos. Ryan alcançou sua metade humana. A mudança foi brutal, dolorosa, mas ele não se importou. Queria sentir os lábios de Nathan sobre ele pela última vez. Reunindo o corpo inerte de Nathan em seus braços, Ryan se perguntou como ele poderia continuar depois disso. Como ele pode ser tão estúpido? Como ele pode deixar de lado alguém tão importante, logo depois de encontrar Nathan? Ele sentiu alguém se juntar a ele no chão, mas quem quer que fosse não era uma ameaça. Agora, ele não se importava com nada. Ryan queria apenas manter seu companheiro até que o seu tempo limitado acabasse. — Irmão, eu tenho alguém que pode ajudar. Ryan ficou surpreso ao ver Allie ajoelhada ao lado dele. À sua direita estava uma mulher cansada em seus atrasados quarenta. — Esta é Kate, ela é uma curandeira. ― Allie explicou. — Deixe ela ver o seu companheiro.


Ryan não queria deixar Nathan ir, mas ele também precisava correr o risco. A mulher examinou Nathan e colocou as mãos sobre o seu peito. Ele sentiu o calor que emanava dela. Parecia que a eternidade passou, mas de repente, o peito de Nathan subiu e desceu. Algo rolou para o chão, e Ryan levou um segundo para perceber que era a bala previamente alojada no peito de Nathan. A mulher recuou. Allie encontrou o olhar dele. — Nós vamos na frente, irmão. Te vejo lá fora. Ryan beijou sua bochecha antes dela partir, antes de voltar sua atenção para as suas costas. Com um suspiro, os olhos de Nathan se abriram, procurando constantemente. — C-Como estou vivo? ― Nathan perguntou. Havia surpresa na voz de Nathan, mas Ryan mal conseguia acreditar. Puxando Nathan em seus braços, ele devorou os lábios de Nathan. O sabor familiar e o calor e o gosto do seu companheiro inundaram sua garganta. Seu pênis se animou, mas eles tinham tempo para isso mais tarde. — Allie tinha uma curandeira com ela. ― Ryan murmurou. — Graças a Deus, porque eu não sei como eu poderia viver comigo mesmo. — Não seja exagerado, ― Nathan disse com um sorriso. Ryan franziu as sobrancelhas para ele. — Quase te perdi, querido. Isso nunca vai acontecer novamente, porque eu nunca vou deixar você ir. — Parece uma promessa. Ryan ajudou Nathan a se levantar. — Como você está se sentindo? ― Ryan tinha que perguntar. Ele tocou o peito de Nathan. Havia sangue seco lá, mas a ferida tinha fechado. — Me sento melhor, especialmente quando acordei em seus braços. Eu pensei por um segundo que eu estava lá no céu.


Ryan bufou. — O céu não deve ser tão sombrio. Agora vamos dar o fora daqui. Ele deu uma boa olhada ao redor. A maioria das celas foram esvaziadas. Ainda havia tiroteios e gritos misturados com rugidos e rosnados em algum lugar da instalação. — É hora de ir para casa. ― Nathan disse. — Espere um segundo. Ryan disse, parando na frente do que parecia ser um escritório privado com o nome Dr. Todd Williams na porta. Virando a maçaneta da porta eles se foram para dentro de um escritório de aspecto normal completo com escrivaninha, prateleiras e um computador. — O que você está procurando? ― Nathan perguntou. — Qualquer coisa que possa ajudar a causa. ― Ryan disse, limpando todos os arquivos que podia encontrar. Nathan ligou o PC e encontrou um pen drive. — Estou levando tudo do seu disco rígido. Tenho certeza que Sergio ordenou que o resto dos seus lobos fizessem o mesmo. Ouvindo várias séries de explosões em algum lugar perto, Ryan segurou na parede quando o chão de repente tremeu. — Precisamos sair daqui rápido. ― Ryan disse. Ele jogou as pastas na sua bolsa. Nathan terminou de copiar os arquivos e colocou a unidade na sua bolsa. — Vamos, lobo. Este edifício não vai durar muito tempo. Ryan enrolou sua bolsa ao redor do seu pescoço e deslocou. Uma vez que eles estavam de volta na forma de lobo, eles fugiram correndo. Havia corpos em toda parte, tanto humanos como shifters. Muita gente morreu hoje, pensou Ryan com o coração pesado. Haveria mais baixas no futuro. Muito ruim que as Indústrias Alpine não pareciam interessada em alterar seus planos.


