BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
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Prefeito da Cidade de São Paulo Fernando Haddad
Gerente da Vigilância em Saúde Ambiental (GVISAM) Vera Lucia Anacleto Cardoso Allegro
Secretário Municipal da Saúde José de Filippi Junior
Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição ao Material Biológico GVISAM - COVISA Andressa Regina de Sousa Dagmar de Britto Molinari Maristela Maule Luiz Martins Junior Zilda Julia Ribeiro da Lima
Secretário Adjunto Paulo de Tarso Puccini Coordenadora do Programa Municipal de DST/aids Eliana Battaggia Gutierrez Coordenadora de Vigilância em Saúde (COVISA) Wilma Tiemi Miyake Morimoto Gerente do Centro de Controle de Doenças (CCD) Rosa Maria Dias Nakazaki Assistente Técnico da Gerência do Centro de Controle de Doenças Ana Maria Bara Bresolin Sub Gerente de Doenças Crônicas Transmissíveis Inês Kazue Koizumi Vigilância Epidemiológica de DST/aids Alessandra Cristina Guedes Pellini Amália Vaquero Cervantes Uttempergher Carmen Silvia Bruniera Domingues Cláudia Romero Doris Sztutman Bergmann Julio Mayer de Castro Filho Regina Aparecida Chiarini Zanetta Programa Municipal de Hepatites Virais Celia Regina Cicolo da Silva Clóvis Prandina Helena A. Barbosa Jussara Mello Soares Maiara Martiningui Maria Eunice Rebello Pinho Olga Ribas Paiva Ricardo Antonio lobo Suely Pereira de Souza
Núcleo de Informação – COVISA José Olímpio Moura de Albuquerque Julio Cesar de Magalhães Alves Maria Leticia Pineda Fungaro Marcus Ney Pinheiro Machado Renato Passalacqua Programa Municipal DST/aids Cáritas Relva Basso Rubens Oliveira Duda Ana Lúcia Spiassi Cely Akemi Tanaka Cláudia Renata dos Santos Barros Luciana Oliveira Pinto de Abreu Maria Elisabeth de Barros Reis Lopes Reginaldo Bortolato Valdir Monteiro Pinto Programa de Aprimoramento de Informação em Mortalidade – PRO-AIM Iracema Ester do Nascimento Castro João Augusto Pousa Bátina Maria Rosana Issberner Panachão Mauro Taniguchi Coordenação de Epidemiologia e Informação – CEInfo Gerência de Geoprocessamento e Informação Socioambiental-GISA Maria Cristina Haddad Martins Ciliane Matilde Sollitto Marcelo Antunes Failla Breno de Souza Aguiar
Programa Municipal de Tuberculose Naomi Kawaoka Komatsu Beatriz Barrella Regina Rocha Gomes de Lemos Sumie Matai de Figueiredo
Cooperação:
SAÚDE
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AIDS
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HIV
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TRANSMISSÃO VERTICAL
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CoInfecçÃO DO HIV
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Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material BiológicO
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Outras Fontes de Vigilância
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Editorial......................................................................................................................................................... 14 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................... 16 Quadro 1. Indicadores de processo da vigilância de DST/Aids do município de São Paulo, 2013............................. 17
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AIDS
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AIDS EM ADULTOS (COM 13 ANOS OU MAIS DE IDADE)....................................................................................................... 20 Tabela 1. Casos notificados de aids e taxa de incidência (TI), segundo sexo e ano de diagnóstico, ........................................ 22 com razão de sexo, Município de São Paulo, 1980 a 2013. Gráfico 1. Taxa de incidência de aids (TI) por 100 mil habitantes-ano segundo sexo e razão de ............................................ 23 sexo (M/F) por ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 1982 a 2012. Tabela 2. Casos notificados de aids segundo faixa etária, sexo e ano de diagnóstico, . .......................................................... 24 Município de São Paulo, 1980 a 2013. Tabela 3. Casos notificados de aids e taxa de incidência (TI), segundo faixa etária, sexo e ..................................................... 25 ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 2000 a 2013. Tabela 4. Casos notificados de aids com 13 anos ou mais de idade segundo raça/cor, sexo e ano ........................................ 26 de diagnóstico, Município de São Paulo, 2003 a 2013. Tabela 5. Casos notificados de aids com 19 anos ou mais de idade segundo escolaridade, ................................................... 27 sexo e ano do diagnóstico, Município de São Paulo, 1980 a 2013. Tabela 6. Casos notificados de aids com 13 anos ou mais de idade segundo categoria ........................................................ 28 de exposição hierarquizada e ano do diagnóstico, Município de São Paulo, 1980 a 2013. Gráfico 2. Casos de aids com 13 anos ou mais de idade segundo principais categorias . ....................................................... 29 de exposição e ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 1982 a 2012. Tabela 7. Casos notificados de aids em homens com 13 anos ou mais de idade segundo .................................................... 30 categoria de exposição hierarquizada e ano do diagnóstico, Município de São Paulo, 1980 a 2013. Gráfico 3. Casos de aids em homens, com 13 anos ou mais de idade, segundo principais .................................................... 31 categorias de exposição e ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 1982 a 2012. Tabela 8. Casos de aids (N e %) em maiores de 13 anos de idade do sexo feminino, segundo .............................................. 32 categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980 a 2012. Tabela 9. Casos notificados de aids em homens que fazem sexo com homens (HSH) segundo . ............................................ 33 faixa etária e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980 a 2013. Tabela 10. Casos notificados de aids em homens que fazem sexo com homens (HSH) .......................................................... 34 segundo raça/cor e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 2003 a 2013. Tabela11. Casos notificados de aids em homens que fazem sexo com homens (HSH) segundo . ........................................... 35 escolaridade e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980 a 2013. Gráfico 4. Casos notificados de aids em homens que fazem sexo com homens (HSH) segundo ............................................ 36 escolaridade e período de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980 a 2012. Tabela 12. Casos de aids segundo faixa etária e Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) ..................................................... 36 de residência, Município de São Paulo, 1980 a 2013.
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Tabela 13. Casos notificados de aids com 13 anos ou mais de idade segundo Coordenadoria .............................................. 37 Regional de Saúde (CRS), Supervisão Técnica de Saúde (STS) de residência e ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 1980 a 2013. Tabela 14. Casos de aids com 13 anos ou mais de idade segundo Coordenadoria Regional ................................................. 37 de Saúde (CRS) de residência e categoria de exposição hierarquizada, Município de São Paulo, 1980 a 2013. Gráfico 5. Casos de aids com 13 anos ou mais de idade segundo principais categorias de exposição ................................... 38 e Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) de residência, Município de São Paulo, 1980 a 2013. Tabela 15. Óbitos por aids com 13 anos ou mais de idade e taxa de mortalidade (TM), ........................................................ 39 por 100 mil habitantes-ano, segundo sexo e ano de ocorrência do óbito, Município de São Paulo, 1981 a 2012. Gráfico 6. Taxa de mortalidade (TM) por aids, por 100 mil habitantes-ano, segundo sexo . ................................................... 40 e ano de ocorrência do óbito, Município de São Paulo, 1981 a 2012. Tabela 16. Casos de aids com 13 anos ou mais de idade, óbitos reportados ao ano do ........................................................ 41 diagnóstico de aids, taxa de letalidade por aids (TL), óbitos por ano de ocorrência e estimativa do número de pessoas vivendo com aids, segundo ano de diagnóstico, município de São Paulo, 1980 a 2013. Gráfico 7. Casos de aids com 13 anos ou mais de idade, óbitos por ano de ocorrência ........................................................ 42 e estimativa de pessoas vivendo com aids, segundo ano do diagnóstico, Município de São Paulo, 1980 a 2013. Tabela 17. Coeficiente de anos potenciais de vida perdidos (APVP) até 70 anos segundo . .................................................... 43 Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Supervisão Técnica de Saúde (STS) de residência e ano do óbito, Município de São Paulo, 2006 a 2012. Tabela 18. Casos e óbitos de aids em crianças e adultos, taxa de incidência (TI) e taxa de ..................................................... 43 mortalidade (TM), segundo raça/cor e sexo, Município de São Paulo, 2010. Quadro 1. Principais causas de morte, em ambos os sexos, nos anos de 1996, 2011............................................................. 44 e 2012. Município de São Paulo. Quadro 2. Principais causas de morte, segundo sexo, nos anos de 1996, 2011 e 2012. ....................................................... 44 Município de São Paulo. Tabela 19. Posição da aids entre os óbitos gerais de residentes no município de São Paulo, segundo lista . ........................... 46 condensada de causas de morte, por faixa etária e sexo. Município de São Paulo, 1996, 2002 e 2011. Quadro 3. Principais causas de morte de residentes no município de São Paulo, segundo lista . ............................................ 46 condensada da Classificação Internacional de Doenças, 10ª revisão (CID 10), faixa etária e sexo. Município de São Paulo, 2012. Tabela 20. Óbitos por aids, total de óbitos e mortalidade proporcional segundo raça/cor. . ................................................... 47 Município de São Paulo, 2012. Tabela 21. Óbitos por aids segundo Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Supervisão ..................................................... 48 Técnica de Saúde (STS) de residência e ano do óbito, Município de São Paulo - 2000 a 2012. Tabela 22. Taxa de mortalidade (TM) por aids segundo Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) .......................................... 49 e Supervisão Técnica de Saúde (STS) de residência e ano do óbito, Município de São Paulo, 2000 a 2012.
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HIV
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HIV EM ADULTOS (COM 13 ANOS OU MAIS DE IDADE)......................................................................................................... 52 Tabela 1. Casos notificados de infecção pelo HIV, sem aids, segundo sexo, razão de sexo . ................................................... 53 e ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 1994 a 2013. Tabela 2. Casos notificados de infecção pelo HIV, sem aids, com 13 anos ou mais de idade segundo ................................. 54 categoria de exposição hierarquizada e ano do diagnóstico, Município de São Paulo, 1994 a 2013. Tabela 3. Casos notificados de infecção pelo HIV, sem aids, em homens que fazem sexo . .................................................... 55 com homens (HSH) segundo faixa etária e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1994 a 2013. Gráfico 1. Casos de aids e casos de infecção pelo HIV, sem aids, em homens que fazem sexo com ...................................... 56 homens (HSH), com idade entre 20 e 29 anos, segundo ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 2000 a 2012.
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TRANSMISSÃO VERTICAL
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3. 1. Transmissão vertical dO HIV.................................................................................................................................. 58 3.1.1 - GESTANTE/PARTURIENTE/PUÉRPERA HIV POSITIVO..................................................................................................... 58 Tabela 1. Número de casos de gestante/parturiente/puérpera HIV positivo e taxa de detecção (TD), .................................... 61 segundo ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 2000 a 2013. Gráfico 1. Casos notificados de gestantes/parturientes/puérperas HIV positivo, taxa de detecção (TD) .................................. 61 e número de serviços notificadores, segundo ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 2001 a 2013. Tabela 2. Casos de gestante/parturiente/puérpera HIV positivo, segundo características . ...................................................... 62 sociodemográficas e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 2000 a 2013. Tabela 3. Casos de gestante/parturiente/puérpera HIV positivo, segundo o uso de . ............................................................. 63 antirretroviral no pré-natal e ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 2000 a 2013. Tabela 4. Casos de gestante/parturiente/puérpera HIV positivo segundo características do parto, do início ........................... 64 de antirretroviral na criança e ano de parto. Município de São Paulo, 2007 a 2013. Figura 2. Casos notificados de gestantes/parturientes/puérperas HIV positivo e crianças expostas, ........................................ 65 segundo ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 2000 a 2012. Tabela 5. Casos notificados de crianças expostas ao HIV materno, segundo tipo de encerramento ....................................... 65 e ano de nascimento, município de São Paulo, 2000 a 2013. Tabela 6. Casos notificados de crianças expostas ao risco de transmissão vertical do HIV segundo . ...................................... 66 características da criança e ano de nascimento, município de São Paulo, 2007 a 2013. Tabela 7. Casos notificados de crianças expostas ao HIV materno, nascidas a partir de 2007, segundo . ............................... 67 características da mãe e da criança em relação às medidas preventivas e tipo de encerramento. Município de São Paulo, 2007 a 2013.
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Tabela 8. Casos notificados de crianças expostas ao HIV materno, nascidas a partir de 2007, ............................................... 68 segundo tipo de encerramento e Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e Supervisão Técnica de Saúde (STS) de residência. Município de São Paulo, 2007 a 2013. 3.1.2 - AIDS EM CRIANÇAS (MENORES DE 13 ANOS DE IDADE)............................................................................................ 69 Tabela 1. Casos notificados de aids e taxa de incidência (TI) em menores de 13 anos de idade, ............................................ 70 segundo idade (anos) e ano de diagnóstico, município de São Paulo, 1984 a 2013. Tabela 2. Casos notificados de aids em menores de 13 anos de idade segundo categoria de exposição . .............................. 71 e ano de diagnóstico, município de São Paulo, 1984 a 2013. Tabela 3. Casos notificados de aids por transmissão vertical segundo idade e ano de diagnóstico, . ...................................... 72 município de São Paulo, 1987 a 2013. Tabela 4. Casos de HIV e AIDS notificados em menores de 13 anos de idade, óbitos reportados .......................................... 73 ao ano do diagnóstico de AIDS, taxa de letalidade por AIDS (TL), óbitos por ano de ocorrência, taxa de mortalidade (TM ) e estimativa do número de crianças vivendo com HIV/AIDS, segundo ano de diagnóstico, município de São Paulo, 1984 a 2013. Figura 1. Taxa de incidência (TI) e de mortalidade (TM) em crianças com aids, menores de .................................................. 74 13 anos de idade, segundo ano de diagnóstico, município de São Paulo, 1991 a 2012. Figura 2. Casos notificados de HIV/AIDS e óbitos em menores de 13 anos de idade e crianças vivendo ............................... 74 com HIV/AIDS, município de São Paulo, 1984 a 2013. Tabela 5. Casos notificados de aids em menores de 13 anos de idade segundo Coordenadoria ............................................ 75 Regional de Saúde (CRS) e Supervisão de Vigilância em Saúde (SUVIS) de residência e ano de diagnóstico, município de São Paulo, 1984 a 2013. 3. 2. Transmissão vertical dA SÍFILIS.............................................................................................................................. 76 3.2.1. GESTANTE................................................................................................................................................................... 76 Tabela 1. Casos notificados de gestantes com sífilis segundo Coordenadorias Regional de . .................................................. 78 Saúde (CRS) e Supervisões Técnicas de Saúde de residência e ano de diagnóstico, município de São Paulo, 2007 a 2013. Tabela 2. Casos notificados de sífilis na gestação e taxa de deteção (TD) segundo ................................................................ 79. Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e Supervisão Técnica de Saúde (STS) de residência e ano de diagnóstico, município de São Paulo, 2007 a 2012. Tabela 3. Casos notificados de sífilis na gestação, segundo características sociodemográficas ............................................... 80 e ano de diagnóstico, município de São Paulo, 2007 a 2013. Tabela 4. Casos notificados de sífilis na gestação, segundo características do pré-natal (PN) ................................................. 81 e ano de diagnóstico, municípío de São Paulo, 2007 a 2013. Tabela 5. Tratamento das gestantes prescrito e classificação clínica da sífilis, MSP, 2007 a 2013............................................. 82 Gráfico 1. Casos notificados de gestantes com sífilis segundo Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) ................................ 83 de residência, município de São Paulo, 2007 a 2012. Gráfico 2. Casos notificados de sífilis na gestação, taxa de detecção (TD), por 1.000 Nascidos Vivos-ano.............................. 83 (NV-ano) e número de serviços notificantes, segundo ano de diagnóstico, município de São Paulo, 2007 a 2013. Gráfico 3. Taxa de detecção (TD) de gestantes com sífilis, por 1.000 Nascidos Vivos-ano (NV-ano), ...................................... 84 segundo Coordenadoria Regional de Saúde de residência, município de São Paulo, 2007 a 2012. Gráfico 4. Casos notificados de sífilis na gestação, taxa de detecção (TD), por 1.000 ............................................................ 84 Nascidos Vivos-ano (NV-ano) e número de serviços notificantes, segundo ano de diagnóstico, município de São Paulo, 2007 a 2013.
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3. 2. 2. SÍFILIS CONGÊNITA.................................................................................................................................................... 85 Tabela 1. Casos notificados de sífilis congênita (número e coeficiente de incidência .............................................................. 89 por 1000 nascidos vivos), segundo CRS e respectivas SUVIS de residência e ano de nascimento. Município de São Paulo, 1998 a 2003 e 2004 a junho de 2013. Tabela 2. Casos notificados de sífilis congênita em crianças nascidas vivas, segundo caracteristicas . ..................................... 90 e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2004 a 2013. Tabela 3. Casos notificados de sífilis congênita, segundo caracteristicas das crianças.............................................................. 91 (clínica/ evolução) e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2004 a 2013. Tabela 4. Casos notificados de sífilis congênita segundo caracteristicas da mãe e ano de nascimento.................................... 92 Município de São Paulo, 2004 a 2013. Tabela 5. Casos notificados de sífilis congênita segundo ano de nascimento, esquema de tratamento .................................. 93 das mães e realização de tratamento dos seus parceiros no pré-natal e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2004 a junho de 2013. Tabela 6. Casos confirmados de sífilis congënita, segundo vulnerabilidade das mães, ano de .............................................. 94 notificação e SUVIS de residencia. Município de São Paulo, 2012. Tabela 7. Casos confirmados de sífilis congênita segundo ano de notificação, CRS de residencia e . ..................................... 94 realização do pré-natal das mães usuárias de drogas. Município de São Paulo, 2012. Tabela 8. Casos confirmados de sífilis congênita segundo ano de notificação e realização do ............................................... 94 pré-natal das mães em situação de rua. Município de São Paulo, 2012. Tabela 9. Casos confirmados de sífilis congênita segundo ano de notificação e realização do ............................................... 94 pré-natal das mães com outras vulnerabilidades. Município de São Paulo, 2012. Gráfico 1. Coeficiente de incidência de sífilis congênita segundo ano de nascimento e CRS .................................................. 95 de residência. Município de São Paulo, 2004 a 2012. Gráfico 2. Casos notificados de sífilis congênita, gestante com sífilis e coeficiente de incidência (CI) ..................................... 95 de sífilis congênita. Município de São Paulo, 2007 a 2012.
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COINFECÇÃO DO HIV
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4.1. Coinfecção Hepatites B e C e HIV.............................................................................................................................. 98
Tabela 1. Número e porcentagem de casos de hepatite B ou C, segundo informação de presença de .............100 coinfecção com o HIV/aids na notificação, no município de São Paulo, no período de 2007 a 2012. Gráfico 1. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para o VHB e presença . ..................100 de coinfecção com HIV/aids, segundo sexo, no município de São Paulo, de 2007 a 2012. Gráfico 2. Número de casos notificados com marcadores para o VHB e coinfecção por HIV/aids, ....................100 segundo faixa etária (em anos), no município de São Paulo, no período de 2007 a 2012. Tabela 2. Número e porcentagem de casos notificados com marcadores para o VHB e . ..................................101 coinfecção com o HIV/aids, segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão do VHB, no município de São Paulo, de 2007 a 2012.
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 3. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para o VHB e presença de ................101 coinfecção com HIV/aids, segundo raça, no município de São Paulo, no período de 2007 a 2012. Gráfico 3. Porcentagem de casos notificados com marcadores para o VHC e coinfecção com HIV, ..................101 segundo sexo, no município de São Paulo, no período de 2007 a 2012. Tabela 4. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para o VHC e presença de ................102 coinfecção com HIV/aids, segundo raça. Município de São Paulo, 2007 a 2012. Gráfico 4. Número de casos notificados com marcadores para o VHC e coinfecção com HIV segundo ............102 faixa etária, no município de São Paulo, 2007 a 2012. Tabela 5. Número e porcentagem de casos notificados com marcadores para o VHC e presença de ................102 coinfecção com HIV/aids, segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão. Município de São Paulo, 2007 a 2012. Tabela 6. Número e porcentagem de casos notificados como Hepatite B e C e coinfecção HIV/aids, . ..............103 segundo sexo e faixa etária (em anos), no município de São Paulo, 2007 a 2012. 4.2. Coinfecção Tuberculose e HIV
Tabela 1. Registro de atividades do programa de tuberculose nas unidades especializadas em DST/Aids, .........108 por unidade de atendimento. MSP 2012. Tabela 2. Realização de tratamento da infecção latente da tuberculose (ILTB), segundo principais . ..................109 indicações. MSP, 2008 a 2013. Tabela 3. Casos Novos de TB (Nº e %) em residentes segundo situação de HIV e ano ......................................109 de incidência. MSP, 2006 a 2012. Tabela 3A. Sorologia anti HIV realizada (Nº e %), nos casos novos de tuberculose atendidos, MSP, 2012..........110 Tabela 4. Casos novos de TB atendidos, segundo testagem anti HIV realizadas (Nº e %), ...............................111 por faixa etária. MSP, 2012. Tabela 5. Casos novos de TB atendidos (Nº e %), segundo tipo de descoberta e...............................................113 condição do HIV, MSP, 2006 a 2012. Tabela 6. Casos novos de Co-infecção (TB/HIV), segundo local de diagnóstico .................................................113 da tuberculose e tipo de tratamento. MSP, 2012. Tabela 6A. Casos novos de Co-infecção (TB/HIV), segundo local de diagnóstico da tuberculose, ......................113 atendidos nas unidades de referência de DST/aids. MSP,2012. Tabela 7. Situação de tratamento dos casos novos TB/HIV, segundo início de tratamento. ...............................114 MSP, 2006 a 2012. Tabela 8. Casos novos de TB pulmonares HIV (+) atendidos segundo realização de cultura, .............................115 MSP, 2006 a 2012.115
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Tabela 8A. Casos novos de TB pulmonares HIV (+), segundo CRS e SUVIS de atendimento e ...........................115 realização de cultura, MSP, 2012. Tabela 9. Casos novos de TB (Nº e %) segundo ocorrência de internação e situação do HIV, . .........................116 MSP, 2006 a 2012. Tabela 10. Resultados de tratamento de casos novos de TB atendidos, segundo situação do HIV e .................117 ano de início de tratamento. MSP, 2006 a 2012. Tabela 11. Resultados de tratamento de casos novos de TB/HIV, distribuídos por tipo de serviço . ....................118 e ano de início de tratamento, MSP, 2006 a 2012. Tabela 11 A. Casos novos de TB/HIV, distribuídos por tipo de serviço que fez acompanhamento .....................119 do caso e ano de início de tratamento, MSP, 2006 a 2012. Tabela 12. Resultados de tratamento de casos novos de TB/HIV atendidos por tipo de.....................................119 tratamento, MSP, 2012 Tabela 13. Casos novos de TB atendidos segundo situação de HIV e cobertura de TDO (Tratamento ...............120 Diretamente Observado), MSP, 2006 a 2012. Tabela 13A. Casos novos de TB atendidos segundo situação de HIV e cobertura de TDO (Tratamento .............120 Diretamente Observado) por SUVIS de atendimento, MSP, 2006 a 2012. Tabela 14. Casos novos de tuberculose segundo o desfecho óbito e início e tempo de.....................................120 tratamento, MSP, de 2006 a 2012. Tabela 14 A. Casos de óbito em pacientes TB/HIV com menção de TB, segundo ano do . ................................122 óbito e diagnóstico mencionado na declaração de óbito, residentes no município de São Paulo, 2006 a 2012.
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Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material BiológicO
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Tabela 1. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição ao material biológico................... 128 segundo Coordenadoria Regional de Saúde com suas respectivas Supervisão de Vigilância em Saúde e ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2012. Tabela 2. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição ao material ................................. 130 biológico segundo principais unidades notificadoras e ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2012. Tabela 3. Número e porcentagem de casos de acidentes de trabalho com exposição ao . ............................... 131 material biológico segundo faixa etária do acidentado e ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2012. Tabela 4. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição ao material biológico .................. 131 segundo ocupação do acidentado e ano de ocorrência.
