Avaliação da Mortalidade Precoce por Aids no Município

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Avaliação da Mortalidade Precoce por Aids no Município de São Paulo: construção de indicadores através do relacionamento de Bancos de Dados Autores: LOPES, M.E.B.R.¹; BARROS, C.R.S.1,3; BASSO, C.R.¹; GUTIERREZ, E.B.1,2 1. Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo 2. Faculdade de Medicina da USP 3. Universidade Católica de Santos

Introdução: Entre 1980 e 2013, 84204 casos de aids foram notificados no município de São Paulo (MSP). O Programa Municipal de DST/Aids (PM DST/Aids), responsável tecnicamente pelas ações de enfrentamento neste território, onde uma Rede Municipal Especializada em DST/aids (RME) de 26 serviços realiza prevenção, diagnóstico e tratamento de HIV/aids. De 1992 a 2013 a RME matriculou 100554 pessoas, 49286 com HIV(PVH); em 2012 realizou mais de 200.000 sorologias de HIV, Sífilis e Hepatites Virais. O programa tem por objetivo o diagnóstico precoce da infecção e a instituição de tratamento antirretroviral, que aumenta a expectativa e eleva a qualidade de vida das PVH e reduz a transmissão do HIV. O monitoramento com indicadores adequados, dentre os quais a % de mortes por aids que ocorrem nos primeiros anos após o diagnóstico, é essencial para orientar o enfrentamento da epidemia. Objetivo: Identificar o intervalo entre a matrícula na RME e o óbito por aids, através do relacionamento entre o sistema de Vigilância em Serviço e o Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade (PRO AIM) da SMS. Resultados: Entre Janeiro e Julho de 2013 houve 592 óbitos por aids no MSP, e destes 232 (39,2%) de matriculados na RME; 39 (16,8%) aconteceram no primeiro ano e 19 (8,2%) entre 1 a 2 anos após a matrícula; 40 (17,2%) de 2 a 5 anos; 62 (26,7%)de 5 a 10 anos e 72 (31%) de matriculados há mais de 10 anos. Conclusão: A avaliação do tempo entre o acesso à assistência e o óbito é um forte indicador da qualidade das ações programáticas para enfrentamento de HIV/aids. Neste trabalho, através do relacionamento dos bancos de dados disponíveis verificou-se que apenas 39,2% das pessoas que morreram tiveram acesso à RME, não excluída a possibilidade de que se tratassem em outras redes. Chama a atenção que 25% dos óbitos ocorreram nos 2 primeiros anos de acompanhamento, o que pode resultar de diagnóstico tardio, entre outras causas. Num cenário de escassez de recursos aprimorar a informação utilizando todos os dados disponíveis tem papel de destaque no direcionamento das ações para o enfrentamento da epidemia de HIV/aids.

Cooperação:

SAÚDE


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