Vários shifters se juntaram à fuga. Ryan vagamente se lembrou do caminho de volta para a entrada. Mais bombas dispararam trás deles. Parecia que os lobos de Darkfall queriam trazer o lugar inteiro abaixo, e Ryan não podia culpá-los. Uma vez que todos os prisioneiros tinham saído e os dados recuperados, não havia utilidade em deixar evidências para trás. Eles finalmente chegaram aos túneis que entraram da primeira vez. Seu grupo foi o último a chegar. Ryan provou o ar da noite na sua pele e ficou aliviado. A clareira da floresta estava cheia de cativos resgatados e seus salvadores. Sergio tinha sido bastante atencioso trazendo curandeiros também, que estavam cuidando dos feridos. Ryan sentiu vários humanos no grupo. Ele adivinhou que esses eram os que mudaram de lado durante a luta. Vendo seu irmão e o seu companheiro de pé de um lado, ele cutucou Nathan. Eles fizeram o seu caminho para Noel e Kian. Noel estava advertindo Allie, que estava sendo cuidada por um curandeiro. Kian tinha roupas de reposição prontas para eles. Ryan colocou uma calça de moletom. — Parece que nada mudou, você está tão mandão como sempre. ― Allie estava dizendo para Noel. Ryan se voltou para humano, tirando a bolsa dele. Ao vê-lo, Noel o puxou para um abraço apertado, um movimento surpreendente. Ele também viu Kian e Nathan trocar palavras de alívio. — Você bastardo. ― Noel disse, mas havia carinho no seu tom. — Nunca te perdoarei por fugir assim. — Não é culpa dele. ― Nathan brincou. Noel deu a Nathan um olhar. — Você deveria vigia-lo. Ryan bufou.


— Ninguém me diz o que fazer, especialmente não o meu companheiro. Noel riu. — É bom que finalmente você teve juízo de fazer de Nathan o seu companheiro. — Ninguém me fez fazer nada. ― Nathan declarou, fazendo Ryan rir. — Eu nunca pensei que veria o dia em que meus irmãos encontrariam seus companheiros. Vocês dois são teimosos como o inferno. ― Allie observou. — Conte-me sobre isso. ― Nathan murmurou em voz baixa. Ryan se agachou ao lado de Allie. — Desculpe, demorar tanto tempo para recuperá-la. Ela tocou sua bochecha e sorriu. Apesar de quão forte ela parecia, e quão velha ela se sentisse, sabia que ela seria alterada para sempre por suas experiências. Não importava porque eles estariam ao lado dela enquanto ela se curava. Ele a abraçou, feliz por ter sua irmãzinha de volta. — Vocês voltaram por mim. Isso é tudo o que importa. O que é melhor, vocês ajudaram a salvar os outros também. Se vocês acabassem voltando por mim, eu tentaria convencê-los a salvar todos também. Ela devolveu seu abraço. ― Eu sei. Ryan jurou que nada disso jamais aconteceria de novo. Os humanos podem tê-los apanhado desprevenidos, mas nunca mais subestimariam o inimigo. Um homem cheio de cicatrizes e enorme caminhou até eles, flanqueado em ambos os lados por dois outros lobisomens. Mesmo de longe, Ryan podia sentir as ondas de poder saindo do homem. Ele reconhecia um Alfa quando via um. Afinal, seu irmão era um, mas


ele sabia lá mesmo nesta altura que este era Sergio Esteban, Alfa da Matilha Darkfall. Mesmo Noel ficou cauteloso, apesar de Sergio lhes dar ajuda. Ryan encontrou o olhar do Alfa se aproximando calmamente. — Sergio, você chegou a tempo. ― Nathan disse. — Estamos quase perdidos tentando encontrar este lugar. ― Sergio disse, olhando para Ryan. — Você sabe quem eu sou? — Sim. Eu sou Ryan, Beta da Matilha Ruby de Sangue. —

O

que

você

fez

foi

muito

imprudente.