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 5. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição ao material biológico .................. 132 segundo circunstâncias do acidente e ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2012. Tabela 6. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição ao material biológico .................. 133 segundo evolução do caso e ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2012. Gráfico 2. Número de acidentes de trabalho com exposição ao material biológico segundo ........................... 133 evolução do caso e ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2012.
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Outras Fontes de Vigilância
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Tabela 1. Número e porcentagem de matrículas segundo diagnóstico principal e ano de matrícula .................138 na Rede Municipal especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013. Tabela 2. Número e porcentagem de matrículas segundo diagnóstico principal, região e unidade de ..............139 atendimento na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013. Tabela 3. Número e porcentagem de matrículas por HIV ou Aids, segundo sexo e faixa etária, ........................140 na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013. Tabela 4. Número e porcentagem de matrículas por HIV ou Aids, segundo sexo e raça/cor, . ..........................140 na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013. Tabela 5. Número e porcentagem de pessoas em seguimento, com 13 anos ou mais, com .............................141 diagnóstico principal de HIV ou Aids, segundo ano de matrícula em anos de agrupamento e faixa etária no ano de admissão na Rede Municipal especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013. Gráfico 1. Número e porcentagem de pessoas em seguimento, com 13 anos ou mais, com . ..........................142 diagnóstico principal de HIV ou Aids, segundo ano de matrícula em anos de agrupamento e faixa etária no ano de admissão na Rede Municipal especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1995 a junho de 2013. Tabela 6. Número e porcentagem de pessoas em seguimento, com 13 anos ou mais, com .............................142 diagnóstico principal de HIV ou Aids, de acordo com o sexo e faixa etária atual, na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013. Gráfico 2. Número e porcentagem de pessoas em seguimento, com 13 anos ou mais, ...................................143 com diagnóstico principal de HIV ou Aids, de acordo com o sexo e faixa etária atual, na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013. Tabela 7. Número e porcentagem de pessoas em seguimento, com 13 anos ou mais, com .............................144 diagnóstico principal de HIV ou Aids, de acordo com a faixa etária atual, por região da Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013.
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Gráfico 3. Número e porcentagem de pessoas em seguimento, com 13 anos ou mais, com . ..........................145 diagnóstico principal de HIV ou Aids, de acordo com a faixa etária atual, por região da Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013. Tabela 8. Número e porcentagem de pessoas, com 13 anos e mais, em seguimento, com diagnóstico ...........145 de HIV ou Aids, segundo sexo e raça/cor, na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013. Tabela 9. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico do HIV, total e porcentagem . ........................146 de pessoas com diagnóstico sorológico reagente para o HIV na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 2007 a 2012. Gráfico 4. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico do HIV, total e porcentagem de ...................146 pessoas com diagnóstico sorológico reagente para o HIV, Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 2007 a 2012. Tabela 10. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico do HIV, total e porcentagem . ......................146 de pessoas com diagnóstico sorológico reagente para o HIV segundo região das unidades da Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 2012. Gráfico 5. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico do HIV, total e porcentagem de pessoas ......147 com diagnóstico sorológico reagente para o HIV segundo região das unidades da Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 2012. Gráfico 6. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico da Sífilis, total e porcentagem ......................148 de pessoas com diagnóstico sorológico reagente para Sífilis, Rede Municipal Especializada em DST/Aids, Município de São Paulo, 2007 a 2012. Tabela 12. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico da Sífilis, total e porcentagem . ....................148 de pessoas com diagnóstico sorológico reagente para a Sífilis segundo região das unidades da Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 2012. Gráfico 7. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico da Sífilis, total e porcentagem de .................149 pessoas com diagnóstico sorológico reagente para Sífilis, Rede Municipal Especializada em DST/Aids, Município de São Paulo, 2007 a 2012.
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Editorial Este Boletim Epidemiológico é dedicado à memória de Luiza Harunari Matida, médica, guerreira incansável, companheira na construção de um mundo melhor, com mais alegria, menos doença, estigma e sofrimento. A epidemia de doença por HIV, que ajudou a transformar o Brasil, está em mudança no país e no Município de São Paulo (MSP). O enfrentamento que vem sendo feito nos mais de 30 anos da epidemia trouxe resultados positivos, como a redução da incidência e da mortalidade por aids no MSP, em homens e mulheres, e a redução da transmissão vertical do HIV. Apesar disso, quando nos aproximamos mais dos dados, verificamos que a incidência de aids está aumentando entre homens jovens, a partir dos 13 anos, principalmente homens que fazem sexo com homens (HSH); que aids foi a segunda a causa de morte entre mulheres de 25 a 34 anos, em 2012; que a redução da transmissão vertical não está ocorrendo com a velocidade que poderia se esperar num município como o nosso. A realidade contrariou algumas das previsões sobre a evolução da epidemia de HIV feitas alguns anos atrás. Hoje, no MSP, a epidemia é concentrada, principalmente em HSH, profissionais do sexo e usuários de drogas; a morbidade e a mortalidade são mais elevadas entre os pretos, quando comparados aos brancos, e a proporção de homens com maior escolaridade é crescente, entre os casos notificados. Em 2012 a TM foi de 6,8/100 000; a mortalidade vem caindo, mas ainda morrem aproximadamente 2 pessoas, a cada dia, por aids, no MSP e as Supervisões Técnicas de Saúde de Cidade Tiradentes, Sé, Guaianases e Itaim Paulista tiveram as maiores TM por aids do MSP. Para que a transmissão vertical de HIV (TVHIV) seja controlada no MSP temos que alcançar uma taxa de transmissão de 2 crianças infectadas pelo HIV para cada 100 mães soropositivas. Estamos nos aproximando deste objetivo, mas, para alcançá-lo, é necessário aprimorar a aplicação do protocolo de profilaxia da transmissão vertical. O aumento do número de casos de sífilis congênita MSP pode ser atribuído ao aumento da intensidade da epidemia de sífilis e/ou à melhoria do sistema de vigilância, com aumento da detecção de casos. Para controlar a transmissão vertical de HIV e de sífilis estão sendo articuladas as ações da atenção básica, saúde da mulher, maternidades, Rede Municipal Especializada em DST/aids (RME) e vigilância, entre outros setores, nos territórios, ou seja, nas Coordenadorias Regionais e Supervisões Técnicas de Saúde. A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo está ampliando a cobertura da abordagem sindrômica para DST e incorporando o pré-natal do homem, de tal sorte que não se perca a oportunidade de tratamento. Para avançarmos no controle das epidemias de DST e HIV/aids é necessário ampliar o acesso à prevenção, diagnóstico e tratamento das pessoas acometidas. Esta ampliação deve ser feita com elevação da qualidade das ações acima do patamar já alcançado, lembrando que muitas ações extrapolam o campo restrito do Programa Municipal de DST/HIV/aids e envolvem outros atores e esferas do SUS, do governo e da sociedade. No planejamento das ações de enfrentamento levamos em conta as informações disponíveis através dos sistemas de vigilância, mas é necessário aprofundar a análise dos casos de mortes por aids , de transmissão vertical de HIV e sífilis, e realizar pesquisas, como a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST e Aids ( PCAP), para obter informações de base populacional. Estamos construindo uma sólida base de informações que leva em conta as diferenças entre as regiões que compõem o MSP. A agilização dos comitês de transmissão vertical e a recriação do comitê municipal de mortalidade por HIV/aids são iniciativas que reforçam este eixo de conhecimento para a ação.
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A oferta de preservativos masculinos, femininos e de gel vem sendo ampliada ativamente. Hoje estes insumos estão disponíveis em toda a atenção básica e na RME; as populações mais vulneráveis ao HIV são alcançadas através dos agentes de prevenção; iniciamos a distribuição de insumos nos territórios com estratégia do Programa de Saúde da Família, especialmente através dos agentes comunitários dos consultórios na rua, e também através de grandes empresas. É hora de ofertarmos para a população as novas tecnologias que demonstraram utilidade para o controle da epidemia. Hoje dispomos de teste convencional em toda a rede de saúde municipal e de teste rápido em todas as unidades da RME, grande número de UBS, rede de urgência e emergência e maternidades. O teste rápido com fluido oral, uma novidade, deverá se transformar num importante instrumento para ampliar o acesso ao diagnóstico e práticas de gerenciamento de risco. Sua incorporação vai facilitar os procedimentos para diagnóstico de infecção por HIV realizado nos serviços de saúde; o teste oral disponível em farmácias, conforme previsão do Ministério da Saúde, poderá elevar a autonomia dos sujeitos. É necessário transformar nossa prática, incorporando as experiências exitosas. A oferta de testagem direcionada para populações chave, fora das unidades de saúde, é uma delas. Esta ação, tradicionalmente relacionada às campanhas “Fique Sabendo” e depois ao projeto “Quero Fazer”, está sendo ofertada, em colaboração com o Programa Municipal “De Braços Abertos”, na área de uso intensivo de drogas situada na região da Luz/Campos Elíseos, no território da Supervisão Técnica de Saúde da Sé, Coordenadoria Regional de Saúde Centro Oeste. O diagnóstico precoce permitirá a oferta de tratamento num estágio mais favorável, de forma a aumentar a expectativa de vida das pessoas que vivem com HIV. O tratamento, cujo benefício individual é conhecido há anos, demonstrou-se também um excelente meio de prevenção de novas infecções. Ofertar tratamento para todos que têm infecção por HIV é uma das diretrizes recentes de tratamento, propostas pelo Ministério da Saúde. O fim da epidemia exigirá de nós ações para diferentes populações. Já iniciamos a capacitação dos consultórios na rua para tratar PVHIV em situação de rua que, como a experiência demonstra, não vão aos serviços especializados em DST/aids. A adesão ao tratamento é um ponto crítico desta diretriz. A RME, que conta com larga experiência multiprofissional em aconselhamento, acolhimento e adesão, terá um papel ainda mais importante neste contexto. Adicionalmente às estratégias tradicionais, os consultórios na rua vem incorporando o tratamento antirretroviral supervisionado para as PVHIV que são acompanhadas por eles. A profilaxia pós exposição sexual (PEP), que ainda é pouco conhecida e utilizada para reduzir o risco novas infecções, está sendo mais divulgada entre os vulneráveis. Estamos atuando para que esta ação esteja disponível de forma ampliada nos serviços de saúde além da RME, principalmente na rede de urgência e emergência. Temos como tarefa o enfrentamento da epidemia, dentro dos princípios dos direitos humanos, no contexto da consolidação do SUS para todos. Repensar a prevenção, utilizando todos os recursos disponíveis, ampliar a testagem e a oferta de tratamento, respeitando diferenças e especificidades, direcionar as ações para aqueles que delas mais necessitam são formas de avançar no controle da epidemia. Conhecemos o processo histórico, respeitamos as conquistas do passado e precisamos mudar, se quisermos fazer a diferença. Este é o nosso compromisso.
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
INTRODUÇÃO QUALIDADE DA INFORMAÇÃO No Brasil, a aids e a sífilis congênita tornaram-se doenças de notificação compulsória, por meio da Portaria do Ministério da Saúde nº 542 de 24/12/1986. Em 2000, visando à redução da transmissão vertical da infecção pelo HIV, os casos de gestantes/parturientes/puérperas infectadas pelo HIV e de crianças expostas ao risco de transmissão vertical passaram a ser de notificação compulsória através da Portaria nº 993 do GM/MS de 04/09/2000. Em 2005, no intuito de atingir a meta de eliminação da sífilis congênita em todo território nacional, o Brasil tornou compulsória a notificação da gestante com sífilis (Portaria nº33 do MS de 14/07/2005). A notificação é o primeiro passo no Sistema de Vigilância Epidemiológica (SVE), fundamental para o controle das doenças transmissíveis. Neste sentido, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, adotou um Sistema Nacional de Informação para os Agravos de Notificação (Sinan), que atualmente encontra-se na sua versão Net. Este sistema tem por objetivo facilitar a formulação e avaliação de políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões, com vistas a contribuir para a melhoria da situação de saúde da população. O Sinan tem como atribuições coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente pelo SVE, fornecendo informações para análise do perfil de morbidade da população nas três esferas de governo. Para tanto, é utilizada a ficha de notificação e investigação epidemiológica (FIE), dividida em duas partes: identificação e investigação. A identificação é comum a todos os agravos, enquanto que a investigação contempla as especificidades de cada doença, seguindo os critérios de definição de caso. O Sinan foi implantado em meados da década de 90, inicialmente na versão DOS, passando em 2002 para versão Windows e, em 2007, para a versão Net. Os dados digitados na versão DOS foram incorporados na versão Windows, no entanto, isto não ocorreu com a implantação da versão Net, obrigando as vigilâncias epidemiológicas, especialmente àquelas que trabalham com doenças infecciosas com evolução crônica, como a aids, a utilizarem as bases de dados alocadas em dois sistemas de informação, para análise de toda a série histórica. Apesar do monitoramento do HIV/aids ser realizado, principalmente, por meio do Sinan, outras fontes de dados são utilizadas para a complementação destas informações, destacando-se: o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), gerenciado pelo Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo (PRO-AIM), Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (SISCEL) e Sistema de Controle e Logística de Medicamentos (SICLOM) do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Sistema de Vigilância em Serviços (VIGISERV) do Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo e planilhas de resultados de exames enviadas por laboratórios à Coordenação de Vigilância em Saúde – Centro de Controle de Doenças (COVISA – CCD). O relacionamento dessas diferentes fontes permite a detecção de subnotificações, a complementação e a correção dos dados, contribuindo para o aprimorando da qualidade da informação, com melhor caracterização do perfil da epidemia, facilitando o estabelecimento de ações voltadas para a prevenção e assistência às pessoas vivendo com HIV/aids no Município. O uso da terapia antirretroviral (TARV) contribuiu para a redução da mortalidade da aids, elevando consideravelmente o número de pessoas vivendo com HIV/aids. Casos notificados como aids podem, com o uso da TARV, se apresentarem assintomáticos, com elevação do TCD4+ ao longo da vida. Este fato favorece a notificação dos casos em vários momentos, especialmente quando os pacientes mudarem de unidades de atendimento, ou quando ocorrer abandono do seguimento e reinserção no sistema de saúde em anos posteriores, dentre outras possibilidades.
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Na elaboração de cada boletim epidemiológico, a equipe de vigilância epidemiológica de DST/aids promove o relacionamento das bases de dados dos casos de HIV/aids notificados nas duas versões do Sinan (Windows e Net) e em seguida, sistematicamente, inicia o processo de retirada de duplicidades, complementação e atualização das informações. Na elaboração deste boletim foram retiradas 1.229 duplicidades. As crianças menores de 13 anos de idade, identificadas com aids através do SISCEL (TCD4+ abaixo da faixa para a idade) foram distribuídas, segundo a unidade de solicitação do exame, para cada Supervisão de Vigilância em Saúde (SUVIS) que abrange estes serviços, para serem investigadas e notificadas no Sinan. Este processo permitiu a recuperação de 34 casos de crianças com aids, entre 2002 a 2011. Em 2014, o mesmo processo será realizado para os casos de aids em adultos e esta deverá ser uma atividade de rotina da vigilância epidemiológica da aids. Mensalmente, as Declarações de Óbito (DO) com menção de aids ou termos relacionados, em qualquer linha, são separadas pelo PRO-AIM e encaminhadas para a vigilância epidemiológica das DST/aids na COVISA-CCD. Estes casos são verificados na base de dados de aids para atualização da data do óbito e, se não constarem no Sinan, os óbitos são encaminhados para as SUVIS de ocorrência do evento fatal, para investigação e notificação no sistema de vigilância. Entre os anos de 2007 e 2010, ocorreram 4.537 óbitos por HIV/aids no Município de São Paulo, sendo 997 (22%) óbitos sem notificação no Sinan. Após investigação destes óbitos, 888 (89%) foram notificados como caso de aids no sistema de informação. Nesse mesmo período, foram encontrados 3.540 óbitos cujos casos estavam notificados no Sinan, entretanto, em 2.538 (71,6%) a data do óbito não estava preenchida no sistema de vigilância. É de extrema importância a completude das informações que constam na ficha de notificação epidemiológica do HIV/aids, pois a redução de dados ignorados permite melhor análise da epidemia e suas constantes mudanças no perfil ao longo destes anos. A finalização das gestações cursando com HIV é vital para a notificação e conhecimento da existência de uma criança exposta e, se a mesma, está devidamente matriculada em serviço especializado para acompanhamento. Nesta edição, na análise das crianças expostas infectadas, observou-se elevada proporção de dados ignorados, em relação às medidas profiláticas e preventivas. Este fato compromete a compreensão da aplicação das medidas profiláticas/preventivas para evitar a transmissão vertical do HIV. Em 2013, foram realizadas reuniões com as SUVIS para monitoramento dos indicadores de processo, apresentados no Quadro 1. Quadro 1. Indicadores de processo da vigilância de DST/Aids do município de São Paulo, 2013. INDICADOR
DESCRIÇÃO
Encerramento adequado/ oportuno da ficha
Preenchimento da data e demais informações do parto no Sinan
gestante/parturiente/puérpera HIV positivo
até 10 meses a partir da data do diagnóstico da gestação
Notificação da criança exposta
Todo nascido vivo de gestante HIV positivo deverá ser notificado no Sinan e no sistema complementar
Indicador de óbito
Os casos de HIV/Aids identificados por meio da Declaração de Óbito (DO) devem ser investigados e notificados no Sinan em até dois meses (60 dias) a partir do envio da DO para as SUVIS
Notificação em tempo oportuno
Diferença de tempo entre o diagnóstico de aids e a realização da notificação. Notificações de aids em crianças/adultos devem ter um intervalo máximo de 6 meses a partir da data de diagnóstico
Encerramento adequado/ oportuno da ficha de
Encerramento das crianças expostas, como infectadas ou não
criança exposta
infectadas, em até 18 meses, a partir da data de nascimento
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Com o objetivo de qualificar a informação sobre o HIV/aids no âmbito do município de São Paulo, em 2013 foi realizada uma “Oficina de Qualidade da Informação na Vigilância Epidemiológica do HIV/AIDS em Adultos e Crianças no Município de São Paulo” , com duração de três dias (12 horas), que contou com a participação de mais de 60 profissionais envolvidos na vigilância do HIV/aids. Para o primeiro semestre de 2014, está programada a segunda oficina de qualidade da informação, com o tema “Transmissão vertical do HIV e da sífilis”. Ainda em 2014, serão realizadas capacitações sobre sistema de informação HIV/aids e visitas as Coordenadorias Regionais de Saúde, para o monitoramento das ações de vigilância e qualidade da informação.
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AIDS
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AIDS EM ADULTOS (COM 13 ANOS OU MAIS DE IDADE) No período de 1980 a 2013 (30/06/2013) foram notificados 84.204 casos de aids no município de São Paulo, sendo 72% do sexo masculino. A taxa de incidência (TI) atingiu o maior valor em 1998, com 47,6 casos por 100 mil habitantes-ano e declinou nos anos consecutivos. Nos últimos 10 anos, a TI apresentou uma redução de 41%, passou de 32,6, em 2003, para 19,3 casos por 100 mil habitantes-ano em 2012 (Tabela1). No sexo masculino, o pico da incidência ocorreu em 1996, com 67,2 casos por 100 mil habitantes-ano. Quando comparados os anos 2003 e 2012, a TI declinou 35% (de 45,2 para 29,5 casos por 100 mil habitantes-ano) entre os homens, enquanto que para as mulheres a queda foi de 52% (de 21,2 para 10,1 casos por 100 mil habitantes-ano) no mesmo período. A razão de sexos encontrava-se em 2 dois homens com aids para uma mulher (2/1) desde 1997, no entanto, em 2012 esta razão elevou-se e passou para 3/1 (Tabela 1 e Figura 1). Estes dados nos informam que a epidemia está se concentrando em homens no MSP. A faixa etária predominante é a de 30 a 39 anos para ambos os sexos, porém, entre os homens, observou-se uma redução de 36% na TI deste grupo etário, quando comparados os anos 2005 e 2012 (de 86,7 para 55,5 casos por 100 mil habitantes-ano). A redução da incidência nesta faixa etária foi acompanhada de aumento em faixas de idade mais jovens, entre 20 a 29 anos o aumento foi de 21% (de 33,8 para 40,8 casos por 100 mil habitantes-ano) e entre 13 a 19 anos foi de 2,4 vezes (de 1,9 para 4,5 casos por 100 mil habitantes-ano), no mesmo período (Tabela 2 e Tabela 3). Entre as mulheres o aumento da escolaridade foi observado até a faixa de 8 a 11 anos de estudo, de 31,8%, em 2005, para 42,5%, em 2012, enquanto que, os homens apresentaram elevação também entre 12 e mais anos de estudo, de 14,6% para 20,5%, no mesmo período (Tabela 5). Desde o início da epidemia, no sexo masculino, homens que fazem sexo com homens (HSH) têm representado a principal categoria de exposição, abrangendo 36% dos casos. Em 1992, esta forma de transmissão apresentou o maior número de casos, com queda de 21% (de 1.134 para 900 casos), quando comparado 1996 a 1992. A partir de 2006, tem sido observado aumento dos HSH entre os casos de aids (Tabela 7 e Figura 3). No sexo feminino, a transmissão heterossexual tem representado mais de 70% dos casos desde 1997 (Tabela 8). O aumento dos casos de aids em faixas etárias mais jovens tem sido atribuído principalmente aos HSH. Quando comparados os anos 2006 e 2012, nas idades entre 20 e 29 anos, observou-se aumento de 62% (de 177 para 287 casos) e, entre 13 e 19 anos, o número de casos triplicou (de 7 para 22 casos) (Tabela 9). A maior parte dos HSH são brancos, mas, desde 2008, tem sido observado aumento de casos entre pardos (Tabela10). A maior parte dos HSH têm 8 anos de estudo ou mais (55%, 11.839/21.685). No entanto, entre 2010 e 2011, notou-se aumento de 8% e redução de 12% dos casos com escolaridade de 8 a 11 anos e com 12 anos ou mais, respectivamente (Tabela 11 e Figura 4). Este fato poderia sugerir a entrada de casos de aids de HSH mais jovens, sem idade para completar o ensino superior. Esta análise deve ser cautelosa e ressalta-se a necessidade de acompanhamento dos dados por um período maior de tempo. A elevação da TI entre jovens, HSH, muitos dos quais nem bem concluíram os estudos, demanda ações de prevenção focalizadas. Uma das formas de alcançá-los é através da área de educação, que têm acesso aos jovens, e poderá desenvolver programas voltados para informa-los sobre as formas de prevenir as DST e HIV, tendo como referencial os direitos humanos e o respeito à diversidade. Aproximadamente 45% dos HSH residem na região de abrangência da Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) CentroOeste. Nesta região, o maior número de casos encontra-se na área da Supervisão Técnica de Saúde (STS) Sé (Tabelas 13 e 14 Figura 5). Em relação aos casos com transmissão heterossexual, a maioria reside nas CRS Sul e Leste, enquanto que os casos cuja transmissão ocorreu por uso de drogas injetáveis (UDI) concentram-se nas CRS Norte e Sudeste. Destas CRS destacam-se as STS Cidade Ademar-Santo Amaro, Itaquera, Santana-Jaçanã, Mooca-Aricanduva e Vila Mariana-Jabaquara, respectivamente (Tabelas 13 e 14 Figura 5). Estes dados nos informam que a epidemia se comporta diferentemente, nos vários territórios. Considera-se necessário desenvolver ações direcionadas às diferentes populações, nas áreas em que as mesmas se concentram.
