Família argeneau Um vampiro sortudo.

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FamĂ­lia Argeneau 19 One Lucky Vampire

Lynsay Sands


Sorte ser um vampiro esta noite. . .

Quando Nicole Phillips concordou em contratar uma governanta, ela imaginou alguém um pouco desmazelada e quase certamente do sexo feminino. Em vez disso, ela consegue o lindo e inegavelmente maculino Jake Colson. O homem está se provando indispensável na cozinha - e em qualquer outro lugar. Exceto que Jake pode não ser um homem totalmente mortal.

. . . e todas as noites

Quem não gostaria de ser o alto, moreno e poderoso vampiro Jake. Ele mal teve tempo de se adaptar ao seu novo estado e já estava envolvido em um favor de família. Contudo, bancar secretamente o guarda-costas para a doce e sexy Nicole está se transformando no passeio mais selvagem de sua vida. Primeiro, ele vai deter quem quer que esteja tentando alvejá-la. Em seguida, ele vai provar que esse tipo de amor, e sorte, só acontece uma vez em uma eternidade.


Capítulo 1

-Último dia deste serviço. Jake silenciosamente assentiu com a cabeça, mas não olhou para Dan Shephard, o homem loiro a seu lado e seu colega para este trabalho. Ao invés disso, os olhos de Jake estavam correndo por cima da multidão que se juntou em torno da entrada do hotel onde seu cliente permanecia respondendo perguntas. Deveria parecer como um impulso de momento, seu cliente parando para responder algumas das muitas perguntas disparadas contra ele pela imprensa que sempre o seguia em visitas como esta. Deveria fazer com que ele parecesse mais acessível e menos o ditador perigoso que ele era. Mas não era um impulso de momento. Jake, Dan e o resto do time de seguranças foi informado que ele iria parar e responder perguntas, e que eles não deveriam colocá-lo apressadamente em seu veículo e entrar rapidamente em movimento como seria o habitual. Ao invés disso, eles deveriam deixá-lo “fazer sua coisa” e só ficar de olho em alguma dificuldade. Jake estava fazendo apenas isto, ficando de olho, procurando por qualquer ameaça possível. -Ainda bem que está quase terminando também- Dan adicionou severamente. -Mais um dia cuidando deste arrogante e sendo exigido, e eu poderia tentar matá-lo eu mesmo. Aquele comentário fez estremecer a boca de Jake com diversão. Seu cliente era definitivamente um chato, arrogante e um bastardo exigente. Entretanto, o que mais se podia esperar de um ditador estrangeiro? Além disso, trabalhar como guardacostas profissional em Ottawa queria dizer que muitas pessoas para as quais eles eram enviados a proteger eram arrogantes, exigentes ou chatos. Pelo menos por fora. Alguns eram um caso diferente por dentro e só agiam assim por medo ou tensão, mas


nem todos eram assim. Este cliente era tão arrogante, exigente e chato por dentro como por fora. Mas eles eram contratados para fazer um trabalho e você não podia gostar de todo cliente, ele filosoficamente pensou. -Ele pega o vôo às oito, certo? E então nós teremos terminado?- Dan perguntou.

Jake assentiu com a cabeça, mas seus olhos estreitaram em um homem na multidão. O sujeito usava um boné de baseball infantil e jaqueta jeans. Ele também estava observando seu cliente. Claro, a maioria das pessoas estavam, mas havia algo sobre o boné infantil que estava tocando alarmes na cabeça de Jake. -Mais quatro horas então- Dan murmurou, olhando em seu relógio. -Mais quatro horas ... e contando - ele secamente adicionou. -Quer ir beber alguma coisa depois? Eu sei que eu preciso beber depois de uma semana com este sujeito. Onde você está indo? Jake ouviu a pergunta, mas não parou para responder. Ele estava se apressando pela multidão em direção ao sujeito de boné, todos os músculos em seu corpo trabalhando para chegar lá a tempo quando o homem puxou uma arma de fogo do cós de sua calça jeans e começou a apontar para seu cliente. -Isso foi um inferno de uma captura- disse Dan, aplaudindo as costa de Jake seis horas mais tarde quando eles chegavam aos escritórios da empresa de segurança e se aproximavam dos elevadores. Suas quatro horas de trabalho se transformaram em seis graças ao fato de Jake ter detido o assassino de boné de beisebol. Primeiro veio a polícia e todas as suas perguntas para lidar, e depois eles tiveram que explicar a seu chefe, Hank Latham, o que aconteceu. Agora, eles estavam finalmente deixando trabalho, duas horas mais tarde do que esperavam.


-Eu não sei como você fez isto- Dan continuou, agitando sua cabeça quando as portas do elevador se abriram e eles entraram. -Inferno, eu nem sequer vi o sujeito como um problema, e eu certamente não podia ter me movido tão rápido quanto você. Você voou por cima da aglomeração. -Adrenalina- Jake murmurou, olhando em seu relógio. -Você deve amar adrenalina- Dan comentou, aplaudindo novamente suas costas quando Jake apertou o botão para o térreo. Quando as portas se fecharam, ele comentou, -Então nós conseguimos dois dias de folga antes da próxima tarefa. Quer ir tomar uma bebida para celebrar? -Não posso. Eu vou encontrar alguém para jantar e já estou atrasado- disse Jake, escorando contra a parede do elevador e cruzando seus braços. Ele realmente não sentia muito por ter que recusar. Ele gostava de Dan, era um bom sujeito, mas Jake não era muito de beber. O álcool fazia pouco por ele. -Alguém? Como uma dama?- Dan perguntou com um sorriso. -Alguém, uma pessoa da família- Jake disse evasivamente. -Pessoa da família? Dan provocou.

Jake hesitou, e então disse, -Sim. Sabe, aquela senhora mais velha que não é realmente uma parente mas seus pais fazem com que você a chame de tia. -Ah- Dan fez careta. -Sim. Eu tenho uma dessas, uma amiga antiga de minha mãe. Ela e seu marido convivem com meus pais o tempo todo e ela tem sido ‘Tia Betty ' a maior parte de minha vida. Um tratamento antiquado agora, mas carinhoso. -Sim, é exatamente este o meu caso- Jake disse, ignorando a ponta de culpabilidade


que as palavras causaram. A senhora em questão era velha como inferno, mas “um tratamento antiquado” não se ajustava a ela exatamente. -Bem... - Dan o olhou silenciosamente, e então sorriu e disse, -Eu estou contente por ouvir sobre esta tia que não é uma tia. Você nunca menciona sua família. Eu estava começando a pensar que você estava fazendo planos ou algo assim. -Não. Só não existe muita coisa para falar - disse Jake quietamente. -A maior parte de minha família vive na Costa Oeste ou fora do país. Não vi muitos deles nos últimos anos. -Ah. Dan movimentou a cabeça. -Então ... Irmãos? Pais ainda vivos? Beijando primas? Para o alívio de Jake ele foi poupado de responder as perguntas quando eles alcançaram o térreo e as portas se abriram. Saindo do elevador, ele disse por cima de seu ombro, -Vejo você daqui dois dias. -Sim - Dan disse, seguindo ele para fora do elevador.

Jake se apressou para a saída do edifício, mas sua expressão era tensa. Ele sabia muito bem que não seria o fim das perguntas. Dan as repetiria na primeira oportunidade, e tinha muitas outras. Colocando de lado esta preocupação agora, Jake empurou as portas da frente e virou a direita, movendo-se rapidamente. Ele deveria estar no restaurante dez minutos atrás. Felizmente, a empresa de segurança era no centro da cidade, apenas uma quadra e uma rua abaixo de onde ele iria. Um passeio de três ou quatro minutos se ele se movesse rápido.


Claro, era possível que ele estivesse se apressando por nada. Sua companhia para o jantar poderia já ter desistido e partido. Ele não podia dizer que sentiria muito se ela tivesse feito isso. Ele não estava esperando ansiosamente por esta reunião. Ele não tinha nenhuma dúvida que sua “tia” estava tentando organizar um reencontro de família, e apesar de ter passado mais de seis anos desde que ele deixou o seio de sua família, ele não estava pronto para retornar. Não ainda. Preocupando-se sobre como dizer isso educadamente, Jake alcançou o restaurante e se apressou para entrar, e parou abruptamente, seus olhos procurando a recepcionista. -Olá. O senhor deseja uma mesa ou veio encontrar alguém? - Jake olhou para a mulher jovem que falou. Vestida toda de preto, ela era loira, radiante e alegre. Ela esperou com olhos arregalados e a cabeça inclinada por sua resposta. -Vim encontrar alguém - ele assegurou, e então voltou sua atenção para o salão, seus olhos imediatamente localizando a bela jovem de cabelos castanhos-avermelhados acenando para ele de uma mesa no canto. Ela não foi embora. Maldição, ele pensou chateado e se dirigiu à mesa. Ela estava de pé quando ele a alcançou, e imediatamente veio abraçá-lo. -Desculpe, eu estou atrasado - Jake se desculpou quando ele automaticamente a abraçou. -Eu acabei de sair do trabalho. -Não há necessidade de se desculpar, Stephano. Eu estou contente de que você concordou em me encontrar - disse Marguerite Argeneau, saindo de seu abraço para sorrir a ele calorosamente. -É bom ver você. -É bom ver você também- disse Jake rigidamente quando ele se separou. Em uma voz gentil, ele adicionou, -Eu não sou mais chamado de Stephano.


-Oh, sim, claro, eu sinto muito- ela disse se desculpando. -Você agora é chamado por seu segundo nome. Jacob. -Me chame de Jake- ele sugeriu, conduzindo-a a sua cadeira, antes de se sentar em frente a ela e vendo outra mulher vestida de preto se aproximando com menus na mão. Esta era uma morena, mas ela tinha um sorriso radiante tão alegre quanto o da loira que estava na porta quando ela parou junto à mesa. -Boa noite! Ela disse alegremente enquanto ela colocava um menu em frente a cada um deles. -Você gostaria de algo para beber enquanto olha o menu? -Água - Jake quietamente disse.

Assentindo com a cabeça, a menina girou para Marguerite. -Como está seu chá? Você gostaria de outro chá, ou qualquer outra coisa para beber? -Outro chá, por favor, e um copo de água – disse Marguerite, seu sorriso tão largo quanto o da menina. Assentindo com a cabeça, a garçonete sorriu radiante novamente e saiu.

Marguerite imediatamente girou para ele com um sorriso mais natural. -Jake. O nome se adapta a você. E pelo que sei agora que você usa Colson, último nome do seu pai, em lugar de Notte. Ele se mexeu desconfortável à medida que concordava com a cabeça, e então esperou que ela o repreendesse por ser um miserável ingrato que desprezou o nome do homem que tinha sido um pai para ele desde que ele tinha cinco anos. Ao invés disso, Marguerite sorriu com compreensão e disse, -Um novo nome para


uma nova vida.

Jake ficou surpreso com seu comentário e isso deve ter se mostrado em seu rosto, porque ela sorriu e encolheu os ombros. -Eu sei que você não queria ser imortal, Steph ... Jake - Ela fez careta de desculpa para o deslize e Jake encolheu os ombros. Não ele não queria ser imortal. Sua mãe explicou tudo para ele e ofereceu transformá-lo em seu décimo oitavo aniversário, mas ele recusou. Ele nasceu mortal e queria ficar daquele modo. Entretanto uma pequena cadela imortal o apunhalou no tórax enquanto procurava vingança contra seu chefe, Vincent Argeneau, sobrinho de Marguerite. Vincent o achou morrendo no chão de escritório e usou seu único direito de mudança para fazer de Jake um imortal. Tinha sido o único modo de Vincent salvá-lo e Jake entendeu porque ele fez isto. Ele até sabia que racionalmente devia ser agradecido por isto. Mas ele não era. Ou talvez ele fosse. Ele não sabia. Ele usou seu tempo desde então tentando ignorar isto e fingir que não aconteceu, que ele era normal e não uma monstruosidade que tinha que se alimentar de sangue para sobreviver. -Eu sei que você tem lutado com a transformação - Marguerite continuou. -E eu respeito isto. Eu não vim aqui para julgar você, ou tentar conseguir que você veja sua mãe, ou colocar culpa sobre você com comentários amorosos e preocupados dela sobre você. A boca de Jake se contorceu com diversão ante as palavras. Apenas dizê-las era suficiente para inspirar alguma culpa... e Marguerite sabia disso, mas ele suspeitou que ela não conseguiu resistir. Ela era uma mãe também, afinal. Mas ele não deu importância a isto e simplesmente perguntou, -Então durante quanto tempo todo mundo sabia onde eu estava e o que eu estava fazendo? Jake reagiu como um animal ferido quando acordou e viu que era um vampiro,


rastejando para um canto longe para lamber suas feridas. Só que seu canto era Ottawa, que era muito longe da Califórnia, onde ele vivia na época. Em vez de lamber seus ferimentos, ele fez seu melhor para fingir que não existia nada diferente. Exceto enviar para sua mãe e seu irmão pequenas cartas de aniversário e cartão digitais de Natal, ele rompeu todo contato com a família enquanto lidava com isto. Mas desde que ele não estava realmente lidando com isto, isto continuou por sete anos. Entretanto, que diabo? Tempo era irrelevante agora. Ele podia levar quanto tempo quisesse para lidar com isto. -Ninguém mais sabe – Marguerite disse para ele, e quando sua sobrancelha subiu duvidosamente curvada, ela adicionou, -Bem, além de mim e Bastien, claro. Jake apertou a boca. Ele teve que deixar Bastien, o presidente das Empresas Argeneau, saber. Ele precisava de sangue para sobreviver e mesmo que ele agora fosse um maldito vampiro, ele nunca iria atacar mortais para sobreviver. O que significava que ele precisava de sangue entregue, e as Empresas Argeneau tinham um banco de sangue que fornecia sangue para imortais. Jake tinha certeza que existiam outros provedores com instalações semelhantes, mas as Empresas Argeneau eram as únicas que ele conhecia, e não era como se bancos de sangue para vampiros fossem anunciados nas páginas amarelas das malditas lista telefônicas. Então, ele teve que providenciar para que fosse entregue uma provisão fixa. Mas ele ligou para Bastien pessoalmente, pedindo a ele para manter seu paradeiro e novo nome um segredo. Parece que ele confiou na pessoa errada. -Bastien não me disse nada - Marguerite assegurou solenemente. -Ele manteve seu secreto como ele prometeu. -Então como...?

-Eu sou sua mãe - ela disse simplesmente. -Eu posso ler todas as minhas crianças tão


facilmente quanto leio um livro. Ele não pode guardar segredos de mim. Embora ele tente - ela adicionou com um sorriso. Jake sorriu estranhamente e afundou de volta em sua cadeira. Ele deveria ter suspeitado disso. Sua própria mãe era assim e tinha sido desde que encontrou Roberto Conti Notte e se transformou quando Jake era um menino. Ele nunca conseguiu manter um secreto para ela depois disto, que era desanimador para um adolscente cheio de hormônios. Conhecendo sua mãe saberia o que era ser sexualmente inibido. -Eu soube desde o início onde você estava e respeitei sua necessidade de isolamento enquanto você se ajustava. -Até agora - ele quietamente disse.

-Até agora - Marguerite concordou. -Porque eu preciso de você.

Isso o trouxe para a vertical em sua cadeira, suas sobrancelhas altas. -Você precisa de mim? -Sim. Ela solenemente movimentou a cabeça, entretanto se sentou de volta e olhou além dele. Jake não se surpreendeu ao olhar e ver a garçonete que retornava com suas bebidas.

-Você está pronto para pedir, ou precisa de alguns mais minutos? A garota perguntou enquanto ela servia suas bebidas. Jake olhou para Marguerite e como ela olhava para seu menu. Ela o abriu, mas ele não achou que ela realmente teve a chance de verificar o menu antes disto. Por outro lado, ele não abriu o seu, e não precisava. Ele comeu aqui muitas vezes. Os


funcionários eram sempre irritantemente alegres, mas a comida também era sempre boa. Foi por isso que ele sugeriu este lugar para o encontro. -Eu sei o que eu quero- disse Jake. -Mas Marguerite pode precisar de … -Ooh, o codorniz parece adorável- interrompeu Marguerite.

A garçonete riu e concordou com a cabeça enquanto pegava seu menu, e então girado para Jake perguntou, -O bife grelhado para você? Jake piscou com surpresa. -Eu...sim - ele disse devagar, um pouco preocupado que ela soubesse isso. -É o que você pediu nas últimas três vezes em que veio aqui- a garçonete disse suavemente enquanto ela pegava seu menu. -Pelo menos nas últimas três vezes em meu turno de trabalho. -Certo – disse Jake, e sentiu um pouco de culpa dn momento em que ele não reconheceu a garota. Antes da transformação ele sempre se certificava de lembrar de detalhes assim, notando as pessoas que o serviram, mostrando sua apreciação pelo bom serviço. Mas ele mudou desde sua transformação. Seus pensamentos agora eram interiorizados, e ele raramente prestava atenção no ambiente ou nas pessoas ao redor dele a menos que estivesse em serviço, onde isso era uma parte necessária do trabalho. Esclarecendo sua garganta, ele ofereceu a ela um sorriso de desculpas e movimentou a cabeça. -Obrigado... Melanie- ele adicionou, olhando o nome em seu crachá. Ele se certificaria de lembrar de no futuro. -O prazer é meu - ela o assegurou, sorrindo novamente antes de sair.


-Ela gosta de você e acha você atraente- Marguerite disse com um sorriso no momento em que a garota estava longe a suficiente para não ouvir. -Sim, isso acontece muito desde a transformação- ele disse secamente. -Eu acho que este negócios imortalidade inclui algum tipo de imã para garotas ou algo parecido. -Não exatamente -ela disse solenemente. -Embora os cientistas das Empresas Argeneau notaram que nós secretamos níveis mais alto de certos hormônios e feromônios que podem afetar os mortais, ambos homens e mulheres. -Claro- ele disse amargamente. -Nos fariam caçadores melhores.

Marguerite levantou seu chá para um gole. Depois de beber e descer a xícara, ela disse cuidadosamente, -Você deve ter muitas perguntas sobre como você é diferente agora. -Não, - disse ele rispidamente e então assinalou, -Minha mãe e Roberto se certificaram que eu não soubesse nada enquanto era uma criança, mas eu soube sobre imortais desde que eu tinha dezoito anos. Eu aprendi muito nos trinta e poucos anos antes de deixar a Califórnia. Eu sei a maioria de coisas, eu acho. Eu apenas nunca percebi que meu irmão, Neil, era um imã de garotas por causa do que ele era, não por causa de seu charme e genialidade naturais. -Bem, veja, pelo menos existe um benefício – disse ela alegremente. -Você é um imã de garotas agora. Jake não discutiu o ponto, mas simplesmente disse, -Você disse que você precisa de minha ajuda? Marguerite pareceu que queria dizer mais benefícios que ele ganhou quando foi transformado, mas ela deixou ir com um suspiro e então perguntou, -Pelo que sei você trabalha como um guarda-costas agora.


Jake movimentou a cabeça. Antes de ser transformado ele era vice-presidente da V.A. Inc. na Califórnia, uma companhia com interesses diversificados. Vincent Argeneau era o presidente, mas o homem não era mais que uma figuração, deixando o verdadeiro trabalho da companhia para Jake e seu irmão mais jovem, Neil. Jake era o presidente de dia. Neil assumia o comando a noite. Mas depois da transformação... bem, Neil já assumia durante a noite, e a maioria das companhias não precisavam de vice-presidente dia e noite. Isto é o que as empresas de imortais faziam, suprindo para ambos, os mortais de dia e imortais de noite. Mas Jake não quis lidar com imortais naquele momento. Queria ficar o mais longe deles quanto possível, mas uma posição semelhante em uma companhia mortal era impossível. Os vampiros não trabalham durante o dia. Jake precisou de uma nova carreira junto com sua mudança de nome, uma que ele pudesse trabalhar a noite e que precisasse de treinamento mínimo. Ele sempre se interessou por artes marciais e treinava desde que ele tinha seis anos. O serviço de guarda-costas parecia um bom negócio: Interessante e até excitante. Caramba, nunca esteve tão enganado. A maior parte do tempo estava de pé e de olho em multidões por horas a fio. Mas era uma razão para se levantar toda manhã. Noite, ele se corrigiu. Era uma razão para levantar toda noite. Depois de sete anos ele ainda tinha dificuldade com muitas coisas que a transformação trouxe para sua vida. Ele nunca tinha sido uma pessoa da noite. Agora ele era, quisesse ou não. -Bem, eu tenho alguém que precisa ser guardado.

Jake foi puxado de seus pensamentos por aquele anúncio. Ele olhou fixamente para Marguerite com surpresa. -Seguramente Lucian providenciaria Caçadores para proteger qualquer imortal que precisa...


-Não - Marguerite interrompeu. -Esta situação não tem nada a ver com imortais. Ela é mortal, assim como a pessoa que é uma ameaça para ela. Jake se inclinou de volta em sua cadeira e meramente levantou uma sobrancelha, convidando ela a explicar. Marguerite era um imortal, e uma antiga. Tinha pelo menos setecentos anos, ele pensou. Ele tinha certeza que ela nasceu em tempos medievais. Até onde ele sabia, todo mundo que ela conhecia era imortal. Ele não podia pensar que mortal ela estaria considerando. -Seu nome é Nicole Phillips. Sua mãe, Zaira, é a irmã de minha empregada, MariaMarguerite disse e então explicou, -Zaira casou e se mudou para o norte com seu marido assim que Maria começou a trabalhar para mim. Mas seu marido teve um ataque cardíaco quando Nicole fez quinze anos e eles voltaram para ficar mais perto da família. Dos quinze anos até ela terminar a universidade, Nicole e a filha de Maria, Pierina, costumavam ajudar Maria com limpeza de primavera de minha casa, e preparar a casa para as raras grandes festas que eu dei. Ela sorriu. -Elas eram boas meninas, muito educadas e trabalhadoras. Jake podia ouvir o afeto em sua voz, e quando ela pausou, ele movimentou a cabeça, encorajando-a a continuar. -As duas meninas cresceram e são muito próximas, mais como irmãs que primas. Pierina realmente gosta de cozinhar. Ela também é uma pequena organizadora, decidindo onde as coisas deviam ficar e quem deveria fazer o que. A boca de Marguerite se curvou com diversão afetuosa. -Nicole, entretanto, estava mais interessada em empreendimentos artísticos. Ela cresceu para ser um artista surpreendente, e ela é agora uma retratista bem sucedida. Seu trabalho é bem respeitado e muito solicitado. Jake não podia evitar notar o orgulho e afeto em sua voz. Era óbvio que ela tomou


grande interesse poe elas e tinha muito afeto com ambas as garotas. Ele mesmo se achou sorrindo um pouco em resposta. -E então dois anos atrás ela encontrou um Italiano encantador enquanto estava de férias na Europa. Pelo que dizem, ele pareceu adorar ela. Era muito romântico, um caso intenso. Ele era suave, prometendo mostrar o mundo e proclamando seu amor nas condições mais apaixonadas... e ela era foi atingida. Então eles casaram. A boca de Jake franziu em sua mudança de tom naquelas últimas três palavras. Elas soaram planas e horrendas. -Eu presumo que as coisas mudaram uma vez que eles se casaram. -Oh sim - ela disse em um suspiro. -Nicole tentou esconder isto, mas...

-Não há como ocultar isso de você - Jake quietamente sugeriu.

-Não fui eu que percebi iss primeiro- ela corrigiu. -Como eu mencionei, Nicole sempre muito próxima de Pierina, mas ela se mudou para a Itália brevemente para ficar com Rodolfo... -Que é o Italiano suave?

-Sim, Rodolfo Rossi. Ela viveu com ele na Itália para um tempo e então eles se casaram e voltaram para o Canadá, mas para Ottawa em vez da região de Toronto onde sua família está... por sua insistência- ela adicionou severamente. -Ele alegou que podia achar mais fácil um trabalho em seu campo em Ottawa. Mas eu percebo agora que ele quis isolá-la de sua família. Jake caladamente movimentou a cabeça. Isso era normalmente o que acontecia com um companheiro abusivo: Laçar a mulher e levá-la para longe de sua família e


amigos e qualquer tipo de suporte ou interferência que eles poderiam oferecer.

-Felizmente, Pierina foi para Ottawa visitar Nicole- Marguerite continuou. Ela não ficou muito feliz com que ela achou. A princípio, Pierina pensou que Nicole estava trabalhando muito duro, trabalhando seu modo sombrio da verdade. Ela insistiu que Nicole viesse para Toronto para o fim de semana das garotas para relaxar e eu convidei as duas e suas mães para jantar. Eu queria pedir a Nicole para fazer um retrato de meu filho, Christian, e sua noiva, Carolyn, para mim - ela explicou. -E você leu a mente dela e rapidamente percebeu que o trabalho não era o problemaJake sugeriu. -Eu percebi que não era o único problema. Marguerite corrigiu. -Ela esteve pegando muitos trabalhos e trabalhando muito duro... por insistência de Rodolfo. Ela é muito solicitada por clientes do mundo inteiro. Ela normalmente tem que recusar um grande número deles, ou agendá-los com anos de antecedência já que ela está tão ocupada, mas Rodolfo insistiu que ela podia fazer mais e deveria aceitar todos eles. Ele insistiu que ela devia “malhar o ferro enquanto estpa quente”; os pedidos poderiam parar completamente um dia e ela deveria fazer todo o dinheiro que ela pudesse antes disso acontecer. Ele manteve ela trabalhando apertado... enquanto ele mesmo não trabalhava nada. -Legal- Jake murmurou.

-Sim, bem, enquanto isso estava ajudando a exaurir sua energia, o problema real, e o que ela estava tentando esconder era que ele é terrivelmente controlador e hipercrítico. Enquanto ele insistia que ela pegasse todos estes serviços, também reclamava que ela não dedicava nenhum tempo para ele. Ele também estava rasgando sua auto-estima e independência e basicamente a fazendo miserável. Quando ela veio para Toronto, ele a desmoralizou a tal ponto que eu pensei que ela podia tê-lo


deixado, então... Ela pausou e evitou seu olhar brevemente, e então admitiu, -Eu dei um empurrão mental para fazer com que ela o deixasse. -Ah - murmurou Jake. Era tudo que ele podia dizer. Ele nunca pensou muito sobre o modo como imortais tendiam a controlar as mentes de mortais e os obrigavam a fazerem coisas que eles de outro modo não fariam. A verdade era, ele não gostava disto. Mas neste caso, a intenção de Marguerite pelo menos tinha sido boa. -Aqui nós somos.

Jake olhou para o lado e se endireitou em sua cadeira para sair do caminho quando sua garçonete chegou com suas comidas. -Obrigado - ele murmurou quando ela colocou seu prato.

-Você é mais que bem-vindo- ela disse brilhantemente, sorrindo para ele, e então saiu. Eles ficaram ambos em silêncio durante um momento enquanto eles saboreavam sua comida. Como Jake esperava, seu bife estava incrível. Entretanto sempre era assim. Foi a primeira coisa que ele experimentou aqui e a última. Ele tendia a se apegar com as coisas quando ele gostava delas. Embora, olhando para a codorniz de Marguerite, ele agora se perguntava se ele não deveria tentar alguns dos outros pratos daqui. Parecia delicioso também. -É delicioso - ela assegurou, e Jake fez uma careta, ciente que ela estava lendo sua mente. Mesmo ele sendo um imortal agora, era um novo estado para ele e ele sabia que a maioria dos imortais mais velhos podiam lê-lo com facilmente como se ele fosse mortal. -Desculpe - ela murmurou. Ele encolheu os ombros com um sorriso torto. Engolindo o pedaço de bife em sua


boca, ele perguntou, -Então você incentivou esta Nicole e ela deixou seu Rodolfo? Marguerite movimentou a cabeça quando ela tomou um gole de sua água, e então disse, -Tudo parecia bem a princípio. Ela o deixou e começou o divórcio. Ela também começou a ver um psicólogo para tentar desfazer o dano que ele fez. Marguerite sorriu. -Está funcionando. Nicole está se tornando a jovem feliz e forte que ela era antes do casamento novamente. -Mas? Jake iniciou. Se tudo estivesse indo tão bem, Marguerite não precisaria de sua ajuda. -Mas tem acontecido alguns incidentes - Marguerite disse em um suspiro, cortando com raiva sua codorniz. -Incidentes? Jake perguntou. -Três explosões de gás facilmente evitáveis.

Suas sobrancelhas subiram. -Você acha que Rodolfo está tentando matá-la? A boca de Marguerite apertou e em vez de responder abertamente, ela disse, “Ele está buscando o dinheiro dela de todas as maneiras. Ele está alegando que deixou seu país, amigos, família, e etc, para casar-se com ela e mudou para o Canadá e ela agora o está abandonando. Ninguém está dando valor a estas alegações - ela severamente adicionou. -Ele estava saindo de lá antes do casamento e ele mesmo sugeriu que viessem para o Canadá. Além disso, Nicole conseguiu entrevistas de emprego para ele nas empresas em sua área aqui antes mesmo dele aterrissar no Canadá. Ele se recusou a ir, alegando que queria uma mudança de carreira. Contudo ele não procurou por trabalho em qualquer área, mas viveu fora de sua área. Marguerite agitou sua cabeça com desgosto. -Seu advogado não pensa que ele


conseguirá muito. Porém, se ela morrer antes do divórcio terminar... -Ele fica com tudo - Jake terminou para ela e ela solenemente movimentou a cabeça. -E você acha que ele está pensando desta maneira? -Sim - Marguerite disse em um suspiro. Jake movimentou a cabeça, mas perguntou, -Então, por que ela não faz um testamento deixando tudo para outra pessoa? -Porque ela não acredita que ele faria qualquer coisa assim- Marguerite infelizmente disse. Ele ficou em silêncio por um momento e então falou, -E você se sente culpada porque a incentivou a deixá-lo. Ela movimentou a cabeça novamente e então firmemente disse, -Eu não sinto muito porque fiz isto. Como já disse, ela está recuperando sua auto-estima e voltando a ser a jovem alegre e forte que ela era antes do casamento. Ela é muito mais feliz. Mas... -Mas ela também está sob uma ameaça agora, que não estaria se você não tivesse interferido - ele sugeriu quietamente e Marguerite suspirou e movimentou a cabeça novamente. Jake viu brevemente como ela comia um pedaço de sua codorniz e então disse, -Eu fico surpreendido de que você não tenha cuidado do marido você mesma. Limpe sua mente e o devolva para a Europa ou algo parecido. Marguerite mordeu seu lábio e então fez careta e admitiu, -É por isso que eu estou em Ottawa. Julius pensa que eu vim examinar fotografias para o retrato que Nicole está fazendo de Christian e Carolyn, e vim para isso também, mas eu realmente tenho a intenção de cuidar de Rodolfo e devolvê-lo para a Europa. Infelizmente, eu não


consigo localizá-lo. Nicole se mudou e o deixou na casa no começo, combinando que ela pagaria as contas e ele viver lá atuando como um caseiro até que fosse vendida... até o ponto em que eles dividiriam o resultado monetário. Mas ele aparentemente estava apreciando o aluguel grátis e se certificando que a csa não fosse vendida, então ela o pagou paraq sair da casa. Nicole não tem nenhuma idéia para onde ele foi depois disto. Marguerite fez uma careta e agitou sua cabeça. -Eu pensei, 'nenhum problema', eu conseguiria endereço de Rodolfo com seu advogado do divórcio. Então eu consegui seu nome com Nicole e então paguei uma consulta, mas até seu advogado no divórcio não sabe o endereço real de Rodolfo. Seu contato com ele é uma caixa postal e um número de telefone celular que está ainda registrados no endereço da casa em que moravam quando estavam juntos. Ela fez uma careta. -É como se ele estivesse se escondendo. Nicole diz quando ela perguntou a ele para onde se mudou, ele se recusou a dizer, brincando que ela poderia enviar alguém para matá-lo. As sobrancelhas de Jake se curvaram. Ele acreditava firmemente no velho ditado, 'o gambá sente o seu próprio cheiro primeiro'. Neste caso, Rodolfo estar pensando que ela poderia tentar matá-lo sugeriu que ele estava pensando em matá-la ele mesmo. Ele provavelmente estava tentando herdar em vez de se divorciar, mas... -Por que eu? Marguerite pausou com um pedaço de cordoniz a meio caminho para sua boca, e lançou um olhar incerto. -Eu não sei o que você quer dizer. -Eu quero dizer, por que eu? Ele repetiu. -Por que Nicole não contratou uma empresa de proteção? E por que você está vindo até mim? Eu trabalho para uma agência, eu não estou entendendo, Marguerite. -Oh, sim, entendo. Ela deslizou a cordoniz em sua boca e mastigou, sua expressão pensativa, e Jake


achou que ela estava juntando seus pensamentos, então girou sua atenção para sua própria comida, surpreso por ver que ele comeu metade de seu bife enquanto eles conversaram. Isso era uma vergonha maldita. O bife era bom o suficiente e deveria ser saboreado, não comido ausentemente e sem realmente sentir o gosto enquanto você estava distraído em uma conversa. Ele pegou um pedaço do bife agora, aproveitando o sabor delicioso. -Bem - Marguerite disse finalmente, -O problema é que Nicole está em negação total e se recusa a acreditar que está sob ameaça. Suas sobrancelhas se curvaram e ele engoliu antes de dizer, -Isto não parece algo fácil de negar. Você disse que foram três explosões facilmente evitáveis. -Sim. Ela baixou seu garfo, obviamente se preparando para uma explicação longa, e disse, -Nicole pagou Rodolfo para sair da casa no último mês e se mudou para lá ela mesma. Pierina apareceu para ajudá-la a desempacotar as coisas. Ela diz que elas estavam sentadas conversando depois de tudo, exaustas e doloridas e Pierina sugeriu uma taça de vinho e um mergulho na banheira quente seria bom. Então, elas foram abrir as portas de vidro para verificar e se certificar que a banheira estava ligada, mas não conseguiam abrir a porta. Um pedaço de madeira estava prendendo a porta, e impedia sua abertura. -Muitas pessoas fazem isto para prevenir ladrões de entrar - Jake comentou com um encolher os ombros. -A casa é tem mais ou menos vinte e cinco anos de idade, e então as portas são de vidro corrediço. Elas são fixadas ao contrário. A porta de vidro que abre está do lado de fora, e o pedaço de madeira estava no trilho da lado de for a- Marguerite secamente disse. -Um ladrão podia ter arrancado ele. Estava impedindo a porta de abrir do lado de dentro.


-Oh - ele quietamente disse. Marguerite movimentou a cabeça. -Então elas foram até seu estúdio para tentar sair por ali e foi a mesma coisa. Toda porta de vidro corrediça no andar térreo da casa estava bloqueada pelo lado de fora. -Interessante - Jake murmurou. Marguerite movimentou a cabeça. -Pierina diz que elas acabavam de pensar que Rodolfo era um idiota naquele momento e realmente riram disso. -Mas algo mudou seus pensamentos? Jake sugeriu. -Na manhã seguinte elas acordaram e viram que o aquecimento estava desligado. Não existia nenhum calor, e a casa estava resfriando rapidamente. Nicole chamou um sujeito do aquecimento e aparentemente algo tinha sido retirado do aquecedor. Pierina explicou isto, mas... Marguerite encolheu os ombros. -Eu não me lembro o que era. Porém, estava impedindo a chama de reacender. Bem, lembrando das portas bloqueadas, Pierina teve uma suspeita e se perguntou se aquele pedaço perdido podia ter causado uma formação de gás na casa e uma explosão. O homem assegurou que não, não podia porque os aquecedores mais novos têm um desligamento automático, mas se tivesse sido um aquecedor mais velho, poderia ter causado um incêndio se houvesse a ignição do gás, ou ninguém na casa poderia ter superado o gás e morrido. Ele ainda estva confuso que alguém tivesse removido a peça. Ele disse que a pessoa teria que ter estado fisicamente lá para removê-la. A peça não podia só ter caído, e, mesmo que isso fosse possível, a peça tinha sido levada. Não estava lá em qualquer lugar como estaria se tivesse caído. Jake ficou em silência por um momento, e então disse, -Eu não entendo... -Alguém removeu aquela peça - Marguerite assinalou. -Por que? Aparentemente o aquecedor na casa de Rodolfo na Europa era velho e provavelmente não tinha


aquele desligamento automático. Uma explosão teria sido mais que possível com seu aquecedor na Europa se a mesma coisa tivesse acontecido lá e Pierina suspeita que ele pensou que este agiria o mesmo modo... E as portas estavam bloqueadas - ela lembrou a ele. -Nicole ficaria presa na casa se um fogo começasse, ou seria sufocada pelo gás. -Existem seguramente outras portas na casa - Jake disse com um carranca. -Elas não são todas portas de vidro corrediço. Sua porta da frente por exemplo... -É uma porta de abertura só com chave. Existem três portas no andar térreo e todas as três são deste modelo. Não existe nenhum modo para destrancar elas, de fora ou de dentro, sem uma chave. Se a casa entrasse repentinamente em chamas no meio da noite, ela não teria rastejado para fora da cama com suas chaves na mão. Ela teria tropeçado no andar de baixo com a fumaça, até perceber que não podia abrir as portas sem chaves e então tentaria as portas corrediças e as encontraria bloqueadas. Então ela teria que voltar ao andar de cima através da fumaça e achar suas chaves, e depois achar um meio de usar uma porta. -Entendo - Jake murmurou, e ele entendia. Naquela situação, as chances eram de que a fumaça teria vencido Nicole antes dela sair. -E os outros dois incidentes? -Existe uma churrasqueira a gás na cozinha. Nicole planejou fazer bifes grelhados para o jantar no segundo dia de visita de Pierina, mas quando ela ligou a churrasqueira, em vez da chapa esquentar, chamas explodiram na base da grelha através dos controles e atingiram seu rosto. Isso chamuscou suas sobrancelhas. Felizmente, ela foi rápida em desligá-la, e isso foi tudo o que aconteceu. -Eles chamaram outra pessoa para verificar o gás e ver o que estava errado. Aparentemente existia uma camada de papel alumínio entre o lugar onde as chamas saíam e a chapa de grelhar. Ele perguntou por que aquilo estava lá. Nicole encolheu os ombros. Ela não tinha posto isto lá. Quando ela viu aquilo, ela pensou que seu ex


tinha colocado para pegar sujeiras e assim não ter que limpar a base da grelhar. Ela não pensou nada além disto. -Mas as chamas não poderiam chegar à comida pela chapa - Jake disse com uma carranca. -Exatamente – Marguerite disse severamente. -Ela não tinha pensado nisso até que o rapaz do gás mencionou o fato. Aparentemente, Rodolfo sempre coloca papel alumínio debaixo da chapa, e ela realmente não percebeu que isso atrapalharia as chamas. Jake movimentou a cabeça. Ele supôs que se ela não estivesse distraída, conversando com Pierina, isso não teria acontecido com ela. Marguerite tomou um gole de chá, e então continuou, -O rapaz do gás removeu o papel alumínio e imediatamente viu o problema. A tubulação de gás tinha sido retirada dos queimadores, o gás estava saindo do próprio tubo, aceso pelo piloto e expelido diretamente pelos controles. Ele disse que elas tiveram sorte. Podia ter sido muito pior que perder suas sobrancelhas. Pierina diz ele então perguntou a Nicole se existia alguém que não gostava dela. Pierina disse a ele que Nicole estava no meio de um divórcio. Ele movimentou a cabeça devagar, e então disse que resolveria o problema em dois minutos, apenas colocaria a tubulação de volta onde devia estar, mas ele achou que deveria verificar qualquer outra coisa relacionada a gás na casa. -E ele achou outra coisa - Jake disse quietamente, começando a concordar que Rodolfo queria a morte de sua esposa. Ele não sabia se o sujeito era idiota, ou se Nicole era apenas sortuda, mas eram dois “acidentes” que podiam ter sido mortais. -A lareira a gás no quarto principal - Marguerite disse em um suspiro. -Pierina não sabia qual era o problema, mas ele deu uma olhada, murmurou baixo, e então começou a dizer a Nicole que ela precisava conseguir um sistema de segurança com


máquinas fotográficas de última geração. Ele disse que pessoas ficavam um pouco loucas com divórcio e ela precisava de máquinas fotográficas, muita segurança, talvez alguns cães de guarda também, etc, e o tempo todo ele esteve pegando partes de sua lareira e colocando-as de volta, então Pierina acha que algo estava errado com a lareira. -Nicole não perguntou o que era? - Jake perguntou com uma carranca.

Marguerite agitou seu cabeça. -Pierina era única que tinha suspeitas, mas mesmo estando tão chocada, ela não perguntou. Nicole estava em um silêncio mortal, um olhar perturbado em seu rosto. Além disso, Pierina disse que ele falava o tempo todo. Mas ela soube que ele era sério quando ele se recusou a cobrar de Nicole pela visita depois de ficar lá o dia todo. Eu quero dizer, quem faço isto? Ela perguntou, suas sobrancelhas levantadas. -E ela diz que ele continuou dando a Nicole estes olhares preocupados e compassivos, e repetindo que ela deveria providenciar segurança imediatamente. Ele na verdade abraçou Nicole quando estava de saída. Pierina disse que era como se ele pensasse que seria a última vez que ele a veria viva. -Então a lareira estava provavelmente manipulada de alguma maneira e foi o terceiro incidente - Jake pensativamente murmurou. Marguerite movimentou a cabeça com tristeza. -Mas Nicole riu disto. Ela tem certeza que todas essas coisas são coincidência ou acidentes, e o mais perto que ela está de admitir que Rodolfo poderia preferir herdar tudo a conseguir metade do dinheiro no divórcio, é dizer que se ele fez quaisquer dessas coisas, então ele é terrivelmente idiota e ela não está preocupada. -Estado de negação - disse Jake secamente.

Marguerite fez careta, depois suspirou e disse, -Eu acho que é duro o suficiente ter


que admitir que você cometeu um engano em seu casamento. Mas seria muito humilhante ter que reconhecer que seu marido não é o homem que você pensou, e que ele também é um caçador de fortunas bastardo que se importa tão pouco com você que ele a mataria pelo dinheiro que ele queria desde o começo. Ela ficou em silêncio por um momento e então tristemente adicionou, -Mas esses pensamentos estão abaixo da superfície. Que ele nunca a amou. Que ela é tão desprezível que seu unico valor é o dinheiro. Que ele está disposto a matá-la para pegar isto. Mas ela não admitirá isso conscientemente. Ela não pode. Sua auto-estima foi quase completamente destruída por suas ações durante o casamento. Admitindo isto agora desfaria todo o trabalho do psicólogo e a destruiria. -E contratando proteção estaria admitindo tudo isso, que ela não pode fazer - Jake disse com compreensão. -Exatamente - Marguerite firmemente movimentou a cabeça. -Então, eu não posso contratar uma empresa de segurança e mandá-los para lá. Ela só os mandaria embora, dizendo que ela não precisa disto. Jake movimentou a cabeça, mas perguntou, -Então o que você espera que eu faça? Ela fará o mesmo comigo. -Não se você não disser a ela que você é um guarda-costas - ela assinalou.

Jake se endireitou na cadeira e fez uma careta. -Se seu marido está tentando matá-la, e eu concordo que parece que ele está...

-Eu estou certa que ele está - Marguerite disse firmemente. -E agora que os acidentes que planejou falharam, ele terá que tentar qualquer outra coisa. -Então ela precisa de proteção constante até que o divórcio esteja finalizado. Uma


vez que esteja finalizado, não deve existir nenhuma razão para que ele continue atrás dela - assinalou Jake. -O divórcio terminará em duas semanas - disse Marguerite de uma vez. -Duas semanas, huh? Ele murmurou, mas fez uma careta e agitou sua cabeça. -Então, se ela não aceita um guarda-costas, o que você espera que eu faça? -Ela não aceitará um guarda-costas, mas ela precisa de um cozinheiro-caseirojardineiro... e, bem, alguém que retire a neve nesta época do ano- ela adicionou, e então disse, -E eu disse a ela que eu conhecia apenas um homem que podia fazer todos os três trabalhos pelo preço de um. O queixo de Jake caíu. Ele levou um momento para absorver aquela notícia atordoante e então fechou sua boca, agitou sua cabeça e disse, -Cozinheiro-caseiro? -Sua mãe se vangloria sobre você, Steph...Jake. Eu sei que você é um cozinheiro muito bom. -Eu sou seu filho. Minha mãe está sendo parcial- ele disse secamente. -Eu posso fazer espaguete, e isto consiste apenas em fritar um pouco de hambúrguer, misturar com uma lata de molho e talharins cozidos. Para ela isto é incrível. Mas isto realmente não é cozinhar. -Você é esperto, você pode ler um livro de receitas e improvisar, pelo menos por duas semanas- Marguerite disse com determinação e então adicionou, -Eu nunca me perdoaria se não interferisse e Rodolfo a matasse, Jake. Ela é um muito doce, uma pessoa genuinamente agradável. Existem poucas desse tipo no mundo. E é apenas por duas semanas. Jake se endireitou em sua cadeira novamente, sabendo que ele já tinha perdido a


discussão. Finalmente, ele suspirou e disse, -Eu acho que posso tirar duas semanas de folga. Eles me devem cinco semanas de férias agora de qualquer maneira e têm me incomodado para tirá-las. -Eu pagarei a você o que a companhia remineraria por seu tempo- ela disse firmemente e então adicionou brilhantemente, -Serão férias do trabalho. Você pode se colocar na cozinha, tentar novas receitas... -Remover a neve, limpar a casa e tomar cuidado com tentativas de assassinato- ele secamente adicionou. -Eu realmente agradeço - Marguerite disse solenemente, remexendo em sua bolsa na mesa e pegando seu talão de cheque. Jake rolou seus olhos e pôs sua mão na dela para pará-la. -Você não tem que me pagar, Marguerite - ele disse secamente. -Eu recebi muito dinheiro de Vincent quando saí da empresa, proporcional aos muitos anos que eu trabalhei. Eu não preciso de dinheiro. Eu realmente não preciso nem trabalhar mais, mas é melhor que ficar em casa à toa. -Não, eu insisto em pagar - Marguerite disse firmemente, deslizando suas mãos fora da dele e colocando o talão de cheque na mesa. -Eu já pesquisei e descobri quanto as empresas pagam por duas semanas de proteção contínua e isto é um serviço que eu agradeço. Jake acabou por encolher os ombros e se sentou de volta, deixando ela fazer isso. Ela podia preencher o cheque se ela queria. Não queria dizer que ele iria descontá-lo. Ele aceitou o cheque quando ela oferecea a ele, colocou em seu bolso, e então cruzou seus braços e disse, -Certo, me diga tudo que você sabe sobre Nicole e Rodolfo.


Capítulo 2

Nicole estava levando uma braçada de pratos sujos, roupas sujas, e vários outros artigos escada acima quando o telefone começou a tocar. Amaldiçoando em voz baixa, ela se apressou para cima os últimos poucos passos para a sala de estar tipo loft e então correu para o telefone na mesa de mármore do outro lado da sala. Uma vez lá, ela se torceu e ligeiramente se curvou para ver em volta dos artigos que ela estava levando, e então gemeu quando ela viu o número e nome no identificador de chamadas. Ela estava torcendo para ser um daqueles números de telemarketing que ela podia ignorar, mas era Pierina. Ela não podia ignorar Pierina. Conseguindo liberar uma mão usando a parede e a mesa para ajudar a segurar a pilha de coisas em seus braços, Nicole rapidamente pegou o telefone e atendeu a ligação: Oi Pierina. -Nicole? Pierina duvidosamente perguntou.

-Sim. Sou eu - ela disse, firmando o telefone com a orelha e ombro de forma que ela pudesse liberar sua outra mão para estabilizar a pilha que ela estava segurando quando esta começou a cambalear. Suspirando com alívio quando ela levou sua mão lá a tempo, ela perguntou, -Como estão as coisas? -Bem, elas estão... você está bem? Você soa engraçado.

-Sim, sim - Nicole assegurou rapidamente. -Eu só... minhas mãos estão cheias no momento, assim eu estou segurando o telefone entre pescoço e ombro. Talvez isso esteja fazendo minha voz soar engraçada.


-Bem, pelos céus, ponha em algum lugar o que você estiver levando. Eu esperarei Pierina disse com exasperação divertida. -Uh... Nicole fez uma careta e então moveu sua mão para melhor segurar sua pilha e voltou a caminhar pela sala, levando o telefone com ela. Graças a Deus por telefones sem fio, pensou ela quando levou tudo para a área de serviço e para o cesto esperando lá. No momento seguinte, ela franziu as sobrancelhas para o cesto, pensando que ela deveria ter levado os pratos sujos para a cozinha primeiro. Eles estavam todos amontoados em cima das roupas sujas. -Nicole?

-Sim, um segundo - ela disse no telefone, então se dirigiu à secadora e se abaixou um pouco para que os pratos deslizassem de sua pilha até a superfície dura. Ela se abaixou um pouco demais, entretanto, e estremeceu com o ruído quando uma tigela que escapou da pilha quase quebrou um copo que ela tinha acabado de descer. -O que foi isso? Você quebrou alguma coisa? Pierina perguntou com preocupação.

-Não - Nicole disse com alívio, deixando as roupas sujas e os outros artigos em cima da secadora ao lado dos pratos. Abrindo a tampa da lavadora, ela começou a colocar as roupas dentro quando ela pegou o telefone em sua outra mão e disse, -Certo. Mãos livres agora. -O que você está fazendo? Pierina perguntou a um risada. -Eu ouvi barulho de vidro, e eu posso ouvir que você fazendo alguma coisa agora. Existe um farfalhar, ou... -Eu estou colocando as roupas na lavadora - Nicole explicou.

-E o barulho de vidro? Pierina perguntou. -Pratos sujos, minha bolsa de maquilagem, ferro de ondular cabelo e outras coias que eu troxe para o estúdio- Nicole explicou.


-Marguerite encontrou um cozinheiro/caseiro para mim e eu estou arrumando um pouco as coisas antes deles chegarem aqui. -Você está limpando as coisas antes de seu novo cozinheiro/caseiro chegar aí? Pierina perguntou devagar. -Você percebe isto é como extrair seu dente antes de você ir para o dentista, certo? -Não é - Nicole protestou com um risada.

-Sim, é... e isso é bem o seu estilo- ela provocou, e então suavemente ela disse, Querida, apenas deixe a bagunça. Você trabalha duro. É por isso que você precisa de um cozinheio/caseiro. Eu tenho certeza que Marguerite explicou tudo para essa mulher. -Homem - Nicole corrigiu, agarrando o sabão em pó e colocando um pouco na máquina. -O que? Homem? Que homem? Pierina perguntou confusa. -O cozinheiro/caseiro Marguerite está trazendo é um homem, não uma mulher- Nicole explicou. -Não brinca! Pierina guinchou. -Ooooh, você vai ter um homem sexy e jovem apalpando sua calcinha. Nicole congelou, e então lentamente pôs o sabão em pó em seu lugar, e voltou a colocar as roupas na lavadora. -Nicki?

Nicole suspirou e agitou sua cabeça. -Eu acho que ele é um homem velho, não um rapaz sexy - ela disse finalmente, mas isso realmente não a fez se sentir melhor. Ela


não queria um sujeito velho apalpando sua calcinha tão pouco. Fazendo uma careta, ela disse, -Eu posso lavar a roupa eu mesma. -Nicole - Pierina disse, usando seu nome na reclamação. -Isto é ridiculo. Você não contrata alguém para fazer um trabalho e depois faz você mesma. E eu estava só provocando. Eu quero dizer, tenho certeza que ele realmente não irá apalpá-las. Se isto é o que o sujeito velho faz, ele leva roupa para lavar de várias pessoas e dificilmente ficará interessado em sua roupa de baixo. -Certo - Nicole murmurou, mas pensou que ela iria se encarregar pelo menos de suas roupas brancas. A maior parte de suas calcinhas e sutiãs eram de algodão branco agora. Muito tedioso, ela supôs, entretanto ela se desfez de toda renda provocante quando deixou Rodolfo. O sexo foi como ele a pegou - ótimo sexo, palavras doces e promessas vazias faladas com um sotaque sensual. Ela tinha aversão contra todo aquele material agora. O próximo homem com o qual ela se envolveria, caso ela se envolvesse novamente, seria um homem canadense legal, normal e realista. Nada de sotaque, nenhum lugar exótico para ajudar em seu romance com ela, nenhum peça de seda sensual e nenhum sexo louco para deixá-la sem raciocínio e com o juízo afetado a tornando um alvo fácil. Nicole enfatizou aquele ponto silencioso fechando a porta da lavadora de roupa com um floreado. Infelizmente, graças a esse floreado, seu cotovelo bateu em vários dos pratos na secadora próxima à lavadora e os atirou no chão causando o barulho de vidro quebrado. -Droga- ela murmurou, quando Pierina começou a gritar em sua orelha.

-O que foi isso? Você está bem? O que aconteceu?

-Eu estou bem- ela a assegurou em um suspiro e então secamente adicionou, -Minhas


vasilhas de vidro... não muitas. Eu derrubei duas tigelas e três copos no chão. Eles quebraram. -Oh, querida. Viu! Se você deixasse isto para o empregado isto não teria acontecido.

-Sim - ela concordou, mas pensou que também não teria acontecido se ela os deixasse na cozinha antes de entrar aqui, ou se o telefone não tivesse tocado, ou se ela tomasse mais cuidado. Basicamente, se ela usasse sua cabeça. O último ponto veio direto de sua mente, não em sua voz, mas um fundo com sotaque italiano. Beleza, ela pensou. Um ano de aconselhamento com o psicólogo e as críticas de Rodolfo ainda estavam em sua cabeça. Apertando seus dentes, Nicole agarrou o cesto de lixo ao lado da secadora, ajoelhouse em frente a bagunça, colocou o telefone no viva voz e o deixou no chão para ter suas mãos livres e limpar a bagunça. -Então, a que devo este telefonema? Nicole perguntou quando ela começou cuidadosamente a recolher os pedaços maiores de vidro. -Eu estava pensando em você... e mamãe mencionou que Marguerite iria até aí selecionar fotos de Christian e Carolyn para decidir qual usar para o retrato e passar a noite, então eu pensei em ver como estava indo. Nicole sorriu um pouco. -Tudo certo. Nós escolhemos uma foto e eu fiz um esboçoela disse, e então adicionou, -Marguerite está ainda tentando me convencer que eu não preciso furar a fila e fazer o retrato de Christian e Carolyn imediatamente, mas eu prefiro fazer logo isso e tirar de minha lista de trabalhos para fazer. -Ela sabe o quão ocupada você é, querida. Ela está tentando aliviar seu fardo um pouco- Pierina suavemente disse.


-Sim, mas trabalhando deixo de pensar demais e isto é uma boa coisa no momento. Então eu não me importo com a agenda louca que eu tenho no momento. Porém - ela adicionou depressa quando ela sentiu propensão de Pierina para uma conferência, -Eu estou recusando muitos trabalhos futuros de forma que eu posso voltar para uma agenda mais manejável no próximo ano. Eu penso que então o divórcio já estará concluído, eu devo ter superado o pior disto, e socializar deve ser algo que voltarei a fazer pelo menos com minhas amigas. -Você devia fazer isso - Pierina solenemente disse. “Eu sinto sua falta e eu podia levar você ao cinema e...

-Eu farei isso no futuro, Pierina- Nicole quietamente interrompeu. -Mas eu preciso pelo menos de um ano para colocar minha cabeça no lugar antes de tomar qualquer grande decisão. -Eu entendo - Pierina relutantemente disse.

-Além disso, nós devíamos aproveitar minha estadia aqui- Nicole sugeriu. -Você poderia vir me visitar e nós poderíamos... Ela fez careta, insegura do que elas poderiam fazer. Ela não tinha uma pista do que havia para fazer em Ottawa. Sua vida tinha sido muito fechada durante seu casamento. Ela trabalhava e isso era tudo. Bem, eu sei que existe patinação no rio no inverno- ela disse finalmente, e então se apressou a dizer, -Mas nós podíamos fazer um fim de semana das meninas. Nós podíamos até convidar nossas mães. E convidar Marguerite também, ela é realmente uma doçura. -Sim, ela é - Pierina concordou. -Eu sempre gostei de Marguerite. Ela foi sempre tão agradável para nós quando estávamos crescendo e mamãe nos levou para sua casa.


-Ela ainda é- Nicole assegurou. Terminando com os pedaços maiores de vidro, ela começou cuidadosamente com os menores que ela achou que ainda eram muito grandes para o aspirador. -Marguerite iria ficar em um hotel hoje à noite, mas eu disse que era uma tolice e que ela devia ficar aqui, então eu me desculpei pela bagunça e murmurei que eu precisava de um cozinheiro/caseiro, e...voila! Marguerite entrou em ação, dizendo que ela achava que conhecia a pessoa perfeita, mas teria que ver se ele estivava disponível em tão curto prazo. -Mas ele estava, certo? Pierina perguntou. -Sim. Ela ligou meia hora atrás e disse que se encontrou com ele, e seu trabalho anterior terminou hoje e que ele poderia começar imediatamente. Ele concordou com duas semanas de experiêcia. -Seu trabalho anterior terminou hoje? Pierina perguntou com uma risada. -Isso faz parecer que ele pega tarefas a curto prazo aqui e ali. Eu pensei que empregadas eram para trabalho a longo prazo. Mamãe trabalha para Marguerite há... mais ou menos... sempre.

-Sim, eu meio que me perguntei sobre isso também- Nicole admitiu e disse, -Mas eu confio Marguerite. Talvez seu último patrão tenha morrido de velhice ou algo parecido e ele tem feito trabalhos temporários enquanto espera para achar uma boa situação. Eu não sei. Eu tenho certeza que Marguerite explicará. -Ou eu podia explicar. Nicole piscou ante essa profunda voz e então olhou bruscamente acima de seu ombro, seus olhos se alargando quando ela olhou fixamente para o homem de pé atrás dela. Ele era magnífico, com cabelo curto marrom arenoso, uma barba bem aparada e pequena e bigode, e os olhos mais surpreendentes. Talvez fosse apenas a iluminação na sala e o ângulo que ela estava vendo eles, mas de onde ela estava


ajoelhada, seus olhos eram um lindo azul esverdeado misturado com prata. Lindo. Ele também era musculoso e extremamente alto... embora a parte sobre ser alto poderia ser apenas porque ele estava de pé e ela estava ajoelhanda no chão. Ele... Querido Deus, ela estava com o traseiro para cima um minuto atrás quando ela se abaixou para pegar os vidros, Nicole percebeu com desânimo, e isso tinha sido sua primeira visão dela. -Nicki? Quem foi esse? Você está bem? O que está acontecendo? O olhar de Nicole foi para o telefone preocupada com os gritos de Pierina. Só então que ela percebeu que não tinha nenhuma idéia de quem era o homem... ou o que ele estava fazendo em sua casa. Antes dela entrar em pânico, o homem girou sua cabeça e gritou, -Eu a achei, Marguerite. Nós estamos na área de serviço. Nicole relaxou e respondeu a Pierina, -Uh, eu acho que ele deve ser o cozinheiro/caseiro. -Ele não parece velho - Pierina disse, interesse em sua voz.

-Não, ele não é - Nicole concordou, olhando fixamente no perfil do homem enquanto ele esperava Marguerite responder ou aparecer. -Ele soa bonitão - Pierina adicionou. -Ele é - Nicole admitiu e então percebeu o que ela disse e corou quando ele bruscamente se virou para olhá-la, sobrancelhas levantadas. -Obrigado - ele falou pausadamente com um sorriso lento e ofereceu a ela sua mão. Nicole ficou mais corada, mas aceitou a mão oferecida e ficou de pé, evitando seus olhos quando ela murmurou um envergonhado, -Obrigada. -Ohhhh - Pierina riu. -Deixou para Marguerite achar para você um cozinheiro/caseiro


que é um colírio para os olhos também- sua voz, gritando do chão, lembrou a Nicole que ela tinha deixado o telefone lá. -Desculpe- Nicole disse para o homem em nome de sua amiga e rapidamente se abaixou para pegar o telefone. Tirando o telefone do viva voz, ela repreendeu, -Isto é assédio sexual, Pierina. O homem não é um colírio para os olhos, ele é... Ela pausou quando seu olhar deslizou de volta para ele, e então Nicole virou e se moveu depressa para o outro lado do claset e sussurrou, -Certo, ele é um colírio para os olhos, mas você não diz coisas do gênero quando ele pode ouvir. Uma risada profunda fez ela olhar acima de seu ombro. Seguramente ele não a ouviu sobre isso, não é? Ela achava que não, mas a diversão em seu rosto fez ela pensar que ele poderia ter ouvido. Voltando para o telefone, Nicole murmurou, -Eu ligo para você mais tarde. -Não, espere... Pierina protestou, mas Nicole apenas pressionou o botão para encerrar a ligação, respirou fundo tentando recuperar pelo menos um pouco da compostura, e girou para oferecer um sorriso cortês ao homem. Ela se dirigiu de volta para ele, sua mão estendida, pronta para cumprimentá-lo enquanto dizia, -Oi, eu sou Nicole Phillips. Você deve ser o cozinheiro/caseiro que Marguerite … Ai, ai, ai! Nicole lembrou do vidro no chão quando a mão dele se fechou ao redor sua. Foi a dor que irradiou de seu pé que a fez se lembrar. Ela deu um passo sobre o maldito vidro e agora estava pulando com seu pé não machucado, o pé ferido recolhido como uma cegonha. Seu agarre em sua mão era a única coisa que a impedia de cair. Pelo menos foi assim até que ele de repente a pegou em seus braços. -Oh - Nicole respirou, sentindo seu rosto corar. O telefone começou a tocar novamente, e ela ficou surpresa ao localizá-lo no chão. -Você o deixou cair quando pisou no vidro - o homem que a segurava disse, e então


de repente se curvou com ela em seus braços de forma que ela pudesse pegar o telefone do chão. -Oh minha nossa, você é forte - Nicole disse quando pegou o telefone. Olhando no identificador de chamadas quando ele se endireitou novamente, ela murmurou, -É Pierina. De novo. Quando ela apertou o botão para atender o telefonema, alguém ofegou, -Oh meu Deus! -atrás deles. O homem a segurando se virou para olhar Marguerite e Nicole não ficou surpresa ao ver que a mulher permanecia na entrada da área de serviço, boquiaberta vendo Nicole nos braços do cozinheiro/caseiro. Pelo menos Nicole pensava que ele era o cozinheiro/caseiro. Ele realmente não tinha confirmado isso ainda, mas foi com ele que Marguerite falou quando ela apareceu. -O que está acontecendo? Pierina gritou do telefone, lembrando Nicole que ela não disse nada quando atendeu a ligação. “É Marguerite? Por que ela parece tão chocada? O que está acontecendo? -Ponha o telefone perto do meu rosto - o homem que a segurava disse.

Nicole hesitou, entretanto fez como ele solicitou e colocou o telefone próximo a ele, assim ele podia atender o telefonema. -Pierina, aqui é Jake Colson- ele anunciou em sua voz sensual profunda. -Marguerite me pediu para fazer o trabalho de cozinheiro/caseiro e removedor de neve para Nicole por um período de experiência de duas semanas. Marguerite e eu estamos aqui. Nicole está bem, mas ela pisou em um caco de vidro e eu tenho que tirá-lo para ela agora, então ela ligará para você mais tarde com todos os detalhes. Mas eu estou


passando o telefone para Marguerite, assim ela confirmar tudo já que você não me conhece. Foi bom conversar com você - ele adicionou, e então puxou seu cabeça para longe do telefone e movimentou a cabeça em direção a Marguerite. Nicole levou o telefone naquela direção e Marguerite o pegou com um sorriso e sinalizou para que eles saíssem da área de serviço, dizendo, -Pierina querida, como você está? Eu não pensei nisto na oportunidade, mas você deveria ter vindo comigo para Ottawa. Eu sei que Nicole teria adorado isso e a companhia no vôo de ida e volta teria sido boa. Marguerite continuou a conversar, mas isso foi tudo que Nicole ouviu. Sozinha novamente com o homem que ela agora sabia que era Jake, ela ergueu seus olhos auto-conscientemente para os dele. -Você pode me descer agora. -Então você pode pular ao redor com um pé? Ele perguntou com diversão e virou para sair da área de serviço como se ela não pesasse nada, que ela sabia de sua balança de banheiro, e também das críticas de seu ex-marido, não era verdade. Se ela não estivesse tão desconfortável por estar nos braços do estranho, Nicole teria apreciado a experiência. Jake não parou no banheiro que conectava a área de serviço à sala como ela esperava, mas continuou até a cozinha. Ele a deixou sentada sobre o balcão, disse um firme “Fique aí” e saiu da cozinha. Nicole ficou olhando para ele com os olhos arregalados. Ele era muito dominante para um cozinheiro. Ele também cheirava realmente bem, e ele era muito forte. Ela não era franzina, tipo modelo. Nicole era cheinha e sempre tinha sido. Na verdade, ela estava mais cheinha agora do que ela era. Aparentemente ela não aceitava críticas constantes muito bem. Ela ganhou peso durante seu casamento, o que acabou por gerar mais crítica. Nicole ainda não se incomodou em perder esse peso. Ela tinha


muitas outras coisas para se preocupar primeiro, ou ela pensou que tinha. Agora ela estava achando que realmente devia começar uma dieta... e o magnífico e gostoso homem cheiroso que acabou de deixá-la em sua cozinha não teve nada a ver com essa decisão, Nicole se assegurou firmemente. Ela quase acreditou nisso... quando o magnífico Jake caminhou de volta para a cozinha e ela se sentou direito com um frio no estômago. -Álcool, pinça, uma agulha, anti-séptico e uma bandagem - Jake relacionou como se anotasse os artigos de uma coleção, obviamente de seu banheiro. “Eu acho que isso é tudo que nós precisaremos. -Oh, você não tem que... As palavras morreram na boca de Nicole quando ele de repente se agachou na frente dela e agarrou seu pé para dar uma olhada. Qualquer protesto adicional foi prevenido pela necessidade dela de morder seu lábio para prevenir os gritos quando ele começou a mexer em seu pé. -Isto machuca? Ele perguntou, apertando suavemente.

-Não - Nicole disse, mas até ela pensou que não soou acreditável. Sua voz era mais ou menos três oitavas mais alta que o normal. Jake deu a ela um olhar reprovador. “Você tem que me dizer se machucar, é assim que eu saberei onde o vidro está. Você tem vários pedaços em seu pé que eu posso ver, e uns dois que eu não acho que eu estou vendo. Então, suportar a dor sem desmonstrar, não, e honestidade, sim, certo? Nicole caladamente concordou com a cabeça, seu lábio mais baixo pressionado entre seus dentes.


Ele então voltou a trabalhar, começando com os cacos de vidro que ele podia ver, ela supôs, desde que ele não perguntou mais a ela se machucava. Porém, machucou quando ele tirou os cacos de vidro e Nicole apertou suas próprias mãos tentando não chorar quando ele começou a fazer perguntas para distraí-la. -Marguerite diz que você é um artista.

-Sim. Eu pinto retratos - ela respondeu, olhando para longe na esperança de que não olhar faria isso menos doloroso. -Você é boa - ele elogiou, e as palavras fizeram seu sorriso curvar.

-Como você saberia? Você não viu meu trabalho - ela disse com diversão.

-Eu vi - ele contrapôs. -Quando nós achamos a porta da frente destrancada e não conseguimos nenhuma resposta quando nós chamamos, Marguerite e eu procuramos pela casa começando pelo andar térreo... inclusive seu estúdio. -Oh - Nicole murmurou, mas ela estava franzindo as sobrancelhas. -A porta da frente estava trancada. Eu mesma tranquei depois que Marguerite saiu. Jake levantou sua cabeça e a encarou, então olhou para a porta. Nicole seguiu seu olhar e viu Marguerite na entrada entre a cozinha e sala de estar, com o telefone em sua mão a seu lado. Aparentemente ela terminou de conversar com Pierina. Agora ela estava trocando um olhar solene com Jake. -Estava destrancada quando nós chegamos aqui - Marguerite disse quietamente, como se confirmando que ele não lembrado errado. -Bem, isto é apenas... Nicole Justa agitou seu cabeça. -Eu sei que eu tranquei ela.