Sergio

disse

categoricamente. Não houve emoção na voz do Alfa quando ele falou. Esse homem certa vez soube sorrir, pensou Ryan, mas não precisava de um gênio para saber que Sergio experimentou perda e tragédia. Eles poderiam ter salvado Allie, mas ele ouviu que Sergio perdeu sua irmã durante esta guerra também. — Alguém tinha que fazer isso. ― Ryan disse, sem olhar para longe do olhar do Alfa. Ele ignorou o aperto de advertência que Noel deu no seu ombro. — Isso é verdade. Sem você ou Nathan, nunca teria encontrado este lugar. ― Sergio disse, soando cansado. Ele acenou com a cabeça para Noel. — Eu espero o apoio do seu bando no futuro. — Estamos com você. Me comprometo de que vamos conseguir todos esses patifes. ― Noel disse. — Eu não vou descansar até que as Indústrias Alpine seja queimada no chão juntamente com sua droga. ― Sergio respondeu sombriamente. Depois que o Alfa se afastou, Ryan deu uma boa olhada na entrada agora inexistente que levava aos laboratórios, enterrada por escombros. Ryan concordou completamente com o sentimento do seu irmão.


Todos tinham sido marcados por essa experiência. Qualquer outra pessoa poderia escolher esquecer e seguir em frente, mas ele não era um deles. Ao seu lado, Nathan estendeu a mão. Ryan juntou seus dedos. Nathan apoiou a cabeça no seu ombro. Seu companheiro tinha uma sensação quente, convidativa. Ryan poderia deixar a luta. Nathan e ele poderiam ir para uma pequena cidade tranquila e se acalmar. Deus sabia que ambos mereciam, mas vendo o amontoado de shifters resgatados, Ryan sabia que o seu trabalho estava longe de terminar. A maioria dessas pessoas tinha famílias ou amigos que se preocupavam com eles. Mesmo que Ryan não estivesse na linha de frente, seu bando poderia ajudar a levar essas pessoas de volta para seus entes queridos. — Nathan. ― Ele falou, mas Nathan plantou um beijo rápido nos seus lábios. — Eu sei. Eu também quero ajudar onde puder. ― Nathan insistiu. — Nós estamos juntos pelo menos, certo? — E eu nunca vou deixar você sair da minha vista. Lembre-se disso. Nathan riu. — Eu sei, querido. Nada assim vai acontecer. — Se os pombinhos terminaram os sussurros. ― Noel falou pausadamente. — Acho que é hora de irmos para casa. O lar não era um lugar, pelo menos não para Ryan e a sua matilha. O lar era as pessoas que faziam parte do seu bando, era o seu companheiro. De mãos dadas, Ryan caminhou com Nathan para um carro em espera. Construir uma casa e criar uma família com Nathan ainda fazia parte do plano. Os planos poderiam ser adiados, mas Ryan tinha algo para olhar para frente.


Eles só tinham que esperar um pouco mais, mas não importava. Ryan já tinha um gosto de felicidade quando Nathan se tornou seu companheiro, e isso era algo que o inimigo nunca poderia tirar dele.

Capítulo Doze Seis Meses Depois ― Você pode pegar as últimas caixas no porta-malas, querido? ― Nathan chamou seu companheiro. Embora fosse tentador sentar-se na calçada com seu irmão e assistir seus companheiros fazerem o trabalho pesado, ele tinha que ajudar aqui e ali. A maioria dos membros do bando Ruby de Sangue já estavam na sua nova casa do bando. Seis meses se passaram desde que resgataram Allie e explodiram as instalações das Indústrias Alpine. Eles decidiram juntos como um bando se mudar temporariamente para Darkfall. Muitos grupos aliados menores fizeram o mesmo. Sergio pensou que era melhor todos eles ficarem dentro do alcance uns dos outros. Apesar da atmosfera tensa, a vida ainda continuava como de costume. Algum dia em breve, Nathan sabia que a grande batalha estaria chegando, mas não era hoje ou amanhã. Por enquanto, tudo o que podiam fazer era viver um dia de cada vez, como se não se importassem.