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Do total de casos notificados, 47% morreram por aids. A taxa de mortalidade (TM) atingiu seu pico em 1995 com 31,2 óbitos por 100 mil habitantes-ano. No sexo masculino, a maior mortalidade foi em 1994, com 52,5 óbitos por 100 mil habitantes-ano e no feminino em 1996. A terapia antirretroviral de alta potência (TARV), também conhecida como HAART (Highly Active Antiretroviral Therapy), introduzida no final de 1996, reduziu drasticamente a mortalidade por aids e causou grande impacto na epidemia. No entanto, o diagnóstico e tratamento de infecções oportunistas, também contribuíram para redução da mortalidade, antes da TARV, principalmente no sexo masculino. Quando comparado 1996 a 1994, a redução da TM foi de 19% entre os homens (de 52,5 para 42,6 por 100 mil habitantes-ano). Após a TARV, a TM declinou mais de 50% e, em 2012, atingiu o índice de 6,8 óbitos por 100 mil habitantes-ano. Em 2013 (até 30/06/2013), estimou-se 40.361 pessoas vivendo com aids e uma taxa de letalidade de aproximadamente 25% nos últimos 10 anos. Apesar da redução da mortalidade, ainda morrem por aids duas pessoas por dia no município de São de Paulo (Tabelas 15 e 16, Figuras 6 e 7). Com o envelhecimento das pessoas vivendo com HIV/aids, o coeficiente de anos potenciais de vida perdidos (APVP) até 70 anos reduziu 35,5% no município de São Paulo, quando comparado 2012 a 2006 (de 284 para 183 por 100 mil habitantes-ano até 70 anos). Contudo, duas STS da CRS Leste, Cidade Tiradentes e Itaim Paulista, apresentaram elevação de 22% e 19%, respectivamente, no mesmo período (Tabela 17). Nestas regiões deverão ser avaliadas questões relacionadas às ações programáticas, tais como momento em que é feito o diagnóstico, acesso a serviços de saúde, instituição de tratamento antirretroviral e e adesão ao mesmo, dentre outras. Em 2010, a TM bruta por aids nas pessoas de cor preta se mostrou mais elevada do que nas de cor branca, assim como a TI, sugerindo maior vulnerabilidade nesta população (Tabela 18). Supõe-se que esta vulnerabilidade esteja relacionada a questões sociais e de acesso ao SUS, que devem ser enfrentadas de forma consequente, pela totalidade do sistema. Entre o ranking das principais causas de morte no município de São Paulo, a aids já ocupou a 5º posição em 1996. Porém, em 2012, encontrava-se em 22º lugar (Quadro 1). Vale ressaltar que no sexo feminino, na faixa etária de 25 a 34 anos a aids manteve-se em primeiro lugar até 2011, passando para a segunda posição em 2012 (Tabela 19 e Quadro 3). Em 2012, das 25 STS, 10 apresentaram a TM acima da taxa do município de São Paulo, sendo cinco da CRS Leste e três da Norte. Destacaram-se as STS Cidade Tiradentes, Sé, Guaianases e Itaim Paulista, com 13, 12,3, 11,1 e 10,4 óbitos por 100 mil habitantes-ano, respectivamente (Tabela 22). Estamos recriando a Comissão Municipal de Mortalidade por Aids, com o objetivo de esclarecer as circunstâncias que resultaram nos óbitos notificados e adotar medidas para identificar e corrigir as vulnerabilidades programáticas, de forma a reduzir ainda mais esta TM.
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 1. Casos notificados de aids e taxa de incidência* (TI), segundo sexo e ano de diagnóstico, com razão de sexo, Município de São Paulo, 1980 a 2013**.
Sexo
Ano
de diagnóstico 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013*** Total
Masculino N TI 1 0,0 - - 3 0,1 23 0,5 70 1,6 261 6,0 395 8,9 809 18,1 1.283 28,5 1.645 36,1 2.372 51,6 2.724 58,7 3.114 66,7 3.031 64,4 3.117 65,8 3.060 64,1 3.234 67,2 3.176 65,5 3.248 66,4 2.865 58,1 2.492 50,2 2.414 48,1 2.301 45,6 2.303 45,2 1.885 36,8 1.894 36,7 1.898 36,5 1.821 34,8 1.800 34,2 1.887 35,7 1.795 33,7 1.644 30,7 1.595 29,5 499 ... 60.659
Feminino N TI - - - - - - 2 0,0 2 0,0 10 0,2 18 0,4 73 1,5 153 3,2 234 4,8 370 7,5 524 10,5 729 14,5 851 16,8 878 17,1 1.064 20,6 1.244 23,8 1.480 28,0 1.626 30,4 1.456 27,0 1.245 22,8 1.287 23,4 1.285 23,1 1.187 21,2 966 17,1 1.086 19,0 1.027 17,9 889 15,4 872 15,0 814 13,9 744 12,6 658 11,1 607 10,1 164 ... 23.545
Total Razão de Sexo
N TI 1 0,0 - - 3 0,0 25 0,3 72 0,8 271 3,0 413 4,5 882 9,6 1.436 15,4 1.879 20,0 2.742 28,8 3.248 33,8 3.843 39,7 3.882 39,7 3.995 40,5 4.124 41,4 4.478 44,6 4.656 45,9 4.874 47,6 4.321 41,8 3.737 35,8 3.701 35,2 3.586 33,8 3.490 32,6 2.851 26,4 2.980 27,4 2.925 26,7 2.710 24,6 2.672 24,1 2.701 24,2 2.539 22,6 2.302 20,3 2.202 19,3 663 ... 84.204
Fonte: SINAN - CCD/COVISA, População - Fundação SEADE. Notas: *Taxa de incidência por 100.000 habitantes-ano. **Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão. ***Não foi calculado a taxa de incidência para o ano de 2013, porque os dados são referentes até 30/06/2013
22
M/F 12/1 35/1 26/1 22/1 11/1 8/1 7/1 6/1 5/1 4/1 4/1 4/1 3/1 3/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 3/1 3/1 3/1
AIDS
40
70,0
35
60,0
30
50,0
25
40,0
20
30,0
15
20,0
10
10,0
5
0,0
0
Razão M/F
80,0
1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
TI (por 100 mil habitantes-ano)
Gráfico 1. Taxa de incidência de aids* (TI) por 100 mil habitantes-ano segundo sexo e razão de sexo (M/F) por ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 1982 a 2012*.
Ano de diagnóstico Masculino
Feminino
Total
M/F
Fonte: SINAN - CCD/COVISA, População - Fundação SEADE * Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
23
Masculino
Fonte: SINAN - CCD/COVISA *Dados preliminares até 30/06/2012, sujeitos a revisão
Feminino
24
Sexo Faixa etária (anos) 1980 - 1989 1990 - 1999 2000-2004 2005 N % N % N % N % 0a4 56 1,2 555 1,9 151 1,3 15 0,8 5a9 5 0,1 83 0,3 74 0,6 4 0,2 10 a 12 11 0,2 31 0,1 13 0,1 6 0,3 Crianças 72 1,6 669 2,2 238 2,1 25 1,3 13 a 19 171 3,8 435 1,5 132 1,2 12 0,6 20 a 29 1.390 31,0 8.226 27,5 2.114 18,6 334 17,6 30 a 39 1.780 39,6 12.776 42,7 4.858 42,6 748 39,5 40 a 49 758 16,9 5.604 18,7 2.803 24,6 538 28,4 50 a 59 227 5,1 1.579 5,3 928 8,1 186 9,8 60 a 69 66 1,5 467 1,6 256 2,2 36 1,9 70 e + 9 0,2 110 0,4 55 0,5 12 0,6 Ignorada 17 0,4 75 0,3 11 0,1 3 0,2 Adultos 4.418 98,4 29.272 97,8 11.157 97,9 1.869 98,7 Subtotal 4.490 100,0 29.941 100,0 11.395 100,0 1.894 100,0 0a4 68 13,8 565 5,5 193 3,2 13 1,2 5a9 3 0,6 90 0,9 86 1,4 8 0,7 10 a 12 2 0,4 19 0,2 21 0,4 3 0,3 Crianças 73 14,8 674 6,6 300 5,0 24 2,2 13 a 19 26 5,3 214 2,1 104 1,7 24 2,2 20 a 29 174 35,4 3.446 33,7 1.531 25,6 233 21,5 30 a 39 138 28,0 3.608 35,3 2.241 37,5 401 36,9 40 a 49 47 9,6 1.544 15,1 1.229 20,6 271 25,0 50 a 59 20 4,1 513 5,0 424 7,1 101 9,3 60 a 69 8 1,6 191 1,9 117 2,0 22 2,0 70 e + 4 0,8 21 0,2 23 0,4 8 0,7 Ignorada 2 0,4 11 0,1 1 0,0 2 0,2 Adultos 419 85,2 9.548 93,4 5.670 95,0 1.062 97,8 Subtotal 492 100,0 10.222 100,0 5.970 100,0 1.086 100,0 TOTAL 4.982 40.163 17.365 2.980 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 N % N % N % N % N % N % N % 15 0,8 13 0,7 10 0,6 10 0,5 11 0,6 10 0,6 9 0,6 10 0,5 7 0,4 4 0,2 1 0,1 3 0,2 3 0,2 2 0,1 3 0,2 7 0,4 4 0,2 4 0,2 3 0,2 1 0,1 28 1,5 27 1,5 18 1,0 15 0,8 17 0,9 14 0,9 11 0,7 15 0,8 19 1,0 21 1,2 21 1,1 15 0,8 27 1,6 27 1,7 337 17,8 330 18,1 372 20,7 417 22,1 422 23,5 373 22,7 398 25,0 731 38,5 680 37,3 623 34,6 653 34,6 593 33,0 592 36,0 517 32,4 518 27,3 522 28,7 502 27,9 507 26,9 468 26,1 410 24,9 388 24,3 200 10,5 175 9,6 206 11,4 193 10,2 209 11,6 169 10,3 193 12,1 56 3,0 48 2,6 40 2,2 60 3,2 55 3,1 43 2,6 42 2,6 12 0,6 16 0,9 13 0,7 11 0,6 12 0,7 11 0,7 12 0,8 1 0,1 4 0,2 5 0,3 10 0,5 4 0,2 5 0,3 7 0,4 1.870 98,5 1.794 98,5 1.782 99,0 1.872 99,2 1.778 99,1 1.630 99,1 1.584 99,3 1.898 100,0 1.821 100,0 1.800 100,0 1.887 100,0 1.795 100,0 1.644 100,0 1.595 100,0 11 1,1 5 0,6 8 0,9 8 1,0 7 0,9 7 1,1 8 1,3 8 0,8 6 0,7 3 0,3 3 0,4 6 0,8 1 0,2 1 0,2 7 0,7 4 0,4 2 0,2 6 0,7 1 0,1 1 0,2 26 2,5 15 1,7 13 1,5 17 2,1 14 1,9 8 1,2 10 1,6 19 1,9 15 1,7 14 1,6 8 1,0 19 2,6 11 1,7 12 2,0 182 17,7 176 19,8 169 19,4 135 16,6 137 18,4 105 16,0 101 16,6 368 35,8 315 35,4 322 36,9 279 34,3 238 32,0 185 28,1 184 30,3 291 28,3 223 25,1 224 25,7 221 27,1 193 25,9 212 32,2 190 31,3 94 9,2 106 11,9 92 10,6 111 13,6 112 15,1 93 14,1 88 14,5 42 4,1 31 3,5 29 3,3 33 4,1 24 3,2 38 5,8 16 2,6 3 0,3 6 0,7 7 0,8 7 0,9 7 0,9 4 0,6 6 1,0 2 0,2 2 0,2 2 0,2 3 0,4 2 0,3 1.001 97,5 874 98,3 859 98,5 797 97,9 730 98,1 650 98,8 597 98,4 1.027 100,0 889 100,0 872 100,0 814 100,0 744 100,0 658 100,0 607 100,0 2.925 2.710 2.672 2.701 2.539 2.302 2.202
Ano de diagnóstico
Tabela 2. Casos notificados de aids segundo faixa etária, sexo e ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 1980 a 2013*.
Total 2013 N % N % 1 0,2 856 1,4 196 0,3 83 0,1 1 0,2 1.135 1,9 7 1,4 902 1,5 135 27,1 14.848 24,5 164 32,9 24.715 40,7 116 23,2 13.134 21,7 55 11,0 4.320 7,1 19 3,8 1.188 2,0 2 0,4 275 0,5 142 0,2 498 99,8 59.524 98,1 499 100,0 60.659 100,0 2 1,2 895 3,8 4 2,4 219 0,9 66 0,3 6 3,7 1.180 5,0 4 2,4 470 2,0 23 14,0 6.412 27,2 48 29,3 8.327 35,4 56 34,1 4.701 20,0 20 12,2 1.774 7,5 4 2,4 555 2,4 3 1,8 99 0,4 27 0,1 158 96,3 22.365 95,0 164 100,0 23.545 100,0 663 84.204
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Ano de diagnóstico 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013*** Subtotal 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013*** Subtotal total
Sexo
Masculino
0 a 4 N TI 45 10,1 38 8,7 30 7,0 25 5,9 13 3,1 15 3,7 15 3,8 13 3,4 10 2,6 10 2,7 11 3,0 10 2,7 9 2,3 1 ... 245 54 12,5 50 11,8 35 8,4 40 9,8 14 3,5 13 3,3 11 2,9 5 1,3 8 2,2 8 2,2 7 2,0 7 2,0 8 2,2 2 ... 262 507
5 a 9 N TI 12 2,9 18 4,3 10 2,4 24 5,8 10 2,4 4 1,0 10 2,5 7 1,8 4 1,0 1 0,3 3 0,8 3 0,8 2 0,5 - ... 108 17 4,2 16 3,9 17 4,2 19 4,8 17 4,3 8 2,0 8 2,1 6 1,6 3 0,8 3 0,8 6 1,6 1 0,3 1 0,3 4 ... 126 234
10 a 12 N TI 1 0,4 1 0,4 4 1,5 4 1,5 3 1,1 6 2,3 3 1,1 7 2,7 4 1,5 4 1,5 3 1,1 1 0,4 - - - ... 41 3 1,2 4 1,5 3 1,2 6 2,3 5 1,9 3 1,2 7 2,7 4 1,6 2 0,8 6 2,3 1 0,4 - - 1 0,4 - ... 45 86
13 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 N TI N TI N TI N TI N TI N TI 23 3,4 494 51,8 1.099 135,5 583 93,0 183 47,1 46 19,8 36 5,4 484 50,3 1.015 123,4 579 90,7 172 42,7 52 21,7 21 3,2 410 42,3 998 119,8 548 84,5 211 50,5 61 24,7 27 4,2 394 40,4 973 115,4 606 91,9 178 41,1 54 21,3 25 3,9 332 33,8 773 90,6 487 72,7 184 41,1 43 16,5 12 1,9 334 33,8 748 86,7 538 79,1 186 40,1 36 13,4 15 2,4 337 34,0 731 83,9 518 75,1 200 41,7 56 20,2 19 3,1 330 33,1 680 77,3 522 74,7 175 35,3 48 16,9 21 3,4 372 37,2 623 70,2 502 70,9 206 40,3 40 13,7 21 3,5 417 41,5 653 72,9 507 70,7 193 36,5 60 19,9 15 2,5 422 41,8 593 65,6 468 64,4 209 38,3 55 17,8 27 4,5 373 37,6 592 64,5 410 55,6 169 30,3 43 13,3 27 4,5 398 40,8 517 55,5 388 51,9 193 33,9 42 12,4 7 ... 135 ... 164 ... 116 ... 55 ... 19 ... 296 5.232 10.159 6.772 2.514 655 21 3,0 333 32,8 471 53,1 236 32,6 84 21,6 24 7,8 27 4,0 347 33,9 481 53,4 248 33,7 88 21,8 20 6,3 20 3,0 341 33,1 491 53,8 268 35,9 76 18,2 26 7,9 17 2,6 300 29,0 428 46,3 259 34,2 88 20,3 26 7,7 19 2,9 210 20,2 370 39,6 218 28,3 88 19,6 21 6,0 24 3,7 233 22,3 401 42,4 271 34,8 101 21,8 22 6,1 19 3,0 182 17,4 368 38,5 291 36,9 94 19,6 42 11,4 15 2,4 176 16,8 315 32,6 223 27,9 106 21,4 31 8,1 14 2,3 169 16,1 322 33,0 224 27,7 92 18,0 29 7,4 8 1,3 135 12,8 279 28,3 221 27,0 111 21,0 33 8,2 19 3,2 137 13,0 238 23,9 193 23,3 112 20,5 24 5,8 11 1,9 105 10,2 185 18,4 212 25,3 93 16,7 38 8,8 12 2,0 101 10,0 184 18,0 190 22,5 88 15,4 16 3,5 4 ... 23 ... 48 ... 56 ... 20 ... 4 ... 230 2.792 4.581 3.110 1.241 356 526 8.024 14.740 9.882 3.755 1.011
70 e + N TI 4 2,5 16 9,5 6 3,5 15 8,4 14 7,5 12 6,3 12 6,1 16 7,8 13 6,1 11 5,0 12 5,3 11 4,8 12 5,1 2 ... 156 2 0,7 6 2,1 7 2,4 4 1,3 4 1,3 8 2,5 3 0,9 6 1,7 7 1,9 7 1,9 7 1,8 4 1,0 6 1,5 3 ... 74 230
Fonte: SINAN - CCD/COVISA, População - Fundação SEADE Notas: *Taxa de incidência por 100.000 habitantes-ano **Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão ***Não foi calculado a taxa de incidência para o ano de 2013, porque os dados são referentes até 30/06/2013
Feminino
Faixa etária (em anos)
Tabela 3. Casos notificados de aids e taxa de incidência (TI)*, segundo faixa etária, sexo e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 2000 a 2013**.
Ignorada/ em branco N N 2 2.492 3 2.414 2 2.301 3 2.303 1 1.885 3 1.894 1 1.898 4 1.821 5 1.800 10 1.887 4 1.795 5 1.644 7 1.595 - 499 50 26.228 - 1.245 - 1.287 1 1.285 - 1.187 - 966 2 1.086 2 1.027 2 889 2 872 3 814 - 744 2 658 - 607 - 164 14 12.831 64 39.059
22,8 23,4 23,1 21,2 17,1 19,0 17,9 15,4 15,0 13,9 12,6 11,1 10,1 ...
Total TI 50,2 48,1 45,5 45,2 36,8 36,7 36,5 34,8 34,2 35,7 33,7 30,7 29,6 ...
AIDS
25
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 4. Casos notificados de aids com 13 anos ou mais de idade segundo raça/cor, sexo e ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 2003 a 2013*. Sexo Ano de
Raça/cor
Branca Preta Parda Amarela Indígena diagnóstico
N
%
N
%
N
%
N
%
N
Total
Ignorada
/em branco %
N
%
N
%
2003
1.230
54,7
234
10,4
404
18,0
14
0,6
1
0,0
367
16,3 2.250 100,0
2004
1.066
57,3
209
11,2
366
19,7
17
0,9
1
0,1
200
10,8 1.859 100,0
2005
1.059
56,7
196
10,5
425
22,7
15
0,8
2
0,1
172
9,2 1.869 100,0
2006
1.088
58,2
210
11,2
400
21,4
12
0,6
5
0,3
155
8,3 1.870 100,0
Masculino
2007
1.034
57,6
203
11,3
421
23,5
18
1,0
4
0,2
114
6,4 1.794 100,0
2008
1.003
56,3
207
11,6
454
25,5
13
0,7
0
0,0
105
5,9 1.782 100,0
2009
1.075
57,4
197
10,5
508
27,1
11
0,6
4
0,2
77
4,1 1.872 100,0
2010
976
54,9
198
11,1
504
28,3
14
0,8
3
0,2
83
4,7 1.778 100,0
2011
881
54,0
153
9,4
510
31,3
20
1,2
3
0,2
63
3,9 1.630 100,0
2012
853
53,9
156
9,8
495
31,3
19
1,2
8
0,5
53
3,3 1.584 100,0
2013
241
48,4
50
10,0
172
34,5
9
1,8
1
0,2
25
5,0
10.506
55,9
2.013
10,7
4.659
24,8
162
0,9
32
0,2
1.414
Subtotal
2003
635
56,6
111
9,9
219
19,5
9
0,8
-
-
148
2004
514
55,3
119
12,8
208
22,4
2
0,2
-
-
87
498 100,0
7,5 18.786
100,0
13,2 1.122 100,0 9,4
930 100,0
2005
540
50,8
150
14,1
282
26,6
7
0,7
3
0,3
80
7,5 1.062 100,0
2006
547
54,6
105
10,5
267
26,7
4
0,4
1
0,1
77
7,7 1.001 100,0
2007
417
47,7
117
13,4
275
31,5
4
0,5
2
0,2
59
6,8
874 100,0
2008
428
49,8
120
14,0
263
30,6
4
0,5
1
0,1
43
5,0
859 100,0
Feminino
2009
399
50,1
99
12,4
268
33,6
5
0,6
1
0,1
25
3,1
797 100,0
2010
332
45,5
106
14,5
243
33,3
12
1,6
1
0,1
36
4,9
730 100,0
2011
270
41,5
93
14,3
254
39,1
10
1,5
1
0,2
22
3,4
650 100,0
2012
279
46,7
86
14,4
201
33,7
8
1,3
-
-
23
3,9
597 100,0
2013
Subtotal TOTAL
66
41,8
16
10,1
68
43,0
4
2,5
-
-
4
2,5
4.427
50,4
1.122
12,8
2.548
29,0
69
0,8
10
0,1
604
6,9
14.933
54,2
3.135
11,4
7.207
26,1
231
0,8
42
0,2
2.018
Fonte: SINAN - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
26
158 100,0 8.780
100,0
7,3 27.566 100,00
AIDS
Tabela 5. Casos notificados de aids com 19 anos ou mais de idade segundo escolaridade, sexo e ano do diagnóstico, Município de São Paulo, 1980 a 2013*.