-Marguerite, se você terminar aqui, eu verificarei a casa novamente - Jake quietamente disse, se endireitando. Nicole franziu as sobrancelhas. -Eu tenho certeza que isso não é necessário. -Você trancou a porta, e estava destrancada quando nós chegamos aqui - ele assinalou simplesmente. -Melhor estar seguro que lamentar. -Sim, mas ninguém tem chaves além de mim. Bem, e Marguerite - ela disse, e então franziu as sobrancelhas e relutantemente adicionou, -Talvez eu só pensei que tranquei. Ou talvez eu acidentalmente tenha destrancado quando fui tirar a chave. -Rodolfo já não tem mais uma chave, não é? Marguerite perguntou a preocupação. -Não. Ele me devolveu quando eu paguei para ele sair da casa - Nicole assegurou a ela. -Você trocou as fechaduras depois que você pagou para seu marido sair da casa? Jake perguntou. Seus olhos se arregalaram. Nicole ficou surpresa que ele sequer soubesse que existia um marido, quanto mais um ex-marido. Aparentemente, Marguerite falou para ele sobre sua vida... que foi mais do que ela fez por Nicole. Ela não sabia nada sobre seu novo cozinheiro/caseiro. -Não, eu não troquei as fechaduras. Não havia necessidade. Rodolfo me deu sua chave. Marguerite e Jake trocaram outro olhar e então Marguerite se moveu para frente e pegou a pinça da mão de Jake à medida que ele se endireitava. -Eu voltarei logo- ele murmurou, e saiu da cozinha. -Não existe realmente nenhuma necessidade de procurar na casa - disse Nicole


cansadamente quando Marguerite moveu uma das cadeiras da cozinha para se sentar na frente dela e começou a remover os cacos de vidro de seu pé. -Eu provavelmente me confundi sobre trancar a porta. Além disso, Jake acabou de dizer vocês dois procuraram pela casa quando chegaram aqui. -Melhor estar segura que lamentar, querida - Marguerite disse com despreocupação. Além disso, os homens se sentem bem fazendo coisas como essa. Deixe ele ser todo varonil e protegee as mulheres da casa - ela disse ligeiramente com um sorriso, então adicionou mais seriamente, -Agora se segure, alguns destes cacos de vidro foram bem fundo. Nicole se segurou, mas isso não ajudou muito. Ela se esforçou ao máximo para não uivar como uma garotinha de dois anos de idade quando Marguerite começou a remover o vidro de seu pé. Jake verificou o piso superior primeiro, examinando o quarto principal, o banheiro da suíte, e o closet novamente, só para ter certeza. Ele então verificou as portas de vidro do quarto principal para se certificar que estavam trancadas antes de seguir para o quarto de hóspedes próximo ao quarto principal e seu banheiro. Marguerite e Nicole estavam na cozinha, então ele não precisou verificar lá, mas não pode resistir a dar uma olhada quando ele passou pela porta da cozinha a caminho das escadas. Nicole Phillips não era o que ele esperava. Depois de tudo que Marguerite disse a ele hoje esta noite, ele esperava achar uma criatura bastante patética. Ela não parecia patética. Certamente, o doce traseiro redondo que ele encontrou acidentalmente ao entrar na área de serviço não pareceu patético, e ela não tinha um ar patético. Na verdade, mesmo Jake não a conhecendo há mais que alguns minutos e realmente não falando muito com ela, a impressão geral ele teve até agora era leve e alegre. A casa de


Nicole tinha muita janelas grandes, subindo cinco ou seis metros para o teto de catedral. Os quartos eram decorados em bege, com toques de vermelho e detalhes pretos ocasionais. Seu estúdio era uma coleção exótica de cores, e as roupas em seu armário também eram coloridas. Nada que ele viu até agora falava de uma mulher deprimida, rastejando sob os destroços de um casamento abusivo. Entretanto, Marguerite disse no princípio de sua conversa que Nicole buscou ajuda psicológica imediata para lidar com o dano de seu casamento. Parecia estar funcionando. Mas ele teria que esperar e ver para saber com certeza. Jake foi por todos os cômodos do andar térreo, verificando armários, e conferirndo se as portas estavam trancadas. Ele deixou a porta da frente por último porque ele tinha trancado a porta pessoalmente quando ele e Marguerite chegaram, usando a chave que Nicole deu a Marguerite para usar durante sua estadia. Então, foi com um pouco de surpresa que ele achou aquela porta destrancada novamente. Ele a abriu e olhou para fora na calçada, depois ao longo da estrada em ambas as direções. Não havia nada para ver, entretanto ele não esperava que houvesse. Com uma expressão sombria, Jake fechou a porta e trancou, então pegou seu telefone celular e chamou um chaveiro local com quem ele trabalhou no passado. Ele providenciaria a troca de todas as fechaduras da para hoje à noite. Era o caminho mais rápido e mais fácil para lidar com a situação. O marido de Nicole podia ter devolvido sua chave, mas ele obviamente fez uma cópia antes disso. Ela disse que tinha trancado a porta, e enquanto ela podia alegar que talvez tivesse se enganado sobre isso, ele sabia malditamente bem que ele tinha trancado a porta quando ele e Marguerite entraram. Estando destranca novamente sugeria que alguém entrou na casa depois que Nicole trancou a porta, e então saiu depois que ele a trancou. A pergunta era o que vieram fazer aqui? Ele apostava que tinha sido Rodolfo que


entrou. Se eles estavam com sorte, Rodolfo entrou pretendendo fazer algo abominável, mas tinha sido forçado a abandonar o plano quando Marguerite e Jake retornaram. Ele escapou obviamente enquanto eles estavam procurando na casa. Mas ele não podia contar que o homem não teve tempo de fazer algo, já que o sujeito gostava de instalar coisas que fariam parecer acidentes... Dando meia volta, ele começou a verificar a casa novamente.

Capítulo 3

-Aí está você! Nós estávamos começando a nos preocupar que você estivesse perdido. Nicole olhou em volta ante as palavras ilumindas de Marguerite e viu Jake entrando na cozinha. Ela sorriu para ele um pouco nervosamente, e então se virou para o armário e pegou uma terceira xícara quando Marguerite disse, -Nós terminamos alguns minutos atrás e Nicole está preparando o café. Deve ficar pronto logo. -Oh. Nicole girou duvidosamente ao ouvir aquela palavra. Soou um pouco tomado de surpresa e franzindo as sobrancelhas perguntou, -Você não gosta de café? Eu posso fazer qualquer outra coisa para você. Chá, ou... chocolate quente? Ou talvez você prefira uma bebida fria? -Não, café está bom- disse ele devagar, então se moveu em direção a ela, estendendo sua mão fechada. Quando ele a alcançou, ele abriu sua mão, revelando três chaves.


Nicole as pegou, franzindo sua testa. -O que é isso?

-Chaves. -Bem, eu sei disso - ela disse com uma meia risada. “Para o que?”

-Para a casa - Jake disse, e então explicou. -Havia algo errado com a fechadura da porta da frente. Nós trancamos ela quando nós entramos, mas estava destrancada novamente quando eu fui verificar a casa. Então eu chamei um amigo meu e ele substituiu a fechadura da porta da frente e depois recodificou todas as outras de forma que uma chave é tudo o que você precisa para destrancar todas elas. -Oh - ela disse com surpresa. -Eu não percebi que havia alguém aqui. Eu não ouvi a campainha. -Ele bateu, e eu acho que você estava gritando de dor no momento - Jake disse suavemente. -Oh - Nicole repetiu, ruborizando. Ela não era boa com dor. Ela tentou não demonstrar a dor que sentia, mas isso acabou não sendo possível para ela e ela gritou como um bebê em um ponto quando Marguerite teve que retirar um caco de vidro que quebrou debaixo da pele depois que ela tirou um pedaço maior. -Eu tive ele fazer seis cópias - Jake continuou. -Há uma chave em cada porta agora de forma que se você precisar sair com pressa, você não tem que procurar por suas chaves. Essas três são uma para você, outra para mim ou qualquer cozinheira/caseiro que vier depois de mim, e a terceira é para você dar a convidados quando eles ficarem hospedados como você fez com Marguerite. -Oh - Nicole disse novamente, insegura sobre o que mais dizer. Ela ficou contente de


ouvir que a fechadura estava com defeito. Era melhor do que pensar que sua memória estava ruim ou que outra pessoa tinha uma chave da casa. Mas ela não estava certa como ela se sentia sobre Jake vindo e mudando suas fechaduras sem ao menos perguntar a ela sobre isso. -Eu disse a você que ele era um maravilhoso cozinheiro/caseiro - Marguerite disse radiante. -Assim como Maria, ele cuidará do que precisa ser cuidado, aliviando você do fardo. Sua vida vai ser tão mais simples com ele aqui. Nicole se sentiu relaxar com aquelas palavras. Ela nunca teve um cozinheiro/caseiro antes e não tinha nenhuma idéia do que era esperado que eles fizessem, mas se Marguerite pensava que isto era normal... então, ótimo. Ela pensou. A cafeteira sinalizou, anunciando que o café estava pronto, e Nicole colocou as chaves em seu bolso e rapidamente foi servir as três xícaras. Jake foi imediatamente até ela para pegar duas delas e levá-las ao balcão onde Marguerite se sentou em uma das quatro cadeiras posicionadas próximas. Nicole pegou a terceira xícara, e foi se sentar na cadeira ao lado de Marguerite, um pouco comovida pelo comportamento cavalheiresco de Jake quando ele puxou a cadeira para ela. -Bem, isto é bom – disse Marguerite quando eles tomaram seu café. Nicole concordou com a cabeça, mas ela estava procurando em sua mente como ela devia agir aqui. Jake já resolveu o problema da porta como se seu trabalhando aqui fosse uma certeza, e Marguerite estava agindo do mesmo modo, mas ela sentia como se devesse pelo menos fazer algumas perguntas sobre o homem que receberia uma chave de sua casa. De fato, era por isso que as chaves no momento estavam descansado em seu bolso. O pausa para o café deu a ela uma desculpa para adiar a distribuição das chaves, mas a verdade era que ela estava receosa de fazer isso com um estranho completo.


-Eu sei que eu mencionei para vocês dois sobre o período de experiência de duas semanas de Jake trabalhando aqui - Marguerite de repente disse, e então girou seu olhar para Nicole e adicionou, -Mas tenho certeza que você gostaria de saber mais sobre Jake, querida, já que o homem estará vivendo em sua casa. -Uh... Nicole fez uma careta. Ela não percebeu que ele estaria vivendo aqui, mas supôs que era frequentemente o caso com empregados. A tia Maria e seu marido viviam em uma casa de hóspedes na propriedade de Marguerite, mas Nicole não tinha uma casa de hóspedes. Ela supôs que ele teria que usar o quarto no andar de baixo. Iria pelo menos dar a ele um pouco de privacidade... e a ela também. Nossa, ela não pensou mesmo sobre isso. Ela simplesmente mencionou que precisava de um cozinheiro/caseiro para resolver as coisas enquanto ela trabalhava e a próxima coisa que ela soube era que—ela deslizou o olhar para Jake— ela tinha um, graças a sua Fada Madrinha, Marguerite. -Sim, eu suponho que eu gostaria de saber mais sobre Jake - ela admitiu finalmente.

-Certo. Marguerite sorriu. -Bem, primeiramente, Ste... Ela pausou e fez careta, agitou sua cabeça, e tentou novamente. -Primeiramente, Jake é da família. -Ele é? Nicole perguntou a surpresa.

Marguerite concordou com a cabeça. -Sua mãe é casada com cunhado do meu Julius, Roberto. Então ele é meu sobrinho postiço, embora eu só pense nele como um sobrinho. -Oh. Nicole assistiu quando Jake calmamente tomou seu café, parecendo ignorar a narração. -Ele era o vice-presidente de V.A. Inc., uma grande corporação com sede na


Califórnia.

-Vice-presidente? Nicole perguntou com espanto. Jake não aparentava mais de vinte e cinco anos, e parecia um tanto quanto jovem para uma posição tão responsável no enteder dela, mas Marguerite assentiu com a cabeça novamente. -Eu sei que ele pareçe jovem, mas ele é muito responsável - Marguerite assegurou a ela. -E ele era muito bom em seu trabalho, mas uma questão de saúde sete anos atrás fez com que ele decidisse procurar uma carreira mais relaxante, e ele sempre amou cozinhar, então... Ela encolheu os ombros. -Aqui está ele. Nicole olhou fixamente de Marguerite para Jake. O que era isso? Ele era da família, foi vice-presidente de uma grande empresa, teve uma questão de saúde, e agora tinha muito prazer em ser seu cozinheiro/caseiro por uma quantia insignificante em relação ao que ele ganhava como vice-presidente? Ela notou o modo como Marguerite olhava para Jake e se perguntava do que se tratava. Ela não teve que se perguntar por muito tempo. Marguerite suspirou de repente com exasperação. -Olhe para a expressão dela, Jake. Eu disse a você que soaria duvidoso, mas você insistiu na verdade- a mulher se queixou, e adicionou - e olhe onde isso nos levou. Ela não acredita em uma palavra disto. -A verdade é sempre o melhor caminho a seguir - Jake respondeu com um encolher os ombros de despreocupação, e isso foi quando Nicole decidiu que ela sabia o suficiente. Não é que ela ainda não tivesse muitas perguntas, mas depois das mentiras que Rodolfo disse a ela, a coisa mais importante para ela agora era honestidade e Jake era aparentemente um homem honrado. Existiam poucos assim no mundo. Mas Nicole queria uma pessoa honrada, homem ou mulher, para o trabalho. Ela estava confiando a ele sua casa, seu santuário. A honestidade era a coisa mais importante para ela. Mais tarde ela poderia descobrir todas as outras coisas sobre as


quais ela estava curiosa e gostaria de saber sobre o que o homem fez nestes últimos três anos. Ele tinha sido um cozinheiro/caseiro todo o tempo? Ele realmente gostava de trabalhar em casa, cozinhando e limpando para outros? Ele não sentia falta do poder e da excitação inerente em um cargo de vice-presidente? E por que ele se mudou aqui para Ottawa quando ele deixou o trabalho na Califórnia? Existiam várias perguntas que Nicole podia fazer. Porém, ela obteria aquelas respostas mais tarde se fossem necessárias. Nesse momento, ela sabia o suficiente sobre o homem para seguir em frente com o período de experiência de duas semanas. Se funcionasse, Nicole poderia fazer suas perguntas. Se não... então ela supôs as respostas para aquelas perguntas realmente não importariam. -Certo, aqui está sua chave - disse ela, pegando duas das três chaves que estavam em seu bolso. Ela deu uma a Jake e outra para Marguerite. -Não há nenhuma necessidade de me dar uma novamente – disse Marguerite, acenando para Nicole a chave que ela ofereceu. -Eu não preciso disso. Eu não vou sair novamente até que eu vá para minha casa amanhã. -Você tem certeza? Nicole perguntou, e quando a mulher assentiu com a cabeça, ela colocou a chave de volta em seu bolso com um encolher os ombros. -Bem, isso foi adorável, mas sinto que estou um pouco cansada. Eu acho que levarei meu café comigo e irei ler na cama um pouco antes de ir dormir - Marguerite anunciou, levantando de sua cadeira antes de sorrir para Nicole e adicionar, -Assim não terei que me sentir culpada por manter você longe de seu trabalho. Nicole começou a ficar ansiosa com as primeiras palavras de Marguerite, mas o


último comentário a fez relaxar. Ela não estava sendo abandonada para entreter Jake sozinha. Ele era um empregado. Ela podia ir trabalhar e deixar ele para se adaptar e apreciar uma noite livre antes que ele começasse o trabalho de manhã. -Sim, eu acho que eu devia voltar trabalhar - Nicole disse com alívio, ficando de pé. A que hora é seu vôo amanhã, Marguerite? -Duas e meia. Sairei daqui ao meio-dia para me certificar que eu possa ir com segurança e bastante tempo, então me dê um abraço agora, minha querida, caso você esteja dormindo quando eu for. Nicole foi até ela para dar seu um abraço, mas disse, -Eu me certificarei de colocar meu despertador para que eu possa tomar café com você antes de você ir. Mas obrigado por tudo, Marguerite. É sempre um prazer ver você. -É sempre um prazer para mim também - Marguerite assegurou a ela, a abraçando firmemente. -E você é mais que bem-vinda. Nicole sorriu e se afastou quando ela a soltou, então olhou ela deixando a cozinha antes se girando para Jake. -Eu acho que você não precisa de uma excursão. -Não. Ele sorriu um pouco. -Eu conheço tudo ao redor depois das duas buscas pela casa. Eu só vou pegar minha mala no carro e me alojar. Eu provavelmente vou ler para um pouco também esta noite. Nicole assentiu com a cabeça, e foi se servir outro café para levar para o estúdio com ela. Ela tinha uma cafeteira lá, e também uma máquina de cappuccino, uma geladeira pequena com bebidas frias e um microondas, mas o café já estava prontoo aqui então ela poderia beber isso também.


-Você pode ficar com o quarto de baixo... Nicole pausou quando ela se virou e viu que Jake já deixado a cozinha. Nicole deu um encolher de ombros e se dirigiu a seu estúdio, sua mente já estava no retrato em que ela estava trabalhando e nas cores que ela queria usar para adicionar contraste na pintura do fundo da tela. Nicole quase sempre terminava seus retratos tendo o cliente posando para ela, isso era apenas para conseguir os detalhes finais. A maioria do retrato era feita a partir de fotografias e ela quase sempre colocava seu próprio fundo nos retratos a menos que o cliente especificasse um determinado fundo. Às vezes ela colocava fundos extravagantes, às vezes mais dramáticos. Dependendo do assunto. A pintura em que ela estava trabalhando no momento era de uma atriz famosa, que também era uma esposa e mãe... e até onde ela podia ver, uma esposa e mãe muito amorosa. Nicole quis mostrar os contrastes na vida da mulher fazendo no fundo um redemoinho de contrastes, suaves e duros, luz e escuridão, mãe e diva. Até agora estava indo bem. Jake se certificou de fechar a porta da frente quando ele retornou, dupla checagem, e então levou sua mala escada acima para o quarto de hóspedes ao lado do quarto principal. Ele precisava ficar perto de sua cliente para mantê-la segura, e isto era o mais próximo que poderia ficar dela a menos que quisesse dormir com ela... o que ele realmente não se importaria. Nicole era uma adorável delícia que ele não se importaria em saborear, mas ele suspeitava que Nicole não se sentia do mesmo modo sobre ele. Ela pensava nele como seu cozinheiro/caseiro afinal de contas, e ela estava saindo de uma relação ruim, e finalizando com um divórcio sórdido. Ele duvidava que ela estaria pronta para dar boas-vindas alguém em sua cama. -Nicole vai ficar surpresa que você esteja aqui.

Jake deixou sua mala na cama antes de reagir ao comentário de Marguerite. Ele observou o modo como ela se encostou casualmente contra o batente da porta e então perguntou, -Por que ficaria?


-Porque eu coloquei minhas coisas aqui quando cheguei, e só as levei ao andar de baixo quando eu saí para encontrar você. Eu sabia que você ia precisar ficar perto dela. Jake assentiu com a cabeça, não surpreso que Marguerite tivesse pensado nisso. Ela era uma mulher esperta. -Não havia nada de errado com a fechadura de porta da frente - Marguerite comentou, se afastando da porta e indo se sentar no lado da cama quando ele abriu sua mala. -Poderia haver, mas eu duvido – disse Jake com um encolher de ombros, girando para abrir a gaveta de cima da cômoda encostada na parede ao lado da cama. Ele movimentou a cabeça com satisfação quando ele a encontrou vazia, e disse, -O chaveiro não achou nada errado com a fechadura. -Então Rodolfo estava na casa quando nós chegamos aqui? Marguerite severamente perguntou. -Alguém provavelmente estava – disse Jake cuidadosamente, pouco disposto a saltar para conclusões. Rodolfo tinha sido seu primeiro pensamento também, mas ele não tinha nenhuma prova. -Eu não posso acreditar que ela nem pensou em trocar as fechaduras – disse Marguerite com um suspiro. -Especialmente depois daqueles incidentes com o aquecedor e a churrasqueira. -Como você disse, ela está em fase de negação - Jake disse ligeiramente quando ele começou a transferir suas roupas da mala para a gaveta. -Sim, mas ainda assim...

-Ela o amava, Marguerite - ele quietamente disse. -Você pode ver isto nas fotos


penduradas por toda parte na casa. O modo como ela olhava para ele deixa óbvio que ela o amava. Ela provavelmente ainda o ama ou tiraria as fotografias. Sua boca apertou quando ele disse isso. O aborrecia que Nicole ainda parecesse amar o homem depois de tudo que ele fez, mas isso não era da sua conta e ele continuou, -Você mesma disse que deveria ser duro admitir que o homem com o qual se casou estava interessado apenas em seu dinheiro. Bem, como você disse, seria mais duro ainda para admitir que o homem você pensava amar considera você tão pouco que a quer morta por dinheiro. -É verdade - Marguerite quietamente concordou. Ela ficou em silêncio por um momento, assistindo ele desempacotar suas coisas e então de repente perguntou, Você já tentou lê-la? Ele parou, e levantou a cabeça com surpresa. -Não. Eu deveria?

-Você aprendeu a controlar ou ler a mente dos mortais? Ela perguntou em vez de responder. Jake voltou a desempacotar suas coisas com uma careta. Ele jurou que ele não faria coisas assim quando ele se tornou um imortal. Mas a habilidade parecia vir naturalmente para ele, e quando vidas estavam em jogo, era uma boa habilidade para se ter. Foi como ele soube que o sujeito no boné de beisebol estava lá para atirar no ditador mais cedo naquele dia, e que ele estava para puxar uma arma de fogo. Foi por isso que Jake correu até ele para detê-lo, e se ele não conseguisse alcançá-lo a tempo, ele o teria controlado e impedido de apontar e puxar o gatilho. Mas tudo que ele disse foi, -Sim, eu aprendi. -Bom. Você pode precisar usar isto com Nicole.

-Por que? Ele perguntou com surpresa.


-Bem com ela em estado de negação, ela pode fazer algo perigoso ou arriscado, e você precisará pará-la - Marguerite assinalou. -Além disso, existem algumas coisas que você deve saber sobre ela que você só poderá aprender se a ler. -Como o que? Jake perguntou franzindo as sobrancelhas.

Marguerite agitou sua cabeça e se levantou. -Não cabe a mim dizer. Além disso, eu acho que realmente estou cansada. Acho que eu irei para meu quarto. Boa noite, Jake. Ela foi até ele e o beijou na bochecha, e então se virou e saiu do quarto, deixando ele carrancudo e se perguntando o que o diabos ele deveria saber sobre Nicole que Marguerite não explicaria. Jake pensou que Marguerite tinha dito a ele tudo sobre a mulher mais cedo no restaurante. Ela certamente parecia ter dito, falando para ele coisas como que Nicole era boa na escola, mas mais interessada em arte que seus outros cursos. Que ela tinha sido tímida e mais reservada no segundo grau e universidade, preferindo ficar em casa e pintar do que festejar muito. Que ela saia com multidões de artistas, ao invés de marcar encontros, mas que Pierina sempre tinha sido sua melhor amiga. Que Rodolfo foi a coisa mais selvagem e mais arriscada que aconteceu em sua vida, então ela não seria sem dúvida relutante em aceitar uma chance assim novamente. A mulher deu a ele alguns detalhes pessoais bonitos, e ela sabia de coisas surpreendentes sobre Nicole para uma menina, que pelo que ele entendeu, meramente aparecia em sua casa várias vezes ao ano. Agitando sua cabeça, Jake voltou a desempacotar suas coisas, mas seu pensamento agora estava em Nicole e nos segredos que ela mantinha. Tanto que ele quase parou de desempacotar suas coisas e desceu ao estúdio dela para lê-la. Porém, ele não queria perturbá-la. Outro fato que Marguerite lhe passou era que Nicole estava


tentando manter uma ridícula agenda de horários no momento e trabalhando ao ponto do esgotamento. Amanhã era cedo o suficiente para ler os segredos dela, ele supôs, quando ele terminou de colocar suas coisas no lugar. Jake fechou a gaveta, colocou sua mala no armário e então se dirigiu para a cozinha. Já passava da meia-noite agora, mas ele em regra trabalhava a noite e dormia de dia, então ainda estava cedo para ele. Aquele café não ajudou. Imortais eram sensíveis à cafeína, alguns mais que outros, e ele normalmente evitava tomar café por causa disto. Agora ele estava se sentindo um pouco nervoso e sedento. Ele supôs que a sede eram os nanos trabalhando para remover a cafeína de seu sistema. A água ajudaria, mas sangue seria melhor. Porém, aquele pensamento trouxe um problema prioritário a sua mente. Ele precisava de um modo de manter sangue trancado, à mão e frio. A melhor solução era sair e conseguir um frigobar pequeno e colocá-lo em algum lugar em seu quarto. Mas ele não estava feliz com a idéia de deixar Marguerite e Nicole sozinhas depois dos episódios com a porta destrancada mais cedo. Jake verificou o forno e olhou em volta, não achando nada errado, mas isso não significava que não havia nada para ser feito. Apenas significava que ele não achou nada para fazer. Ele preferia ficar perto esta noite só no caso de ele ter deixado passar alguma coisa. Então... o sangue e o frigobar teriam que esperar. Ele sempre podia chamar Bastien e pedir para enviar ambos para ele caso não pudesse dar um jeito de administrar a tarefa ele mesmo. Um frigobar não era normalmente um item fornecido pelas Empresas Argeneau, pelo menos ele não pensava que era, mas ele suspeitava que Bastien faria uma exceção. Especialmente quando ele soubesse que Jake estava aqui ajudando sua mãe. Além disso, ele teria muito prazer em pagar pelo serviço extra. Jake rapidamente arrumou a cozinha. Não existia muito para fazer lá. Marguerite trouxe de volta sua xícara de café e ele colocou esta e a sua própria na máquina de


lavar prato, junto com as duas colheres que eles usaram. Ele então colocou o leite e açúcar em seus lugares, enxugou o balcão e estava terminado. Ele estava loucamente inquieto entretanto, e depois de uma hesitação, ele foi até o andar de baixo, colocou seu casaco e suas botas, e destrancou a porta da frente para ir ao lado de fora. Estava nevando lá fora, a calçada dianteira já estava coberta com uma fina camada de neve recém caída. Jake supôs que ele teria que cuidar daquilo antes de Marguerite sair amanhã. Mas ele deixaria isto para quando amanhecesse, ou pelo menos até a neve parar de cair, ele decidiu, depois virou e fechou a porta da frente com sua chave. Quando ele começou a caminhar ao longo da frente da casa, ele adicionou a sua lista de coisas para fazer no dia seguinte providenciar a instalação de um sistema de segurança para a casa. Com alguma sorte, ele poderia conseguir alguém imediatamente e ter isto feita nas primeiras horas da manhã enquanto Nicole dormia. Então ele poderia dizer a ela depois que isso era uma típica tarefa que se esperava que ele fizesse... e era em sua função como guarda-costas. Jake suspeitava que poucos Cozinheiros/caseiros eram chamados para administrar tarefas como esta. Sorrindo com o pensamento, ele caminhou em torno da casa. Era noite de lua cheia esta noite, a neve aparecia em relevo cinza com as sombras da lua através das muitas árvores no quintal. Jake automaticamente esquadrinhou a área à medida que ele caminhava, procurando por pegadas na neve ou sombras que poderiam ser alguém que não devia estar lá. Ele não viu nada. O olho de Jake detectou uma poça de água grande no jardim coberto de neve que refletia luz quando ele virou no canto para a parte de trás da casa. Ele soube que a luz estava vindo das janelas do estúdio de Nicole, mas ele ficou surpreso que elas não tivessem cortinas de noite. Ele ficou surpreso também por se encontrar atraído como uma mariposa para uma chama. Parando na extremidade da luz onde ele não estaria visível, Jake observou o estúdio,


diversão que arrasta em seu lábios quando ele viu Nicole com fones de ouvido, dançando ao redor enquanto ela tocava de leve em uma tela com um pincel. Haviam três telas montadas, cada uma em uma fase diferente de conclusão. Uma parecia estar apenas começada, um esboço a lápis do que parecia ser um casal. Era muito fraco e ele estava muito longe para poder ver as características, mas Jake suspeitava que fosse o filho de Marguerite, Christian, e sua noiva, Carolyn. Nicole mencionou que Marguerite trouxe fotografias para Nicole usar com o retrato. Ele achou que Nicole devia ter escolhido trabalhar a noite no esboço inicial para o retrato. A próxima tela tinha um retrato feito pela metade de um homem mais velho carrancudo contra um fundo escuro e dramático. A última era de uma adorável mulher que lhe pareceu vagamente familiar. Aquele parecia quase pronto. Nicole fez um pequeno rodopio na frente do retrato da mulher, e então de repente mudou para o retrato meio terminado do homem, e Jake assistiu com fascinação quando ela começou a pintar de leve o fundo com o mesmo pincel. Parecia que ela estava trabalhando nas três telas de uma vez, ele pensou com surpresa, seu olhar caiu sobre suas costas quando ela fez uma pausa em sua pintura depois de esbarrar em algo e parar qualquer música que estivesse ouvindo. Levou mais ou menos dois minutos para Jake perceber que seu comportamento era um tanto quanto estranho. Ele estava atuando como uma espécie de voyeur. Ou, na verdade, ele supôs que estava sendo um voyeur, lá de pé olhando fixamente para uma Nicole que não desconfia que ele estava lá. Fazendo careta a seu próprio comportamento, Jake se forçou a continuar caminhando. Ele fez seu caminho de volta determinado a não olhar para a janela novamente. Ele então foi pela laterla do edifício e retornou para a frente da casa novamente.

Não existia nenhuma pegada além da sua própria na neve recém caída, Jake observou


quando ele caminhou para a porta da frente e a destrancou. Mas ele não esperava nenhuma. Quem destrancou a porta duas vezes agora sabia que Nicole tinha companhia. Eles esperariam até que ela estivesse para tentar novamente, ele tinha certeza... a menos que eles já tivessem feito algo que nenhum deles ainda soubesse. O pensamento era preocupante. Existiam tantas opções em toda casa. Veneno podia ser colocado em qualquer coisa desde comida e bebida a perfumes ou loções. A parte elétrica podia ter sido mexida, um corrimão da escada podia ter sido solto, ou o lustre que estava pendurado no canto da escadaria... Jake fez careta enquanto caminhava debaixo do grande lustre de três metros pendurado no teto de catedral há seis metros de altura. Se isso caísse de repente sobre um mortal definitivamente o mataria. Por outro lado, não havia nem possibilidade de isso acontecer. O culpado precisaria de algo para subir até o teto de catedral e mexer no lustre. Mas existiam muitas outras possibilidades, e Jake simplesmente não podia verificar todas elas. Ele podia verificar muitas delas entretanto, ele decidiu no instante seguinte. Não era como se ele tivesse qualquer coisa melhor para fazer, e ele não iria dormir hoje à noite.

Capítulo 4

Nicole gemeu quando o despertador tocou e se virou na cama para dar um tapa nele até que conseguiu desligá-lo. Seus olhos então se fecharam um pouco com um suspiro, depois rapidamente se abriram novamente quando ela lembrou porque tinha programado o despertador. O que isso tinha sido? Oh, certo, ela prometeu se despedir de Marguerite, Nicole recordou, se aconchegando com sono em seu travesseiro e se perguntando se era realmente necessário.


A pintura foi incrivelmente boa ontem à noite e ela trabalhou até quase sete da manhã. Nicole não pensou no que aconteceria quando ela fez a promessa ontem à noite. Talvez ela pudesse apenas voltar a dormir. A mulher era a chefe de sua tia, Nicole se lembrou e considerou aquele fato, mas realmente, só porque ela era a chefe da Tia Maria não queria dizer Nicole tinha que se levantar para vê-la sair, não é? Por outro lado, sua mente argumentou, Marguerite também era um tipo de chefe sua também. Pelo menos ela era um cliente. Embora, seguramente a dama ficaria feliz em saber que Nicole trabalhou tão duro e gostaria ela conseguisse dormir de forma que ela pudesse trabalhar duro novamente hoje à noite, certo? Exceto que ela também era uma mulher realmente agradável, que sempre tinha sido gentil com Nicole e que até superou toda a dificuldade para achar seu lindo cozinheiro/caseiro quando Nicole mencionou que precisava de um. Seus olhos rapidamente se abriram novamente naquele momento e Nicole de repente rolou para fora da cama. Entretanto, verdade seja dita, ela estava pensando em seu lindo cozinheiro/caseiro quando despertou de repente e ficou ávida para ir até a cozinha em vez de qualquer sensação de responsabilidade para se despedir de sua hóspede, do que ela deveria se envergonhar e se envergonharia... mais tarde, Nicole se prometeu. Marguerite era uma mulher adorável, e Nicole deveria se levantar para ser gentil e educada. Se despedir da mulher era o que uma boa anfitriã faria, e Nicole pareceria culpada e até hesitante sobre o assunto. Mais tarde... quando ela tivesse dormido mais. No momento, ela queria um banho, algum café, e ver se seu caseiro ainda estava aqui. Seu banho foi rápido. Nicole seguida escovou seu cabelo, puxando-o para trás em um rabo-de-cavalo, e então se sentou em sua mesa de maquiagem para colocar um


pouco de pó de arroz e blush. Isso era algo que ela raramente fazia como primeira coisa pela manhã. Ela normalmente tomava seu café antes de fazer qualquer coisa no mínimo ambiciosa. Nicole não era uma pessoa que acordava cedo. Ela foi até o closet, parando na porta quando lembrou do vidro no chão e dos esforços dolorosos que Marguerite fez para tirar os cacos de vidro de seu pé ontem à noite. Porém, um olhar no chão quando passou pela área de serviço antes de ir dormir mostrou que não havia mais vidro. Nicole olhou fixamente para o lugar em um momento perplexo, lenta em concluir que alguém teve trabalho para limpar tudo ontem à noite enquanto ela estava pintando. O fato de que demorou um tempo para perceber isso era lamentável considerando que era a única explicação, entretanto ela realmente não estava em seu melhor pela manhã... especialmente depois de apenas quatro horas de sono. Suspirando de como sofridamente lento seu cérebro trabalha de manhã, Nicole pegou uma calça jeans e uma camiseta e começou a vestir enquanto considerava quem poderia ter feito o trabalho. Existiam só duas opções: Marguerite ou Jake. Ela não podia imaginar Marguerite fazendo isso depois de trazer um cozinheiro/caseiro para ela. Por outro lado, Jake não deveria ter começado o trabalho até esta manhã. Mas um deles devia ter cuidado disso. Nicole vestiu suas roupas e estava saindo do closet quando ela percebeu que tinha esquecido da calcinha e do sutiã. Ela retornou ao closet, fazendo careta de dor de pensar em tirar a calça jeans, e rapidamente começou a sai, só para voltar novamente. Ela poderia ser capaz de passar sem calcinha, mas sem sutiã não era uma opção. Ela era cheinha em todos lugares. Mumurando baixo, ela se moveu para sua gaveta de roupa íntima, pegou um sutiã, tirou sua camiseta e rapidamente colocou o artefato torturante que apertou seus seios.


Pelo menos parecia torturante esta manhã, entretanto ela estava exausta e não era uma pessoa que acordava cedo, algo que continuava em seus pensamentos. Para ela, os vampiros é que estavam certos. O mundo ficava quieto a noite. Ninguém ligava às duas da manhã, ou aparecia para tomar café e conversar. Ela podia trabalhar sem ser perturbada durante a madrugada. Era um felicidade. Uma vez que ela colocou o sutiã, e vestiu a camiseta, Nicole saiu de seu quarto. Ela estava cruzando o combinado sala de estar/sala de jantar, dirigindo-se à cozinha, quando a porta do quarto de hóspedes de cima se abriuo. Sua cabeça girou naquela direção, com um sorriso de saudação em seus lábios para Marguerite. Mas seu soriso enfraqueceu, substituído por surpresa quando ela viu Jake saindo do quarto. -Bom dia - ele disse antes de entrar no banheiro.

-Bom dia - Nicole murmurou, mas duvidou que ele tivesse ouvido isto. Ele já estava fechando a porta de banheiro. Franzindo as sobrancelhas ligeiramente agora, ela continuou em direção à cozinha, seus olhos se alargam em surpresa quando ela viu Marguerite acomodada no balcão, lendo o jornal. A mulher irradiou um sorriso quando ela notou Nicole. -Oh, bom dia, querida - Marguerite saudou. -Você chegou na hora certa, Jake fez café e um adorável dejejum para nós. Está ficando morno, mas ele voltará em um minuto e provavelmente servirá isto direito. Ele foi até seu quarto para trocar sua camisa. Eu esbarrei nele quando ele estava preparando os ovos e alguns caíram nele. -Seu quarto? Nicole duvidosamente disse. -Ele estava saindo de seu quarto quando eu...

-Oh- Marguerite acenou para com um risada. -Eu mudei minhas coisas para o andar de baixo e disse para ele ficar com o quarto de hóspedes superior. Pareceu sensato


para ele ficar neste piso já que é onde ele estará fazendo a maior parte de seu trabalho, e teria sido uma tolice fazer ele dormir no andar de baixo ontem à noite e depois ter que mover todas as suas coisas para cima hoje. -Oh, claro - Nicole disse devagar e girou para achar uma xícara e se servir um café. Ela precisava desesperadamente de um café agora que ela considerou que o homem dormiu a uma parede de distância ontem à noite... perto suficiente para ouvir ela roncar. Bem, se ela roncasse. E se ela falou ou murmurou durante o sono? E se ela se mexeu muito na cama? Quanto ele podia ouvir pela parede? -Eu espero que você goste de omeletes.

Nicole levou um susto com a pergunta na profunda voz masculina. Jake voltou. Ela ofereceu a ele um sorriso fraco quando ele pegou as luvas de forno e se dirigiu para o fogão. -Eu tive que trabalhar com o que estava disponível, então eu fiz torradas, e uma omelete com salsicha, cebola, batatas e queijo. Mas se você não gostar de ovos ou algo, eu posso fazer torradas francesas, ou panquecas ou... -Não, omelete está ótimo - Nicole interrompeu, sua boca enchendo de água quando ele abriu a porta do forno e um cheiro adorável veio em uma onda de calor para seduzir seu nariz. -Cheira muito bem. -Não é mesmo? Marguerite concordou alegremente. -Eu disse a você que ele era maravilhoso. -Sim, você disse - Nicole disse fracamente, seguindo Jake para a mesa da cozinha no canto. Na verdade ela estava seguindo os dois pratos de omelete, não Jake; Ele por coincidência estava levando os pratos.


O olhar dela deslizou sobre a mesa, notando a toalha de mesa, com a qual ela raramente se incomodava, e as toalhas de jogo americano perfeitamente colocadas. Jake até organizou um suporte com sal, pimenta, catchup, molho, leite e açúcar... que lembraram a ela do café que ela segurava na mão e que precisava ser incrementado. -Sente-se - Jake ordenou e então adicionou, -Você também, Marguerite. Sirvam-se antes que esfrie e eu vou pegar o meu e as torradas. Nicole se sentou à mesa e depressa adicionou leite e açúcar em seu café, mas seu olhar estava no omelete. Ela não era boa em fazer omeletes. Os seus sempre terminavam como ovos mexidos, mas estes pareciam perfeitos. Luminosos, fofos e com material gostoso escorrendo. Ela estava engolindo repetidamente com saliva enchendo sua boca e feliz em ter terminado seu café de forma que podia experimentar o omelete. Felizmente, Jake retornou para mesa quando ela desceu sua xícara e pegou seu garfo e faca. Nicole tinha sido ensinada que não era educado comer até que o cozinheiro terminasse de preparar a comida e se sentasse à mesa. O cozinheiro entretanto era sua mãe quando Nicole estava sendo ensinada, e ela se sentiria terrivelmente culpada se começasse a comer antes que Jake tivesse se sentado. Mas ela teria feito isto. Agora isso não era um problema. -Mmmm - Nicole murmurou, depois que deu a primeira mordida. Realmente estava bom. Se o homem fizesse omeletes para ela toda manhã ela teria muito prazer em levantar cedo para comer, sendo uma pessoa que acorda cedo ou não. E se tudo que ele cozinhasse fosse bom assim, o homem merecia um aumento, ela pensou, o que lembrou a ela que eles não discutiram seu salário ainda. Ou qualquer outra coisa. Ela supôs que eles teriam que se sentar e falar sobre os detalhes depois que Marguerite saísse. Quanto ele esperava como pagamento, o que estava incluso nas atribuições de seu trabalho, e o que ele esperava dela também, porque, seriamente, ele já estava parecendo muito bom para ser verdade. Nicole não queria que o período de


experiência de duas semanas terminasse com ela querendo que ele e suas habilidades culinárias ficassem, e ele infeliz com ela como chefe e querendo partir. -Eu percebi ontem à noite depois que eu fui para a cama que eu esqueci de dizer a você sobre o acordo que eu fiz com Jake para você- Marguerite de repente disse. Nicole engoliu e ergueu sua cabeça, curiosa para ouvir isso.

-Jake concordou com a taxa normal para um período de experiência de duas semanas - Marguerite anunciou. Nicole inclinou sua cabeça. Ela não tinha nenhuma idéia do que isso queria dizer. Existia uma taxa normal para cozinheiro/caseiro? Ela pensou que variasse de acordo os com empregadores e suas expectativas. -Nós também planejamos quais tarefas ele está disposto a executar. Mas você pode se preocupar com isso depois de comermos. Eu deixei tudo escrito sobre a cômoda em meu quarto. Você pode dar uma olhada e conversa com Jake sobre isso mais tarde Marguerite adicionou. -Oh. Certo. Nicole assentiu com a cabeça e começou a comer novamente, mas seu pensamento agora estava no papel no quarto de Marguerite e ela estava curiosa para ler isso. Ela também estava curiosa sobre o vidro que deveria estar no chão da área de serviço, e disse, -Obrigada por limpar o vidro no chão da área de serviço. Foi uma surpresa boa. Ela não tinha nenhuma idéia de quem ela estava agradecendo, então Nicole fez o comentário olhando para sua omelete quando ela cortou o próximo pedaço. -De nada - Jake respondeu.


Relaxando, Nicole sorriu para ele. -Eu realmente agradeço. Especialmente já que você não tinha começado oficialmente até hoje. Jake encolheu os ombros. -Não foi nada.

Eles ficaram em silêncio, sua atenção na comida depois disso, até que Marguerite de repente levantou de sua cadeira. -Minha carona chegou. -Oh. Nicole olhou pela janela e viu um carro estacionando e levantou. -E quanto ao carro alugado que você tinha ontem? -Eu devolvi ontem à noite antes de voltar com Jake - Marguerite disse despreocupadamente enquanto se dirigia para fora da cozinha. -Ele me seguiu e me trouxe de volta até aqui. Me pareceu mais fácil do que o alvoroço de hoje. -Bem, você não tinha que fazer isto. Jake ou eu poderíamos ter levado você para o aeroporto hoje - Nicole disse, colocando seu último pedaço de omelete na boca antes de atrás de Marguerite com Jake logo atrás dela. -Não seja tola. Eu sabia que você dois estariam trabalhando hoje. Marguerite pegou sua bolsa na mesa de jantar a caminho das escadas. -Isto é mais fácil para todo mundo. Ainda mastigando e engolindo, Nicole simplesmente grunhiu quando a seguiu para o andar de baixo. Ela parou entretanto quando eles alcançaram a entrada e Marguerite de repente parou e se virou. No momento seguinte, Nicole estava envolta em um perfume caro que cheirava muito bem quando Marguerite a abraçou. -Obrigada, Nicole. Você é uma querida. Eu sempre achei isso. Você e Pierina são


ambas umas doçuras. Eu agradeço por me hospedar ontem à noite e assim eu não ter que voar direito de volta. E obrigada por se esforçar no trabalho do retrato, mas eu realmente gostaria que você desse você mesma um descanso. Nós não nos importamos de esperar e eu me preocupo com você. -Não há com o que se preocupar – disse Nicole, abraçando-a de volta. -Uma vez que eu termine estes três retratos eu posso diminuir o ritmo um pouco. Além disso, com Jake aqui, a vida deve ser muito mais fácil. Obrigada por isso - ela adicionou, dando um aperto extra. -Eu estava preocupada sobre ter um estranho em minha casa. Deste modo, com Jake sendo da família para você, eu me sinto muito melhor. -Jake é uma maravilha. Ele cuidará de tudo. Tudo vai dar certo - Marguerite assegurou a ela e Nicole assentiu com a cabeça, entretanto ela tinha o sentimento de que Marguerite estava se referindo a mais do que apenas sua cozinha e sua casa. Não houve tempo para perguntar sobrer isso, porque então a campainha tocou e Marguerite a soltou. Deixando Marguerite dizer adeus para Jake, Nicole passou por ela para abrir a porta e sorrir em saudação ao homem de terno esperando pacientemente no degrau. -Olá - ele educadamente disse, seu olhe correndo dela para Marguerite e então mudando para a mala próxima à porta. -Isto está indo? -Oh, sim - Nicole disse reconhecendo a pequena mala de Marguerite com rodas. A mulher devia tê-la deixado na porta antes ir à cozinha, ela percebeu e foi pegá-la. Mas ela apenas deslizou um pé em direção à porta antes que o motorista entrasse e pegasse a mala. -Eu cuidarei disto - ele educadamente assegurou. -É só isso?


-Só isso e eu - Marguerite disse brilhantemente quando ela se afastou de Jake para se aproximar de Nicole. -Muito bem. O motorista sorriu para Marguerite e então girou para conduzí-la ao carro. Ele abriu a porta de trás e a conduziu para dentro, depois fechou a porta antes de carregar a mala e colocá-la no bagageiro. Nicole estava descalça, então ficou na entrada e acenou quando Marguerite terminou de colocar seu cinto de segurança e olhou para ela. Ela estava ciente quando Jake parou atrás dela e pensou que ele estava provavelmente acenando também. Eles assistiram em silêncio quando o motorista entrou e fechou a porta, mas uma vez que o veículo começou sair, Nicole perguntou, -Qual a idade de Marguerite? Ela estava certa de que Jake ainda estava atrás dela. Ele provavelmente olhou para abaixo no topo de sua cabeça também, mas ela não se virou para ver. Finalmente, ele disse, -O que você quer dizer? A pergunta trouxe uma pequena risada ofegante para seu lábios e ela ofereceu a ele um sorriso torto acima de seu ombro. -É uma pergunta simples. Qual a idade dela? Ela balançou sua cabeça e adicionou, -Ela não pode ter mais de trinta e poucos, entretanto ela não parece tão velha, e eu a conheço há dez anos. Ela era casada com Jean Claude antes quando eu comecei a ir com Tia Maria ajudar na limpeza de primavera, então ela devia ter pelo menos vinte anos na época, o que significa que ela tem que estar no início dos trinta anos agora... Mas eu juro que a mulher age como se ela tivesse pelo menos duas vezes essa idade. Ela é como uma mãe para Pierina e eu. Nicole deu um risada envergonhada e admitiu, -Eu juro, ela me faz sentir como se eu tivesse dez anos de idade toda vez que estou perto dela... Então... ela é mais velha do que parece? Ou apenas mãe por natureza ou algo assim?

-Mãe por natureza - ele respondeu, feliz por evitar a pergunta original. -Ela é uma


mãe para todo mundo e provavelmente era desde de menina.

-Sim, eu só possso imaginá-la como uma criança de cinco anos de idade, agitando cada criança e adulto da vizinhança - Nicole admitiu estranhamente, e então perguntou novamente, -Então, qual a idade dela? Quando ele não respondeu imediatamente, ela levantou suas sobrancelhas em pergunta, e ele murmurou, -Vamos fechar a porta. Nicole concordou e saiu do caminho quando ele começou a fechar a porta. Ela assistiu ele trancar a porta, e então se virou para liderar o caminho escada acima onde seu café estava esperando.

Jake ficou em silêncio enquanto ele seguia Nicole escada acima, mas sua mente estava trabalhando aceleradamente tentando descobrir o que dizer em resposta a sua pergunta... e então a resposta veio até ele. -Ela não está na casa dos trinta anos - Jake anunciou quando eles alcançaram a cozinha. -O que? Nicole perguntou com assombro quando ele se moveu para servir a ele mesmo outro café. -Ela tem que estar. Ela...

-Ela tinha treze anos quando se casou com Jean Claude. Ambas as declarações eram verdade. Ele apenas não mencionou que o casamento ocorreu por volta do século


treze, e que ela tinha na verdade setecentos e tantos anos em vez de trinta e poucos conforme Nicole supôs. -Treze? Ela soou horrorizada como ele esperava quando ela perguntou, -Isto é legal?

Jake encolheu os ombros e levou seu café para a mesa à medida que falava, -Os europeus não tem as mesmas leis que nós temos. -Sim, mas... santa merda, Jean Claude era pior do que eu pensava- ela murmurou com desgosto enquanto ela o seguia. -O que você quer dizer? Ele curiosamente perguntou.

-Bem, você sabe, ele era um idiota com ela - ela disse em um suspiro. -Eu quero dizer, eu só o vi talvez meia dúzia de vezes ao longo dos anos antes dele morrer, mas eu lembro de que ele chegava e era terrível com ela, gritando, rosnando e dando ordens para ela como se ela fosse um cachorro. Até como uma adolescente eu pensava que ela era muito bonita e boa para aguentar aquilo de qualquer um. Jake se virou para seu café, adicionando leite e açúcar quando ele considerou o que ela disse. Ele não sabia que Jean Claude era indelicado com Marguerite. A verdade era que Jake não conhecia Marguerite tão bem, e ele não a conheceu quando ela era casada com Jean Claude. Ele ouviu histórias, claro. Seu chefe, Vincent, era um Argeneau afinal de contas, e era seu sobrinho, que significava que existia conversa sobre sua família. Mas Jake realmente não teve que conhecer Marguerite até o atentado contra sua vida que resultou em sua transformação. Marguerite tinha falado com ele várias vezes depois que ele despertou da transformação. Isso foi antes dele ir embora. E Nicole estava certa, ela era uma mulher muito agradável, uma que não devia ter que tolerar o tipo de comportamento


que Nicole estava descrevendo. Entretanto Nicole também não devia ter tido que tolerar o abuso que Rodolfo dispensou a ela, então tudo que ele disse foi, -Eu descobri na minha vida que as pessoas mais agradáveis de alguma forma parecem acabar com os parceiros mais cruéis. Eu mesmo nunca entendi isso. Você poderia pensar que os iguais se atraem, mas definitivamente parece que os opostos se atraem no caso de muitos casais. -Sim - Nicole murmurou, sua boca torcendo. -Eu concordaria com isto.

-Como era seu marido? Jake perguntou, pegando a xícara vazia dela e servindo mais café fresco. -Um imbecil - ela disse, e então sorriu esquisitamente à medida que ela adicionava, Entretanto eu sou um pouco parcial. Eu estou certa que muitas pessoas pensam que ele é ótimo. Certamente, ele é o tipo que daria a própria camisa para amigos e conhecidos. -Só não para sua esposa? Ele sugeriu, despejando café em sua xícara e então devolvendo para a mesa. -Eu, ele não teria sequer informado as horas - ela assegurou secamente e colocou açúcar e leite em seu café, antes de adicionar, -Eu suspeito que ele se casou com a artista, e ficou desapontado quando ele se encontrou algemado à mulher. Jake levantou suas sobrancelhas. -A duas não são a mesma pessoa?

-Você acharia que sim, não é? Ela perguntou com diversão. Nicole bebeu seu café, engoliu em seco, e então quietamente disse, -Acontece que Rodolfo é superficial e vive de aparências. No começo ele gostava de alardear que tinha se casado com uma artista de renome mundial. Isso era legal. Infelizmente, viver comigo não era tão


legal. Ela olhou para seu café e disse, -Eu acho que ele tinha baixa auto-estima, e pensou que talvez casar comigo impulsionaria seu ego... e ficou terrivelmente desapontado quando isso não aconteceu. Suspirando, ela encontrou seu olhar e adicionou, -E eu suspeito que ele pensou que ser casado comigo significaria uma vida cheia de coquetéis e congraçamento com clientes famosos. Ao invés disso, era um dia-a-dia penoso, com ele gastando muito tempo à toa enquanto eu trabalhava duro, ou ele de pé ao meu lado ouvindo telefonemas com aquelas celebridades com as quais ele queria se relacionar, ou ele tendo que escutar elogios para mim de pessoas que pensavam nele como 'o marido' que não trabalhava em vez do charmoso e arrojado companheiro que fisgou a artista. Ela suspirou cansada, e balançou a cabeça. -Mas ele não quis falar sobre o assunto, então eu acho que com isso e dez centavos, você ainda tem dez centavos. Jake olhou Nicole em silêncio. Ela definitivamente analisou seu marido e a situação completamente. Ele também suspeitava que ela estava sendo genil em sua avaliação de Rodolfo. O sujeito tinha mais problemas que auto-estima baixa se ele agora estivesse tentando matá-la pelo dinheiro. -Quanto tempo você foram casados? -Dois anos. Eu o encontrei aos vinte e um, casei-me com ele aos vinte e três, deixei ele aos vinte e cinco e agora, um ano mais tarde... Ela encolheu os ombros. -O divórcio está quase terminando - ele terminou para ela.

Nicole concordou com a cabeça e se debruçou de volta contra a mesa com seu café. Minha carreira estava decolando quando nós nos encontramos. Eu acabava de me formar e fiz minha primeira mostra de arte, que foi um sucesso... graças a Marguerite.

Ele franziu suas sobrancelhas. -Marguerite?


Nicole sorriu. -Sim. Minha prima, Pierina, e eu costumavamos ajudar Tia Maria com Marguerite várias vezes durante o ano. Eu estava estudando arte e durante os intervalos, eu acabava desenhando enquanto Pierina e eu conversamos. Marguerite viu e foi a primeira a me incentivar a perseguir a arte. Bem, a primeira a me incentivar que não era de família - ela adicionou com um sorriso pequeno. -Mas a família tem que encorajar e dar apoio a você, então os elogios dela tinham um pouco mais de peso - ela explicou. Quando ele assentiu em compreensão, ela continuou, -De qualquer maneira, Marguerite me encorajou e então manteve os olhos em mim. Eu fiz uma pintura de Julius no meu último ano do segundo grau e dei para ela como um tipo de agradecimento. -Seu marido, Julius Notte? Jake perguntou com surpresa. Julius e Marguerite só encontraram e casaram alguns anos atrás. Até onde ele sabia, Julius não estava por perto quando Nicole era uma adolescente. -Não, seu cachorro, Julius - Nicole disse com um risada. -Misterioso, huh? Que ela tivesse um cachorro chamado Julius antes de encontrar seu marido Julius? Jake não fez nenhum comentário. Marguerite tinha conversado muito com ele em seu passeio até aqui e ele sabia que enquanto Julius, o homem, só reapareceu em cena recentemente, ele tinha estado na longa vida de Marguerite muito antes dela ter chamado seu primeiro cachorro de Julius. Porém, ele não disse isto. -De qualquer maneira - Nicole continuou, -Depois que eu dei a pintura, ela me pediu para pintar um retrato de sua filha, Lissianna, e então um dela e seus filhos: Etienne, Bastien e Lucern. E quando eu fiz minha primeira mostra de arte ela insistiu em fazer todos os preparativos e convidou alguns grandes nomes da arte mundial como também muitas pessoas endinheiradas. A próxima coisa eu soube é que eu tinha


encomendas de trabalhos saindo de minhas orelhas. Ela sorriu um pouco com a lembrança e então seu sorriso enfraqueceu. -E foi quando eu encontrei Rodolfo. Jake imaginou que devia parecer para Nicole como se o universo estivesse sorrindo para ela até aquele ponto. Sua carreira estava decolando e então ela conheceu e se apaixonou por um homem estrangeiro exótico, que parecia amá-la. O mundo tinha sido sua ostra, ou teria parecido ser. E se ela encontrou Rodolfo apenas quando sua carreira estava decolando, ela não teria o dinheiro que ela tem agora. Não existiria nenhuma razão para ela achar que ele algum dia tentaria roubá-la em um divórcio . . . e quando isso falhasse, tentar matá-la.

-Falando de encomendas de trabalhos, eu acho que eu deveria ir trabalhar - Nicole de repente disse, olhando desconfortável, e ele suspeitou que ela estava envergonhada por quanto ela tinha revelado. -E eu deveria ir trabalhar também - ele calmamente disse, mas quando ela então se dirigiu à porta, ele disse, -Marguerite mencionou que você estava interessada em adquirir um sistema de segurança para a casa. E aconteçe que e tenho um amigo que é o melhor nesse ramo de negócios. Eu posso ligar para ele e pedir um orçamento. Jake não ficou surpreeso quando Nicole fez uma careta. Ele sabia que Marguerite tinha sugerido que ela precisava de segurança e que Nicole tinha relutantemente concordado apenas para parar o sermão. Mas depois de dar um suspiro, ela assentiu com a cabeça. -Certo. Obrigada. -Sem problema - Jake murmurou e assistiu ela deixar a cozinha, seu olhar a seguindo até que ela estava longe de vista. Então ele percebeu o que ele fez e sacudiu sua cabeça. Jake se encontrou com muitas mulheres, tanto mortais como imortais, mas ele nunca misturou negócios com prazer. Era perigoso ficar distraído em seu ramo de trabalho, e Nicole definitivamente seria uma distração. Inferno, ela já era uma distração. Ele tinha intenção de lê-la depois que Marguerite partiu mas esqueceu essa


intenção assim que ela começou a conversar. Não, era melhor para manter sua mente nos negócios e evitar a tentação dos atributos físicos da Sra. Nicole Phillips... mas maldição, ela tinha bom e redondo traseiro e não existia nada que ele gostasse mais que isso. Fazendo uma careta por seus próprios pensamentos perdidos, Jake pegou seu telefone celular quando ele começou a tocar. Ele franziu as sobrancelhas quando viu que o telefonema era de Cody, o sujeito do sistema de segurança que ele mencionou. Seu amigo realmente era o melhor nesse ramos de negócios, e como tal, estava sempre ocupado. Ele conversou com a secretária do homem nesta mesma manhã. Ela disse que ele estaria na empresa ao meio-dia e Jake disse que ele ligaria de volta. Parece que Cody decidiu não esperar. Ele estava esperando que o homem dissesse que que ele estava tão ocupado que não atendê-lo por pelo menos uma semana, mas Jake planejava usar suborno e cobrar alguns favores para conseguir que fosse mais cedo que isto.

Nicole olhou para as pinturas cobertas no final de seu estúdio, brevemente debatendo se ela realmente queria tomar o resto de seu café e trabalhar, ou se ela devia jogar a o resto dele fora e voltar para a cama para dormir mais algumas horas. Nicole estava cansada e ela nunca estava em sua melhor condição quando estava cansada. Fazia com que ela trabalhasse devagar e sem inspiração, e ela acabava frequentemente


pintando por cima disso novamente mais tarde depois que descansava, o que era um desperdício de tempo. Dormir mais uma hora ou duas ou quatro, e então acordar refrescada e animada para pintar parecia mais sensato. Mas ela não queria ir para a cama. Jake poderia pensar que ela era uma dorminhoca como seu ex sempre reclamava. O pensamento em seu novo cozinheiro/caseiro fez Nicole lembrar da lista de tarefas de Jake que Marguerite disse que colocou na cômoda em seu quarto. Deixando as pinturas, ela passou o escritório indo pelo corredor, com a intenção de buscar a lista. Ela podia ouvir o murmúrio da voz de Jake quando ela chegou na sala de estar do andar de baixo e supôs que ele estava fazendo a ligação para seu amigo do ramo de segurança. O pensamento fez ela suspirar, e então ela enrugou seu nariz para ela mesma. Nicole não tinha nenhuma idéia do porque ela estava tão resistente em instalar um sistema de segurança. Ela na verdade pensou em providenciar isso ela mesma quando veio morar aqui com Rodolfo, entretanto ela deixou Rodolfo ao invés disso. Quando ela voltou a morar aqui haviam tantas coisa para fazer, e depois surgiram os problemas com a churrasqueira e o aquecedor, e então as pessoas começaram a sugerir que seu ex estava tentando matá-la e que ela devia ter um sistema de segurança por causa disto, e de repente Nicole resistiu à idéia toda. Ela poderia admitir que Rodolfo não a tinha tratado bem, e que ele tentou tirar tanto dinheiro seu quanto ele podia no divórcio, até de trabalhos que ela fez antes de conhecê-lo e uma porcentagem de quaisquer trabalhos que ela fizesse no futuro, que era ridículo. Mas sugerir que ele estava tentando matá-la... Dando de ombros e espantando sua irritação, Nicole andou pelo quarto de hóspedes, pegou a lista de tarefas que Marguerite deixou para ela e retornou a seu estúdio. Parecia uma lista muito longa. Nicole esperou até que ela estava em seu estúdio,


enrolou-se debaixo do edredom fofo que ela mantinha no sofá-cama no canto do estúdio, antes de realmente começar ler ... e adormeceu fazendo isso. Nicole se mexeu sonolenta algum tempo depois, girando de lado e arrastando para baixo o edredom com o qual ela tinha se coberto. A ação descobriu seus olhos e nariz, então ela então piscou seus olhos abertos quando ela viu uma silhueta de dois metros e meio de altura em seu estúdio e bloqueando a luz da janela. O grito agudo que saiu de sua garganta era alto e apavorado. A figura reagiu ao som cambaleando e então tropeçando em algo que estava no caminho. Nicole se sentou abruptamente e olhou fixamente para baixo ao homem que agora estava no chão de seu estúdio. Como a janela não estava mais bloqueada e a luz entrava abundantemente, ela podia ver a escadinha da qual ele caiu e que ele tinha uma chave de fenda em sua mão. Ela olhou fixamente para ele com confusão quando ele se sentou e então franziu a testa ligeiramente. A escada e chave de fenda não sugeriram um assalto e ele vestia uma camisa azul com C.C. SEGURANÇA escrito no bolso. Ela olhou para a janela e viu na extremidade uma coisa meio instalada que parecia uma pequena caixa branca. -Caramba, você me assustou - o homem admitiu, virando e se sentando.

Nicole relaxou quando viu sua figura desengonçada, cabelo vermelho, e rosto sardento. Entre isso e seu ar de desgosto, ele não era nem um pouco ameaçador e ele era, obviamente, o sujeito da segurança que Jake mencionou que viria para fazer um orçamento. Aparentemente o orçamento se transformou em uma instalação, ela pensou com irritação. -Você está bem? Ela perguntou, deixando de lado sua irritação em prol do homem que levou o tombo. -Você não se machucou, não é?


-Oh, não, eu estou bem. Eu estava apenas no segubdo degrau. Eu fiquei mais surpreendido que qualquer coisa - ele assegurou e então ambos olharam para a porta quando ela se abriu repentinamente e Jake entrou. Ele pausou abruptamente quando viu a cena, e então girou seu preocupado olhar para Nicole. -Você está bem? Quando ela assentiu com a cabeça e começou a empurrar seu edredom de lado, ele girou sua atenção para o homem quieto ainda no chão e se moveu para frente para oferecer uma mão a ele, perguntando, -Que diabo você está fazendo aqui, Cody? Eu disse a você para não aborrecê-la enquanto ela está trabalhando. -Eu sei, mas quando eu estava trabalhando no escritório eu dei uma olhada e o estúdio parecia vazio, então eu achei que eu poderia terminá-lo depressa enquanto ela estava fora. Ela devia estar escondida debaixo do edredom- ele adicionou com pesar.

-Eu não dormi muito ontem à noite. Então eu decidi tirar um cochilo antes de começar a trabalhar - ela explicou para Jake, sentindo-se culpada por ter sido preguiçosa. Mas ele apenas acenou a cabeça e disse, -Bom. Eu fiquei surpreso de que você não voltou para a cama novamente depois que Marguerite partiu. Você esteve trabalhando até amanheçer. Nicole relaxou um pouco e se levantou, inexplicavelmente aliviada de que ele estivesse sendo tão compreensivo em vez da notória desaprovação que Rodolfo teria expressado. -Eu acho que vou fazer um café. -Eu preparei a cafeteira mais cedo. Você só tem que ligá-la - Jake disse, e então se


adiantou a ela saindo do escritório para fazer isto para ela, antes de adicionar, -Eu também fiz uma bandeija com frutas e queijo no caso de você querer um lanche. Está no refrigerador. Nicole foi até o refrigerador pequeno ao lado da mesa de café e o abriu, encontrando um prato grande com queijo, bolachas, uvas e fatias de maçã. -Uau - ela murmurou, pegando o prato e examinando com surpresa. Então ela sorriu para ele. -Eu acho que vou gostar de ter um cozinheiro/caseiro. Jake sorriu levemente de volta, e então olhou além dela, suas sobrancelhas subindo. Você ainda tem muito para fazer lá, Cody? Nicole notou que o homem com C.C. SEGURANÇA escrito na camisa tinha seguido eles até a porta e agora olhava a cafeteira com interesse. Com a pergunta de Jake, ele forçou seus olhos para longe do escuro líquido e respondeu, -Eu só tenho que terminar uma janela e depois as portas de vidro corrediço. Eu já fiz a outra porta e as outras duas janelas. Eu farei isso antes do café ficar pronto. Quando Jake concordou com a cabeça, o homem saiu dali e sumiu de vista.

Nicole levantou suas sobrancelhas em pergunta e Jake explicou, -Ele teve um cancelamento esta tarde. Quando ele chegou aqui e fez um levanamento, o preço foi tão bom que eu disse para ele ir em frente e fazer a instalação. -Oh. Nicole fez uma careta, mas meramente assentiu com a cabeça. Apesar de sua resistência à idéia, ela eventualmente teria mandado instalar um sistema de segurança se todo mundo parasse de pertubá-la sobre isto. Era isso ou um cachorro grande. Ela estava inclinada a adquirir o cachorro grande nos últimos dias. Era solitário andar por esta grande casa sozinha, e um pouco enervante. Ela se sobressaltava com


pequenas coisas. Na verdade, nos últimos dois dias foi a primeira vez em que ela não se sentiu nervosa na casa e isso foi porque ela teve Marguerite e agora Jake aqui. Ela supôs que ele funcionava tão bem quanto um cachorro grande, a fazendo se sentir confortável em sua própria casa. -Eu acho melhor voltar lá para cima - Jake de repente disse. -Eu estava fazendo um molho apimentado quando eu ouvi você gritar. Eu tirei do fogão antes de descer, mas poderia coalhar. -Certo - Nicole assentiu com a cabeça, sua mente agora estava no molho apimentado. Soou sexy. Ela não se sentia muito sexy, mas manteve isso para ela mesma e girou em direção a seu escritório com seu prato de queijo e fruta. Ela estava se perguntando agora, entretanto, que horas eram se ele já estava começando o jantar. Uma olhada no relógio quando Nicole entrou em seu estúdio disse a ela que eram apenas duas da tarde. Ela dormiu uma hora e meia. Somadas com as quatro horas de mais cedo, e tinha cinco e meia. Seis teriam sido melhor, mas cinco e meia já davam. Ela olhou para Cody agora quando ele desceu da escadinha e se dirigiu para as portas de vidro corrediço. Ela olhou para a janela agora, notando a pequena caixa branca, e franziu as sobrancelhas. Existiam três janelas atrás da parede de seu estúdio; Uma janela de centro grande e duass mais estreitas de cada lado. A janela do centro era a única que se abria entretanto, mas agora haviam caixas em todas elas. -As janelas laterais não abrem - ela começou. -Por que...

-Elas têm detectores contra quebra de vidro- Cody explicou. -A janela central está ajustada com um sensor para quebra de vidro, abertura e fechamento. -Oh. Nicole observou as janelas novamente. Ela não tinha percebido que elas tinham sensores contra quebra de vidro. Era inteligente entretanto, ela supôs. Seu olhar


deslizou de volta para Cody e ela estendeu o prato de queijo e fruta. -Queijo?

Cody sorriu e pegou uma fatia de maçã, queijo e uma bolacha. -Obrigado.

Nicole acenou com a cabeça e pegou uma fatia de maçã para si mesma, então colocou o prato em uma mesa próxima a seus cavaletes. -O café deve estar pronto em um minuto. Você quer um? -Oh, sim, por favor. Isso seria ótimo - ele disse, e então colocou a fatia de fruta, de queijo, e bolacha em sua boca tudo de uma vez e se virou para as portas de vidro corrediço. Sabendo que ela não conseguiria trabalhar até que ele tivesse terminado e saído, Nicole sentou no sofá para comer sua fatia de maçã. -Ista é uma casa bonita - ele comentou quando começou a prender outra caixa branca e um sensor magnético naquela porta. -Obrigada - Nicole murmurou, seu olhar deslizando rapidamente ao redor de seu estúdio. Ela concordou, ela amava esta casa, e foi assim desde o começo. -Então seu marido deve ganhar bem para pagar por isso. O que ele faz? Ela endureceu brevemente com surpresa, e então disse, -Eu não sou casada. Ou não estarei em duas semanas. Nicole relutantemente adicionou, porque tecnicamente ela ainda estava casada. Entretanto, ela realmente nunca se sentiria casada. Ela sempre pensou em casamento como uma união de um casal, não só seus bens, mas suas vidas, seus sonhos, seu futuros. Ela e Rodolfo não uniram nada. -Ah. Entendo. Divorciando- Cody disse e assentiu com a cabeça. -Então você conseguiu a casa na partilha do divórcio?


Nicole endureceu. O que havia com as pessoas pensando que o homem era o ganhapão o tempo todo? Como se a mulher não pudesse fazer isto ela mesma. -Não. A casa é minha. Eu comprei isto ... duas vezes - ela secamente adicionou. -Ou uma vez e meia. Eu paguei por ela quando nós voltamos para o Canadá, e então eu precisei pagar para meu futuro ex sair dela como parte do divórcio porque era considerado um bem matrimonial. Cody levantou suas sobrancelhas com surpresa. -Você comprou isto? -As mulheres podem ganhar dinheiro também, sabia - ela disse secamente e ele corou com culpa. -Desculpe - ele murmurou, mas seu olhar deslizou para as três telas cobertas no quarto. -Uma artista? Nicole assentiu com a cabeça. Ela sempre cobria suas pinturas entre sessões. Prevenia que ela olhasse para elas e onservasse todas as falhas quando ela não estava trabalhando nelas. Ela própria era sua pior crítica. Girando seu olhar de volta para Cody, ela comentou, -Você parece conhecer Jake bem. -Oh, sim. Eu encontrei ele no trabalho quando ele veio para Ottawa pela primeira vez- Cody disse facilmente. -Estando no mesmo ramo de negócios, nós nos demos bem. Saimos para tomar uma bebida depois do trabalho. Ele encolheu os ombros. Uma amizade nasceu. -O mesmo ramo de negócios? Nicole perguntou com surpresa. -Você está no ramo de segurança e ele é um cozinheiro/caseiro. Eu não acho que seja realmente o mesmo ramo de negócios. Cody silenciou brevemente, entretanto continuou a trabalhar e rapidamente disse,


-Segurança de casa, manutenção de casa, é tudo sobre a casa.

Nicole olhou para ele brevemente, mas ele estava de costas para ela enquanto trabalhava e ela não podia ver sua expressão. Ela se levantou. -O café deve estar pronto. Como você prefere o seu? -Puro, por favor - Cody disse, seu olhar agora extremamente curioso quando ele olhou novamente para as telas cobertas em seus cavaletes. Ela deliberadamente levou um tempo pegando os cafés, querendo evitar mais perguntas. No fim, ela cronometrou perfeitamente. Cody estava dobrando sua escada quando ela voltou para seu estúdio. -Tudo pronto aqui - ele disse alegremente, cruzando o quarto com a escada abaixo de um braço. Nicole meramente sorriu e ofereceu o café à medida que ele se aproximou.