― Compreendi ― disse Ryan, pegando a última caixa do porta-malas do carro. ― Eu estou entrando primeiro, ― Kian disse a ele. ― Junte-se a nós para uma pausa e pizza, a menos que você tenha outros planos. Kian deu-lhe uma piscadela, acenando para Ryan, sem camisa e com água na boca, enquanto Ryan entrava na casa de três andares que seria sua. Nathan revirou os olhos. Às vezes, Kian podia ser imaturo. Embora ele tivesse que admitir que a perspectiva parecia tentadora. Eles quase não tinham tido tempo para si mesmos depois que Allie foi resgatada. Eles faziam parte do grupo que ajudou as vítimas a encontrar o caminho de volta para suas casas. Alguns estavam muito quebrados para consertar. Inferno, Nathan ocasionalmente ouvia Allie acordar no meio da noite gritando. Allie era forte, como Ryan e Noel. Nathan sabia que um dia, ela iria sair mais forte do que nunca. Ela estava certamente apaixonada em ajudar seus ex-cativos. Nathan olhou ao redor do seu novo bairro. Sua casa no novo bando estava situada em um dos distritos residenciais mais novos na montanha Darkfall. Este era um lugar onde os pais não estavam receosos em deixar seus pequenos brincarem, um lugar onde um ser humano ou um paranormal poderia sentir–se seguros. No entanto, os moradores não eram ingênuos. Eles sabiam que algo estava prestes a acontecer. Um casal de moradores da cidade embalou suas coisas e deixou a cidade, mas a maioria ficou, sabendo que Darkfall ainda era o lugar mais seguro na terra. ― Pensando em coisas profundas? ― Perguntou Ryan. Nathan virou-se para ver seu companheiro encostado na entrada, ainda sem camisa. Sem vergonha, Nathan olhou de cima para baixo o seu lobo


sexy e lindo. O suor frisado a pele de Ryan, destacando todos os seus músculos gostosos. Ele também não deixou de notar que o seu companheiro estava ostentando um enorme ereção para ele. ― Vê algo que você gosta? ― Nathan perguntou, mudando o tópico. Os olhos de Ryan se voltaram para a besta amarela, cheia de luxúria e desejo. ― Você. Ryan estendeu a mão, e Nathan caminhou até o seu companheiro, sorriso bobo no seu rosto. Ele não se importava. Isso era o que o amor fazia às pessoas, transformando-as em bobos tolos e heróis super protetores. Até agora, Nathan estava cansado de ouvir as reclamações de Ryan sobre levar uma balas por ele. Nathan nunca diria ao seu companheiro maravilhoso que o faria repetidamente se significasse que a vida de Ryan estava em perigo. No momento em que Nathan chegou a Ryan, seu companheiro o arrastou em seus braços. Seus corpos se tocaram. Nathan respirou sentindo o aroma familiar do seu companheiro e acariciou o perfume de Ryan. ― Você está todo suado ― Nathan apontou. ― Acho que você precisa de um banho. Ryan levantou uma sobrancelha. ― Quando terminarmos, toda a pizza terá desaparecido. ― Quem se importa com pizza, quando eu tenho você? ― Nathan respondeu, fazendo Ryan rir. Ele gritou quando Ryan subitamente o levantou em seus braços e o levou para dentro. ― Ponha-me no chão. O rosto de Nathan ficou vermelho quando passaram pela sala de jantar. Havia sorrisos à sua volta.


― Papai Noel, por que tio Ryan está carregando tio Nathan? ― perguntou Ariel. ― Termine sua comida ― disse Noel. ― Ignore esses dois. Nathan bateu em Ryan. ― Eu posso andar sozinho. ― Cale-se. Ryan subiu o lance de escadas e foi direto para o novo quarto. Sorte para eles, dois quartos na casa vieram com banheiros. Ryan deu um pontapé na porta e finalmente colocou-o no chão. O quarto ainda estava vazio, salvo por um colchão e caixas nos cantos, mas era um começo. Quando Nathan visualizou o futuro, não era exatamente assim. Se ele tivesse o seu caminho, não haveria guerra nem luta pela sobrevivência, mas essa era a realidade deles. Agora tudo o que tinham de fazer era ganhar a guerra que se aproximava e com Sergio Esteban no comando, ele estava confiante no futuro. Todos seus pensamentos derreteram em uma poça quando ele notou Ryan tirando as suas roupas. A cueca de Ryan foi a última. Seu companheiro estava a poucos centímetros dele, completamente glorioso, nu e duro. Nathan bebeu dele. Seu jeans de repente parecia muito apertado. ― Você ainda está vestido. ― Ryan praticamente rosnou as palavras. ― Você pode me culpar? Estou impressionado com a sorte que tenho. Ryan puxou-o e arrancou sua camisa. ― Eu sou o sortudo aqui. ― Bem, podemos concordar em discordar sobre isso ― brincou Nathan. Sua calça de brim e cueca foram em seguida. ― Sexo no chuveiro? ― Ryan perguntou.