Escolaridade (anos)
Sexo Ano de
Ignorada/ Nenhuma 1 a 3 4 a 7 8 a 11 12 e + diagnóstico Em branco
N
Masculino
1980 a 1989
46 1,1
N
%
N
%
N
%
499 11,6
N
%
743 17,3
N
%
%
178
4,1 1.040 24,2 11,5 9.649 33,3
2000
51 2,1
534
22,1
606 25,0
445 18,4
270 11,2
514 21,2
2.420 100,0
2001
45 1,9
440
18,8
590 25,3
522 22,3
226
9,7
513 22,0
2.336 100,0
2002
53 2,4
289
12,9
593 26,4
511 22,8
252 11,2
546 24,3
2.244 100,0
2003
37 1,7
208
9,3
568 25,5
602 27,0
283 12,7
533 23,9
2.231 100,0
2004
31 1,7
169
9,2
441 23,9
564 30,6
247 13,4
390 21,2
1.842 100,0
2005
28 1,5
145
7,8
493 26,5
526 28,3
271 14,6
398 21,4
1.861 100,0
2006
37 2,0
127
6,8
430 23,1
599 32,2
272 14,6
395 21,2
1.860 100,0
2007
15 0,8
93
5,2
393 22,1
667 37,5
273 15,4
337 19,0
1.778 100,0
2008
8 0,5
86
4,9
354 20,0
695 39,3
308 17,4
317 17,9
1.768 100,0
2009
11 0,6
82
4,4
350 18,8
793 42,6
323 17,3
303 16,3
1.862 100,0
2010
24 1,4
74
4,2
329 18,6
715 40,5
356 20,2
267 15,1
1.765 100,0
2011
12 0,7
93
5,8
289 17,9
711 44,1
292 18,1
217 13,4
1.614 100,0
2012
15 1,0
68
4,3
241 15,4
707 45,0
322 20,5
217 13,8
1.570 100,0
2013
6 1,2
21
4,3
67 13,6
231 46,8
93 18,8
76 15,4
494 100,0
4.677 16,1 3.399 11,7
1.795 41,7
N
1990 a 1999 483 1,7 3.327
Subtotal
4.301 100,0
7.452 25,7 28.987 100,0
902 1,5 5.934 10,1 16.433 27,9 13.464 22,8 7.930 13,5 14.270 24,2 58.933 100,0
1983 a 1989
Feminino
%
Total
12 3,0
41
10,2
125 31,0
38
9,4
26
6,5
161 40,0
403 100,0
1990 a 1999 320 3,4 1.938
20,6 3.250 34,5
1.222 13,0
420
4,5
2.273 24,1
9.423 100,0
2000
42 3,6
315
27,2
321 27,7
200 17,3
61
5,3
219 18,9
1.158 100,0
2001
42 3,5
284
23,7
344 28,7
203 16,9
60
5,0
265 22,1
1.198 100,0
2002
46 3,8
201
16,5
377 31,0
252 20,7
60
4,9
279 23,0
1.215 100,0
2003
38 3,4
155
14,0
341 30,7
273 24,6
67
6,0
235 21,2
1.109 100,0
2004
27 2,9
107
11,7
299 32,6
270 29,4
44
4,8
170 18,5
917 100,0
2005
37 3,5
92
8,8
321 30,7
332 31,8
86
8,2
177 16,9
1.045 100,0
2006
33 3,3
106
10,7
287 29,1
340 34,4
50
5,1
171 17,3
987 100,0
2007
9 1,0
56
6,5
257 29,8
312 36,2
51
5,9
176 20,4
861 100,0
2008
24 2,8
68
8,0
252 29,8
317 37,5
59
7,0
126 14,9
846 100,0
2009
14 1,8
63
8,0
216 27,3
313 39,6
59
7,5
125 15,8
790 100,0
2010
12 1,7
53
7,4
217 30,3
286 40,0
44
6,2
103 14,4
715 100,0
2011
13 2,0
55
8,6
198 30,8
239 37,2
38
5,9
99 15,4
642 100,0
2012
10 1,7
42
7,1
169 28,6
251 42,5
42
7,1
76 12,9
590 100,0
18
11,7
43 27,9
64 41,6
9
5,8
20 13,0
154 100,0
2013 Subtotal TOTAL
-
-
679 3,1 3.594 16,3 7.017 31,8 4.912 22,3 1.176
5,3 4.675 21,2 22.053 100,0
1.581 2,0 9.528 11,8 23.450 29,0 18.376 22,7 9.106 11,2 18.945 23,4 80.986 100,0
Fonte: SINAN - CCD/COVISA, População - Fundação SEADE *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
27
28
% N % - 1 100,0 - - - - - 66,7 - - - 44,0 7 28,0 2 56,3 16 22,5 3 50,9 58 21,7 16 53,7 68 16,7 33 46,2 116 13,6 83 39,4 182 13,1 153 32,4 201 11,1 262 27,8 232 8,7 378 24,8 281 8,9 547 22,4 298 8,0 848 19,3 235 6,2 989 17,4 248 6,4 1.005 15,0 213 5,4 1.170 16,4 194 4,5 1.381 16,2 288 6,5 1.714 14,7 329 7,0 1.767 13,5 284 6,8 1.716 13,1 230 6,4 1.542 13,5 228 6,4 1.481 14,7 220 6,3 1.559 14,7 229 6,8 1.520 16,3 196 7,0 1.282 14,2 183 6,2 1.496 17,4 194 6,8 1.322 18,0 169 6,3 1.269 20,7 152 5,8 1.324 23,3 171 6,4 1.273 25,8 132 5,3 1.190 27,4 129 5,7 983 28,3 126 5,8 956 29,9 32 4,9 278 19,6 5.642 6,9 29.542
Bissexual % - - - - - 1 8,0 3 4,2 6 6,0 22 8,1 58 9,7 170 11,0 340 14,4 572 14,2 955 17,4 1.121 22,7 1.216 26,2 1.055 26,0 934 29,5 881 32,0 849 38,4 777 37,4 681 41,1 546 42,8 446 41,4 360 44,7 272 45,1 311 46,0 197 51,0 192 46,0 199 47,6 146 50,1 143 47,7 115 47,4 127 43,1 121 43,8 82 42,4 25 36,1 12.923
N
Heterossexual N - - 33,3 12,0 8,5 8,2 14,3 19,9 24,4 31,4 36,0 35,6 32,6 27,9 24,2 22,2 19,7 17,4 14,4 13,1 12,4 10,1 7,8 9,2 7,1 6,6 6,9 5,5 5,4 4,3 5,1 5,3 3,8 3,8 15,8
% - - - - - 7 3 5 13 14 16 13 11 8 16 9 7 10 4 - 1 3 3 3 1 3 2 3 1 - - - - - 156
UDI**
- - 2 11 40 136 218 394 548 589 738 780 836 730 671 594 706 723 693 565 473 482 514 496 455 415 499 480 548 622 647 624 618 196 16.043
N
Homossexual
Hemofilia Transfusão sang./hemoder.*** N % N % - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2,6 3 1,1 - 0,7 4 1,0 - 0,6 10 1,2 - 0,9 13 0,9 - 0,8 15 0,8 - 0,6 29 1,1 - 0,4 35 1,1 - 0,3 40 1,1 - 0,2 40 1,1 - 0,4 27 0,7 - 0,2 42 1,1 - 0,2 27 0,6 - 0,2 7 0,2 1 0,1 3 0,1 - - 1 0,0 - 0,0 - - - 0,1 2 0,1 5 0,1 1 0,0 1 0,1 1 0,0 6 0,0 5 0,2 6 0,1 7 0,2 4 0,1 6 0,2 6 0,1 2 0,1 6 0,0 1 0,0 7 - 2 0,1 5 - - - 10 - - - 6 - - - 5 - - - 3 0,2 323 0,4 71
Categoria de Exposição Hierarquizada
Fonte: SINAN W/Net - CCD/COVISA. Notas: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão **UDI - Uso de drogas injetáveis ***Os casos com categoria de exposição “transfusão” investigados ou sob investigação seguem o algoritmo do Departamento de DST, Aids e Hepatites virais - MS
Ano de diagnóstico 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total N % - - - - - - - 2 - 6 - 25 - 22 - 75 - 143 - 166 - 305 - 369 - 486 - 719 - 957 - 1.062 - 1.150 0,0 943 - 1.248 - 1.067 - 913 0,1 1.013 0,0 917 0,2 806 0,2 647 0,1 631 0,2 643 0,2 593 0,3 465 0,2 481 0,4 402 0,3 417 0,2 394 0,5 122 0,1 17.189
N - - - 8,0 8,5 9,4 5,4 8,8 10,3 9,1 11,5 11,7 13,0 19,0 24,8 26,7 26,7 21,1 26,4 25,5 25,3 28,3 26,3 23,9 23,2 21,5 22,4 22,2 17,6 18,0 16,0 18,3 18,1 18,6 21,0
% 1 - 3 25 71 267 406 853 1.392 1.819 2.653 3.146 3.735 3.776 3.858 3.971 4.314 4.463 4.725 4.179 3.605 3.574 3.487 3.372 2.789 2.931 2.871 2.668 2.641 2.669 2.508 2.280 2.181 656 81.889
Transmissão Ignorada
N 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
TOTAL
Tabela 6. Casos notificados de aids com 13 anos ou mais de idade segundo categoria de exposição hierarquizada e ano do diagnóstico, Município de São Paulo, 1980 a 2013*.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
AIDS
Gráfico 2. Casos de aids com 13 anos ou mais de idade segundo principais categorias de exposição e ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 1982 a 2012*. 2.000 1.800 1.600
Nº de casos
1.400 1.200 1.000 800 600 400 200
1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
0
Ano de diagnóstico HSH
Hetero
UDI
Fonte: SINAN - CCD/COVISA, População - Fundação SEADE Nota: * Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
29
30 % - - 33,3 8,7 8,7 8,5 13,3 18,0 22,9 29,7 35,0 35,9 32,5 29,3 25,4 25,4 21,8 20,4 17,1 15,7 15,0 11,8 9,7 10,9 9,0 8,2 8,7 7,0 6,4 5,2 5,6 5,8 3,9 3,6 17,9
UDI**
% N - - - - - 1 4,3 2 2,9 6 3,9 22 6,4 52 7,4 142 7,7 290 10,7 481 10,1 813 12,2 961 15,5 995 17,9 873 17,3 774 17,7 760 19,8 685 23,4 629 22,7 543 26,2 440 29,2 365 27,3 278 30,2 220 31,2 246 30,6 168 35,9 154 29,6 162 33,2 126 34,7 114 32,9 97 33,2 99 29,6 95 30,8 61 31,7 18 23,3 10.672
Heterossexual
% N % N - 1 100,0 - - - - - 66,7 - - - 47,8 7 30,4 1 58,0 16 23,2 2 52,7 58 22,5 10 55,9 68 17,4 25 49,9 116 14,7 58 43,4 182 14,4 97 36,3 201 12,4 173 31,8 232 10,0 234 29,1 281 10,5 327 27,3 298 9,7 473 24,5 235 7,9 533 22,0 248 8,1 529 19,9 213 7,1 528 22,4 194 6,2 623 23,5 288 9,4 720 21,8 329 10,3 722 20,2 284 10,2 733 19,4 230 9,4 711 20,4 228 9,7 643 22,8 220 9,7 681 22,0 229 10,2 703 24,5 196 10,5 569 22,2 183 9,8 671 26,7 194 10,4 553 26,8 169 9,4 595 30,8 152 8,5 618 33,2 171 9,1 616 36,4 132 7,4 591 38,3 129 7,9 482 39,0 126 8,0 488 39,4 32 6,4 158 27,0 5.642 9,5 13.867
Bissexual N - - - - - 7 3 5 13 14 16 13 11 8 16 9 7 10 4 - 1 3 3 3 1 3 2 3 1 - - - - - 156
N - - - - - 2 3 6 9 10 19 19 24 21 18 27 15 2 1 - - 1 1 1 3 4 2 1 - 1 - - - - 190
% - - - - - 0,8 0,8 0,8 0,7 0,6 0,8 0,7 0,8 0,7 0,6 0,9 0,5 0,1 0,0 - - 0,0 0,0 0,0 0,2 0,2 0,1 0,1 - 0,1 - - - - 0,3
% - - - - - 2,7 0,8 0,6 1,0 0,9 0,7 0,5 0,4 0,3 0,5 0,3 0,2 0,3 0,1 - 0,0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 0,2 0,1 - - - - - 0,3
Hemofilia Transfusão sang./hemoder.***
N - - 2 11 40 136 218 394 548 589 738 780 836 730 671 594 706 723 693 565 473 482 514 496 455 415 499 480 548 622 647 624 618 196 16.043
Homossexual
Categoria de Exposição Hierarquizada
N - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 - - - 2 - 3 5 2 2 2 3 4 5 3 3 2 37
% N - - - - - - - 2 - 5 - 23 - 21 - 68 - 125 - 153 - 269 - 295 - 422 - 579 - 793 - 856 - 918 0,0 706 - 888 - 772 - 654 0,1 720 - 618 0,1 569 0,3 462 0,1 437 0,1 456 0,1 418 0,2 346 0,2 361 0,3 304 0,2 297 0,2 288 0,4 92 0,1 12.917
% - - - 8,7 7,2 8,9 5,4 8,6 9,9 9,4 11,6 11,0 13,8 19,4 26,0 28,7 29,2 22,9 27,9 27,6 26,9 30,5 27,4 25,3 24,9 23,4 24,4 23,3 19,4 19,3 17,1 18,2 18,2 18,5 21,7
Transmissão Ignorada
Fonte: SINAN W/Net - CCD/COVISA. Notas: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão. **Uso de drogas injetáveis. ***Os casos com categoria de exposição “transfusão” são investigados de acordo com o algoritmo do Departamento de DST, Aids e Hepatites virais - MS.
Ano de diagnóstico 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total N 1 - 3 23 69 258 390 789 1.264 1.621 2.321 2.676 3.059 2.979 3.049 2.987 3.148 3.079 3.180 2.794 2.434 2.357 2.257 2.250 1.859 1.869 1.870 1.794 1.782 1.872 1.778 1.630 1.584 498 59.524
100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
TOTAL
Tabela 7. Casos notificados de aids em homens com 13 anos ou mais de idade segundo categoria de exposição hierarquizada e ano do diagnóstico, Município de São Paulo, 1980 a 2013*. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
AIDS
Gráfico 3. Casos de aids em homens, com 13 anos ou mais de idade, segundo principais categorias de exposição e ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 1982 a 2012*. 1200
Nº de casos
1000 800 600 400 200
19 8 19 2 8 19 3 8 19 4 8 19 5 8 19 6 8 19 7 8 19 8 8 19 9 9 19 0 9 19 1 9 19 2 9 19 3 9 19 4 9 19 5 9 19 6 97 19 9 19 8 9 20 9 0 20 0 0 20 1 0 20 2 03 20 0 20 4 0 20 5 06 20 0 20 7 0 20 8 09 20 1 20 0 11 20 12
0
Ano de diagnóstico HSH
Hetero
UDI
Ign
Fonte: SINAN - CCD/COVISA, População - Fundação SEADE Nota: * Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
31
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 8. Casos de aids (N e %) em maiores de 13 anos de idade do sexo feminino, segundo categoria de exposição hierarquizada e época do diagnóstico. Município de São Paulo, 1980 a 2013*.
Ano de diagnóstico
Categoria de Exposição Hierarquizada
Heterossexual
Transfusão
UDI**
sang./hemoder.***
Transmissão Vertical
TOTAL Ignorada
N
%
N
%
N
%
N
%
N
1983
1
50,0
1
50,0
-
-
-
-
-
1984
1
50,0
-
-
-
-
-
-
1
%
N
%
-
2
100,0
50,0
2
100,0
1985
6
66,7
-
-
1
11,1
-
-
2
22,2
9
100,0
1986
8
50,0
6
37,5
1
6,3
-
-
1
6,3
16
100,0
1987
25
39,1
28
43,8
4
6,3
-
-
7
10,9
64
100,0
1988
56
43,8
50
39,1
4
3,1
-
-
18
14,1
128
100,0
1989
89
44,9
91
46,0
5
2,5
-
-
13
6,6
198
100,0
1990
144
43,4
142
42,8
10
3,0
-
-
36
10,8
332
100,0
1991
220
46,8
160
34,0
16
3,4
-
-
74
15,7
470
100,0
1992
375
55,5
221
32,7
16
2,4
-
-
64
9,5
676
100,0
1993
456
57,2
182
22,8
19
2,4
-
-
140
17,6
797
100,0
1994
476
58,8
160
19,8
9
1,1
-
-
164
20,3
809
100,0
1995
642
65,2
121
12,3
15
1,5
-
-
206
20,9
984
100,0
1996
758
65,0
164
14,1
12
1,0
-
-
232
19,9
1.166
100,0
1997
994
71,8
148
10,7
5
0,4
-
-
237
17,1
1.384
100,0
1998
1.045
67,6
138
8,9
2
0,1
-
-
360
23,3
1.545
100,0
1999
983
71,0
106
7,7
1
0,1
-
-
295
21,3
1.385
100,0
2000
831
71,0
81
6,9
-
-
-
-
259
22,1
1.171
100,0
2001
838
68,9
82
6,7
1
0,1
3
0,2
293
24,1
1.217
100,0
2002
878
71,4
52
4,2
-
-
1
0,1
299
24,3
1.230
100,0
2003
817
72,8
65
5,8
-
-
3
0,3
237
21,1
1.122
100,0
2004
713
76,7
29
3,1
2
0,2
1
0,1
185
19,9
930
100,0
2005
825
77,7
38
3,6
3
0,3
2
0,2
194
18,3
1.062
100,0
2006
769
76,8
37
3,7
4
0,4
4
0,4
187
18,7
1.001
100,0
2007
674
77,1
20
2,3
1
0,1
4
0,5
175
20,0
874
100,0
2008
706
82,2
29
3,4
1
0,1
4
0,5
119
13,9
859
100,0
2009
657
82,4
18
2,3
1
0,1
1
0,1
120
15,1
797
100,0
2010
599
82,1
28
3,8
-
-
5
0,7
98
13,4
730
100,0
2011
501
77,1
26
4,0
-
-
3
0,5
120
18,5
650
100,0
2012
468
78,4
21
3,5
-
-
2
0,3
106
17,8
597
100,0
2013 Total
120
75,9
7
4,4
-
-
1
0,6
30
19,0
158
15.675
70,1
2.251
10,1
133
0,6
34
0,2
4.272
19,1
22.365
Fonte: SINAN W/Net - CCD/COVISA. Notas: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão. **Uso de drogas injetáveis. ***Os casos com categoria de exposição “transfusão” investigados ou em investigação, seguem o algoritmo do Departamento de DST, Aids e Hepatites virais-MS
32
100,0
100,0
AIDS
Tabela 9. Casos notificados de aids em homens que fazem sexo com homens (HSH) segundo faixa etária e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980 a 2013**.
Faixa etária (em anos)
Ano de
diagnóstico
13 a 19
20 a 29
30 a 39 N
%
N
%
1980
-
-
-
-
1 100,0
-
-
-
-
-
-
-
-
1 100,0
1981
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1982
-
-
-
-
1
50,0
-
-
1
50,0
-
-
-
-
2 100,0
1983
-
-
7
38,9
7
38,9
3
16,7
1
5,6
-
-
-
-
18 100,0
1984
1
1,8
17
30,4
27
48,2
8
14,3
2
3,6
-
-
1
1,8
56 100,0
1985
5
2,6
56
28,9
77
39,7
45
23,2
9
4,6
-
-
2
1,0
194 100,0
1986
4
1,4
81
28,3
127
44,4
53
18,5
19
6,6
2
0,7
-
-
286 100,0
1987
1
0,2
135
26,5
222
43,5
111
21,8
27
5,3
12
2,4
2
0,4
510 100,0
1988
8
1,1
192
26,3
318
43,6
156
21,4
44
6,0
9
1,2
3
0,4
730 100,0
1989
3
0,4
208
26,3
355
44,9
154
19,5
49
6,2
21
2,7
-
-
790 100,0
1990
5
0,5
228
23,5
424
43,7
237
24,4
55
5,7
21
2,2
-
-
970 100,0
1991
7
0,7
237
22,3
496
46,7
220
20,7
73
6,9
26
2,5
2
0,2 1.061 100,0
1992
10
0,9
253
22,3
499
44,0
278
24,5
73
6,4
19
1,7
2
0,2 1.134 100,0
1993
7
0,7
203
21,0
436
45,2
237
24,6
66
6,8
15
1,6
1
0,1
965 100,0
1994
7
0,8
200
21,8
440
47,9
211
23,0
49
5,3
11
1,2
1
0,1
919 100,0
1995
2
0,2
185
22,9
371
46,0
189
23,4
45
5,6
15
1,9
-
-
807 100,0
1996
5
0,6
196
21,8
431
47,9
208
23,1
45
5,0
14
1,6
1
0,1
900 100,0
1997
3
0,3
247
24,4
500
49,5
198
19,6
48
4,7
15
1,5
-
1998
10
1,0
243
23,8
477
46,7
212
20,7
63
6,2
17
1,7
-
1999
6
0,7
232
27,3
392
46,2
157
18,5
46
5,4
15
1,8
1
2000
7
1,0
179
25,5
312
44,4
156
22,2
45
6,4
4
0,6
-
-
703 100,0
2001
13
1,8
178
25,1
315
44,4
155
21,8
37
5,2
12
1,7
-
-
710 100,0
2002
10
1,4
182
24,8
317
43,2
152
20,7
61
8,3
12
1,6
-
-
734 100,0
2003
10
1,4
188
25,9
313
43,2
162
22,3
40
5,5
12
1,7
-
-
725 100,0
2004
9
1,4
155
23,8
282
43,3
155
23,8
41
6,3
9
1,4
-
-
651 100,0
2005
3
0,5
168
28,1
229
38,3
151
25,3
40
6,7
7
1,2
-
-
598 100,0
2006
7
1,0
177
25,5
295
42,6
157
22,7
43
6,2
13
1,9
1
0,1
693 100,0
2007
9
1,4
176
27,1
263
40,5
162
25,0
31
4,8
8
1,2
-
-
649 100,0
2008
8
1,1
209
29,9
243
34,7
175
25,0
54
7,7
10
1,4
1
0,1
700 100,0
2009
9
1,1
245
30,9
299
37,7
181
22,8
41
5,2
15
1,9
3
0,4
793 100,0
2010
6
0,8
277
35,6
263
33,8
163
20,9
55
7,1
15
1,9
-
-
779 100,0
2011
17
2,3
251
33,3
303
40,2
132
17,5
42
5,6
5
0,7
3
0,4
753 100,0
2012
22
3,0
287
38,6
245
32,9
131
17,6
50
6,7
6
0,8
3
0,4
744 100,0
2013
4
1,8
89
39,0
86
37,7
36
15,8
10
4,4
3
1,3
-
-
228 100,0
21,9 1.305
6,0
343
1,6
27
218
1,0 5.681
26,2 9.366
N
43,2 4.745
%
Total
50 a 59 60 anos ou mais Ignorada
N
Total
%
40 a 49
N
%
N
%
N
%
N
% -
- 1.011 100,0 - 1.022 100,0 0,1
849 100,0
0,121.685 100,0
Fonte: SINAN - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
33
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 10. Casos notificados de aids em homens que fazem sexo com homens (HSH) segundo raça/cor e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 2003 a 2013*. Ano de Raça/cor diagnóstico 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total
Branca N 443 416 380 427 427 446 508 485 460 430 124
Preta
(%) 61,1 63,9 63,5 61,6 65,8 63,7 64,1 62,3 61,1 57,8 54,4
N 59 67 56 75 69 56 66 67 58 56 20
(%) 8,1 10,3 9,4 10,8 10,6 8,0 8,3 8,6 7,7 7,5 8,8
4.546 62,2
649
8,9
Parda Amarela Indígena Ignorada N 118 106 116 151 121 163 195 199 203 220 73
(%) 16,3 16,3 19,4 21,8 18,6 23,3 24,6 25,5 27,0 29,6 32,0
N 3 7 5 4 4 8 7 6 13 14 1
(%) 0,4 1,1 0,8 0,6 0,6 1,1 0,9 0,8 1,7 1,9 0,4
N - 1 - 4 2 - - 1 - 4 1
(%) - 0,2 - 0,6 0,3 - - 0,1 0,0 0,5 0,4
N 102 54 41 32 26 27 17 21 19 20 9
(%) 14,1 8,3 6,9 4,6 4,0 3,9 2,1 2,7 2,5 2,7 3,9
1.665 22,8
72
1,0
13
0,2
368
5,0
Fonte: SINAN - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
34
Total
N 725 651 598 693 649 700 793 779 753 744 228
(%) 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
7.313 100,0
AIDS
Tabela11. Casos notificados de aids em homens que fazem sexo com homens (HSH) segundo escolaridade e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980 a 2013*. Ano de diagnóstico
Escolaridade (em anos)
Nenhuma
1 a 3
4 a 7 N
8 a 11
%
12 e mais Ignorada
N
%
N
%
1980
-
-
-
-
1981
-
-
-
1982
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1983
-
-
2
11,1
2
11,1
2
11,1
4
-
-
-
N
%
N
%
N
1
100,0
-
-
-
-
-
-
-
%
N
-
Total %
1
100,0
-
-
-
-
-
2
100,0
2
100,0
22,2
8
44,4
18
100,0
1984
-
-
-
-
10
17,9
8
14,3
13
23,2
25
44,6
56
100,0
1985
2
1,0
1
0,5
21
10,8
10
5,2
39
20,1
121
62,4
194
100,0
1986
1
0,3
9
3,1
26
9,1
22
7,7
56
19,6
172
60,1
286
100,0
1987
6
1,2
4
0,8
93
18,2
63
12,4
107
21,0
237
46,5
510
100,0
1988
5
0,7
23
3,2
152
20,8
118
16,2
175
24,0
257
35,2
730
100,0
1989
10
1,3
33
4,2
211
26,7
127
16,1
175
22,2
234
29,6
790
100,0
1990
7
0,7
30
3,1
241
24,8
183
18,9
257
26,5
252
26,0
970
100,0
1991
5
0,5
44
4,1
265
25,0
202
19,0
275
25,9
270
25,4
1.061
100,0
1992
8
0,7
49
4,3
329
29,0
248
21,9
287
25,3
213
18,8
1.134
100,0
1993
12
1,2
50
5,2
280
29,0
232
24,0
231
23,9
160
16,6
965
100,0
1994
10
1,1
51
5,5
240
26,1
243
26,4
213
23,2
162
17,6
919
100,0
1995
10
1,2
64
7,9
214
26,5
208
25,8
170
21,1
141
17,5
807
100,0
1996
8
0,9
67
7,4
231
25,7
233
25,9
182
20,2
179
19,9
900
100,0
1997
10
1,0
113
11,2
291
28,8
277
27,4
179
17,7
141
13,9
1.011
100,0
1998
19
1,9
151
14,8
242
23,7
285
27,9
189
18,5
136
13,3
1.022
100,0
1999
4
0,5
166
19,6
164
19,3
225
26,5
172
20,3
118
13,9
849
100,0
2000
7
1,0
110
15,6
142
20,2
198
28,2
144
20,5
102
14,5
703
100,0
2001
12
1,7
90
12,7
164
23,1
231
32,5
128
18,0
85
12,0
710
100,0
2002
11
1,5
69
9,4
151
20,6
239
32,6
152
20,7
112
15,3
734
100,0
2003
7
1,0
38
5,2
147
20,3
261
36,0
171
23,6
101
13,9
725
100,0
2004
4
0,6
38
5,8
122
18,7
274
42,1
138
21,2
75
11,5
651
100,0
2005
2
0,3
28
4,7
104
17,4
234
39,1
148
24,7
82
13,7
598
100,0
2006
4
0,6
35
5,1
112
16,2
280
40,4
169
24,4
93
13,4
693
100,0
2007
1
0,2
18
2,8
71
10,9
312
48,1
176
27,1
71
10,9
649
100,0
2008
1
0,1
22
3,1
76
10,9
315
45,0
218
31,1
68
9,7
700
100,0
2009
1
0,1
12
1,5
81
10,2
374
47,2
235
29,6
90
11,3
793
100,0
2010
5
0,6
8
1,0
82
10,5
365
46,9
256
32,9
63
8,1
779
100,0
2011
1
0,1
17
2,3
62
8,2
394
52,3
226
30,0
53
7,0
753
100,0
2012
2
0,3
21
2,8
59
7,9
384
51,6
221
29,7
57
7,7
744
100,0
2013
-
-
6
2,6
20
8,8
117
51,3
68
29,8
17
7,5
228
100,0
175
0,8
1.369
6,3
4.405
20,3
6.665
30,7
5.174
23,9
3.897
18,0 21.685
100,0
Total
Fonte: SINAN - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
35
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Gráfico 4. Casos notificados de aids em homens que fazem sexo com homens (HSH) segundo escolaridade e período de diagnóstico. Município de São Paulo, 1980 a 2012*.