-Obrigado - ele disse, pegando o copo com sua mão livre e continuando seu caminho para fora, dizendo, -Eu deixarei você voltar para seu trabalho agora. Desculpe por assustar você. -Sem problema - Nicole disse quietamente e o seguiu para fechar as portas francesas do estúdio atrás dele à medida que ele partiu. Ela se virou então com um suspiro. Ela ainda estava cansada e agora um pouco sem inspiração também. Não o melhor estado mental para se trabalhar. Era nestas horas que ela desejava ter um trabalho mais normal. Ela não podia imaginar seu estado de espírito afetando muito seu trabalho se você fosse um contador ou algo parecido. Um mais um ainda era dois, não importando seu humor. Infelizmente, não era o mesmo com a pintura, ou provavelmente qualquer trabalho mais artísticos como música ou escrita onde seu


humor podia fazer você mais crítico. Ainda assim, ela retirou as coberturas das telas uma atrás da outra e então inspecionou o que tinha feito até agora. Nicole soube imediatamente que este não seria um dia muito produtivo. Toda falha, real ou imaginada, imediatamente apareceu para ela. Ela usou vermelho demais aqui, pouca sombra lá. O nariz da atriz estava um pouco exagerado? E o esboço de Christian e sua noiva estava todo errado; muito severo, não refletindo o amor que parecia brilhar de toda fotografia do casal. Fazendo uma careta, ela colocou as coberturas de volta em cada uma das telas e levou seu café e o prato de queijo para o sofá, onde ela se sentou com um suspiro deprimido. Nicole odiava quando seu trabalho esta com problemas. Ontem à noite coisas realmente tinham avançado. Ela tinha pintado depressa e felizmente, satisfeita com que ela estava fazendo e como os retratos ficaram. Hoje todos eles pareciam uma porcaria. Parecia que ia ser um “dia de fazer”. Esses eram dias em que ela ia ao banco, fazia compras, e qualquer outra atividade que ela tivesse negligenciado enquanto trabalhava. Normalmente existiam muitas tarefas para fazer, limpar, cozinhar, fazer compras, ir ao banco, pagar contas. Agora que ela tinha Jake podia retirar de sua lista a parte de cozinhar e limpar, mas ainda sobrava algumas tarefas. Ela tinha que ir ao banco para transferir dinheiro de sua poupança e pagar as contas mensais que venciam hoje. Ela deveria ter feito isso on-line ontem, mas agora era muito tarde. Levava vinte e quatro horas para as transferências on-line serem efetivadas. Nicole supôs que ela devia descobrir quanto o sistema de segurança iria custar e transferir suficiente para cobrir isto também. E então ela achou que deveria ir fazer compras no supermercado. Jake mencionou algo sobre só poder trabalhar com que ele tinha, então ela supôs que devia comprar qualquer coisa que ele precisasse. E ela queria comprar ratoeiras também. Existiam sempre um ou dois ratos


valentes que tentavam entrar em lugares fechados quando o frio apertava, e mesmo não tendo visto nenhum ainda, ela não tinha nenhuma dúvida que existiam um ou dois na redondeza. Talvez ela pudesse comprar uma daquelas coisas sônicas que afugentavam roedores em vez de comprar ratoeiras de verdade. Nicole não era grande coisas quando o assunto era matança e camundongos eram coisinhas bonitinhas e atrapalhadas. Além disso, desde que assistiu Ratatouille ela tinha uma aversão por matar camundongos. Embora Ratatouille tenha sido sobre um rato, como ela recordou. Não importava, camundongos eram apenas ratos pequenos. Ciente que já passavam das duas e que o banco fechava às quatro ou logo depois disso, Nicole pegou seu café e foi procurar Jake, passando por Cody e vários outros homens instalando pequenas caixas brancas em janelas na sala de estar. Ela murmurou 'oi' ao passar, mas sua mente estava na expedição de compras que faria quando pensou que seria útil se Jake fizesse uma lista do que ele precisava que ela comprasse enquanto estivesse fora. Ela suspeitava que ele precisaria de tempo para planejar seu menu e saber o que ele precisaria, e esperou que não ele não demorasse muito. O cheiro que chegou até Nicole quando ela subiu os degraus era incrível. Algo gostoso estava cozinhando e o ar estava rico com o aroma de alho e outras especiarias. -Algo cheira deliciosamente- ela comentou quando entrou na Cozinha.

Jake inicialmente olhou ao redor, e então lançou o pano de prato no qual ele secava suas mãos em cima de um livro no balcão. Parecia um livro de receitas e como se ele estivesse tentando esconder isto? Ela não teve nenhuma idéia do porque. Ela não esperava que ele soubesse como cozinhar tudo sem uma receita, mas ele parecia determinado a esconder isto, então ela agiu como se não tivesse visto isso.


-Eu tenho que à cidade e fazer algumas transações bancárias e outras coisas, então talvez você pudesse verificar quanto o sistema de segurança vai custar para que eu possa ter certeza que tenho o dinheiro na conta - Nicole sugeriu, e então adicionou, Eu pensei em passar no supermercado no caminho de volta também, então você quer fazer uma lista do que eu deveria comprar enquanto estou fora? -Oh. Jake franziu as sobrancelhas, entretanto girou sua atenção para a porta quando Cody entrou. -Tudo pronto - o outro homem anunciado. -Os rapazes estão apenas recolhendo seu equipamento e então nós iremos embora. -Sincronia perfeita - Jake quietamente disse, mas ela teve a sensação de que ele estava aliviado com a notícia. -Eu preciso de você dois para gravarem seus códigos pessoais - ele anunciou.

-Código pessoal? Nicole perguntou, o seguindo quando ele girou para levá-los fora da cozinha. Ela o seguiu até o quarto principal, onde um painel de segurança estava instalado ao lado das portas de vidro corrediço. -O modo que você sabe que vem e vai é quando este código for usado - ele explicou. -Você precisa gravar um, e então Jake gravar outro. Eu posso pôr em um terceiro número para convidados usarem se você quiser. -Oh. Entendo - ela murmurou e observou a tela digital brevemente antes de perguntar, -Quantos números? -Quatro. Mas você deveria usar algo que não seja sua data de aniversário ou qualquer coisa que outra pessoa possa facilmente descobrir - ele advertiu.


Nicole assentiu com a cabeça, pensou brevemente, e então depressa digitou quatro dígitos enquanto Cody e Jake desviavam seus olhos. Andando de volta, ela disse, Pronto. -Beleza. Cody trabalhou no painel brevemente, e então andou para longe. -Sua vez Jake. -Você pode olhar se você quiser - Jake disse quando Nicole começou a seguir o exemplo e se virar. -É seu sistema. Você deveria saber meu número caso você queira remover isto mais tarde. Nicole parou e olhou quando ele digitou seus próprios quatro dígitos, repetindo eles em sua cabeça por um tempo de forma que ela pudesse lembrar deles tempo suficiente para anotá-los em algum lugar. -E agora ... Cody ativou um grupo de botões novamente e então andaram para longe uma terceira vez. -O número de convidados? Nicole digitou outro número e então andou para longe enquanto ele terminava a instalação. Depois do trabalho terminar, ele andou de volta e acenou com a cabeça. Aí está. Tudo pronto. -Quanto tempo você e seus homens estiveram aqui? Ela perguntou curiosamente quando ele fechou o painel. -Nós chegamos aproximadamente às doze horas e quinze minutos - Cody respondeu facilmente, e então adicionou, -Quando eu ouvi a ligação de Jake esta manhã não pensei que poderíamos vir aqui até mais para o final da semana. Mas nós tivemos um cancelamento esta tarde, então aqui estamos nós.


Nicole não fez comentários. Eles deveriam ter chegado assim que ela desceu, mas ela estava mais preocupada com o fato de que Jake nma verdade os chamou antes de mencionar isto para ela, e fez parecer como se ele estivesse pedindo permissão para chamar quando ele já tinha chamado. Agora ela estava um pouco aborrecida. Como no caso da troca de fechaduras, ela teria gostado de ser consultada em primeiro lugar antes dele ligar sobre o sistema de segurança. Na verdade, ela supôs, se a fechadura de porta da frente estava quebrada, definitivamente precisava de atenção imediata assim ela não estava tão aborrecida sobre isso, mas um sistema de segurança não era uma emergência. Ela viveu aqui dois anos sem esse sistema. Ela realmente teria gostado de ser consultada sobre isso antes do primeiro telefonema. E se ela dissesse não ele perguntou sobre o sistema? Cody já estaria a caminho naquele momento. Ela teria que conversar com Jake sobre isto, Nicole pensou. Suspirando com o pensamento da tarefa desagradável por vir, ela perguntou, -Então pode ser um cheque certo? -Sim. Claro. Minha secretária mandará a conta para você e então você podem enviar um cheque. Não se preocupe com isso agora- Cody disse quando eles começaram a sair do quarto. -Você pode me dar uma idéia de quanto será? Ela perguntou. -Eu estou indo ao banco agora e posso transferir o dinheiro enquanto estiver lá. Cody assentiu com a cabeça e deu um preço, adicionando, -Mais ou menos. Eu não estou certo sobre os impostos. E também existe uma conta mensal de monitoração. Nicole assentiu com a cabeça mas ficou surpresa com o preço. Pareceu bem razoável. Ela esperava que fosse custar mais. De fato, ela apreçou sistemas de segurança


quando ela pensou em adquirir um, e o preço dele estava entre os menores dos orçamentos que ela recebeu na época. Ele definitivamente deu a ela um desconto no preço e ela supôs que deveria agradecer a Jake sobre isto. -Tudo configurado? Jake perguntou quando eles entraram na cozinha.

-Tudo configurado - Cody assegurou a ele, oferecendo uma mão. -Obrigado - Jake disse solenemente à medida que eles apertavam as mãos. -Sem problema. Fico feliz em ajudar - disse Cody, e então acenou com a cabeça para Nicole e disse, -Prazer em conhecê-la. -O prazer foi meu - Nicole educadamente disse. -Vejo você por aí - Jake disse em seguida quando Cody girou para sair. Assim que eles saíram da sala, Nicole se dirigiu a seu quarto para se preparar para sair. Ela queria escovar seu cabelo, seus dentes, talvez colocar um pouco de maquiagem e trocar suas roupas para algo mais quente. Sua calça jeans estava boa, mas estava frio lá fora e algo mais quente que uma camiseta seria necessário. Não seria se ela fosse o tipo de pessoa que usava seu casaco do inverno, mas ela tendia a tirá-lo no carro e então colocar de volta e não se incomodava em usá-lo só para ir em uma loja. Nicole não sabia se era a falta de sono ou outra coisa, mas ela não conseguia decidir o que vestir. Ela mudou de camisa três vezes antes de decidir por um suéter de tricot púrpura. Ela também caprichou em seu cabelo, tirando o rabo-de-cavalo e usando uma chapinha nele antes de parecer satisfeita. Então ela gastou mais tempo que o normal na maquiagem, até colocando sombra de olho, o que ela raramente fazia.


Fazendo uma careta quando ela viu que exagerou e já eram mais de três horas, ela agarrou sua bolsa e apressada saiu do quarto. Seus passos diminuíram a velocidade, porém, quando ela viu Jake encostado no portal entre a cozinha e sala de estar, balançando as chaves. -Pronta? Ele perguntou se endireitando. -Sim - ela respondeu devagar, olhando suas chaves. -Você está indo a algum lugar? -Eu achei que provavelmente seria mais fácil se eu fosse fazer as compras com vocêele explicou, e então adicionou com uma careta, -Eu não tive tempo para preparar um plano de menu para a semana ainda, então eu vou ter que improvisar. Eu estou contando que ver os legumes que estão disponíveis nesta época do ano me inspirará. -Oh. Nicole hesitou, entretanto suspirou e assentiu com a cabeça. Um momento atrás isto teria sido uma excursão no máximo relaxante, até chata. Nenhuma excitação, mas também nenhuma tensão. Agora Nicole estava tensa enquanto se dirigia aos degraus com Jake atrás dela. Ele estava balançando as chaves, isso significava que ele iria dirigir? Ele teria um supermercado específico que ele quisesse ir ? O que ele iria fazer enquanto ela estivesse no banco? Ela teria que se apressar porque ele estava esperando no carro, ou... Nicole parou abruptamente e virou-se em direção a Jake, para sugerir que ele devia fazer compras sozinho enquanto ela cuidava do banco e tal. Mas ela desvirou tão rapida,mente quanto tinha virado quando ela percebeu que não podia esperar que ele pagasse por suas compras e ela não tinha qualquer dinheiro disponível para dar a ele. Isto ensinaria a ela a sempre ter dinheiro à mão, Nicole severamente pensou. Eles estavam quase na porta da garagem quando Nicole percebeu que ela estava


reagindo ao homem da mesma maneira que ela tinha feito com seu marido, ficando tensa e deixando ele assumir o controle. Treinada, ela severamente pensou. Mas ele não era Rodolfo, era um empregado, e mesmo ela entendendo a necessidade de leválo para as compras com ela, Nicole não deixaria ele dirigir. Ela começou esta excursão sozinha. Ele estava apenas indo junto para o compras. Ela iria dirigir. Abrindo a porta para o garagem, ela caminhou determinada para sua caminhonete Lexus vermelha e sentou diretamente no banco do motorista. Só depois que ela fechou a porta e jogou sua bolsa no banco de trás ela olhou ao redor para ver como ele esteve aceitando isto. Ele não estava lá. A porta para a casa estava aberta, mas ele não estava em nenhum lugar a vista. Ela estava apenas começando a franzir as sobrancelhas, quando ele apareceu em seu ângulo de visão vestindo seu casaco de inverno e levando o dela. -Oh, droga - Nicole murmurou e se sentiu corar com embaraço. Agitando sua cabeça, ela abriu a porta e desceu para pegar o casaco com ele e murmurou, -Obrigada. -Dem problema- ele disse facilmente, girando fechar a porta enquanto ela fazia isso. Esta é uma garagem aquecida, não é? -Sim - Nicole respondeu quando pegou o casaco. Era por isso que ela não pensou sobre o casaco até que ela viu ele segurando um. -Eles não permitem mais isso, eu acho que não - ele comentou, verificando que a porta estava trancada antes de se virar para ela e deslizar suas chaves em seu bolso. -O que? Garagens aquecidas? Ela duvidosamente perguntou.

Jake assentiu com a cabeça. -Eu acho que eles mudaram as leis e não permitem isto mais. Algo sobre troca de ar ou algo assim. Obviamente esta foi construída quando ainda era permitido. Ele encolheu os ombros e abriu a porta do motorista,


gesticulando para ela agora que ela tinha seu casaco.

Nicole subiu de volta e murmurou um agradecimento quando ele fechou a porta. Ela então colocou seu cinto de segurança e ligou o motor quando ele caminhou ao redor do veículo para o lado do passageiro. Ela olhou para ele curiosamente quando ele entrou e colocou seu próprio cinto de segurança, mas ele não parecia nem um pouco chateado que ela estivesse dirigindo. De fato, ela teve a clara impressão que ele só trouxe suas chaves para fechar a porta, como ele fez, e ela tinha exagerado. Agitando seu cabeça para si mesma, Nicole pressionou o botão para abrir a porta da garagem e então guiou o veículo até a calçada gelada, pressionando o botão para fechar a porta assim que ela passou. Eles estavam ambos em silêncio no princípio, mas uma vez que ela saiu da calçada e entrou na estrada, Nicole decidiu que ela devia tratar do assunto que a estava chateando. -Jake? -Hmm? Ele olhou para ela.

Nicole hesitou, entretanto quietamente disse, -Mesmo que eu tenha apreciado que você cuidasse da fechadura dianteira e do sistema de segurança, eu apreciaria mais se no futuro você conversasse comigo sobre coisas assim primeiro, em vez de apenas ir em frente e fazê-las. Jake ficou mudo por tanto tempo que Nicole olhou curiosamente em direção a ele. Suas sobrancelhas franzidas quando ela o viu olhando fixamente para ela atentamente, expressão focada. Ela não podia dizer se ele estava encarando ela, ou tentando achar Wally em seu rosto. De qualquer modo, ela não soube como interpretar esta resposta e a sobrancelha curvada. -Você está tendo um mini ataque apoplético ou algo? Ele piscou ante a pergunta, e confusão cruzou seu rosto, então ela olhou em direção à


estrada novamente e explicou, -Eu li em algum lugar que pessoas podem ter mini ataques apopléticos quando elas olham fixamente e não são realmente conscientes ou cientes...embora - ela adicionou, olhando em direção a ele novamente. -Você parecia consciente, bem focado. -Não - Jake girou para olhar para fora pela janela. Mas então ele esclareceu a garganta, e adicionou, -Mas minhas desculpas. Eu entendi do que Marguerite disse que você não queria ser incomodada com detalhes, mas eu consultarei você no futuro.

Nicole relaxou. Marguerite era assim, muito doce, mas Nicole teve demais de um maníaco por controle para permitir que alguém cuidasse dela daquele modo. A coisa de controle era uma nova meta. Ela brevemente pareceu perder o controle de tudo em seu vida enquanto esteve casada. Agora ela teria isso de volta, ela não deixaria ninguém tirar isso dela... não importa quão bonitos e o quão bons eles cheirem. Maldição, ela pensou quando respirou fundo e seus sentidos foram cheios com uma mistura de um perfume amadeirado e o que ela suspeitava ser o cheiro de Jake. O homem definitivamente cheirava bem. O pensamento fez ela franzir as sobrancelhas. Ela não tinha nada que notar isso. Ele era um empregado... e ela estava quase se divorciando. Era muito cedo para ela ficar envolvida com alguém. Não que ele tivesse dito ou feito qualquer coisa para fazer ela pensar que ele quisesse ficar envolvido. Mas ela não devia nem pensa sobre ele daquele modo, ela disse a si mesma firmemente.

Capítulo 5


Jake desviou a vista da janela e se concentrou em sua respiração. Inspira, expira, inspira, expira —Maldição Marguerite!—Inspira, expira—Filha da puta!—Inspira — Querido Deus onde foi que ela me colocou? Ele claramente lembrou de Marguerite dizendo a ele que existiam algumas coisas que ele devia saber sobre Nicole que ele só podia aprender lendo ela. Bem, agora ele sabia. Ele não podia lê-la, era isso que havia para saber. Ela era sua companheira de vida. Ele nem tinha se ajustou a ser um imortal e agora ele tinha uma possível companheira de vida. Ótimo. Fechando seus olhos, Jake encostou a testa contra o vidro frio da janela e tentou apenas se concentrar em respirar novamente, mas ele não conseguia tirar aquela idéia da cabeça. Ele não podia ler ou controlar Nicole. Quando ela disse que queria que ele a consultasse antes de tomar decisões, Jake percebeu a chateação em seu tom de voz. Ele pensou em entrar em seus pensamentos e apenas diluir seu aborrecimento com ele. Ele não ficou surpreso por causa disto. De fato, ele ficou surpreso que ela não ajuste os gastos de seu dinheiro tão livremente. Mas ele e Marguerite decidiram ontem à noite que o sistema de segurança era necessário. Graças a sua resistência em se proteger, Jake estava no trabalho sozinho, e até ele, imortal ou não, não podia ficar acordados 24 horas por dia durante duas semanas diretamente até que o divórcio fosse finalizado e não existisse mais razões para que seu marido a quisesse morta. Um sistema de segurança iria deixá-lo livre, dar a ele um tipo de reforço. Porém, ele foi surpreendido ao perceber que não podia entrar em seus pensamentos e controlá-la, nem mesmo lê-la. Ele não podia ler ou controlar Nicole Phillips.


Isso era o que Marguerite achava que ele devia saber. A mulher casamenteira estava fazendo das suas novamente. Isso fez Jake se perguntar se o ex-marido de Nicole realmente estava tentando matá-la... ou até se realmente existia um ex-marido. Ele não podia esquecer que no passado Marguerite já mentiu para juntar companheiros de vida. Aquele pensamento fez com que ele girasse bruscamente para Nicole. Marguerite disse que você está finalizando seu divórcio? Ela endureceu ante anúncio repentino, suas mãos apertando o volante e enviando o carro levemente fora do curso antes dela recuperar o controle de si mesma e colocá-lo no curso novamente. Sua resposta foi tão repentina quanto sua pergunta. -Sim. -Amigável? Ele perguntou, olhando para ela. Quando sua boca apertou, ele adicionou, -Eu sinto muito, eu não estou tentando interrogá-la, mas me ocorreu hoje que eu não estou certo como devo lidar com a situação se ele aparecer na porta procurando por você. -Ele não virá até a porta - ela firmemente disse. -E se ele fizer isso, você pode dizer a ele que eu não estou, e que qualquer contato deve ser feito pelo advogado. -Não amigável então - ele disse. Nicole ficou em silência por um minuto e então deixou sua respiração sair e pareceu se forçar a relaxar. Quando ela falou, sua voz era mais suave, menos brava. -Eu tentei lidar com isto amigavelmente, mas … . Ela encolheu os ombros. -Quando o divórcio será finalizado? Ele perguntou. Até agora tudo que Marguerite disse era verdade, mas... -Duas semanas - Nicole respondeu rigidamente e então se corrigiu, dizendo, -Na verdade, treze dias agora.


-E contando? Ele sugeriu. -Eu não sei se digo parabéns ou não. Eu duvido que em seus sonhos de infância você fantasiou que um dia você se casaria um príncipe e se divorciaria de um idiota tão depressa quanto possível. Suas palavras surpreenderam ela a fazendo rir e Nicole balançou sua cabeça, seu corpo perdendo muita de sua tensão neste momento. -Não - ela concordou. -Isso nunca esteve em meus planos. Jake assentiu com a cabeça e olhou para for a da janela novamente, tentando compreender como perguntar sobre o aquecedor, as portas bloqueadas, a churrasqueira e a lareira. Era complicado perguntar sobre isso. Não era como ele pudesse dizer, -Então teve algumas explosões próximas ultimamente? -Você já foi casado? Ele olhou para ela com surpresa na pergunta e negou com a cabeça. -Não. Jake olhou pela janela novamente e então admitiu, -Mas eu cheguei perto uma vez. -O que aconteceu? Ela curiosamente perguntou. -Minha família - ele murmurou. -Sua família? Ela iniciou. -Sim - ele disse, pensando no passado. Ele quase parou de conversar então, mas percebeu que sua situação não era tão diferente de seu casamento e admitiu: -Minha família tem problemas com limites. Eles estavam preocupados e... pesquisaram algumas coisas. Eles pesquisaram sua mente, mas ele dificilmente podia dizer isto. Por outro lado, Jake não queria mentir para ela caso ela fosse uma possível companheira de vida. Não parecia um caminho saudável para começar. Suspirando, ele disse, -E pela pesquisa, eles acharam que ela estavam mais interessadas em meu dinheiro do que em mim.


Jake sentiu Nicole olhar nitidamente em direção a ele, mas continuou olhando pela janela e simplesmente esperou. -Sério? Ela perguntou finalmente quando freou em um sinal vermelho, e ele ouviu a suspeita em sua voz. -Sério - Jake assegurou a ela solenemente, girando para encontrar seu olhar. -Ela já tinha enganado dois homens por dinheiro; um em uma união estável, outro em um divórcio. Eu deveria ser terceira vítima. -Mas sua família poupou você disto - Nicole disse quietamente e voltou sua atenção para a estrada. Como ela virou na esquina, ela disse, -Você é sortudo. Jake franziu as sobrancelhas ante as palavras suaves e admitiu esquisitamente, -Eu receio que eu não vi isto deste modo naquele momento. Eu estava chateado com sua interferência quando eles a confrontaram e a mandaram embora. -Por que? Ela perguntou a surpresa. Jake encolheu os ombros. -Eu estava apaixonado... e tinha certeza que era diferente comigo, que ela me amava e eles entenderam errado o que aconteceu nas primeiras duas relações. Ele fez uma careta e olhou para ela admitindo, -Eu era jovem e tolo na época, eu acho. Por alguma razão suas palavras a fizeram dar uma risada. Levantando suas sobrancelhas, ele perguntou, -O que foi? -Jake - ela disse com uma risada, -Eu sei que Marguerite disse que você é mais velho do que você parece, mas você aparenta vinte e cinco. Que idade você tinha então quando você era tão mais jovem? Dezesseis?


Ele sorriu sem jeito, só então lembrando que ele parecia muito mais jovem que seus cinqüenta e oito anos. Bem, isso foi uma mancada, não foi? Ela agora provavelmente pensava que era mais velha que ele. Certamente, ela o trataria agora com a condescendência de alguém que pensava que ele era mais velho apenas um ano ou mais. -Bem - Nicole disse agora. -Você é muito sortudo por sua família ter intervindo. Salvou você de muito sofrimento. -Oh, eu ainda consegui o sofrimento - Jake secamente disse, recordando aquele tempo de sua vida. Ele tinha trinta e oito e a idade avançada não fez com que o sofrimento fosse mais fácil, e ele suspeitava que aquele sofrimento era a razão pela qual ele nunca deixou ninguém se aproximar novamente. Encolhendo os ombros, ele disse, -O que eles salvaram foi meu equilíbrio financeiro. Nicole sorriu ligeiramente e encolheu os ombros. “Bem, pelo menos esse insulto não foi adicionado ao dano. -Isso soa como a voz da experiência - ele ligeiramente disse, esperando conseguir com que ela falasse sobre os incidentes que Marguerite disse a ele. -Sim. Muita experiência - ela disse, e então sacudiu os ombros como se livrando de uma energia ruim e disse mais alegremente, -Pelo lado bom, eu tive bom senso suficiente para consultar um psicólogo e não acabar como uma divorciada desagradável e amarga que odeia homens. -Verdade - Jake concordou. -Eu aprendi que em divórcios um companheiro ou o outro freqüentemente fica louco e faz coisas estúpidas. -É isso que o sujeito do gás disse- ela disse, sua boca inclinando nas extremidades.


-O sujeito do gás? Ele perguntou.

-Sim, eu tive um problema com a churrasqueira a gás quando me mudei de volta. Ela encolheu os ombros e adicionou, -E com o aquecedor, a lareira e as portas. Nicole fez uma careta e acenou aquelas preocupações para longe. -Eu tive uma onda de má sorte durante um tempo, mas agora tudo está bem. -Certo - Jake quietamente disse, convencido de que Marguerite tinha dito a ele a verdade sobre os incidentas afinal. Então, Nicole estava em perigo e precisava ser vigiada, e ela era uma possível companheira de vida para ele também, o que não deixava nenhuma dúvida do porque Marguerite o pôs no trabalho. Quem melhor para vigiar sua possível companheira de vida do que ele mesmo, certo? Jake observou ela solenemente. Pequena, voluptuosa, bonita com um sorriso bom, olhos marrons grandes e cabelo loiros longos. Obviamente, seu pai não era italiano. Não com aquele cabelo dourado longo e o último nome Phillips. Ele sabia com certeza que a mãe era italiana, entretanto. Ela era a irmã da cozinheira/caseira de Marguerite, Maria. Deus, mais italianos para lidar, ele pensou com desânimo. Como se os Nottes não fossem suficientes. Claro, ele era a pessoa certa para falar. Seu avô era um italiano puro. Foi onde seus pais conseguiram o nome Stephano. Seu pai tinha sido muito próximo do pai dele e tinha colocado o mesmo nome no filho. Seu segundo nome, Jacob, veio do avô da sua mãe. -Você está olhando fixamente para mim novamente.

Jake piscou naquele comentário de Nicole e olhou para longe. -Desculpe. Eu não estava realmente olhando fixamente. Eu quero dizer, eu poderia estar olhando para


você, mas eu não estava realmente vendo você. Eu estava pensando sobre minha família e que eu tenho italianos em meus antepassados também. -Você tem? Ela perguntou com surpresa.

-Sim. É onde eu consegui meu nome. Nicole levantou suas sobrancelhas. -Perdoe-me, mas Jake Colson não soa muito italiano. -Oh, não, bem, Jacob é meu segundo nome. Meu nome completo é Stephano Jacob Colson Notte- ele relutantemente admitiu. -Sério? Ela perguntou com interesse. -Então por que você usa seus nomes do meio em vez de Stephano Notte? Jake hesitou e então disse, -Rebeldia, eu acho. Minha família interveio em minha vida muitas vezes e eu me rebelei e rejeitei qualquer conexão com eles por causa disso. Ele franziu as sobrancelhas e admitiu, -Eu acho que isso não foi uma reação muito madura. Não era como se o que aconteceu fosse culpa deles, mas eu culpei eles. Eu também não quis ter nada a ver com eles. Notte era nome do meu padrasto. Eu passei a usar último nome de meu pai e meu segundo nome e... Percebendo o que ele estava dizendo, Jake parou e fechou sua boca. Ele nunca quis ser imortal. Ele disse a si mesmo que ele não quis ser transformado porque ser mortal era melhor. Ele podia sair ao sol e nadar à luz do dia e freqüentar uma escola normal com outras crianças. Ele nunca quis ser um bebedor de sangue, um vampiro controlador de mentes. Mas depois de achar ele morrendo no chão do escritório, seu chefe, Vincent, em uma atitude realmente muito abnegada, desistiu de sua opção de transformação para salvar a vida de Jake. Quatro dias mais tarde ele acordou um imortal . . . não por sua própria escolha.


Jake não reagiu bem ao descobrir que tinha sido transformado. Ele ficou furioso por ter sua vida virada de cabeça para baixo daquele modo. Ele também ficou furioso porque de repente sua família estava cheia de cuidados e discretamente tentando oferecer ajuda depois do ocorrido. Jake não queria ajuda, ou talvez fosse mais certo dizer que ele não queria precisar que o ajudassem. Jake sempre soube quem ele era e o que ele queria, e de repente ele estava perdido como uma criança, precisando que o ensinassem como se alimentar, como controlar sua fome, como ler e controlar mortais, as melhores técnicas para viver com tão pouca exposição ao sol quanto possível, … . Jake se sentiu como um aleijado, alguém com uma deficiencia mental... e ele não gostou disso. Então, basicamente ele reagiu como um adolescente, e...

-Foi embora? Nicole sugeriu e quando ele olhou para ela atentamente, meio que suspeitando que ela o tivesse lido, ela disse, -Você mudou seu nome e veio para Ottawa castigá-los, talvez. Ela estava certa, claro. Ele mudou seu nome e foi embora deixando sua casa e sua família como uma criança. Uau ... ele era um asno, Jake percebeu de repente e agitou sua cabeça. -Todos nós agimos como idiotas às vezes - Nicole quietamente disse. -Nós somos humanos. Nós temos emoções e elas são densas, confusas e raramente lógicas, então nós fazemos coisas estúpidas. Ela encolheu os ombros, e desligou o carro. -Bemvindo à raça humana. Você cometerá muitos mais erross antes de sua vida terminar. Aceite isto, lide com isto, e siga em frente. Jake olhou para ela com o olhar em branco até que percebeu que ela estava tirando seu cinto de segurança. -O que você está fazendo? Ele perguntou, olhando ao redor com as sobrancelhas franzidas.


-Indo ao banco. Você quer que eu deixe a chave aqui e para você possa ficar com o motor ligado e manter o aquecimento? -Não. Ele tirou seu próprio cinto de segurança. -Eu posso usar um pequeno passeio para esticar minhas pernas. Eu vou com você. Ela encolheu os ombros e abriu sua porta para sair e Jake depressa fez o mesmo de seu lado. Ele esquadrinhou o estacionamento enquanto caminhava ao redor para encontrá-la na frente do veículo e a acompanhou ao lado de dentro, mas não viu ninguém. Uma vez do lado de dentro, ele sentou-se em uma das cadeiras de onde poderia vigiar tanto o interior como o estacionamento lá fora enquanto ele esperava. Muito de seu trabalho consistia em observar e esperar. O trabalho de guarda-costas, não o de cozinheiro/caseiro. Jake estava achando este disfarse surpreendentemente desafiador. Sua mãe podia pensar que ele era um bom cozinheiro, mas ela era uma mãe e como tal era tendenciosa quando se tratava de seus filhos. Ele suspeitava que a maioria das mães eram. No que dizia respeito a Elaine Notte, ele e Neil praticamente caminhavam sobre a água, ou podiam se eles desejassem. Porém, se o dia de hoje fez alguma coisa, foi provar para Jake que ele não sabia cozinhar. Ele ficou acordado na noite toda, silenciosamente rondando a casa e repetidamente verificando Nicole à medida que ela trabalhava. Quando ela se moveu pela casa escura para ir para cama pouco antes das sete da manhã, Jake ficou nas sombras, vendo ela sem ser visto. Uma vez que ela estava segura em seu quarto ele foi para a cozinha pensar no que fazer no café-damanhã para as duas mulheres quando elas se levantassem. Jake fez panquecas, pretendendo mantê-las aquecidas no forno até que as mulheres levantassem, só para jogá-las fora quando terminou com elas parecendo panquecas Cajun. Ele nunca tinha visto panquecas tão queimadas quanto aquelas que ele


produziu. E ele destruiu uma das frigideiras de Nicole na tentativa.

Ele continuou a tentativa com torradas francesas... com os mesmos resultados.

As omeletes tinham sido sua terceira tentativa, mas terminaram como um tipo de bagunça aglutinada: metade crua, metade queimada, e completamente crocantes com as cascas de ovos que de alguma maneira faziam parte da mistura. Marguerite chegou quando ele estava inspecionando o resultado, suas roupas cobertas com tudo desde farinha até ovos, seu rosto cheio de decepção, e ficou com pena dele. Ela era responsável pelas omeletes adoráveis, fofas e perfeitas que eles tiveram aquela manhã. Ela ligou para um restaurante local e conseguiu que eles entreguassem. Marguerite aparentemente também não sabia cozinhar. Mas também a última vez ela cozinhou tinha sido em épocas medievais. Ela só recentemente voltou a comer e tinha uma cozinheira/caseira para administrar a arte culinária. Cinco minutos depois que Marguerite saiu para o aeroporto e Nicole foi para seu estúdio, a campainha tocou. Jake se apressou em atender, esperando que fosse Cody e seus rapazes para lidar com o sistema de segurança, mas ao invés disso tinha sido um mensageiro com uma entrega. Jake recebeu o pacote, surpreso por ver seu nome nele. Ele abriu e encontrou três livros de receitas. Cozinhando para Leigos era o primeiro livro. Os outros títulos não eram mais encorajadores depois deste. Depois de receber Cody e seus rapazes e mostrar o local a eles, Jake os deixou trabalhar com a advertência não de aborrecer Nicole no estúdio e se retirou para a cozinha para folhear os livros procurando por algo para fazer no jantar. Algo fácil que ele não pudesse queimar ou destruir completamente. Ele estava em sua terceira e mais bem sucedida tentativa, o molho apimentado, quando ouviu o grito de Nicole no andar de baixo. Ele estava quase terminando quando ela apareceu e anunciou que estava saindo.


Como seu guarda-costas Jake tinha que ir com ela, mas existia outra razão. Ele praticamente esvaziou sua geladeira com suas tentativas frustradas de cozinhar naquela manhã e tarde. Ele tinha que substituir a comida, ou explicar para onde tudo tinha ido. Mas isso seria complicado de comprar com ela. Como diabos ele iria explicar que estava comprando uma caixa de ovos quando ela tinha uma caixa cheia esta manhã? Sem falar nas cebolas, queijo, e vários outros ingredientes que ele utilizou. Jake pensava no assunto brevemente enquanto via Nicole lentamente ir em direção aos caixas do banco, e então de repente pegou seu telefone e digitou um número. -Dan? Ele disse um minuto mais tarde quando sua ligação foi atendida.

-Sim amigo. É você, Jake?

-Sim, escute, Hank deu a você dois dias de folga, certo?

-Claro. Ele sempre nos dá esse tempo de folga entre missões.

-Sim, é verdade - Jake concordou, e então perguntou, -Você gostaria de receber duzentos dólares por uma hora ou duas de trabalho fácil? Talvez só uma hora - ele adicionou. -Eu estou escutando - Dan disse com interesse.

Jake olhou em direção aos caixas e viu que Nicole ainda tinha uma longa fila de espera à frente dela. Por uma vez em sua vida ele estava agradecido em vez de aborrecido por bancos nunca terem caixas suficientes. Voltando sua atenção para o telefone, ele disse, -Certo, a situação é a seguinte...


Nicole olhou para a seção de controle de pestes com os lábios franzidos. Sua escolha era armadilhas de captura ou sonar. Existiam outras opções, mas ela decidiu que não poderia lidar com matança dos pobres e pequenos camondongos. Por outro lado, prendê-los e soltá-los longe de forma que eles podiam correr de volta para sua casa na primeira vez que ela abrisse a porta da garagem não parecia tão sensato, então a única opção real parecia ser o sonar repelente. Ela observou as embalagens, lendo as promessas nelas e então colocou vários no carrinho de compras com um encolher de ombros. Ela esperava que eles funcionassem. Ela não queria que Jake fosse embora por causa de ratos em sua casa. Aquela idéia fez ela pensar sobre o homem e ela sorriu um pouco quando recordou dele sugerindo que ela fosse fazer outras coisas e talvez tomar uma xícara de café enquanto ele administrava as compras. Nicole tinha tentado pensar em um modo de fazer a mesma sugestão de forma que ela pudesse comprar as ratoeiras sem ele. Ele sugerindo isto funcionou muito melhor. Ela deu a ele o dinheiro que ela sacou no banco e o deixou no supermercado para vir à loja ao lado. Nicole colocou várias unidades mais daquela coisa de sonar no carrinho e então foi explorar o resto da loja. Ela realmente não precisava de nada, mas ela tinha tempo de sobra afinal, então percorreu os corredores, olhando as mercadorias e comprando coisas que ela realmente não precisava mas que pareciam interessantes ou úteis. Quando ela chegou ao caixa e viu as mercadorias que estavam passando, ela teve que se perguntar se eles não tinham algum tipo de persuasão subliminar nas músicas da


loja. Certamente, ela parecia ter muita mercadoria lá e ela não estava certa do porque pegou metade daquilo. Depois que passou pelo caixa, Nicole devolveu seu carrinho e se dirigiu para fora com suas sacolas, surpresa por ver que já estava escuro novamente. Ela olhou em seu relógio de pulso, fazendo careta quando viu que tinha estado na loja fazendo compras por uma hora. Era pouco mais de 16:30, mas o sol se punha cedo em novembro. Nicole odiava isto. O sol acabava de aparecer quando ela foi para a cama pouco antes das sete da manhã e agora já estava se pondo. Parecia que não havia nenhuma luz do dia nesta época do ano. Entretanto ela supôs que ajudaria se ela não dormisse durante o dia. Nicole não viu o carro a princípio. Parecia ter vindo de lugar nenhum quando ela cruzou o estacionamento. Em um momento não havia, no momento seguinte luzes próximas e brilhantes viam em direção a ela. Ela nunca sairia do caminho a tempo. Então, quando ela percebeu, algo a atingiu por detrás e quase a tirou de suas botas. Nicole aterrissou alguns metros adiante no pavimento nevado, grunhindo quando algo pesado caíu sobre ela, e então ofegando quando foi puxada e rolada sobre o chão áspero, suas costas rolando sobre algo vultoso antes dela ser rolada com o rosto para baixo no chão novamente com aquele volume a cobrindo mais uma vez. O movimento fez com que se distanciasse do carro que passou rapidamente sem diminuir a velocidade. -Você está bem?

Ela ouviu a pergunta, mas estava tão atordoada pela velocidade e violência do que aconteceu que Nicole foi lenta para responder. No fim, tudo que ela conseguiu fazer foi um aceno com a cabeça fraco quando ela tentou recuperar o fôlego. O corpo morno saiu de cima dela e Nicole apoiou suas mãos e joelhos no pavimento duro e


frio, percebendo que seus pulsos ainda tinham as sacolas de compras que carregava quando a ação a arrastou através do chão frio. Ela ofegou uma palavra de agradecimento quando alguém a pegou debaixo dos braços e a colocou de pé como uma criança. -Respirações profundas - a voz pouco conhecida disse. -Eu provavelmente tirei seu fôlego. Desculpe. Nicole lançou um risada ofegante e agitou sua cabeça. Ele estava se desculpando por ter salvo sua vida. -Obrigada - ela ofegou finalmente, conseguindo se endireitar completamente. Ela olhou para o homem que a ajudou, notando os cabelos loiros e um sorriso preocupado. Ela deu um sorriso desconcertado em resposta e disse, -Realmente. Obrigada. Eu pensei que eu era um caso perdido. -Você passou perto - ele disse, seu sorriso desvanecendo. Seu olhar mudou procurando pelo estacionamento. Ainda lutando para respirar, Nicole seguiu seu olhar. O lugar estava tão vazio quanto tinha estado quando ela saiu da loja. Eles eram as únicas duas pessoas no estacionamento no momento. Não havia nem uma luz de carro para ser vista, e o carro que quase a atropelou tinha ido embora, ou estacionou e desligou suas luzes para se misturar com os outros. Nicole não tinha nenhuma idéia de onde aquele último pensamento veio, mas ele fez ela ficar desconfortável. -Aqui. Permita que eu caminhe com você até seu carro - seu salvador disse, aliviando ela de suas bolsas.


-Oh, obrigada - Nicole forçou um sorriso e começou a se mover quando ele mudou suas sacolas para uma mão e segurou seu braço com o outro, incentivando ela a se mover. Ela olhou para ele curiosamente à medida que eles caminhavam. Ele era alto, e bem forte como Jake, mas aí era onde a semelhança terminava. Este homem era loiro como ela tinha notado, mas ele também tinha um olhar de garoto da casa ao lado em vez da boa aparência áspera que Jake tinha. O que ela supôs ser um tanto quanto irônico, considerando Jake era um cozinheiro/caseiro e este homem agiu como um militar quando ele a agarrou e rolou com ela para salvar sua vida. Ele também era mais velho que Jake por uns bons dez anos, pelo que ela achava. -Ex-militar? Ela perguntou de repente quando eles pararam atrás de sua caminhonete.

Ele tinha esquadrinhado o estacionamento à medida que eles caminhavam, mas agora olhou para ela com surpresa. -Como você soube? -Era isso ou um ex-jogador de futebol - Nicole disse com diversão. -Você tem jeito para essa coisa de agarrar-e-rolar. Sua boca abriu em um sorriso, perdendo o ar severo que apresentou desde que ela o viu pela primeira vez. -Bem, eu joguei futebol no segundo grau - ele admitiu com diversão. -Mas a coisa do agarrar-e-rolar é uma habilidade mais recente. Nicole assentiu com a cabeça e abriu a parte de trás da caminhonete para que ele colocasse suas sacolas dentro. Ela então tentou fechar a porta e estremeceu quando a dor atingiu seu lado. -Eu realmente machuquei você - ele disse com preocupação, fechando a porta do veículo ele mesmo.


-Algumas escoriações e contusões - ela disse atenuando sua preocupação. -Muito melhor o que a batida que eu teria sofrido se você não estivesse lá. -Hmm. Ele olhou para ela com os olhos semi-cerrados pela escuridão, tentando conseguir uma melhor visão do dano que tinha sido feito, ela supôs, e então disse, Talvez devêssemos chamar a polícia e levar você para o hospital. Suas sobrancelhas franziram com surpresa. -Isso não é necessário. Eu quero dizer, o que nós diríamos a polícia? Que eu quase fui atropelada? Eu não anotei a placa, você anotou? -Não - ele disse com uma expressão que fez ela suspeitar que ele estava se recriminando por não ter anotado. -Mesmo assim, eu não quero deixar você sozinha aqui deste jeito. Nesta luz eu não posso dizer se você teve um ferimento de cabeça ou qualquer outra coisa séria. Se você desmaiar de perda de sangue ou um ferimento na cabeça na estrada e bater, eu nunca me perdoaria. Ele olhou ao redor brevemente, e então disse, -Há um restaurante chanado Moxie próximo ao supermercado aqui do lado. Deixe-me comprar um café para você, assim eu posso ter certeza que você está bem. Nicole hesitou. Ela pensou que provavelmente estava bem, mas estava ciente ela estava tremendo. Um resultado da adrenalina em seu sistema ela suspeitou, mas a verdade é que ela não tinha certeza se tinha sido ferida em algum lugar. Ela bateu contra o chão duro e estava machucada em quase todos os lugares. No Moxie, ela pensou. Era bem ao lado de Loblaws, onde ela deveria pegar Jake. Nicole assentiu com a cabeça. -Certo.

-Ótimo. Ele sorriu e estendeu sua mão. -Meu nome é Dan Sh... Peters, a propósito.


-Nicole Phillips - ela disse, sorrindo quando pegou sua mão. Muito para sua surpresa seu sorriso enfraqueceu depressa. -Você está tremendo - ele severamente disse, e perguntou, -Você está bem para dirigir? -Sim - ela disse, e ouviu a incerteza em sua voz, mas mesmo não se importando em tomar um café com o estranho completo que salvou sua vida, ela não estava disposta a deixar ele dirigir até lá. Endurecendo sua postura, ela assegurou, -Eu estou bem, e é aqui do lado. -Certo - Dan disse, mas não soltou sua mão, ao invés disso apertou antes de dizer, Eu vou seguí-la. Pisque suas luzes e encoste se você começar ter náuseas ou qualquer coisa. Nicole assentiu com a cabeça, aliviada quando ele soltou sua mão. Mas ele acabou tomando seu braço para conduzí-la ao banco do motorista, dizendo, -Eu estou naquela caminhonete lá. Ele gesticulou para uma caminhonete escura estacionada há dois carros de distância da sua. -Saia com o carro, passe por mim e eu seguirei. -Certo - Nicole murmurou quando ele abriu sua porta e a conduziu para dentro.

-Vejo você lá - ele disse e fechou a porta para ela.

Nicole apertou o botão para ligar o motor e então ficou sentada lá por um minuto, tentando se concentrar em sua respiração e tranquilizar seu corpo. Suas mãos estavam tremendo e ela se sentia abalada e não totalmente em si. Era duro de descrever, mas ela se sentia suada e um pouco ausente. Um super dose de adrenalina ela supôs.


Impaciente com ela mesma, Nicole colocou seu cinto de segurança.

Capítulo 6

-O que? Jake congelou, uma mão em uma lata de tomates, e a outra apertando o telefone em sua orelha. Largando os tomates, ele girou em direção a seu carrinho exigindo, -O que você quer dizer com houve um incidente? Que incidente? Nicole está bem? -Eu acho que sim - Dan respondeu e ele podia ouvir sua expressão em sua voz. -O que você quer dizer com você acha? Maldição, Dan, eu... -Cale a boca e escute, amigo. Eu não tenho muito tempo - ele disse e então começou direto com as explicações. -Alguém tentou atropelá-la quando ela saia da loja. Eles vieram devagar e em silêncio, luzes apagadas e então quando eu os vi, eles acenderam as luzes e aceleraram na direção dela como um maldito touro. Eu quase não consegui tirá-la do caminho a tempo e o carro já tinha ido quando eu olhei para tentar ver a placa. Mas não se preocupe, ela não sabe eu estava tomando conta dela. Ela acha que eu sou um sujeito no lugar certo, na hora certa. Eu até disse que meu nome é Dan Peters em vez do nome verdadeiro caso você me mencione como seu parceiro. Jake amaldiçoou baixo, deixou seu carrinho onde estava e se dirigiu à saída. -Eu estou a caminho. -Não há nenhuma necessidade. Eu estou seguindo ela até o Moxie para um café.


Jake parou de caminhar e endureceu com a menção do restaurante. -No caso de eu não ter deixado isso claro mais cedo, Dan. Nicole está fora dos limites. Ela é minha. Não faça besteira com ela. -Você me feriu - Dan disse, e Jake podia ouvir a diversão na voz do homem. -Eu amo mulheres. Eu nunca iria fazer besteira com elas. -Você faz besteira com elas o tempo todo - Jake rosnou. -Você é um maldito Romeo com uma Julieta diferente todo fim de semana. Nicole não é uma Julieta. -Relaxe - Dan ternamente disse. -Eu só quero dar uma olhada melhor nela, ter certeza que ela não foi ferida. Eu não podia dizer direito no estacionamento, mas ela estava muito abalada. -Se você quisesse dar uma olhada melhor você deveria tê-la levado dentro da loja ou para a loja de café de Tim Hortons - Jake severamente disse. -A luz no Moxie não é muito melhor que a do estacionamento. -Verdade, mas é mais calmante do que as luzes brilhantes da loja de café teria sido, e eu acho que ela está precisando seriamente de algo calmante no momento. -Então eu serei o maldito calmante. Mande-a de volta para o supermercado - ele latiu, começando a caminhar novamente. -Muito tarde. Nós já estamos no Moxie. Ela está estacionado e eu estou estacionando. Termine seu compras, amigo. Eu me comportarei e manterei uma distância discreta e depois você manda uma mensagem de texto quando terminar e ela vai pegar você.


-Você... Jake pausou. Dan desligou. Ele deslizou seu telefone de volta em seu bolso e então ficou lá por um minuto debatendo o que fazer. Ele não podia apenas aparecer no Moxie. Como ele explicaria o fato de saber que ela estava lá? E como ele explicaria não estar com as compras que ele deveria ter feito? Amaldiçoando baixo, Jake girou e se apressou de volta para seu carrinho. Ele tomou seu tempo e estava só na metade das compras no supermercado. Ele terminaria de faz compras, mas muito mais depressa do que ele tinha feito... e ele não sairia do lado de Nicole novamente até o término do divórcio. Jake estava bastante certo que o motorista do carro tinha sido o futuro ex-marido de Nicole. A parte sobre ligar as luzes logo antes de acelerar o carro era o que fez pensar sobre isso. Por que ligar as luzes primeiro? Funcionou como uma advertência. Mas tinha também sem nenhuma dúvida cegado Nicole e a única razão para cegá-la antes de acelerar era para se assegurar que ela não olhasse na direção do som do motor e visse o motorista... e o reconhecesse. Faltando duas semanas - ou treze dias e contando - Rodolfo obviamente estava ficando desesperado. As explosões acidentais eram uma coisa, mas a tentativa de atropelamento em público era o ato de um homem desesperado. Estava na hora de descobrir mais sobre Rodolfo Rossi, ele decidiu, e sabia para quem ligar e colocar no caso. Pegando seu telefone, ele procurou em seus contatos e pressionou um botão, então colocou o telefone em sua orelha e escutou chamar enquanto ele colocava os tomates enlatados que ele ainda segurava no carrinho. -Alô. A palavra foi dita com uma risada e foi seguido por, -Pare com isso, mulher. Eu estou no telefone aqui. -Vincent? Jake duvidosamente perguntou.

-Sim. Quem...Stephano? Vincent perguntou, de repente sério.


-Oi, chefe - Jake quietamente disse, não corrigindo ele por causa do nome. -Eu não sou mais seu chefe - Vincent solenemente assinalou. -Você me deixou. -Você não precisava mais de mim. Eu não podia ser seu Vice Presidente-VP diurno. E você já tinha um VP noturno. -Nós podíamos ter arranjado algo, Stephano. Além disso, você pode trabalhar durante o dia, você só precisa tomar mais sangue. -Sim. Como se isso fosse acontecer - Jake disse, mas franziu as sobrancelhas quando percebeu que não se alimentou desde que encontrou com Marguerite ontem. Ele pretendia ter uma geladeira e sangue entregue na casa para manter em seu quarto enquanto estivesse neste caso, mas não tinha conseguido ainda . . . e ele estava com um pouco de fome. Empurrando essa preocupação para longe no momento, ele disse, -Olhe, eu sinto em uma hora ruim, mas eu preciso da ajuda de Jackie. -Jackie? Vincent perguntou com surpresa. -Quem é? Jackie perguntou ao fundo. -É para mim? -Espere. Querida - Vincent disse, sua voz amortizada sugerindo que ele tinha coberto o telefone com sua mão. Com a voz clara novamente, ele perguntou a Jake, -O que está acontecendo? -Eu sou um guarda-costas agora - Jake disse no caso de que Vincent não fosse tão bem informado quanto Marguerite. -Ah é? Vincent perguntou com interesse. -Isso parece legal. E você gosta disto?


-É muito menos excitante do que parece - Jake disse. -Certo. Então é como um trabalho de detetive - Vincent disse em um suspiro desapontado. -Muito chato na maior parte do tempo. A maior parte do tempo sentado, observando e esperando. -Isto é ser um guarda-costas - Jake assegurou a ele. -Cara, o que está acontecendo? Vincent perguntou com desgosto. -Eu assisti a muitas séries de TV para ajudar Jackie com seus casos; 'Castle', 'The Closer', 'Criminal Minds', até o velho 'Magnum'. Nenhuma delas tinha um herói sentando matando o tempo e... Pare com isso, eu estou no telefone aqui, mulher. Houve sons amortizados do que poderia ter sido uma pequena sessão de luta e então Vincent disse, -Desculpe, Steph. Então, o que nós podemos fazer para você? -Eu estou protegendo uma mulher em Ottawa e eu preciso de vocês para pesquisar seu futuro ex-marido, descobrir onde ele está - Jake explicou, virando com seu carrinho no próximo corredor e examinando diferentes macarrões. Por que eles faziam eles em tantas formas e tamanhos? Um tamanho ou forma era mais gostoso que outro? Ele franziu a sobrancelha sobre o assunto. -Certo. Qual o nome dele? Vincent perguntou. -Rodolfo Rossi - Jake respondeu, colocando vários tipos de macarrão no carrinho com sua mão livre. Melhor prevenir que remediar. Ele não quereria comprar espaguete e ter uma receita que pedia aqueles pequenos em forma de argola. -Rodolfo Rossi - Vincent repetiu. -Jackie está anotando. Como você soletra isto? Jake soletrou enquanto empurrava o carrinho até os molhos, adicionando, -Ele está presentemente casado com Nicole Phillips, mas o divórcio será finalizado em menos


que duas semanas. -Certo. Nós vamos checá-lo - Vincent assegurou a ele, e então pausou brevemente antes de perguntar, -Você está bem? Agora foi a vez de Jake pausar. Ele considerou a pergunta seriamente. Ele estava perturbado depois da transformação, e definitivamente menos que agradecido a Vincent por salvar sua vida usando sua opção de transformação para fazer isto. Ele achou que nunca agradeceria ao homem por fazer o que ele fez. Suspirando, ele parou de caminhar e solenemente disse, -Muito melhor. Obrigado. E obrigado pelo que você fez, Vincent. Eu agradeço por isto e eu sento muito que eu tenha sido um babaca tão ingrato na época. -Sim, você foi um babaca - Vincent concordou com diversão e então deu um surpreendido, -Ai! Ei, isto é espancamento de marido! Isso sugeriu que Jackie bateu nele devido ao comentário sobre ser babaca. Soltando um suspiro, Vincent disse, Olhe, sem problema. Eu entendi que não foi sua escolha e que você precisou de tempo para lidar com isto. Eu estou contente que você esteja melhor agora. -Obrigado - Jake disse um pouco sorridente. -Eu deixarei você dois agora. Eu preciso voltar trabalhar de qualquer maneira. -Certo. Iste é o número pelo qual nós podemos entrar em contato com você? Vincent perguntou. -Sim - Jake disse.

-Certo. Até mais, Stephano.

-Tchau Stephano! Jackie falou.


-Tchau pessoal - Jake disse, não corrigindo eles sobre chamá-lo de Stephano. Era seu nome afinal.

-Oh - Nicole disse, olhando para baixo em seu telefone quando ele tocou para anunciar que ela tinha uma mensagem de texto. Jake estava na saída. -Eu tenho que ir. -Nancy fez suas compras, não é? Dan perguntou com diversão óbvia. -Jake - ela secamente corrigiu, entretanto ela sabia que ele sabia que o nome não era Nancy. Dan pareceu achar que a coisa de um homem ser cozinheiro/caseiro era uma piada quando ela explicou sobre Jake. -Jake - ela disse respeitosamente quando colocou o dinheiro na mesa para pagar seus cafés e se levantou para sair. -Então, como ele é, este Jake? Menino da mamãe? Gay talvez? Ou o que? -Oh, eu não acho que ele é gay - Nicole disse imediatamente, e ela não achava que fosse. Ela realmente não considerou isto antes, e não podia reivindicar ter o melhor “gaydar ou radar para gays,” como eles chamavam isto, mas ela tinha certeza que Jake não era gay. Pelo menos ela esperava que não, ela ficaria terrivelmente desapontada se ele fosse... e não tinha absolutamente nenhum desejo de examinar por que pensava assim. O sujeito era mais jovem que ela, e um empregado. Ela não tinha que pensar nada sobre ele daquele modo. A última coisa ela precisava agora era


pensar sobre qualquer homem daquele modo. Nicole se prometeu pelo menos um ano interno de tratamento com o psicólogo antes de considerar ter encontros novamente. Mas uma vez que aquela data chegou, ela decidiu que talvez outros seis meses de tratamento seria melhor. Ela realmente não queria voltar a ter encontros muito cedo e correr o risco de entrar em outra relação abusiva. -Não é gay, huh? Então só um filhinho da mamãe? Dan disse ligeiramente quando ele a acompanhou para fora do restaurante. Nicole negou com a cabeça. Dan realmente parecia ter problemas com seu cozinheiro/caseiro... e ele nem o conhecia. Como eles se aproximaram de seu carro, ela brincou, -Alguém está se sentindo ameaçado? O que está errado? Não sabe cozinhar? -Oh, eu sei cozinhar - ele a assegurou. -Eu sou o melhor churrasqueiro da redondezas. Ser caseiro, por outro lado... Ele fez careta e negou com a cabeça. -Eu sou um daqueles sujeitos que deixam uma trilha de roupas da porta da frente até o chuveiro. Deixando minha esposa louca... e é por isso, eu suponho, que ela é uma ex-esposa agora. Nicole riu suavemente com o comentário quando ele abriu a porta de seu carro. Ela começou a subir e então parou e se virou. Estendendo sua mão, ela disse, -Obrigada, Dan. Pelo café e por salvar minha vida. Ele olhou em sua mão, segurou e apertou firmemente. -Você é mais que bem-vinda, Madame. É apenas um dia de trabalho para nós super-heróis. Rindo, Nicole retirou sua mão e entrou na caminhonete.

-Eu tenho seu número - Dan disse quando ela se posicionou no banco do motorista.


-Eu ligarei para você depois e verei como você está. Descobrir se você se recuperou, teve mais problemas, ou se o garoto Jakey está deixando você louca - ele brincou. Você poderia precisar de um encontro de café de emergência para se recuperar. -Eu poderia mesmo - ela disse em um risada, colocando seu cinto de segurança. Obrigada novamente. -O prazer foi meu - Dan assegurou a ela e fechou a porta, deu um aceno a ela, e se foi. Nicole ligou o motor, ainda sorridente. Ela se sentia muito melhor do que logo após o incidente. Seus nervos estavam em ordem novamente, e mesmo ela estando um pouco dura e contundida, o café com Dan melhorou se ânimo. O homem paquerou com ela, mas não seriamente, só o suficiente para fazer ela se sentir bem. Ele era um sujeito legal. Ele definitivamente tinha problemas com homens em posições não convencionais, mas ele era legal. Nicole acenou para Dan, então saiu do estacionamento para ir ao supermercado encontrar Jake.

-Você reconhece aquele carro? Jake perguntou, estreitando os olhos no pequeno carro de esporte esperando na calçada quando Nicole virou na esquina.


-É Joey. Meu irmão - Nicole adicionou quando ela se aproximou da entrada e pressionou o botão para abrir a porta da garagem. Ela ligeiramente sorriu, e disse, “Ele é... bem, você irá amá-lo ou o odiá-lo. Não existe meio termo com Joey. Jake levantou suas sobrancelhas ante comentário. Marguerite mencionou Joey enquanto dava os detalhes sobre Nicole e seu marido, mas pelo que ele entendeu o homem ganhou milhões trabalhando com terra aqui em Ottawa, depois foi para os estados do sul. Marguerite não tinha certeza se era Flórida ou Havaí. Fora isso, tudo que ele sabia sobre o homem era que ele tinha trinta e oito anos, meio irmão de Nicole do primeiro casamento de seu pai. Que sua mãe de nascimento morreu quando ele era jovem, que ele aceitou a mãe de Nicole, Zaira, como sua mãe, e que ele adorava Nicole tanto quanto ela o adorava. Jake observou o homem curiosamente enquanto eles dirigiram devagar passando por ele, e então Nicole entrou na garagem e parou a caminhonete. Uma vez que ela estacionou, ele abriu a porta e desceu. -E aí! O que está acontecendo? Eu venho ver minha reclusa irmã trabalhadora que nunca sai de casa e ela não está aqui. Jake olhou para o homem subindo para a garagem enquanto Nicole fechava sua porta e se apressava para a parte de trás do veículo para saudar seu irmão. -Desculpe, desculpe, desculpe - ela riu quando ela o abraçou. -Eu tive que ir ao banco e depois fazer algumas compras. E o que você está fazendo aqui afinal? Eu pensei que você se mudado para climas mais amenos? -Eu mudei. Mas a mãe ligou e usou o truque da culpabilidade de mãe judia, então eu voltei - ele disse com exasperação. -A mãe não é judia - Nicole assinalou com diversão como ela retirou-se dos braços


do homem. -Diga isso a ela - Joey disse secamente e então olhou para Jake com sobrancelhas levantadas. -Rodolfo já foi substituído, não é, Nicki? Bom. -Não! Nicole corou com embaraço e deu a Jake um olhar tenso quando ela fez as introduções. -Joey, iste é meu novo cozinheiro/caseiro, Jake. -Cozinheiro/caseiro - Joey repetiu, sobrancelhas levantadas desconfiadamente quando ele olhou Jake de novo. Apesar disso ele se adiantou, oferecendo a sua mão. Isto é um eufemismo ou você é realmente um cozinheiro/caseiro? -Eu realmente trabalho para sua irmã - Jake assegurou a ele solenemente, examinando o outro homem também. Joey era um sujeito bonito: Cabelo e olhos dourados, um rosto bem cinzelado, calça jeans preta apertada, uma jaqueta de couro preto, relógio caro e uma confiante presunção que Jake suspeitava que fazia as mulheres desmaiarem. Ele parecia muito como sua irmã no rosto e cabelo, mas de resto nem tanto. Nicole era pequena e curvilínea e ele alto e esguio, e usava calça jeans e camiseta enquanto ele uma roupa mais elegante. Ela também não tinha uma confiante presunção. Ela era mais como um beija-flor, apressando-se aqui e lá com um ar ansioso. -Bem, legal então - Joey disse, apertando sua mão firmemente e então adicionando, Sem ofensa, mas Nicki teve um tempo difícil e a última coisa ela precisa é se juntar com alguém agora. -Eu entendo - Jake disse com um aceno de cabeça, e então olhou para a caminhonete quando Nicole abriu a porta traseira do carro. -Bom Deus, menina! - Joey exclamou, movendo-se para ajudara pegar as sacolas. -O que você fez? Comprou todo o centro da cidade de Ottawa?


-Eu sou responsável apenas pelas sacolas da loja de mercadorias - Nicole assegurou a ele. -O resto é culpa de Jake. Eu acho que ele pensa que está alimentando um pequeno exército... ou um grande - ela adicionou franzindo as sobrancelhas quando viu o resto das sacolas. -Caramba, Jake, você comprou muita coisa. -Não se preocupe com os mantimentos, eu pego eles - Jake disse depressa, movendose para espantá-los para longe do veículo. -Por que vocês dois não entram e ficam à vontade. Eu levarei isso e farei um café para vocês, depois começarei o jantar. Posso presumir que você ficará para jantar, Joey? -Obrigado, eu acho que vou ficar - Joey disse, acompanhando Nicole para a porta. Quando eles estavam do lado de dentro, Jake ouviu ele dizer, -Esta coisa de cozinheiro/caseiro foi uma boa idéia. De quem foi a idéia? Eu sei que você não pensou nisso sozinha. -Marguerite - Nicole respondeu. -Ela sugeriu que um cozinheiro/caseiro aliviaria bastante meu fardo e assim eu poderia me concentrar no trabalho. Ela até encontrou Jake para mim. Ele é um membro de sua família, assim eu sei que ele é de confiança. -Ah, sim. Esperta Marguerite - Joey respondeu quando fechou a porta atrás deles. -Esperta Marguerite - Jake concordou secamente quando começou a juntar as sacolas do supermercado, e se perguntando que diabos ele iria fazer sobre o jantar. Ele fez várias tentativas para o jantar, a última e única bem sucedida foi o molho apimentado que era para ser despejado por cima dos bifes depois que eles eram grelhados, mas a receita tinha sido para dois bifes. Claro, ele podia preparar isso para eles e fazer qualquer outra coisa para ele mesmo comer. Não era como eles fossem dar boasvindas a um empregado na mesa de jantar de qualquer maneira. Agitando sua cabeça, ele girou sua atenção para os mantimentos.


-Este aqui está quase pronto. Nicole olhou por cima das sacolas que ela e Joey acabaram de levar para seu estúdio e viu que Joey ergueu a cobertura para olhar o retrato da atriz. Voltando sua atenção para procurar nas sacolas, ela disse distraidamente, -Sim. Eu provavelmente terminarei isso hoje à noite. -E este aqui? Joey perguntou, olhando debaixo da cobertura do retrato do homem sisudo mais velho. -No final da semana - ela disse, apenas dando à pintura um olhar antes de retornar à sua busca nas sacolas. Ela estava procurando pelo sonar contra rato. Ela queria instalar todos eles enquanto estava pensando sobre isto. -Quem é este? Nicole olhou para cima novamente. Joey descobriu o retrato do casal. -O enteado de Marguerite, Christian, e sua noiva, Carolyn. -Caramba, ela deve ter casado com um sujeito bem velho se ele tem um garoto dessa idade - Joey comentou. -Eu aposto que este Christian odeia ter uma madrtasta tão jovem. -Não. Nicole sorriu. -Ele parece realmente gostar de Marguerite. Ele a chama de mãe


e ela o chama de filho em vez de seu enteado. Se eles não fossem tão proximos em idade, eu pensaria que eles eram mãe e filho. É realmente muito doce. -Hmm - Joey disse. -Eu não acredito que eles se dão tão bem. Ele provavelmente se sente atraído por ela e com a esperança de ficarem juntos quando o homem velho morrer... e eu não o culpo. Marguerite é muito atraente. Que idade ela tem afinal? -Eu não sei. Jake diz que ela não tem quarenta anos ainda e que ela se casou com Jean Claude quando ela tinha treze anos. Pausando, ela olhou no retrato com as sobrancelhas franzidas. -Mas Christian não parece mais velho que Lucern, Etienne ou Bastien. Ela balançou sua cabeça. -Eu me pergunto se eles eram filhos de Jean Claude e não seus. -Eles têm que ser - Joey decidiu. -Ela não é velha o suficiente para ter crianças com essa idade. -Não, ela não é - Nicole concordou e então encolheu os ombros. -Mesmo que ela tivesse treze anos quando se casou com Jean Claude, ela teria que ter uns trinta e cinco anos. -Ela não parece ter vinte e cinco anos - Joey firmemente disse. -Eu sei. Bom huh? Nicole disse invejosamente. Ela provavelmente pareceria ter quarenta quando tivesse trinta e cinco anos. -Sim, é isso que dinheiro faz por você - Joey disse melancolicamente. -Tenha dinheiro suficiente e você pode parecer jovem para sempre. -Ou você pode parecer com um testador de ventilador - Nicole secamente disse. -Um testador de ventilador? Joey perguntou com confusão.


Nicole assentiu com a cabeça. -Você sabe, muito dessa coisa de plástica faz a pessoa parecer que está olhando para um ventilador de alta potência. Ela puxou os lados de seu rosto para trás com suas mãos de forma que sua boca e olhos ficaram repuxados. Joey riu, entretanto perguntou, -Você acha que ela fez plástica? -Marguerite? Nicole perguntou, deixando de puxar seu rosto. Ela sacudiu sua cabeça e voltou para sua busca nas sacolas. -Não. Eu acho que ela só tem alguns genes surpreendentes. -Hmm. Joey cobriu as pinturas novamente e foi para trás dela. -O que você está procurando? -Eu comprei estas coisas de sonar repelente para rato - ela murmurou, desistindo da sacola na frente dela e agarrando outra. -Você tem ratos? Joey perguntou com uma careta. -Não. Pelo menos eu acho que não - ela adicionou. -Mas eu gostaria de manter as coisas deste modo. -Oh. Ele pegou a sacola mais próxima dele e começou a ajudar na busca. -São estes? Nicole tinha acabado de achar dois deles na parte inferior da sacola que ela estava procurando, mas olhou para cima e assentiu com a cabeça quando ela viu que Joey estava levantando meias dúzia mais. -Sim. Obrigada. Quando ela se levantou, ele foi até a mesa onde ela mantinha os pincéis e outros apetrechos e pegou uma tesoura para começar abrir os pacotes. -Então, onde nós vamos ligar estes?


Nicole sorriu levemente ao “nós” e se inclimou para beijar sua bochecha quando ela chegou a seu lado. -Você é uma estrela, Joey. Obrigada por me ajudar. -Caramba, mana. Eu apenas abrindo as embalagens e ligando eles. Não é grande coisa - ele assegurou. -Mas eu agradeço isso - ela disse simplesmente. Joey bufou e agitou sua cabeça. -Deus, como você acabou tão patética? -Legal - Nicole disse, dando um tapa atrás da cabeça dele quando ela colocou a tesoura na mesa para retirar dois pequenos aparelhos brancos repelentes. Joey sorriu e disse, -Você gastou tempo demais ao redor de Pierina enquanto crescia. Ela encorajou que o gene agradável de mamãe florescesse e crescesse em você. Devia ter gasto mais tempo ao meu redor. Eu tenho o gene idiota e egoísta do papai, e podia ter encorajado isso em você. As palavras causaram uma risada surpresa de Nicole e ela bagunçou seu cabelo afetuosamente. -O fato de que você pensa que é um idiota egoísta significa que você não é. -Ha! Eu enganei você - ele disse com diversão, e então preocupação entrou em seu olhar e quando ele pegou seu braço. -O que? Ela perguntou, e olhou para baixo. Ela tinha puxado para cima as mangas de seu suéter enquanto procurando nas sacolas, revelando a parte inferior de uma contusão grande e escura em seu braço. -O que aconteceu aqui? Ele perguntou, empurrando um pouco mais a manga. Nicole soltou um suspiro e fez uma careta. -Eu levei um pequeno tombo quando saía


da loja de mercadorias mais cedo esta noite. -Isto é mais que um tombo - ele quietamente disse. -É só uma contusão, Joey. Eu tengo certeza que eu tenho vários mais destes. Meu quadril e joelho estão bem doloridos e parecem duros, e eu acho que eu devo ter torcido meu pescoço também. Mas pelo menos eu não quebrei nada. Nicole encolheu os ombros e retirou seu braço. -Eu tomarei um banho quebte de banheira antes de ir para cama esta noite e amanhã isso será apenas uma boa história para contar. -Hmm. Ele não pareceu impressionado. -Bem, se você não se sentir melhor amanhã você deve procurar o médico. Talvez ele possa te dar algo... para falta de jeito. -Ha, ha - Nicole disse secamente. -Vamos, garoto esperto. Vamos instalar estes. -Onde nós vamos colocá-los? Joey perguntou, juntando os pequenos dispositivos em sua mão. -Um em cada cômodo - ela respondeu, parando para colocar um na tomada perto da porta. -Nós deixaremos a cozinha por último. Você pode distrair Jake enquanto eu coloco um lá. Eu não quero que ele pense eu tenho ratos em casa. Ele poderia pedir as contas. -Nós não íamos querer isso - Joey disse com diversão. -Não, nós não iríamos - ela assegurou. -Ele faz as omeletes mais gostosas que eu já provei . . . e seu café também é muito bom. -Não posso esperar para experimentar - Joey disse a seguindo para fora do estúdio.


