Você sabe onde fazer um teste anti-HIV gratuito na Cidade de São Paulo? Autores: BARROS, C.R.S.1,3; LOPES, M.E.B.R.¹; SOARES, C.L.¹; BASSO, C.R.¹; GUTIERREZ, E.B.1,2 1. Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo 2. Faculdade de Medicina da USP 3. Universidade Católica de Santos
Introdução: O teste anti-HIV é importante para a prevenção primária e secundária da aids. O diagnóstico precoce possibilita melhor resposta ao tratamento que reflete positivamente na redução da mortalidade e da transmissão. O objetivo deste foi descrever a cobertura do teste anti-HIV no Município de São Paulo (MSP). Metodologia: Inquérito domiciliar realizado em 2013-2014, com 4.318 homens e mulheres de 15 a 64 anos no MSP. Analisamos a frequência do teste na vida e no ultimo ano, segundo sexo. As variáveis foram descritas por proporções e o teste de hipótese foi o Qui-quadrado de Pearson. Resultados: Metade dos entrevistados eram homens e relataram cor branca. Em relação às idades foram distribuídos equilibradamente (25%) entre as faixas etárias e houve predomínio (35%) de ensino médio completo; 35% fizeram o teste anti-HIV pelo menos uma vez na vida, e destes 36% no último ano: 19% relataram ter feito o teste rápido no último ano. Quanto aos motivos de realização do último teste, 30% foi por solicitação, 28,5% por busca espontânea, 25% no pré-natal, 10,8% por doação de sangue e 5,3% não lembravam o motivo. Na comparação entre sexo, houve maior cobertura, na vida, entre as mulheres (p<0,001), mas no último ano a proporção de homens que o realizaram foi maior (0,017). Em relação aos motivos da realização do teste, homens buscaram mais o teste espontaneamente (39%) seguido do teste por solicitação (34,7%), já para as mulheres o pré-natal foi o principal motivo (41,3%) (p<0,001). Chama a atenção que 46% desconhecem onde podem ser feito teste anti-HIV gratuitamente. Conclusão: Embora apenas um terço da população tenha realizado o teste anti-HIV na vida, a parcela dos que o realizaram recentemente é elevada. O prénatal exerce um papel importante, para aumentar a cobertura do teste entre as mulheres. Quase metade da população não sabe como ter acesso ao teste gratuitamente, no SUS, a despeito das informações veiculadas. Estratégias de divulgação sobre a importância do diagnóstico precoce e a gratuidade do teste anti-HIV precisam ser implementadas para ampliação da cobertura.
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