4000 3500
Nº de casos
3000 2500 2000 1500 1000 500 0
1980 a 1990
1991 a 2001
2002 a 2012
Período do diagnóstico 1a3
Nenhuma
4a7
8 a 11
12 e mais
Ignorada
Fonte: SINAN - CCD/COVISA, População - Fundação SEADE Nota: * Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
Tabela 12. Casos de aids segundo faixa etária e Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) de residência, Município de São Paulo, 1980 a 2013*. Coordenadoria
Faixa etária menor de 13 anos de idade
Regional de Saúde Centro-Oeste Leste Norte Sudeste Sul Ignorada Total
N 293 467 522 543 349 141
% 12,7 20,2 22,5 23,5 15,1 6,1
N 16.773 11.975 17.152 19.391 10.263 6.335
% 20,5 14,6 20,9 23,7 12,5 7,7
N 17.066 12.442 17.674 19.934 10.612 6.476
% 20,3 14,8 21,0 23,7 12,6 7,7
2.315
100,0
81.889
100,0
84.204
100,0
Fonte: SINAN - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
36
Total
com 13 anos ou mais de idade
AIDS
Tabela 13. Casos notificados de aids com 13 anos ou mais de idade segundo Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Supervisão Técnica de Saúde (STS) de residência e ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 1980 a 2013*. Ano de diagnóstico Coordenadoria Supervisão Técnica 1980-1989 1990-1999 2000-2010 de Saúde de Saúde N % N % N % Butantã 109 2,3 1.082 2,8 996 3,0 Centro-Oeste Lapa - Pinheiros 449 9,3 2.175 5,6 1.344 4,1 Sé 1.148 23,7 5.031 13,0 3.614 10,9 Subtotal 1.706 35,3 8.288 21,3 5.954 18,0 Cidade Tiradentes 16 0,3 321 0,8 453 1,4 Ermelino Matarazzo 39 0,8 646 1,7 521 1,6 Guaianases 61 1,3 757 2,0 635 1,9 Leste Itaim Paulista 32 0,7 653 1,7 767 2,3 Itaquera 132 2,7 1.514 3,9 1.228 3,7 São Mateus 46 1,0 778 2,0 764 2,3 São Miguel 80 1,7 962 2,5 840 2,5 Subtotal 406 8,4 5.631 14,5 5.208 15,7 Casa Verde - Cachoeirinha 191 3,9 1.599 4,1 1.119 3,4 Freguesia - Brasilândia 171 3,5 1.594 4,1 1.352 4,1 Norte Perus - Pirituba 101 2,1 1.399 3,6 1.326 4,0 Santana - Jaçanã 383 7,9 2.799 7,2 1.873 5,7 Vila Maria - Vila Guilherme 178 3,7 1.184 3,0 851 2,6 Subtotal 1.024 21,2 8.575 22,1 6.521 19,7 Mooca - Aricanduva 361 7,5 2.513 6,5 1.879 5,7 Ipiranga 145 3,0 1.244 3,2 1.177 3,6 Sudeste Penha 178 3,7 1.790 4,6 1.423 4,3 Vila Mariana - Jabaquara 369 7,6 2.045 5,3 1.648 5,0 Vila Prudente - Sapopemba 137 2,8 1.955 5,0 1.382 4,2 Subtotal 1.190 24,6 9.547 24,6 7.509 22,7 Campo Limpo 53 1,1 708 1,8 1.008 3,0 Cid Ademar - Sto Amaro 206 4,3 1.900 4,9 1.424 4,3 Sul M´Boi Mirim 33 0,7 627 1,6 1.105 3,3 Parelheiros 3 0,1 91 0,2 224 0,7 Capela do Socorro 64 1,3 818 2,1 1.109 3,3 Subtotal 359 7,4 4.144 10,7 4.870 14,7 Ignorada 152 3,1 2.635 6,8 3.053 9,2 Total Município de São Paulo 4.837 100,0 38.820 100,0 33.115 100,0
Total
2010-2013 N 181 194 450 825 84 60 104 88 194 142 58 730 188 240 216 280 108 1.032 289 184 196 267 209 1.145 205 236 226 34 189 890 495 5.117
% 3,5 3,8 8,8 16,1 1,6 1,2 2,0 1,7 3,8 2,8 1,1 14,3 3,7 4,7 4,2 5,5 2,1 20,2 5,6 3,6 3,8 5,2 4,1 22,4 4,0 4,6 4,4 0,7 3,7 17,4 9,7 100,0
N 2.368 4.162 10.243 16.773 874 1.266 1.557 1.540 3.068 1.730 1.940 11.975 3.097 3.357 3.042 5.335 2.321 17.152 5.042 2.750 3.587 4.329 3.683 19.391 1.974 3.766 1.991 352 2.180 10.263 6.335 81.889
% 2,9 5,1 12,5 20,5 1,1 1,5 1,9 1,9 3,7 2,1 2,4 14,6 3,8 4,1 3,7 6,5 2,8 20,9 6,2 3,4 4,4 5,3 4,5 23,7 2,4 4,6 2,4 0,4 2,7 12,5 7,7 100,0
Fonte: SINAN - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
Tabela 14. Casos de aids com 13 anos ou mais de idade segundo Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) de residência e categoria de exposição hierarquizada, Município de São Paulo, 1980 a 2013*. CRS
Categoria de exposição hierarquizada HSH**
Heterossexual
UDI***
Hemofilia
Transfusão
Transmissão
sangue
vertical
Total
Ignorada
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
Centro-Oeste
7.496
44,7
4.014
23,9
2.085
12,4
23
0,1
80
0,5
6
0,0
3.069
18,3
16.773 100,0
Leste
2.046
17,1
5.024
42,0
1.999
16,7
20
0,2
47
0,4
17
0,1
2.822
23,6
11.975 100,0
Norte
3.330
19,4
6.619
38,6
3.418
19,9
26
0,2
63
0,4
15
0,1
3.681
21,5
17.152 100,0
Sudeste
5.102
26,3
6.840
35,3
3.525
18,2
46
0,2
82
0,4
20
0,1
3.776
19,5
19.391 100,0
Sul
2.374
23,1
4.643
45,2
1.208
11,8
37
0,4
39
0,4
7
0,1
1.955
19,0
10.263 100,0
21,1
2.402
37,9
688
10,9
4
0,1
12
0,2
6
0,1
1.886
29,8
6.335 100,0
36,1 12.923
15,8
156
0,2
323
0,4
71
0,1 17.189
21,0
81.889 100,0
Ignorada Total
1.337 21.685
26,5 29.542
N
%
Fonte: SINAN W/Net - CCD/COVISA. Notas: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão. ** HSH - Homens que fazem sexo com homens ***UDI - Uso de drogas injetáveis
37
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Gráfico 5. Casos de aids com 13 anos ou mais de idade segundo principais categorias de exposição e Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) de residência, Município de São Paulo, 1980 a 2013*. 8000 7000
Nº de casos
6000 5000 4000 3000 2000 1000 0
Centro-Oeste
Leste HSH
Fonte: SINAN - CCD/COVISA, População - Fundação SEADE Nota: * Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
38
Norte CRS Hetero UDI
Sudeste Ign
Sul
AIDS
Tabela 15. Óbitos por aids* com 13 anos ou mais de idade e taxa de mortalidade (TM), por 100 mil habitantes-ano, segundo sexo e ano de ocorrência do óbito, Município de São Paulo, 1981 a 2012.
Sexo
Ano
do óbito
Total Feminino
Masculino N TM
N TM
N TM
1981
1
0,0
-
-
1
0,0
1982
1
0,0
-
-
1
0,0
1983
12
0,3
-
-
12
0,1
1984
41
0,9
-
-
41
0,5
1985
144
3,3
3
0,1
147
1,6
1986
210
4,8
6
0,1
216
2,4
1987
407
9,1
32
0,7
439
4,8
1988
799
17,7
81
1,7
880
9,4
1989
1.181
25,9
131
2,7
1.312
13,9
1990
1.655
36,0
223
4,5
1.878
19,7
1991
1.940
41,8
343
6,9
2.283
23,8
1992
2.101
45,0
395
7,9
2.496
25,8
1993
2.332
49,6
560
11,0
2.892
29,6
1994
2.488
52,5
584
11,4
3.072
31,1
1995
2.393
50,1
710
13,7
3.103
31,2
1996
2.051
42,6
721
13,8
2.772
27,6
1997
1.356
28,0
584
11,1
1.940
19,1
1998
1.098
22,5
451
8,4
1.549
15,1
1999
977
19,8
394
7,3
1.371
13,3
2000
920
18,5
386
7,1
1.306
12,5
2001
822
16,4
395
7,2
1.217
11,6
2002
786
15,6
372
6,7
1.158
10,9
2003
751
14,8
367
6,5
1.118
10,5
2004
701
13,7
317
5,6
1.018
9,4
2005
680
13,2
300
5,3
980
9,0
2006
705
13,6
335
5,8
1.040
9,5
2007
644
12,3
299
5,2
943
8,6
2008
697
13,2
329
5,6
1.026
9,2
2009
681
12,9
336
5,7
1.017
9,1
2010¹
623
11,7
307
5,2
930
8,3
2011
608
11,3
266
4,5
874
7,7
2012
552
10,2
227
3,8
779
6,8
Total
30.357
9.454
39.811
Fonte: SIM PRO-AIM/CEInfo SMS PMSP e Fundação SEADE Notas: *Óbitos por aids = causa básica aids ¹Não incluído um caso com sexo ignorado no total do ano de 2010
39
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Gráfico 6. Taxa de mortalidade (TM) por aids*, por 100 mil habitantes-ano, segundo sexo e ano de ocorrência do óbito, Município de São Paulo, 1981 a 2012**. 60,0
TM (por 100 mil habitantes-ano)
50,0
40,0
30,0
20,0
0,0
1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
10,0
Ano de diagnóstico Masculino
Fonte: SIM PRO-AIM/CEInfo SMS PMSP e Fundação SEADE Notas: *Óbitos por aids = causa básica aids ** Dados preliminares, sujeitos a revisão ¹Não incluído um caso com sexo ignorado no total do ano de 2010
40
Feminino
Total
AIDS
Tabela 16. Casos de aids com 13 anos ou mais de idade, óbitos reportados ao ano do diagnóstico de aids, taxa de letalidade por aids (TL), óbitos por ano de ocorrência e estimativa do número de pessoas vivendo com aids, segundo ano de diagnóstico, município de São Paulo, 1980 a 2013*.
Ano de
Casos AIDS
Óbitos reportados ao ano de diagnóstico de AIDS
de diagnóstico
N
N TL (%)
1980
1
1
1981
-
Óbitos por ano de
Pessoas vivendo com
ocorrência AIDS N
N
100,0
-
1
-
1
-
1982
3
3
100,0
1
2
1983
25
23
92,0
12
15
1984
71
60
84,5
40
46
1985
267
228
85,4
146
167
1986
406
330
81,3
215
358
1987
853
706
82,8
425
786
1988
1.392
1.209
86,9
860
1.318
1989
1.819
1.581
86,9
1.275
1.862
1990
2.653
2.270
85,6
1.830
2.685
1991
3.146
2.694
85,6
2.225
3.606
1992
3.735
3.064
82,0
2.425
4.916
1993
3.776
3.085
81,7
2.830
5.862
1994
3.858
3.049
79,0
3.002
6.718
1995
3.971
2.992
75,3
3.030
7.659
1996
4.314
2.779
64,4
3.004
8.969
1997
4.463
2.459
55,1
2.096
11.336
1998
4.725
2.189
46,3
1.752
14.309
1999
4.179
1.852
44,3
1.623
16.865
2000
3.605
1.560
43,3
1.556
18.914
2001
3.574
1.366
38,2
1.366
21.122
2002
3.487
1.235
35,4
1.308
23.301
2003
3.372
1.042
30,9
1.166
25.507
2004
2.789
842
30,2
1.087
27.209
2005
2.931
835
28,5
1.055
29.085
2006
2.871
790
27,5
1.130
30.826
2007
2.668
690
25,9
1.059
32.435
2008
2.641
646
24,5
1.081
33.995
2009
2.669
616
23,1
1.060
35.604
2010
2.508
539
21,5
1.014
37.098
2011
2.280
451
19,8
932
38.446
2012
2.181
295
13,5
745
39.882
2013
656
47
7,2
177
40.361
81.889
41.528
50,7
41.528
Total
Fonte: Sinan W/Net - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
41
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Gráfico 7. Casos de aids com 13 anos ou mais de idade, óbitos por ano de ocorrência e estimativa de pessoas vivendo com aids, segundo ano do diagnóstico, Município de São Paulo, 1980 a 2013* 45.000 40.361 pessoas vivendo
40.000
com AIDS até 30/06/2013
35.000
Nº de casos
30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000
Ano do diagnóstico Casos AIDS Fonte: SINAN - CCD/COVISA, População - Fundação SEADE * Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
42
Óbitos
Pessoas vivendo com AIDS
12 20
10 20
08 20
06 20
04 20
02 20
00 20
98 19
96 19
94 19
92 19
90 19
88 19
86 19
84 19
82 19
19
80
0
AIDS
Tabela 17. Coeficiente de anos potenciais de vida perdidos (APVP)* até 70 anos segundo Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Supervisão Técnica de Saúde (STS) de residência e ano do óbito, Município de São Paulo, 2006 a 2012. CRS/STS de residência Ano do óbito 2006 2007 2008 2009 Centro-Oeste 268 231 249 246 Butantã 147 149 115 233 Lapa/Pinheiros 139 115 142 112 Sé 573 474 534 443 Leste 280 250 314 298 Cidade Tiradentes 297 182 460 285 Ermelino Matarazzo 266 300 295 164 São Miguel 289 253 241 334 Guaianases 346 198 291 322 Itaim Paulista 252 289 316 401 Itaquera 318 215 343 269 São Mateus 203 296 289 266 Norte 312 320 293 332 Casa Verde/Cachoeirinha 493 422 335 423 Freguesia/Brasilândia 261 321 322 385 Pirituba/Perus 314 326 237 341 Santana/Jaçanã 279 255 299 274 Vila Maria/Vila Guilherme 252 331 306 268 Sudeste 284 250 259 243 Ipiranga 322 193 203 222 Mooca/Aricanduva 267 270 255 276 Penha 383 354 349 301 Vila Mariana/Jabaquara 186 218 213 153 Vila Prudente/Sapopemba 283 216 279 266 Sul 219 169 186 152 Campo Limpo 186 144 133 137 Capela do Socorro 258 176 198 161 M’Boi Mirim 208 187 251 192 Parelheiros 164 175 85 161 Santo Amaro/Cidade Ademar 235 168 189 122 Total 284 252 271 268
2010 217 126 126 434 263 218 281 263 210 252 296 282 251 273 320 180 229 322 218 143 253 247 174 263 184 154 155 184 133 250 237
2011 216 169 106 411 236 202 316 191 245 264 313 128 243 331 319 200 199 223 192 144 234 247 121 213 136 130 136 153 137 127 211
2012 179 99 131 325 251 362 156 245 325 300 259 145 200 262 225 165 205 160 143 172 101 206 139 111 132 134 136 149 127 111 183
Fonte: SIM PRO-AIM/CEInfo SMS PMSP e Fundação SEADE Nota: *APVP - por 100.000 habitantes-ano até 70 anos Fonte: SINAN - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
Tabela 18. Casos e óbitos* de aids em crianças e adultos, taxa de incidência** (TI) e taxa de mortalidade** (TM), segundo raça/cor e sexo, Município de São Paulo, 2010***.
Sexo
Raça/cor
Masculino casos TI
óbitos TM
Total
Feminino casos TI
óbitos TM
casos TI
óbitos TM
Branca
986
31,1
394
12,4
339
9,3
163
4,5
1.325
19,4
557
8,2
Preta
198
54,4
88
24,2
107
28,8
42
11,3
305
41,4
130
17,7
Parda
510
30,6
171
10,2
248
14,1
104
5,9
758
22,1
275
8,0
14
12,1
4
3,5
12
9,2
2
1,5
26
10,6
6
2,4
Indígena
3
48,4
-
-
1
14,8
1
14,8
4
30,8
1
7,7
Ignorada
84
...
43
...
37
...
9
...
121
...
52
...
1.795
33,7
700
13,1
744
12,6
321
5,4
2.539
22,6
1.021
9,1
Amarela
Total
Fonte: Sinan W/Net - CCD/COVISA, PRO-Aim/Ceinfo, População IBGE - Censo 2010 Notas: * Óbitos de aids - considerado todos os óbitos dos casos de aids, inclusive aqueles em que a causa básica não foi aids **Taxa de incidência e de mortalidade por 100.000 habitantes-ano. ***Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
43
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Quadro 1. Principais causas de morte, em ambos os sexos, nos anos de 1996, 2011 e 2012. Município de São Paulo.
1996 2011 2012 Posição 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º
Causas de morte Doenças isquêmicas coração D. cerebrovasculares Homicídios Pneumonias Aids Bronquite, enfisema, asma Diabetes mellitus Acid trânsito e transporte terrestres Insuficiencia cardiaca D. hipertensivas CA pulmão Miocardiopatias CA estômago CA mama Mal definidas Fibrose e cirrose hepática (exceto alcóol.) Tuberculose Insuficiência renal Quedas acidentais CA colon CA próstata Demais causas perinatais
N 8.316 5.627 4.855 3.548 2.772 2.542 2.083 1.846 1.721 1.528 1.181 1.148 978 906 887 752 648 621 593 581 570 563
Causas de morte Doenças isquêmicas coração D. cerebrovasculares Pneumonias Bronquite, enfisema, asma Diabetes mellitus D. hipertensivas CA pulmão Acid trânsito e transporte terrestres Homicídios CA mama D. Alzheimer Insuficiencia cardiaca CA colon Mal definidas D. circulacao pulmonar Infecção do trato urinário n/ espec Aneurisma e dissecção aorta CA estômago Miocardiopatias Aids Quedas acidentais Demais acidentes
N 8.833 5.821 5.317 2.622 2.581 2.261 1.747 1.534 1.392 1.276 1.211 1.177 1.071 1.051 1.048 989 978 974 957 874 845 813
Causas de morte Doenças isquêmicas coração D. cerebrovasculares Pneumonias Bronquite, enfisema, asma Diabetes mellitus D. hipertensivas CA pulmão Lesões intenc indeterminada Mal definidas Homicídios Acid trânsito e transporte terrestres CA mama D. Alzheimer Infecção do trato urinário n/ espec D. circulacao pulmonar CA colon Insuficiencia cardiaca CA estômago Aneurisma e dissecção aorta Miocardiopatias CA pâncreas Aids
Fonte: SIM PRO-AIM/CEInfo SMS PMSP
Quadro 2. Principais causas de morte, segundo sexo, nos anos de 1996, 2011 e 2012. Município de São Paulo. Posição 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º 26º 27º
44
1996 Masculino Causas de morte Doenças isquêmicas coração Homicídios D. cerebrovasculares Aids Pneumonias Bronquite, enfisema, asma Acid trânsito e transporte terrestres Diabetes mellitus CA pulmão Insuficiencia cardiaca D. hipertensivas CA estômago Miocardiopatias Fibrose e cirrose hepática (exceto alcoól.) Mal definidas CA próstata Doença alcoólica do fígado Tuberculose Alcoolismo Quedas acidentais Demais acidentes Lesões intenc indeterminada Suicídios Aneurisma e dissecção aorta Insuficiência renal D. membrana hialina Demais causas perinatais
N 4.729 4.495 2.839 2.051 1.912 1.494 1.443 864 840 685 677 627 600 579 574 570 485 478 457 447 391 387 378 361 342 311 308
Feminino Causas de morte Doenças isquêmicas coração D. cerebrovasculares Pneumonias Diabetes mellitus Bronquite, enfisema, asma Insuficiencia cardiaca CA mama D. hipertensivas Aids Miocardiopatias Acid trânsito e transporte terrestres Homicídios CA estômago CA colon CA pulmão D. circulacao pulmonar Mal definidas Insuficiência renal CA colo de útero Demais causas perinatais Outras afec. Respiratórias RN D. Membrana hialina CA ovário Outras doenças pulmão Septicemia Fibrose e cirrose hepática (exceto alcóol.) Anomalias congenitas coracao e circ
N 3.587 2.788 1.635 1.218 1.048 1.036 901 851 721 548 399 357 351 341 341 319 311 279 257 237 228 215 211 205 185 173 171
N 8.658 5.593 5.270 2.538 2.314 1.898 1.743 1.514 1.487 1.424 1.399 1.269 1.246 1.110 1.103 1.092 1.059 1.028 958 891 790 779
AIDS
Posição 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º 26º 27º
2011 Masculino Causas de morte Doenças isquêmicas coração D. cerebrovasculares Pneumonias Bronquite, enfisema, asma Homicídios Acid trânsito e transporte terrestres Diabetes mellitus CA pulmão D. hipertensivas CA próstata Doença alcoólica do fígado Mal definidas Lesões intenc indeterminada Aids CA estômago Miocardiopatias Demais acidentes Quedas acidentais Aneurisma e dissecção aorta CA colon Insuficiencia cardiaca D. circulacao pulmonar Suicídios D. Alzheimer CA fígado CA pâncreas CA esôfago
Posição 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º 26º 27º
N 4.844 2.805 2.602 1.434 1.268 1.234 1.233 1.009 1.005 732 725 690 642 608 583 561 555 546 541 505 481 435 409 380 371 371 359
Feminino Causas de morte Doenças isquêmicas coração D. cerebrovasculares Pneumonias Diabetes mellitus CA mama D. hipertensivas Bronquite, enfisema, asma D. Alzheimer CA pulmão Insuficiencia cardiaca Infecção do trato urinário n/ espec D. circulacao pulmonar CA colon Demência Aneurisma e dissecção aorta CA pâncreas Miocardiopatias CA estômago Mal definidas Acid trânsito e transporte terrestres Quedas acidentais CA ovário Aids CA fígado Demais acidentes CA colo de utero CA reto, JRS, ânus
N 3.988 3.016 2.713 1.348 1.270 1.256 1.188 831 738 696 661 613 566 480 437 412 396 391 360 300 299 272 266 263 258 256 247
2012 Masculino Causas de morte Doenças isquêmicas coração D. cerebrovasculares Pneumonias Bronquite, enfisema, asma Homicídios Lesões intenc indeterminada Acid trânsito e transporte terrestres Diabetes mellitus CA pulmão Mal definidas D. hipertensivas CA próstata Doença alcoólica do fígado CA estômago Aneurisma e dissecção aorta Aids Miocardiopatias CA colon Demais acidentes D. circulacao pulmonar Insuficiencia cardiaca Quedas acidentais CA pâncreas D. Alzheimer CA esôfago Infecção do trato urinário n/ espec Fibrose e cirrose hepática (exceto alcóol.)