Capítulo 7

-Então, Joey, o que você faz? Jake perguntou quietamente enquanto ele cortava seu bife. Ele comprou mais bifes hoje no supermercado e quando Nicole insistiu que ele se juntasse a ela e seu irmão para jantar, cozinhou rapidamente um para ele mesmo. Ele costumava gostar do seu meio mal passado, agora ele comeu mal passado, então não levou muito tempo para cozinhar. Já havia salada suficiente e ele comprou aqueles congelados pré-cozidos e batatas picantes para comer com o bife. Assim como o molho, enquanto a receita era para dois, havia mais que suficiente para três. -Eu estou aposentado. Costumava trabalhar com desenvolvimento de terra entretanto - Joey respondeu ligeiramente enquanto ele cortava seu bife. Nicole e Joey asseguraram que o molho no bife estava muito bom, o que era um alívio. Ele se preocupou com isso enquanto foi fazer as compras. Parecia ser sua primeira tentativa bem sucedida na cozinha antes de deixar a casa, mas ele temia que pudesse evaporar ou coalhar enquanto eles estavam fora. Não aconteceu isso, e quando ele aqueceu o molho o sabor realmente estava melhor que quando eles saíram. Graças a Deus, Jake pensou com um suspiro interno. Ele desenvolveu uma enxaqueca logo depois de retornar à casa... o que era algo novo. Ele não teve uma enxaqueca, ou uma coriza, ou qualquer outra doença desde que foi transformado, e estava contente que ele não tivesse. Sua cabeça estava pulsando e doendo tanto que ele mal podia pensar. Até seus dentes estavam começando a doer. -Joey está sendo modesto. Ele começou com nada, e construiu um império - Nicole orgulhosamente disse. -Na verdade, ele ajudou na construção de alguns dos grandes centros comerciais e complexos na área de Toronto - ela adicionou com um sorriso orgulhoso de seu irmão. -Ele teve tanto sucesso que se aposentou no ano passado e


agora viaja e vive uma vida de lazer.

-Impressionante - Jake quietamente disse, esfregando sua testa. Ele já sabia disso, mas pareceu melhor fingir que não sabia. Não existia nenhuma razão para Marguerite teria dito isso a ele no curso normal de eventos se ele fosse apenas um cozinheiro/caseiro. Pelo menos ele achava que não. Ele podia estar errado entretanto. Esta enxaqueca maldita estava realmente bagunçando seu pensamento. -Jake também é bem impressionante - Nicole disse a seu irmão. -Ele era vicepresidente de uma companhia chamada V.A. Inc. até dois anos atrás. Joey olhou para Jake duvidando. -V.P. Huh? Você é muito jovem para um V.P. Era uma posição de família? -Eu estou vagamente relacionado ao proprietário agora via casamento. Porém, eu não estava no momento em que trabalhava para ele - Jake disse rigidamente, se perguntando se era sua enxaqueca que fez a pergunta parecer como um insulto. -Então, era um companhia pequena então? Joey perguntou.

-Não - Jake disse simplesmente. Sua cabeça doía demais para se aborrecer descrevendo todas as atuações da V.A. Inc. Se o sujeito quisesse saber sobre a companhia ele podia usar o Google para isso. -Você está bem, Jake? Nicole de repente perguntou, franzindo a testa com preocupação. -Você parece pálido. -Na verdade, eu não me sinto bem - Jake admitiu, olhando fixamente abaixo para sua comida e franzindo as sobrancelhas. Ele gostava de bife, mas sua enxaqueca era tão ruim que ele estava começando a se sentir enjoado. Isto era muito estranho. Imortais não deveriam ficar doentes.


-Você gostaria de uma aspirina ou ibuprofeno? Nicole perguntou, levantando e indo em direção ao armário ao lado da porta onde ela presumivelmente mantinha tais coisas. -Não, não, eu estou bem - Jake disse de uma vez, franzindo as sobrancelhas. Não havia nenhum sentido em tomar analgésicos: As drogas e o álcool não deveriam afetar imortais. -Vou deixar aqui caso você mude de idéia - Nicole disse retornando e colocando o ibuprofeno na mesa ao lado de seu prato. -Obrigado - Jake murmurou, tentado tomar as pílulas de qualquer maneira. Elas não deveriam afetar sua espécie, entretanto sua espécie também não deveria ficar doente, e ele estava parecendo bem doente. Suspirando, ele olhou para cima e viu Nicole e Joey olhando para ele; Nicole com preocupação, Joey com curiosidade. Tentando distrair tanto ele quanto eles, ele perguntou, -Então o que faz que você faz agora, Joey? -Oh - Joey piscou e se sentou de volta com um sorriso torto. -Nada de importante. Eu viajo, principalmente. Vejo a paisagem e me divirto. -Ottawa ainda é sua residência básica? Jake perguntou, esperando conseguir que o homem continuasse falando. -Toronto foi sua residência básica, não Ottawa - Nicole explicou, e então adicionou, Ele tem um casa na Flórida agora, mas aparece para umas visitas ocasionais. Girando para seu irmão, ela perguntou, -Quanto tempo você vai ficar desta vez? Jake olhou para o homem com interesse. A pergunta de Nicole parecia sugerir que Joey iria ficar, o que podia ser bom. Com o outro homem ali, ele teria ajuda para


vigiar Nicole.

-Na verdade, eu não vou ficar aqui com você desta vez, Nicki - Joey anunciou e mordeu um pedaço de batata. -O que? Nicole pareceu surpresa. -Mas onde você vai ficar então? Não em um hotel, não é? -Sim. Eu me registrei em um hotel... pensando que Melly estaria mais confortável ali do que sendo indroduzida na família no primeiro encontro. -Melly? Nicole perguntou, sorrindo um pouco. -Uma nova namorada? Uma que está durando mais que uma semana e que você está realmente disposto a viajar com ela? -Ela está durando seis meses - Joey informou a ela, e então sorriu ironicamente e adicionou, -E eu a pedi para se casar comigo. -O que? Olhos de Nicole quase saltaram fora de sua cabeça. -Sério?

-Sério - Joey disse com um sorriso.

-Isso é maravilhoso! Nicole chorou, saltando para abraçar seu irmão. -Parabéns, mano. -Obrigado - ele murmurou, abraçando ela de volta.

Voltando para sua cadeira uma vez que eles terminaram de se abraçar, Nicole perguntou, -Então, quem ela é? Como você a encontrou? Quando eu vou conhecê-la? Joey riu e pegou seu vinho. Ele tomou um gole e colocou o copo na mesa e disse,


-Eu a conheci na Flórida. Seu nome é Melanie, e ela é um modelo de Toronto.

-Uma modelo? Nicole perguntou, parecendo impressionada. -E de Toronto?

Joey assentiu com a cabeça. -Ela tem um apartamento em Nova Iorque também, mas vive aqui em Ontario quando ela não está trabalhando. Ela estava de férias na Flórida quando eu a encontrei. Nicole se recostou na cadeira com um risada. -Isto é bem o seu estilo.

-O que? Seu irmão perguntou, sorrindo duvidosamente.

-Você vai até a Flórida encontrar uma moça de sua cidade natal - ela assinalou.

Ele sorriu esquisitamente e assentiu com a cabeça. -Sim. Quais são as chances de isso acontecer, huh? -Com você? Bem grandes. Coisas assim sempre acontecem com você - Nicole disse com um sorriso, e então repetiu, -Então, quando eu vou conhecê-la? -Que tal amanhã? Um almoço tardio? Ele sugeriu. -Ou um café da manhã para você, eu suponho. Mas um almoço tardio para Melly e eu. Nicole hesitou brevemente e Jake suspeitou que ela estava pensando sobre todo o trabalho que ela tinha para fazer, entretanto ela assentiu com a cabeça e suspirou com resignação. -Claro. -Bem então, eu vou deixar você voltar para seu trabalho agora - Joey disse, aparentemente entendido a hesitação também.


Quando o outro homem se levantou, Jake olhou para seu prato, surpreso por ver que Joey tinha terminado sua comida. Da mesma forma que Nicole, ele notou, olhando para seu prato próximo. Aparentemente, ele era o único com a maior parte de sua comida no prato. -Sim, acho que sim - Nicole concordou, levantando também. -Eu te acompanho até a porta. Girando para Jake, ela disse, -Eu voltarei em um minuto. Jake assentiu com a cabeça e permaneceu sentado quando eles deixaram o recinto, depois se levantou e começou a juntar pratos. Ele colocou os pratos vazios na máquina de lavar pratos, mas cobriu o seu e colocou na geladeira. Se sua enxaqueca melhorasse, ele terminaria isto mais tarde, ele pensou quando rapidamente terminou de limpar a mesa. Quando Nicole não retornou após ele ter terminado, Jake foi até a sala de estar para escutar, relaxando quando ele ouviu o murmúrio de vozes. Quando se fez silêncio e ele ouviu a porta fechar e o som da fechadura sendo trancada, ele seguiu para seu quarto. Sua dor cabeça o estava matando e já que imortais não deveriam ficar doentes, devia ser uma enxaqueca de tensão. Talvez se deitar ajudasse. Ele esperava que isso ajudasse. Jake não sabia se sete anos vivendo livre de dor o fizeram menos tolerante à dor ou o que, mas esta enxaqueca estava de matar. Jake não incomodou em ligar as luzes de seu quarto, ele realmente não precisava delas de qualquer maneira. O luar que entrava pela janela era suficiente para ele poder achar seu caminho até a cama. Ele deitou em cima dos cobertores e tentou relaxar, mas o pulsar em sua cabeça tornava isso impossível. Ele fechou seus olhos, abriu os olhos, deitou de um lado e depois do outro antes de se deitar de costas, e finalmente desistiu. Deitado lá sem ter nada para pensar além de sua dor de cabeça parecia tornar isso pior.


Levantando, ele voltou para a cozinha. Estava vazia. Nicole tinha sem dúvida voltado ao trabalho. Talvez cozinhar o distraísse da dor. Jake abriu a geladeira e observou o conteúdo. Ele podia começar o jantar do dia seguinte. Ou talvez ele devesse cozinhar para Nicole outra refeição para hoje. Tecnicamente, o que ele serviu como jantar realmente tinha sido apenas a segunda refeição de Nicole do dia. Poderia ter sido seu almoço. Foi seu almoço. Ele normalmente não jantava até muito mais tarde no dia, e ele mantinha um horário semelhante ao dela. Franzindo as sobrancelhas, Jake fechou a geladeira e foi ao andar de baixo para perguntar se ela quiria outra refeição mais tarde e a que horas seria. Como de costume, as venezianas estavam abertas nas portas francesas que davam para o estúdio e Jake podia vê-la trabalhando duro. Ela não estava usando seus fones ainda, então ele bateu ligeiramente na porta. Nicole olhou ao redor com surpresa e então sorriu e acenou para que ele entrasse. -Como você está sentindo? Ela perguntou com preocupação quando ela baixou seu pincel. Franzindo as sobrancelhas, ela adicionou, -Você está realmente pálido, Jake. Você está ficando doente? -Não. Eu nunca fico doente. É só uma enxaqueca - ele assegurou, e então depressa mudou o assunto. -Você só comeu duas vezes hoje, e eu estava me perguntando se você gostaria de outra refeição hoje à noite. Nicole balançou sua cabeça brevemente, considerando a pergunta, e então disse, Talvez um sanduíche ou salada. Mas eu mesma posso preparar isso. Você não está parecendo bem. -Está tudo certo, eu posso preparar isso - ele assegurou. -É apenas uma enxaqueca de tensão. Irá embora eventualmente.


-Se for uma enxaqueca de tensão, por que você não tenta um banho de banheira? Ela sugeriu. -Poderia ajudar. Jake piscou ante a sugestão. Ele ficou surpreso de não ter pensado nisso ele mesmo e estava disposto a tentar qualquer coisa para se livrar da maldita pulsação em sua cabeça. -Sim, eu acho que vou fazer isso - ele disse finalmente. -Há qualquer coisa que você queira antes de eu ir? -Não. Eu estou bem - Nicole assegurou a ele.

Jake assentiu com a cabeça e se dirigiu à porta, dizendo, -Então eu deixarei você voltar ao trabalho. -Certo. Melhoras.

Jake fechou a porta e voltou para cima. Ele estava em seu quarto antes de perceber que ele não sabia a que horas Nicole queria comer. Ele perguntaria depois de seu mergulho na banheira, Jake decidiu, pausando na frente da cômoda e então franziu as sobrancelhas quando percebeu que ele não havia trazido seu traje de banho. Encolhendo os ombros, ele tirou suas roupas e vestiu seu roupão de banho, então foi pegar uma toalha grande fora do banheiro. A banheira ficava do lado de fora da porta de vidro corrediço do estúdio de Nicole, mas ele notou que enquanto em seu estúdio ela deixou as persianas abertas nas janelas ao longo da parte de trás de seu estúdio, as persianas para a porta de vidro corrediço estavam fechadas. O sol nascia naquele lado, e sem dúvida brilhava direito pela porta de vidro corrediço pela manhã. Ele supôs que ela mantinha as persianas fechadas para evitar aquecer o quarto e que a luz brilhasse sobre o trabalho dela. Qualquer que fosse o caso, com as persianas fechadas ele devia ficar bem sem um traje de banho.


Nicole circulava entre pinturas, fones de ouvido colocados e música alta. A primeira canção que ela ouviu era sua atual favorita, Rosa era a canção mais recente, mas estava próxima ao fim da lista. Existiam apenas três músicas depois dela, então parecia como se ela mal tivesse começado a ouvir quando a lista terminava e o silêncio enchia seus ouvidos. O silêncio sempre parecia pior para Nicole quando ela estava com fones de ouvido, parecia aglomerar em sua cabeça, bloqueando tudo do lado de fora. Fazendo uma careta, ela tirou seus fones de ouvido e se dirigiu ao computador para recomeçar a lista de músicas desde o início. Ela apenas tinha segurado o mouse quando sons abafados do lado de fora fizeram ela hesitar. Deixando seus fones ao redor seu pescoço, Nicole girou sua cabeça direcionando uma orelha para a janela e escutou. Ela abriu um pouco a janela quando ela entrou mais cedo. A menos que fosse uma noite muito fria ou com ventania, ela sempre deixava uma janela aberta. Nicole não se importava com o cheiro de tinta, era sua profissão e seu ganha pão afinal, mas cheiro o podia ficar um pouco forte se ela não abrisse uma janela para deixar o ar fresco entrar e diluir isso um pouco. Franzindo as sobrancelhas quando ela reconheceu o som como aqueles emitidos por alguém doente, ela tirou seus fones completamente e caminhou para a porta de vidro corrediço. As persianas estavam fechadas e ela não as abriu imediatamente, mas afastou uma das lâminas para olhar. No momento seguinte, ela empurrou as persianas de lado para destrancar a porta, abriu a porta e se apressou para fora.


-Jake? Ela se apressou até a banheira, sem perceber a neve fria debaixo de seus pés nus quando ela correu para ajudar o homem. Jake estava debruçado para for a da banheira, vomitando na neve. Como se isso não fosse suficiente para se preocupar, quando ela alcançou a lateral da banheira viu que a neve branca estava salpicada de vermelho. O homem estava vomitando sangue... e muito. -Oh Deus - Nicole ofegou com medo, e congelou, boquiaberta para ele brevemente. Mas quando Jake caiu contra o lado da banheira e começou a deslizar para dentro da água, ela saiu de seu choque. Tomando cuidado para evitar a neve manchada de sangue, ela foi até a lateral da banheira e tentou agarrar seu braço para ajudá-lo a manter seu cabeça acima da água, mas ele acenou sinalizando para ela não se preocupar. -Eu estou bem - Jake murmurou.

-Não, você não está - Nicole disse severamente. Como ele não a deixaria ajudar daquele modo, ela girou e procurou por seu roupão ou uma toalha. Localizando seu roupão pendurado no cabide, ela foi até lá para pegá-lo. Quando ela voltou, Jake estava de pé na banheira e tentando se sentar na borda da banheira. Isto fez Nicole parar e ficar de boca aberta novamente. O homem estava completamente nu. Completamente. Não apenas uma parte. Um gemido de Jake conseguiu trazê-la à realidade, pelo menos o suficiente para ela tomar uma iniciativa, então ela sacudiu o roupão e colocou ao redor dos ombros nus dele, certificando-se de que o roupão pendesse junto seu quadril e não tocasse na água. Em seguida, ela estava saltando para trás tentando evitar ser salpicada quando ele de repente se curvou para frente e começou a vomitar novamente. O sangue profundamente vermelho na neve foi bastante chocante. Por um momento, Nicole meramente assistiu impotente, mas quando Jake saiu da banheira e caiu de


joelhos na neve à medida que ele vomitava, ela foi para seu lado novamente, tentando oferecer suporte apenas com sua presença. Era tudo que ela podia fazer até que ele parou com a ânsia de vômito. Então ela se agachou ao lado dele e puxou um braço coberto pelo roupão para cima de seu ombro. -Venha, vamos levar você para dentro - ela disse quietamente, empurrando com força suas pernas para conseguir levantar a ambos. Apesar de ele ter conseguido sair sozinho da banheira, Nicole o esperou para que se apoiasse nela, mas não da maneira como ele se apoiou, e os dois cambalearam de lado uma vez que ele estava de pé. Nicole segurou na base da luminária para apoiar a ambos, soltando uma respiração aliviada quando evitou que ambos caíssem. Ela esperou um momento para trocar sua posição e contrabalançar seu peso nela, então começou a se mover. Felizmente, mesmo se apoiando nela fortemente, Jake ainda era capaz de caminhar, lentamente e aos tropeços, mas eles estavam se movendo. Nicole o guiou em direção às portas corrediças na sala de estar do andar de baixo. Era obviamente o caminho por onde ele veio e era um pouco mais perto. Também não havia um monte de cavaletes no caminho, com os quais eles estariam suscetíveis de colidir, o que os levaria ao chão. Por milagre eles conseguiram entrar e ir até o sofá antes de Jake desabar. -Está tudo certo. Você vai ficar bem - Nicole disse ansiosamente quando ela o cobriu. -Eu vou chamar uma ambulância. Nós levaremos você para um hospital...

Ela parou bruscamente com assombro quando Jake de repente levantou, agarrando seu braço. -Não! Nada de ambulância. Nada de hospital. Eu estou bem. -Você não está bem - ela disse, tentando soltar seu braço. Seu agarre era


desesperadamente forte e ela soube que contusões estavam provavelmente aparecendo debaixo da manga de sua camisa. -Você está vomitando sangue. Você precisa ir para o hospital. -No hospital não saberão o que fazer - ele disse cansado, caindo no sofá, mas ainda segurando seu braço. -Bem, eles saberão melhor do que eu - Nicole disse. Ele estava pálido e suando, mas o sangue na neve lá fora era o que mais a preocupava. Isso era um sinal muito ruim. Ele sacudiu sua cabeça. -Nada de hospital.

-Jake, eu preciso conseguir ajuda para você. Você está doente. Eu...

-Chame Marguerite - ele interrompeu.

-Marguerite? Nicole olhou fixamente para ele com assombro. -O que ela pode...?

-Ela saberá o que fazer. Chame Marguerite - Jake insistiu, seus olhos se fechando.

-Certo - ela disse devagar, pensando que ela chamaria Marguerite como ele pediu e então chamaria uma ambulância. Para seu alívio ele começou a soltá-la, entretanto segurou seu braço novamente e abriu os olhos. -Prometa-me - ele insistiu. -Você chamará Marguerite e não uma ambulância.

Nicole olhou fixamente para ele em silêncio. Seus olhos pareciam estar brilhando, o que era um ponto prateado neles até pouco tempo atrás estava quase completamente prata, e os brancos em torno deles vermelhos e brilhando com prata como se alguém tvesse deixado cair glitter em seus olhos. Tinha que ser um truque da luz, é claro.


-Prometa - Jake insistiu, seus dedos apertando dolorosamente em seu braço.

-Eu prometo - ela disse de uma vez.

Jake olhou fixamente em seus olhos por um momento e então assentiu com a cabeça levemente e reclinou para trás no sofá, murmurando, -Marguerite saberá o que fazer. Nicole franziu as sobrancelhas ligeiramente, mas se virou e foi pegar o telefone na mesa, quando se lembrou que ela não sabia o número de Marguerite. Estava na sua lista de contatos em seu telefone celular, ela recordou e se moveu depressa em torno do sofá e da mesa até a porta para o corredor que leva ao escritório e ao estúdio. -Eu volto logo, tenho que pegar meu celular.

Jake fechou seus olhos e tentou se concentrar em respirar. Ele sabia que Nicole estava em pânico, mas ele também estava. Ele não entendia o que estava acontecendo. Ele foi para a banheira na esperanças de se livrar da enxaqueca, e parecia que tinha funcionado. A dor começou a diminuir pouco antes dele entrar na banheira, o ar frio parecia que tinha aliviado sua tensão e clareado seu pensamento. A dor tinha sumido completamente no momento em que ele entrou na banheira, mas foi substituída pela náusea. Isso o pegou completamente de surpresa. Ele não sentia náusea há sete anos. Era uma sensação muito desagradável... e surgiu muito depressa. Assim que entrou na banheira, Jake tinha se debruçado sobre a lateral, com náusea e vomitando sangue, seu corpo fraco e tremendo. Honestamente, se Nicole não tivesse chegado, ele não tinha certeza de que poderia sair da banheira sozinho.


Jake não entendia o que estava acontecendo. Ele era um imortal. Isto supostamente não deveria acontecer. Ele não deveria ficar doente, mesmo assim ele parecia ter a versão imortal da maldita gripe. Gripe de vampiro. Uma das grandes. Ele estava febril, fraco e vomitando sangue... e sua cabeça estava pulsando como louca novamente. Ele também estava sedento... e não de água. Jake supôs era devido a todo sangue que ele vomitou. Ele realmente já deveria ter providenciado o sangue e o refrigerador. Isso ficou evidente quando Nicole o ajudou a entrar e se inclinou sobre ele no sofá. Não era seu perfume doce e picante que ele cheirou, mas seu sangue, e ele tinha se contido fortemente para não morder o pescoço dela. Na verdade, se ele estivesse mais forte e não se sentisse tão nauseado, Jake poderia não ter evitado morder a garganta da mulher e tomado todo seu sangue, companheira de vida ou não. Outra onda de náusea o atingiu e Jake saiu rapidamente do sofá. Ele sabia que não conseguiria chegar ao banheiro que estava há apenas três metros de distância, mas ele tinha que tentar. Ele conseguiu se levantar pela metade antes de cair com as mãos e joelhos no chão. Suas costas se curvaram quando seu estômago se apertou e ele olhou fixamente para o tapete de cor creme com horror, e então uma tigela grande vermelha e preta de repente apareceu no chão debaixo de seu rosto. Ele pegou um vislumbre da mão de Nicole antes dela colocar a tigela, e a olhou quando ela se endireitou e se afastou. Ele a viu teclando os botões em seu telefone celular. Jake não se preocupou em tentar escutar, mas voltou sua atenção para a tigela, reconhecendo como aquela que estava sobre a mesa do café. Tinha umas bolas de vidro fosco grande quando ele viu aquilo mais cedo. Elas não estavam lá agora, o que era uma coisa boa, ele decidiu, quando o sangue saiu de sua boca e espirrou na tigela.


A meio caminho de se levantar, Jake ouviu Nicole conversar em um tom rápido e ansioso. Ele se esforçou para parar e escutar, mas era impossível. O sangue estava saindo, ele gostando ou não. Ele tinha acabado de desistir do esforço quando ouviu ela dizer nome de Marguerite. Jake sentiu um momento de alívio sabendo que a mulher conseguiria convencer Nicole a não chamar uma ambulância. Ela também saberia o que fazer nesta situação... ele esperava que sim, e então desistiu de se preocupar com isso quando começou a vomitar novamente.

Capítulo 8

Nicole andou em torno do sofá mais um tempo e se debruçou para verificar o pano frio que ela colocou na testa de Jake. Uma vez que ela sentiu que ele ainda estava frio ao toque, ela rapidamente se afastou e voltou a andar em torno do sofá, olhando seu paciente de uma distância relativamente segura. Marguerite foi quem sugeriu isso. Ela não explicou porque devia manter a distância. Nicole pensou que a mulher estivesse preocupada com que Jake tivesse algo contagioso. Mas se ele tinha algo contagioso, então por que eles estavam insistindo que ela não o levasse até um hospital?


Nicole se afligia pela centésima vez desde que ligou para Marguerite, que foi a meia hora atrás, ela viu, olhando em seu relógio de pulso quando ela andou em torno do sofá novamente. Marguerite disse que a ajuda estava a caminho. Nicole presumiu que isso significava um médico ou algo do gênero, mas quanto tempo essa ajudar ía demorar? Caramba, Jake parecia estar morrendo. Ele finalmente parou de vomitar sangue há mais ou menos dez minutos atrás, mas não antes de expelir uma grande quantidade. Ela esvaziou a tigela quatro vezes, e isso sem contar o que ele perdeu do lado de for a da casa. E era uma tigela grande. Quanto sangue um corpo podia conter? E quanto ele ainda tinha dentro dele? Seu olhar preocupado deslizou sobre Jake novamente. Ele esteve gemendo e se contorcendo depois de seu último turno com a tigela. Parecia que ele estava em agonia. Ela pensou que isso era assustador... até que ele parou de se mover e ficou mudo mais ou menos cinco minutos atrás. Isto era ainda mais assustador. Se seu peito não estava subindo e baixando... Nicole parou de andar e observou Jake preocupada. Seu peito parecia não estar se movendo mais. Ele esteve ofegante quando desmaiou pela primeira vez, como se o fato de se debater e se contorcer o tivesse desgastado. Enquanto ele esteve quieto, seu peito tinha subido e baixado com esforço para respirar. Agora não parecia estar se movendo. Ela deu um passo instintivo em direção a ele e então parou, as palavras de Marguerite ressoando em sua mente. Não importa o que aconteça, mantenha distância dele. Ele não vai morrer. Ele ficará bem, mas você precisa ficar longe dele. Você é a única pessoa que pode estar em perigo, Nicole. Não fique muito perto, e se ele ficar ativo novamente, se levantar e vier até você, você tem que se trancar no banheiro ou até deixar a casa. Ele pode ser um perigo para você neste momento. -Jake? Ela disse, permanecendo onde ela estava. -Jake, acorde.


Ele não teve nenhuma reação.

Mordendo seu lábio, Nicole deu um passo em direção a ele e falou um pouco mais alto, -Jake! Acorde! Não houve nenhuma reação e ela deu outro passo mais perto, e então recuou novamente, as palavras de Marguerite sustentando seu medo. Mas ela não podia apenas ficar ali. Marguerite assegurou que ele ficaria bem, mas e se ela estivesse errada? E se ele precisasse de um procedimento de ressuscitação? Ela não podia suportar isso, ela tinha que ver se ele estava respirando, mas ela tentaria ser cuidadosa com isso. O sofá estava há um metro da parede, deixando uma passagem para as portas de vidro corrediço. Nicole caminhou por aquele espaço e se debruçou sobre a parte de trás do sofá de forma que fosse um tipo de barreira quando ela deu uma sacudida de ombros. -Jake, você está...

Ele agarrou a agarrou tão rapidamente que Nicole quase mordeu sua língua com surpresa. Em um momento Jake estava tão quieto quanto um morto e no seguinte ele pegou seu braço e estava tentando levar seu pulso em direção a sua boca. Ela não entendeu o que estava acontecendo no princípio. Ela não tinha nenhuma idéia do porque ele a agarrou, e então ela viu sua boca aberta e percebeu que ele iria mordê-la.

Nicole imediatamente começou a puxar seu braço para trás. Fraco como Jake estava, ela quase se soltou, e teria conseguido se tivesse olhado para a boca dele e vistos presas aparecendo. Presas. Literalmente. Como um cachorro... ou um vampiro. Nicole não apenas


congelou como um cervo sob os faróis de um carro, mas ficou momentaneamente fraca. Jake deu um puxão no mesmo momento e ela foi para o lado do sofá. A ação a tirou de seu choque e ela voltou a lutar novamente antes de cair sobre seu cobertor. Gritando agora, Nicole bateu e chutou com suas pernas, empurrado com seu braço livre e puxado o que ele estava tentando levar a sua boca, tentando se libertar. Ela se atirou para trás e para o lado, rolando de cima dele e sobre o chão, tentando quebrar o agarre sobre ela, mas ele a seguiu, desabando sobre ela no chão, o braço dela ainda firme em seu agarre. Agora ela estava em uma posição realmente ruim. Seu peso estava a estava prendendo e impedindo de oferecer qualquer resistência real. Nicole não podia recuar, tudo que ela podia fazer era tentar segurá-lo, empurrando seu peito com sua mão livre e puxando o braço ele segurava, o tempo todo gritando a plenos pulmões. Nicole estava tão envolvida na luta aquela ela a princípio não percebeu que Jake estava sendo puxado para longe dela e que outras vozes se juntaram aos gritos dela. Mas enquanto ela estava gritando de terror, as outras vozes eram mais tranquilas, gritando o nome de Jake como se eles pensassem que podiam passar pela loucura que nublava sua mente e o trazer de volta a seus sentidos. Jake estava completamente fora dela agora, mas ele ainda a estava segurando e ela foi puxada para cima, enquanto alguém alcançou sua mão e abriu seus dedos, a libertando, e Nicole caiu para trás. Ela imediatamente retrocedeu vários metros no tapete, parando quando ela esbarrou com algo. Inclinando a cabeça para trás, ela olhou para cima na mulher atrás dela.

-Quem...?

-Está tudo bem, Nicole. Meu nome é Nina e nós estamos aqui ajudar. As palavras desceram sobre ela tão morna e calmante quanto mel aquecido sobre uma garganta inflamada e Nicole imediatamente se sentiu relaxar.


-Oh - ela murmurou e então de repente foi pega por debaixo dos braços pela mulher e erguida sobre seus pés. -Por que nós não vamos fazer um chá? Nina sugeriu, deslizando um braço ao redor sua cintura para guiá-la através da sala. -Oh, mas Jake... A voz de Nicole parou quando ela olhou ao redor e viu dois homens ajoelhados um de cada lado de de Jake, segurando-o no tapete creme enquanto um terceiro homem preparava uma intravenosa de sangue ao lado dele. -Ele ficará bem - Nina assegurou a ela, conduzindo-a em direção aos degraus. -Eu estou mais preocupada com você. Algum deste sangue é seu? Nicole olhou para abaixo nela mesma e franziu a sobrancelha quando ela notou o sangue em sua camisa, mas agitou sua cabeça. Ela deve ter se sujado quando ela caiu sobre Jake. -Não. Eu acho que não. -Então ele não machucou você? Nina perguntou.

-Não. Eu acho que não - Nicole repetiu e então parou nos degraus. -Ele estava tentando me morder... e ele tinha presas. Pelo menos eu acho que ele estava. Eu tenho certeza que eu vi presas - ela murmurou vagamente quando Nina a conduziu para que se movesse novamente. Era a coisa mais estranha, ela estava chateada e até suas lembranças estavam se tornando um pouco confusas. -Tudo vai ficar bem - Nina quietamente disse. -Marguerite está a caminho e ela está trazendo Danielle com ela. Você conhece Danielle? -Danielle? Nicole franziu as sobrancelhas. O nome parecia vagamente familiar. Ela


tinha certeza que o ouviu ser mencionado antes, mas não conseguia lembrar em que contexto. -Ela é casada com o sobrinho de Marguerite, Decker. Eu acho que ela é chamada de Dani, e é uma médica. Marguerite está trazendo o dois para cá, além de seu marido e alguns outros. Eles estarão aqui em aproximadamente quarenta e cinco minutos. Tudo vai ficar bem. Nicole assentiu com a cabeça e permitiu que fosse levada até a cozinha, sua preocupação desvanecendo. Uma vez na cozinha, ela automaticamente pôs água para ferver, e então se virou para o cafeteira. -Você pode me dizer o que aconteceu antes de Jake começar a ficar doente? Nina perguntou quando Nicole tirou o filtro velho da cafeteira e o substituiu por um novo. As sobrancelas de Nicole franziram ante a pergunta quando ela colocou uma colher de café na cafeteira, mas respondeu, -Ele parecia quieto e um pouco pálido no jantar, e então ele reclamou de uma enxaqueca- ela disse devagar. -Eu sugeri que ele tomasse um banho na banheira para se livrar da enxaqueca, e ele fez isso, entretanto ele começou a vomitar sangue. -E como você está se sentindo? Nina perguntou.

-Eu? Ela perguntou a surpresa. -Eu estou bem.

Nina asentiu com a cabeça. -Ele comeu algo diferente que você? Nicole negou com a cabeça. “Não. Nós comemos a mesma coisa no jantar, embora ele não tenha comido toda seu refeição. Ela está provavelmente na geladeira.


Nina imediatamente se dirigiu para a geladeira. Um momento mais tarde ela estava com o meio prato comido de Jake na mão. Removendo o celofane que o cobria, ela aproximou de seu rosto e inalou devagar. Nicole não tinha nenhuma idéia do que ela estava cheirando, mas aparentemente ela não achou nada. Nina franziu a sobrancelha quando ela recolocou a cobertura no prato e o deixou na mesa. Seu olhar então se dirigiu para Nicole, e vendo que ela parou de preparar o café, a outra mulher se juntou a ela na cafeteira e pegou a garrafa de café. Levando a garrafa para a pia, ela ligou a torneira e começou a encher à medida que perguntava, -Então ele não comeu nada diferente de você antes do jantar? Nicole negou com a cabeça e se voltou para a cafeteira continuando a colocar café no filtro. -Eu acho que não. Nós comemos omeletes com Marguerite no café da manhã.

-Ele bebeu qualquer coisa diferente no jantar?

-Não. Todos tomamos água e Joey e eu tomamos vinho, mas ele não tomou - Nicole recordou, soltando a colher dentro do recipiente do café e fechando. -Então você e seu irmão consumiram algo que ele não consumiu, mas Jake não comsumiu nada que vocês não consumiram - Nina murmurou quando ela desligou a água. -Como você soube que Joey era meu irmão? Nicole perguntou, suas sobrancelhas se juntando. -Você mencionou isso - Nina respondeu calmamente quando ela levou a garrafa de água de volta para ela.


-Não, eu acho que não mencionei - Nicole contradisse com uma carranca.

-Sim, você mencionou - Nina assegurou a ela e Nicole assentiu com a cabeça. Sim, ela mencionou. -Eu vou apenas descer e verificar os rapazes enquanto você despeja a água, coloca a garrafa na base, e liga a cafeteira. Eu gostaria que você se sentasse à mesa e esperasse por mim depois disso. Certo? Nicole assentiu com a cabeça. Ela despejaria a água na máquina, colocaria a garrafa na base, ligaria a cafeteira, se sentaria à mesa e esperaria.

-Nicki? Nicole olhou ao redor com surpresa ao ouvir chamar seu nome. Ela sentiu como se estivesse despertando de um sonho, mas ela sabia que não tinha dormido. Ela simplesmente esteve sentanda à mesa esperando... por um longo tempo. Entretanto ela não tinha certeza pelo que ela esteve esperado. -Marguerite - Nicole disse duvidosamente quando viu a mulher cruzando a cozinha em direção a ela, e então franziu as sobrancelhas. -Como você chegou aqui tão rápido? -Não foi tão rápido, querida - Marguerite sombriamente disse, se movendo em direção a ela. -Faz duas horas e meia desde que você ligou, mas levou algum tempo para conseguir um dos aviões da companhia para nos trazer aqui.


-Nós? Nicole olhou de Marguerite para as pessoas que a seguiam. Uma mulher e quatro homens, nenhum deles estava entre as pessoas que tiraram Jake de cima dela. -Você se lembra de meu marido, Julius - Marguerite disse, parando ao lado de sua cadeira e se virando para gesticular em direção ao homem alto e moreno com quem ela se casou. Nicole assentiu com a cabeça e sorriu duvidosamente para o homem com cabelo curto e preto. -E estes são meus sobrinhos de seu lado da família, Tomasso e Dante - ela apresentou, acenando para dois homens que eram cópias idênticas um do outro. Os dois eram bem imponentes. Pode ter sido porque ela estava sentanda, mas Nicole achava que não. Realmente, eles eram dois dos maiores homens que ela já vira. Ambos eram altos e musculosos, com cabelo preto longo, e estavam vestidos de couro preto da cabeça aos pés. Nicole olhou para eles com olhos arregalados, entretanto forçou um sorriso e acenou com a cabeça em saudação. -E nosso sobrinho de meu lado, Decker, e sua esposa, Dani. Nicole desviou seu olhar das duas montanhas até o menor, mas ainda grande, homem chamado Decker, e a bonita mulher que estava com ele. Ela ofereceu a ambos um sorriso de saudação e, em seguida, a educação que sua mãe lhe deu fez ela ficar de pé e ir em direção à cafeteira. -Vocês provavelmente estão sedentos depois de seu vôo. Eu farei um café fresco. -Eu farei isso, querida - Marguerite murmurou, alcançando a cafeteira antes que ela pudesse se levantar. -Por que você não se senta? Dani tem algumas perguntas para você. -Er... Marguerite - Dani murmurou quando Marguerite levou a cafeteira para a pia.


-Na verdade, eu gostaria de tomar um café, e sem ofensa, mas eu já experimentei do seu - ela adicionou em tom de desculpa. -Por que eu não faço o café? Longe de ficar ofendida, Marguerite riu das palavras e deu a cafeteira a ela. Obrigada, querida. Eu sei que eu faço um péssimo café e eu também gostaria de tomar um. -Vocês duas estiveram ao telefone por horas - Julius advertiu. -Muito agitadas - Decker concordou, e então disse, -Faça uma garrafa cheia, querida. Eu acho que vou tomar um também. -Eu também - os gêmeos disseram juntos. -Eu posso pegar alguma outra coisa para você? Nicole perguntou a Julius quando ele acabou de balançar sua cabeça com diversão e sentou à mesa. -Chá, talvez? Ou refrigerante? Ele considerou a oferta e então perguntou, -Você não teria chá de hortelã, não é? -Eu tenho - Nicole disse e foi ligar a chaleira. Ela pegou manteiga na geladeira, fazendo uma pausa para considerar o conteúdo. Em algum lugar sob seu comportamento tranquilo, ela sabia que existia uma parte sua que estava quase frenética de preocupação, mas Nicole não conseguia se conectar a ela. Ao invés disso, ela se sentia tranquila mas um tanto vazia e com sentimento de perda. Naquele estado, sua educação a sacudiu e ela perguntou, -Alguém está com fome? Vários minutos mais tarde o café e o chá estavam prontos e a mesa estava abastecida com tudo, de bolo até sanduíches. Como todo mundo sentado à mesa, começando a tomar suas bebidas e se servir das comidas, Marguerite disse, -Nicole... Nina me assegurou que Jake não mordeu você. Isto é verdade?


-Sim - Nicole respondeu, surpreendida pela pergunta. -Sim, ele mordeu você? Marguerite perguntou com preocupação. -Não, eu quero dizer que sim, é verdade que ele não me mordeu - ela explicou. -Bom, bom - Marguerite sorriu e bateu levemente em sua mão antes de comentar, Nina disse que você estava lutando com Jake quando eles chegaram. Nicole assentiu com a cabeça. -Eu sei que você disse para não me aproximar dele, mas eu não tinha certeza se ele estava respirando, e eu apenas queria verificar...

-Claro, eu entendo - Marguerite interrompeu, batendo levemente em sua mão novamente antes dela ser distraída por Julius colocando uma fatia de bolo ante ela. -Como ele está? Nicole perguntou quando uma onda de preocupação de repente passou por ela. Era como se uma cortina tivesse sido puxada de lado, permitindo a ela se conectar com suas emoções novamente. -Ele está realmente doente, Marguerite. Ele realmente precisa ir para o hospital. Marguerite imediatamente voltou sua atenção para ela e a preocupação dentro de Nicole rapidamente retrocedeu. -Sim, ele está doente - Marguerite concordou, seu tom, ou talvez suas palavras tendo um efeito calmante imediato em Nicole. -Mas não é tão ruim quanto possa parecer. Ele vai se recuperar. Nós simplesmente temos que descobrir qual é o problema... e um hospital não pode ajudar com isso. -Você tem certeza? Nicole perguntou franzindo as sobrancelhas.

-Certeza absoluta - Marguerite firmemente disse. -Nós o ajudaremos. De fato, Nina e


os rapazes já começaram bem. Eles o levaram para seu quarto depois que Nina trouxe você até aqui e têm dado sangue a ele. Aparentemente, ele está ainda vomitando tudo tão rápido quanto eles podem dar para ele, então nós precisamos descobrir o que está causando isso. -Claro - Nicole concordou e então franziu as sobrancelhas quando ela lembrou das presas que deslizaram para baixo em sua mandíbula superior. Incomodada, ela se debruçou para frente e sussurrou para apenas Marguerite ouvir, -Ele tinha presas. -Eu sei, querida. Está tudo bem - Marguerite assegurou a ela e Nicole imediatamente relaxou. Estava tudo bem. -Me diga o que aconteceu - Marguerite quietamente sugeriu. -Nina disse que ele reclamou de uma enxaqueca? -Sim. -Nós não temos enxaquecas - Dani disse com certeza, com um pedaço de bolo parado a meio caminho para seus lábios. Nicole olhou para a doutora com confusão. Todo mundo tinha enxaquecas, uns mais que outros, mas todo mundo podia ter. -Na verdade, Dani, nós podemos ter - Marguerite contrariou quietamente e a doutora que pareceu quase chocada com a admissão, e então compreensão cruzou seu rosto. Quando nós estamos desidratados e precisando de san... -Sim, isso mesmo - Marguerite concordou, cortando Dani e olhando em direção a Nicole. -Mas existem mais razões para enxaquecas do que apenas doenças físicas ou algo parecido.


-É raro, mas pode acontecer - Julius concordou. “Estresse emocional, frustração, sons irritantes, alguns cheiros fortes... tudo isso pode ser a causa. Marguerite sorriu para seu marido e então parou para dar uma mordida no bolo. Foi Dani que então perguntou a Nicole, -Então, isso começou com uma enxaqueca? Nicole assentiu com a cabeça. -E então ele entrou na banheira e começou a vomitar sangue? Ela perguntou. Quando Nicole assentiu com a cabeça novamente, ela considerou essas notícias com as sobrancelhas franzidas, deu um suspiro e disse com pesar, -Marguerite, eu sei que você está contando comigo para ajudar Jake, mas eu não tenho certeza se posso. Isto não é como tratar um mortal e... - fazendo um pausa, ela se mexeu e então disse com frustração, -E eu pensava que imortais não podiam ficar doentes. Você já viu qualquer coisa como esta? Marguerite franziu as sobrancelhas e negou com a cabeça. -Não. Eu nunca ouvi falar de um imortal vomitando sangue. -Eu já - Julius quietamente disse, e quando todo mundo girou para ele com curiosidade, ele explicou, -Durante a Renascença uma de minhas irmãs recebeu um vestido como um presente de um mortal que ela pensava que era um amigo. Estava coberto por dentro com um tipo de veneno que pode ser absorvido pela pele. Se fosse mortal, minha irmã teria morrido. Ao invés disso, ela começou a vomitar sangue. -Isso faz sentido - Dani disse devagar. -O nanos devem tentar cercar ou de alguma maneira interagir com o veneno e então purgar o sistema. O sangue é seu veículo, então quanto mais veneno absorvido, mais sangue é purgado. -E mais nanos são eliminados junto com o sangue - Decker disse. Nicole achou a conversa inteira confusa. Nanos? Um vestido com veneno? O


Renascimento? Aquela palavra ficou presa em sua mente nebulosa e ela girou para Marguerite e perguntou com um sussurro, -Julius disse durante o Renascença? Marguerite deu um sorriso tranquilizador e bateu levemente em sua mão. -Sim, querida. Eu explicarei depois, eu prometo. Mas no momento, tudo está bem. -Certo. Tudo está bem - Nicole murmurou, relaxando. -Sua irmã teve uma enxaqueca no começo também? Dani perguntou. -Não. Julius negou com a cabeça. -Mas eu acho que eu estou desenvolvendo uma. -Eu também - Tomasso anunciou. -E eu - Dante reconheceu. -Eu também - Dani disse, e olhou para seu marido, que solenemente assentiu com a cabeça. -Apenas o início de uma - Marguerite disse quando o grupo então girou para ela interrogativamente. Percebendo que a atenção se voltou para ela, Nicole rapidamente negou com a cabeça. Ela estava achando tudo muito confuso, mas toda vez ela começou a sentir um pânico crescente com algo que era dito, Marguerite murmurava, “Tudo está bem” e seu pânico retrocedia. Assim sendo, a melhor coisa há fazer parecia ser simplesmente sentar e esperar pelas explicações que Marguerite prometeu. Ela tinha certeza que tudo ficaria bem até lá. -E existe um zumbido em meu ouvido - Julius de repente disse. -Muito fraco, mas existe, como um inseto chato, constantemente zumbindo.


Nicole olhou para o homem com curiosidade. Ele parecia extremamente aborrecido com o zumbido. -Eu não ouço nada - os gêmeos disseram juntos.

-Eu ouço... agora que você mencionou isso - Decker anunciou, inclinando a cabeça e franzindo as sobrancelhas. -Eu não tinha notado isso até agora, mas é bastante chato, não é? Marguerite se levantou e andou em torno da cozinha lentamente, sua cabeça inclinada como se estivesse escutando alguma coisa. -Sim. Estou ouvindo agora. Ele...

Nicole olhou com curiosidade quando a mulher parou de repente e se moveu em direção à tomada na parede ao lado do refrigerador da água. Suas sobrancelhas franziram quando Marguerite se curvou e retirou da tomada a pequena unidade branca que Nicole colocou lá mais cedo naquela noite. -Acabou - Julius anunciou.

Decker assentiu com a cabeça. -Era isso.

-Não pode ser isso - Nicole protestou franzindo as sobrancelhas. -É um repelente ultra-sônico para roedores. É para ratos. Eles são os únicos que podem ouvir isso. -Ratos e outro roedores... como morcegos - Dani disse secamente.

-Dani, meu amor, eu disse a você, nós não estamos de maneira alguma conectados aos morcegos. Isso tudo é apenas mito - Decker disse em um tom triste.


-Sim - Dani concordou. -Mas aparentemente quando se trata de sons vocês estão no mesmo comprimento de onda. -Nós estamos no mesmo comprimento de onda, querida - Marguerite corrigiu, voltando para a mesa novamente e lançando o repelente sobre sua superfície quando se sentou em sua cadeira próxima a Nicole. -Você agora também é uma de nós. -Mais ou menos - Dani quietamente disse. -Além disso, eu não podia ouvir isso.

-Sim, você podia. Você estava começando a ter uma enxaqueca - Julius assinalou. Mas você é jovem como os gêmeos, então, mesmo que a estivesse afetando, você não podia registrar o som. -Hmm. Dani fez uma careta, mas não discutiu a questão e simplesmente disse, -Bem a enxaqueca está diminuindo agora. -Sim - Marguerite murmurou. -A minha está retrocedendo depressa também.

Todo mundo, exceto Nicole, assentiu com a cabeça ou murmurou em acordo.

-Então foi isso que provavelmente causou a enxaqueca - Dani concluiu.

Todo mundo assentiu com a cabeça novamente, menos Nicole. Ela pensava que todos eles eram um pouco loucos... mas tudo estava bem. As palavras entraram em sua cabeça e ela relaxou. -O que você fez sobre o envenenamento da sua irmã? Dani perguntou a Julius.

-Nós não soubemos que estava envenenando até posteriormente, e nós só percebemos isto porque ela teve uma aversão natural ao vestido depois disto. Ela deu


ele para uma de suas empregadas... que era mortal. A pobre menina morreu em agonia e angústia terríveis - Julius quietamente disse, e então suspirou e adicionou, Antes disso nós não tínhamos nenhuma idéia do que estava errado com Adriana. Nós apenas continuamos dando sangue a ela até que passou. -Certo. Então eu acho que é isso que nós faremos aqui - Dani disse solenemente. Nina trouxe uma caixa térmica com sangue, e nós trouxemos duas. Espero que isso seja suficiente. Ela olhou para Julius. -Eu acho que você não se lembra de quanto sangue sua irmã precisou, lembra? Julius negou com a cabeça. -Nós não tínhamos bancos de sangue na época. Eram doadores, e nós precisamos de muito eles. Nós tivemos que levá-la de aldeia em aldeia em uma carroça até que isso acabou e ela começou a se recuperar. -Eu ligarei para Bastien e direi para entregar mais sangue aqui - Decker disse, levantando e retirando um telefone de seu bolso enquanto saía do local. -Nicole - Dani disse, seu olhar fixo nela. -Como você está sentindo? Você comeu as mesmas coisas que Jake? Ou ele...? -Ela não foi envenenada - Julius interrompeu. -Algo que afetasse Jake desse jeito teria matado ela em um segundo. Além disso, isto não foi veneno ingerido. Que normalmente não causa vômito em um imortal, e se causar, seria apenas um pouco. Mas não nada parecido com isso. Isso foi uma exposição de corpo inteiro, o veneno tem que estar em todo sistema de Jake para os nanos reagirem desta forma. -O roupão que ele está vestindo? Decker sugeriu.

-Começou na banheira - Marguerite lembrou a eles quietamente.


-É verdade, mas ele provavelmente vestiu o roupão para entrar na banheira - Decker assinalou. -Mas Nicole não vestiria o roupão de Jake e ninguém o quer morto - Marguerite contrapôs. -O que? Nicole perguntou com surpresa.

-Está tudo bem, querida - Marguerite murmurou, e então olhou para Dani e perguntou, -Você acha que a banheira sendo envenenada com uma droga que pode estar absorvida pela pele teria o mesmo resultado que o vestido envenenado? -Sim, eu acho que sim - Dani disse devagar, sua expressão pensativa. Ela ficou em silêncio por um minuto e então disse, -Eu terei que pegar uma amostra e mandar para análise para ter certeza, mas eu sugiro que ninguém coloque sequer um dedo na banheira até que nós descubramos. -Então? Qual é o veredicto? Nicole olhou para a porta ante aquela pergunta e viu a mulher que se apresentou como Nina, com uma expressão horrenda em seu rosto. -O que aconteceu com ele? Nina adicionou. -E pode acontecer conosco? Porque nós quatro agora estamos com enxaqueca. Dani olhou para Nicole. -Você colocou repelentes para ratos em toda casa? Nicole assentiu com a cabeça. -Só não coloquei no quarto de Jake. Eu não quis me intrometer. Mas eu coloquei um na tomada que fica diretamente em frente a sua porta no corredor, então se a porta estiver aberta...


-Nós deixamos fechada até a chegada de vocês, mas você deixou aberta depois que parou para falar conosco e nenhum de nós se importou em fechar - Nina disse. -Mas o que isto é sobre repelentes para ratos? Por que nos causaria enxaqueca? -Nossa audição é aparentemente sensível suficiente para captar o som que eles emitem e isso está causando enxaquecas - Marguerite explicou. Nina assentiu com a cabeça. -O que como se parecem esses repelentes? Eu vou retirar todos eles. Eu nunca tive enxaqueca antes disto e eu não estou gostando desta aqui. -Dante, Tomasso - Julius disse, girando para os gêmeos. -Revisem a casa e removam todos os repelentes ultra-sônicos para ratos. Assentindo com a cabeça, os dois homens saíram da cozinha. -Então isso está causando a enxaqueca - Nina disse. -Mas o que está causando vômito em Jake? -Nós achamos que ele foi envenenando - Dani respondeu. -Envenenado? Nina perguntou com surpresa e então estreitou seus olhos. -Na comida? -Neste momento a banheira é a mais provável culpada, mas nós não sabemos com certeza, então apenas seja cuidadosa com o que você toca ou consome. -Eu não consumo nada mais exceto sangue - Nina assegurou a ela. -Mas eu avisarei os outros. Eu não acho que Mark e Gill comam comida mais que qualquer um, mas Tybo come. Dani assentiu com a cabeça. -Jake ainda está vomitando?


-Não. Ele finalmente parou, mas ele está com muita dor. Como ele estava vomitando, nós tivemos que dar a ele o sangue por via intravenosa. Foi o único modo de assegurar ele não devolvesse tudo imediatamente. Mas a intravenosa é lenta e ele estava perdendo sangue mais rápido do que estava absorvendo. Ele está sofrendo. O nanos estão definitivamente atacando seus órgãos à procura de sangue. -Bem vamos tentar dar oralmente para ele agora. Deverá conseguir reter - Dani sugeriu, conduzindo ela para fora da cozinha. Nicole assistiu eles saírem e então debruçando para Marguerite perguntou, -Como eles entraram? Quando Marguerite girou para ela em dúvida, ela explicou, -A porta da frente estava trancada e eu não deixei eles entrarem. -Ah. Ela solenemente assentiu com a cabeça. -Sim, eu perguntei a mesma coisa quando Nina desceu e veio destrancar a porta da frente para nos deixar entrar. Aparentemente, a porta estava trancada quando eles chegaram aqui também, mas eles podiam ouvir que você gritando e se apressaram em torno da casa verificando as portas e janelas. Eu acho que as portas corrediças da sala de estar estavam destrancadas e eles entraram por ali. -Oh, sim - Nicole murmurou. As portas corrediças para seu estúdio e para a sala de estar ficavam em torno da banheira. Jake deve ter usado a porta corrediça da sala de estar para chegar à banheira, porque ela estava destrancada quando ela o ajudou a entrar... e ela não trancou depois disso. Nossa, ela estava tão preocupada no momento que ela não tinha certeza se a tinha fechado. Mas ela sabia que tinha deixado sua porta do estúdio destrancada e então disse. -Eu tenho certeza que a porta corrediça para meu estúdio está destrancada. Ela pode até estar aberta. Decker tinha acabado de voltar à cozinha, terminando seu telefonema. Mas ouvindo isto, ele deu avolta novamente, dizendo, -Eu cuido disso.


Nicole então girou para Marguerite, muitas perguntas borbulhando em sua mente. Antes dela poder fazer uma pergunta, Marguerite sorriu para ela e disse, -Eu sinto muito, querida. Eu sei que você tem muitas perguntas, mas as respostas não sou eu quem deve dar. Jake terá que respondê-las quando ele se recuperar. Eu acho que a melhor coisa para você fazer agora é voltar a trabalhar enquanto nós fazemos o que pudermos para ajudar Jake. Então, eu quero que você relaxe, esvazie sua mente de todas as preocupações, e simplesmente vá para seu estúdio e trabalhe.

Capítulo 9

Jake abriu seus olhos e viu a luz solar brilhando em torno das extremidades de suas cortinas. Ele olhou fixamente a luz e viu as sombras que causava no quarto, então empurrou seus cobertores de lado e se sentou, surpreso por ver que estava nu. Ele normalmente dormia nu em casa, mas ele trouxe a parte de baixo de seus pijamas para vestir aqui. Era sempre bom estar preparado caso uma emergência o atingisse no meio da noite... Bem, ter as jóias da família penduradas para fora não era bom em tempos como esses. Levantando-se, ele abriu a gaveta superior da cômoda e retirou uma camiseta e uma calça de pijama de algodão estampada em xadrex com preto, branco e cinza. Ele se vestiria corretamente depois que fizesse o café... e escovasse seus dentes. Deus, sua boca tinha gosto de esgoto. O que tinha acontecido? E que horas eram? Ele olhou ao redor para o relógio do despertador, franzindo as sobrancelhas quando ele viu que eram duas horas da tarde. O que...?


Jake ficou parado enquanto sua memória caía sobre ele como um barril de dez litros de água. O deixou tão atordoado como um banho súbito teria feito. No instante seguinte ele estava pulando em uma perna, puxando a calça do pijama por uma perna e depois outra. Uma vez que ele colocou a calça, Jake saiu porta a fora, vestindo sua camiseta à medida que saía. A porta do quarto de Nicole estava aberta, ele viu quando ele passou. A cama estava feita, o que significava que ela estava acordada. Ele procurou por ela na cozinha primeiro, e fez uma parada abrupta quando ele viu a estranha acomodada à mesa, com um iPad na mesa em frente a ele. A mulher tinha cabelos claros como Nicole, mas não tinha suas curvas generosas. Ela estava casualmente vestida com uma calça jeans surrada e um suéter de cobalto, e ela era uma imortal. Jake não soube como ele sabia disso, ele apenas sabia. Desde que foi transformado, ele sempre reconhecia um de sua espécie quando estava em sua presença. Era como uma consciência discreta que passava por ele, como se todos os seu nanos estivessem sentindo e saudando os dela. A loira ergueu os olhos. Olhando para ele, ela se reclinou de volta em sua cadeira para dar a ele uma conferida de cima a baixo. -Você está de pé - ela comentou, empurrando seu cabelo loiro longo e ondulado atrás de uma orelha. -Como você está sentindo? -Bem - Jake disse devagar, seu olhar estreitando em seus olhos. Eles eram de um prata claro esverdeado. Não era uma Argeneau ou uma Notte então. Os Argeneaus eram conhecidos por ter olhos prata azulados, e os Nottes por seus olhos escuros metálicos. -Quem é você? -Nina Viridis - ela anunciou, levantando-se. -Eu sou uma executora.


Jake assentiu com a cabeça, relaxando agora que ele sabia que ela era uma caçadora de renegados. -Então Nicole chamou Marguerite? Nina assentiu com a cabeça, e se debruçou para atrás, cruzando os braços acima de seu tórax. Ela não se levantou e se aproximou para cumprimentá-lo como ele esperava em primeiro lugar, mas desta forma ela não estaria em uma desvantagem. Como uma caçadora de renegados, seria sua segunda natureza se assegurar que ela nunca estaria em uma desvantagem, ele supôs. -Ela ligou para Marguerite, que ligou para Lucian, que nos mandou para cuidar das coisas até Marguerite e os outros pudessem chegar até aqui. -Marguerite está aqui? Ele perguntou, instintivamente olhando por cima de seu ombro como se esperando que a mulher viesse caminhando através da sala de estar descendo as escadas. -Ela estava - Nina disse, chamando sua atenção novamente. -E ela trouxe Julius, Decker, e sua esposa, Dani, e também Dante e Tomasso. Mas eles já foram. Todo mundo, exceto os gêmeos, partiu uma vez que você estava descansando tranquilo e obviamente em recuperação. -Dante e Tomasso estão ainda aqui? Ele perguntou franzindo as sobrancelhas.

Nina assentiu com a cabeça. -Eles ficaram para ajudar a cuidar da mortal.

Jake se mexeu desconfortável com essa notícia. Ele não viu ninguém da família Notte desde sua mudança para Ottawa e não tinha certeza se estava pronto para ver seus primos agora. -Eu estou certo de que com você aqui eu não preciso de Tomasso e Dante para...


-Minha equipe não vai ficar aqui - ela disse de uma vez. -Mark e Gill já foram. Tybo está indo depois de terminar de limpar a neve do passeio, e eu estava só esperando você acordar. Ela sorriu esquisitamente. -Marguerite sugeriu isto. Percebi que Dante e Tomasso não são a dupla mais faladora do planeta e ela quis ter certeza que alguém dissesse a você o que aconteceu. Jake suspirou com essa notícia. Parecia que ele teria que lidar com família agora, pronto ou não. Encolhendo os ombros para afastar a preocupação no momento, ele perguntou, -Então o que aconteceu? Era gripe de vampiro ou algo parecido? Porque entre a enxaqueca e vômito, eu tenho certeza que me senti como se estivesse gripado, mas eu pensei que nós não podíamos ficar doentes. -Nós não podemos - ela assegurou. -Não era gripe. A enxaqueca foi causada por um alguns repelentes untrasônicos de rato que Nicole comprou. Nós removemos eles e limpamos isso de sua memória. Vários vezes - ela adicionou secamente. -Ela continua se lembrando deles e perguntando onde eles estão, então um dos gêmeos ou eu mesma limpa sua memória... novamente. Nós achamos melhor não dar explicações sobre isso até que você pudesse conversar com ela. Jake meramente grunhiu com estas notícias e então perguntou, -de forma que era a causa da enxaqueca. E sobre vomitar sangue? -Veneno - Nina severamente disse.

A cabeça de Jake virou com essa notícia, e então ele imediatamente começou negar com a cabeça. -Eu estava fraco, vomitando e tinha febre. Era gripe.


-Você estava fraco pela falta de sangue, purgando o veneno graças ao nanos, e o que você pensou ser uma febre eram os nanos trabalhando duro para salvar você. Eles aquecem em seu sangue, então seu sangue aquece - ela disse simplesmente. -Era veneno, não gripe. -Mas eu não podia ter sido envenenado - ele discutiu. -Eu cozinhei a comida. Eu fiz as compras também, e eu substituí qualquer coisa na casa que tinha sido aberta naquela viagem de compras, por via das dúvidas caso veneno tivesse sido colocado em algo. Não existe nenhum modo... -Estava na banheira - ela interrompeu. -Dani pegou uma amostra e mando para análise em um laboratório aqui em Ottawa e existiam concentrações altas de um de veneno que pode ser absorvido pela pele, nicotina e dimethyl sulfato... Ela pausou e franziu as sobrancelhas. -Ou era sulfito? Ela negou com a cabeça. -Não, era outro nome. Sulfeto talvez? -Que seja. Estava envenenado - Jake severamente disse. Ele não se importou com as substâncias específicas. A banheira tinha sido envenenada. -Sim. Nina assentiu com a cabeça. -Aparentemente, Nicole teve sorte de colocar o roupão em você antes de ajudá-lo a vir para dentro. Dani acha que ela poderia se contaminar com veneno suficiente na pele apenas pelo contato, o que podria matá-la ou pelo menos deixá-la doente. Eu acho que a concentração era super alta. A boca de Jake apertou ante esta notícia quando ele claramente lembrou de Nicole o alcançando para ajudar enquanto ele ainda estava na banheira. Felizmente, ele se sentiu doente mal-humarado e acenou para que ela se afastasse, recusando sua ajuda. Se ela tocasse em seu braço nu então, ela teria sido envenenada apenas com aquele pequeno contato? Nina estava sugerindo que ela poderia. -Então vomitar era do veneno?


-Eram o nanos tirando o veneno de seu sistema, que é porque demorou tanto. Eu quero dizer que você mergulhou em uma sopa de veneno, meu amigo. Estava em sua pele, sangue, órgãos... bem, se conseguiu ir tão longe. O nanos provavelmente agiram assim que ele tocou em sua pele, mas nós humanos temos muita pele. Jake assentiu com a cabeça e suspirou. Ele não tinha nenhuma dúvida de que a sopa de veneno tinha sido preparada para Nicole, e apesar do quão desagradável isso tinha sido, ele estava contente de que ele tomou esse banho no lugar dela. Ele sobreviveu. Ela não teria. Levantando uma sobrancelha, ele perguntou, -Onde está Nicole? -No andar de baixo em seu estúdio, trabalhando. Dante e Tomasso estão com elaNina adicionou como se ele pudesse se preocupar com isso. -Por que? Ela deveria estar segura em seu estúdio - ele disse com um franzir de sobrancelhas. -Eu providenciei a instalação de um sistema de segurança e desde que ela mantanha seu porta corrediça trancada ela estará bem sozinha lá embaixo. -Sim, desde que ela deixasse a porta trancada. Mas mesmo que tenha nevado muito ontem à noite, e hoje esteja um dia ameno, ela ainda deixou a porta de seu estúdio aberta para deixar sair o cheiro de tinta - Nina secamente anunciou. -Ela não tem nenhuma idéia de que é um alvo de uma pessoa que a quer morta? -Não - Jake admitiu. -Ela está em negação. Ela acha que as coisas que tem acontecido são apenas acidentes. -Sim, bem, alguém precisa tirá-la da negação - Nina severamente disse. -Isso não foi nenhum acidente. Ela teria morrido se ela entrasse naquela banheira, e não teria sido agradável. Alguém está jogando pesado. Jake assentiu com a cabeça. -O que ela falou quando Marguerite disse a ela que a banheira estava envenenada?


-Marguerite não disse nada a ela - Nina disse com diversão. -Ela disse que não cabia a ela dizer. Jake franziu o cenho. -O que? Bem, como você explicaram o que aconteceu comigo?

-Nós não explicamos. Marguerite deslizou em sua pequena cabeça mortal, teve certeza de que ela sentisse que tudo estava bem, e que estava relaxada, depois a enviou de volta ao trabalho, e Dante e Tomasso têm estado com ela naquele lugar. Na verdade - Nina adicionou secamente - isso pode ter sido a melhor coisa que ela poderia ter feito. Aparentemente, Nicole pintou compulsivamente desde então. De fato, ela estava pintando até bem depois de amanhecer esta manhã, e então voltou direto para a pintura depois de pouco mais de quatro horas de sono. Eu percebi que ela terminou duas telas, é quase finalizou uma terceira e está a todo vapor para dois novos retratos. -Ela só teve quatro horas de sono? Jake perguntou, censurando aquela coisa que o aborreceu. -Ela trabalhou até tarde e então teve um compromisso esta manhã com algum sujeito velho de um dos retratos- Nina explicou. -Eu acho que ela faria os detalhes finais com o cliente posando e ele disse que estaria disponível esta manhã quando ela ligou para ele ontem à noite. Não levou muito tempo, mas depois ela quis continuar trabalhando. Nina encolheu os ombros. -Eu acho que ela dormirá quando estiver cansada. -Hmm. Jake girou em direção à porta, com intenção de descer e conversar com ela.

-Eu não iria se eu fosse você - Nina disse, parando ele.


-Você não iria o que? Ele perguntou, voltando.

-Ela está trabalhando bem no momento, provavelmente mais rápido do que ela jamais trabalhou. Eu suspeito que isso se deve a uma sugestão que Marguerite colocou em sua cabeça - Nina adicionou, e então assinalou, -Se dúvida nenhuma ela vai estremecer no minuto em que você disser a ela como coisas são. Por que você não deixa ela fazer o máximo que pode, enquanto ela pode? Coma, tome um banho, se barbeie, e leve isso com calma por um tempo. Os rapazes a trarão para cima para o jantar e então você pode trazer seu mundo abaixo. -Jantar - Jake murmurou. Depois de ontem, comer era a última coisa que ele estava interessado, mas ele tinha que cozinhar o jantar. -Marguerite providenciou para que as refeições fossem entregues pelo próximo par de dias - Nina informou a ele, girando para seu iPad e o fechando. -Ela pensou que você apreciaria o descanço. -Sim - Jake murmurou, relaxando. Depois do jantar era muito cedo para conversar com Nicole, principalmente porque ele temia que Nina estivesse certa e esta conversa iria trazer o mundo de Nicole abaixo. Ela era tão resistente a reconhecer que seu exmarido poderia desejar que seu real dano físico... que ela não iria aceitar isto muito bem. -Só um aviso - Nina disse, fechando a capa de seu iPad e o pegando para caminhar em direção a ele. -Você tem mais que o envenenamento da banheira para lidar. Você tentou mordê-la e mostrou suas presas enquanto estava fora de si - ela anunciou quando passou por ele para sair da cozinha. -Marguerite manipulou sua memória para impedí-la de entrar em pânico sobre isso, e Dante e Tomasso têm reforçado isso enquanto você estava dormindo. Mas não durará muito tempo uma vez que ela esteja em sua presença novamente. Você vai ter que dizer tudo a ela tudo.


-O que? Jake perguntou fracamente, girando olhar fixamente para a mulher.

-Você pode lidar com isso - Nina quietamente disse, parando para pegar uma jaqueta de couro marrom que estava no sofá. Ela pegou a jaqueta, trocando seu iPad de uma mão para outra para fazer isso, e então jogou seu cabelo sobre os ombros e foi em direção aos degraus com um solene, -Boa sorte. Jake olhou fixamente para a direção onde Nina foi, querendo chamá-la de volta. Ele quis pedir a ela para falar por ele. Ou dizer a ele o que falar. Isto não era uma conversa para qual ele estava pronto. Ele só soube recentemente que Nicole era sua companheira de vida, e ele ainda não tinha aceitado e lidado com isso. Como ele poderia esperar que ela não só aceitasse que poderia ser uma companheira perfeita para ele, mas também que existiam coisas como vampiros e ele era um deles? Sim, isto definitivamente era uma conversa que podia esperar até depois do jantar. Daria a ele algum tempo para compreender o que diabos ele iria dizer.

-Isto está bom. Parece com Christian e Carolyn. Eles parecem vivos, como se eles pudessem caminhar diretamente da tela e para a sala. Nicole sorriu com aquele elogio de Tomasso quando ela mudou do retrato do filho de Marguerite e sua futura nora para a próxima pintura e começou a trabalhar nela. Era o elogio perfeito e exatamente o que ela estava tentando alcançar. Ela amava quando seu trabalho ía bem, e isso estava definitivamente indo bem. Ela estava entusiasmada. Nos últimos dois dias, desde que Jake ficou doente, ela esteve a todo vapor e trabalhando mais do que ela normalmente trabalhava em uma semana. Isso


era excitante para ela, melhor que drogas. Ela estava animada.