― Definitivamente. Seu companheiro agarrou seu braço e o puxou para dentro do banheiro. Ryan ligou o chuveiro o mais baixo e empurrou-o contra as frias paredes de azulejos. Por um segundo, Nathan não pôde ouvir nada além do som do seu coração batendo. A água caindo em um gotejamento constante nos seus corpos. Olhando para baixo, ele sorriu ao ver a ereção de Ryan. ― Você quer meu pau, querido? ― Ryan perguntou com um sorriso. Após o resgate de Allie, Ryan se tornou muito menos fechado. O verdadeiro eu do seu companheiro finalmente teve a chance de sair, mas Nathan amava tudo em Ryan. Isso era amor, suportando bons e maus momentos juntos. Se suas situações fossem revertidas, Nathan sabia que Ryan o seguiria até os confins da terra. ― O que há de errado? ― Ryan perguntou, provavelmente notando seu silêncio. Nathan olhou profundamente nos olhos do seu companheiro e disse as palavras que ele nunca disse antes. ― Eu te amo. Como três simples palavras tiveram tal impacto, ele não sabia. Elas surpreenderam Ryan, mas só por um momento. Ryan se aproximou, agarrou a nuca e deu-lhe um beijo longo e abrasador. Suas línguas e dentes emaranhados. Quando Ryan se afastou, Nathan respirava com dificuldade. ― Eu também te amo, querido ― Ryan disse simplesmente, enviando seu coração em um ritmo acelerado. O lobo dominante alcançou entre seus corpos e enrolou seus dedos em torno do pau de Nathan. Gemendo, Nathan empurrou seus quadris para a mão de Ryan enquanto Ryan deslizava sua mão para cima e para baixo no seu pau liso. Pegando o pré-sêmen na ponta do pênis de Nathan, Ryan levantou a


mão e ofereceu a Nathan. Nathan lambeu seu próprio sêmen dos dedos do seu companheiro. ― Bom trabalho, querido. ― Continue me tocando. Por favor. Ryan continuou lhe masturbando. Nathan estava ciente de que Ryan usava sua outra mão para pegar uma das suas bochechas da sua bunda, dando-lhe um aperto. Ele estendeu as coxas um pouco mais para que Ryan pudesse rastrear a borda do seu ânus. Nathan já podia imaginar seu companheiro poderoso afundando seu pênis gordo dentro do seu pequeno orifício, esticando-o, lembrando a Nathan que o seu coração e o seu corpo lhe pertenciam. ― Eu quero. ― Nathan não pode continuar, porque Ryan acariciou seu pau mais rápido. ― O que você quer, querido? Ryan beliscou sua orelha. Nathan não sabia o que dizer primeiro. Mais cedo ou mais tarde, ele ia gozar, pois Ryan mantinha aceso o fogo nele. ― Por favor, não aguento mais. ― Vá em frente, querido. Goze por todos os meus dedos. Faça isso agora, ― Ryan comandou. Com um grito, Nathan gozou, derramando o seu sêmen sobre os dedos de Ryan e os azulejos do chuveiro. Ele caiu contra a parede, ainda com fome de mais. Querendo o pau duro de Ryan, Nathan começou a buscá-lo, mas Ryan agarrou sua mão. ― Mostre-me o quanto você quer o meu pau em você. Ryan deu um passo para trás para que Nathan pudesse se ajoelhar. Esta era uma das posições favoritas de Nathan. Ele aproveitava todas as oportunidades para fazer o seu companheiro dominante rosnar. Colocando-se