N 4.803 2.738 2.621 1.395 1.305 1.244 1.107 1.045 994 994 842 765 638 627 560 552 525 493 493 441 436 403 384 382 371 362 334
Feminino Causas de morte Doenças isquêmicas coração D. cerebrovasculares Pneumonias Diabetes mellitus CA mama Bronquite, enfisema, asma D. hipertensivas D. Alzheimer CA pulmão Infecção do trato urinário n/ espec D. circulacao pulmonar Insuficiencia cardiaca CA colon Mal definidas Demência CA pâncreas CA estômago Aneurisma e dissecção aorta Miocardiopatias Acid trânsito e transporte terrestres CA ovário Lesões intenc indeterminada CA colo de utero CA reto, JRS, ânus CA encéfalo CA fígado Aids
N 3.854 2.855 2.649 1.269 1.262 1.143 1.056 864 749 748 662 623 599 492 470 406 401 398 366 290 284 270 269 267 256 252 227
Fonte: SIM PRO-AIM/CEInfo SMS PMSP
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 19. Posição da aids entre os óbitos gerais de residentes no município de São Paulo, segundo lista condensada de causas de morte, por faixa etária e sexo. Município de São Paulo, 1996, 2002 e 2011. Faixa etária <13 anos 13 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 44 anos 45 a 54 anos 55 a 59 anos 60 a 64 anos 65 anos e mais Total
Sexo 1996 13° 12° 2° 1° 5° 18° 28° 52° 4°
Homens 2002 25° 13° 3° 3° 7° 21° 34° 55° 13°
2011 39° 20° 5° 4° 7° 21° 31° 54° 22°
1996 12° 9° 1° 1° 9° 40° 37° 61° 11°
Mulheres 2002 15° 16° 1° 2° 15° 25° 31° 57° 18°
Total 2011 37° 15° 1° 3° 10° 26° 35° 17° 29°
1996 13° 12° 2° 1° 5° 22° 33° 59° 6°
2002 22° 13° 2° 2° 11° 20° 36° 59° 17°
2011 39° 17° 5° 1° 6° 24° 30° 59° 25°
Fonte: SIM PRO-AIM/CEInfo SMS PMSP
Quadro 3. Principais causas de morte de residentes no município de São Paulo, segundo lista condensada da Classificação Internacional de Doenças, 10ª revisão (CID 10*), faixa etária e sexo. Município de São Paulo, 2012.
25 a 34 anos Posição Masculino Feminino Causas de Morte N Causas de Morte 1º Agressões 391 Sintomas, sinais e achados anormais de exames clín 2º Todas as outras causas externas 293 Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV] 3º Acidentes de transporte 270 Todas as outras causas externas 4º Sintomas, sinais e achados anormais de exames clín 142 Restante de neoplasias malignas 5º Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV] 93 Acidentes de transporte 6º Lesões autoprovocadas voluntariamente 93 Neoplasia maligna da mama 7º Pneumonia 68 Outras doenças cardíacas 8º Outras doenças cardíacas 52 Doenças cerebrovasculares 9º Doenças isquêmicas do coração 51 Agressões 10º Restante de neoplasias malignas 46 Neoplasia maligna do colo do útero 11º Restante das doenças do sistema nervoso 40 Restante das doenças do sistema nervoso 12º Restante de doença do aparelho respiratório 40 Pneumonia 13º Restante das doenças do aparelho digestivo 35 Lesões autoprovocadas voluntariamente 14º Doenças do fígado 34 Restante das doenças do aparelho digestivo
N 48 43 42 39 37 36 34 30 26 20 20 20 20 19
35 a 44 anos Posição Masculino Feminino Causas de Morte N Causas de Morte 1º Todas as outras causas externas 273 Neoplasia maligna da mama 2º Agressões 249 Doenças cerebrovasculares 3º Doenças isquêmicas do coração 188 Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV] 4º Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV] 187 Doenças isquêmicas do coração 5º Doenças do fígado 182 Outras doenças cardíacas 6º Acidentes de transporte 181 Restante de neoplasias malignas 7º Sintomas, sinais e achados anormais de exames clín 133 Todas as outras causas externas 8º Outras doenças cardíacas 122 Pneumonia 9º Pneumonia 120 Sintomas, sinais e achados anormais de exames clín 10º Doenças cerebrovasculares 116 Acidentes de transporte 11º Lesões autoprovocadas voluntariamente 71 Restante das doenças do aparelho digestivo 12º Restante das doenças do aparelho digestivo 60 Neoplasia maligna do colo do útero 13º Quedas 50 Doenças do fígado 14º Doenças hipertensivas 48 Doenças hipertensivas
46
N 114 105 88 85 76 47 39 38 37 37 36 31 27 26
AIDS
45 a 54 anos Posição 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º
Masculino Causas de Morte Doenças isquêmicas do coração Doenças do fígado Doenças cerebrovasculares Pneumonia Outras doenças cardíacas Todas as outras causas externas Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV] Sintomas, sinais e achados anormais de exames clín Acidentes de transporte Restante das doenças do aparelho digestivo Restante de neoplasias malignas Doenças hipertensivas Neoplasia maligna do lábio, cavidade oral e faring Agressões
N 588 356 270 244 239 196 172 144 135 133 124 105 99 98
Feminino Causas de Morte Neoplasia maligna da mama Doenças cerebrovasculares Doenças isquêmicas do coração Outras doenças cardíacas Restante de neoplasias malignas Neoplasia maligna de cólon, reto e ânus Pneumonia Restante das doenças do aparelho digestivo Diabetes mellitus Neoplasia maligna da traquéia, dos brônquios e dos Doenças do fígado Neoplasia maligna do colo do útero Doenças hipertensivas Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]
N 251 225 223 130 106 97 90 78 77 76 66 62 62 58
Fonte: SIM PRO-AIM/CEInfo SMS PMSP Nota: * CID 10 - Clasificação Internacional de Doenças 10ª Revisão
Tabela 20. Óbitos por aids, total de óbitos e mortalidade proporcional segundo raça/cor. Município de São Paulo, 2012. Raça/Cor Óbitos por aids Total de óbitos Mortalidade Proporcional Branca 394 49.052 0,8 Preta 92 4.466 2,1 Amarela - 1.607 Parda 245 13.205 1,9 Indígena 2 51 3,9 Não informado 46 2.458 1,9 Total 779 70.839 1,1 Fonte: SIM - PRO-AIM/CEInfo/SMS/PMSP
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 21. Óbitos por aids segundo Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Supervisão Técnica de Saúde (STS) de residência e ano do óbito, Município de São Paulo - 2000 a 2012. Ano do óbito CRS e STS de residência 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 N N N N N N N N N N N N N Centro-Oeste 214 169 164 160 145 162 132 124 129 123 119 108 97 Butantã 46 26 29 29 37 36 20 23 17 34 21 27 15 Lapa - Pinheiros 59 48 42 40 35 29 32 27 31 24 30 23 28 Sé 109 95 93 91 73 97 80 74 81 65 68 58 54 Leste 268 246 252 242 220 212 229 192 249 243 217 213 210 Cidade Tiradentes 16 15 28 22 23 21 23 12 32 23 18 19 28 Ermelino Matarazzo 28 30 22 20 26 17 18 23 18 11 20 28 13 São Miguel 58 43 41 40 30 36 39 27 33 44 31 27 31 Guaianases 31 35 38 31 24 27 32 20 28 27 22 24 30 Itaim Paulista 35 30 31 37 33 24 32 34 41 51 33 32 39 Itaquera 64 53 52 52 44 45 57 40 55 50 53 60 48 São Mateus 36 40 40 40 40 42 28 36 42 37 40 23 21 Norte 278 303 249 275 214 220 229 231 226 252 191 199 162 Casa Verde - Cachoeirinha 53 49 62 52 43 37 49 45 33 44 32 42 27 Freguesia - Brasilândia 58 72 52 51 47 43 37 45 48 57 45 47 34 Pirituba - Perus 44 69 45 61 45 55 60 59 48 67 35 41 37 Santana - Jaçanã 80 68 58 76 61 56 55 50 66 55 48 46 47 Vila Maria - Vila Guilherme 43 45 32 35 18 29 28 32 31 29 31 23 17 Sudeste 307 286 295 264 261 222 248 225 230 228 210 184 136 Ipiranga 45 42 60 52 49 39 45 30 30 37 28 28 26 Mooca - Aricanduva 78 72 65 66 64 47 53 55 54 62 57 51 23 Penha 61 62 64 50 58 55 61 58 55 49 42 40 37 Vila Mariana - Jabaquara 51 42 45 46 40 34 38 42 39 30 35 25 29 Vila Prudente - Sapopemba 72 68 61 50 50 47 51 40 52 50 48 40 21 Sul 203 177 168 161 152 141 171 144 159 133 165 128 124 Campo Limpo 45 32 36 39 32 21 33 28 25 29 35 27 28 Capela do Socorro 34 37 40 37 33 32 48 35 43 30 31 28 31 M’Boi Mirim 52 52 40 42 43 35 35 36 47 39 38 33 32 Parelheiros 7 6 7 4 7 8 6 9 3 8 7 9 8 Santo Amaro - Cidade Ademar 65 50 45 39 37 45 49 36 41 27 54 31 25 Ignorado 36 36 30 16 26 23 31 27 33 38 29 42 50 Total
1.306 1.217 1.158 1.118 1.018
980 1.040
943 1.026 1.017
931
874
779
Fonte: SIM - PRO-AIM/CEInfo / SMS Notas: 1. 2012 - dados preliminares, sujeitos a revisão. 2. 2000 a 2005 apenas óbitos de residentes e ocorridos. 2006 em diante, óbitos de residentes (inclui dados retroalimentados- óbitos de residentes, ocorridos em outros municípios)
48
AIDS
Tabela 22. Taxa de mortalidade* (TM) por aids segundo Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e Supervisão Técnica de Saúde (STS) de residência e ano do óbito, Município de São Paulo, 2000 a 2012. Ano do óbito CRS e STS de residência 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 TM TM TM TM TM TM TM TM TM TM TM TM TM Centro-Oeste 16,5 12,9 12,3 11,9 10,7 11,8 9,5 8,8 9,1 8,5 8,2 7,3 6,6 Butantã 12,2 6,8 7,5 7,4 9,3 8,9 4,9 5,6 4,1 8,0 4,9 6,2 3,4 Lapa - Pinheiros 10,8 8,7 7,6 7,2 6,2 5,1 5,6 4,7 5,3 4,1 5,0 3,8 4,7 Sé 29,1 25,0 24,1 23,2 18,4 24,1 19,6 17,9 19,3 15,3 15,8 13,3 12,3 Leste 11,8 10,8 11,0 10,5 9,5 9,1 9,8 8,2 10,6 10,3 9,1 8,9 8,7 Cidade Tiradentes 8,4 7,8 14,4 11,2 11,6 10,5 11,3 5,9 15,5 11,0 8,5 8,9 13,0 Ermelino Matarazzo 13,2 14,6 10,7 9,7 12,6 8,2 8,7 11,1 8,7 5,3 9,6 13,5 6,3 São Miguel 15,3 11,4 10,8 10,6 8,0 9,6 10,4 7,2 8,9 11,9 8,4 7,3 8,4 Guaianases 12,1 13,6 14,7 11,9 9,2 10,3 12,1 7,5 10,5 10,1 8,2 8,9 11,1 Itaim Paulista 9,8 8,3 8,5 10,1 9,0 6,5 8,7 9,2 11,1 13,7 8,8 8,5 10,4 Itaquera 13,1 10,7 10,5 10,4 8,7 8,9 11,2 7,8 10,6 9,6 10,1 11,4 9,1 São Mateus 9,5 10,4 10,2 10,1 10,0 10,4 6,8 8,7 10,1 8,8 9,4 5,3 4,8 Norte 13,3 14,4 11,7 12,9 10,0 10,2 10,6 10,6 10,3 11,4 8,6 8,9 7,3 Casa Verde - Cachoeirinha 16,9 15,6 19,8 16,6 13,8 11,9 15,7 14,5 10,6 14,2 10,3 13,6 8,7 Freguesia - Brasilândia 14,8 18,2 13,1 12,8 11,7 10,7 9,2 11,1 11,9 14,0 11,1 11,5 8,3 Pirituba - Perus 8,8 13,6 8,7 11,6 8,4 10,1 10,9 10,6 8,5 11,6 6,0 6,9 6,2 Santana - Jaçanã 13,7 11,6 9,8 12,8 10,2 9,3 9,1 8,2 10,8 9,0 7,8 7,4 7,6 Vila Maria - Vila Guilherme 14,1 14,8 10,5 11,5 6,0 9,6 9,3 10,7 10,4 9,7 10,4 7,7 5,7 Sudeste 12,1 11,2 11,5 10,3 10,1 8,6 9,5 8,6 8,8 8,6 7,9 6,9 5,1 Ipiranga 10,5 9,7 13,7 11,8 11,0 8,7 10,0 6,6 6,6 8,0 6,0 6,0 5,5 Mooca - Aricanduva 13,6 12,4 11,1 11,3 10,8 7,9 8,9 9,2 8,9 10,2 9,3 8,3 3,7 Penha 12,8 13,0 13,4 10,5 12,2 11,5 12,8 12,2 11,6 10,3 8,8 8,4 7,8 Vila Mariana - Jabaquara 9,7 7,9 8,4 8,5 7,3 6,2 6,9 7,5 7,0 5,3 6,2 4,4 5,1 Vila Prudente - Sapopemba 13,7 13,0 11,6 9,5 9,5 8,9 9,6 7,6 9,8 9,4 9,0 7,5 3,9 Sul 9,0 7,7 7,3 6,9 6,4 5,9 7,0 5,8 6,4 5,3 6,5 5,0 4,8 Campo Limpo 8,9 6,2 6,8 7,3 5,9 3,8 5,8 4,9 4,3 4,9 5,8 4,4 4,5 Capela do Socorro 6,0 6,5 7,0 6,4 5,7 5,5 8,2 6,0 7,3 5,1 5,2 4,7 5,2 M’Boi Mirim 10,7 10,5 8,0 8,3 8,3 6,7 6,6 6,7 8,6 7,0 6,8 5,8 5,5 Parelheiros 6,3 5,3 6,0 3,3 5,7 6,4 4,7 6,9 2,2 5,9 5,0 6,3 5,6 Santo Amaro - Cidade Ademar 11,0 8,4 7,5 6,4 6,0 7,3 7,8 5,7 6,4 4,2 8,3 4,7 3,8 Total 12,5 11,6 10,9 10,5 9,4 9,0 9,5 8,6 9,2 9,1 8,3 7,7 6,8
Fonte: SIM - PRO-AIM/CEInfo / SMS Notas: **Taxa de mortalidade por 100.000 habitantes-ano. 1. 2012 - dados preliminares, sujeitos a revisão. 2. 2000 a 2005 apenas óbitos de residentes e ocorridos. 2006 em diante, óbitos de residentes (inclui dados retroalimentados- óbitos de residentes, ocorridos em outros municípios)
49
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
50
HIV
02
HIV
51
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
HIV EM ADULTOS (COM 13 ANOS OU MAIS DE IDADE) Desde 1994, a notificação da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é recomendada no município de São Paulo. A vigilância deste agravo é importante porque permite antecipar o perfil epidemiológico dos portadores do vírus, contribuindo para o direcionamento das ações de prevenção e de assistência. No período de 1994 a 2013 (30/06/2013) foram notificados 19.203 casos de portadores da infecção pelo HIV sem aids, 68% do sexo masculino. Aparentemente a notificação do HIV antecipa a tendência de razão de sexo que será observada em aids. Desde 2009, a razão de sexo encontrava-se em três homens portador do HIV para uma mulher (3/1), porém, no primeiro semestre de 2013, esta razão passou para 4/1. Dentre os casos de aids, a razão de sexo passou para 3/1 apenas em 2012 (Tabela 1). Devemos acompanhar esta proporção por mais tempo, de forma a avaliar se esta tendência se mantém. A partir de 2009, o número de casos de HSH superou os heterossexuais. Observou-se aumento de 30% nos casos de HSH (de 743 para 965 casos) e redução de 11% entre os heterossexuais (de 675 para 603 casos), quando comparado 2009 a 2012 (Tabela 2). Desde 2005, mais de 50% dos casos de HSH, no momento da detecção da infecção pelo HIV, tinham 29 anos ou menos. Chama a atenção o aumento de casos na faixa de 13 a 19 anos, de 94%, entre 2011 e 2012 (Tabela 3). Na análise da epidemia do HIV/aids no município de São Paulo, merecem destaques o aumento da participação de HSH jovens, concentrados e principalmente na região central, o diagnóstico tardio de muitos pacientes e a mortalidade mais elevada na região Leste. Todos estes pontos trazem grandes desafios para as ações programáticas rumo à eliminação da epidemia de aids até 2020, conforme proposta da UNAIDS.
52
HIV
Tabela 1. Casos notificados de infecção pelo HIV, sem aids, segundo sexo, razão de sexo e ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 1994 a 2013*.
Ano de diagnóstico
Sexo Total Razão Masculino
Feminino de Sexo
N
%
N
%
N
%
M/F
41
48,2
44
51,8
85
100,0
1/1
1995
60
51,7
56
48,3
116
100,0
1/1
1996
113
55,1
92
44,9
205
100,0
1/1
1997
160
60,6
104
39,4
264
100,0
2/1
1998
195
57,0
147
43,0
342
100,0
1/1
1999
194
53,7
167
46,3
361
100,0
1/1
2000
265
53,0
235
47,0
500
100,0
1/1
2001
401
54,7
332
45,3
733
100,0
1/1
2002
580
58,4
413
41,6
993
100,0
1/1
2003
858
63,2
500
36,8
1.358
100,0
2/1
2004
776
61,9
477
38,1
1.253
100,0
2/1
2005
810
65,3
430
34,7
1.240
100,0
2/1
2006
687
64,9
372
35,1
1.059
100,0
2/1
2007
913
71,2
369
28,8
1.282
100,0
2/1
2008
1.068
68,7
486
31,3
1.554
100,0
2/1
2009
1.233
72,1
478
27,9
1.711
100,0
3/1
2010
1.261
72,6
476
27,4
1.737
100,0
3/1
2011
1.383
76,1
434
23,9
1.817
100,0
3/1
2012
1.442
77,6
417
22,4
1.859
100,0
3/1
20,4
734
100,0
4/1
32,2 19.203
100,0
2/1
1994
2013 Total
584
79,6
150
13.024
67,8
6.179
Fonte: SINAN - CCD/COVISA, População - Fundação SEADE. Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão.
53
54
N 12 25 44 54 62 64 97 144 212 281 281 297 280 384 500 608 667 807 841 346 6.006
% 14,1 21,6 21,5 20,5 18,1 17,7 19,4 19,6 21,3 20,7 22,4 24,0 26,4 30,0 32,2 35,5 38,4 44,4 45,2 47,1 31,3
Homossexual
N 5 9 8 23 26 20 39 55 89 156 118 136 110 129 132 135 102 117 124 43 1.576
N 44 55 93 125 180 198 285 414 515 659 613 585 483 540 635 675 657 630 603 249 8.238
% 51,8 47,4 45,4 47,3 52,6 54,8 57,0 56,5 51,9 48,5 48,9 47,2 45,6 42,1 40,9 39,5 37,8 34,7 32,4 33,9 42,9
N 6 11 25 28 31 26 20 43 58 61 44 36 33 31 36 59 59 51 35 10 703
Fonte: SINAN W/Net - CCD/COVISA. Notas: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão **UDI - Uso de drogas injetáveis ***Os casos com categoria de exposição “transfusão” investigados ou sob investigação seguem o algoritmo do Departamento de DST, Aids e Hepatites virais - MS
UDI** Transfusão Transmissão Ignorada TOTAL sang./hemoder.*** Vertical % N % N % N % N % 7,1 - - - - 18 21,2 85 100,0 9,5 1 0,9 - - 15 12,9 116 100,0 12,2 - - - - 35 17,1 205 100,0 10,6 - - - - 34 12,9 264 100,0 9,1 - - - - 43 12,6 342 100,0 7,2 2 0,6 - - 51 14,1 361 100,0 4,0 - - - - 59 11,8 500 100,0 5,9 - - 1 0,1 76 10,4 733 100,0 5,8 1 0,1 - - 118 11,9 993 100,0 4,5 1 0,1 1 0,1 199 14,7 1.358 100,0 3,5 3 0,2 2 0,2 192 15,3 1.253 100,0 2,9 3 0,2 - - 183 14,8 1.240 100,0 3,1 1 0,1 - - 152 14,4 1.059 100,0 2,4 - - 4 0,3 194 15,1 1.282 100,0 2,3 1 0,1 3 0,2 247 15,9 1.554 100,0 3,4 2 0,1 5 0,3 227 13,3 1.711 100,0 3,4 1 0,1 6 0,3 245 14,1 1.737 100,0 2,8 - - 5 0,3 207 11,4 1.817 100,0 1,9 - - 8 0,4 248 13,3 1.859 100,0 1,4 - - 1 0,1 85 11,6 734 100,0 3,7 16 0,1 36 0,2 2.628 13,7 19.203 100,0
Categoria de Exposição Hierarquizada Heterossexual
% 5,9 7,8 3,9 8,7 7,6 5,5 7,8 7,5 9,0 11,5 9,4 11,0 10,4 10,1 8,5 7,9 5,9 6,4 6,7 5,9 8,2
Bissexual
Ano de diagnóstico 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total
Tabela 2. Casos notificados de infecção pelo HIV, sem aids, com 13 anos ou mais de idade segundo categoria de exposição hierarquizada e ano do diagnóstico, Município de São Paulo, 1994 a 2013*. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
HIV
Tabela 3. Casos notificados de infecção pelo HIV, sem aids, em homens que fazem sexo com homens (HSH) segundo faixa etária e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 1994 a 2013*.