-Sim - Dante concordou. -Mas por que você trabalha em mais de uma pintura ao mesmo tempo? -Torna isso interessante - Nicole disse com um encolher os ombros quando ela tocou com a cor de pele no retrato do político local. Ela estava tentando conseguir apenas a sombra certa para emular uma cor áspera, um pouco de vida no rosto do homem. -Hmmm - Dante murmurou.

Nicole sorriu um pouco, e agitou sua cabeça. -Vocês dois devem estar muito entediados. Eu não sei porque vocês não vão fazer algo mais interessante do que me assistir pintar.” Franzindo o cenho agora, ela adicionou, -Aliás, o que vocês estão fazendo aqui de qualquer maneira? -Nós somos primos de Jake. Nós estamos fazendo uma visita - Dante disse.

-Jake disse que ele foi embora de sua família - Nicole disse a eles.

-Sim - Tomasso disse. -Algumas pessoas não lidam com coisas tão bem, e algumas pessoas precisam de tempo para lidar com coisas. Stephano precisou de tempo. -Stephano - ela murmurou e agitou sua cabeça quando ela mudou para a próxima pintura. -Eu sei que este é seu primeiro nome, mas é ainda estranho ouvir ele ser chamado assim. Eu o conheço como Jake. -Jake é um bom nome - Dante comentou.

-Sim. Nicole sorriu. Ela gostava do nome. Ela achava que gostava de Jake também.


Ele parecia ser um bom sujeito. Ele era certamente agradava aos olhos. Não que ela estivesse olhando muito para ele ou algo parecido, mas ele era bonito... e um bom cozinheiro, e cheio de idéias. Como no caso da bandeija de frutas e queijo. Isso tinha sido uma surpresa agradável e ela não pensava que era realmente parte do trabalho de um cozinheiro fornecer lanches. Ou era? Ela não tinha nenhuma idéia. Ela nunca teve um antes, e ele não se ajustava exatamente ao que ela teria imaginado de um cozinheiro/caseiro. A única empregada que ela conheceu foi sua tia Maria, uma mulher doçe, um tipo de avó que andava ao redor usando vestidos pretos e sapatos ortopédicos. Jake não parecia nada com sua tia, Nicole pensou, lembrando dele sentando na extremidade da banheira, totalmente nu. Com um estômago plano, e braços e pernas musculosos, o homem era bem constituído. Ele podia ser um astro, ou um modelo. Nicole franziu o cenho quando ela lembrou do sangue manchando seu rosto e tórax. O homem tinha vomitado sangue. Isso a assustou muito. Ele estava melhor agora, entretanto, alguma parte de sua mente a lembrou. Ele estava aparentemente dormindo e se recuperando. Tudo ficaria bem. Aquelas palavras familiares a acalmaram. Tudo ficaria bem, mas seu estômago continuava doendo. -Eu estou com fome - Dante anunciou em seu grunhido fundo.

-Eu também - Tomasso concordou.

Nicole sorriu ao ouvir iss. -Você dois estão sempre famintos.

-Sim, mas eu estou realmente faminto. E já passa das seis.


Nicole se endireitou do retrato e olhou ao redor para o relógio com surpresa. Realmente já passava das seis... e isso era sem dúvida a razão para seu estômago continuar doendo. Estalando a língua, ela rapidamente juntou seus pincéis para lavar e foi até a pia, dizendo, -Eu estou surpresa de Nina não ter vindo e nos chamado para o jantar como ela fez no almoço. -Nina foi embora - Tomasso disse. -O que? Nicole olhou ao redor com assombro ao ouvir isso. A mulher tinha permanecido de guarda sobre Jake como um sargento alemão desde que chegou. Ela nem permitiu que Nicole desse uma olhada em seu quarto apenas para ver por si mesma que Jake estava vivo e bem. -Então quem estar vigiando Jake? -Pinocchio não precisa ser vigiado. Ele não está mais doente - Dante informou a ela. -Sim, ele está caminhando e conversando como um menino de verdade agora Tomasso secamente adicionou. Nicole franziu o cenho. Eles o tinham chamado de Pinocchio desde que ela encontrou com eles. Ela não entendia a razão disso e eles se recusaram a explicar. -Bem, ele não devia ficar sozinho - ela murmurou, trabalhando um pouco mais rapidamente para limpar as escovas. -O homem estava a beira da morte ontem mesmo. Ela pausou e franziu as sobrancelhas. -Ou foi antes de ontem? -Antes de ontem - Dante confirmou. Ela franziu o cenho. -Certo, então ele estava abeira da morte antes de ontem e agora está lá em cima e andando sozinho? Ela agitou sua cabeça. -E se ele desmaiar ou apenas cair e bater a cabeça? -Está tudo bem, ele não pode se machucar com nada - Tomasso assegurou a ela.


-Claro que ele pode - ela estalou. -As pessoas são conhecidas por morrer de ferimentos na cabeça. -As pessoas realmente morrem - Dante concordou. -Mas não Pinocchio. Sua cabeça é dura como madeira. Nicole agitou sua cabeça e colocou os pincéis para secar, então tirou o avental branco que ela usava para proteger sua roupas e se dirigiu à porta. Os dois homens estavam logo atrás dela quando Nicole saiu do estúdio e passou pelo corredor. A porta da sala de estar estava aberta e ela se apressou através dela, virando à esquerda e se chocando com corpo muito alto e duro. -Jake - ela ofegou, agarrando-se a sua camisa para não cair. Sua proximidade e posição causaram um flash em sua mente, dele sobre ela e dela lutando com ele, que ela não lembrava ou entendia. Mas mesmo com aquele flash deslizando por sua cabeça, ela ofegou com surpresa quando um dos gêmeos colidiu com ela por trás, jogando-a contra o peito de Jake. -Descu... - Dante terminou a desculpa em um grunhido quando Tomasso se chocou com ele, jogando-o contra ela um pouco mais forte. Quando Nicole inclinou sua cabeça para cima e para trás para olhar o homem atrás dela, ele sorriu sem jeito e murmurou, -Choo choo. Nicole deu um risada ofegante com o som de trem e então saiu de entre os dois homens, deixando-os a polegadas um do outro. Ela porém não deu muita atenção, estava ocupada tentando separar o que acabou de acontecer e o que eram aquelas memórias em sua cabeça. O que realmente aconteceu? Seriam fragmentos de um sonho?


São fragmentos de um sonho. Tudo está bem. Relaxe. Os pensamentos flutuaram por sua cabeça e ela relaxou. -Eu estava indo para ir buscar você para o jantar - Jake disse, se afastando de Dante.

-E nós estávamos só vindo jantar - Nicole disse, examinando ele agora que aqueles flashs não tinam mais sua atenção. Sua cor havia voltado e ele parecia bem. Melhor que bem. Ele tinha mais cor agora do que quando ela o encontrou. Ele quase brilhava com boa saúde, e certamente não estava sofrendo nem um pouco de fraqueza, ou com certeza teria caído quando ela se chocou com ele. Ao invés disso, ele estava forte e a segurou nos braços para não deixá-la cair. Mesmo assim, ele esteve seriamente doente, e ela não pôde resistir e perguntou, -Como você está se sentindo? -Bem. Seu olhe deslizou para os gêmeos e voltou, então ele abruptamente girou. Vamos antes que o jantar esfrie. Nicole olhou para os gêmeos, notando seus rostos duros, inexpressivos. Parecia que existia sentimentos ruins entre os três homens, o que era uma vergonha em sua opinião. Ela e sua próprio prima, Pierina, eram tão próximas como irmãs. Mas Nicole não sabia que a situação havia entre Jake e seus primos. Ela sabia que eles eram primos através de seu padrasto, mas se eles crescessem juntos... Qualquer que seja o caso, sua relação definitivamente não era boa neste momento, ela pensou enquanto seguia Jake para as escadas. -Eu coloquei a mesa na cozinha em vez da sala de jantar. Eu espero que esteja tudo bem - Jake comentou quando ele cruzou a sala de jantar em direção à cozinha. -Claro - Nicole murmurou. A sala de jantar era a metade esquerda metade do grande


loft que estava escada acima. Não existia nenhuma parede separando os ambiente e a área inteira era atapetada na cor creme. A casa obviamente não tinha sido construída para crianças, ela pensou quando olhou para a grande mesa de jantar em carvalho escuro com dez cadeiras. Ela nunca tinha usado o espaço para um jantar formal. Seria útil para eventos familiares grandes, mas ela não tinha nada assim até agora. Talvez ela devesse considerar treunir a família no Natal, ela pensou agora. -Você gostaria de vinho, água, café... ?

Nicole voltou sua atenção para Jake ante aquela pergunta quando ele os levou até a cozinha. -Vinho parece bom. Ela trabalhou duro e uma taça de vinho soava relaxante, algo que ela suspeitou que precisaria, considerando a tensão que pairava no ar ao redor ela. Caramba, existiam definitivamente sentimentos ruins entre o trio de homens em cuja companhia ela se achava. Dante e Tomasso obviamente se ressentiram de Jake por ir embora da família. Eles também obviamente queriam que ele voltasse, ou eles não estariam aqui. A pergunta era se Jake estaria disposto a voltar para sua família. -O jantar é algum tipo de galinha, então é vinho branco, certo? Jake perguntou, puxando uma garrafa de vinho branco da geladeira. Ele ou outra pessoa obviamente havia posto isto para gelar. Nicole não bebia muito e só punha vinho branco na geladeira quando estava esperando companhia. Rodolfo quis comprar um refrigerador de vinho, mas eles não conseguiu comprar antes deles se separarem. -Parece bom - ela murmurou, movendo-se para a mesa e hesitando antes de se sentar na cadeira da cabeceira da mesa em frente a janela. Isso significava que os três homens teriam que usar as cadeiras dos lados e a da outra ponta da mesa. Eles teriam que negociar um com o outro. Ela não ficou surpresa quando Dante e Tomasso sentaram cada um de um lado, a cadeira na outra ponta da mesa para Jake. Ele agora estava com um homem de cada lado dele. Não existia nenhum modo de ignorar a


presença deles.

O olhar de Nicole se deslocou para a mesa enquanto ela se acomodava em sua cadeira. Além dos quatro lugares preparados haviam vários pratos cobertos na mesa, e mesmo antes dela tomar conhecimento deles, Dante e Tomasso começaram a erguer as tampas e olhar embaixo. Os cheiros que saíam deles eram surpreendentes e ela sentiu seu estômago reclamar com interesse. -É frango com molho cremoso de mostarda, batata palha, aspargo com manteiga e limão, e uma salada leve de oxicoco - Jake leia um pedaço de papel preso à porta da geladeira por um imã quando ele abriu o vinho na frente da porta. -Você não cozinhou, não é? Ela perguntou franzindo as sobrancelhas.

-Eu não. Marguerite aparentemente providenciou entregas de refeições para alguns dias - Jake quietamente disse. -Eu apenas aqueci. -Bom - Nicole disse relaxando. Ela não se importava o quão melhor ele parecesse, ou o fato de que Dante e Tomasso alegassem que ele tinha voltado ao normal. O homem quase morreu. Ela não queria ele fazendo qualquer coisa por um dia ou até que ele se recuperasse... o que ela achou irônico. Ela estava pagando o homem para trabalhar, ele trabalhou um dia e então ficou doente e gastou mais dois dias. Agora ela não queria ele trabalhando por mais alguns dias. Vai entender. -Deve ser do mesmo lugar dos últimos dois jantares - Dante disse com um suspiro feliz enquanto ele inspecionava o frango. Tomasso movimentou a cabeça concordando. -Cheira tão bem quanto aquelas comidas cheiravam.


-Dois jantares? Jake perguntou franzindo o cenho quando ele ofereceu uma taça de vinho de Nicole. -Você quer dizer um. -Dois - Tomasso disse.

-Dois - Dante ecoou.

Quando Jake olhou para ela com um olhar interrogativo, ela assentiu com a cabeça. Dois. Você começou a vomitar sexta-feira à noite, ficou inconsciente o dia todo no sábado e no domingo. Hoje é segunda-feira. -Oh - ele disse fracamente e se dirigiu a sua cadeira. Quando ele se sentou, ele murmurou, -Desculpe. -Não há nada para se desculpar. Você não poderia ajudar com isso se estivesse doente - Nicole disse firmemente e franziu o cenho quando flagrou a troca de olhares dos gêmeos. Jake tinha um expressão engraçada em seu rosto também, ela notou, mas simplesmente agarrou seu vinho. Ela parou com a taça a meio caminho de seus lábios, quando ela notou que ela era a única com vinho. Olhando de um por um, ela perguntou, -Ninguém mais quer vinho? Todos os três homens negaram com suas cabeças ao mesmo tempo. Nicole olhou fixamente para eles, mas eles estavam todos ocupados removendo as tampas da comida e começando a se servirem, então ela tomou um gole e colocou o copo na mesa, de repente tímida sobre isso. A comida estava tão surpreendente quanto cheirava e Nicole fez uma nota mental para ligar para Marguerite e perguntar a qual restaurante ela encomendou a comida. Seria um número que ela manteria bem ao lado do telefone no futuro.


O jantar foi basicamente um evento silencioso. Nicole fez vários esforços para tentar começar uma conversa, mas nenhum dos homens estava colaborando. Eles não estavam nem olhando para um para o outro. Bem, Dante e Tomasso trocaram olhares entre eles que ela tinha certeza que eram conversas inteiras, mas nenhum gêmeo estava olhando para Jake e Jake estava olhando fixamente para seu prato, examinando toda a comida. A atmosfera foi suficiente para desistimilar Nicole de sua comida, e ela ficou aliviada quando terminou de comer. -Acho melhor eu voltar a trabalhar - ela murmurou, pegando seu prato e começando a levantar. -Na verdade, eu preciso conversar com você - Jake quietamente disse.

-Oh. Nicole começou a se sentar de novo, entretanto mudou de idéia e acabou de levantar. Ela levou seu prato até a pia para enxaguar antes de colocá-lo na máquina de lavar prato e então voltou para sua cadeira. Um momento depois Dante e Tomasso fizeram o mesmo, levando seus pratos para enxaguar e depois colocando na máquina de lavar prato. -Você gostaria de um café? Jake perguntou quando ele se levantou com seu próprio prato. -Claro. Eu vou pegar - Nicole disse, começando a levantar.

-Nós pegaremos - Dante anunciou, pegando a cafeteira quando Tomasso pegou quatro xícaras do armário. -Oh, obrigado - Nicole disse, sentando de volta em sua cadeira, mas ela não estava acostumada a ser servida à mesa e achou isto um pouco desconfortável.


-Obrigado - Jake murmurou quando ele se moveu para enxaguar seu prato e seus talheres. Quando ele terminou, Dante e Tomasso estavam levando os cafés de volta para a mesa. -Obrigada - Nicole repetiu quando Dante ofereceu uma xícara a ela. Ela então pegou o leite e serviu um pouco, passando depois para Dante quando ela pegou o açúcar. Eles ficaram em silêncio enquanto os gêmeos serviam seus próprios cafés. Eles estavam tomando suas bebidas quentes quando Jake retornou à mesa. Ele se sentou, serviu seu próprio café e então franziu o cenho de Dante até Tomasso. -Pessoal, eu preciso conversar com Nicole - ele disse finalmente.

Dante e Tomasso negaram com a cabeça caladamente e reclinaram relaxadamente em suas cadeiras. Por alguma razão sua atitude fez Nicole querer sorrir e ela teve que se conter, especialmente porque Jake pareceu frustrado com a atitude deles. -Vocês podiam nos dar um pouco de espaço? Ele perguntou finalmente.

-Não - Dante abruptamente disse.

-Nós estamos aqui para ajudar - Tomasso adicionou.

Nicole mordeu seu lábio. Ela podia ver que Jake estava ficando aborrecido, e quando ele abriu sua boca para dizer outra coisa, ela rapidamente disse, -Está tudo bem se eles ficarem, Jake. Ele franziu as sobrancelhas ante o comentário dela, o que deixou Nicole confusa. Ele era seu cozinheiro/caseiro. Isso era tudo. Não era como se ele tivesse qualquer coisa


privada para falar. Pelo menos ela pensou que ele não tinha. Por outro lado, ela não tinha nenhuma idéia do que ele queria falar. Talvez ele não quisesse terminar o período de experiência de duas semanas, talvez ele já tivesse formado sua idéia e não queria mais trabalhar para ela. Talvez esta crise de saúde recente estivesse fazendo ele querer fugir novamente. -Como Tomasso disse, nós estamos aqui ajudar - Dante solenemente disse. Marguerite pensou que você poderia precisar disto. Nicole sentiu suas sobrancelhas subirem com esta informação. No que eles deveriam ajudar? E por que Marguerite pensaria que sua ajuda seria necessária? Era como se existisse algo que todo mundo soubesse... exceto ela... e isso estava começando a deixá-la ansiosa. Girando para Jake, ela disse, -Apenas me diga o que quer que seja que você precisa falar. Tenho certeza que tudo ficará bem.

Capítulo 10

Jake deixou sua respiração sair em um suspiro e se reclinou em sua cadeira. Parecia que ele teria que fazer isso com Dante e Tomasso ali. Ele não tinha levado isso em conta quando pensou em como abordar o assunto. Agora ele não sabia como diabos ele diria a Nicole tudo que ele tinha poara falar. -Jake? Nicole cutucou quando o silêncio permaneceu.

Ele forçou um sorriso para ela e sentou-se. Ele só teria que seguir como planejado de qualquer maneira, ele decidiu. Descansando seus cotovelos na mesa, ele apertou suas


pontas do dedo juntas e tentou juntar seus pensamentos. Ele ensaiou uma boa introdução mais cedo, mas parecia não lenbrar nada agora. Desistindo dessa abordagem depois de um momento, ele abaixou suas mãos e viu que apenas Nicole, mas Dante e Tomasso também, estavam atentos em expectativa. Obviamente estava na hora de enfrentar ou desistir, ele decidiu, e então apenas falou. -Você é minha companheira de vida. Jake ouviu as palavras que deixaram sua boca, mas não estava certo de como tinha acontecido. Ele quis trabalhar melhor essa parte. Ele tinha a intenção de começar com o fato de que sua banheira tinha sido envenenada. Que ele teria morrido se fosse mortal, mas ele não era. Então trabalhar o fato que ele era um imortal e explicar o que isso significava, e o que ele como um imortal podia fazer, e finalmente terminar tudo dizendo, “eu não posso ler ou controlar você” e “isso sugere que você seja uma companheira de vida para mim”. Tudo levando a um final onde ela, ou se lançaria em seus braços e diria, “Oh, Jake, isto é maravilhoso! Leve-me como sua companheira de vida agora”, que era o que ele tinha fantasiado e esperado... ou agarraria uma cruz e uma estaca, não necessariamente nessa ordem, e o expulsaria de sua casa. -O que?

Jake olhou para Nicole e viu que ela estava olhando fixamente para ele com completa e absoluta incompreensão. Jake abriu sua boca, fechou, e então olhou para seus primos, murmurando, -Um pouco daquela ajuda viria a calhar agora. -Oh, não, Pinocchio - Dante disse com uma risada. -Você está por sua própria conta aqui. Jake fez uma careta para o homem e questionou, -Eu pensei que você disse que estava aqui para ajudar?


-Não se você vai conduzir isso assim - Tomasso disse com diversão.

Amaldiçoando baixo, Jake olhou atrás para Nicole, e forçou outro sorriso. -Eu sinto muito. Esqueça que eu disse isso. Isso foi um engano. O que eu quis dizer foi que... Nicole, eu não estava doente. Eu fui envenenado.

Nicole piscou várias vezes e agitou sua cabeça com confusão. -O que?

Certo, ela não aceitou isso melhor que o assunto da companheira de vida, e ele não estava surpreso. Nina disse que Marguerite alterou as memórias de Nicole e que Dante e Tomasso estavam reforçando essas alterações de forma que ela relaxasse e pudesse trabalhar. Ele sabia o que isso significava. Marguerite provavelmente apagou a maior parte das lembranças dela da noite em que ele começou a vomitar sangue na banheira. Jake estava tentando compreender como lidar com aquilo quando Dante começou com um pouco da ajuda que ele prometeu e disse, -Nicole, pense na noite em que Jake ficou doente. Você estava no estúdio, ouviu ele vomitando, saiu para verificar, e... Nicole reclinou abruptamente como se Dante tivesse batido nela fisicamente com as memórias, e Jake não duvidava que ela tivesse sentido dessa forma. Dante a conduziu até a memória e então finalmente deixou ela lembrar o que tinha acontecido. Ele olhou com preocupação quando ela empalideceu e então corou e empalideceu novamente. -Presas - Nicole respirou, seus pensamentos obviamente se interiorizando quando ela lembrou daquela noite.


Jake estremeceu, a culpa o oprimindo quando ele teve seu próprio flash de memória sobre tentar mordê-la. -Você tentou me morder - ela recordou com horror.

-Eu sinto muito - Jake disse, quase se afogando na culpa agora. Ele nunca mordeu ninguém nos sete anos desde que foi transformado, mas ele estava descontrolado com a perda de sangue e a sede de sangue, e ela cheirava tão bem. O odor e som da vida fluido por suas veias o tentaram além de razão. -Eu nunca machucaria você. Eu juro.

-Mas você tentou - ela assinalou. -Você tentou me morder.

Jake fez uma careta. Não havia como contornar isso.

-Patético - Tomasso disse, agitando sua cabeça tristemente, e Jake olhou para ele com confusão. -O que? Ele perguntou.

-Você parece não lidar bem com situações sentimentais, Pinocchio - Dante disse para seu irmão. “Você é um tanto quanto patético. Jake franziu o cenho com frustração. -Bem, se você é tão malditamente esperto, por que você não me diz como eu deveria lidar com isso? Dante permutou um olhar com Tomasso, e então se voltou para Nicole. -Você confia em Marguerite? -Sim. Ela disse a palavra lentamente.


-Você acha que ela colocaria você em uma situação perigosa, ou colocaria pessoas perigosas em sua casa? Tomasso perguntou. -Não, claro que não - Nicole disse com mais certeza. -Marguerite sempre foi amável e apoiou a mim e minha família. Ela é como se fosse da família. -Então você sabe que está segura com nós três - Dante disse simplesmente e então adicionou, -Não importa o quão Jake pareça louco, você está segura com ele. Nicole deixou sua respiração sair em um suspiro lento e relaxou um pouco em sua cadeira com um aceno com a cabeça. -Sim. Eu acredito que deva estar. Dante assentiu com a cabeça, e então a advertiu, -Você vai lembrar e aprender algumas coisas agora que vão te assustar. -Algumas vão parecer loucura - Tomasso adicionou.

-Mas você precisa apenas escutar, ficar tranquila e lembrar que você está segura.

Jake olhou fixamente de um gêmeo até o outro. Isto foi mais do que ele ouviu a dupla falar desde que os conhecia, e ele os conhecia desde que tinham quatro anos de idade. Roberto Conti Notte tinha negócios na Itália e depois que ele casou com a mãe de Jake, a família passava os verões, Natal, e a maioria dos feriados da escola na Itália. Dante e Tomasso vieram frequentemente vinham com Christian para fazer uma visita e Jake via os três como heróis de infância. Ele queria crescer e ser como eles... pelo menos até que ele completou dezoito anos e “a família” decidiu que ele era velho suficiente para saber a verdade sobre eles... que eles eram diferentes. Que ele era diferente deles... e podia nunca ser como eles, não sem se tornar algo que ele sempre pensou ser do mal e ruim.


Jake cresceu com filmes de vampiro, e neles os vampiros eram sempre os caras maus. Descobrir sobre “a família” tinha sido como acordar no meio de um filme de terror. Tinha sido até pior descobrir que sua mãe tinha sido transformada e que seu pequeno irmão, que ele adorava desde o nascimento, nasceu com um deles. Mas a parte imperdoável foi saber que todos eles, inclusive seu pequeno irmão, usavam suas habilidades para controlá-lo e o impedir de perceber o que eles eram antes dele ser velho suficiente para decidir se desejava se juntar a eles. Jake evitou o resto da família depois disso, mas ele não podia fazer o mesmo com seu pequeno irmão. Não era culpa de Neil ter nascido como ele era, então a interação de Jake com a família tinha sido basicamente limitada a seu irmão e sua mãe. Ele evitou o resto deles tanto quanto pôde, mas era quase impossível evitar um Notte que não queria ser evitado... a menos que você fosse embora e desaparecesse, o que ele não fez até que foi transformado e se tornou um dos caras maus. -Lá vai você de novo - Dante disse e Jake o olhou inexpressivamente.

-O que?

Dante e Tomasso permutaram um olhar, agitaram suas cabeças em uníssono e então Tomasso disse, -Nicole está disposta a escutar. Diga a ela. -Diga a ela o que? Ele perguntou com alarme. Ele tinha a esperança que os dois fariam aquilo para ele. Certamente pareceu que eles iriam fazer. -Nós estamos aqui para ajudar, não fazer isso para você - Dante secamente disse.

-Além disso, talvez ao explicar, você entenderá melhor - Tomasso quietamente disse.


Jake olhou o homem caladamente por um momento e então olhou para Nicole. Ela estava olhando para os três com incerteza, preparada para escutar, mas obviamente não certa se gostaria do que estava por vir. O problema era, ele também não estava certo. Com um suspiro infeliz, ele disse, -Eu... você viu... isso... Ele voltou-se para Dante impotente e o homem estalou com exasperação e girou para Nicole e disse, -Nós somos vampiros. -Nós não somos! Jake negou de uma vez, sorrindo tranquilizador para Nicole.

-Sim, nós somos - Tomasso retrucou.

Jake franziu o cenho para ele e então assegurou a Nicole, -Nós não somos. Nós somos imortais. Os vampiros são amaldiçoados, pessoas mortas sem alma. Nós não somos amaldiçoados, sem alma, ou mortos. Na verdade, eu fui tranformado sete anos atrás para salvar minha vida. -Sim, mas nós ainda somos sanguessugas mordedores de pescoço - Dante disse a Nicole. -E é isso que todo mundo acha quando pensam em vampiros então você pode apenas nos chamar de vampiros também. -Nós não somos sanguessugas mordedores de pescoço! Jake estalou, olhando Nicole com alarme, com medo de que eles iriam assustá-la. Sorrindo tranquilizadoramente, ele disse, -Eu nunca, nunca mordi ninguém. E esses caras só fizeram isso antes dos bancos de sangue, porque eles tinham que fazer, para sobreviver. Nós consumimos sangue ensacado de bancos de sangue, como transfusões, como hemofílicos fazem. Eu nunca já mordi ninguém - ele repetiu. -Você tentou morder ela - Tomasso lembrou a ele.


-Como um monstro do livro de Stoker - Dante adicionou.

Jake girou sua cabeça para o homem e quase rosnou com frustração. -Eu estava doente, em agonia e descontrolado com perda de sangue. Eu não sou um monstro. -Nem nós somos - Dante quietamente disse.

Jake se reclinou como se tivesse sido esbofeteado. Desde que descobriu o que sua mãe se tornou e o que a família de Notte era, Jake pensou neles como monstros. O tipo que agia amigavelmente e atraia você com doces e biscoitos como se você fosse João e Maria. Uma vez que eles levavam você para sua pequena cabana no bosque, em vez de assumirem ser uma bruxa, eles exibiam suas presas e o levavam em um abraço escuro para poder chupar seu sangue. Ele teve medo deles, Jake reconheceu. Ele viu todos aqueles filmes de terror quando era um menino, rotulou estas pessoas que ele conheceu durante toda sua vida como vampiros, e teve medo deles. E então, uma vez que ele foi transformado, ele teve medo de que agora que era um deles, ele também era um monstro. Mas mesmo tentando morder Nicole na noite em que ele estava doente, e totalmente descontrolado, ele se sentiu culpado como inferno desde que acordou com a lembrança. Os monstros não sentiam culpa. Ser transformado não mudou quem ele era, Jake percebeu. Ele ainda era o mesmo homem do lado de dentro, com os mesmos valores e convicções. Ele era apenas mais saudável, parecia mais jovem, era muito mais forte, e provavelmente teria uma vida muito mais longa. Jake olhou de Dante até Tomasso. Estes dois homens tinham sido apenas bondosos com ele desde que ele se encontrou com eles pela primeira vez quando era menino. Mesmo quando ele descobriu o que eles e todo os outros eram, eles continuaram


bondosos, respondendo a sua tentativa de evitá-los e tirá-los de sua vida com paciência e generosidade. Eles apenas esperavam que ele superasse seus medos e percebesse que transportar nanos fazia deles imortais e não fazia ele, ou eles, menos humanos. Que ele ainda era um garoto de verdade. -Eu sinto muito - ele disse solenemente e era tudo que ele tinha para dizer. Dante e Tomasso estavam sentados quietos e com expectativa, esperando que a compreensão que eles esperavam viesse, mas sem dúvida temendo uma decepção. Agora dois relaxaram em suas cadeiras e sorriram. -Sem problema - Tomasso disse.

-Você um longo tempo para chegar a essa conclusão - Dante secamente disse. -Mas você sempre foi um cabeça dura, garoto. Jake não deixou passar despercebido que o irritante “Pinocchio” pelo qual era chamado desde que foi transformado voltou para “garoto” que era como eles o chamavam antes disso. E ele gostou disso, o que era um tanto estranho já que ele odiava ser chamado assim antes disso. Ele tinha cinquenta anos quando foi transformado, e ter cinquenta e um anos e ser chamado de “garoto” por dois sujeitos que aparentavam vinte e cinco, o deixava irritado. Agora ele encarou o apelido como um sinal que ele foi perdoado por ser um idiota... e ele estava agradecido por isso. -Eu... - Jake começou, tentando dizer a eles quanto ele apreciava isso, mas Tomasso o interrompeu. -Não vá ficar todo sentimental com a gente, garoto. Você foi perdoado. Você é da família. Já foi dito o suficiente.


-Além disso, existem outros assuntos agora - Dante adicionou, movimentando sua cabeça em direção a Nicole. Jake olhou para ela depressa, notando que ela estava encarando eles com apreensão. Mas pelo menos ela não estava correndo. Sua confiança em Marguerite a estava mantendo lá, disposta a escutá-los. Aquilo ou Dante ou Tomasso, ou ambos, a estavam mantendo lá. Engolindo em seco, Jake sorriu tranquilizadoramente. -Certo, eu acho que você gostaria de saber sobre este negócio de vampiro primeiro, não é? Nicole silenciosamente assentiu com a cabeça.

Jake assentiu com a cabeça também e brevemente pensou em como fazer isso. No fim ele decidiu que era melhor ir direto ao assunto. -Certo, então é o seguinte, apesar de nós termos algumas coisas em comum com os vampiros, nós não somos vampiros - ele quietamente a assegurou. -Nós somos humanos que foram infundidos com a bioengenharia dos nanos programados para consertar ferimentos e lutar contra enfermidade e infecções. O nanos são como células brancas robóticas super alimentadas com sangue. -Nanos que curam ferimentos e lutam contra enfermidades - Nicole disse devagar, relaxando um pouco. Foi só então que ele percebeu que enquanto sua confiança em Marguerite a deixou disposta a escutar, ela ainda estava muito ansiosa sobre tudo isso. -Exatamente - Jake disse com um aceno com a cabeça e então adicionou, -Nanos cientificamente projetados, e eles são ótimos. Ele pausou brevemente para dirigir um sorriso de desculpas para Dante e Tomasso, silenciosamente reconhecendo que ele mudou de tom e essa foi a primeira vez que ele disse qualquer coisa boa sobre os


nanos que atualmente viajavam por seu sangue. Ele então olhou para Nicole e adicionou, -Eles salvaram minha vida duas vezes. Eles são bons. Mas mesmo existindo muitos benefícios com os nanos, eles usam mais sangue para executar seu trabalho que qualquer corpo humano pode produzir, então nós temos que conseguir sangue extra de uma fonte externa. Nossa espécie evoluiu e ganhou presas, e já teve que morder pessoas para conseguir o sangue que eles precisaram. Mas agora que existem bancos de sangue, nós temos leis que não permitem que mordamos pescoços e chupemos sangue, como Dante disse. Nós usamos sangue embalado de bancos de sangue para obter o sangue que nós precisamos. -Sua espécie mordia pessoas antes dos banco de sangue? Nicole perguntou franzindo o cenho. -Há quanto tempo atrás estes nanos foram desenvolvidos? -Bastante tempo - ele admitiu com um gesto. -Eles foram desenvolvidos em Atlântida antes da queda. Atlântida era bastante isolada do resto do mundo devido a sua geografia e avançou social e tecnologicamente muito mais rápido do que o resto do mundo. -Devia ser bem avançada se estava criando nanos enquanto o resto do mundo estava sentando ao redor de fogueiras com lanças - Nicole secamente disse. -Sim - Jake quietamente concordou. -E aquele mundo com fogo e lanças foi o mundo que os habitantes de Atlântida com nanos acharam depois que sua pátria caiu. Eles recebiam transfusões de sangue para conseguir o sangue extra em Atlântida, mas de repente não tinham nenhum acesso a tais coisas. Eles poderiam ter morrido, mas o nanos tinha sido programados para assegurar sobrevivência de seus anfitriões, então o nanos forçaram uma evolução em seus portadores: as presas, visão noturna melhorada, até leitura e controle da mente - ele listou no final. -Tudo que ajudasse a conseguir o sangue que eles precisaram para sobreviver.


-Entendo - Nicole murmurou.

Jake hesitou, ela parecia estar lidando bem com isso até agora, mas isso era muito para aceitar. Decidido a esperar pelo melhor, ele saltou para o presente. Ele podia explicar o resto de suas habilidades especiais mais tarde. -Aqueles nanos são a única razão pela qual sobrevivi a meu mergulho na banheira envenenada na outro noite. -Você tem certeza que estava envenenada? Nicole perguntou franzindo o cenho.

-Sim. Dani... Ele hesitou e então perguntou, -Você lembra de Marguerite aparecer aqui com Julius e Dani e as outras pessoas? Jake perguntou, inseguro de quanto Marguerite removeu de sua memória e quanto ela lembrava. -Sim. Marguerite, Julius, Dante, Tomasso, sobrinho de Marguerite Decker, assim como também sua esposa, Dani, estavam aqui - ela disse e então sua expressão se tornou problemática. -Eu acho que me lembro deles conversando sobre a banheira... e que poderia estar envenenada. -Sim - Jake disse, aliviado de que ela estava lembrando. Ele não teve nenhuma dúvida de que Marguerite ocultou aquelas memórias para manter Nicole calma até que ele pudesse conversar com ela, mas elas estavam voltando agora que Dante e Tomasso não estavam reforçando o trabalho de Marguerite. -Dani pegou uma amostra para análise - ele disse a ela. -E a água na banheira tinha uma concentração alta de nicotina e dimetilsulfóxido. Suficiente para matar rápido. Se você entrasse na banheira em vez de mim, você estaria morta. -E você acha que alguém deliberadamente estava tentando me envenenar - ela quietamente disse. Jake franziu o cenho. -Bem, isso não apareceu lá por acaso, Nicole. E não foi posto


lá para me atingir. Deve ter sido colocado na tentativa de matá-la. -Certo - ela infelizmente disse. -Eu sei que é difícil de aceitar que o homem que você ama tentaria matá-la - ele suavemente disse. -Mas Rodolfo... -Eu não amo Rodolfo - ela protestou com assombro. -Eu estou me divorciando dele, pelo amor de Deus. Eu dificilmente faria isso se eu o amasse. Jake olhou para longe com um suspiro. Ele realmente não queria dizer que ela estava se divorciando de seu marido por causa do controle mental de Marguerite que a estava instigando naquela direção. Marguerite tinha as melhores intenções para com Nicole quando ela fez isso, então em vez de dizer isso a ela, ele suavemente assinalou, -Você ainda tem retratos dele por toda parte na casa, Nicole. Isso sugere que você ainda tem... -Eu ainda tenho retratos dele por toda parte na casa porque o idiota egoísta colou eles com super-cola nas malditas paredes - Nicole severamente interrompeu. -O que? Jake engasgou e até Tomasso e Dante cuspiram a palavra. Nicole suspirou e agitou sua cabeça. -Rodolfo é um rancoroso, sórdido e egoísta rastejante. Eu não sei o que ele estava pensando, se ele achou que era uma boa maneira para me obrigar a pensar nele mesmo depois que ele foi embora, ou se ele apenas não sabia usar um maldito martelo, mas todos os retratos estão fixados com super-cola na parede. Pierina e eu tentamos tirar eles enquanto ela estava aqui. Nós conseguimos tirar um da da parede, mas ele deixou um buraco grande na parede. Eu vou ter que contratar profissionais para removê-los, mas eu não sei a quem chamar sobre algo assim e eu estive muito ocupada com todas estas encomendas de pinturas de retratos, então eu acabei me esforçando para ignorá-los.


Ela fez uma careta e olhou para meia dúzia de retratos afixados na parede da cozinha e adicionou, -Eu pensei em comprar um cortador de vidro e remover o vidro de cada armação, assim eu poderia pelo menos remover as fotos, mas eu continuaria com armações vazias em todos lugares. Entretanto, pareceu como se eu estivesse dando muita importância para isso. Como se ele de alguma maneira estivesse tendo sucesso no que ele estava tentando fazer, então eu decidi apenas ignorá-los até eu conseguir alguém para resolver isso. E basicamente eu consegui ignorá-los. -Até alguém falar sobre eles - Jake quietamente disse. Era bem óbvio que ela estava chateada neste momento só de pensar nisso. -Sim. Então eu fico chateada tudo de novo - Nicole admitiu com um gesto, e adicionou, -Mas isso não é porque eu o amo. É porque ele tomou o controle de mim novamente. Ele está decidindo o que estará em minhas paredes e se assegurando que eu tenha que conviver com isso pelo menos por enquanto. E isso porque lembra de todo estrago, chateações estúpidas e pequenas coisas insignificantes que ele fez quando eu paguei para ele sair da casa. -Como o que? Dante perguntou com interesse.

-O acordo foi que ele levaria metade da mobília e outros bens conjugais... Esquecendo que eu paguei por toda coisa maldita. Nicole fez uma careta de desgosto, e então continuou, -Certo. Então ele levou metade de tudo, mas ele também fez uma maldita bagunça com tudo que ficou para trás. -Bagunçou como tudo? Jake curiosamente perguntou. -Como?

-Bem, o aparelho de som, por exemplo - ela disse. -Estava aqui e funcionando bem, mas ele levou o plugue das tomadas e os fios dos auto-falantes. Ele fez isso com o PlayStation, a armadilha para mosquitos, e qualquer outra coisa que tivesse cabos removíveis. Então eu tinha todos eles aqui, mas não podia usá-los até que eu


substituísse os cabos... e também teve a máquina de lavar prato com o porta talheres faltando. Faltavam as prateleiras da geladeira, e a mobília da sala de jantar? Era um conjunto de doze cadeiras, mas ele levou as cadeiras das cabeceiras. Você sabe, as cadeiras com apoio para os braços? Nicole disse, e quando eles assentiram com as cabeças, ela continuou, -Eu o questionei sobre isso, claro, através de nossos advogados, e ele tinha uma resposta para tudo. Ele não sabia o que eu estava falando. Ele disse que não levou nenhum cabo ou prateleira. E as cadeiras? Elas sofreram um acidente horrível durante o ano em que ele morou aqui. Ele não mencionou isso para mim quando nós estávamos elaborando o acordo sobre o que iria e o que ficaria? Ele tinha certeza que tinha mencionado. -Quanto a amá-lo - Nicole quietamente continuou. -Eu não só não o amo, na verdade, eu acho que nunca amei. Acontece que eu nunca soube quem ele realmente era. Eu suspeito que eu estava apaixonada pelo carinho, com todo o romance da relação, o estrangeiro exótico, o sotaque sensual, em resumo... eu era uma tola. -Isso é um tanto quanto severo - Jake quietamente disse.

-Sim - Tomasso concordou. -Além disso, todos somos tolos no amor.

-Ela não o amou - Dante lembrou a ele.

-Oh, certo - Tomasso murmurou, então olhou para ela com concentração. Jake soube imediatamente que ele estava lendo a mente de Nicole, e se perguntou o que ele estava vendo. Suas sobrancelhas franziram quando Tomasso adicionou, -Bem, nós frequentemente somos enganados pelo sexo também. Nicole corou e exigiu, -Você está fazendo a leitura de mente que Jake mencionou, não é?


Tomasso fez uma careta.

-Pare com isso - ela disse firmemente e se levantou. Seu olhar deslocou-se para Jake. -Se você terminou de explicar as coisas, eu gostaria de voltar a trabalhar. Jake hesitou. Ele não tinha chegado à parte sobre eles serem companheiros de vida, mas já tinha revelado muita coisa para ela. Além disso, ele preferia discutir isso com ela sozinho, sem seus primos lá para ouvir. Ainda assim, ele olhou-a brevemente. Ela parecia estar lidando com tudo muito bem até agora. Ele não pensou que tivesse que se preocupar com ela escapar da casa e ir embora, assustada com tudo que tinha aprendido. Mas ele não estava otimista. Não era todo dia que você descobria que você estava hospedando vampiros em sua casa... e ela não tinha feito nenhuma pergunta ainda. Ele não sabia se isso era porque ela precisava processar o que aprendeu, ou o que, mas ele esperava que sim, ele queria confiar nela. Isso era uma coisa difícil para Jake. Suas experiências de vida o deixaram com alguns problemas de confiança e não era apenas por causa da mulher com quem ele quase casou que tinha a intenção de roubá-lo. Sua família tinha ajudado nestas questões de confiança também, com seu fundo profundo segredo obscuro e por mantê-lo no escuros por tantos anos. Mas ele tinha que aprender a confiar em Nicole eventualmente para que eles fossem companheiros de vida. Suspirando, Jake se reclinou na cadeira e assentiu com a cabeça. -Claro.

Nicole escapou de uma vez, deixando a mesa e saindo da cozinha sem outra palavra.

Jake assistiu ela ir e então olhou de Dante até Tomasso. -E então?

Dante apertou seus lábios e então disse, -Dê a ela vinte minutos e depois leve seu café.


-E dê em cima dela - Tomasso adicionou.

-O que? Jake perguntou com um meio sorriso de incredulidade.

Dante encolheu os ombros. -Você abalou seu mundo.

-Não de um jeito bom - Tomasso adicionou, no caso dele ter entendido mal.

-Nicole está sem rumo nesse momento - Dante adicionou.

-Você precisa dar suporte a ela - Tomasso disse.

A sobrancelha de Jake curvou e ele disse, -Você quer que eu dê suporte dando em cima dela? Sério? Nós mal nos conhecemos. -Às vezes é incrivelmente óbvio que você nasceu nos anos sessenta - Dante secamente disse. Jake se esticou e fez uma careta. -Olha quem fala, você dois são mais velhos do que eu. -Sim, mas nós somos italianos - Dante disse com um encolher os ombros.

-E isso significa o que? Jake secamente perguntou.

-Os ingleses são conhecidos pela comida ruim, os franceses pela boa comida, e os Italianos por serem os melhores amantes - Dante explicou. Jake deu uma risada com descrença. -Você está delirando.


-Casanova. Tomasso falou, e então adicionou, -Isso diz tudo.

-Um homem não faz... inferno, não importa - ele murmurou se levantando. -Eu estou indo ao andar de baixo... conversar com Nicole. -Eu estou dizendo a você, sexo é a forma de conseguir - Dante assegurou a ele quando ele se dirigiu à saída. -Isso irá uní-la a você. Tomasso adicionou. -Uma experimentada no sexo de companheiros de vida e ela ficará viciada como um usuário de heroína. Jake parou na porta e se virou. -Sexo de companheiros de vida?

Dante levantou suas sobrancelhas. -Ninguém falou para você sobre os companheiros de vida? -Bem, eu sei sobre companheiros de vida. Você não pode lê-los, não pode controlálos, uma companheira perfeita. -E um sexo louco, que explode em sua mente, tão intenso que deixa você inconsciente - Tomasso adicionou. -Deixa você inconsciente? Jake perguntou franzindo o cenho.

-E explode em sua mente - Tommaso repetiu.

Jake estreitou seu olhar na dupla. -Vocês estão brincando, certo?

Os gêmeos meramente negaram com suas cabeças solenemente.


-Hmm - ele disse duvidosamente, entretanto meramente se virou e se dirigiu aos degraus. Ele não tinha certeza se acreditava em Dante e Tomasso. Afinal, seguramente alguém teria mencionado aquilo para ele antes, não é? Quando fez a pergunta para ele mesmo mentalmente, Jake percebeu quão ridícula era. Ninguém teria dito nada antes dele ser transformado. Não teria significado nada para ele como um mortal. E depois da transformação ele não deu a eles muita chance de dizer qualquer coisa. A qualquer hora que sua mãe tentava mostrar os benefícios de ser um imortal para ele, ele a cortava. Seu irmão, Neil, não tentou mimá-lo ou convencê-lo que ser transformado era uma boa coisa. Ele simplesmente ficou a seu lado, em silêncio e dando apoio, mas Jake não queria apoio. Ele queria ser mortal novamente... um menino de verdade, assim como Pinocchio. Mas ele não era mais Pinocchio. Ele não estava exatamente feliz por ser imortal, mas ele estava agradecido por estar vivo. Vincent transformando-o o salvou pela primeira vez, e ser imortal o salvou da banheira envenenada... e agora ele poderia ter uma companheira de vida. Jake pensou, sem a amargura de ser um imortal que tinha o atormentado, na primeira vez que percebeu que não podia ler ou controlar Nicole. Ele realmente não lembrava de seu pai de nascimento. O único pai do qual ele tinha lembranças era Roberto, e as memórias de sua infância eram muito felizes e cheias de amor. Amor entre sua mãe e Roberto, e o amor que eles mostravam para com ele e Neil. Ele supôs que a razão pela qual ele chegou aos cinquenta e um anos como mortal sem casar e ter seus próprios filhos foi porque nenhuma relação que ele tivesse chegaria perto do amor, amizade e alegria que sua mãe e Roberto compartilhavam... e ele queria isso. Agora, ele poderia ser capaz de ter. Jake soube quão sortudo isso fazia dele. Ele também sabia que era extremamente sortudo por achar isso logo após ser transformado. A maioria dos imortais esperava séculos, até milênios para achar um companheiro de vida. Os gêmeos tinham mais de cem anos de idade, seu primo Christian mais de cinco séculos, e mesmo que


Marguerite tenha encontrado Julius séculos atrás, eles só se reuniram e foram capazes de desfrutar um do outro agora, e Marguerite tinha mais de setecentos anos de idade. Sua descoberta de uma companheira de vida em idade tão jovem era um presente, e um que ele não queria estragar.

Capítulo 11

Jake parou do lado de fora das portas francesas e espiou pelas janelas do estúdio. Ele não ficou surpreso ao ver que Nicole não estava trabalhando. Ele achou que as informações que foram dadas a ela romperiam sua habilidade de se concentrar. Ele contudo ficou preocupado ao vê-la simplesmente de pé no meio de seu estúdio, olhando fixamente para suas pinturas descobertas. Ele suspeitava que ela não estava realmente vendo os retratos. Seus ombros estavam curvados e Jake tinha certeza que ele sabia exatamente como ela estava se sentindo. Foi do mesmo modo que ele se sentiu quando tinha dezoito anos e foi informado sobre os imortais. Traído, confuso, como se o mundo não fosse o lugar que ele pensava que era. Jake não bateu, simplesmente abriu a porta. Nicole não girou, mas ele podia dizer pelo modo como ela ficou rígida que ela sabia que ele estava lá. -Eu vim para ver se você estava bem - ele quietamente disse. -Eu sei que isto é muito para assimilar. Ela deu um pequena bufada e Jake sorriu esquisitamente. -Sim, eu acho isto é um jeito delicado de falar, huh? Acredite-me, eu sei. Estive lá, já passei por isso, e tenho todo um grarda-roupa cheio de camisetas para comprovar ele quietamente disse.


-Você disse que foi transformado quando foi atacado? Nicole quietamente perguntou. Jake assentiu com a cabeça, e então percebeu que ela não podia vê-lo então clareou sua garganta e disse, -Sim. -Quando foi isso? -Sete anos atrás - ele respondeu e se perguntou o que ela estava pensando quando ela assentiu com a cabeça. Ele desejou que pudesse ver seu rosto, mas ela ainda estava de costas para ele. -Isso foi a crise de saúde que fez que você ir embora? Jake suspirou e fechou a porta. Ele caminhou até o mais próximo de meia dúzia de tamboretes que ela tinha no estúdio e se sentou, antes de dizer, -Sim, mas foi apenas a gota d'água. Nicole ficou em silêncio por um minuto e então perguntou, -Qual foi o primeiro motivo? A pergunta o surpreendeu e ele levou um momento antes de dizer, -O primeiro foi mais um conjunto de motivos do que apenas um motivo. -E qual foi? Ela incitou. -Foi quando eu completei dezoito anos e minha mãe e meu padrasto me chamaram e contaram sobre os imortais e que eles, meu irmão, e todos da família Notte que eu já tinha encontrado, que toda a família que eu conhecia, pertencia a aquele clube seleto. -Toda a família você conhecia?” Nicole perguntou, girando para olhá-lo com curiosamente. -O Nottes são a família do seu padrasto. E quanto à família da sua mãe


e seu pai?

-Minha mãe teve um irmão, uma irmã, e pais, e meu pai teve dois irmãos e pais. Aparentemente existiam primos e avós também, em ambos os lados. -Mas você não conhece eles? Ela perguntou.

Jake negou com a cabeça. -Eles não aprovaram o casamento dos meus pais. Do lado da família de minha mãe foi porque eles eram judeus e meu pai era católico. Do lado da família de meu pai foi uma combinação disso e o fato de que até onde eles sabiam minha mãe veio do lugar errado. A família de meu pai tinha dinheiro, minha mãe não tinha. Os pais de meu pai queriam que ele se casasse com uma boa menina de uma família católica e de mesmo nível econômico, não uma menina judia pobre cuja família não possuia nem casa própria. Então... Ele encolheu os ombros. -Depois que meu pai morreu, minha mãe ficou sozinha comigo. Jake fez uma breve pausa, mas quando ela não comentou nada, ele disse, -Eu acho que ela estava dando o máximo de si quando conheceu Roberto, trabalhava em dois empregos para tentar nos sustentar e assistia aulas noturnas na universidade na esperança de conseguir um trabalho melhor, para melhor nos sustentar. Eu percebi que ela não tinha nenhum tempo para romance e fez Roberto dar duro para conquistála. -Ele era imortal?

Jake assentiu com cabeça. -E ele a transformou.

-Mas não a você? Nicole perguntou franzindo o cenho.


-Eu era uma criança - Jake disse com um encolher os ombros. -Eu percebi que eles desaprovam a transformação de crianças. -Mas quando eles contaram a você quando completou dezoito anos, por que ela não transformou você? Ela perguntou. -Eu acho que esse era o plano - Jake admitiu com um gesto, e então explicou, -Eles me contaram em meu décimo oitavo aniversário. Minha mãe pensou que seria um grande presente me contar tudo sobre imortais, e então oferecer sua opção de transformação para me tornar um deles. -Mas ela não fez isso - Nicole disse com certeza e então curvou uma sobrancelha e perguntou, -Você não deixaria ela fazer? Jake se mexeu desconfortável, suspirou e então disse, -Você tem que entender, eu era um fã de filmes de terror. Eu assisti a todos os filmes de monstros que já tinham sido feitos. Eles me davam muito medo e eu dormi com uma luz acesa até que completei doze anos, mas eu tinha que assistí-los. Eu era louco por eles. Ele agitou sua cabeça ligeiramente ante a memória. Ele perdeu seu gosto por filmes de terror desde então, mas ele era um viciado neles e isso realmente não ajudou com a situação. -Naquele tempo, quando eu era uma criança, eles não tinham filmes como Crepúsculo e True Blood. Em todos os filmes onde os vampiros apareciam, o vampiro era o vilão e Van Helsing liderava os mocinhos os perseguindo e libertando o mundo de seu mal. Jake fez careta. -Então, basicamente, em meu décimo oitavo aniversário, minha mãe me disse que não só meu padrasto e todo seu clã eram um grupo de demônios sanguessugas, mas também que ela permitiu que ele a transformasse em um, e que meu meio irmão que eu adorava e admirava também era um... e eu tinha vivido com todos eles, sem suspeitar de nada durante todo aquele tempo. -Sério mesmo? Nicole perguntou com suspeita. -Antes deles dizerem a você o que


eles eram você não suspeitou de nada? -Eles se asseguraram de que eu não suspeitasse - Jake quietamente disse. -Eu acho que eles usaram algum controle mental para que eu não percebesse enquanto eles se alimentavam, ou alteraram minha memória um pouco aqui e ali, não apagando nada, mas adicionando coisas para explicar as inconsistências. Ele encolheu os ombros. Então eu não tive nem uma pista antes de que eu vivia com o que eu pensava que eram monstros. -E você não concordou com a transformação naquele momento - Nicole quietamente disse. Não era uma pergunta, mas ele tratou isso como se fosse. -Não. Eu estava chocado, horrorizado e com repulsa. Eles todos eram de repente monstros para mim, e eu não queria ser um monstro também. -Deve ter sido difícil para você - Nicole quietamente disse, indo se sentar no tamborete próximo ao seu. Jake hesitou e então moveu o tamborete ligeiramente em direção a ela e disse cuidadosamente, -Provavelmente não mais difícil do que é para você agora. Nicole sorriu ligeiramente, mas negou com a cabeça. Balançando seu tamborete para frente e par trás com um pé, ela disse, -É um pouco chocante para mim descobrir que tais coisas existem. Mas para você... Ela franziu as sobrancelhas e parou de balançar olhando para ele solenemente. -Era sua família. Você deve ter se sentido... eu não sei, sozinho? Jake assentiu com a cabeça. Ele se sentiu sozinho. Ele também se sentiu traído, abandonado e perdido. -Eu acho que naquele momento eu senti que estava apenas descobrindo que na verdade eu estive órfão aos quatro anos de idade e tinha vivido


em um mundo de fantasia todos aqueles anos desde que Roberto entrou em nossas vidas. Na verdade, eu acho que eu fui embora emocionalmente naquele dia, e minha verdadeira partida sete anos atrás foi apenas eu fisicamente seguindo o que aconteceu emocionalmente anos antes. -Por que você não foi embora aos dezoito anos? Ela curiosamente perguntou. -Eu quero dizer, se você sentia que eles eram monstros...

-Meu irmão - Jake quietamente disse. -Eu estava bravo com minha mãe por ela ter deixado Roberto transformá-la, mas eu era próximo de meu pequeno irmão, Neil, e não era sua culpa que ele tivesse nascido imortal. Além disso, logicamente, depois que ela explicou tudo, eu entendi que eles não eram monstros. -Mas ainda existia uma parte de sua mente que pensava neles como monstros Nicole disse. Jake assentiu com a cabeça. -Dezoito anos de treinamento com filmes de terror não podem ser erradicados tão facilmente. -E então você foi transformado para salvar sua vida? Nicole comentou. -Sim. Jake apertou sua boca ante a memória. -Meu chefe, Vincent Argeneau, que também é sobrinho de Marguerite, estava sendo perseguido por alguém que estava tentando arruinar sua vida. Eles me atacaram, e fui apunhalado apenas perto do coração. Quando Vincent me encontrou, eu estava morrendo e ele me transformou para salvar minha vida. Eu acordei um imortal... e não lidei bem com isso. -Por que? Nicole quietamente perguntou. -Certamente é melhor ser um imortal que estar morto? -Você acharia que sim, não é? Jake disse com pouca diversão, e então olhou para


abaixo. Depois de um momento, ele suspirou e admitiu, -Eu tinha cinquenta e um anos de idade, miseráveis e amargos. Ele sorriu esquisitamente e ergueu sua cabeça novamente, encontrando o olhar dela. Ela estava em silêncio, esperando, querendo entender, então ele teve que explicar. -Eu estava em um mundo sombrio naquela época. Eu tive uma infância feliz, mas depois que descobrir sobre tudo, senti como se toda minha infância tivesse sido uma casa de espelhos. Depois disso passei toda minha vida me sentindo como um órfão. Ainda por cima, nada aconteceu como eu esperava. Eu não tive nenhuma esposa ou filhos, ninguém além da minha família e eles eram monstros até onde eu pensava. Quando eu fui atacado, eu me sentia sozinho e cansado e, francamente, eu acho que eu estava em um lugar onde apenas matava o tempo e esperava pelo fim... e então eu fui atacado. Eu lembro de deitar no chão de escritório, pensando, então é isso, o fim de minha história. Sem mais solidão, sem mais decepção, sem mais traição... E, ao invés disso, eu acordei um vampiro. -Você continua dizendo vampiro, mas você me disse que vocês não são vampiros Nicole quietamente assinalou. -Sim - Jake sorriu um pouco. -Mas eu tenho pensado deles como vampiros por tanto tempo... Ele encolheu os ombros. -Velhos hábitos são difíceis de mudar, eu acho. Nicole ficou em silêncio por um minuto, e então inclinou a cabeça para olhá-lo, um elevação de sobrancelhas crescendo em seu rosto. -Cinqüenta e um? Jake sorriu esquisitamente. -Quando eu fui transformado sim. Eu tenho cinquenta e oito agora. -Você não aparenta cinquenta e oito anos - ela disse firmemente e então perguntou, Isto tem algo a ver com o nanos? Ele assentiu com a cabeça. -Eles foram programados para manter seu anfitrião em


sua melhor condição. Eu não acho que os desenvolvedores pretenderam incluir idade nos parâmetros, mas o nanos são basicamente matemáticos, computadores híbridos, e computadores são muito literais. Todo imortal aparenta idade entre vinte e cinco e trinta anos. Nicole considerou aquilo e então disse, -Então Marguerite...

-Eu não sei sua idade exata, mas eu sei que é mais de setecentos anos.

-Oh, meu Deus. Nicole caiu de seu tamborete.

Jake olho-a preocupado, mas esperou, e então ela de repente se endireitou e olhou para ele em tom de acusação. -Você disse que ela não estava nem em seus quarenta.

-Eu disse que ela não estava em seus trinta - ele corrigiu. -E ela não está. Eu não menti para você sobre qualquer coisa, Nicole. Eu soube quase desde o começo que nós éramos companheiros de vida e não queria mentir. Jake fez careta e adicionou, Eu tenho um tipo de coisa sobre a mentira... desde que descobri que me mentiram por tanto tempo enquanto eu crescia... Ele encolheu os ombros. Nicole ficou em silêncio por alguns minutos mais, e então sentou-se reta novamente e perguntou, -Então, o que é este negócio de companheiros de vida afinal? -Bem... Jake pausou e engoliu em seco. Ista era a parte enganadora, ou talvez fosse apenas a parte mais importante e então parecia enganadora. Se ela não aceitasse que eles eram companheiros de vida, concordando em ser a dele, ou pelo menos concordando em considerar isso, poderiam muito bem decidir que ela deveria ter suas memórias apagadas e deixá-la sem saber da existência deles como era antes dele


explicar as coisas. Isso seria necessário para assegurar a segurança de sua espécie. Mas se isso acontecesse, ele não teria permissão para ficar perto dela novamente. Nenhum deles poderia, porque suas presenças poderiam fazer suas memórias retornarem. Era uma coisa estranha. Jake se sentia estranho e um pouco confuso. Embora ele soubesse que ela era sua companheira de vida, ou poderia ser se ela concordasse, ele na verdade não a conhecia a muito tempo. Jake gostava de Nicole, ou pelo menos ele gostava de tudo que ele conhecia sobre ela até agora. Ele também a achava atraente. Mas ele não estava sentindo nenhum louco desejo apaixonado por ela nem nada parecido, e ele estava se perguntando sobre esse negócio de companheiros de vida ele mesmo. Ele não devia sentir mais? Quere-la mais? Todos os seus pensamentos não deveriam ser sobre ela? Aquela última pergunta o fez dar uma pausa, porque Jake de repente percebeu que que todos os seus pensamentos a incluíam de uma forma ou de outra desde que a conheceu. Ainda, ele supôs que esperava por mais. -Jake? Nicole incitou.

-Oh, desculpe - ele murmurou, e então suspirou e tentou juntar seus pensamentos para responder sua pergunta. Finalmente, ele disse, -Bem, eu mencionei que o nanos não deram aos imortais apenas presas, mas também outras habilidades para ajudar na sobrevivência. -Você falou sobre leitura de mente e controle mental - ela lembrou e não pareceu contente. Ele entendia isso. Ele também não tinha ficado contente ao saber que sua mãe e todos os outros podiam ler seus pensamentos privados. Tinha sido muito inibidor para alguém de dezoito anos e cheio de hormônios em ebulição. Estar ciente de que todos eles poderiam estar lendo seus pensamentos, deixou Jake repentinamente consciente de que sexo desempenhava um grande papel na maior


parte de seus pensamentos naquela idade. E nem pensar em masturbação na mesma casa com eles. Meu Deus, e se todos eles soubessem? Ou lessem isso em sua cabeça pela manhã? Só de pensar nisso agora o fazia tremer. -Não é apenas leitura de mente e controle mental - ele disse quando Nicole se mexeu inquieta em seu tamborete. -Nós somos mais rápidos, mais fortes, temos melhor audição, visão, visão noturna, etc. -Certo - ela pacientemente disse.

-Mas a leitura da mente não é apenas dos mortais. Nós podemos ler a mente um do outro também. Normalmente apenas os imortais mais velhos são capazes de ler os mais jovens, mas pode ser o contrário se o imortal mais velho estiver distraído ou não bloquear seus pensamentos - Jake explicou. -Isso quer dizer que quando nós estamos na presença um do outro, temos constantemente que para guardar nossos pensamentos, e claro mortais não pode realmente guardar seus pensamentos de nós. Isso pode tornar relacionamentos complicados. -Eu acho que sim - Nicole secamente disse.

Jake assentiu com a cabeça, mas adicionou, -Qualquer relacionamento. Eu quero dizer, você não imagina como é ter dezoito anos e saber que sua mãe pode ler seus pensamentos. -Eu acho que eu sei - ela severamente disse. -Talvez não como é ter uma mãe lendo seus pensamentos ou controlando você, mas se você, Dante e Tomasso podem ler e me controlar... -Eu não posso - Jake interrompeu.


Nicole balançou sua cabeça e olhou para ele duvidosamente. -Por que? É porque você foi transformado apenas há sete anos? -Não. Eu ganhei a habilidade, e posso ler a maioria dos mortais - ele assegurou a ela, e então fez uma careta e adicionou, -Eu resisti a isso no princípio. Eu não queria ser como minha família. Mas em meu trabalho é uma habilidade útil e então eu eventualmente cedo e usou isso muito regularmente... no trabalho - Jake adicionou para se assegurar que ela não pensasse que ele andava por aí lendo e controlando as pessoas à toa. -Certo - ela disse devagar. -Porém, eu não posso ler ou controlar você - ele adicionou. -Isso você já disse - Nicole lembrou a ele. Jake fez careta e assentiu com a cabeça. -E isto é um sinal de um companheiro de vida. Os olhos dela se estreitaram. -Isso é o que? -Isso... Ele fez um careta, querendo explicar isso direito, achar as palavras perfeitas para fazer ela entender e pelo menos ficar aberta à idéia de ser sua companheira de vida. -Uma relação não funcionaria se ambas as partes pudessem ler um ao outro, ou ainda se pudessem ler e controlar o outro. -Você já disse isso - Nicole quietamente assinalou. -Sim, eu acho que eu estou me repetindo - Jake admitiu com um suspiro, e então agitou sua cabeça e disse, -Perdoe-me, esta é a primeira vez que eu tenho que explicar essas coisas.


-Certo. Desculpe, eu manterei isso em mente - ela disse. -Obrigado - ele murmurou, e então disse, -Olhe, basicamente um verdadeiro companheiro de vida é alguém que um imortal não pode ler ou controlar. É a uma pessoa com quem ele pode relaxar e não ficar constantemente protegendo seus pensamentos. -Certamente você não tem que proteger seus pensamentos ao redor dos mortais, não é? Nicole perguntou. -Nós não podemos ler você. -Não, mas alguns mortais pensam realmente alto e nós temos que nos proteger contra isso também. Caso contrário deixaria você louco. Pessoas estão sempre pensando, e muitas vezes coisas estúpidas e absurdas. Nós temos que nos proteger disso também, filtrar tudo, basicamente. -Entendo. Ela balançou sua cabeça novamente. -Mas você não tem que fazer na presença de um companheiro de vida, certo? -Não. Nós podemos relaxar na presença deles - ele disse. Jake deu seu um momento a ela para considerar aquilo e então adicionou, -Claro que existem outras coisas que são especiais sobre um companheiro de vida. -Como o que?

-Bem, realmente, ninguém explicou isso para mim e eu não tenho certeza sobre tudo que eles são - ele admitiu com uma risada torta. -Mas eu sei de assistir minha mãe e Roberto tão... bem, é uma relação especial. Eles parecem ter principalmente os mesmos gostos e valores. Gostar das mesmas coisas, se divertir na companhia um do outro. Eles ainda tem discordâncias, mas muito menos frequentementes do que eu acho que a maioria dos casais tem, e eles parecem se reconciliar realmente depressa. Eles parecem tão conectados... e aparentemente, caso se possa confiar em Dante e


Tomasso, a relação física é muito mais intensa.

Nicole ficou em silêncio, isso fez com que ele se preocupasse de que ela não estava conseguindo entender o quão importante era um companheiro de vida, entretanto, ele não tinha certeza se ele mesmo tinha entendido. -Também são muito raros, ou difíceis de encontrar - Jake adicionou. -Alguns imortais esperam séculos para encontrar um, e alguns nunca encontram. Ela ainda estava em silêncio.

-Eu ouvi dizer que o nanos tem algo a ver com a seleção de um companheiro de vida, que eles reconhecem a pessoa como um bom companheiro de vida para o imortal e são a razão pela qual o imortal não pode ler aquele mortal em particular. De forma que é assim que funciona, eu acho. A conversa onde aquilo foi dito a ele tinha sido há um tempo atrás e ele não prestou muita atenção. Nicole olhou fixamente para ele.

Jake olhou fixamente de volta, sua mente tentando encontrar algo para dizer que ajudasse a convencê-la que ser uma companheira de vida era uma coisa boa, ou que pelo menos não rejeitasse a idéia. Mas ele temia que teria uma dura batalha pela frente. Nicole tinha acabado de terminar de uma terrível relação. Ela não estaria interessada em se envolver novamente tão cedo. Este era um momento realmente ruim para este tipo de assunto. -Eu não... Nicole começou e Jake estava certo de que ela iria dizer a ele que não estava interessada, e se ela fizesse isso, ele estaria ferrado. Ele a perderia. Jake não queria isso. Ele queria o que sua mãe e Roberto tinham. Ele sempre quis isso. Era o motivo pelo qual ele estava sozinho aos cinquenta e um anos de idade. Existiram


mulheres com as quais ele se importou, e talvez até amado em algum momento de sua vida, mas tendo visto sua mãe e Roberto juntos todos aqueles anos, nada menos que aquele tipo de relação o satisfaria. Então quando ela começou a dizer, “Eu não...”, ele entrou em pânico e recorreu ao conselho de Dante e Tomasso. Ele se levantou, avançou até ela e curvou sua cabeça para beijá-la. Isso foi muito eficaz. Não só em silenciá-la. Certamente, fez isto, mas isso não foi tudo. Ele se perguntou e se preocupou sobre o fato de que apesar de achá-la atraente não tinha sentido nenhum grande desejo por ela? Ele realmente pensou isso? A pergunta percorreu a cabeça de Jake, flutuando livremente em torno da paixão que explodiu dentro dele no momento em que seus lábios tocaram os dela. Honestamente, ele sentiu como se tivesse sido impulsionado do chão, através de seus pés, suas pernas e diretamente até a virilha. Falando em ereção imediata, Jake estava muito consciente de que o moleton que ele tinha colocado antes do jantar era agora uma tenda armada entre suas pernas e, maldição, mas ele gostava disso. Nicole se calou quando ele cobriu sua boca com a dele, então ela relaxou, permitindo a seu lábios deslizarem abertos com um pequeno gemido, Jake moveu uma mão para cima para segurar os cabelos dela em sua mão. Usando seu agarre para inclinar sua cabeça para onde ele queria, ele empurrou sua língua em sua boca e deslizou sua outra mão ao redor das costas dela e a trouxe para mais perto de seu peito. Agora que ela deu o beijo, Nicole também não ficou parada. Ele sentiu seus braços deslizarem ao redor dele, cravar em suas costas e apertá-lo, e então ela deslizou para a frente no tamborete, suas pernas deslizando pela parte externa das coxas dele até que ela encontrou a barraca armada entre suas pernas. Ela então hesitou, mas Jake estendeu a mão e se deslocou até pressionar suas pernas contra o tamborete e sua ereção ficar apertada contra seu estômago entre eles. Isso trouxe outro gemido de Nicole e ele sentiu suas pernas fecharem ao redor dele,


seus sapatos de salto alto pressionando as batatas de suas pernas. Encorajado, Jake se pressionou mais firmemente contra ela, sua mão direita agora se movendo em suas costas e descendo para trazê-la mais perto enquanto seus quadris se juntavam ao dela.