entre as pernas de Ryan, Nathan sentiu Ryan empurrando os dedos no seu cabelo e puxando-o para perto. Uma vez que Ryan pressionou seu pau entre seus lábios, Nathan assumiu. Língua atacando, ele lambeu o pré-sêmen na cabeça do pênis de Ryan e brincou com a fenda. Usando sua língua, ele rastreou Ryan da coroa as bolas, saboreando seu companheiro. O insistente puxar no seu cabelo lhe disse que Ryan estava impaciente. Abrindo a boca, Nathan pegou o pau de Ryan e balançou a cabeça para cima e para baixo. ― Porra, querido. Você é sempre tão bom nisso ― murmurou Ryan. O elogio fez Nathan brilhar com orgulho. Ele aplicou a sucção cuidadosa, até Ryan puxar seu pau para fora, gemendo. ― Eu preciso terminar em você, ― Ryan murmurou. Seu companheiro ajudou Nathan a se levantar. Ryan agarrou-o pelos ombros, girou-o e colocou as mãos em cima da cabeça. ― Mantenha-as lá ― disse Ryan. ― Sim senhor. Isso provocou risos em Ryan. Nathan podia ouvir Ryan saindo do chuveiro e abrindo a gaveta debaixo da pia para pegar um lubrificante. Uma vez que Ryan estava atrás dele, Ryan plantou um beijo no lado do pescoço, exatamente onde estava a marca de Ryan. Nathan estremeceu. Seu lobo ganhou vida com a pressão dos lábios de Ryan. Antes de ser acasalado, Nathan não sabia que a sua besta podia se sentir tão apaixonada. O acasalamento estava colocando todos os pedaços em falta do seu coração e alma juntos, tornando-o inteiro. Ele só entendeu esse fato vital depois que Ryan o reivindicou. Nathan não podia imaginar uma vida sem Ryan. ― Espalhe, querido, ― Ryan disse contra sua orelha. Nathan alargou a postura, gemendo quando Ryan trabalhou os dedos lisos na sua bunda. Não perdendo tempo, Ryan colocou dois dedos nele,


acrescentando em um terço para esticá-lo. Apesar de viver juntos por quase metade de um ano, a excitação ainda corria nas veias de Nathan quando Ryan finalmente posicionou o pau no seu ânus. ― Pronto para mim? ― Perguntou Ryan. ― Sempre. Monte-me duro, querido. Eu quero sentir você dentro de mim. Ryan agarrou seus quadris e se envolveu completamente dentro de Nathan. O movimento deixou Nathan sem fôlego por alguns segundos. A breve dor logo seria acompanhada pelo mais doce prazer, Nathan sabia. Ele gemeu quando Ryan começou a empurrar dentro e fora dele. ― Você é tão fodidamente apertado, tão incrível. As palavras de Ryan ainda traziam um rubor para suas bochechas mesmo agora. Seu companheiro o montou, rápido e duro. Cada vez que Ryan batia dentro dele, Nathan podia sentir seus lobos se unindo, tornando-se um. A cada entrada, Ryan ia mais fundo, rompendo seus lugares mais íntimos. Ryan o possuía, corpo e coração e Nathan não podia querer nada mais. A pressão nele continuava a crescer, e Nathan sabia que não duraria muito. Ryan deve ter mudado a trajetória dos seus impulsos porque sua próxima entrada escovou contra o ponto doce de Nathan. Arqueando para trás, um suspiro saiu dele. Nathan arranhou os azulejos, precisando de algo para segurar. ― Mais, por favor ― implorou Nathan. Ryan bateu na sua próstata repetidamente, finalmente o derrubou na borda. Visão cambaleando, o banheiro desapareceu até que tudo o que importava era Ryan e os seus corpos unidos. Com um gemido, Nathan gozou duro, atirando o seu esperma em toda a parede. Ryan não estava muito atrás.


Entrando nele várias vezes mais, Ryan chegou ao orgasmo com um rosnado, atirando o seu sêmen dentro do seu traseiro. Nathan inclinou a cabeça contra a parede, ofegante. Ryan virou-o delicadamente em seus braços. Nathan lhe deu um sorriso tímido. ― Espero que você não esteja cansado, querido. Eu planejo devorálo uma e outra vez esta noite, ― Ryan disse. ― Estou longe de estar cansado ― retrucou Nathan. Seu pulso acelerou ante o pensamento do seu companheiro levá-lo novamente. Talvez eles poderiam tentar o balcão. Eles ainda não tinham feito sexo lá. ― Porque você está sorrindo? ― Ryan perguntou. ― Estou animado. Parece que minha vida realmente começou no momento em que te conheci. Rindo, Ryan aumentou a pressão da água. ― Eu sinto o mesmo, querido. Você me ensinou a sorrir de novo, a viver. Essa é uma das razões por que eu te amo tanto. Droga. Nathan nunca ficaria cansado de ouvir essas palavras de Ryan. Se isso não era o céu, Nathan pensou, ele se perguntou o que mais seria.

Fim


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