Ano de
diagnóstico
Faixa etária (em anos)
13 a 19
20 a 29
30 a 39
40 a 49
50 a 59
60 anos ou mais
Total
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
1994
1
5,9
8
47,1
7
41,2
-
-
1
5,9
-
-
17
100,0
1995
2
5,9
4
11,8
20
58,8
7
20,6
1
2,9
-
-
34
100,0
1996
1
1,9
18
34,6
20
38,5
10
19,2
3
5,8
-
-
52
100,0
1997
3
3,9
34
44,2
29
37,7
9
11,7
1
1,3
1
1,3
77
100,0
1998
6
6,8
42
47,7
28
31,8
10
11,4
1
1,1
1
1,1
88
100,0
1999
2
2,4
40
47,6
32
38,1
9
10,7
1
1,2
-
-
84
100,0
2000
8
5,9
55
40,4
52
38,2
18
13,2
3
2,2
-
-
136
100,0
2001
10
5,0
89
44,7
72
36,2
25
12,6
3
1,5
-
-
199
100,0
2002
14
4,7
127
42,2
122
40,5
32
10,6
4
1,3
2
0,7
301
100,0
2003
13
3,0
191
43,7
175
40,0
46
10,5
11
2,5
1
0,2
437
100,0
2004
18
4,5
176
44,1
150
37,6
41
10,3
9
2,3
5
1,3
399
100,0
2005
20
4,6
204
47,1
161
37,2
37
8,5
11
2,5
-
-
433
100,0
2006
15
3,8
191
49,0
132
33,8
40
10,3
6
1,5
6
1,5
390
100,0
2007
23
4,5
241
47,0
173
33,7
59
11,5
14
2,7
3
0,6
513
100,0
2008
36
5,7
314
49,7
194
30,7
61
9,7
22
3,5
5
0,8
632
100,0
2009
21
2,8
380
51,1
220
29,6
98
13,2
18
2,4
6
0,8
743
100,0
2010
41
5,3
393
51,1
226
29,4
82
10,7
23
3,0
4
0,5
769
100,0
2011
34
3,7
486
52,6
270
29,2
90
9,7
34
3,7
10
1,1
924
100,0
2012
66
6,8
501
51,9
273
28,3
98
10,2
25
2,6
2
0,2
965
100,0
2013 Total
31
8,0
208
53,5
98
25,2
39
10,0
9
2,3
4
1,0
389
100,0
365
4,8
3.702
48,8
2.454
32,4
811
10,7
200
2,6
50
0,7
7.582
100,0
Fonte: SINAN - CCD/COVISA Nota: *dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
55
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Gráfico 1. Casos de aids e casos de infecção pelo HIV, sem aids, em homens que fazem sexo com homens (HSH), com idade entre 20 e 29 anos, segundo ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 2000 a 2012*.
600
500
y = 36,291x + 3,5 R² = 0,94702
Nº de casos
400
300
200
y = 9,2308x + 140,92 R² = 0,66405
100
0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Ano de diagnóstico 20 a 29 aids
Fonte: SINAN - CCD/COVISA, População - Fundação SEADE Nota: * Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão
56
20 a 29 HIV
Linear (20 a 29 HIV)
2010
2011
2012
TRANSMISSテグ VERTICAL
03
TRANSMISSテグ VERTICAL
57
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
3. 1. Transmissão vertical dO HIV 3.1.1 - GESTANTE/PARTURIENTE/PUÉRPERA HIV POSITIVO
CRIANÇA EXPOSTA AO RISCO DE TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV Em 2011, o Brasil passou a ser signatário do “Plano Global para Eliminar Novas Infecções por HIV em Crianças até 2015 e Manter Suas Mães Vivas”1. Este plano foi construído por meio de um processo de consulta, com especialistas de diversos países que traçaram um roteiro para alcançar esta meta até 2015, principalmente nos países de média e baixa renda, com enfoque nos 22 países (21 países africanos e Índia) com as maiores estimativas de gestantes vivendo com HIV. A TVHIV será considerada eliminada quando atingir uma taxa de transmissão de 2 crianças infectadas pelo HIV para cada 100 mães soropositivas. A prevenção da transmissão vertical do HIV (TVHIV) começa antes da gestação com ações voltadas para mulheres em idade fértil. A vigilância da TVHIV deve ser realizada do início da gravidez até o encerramento de caso da criança exposta, ou seja, até a definição do estado de infectada ou não infectada. As gestantes infectadas precisam ser monitoradas e todas as medidas profiláticas/preventivas instituídas para evitar a passagem do vírus para a criança. A notificação da mulher grávida infectada pelo HIV deve ser realizada, idealmente, na gestação, durante o pré-natal, contudo, caso não tenha sido feita neste momento, pode ser efetivada no momento do parto (como parturiente) ou após o parto (como puérpera). No município de São Paulo (MSP), entre 2000 e 2013 (até 30/06/2013) foram notificadas 6.341 gestantes/parturientes/ puérperas HIV positivo. A taxa de detecção (TD) é um indicador da capacidade do município em identificar gestantes (ou parturientes e/ou puérperas) com HIV. No MSP a TD apresentou elevação até 2003, quando atingiu seu pico, com 3,6 casos por 1.000 nascidos-vivos-ano, seguida de declínio nos anos consecutivos. Entre 2011 e 2012, a TD apresentou elevação de 10%, mas salientamos que este aumento veio acompanhado do incremento de 10% no número de serviços notificantes (Tabela 1 e Figura 1). Aproximadamente 9% das gestantes infectadas tinham menos de 20 anos de idade e, entre 2011 e 2012, o número de casos entre adolescentes aumentou 38%, passando de 34 para 47 casos, respectivamente. Também foi observado aumento de 29% entre 20 a 24 anos, enquanto que as demais faixas etárias mantiveram o número de casos relativamente estável (Tabela 2). Compreender as situações de vulnerabilidade e desenvolver ações preventivas direcionadas para a população de mulheres adolescentes constitui um dos desafios para a eliminação da TVHIV. A realização do pré-natal é um momento importante para o diagnóstico do HIV e para a instituição da terapia antirretroviral (TARV), principalmente para as gestantes sem conhecimento prévio do seu estado sorológico. Das 6.341 gestantes que foram notificadas entre 2000 e junho de 2013 (Tabela 1), tem-se informação sobre o uso ou não de TARV em 5.510 delas (Tabela 3) , indicando que cerca de 13% (n=831) das gestantes infectadas não realizaram pré-natal e possivelmente perderam a oportunidade de utilizar esta terapia. Dentre as que realizaram o pré-natal, desde 2007, mais de 85% vem utilizando a TARV. Merecem atenção e devem ser investigados os casos sem uso de TARV ou com informação ignorada para este quesito (Tabela 3). Para os casos com finalização da gestação, em 65% foi realizada a cesárea, sendo a maioria eletiva. Mais de 80% das gestantes utilizaram antirretroviral (ARV) durante o parto e mais de 90% dos recém-nascidos receberam ARV nas primeiras 24 horas de vida (Tabela 4).
1 Plano Global para Eliminar Novas Infecções por HIV/VIH em Crianças até 2015 e Manter suas Mães Vivas. 2001-2015. 2011 - Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS / VIH/SIDA (UNAIDS/ONUSIDA). ISBN: 978-92-9173-897-7. Versão em português - Tradução e Revisão: Escritório do UNAIDS/ONUSIDA no Brasil, Agosto, 2011.
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TRANSMISSÃO VERTICAL
A notificação da gestante/parturiente/puérpera com HIV e da criança exposta é compulsória desde 2000. Cada gravidez encerrada com parto que gerou um nascido vivo deve corresponder a uma notificação de criança exposta, conforme observado na Figura 2. A criança exposta ao risco de TVHIV é aquela nascida de mãe infectada pelo HIV ou que tenha sido amamentada por mulheres infectadas pelo HIV, incluindo o aleitamento materno cruzado. Esta forma de transmissão é um importante problema de saúde pública mundial, no entanto, se realizadas todas as medidas preventivas, a taxa de transmissão pode atingir valores menores de 2 %. Estudo realizado no município de São Paulo, encontrou uma taxa de transmissão vertical do HIV de 2,8% 2. No município de São Paulo, no período de 2000 a 2013 , foram notificadas 5.750 crianças expostas ao HIV materno, sendo 188 (3,3%) casos encerrados como infectados. O fato do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, versão Net, (Sinan-Net) não contemplar a ficha de investigação epidemiológica da criança exposta ao HIV materno tem dificultado a notificação e o encerramento destes casos, apesar dos esforços e do grande empenho das equipes de vigilância epidemiológica do município (Tabela 5). A proporção de perdas e de informação ignorada é de aproximadamente 20% (1.154 casos), o que compromete a análise dos dados e traz grandes preocupações quanto ao conhecimento do estado sorológico destas crianças e seu efetivo acompanhamento em serviço especializado (Tabela 5). É sabido que o seguimento destas crianças em serviços especializados pode reduzir a probabilidade de transmissão materna do vírus, através de corretas orientações relacionadas à amamentação e ao uso adequado do AZT oral ou de outro ARV profilático, bem como evitar ou postergar a progressão de crianças infectadas para caso de aids. No período de 2010 a 2013³, cerca de 776 crianças (13,5%) se encontravam em acompanhamento, sem definição do estado sorológico. Destas, 4% (30 casos) que nasceram em 2010 já poderiam ter sido finalizadas (Tabela 5). Em relação ao tempo de uso do ARV, no período de 2007 a 20133, observa-se que quase 71% fizeram uso adequado durante seis semanas, atingindo cerca de 80% até 2010. No entanto, os últimos três anos têm apresentado proporções muito elevadas de informação ignorada ou sem preenchimento para este quesito (Tabela 6). Quanto ao aleitamento materno, apesar de 27 crianças terem sido amamentadas, entre 2007 e 20133, nenhum caso com nascimento posterior a 2012 foi relatado (Tabela 6). Das 2.705 crianças nascidas entre 2007 e 20133, cerca de 67% foram encerradas como infectadas ou não infectadas (Tabela 7). A proporção de casos com evidência laboratorial do HIV materno antes ou durante o pré-natal foi elevada, sendo maior para as crianças não infectadas (92,5%) do que para as infectadas (85%). Mais uma vez chama a atenção a proporção de informação ignorada ou sem preenchimento para os casos infectados, fato este que compromete a análise das medidas preventivas da TVHIV. Em geral, apesar de proporções ao redor de 20% de informação ignorada para algumas medidas preventivas, as crianças não infectadas apresentaram percentuais elevados de utilização destas recomendações. Oitenta e oito por cento das crianças não infectadas receberam AZT oral por seis semanas, 96% não fizeram uso de leite materno, 78% das mães realizaram pré-natal, 68% e 70% fizeram uso de ARV durante a gestação e no parto, respectivamente (Tabela 7). A utilização das intervenções propostas contribuiu para a prevenção da transmissão vertical do HIV. No período de 2007 a 20133, a maior parte dos casos de crianças expostas ao HIV materno (666 casos) residia na região de abrangência da Coordenadoria Regional de Saúde Leste (CRS Leste), seguida da CRS Norte, com 661 casos (Tabela 8). A CRS Leste concentrou 27% (421/1.537) das crianças expostas não infectadas e 16% (42/264) das perdas de seguimento no município de São Paulo. A CRS Norte apresentou a maior proporção de crianças expostas infectadas (28%, 19/67) do Município e, junto com a CRS Sudeste, a maior proporção de perdas de seguimento, ambas com 25% cada uma, no mesmo período analisado (Tabela 8). Ao analisar as perdas de seguimento, distribuídas entre as 26 Supervisões Técnicas de Saúde (STS), observa-se que 10 delas apresentaram percentuais mais elevados que o município de São Paulo (9,8%), sendo três na CRS Centro-Oeste, três na CRS Norte, três na CRS Sudeste e uma na CRS Sul. Chama a atenção a STS Santana-Tucuruvi com 20,5% de perda de seguimento (Tabela 8).
2 Matida LH, Ramos Junior AN, Domingues CSB, Hanada H, Silva, MH. Relatório do Projeto de Pesquisa - Avaliação da Transmissão Vertical do HIV no Estado de São Paulo, Brasil. Outubro 2010. 3 Dados até 30/06/2013
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Em 2013, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde passou a divulgar a atualização do protocolo para profilaxia da infecção pelo HIV nas crianças expostas. Seguem abaixo as indicações da profilaxia para o recém nascido, segundo as novas recomendações: • Crianças nascidas de mães HIV positivo em terapia ARV (TARV) durante a gestação e com carga viral indetectável a partir da 34ª semana, receberão a Zidovudina solução oral (AZT oral) durante quatro semanas. • Crianças nascidas de mães HIV positivo em TARV durante a gestação e com carga viral detectável (carga viral acima de 1.000 cópias) a partir da 34ª semana, receberão AZT solução oral durante quatro semanas, associado a três doses da Nevirapina solução oral. • Crianças nascidas de mães HIV positivo que não usaram TARV durante a gestação, independente do uso do AZT injetável no periparto, receberão AZT solução oral durante quatro semanas, associado a três doses da Nevirapina solução oral. Todos os esforços devem ser direcionados para o encerramento das crianças expostas ao HIV materno, todas as oportunidades perdidas devem ser identificadas e corrigidas para que seja evitada a TVHIV, rumo a meta de eliminação até 2015.
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TRANSMISSÃO VERTICAL
Tabela 1. Número de casos de gestante/parturiente/puérpera HIV positivo e taxa de detecção* (TD), segundo ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 2000 a 2013**. Ano de diagnóstico 2000& 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013&& Total
N TD 390 ... 440 2,5 552 3,1 626 3,6 594 3,4 452 2,6 483 2,9 470 2,7 440 2,5 445 2,6 388 2,2 391 2,2 430 2,4 240 ... 6.341 100,0
Fonte: Sinan - CCD/COVISA Notas: * Taxa de detecção por 1000 nascidos vivos-ano. Utilizada população de nascidos vivos do Sinasc/CEInfo SMS PMSP **Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal &Informações sobre nascidos vivos coletadas e processadas pela SMS em 2000. Portanto, dados do SINASC disponível a partir de 2001 && Número de casos até 30/06/2013
Gráfico 1. Casos notificados de gestantes/parturientes/puérperas HIV positivo, taxa de detecção* (TD) e número de serviços notificadores, segundo ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 2001 a 2013**. 700
4,0
600
3,5 3,0
500
2,5
400
2,0 300
1,5
200
TD (por 1000 NV-ano)
Nº de casos/serviços
1,0
100
0,5
0
0,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Casos 440 552 626 594 452 483 470 440 445 388 391 430 240 Nº de serviços 34 51 63 58 58 69 59 61 66 63 60 66 67 TD 2,5 3,1 3,6 3,4 2,6 2,9 2,7 2,5 2,6 2,2 2,2 2,4 Ano do diagnóstico Fonte: Sinan - CCD/COVISA Notas: * Taxa de detecção por 1000 nascidos vivos-ano. Utilizada população de nascidos vivos do SINASC/CEInfo SMS PMSP **Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
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Fonte: SINAN - CCD/COVISA *Dados provisórios até 30/06/2013
Características Ano de diagnóstico Total sociodemográficas 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Escolaridade (em anos) Nenhuma 16 4,1 12 2,7 20 3,6 16 2,6 14 2,4 5 1,1 7 1,4 8 1,7 5 1,1 3 0,7 2 0,5 - - 5 1,2 1 0,4 114 1,8 1 a 3 57 14,6 60 13,6 67 12,1 74 11,8 58 9,8 32 7,1 29 6,0 32 6,8 30 6,8 33 7,4 15 3,9 13 3,3 7 1,6 8 3,3 515 8,1 4 a 7 123 31,5 158 35,9 132 23,9 195 31,2 203 34,2 168 37,2 168 34,8 156 33,2 125 28,4 149 33,5 101 26,0 109 27,9 113 26,3 63 26,3 1.963 31,0 8 a 11 76 19,5 86 19,5 141 25,5 155 24,8 184 31,0 135 29,9 147 30,4 198 42,1 198 45,0 201 45,2 209 53,9 207 52,9 226 52,6 125 52,1 2.288 36,1 12 ou mais 8 2,1 10 2,3 9 1,6 11 1,8 29 4,9 20 4,4 21 4,3 19 4,0 30 6,8 23 5,2 22 5,7 31 7,9 34 7,9 19 7,9 286 4,5 Ign/Branco 110 28,2 114 25,9 183 33,2 175 28,0 106 17,8 92 20,4 111 23,0 57 12,1 52 11,8 36 8,1 39 10,1 31 7,9 45 10,5 24 10,0 1.175 18,5 Raça/cor Branca 173 44,4 197 44,8 238 43,1 279 44,6 290 48,8 235 52,0 235 48,7 200 42,6 217 49,3 214 48,1 177 45,6 172 44,0 185 43,0 102 42,5 2.914 46,0 Preta 40 10,3 41 9,3 40 7,2 94 15,0 97 16,3 59 13,1 64 13,3 67 14,3 66 15,0 58 13,0 55 14,2 74 18,9 70 16,3 39 16,3 864 13,6 Parda 79 20,3 78 17,7 120 21,7 128 20,4 139 23,4 100 22,1 123 25,5 164 34,9 135 30,7 153 34,4 138 35,6 132 33,8 165 38,4 95 39,6 1.749 27,6 Amarela 1 0,3 - - - - 1 0,2 1 0,2 1 0,2 1 0,2 1 0,2 3 0,7 3 0,7 6 1,5 1 0,3 3 0,7 2 0,8 24 0,4 Indígena - - - - - - 2 0,3 2 0,3 - - 1 0,2 2 0,4 1 0,2 4 0,9 2 0,5 1 0,3 - - - - 15 0,2 Ign/Branco 97 24,9 124 28,2 154 27,9 122 19,5 65 10,9 57 12,6 59 12,2 36 7,7 18 4,1 13 2,9 10 2,6 11 2,8 7 1,6 2 0,8 775 12,2 Faixa etária (em anos) 14 ou menos - - 2 0,5 - - 2 0,3 2 0,3 2 0,4 1 0,2 - - - - 3 0,7 2 0,5 1 0,3 4 0,9 2 0,8 21 0,3 15 a 19 31 7,9 45 10,2 48 8,7 60 9,6 50 8,4 47 10,4 36 7,5 26 5,5 24 5,5 28 6,3 36 9,3 33 8,4 43 10,0 27 11,3 534 8,4 20 a 24 117 30,0 124 28,2 156 28,3 162 25,9 123 20,7 96 21,2 98 20,3 84 17,9 106 24,1 77 17,3 83 21,4 84 21,5 108 25,1 54 22,5 1.472 23,2 25 a 29 112 28,7 144 32,7 157 28,4 177 28,3 171 28,8 118 26,1 110 22,8 145 30,9 102 23,2 118 26,5 102 26,3 100 25,6 106 24,7 67 27,9 1.729 27,3 30 a 34 82 21,0 72 16,4 102 18,5 118 18,8 158 26,6 110 24,3 122 25,3 118 25,1 114 25,9 117 26,3 89 22,9 80 20,5 86 20,0 47 19,6 1.415 22,3 35 a 39 29 7,4 25 5,7 40 7,2 66 10,5 62 10,4 50 11,1 72 14,9 74 15,7 79 18,0 79 17,8 52 13,4 67 17,1 60 14,0 32 13,3 787 12,4 40 a 44 - - 6 1,4 9 1,6 16 2,6 9 1,5 19 4,2 12 2,5 18 3,8 13 3,0 23 5,2 24 6,2 26 6,6 22 5,1 11 4,6 208 3,3 45 e mais 19 4,9 22 5,0 40 7,2 25 4,0 19 3,2 10 2,2 32 6,6 5 1,1 2 0,5 - - - - - - 1 0,2 - - 175 2,8 Total 390 100,0 440 100,0 552 100,0 626 100,0 594 100,0 452 100,0 483 100,0 470 100,0 440 100,0 445 100,0 388 100,0 391 100,0 430 100,0 240 100,0 6.341 100,0
Tabela 2. Casos de gestante/parturiente/puérpera HIV positivo, segundo características sociodemográficas e ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 2000 a 2013*. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
TRANSMISSÃO VERTICAL
Tabela 3. Casos de gestante/parturiente/puérpera HIV positivo, segundo o uso de antirretroviral no pré-natal e ano de diagnóstico, Município de São Paulo, 2000 a 2013*.
Ano de
Sim diagnóstico N 2000 158 2001 170 2002 237 2003 242 2004 222 2005 168 2006 213 2007 346 2008 316 2009 358 2010 303 2011 335 2012 357 2013 171 Total 3.596
Uso de antirretroviral no pré-natal (%) 47,3 47,4 52,5 45,4 44,0 42,0 53,1 85,9 85,4 88,2 85,1 90,5 89,0 77,0 65,3
Total**
Não Ign/Branco N (%) N (%) N 137 41,0 39 11,7 334 142 39,6 47 13,1 359 158 35,0 56 12,4 451 233 43,7 58 10,9 533 206 40,9 76 15,1 504 173 43,3 59 14,8 400 137 34,2 51 12,7 401 46 11,4 11 2,7 403 47 12,7 7 1,9 370 33 8,1 15 3,7 406 38 10,7 15 4,2 356 26 7,0 9 2,4 370 27 6,7 17 4,2 401 33 14,9 18 8,1 222 1.436 26,1 478 8,7 5.510
(%) 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0.
Fonte: Sinan - CCD/COVISA Notas: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal **Considerados apenas os casos que realizaram pré-natal
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64
Fonte: SINAN Net - CCD/COVISA Notas: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal **Excluído os abortos ***Incluído apenas os nascidos vivos 1 Entre 2007 e 2012, 156 casos sem informação da data de parto não foram incluídos 2Não foram incluídos os casos com gestação em curso (n=184) até o 30/06/2013
Ano do parto Total Características 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Evolução da gestação Nascido vivo 336 76,7 401 92,6 357 90,2 377 91,5 329 91,9 321 86,1 216 93,1 2.337 88,5 Natimorto 9 2,1 14 3,2 7 1,8 3 0,7 6 1,7 8 2,1 5 2,2 52 2,0 Aborto 15 3,4 18 4,2 32 8,1 30 7,3 19 5,3 31 8,3 10 4,3 155 5,9 Ign/Branco 78 17,8 - - - - 2 0,5 4 1,1 13 3,5 1 0,4 98 3,7 Total 438 100,0 433 100,0 396 100,0 412 100,0 358 100,0 373 100,0 232 100,0 2.642 100,0 Uso de antirretroviral no parto** Sim 289 68,3 336 81,0 303 83,2 306 80,1 298 87,9 289 84,5 192 86,5 2.013 80,9 Não 41 9,7 41 9,9 37 10,2 37 9,7 18 5,3 19 5,6 22 9,9 215 8,6 Ign/Branco 93 22,0 38 9,2 24 6,6 39 10,2 23 6,8 34 9,9 8 3,6 259 10,4 Tipo de parto** Vaginal 105 24,8 133 32,0 138 37,9 114 29,8 110 32,4 99 28,9 67 30,2 766 30,8 Cesárea eletiva 206 48,7 224 54,0 198 54,4 245 64,1 209 61,7 199 58,2 128 57,7 1409 56,7 Cesárea de urgência 33 7,8 55 13,3 27 7,4 20 5,2 15 4,4 30 8,8 24 10,8 204 8,2 Ign/Branco 79 18,7 3 0,7 1 0,3 3 0,8 5 1,5 14 4,1 3 1,4 108 4,3 Total 423 100,0 415 100,0 364 100,0 382 100,0 339 100,0 342 100,0 222 100,0 2.487 100,0 Início de antirretroviral na criança*** Nas primeiras 24 hs 318 94,6 364 90,8 322 90,2 327 86,7 302 91,8 302 94,1 203 94,0 2.138 91,5 Após 24 hs do nascimento 3 0,9 4 1,0 2 0,6 5 1,3 7 2,1 3 0,9 6 2,8 30 1,3 Não realizado 4 1,2 2 0,5 5 1,4 4 1,1 2 0,6 2 0,6 2 0,9 21 0,9 Ign/Branco 11 3,3 31 7,7 28 7,8 41 10,9 18 5,5 14 4,4 5 2,3 148 6,3 Total 336 100,0 401 100,0 357 100,0 377 100,0 329 100,0 321 100,0 216 100,0 2.337 100,0
Tabela 4. Casos de gestante/parturiente/puérpera HIV positivo segundo características do parto, do início de antirretroviral na criança e ano de parto. Município de São Paulo, 2007 a 2013*. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
TRANSMISSÃO VERTICAL
Figura 2. Casos notificados de gestantes/parturientes/puérperas HIV positivo e crianças expostas, segundo ano de diagnóstico. Município de São Paulo, 2000 a 2012.