-Jake - ela ofegou, tirando sua boca da dele, e o excitado apelo o incitou ainda mais. Levando seu lábios a seu pescoço, ele mordiscou e chupou e lambeu enquanto suas mãos foram para seu top e começaram a trabalhar nos botões, abrindo-os depressa até que ele conseguiu abrir a peça e chegar ao que estava debaixo. Inclinando-a para trás, com um braço debaixo de suas costas como suporte, Jake fechou sua outra mão sobre a generosa taça de seu sutiã e moveu sua boca até correr sua língua ao longo do topo da peça. Quando Nicole gemeu e tocou seus quadris com os dele em uma reação excitada, ele pegou a extremidade do sutiã e a desceu até que seu seios estavam livres. Ele então dedicou atenção ao mamilo duro e rosado, lambendo e chupando com excitação febril... e então ele de repente congelou. -Jake? Ela disse hesitante, com a voz trêmula, e ele levantou sua cabeça, deixando seu mamilo deslizar de sua boca para olhar para ela com confusão. -Eu sinto muito, eu só... não importa - ele murmurou, certo de que ele estava errado. Mas em lugar de curvar sua cabeça para seu seio novamente, ele o cobriu com sua mão, apertando e amassando e então puxando. Nicole gemeu, seus olhos se fechando, seu corpo indo em direçao ao dele novamente e ele quase fechou seus olhos com o prazer que também passou por ele. Essa não era a primeira vez que Jake fazia isso. Ele amava os corpos das mulheres e apreciou muitas amantes em sua vida, mas nunca tinha sido tão intenso para ele no passado, e ele certamente nunca apreciou a sensação deste modo, não como se ele próprio estivesse experimentando o prazer que ele estava dando a ela... mas agora ele


estava. Antes, enquanto ele a estava chupando, e agora, todas vezes que ele puxava o mamilo dela, enviava uma sensação de prazer por ele que intensificava seu próprio prazer. Fascinado, ele deixou seus seios e deslizou sua mão para baixo entre eles até a região entre as pernas por sua calça jeans. Nicole gritou, e Jake respirou surpreso com a forte excitação e necessidade que foram direto até sua virilha. Eram o nanos? Eles de alguma maneira estavam comunicando seu prazer para seu corpo? Jake não ttinha nenhuma idéia, mas isto era... Inferno, ele nem sabia como descrever isso. Era incrível, magnífico, demais! E ele queria explorar isso totalmente.

Nicole ofegou com surpresa quando Jake de repente a inclinou para trás com uma mão atrás de suas costas e uma entre suas pernas e dentro de sua roupa. Ela agarrouse a seus ombros nervosamente quando ela foi erguida do tamborete, e então olhou ao redor com surpresa quando ele a colocou na extremidade de sua escrivaninha e usou um braço para tirar os documentos, o grampeador e outras bugigangas fora do caminho, antes de posicioná-la para se sentar nela mais confortavelmente. Seu olhar então deslizou de volta para Jake, mas antes dela poder dizer ou até pensar qualquer coisa, ele a beijou novamente. Nicole o beijou de volta, com toda paixão e necessidade que ele despertou nela. Sua própria língua enroscou com a dele brevemente antes dela se retirar para ele para chupar a sua, e então Jake quebrou o beijo e deu um passo para trás para puxar a calça jeans dela. Foi apenas quando ele começou a tirar a sua calça que Nicole percebeu que ele tinha desabotoado a calça e aberto o zíper enquanto ele a beijou. Ele fez um trabalho rápido ao removê-la, o que foi provavelmente uma coisa boa. Ela


não teve uma chance de protestar daquele modo, e realmente não queria, mas se ela tivesse tempo para pensar, Nicole poderia ter sentido que devia. Lançando a calça jeans dela de lado, Jake se situou entre as pernas dela novamente para beijá-la, seus braços deslizando ao redor ela e suas mãos descendo por suas costas até dentro de sua calcinha para apertar e amassar seu traseiro quando ele a trouxe contra ele novamente. A sensação foi ainda mais excitante sem sua calça jeans lá para atrapalhar, e Nicole ofegou pressionando avidamente contra ele do modo que ela podia. Suas próprias mãos deslizaram pelas costas dele e puxaram brevemente, antes dela começar a trabalhar em suas calças de moleton, primeiro puxando, depois empurrando-a para baixo e fora de seus quadris até que seu traseiro estava nu. Nicole apertou o traseiro com força, pressionando-o firmemente contra ela até que foi quase doloroso e então soltou suas mãos e ofegou quando uma das mãos dele deslizou longe o suficiente debaixo dela para pressionar entre suas pernas e através se sua calcinha. -Oh Deus - ela gemeu, e então lançou um pequeno e desapontado suspiro quando ele parou de fazer isso e afastou seus quadris dela. No momento seguinte, ela gritou com surpresa e prazer quando sua mão deslizou entre eles novamente. Desta vez ele não levantou o corpo dela, mas puxou a calcinha para o lado e deslizou seus dedos sob o material fino para acariciar sua pele quente e úmida. -Oh-por favor-sim-Deus-Jake. As palavras foram ofegadas em um som inarticulado longo e quase ininteligível, entretanto Nicole realmente não tinha nem idéia do que ela estava dizendo. E nem se importava. A única coisa que ela sabia era que aquilo que ele estava fazendo era muito bom. Foi mais instinto do que premeditação que a fez deslizar uma de suas próprias mãos para encontrar sua ereção através do moleton. A peça tinha ficado presa entre eles na parte da frente quando ela puxou para baixo na parte de trás, e desceu um pouco quando Jake pôs espaço entre eles. Ele ainda estava coberto com o pano, mas pouco.


No momento em que sua mão fechou sobre ele através do material, Jake puxou ar entre os dentes e ficou quieto. Contudo, Nicole dificilmente notou o que ele estava fazendo. Ela mesma tinha ficado completamente imóvel com a súbita pontada de excitação que disparou através dela. A confusão competiu com a excitação, ela hesitou, e então empurrou seu moleton para baixo de forma que ele ficou livre e ela fechou a mão sobre a pele aveludada de sua ereção. Isso enviou uma onda ainda mais poderosa de paixãoatravés dela, mas Jake já não a estava mais acariciando. -O que...? Nicole levantou sua cabeça para olhar para seu rosto. -Eu senti... É como...

-Eu sei - Jake grunhiu quando ela hesitou. -Eu também senti quando toquei em você. Ele deslizou seus dedos sobre ela de novo como para provar isso, e gemeu alto, mas foi a forma como sua ereção empurrou em suas mãos que lhe disse que ele estava experimentando seu prazer junto com ela. Entretanto foi bastante surpreendente que ela estivesse ciente da reação do corpo dele com seu próprio corpo reagindo ao toque dele. -Mas como? Ela perguntou sem fôlego.

-Eu não sei - ele se inclinou e começou a acariciá-la novamente. -E neste momento eu não me importo. Eu perguntarei a Dante e Tomasso mais tarde. Com sua mente já perdendo o controle sobre sua atenção, Nicole pensou que estava tudo bem. Mais tarde eles podiam descobrir por que isto estava acontecendo. Neste exato momento... ela deslizou a mão junto ao seu eixo novamente. Querido Deus, neste momento tudo que ela sabia era que queria mais disto.


Jake deu um grunhido de surpresa quando Nicole de repente o soltou e deu a ele um empurrão para longe dela. Antes dele poder perguntar o que ela estava fazendo, ela desceu da mesa e ficou de joelhos na frente dele. Ela sempre quis saber como ela era como amante, e agora ela podia descobrir. -Nic... Jake interrompeu a si mesmo com uma maldição quando ela fechou sua boca em sua ereção. Nicole gemeu com a sensação que ela enviou através de ambos. Ela percebeu quando suas pernas começaram a tremer, e não ficou surpresa quando ele se curvou sobre ela para se apoiar na mesa atrás dela. Porém, ela foi totalmente surpreendida quando Jake de repente se afastou dela, a pegou nos braços e se dirigiu até o sofá-cama. Ele girou ao redor do sofá, colocou-a nele e então ficou em cima dela, beijando-a quase violentamente antes de começar a deslizar para baixo em seu corpo. Suspeitando o que ele estava fazendo, Nicole o pegou de surpresa e rolou, colocandoo de costas no sofá-cama. Ela começou isso e queria continuar. Não dando a ele a chance de rolar de volta, ela se virou e se inclinou sobre ele para tomar sua ereção na mão novamente. Jake começou a se levantar, sem dúvida para agarrá-la novamente, mas deitou novamente com um protesto ofegado quando ela fechou sua boca em cima dele novamente. Ele era tão teimoso quanto ela, e ela não ficou surpresa quando ele agarrou sua perna e puxou seus quadris em direção a sua cabeça. Por um momento, Nicole teve que parar o que estava fazendo e se equilibrar com suas mãos quando ele levou seus joelhos para um lado e outro de sua cabeça. Ela quase caíu quando Jake de repente arrancou sua calcinha, rasgando as laterais para tirar o tecido fino do caminho. Nicole estava contente de que ele tivesse feito assim em vez de tirá-la do lugar para remover a peça corretamente. Na verdade, isso a excitou... e então ele puxou seus quadris para baixo e enterrou seu rosto entre suas pernas e ela esqueceu sua pobre calcinha.


Gemendo, Nicole deixou sua cabeça cair brevemente, seu cabelo arrastando sobre as coxas dele e sua língua lambendo sua pele sensível. Com a segunda lambida, seu nariz bateu contra sua ereção, e... lembrando o que ela estava fazendo... ela retornou a ação, levando-o em sua boca e ajudando a deixar ambos loucos. O que se seguiu foram os trinta segundos mais alucinantes de sua vida. Se foram trinta segundos. Nicole não podia ter certeza. Foi tão rápido, a paixão desabou sobre ela em onda após onda, fazendo com que o aumento de tensão crescesse em seu corpo expandindo exponencialmente até que todo nervo em seu corpo estivesse tenso e formigando e seu cérebro era um mingau inútil. O clímax quando veio foi como uma explosão nuclear em seu corpo. Luzes brancas brilharam em sua cabeça, cegando-a para tudo exceto o prazer que fluiu por ela. Ela estava vagamente consciente de que alguém estava gritando e achou que fosse Jake, mas enquanto parte do som era um profundo timbre masculino, ela também reconheceu um agudo feminino. Quando ela percebeu que se tratava dela, a luz branca esmaeceu rapidamente até o preto.

Capítulo 12

Nicole abriu seus olhos e olhou para o teto de seu estúdio com uma mente completamente em branco. Não houve nenhum pensamento em sua mente por pelo menos um minuto inteiro, e então seu cérebro contribuiu e começou a fazer perguntas.


Por que ela estava dormindo em seu estúdio? A que horas foi isso? Onde estavam suas calças? Esta última pergunta só lhe ocorreu quando ela começou a se levantar e notou que elas estavam faltando. Isso também trouxe uma onda de memórias que a varreu, fazendo aumentar um formigamento. -Maldição - ela respirou, lutando para sair do sofá-cama e procurar por suas calças. Quando ela não as viu em lugar algum, Nicole reclinou para trás na cama. Seu corpo ainda estava formigando em todos lugares. Quanto tempo tinha passado desde que eles... Ela realmente desmaiou? Ela se perguntou de repente.

Bom Deus, ela nunca em sua vida tinha experimentado qualquer coisa assim. Nicole pensou que seu ex era bom na cama, mas o que ela experimentou foi transcendental. Um acontecimento. Alucinante. Malditamente incrível! E onde inferno estava Jake? Como ele podia deixá-la ali depois do que eles experimentaram? Franzindo o cenho, Nicole se levantou e procurou por suas calças novamente. Ela claramente lembrava de Jake as tirando e jogando de lado, mas sua calça jeans não estava em nenhum lugar à vista. Nem a calcinha que ele rasgou para tirar dela. Depois de uma hesitação, ela decidiu que não existia nada mais que pudesse fazer e rapidamente agarrou o lençol que cobria o sofá-cama para enrolar a seu redor. Sua camisa ainda estava desabotoada, seu torto sutiã com um peito para fora, ela colocou o peito no lugar mas não se preocupou em fechar a camisa, então ela envolveu o lençol em torno do peito, o que cobriu a região dos seios até seus tornozelos. Depois ela subiu as escadas. Havia sons vindo da cozinha quando Nicole acabou de subir as escadas. Ela


caminhou naquela direção com seus pensamentos tão focados em Jake e no que aconteceu em seu estúdio que não pensou que pudessem ser Dante ou Tomasso fazendo os ruídos e ela poderia ter que explicar seu estado de quase nudez. -Ah, droga. Eu estava planejando voltar antes de você acordar.

Há mais ou menos seis passos na cozinha, Nicole olhou à direita na direção daquele comentário e viu Jake de pé junto à mesa usando apenas sua calça de moleton, com uma faca na mão e uma bandeja cheia de comida na frente dele. Suas palavras a fizeram relaxar. Ele não a abandonou depois que eles fizeram. Bem, ele a deixou, mas planejava voltar. Ela deslizou seu olhar por seu peito nu e se perguntou brevemente onde sua camiseta estava. Nenhum deles tinha removido a parte de cima de suas roupas no andar de baixo. Entretanto Nicole notou que seu cabelo estava molhado e ela percebeu que ele deveria ter tomar um banho antes de começar a preparar a bandeja. -Eu achei que você poderia estar com fome quando acordasse, então eu estava preparando um lanche para nós - Jake quietamente disse. Seu olhar deslizou para a bandeja. Havia queijo, bolachas, azeitonas, vinho... e uma lata de chantily e uma embalagem de cobertura de chocolate? Suas sobrancelhas se ergueram. Não havia nenhum sorvete ou qualquer outro tipo de comida que pudesse precisar de chantily ou cobertura de chocolate. Isso tinha que ser para outra coisa, e não precisava pensar muito para compreender o que era essa outra coisa. A resposta surgiu em sua cabeça de uma vez, juntamente com imagens de passar o chocolate em seu corpo e lambê-lo. Girando abruptamente, Nicole se apressou para fora da cozinha. Ela estava se movendo tão rápido que estava quase correndo quando ela cruzou a salar de jantar


em direção a seu quarto. Ela não parou ali, continuou até o banheiro, diretamente para o chuveiro. Abrindo a ducha com uma mão, ela deixou cair o lençol e então rapidamente tirou sua camisa. Ela estava lutando tirar seu sutiã quando ouviu um som atrás dela. Nicole olhou por cima de seu ombro. Ela deixou a porta aberta e Jake agora estava lá, olhando para ela com os olhos arregalados e com preocupação em seu rosto. -Você está bem? Ele duvidosamente perguntou.

-Não. Eu não consego tirar meu sutiã e quero tomar um banho - ela respondeu.

Ele hesitou e então ofereceu, -Eu posso tirar para você se quiser.

-Por favor - ela murmurou, girando seu rosto para frente novamente e simplesmente esperando. Nicole ouviu ele cruzando o banheiro e então ele começou o trabalho, mas disse em voz baixa, -Quando você saiu apressada eu fiquei preocupado que você estivesse chateada com o que aconteceu. Nicole ficou em silêncio por um minuto, e então disse, -Eu ficarei. Mais tarde.

-Mais tarde? Jake ecoou. -E neste momento?


Ela hesitou, mas o formigamento que ela sentia quando acordou tinha aumentado, primeiro com memória, depois com a vista de seu peito nu, e depois com a percepção do que ele sem dúvida planejava fazer - e ela definitivamente poderia fazer - com o chantily e a cobertura de chocolate. Agora, com os dedos dele roçando suas costas, ela estava positivamente tremendo com excitação e encorajada a dizer, “neste momento eu só quero tomar um banho e então espalhar chantily e cobertura de chocolate em você e lamber. Os dedos de Jake ainda roçavam sua pele e então seu sutiã abriu e saiu pela parte da frente. E quando ela percebeu isso, suas mãos deslizaram ao redor de seus lados e passaram por debaixo dos seios e apertaram. -As coisas eu quero fazer com você - ele rosnou, apertando os seios redondos e pressionando sua virilha contra ela por trás. -Me diga - Nicole suspirou, empurrando de volta e sentindo a dureza que pressionava contra ela. Curvando-se ligeiramente, Jake tirou seu cabelo para um lado e mordiscou seu lóbulo da orelha antes de dizer, -Eu quero deitar você na mesa da cozinha e fazer de você uma refeição. Quero cobrir você com chantily e lamber e chupar meu caminho através de cada centímetro de seu corpo. Ele pausou então lambeu, mordiscou e chupou seu pescoço brevemente enquanto sua mão deslizou para baixo através de seu estômago para mergulhar entre suas pernas. Nicole gemeu quando ele começou a acariciá-la lá, seus dedos firmes e experientes quando ele circulou o centro duro de sua excitação. Quando ele deslizou um dedo dentro dela, Nicole ofegou com prazer e agarrou a porta do chuveiro para manter seu equilíbrio.


-Eu quero tomá-la no chuveiro, colocar você com suas mãos na parede e pernas abertas e tomá-la por trás enquanto a água morna cái sobre nós. -Oh, sim - Nicole ofegou, empurrando contra a porta do chuveiro e movendo seus quadris enquanto ela montava sua mão. -Então eu quero tomá-la em todas as posições, em todo lugar desta casa - Jake deslizou um segundo dedo dentro dela, seu dedo polegar ainda brincando com ela enquanto ele movia seus dedos dentro e fora, dentro e fora. -Eu quero foder você até que nenhum de nós possa se levantar - ele rosnou, suas esticadas com os dedos ficando mais fortes e mais rápidas. -Eu quero ficar encharcado em seu prazer, afoguar nele. Eu quero que... Ele parou bruscamente e Nicole não precisou perguntar porque. Seu corpo inteiro estava convulsionando com prazer quando o clímax a atingiu e ela soube que o atingiu também. Desta vez Nicole soube que os gritos em seus ouvidos eram ela e Jake, mas foi apenas uma consciência breve antes da escuridão começar a reivindicá-la. Ela viu o chão vindo ao seu encontro, e percebeu que estava caindo no chuveiro, mas não podia fazer nada sobre isso e não se importava particularmente naquele momento. Ela nunca sentiu o golpe quando caiu.


Nicole acordou em sua cama. Por um momento ela pensou que Jake devia ter acordado primeiro novamente e a levou para lá, entretanto ela mudou seu braço de posição e sua mão bateu contra algo sólido e morno na cama próximo a ela. Ela girou sua cabeça rapidamente. Jake estava ao lado dela, totalmente inconsciente. Aparentemente, ele acordou tempo suficiente para levá-la até ali, mas este tempo tinha acabado. Nicole olhou fixamente para ele em silêncio. A primeira luz do amanhecer vinha através das cortinas abertas e iluminava a ambos. Ele era um homem bonito. Ela notou desde o início, claro, mas agora, com ele inconsciente e desavisado, ela podia olhar detalhadamente. Até agora ela só tinha dado olhares rápidos aqui e ali, não querendo ser surpreendida olhando boquiaberta para o homem. Mas agora ela podia olhar boquiaberta para conteúdo do seu coração e assim fez. Jake tinha um rosto tão bonito... e aqueles lábios... um pequeno arrepio passou por ela quando se lenbrou das várias coisas que seus lábios fizeram com ela. O homem não tinha apenas sido agraciado com um rosto e um corpo bonitos, ele sabia como usar os presentes que lhe foram dados. Isso, ou o fato que ambos pareciam experimentar o prazer um do outro o transformou em um amante surpreendente. O pensamento a fez considerar aquele aspecto brevemente. Era muito surpreendente. Seriamente... incrível. Mas era tão malditamente rápido. Era como ter que engolir o bolo de chocolate quando você queria saboreá-lo. E era tão avassalador que eles ainda sequer tinham realmente feito sexo. Nicole considerou aquele fato brevemente, perguntando-se se eles alguma vez passariam das preliminares. A paixão vinha tão forte e rápida, ela suspeitou que eles não passariam neste ritmo. Seu olhar viajou para baixo no corpo dele onde o lençol estava à altura da virilha e


ela o olhou brevemente, ciente de que ela realmente não tinha olhado muito aquela parte. Ela teve dois orgasmos alucinantes e realmente não tinha visto muito mais do que o peito. Na primeira vez... bem, era difícil olhar para algo quando estava em sua boca, e na segunda vez ele estava atrás dela. O olhar de Nicole deslizou de volta para seu rosto, mas ele ainda estava inconsciente e então seu olhar desceu novamente e ela contemplou o situação. Ela queria olhar. Ela também queria sentí-lo dentro dela. Ela queria olhá-lo de frente, conectada a ele enquanto eles usufruíam da onda selvagem de paixão que transpassava a ambos, mas ela suspeitava que Jake era muito atencioso para que isso acontecesse. Julgando por suas ações até agora em preparar o café para ela e fazer seus lanches, Nicole suspeitava que Jake era o tipo que sempre começava com as preliminares e se ele fizesse isso, ela não chegaria à atração principal tão cedo... a menos que ela tomasse o controle da situação em suas mãos. -E eu não quero dizer isto literalmente - Nicole murmurou para si mesma e se sentou. A ação puxou o lençol de seu corpo, e ela arrastou o resto do modo que seu corpo ficasse todo exposto, então soltou um suspiro quando ela olhou para ele. Maldição, o homem parecia bom em todos lugares. Peito bom, barriga plana, pernas boas. Esses nanos definitivamente mantinham seu anfitrião em sua melhor forma. O homem podia ter posado para Michelangelo ou Rodin. Ele também era quase tão branco quanto o mármore, ela notou, e deslizou seus dedos ligeiramente junto de seu quadril.

Jake poderia estar adormecido, mas seu corpo reagiu imediatamente ao toque, seu pênis crescendo e endurecendo. Nicole olhou, seus olhos se alargando, e então ela roçou seus dedos levemente sobre ele novamente de forma que ele continuou a crescer. Um murmúrio sonolento atraiu seu olhar para o rosto de Jake. Quando seus olhos


começaram a abrir, Nicole rapidamente mudou de posição e passou uma perna sobre ele para montar em seus quadris. Ela não o levou dentro dela imediatamente, mas olhou para seu rosto e esperou que ele acordasse. Jake piscou sonolento para ela e então confusão cobriu seu rosto. Mas passou depressa e seus olhos se alargaram quando ele notou sua posição. -Seus olhos - Nicole suspirou com surpresa. -A prata está aumentando e eles estão brilhando. -O nanos - ele disse simplesmente, sua voz rouca. Sua mãos subiram para apertar seus quadris brevemente, e então ele deslizou uma para baixo até colocá-la entre as pernas dela. -Bom dia. Nicole gemeu, e prontamente se abaixou sobre ele, só para gemer novamente quando ele a preencheu. Havia passado mais de um ano desde que Nicole deixou seu marido e ela não fez sexo desde então, mas isso não foi a única razão pela qual ela o sentiu tão grande. Ela notou que mesmo Jake não parecendo excepcionalmente longo, ele tinha circunferência e essa circunferência a preenchia completamente, até esticando um pouco. Deus, isso era bom. -Maldição, você é muito boa - Jake murmurou entre dentes, com ambas as mãos em seus quadris novamente. Já que foi exatamente o que ela pensou, Nicole deu um risada ofegante e então começou a se mover.

Para a grande surpresa de Nicole, ela foi a primeira a acordar novamente. Desta vez, a luz solar forte do inverno estava brilhando pelas portas de vidro corrediço sobre


eles. Nicole automaticamente se levantou para fechar as persianas e então virou para olhar na cama agora sombreada. Ela olhou para Jake curiosamente quando percebeu que a luz, tanto mais cedo quanto agora, não parecia perturbá-lo... e ele fez compras com ela à luz do dia. Obviamente, isso era outra diferença entre vampiros e imortais; A luz solar não incomodava os imortais. Nicole foi em direção à cama, pretendendo deitar novamente, mas ela não estava realmente cansada neste momento. Mas ela estava com sede... e sua garganta estava um pouco dolorida. Não era o único lugar em que ela estava dolorida. Parecia que todas as carícias e fazer sexo depois de um ano de abstinência estava causando alguma sensibilidade. Interessante, ela pensou e então deu a volta na cama e foi até o closet. Seu olhar deslizou até o banheiro e Nicole brevemente considerou tomar banho, mas suspeitou que se Jake acordasse e a encontrasse nua no chuveiro, ela não conseguiria sair do quarto por um tempo. A idéia era atraente, mas Nicole estava tão sensível que ela temia que outra rodada com Jake no momento só deixaria isso pior. Além disso, ela estava com sede... e agora faminta também. No closet, Nicole pegou uma calça de pijama xadrex, um sutiã e uma camiseta, deliberadamente evitando roupa íntima neste momento para dar a sua parte de baixo um descanço. Ela se vestiu no closet, seu olhar deslizando pelo amplo local. As gavetas embutidas estavam de ambos os lados e uma lavadora e uma secadora encostadas contra a parede atrás dela do outro lado da porta do banheiro. Mas o resto do lugar era equipado com cabideiros altos e baixos, de cada lado... exceto ao lado dela, onde existia apenas um cabideiro alto para pendurar roupões e vestidos longos. Nicole fez uma careta como ela olhou nos cabideiros vazios. Tinham estado


completamente cheios quando Rodolfo estava lá. O homem tinha tantas camisas e calças que muitas delas ainda tinham as etiquetas das lojas. Ele ocupava todo um lado e mais da metade do outro com suas roupas quando eles viveram junto, mas agora suas próprias roupas apenas ocupavam metade de um lado... e com roupas espalhadas para evitar rugas. O que nunca a aborreceu antes, mas agora Nicole estava pensando que talvez ela devesse comprar algumas roupas bonitas e talvez algumas camisolas legais e roupa íntima sensual e... Nicole se acalmou. Que droga ela estava pensando? Ela nem bem saíra de uma relação. Ela não estava pronta para entrar em outra. E ela havia se prometido outros seis meses antes dela sequer considerar um encontro, mas aqui estava ela, algumas rodadas na cama com Jake e ela estava pronta para sair e comprar roupas? Inclusive roupa íntima sensual? Deus, ela era uma idiota total. E uma puta também, Nicole disse a si ferozmente. Ela dormiu com seu cozinheiro/caseiro depois de conhecê-lo por apenas alguns dias. Qual era o problema com ela? Nicole sabia que estava sendo dura. Ela sabia também que muitas mulheres não viam nada de errado em dormir com alguém que tinham conhecido em um bar e não sabiam nem o nome. E ela concordava com isso... para outros. Mas Nicole se conhecia bem o suficiente para saber que ela não podia apenas fazer sexo. Ela iria se envolver emocionalmente, e a última coisa ela precisava agora era se envolver emocionalmente com alguém. Com raica de si própria e agora de mal-humor, Nicole terminou de se vestir e saiu do closet. Ela andou praticamente nas pontas dos pés pelo quarto em um esforço para não acordar Jake. Ela não estava pronta para vê-lo neste momento. Ela precisava de um tempo para se organizar e decidir como lidar com esta situação com ele. Isso poderia incluir demití-lo da função de cozinheiro/caseiro, Nicole admitiu para si mesma com tristeza. Mas ela sabia que era a coisa mais inteligente para se fazer...


porque o que ela mais temia era que enquanto ele estivesse por perto, ela não poderia resistir a ir para cama com ele. O sexo tinha sido muito bom. Inferno, se ela não estivesse dolorida, Nicole provavelmente estaria sobre o homem agora mesmo. -Jake não está aqui para ser seu cozinheiro/caseiro.

Nicole levou um susto quando ela entrou na cozinha. Girando, ela olhou fixamente para Dante Notte. O homem permaneceu dois passos atrás dela, aparentemente tendo seguido ela de... bem, algum lugar. A sala de estar, provavelmente, ela pensou, mas não o notou. -Você estava ocupada pensando sobre estar na cama com Jake e como evitar isso ele ofereceu em ajuda. -Para evitar ficar envolvida com ele - Tomasso adicionou, aparecendo atrás de seu gêmeo. Nicole corou e girou e caminhou para a geladeira. -Por favor parem de me ler.

-É difícil não fazer isso. Novos companheiros de vida são frequentemente bastante altos com seus pensamentos - Dante explicou. -E de outras maneiras - Tomasso murmurou, e Nicole sentiu seu rubor aumentar quando lembrou dela gritando com prazer, não uma vez, mas três vezes. Ela supôs que isso explicava porque sua garganta estava dolorida. -Minhas desculpas - ela disse rigidamente quando abriu a porta da geladeira à procura de algo para beber. Um segundo mais tarde entretanto, ela franziu o cenho e olhou para os homens. -O que você quer dizer com, Jake não está aqui para ser meu cozinheiro/caseiro? Este é seu trabalho.


-É o que você pensa - Tomasso disse com diversão.

-O que você quer dizer com, isso é o que eu penso? Nicole perguntou, carrancuda.

-Bem, você pensa que ele está aqui para ser seu cozinheiro/caseiro, enquanto ele pensa que está aqui para ser seu guarda-costas - Dante disse com diversão. Nicole estreitou os olhos. -E qual é a verdade? Por que Marguerite o trouxe aqui?

-Porque você é sua companheira de vida - Tomasso disse como se isso fosse óbvio.

-Você está me dizendo que Marguerite pensou que eu seria uma companheira de vida para Jake e... Nicole começou. -Ela sabia que você seria uma companheira de vida para Stephano - Tomasso corrigiu. -Marguerite tem um dom sobre tais coisas - Dante informou a ela quietamente. -Ela juntou vários companheiros de vida ao longo dos últimos anos. -Bem, eu tenho certeza que ela está errada desta vez. Eu... . Nicole começou mas Dante interrompeu. -Por favor, tente lembrar que nós podemos ler sua mente e saber quando você está mentindo... até para você mesma - ele solenemente disse.


Nicole fechou a porta de geladeira com mais violência do que era necessária e foi se sentar à mesa. Escorando seus cotovelos na mesa, ela colocou seu rosto em suas mãos e esfregou seus olhos quase dolorosamente com os dedos de suas mãos. Ela fez isto tão forte que ela quase viu estrelas. -Você sabe que Marguerite não está errada - Dante quietamente disse, sentando à mesa de um lado dela enquanto Tomasso sentou na cadeira no outro lado. -Jake disse a você que ele não pode ler ou controlar você e que a falta dessas habilidades é um sinal de um companheiro de vida. Mas fora isso, você apreciou o prazer compartilhado de um companheiro de vida, e mesmo que você não soubesse que era outro sinal, você soube que foi especial suficiente para significar algo. Nicole fez uma careta. Sim, ela soube que foi muito especial. Ela não só nunca experimentou qualquer coisa como isso antes, como também suspeitava que não fosse nem possível, pelo menos entre dois mortais. Mesmo assim, ela agitou sua cabeça. -Eu... -Você tem medo - Tomasso interrompeu antes dela poder inventar qualquer mentira que estava imaginando para ela mesma e para eles. -O medo é natural depois do que você passou - Dante quietamente disse, colocando uma mão em seu braço. -Mas Jake não é Rodolfo... e isto não é uma situação normal. -Talvez, mas... eu não quero cometer outro engano - ela desabafou, inclinando para trás em suas cadeira para escapar do suporte que ele ofereceu com seu toque. -O nanos não se enganam - Tomasso disse com diversão. -Ela resiste em receber ajuda e suporte assim como Stephano fez quando ele deu uma de Pinocchio para cima de nós. Eles são semelhantes. -Sim, eles são - Dante secamente concordou, mas disse para Nicole, -Se você não


quiser cometer outro erro, então confie nos nanos. Eles não se enganam. Nem Marguerite. Os casais que os nanos põem juntos duram. Séculos. -Até milênios - Tomasso completou.

Nicole olhou para ele com surpresa, mas foi Dante que disse, -Nossos avós têm estado juntos por milênios. -Quase para sempre - Tomasso secamente disse. -E eles ainda estão firmes.

Nicole olhou fixamente para eles duvidosamente. -Mas eu mal conheço Jake.

-Você não o conhece a muito tempo - Tomasso concordou.

-Mas nós o conhecemos - Dante quietamente disse. -Nós o conhecemos por toda sua vida e ele é um bom homem. -Um pouco teimoso e cabeça dura às vezes - Tomasso disse.

-Mas ele é sempre honrado - Dante adicionou.

Tomasso assentiu com a cabeça. -Ele também não bebe ou usa drogas.

-Ele é honrado e justo - Dante assegurou a ela, e então adicionou, -Ele é atencioso também. Ele estava sempre tentando ajudar com qualquer coisa que estivesse acontecendo enquanto crescia, fosse limpar a mesa depois de um grande jantar de família, ou consertar o teto da casa do vizinho.


Ambos os homens ficaram brevemente em silêncio, permitindo a ela considerar cuidadosamente o que foi dito, e então Dante disse, -Nicole, eu prometo você, o único erro que pode ser feito aqui é não dar a ele uma chance. -Se você não confiar seu próprio julgamento, confie o nanos - Tomasso adicionou.

Ambos os homens então se levantaram e se dirigiram para fora da cozinha, mas quando Dante parou na porta e olhou para trás, Tomasso, que estava atrás dele, foi forçado a parar também, quando o outro homem disse, -Mas ambos precisam ser mais cuidadoso no futuro. Você podia ter se afogado no chuveiro se você caísse com seu rosto para cima e boca aberta. Do jeito que foi, você já teve uma boa contusão em sua bochecha. Nicole instintivamente agarrou sua bochecha, estremecendo quando ela tocou o local inchado. -Tente manter as brincadeiras na cama - Tomasso adicionou com diversão.

-Pelo menos evite qualquer ambiente com água, seja banheira ou chuveiro. E definitivamente nada em tempo aberto nesta época do ano - Dante severamente disse. -Você congelaria até a morte antes de recuperar a consciência. -Definitivamente nada em tempo aberto - Tomasso concordou.

Gemendo, Nicole cruzou seus braços na mesa e deixou sua cabeça descansar sobre eles, escondendo o rosto, que ela sabia que agora estava vermelho brilhante. Isso não a impediu de ouvir os homens rindo suavemente quando eles deixaram a cozinha.


A princípio, Jake pensou que era noite quando ele acordou, entretanto ele notou a fresta de luz nas bordas das persianas e reajustou seu pensamento. Pela aparência da luz era o final da tarde do dia seguinte ao que acordou depois de ser envenenado. Ele esperava que sim. Era possível que fosse o dia depois deste. Era difícil de dizer. Ele e Nicole fizeram amor e desmaiaram por três vezes. Podia ser um dia ou dois depois do que ele contou a ela sobre imortais. Tudo que ele sabia com certeza era que estava sozinho na cama. Aquela percepção imediatamente o deixou preocupado. Ele não se importava que Nicole o tivesse deixado sozinho na cama, não tanto. Mas ele estava preocupado sobre como ela aceitado o que aconteceu entre eles. A deixou mais próxima como Dante e Tomasso sugeriram? Ou ela era agora enlouqueceu e desejava que nunca tivesse colocado os olhos nele? Tirando o lençol para o lado, Jake saiu da cama depressa e procurou sua calça de moleton, mas se lembrou que a deixou no banheiro durante o pequeno episódio fora do chuveiro. Quando ele a beijou e chupou seu pescoço enquanto a acariciava, ela se moveu tão deliciosamente contra ele, que ele quis sentir a carne nua de Nicole contra sua ereção e rapidamente tirou a calça de moleton. Isso foi tudo que ele teve que fazer. A calça caiu no chão… e em seguida que ele acordou na cama sem a calça. Aquela memória o fez franzir o cenho. Jake não lembrava de chegar à cama depois de desmaiar no banheiro. De fato, ele tinha certeza que não saiu do banheiro. Mas Nicole não podia tê-lo levado até a cama. O que deixava Dante e Tomasso. Eles provavelmente ouviriam o chuveiro aberto e quando continuou assim por um período demorado, sem dúvida vieram investigar. Surpreendentemente, a idéia o aborreceu. Jake não se importava que eles o vissem naquele estado, mas ele não gostou do idéia deles vendo Nicole assim. Ela estava


completamente nua quando ele terminou de remover seu sutiã. Nua, inconsciente e debaixo dele. Ele não gostou de jeito nenhum que eles a tivessem visto desta forma. Com uma carranca, ele se levantou e caminhou para o banheiro, congelando e instintivamente virando sua cabeça rapidamente quando ele viu Nicole na frente do chuveiro, se secando. -Desculpe - ele murmurou, rapidamente fechando a porta novamente. Ele então ficou parado lá com dúvida, inseguro se ele devia se sentir estúpido ou não. Depois de tudo que eles fizeram, vê-la nua não deveria ser um problema, e não era para ele. Jake evitou seus olhos e fechou a porta por ela. Ela poderia ainda estar tímida e querer privacidade. Bem, se ela pensasse que era uma bobeira ele dar a ela privaciadade para cuidar de sua higiene pessoal, Jake tinha certeza que ela diria a ele. Enquanto isso, ele tinha algumas necessidades pessoais para cuidar também. Jake saiu do quarto principal e se encaminhou para o banheiro de hóspedes que ficava fora de seu quarto, completamente despreocupado com sua nudez. Haviam apenas Dante e Tomasso ali afinal, ou assim ele pensava até que Joey disse, -Jesus, Jake. Isto não é uma colônia de nudismo. Coloque algumas roupas. A cabeça de Jake girou ao redor para ver o irmão de Nicole de pé ao lado do sofá na sala de estar, uma bonita e delicada ruiva a seu lado. Joey fez uma careta para ele, mas a ruiva o estava cobiçando com um pequeno sorriso. Jake ficou tão surpreso que quase parou, mas olhou a mulher soslaio e decidiu ir para seu quarto em vez do banheiro. Apesar de precisar se aliviar, colocar algumas roupas primeiro pareceu uma boa idéia. Ele não ficou terrivelmente surpreso quando momentos depois que ele entrou,


alguém bateu à sua porta. Nem se surpreendeu quando depois que ele gritou, “Entre”, Joey entrou no quarto. -Que diabos você fazendo saindo do quarto de minha irmã totalmente nu? Joey severamente exigiu. -Isso realmente não é da sua conta - Jake calmamente disse, colocando uma calça limpa de moleton e rapidamente amarrando o laço na cintura. -Isso é assunto meu e de sua irmã. -Bem, onde diabos ela está? Ele exigiu de uma vez. -Esse tal de Dante que me deixou entrar disse que ela estava no banho e sairia logo. -Ela já acabou o banho. Tenho certeza que ela sairá logo.

-Bem, e que diabos está acontecendo? Joey latiu. -Eu tenho estado ligando por três dias tentando falar com Nicole, e um ou outro desses brutamontes no andar de baixo continua me dizendo que ela estava doente e que por isso não me encontrou para o almoço e não pôde falar comigo no telefone. Jake pausou, brevemente preocupado de que Nicole tivesse adoecido enquanto ele se recuperava do envenenamento, entretanto ele percebeu que Dante e Tomasso simplesmente disseram isso a Joey como desculpa para manter Nicole e seu irmão separados enquanto ele estava se recuperando. Sem dúvida eles também apagaram da memória dela o almoço marcado com seu irmão. Vê-lo poderia reavivar suas lembranças, e se isso acontecesse sem pelo menos um dos gêmeos lá para prevenir isso, todo o bloqueio que eles fizeram teria caído como uma série de dominós. Nicole teria lembrado de tudo antes que eles pudessem prepará-la para as lembranças. -E então - Joey furiosamente continuou, -Eu venho ver o que diabos está


acontecendo e descubro que aqueles sujeitos são seus primos? Você mudou sua família para cá enquanto Nicole estava muito doente para protestar? -Claro que não - Jake calmamente disse, colocando sua camiseta e se dirigindo para a porta. -Eles estão fazendo uma breve visita e me ajudando. -Ajudando você com que? Joey exigiu, seguinte ele fora do quarto.

-Eu explicarei em um minuto. Mas agora eu realmente preciso ir ao banheiro - Jake educadamente disse. Ele entrou no banheiro e fechou a porta. Ele então trancou a porta, por via das dúvidas, caso o homem encolerizado decidisse seguí-lo. Jake entendia a chateação de Joey. Ele teria ficado chateado no lugar dele também, mas ele realmente precisava se aliviar, então as explicações só teriam que esperar alguns minutos.

Capítulo 13

-Joey? Nicole disse hesitante quando viu o homem furioso sair do banheiro de hóspedes. Depois da breve interrupção de Jake, ela se vestiu depressa, amarrou seu cabelo em cima em um rabo-de-cavalo e saiu apressada para procurá-lo, mas ao invés disso encontrou seu irmão. -O que você está fazendo aqui? Joey olhou ao redor para vê-la. -Você está aí! Ela franziu as sobrancelhas ante seu tom, e ao modo com que ele se apressou para seu lado. Agarrando seu braço, ele começou a puxá-la em direção aos degraus. -Vamos. Eu vou tirar você desse hospício - ele disse com determinação.


-O que? Ela perguntou com uma risada de surpresa. -Sobre o que você está falando? Que hospício? -Nicole. Joey parou e girou para enfrentá-la com exasperação. -Você faltou a nosso almoço sem aviso prévio ou mesmo um telefonema de cortesia, o que é completamente estranho. E então quando eu repetidamente ligo para falar com você, eu falo com uma mulher ou estes homens estranhos que atendem e me dizem que você está doente, não pode falar comigo e não quer me ver. Finalmente, eu desisto de ligar e venho aqui para ver como você está e encontro dois capangas da máfia no andar de baixo e seu suposto cozinheiro/caseiro saindo de seu quarto tão nu quanto no dia em que ele nasceu. Algo misterioso está acontecendo aqui. Você precisa se cuidar e eu estou levando você para nosso hotel até que tudo fique esclarecido. Nicole olhou para seu irmão fracamente quando suas palavras caíram sobre ela. Com toda a excitação dos últimos dias, ela esqueceu totalmente de seu almoço com Joey. De fato, ela esqueceu tudo sobre ele, sobre ele estar na cidade, e... bem, tudo. Ou alguém ajudou que ela esquecesse, ela de repente pensou, mas deixou o pensamento ir. Se Dante e Tomasso tinham bloqueado seu irmão de sua memória, ela soube exatamente porque eles tinham feito isso... e ela compreendia. Mas ela não podia explicar isso para Joey. Ele era um pouco fofoqueiro. Nicole achava que não existia um secreto que o homem realmente manteve guardado. Ela também não podia explicar Jake saindo de seu quarto nu. Ou ela não queria, então Nicole usou a única coisa que ela podia dizer em resposta a seu longo discurso e assegurou a ele, -Dante e Tomasso não são capangas da máfia. Aparentemente, essa foi a abordagem errada. A boca de Joey caiu aberta, depois fechou, e então ele agarrou seu celular. -Vou ligar para a Mamãe.


-Joey - ela disse com um suspiro. -Não há necessidade disso. Olhe, vamos tomar um café e... Nicole pausou abruptamente e olhou ao redor de seu irmão para Jake quando o porta do banheiro se abriu e ele saiu. Ele vestia uma calça de moleton cinza folgada e uma camiseta que era bem apertada. Ele também tinha uma cara de sono e olheiras em seu rosto... e maldição, mas ele não parecia bem, Nicole pensou, com seus joelhos fraquejando e boca salivando quando Jake encontrou seu olhar. No momento seguinte, ele cruzou a sala em direção a ela como uma mariposa em direção a luz, e—completamente ignorando, ou inconsciente da presença de Joey— deslizou seus braços ao redor dela e a puxou contra seu peito quando ele deu um inferno de um beijo quente e molhado em seus lábios. Nicole estava quase envolvendo suas pernas em torno do homem e subindo nele como em um poste de telefone quando ele quebrou o beijo e se afastou um pouco para olhá-la. Foi só então que Nicole percebeu que seu irmão estava protestando. -Que diabo? Pare isto! Tire suas mãos de minha irmã! Nicole! Afaste-se dele! Eu estou ligando para mamãe agora! Nicole fez uma careta para Jake, depois virou sua cabeça para olhar seu irmão. -Eu estou bem, Joey. Não há necessidade de ligar para mamãe. Joey olhou para ela, com o telefone na mão e respirando pesado. Ele então se aproximou e sussurrou em seu ouvido, -Nós precisamos conversar. Algo não está certo aqui. Eu quero que você venha com Melly e eu. Você pode ficar em nosso hotel conosco até que consigamos organizar as coisas. -Melly? Nicole perguntou, olhando ao redor. -Ela está aqui? Enquanto fazia a pergunta, Nicole viu a bonita ruiva aguardando no sofá. Não era difícil de acreditar que ela era uma modelo, Melly era magnífica; Olhos grandes e


exóticos, um nariz direto, lábios carnudos, cabelo vermelho liso e reto. A mulher parecia que tinha nascido para caminhar nas passarelas da Europa e estampar capas de revistas. Nicole de repente percebeu que estava vestida como um mendigo, completamente sem maquiagem, e com seu cabelo úmido e preso em um rabo-de-cavalo. Maldição, ela pensou, a vida podia ser tão injusta às vezes. Empurrando esse pensamento para longe, ela exibiu um sorriso perfeitamente sincero e cruzou a sala para saudar a mulher que seu irmão amava. -Oi, Melly. É um prazer conhecer você - ela disse, tomando a mão fria da mulher em suas próprias mão e agitando calorosamente. -É Melanie - a mulher disse, com um sorriso quando ela retirou sua mão. -Só Joey me chama de Melly. -Oh. Nicole hesitantemente sorriu, olhando em direção aos homens e depois girando em direção à cozinha. -Eu vou servir o café. -Eu não bebo café - Melly anunciou. -Envelhece você prematuramente.

-Bem então eu vou preparar água para o chá - Nicole disse, movendo-se um pouco mais depressa. -Chá é tão ruim quanto café - Melly anunciou como se ela devesse saber aquilo e adicionou, - Apenas água quente com limão para mim. -Certo - Nicole disse por entre os dentes quando ela escapou para a cozinha.

Ela só percebeu que Jake a tinha seguido quando ele disse, -Eu farei o café e colocarei a chaleira no fogo. Faça companhia para seu irmão e Melly. Nicole fez uma careta. -Eu só vou pegar um pouco daquele bolo que eu vi na


geladeira mais cedo.

-Bolo? Jake perguntou com surpresa.

-Mmm-hmm. Eu acho que Marguerite comprou isto enquanto estava aqui. Sorrindo, ela adicionou, -Ela tem uma queda por doce. -Que tipo de bolo é? Jake perguntou com interesse, se elevando para olhar na geladeira por cima de seu ombro. -E por que eu não vi isso quando eu estava prepaando nosso lanche? -É chocolate duplo - Nicole respondeu, retirando uma caixa de papelão grande de suco laranja, outra de leite, e uns cremes para revelar o bolo escondido no fundo da geladeira. -Porque eu escondi isso ou os rapazes o devorariam. Eles têm uma propensão para devorar tudo. -Sim, eles tem. Eles sempre foram assim - Jake comentou, se afastando quando ela tirou o bolo da geladeira e virou para colocá-lo na mesa. Nicole começou a tirar a tampa, e então parou e franziu o cenho. -Eu acho que se ela não bebe café, Melly provavelmente não come doce também. -Sim, ela come - Jake assegurou distraidamente, sua atenção no bolo. -Ela planeja vomitar tudo depois. -O que? Nicole girou para ele com surpresa.


-Eu li sua mente - ele explicou, olhando para ela e então sorriu e adicionou, -Ela não sabe que você vai servir bolo de chocolate, claro. Mas quando você disse que serviria o café, ela imaginou que você serviria um doce também. Ela está faminta, quer comer dois ou três pedaços, e depois ir ao banheiro e vomitar tudo para evitar as calorias. -Caramba - Nicole murmurou, olhando para o bolo. Parecia um desperdício terrível servir isso para Melly só para ela vomitar tudo depois. -Talvez eu não deva servir isso. -Boa idéia. Guarde isso para mais tarde. Nós podemos assistir um filme e comer bolo - Jake disse com um sorriso. Nicole sorriu um pouco, entretanto sua expressão ficou séria e ela disse, -Por favor, não leia Joey e Melly enquanto eles estiverem aqui, Jake. É um tipo de grosseria. Seu sorriso morreu devagar e ele assentiu com a cabeça. -Você está certa. Eu odiava isso quando minha mãe e os outros me liam. Eu não devia fazer isto. Eu não lerei. -Obrigada - ela murmurou, colocando uma mão em seu peito para se equilibrar quando ela se debruçou e deu um beijo em sua bochecha. Pelo menos ela queria beijar sua bochecha, mas ele girou sua cabeça no último instante de forma que seus lábios tocaram os dele. -Isto é bolo de chocolate? Joey disse atrás deles assim que seus lábios dse tocaram.

Foi provavelmente uma boa coisa, Nicole admitiu quando ela se virou sorrindo e assentiu com a cabeça para seu irmão. Do modo como Jake a afetava, ela poderia muito bem ter tentado subir nele aqui mesmo na cozinha. -Bom - Joey severamente disse. -Chocolate é o favorito de Melly.


-Oh, isto é bom - Nicole murmurou com um suspiro. Parecia que ela iria servir o bolo afinal. Forçando um sorriso, ela sugeriu, -Vá se sentar e relaxe, Joey. Nós iremos em um minuto com café e bolo... e água e limão - ela adicionou depressa quando ele franziu o cenho. Na verdade, isso tinha acabado de deslizar em sua mente. -Você está certa. Nós não devíamos deixar Melly sozinha. É uma grosseria - Joey disse com alegria forçada. -Além disso, você deveria tentar conhecê-la. Ela vai ser sua cunhada algum dia. -Oh... Nicole olhou para Jake.

-Jake levará o café e o bolo quando estiver pronto - Joey adicionou severamente e então curvou uma sobrancelha e adicionou, -É para isso que ele está aqui, não é? O aborrecimento deslizou por Nicole ante o comentário. Jake era mais que apenas um cozinheiro/caseiro para ela agora, mas ela ainda não tinha certeza do que mais estava incluído. Porém, a conversa com Dante e Tomasso a tinham convencido a dar a isso... o que quer que isso fosse, uma chance. -Depois ele pode voltar para a cozinha e cozinhar ou limpar ou fazer qualquer outra coisa enquanto nós estamos de visita - Joey adicionou firmemente e Nicole se sentiu endurecer. -Na verdade, depois ele pode permanecer conosco enquanto você está de visita de forma que você possa chegar a conhecê-lo - ela disse afiadamente, e então o imitou, adicionando, -Você nunca sabe, ele poderia ser seu cunhado algum dia. No minuto em que as palavras saíram de sua boca, Nicole quis trazê-las de volta. Jake endureceu atrás dela, e Joey parecia horrorizado, mas não mais do que ela mesma. Ela disse as palavras de raiva... mas elas foram demais. Ela concordou em


dar a Jake uma chance, não em aceitá-lo como um companheiro de vida. Ela não estava pronta para... -Vá fazer companhia a seu irmão - Jake quietamente disse, colocando sua mão em seu ombro e apertando suavemente antes de incentivá-la a ir em frente. -Eu levarei tudo quando estiver pronto. Quando Nicole olhou por cima de seu ombro para ele hesitante, ele sorriu tranquilizador e assentiu com a cabeça. Deixando sua respiração sair em um suspiro, Nicole seguiu seu irmão quando ele girou e andou a passos largos para fora da cozinha. Melly estava recostada no sofá, e recostada era a única descrição; Ela parecia que estava posando para o anúncio de algum resort tropical exótico. Nicole sorriu para a menina, mas antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Joey pegou seu braço e a puxou para perto. -O que estar acontecendo, Nicole? Ele perguntou com uma voz baixa, preocupada. Quando eu cheguei aqui apenas uns dias atrás, Jake acabava de começar como seu cozinheiro/caseiro e você dificilmente o conhecia. Agora ele poderia ser meu novo cunhado? O que está acontecendo? Ele drogou você? Hipnotizou você? Eles estão mantendo você como refém e a forçando a dizer estas coisas? Nicole suspirou e agitou sua cabeça. -Eu não quis dizer isso, Joey. Eu estava apenas chateada porque você o estava tratando muito mal. -Ele estava nu e saindo de seu quarto - ele severamente assinalou. -Você não é o tipo que dorme com alguém que você mal conhece. E eles não têm me deixado falar com você. Algo não está certo aqui, e eu estou preocupado. Por favor me diga o que está acontecendo. Eu sou seu irmão mais velho. Eu quero ajudar você.


Nicole relaxou e deu um abraço nele. -E eu agradeço por isso. Obrigada. Afastandose ela adicionou, -Mas realmente está tudo bem. Quando ele não pareceu seguro, ela adicionou, -Existem algumas coisas misteriosas acontecendo, e Jake, Dante e Tomasso estão tentando me ajudar. -E Jake saindo de seu quarto nu? Ele perguntou. Nicole abriu sua boca, depois fechou, e então negou com a cabeça, ciente que ela estava corando. Ela também não pôde evitar notar que ele não perguntou que coisas misteriosas estavam acontecendo... o que ela achou um pouco misterioso. -Você está dormindo com ele - Joey acusou com assombro. -Olhe, isto é… na verdade, eu... nós estamos sendo rudes com Melly - ela desesperadamente disse. -Nicki, isso não é bom. Você nem se recuperou completamente de Rodolfo. Eu não quero ver você se machucar novamente - Joey quietamente disse. Nicole negou com a cabeça. Ela realmente não queria ser machucada novamente, mas depois de se recuperar da humilhação de saber que Dante e Tomasso foram quem colocou a ela e Jake na cama depois que eles desmaiaram no chuveiro, Nicole procurou os homens e pediu a eles para falar a ela sobre os companheiros de vida. Eles disseram que companheiros de vida eram feitos um para o outro. Que Jake nunca a trairia, nunca a machucaria, e nunca abusaria dela porque ele não podia arriscar perdê-la. Que perdê-la poderia significar perder sua sanidade, sua humanidade e tornar-se um renegado. Ela não entendeu como isso poderia acontecer, mas aquelas promessas a estavam tentando e... -Nicki? Joey disse com uma carranca. -Eu realmente...


-Nós estamos sendo rudes com Melly - Nicole interrompeu, e se afastou dele, sentando no sofá e oferecendo à outra mulher um sorriso. Ela não queria discutir isso com Joey. Ela não queria nem pensar sobre isso. Ela estava dando uma chance a Jake e isso era tudo. A única outra coisa que ela podia fazer era rezar para que Dante e Tomasso estivessem certos, assim tudo daria certo e ela não se machucaria novamente. -Bem - ela disse com alegria forçada, sorrindo para Melly. -Joey me disse que você é uma modelo, Melanie. -Sim.

Nicole hesitou, mas quando ela não adicionou qualquer outra coisa, disse, -Isso deve ser emocionante, não é? -Sim.

Novamente, a garota não disse nada sobre suas experiências ou como era emocionante. Ela parecia não saber o conceito de uma conversação. Uma pessoa pessoa fala e então a outra pessoa responde... com algo mais do que um simples “sim.” Ou ela podia não se importar, Nicole pensou, e olhou para seu irmão pedindo ajuda. Isso foi um erro. Em vez de ajudar para que sua namorada conversasse, ele foi de volta ao assunto da conversa que eles tiveram, e sussurrou, -Eu estou preocupado com você. -Eu estou bem, Joey, de verdade - ela assegurou com um toque de exasperação. Ele era como um cachorro que não larga o osso.


-Mas eles disseram que você estava doente quando eu liguei - Joey disse com uma carranca. -Você estava? Ou eles não estavam me deixando falar com você? Se eles estiverem fazendo com que você faça algo que não quer, ou se está aqui contra sua vontade, Nicki, nós podíamos sair agora e... -Não, não - Nicole assegurou a ele rapidamente. -Não é nada disso. Eles...eu... Ela deixou o ar sair em um suspiro. Se ela dissesse a ele que Dante e Tomasso e a mulher que tinha atendido seus telefonemas mentiram, isso iria apenas assustá-lo mais, ou ela poderia mentir para ele agora. Mesmo que ela odiasse fazer isso, esta parecia ser a melhor opção para acalmá-lo no momento. Joey estava apavorado e desconfiado sem uma razaõ que justificasse essa atitude e ela teve que se perguntar o que Dante ou Tomasso disse ou fez para causar isto. -Eu estou bem agora, mas eu não era... eu mesma nos últimos dias. Nicole sorriu quando terminou de falar, orgulhosa de si mesma. Ela não teve que mentir, afinal. Ela realmente não tinha sido ela mesma completamente quando Marguerite, Dante e Tomasso a estavam controlando. Joey fez uma carranca. -Bem, o que havia de errado? Era gripe, ou o que? -Oh, só alguma... Ela vagamente acenou, e terminou, -Coisa. Mas eu estou bem agora. -E esses homens que estão aqui? Joey perguntou. -Você sabe o que Jake faz aqui, e Dante e Tomasso são seus primos. Eles estão fazendo uma visita. Jake esteve muito doente por vários dias e eles vieram para ter certeza que ele estava bem. -Ele estava doente também? Joey perguntou com surpresa. -Ele estava muito doente - ela assegurou.


-O que ele tinha? Joey suspeitosamente perguntou. -Ele teve uma reação ruim a substâncias químicas na banheira - ela disse, e então franziu o cenho e murmurou, -O que me lembra que preciso arrumar alguém para limpar a banheira. -Eu estou entediada. Nicole olhou para Melly quando ela começou a falar. -Eu quero ir embora - ela adicionou, e Nicole estava certa que sua boca caiu aberta. A mulher fez o anúncio como se fosse uma princesa real e esperava que todo mundo começasse a saltar para atendê-la... como Joey fez. Para surpresa de Nicole, seu irmão às vezes egoísta e aborrecedor estava imediatamente de pé, e estendendo sua mão para ajudá-la a levantar. -Certo, nós estamos indo, bebê - ele ternamente disse. Nicole parou hesitante com seus olhos bem abertos. -Mas Jake está fazendo café e... -Eu não bebo café - Melly lembrou a ela. -Bem, ele está fervendo água para você - Nicole severamente disse. -Eu não me importo. Eu quero ir embora. Melly disse simplesmente e então girou para Joey e exigiu, -Leve-me às compras, Joey. -Claro - ele disse depressa, tomando seu braço para conduzí-la para os degraus. -Eu comprarei para você algo brilhante e bonito. -E caro. Deve ser caro para compensar isso - Melly informou a ele.


-Claro - Joey assegurou a ela. Nicole os olhou fixamente por trás com assombro enquanto o casal descia as escadas para longe de sua vista. Ela não podia acreditar no que tinha visto e ouvido. Bom Deus... -Ela deve fazer um boquete incrível. Nicole se assustou e girou ante aquele comentário de Jake. Ele estava parado atrás dela, mãos nosquadris e um olhar de desgosto em seu rosto. Com olhos arregalados de assombro, Nicole perguntou, -O que? Ele encolheu os ombros, sua boca torcendo. -Bem, é verdade. Ela deve ser além de surpreendente na cama para Joey tolerar essa porcaria. Ela é uma cadela e ele rasteja e é subserviente a ela como um camponês na presença de uma rainha. -Sim - Nicole concordou com um suspiro, olhando através da janela dianteira grande quando Joey conduziu Melly para seu carro. -Ela é perfeitamente repugnante. -Hmm. Jake assentiu com a cabeça, observando também o casal. Ambos simplesmente ficaram lá, silenciosamente assistindo até Joey colocou Melly no carro e depois entrou. Quando o carro saiu de vista na estrada, Jake anunciou, -O café já deve estar pronto e o bolo está cortado. Você vai querer? -Oh sim - Nicole disse com sentimento, indo em direção à cozinha.

-Eu cortei quatro fatias - ele comentou. -Eu pensei que trazer fatias em vez do bolo evitaria que Melly comesse três ou quatro pedaços para vomitar. -Eu acho que nós teremos que comer duas fatias cada - Nicole disse, animando um


pouco. Chocolate sempre ajudava, e ela suspeitou que comeria duas fatias para ajudar a limpar o gosto ruim em sua boca. Ela não podia acreditar que Joey estava com aquela mulher horrível. Melly era rude, e arrogante e... Realmente, Nicole não conseguia pensar em nem uma única coisa agradável que dizer sobre a mulher... exceto, -Ela é bonita.

-Ela seria se mantivesse a boca fechada - Jake respondeu secamente quando foi buscar duas xícaras e começou a servir o café. Então ele adicionou, -Realmente, isso não é verdade. Ela teria que parar de pensar também. Eu estava tentando não escutar, mas podia ouvir seus pensamentos claros como o dia e não nem um deles era agradável. O que ela falou foi só a ponta do iceberg. Isso foi apenas sobre egoísmo. O resto era sórdido, crítica destrutiva. Nicole tirou o olhar dos quatro pratos com fatias de bolo que estavam em uma bandeja na mesa da cozinha, e olhou para Jake com curiosidade. -Você estava tentando para não escutá-la? Você faz parecer como se seus pensamentos fossem um rádio tocando. Você na verdade não tem que ler os pensamentos das pessoas? -Às vezes - ele disse com um encolher os ombros. -É diferente com pessoas diferentes. É que... Ele parou, franzindo o cenh enquanto levava os cafés para a mesa. Nicole suspeitou que ele estava tentando achar um modo de explicar isso e pacientemente esperou. Ela então pegou dois dos pratos com bolo, agarrou uns garfos e seguiu Jake. Eles estavam acomodados e preparando seus cafés com leite e açúcar antes dele continuar. -Certo, feche seus olhos e imagine que você está em um salão cheio de pessoas. Em um show de arte, um grande show de arte e todo mundo está de pé ao redor e conversando - ele disse. Nicole tirou sua colher de seu café, deixou na extremidade de seu prato e fechou seus olhos. A cena que ele sugeriu surgiu imediatamente em sua mente. Um salão cheio de


pessoas, bebidas na mão, circulando, conversando, rindo... -Agora, ouça suas vozes. Algumas são mais altas que outras, certo? Eu quero dizer que você pode permanecer no meio do salão e enquanto a maior parte das conversas é só um murmúrio indistinguível, você pode ouvir parte de conversas de outros mais claramente. Existe uma explosão súbita de riso a sua direita. Alguém a sua esquerda está dizendo em uma voz alta e aflita, “Oh meu Deus, eu não posso acreditar que ele fez aquilo comigo”. Atrás de você uma voz brava está dizendo, “Que cadela”. Outra pessoa está contando uma piada em voz alta e isso soa claro como um sino acima do buburinho e assim por diante. -Certo - Nicole murmurou quando ele ficou em silêncio. Ela podia ver a cena inteira muito claramente, e imaginar as conversas. -Bem, é assim que funciona para mim com o pensamentos das pessoas - ele explicou. -A maior parte do tempo, quando eu estou em público, existe um zumbido constante de pensamentos das pessoas e para ouvir os pensamentos de uma pessoa específica eu tenho que focar neles, bloquear todo o resto e me concentrar no que ela está pensando. Assim você está lendo a pessoa. Nicole assentiu com a cabeça devagar. -Mas - ele adicionou, -Existem pessoas que pensam mais ruidosamente que outras, ou cujos pensamentos são agudos e distinguíveis dos demais. Para essas pessoas você realmente tem que tentar bloquear seus pensamentos, mas é como tampar suas orelhas enquanto alguém está gritando com você, você normalmente ainda consegue ouvir alguma coisa. -E Melly uma gritadora com seus pensamentos? Nicole perguntou, achando estas informações fascinantes.


Jake fez careta e assentiu com a cabeça. -Seus pensamentos estão ensurdecedores. Eu não podia nem ouvir o murmúrio dos pensamentos de Joey com a gritaria em minha cabeça. Nicole levantou seu café e tomou um gole, pensando sobre o que ele disse e então ela franziu o cenho. -Esses sons... ruidosos - ela terminou, mas não era satisfeita com a palavra. -Eu quero dizer, você está dizendo que ouve não apenas sons reais quando você lá fora —e todos eles já que você diz que sua audição é superior—mas que existe também o constante zumbido de pensamentos das pessoas? -A menos que eu esteja só - Jake disse, e então adicionou, -Ou só com você. Certo, ele não podia lê-la, ela pensou. -Esta é uma das razões pela qual uma companheira de vida é tão especial - ele disse em voz baixa. -Para evitar o bombardeio constante de sons e pensamentos, um imortal sem companheiro de vida tem que se isolar e isolamento demais podem levar um imortal a se tornar um renegado. Mas um imortal com um companheiro de vida pode achar paz enquanto ainda aprecia sua companhia. Eles não têm que se isolar, e a paz que encontram recarrega suas baterias e permite a eles um melhor controle quando estão lá fora no mundo barulhento. Um companheiro de vida é reconfortante. -Entendo - Nicole sussurrou, e ela entendia. Ela agora entendia como um companheiro de vida seria especial. Mas ela sorriu de repente e brincou, -Então eu sou como um tranquilizante para você. Jake piscou com surpresa, se pela sugestão ou porque ele ficou surpreso por achar isso verdade, ela não soube. Entretanto seus olhos começaram a brilhar e ele admitiu, -Mais ou menos. Seria mais uma mistura entre um tranquilizante e Viagra. Nicole sentiu seu rosto corar. Não não foi com embaraço. Ela reconheceu aquele


brilho de prata em seus olhos. Quanto mais paixão ele sentia, mais forte a prata brilhava em seus olhos. Ela não sabia porque, mas estava consciente dele e sabia que seus pensamentos mudaram para assuntos mais carnais. E aquele conhecimento levou seus próprios pensamentos naquela direção também. Seu corpo estava começando a formigar, seus mamilos estavam endurecendo, e a umidade familiar estava crescendo entre suas pernas. Maldição, tudo que ele tinhae que fazer era olhar para ela e ela ficava molhada... como uma versão dos cães de Pavlov, Nicole pensou. -O bolo de chocolate é bom - Jake de repente disse. Piscando, Nicole olhou para baixo em seu bolo. Ela nem tinha experimentado ainda. -Mas seu gosto é melhor - Jake adicionou. Nicole parou, e então lentamente levantou sua cabeça para olhá-lo. Oh sim, seus olhos estavam queimando agora... assim como ela. Como inferno isso aconteceu tão rápido? Sem beijar, tocar, nada. Só algumas palavras e ela estava preparada. Jake pegou seu prato e seu café e levou para a pia, então voltou a ficar ao lado dela. Nicole baixou sua cabeça, esperando que ele a beijasse, mas ao invés disso ele pegou a cadeira dela e girou deixand-a de frente para ele. Ele então a pegou e colocou em cima da mesa onde seu bolo estava momentos atrás. -Você devia para de usar jeans - Jake anunciou, agarrando o botão de sua calça jeans. -Deveria vestir saias e vestidos - ele adicionou enquanto abria o botão e começava com o zíper. -Faria as coisas muito mais fáceis. -Eu terei que comprar estes ítens - Nicole disse sem fôlego quando ele abriu o zíper.


Jake acordou caído na mesa da cozinha, sua cabeça no colo de Nicole, exatamente onde ele estava quando desmaiou. Maldição, este sexo de companheira de vida era intenso, ele pensou, sentando-se e sacudindo sua cabeça para tentar acordar completamente. Marteladas e o som de algumas ferramentas chamou sua atenção, e ele olhou em direção à porta da cozinha, mas o som parecia estar vindo do andar térreo. Perguntando-se o que estava acontecendo, ele começou a levantar, entretanto parou quando seu olhar caíu sobre Nicole novamente. Ela estava deitada de costas sobre o tampo da mesa, nua da cintura para baixo e pernas abertas, joelhos um de cada lado dele e totalmente inconsciente. Apesar de ter acabado de acordar de um feitiço de desmaio pós-coito, a visão o estava tentando. Embora, na verdade não tivesse havido coito, ele pensou. Talvez ele devesse partir para isso agora, Jake pensou, suas mãos correndo sobre as pernas dela por vontade própria. Um sorriso curvou seu lábios e ele começou a endurecer quando Nicole se mexeu no tampo da mesa e murmurou sonolenta em resposta a seu toque. A idéia de despertá-la com beijos, puxando-a para a extremidade da mesa e deslizando dentro do caloroso corpo dela cresceu em sua cabeça, a ereção de Jake crescendo junto. Maldição, até inconsciente e babando, a mulher era a coisa mais sensual que ele já veria. -Jake?

Sua cabeça se moveu em direção à porta, ele rapidamente se afastou de Nicole e se apressou para a entrada para olhar na sala de estar. Dante estava caminhando em direção a ele.


Jake estava para pedir que ele parasse onde estava quando Dante fez isso sozinho e anunciou, -Apenas para lembrar. Aqueles trabalhadores você chamou para cuidar dos retratos estão terminando no andar de baixo e prontos para recomeçar aqui. -Oh. Isso explicava o barulho, Jake pensou, olhando por cima de seu ombro para Nicole. -Eu direi a eles para dar a você dois minutos - Dante disse voltando para as escadas antes de adicionar, -Assim você pode acordar Nicole e conseguir que ela se vista antes deles chegarem aqui. Jake olhou de volta para o homem, mas ele já estava longe de suas vistas nos degraus. -E é por isso que viver com imortais que podem ler você é um pé no saco - Jake murmurou, voltando para a cozinha. Seu primo devia ter lido sua mente para saber que Nicole não estava vestida. Isso ou ele já devia ter vindo até a cozinha antes e viu por si mesmo, Jake pensou e fez uma careta pior. Ele realmente precisava lembrar de ter certeza que eles estavam em algum lugar privado antes de saltar sobre Nicole. O problema era que ele achava difícil pensar quando ela estava por perto. Seu cérebro parecia só funcionar no modo “vamos deixar Nicole nua e...”. A parte depois do deixá-la nua mudava de acordo com a situação, mas sempre envolvia deixá-la nua. Contudo, mesmo isso ele parecia não poder realizar completamente, na maior parte das vezes. Fora dos quatro interlúdios até agora, ela ficou completamente nua apenas uma vez. Jake não acordou Nicole, ele simplesmente a pegou no colo e a levou da cozinha para o quarto. Mas quando ele a deixou na cama ela estava acordada.


-Oi - ele disse suavemente quando ela abriu seus olhos à medida que ele se endireitava. -Oi. Ela sorriu hesitante. -Nós tivemos que desocupar a cozinha. Os trabalhadores estavam chegando - Jake explicou. -Trabalhadores? Nicole perguntou, sentando e olhando ao redor com uma careta. Onde está minha calça jeans? -Oh, droga. Espere um minuto - ele murmurou e se apressou para a cozinha para pegar a calça jeans e calcinha que estavam no chão. Os homens estavam subindo as escadas quando ele se apressou pela sala de estar. Jake voltou ao quarto principal e então parou. Nicole não estava mais na cama. Ele relaxou quando ouviu a água do chuveiro no banheiro, e então deixou a calça jeans e calcinha na cama e saiu do quarto novamente ao banheiro de hóspedes. Jake rapidamente se aliviou e lavou seu rosto e mãos, depois saiu para ver o que tinha sido feito na casa até agora. Ele acenou com a cabeça ao passar pelos homens trabalhando na sala de estar e então apressado desceu a escadaria sinuosa até o térreo. Dante e Tomasso eram sentados em cada um dos grandes sofás da sala de estar, apreciando duas pizzas grandes que estavam abertas na mesa de café entre eles. Um filme de ação estava passando na TV de tela grande no funda da sala. -Pizza?” Dante ofereceu, erguendo a caixa mais próxima a ele para Jake ver seu conteúdo. -Não. Obrigado - Jake murmurou, seu olhar indo para as portas de vidro corrediço próxima à TV. Ele podia ver um homem de pé ao lado da banheira, assistindo uma bomba transferir a água para um barril grande aberto.


-Você lembrou a ele que a água está envenenada? Jake perguntou, olhando para o homem. Ele o advertiu quando ele chamou, mas as pessoas às vezes não escutam. -Sim. Ele está vestindo equipamento de proteção e é por isso que está colocando a água no barril. Ele trouxe vários deles para levar a água. Ele disse que provavelmente não era uma boa opção apenas bombear a água sobre a grama e deixar infiltar no chão - Dante disse a ele e então perguntou, -Quando você conseguiu ligar para estes sujeitos? Eu pensei que você estava tão ocupado com Nicole que não pensaria sobre isso. Eu ia fazer os telefonemas eu mesmo. -Enquanto eu estava fazendo café quando Joey e sua namorada estiveram aqui - Jake respondeu. Ele preparou o café e rapidamente fez os telefonemas. Ele foi rápido, e mal terminou as ligações quando ouviu Melly anunciando que ela queria ir embora. Ele olhou para Dante e Tomasso agora. -Ela não vale nada, huh? -Uma cadela - Tomasso disse.

-Não via a hora de ir embora - Dante secamente disse. -O irmão de Nicole é um idiota para tolerá-la. Ela não se importa com ele. Tudo que ela está pensando é sobre o que ele pode dar a ela. -Sim. Jake fez uma careta, mas encolheu os ombros. -Ele vai descobir isso em breve.

-Você não acha que nós devíamos dar a ele uns avisos? Tomasso perguntou.

-Eu não acho que ele apreciaria isso - Jake ligeiramente disse, recordando seu próprio ressentimento quando eles deram a ele quase o mesmo aviso sobre sua noiva anos atrás. -Além disso, como iria você explicar que sabe disso?


Dante e Tomasso meramente assentiram com a cabeça, e então olharam para além dele e sorriram. Olhando por cima de seu ombro, Jake também sorriu. Nicole estava descendo os degraus. Ela trocou de roupa, colocou um pouco de maquiagem, e seu cabelo agora fluído em ondas douradas suaves ao redor seus ombros. Ela também estava levando sua bolsa. -Onde nós estamos indo? Ele perguntou com um sorriso, movendo-se para encontrála no pé da escada. -Eu vou fazer compras - ela respondeu ligeiramente e então corou e adicionou, Comprar saias e vestidos. -Parece bom - Jake disse com um sorriso, e virou indo até o armário de casacos. E isso parecia bom. As saias e vestidos tinham sido sua sugestão afinal e ele estava pensando sobre quanto mais fácil seria se ela estivesse vestida assim em vez de usar calça jeans. Tudo que ele teria que fazer era erguer sua saia e... -Você não quer vir comigo - Nicole protestou quando o seguiu até o armário. -Você ficaria muito chateado.

Parando, Jake girou para olhá-la e quietamente disse, -Você não pode ir sozinha, Nicole. Lembra? Seu...

-Oh, certo, certo - ela disse com aborrecimento. -Alguém está tentando me matar. Jake franziu a testa. Parecia que embora ela agora admitisse que alguém estava tentando matá-la, Nicole não admitiria tão cedo que era seu ex-marido. Isso significava que ela ainda o amava? Ela afirmou que não amava, entretanto por que


ela era tão resistente em reconhecer que ele era o único que se beneficiaria?

-Você quer que nós os acompanhemos? Dante perguntou. -Seguir a uma certa distância, talvez reconhecer a área e ver se alguém está seguindo vocês dois? -Oh, isto é ridículo - Nicole disse com frustração, girando em direção às escadas. Não importa. Eu não farei compras. -Não, espere. Jake se apressou atrás dela, agarrando seu braço e a parando no pé da escadaria. -Nós iremos, apenas nós dois. É bom. Além disso, eu quero ajudar você a escolher... e colocar e tirar - ele adicionou com voz profunda. Nicole hesitou, entretanto sorriu e balançou a cabeça. -Você é um pervertido. -Eu sou - ele reconheceu. -Por você. -Sim. Ela suspirou. -E o triste é que eu sou pervertida por você também. Agitando sua cabeça, ela se moveu passado por ele em direção ao armário novamente. Jake sorriu por ter ganho a mini batalha, e então girou para Dante e Tomasso. Seu sorriso desvaneceu e ele acenou solenemente com a cabeça. Ambos os homens acenaram de volta, igualmente solenes, e Jake seguiu Nicole até o armário para pegar seu casaco. Os gêmeos seguiriam a distância e manteriam um olho neles se assegurando que Nicole não percebesse. O que ela não soubesse não a machucaria... e poderia salvar sua vida.

Capítulo 14


-Você está com fome? Nicole tirou seu olhar das luzes que passavam do lado de fora da janela de carro e olhou para Jake quando ela considerou aquela pergunta. Ela não teve que considerar por muito tempo. Agora que ele perguntou, ela de repente percebeu que seu estômago parecia estar tentando comer a si mesmo. -Na verdade, eu estou. -Sim, eu também - Jake murmurou, seu olhar na estrada adiante. -Nós nunca chegamos a comer aquele bolo de chocolate. Nicole mordeu seu lábio e girou sua cabeça para a janela novamente, tentando esconder um rubor quando ela lembrou porque eles não comeram o bolo. Eles fizeram um lanche na praça de alimentação quando cheram ao centro comercial, então eles não terem comido o bolo era irrelevante. Ele só tocou no assunto para provocá-la, ela tinha certeza, e ela não queria dar a ele a reação que ele estava esperando e deixá-lo ver que ela estava corando. Com um homem normal, Nicole não teria se preocupado que ele pudesse ver seu rubor na luz fraca do entardecer, mas Jake não era um homem normal. Ele disse que imortais tinham a visão noturna melhorada. Quão melhorada, ela não sabia. -Quer pedir uma pizza quando nós voltarmos? Jake perguntou e ela podia ouvir a diversão em sua voz e sabia que ele percebeu que teve sucesso em fazê-la corar. -Sim, por favor - Nicole docemente disse, e quando ele olhou para ela, esticou sua língua para ele. Jake desatou a rir da ação infantil, e então tirou uma mão do volante para alcançá-la e apertar seu joelho. -Mmmm - ele murmurou, quando seus dedos tocaram a pele nua. -Ou nós podíamos


comer fora.

-Você já comeu - Nicole disse, agarrando sua mão e tirando de sua perna quando começou a deslizar para cima. Maldição, só aquele pequeno toque fez um fogo viajar por suas veias. Ela realmente não devia ter concordado em usar uma das novas saias quando ele sugeriu isso no centro comercial. Eles nunca iriam fazer isso casa sem parar no acostamento da estrada neste ritmo. -Sra. Phillips!

Ela olhou ao redor com surpresa por seu tom escandalizado. -O que?

-Você acabou de dizer o que você disse? Jake perguntou, olhos arregalados e rindo quando ele olhou da estrada para ela. Nicole franziu a testa, não entendendo. Ela... -Oh! Seus olhos arregalaram de incredulidade quando ela de repente entendeu seu jogo de palavras. Corando com um brilhante vermelho agora, ela protestou, -Eu quis dizer na praça de alimentação! Você comeu na praça de alimentação quando nós chegamos ao centro comercial. Adicionando um Ohhh frustrado, ela bateu em seu braço. Jake riu. -Você devia ter visto seu rosto quando você entendeu.

-Ah é? Nicole perguntou, estreitando seus olhos. Ele realmente estava gostando disso, o que fez ela decidir que como ele gostava de atormentá-la, ela também podia atormentá-lo um pouco. Sorridente, ela anunciou, -Bem, eu acho que eu quero jantar fora afinal. Jake franziu as sobrancelhas com sua mudança de idéia.


-É provavelmente a única maneira de assegurar eu poderei me alimentar dentro das próximas várias horas - ela secamente adicionou. -Sim, é verdade - Jake admitiu, sua boca abrindo em um largo sorriso. Ele então encolheu os ombros. -Desculpe. Parece que não posso me controlar. Toda vez eu toco, cheiro ou apenas olho para você, quero fazer coisas que fariam corar uma prostituta. Nicole estava tentando imaginar que coisas seriam essas quando ele perguntou, -Há algum lugar especial que você queira ir? Nicole imediatamente disse o nome de um restaurante que ela sabia que tinha boa comida, pouca iluminação... e cabines. -Certo - Jake fez a volta e pegou a entrada da Estrada 417 para levá-la do outro lado da cidade. Eles fizeram compras no Centro Comercial de Bayshore, há uns bons vinte minutos do restaurante. O passeio daria tempo para ela planejar seu ataque. Nicole tinha a intenção de usar a iluminação e isolamento das cabines do restaurante para lidar com o homem selvagem, em público, onde ele não poderia fazer nada sobre isso. Ela suspeitou que isso significaria que ela iria descobrir como era fazer sexo no banco de trás de um carro em uma estrada rural escura a caminho de casa. Mas caramba, isso era uma experiência que ela não teve como adolescente, e novas experiências eram uma coisa boa. Certo? Eles só estavam na estrada há uns minutos quando Nicole foi distraída de sua conspiração por uma maldição baixa de Jake. Ela olhou curiosamente em direção a ele e então teve que agarrar a alça de apoio para se firmar quando ele de repente desviou bruscamente na pista externa para evitar a traseira do carro na frente deles.


-O que está errado? Ela perguntou, notando o olhar severo em seu rosto.

-Os freios não estão funcionando - Jake disse por entre seus dentes, suas mãos apertando o volante. -Você tem certeza? Nicole perguntou, e então percebeu o quão estúpida havia soado. Claro, ele devia ter certeza. Não era como se ele pudesse estar enganado sobre algo assim. Além disso, um olhar para baixo mostrou que ele estava bombeando seu pé no freio, mas eles não estavam diminuindo a velocidade. -Sim, querida, eu tenho certeza - ele severamente disse. -Desculpe, foi uma pergunta estúpida - ela murmurou, olhando em direção à estrada a frente deles. Não estava muito claro, mas ela podia ver as luzes traseiras dos carros em todas as três pistas cerca de um quilômetro a frente. -Eu mandei o carro para revisão na semana passada. Eles verificaram tudo, inclusive os freios, e disseram que estava tudo bem. -Sim, mas eles não estão bons agora - Jake disse em voz baixa. -Pior ainda, eu tirei meu pé do acelerador já faz um minuto inteiro e nós não estamos diminuindo a velocidade. -Oh, isso realmente não é bom - Nicole disse francamente, seus olhos mudando de volta para a estrada adiante novamente.


Jake não comentou. Sua total atenção estava aparentemente em dirigir... ou talvez ele estivesse tentando decidir o que ele podia fazer. Sentindo movimento ao lado dela, ela olhou bem na hora para vê-lo tentar os freios de emergência. Nicole instintivamente se preparou para uma parada abrupta, mas nada aconteceu. Jake não parecia terrivelmente surpreso. De fato, ele parecia incrivelmente tranquilo, ou extremamente sombrio. Enquanto isso, ela estava tendo um grande ataque de pânico interior. -O que nós vamos fazer? Ela nervosamente perguntou. -Reduzir a marcha - Jake respondeu, e fez isso antes de ligar as luzes de emergêcia. Nicole mordeu seu lábio e olhou pelo parabrisa novamente. Eles estavam chegando aos carros depressa e não parecia que a redução de marcha estava funcionando. Sua cabeça girou para a janela ao lado dela quando esta começou a abrir. -Resistência do vento - Jake gritou acima do ruído súbito do ar passando pelo veículo. -Poderia ajudar um pouco. Nicole assentiu com a cabeça, notando que ele abriu todas as janelas... e estava malditamente frio. Mas melhor frio que uma colisão ela pensou, fechando seu casaco. Esta realmente não tinha sido a melhor hora para vestir uma saia, ela decidiu, lamentando ter trocado sua calça jeans no centro comercial. -Eu vou usar a barreira do centro da pista para tentar diminuir a nossa velocidade Jake gritou. Nicole assentiu com a cabeça, mas não incomodou em tentar falar sobre o vento. Nada parecia estar funcionando ainda. Pelo menos, não parecia para ela que eles tinham conseguido diminuir a velocidade, mas ela manteve essa opinião para ela mesma e deixou ele fazer o que ele tinha que fazer. Nicole estava extremamente


agradecida que Jake estivesse dirigindo. Ela teria tentado os freios de emergência, mas não teria pensado sobre reduzir a marcha, ou abrir as janelas... ou raspar o carro contra a barreira de centro para tentar diminuir a velocidade do veículo. Ela adicionou aquele último pensamento quando os pneus bateram na parte inferior da barreira. Nicole esperava que a porta lateral do motorista fosse raspar ao longo do concreto, mas foram apenas os pneus... por enquanto. Ela começou a morder seu lábio, e então depressa parou de fazer isto, com medo que se eles colidissem, ela os morderia. Ao invés disso, ela aumentou seu aperto na alça de apoio e agarrou o banco do carro com a outra mão e esperou. Nicole estava certa de que o que seguiu só levou segundos ou um minuto ou dois no máximo, mas pareceu muito mais tempo para ela. De fato, a espera parecia interminável, e então eles estavam há poucos metros atrás das três pistas de carros com nenhum lugar para ir. Jake buzinou repetidamente, mas os carros na frente deles não tinham nenhum lugar para ir. Haviam carros na frente e dos lados deles também. Quando os motoristas dos carros ao lado deles aparentemente viram o que estava acontecendo e pisaram nos freios, diminuindo a velocidade e forçando aqueles atrás deles a fazerem o mesmo, Jake aproveitou a chance e desviou para a pista do meio, buzinando todo o caminho. Para o alívio de Nicole o carro da pista ao lado fez o mesmo que o carro da pista do centro e diminuiu a velocidade depressa. Com uma escolha entre bater o carro na frente ou desviar para o lado, Jake se moveu para o lado antes que o carro estivesse completamente fora do caminho. Eles conseguiram, mas por pouco, e agora estavam em perigo de bater no carro na frente deles naquela pista. Nicole estava ofegante como uma mulher em trabalho de parto quando eles passaram


pela abertura. Se Jake não fosse tão bom motorista, eles nunca teriam passado. Existia literalmente a largura de um dedo entre eles e o carro atrás deles. Mas eles conseguiram. Porém, depois de entrar completamente na pista, Jake advertiu, “Segure-se”, e continuou a guiar para o lado, enviando o carro para fora da estrada completamente. Nicole segurou. Ela também fechou seus olhos e começou a rezar de modo que nunca viu o que exatamente aconteceu. Mas ela sentiu. O veículo desviou de volta em direção à estrada como se Jake estivesse tentando evitar alguma coisa e, pega de surpresa, Nicole bateu na janela lateral, sua têmpora saltando para fora segundos antes deles colidir em algo. Os air bags abriram e o veículo começou a rolar até que Nicole perdeu a consciência.

Jake rasgou a bolsa de sangue vazia de sua boca, e lutou para se sentar. -Eu vou entrar. -Não - Tomasso reclamou, e o forçou de volta para o chão do furgão com uma mão em seu ombro. -Você não está pronto. Mais duas bolsas de sangue e quinze minutos e então você poderá entrar no hospital. -Eu quero ver Nicole - Jake rosnou.

-Dante está com ela. Ela está bem. E você precisa de mais sangue - Tomasso insistiu, levantando uma bolsa cheia. Quando Jake abriu sua boca para discutir, ele empurrou a bolsa nas presas ainda estendidas de Jake. Jake franziu as sobrancelhas par o homem grande acima da bolsa em sua boca. Tinham passado sete horas desde o acidente e ele gastou a maior parte daquele tempo


preso aqui atrás deste furgão, no estacionamento do hospital, sendo alimentado com sangue e se curando. Jake não saiu do acidente em boa forma, embora ele não soube disso imediatamente. Ele desmaiou quando o lado do motorista foi esmagado ao redor ele, estilhaçando e quase amputando sua perna esquerda. Ele só acordou quando Dante e Tomasso estavam arrancando a porta de carro para conseguir retirá-lo do que teria sido um caixão de metal se ele fosse mortal. Eles já tinham retirado Nicole e asseguraram a ele que fora um ferimento na cabeça ela parecia bem. Ela estava deitada inconsciente na neve enquanto eles trabalhavam para retirá-lo do lado do motorista esmagado. Eles mal tinham conseguido colocá-lo em seu furgão antes da polícia e da ambulância chegarem e tiveram que deixá-lo lá enquanto eles lidavam com os serviços de emergência e os curiosos que pararam. Aparentemente, eles tinham passado um pouco do sangue de Jake na testa de Dante e um pouco em suas roupas e disseram que Dante estava dirigindo o carro, mas estava bem apesar de alguns cortes e contusões. Obviamente, eles utilizaram algum controle mental e alterações de memória para garantir que aquela história engolida, porque uma olhada para o lado do motorista do carro acidentado teria trazido imediatamente questinamentos àquela história. Os gêmeos provavelmente teriam limpado as memórias e enviado todo mundo para seguir seus caminhos se não fosse o fato de que isto era obviamente outra tentativa contra a vida de Nicole e eles queriam ter certeza que a polícia soubesse sobre isto. Ela era mortal, assim como seu ex- marido. Era melhor nestes casos que o sistema legal mortal lidasse com a situação, do que interferir e cuidar disto eles mesmos.


Uma vez que a polícia tinha feito seu trabalho, e Nicole estava em uma ambulância a caminho do hospital, Dante e Tomasso retornaram a seu furgão e seguiram a ambulância até o hospital. Dante dirigiu enquanto Tomasso se ajoelhou atrás, alimentando Jake com bolsas de sangue do refrigerador do furgão. No hospital, Dante deixou Tomasso para cuidar de Jake e entrou para responder a mais questionamentos da polícia e ficar de olho em Nicole e em como ela estava. Ela bateu sua cabeça na janela lateral quando Jake desviou para evitar uma colisão frontal com uma árvore. Porém, seu desvio para evitar a árvore guiou o lado do motorista para outra. Jake estava bem com isto. Melhor ele receber a pancada do que Nicole. Mas ele estava indo tão rápido que o carro amassou naquele lado, a parte traseira derrapou para a direita onde a terra de repente se inclinou, e eles começaram a rolar logo antes dele desmaiar do ferimento na perna. -Isso já é o suficiente - Jake disse, rasgando a bolsa vazia mais recente para longe e se sentando. -Eu quero ver Nicole. -Dante mandou uma mensagem de texto menos de dez minutos atrás e disse que ela ainda estava confortavelmente descansando - Tomasso assinalou, mas não o forçou de volta para o chão como ele tinha feito na primeira vez. Ao invés disso, ele simplesmente agarrou outra bolsa. -Mas ela não recuperou consciência ainda - Jake disse preocupado. -Faz sete horas. Eu quero vê-la, ter certeza que ela está bem. -Não existe nada que você possa fazer por ela - Tomasso disse com um encolher de ombros e ofereceu outra bolsa. Quando Jake meramente olhou para ela, Tomasso deu um suspiro longo, e então negociou, -Mais uma bolsa e você pode entrar. Jake pegou a bolsa e perfurou com as presas, esperando impacientemente que ela esvaziasse. Não levou muito tempo, mas pareceu uma eternidade para ele.


-Você não pode ir assim - Tomasso disse quando Jake tirou a bolsa de sua boca e começou a caminhar em direção às portas da parte de trás. Jake olhou para baixo e fez uma careta para o estado de suas roupas. A perna esquerda de sua calça jeans foi cortada e estava pendurada pela parte interna da costura, e o resto estava manchada de sangue. Sua camisa estava toda ensanguentada também, embora Jake suspeitasse que fosse apenas transferência. Os air bags tinham protegigo a parte superior de seu corpo de danos graves. -Aqui. Tomasso pegou uma sacola de compras na frente do furgão. -Dante e eu fizemos algumas compras enquanto estávamos seguindo vocês no centro comercial. Tem calças de moleton aí que você pegar emprestado. Jake pegou a sacola com alívio e rapidamente verificou o conteúdo até que achou um conjunto de moleton. Os gêmeos eram bem grandes e ele não tinha nenhuma dúvida que a roupa ficaria larga, mas ele não tinha escolha. Ele pensou que o pior de sua recuperação havia terminado, mas quando Jake tirou sua calça jeans e vestiu a calça de moleton, ficou claro que não era o caso. Enquanto sua perna tinha sido refeita onde foi quase amputada, ainda existia uma grande camada em estado de recuperação no interior da perna, e doía como o diabo quando se movia. Os músculos, tendões e ossos estavam sem dúvida sendo refeitos dentro de sua perna. Mas Jake simplesmente apertou os dentes e continuou a se trocar. Ele tinha que ver Nicole. Ela já devia estar consciente neste momento. A perna não segurou seu peso quando Jake abriu as portas da parte de trás do furgão e começou a sair. Felizmente, Tomasso imediatamente pegou seu braço para segurálo, o impedindo de cair. Ele o manteve seguro com seu braço quando saiu de trás dele e fechou a porta do furgão. Ele então o acompanhou até o hospital, mantendo seu apoio. Uma vez do lado de dentro, Tomasso pegou uma cadeira de rodas, ajudou Jake


a sentar nela e o conduziu até os elevadores e ao quarto de Nicole.

Dante estava sentado em uma cadeira próxima à cama do hospital quando Tomasso conduziu Jake para dentro. Como a cadeira de Dante estava do lado mais perto da porta, Tomasso conduziu a cadeira de rodas com Jake até o outro lado de forma que Jake pudesse ficar o mais próximo possível do rosto de Nicole. -Como ela está indo? Jake perguntou preocupado, se inclinando para frente para ver o rosto pálido de Nicole quando Tomasso foi para o outro lado da cama junto a Dante.

Dante hesitou e então simplesmente disse, -A enfermeira continua vindo e testando seus reflexos com uma luz em seus olhos, mas ela ainda não se mexeu. Jake franziu as sobrancelhas e retirou com cuidado o cabelo da testa de Nicole. Ela sofreu uma pancada e teve uma contusão feia em sua têmpora direita e ele observou isso com tristeza, pensando em um milhão de coisas que ele podia ter feito diferente para evitar que ela se machucasse. -Você fez o melhor que podia - Dante disse em voz baixa. -Ela vai acordar. Jake não respondeu e depois de vários momentos de silêncio, Dante se levantou. -Eu vou até a cafeteria e ver o que tem disponível. Você dois querem alguma coisa? -Eu vou com você - Tomasso disse quando Jake negou com a cabeça. -Nós voltaremos - Dante assegurou a ele e Jake assentiu com a cabeça sem olhar à medida que eles partiram. Ele parecia estar lá, repetidamente roçando seus dedos na bochecha de Nicole, por muito tempo quando alguém entrou no quarto do hospital. Esperando que fossem


Dante e Tomasso, ou a enfermeira, Jake olhou em direção à porta e brevemente congelou, choque passando por ele quando ele viu quem era. -Neil. O nome deslizado de seus lábios, apenas um sussurro. -Por que está tão surpreso? Seu irmão mais jovem sorriu torto. -Você devia saber que Dante e Tomasso iriam nos ligar e contar sobre o acidente. Nós somos da família. Um risada ofegante deslizados de Jake e um pouco da tensão diminuiu. -Sim. Eu acho que devia saber. Neil assentiu com a cabeça e se moveu adiante. -Como você está? Jake encolheu os ombros. -Estou bem agora, mas eu me machuquei muito. Meu lado do veículo foi esmagado como uma lata de refrigerante para reciclagem. Eu perdi muito sangue e fiquei preso nas ferragens, mas Dante e Tomasso não estavam muito trás nós e conseguiram me tirar. Ele sorriu torto. -Eles descascaram o metal como uma laranja. Minha perna foi quase amputada, mas eles conseguiram me tirar sem maiores danos, e então eles me puseram em seu furgão enquanto eles lidavam com a cena. Felizmente, eles mantiveram sangue na parte traseira do furgão desde que chegaram na casa de Nicole, e eles começaram a me alimentar com ele assim que puderam se afastar da polícia. As sobrancelhas de Neil levantaram. -Inferno, eu não soube que o acidente foi tão ruim. Eu estou contente de que você não perdeu a perna. Agora foi a vez das sobrancelhas de Jake levantarem. -Não teria crescido de volta? Eu achava que o nanos entendiam que duas pernas eram necessárias para estar em sua melhor condição. Neil pareceu surpreso com a pergunta. -Eu não sei. Eu nunca ouvi falar de um


imortal perdendo um membro. Eu sei de alguns casos em que o imortal sofreu um ferimento grave em um membro que ficou pendurado por um pedaço de pele e se curou. Mas eu não sei se o nanos são capazes de realmente substituir um membro inteiro. Ele sorriu ironicamente, e acrescentou, -E já que a única maneira de descobrir é cortar um membro e esperar, eu não acho que realmente queira saber. -Não - Jake concordou.

Neil hesitou, e então disse, -Na verdade, quando eu perguntei como você está, eu não quis dizer fisicamente. Eu posso ver que você está se recuperando do acidente. -Oh - Jake corou. Neil queria dizer sobre o estado de espírito em que ele estava desde que acordou e soube que era um imortal... ou na verdade, desde que ele completou dezoito anos e descobriu sobre os imortals. Ele aceitou a transformação e estava emocionalmente pronto para isso? Ele estava disposto a dar boas-vindas a sua família e parar de evitá-los como se eles fossem leprosos? -Eu sinto muito - Jake disse finalmente. -Eu percebo agora que eu agi como um idiota e vocês mereciam coisa melhor. Neil assentiu com a cabeça ligeiramente. -Então você está bem com tudo isso?

-Sim - Jake disse devagar, -Eu acho que estou. Sorrindo, ele admitiu, -Ter que explicar tudo para Nicole ajudou que eu visse as coisas mais claramente. Neil olhou para Nicole ante a menção de seu nome e Jake também.

Estendendo a mão, ele roçou sua bochecha. -Eu pensei que todos vocês eram monstros e que eu também era quando me tornei imortal. Mas dizer a Nicole que eu não mudei por dentro e que eu ainda sou o homem que eu costumava ser antes da


transformação, com as mesmas crenças e sentimentos que eu tinha antes... Bem, eu percebi que era verdade... e que provavelmente era da mesma forma para todo imortal. Eu quero dizer, mamãe ainda era uma grande mãe, e Roberto era um bom pai para nós e você era um bom irmão. A única coisa que mudou quando eu descobri sobre imortais, é que vocês são membros de um grupo seleto, assim como eu. Vocês não mudaram suas atitudes comigo, mas minha perspectiva e como eu tratei vocês mudou. Explicar isso para Nicole me fez perceber que imortais são apenas pessoas, mas com alguns dons extraordinários. -Então graças a Deus por Nicole - Neil disse com sentimento.

Jake riu e estendeu a mão para pegar as dela que estavam sobre o lençol e o cobertor do hospital. -Sim. Graças a Deus por Nicole.

Neil se aproximou da cama e olhou para baixo em seu rosto silenciosamente por um momento, e então falou, -Ela é bonita. -Ela é muito bonita - Jake corrigiu e suavemente adicionou, -A mulher mais bonita que eu já encontrei. -Sim, você está apaixonado - Neil disse com diversão e quando Jake olhou para ele com surpresa, ele encolheu os ombros e disse, -Ela é bonita mano, mas eu vi mais bonitas... e você também. Então deve ser o amor que está fazendo ela ser a mulher mais bonita que você já encontrou. -Amor - Jake murmurou com um franzir de cenho quando ele olhou de volta para Nicole. Ele gostava dela e se importava com ela. Nicole era uma boa pessoa, com um grande coração e uma confiança quase ingênua na bondade das pessoas. Ela também


era criativa, talentosa e engraçada. Jake percebeu que ele estava frequentemente sorrindo ou rindo com ela. Ele se divertiu com Nicole. Inferno, ele inclusive tinha se divertido fazendo compras com ela hoje e Jake não era um fã de compras. Mas amor? Luxúria, talvez. Ele aceitaria isso. A mulher era quente. Ela sorria para ele e conseguia uma semi ereção. Ela o tocava, mesmo que só um roçar de seus dedos em seu braço, e aquela semi ereção se transformava em uma ereção completa nuclear. E quando ela o beijava? Nem diga. Seu sangue imediatamente ia para o sul deixando seu cérebro sem uma gota e incapaz de funcionar. -A combinação de tudo isso não é o que compõe o amor? Neil quietamente perguntou, obviamente lendo sua mente. -Talvez - Jake cedeu, e então argumentou, -Mas nós só nos conhecemos há alguns dias. Ainda não pode ser amor. -Jake - Neil disse com discrença. -Você passou a maior parte de sua vida ao redor de imortais, e já é imortal há sete anos, mas ainda pensa como um mortal. -Eu não tenho certeza... - Jake começou.

-Tempo tem pouca importância para imortais e absolutamente nenhuma quando se trata de companheiros de vida - Neil disse, interrompendo ele. -Ah. Jake sorriu torto. -Então Dante e Tomasso disseram a você sobre isso também?

-Sobre Nicole ser sua companheira de vida? Sim. Ele olhou para ela e então falou em voz baixa, -Eu estou feliz por você... e com inveja também - ele adicionou com um sorriso pequeno. -Mas principalmente feliz por você. Especialmente desde que sua chegada parece ter ajudado você a lidar com as coisas.


-Eu preciso me desculpar novamente? Jake perguntou ironicamente. -Eu provavelmente devia. Eu não tenho sido justo com você, ou mamãe, ou Roberto ou os outros. -Nós entendemos que você estava lutando contra isso - Neil quietamente disse. -Nós queríamos poder ajudar mais, e sentíamos muito que você precisasse estar só para lidar com isso, mas nós compreendemos. -Obrigado - Jake quietamente disse.

-Lembre-se, você vai pagar por isso no que diz respeito a mamãe - Neil secamente adicionou. -Como? Jake cautelosamente perguntou.

-Bem, depois de sete anos de sua ausência, ela vai querer passar um tempo com você... muito tempo. Eu acho que ela vai aparecer e ficar um tempo até ter certeza que tudo está bem e que seu garotinho mais velho é seu bebê novamente. Jake conseguiu não estremecer. Ele amava sua mãe, sempre amou, mesmo tendo medo dela. Mas ele a conhecia bem o suficiente para saber que Neil estava certo. A mulher sem dúvida viria de onde estivesse... -Eles estãovindo da Itália? Ele perguntou.

Neil negou com a cabeça. -Califórnia.

Isso fez as sobrancelhas de Jake subirem. -Então eu estou surpreso que ela tenha vindo no mesmo vôo que você.


-Eu estava em Toronto. Negócios - Neil adicionou. -Eu teria estado aqui mais cedo, mas eu estava no meio de uma reunião de negócios quando Dante ligou e não liguei de volta para descobrir o que estava acontecendo até que ela terminou. Então eu tive que providenciar um vôo. Jake assentiu com a cabeça. Agora eram duas horas da manhã. O acidente aconteceu por volta das cinco da tarde. Levava apenas uma hora e meia de avião de Toronto até Ottawa então deve ter sido uma reunião importante. Isso ou ele levou bastante tempo para conseguir um avião que o trouxesse até aqui. De qualquer modo, Jake não tinha nenhuma dúvida que seu irmão tinha vindo tão depressa quanto pôde. -Eu liguei para mamãe depois que falei com Dante, isso foi mais ou menos três horas atrás - Neil disse, hesitou, e então adicionado, -Ela e Papai estão em um avião nestre momento, vindo para cá. Jake endureceu com aquelas notícia, olhando para seu irmão. -Não.

Neil assentiu com a cabeça, olhando para ele.

-Maldição - Jake murmurou, olhando para Nicole e preocupando sobre o que isso poderia significar. Ele não tinha certeza se ela estava pronta para conhecer seus pais. Bom Deus, eles mesmos só se comnheceram alguns dias atrás. -Olhe pelo lado bom, você terá ajuda extra para mantê-la segura - Neil assinalou.

Jake assentiu com a cabeça. Isso seria bom, ele supôs. Uma vez que eles chegassem, ele teria seus pais e Neil ali, assim como Dante e Tomasso para ajudar a manter Nicole segura e eles obviamente precisaram da ajuda. Seu futuro ex ficaria desesperado quando soubesse que sua tentativa mais recente falhou.


Parando seus pensamentos, Jake olhou para Neil. -Dante falou para você sobre o ex de Nicole? -Marguerite falou. Eu estou em Toronto por quase uma semana. Eu estava lá quando o incidente da banheira aconteceu. Eu ia largar tudo e vir para cá, mas ela disse para não vir. Ela achou que seria melhor se Dante e Tomasso viessem sozinhos. Jake sorriu torto. -Ela era provavelmente estava certa. Eu não estava realmente pronto para voltar ao seio da família ainda, mas aqueles dois são... Ele balançou a cabeça, impotente. Os gêmeos geralmente não eram tipos faladores para começar, então eles não o bombardearam com argumentos de que ele estava sendo um idiota. Eles apenas aguardaram, fortes, dando um suporte silencioso enquanto ele chegava a essa conclusão por ele mesmo. Neil teria tentado convencê-lo e Jake não estava pronto para isso. Marguerite era aparentemente uma brilhante estrategista, Jake pensou, e então olhou para a porta quando Dante e Tomasso entraram. -Nós trouxemos um café para você - Dante anunciou, cruzando o quarto e desviando da cama para oferecer a Jake uma xícara de café do Tim Horton, até que ele olhou para cima e reparou na presença de Neil. -Desculpe, Neil. Nós não trouxemos um para você - Tomasso disse. -Não sabíamos que você estava aqui. -Está tudo bem. Eu não bebo café - Neil disse.

-A cafeína o faz subir pelas paredes - Jake disse a eles. Alguns imortais simplesmente não podiam lidar com café. Neil era um deles e era por isso que Jake evitava café desde que foi transformado. Ele tinha medo de que ele pudesse reagir do mesmo


modo. Eles eram meio irmãos afinal de contas. Porém, parecia que aquela sensibilidade a cafeína veio da parte do pai de Neil, porque Jake tinha bebido café desde que conheceu Nicole e não notou nenhum efeito. Dante assentiu com a cabeça e então olhou para Nicole. -Como ela está indo? Alguma mudança? Jake abriu a tampa de seu café e negou com a cabeça. -Ela ainda não se mexeu.

-Provavelmente é melhor assim. Ela vai ter um inferno de enxaqueca quando acordar. Melhor dormir então - Dante disse. Jake grunhiu quando provou seu café. Ele não se importava que ela tivesse uma enxaqueca... desde que ela acordasse. Ele estava muito consciente de que Nicole era uma frágil mortal, e mortais eram conhecidos por morrer de ferimentos na cabeça. Aquele pensamento o fez olhar para ela com preocupação. -Talvez eu devesse transformá-la. -Ela está bem - Neil disse em voz baixa.

-Você não pode transformá-la - Tomasso disse. -Ela precisa dar sua permissão. -E se ela não acordar para dar essa permissão? Jake severamente perguntou. Os gêmeos permutaram um olhar e foi Neil que disse, -Por que nós não esperamos e vemos o que acontece? Você lembra como reagiu ao ser transformado sem dar sua permissão. Você não quer isso para Nicole. Jake fez uma careta quando ele percebeu que estava pensando em fazer exatamente o que Vincent fez e que o deixou tão ressentido. Ele estava apenas muito preocupado de que ela não fosse acordar... que ela pudesse nunca acordar.


-Nós esperaremos e veremos o que os médicos dizem. Se parecer que ela não vai voltar a si, então nós consideraremos transformá-la - Neil pacientemente disse. -Eu estou sentindo cheiro de café? Jake pausou ante aquela fraca pergunta, e então girou sua cabeça na direção de Nicole. Desta vez seus olhos estavam abertos. Seu nariz também estava se mexendo, cheirando o ar com interesse, entretanto ela franziu o cenho e perguntou, -Por que minha cabeça dói tanto?

Capítulo 15

Nicole bocejou com sono e abriu seus olhos para olhar fixamente o teto. Levou um segundo para lembrar que estava no hospital. O leve cheiro de anti-séptico tinha ajudado. -Como está sua cabeça, querida?

Nicole virou e olhou inexpressivamente para a mulher ao seu lado da cama. Ela era jovem, com cabelo loiro curto, e um belo sorriso. Do modo como ela a tratou, Nicole esperava uma mulher mais velha, mas elas eram da mesma idade. -Er... - ela murmurou, duvidosamente, perguntando-se onde Jake estava. Ele tinha se sentado onde a mulher estava agora, quando Nicole finalmente adormeceu. Isso foi depois que o médico tinha sido informado que ela estava acordada e veio vê-la. Ele rapidamente a examinou e então anunciou que ela parecia bem, mas que ele queria mantê-la no hospital durante a noite para observação. Como eram três horas da


manhã quando ele disse isso, parecia não valer a pena discutir.

Nicole conseguiu ficar acordada durante um tempo, o suficiente para saber o que aconteceu depois que ela desmaiou, e que ela tinha que agradecer a Dante por ter usado um pouco de controle mental para conseguir o quarto particular do hospital onde ela acordou. Essas habilidades de controle mental deles eram realmente muito impressionantes, ela pensou. E havia muito com o que se impressionar com estes imortais, ou pelo menos com Jake. Bem, ela achava que Dante e Tomasso eram impressionantes também, mas Jake era especial. O homem era esperto, e ela não tinha certeza se isso podia ser atribuído aos nanos, mas eles provavelmente não atrapalhavam. Fora isso, ele era forte e engraçado e o amante mais surpreendente de todos. Tudo que o homem tinha que fazer era beijá-la e seus dedos dos pé enrolavam. Quanto ao sexo propriamente dito, era alucinante... e ele tinha uma bela bunda também. Jake pensou que a propensão dela em diminuir a velocidade e ficar para trás no final de sua viagem de compras era porque ela estava cansanda, mas a verdade era que Nicole estava apenas se divertindo olhando para seu traseiro em sua calça jeans apertada à medida que eles caminhavam. Uma risada sufocada veio da loira. O som inesperado e injustificado fez Nicole olhar para ela com cautela, de repente preocupada de que ela fosse uma paciente que saiu do departamento psiquiátrico. Isso era possível? Eles não deixariam pacientes psiquiátricos apenas vagarem pelo hospital, não é? Um risada de surpresa deslizou da mulher agora, e ela agitou sua cabeça, -Oh querida, eu sinto muito. Eu devia ter me apresentado. Quando a mulher então estendeu sua mão, Nicole olhou com sobressalto.

-Meu nome é Elaine Colton Notte. Eu sou mãe de Stephano.


-Você é mãe de Jake? Nicole ofegou, sentando e olhando boquiaberta para ela. Ela também finalmente reparou na cor prata dos olhos da mulher. Oh Sim, essa era a mãe de Jake. Era como seus olhos estivessem olhando para ela através do rosto da mulher. Bom Deus, a mãe de Jake, ela pensou. Não foi o fato de que Elaine Notte parecia tão jovem que atordoou Nicole. Foi ela estar ali olhando fixamente para ela, isso a deixou com a língua presa e espantada. -Sim, querida. Elaine estendeu a mão e acariciou a mão dele tranquilizadoramente. Ela podia não parecer mais velha, mas ela definitivamente agia como uma mãe que poderia ser uma avó se seus filhos cooperassem. -Nós nos dirigimos para cá assim que soubemos do acidente de carro. Nós teríamos vindo depois do incidente da banheira se alguém tivesse se incomodado em nos dizer - ela severamente adicionou. -Eu sinto muito - Nicole disse de uma vez. -Eu liguei para Marguerite porque Jake me obrigou, mas eu não sabia seu número, ou eu teria...

-Oh, minha querida, por favor, eu não estava culpando você - a Sra. Notte interrompeu depressa, batendo levemente sua mão novamente. -Eu estava falando de meu filho Neil. Ele sabia e devia ter ligado, mas não ligou. -E eu vou dormir na casinha do cachorro por pelo menos um século depois disso uma voz disse da porta e Nicole olhou naquela direção para ver dois homens entrando. Ambos tinam o cabelo preto curto e características muito italianas. Ambos também aparentavam estar no final dos vinte anos, vestiram o que ela pensava ser ternos sob medida, e tinham surpreendentes olhos pretos com prata. Ela achava que a pessoa que falou era Neil, mas não tinha nenhuma pista de quem era o outro homem. O padrasto de Jake talvez? -Sim, este é meu marido, Roberto Conti Notte - Elaine orgulhosamente disse, lembrando Nicole que estas pessoas podiam ler sua mente. Girando para Neil, ela


adicionou com uma voz severa, -E sim, você vai dormir na casinha do cachorro por um longo tempo. Eu devia saber se seu irmão estava em apuros. -Oh, mãe, me dê um desconto - Neil repreendeu, se posicionando atrás de sua cadeira e apertando seu ombro. -Eu não quis preocupá-la. Além disso, você está realmente aborrecida apenas porque não soube sobre Nicole antes de todo mundo. Elaine fez uma careta. -Eu devia ter sabido sobre isso imediatamente também.

Curvando-se, ele beijou sua bochecha. -Que tal se eu te prometer que você será a primeira pessoa que eu chamarei quando eu encontrar minha companheira de vida? -Eu devia ser de qualquer maneira - ela murmurou, olhando para ele por cima de seu ombro. -Não se preocupe, filho – disse com diversão o homem que aparentemente era o padrasto de Jake. -Sua mãe não levará um século para superar isso. Você sabe o coração ole que ela tem. Uma década no máximo e ela deixará de lembar disso quando olhar para você. -Eu não deixarei - Elaine assegurou a eles. -Isso me chateou muito.

Nicole assistiu isso tudo com olhos arregalados, perguntando-se onde diabos Jake estava. Parecia que sua família inteira estava aqui, mas ele... e por que sua família inteira estava aqui? Em seu quarto de hospital? Quando ele não estava? Elaine virou para Nicole se desculpando. -Eu sinto tanto, querida. Claro que você está se perguntando onde está seu Jake. Ela sorriu extensamente como se a pergunta de Nicole fosse esperada e algo para ser celebrado. -Eu devia ter dito a você de uma vez. Eu insisti que Tomasso e Dante levassem Jake ema casa Jake para tomar banho e


trocar de roupa. Sua camisa tinha sangue por toda parte e ele estava usando uma calça de moletom emprestada que ficava caindo. Ela enrugou seu nariz e adicionou, Ele estava começando a cheirar um pouco mal também. -Oh - Nicole disse fracamente, se repreendendo por esquecer sobre a leitura de mente. Nossa, ela precisava manter isso em mente e... Oh bom Deus, ela não esteve pensando algo sobre a bunda de Jake mais cedo? -Sim, mas está tudo bem - Elaine assegurou a ela. -Stephano tem um bom traseiro. Ele herdou isso de seu pai. Um bom homem com uma boa mente e um traseiro ainda melhor. -Oh Deus - Nicole suspirou fracamente.

-Mãe! Neil protestou.

-O que? Elaine olhou para seu filho, seu nariz levantado. -Eu ouvi coisa muito pior de seus pensamentos ao longo do tempo. Além disso, seu pai já sabe sobre o pai de Stephano. Ele amou sua primeira esposa tanto quanto eu amei meu primeiro marido. Ele entende. -Eu realmente entendo - Roberto disse com diversão. -Sua mãe não está sendo nada além de honesta. É parte da razão pela qual eu a amo. Além disso, ela me assegurou que enquanto eu não posso me comparar com seu primeiro marido no que diz respeito a traseiro, eu sou muito melhor na cama. Para ser justo, entretanto, ele era um simples mortal. Neil estava gritando com alarme e embaraço com esse assunto, mas Nicole estava observando o Notte mais velho com curiosidade. Ele tinha um forte sotaque Italiano, mas seu discurso foi... bem, soou um tanto quanto... antigo? Foi a única palavra que ela conseguiu pensar para descrevê-lo. Se ela fechasse seus olhos, ela pensaria que


um programa de televisão estava sendo gravado na Renascença ou algo assim.

-Sim, bem, isto é compreensível, querida. Roberto é muito velho. Elaine bateu levemente em sua mão novamente. -Ele tem séculos de idade. Eu diria a você quantos, mas ele ficaria tímido. Nicole hesitantemente sorriu. Ela estava se sentindo como se tivesse perdido os sentidos. Oh espere, ela tinha, ela pensou ironicamente e corou quando Elaine, Roberto e Neil riram. Certo, eles podiam ouvir seus pensamentos. -Sim, e não é justo - Elaine disse se desculpando.

-O que não é justo? Nicole olhou para a porta, e o alívio a atravessou quando Jake entrou, com Dante e Tomasso logo atrás dele. Ele obviamente tomou banho, se barbeou, trocou de roupas e voltou sem perder tempo. Enquanto o rosto do homem estava limpo e barbeado, seu cabelo ainda estava úmido. -A mamãe está lendo mente de Nicole e vendo que ela pensa que você tem um bom traseiro - Neil disse com diveresão. Os gêmeos desatam a rir com o anúncio, e Jake sorriu largamente, mas Nicole fechou seus olhos e se desejou estar em qualquer outro lugar menos ali. Isto era realmente além da conta. O envenenamento, aprender sobre vamp —imortais, ela silenciosamente se corrigiu, o acidente de carro, e agora família de seu amante invadindo seu quarto no hospital. Querido Deus, ela estava conhecendo sua família, Nicole percebeu com desânimo. E tão cedo. Isto era algo que normalmente não acontecia até... bem, pelo menos até que você tinha uma encontro familiar. Aquele pensamento fez ela percebe que estava dormindo com um homem que ela nem sequer saiu para um encontro.


Eu sou uma vadia, ela pensou com desânimo. O que sua mãe irá pensar sobre Jake saindo com uma puta? -Certo, todos os garotos para fora do quarto - Elaine abruptamente ordenou. -Ah - Neil reclamou. -As coisas estavam realmente começando a ficar interessantes. -Neil - Elaine estalou, e então olhou para seu marido. -Roberto, bem, leve os garotos para a lanchonete do hospital e compre sorvete para eles. -Mãe, nós não somos mais crianças - Neil murmurou quando seu pai pegou seu braço e o empurrou em direção à porta. -Você sempre será minha criança - Elaine disse com despreocupação quando Neil e os gêmeos saíram em fila. Olhando para Jake, que não se moveu, ela disse, -Você também, Stephano. -Mas... -Agora - Elaine ordenou. -De fato, vá procurar o médico de Nicole e diga a ele para assinar a alta ou qualquer dos médicos podem assinar. Nós vamos levá-la para casa. Jake hesitou brevemente, mas aparentemente decidiu que era uma boa idéia e saiu do quarto assentindo com a cabeça. Elaine imediatamente girou para Nicole. -Eu terei que ser rápida. Ele não se ausentará por muito tempo, então me perdoe se em minha tentativa para ser rápida e não for muito delicada. Quando ela pausou brevemente, Nicole acenou com a cabeça indicando que ela compreendia. Aparentemente isso era tudo que ela estava esperando; A mulher imediatamente começou a falar.


-Há cinquenta e poucos anos atrás eu estava sentada exatamente onde você está. -Em uma cama de hospital? Nicole duvidosamente perguntou. Elaine deu um risada ofegante. -Não querida, eu quero dizer que foi quando Roberto entrou em minha vida. Eu estava recentemente viúva, criando um filho jovem sozinha, trabalhando em dois empregos para fazer face às despesas, e fazendo cursos noturnos para tentar me aperfeiçoar a ganhar mais dinheiro. Eu não tinha nenhum tempo ou interesse em homens, e então Roberto apareceu. Ela suspirou, seus olhos nebulosos enquanto ela olhava para o passado. -Eu amava meu primeiro marido, querida Nicole. Ele era um homem muito bom. Ele amou Stephano e eu mais que qualquer outra coisa no mundo e nos tratou como ouro. Ela olhou focada em Nicole novamente, e solenemente disse, -Eu sei que esta não foi sua experiência com seu marido, mas o resultado no final foi o mesmo. Eu estava com o coração partido e até brava com ele quando ele morreu, da mesma forma que você está de coração partido e brava com o fracasso de seu casamento. -Como o pai de Jake morreu? Nicole perguntou em voz baixa.

-Um ataque cardíaco. Elaine agitou sua cabeça, sua expressão sugerindo que ela ainda estava confusa por isto. -Ele só tinha vinte e cinco anos de idade, e parecia saudável e bem à primeira vista, mas aparentemente existia algo errado com seu coração. Ele teve um ataque cardíaco na estrada no caminho do trabalho para casa uma noite e... Ela encolheu os ombros impotente. -Eu sinto muito - Nicole murmurou.

-Não existe nada para sentir muito. Eu tive sorte de ter desfrutado o tempo com ele enquanto eu pude... e eu gosto de pensar que uma parte dele vive em Stephano.


Nicole assentiu com a cabeça, mas toda vez a mulher chamava Jake de Stephano, ela sentia uma confusão momentânea e uma disorientação. Ele não era Stephano para ela. Ele era Jake. -De qualquer maneira, a questão é a seguinte, eu fui jovem e mortal uma vez também, cuidando de um coração partido, com medo de amar novamente e arriscar que meu coração se partisse novamente... e eu quero dizer a você, não como mãe de Steph... Jake - ela se corrigiu suavemente com um sorriso para Nicole que sugeriu que ela havia lido sobre o uso inadequado de seu nome. -Como uma mulher, não como mãe de Jake, eu quero dizer a você que este risco vale a pena. Elaine deixou ela considerar o assunto brevemente e então disse, -Mas você precisa saber que as regras normais de namoro mortal não se aplicam a estes homens. Você não pode julgar seu comportamento ou os deles por padrões mortais. A paixão vem forte e rápida, é como tem que ser. Eu acho que é como os nanos vinculam você no princípio, ou talvez seja como eles se asseguram que você não deixará seus medos fazerem com que você pense em desistir da relação. Como gatos no cio na natureza, o nanos parecem fazer algo semelhante com companheiros de vida, tanto mortais quanto imortais. Seus hormônios estão sem dúvida ficando loucos. Ele está provavelmente liberando feromônios em um passo acelerado que você não pode resistir. Elaine acariciou a mão de Nicole e olhou a fixamente nos olhos dela quando disse solenemente, -Você não é uma vadia. Sorrindo então, ela adicionou, -Ou se você for, então eu acho que também sou... assim como todas as outras fêmeas que estiveram nesta posição invejável. -É invejável? Nicole perguntou em voz baixa.


Elaine solenemente assentiu com a cabeça. -Com certeza é. Eu estou com Roberto há cinquenta e poucos anos e todo dia é bom ou melhor que o anterior. Meu primeiro marido me fez tão feliz quanto qualquer mortal podia, mas a felicidade que eu experimentei com Roberto é cem vezes maior. E será o mesmo para você e Jake. -Você parece muito segura sobre isso - Nicole disse, desejando que ela pudesse acreditar. -Eu estou muito segura. Eu nunca encontrei companheiros de vida que não sejam tão felizes quanto Roberto e eu. O nanos nunca erram - ela assegurou e então apertou sua mão. -Acredite em mim... se você permitir que seus medos a convençam de deixar essa oportunidade passar, você nunca mais achará a felicidade que você pode ter com meu filho. Nicole olhou fixamente em silêncio para Elaine Notte. Ela realmente queria acreditar nisso, porque... Nicole cortou seu próprio pensamento, pouco disposta a terminá-lo. -Porque você tem medo que já esteja meio apaixonada por meu filho - Elaine terminou por ela e então sorriu simpaticamente e disse, -Você está errada. Nicole piscou com surpresa ante as palavras. -Eu estou?

Elaine assentiu com a cabeça. -Você não está meio apaixonada por ele, você apenas o ama, pura e simplesmente - ela assegurou, e então adicionou, -Eu posso ler sua mente, querida. Eu vejo que você acha que pode estar apenas a caminho de amá-lo, mas eu também posso ver os véus e subterfúgio que criou para se proteger de admitir que você o ama. A lógica você está usando diz que é muito cedo. Mas não é. Você ama o homem que você pensa que Jake é, mas tem medo de que ele não seja esse homem e que ele esteja mostrando apenas o que ele acha que você quer que ele seja. Mas ele não está fazendo joguinhos. O que você vê é o que Jake é e ele é cada


pedacinho do homem que ele mostra para você: Esperto, engraçado, valente e atencioso. Você ama o homem desta vez, não a aparência. Nicole deixou as palavras ressoarem dentro de sua cabeça brevemente, entretanto olhou em direção à porta quando Jake retornou ao quarto. -O doutor está assinando os papéis de alta neste momento. Nós podemos levá-la para casa - ele anunciou com um sorriso. -Eu passei por papai e Neil no caminho de volta e eles foram pegar uma cadeira de rodas para ela. -Dante e Tomasso ja sabem? Elaine perguntou, levantando-se. -Ou eles estão ocupados tentando comer tudo na lanchonete? -Eles sabem - Jake disse, seu sorriso desvanecendo antes dele adicionar, -Eles desceram para verificar os veículos e ter certeza de que não foram adulterados antes de nós partirmos. Elaine assentiu com a cabeça, aparentemente não surpresa, e então olhou para Nicole. -Você não vai querer usar esse vestido de hospital em casa. Onde eles colocaram suas roupas, querida?

-Você quer outro travesseiro atrás de suas costas? Ou talvez outro cobertor? -Não - Nicole disse com uma risada. -Jake, eu estou bem, sério. Pare de exagerar. -Você acabou de sair do hospital, Nicole. Eu deveria exagerar - ele ligeiramente disse, olhando ao redor do quarto.


-Eu só bati minha cabeça. Estou bem agora. Eu... o que você está procurando? Ela se interrompeu para perguntar. -O controle remoto da TV - Jake murmurou, movendo-se em direção da cadeira que estava próxima à TV. -Você pode assistir televisão e relaxar enquanto eu preparo algo para você comer e beber. Nicole franziu o cenho. Relaxar na cama assistindo televisão soou delicioso... e decadente. Ela não assistia TV parecia que faziam meses. Sua carga de trabalho estava muito pesada para isso. Lembrando de sua carga de trabalho, ela se sentiu imediatamente culpada e começou a empurrar de lado os lençóis e cobertores que ele tinha acabado de colocar sobre ela. -Eu realmente deveria ir ao estúdio e... -Nem pense em levantar - Jake falou, girando para ela com o controle remoto na mão. Andando a passos largos até ela, expressão séria, ele adicionou, -O médico só concordou com a sua liberação se você descansasse hoje e é isso que você vai fazer. Amanhã, se você não tiver uma enxaqueca e tudo estiver bem, você pode voltar ao estúdio. Mas por um dia você vai descansar. Ordens do médico. Nicole soltou um suspiro irritado e puxou o lençol e a coberta sobre ela novamente, mas ela também mostrou a língua para Jake por ser tão mandão. Porém, na verdade, ela gostou de sua atitude e sua preocupação. Rodolfo teria dito para ela superar isso e voltar ao trabalho. O mundo não se importava se ela tinha um pouco enxaqueca, ela tinha prazos para cumprir e tinha que respeitá-los. Rodolfo não tinha sido um companheiro muito simpático. Durante seus dois anos de casamento, ele a persuadiu e até insistiu que trabalhesse enquanto estava com febre alta devido a uma pneumonia, e também em outra oportunidade quando ela estava com um tornozelo quebrado. Pintar enquanto se está delirando realmente não é muito inteligente, mas ficar de pé com um tornozelo quebrado por horas a fio tinha sido pior. Exemplos assim tornaram difícil de acreditar que ele se importava com qualquer coisa exceto o


dinheiro que ela ganhava para ele gastar. -Aí está. Jake se afastou da televisão e levou o controle remoto para ela. -Encontre algo que você quer assistir e nós ficaremos abraçados na cama e comeremos o almoço enquanto nós assistimos TV quando eu voltar. -Ficar abraçados? Nicole perguntou com interesse. Isso parecia ser algo que a maioria dos homens evitava como a peste pelo que ela sabia. -Oh, querida - ele disse, deixando o controle remoto em seu colo e colocando suas mãos espalmadas sobre a cama para se debruçar e sussurrar, -Quando se trata de abraçar eu sou um grande e velho ursinho de pelúcia. Ele chegou perto o suficiente para que ela sentisse sua respiração em seu lábios à medida em que ele falava, e então Jake a beijou. Ela suspeitou que ele queria apenas roçae rapidamente seus lábios antes de partir, mas não aconteceu assim. Simplesmente não podia acabar assim. No momento em que seus lábios tocaram os dele, a paixão que parecia sempre estar à espera rugiu entre eles como uma cortina de fogo que explode em um corredor quando uma porta é aberta. No momento seguinte, Nicole de alguma maneira se achou de costas em sua cama com ele rastejando sobre ela, suas mãos procurando por todos os pontos sensíveis através do pijamas de flanela que ela colocou quando chegou em casa. Nicole não estava indefesa, suas próprias mãos estavam puxando suas roupas, tentando rasgá-las desesperadamente enquanto ela alternadamente chupava sua língua e enfiava sua própria língua nele. -Ei, Stephano! Dante disse da porta aberta. -Sua mãe quer você na cozinha... agora. E saia de cima desta pobre menina ou vou pegar um balde de água para jogar em você. Nicki tem uma concussão.


Jake gemeu em sua boca, então lentamente se soltou dela e saiu da cama, dizendo, Eu farei para você queijo grelhado e sopa de tomate... e refrigerante e suco laranja.” Nicole piscou com surpresa. -É isso que minha mãe sempre me preparava quando eu não estava me sentindo bem. -Sério? Então eu também - Jake disse com um sorriso e então ele se foi. Nicole ficou olhando para ele por um minuto, em seguida olhou para a televisão. Ela pegou o controle remoto e olhou no guia, procurando por algo interessante, mas era o meio da tarde em um dia de semana. Os programas de entrevistas pareciam ser a única coisa que estava passando e ela não era um grande fã de programas de entrevistas. Ela continuou a olhar o guia, mas sua mente começou a vagar se perguntando o que Jake estava fazendo. Ele estava fazendo o almoço, claro, mas até onde ele tinha ido? E ele preferia sua sopa de tomate feita com a água ou leite? Sua mãe sempre usou leite e Nicole também. Era muito ácido para que ela saboreasse com apenas água. Talvez ela devesse ir até lá e ver se ele estava usando água ou leite. Ela podia se sentar à mesa e conversar com ele enquanto ele cozinhava. Ela ainda estaria descansando, não é? -Ugh - Nicole murmurou quando ela percebeu o quão patética ela era. O homem acabava de deixá-la e ela queria seguí-lo como um filhote de cachorro perdido seguindo uma criança da escola para casa. O quão patético era isso? Era culpa do nanos, ela disse a si mesma. Elaine disse isso. Ela não deveria se julgar por padrões normais... ou mortais. Esta situação não era nem normal, nem mortal.


Caramba, Nicole percebeu com um sorriso. A mulher basicamente deu sua permissão para que ela simplesmente seguisse seus instintos e agisse como uma vadia… livre de culpa. -Legal - ela murmurou. Lançando o lençol e o cobertor de lado, Nicole procurou poe seu roupão. Ela tinha colocado ele por cimna do pijama depois de trocar de roupa por insistência de Jake quando chegaram em casa. Agora ela não conseguia lembrar onde... oh, alí estava ele, ela colocou na extremidade da cama e então jogou o cobertor sobre ele ao se levantar. Colocando o roupão, Nicole deixou o quarto à procura de Jake.

-Então ela agora aceita que alguém está tentando matá-la, mas ainda não aceita que é seu marido - Elaine Notte murmurou pensativamente e Jake olhou ao redor para onde sua mãe estava sentada à mesa da cozinha com seu irmão, seu padrasto e os gêmeos. -Ela não aceita? Ele perguntou com uma careta. -Até agora? Depois de tudo que aconteceu? -Não, pelo que eu li dos pensamentos dela, ela está completamente confusa sobre o que poderia estar causando estes eventos, mas ela tem certeza que não é seu marido. -Ex-marido - Jake rosnou, virando para mexer a sopa na panela e sacudir o queijo grelhado na frigideira. -Ele ainda não é seu ex, querido - sua mãe suavemente disse. Sso fez Jake querer rosnar. Ele não gostava da idéia de que qualquer homem tivesse


uma reivindicação sobre Nicole, não importa o quão a curto fosse o prazo ou tênue a ligação. -Bem, não importa o que ela pensa, alguém está lá fora tentando matá-la e eles não vão parar - Neil disse em voz baixa. -Eu sugiro que vocês dois fiquem perto de casa até que isto seja resolvido. Jake franziu o cenho ante a sugestão. -Eu estava pensando em levá-la para jantar e assistir um filme, ou amanhã à noite ou na noite seguinte... se eu puder arrastá-la para longe de seu trabalho - ele adicionou esquisitamente. -Bem, isto não é realmente uma boa idéia neste momento, mano - Neil disse e então assinalou, -Ela é mortal, o que a faz vulnerável, e alguém está tentando matá-la. Quando Jake fez uma careta para seu conselho, Neil adicionou, -Embora, eu suponho que se nós fôssemos com você, nós seríamos capazes de mantê-la segura. -Eu acho que Stephano estava pensando em algo mais na linhas de um encontro do que uma excursão em família - Roberto disse com diversão. -Oh. Neil fez uma careta. -Neil não saberia nada sobre encontros - Dante disse, sentando de volta em sua cadeira com um sorriso. -Sua cabeça está muito cheia de números e relatórios trimestrais para pensar sobre tais coisas. -Eu tenho encontros - Neil defensivamente disse. -Quando? Tomasso perguntou a diversão. -Na última... Ele franziu o cenho e murmurou, -Bem não pode ter sido mais do que... Agitando sua cabeça, ele franziu as sobrancelhas e disse, -Eu tenho uma vida muito ocupada agora que Stephan... Jake não está lá para levar o fardo durante o dia na


V.A. Inc. Jake olhou para ele com surpresa. -Vincent não contratou um substituto para mim? -Claro que ele contratou - Neil murmurou. -Mas o homem é mortal e não sabe sobre nós. Eu gasto mais tempo tentando me assegurar que ele não descubra sobre nós do que trabalhando. É frustrante como inferno. Ele fez uma careta brevemente, e então suspirou e fez uma careta para Jake. -Desculpe. Não é seu problema. Jake voltou para a comida que ele estava cozinhando, mas ele franzindo o cenho agora. Ele não pensou sobre como sua partida afetaria seu irmão. Ou qualquer outra pessoa no que diz respeito a esse assunto. Ele esteve muito envolvido em sua própria dor, real ou imaginária. Agora ele se sentia culpado. Ele suspeitou que era um sentimento com o qual ele devia se acostumar. Nada tinha sido mais precipitado do que sua fuga. -De volta ao assunto em questão - sua mãe firmemente disse. -A melhor maneira para lidar com isto é encontrar seu marido, ler sua mente, confirmar que ele está por trás de tudo isso, e então cuidar do problema. -E como você cuidaria do problema? Jake endureceu e então girou em direção à porta da cozinha e viu Nicole de pé em um roupão branco macio, e chinelos rosa mais macios, olhando para todos eles com preocupação.

Capítulo 16


-Você não devia estar fora da cama - Jake disse com preocupação, desligando as chamas do fogão e indo até Nicole convencê-la a voltar para o quarto. Ela, porém, não pôde ser persuadida, e permaneceu parada e quietamente disse, -Eu preciso saber. -Não é nada tão sinistro quanto você está pensando - sua mãe disse. Jake olhou de uma mulher até a outra, perguntando-se o que exatamente Nicole estava pensando. -Nós não o mataríamos ou qualquer coisa do tipo. Nós apenas limparíamos sua mente e conseguiríamos um hospital psiquiátrico onde ele pudesse ficar o resto de seus dias.

-Onde ele podia ficar o resto de seus dias jogado e se babando - Nicole secamente disse. -Você acha que isso é melhor do que matá-lo? -Se for ele por trás destes ataques, ele merece isso e muito mais - Jake severamente disse. -Bem, pelo menos você adicionou o 'se' - Nicole disse rigidamente. Jake olhou para ela impotente. -Eu sei que você não quer acreditar que seu ex-marido esteja tentando matá-la, mas... -Não foi Rodolfo - Nicole firmemente disse. -Eu admito, alguém parece estar tentando me matar... ou talvez você - ela adicionou, e assinalado, -Você é que foi envenenado na banheira, e você estava no carro comigo. -Isto é verdade - sua mãe disse e olhou paar ele com preocupação. -Você fez inimigos desde que deixou a Califórnia, filho?


Jake fez uma careta. -Não. Além disso, ninguém sabe que eu estou aqui além de vocês, e, enquanto os últimos dois ataques me incluíram, você está esquecendo o carro que quase atropelou você no estacionamento mercado. Nicole acenou despreocupada. -Um motorista ruim. Jake apertou a boca. -E os incidentes com o gás? -Incidentes com o gás? Neil perguntou com interesse. -O aquecedor foi mexido, as portas foram bloqueadas, o protetor contra gás da churrasqueira foi retirado do lugar e algo estava errado com a lareira - ele listou depressa e então franziu o cenho para seu irmão. -Marguerite não explicou isso para você? -Isso foi apenas... Nicole apenas acenou sua mão impacientemente, aparentemente não sabendo como chamá-los. -Olhe, a coisa do aquecedor não foi mortal. Apenas não gerou calor e foi um inconveniente. Franzindo o cenho ela adicionou, -Eu disse a você que ele levou cabos e alguns enfeites e duas cadeiras. E olhe o que ele fez com o retratos. Ele... -O retratos? Roberto curiosamente interrompeu. -As molduras dos retratos de seu ex-marido foram coladas nas paredes por toda parte da casa - Jake explicou. -Eu tive que chamar uma equipe para removê-los e consertar as paredes onde eles foram colados. -Obrigado por isso - Nicole disse em voz baixa. -Eu quis agradecer quando nós estávamos deixando a casa para fazer compras e mas você me perguntou qual carro eu queria usar e eu fiquei distraída. Jake assentiu com a cabeça rigidamente. -De nada.


-De qualquer maneira - Nicole suspirou. -O aquecedor foi apenas outra maneira dele me transtornar - ela quietamente disse. -O pior que poderia ter acontecido era deixar a casa fria e me fazer ligar para alguém consertar. Tudo que ele fez foi me custar, como tudo mais que ele fez. -Você tem certeza de que ele sabia sobre isso? Jake perguntou. Marguerite disse que seu aquecedor na Itália era mais velho, e poderia ter explodido se ele fizesse isso lá ele assinalou e então adicionou, -E ele colocou pedaços de madeira nos trilhos da porta, impedindo a abertura. Isso foi obviamente um esforço para prender você do lado de dentro para quando o aquecedor explodisse. -Não, isso foi Rodolfo sendo o idiota que ele é - ela secamente respondeu. -Ele estava sempre fazendo coisas estúpidas assim. O homem era atraente, com um sotaque sensual, mas ele não era muito brilhante. -Ou talvez ele seja mais esperto do que você pensa - Jake severamente disse. -Suas portas são abertas somente com chave, e você não teria pensado em pegar as chaves se tivesse acordado com a casa em chamas. -Não eu não teria, mas eu também não teria corrido para o andar de baixo no fogo. Eu sairia pela porta da sacada de meu quarto, que não estava bloqueada - ela impacientemente assinalou, e então adicionpu, -E se eu estivesse sonolenta e estúpida o suficiente para correr para o andar de baixo sem chaves, eu teria saído pela garagem. Jake franziu o cenho com a lógica nisto. -Que tal o gás da churrasqueira? Nicole suspirou. -Como eu disse, ele não era muito brilhante. Ele também era preguiçoso e não gostava de limpeza. Ele pôs uma folha laminada na parte inferior do forno para coletar a sujeira e eu imagino que ele fez a mesma coisa com a churrasqueira.


-Mas as chamas não podiam atravessar a folha laminada para cozinhar comida - Jake assinalou. -Não - ela secamente concordou. -Eu mencionei que ele não era brilhante e se eu estivesse atenta no momento em que fui usar a churrasqueira, eu teria percebido a folha laminada, pensado sobre isso, e a removido para ver se a tubulação não tinha saído fora do lugar... provavelmente quando ele colocou a folha laminada. Mas eu estava ocupada falando com Pierina. Eu também tinha tomado uns copos de vinho, então eu não percebi e comecei sem pensar nisso. -E a lareira? Jake disparou de uma vez. -O sujeito do gás desmontou e montou o equipamento como se existisse algo de errado. -Sim, ele fez isso - Nicole concordou. -Mas ele nunca disse que havia qualquer coisa errada. Ele estava muito ocupado falando sobre como um companheiro sempre fica meio louco em um divórcio. -Bem, ele parecia pensar que seu ex-marido estava tentando matar você. Ele aparentemente abraçou você na saída, insistindo que você devia arrumar um bom sistema de segurança. E ele cobrou de você uma ninharia por ficar lá a maior parte do dia. -Ele nos abraçou, e eu acho que ele só me abraçou assim porque ele poderia abraçar Pierina e se sentir um policial - Nicole estalou. -Ele estava caído por ela. Eu acho que foi por isso que ele desmontou a lareira, assim ele teria um desculpa para ficar por perto, olhá-la e conversar. Ele se ofereceu para nos levar para passear e mostra a cidade enquanto Pierina estava aqui - ela secamente adicionou. -E eu penso que sua queda por ela foi o motivo dele concordar com as preocupações dela de que Rodolfo estava tentando me matar.


Jake estava ciente que todo mundo estava olhando dele para Nicole à medida que eles discutiam, como se assistindo a uma partida de tênis. Eles agora estavam olhando para ele novamente e ele se emxeu desconfortável, inseguro do que dizer. Ela parecia ter uma resposta para tudo... e Marguerite não mencionou que o sujeito do gás estava caído por Pierina, entretanto Pierina provavelmente não mencionou para ninguém.

Seus pensamentos estavam distraídos quando a campainha tocou. -Eu atendo - Dante disse. -O que é estar caído por alguém? Elaine perguntou com confusão quando o gêmeo deixou a cozinha. -Estar a fim - Tomasso respondeu. -O sujeito do gás tinha desejos por Pierina. -Oh. Ela assentiu com a cabeça em compreensão. -Bem, então é possível que ele estivesse exagerando os perigos para parecer um herói aos olhos de Pierina. -Mãe - Jake reclamou. Ele estava tendo dificuldades suficientes tentando convencer Nicole de que era seu marido sem ter sua mãe do lado dela. -Bem, é verdade, querido - ela disse se desculpando. -Os homens fazem coisas tolas assim quando eles querem uma mulher. E estas coisas anteriores que você citou não parecem tão mortais ou bem planejadas como a banheira e o acidente de carro. O envenenamento da banheira requer um pouco de conhecimento sobre venenos, e mexer com os freios e o acelerador do carro exige alguma habilidade. -A polícia já descobriu o que foi feito com o carro? Nicole perguntou. -Dante fez algumas sugestões mentais na cena do acidente para se assegurar de que eles examinariam isso imediatamente - Jake quietamente disse.


-Eles ligaram enquanto Jake estava colocando você na cama quando nós chegamos em casa - Elaine adicionou. -E não foi nenhum acidente, o carro definitivamente tinha sido mexido. -Deve ter sido enquanto nós estávamos no centro comercial - Jake murmurou infeliz. -Estava bom antes disso. Nicole assentiu com a cabeça em acordo e então suspirou e retornou ao tópico original. -Olhe, eu sei que Pierina tem certeza que Rodolfo está tentando me matar, mas confie em mim, ele não está. Ele é ganancioso, egoísta e um tirano. Mas ele gosta muito de sua própria pele para se arriscar a ir para prisão sendo apanhado tentando me matar... e ele seria o primeiro suspeito neste caso. Se ele fosse me matar, ele teria feito isso antes de eu o deixar. Mas posteriormente? Não. -Eu receio que ela esteja certa. Jake olhou atentamente atrás de Nicole quando ela girou ante aquele anúncio. Ele arqueou as sobrancelhas quando viu Vincent Argeneau e sua esposa Jackie cumprimentá-la. -Você deve ser Nicole - Jackie estava dizendo, agitando sua mão com um sorriso quando Dante deslizou passando pelo para retomar sua cadeira à mesa. -Eu sou Jackie, e iste é meu marido, Vincent. -Olá - Nicole disse hesitante, e então piscou e olhou mais de perto o antigo chefe de Jake e disse, -Vincent Argeneau? -Sou eu - Vincent ligeiramente disse. -Você salvou vida de Jake. Você o transformou quando a cadela magrela o apunhalou - ela disse, usando as palavras exatas de Jake de quando ele contou a ela sobre o


incidente. -Ele era Stephano na época, mas sim - Vincent disse, olhos cintilantes com diversão em seu palavras. -Não que ele estivesse muito contente no momento - Jackie secamente adicionou. -Bem, eu estou agora - Jake disse, se adiantando para saudar o casal. Ele abraçou Jackie primeiro, murmurando, -Eu sinto muito por não ter dito isso na época. Abraçando Vincent em seguida, ele adicionou, -Mas obrigado por minha vida. Andando de volta, ele solenemente adicionou, -E por desistir de sua opção de transformação. Eu percebo o sacrifício que foi, especialmente desde que você já sabia que Jackie era sua companheira de vida e que você não podia transformá-la uma vez que você me transformou. Vincent sorriu torto. -Bem, se eu parasse para pensar no momento, eu poderia não ter feito isso e arriscar perder Jackie - ele admitiu esquisitamente. -Mas tudo acabou bem no final, então não há de que. Jake sorriu, entendendo exatamente o que ele quis dizer. Cada imortal tinha permissão para transformar apenas uma pessoa em sua vida. Era designado, e normalmente reservado, para um companheiro de vida, mas Vincent desistiu de sua única transformação para salvar sua vida sete anos atrás. E Jake não sabia se poderia fazer o mesmo para alguém agora que ele encontrou Nicole. Ele queria transformá-la, se ela estivesse disposta. Para mantê-la com ele para sempre. -Ah, Jackie, Vincent, que surpresa boa ver vocês - Elaine disse com prazer verdadeiro, aparecendo a seu lado para abraçar o casal em saudação. Roberto estava logo atrás ela, saudando o casal como família. Jake sabia que eles eram gratos pelo que Vincent fez, mas pareceu óbvio por esta


saudação que Jackie e Vincent eram considerados parte da família agora. Existiam provavelmente muitas mudanças que aconteceram desde que ele foi embora, ele reconheceu. Mas ele estava contente por esta. -Então - Neil disse depois dele e Tomasso saudarem o casal também. -O que foi isso sobre Nicole estar certa? -Oh. Jackie fez uma careta. -Rodolfo não está por trás de qualquer dos acontecimentos aqui. -Pelo menos nas últimas duas tentativas - Vincent adicionou, e explicou, -Dante nos disse sobre a banheira e o acidente de carro, e Rodolfo definitivamente não está por trás disso. Pelo menos não pessoalmente. -Ele está na Itália - Jackie adicionou. -Você tem certeza? Jake perguntou franzindo o cenho. -Positivo - Vincent assegurou a ele, e então adicionou, -Nós acabamos de vir de lá. Ele está comprando uma casa com o dinheiro que ele conseguiu de Nicole e já está dando em cima de uma herdeira rica. -Coitadinha - Nicole murmurou e quando Jake olhou em direção a ela, encolheu os ombros e disse, -Rodolfo pode ser muito encantador a curto prazo. Ele vai seduzí-la, impressioná-la, prometer o mundo a ela, e então, uma vez que ele a conquistar, tratála como um cachorro, perseguir seu dinheiro, e odiá-la por deixá-lo. -Sim - Jackie concordou com desgosto. -Foi isso que eu vi quando eu o li. Ele odeia mulheres, especialmente qualquer mulher que dedica seu tempo a ele. Ele sabe que ele é inútil, então qualquer mulher que ele engana por tempo suficiente para ter sucesso em fazê-las se apaixonar por ele deve ser mais inútil que ele aos olhos dele.


-Eu não lamentaria pela herdeira entretanto - Vincent adicionou com diversão. -Sim - Jackie concordou com um sorriso. -Rodolfo pode ter mordido na maçã errada desta vez. -Por que? Nicole perguntou com interesse. -Porque o tio da herdeira é um chefão da máfia e muito afeiçoado pela sobrinha desde a morte de seu irmão quando ela era “apenas uma bambina” - Vincent disse com um sorriso mau. -Eu garanto que se ele a tratar como fez com você, ele vai acabar com um par de sapatos de cimento. -Ele sabe sobre a máfia? Jake perguntou com interesse, e sorriu quando o casal sorriu e negou com a cabeça. Seu olhar deslizou para Nicole e viu que ela estava apetando seu lábio, olhando ligeiramente preocupada. Jake deslizou seu braço ao redor sua cintura e murmurou, -Você colhe o que semeia nesta vida, Nicole. Qualquer coisa que acontece, ele terá causado a ele mesmo... e quem sabe, talvez o tio dê a ele uma advertência para ser bom com sua sobrinha, ou sofrer as consequências. Jake encolheu os ombros. -Ele pode ser um homem melhor depois disso. -Ele terá que ser - Dante disse com diversão. Jake assentiu com a cabeça, entretanto fez uma careta em sua mente voltando ao assunto em questão. -Então... Rodolfo não está por trás disto, mas ele podia ter contratado alguém? Vincent negou com a cabeça. -Eu li sua mente completamente. Ele mexeu no forno, pensando que ela teria que contratar alguém para consertar isso. Foi algo para incomodar. Assim como a madeira nas portas, isso foi para prevenir roubos. Jake levantou suas sobrancelhas com essas notícias. Parecia que o sujeito realmente era um idiota se ele pensava que pôr a madeira do lado de fora iria impedir alguém


de entrar. -Eu disse a você que ele não era brilhante - Nicole murmurou com satisfação. -Bem, sejamos justos - Jackie disse, -Ele sabia que estava pondo isso, e que podia ser retirado do lado de fora, mas ele pensou que nunca olhariam para ver que estava do lado de fora. Ele parece pensar que a maioria das pessoas é estúpidas. -O sujo falando do mal lavado - Dante murmurou. -E a churrasqueira? Jake perguntou. -Você achou qualquer coisa sobre isso? -Ele pôs a folha laminada lá na mesma época que pôs no forno e nunca usou isso depois. Não existia nenhum pensamento sobre puxar a tubulação para fora do lugar Jackie disse. -E não existia nada sobre a lareira em seus pensamentos - Vincent adicionou. Realmente não parece que ele estava tentando matar Nicole. É por isso que nós paramos aqui a caminho da volta para a Califórnia. Nós pensamos que estaríamos trazendo boas notícias. -Mas nós chegamos aqui e Dante nos disse sobre o carro tentando atropelar Nicole, e depois a banheira e o acidente de carro, e parece que você realmente tem um problema - Jackie disse em um suspiro. -Então os incidentes que fizeram Marguerite se preocuparo o suficiente para contratar você para proteger Nicole não eram realmente tentativas de assassinato - Elaine murmurou devagar. -Mas a banheira e o acidente de carro eram - Jake firmemente disse. -E Rodolfo parecia o suspeito mais provável. Ele tinha mais a ganhar com sua morte.


-Não, ele não tinha - Nicole disse de uma vez, e Jake olhou para ela com surpresa. -Certamente ele tinha - ele discutiu. -Ele teriaconseguido tudo em vez de só metade. -O quão estúpida você acha que eu sou? Nicole perguntou irritada, saindo debaixo de seu braço para ir para ao armário e pegar uma xícara de café. Ele notou que ela fez várias respirações profundas quando foi até a cafeteira, como se tranquilizando, e então ela admitiu, -A primeira coisa que eu fiz depois que deixei Rodolfo foi mudar meu testamento e os beneficiários de meu seguro. Então, apesar dela alegar que Rodolfo não estava tentando matá-la, ela se protegeu... e ela estava obviamente aborrecida de que eles pensassem que ela não tinha feito isso. Jake assistiu ela se servir do café e então perguntou, -Quem você fez seu beneficiários? -Joey e Pierina ficam com tudo - Nicole respondeu e então olhou ao redor. -Você quer um café? Eu... Algo em sua expressão deve ter dito a ela o que ele estava pensando, porque ela parou e fez uma careta. -Oh, deixa disso! Ela protestou. -Você não pode estar falando sério? -Sobre o que ele não pode estar falando sério? Roberto curiosamente perguntou. -Ele está pensando que Joey deve estar por trás da banheira e do acidente de carro Elaine murmurou, obviamente lendo sua mente. Jake ficou surpreso de Roberto não ter feito. -Eles sabem que você os colocou em seu testamento? Jake perguntou, ignorando o casal.


Nicole suspirou cansada. -Jake... -Eles sabem? Ele insistiu. -Sim, mas Joey tem seu próprio dinheiro. Ele fez uma fortuna com desenvolvimento de terra. É por isso que ele se aposentou. -E ele está gastando sua aposentadoria como água - Dante quietamente disse, atraindo o olhar surpreso de Nicole. -O que? Ela perguntou surpresa. -Aquela puta bonita dele é cara - Dante disse com um encolher os ombros. -Ele está gastando um bom pedaço de sua aposentadoria para fazê-la feliz. -E uma vez que ela tiver gasto tudo, irá sem dúvida procurar outro otário - Jake secamente disse. Ele realmente não gostou da mulher. -Não importa. Joey não tentaria me matar - Nicole dise firmemente. -Ele é meu irmão. -E sobre o gene egoísta e filho da puta do pai dele? Elaine de repente perguntou. Jake olhou para sua mãe duvidosamente. -O que? -Por favor pare de ler minha mente - Nicole disse rigidamente. -O que você leu? Jake perguntou com interesse. -Droga, meu irmão não está tentando me matar - Nicole estalou antes de sua mãe poder responder. Ela então se dirigiu à porta, tecendo sua passagem através do grupo para sair da cozinha. -Eu estou indo para meu estúdio para trabalhar.


-Você deveria estar descansando - Jake rosnou. -E o almoço que eu estava fazendo para você? -Eu não estou com fome. E trabalhar é muito mais relaxante do que ficar aqui de pé escutando vocês acusarem todo mundo em minha vida de me querer morta - Nicole estalou, se dirigindo aos degraus. -Deixe ela ir - sua mãe suavemente disse, pegando seu braço quando ele começou a seguir Nicole. Jake parou e olhou de Nicole para sua mãe infeliz. -O que você estava falando sobre o gene filho da puta? -Foi uma conversa sobre a qual Nicole pensou quando negou que seu irmão tentaria matá-la. Ele disse que ela era patética e muito boa porque passou tempo demais com Pierina que encorajou isso nela. Que ela deveria ter passado mais tempo com ele. Ele tem o gene egoísta e filho da puta de seu pai e teria ensinado isso a ela ao invés da influência de Pierina - ela explicou, e então adicionou, -Nicole ficou surpresa e disse que ele pensar que era egoísta significava que ele não era. -E o que ele disse depois? Jake perguntou quando ela pausou. -Eu acredito que foi, “Ha! Consegui enganar você” - ela solenemente disse. -Talvez Vincent e devêssemos ter uma conversa com Joey - Jackie disse devagar. Nós sabemos onde ele mora? -Flórida - Jake respondeu, e então adicionou, -Mas ele está hospedado em um hotel no centro da cidade enquanto está aqui. -Você sabe qual?


Jake assentiu com a cabeça. Joey mencionou isso na noite em que eles jantaram aqui na casa. Ele então deu a eles o nome. Assentindo com a cabeça, Jackie olhou para Vincent.

-Nós não vamos demorar - ele disse, deslizando seu braço ao redor de sua esposa para escoltá-la para fora da cozinha. -Nós vamos com você - Dante anunciou, então ele e Tomasso os seguiram. Jake assistiu eles irem e então retornou ao fogão. Ele tinha retirado a sopa e frigideira do fogo quando Nicole entrou na cozinha. Agora ele os colocou de volta. Ele terminaria de cozinhar isso e levaria para ela de qualquer maneira. Ela não comia há vinte e quatro horas. Além disso, talvez ela aceitasse sua oferta de paz e um pouco de sua raiva com ele diminuiria. -Bem, Neil - Roberto disse. -Eu acho que nós deveríamos pegar sua mãe e irmos para o nosso hotel. -Hotel? Jake perguntou surpreso, girando para olhar o trio enquanto sua mãe pegava sua bolsa da mesa. -Eu pensei que vocês ficariam aqui. -Não é sua casa para oferecer. É a casa de Nicole - Neil lembrou a ele com diversão.

-Sim, mas eu estou certo de que Nicole iria...

-Não há necessidade de aborrecer Nicole - sua mãe disse, deslizando a correia da bolsa em seu ombro. Parando ao lado de Jake, ela deu nele um abraço, beijou sua bochecha, e então lembrou a ele, -Existem apenas três quartos aqui, filho, o de Nicole e os dois quartos de hóspedes. Você e os gêmeos já estão usando os quartos de hóspedes.


-Sim, mas... Jake hesitou. Ele estava para dizer que ficaria no quarto de Nicole com ela de agora em diante, deixando o quarto para seus pais. Neil poderia dormir no sofá-cama do estúdio, ou em um dos sofás. Mas Jake não tinha certeza se seria bemvindo na cama de Nicole no momento. Ela estava muito chateada com ele no momento... e tudo porque ele estava tentando mantê-la segura, ele pensou infeliz. Era sua culpa que seu irmão estivesse tentando matá-la? -Nós temos muito prazer em ficar em um hotel - Roberto anunciou, vindo e dando um abraço também. -Sua mãe e eu nos acostumamos a não ter que ficar quietos quando vamos para a cama e não seríamos muito bons nisto agora. Jake não conseguiu ficar sem fazer uma careta. Ele entendeu o que o homem estava dizendo. O casal mais velho era tão apaixonado e ruidoso no quarto quanto ele e Nicole eram... como a maioria de companheiros de vida eram. Roberto podia estar dizendo que eles tentavam ficar quietos, mas enquanto o casal dormia durante o dia enquanto ele estava na escola, eles desapareciam em seu quarto frequentemente quando ele e Neil eram mais jovens e ainda viviam em casa. Para ser claro, eles não berravam como um par de alces no acasalamento, mas eles não ficavam exatamente em silêncio. Os sons que vinham do quarto do casal tinham sido suficientes para traumatizá-lo quando ele era jovem. -Oh, pare - sua mãe disse com uma combinação de diversão e constrangimento. Mas ele não entendeu que ela tinha lido seus pensamentos, até que ela adicionou, -Nós não éramos maus. -Não - Roberto concordou, e então sorriu, seus olhos cintilando maldosamente quando ele se contradisse, admitindo, -Nós éramos maus. Jake não deixou passar despercebido o rápido apertar de seu padrasto no traseiro de sua mãe. O casal era tão brincalhão hoje quanto eles tinham sido há cinquenta anos


atrás. Curiosamente, ele não se importava. Isso significava que ele tinha muito anos brincalhões pela frente com Nicole. -Nos acompanhe até lá fora, filho - Elaine disse, deslizando seu braço ao redor seu marido. Assentindo com a cabeça, Jake seguiu o trio para fora da cozinha. Quando eles começaram a descer os degraus, ele disse, -Me ligue para dizer em quais quartos vocês estão quando estiverem instalados. -Nós ligaremos, e você nos ligue para dizer o que aconteceu com Joey quando os rapazes voltarem - sua mãe ordenou firmemente. -Se você ligar no hotel e a atendente disser que nós estamos indisponíveis, nós provavelmente estaremos dormindo - Roberto comentou. -Já passou da nossa hora de dormir e eu não tenho certeza quanto tempo estaremos repousando. Jake assentiu com a cabeça. Passava do meio-dia e ele não se importaria de dormir um pouco também. Mas ele esperaria até os gêmeos voltassem e pudessem vigiar Nicole para ele. Ela foi a única deles que dormiu ontem à noite. -Talvez mais tarde, hoje à noite, nós possamos nos encontrar para jantar - sua mãe sugeriu quando eles saíram das escadas. -Seria bom nos sentarmos para uma refeição com você novamente.


Jake sentiu beliscão de culpabilidade. Sua mãe soou tão saudosa. Os últimos sete anos foram obviamente severos com ela. Provavelmente os últimos quarenta anos foram severos com ela, ele reconheceu. Seu afastamento da família para ficar à margem quando ele descobriu o que eles eram aos dezoito anos de idade provavelmente a machucou terrivelmente. Ele desejava agora que ele tivesse reagido de forma diferente. Mas ele não podia voltar no tempo e mudar a história. Parando na porta da frente, Jake virou e deu nela um grande e forte abraço. -Eu sinto muito, mãe. Eu amo você. -Eu amo você muito... e sempre amarei - ela sussurrou e existiam lágrimas em seus olhos quando ele a soltou e se afastou. -O passado é o passado - Roberto disse bruscamente, abraçando Jake e batendo em suas costas. -Nós estamos contentes por ter você de volta. Nós amamos você, filho. -Obrigado - Jake solenemente disse. -Eu amo muito você... pai. Roberto o abraçou mais firmemente e então recuou, limpando seus olhos. Jake não ficou surpreso por ver seus próprio olhos marejados. Roberto foi o único pai que ele teve, ou pelo menos o único que ele lembrava com nitidez. Seu pai biológico era apenas um retrato que foi mostrado a ele, e histórias que lhe foram contadas. O único pai que ele lembrava era Roberto, e ele tinha sido um bom papai. Ele ofereceu disciplina e direção quando necessário, mas também deu amor e afeto em abundância. Mas Jake se recusou a chamá-lo de pai desde seu décimo oitavo aniversário. -Bem, agora que você tem mamãe e papai chorando por você... Neil disse secamente, ficando ao lado dele e o abraçando. -Eu estou contente de que você esteja pronto para voltar ao rebanho. Eu senti sua falta irmãozão.


-Eu senti a sua também - Jake assegurou ao homem mais jovem e soube que era verdade. Mesmo no pior de sua raiva, ele sentiu falta de ter Neil, seus pais e o resto da família ali em sua vida... e ele tinha feito isso para si mesmo. Agitando sua cabeça, ele deu bateu nas costas de Neil levemente quando se separaram. -Eu ligarei quando souber de qualquer coisa. -Ligue no meu celular - Neil disse. -Eu atenderei. -Oh - Jake disse quando isso lembrou a ele. -Você quer meu número de telefone? -Eu já tenho - Neil assegurou a ele e quando ele pareceu surpres, sorriu. -O que? Você não pensou que nós manteríamos os olhos em você? Eu sabia onde você estava e o que você estava fazendo desde que você partiu. Jackie é uma detetive muito boa. Jake riu e agitou seu cabeça. -Certo. -Até mais mano - Neil disse sorridente, e então se virou e seguiu seu pais até o carro. Jake ficou olhando até o carro sair e sumir na estrada, então ele entrou e fechou a porta. Ele pensou em ir verificar Nicole, mas covardia venceu e ele decidiu que esperaria até que o almoço estivesse pronto primeiro. O cheiro poderia... Jake cheirou o ar. Ele pensou ter sentido o cheiro de algo queimando, mas tinha passado agora e ele não podia pensar no que... -Droga! Ele murmurou e se apressou para os degraus quando lembrou que ele pôs a sopa e o queijo no fogo novamente, e então os deixou lá para se despedir de sua família. O cheiro veio novamente e permaneceu quando ele estava no meio da escadaria, mas foi a fumaça que ele viu sair da cozinha quando ele chegou no topo da escadaria que realmente o alarmou. Inferno, ele estava queimando a casa!


Jake correu para a cozinha, aliviado ao ver que não existia realmente fogo. O queijo grelhado estava produzindo toda a fumaça. Agarrando a panela, ele girou, colocou na pia e ligou a torneira, e depois girou novamente para a panela de sopa, que estava fervendo. Jake automaticamente a pegou para levar até a pia, mas amaldiçoou e a soltou quando o cabo queimou sua mão. A panela bateu no chão com um tinido alto, enviando sopa de tomate em toda direção. -Maldita alça de metal - ele murmurou, pegando toalhas de papel na mesa e inclinando-se para a bagunça que ele fez. Ele recolheu uma boa porção da bagunça laranja-avermelhada, lançou a toalha de papel ensopada no lixo e começou a limpar o resto, mas mudou de idéia e foi em direção às portas de vidro corrediço. O ar estava espesso com fumaça e o fedor de comida queimada. Seus olhos estavam começando a queimar e lacrimejar. Ele precisava arejar a cozinha. Deus, ele esperava que Nicole ficasse em seu estúdio durante algum tempo, Jake pensou quando destrancou e abriu as portas de vidro corrediço. Ele esperava que não tivesse destruído completamente sua panela e sua frigideira também. E ele supôs que não iria alimentá-la com sopa de tomate e queijo grelhado. Fazendo uma careta, Jake deixou a porta aberta e voltou para terminar de limpar a bagunça. Ele então levantou a panela agora fria e examinou enquanto ele a deixava na pia. Estava uma bagunça, a sopa uma bagunça enegrecida na parte inferior da panela, mas ele achava que seria capaz de retirar isso. Talvez. Quanto à frigideira... Jake fez uma careta quando ele a examinou. O Teflon na parte inferior estava descorado. Ele pôs o fogo muito alto. Suspirando, ele colocou o plug na saída de água da pia para enchê-la com a água e despejou um pouco de sabão, depois pegou o queijo grelhado flutuante e enegrecido, e jogou fora.


Ele teria que pensar em qualquer outra coisa para alimentá-la, Jake pensou. Mas primeiro ele precisava se trocar. A sopa espirrou nele por toda parte, pegando até sua camiseta, mas tinha acertado sua calça jeans em cheio. Fazendo careta, ele começou sair da cozinha, mas parou e voltou para desligar a torneira. Causar uma inundação logo em seguida à primeira calamidade teria sido impressionante, ele severamente pensou, e agitou sua cabeça quando deixou a cozinha.

Capítulo 17

Nicole andou até o final de seu estúdio e depois voltou, e então fez isso de novo... e de novo. Ela realmente não sabia mais o que fazer. Ela estava furiosa, inquieta e frustrada. Ela estava furiosa porque parecia que alguém estava lá fora tentando matála. Enquanto Jake sofreu as consequências de dois ataques, ninguém sabia que ele estava aqui além de sua família, então ela tinha que ser o alvo. Mas ela não tinha nem uma pista de porque alguém iria querer matá-la. Verdadeiramente, Joey era o melhor suspeito porque ele ficaria com a maior parte de sua herança se ela morresse... e ela estava furiosa com isso também. Tão furiosa quanto ela queria estar com Jake e sua família por suspeitar de seu irmão, ele era o suspeito mais provável... e ela odiava isso também. Nicole não queria suspeitar de seu irmão. Mas os fatos eram que ele chegou na cidade no dia em que o envenenamento da banheira aconteceu, depois que ela disse a ele que planejava usar a banheira mais tarde. Isso era só uma coincidência? Ou ele envenenou a banheira antes de ir embora naquela noite? Ele poderia já ter planejado envenenar a banheira e estar com o veneno, ou sua menção de que planejava usar a banheira poderia ter feito com que ele fosse até a cidade quando saiu daqui, comprasse o veneno que foi usado, e voltasse, estacionando na estrada e caminhando até a casa na escuridão para colocar o veneno. Não existia nenhuma iluminação de rua e as casas eram bem distantes uma


da outra, ocupando um terreno de pelo menos oito mil metros quadrados. Ninguém o teria notado. Assim como o carro, Nicole não mencionou isso para Jake, mas Joey era muito habilidoso com carros. Ele comprava e restaurava carros velhos desde que era um adolescente. Ele podia ter mexido em seu carro. Suspirando, Nicole deitou sobre seu sofá-cama e fechou os olhos brevemente. Ela dificilmente poderia ficar brava com Jake e sua família por suspeitar de seu irmão quando ela suspeitava dele também. E ela não estava realmente brava com eles. Ela estava brava com tudo, ou talvez brava com ela mesma. O que havia com ela que fazia com que os homens que deveriam amá-la a tratassem tão mesquinhamente? Seu tinha dito que a amava e então abusou dela e a estorquiu financeiramente, e agora seu irmão, que ela sempre teve certeza que a amava, poderia estar tentando matá-la por uns trocados. Era algo com ela que os fazia agir deste modo? E se algo eventualmente fizesse Jake odiá-la ou pensar que seu único valor era o dinheiro que ela ganhava e se virar contra ela como seu marido e seu irmão? Era aí onde estava sua verdadeira chateação. Ou pelo menos metade dela, Nicole se corrigiu, porque perder seu irmão para cobiça e a tentativa de assassinato machucaria terrivelmente. Mas ela suspeitava que se Jake fosse na mesma direção machucaria muito mais, e o que isso dizia sobre ela? Ficar mais chateada se Jake, um homem que ela conheceu há apenas uma semana atrás, se virasse contra ela do que se seu irmão fizesse isso. Elaine disse que podia ler sua mente, ver através dos subterfúgios e saber que ela amava Jake. Nicole estava começando a pensar que a mulher tinha razão. Ela amava o homem apesar do pouco tempo em que o conhecia... e ela não gostou de ter este


mal estar entre eles, mas ela causou isso, e era a pessoa que precisava se desculpar por ficar tão chateada com ele por suspeitar de seu irmão quando ela também suspeitava. Amaldiçoando, Nicole ficou de pé e foi em direção à saída do estúdio. A casa estava silenciosa enquanto ela caminhava, e um olhar através das janelas mostrou que o único veículo estacionado ali era o de Jake. Parecia que todos os outros tinham partido. Inclusive os gêmeos. A percepção disso a fez parar nos degraus. Eles estavam sós... completa e totalmente sós. Se eles estavam sozinhos, então eles podiam...

Caramba. Nicole interrompeu suas próprios pensamentos com desgosto. Ela descobria que eles estavam sós e seus pensamentos iam imediatamente para o sexo. Estes nanos de sua espécie tem um forte apelo sexual. Ela estava agindo como um viciado de heroína, e Jake era a droga. Mas ela precisava parar com isso. Ela devia desculpas a Jake antes de poder sequer considerar tais coisas. Nicole ouviu aquela conferência de seu próprio cérebro, mas seu corpo ainda estava reagindo ao pensamento de estar sozinha com Jake e às coisas que eles poderiam fazer... por toda a casa. Honestamente, Nicole não sabia quantas vezes ao longo dos anos ouviu reclamações de mulheres de que a maioria dos pensamento dos homens partiam de seu sexo, mas essa aflição não era obviamente restrita aos homens. Seu cérebro parecia ter deixado sua calcinha cair desde que conheceu Jake. Por outro lado, uma parte de mente de Nicole argumentou, não existia nada que ela dissesse que poderia parecer uma boa desculpa. Ela poderia colocar uma das saias que ele ajudou ela escolher... talvez a preta curta que fez a prata de seus olhos brilharem, combiná-la com uma blusa branca e sapatos de altos saltos... e talvez ficar sem calcinha. Eles não teriam sequer que tirar suas roupas para fazerem... e então, se


eles estivessem em algum lugar diferente do quarto, e alguém chegasse em casa, eles podiam apenas arrumar suas roupas e sorrir inocentemente. Bem, se eles não estivessem desmaiados no chão, ela pensou, e continuou subindo as escadas. Para seu alívio, Nicole não cruzou com Jake quando foi em direção ao quarto principal. Ela pensou ter visto ele de relance quando passou pela porta da cozinha enquanto ela passava, mas ele não a viu e ela terminou de subir e entrou em seu quarto. Nicole fechou a porta suavemente para prevenir que ele percebesse sua presença, e depois foi para o closet. Nicole só tinha dado dois passos dentro do quarto quando lembrou que eles tinham sofrido o acidente depois de compras. Ela não tinha nenhuma idéia do que aconteceu com suas sacolas, e não viu qualquer sinal delas em seu closet. Nicole caminhou de volta até o quarto para se certificar de que elas não tinham sido colocadas lá, mas não existia nenhum sinal delas em qualquer lugar. Era possível que elas ainda estivessem no carro... ou que tivessem sido destruídas com o impacto e lançadas para fora. Havia sangue por todos os lugares dos ferimentos de Jake. Nicole estava inconsciente e não viu Jake se machucar, ou o quão ruim e le parecia logo em seguida, mas pelo que foi dito a ela e pela quantidade de sangue em suas próprias roupas, pouco ou nada veio de seu ferimento na cabeça, o homem perdeu a maior parte de seu sangue no acidente. Um mortal teria morrido, ela tinha certeza. Graça a Deus que ele não era mortal. Teria sido uma tragédia para perder um homem tão esperto, vigoroso e sensual. Suspirando, Nicole retornou a seu closet para procurar, esperando que ela tivesse algo bonito e sensual para usar. Mas ela não tinha muita esperança de achar qualquer coisa assim. Ela deliberadamente jogou fora tudo que tinha e que era sensual quando ela deixou Rodolfo e renunciou homens. Ainda assim, ela procurou.


Nicole começou com as roupas penduradas e terminou com as que estavam nas gavetas. Ela pretenderia procurar apenas no conjunto da esquerda, que era o seu lado. Quando isso não deu resultado, ela começou a sair do closet, pensando que ela estava simplesmente sem sorte. Entretanto Nicole parou de repente e perscrutou no conjunto de gavetas da direita. Rodolfo sempre tinha usado eles, e ela não tinha olhado neles desde que voltou. Eles estavam provavelmente vazios, ela pensou, mas procurou neles de qualquer maneira. As três primeiras gavetas largas estavam vazias como ela esperava, mas a gaveta da parte inferior não estava. Ajoelhando no tapete em frente as gavetas ela começou a verificar o conteúdo com curiosidade. Existia uma luva de tricô que sua avó, mãe da sua mãe, tricotou para ela antes de morrer. Era velha e estava um pouco desgastada, mas Nicole guardou isso por razões sentimentais e aparentemente deixou isso para trás quando ela saiu abruptamente. Na época, ela se foi apressada, ansiosa por sair de debaixo do olhar carrancudo de Rodolfo. Nicole ficou surpresa de que Rodolfo não tivesse tirado isso dela. Ela teria ficado chateada quando percebesse que ela não podia achar isso e ele parecia gostar de chateá-la. Ela dobrou a peça cuidadosamente e a colocou de lado, então olhou fixamente para as botas que estavam cobertas por ela. Seus olhos se abriram amplamente quando ela as reconheceu, botas pretas de cano alto que iam até a coxa amarrada com cordões na frente e saltos de quinze centímetros. Elas tinham luvas combinando e um top que tinha laços trançados na frente ligando um mamilo ao outro. O “top” terminava acima do umbigo, com exceção de duas faixas que desciam e ficavam em frente a cada perna e eram presa às botas de cano alto até a coxa com uma presilha na ponta, transformando elas em um tipo de liga. Nicole tinha comprado isso para o primeiro Dia das Bruxas dela e Rodolfo juntos sem nenhuma intenção de vestir isso em qualquer lugar além do quarto. Como ela


lembrou, ela se sentiu super sensual quando experimentou isso. Ela tinha a intenção de receber Rodolfo na porta usando isso naquele Dia das Bruxas. Infelizmente, eles tiveram uma grande briga quando ela se levantou naquele dia. Rodolfo ficou zangado e não voltou até o dia seguinte. A fantasia nunca foi usada. Talvez tenha sido uma sorte, Nicole pensou quando ergueu uma das botas e achou a fantasia propriamente dita emaranhada com os cordões. As luvas estavam em cima da outra bota. O que significava que a única coisa faltando era uma calcinha preta minúscula. Mas ela tinha a calcinha preta, Nicole pensou, e mordeu seu lábio, perguntando-se se ela tinha coragem de usar isso para Jake. Se ela tivesse, provavelmente não teria que se desculpar, Nicole pensou com diversão. Ela olhou de volta para a gaveta quando colocou a bota no chão e sorriu quando viu o chapéu que compunha a fantasia no fundo da gaveta. O fato que tudo estava aqui e que Rodolfo não se desfez de nada pareceu a ela ser um sinal de que deveria vestir isso. Não que ela iria provavelmente usar por muito tempo. Juntando os pedaços da fantasia, Nicole ficou de pé, pegou uma calcinha preta nova em sua gaveta, depois levou tudo até o banheiro. Ela conseguiu tomar um banho rápido sem molhar seu cabelo, graças a uma touca de banho, e então ela passou talco de bebê no corpo e deslizou na fantasia. Um olhar no espelho e Nicole quase se acovardou. Caramba, a fantasia não escondia muito, e ela parecia ter muita carne para mostrar. Ela se mexeu brevemente, ajeitou a fantasia, e então murmurou “que se dane,” endireitou seus ombros e saiu do quarto. Nicole viu Jake desaparecendo na cozinha enquanto ela abria sua porta, e estava contente de que ela não saiu mais cedo. Ela teria se sentido estúpida de pé na cozinha à espera dele, e ela definitivamente não iria querer procurar por ele pela casa no caso dos gêmeos ou outro membro de sua família retornar e a pegar vestida assim.


Aquele pensamento fez ela perceber que seu plano original não iria funcionar aqui. Ela teria que caminhar até a cozinha, sorrir e então correr de volta para o quarto, na esperança de que ele a seguisse. Não havia nenhuma maneira de usar esta roupa e oferecendo um sorriso inocente, convencer qualquer um de que ela não estava fazendo nada. Bastava olhar para ela e qualquer um saberia o que eles estavam fazendo, ou pelo menos o que ela estava planejando. -Quem você é?

Nicole estava se aproximando da porta da cozinha, mas parou antes de chegar quando ela ouviu Jake fazer aquela pergunta. Isso foi rapidamente seguido por, -Nicole deixou você entrar?

-Não.

-Então como... Jake interrompeu a si mesmo e disse, -A porta de vidro corrediço.

-Sim. Foi como se você deixasse ela aberta para mim.

Nicole franziu o cenho ao tom de voz, era zombador e divertido.

Movendo-se perto da parede, se aproximou da entrada da cozinha e sorrateiramente deu uma olhada rápida no local. Jake estava de pé dentro da cozinha, de costas para ela. O outro homem estava sentado na mesa da cozinha, apoiado em uma cadeira virada lateralmente para a porta, pernas esticadas e cruzadas nos tornozelos. Ela podia ver que ele vestia calça jeans e uma jaqueta de couro sobre uma camiseta. Seu corpo parecia completamente relaxado. Mas ela não podia dizer como era sua expressão, porque o corpo de Jake bloqueava sua visão.


-Não era para você - Jake disse severamente. -Era para arejar a cozinha.

-Mesmo assim - o homem disse, e mesmo que Nicole não pudesse vê-lo, ela tinha certeza que ele estava sorrindo ironicamente à medida que ele adicionou, -Eu agradeço. Nicole se afastou da porta da cozinha. Ela não achou que o homem pôde vê-la, mas se Jake tivesse se movido apenas um pouco à direita ele teria visto. Mudando ansiosamente de um pé para o outro, ela debateu o que fazer. Parecia óbvio para ela que o homem na cozinha devia estar por trás do envenenamento da banheira e do acidente de carro. Pessoas boas e normais simplesmente não entravam por qualquer porta aberta em casas que não eram suas. O que ela não entendia era por que Jake estava fazendo perguntas em vez de tomar o controle da mente do homem. A resposta óbvia era que ele não podia, e até onde ela sabia, isso só acontecia com companheiros de vida ou imotais mais velhos. Um imortal tinha tentado matá-la? E se fosse o caso, por que? Pelo amor de Deus, ela nem sabia sobre imortais até semana passada, e tinha certeza que não conhecia nenhum além de Marguerite e sua equipe. -Quem você é? Voz de Jake soou sombria.

-Você já perguntou isso - o outro homem assinalou ligeiramente.

Nicole virou e deslizou de volta para seu quarto. Ela tinha que ajudar Jake, mas como? Ela olhou para as portas de vidro corrediço em seu quarto. Elas levavam para o deck, que se estendia em torno da casa até o lado das portas de vidro corrediço na cozinha. Se as portas ainda estavam abertas...


Nicole começou a andar em direção às portas, entretanto parou antes de sair. Ela precisava de uma arma. Girando, ela olhou em torno do quarto, procurando por algo robusto, mas era um quarto, pelo amor de Deus, não um armário de armas. Seu olhar deslizou da cama até a televisão, e dalí para o sofá. Não existia nada que ela pudesse ver que fosse útil. Não existia nenhuma luminárias no quarto. Os lustres eram fixados na paredes dois lados do sofá, como também da cama, eliminando a necessidade de luminárias. Sua boca apertou com aborrecimento e então seu olha deslizou para a cama novamente e ela olhou para os travesseiros. Eles eram bastante especiais, acolchoados com pano no lado de fora com uma bexiga da água do lado de dentro. O usuário enchia eles com a água para alcançar a firmeza que eles desejavam. Dois litros deixavam um travesseiro suave, três litros deixavam ele médio, e cinco litros deixavam ele firme. Nicole gostava do seu firme. Ela tinha cinco litros no seu. Isso era uma boa quantidade de água. Pesava uns bons cinco quilos, ela pensou. Subindo a cama, Nicole pegou um deles, e saiu do quarto pelas portas de vidro corrediço.

-Você não lembra de mim, não é? Jake estreitou os olhos no sorriso desagradável do intruso. Sua voz era profunda e rouca, como se ele tivesse ficado muito tempo gritando alto. Jake ouviu esse timbre antes, mas de onde ele não lembrou imediatamente. Contudo, era recentemente. -Você arruinou tudo. Me impediu de executar o que eu fui colocado nesta Terra para fazer, e mesmo assim, apenas uma semana mais tarde, você nem se lembra de mim o homem amargamente disse.


Jake olhou para ele cautelosamente. Ele tentou entrar nos pensamentos do homem para lê-lo e controlá-lo desde que ele entrou na cozinha, mas era como tentar navegar em um oceano com uma névoa sem bússola ou sonar... e existiam monstros presos daquela névoa, acompanhados por gritos agudos de agonia. O homem não estava em seu juízo perfeito. Essa era a única explicação. Jake sempre ouviu que era praticamente impossível para um imortal para ler ou controlar uma pessoa louca. Agora ele entendia porque. Jake abriu sua boca para admitir isto, não, ele não tinha reconhecido, quando ele de repente se lembrou. -O boné infantil de baseball - ele murmurou, reconhecendo ele como o homem que tinha a intenção de atirar no cliente que ele estava protegendo, e que ele capturou na noite de trabalho antes de encontrar Marguerite para jantar. Balançando sua cabeça, ele perguntou, -Por que você não está na prisão? O sujeito do boné infantil de baseball deu um pequena risada. -Por que? Eu não tive a chance de fazer nada. Tudo do que eles podiam me acusar era de transporte impróprio de uma arma registrada. -Registrada? Jake perguntou com uma carranca.

-Sim. Existe uma lei que diz que se você trabalha em uma área de deserto distante, onde sua vida pode estar sob ameaça de animais selvagens, você pode conseguir uma licença especial para portar armas, como rifles e armas de mão. -E você tem um dessas licenças especiais - Jake secamente concluiu. Ele agora entendia o velho ditado “louco como uma raposa”. O bastardo poderia ser louco, mas também era esperto.


-Sim, senhor, eu tenho - ele disse com um sorriso tão largo que era quase doloroso de ver. -Isso e uma família com recursos para contratar um excelente advogado que é rápido e muito bom. Eu fui liberado em quastão de horas. Jake estava realmente começando a repugnar este sorriso do sujeito.

-Claro, ajudou que a fita de segurança mostrasse você se movendo em minha direção antes mesmo que eu sacasse minha arma, portanto eu estava apenas coçando minhas costas. Ele sorriu e disse, -Bem, pelo menos foi isso que eu disse a eles que estava fazendo. Jake não respondeu ao comentário. Ele estava tentando decidir o que fazer. O homem tinha uma arma de fogo antes e provavelmente também tinha agora, sem dúvida escondida nos braços que ele no momento estavam cruzados. Jake não estava muito preocupado sobre morrer com um tiro, isso não era uma preocupação a menos que o sujeito do boné infantil de baseball explodisse sua cabeça completamente, o que exigiria uma escopeta ou uma arma igualmente poderosa, e ele tinha certeza que este homem não podia esconder uma dessas com ele. Mas Jake suspeitava que ele tinha uma arma, e mesmo que isso não pudesse explodir sua cabeça, poderia incapacitá-lo temporariamente e deixaria Nicole sozinha na casa e à mercê desse maluco. Ele não queria correr esse risco, então ele teve que se mover com cuidado. -Também ajudou eu dizer a eles que eu já tinha me desentendido com você antes – o sujeito do boné infantil de baseball continuou conversando. -Quando eu estava em um encontro com sua namorada. Ele sorriu amplamente. -E que você tinha raiva de mim desde então. Jake não aparentou reação, mas por dentro estava se repreendendo mentalmente. Ele frequentemente tinha negócios com o polícia no trabalho, e conhecia um bom


número de policiais pelo nome. Porém, ocupado com o sentimento de auto piedade como ele estava, e achando que ele mesmo era um monstro, Jake não encorajou qualquer amizade desde que deixou a Califórnia. Então, enquanto muitos dos policiais davam alguns detalhes pessoais sobre suas vidas como uma oferta de amizade, mencionando esposas, namoradas ou crianças, Jake não respondeu na mesma moeda. Como Dan disse no elevador no dia em que eles encontraram este homem, ele não sabia nada sobre ele e pensou que ele não tivesse família. Seria o mesmo com a polícia. Se ele tivesse se dado ao trabalho de fazer amizade com os homens com quem trabalhava ou se encontrava no trabalho, eles já saberiam que este homem estava mentindo sobre ele e não deixariam ele sair para causar problemas novamente. -Como você me achou aqui? Jake abruptamente perguntou, voltando sua atenção para o assunto em questão. A auto-flagelação era realmente um desperdício de tempo e inútil em uma situação como essa. Ele poderia se repreender mais tarde. -Os anjos me levaram até você.

Jake soube que suas pálpebras piscaram com essa afirmação, mas tudo que ele disse foi, -Ah, é? -Hmmm. O homem assentiu com a cabeça. -Meu advogado queria conversar depois que ele conseguiu me liberar. Ele me levou para um bar no centro da cidade e sentouse comigo tentando me convencer que eu deixasse meus pais me ajudarem, o que significava me internar - ele adicionou amargamente e começou a reclamar. -Eles não acreditam que os anjos falam comigo através do rádio e que eu tenho um propósito nesta vida. Eles pensam que eu sou louco, que eu passei muito tempo sozinho no norte e que isso me afetou. Que eu preciso tomar essas pílulas estúpidas que o médico me deu novamente. Mas eu mostrarei a eles. Eles entenderão quando eu cumprir a tarefa que me foi dada. Você atrapalhou o primeiro serviço que eu deveria


executar para tornar esse mundo melhor, e por um momento minha fé foi abalada. Como Deus podia permitir isso quando eu estava fazendo um trabalho para Ele? Mas quando eu vi você saindo daquele restaurante do outro lado da rua com aquela morena, eu soube que os anjos me levaram até lá. Eu entendi que o diabo, é claro, não queira que eu executasse minha missão, e que você e todo mundo com quem você está associado estão de conluio com ele. Louco de pedra, Jake severamente pensou, mas sabia que a morena que sujeito do boné de baseball infantil viu era Marguerite, quando eles deixavam o restaurante onde eles jantaram juntos. -Então você nos seguiu - Jake afirmou. Era a única explicação.

O sujeito do boné de baseball infantil assentiu com a cabeça. -Eu deixei o advogado falando sozinho e segui vocês. Eu tive que pegar um táxi para fazer isto. Ele sorriu. Eu disse ao motorista do táxi que a morena era minha esposa e que vocês dois estavam tendo um caso. Ele foi muito simpático. Parece que a esposa dele 'aprontava' com, como ele disse. Ele encolheu os ombros. -Nós seguimos você até aquele lugar de aluguel de carros e enquanto ela estava retornando para o carro dela, eu aluguei um, e então segui você até aqui. -E envenenou a banheira? Jake perguntou, e então afirmou com certeza, -Não, não neste momento. Você não tinha o veneno com você no carro de aluguel. -Não - ele concordou. -Mas eu vi a banheira aquela noite. Coisa asquerosa - ele adicionou com um tremor. -Só prostitutas e bastardos usam aquilo. Envenená-la era a única coisa para se fazer. Jake franziu o cenho. Ele estava lembrando de sua primeira noite aqui quando ele chegou com Marguerite. O porta estava destrancada quando eles chegaram, ele


recordou. Eles tinha trancado depois disso, e quando ele verificou mais tarde estava destrancada novamente. -Você nos seguiu até aqui, você não estava aqui antes de nós? Ele perguntou, apesar de saber que ele não podia ter estado. O sujeito do boné de baseball infantil olhou para Jake como se ele fosse a pessoa que estava louca. -Eu disse a você eu o segui. Os anjos me levaram até você, eles não dão endereços. Jake não reagiu a essa informação, seus pensamentos estavam no fato de que a porta estava destrancada quando eles chegaram. Nicole afirmou que ela tinha trancado a porta depois que Marguerite partiu, mas estava destrancada quando eles chegaram. Havia duas possibilidades, ou Nicole apenas pensou que tinha trancado a porta, ou ela trancou e em seguida sem querer destrancou quando voltou a chave no lugar para tirar da fechadura. Mas ele sabia que Marguerite tinha trancado a porta quando eles entraram. Ele mesmo tinha conferido depois. Mesmo assim ela estava destrancada novamente mais tarde. -Você estava na casa - ele disse com certeza.

-A porta do estúdio estava aberta.

Jake franziu o cenho. Marguerite procurou no térreo enquanto ele procurava no andar de cima quando Nicole não respondeu os chamados de Marguerite. Ela deve ter apenas dado uma olhada rápida no estúdio, ou talvez só olhado pelas portas francesas. Qualquer que fosse o caso, ela não notou as portas de vidro corrediço abertas. -Eu estava realmente impressionado com as pinturas da garota – o sujeito do boné de


baseball infantil disse com surpresa em sua voz. -Eu esperava que fossem cenas de orgia e tal, mas eles eram retratos bem feitos. Claro, eu percebi então que os anjos deixaram a porta aberta para mim, e assim eu poderia ver meus próximos alvos. Obviamente, um servo de Satanás só pintaria outros membros do inferno. -Cristo - Jake murmurou, pensando sobre o retrato de Christian e Carolyn. O homem estava dizendo que eles agora eram seus alvos também, junto com a atriz e o político. -Não se atreva a usar o nome de Cristo em vão – o sujeito do boné de baseball infantil gritou, de repente de pé, com a arma de fogo que Jake sabia que ele portava apontando diretamente em sua direção. Ele tinha a arma escondida entre seus braços e o corpo, até que estivesse pronto para revelá-la, que era exatamente o que Jake suspeitava. Ele olhou para a arma cautelosamente, muito ciente de que Nicole, como um servo de Satanás, também era um alvo agora. Ele definitivamente não podia se dar aoluxo de ficar incapacitado, mesmo momentaneamente. Tentando tirar os pensamentos do homem de sua raiva e conseguir respostas ao mesmo tempo, Jake perguntou, -Os anjos levaram você para fora da casa pela porta da frente? O sujeito do boné de baseball infantil olhou para ele com desgosto. -Não seja ridículo. Eu decidi ir por aquele caminho eu mesmo depois que a morena subiu as escadas e eu procurei no térreo. Era mais perto e mais fácil do que caminhar pela neve. -Certo - Jake murmurou, mas pelo menos ele sabia como a porta ficou destrancada depois que Marguerite a trancou. -E você tentou atropelar Nicole no estacionamento do mercado? Ele encolheu os ombros. -Ela está associada com você.


Jake severamente assentiu com a cabeça. -E você sabotou os freios e o acelerador do carro? -Bem, eu teria apenas atirado em você, mas a polícia ainda suspeita de mim, e você não é meu alvo primário. Eu não posso ser apanhado até completar minha missão e matar todos os políticos no mundo. A boca de Jake se contraiu. Se sua missão era essa, ele não podia realmente dizer que era ruim. Jake não gostava de políticos. A política parecia ser povoada com gananciosos, desonestos e idiotas insensíveis que não podiam administrar sequer uma loja de esquina quanto mais um país. Caramba, existiam pelo menos dois prefeitos de cidades importantes apenas nesta província que no momento estavam sob investigação. Um era acusado de usar dinheiro público no casamento de uma de suas crianças, o outro de usar sua posição para arrecadar fundos para uma de suas instituições de caridade de animais. Caridade era uma coisa boa, mas usar esse tipo de tática para conseguir dinheiro fazia as pessoas pensarem que talvez ele estivesse recebendo uma porcentagem das doações. Por que outro razão arriscar seu trabalho? -Infelizmente, você está se tornando difícil de matar - o sujeito do boné de baseball infantil disse com uma carranca perplexa. -Eu quero dizer, eu não esperaria que o diabo tornasse isso fácil de fazer, mas eu não sei como você conseguiu sobreviver à banheira. Eu vi quando você entrou, e pensei que tinha sido bem sucedido quando você começou a vomitar sangue. Eu fui embora pensando que voltaria em um ou dois dias para cuidar da garota, mas quando eu retornei você estava de pé e aqueles dois brutamontes estavam aqui. -Então você nos seguiu até o centro comercial e mexeu no carro enquanto estávamos fazendo compras - Jake disse. -Sim. Ele franziu o cenho. -Mas você sobreviveu a isso também.


Jake se perguntava se o sujeito estava esperando que ele se desculpasse ou algo parecido, e então um movimento atrás do sujeito do boné de baseball infantil atraiu seu olhar para as portas de vidro corrediço e a mulher se aproximando pelo deck do lado de fora. Por um momento, ele ficou tão distraído com o que ela estava vestindo que não olhou para o rosto. Nossa! Falando em uma armadilha sexual. A única cobertura que o equipamento oferecia eram pedaços tranparentes de tecido preto em cima dos três pontos mais importantes. Eles pareciam estar fixados no lugar por cordões cruzados... e aquilo eram botas de cano alto até as coxas? Não existia material suficiente nelas juntar e fazer um sapato. Na verdade não existia material suficiente no equipamento inteiro para fazer qualquer coisa decente. Quem diabos...? Seu olhar deslizou para cima, encontrando um chapéu em um ângulo animado sobre um cabelo longo, ondulado e loiro, e então ele focou no rosto. Nicole! Jake suspeitou que seu coração tinha parado naquele momento e ele nunca saberia como ele conseguiu controlar sua expressão e impedir seu queixo de cair no chão. Ela parecia incrível, quente como inferno, sensual como pecado... e o sujeito do boné de baseball infantil ia querer matá-la por causa daquele equipamento. Ele podia imaginá-lo gritando Jezebel! E atirando nela. Isso não era bom, não era bom mesmo. -Então eu pensei que isso requeria uma abordagem pessoal - o sujeito do boné de baseball infantil anunciou. Percebendo que ele estava olhando fixamente e provavelmente chamaria a atenção do homem para Nicole, Jake voltou seu olhar rapidamente para o homem quando ele acenou sua arma de fogo ao redor. Ele abriu sua boca para dizer algo inteligente, mas tudo que saiu foi, -Er... Foi o melhor que Jake pôde fazer, e realmente, ele pensou que era satisfatório considerando que seu pênis estava reagindo ao equipamento de Nicole e tentando


armar uma barraca em suas calças. As calças jeans são muito mais resistentes para essas coisas que calças de moleton, ele notou, se inquietando quando seu olhar voltou para Nicole. Ela tinha deslizado pela porta e agora estava levantando algo que ela trazia ao seu lado, algo grande e brancos... um travesseiro. Serio? Jake pensou com assombro. Isto não era uma luta de travesseiro. Que tipo de pessoa traria um travesseiro para um tiroteio? Nossa, ela estava vestida para uma luta de travesseiro também... bem, uma luta de travesseiro sensual que terminaria com ele a deitando sobre a cama, arrancando sua calcinha e empurrando... -Que diabos está acontecendo com você? O sujeito do boné de baseball infantil perguntou de repente, distraindo-o de seus pensamentos menos que úteis. -Você está ofegante e seus olhos parecem engraçados. Eles estão brilhando? Ele perguntou com uma carranca, dando um passo mais perto. -Eu estou possuído - Jake soltou com inspiração. Essa inspiração era que ele se sentia possuído... por seu pênis. Parecia ter vontade própria e não se importava particularmente com o tipo de situação em que ele estava. Ele queria muito Nicole, e parecia estar tentando forçar sua passagem através de sua calça jeans em direção a ela. -Possuído - O sujeito do boné de baseball infantil pareceu alarmado. -Mas...


-Eu não queria parar você, o demônio que me possuiu fez isso - Jake adicionou, seu olhar indo do sujeito do boné de baseball infantil até Nicole e voltando. Ela estava apenas um passo atrás do homem agora, e estava levantando seu travesseiro como se planejasse bater nele com isto. Ela estava LOUCA? Ele se perguntou, e deu uma pequena sacudida com sua cabeça, tentando dizer a ela através do gesto para não fazer isso. Você não irritava um homem com a arma de fogo e isso era a única coisa que bater nele com o travesseiro iria fazer. Querido Deus, quando isto estivesse terminado, ele iria ter uma conversa dura com ela sobre táticas de autodefesa. -Possuído - o homem disse e fez uma careta duvidosa, obviamente não tinha certeza do que fazer agora. -O que...? A frase terminou em um surpreendido “oomph” quando Nicole bateu nele com o travesseiro. Para a surpresa de Jake aquilo se pareceu bastante com um soco. Ela deve ter enchido o travesseiro com pedras ou algo parecido, ele pensou quando viu com assombro o sujeito voou para o lado com o golpe, colidido contra a mesa, e depois batendo sua cabeça no balcão quando ele tropeçou e caiu para frente. -Eu consegui! Nicole gritou, saltando para cima e para baixo em sua bota de saltos ridiculamente sensual, com o travesseiro pesado erguido para o alto. -Eu salvei você. Jake correu para frente agora, chutando a arma de fogo para longe do sujeito, e reservando um momento para se certificar de que ele estava inconsciente. Ele então girou pegar Nicole em seus braços e plantou sua boca na dela. Ela imediatamente desmoronou contra ele. Seus braços deslizaram ao redor seus ombros até que ele ouviu o travesseiro bater o chão com uma pancada alta e chapinhar, o que o fez se perguntar o que diabos havia nele. Quando ela abriu sua boca para a dele com um gemido, Jake parou de prestar atenção no travesseiro ou em qualquer outra coisa e a ergueu do chão com seus braços ao redor de sua cintura e


começou a girar, pretendendo levá-la para o quarto e fazer exatamente o que ele pensou em fazer momentos atrás. Uma parte muito pequena do cérebro de Jake sabia que ele não devia, que ele devia lidar com o sujeito do boné de baseball infantil primeiro, mas era uma parte muito pequena. Não havia sobrado muito sangue em seu cérebro neste momento. Tudo tinha corrido para o sul para preencher sua ereção ainda crescente. Nossa, se ele não gozasse logo ele tinha certeza que sua ereção explodiria como um balão. 'Bum', fim do pênis, ele pensou. -Não se preocupe, nós lidaremos com coisas aqui.

Jake parou e franziu o cenho contra boca de Nicole ante aquele anúncio seco. Felizmente, ele tinha suficiente sangue remanescente em seu cérebro para dizer a ele que ele devia parar e ver quem diabos estava falando com ele. Quebrando seu beijo, ele girou com Nicole ainda suspensa no ar e olhou inexpressivamente para Dante e Tomasso. -Como vocês chegaram aqui? Ele perguntou com surpresa.

-Um carro - Tomasso disse comicamente.

Dante deu um risada, mas explicou, -Nós chegamos quando Nicole estava entrando na cozinha. Vendo seu traje, nós quase fomos embora para dar a vocês um pouco de privacidade, entretanto Tomasso viu este sujeito - ele gesticulou para o homem inconsciente no chão -Pela janela da cozinha. -E sua arma de fogo - Tomasso adicionou.


Dante assentiu com a cabeça. -Então nós pensamos que seria melhor vir ver o que poderíamos fazer. -Só que ela lidou com isso enquanto nós estávamos atravessando o deck - Tomasso adicionou, e então sorriu para Nicole e disse, -Bom trabalho com o travesseiro. -Sim - Dante concordou. -O que você tem naquela coisa? Pedras? Isso certamente o derrubou. -Água - Nicole disse, corando, mas não chegou dar nenhuma explicação adicional. Jake não deu a ela uma chance. Ele virou com ela novamente, e saiu da cozinha. -Ei - Dante chamou. -Quem é este sujeito? Ele é a pessoa que envenenou a banheira e sabotou o carro? -Sim, mas eu não sei quem ele é - Jake respondeu, não diminuindo a velocidade. Nunca soube seu nome. Ele é apenas um lunático que tentou matar um de meus clientes no trabalho. Ele pensa que os anjos conversam com ele e que ele deveria matar políticos e quase todo mundo que eu conheço porque eu o detive, então nós devemos todos estar associados com o diabo. -Hmm - Dante disse diretamente atrás dele e Jake desceu Nicole sentada no lado da cama, depois colocou suas mãos em seus quadris e girou com uma carranca para o homem que estava seguindo eles. -Nicole e eu precisamos conversar - Jake disse firmemente. -Vá lidar com o maluco na cozinha.


-Não é conversar que você está pensando fazer - Dante secamente disse, seu olhar correndo para Nicole e um sorriso curvando seu lábios à medida que ele admitiu, -E eu não culpo você. Bom traje, Nicki - ele elogiou. -Obrigada - ela murmurou, corando.

Dante voltou sua atenção para Jake. -Mas conversar é o que você devia estar fazendo.

Jake endureceu com as palavras solenes. -Por que? Sobre o que?

-Sobre sua situação e se ela está disposta a ser sua companheira de vida - Dante calmamente disse, e então assinalou, -Lucian vai querer toda essa situação resolvida ao mesmo tempo em que mandar pessoas para fazer um 'três em um' no maluco na cozinha, e então possivelmente terão que voltar e fazer o mesmo com Nicole se ela não estiver disposta a ser transformada. -Lucian não tem nada a ver com isso - Jake disse rigidamente. -O sujeito do boné de baseball infantil é um mortal. -Mas seu alvo não é - Dante assinalou. -Ou eu deveria dizer alvos?

Jake quase perguntou como ele sabia disso, entretanto percebeu que o homem leu sua mente enquanto o seguia até aqui. Ele provavelmente sabia tudo que Jake viu e ouviu desde que o sujeito do boné de baseball infantil entrou na cozinha. Então ele sabia que o homem queria eliminar a ele, Nicole, e todas as outras pessoas que ele viu entrar nesta casa, a maior parte dos quais era imortal. -Ele está doente - Dante disse em voz baixa. -Sua família sabe disso e não fez nenhuma maldita coisa sobre isso, mas contratou advogados para mantê-lo fora de


dificuldades e nas ruas. Eles farão o mesmo desta vez e então ele será uma ameaça novamente, não só para você e Nicole, mas para nós, seus pais, Neil, Marguerite, Christian e Carolyn, Tybo... -Basicamente todo mundo com quem ele me viu - Jake interrompeu.

Dante silenciosamente assentiu com a cabeça.

-Certo - Jake disse rigidamente. -Eu acho que seria melhor eu conversar com Nicole então. Você gostaria sair para eu poder fazer isto? Dante se virou e saiu do quarto em resposta.

Jake o seguiu até a porta e então a puxou e fechou, então respirou fundo e virou para encarar Nicole. Um olhar para ela na cama usando aquele traje, e ele virou para encarar a porta novamente. Maldição! Como diabos ele poderia apenas conversar com ela se ela estava desse jeito? -Querida, você poderia tirar essa roupa ou colocar um roupão para que nós pudéssemos conversar? Ele perguntou com um tom aflito. Ele realmente não queria isso, ele queria fazer amor com ela enquanto ela usava o traje... bem, menos a calcinha. Ele gostaria de arrancar aquilo dela... talvez com seus dentes. Jake ouviu Nicole se movendo atrás dele, alguns ruídos, e então ela disse, -Certo.

Tomando uma respiração, Jake virou para olhá-la e sentiu seus joelhos fraquejarem. Ela tirou o chapéu e colocou um pequeno roupão de seda preta que não cobria nada na posição que ela assumiu. Ela estava reclinada na cama, uma perna curvada e a outra estendida, descansando em seus cotovelos, seu cabelo e o roupão pendendo para a cama e cobrindo absolutamente nada.


-Nicole, por favor - ele pediu sem forças. -Nós temos que conversar.

-Sim - ela disse e ele piscou em confusão.

-Sim, o que? Ele duvidosamente perguntou.

-Para qualquer coisa que você quer me perguntar - Nicole respondeu de uma vez.

Jake hesitou e então disse, -Eu quero perguntar se você está disposta a pelo menos considera ser minha companheira de vida. -Sim - ela repetiu.

Jake franziu o cenho. -Você irá? Agora ela ficou na dúvida. -Eu não deveria dizer sim? Você queria que eu dissesse não? -Não, claro que não - ele disse de uma vez.

-Mas... você não quer um tempo para pensar sobre isso?

Suspirando com exasperação, Nicole se sentou e foi para a extremidade da cama, o roupão se arrastando atrás dela. -Jake, eu acabei de enfrentar um maluco usando uma arma de fogo carregada com apenas um travesseiro para salvar sua vida. Eu tenho certeza que isso significa que meus sentimentos por você são muito fortes. Ela inclinou sua cabeça e deu um sorriso torto. -Você é inteligente, eu respeito você, e... Nicole hesitou e então confessou, -Aquele dia no carro quando os freios falharam, tudo que eu continuava pensando era, “Agradeça a Deus que Jake está ao volante”. Ela olhou para ele solenemente. -Eu confio em você com minha vida. Eu


tenho certeza que eu amo você. Mas o mais importante, eu gosto de você.

-Isto é mais importante que o amor? Ele perguntou com diversão.

Nicole assentiu solenemente com a cabeça. -Eu tenho parentes que eu amo, mas não respeito muito ou gosto. Eu não poderia viver com eles se minha vida dependesse disso. Mas eu gosto de você e o respeito. Eu aprecio sua companhia e eu posso imaginar um futuro com você. Jake simplesmente olhou fixamente para ela no silêncio que se seguiu. Seu coração sentia como se tivesse expandido com cada palavra que ela falou e agora parecia tão inchado que doía. Ela gostava dele e o respeitava. O modo como ela explicou isso, aquilo foi a melhor coisa no mundo. Quando Nicole de repente se levantou, olhando incerta, e murmurou algo ininteligível quando ela virou em direção ao banheiro, Jake percebeu que ele tinha ficado em silêncio por muito tempo. -Eu gosto de você também - ele revelou, pegando seu braço para impedí-la de partir.

Nicole hesitou e então girou devagar para trás, seus olhos ainda incertos. -Sério?

-Oh, sim, sério - Jake assegurou a ela, puxando-a contra seu peito e assim ele pôde passar seus braços ao redor dela e abraçá-la. -Eu amo seu talento, sua mente, seu senso de humor, seu corpo - suas mãos começaram a se mover sobre suas costas e na parte inferior quando ele continuou - sua paixão”, ele deslizou o roupão fora de seus ombros, deixando ela apenas com a roupa sensual e afastou-a para dar uma olhada quando ele adicionou, -Seu gosto de roupas. Nossa, isso é a coisa mais sensual que eu já vi. -Eu queria me desculpar por ficar chateada com você sobre suspeitar de meu irmão.


Ele era o melhor suspeito - ela admitiu. -Mas não o culpado - Jake assinalou secamente e então correu seu dedo ligeiramente abaixo do laço na parte frontal do top, roçando ao longo da curva de um peito entre cada tira estreita de couro preto que segurava as peças do top juntas. -E se isto é sua idéia de uma desculpa, é muito boa e eu amo isso em você também. Nicole deu um risada ofegante e estremeceu sob seu toque, seus mamilos endurecendo debaixo do tecido fino. A visão o deixou com água na boca, mas ele perguntou, -Você tem certeza que está disposta a ser minha companheira de vida? Ela assentiu com a cabeça, e disse ofegante, -Se isso quer dizer que você me fará sentir assim pelo próximo século ou dois, então definitivamente sim. Quando Jake parou e franziu o cenho com preocupação pela resposta, Nicole suspirou, e levantou suas mãos para emoldurar seu rosto, dizendo solenemente, -Jake, eu nunca fui boa em escolher homens. Meu marido e todos os caras que eu namorei eram idiotas. Mas sua mãe me assegurou que o nanos nunca cometem enganos, e que você é um bom homem. Talvez seja apenas porque eu quero, mas eu acredito nela e isso me faz sentir pela primeira vez em minha vida que meus instintos estão corretos e que nós vamos dar certo. Que meu amor foi dado ao homem certo desta vez. Então... Ela o beijou ligeiramente nos lábios. -Sim, eu tenho certeza que eu quero ser sua companheira de vida. -Você sabe o que significa se tornar um de nós? Jake solenemente adicionou. Nicole olhou para cima, o primeiro lampejo de incerteza cruzando seu rosto, e fazendo ele segurar sua respiração, entretanto ela endireitou os ombros e assentiu com a cabeça. Com alívio correndo através dele, Jake a pegou pela cintura e a jogou na cama.


Nicole aterrissou com um grito e um salto, e então se ergueu para vê-lo arrancar sua camiseta e sua calça jeans mais com pressa do que com graça. Ele não podia tirá-las rápido o suficiente. Eles tiveram sua conversa, ela concordou, e agora ele pretendia aceitar completamente sua desculpa e fazer amor com ela até que ela não pudesse ficar de pé. Bom, tudo bem, até que ambos desmaiassem, o que devia acontecer em mais ou menos dois ou três segundos. Jake não pensou que ele duraria muito mais que isso neste momento, e podia apenas ser grato de que o nanos assegurariam que ela experimentaria o mesmo prazer que ele. -Vai machucar? Jake estava pulando em um pé, tirando uma meia quando Nicole perguntou aquilo com preocupação. Endireitando, com a meia na mão, ele olhou para ela hesitante, e então seu cérebro clareou. Com seus pensamentos em fazer amor com ela, ele pensou que ela estava perguntando se sexo machucaria. Mas eles fizeram sexo antes. Era sobre a transformação que ela estava falando, ele percebeu. Jake hesitou, relembrando sua própria transformação. Ele foi apunhalado no peito, o que machucou muito, e então desmaiou e acordou vários dias mais tarde se sentindo como se tivesse sido deixado no sol do deserto por dias. Ele estava incrivelmente sedento, mas sem dor pelo que ele lembrava. -Eu acho que não - ele disse finalmente, pulando agora sobre seu pé descalço para remover a outra meia. -Mas nós vamos conferir isso com alguém. Nicole assentiu com a cabeça distraidamente. Seu olhar se dirigiu para a virilha dele, seus olhos arregalando com a vista dele. Jake terminou de tirar a segunda meia, jogou isso de lado, foi até a cama e rastejou sobre ela, colocando suas mãos e joelhos de cada lado do corpo dela enquanto subia na cama até que ficou diretamente sobre ela. Olhando para baixo em seu precioso


rosto, ele solenemente disse, -Nicole, eu prometo que não importa o que aconteça, eu nunca machucarei você como Rodolfo. -Que Rodolfo? Jake piscou com surpresa e olhou em seus olhos, relaxando quando ele viu a diversão neles. Ele abriu sua boca, mas qualquer coisa que ele ia dizer, morreu em um chiado quando a mão dela fechou ao redor sua ereção. -Jake? Ela sussurrou. -Sim? Ele disse por entre os dentes apertados conforme a mão dela se movia sobre ele. -Por favor, cale a boca e faça amor comigo agora. -Deus, eu amo você - ele rosnou e abaixou sua boca para reivindicar a dela ainda quando ele saiu de seu agarre para reivindicar seu corpo. Ele amava esta mulher, Jake reconheceu quando Nicole gemeu e arqueou seu corpo ante suas investidas. O futuro sombrio que ele tinha imaginado desde que acordou como imortal de repente se descortinava ante ele muito mais brilhante, mais feliz... e muito mais longo também. De fato, parecia agora que ele ter sido apunhalado foi um presente. Sem isso Jake nunca teria sido transformado por Vincent, e então não teria ido embora e encontrado Nicole. Ele terminaria sua vida como o Vice Presidente diurno da V.A. Inc., um velho amargo mortal, ressentido com todo mundo ao redor dele. Mas agora? Agora ele tinha Nicole, e ela era tudo o que ele podia querer. O futuro parecia brilhante, e ele era um vampiro muito sortudo.

FIM


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