700 600
Nº de casos
500 400 300 200 100 0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Ano de diagnóstico Gestantes HIV+
Crianças expostas
Fonte: Sinan - CCD/COVISA
Tabela 5. Casos notificados de crianças expostas ao HIV materno, segundo tipo de encerramento e ano de nascimento, município de São Paulo, 2000 a 2013*. Tipo de encerramento Ano de Infectada Não Perda Em Transferência Óbito por Sem Total nascimento infectada de seguimento andamento p/ outro Mun./UF outra causa informação N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) 2000 24 10,3 163 70,3 40 17,2 - - - - 5 2,2 - - 232 100,0 2001 22 6,8 215 66,4 84 25,9 - - - - 3 0,9 - - 324 100,0 2002 20 4,4 305 67,2 121 26,7 - - - - 8 1,8 - - 454 100,0 2003 14 2,8 329 64,8 153 30,1 - - - - 12 2,4 - - 508 100,0 2004 14 2,6 348 65,7 162 30,6 - - - - 6 1,1 - - 530 100,0 2005 11 2,4 291 64,1 143 31,5 - - - - 9 2,0 - - 454 100,0 2006 14 3,0 274 58,7 167 35,8 - - - - 12 2,6 - - 467 100,0 2007 8 2,1 319 82,0 53 13,6 - - 4 1,0 5 1,3 - - 389 100,0 2008 18 4,1 356 80,2 60 13,5 - - 4 0,9 4 0,9 2 0,5 444 100,0 2009 12 2,8 340 79,6 65 15,2 - - 4 0,9 4 0,9 2 0,5 427 100,0 2010 14 3,0 342 74,3 63 13,7 30 6,5 8 1,7 3 0,7 - - 460 100,0 2011 11 2,6 172 40,8 18 4,3 214 50,7 3 0,7 4 0,9 - - 422 100,0 2012 3 0,7 8 2,0 5 1,2 377 93,3 - - 11 2,7 - - 404 100,0 2013 - - - - - - 155 98,1 1 0,6 2 1,3 - - 158 100,0 Total
185
3,3 3.462 61,0 1.134
20,0
776 13,7
24
0,4
88 1,6
4 0,1 5.673 100,0
Fonte: Sinan W/Net - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
65
66
Fonte: Sinan W/Net - CCD/COVISA Notas: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal **ARV - Antirretroviral, AZT - Zidovudina
Ano de nascimento Características Total 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 da criança N % N % N % N % N % N % N % N % Tempo de uso de ARV (AZT oral)** Menos de 3 semanas 9 2,3 4 0,9 4 0,9 13 2,8 6 1,4 2 0,5 1 0,6 39 1,4 De 3 a 5 semanas 6 1,5 5 1,1 7 1,6 5 1,1 2 0,5 5 1,2 - - 30 1,1 6 semanas 304 78,1 372 83,8 345 80,8 364 79,1 283 67,1 193 47,8 52 32,9 1.913 70,7 Não usou 12 3,1 2 0,5 7 1,6 3 0,7 3 0,7 - - - - 27 1,0 Ign/Branco 58 14,9 61 13,7 64 15,0 75 16,3 128 30,3 204 50,5 105 66,5 695 25,7 . Aleitamento Materno Sim 9 2,3 5 1,1 7 1,6 4 0,9 2 0,5 - - - - 27 1,0 Não 334 85,9 396 89,2 396 92,7 406 88,3 309 73,2 210 52,0 58 36,7 2.109 78,0 Ign/Branco 46 11,8 43 9,7 24 5,6 50 10,9 111 26,3 194 48,0 100 63,3 568 21,0 Total 389 100,0 444 100,0 427 100,0 460 100,0 422 100,0 404 100,0 158 100,0 2.704 100,0
Tabela 6. Casos notificados de crianças expostas ao risco de transmissão vertical do HIV segundo o uso de profilaxia para a criança e ano de nascimento, município de São Paulo, 2007 a 2013*. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
TRANSMISSÃO VERTICAL
Tabela 7. Casos notificados de crianças expostas ao HIV materno, nascidas a partir de 2007, segundo características da mãe e da criança em relação às medidas preventivas e tipo de encerramento. Município de São Paulo, 2007 a 2013*. Características Tipo de encerramento Total da mãe/criança Infectada
N
Não infectada %
N
%
N
%
Evidência laboratorial do HIV Anterior ao pré-natal
40
60,6
949
61,7
989
61,7
Durante o pré-natal
16
24,2
469
30,5
485
30,3
Durante o parto
5
7,6
61
4,0
66
4,1
Após o parto
1
1,5
24
1,6
25
1,6
Ign/Branco
4
6,1
34
2,2
38
2,4
Realização de pré-natal Sim
26
39,4
1.220
79,4
1.246
77,7
Não
9
13,6
61
4,0
70
4,4
31
47,0
256
16,7
287
17,9
Ign/Branco
Uso e ARV durante a gestação Sim
16
24,2
1.054
68,6
1.070
66,7
Não
7
10,6
127
8,3
134
8,4
43
65,2
356
23,2
399
24,9
Ign/Branco
Tipo de parto Vaginal
15
22,7
396
25,8
411
25,6
Cesáreo
23
34,8
882
57,4
905
56,5
Ign/Branco
28
42,4
259
16,9
287
17,9
Uso de ARV** no parto (mãe) Sim
27
40,9
1.101
71,6
1.128
70,4
Não
8
12,1
95
6,2
103
6,4
31
47,0
341
22,2
372
23,2
Ign/Branco
Tempo de uso de ARV oral na criança (AZT oral)** Menos de 3 semanas
1
1,5
26
1,7
27
1,7
De 3 a 5 semanas
3
4,5
21
1,4
24
1,5
6 semanas
37
56,1
1.362
88,6
1.399
87,3
Não usou
5
7,6
15
1,0
20
1,2
20
30,3
113
7,4
133
8,3
Ign/Branco
Aleitamento materno Sim
7
10,6
13
0,8
20
1,2
Não
41
62,1
1.474
95,9
1.515
94,5
Ign/Branco
18
27,3
50
3,3
68
4,2
Total
66
100,0
1.537
100,0
1.603
100,0
Fonte: Sinan W/Net - CCD/COVISA Notas: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal **ARV - Antirretroviral, AZT - Zidovudina
67
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 8. Casos notificados de crianças expostas ao HIV materno, nascidas a partir de 2007, segundo tipo de encerramento e Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e Supervisão Técnica de Saúde (STS) de residência. Município de São Paulo, 2007 a 2013*. CRS/STS Tipo de encerramento Total Infectada Não Perda Em Transferência Óbito por infectada de seguimento andamento p/ outro Mun./UF outra causa N % N % N % N % N % N % N % Centro-Oeste 9 3,2 166 58,7 41 14,5 62 21,9 3 1,1 2 0,7 283 100,0 Butantã - - 66 66,7 11 11,1 21 21,2 - - 1 1,0 99 100,0 Lapa-Pinheiros 2 3,7 34 63,0 8 14,8 9 16,7 - - 1 1,9 54 100,0 Sé 6 4,7 66 51,2 22 17,1 32 24,8 3 2,3 - - 129 100,0 Leste 14 2,1 421 63,2 42 6,3 172 25,8 6 0,9 11 1,7 666 100,0 Cidade Tiradentes 2 2,4 51 61,4 5 6,0 21 25,3 3 3,6 1 1,2 83 100,0 Ermelino Matarazzo 2 4,3 34 73,9 4 8,7 6 13,0 - - - - 46 100,0 Guaianases 3 3,6 46 54,8 6 7,1 23 27,4 2 2,4 4 4,8 84 100,0 Itaim Paulista - - 59 62,8 6 6,4 29 30,9 - - - - 94 100,0 Itaquera 4 3,1 84 64,1 1 0,8 39 29,8 1 0,8 2 1,5 131 100,0 São Mateus 1 0,8 74 59,7 10 8,1 36 29,0 - - 3 2,4 124 100,0 São Miguel 2 1,9 73 70,2 10 9,6 18 17,3 - - 1 1,0 104 100,0 Norte 19 2,9 335 50,7 67 10,1 227 34,3 3 0,5 10 1,5 661 100,0 Casa Verde-Cachoeirinha 3 2,2 63 47,0 10 7,5 55 41,0 - - 3 2,2 134 100,0 Freguesia-Brasilândia 5 3,2 88 56,1 11 7,0 51 32,5 - - 2 1,3 157 100,0 Perus-Pirituba 7 4,5 77 49,0 11 7,0 55 35,0 3 1,9 4 2,5 157 100,0 Santana-Jaçanã 3 2,1 64 43,8 26 17,8 53 36,3 - - - - 146 100,0 Vila Maria-Vila Guilherme 1 1,5 43 64,2 9 13,4 13 19,4 - - 1 1,5 67 100,0 Sudeste 12 2,2 291 52,9 65 11,8 166 30,2 11 2,0 5 0,9 550 100,0 Ipiranga 3 3,5 36 42,4 11 12,9 33 38,8 2 2,4 - - 85 100,0 Mooca-Aricanduva 3 2,1 73 51,8 20 14,2 41 29,1 4 2,8 - - 141 100,0 Penha 5 3,6 80 58,0 11 8,0 35 25,4 2 1,4 5 3,6 138 100,0 Vila Mariana-Jabaquara - - 40 53,3 7 9,3 28 37,3 - - - - 75 100,0 Vila Prudente-Sapopemba 1 0,9 62 55,9 16 14,4 29 26,1 3 2,7 - - 111 100,0 Sul 13 2,5 311 59,4 43 8,2 151 28,8 1 0,2 5 1,0 524 100,0 Campo Limpo 2 1,8 61 54,5 14 12,5 33 29,5 - - 2 1,8 112 100,0 Capela do Socorro 3 2,1 88 60,7 11 7,6 42 29,0 1 0,7 - - 145 100,0 Cid Ademar-Sto Amaro 6 4,7 78 60,9 8 6,3 34 26,6 - - 2 1,6 128 100,0 M’Boi Mirim 2 1,6 75 59,1 9 7,1 40 31,5 - - 1 0,8 127 100,0 Parelheiros - - 9 75,0 1 8,3 2 16,7 - - - - 12 100,0 Ignorada - - 13 61,9 6 28,6 2 9,5 - - - - 21 100,0 Total 66 2,4 1.537 56,8 264 9,8 780 28,8 24 0,9 33 1,2 2.704 100,0 Fonte: Sinan Net - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
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TRANSMISSÃO VERTICAL
3.1.2 - AIDS EM CRIANÇAS (MENORES DE 13 ANOS DE IDADE) Os primeiros casos de aids em crianças (menores de 13 anos de idade) ocorreram em meados da década de 80, entre portadores de hemofilia e receptores de sangue/hemoderivados. Em 1987, surgiram os casos de aids por transmissão vertical (TV), cerca de quatro anos após o início da epidemia entre as mulheres, e esta forma de transmissão tem sido a principal categoria de exposição em crianças, representando mais de 90% dos casos nos últimos anos. Entre 1984 e 2013 (até 30/06/2013) foram notificados 2.315 casos de aids em menores de 13 anos de idade, sendo 76% em crianças com menos de cinco anos de idade (Tabela 1). A taxa de incidência (TI) de aids em menores de 13 anos apresentou elevação até 1997, com 8,5 casos por 100 mil crianças menores de 13 anos de idade-ano. Entre os menores de cinco anos de idade a TI atingiu o valor de 17 casos por 100 mil crianças menores de cinco anos. A introdução do Protocolo ACTG 076 no Brasil em 1996 (uso do AZT durante o pré-natal, no momento do parto e AZT oral para o recém nascido), além de outras medidas preventivas para a TVHIV, como: implantação de teste rápido nas maternidades, uso de inibidores de protease para as gestantes, suspensão do aleitamento materno e distribuição de fórmula infantil até o sexto mês de vida do recém nascido (RN), dentre outras, contribuíram para o declínio da incidência em mais de 80% dos casos (Tabela 1 e Figura 1). No entanto, desde 2007, a incidência de aids entre os menores de cinco anos de idade tem se mantido estável em torno de 18 casos por ano (Tabela 1). É preocupante o diagnóstico de aids em crianças com idades mais precoces, pois pode indicar a não realização de pré natal de gestantes infectadas pelo vírus, ou falha na identificação do HIV durante a gestação ou no momento do parto, ou mãe em situação de vulnerabilidade (adolescentes, usuárias de drogas lícitas ou ilícitas, vivendo em situação de rua, privadas de liberdade, dentre outras), ou ainda, ausência de acompanhamento das crianças expostas. Sabe-se que o adequado seguimento ambulatorial de uma criança infectada pelo HIV é um fator protetor para o desenvolvimento de aids. Apesar da maior parte dos casos ter sido decorrente da TVHIV, ainda encontram-se 224 crianças com categoria de exposição ignorada e, em 2012, a proporção de casos ignorados representou 14% (Tabela 2). É fundamental o monitoramento e a identificação da forma de transmissão do HIV em crianças e os fatores envolvidos neste processo, para que falhas possam ser corrigidas e ações preventivas implementadas. Para tanto, desde 2010, o município de São Paulo vem investigando, através de Protocolo específico, as possíveis causas ou “oportunidades perdidas” que levaram a TVHIV. A implantação da linha de cuidados para portadores do HIV pode contribuir para retardar ou impedir o desenvolvimento de aids nestas crianças. Tem sido observada a notificação de casos de aids por TVHIV em adolescentes, com idade maior ou igual a 13 anos (Tabela 3). Do total de casos de aids notificados, cerca de 41% evoluíram para o óbito. A taxa de mortalidade declinou 61,5% nos últimos cinco anos, de 0,9 óbito por 100 mil crianças menores de 13 anos de idade-ano, em 2008, para 0,4, em 2012, e a prevalência estimada de crianças vivendo com HIV/aids foi de 1.498 casos até 30/06/2013 (Tabela 4, Figura 2). As Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) Sudeste e Norte concentraram cerca de 46% dos casos do município de São Paulo. Em 2012, a Supervisão Técnica de Saúde (STS) Cidade Ademar-Santo Amaro apresentou a maior proporção de casos. Chamou a atenção as STS Butantã e Casa Verde-Cachoeirinha que desde 2009 não notificaram casos de aids em crianças (Tabela 5). Importante lembrar que um dos indicadores do SISPACTO e do Contrato Organizativo de Ação Pública (COAP) para o período 2013 a 2015 é a incidência de casos de aids em crianças menores de cinco anos de idade. O Ministério da Saúde sugere redução de 10% ao ano para este indicador. No município de São Paulo, entre 2010 e 2011 este indicador apresentou redução inferior a 10% e entre 2011 e 2012 manteve-se estável, sem redução (Tabela 1).
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Em 2010, Estados membros da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) aprovaram o Plano e a Estratégia de Ação para Eliminação da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis Congênita 1, através da Resolução 50/12, durante a 50ª Reunião do Conselho Diretor. Entre as metas propostas para a eliminação da TVHIV está a redução da incidência de casos HIV pediátrico para 0,3 ou menos por 1.000 nascidos vivos, até 2015. Estima-se que para o município de São Paulo atingir esta meta, o número de crianças infectadas pelo HIV deverá ser inferior a 50 casos, no ano. Em 2012, foram registrados 25 casos entre aids e HIV (Tabela 4), no entanto, vale lembrar que a vigilância do HIV não é compulsória, embora recomendada no Município e a da criança exposta não está integralmente inserida no Sistema de Agravos de Notificação (Sinan). Se realizarmos o cálculo deste indicador, o mesmo poderá estar subestimado devido a subnotificação destes casos. Esforços devem ser despendidos na testagem precoce do HIV, na realização de pré-natal, na utilização de todas as medidas preconizadas para evitar a TVHIV, bem como, o acompanhamento adequado de todas as crianças expostas ao vírus.
Tabela 1. Casos notificados de aids e taxa de incidência* (TI) em menores de 13 anos de idade, segundo idade (anos) e ano de diagnóstico, município de São Paulo, 1984 a 2013**. Idade Ano 0 a 4 anos 5 a 9 anos de diagnóstico N TI N TI 1984 - - 1 0,1 1985 4 0,4 - - 1986 2 0,2 2 0,2 1987 26 2,7 2 0,2 1988 40 4,2 - - 1989 52 5,6 3 0,3 1990 76 8,4 8 0,9 1991 90 10,2 10 1,1 1992 98 11,1 8 0,9 1993 86 9,7 17 1,8 1994 118 13,4 15 1,7 1995 133 15,1 14 1,6 1996 135 15,3 24 2,7 1997 150 17,0 30 3,5 1998 121 13,7 20 2,3 1999 112 12,7 27 3,2 2000 99 11,3 29 3,5 2001 88 10,2 34 4,1 2002 65 7,7 27 3,3 2003 65 7,8 43 5,3 2004 27 3,3 27 3,4 2005 28 3,5 12 1,5 2006 26 3,3 18 2,3 2007 18 2,4 13 1,7 2008 18 2,4 7 0,9 2009 18 2,5 4 0,5 2010 18 2,5 9 1,2 2011 17 2,3 4 0,5 2012 17 2,3 3 0,4 2013 3 ... 4 ...
Total*** 10 a 12 anos*** N TI N TI - ... 1 ... - ... 4 ... 3 ... 7 ... 1 ... 29 ... 4 ... 44 ... 5 ... 60 ... 5 ... 89 ... 2 0,4 102 4,3 2 0,4 108 4,5 3 0,5 106 4,5 4 0,7 137 5,9 6 1,1 153 6,6 5 0,9 164 7,1 13 2,4 193 8,5 8 1,5 149 6,6 3 0,6 142 6,3 4 0,8 132 5,9 5 1,0 127 5,8 7 1,3 99 4,5 10 1,9 118 5,5 8 1,5 62 2,9 9 1,7 49 2,3 10 1,9 54 2,6 11 2,1 42 2,0 6 1,2 31 1,5 10 1,9 32 1,6 4 0,8 31 1,6 1 0,2 22 1,1 1 0,2 21 1,1 - ... 7 ...
Total
150
1.750
415
2.315
Fonte: Sinan W/Net - CCD/COVISA Notas: * Taxa de incidência por 100.000 crianças menores de 13 anos de idade-ano. Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE **Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal *** Não foi calculada a TI para os anos de 1984 a 1990 por falta de dados populacionais para a faixa etária de 10 a 12 anos
1 PAHO. 2012 Progress Report: Elimination of Mother-to-Child Transmission of HIV and Congenital Syphilis in the Americas.
70
TRANSMISSÃO VERTICAL
Tabela 2. Casos notificados de aids em menores de 13 anos de idade segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, município de São Paulo, 1984 a 2013*.
Categoria de exposição
Ano de
Homossexual
diagnóstico
Heterossexual
UDI**
Hemofilia
Transfusão***
Transmissão
vertical
N
Ignorada
Total
N
%
N
%
N
%
%
N
%
N
%
N
%
1984
-
-
-
-
-
-
1 100,0
-
-
-
-
-
-
N
1 100,0
%
1985
-
-
-
-
-
-
2
50,0
1
25,0
-
-
1
25,0
4 100,0
1986
-
-
-
-
-
-
5
62,5
2
25,0
-
-
-
-
8 100,0
1987
-
-
-
-
-
-
3
10,3
7
24,1
17
58,6
2
6,9
29 100,0
1988
1
2,3
-
-
2
4,5
-
-
6
13,6
33
75,0
2
4,5
44 100,0
1989
-
-
-
-
1
1,7
2
3,3
6
10,0
47
78,3
4
6,7
60 100,0
1990
-
-
-
-
1
1,1
5
5,6
6
6,7
70
78,7
7
7,9
89 100,0
1991
-
-
-
-
-
-
2
2,0
4
3,9
91
89,2
5
4,9
102 100,0
1992
-
-
-
-
-
-
2
1,9
2
1,9
97
89,8
7
6,5
108 100,0
1993
-
-
-
-
-
-
2
1,9
4
3,8
92
86,8
8
7,5
106 100,0
1994
-
-
-
-
-
-
1
0,7
4
2,9
121
88,3
11
8,0
137 100,0
1995
-
-
-
-
-
-
-
-
3
2,0
134
87,6
16
10,5
153 100,0
1996
-
-
-
-
-
-
-
-
3
1,8
145
88,4
16
9,8
164 100,0
1997
-
-
-
-
-
-
-
-
1
0,5
183
95,3
9
4,7
192 100,0
1998
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
136
91,3
13
8,7
149 100,0
1999
-
-
1
0,7
-
-
1
0,7
1
0,7
125
88,0
14
9,9
142 100,0
2000
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
106
80,3
26
19,7
132 100,0
2001
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
108
85,0
19
15,0
127 100,0
2002
-
-
-
-
-
-
-
-
1
1,0
84
84,8
14
14,1
99 100,0
2003
-
-
1
0,8
-
-
-
-
1
0,8
101
85,6
15
12,7
118 100,0
2004
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
54
87,1
8
12,9
62 100,0
2005
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
46
93,9
3
6,1
49 100,0
2006
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
45
83,3
9
16,7
54 100,0
2007
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
40
95,2
2
4,8
42 100,0
2008
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
28
90,3
3
9,7
31 100,0
2009
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
26
81,3
6
18,8
32 100,0
2010
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
31 100,0
-
-
31 100,0
2011
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
21
95,5
1
4,5
22 100,0
2012
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
18
85,7
3
14,3
21 100,0
-
7 100,0
2013
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Total
1
0,0
2
0,1
4
0,2
26
1,1
52
-
7 100,0
2,2 2.006
86,7
224
9,7 2.315 100,0
Fonte: Sinan W/Net - CCD/COVISA Notas: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal **UDI - Uso de drogas injetáveis ***Transfusão - Todos os casos por transfusão de sangue são reinvestigados de acordo com algorítmo do Departamento de DST, Aids e Hepatites virais MS
71
72 2002
2003
2004
%
-
-
-
-
7
8
-
-
13 anos e mais -
16 1,3
1 0,1
4 0,3
8 0,7
10 0,8
11 0,9
23 1,9
-
-
-
2 1,9
1 0,9
-
2 1,9
3 2,8
2 1,9
5 4,7
12 11,3
9 8,5
15 14,2
13 12,3
N
%
-
5 4,4
-
2 1,8
1 0,9
3 2,7
7 6,2
6 5,3
5 4,4
8 7,1
12 10,6
15 13,3
12 10,6
14 12,4
23 20,4
97 100,0 1195 100,0 106 100,0 113 100,0
-
45 3,8
35 2,9
N
%
-
-
N
%
-
6 5,6
4 3,7
-
3 2,8
5 4,7
8 7,5
5 4,7
7 6,5
8 7,5
10 9,3
10 9,3
13 12,1
10 9,3
18 16,8
85 100,0 107 100,0
1 1,2
-
1 1,2
4 4,7
-
3 3,5
3 3,5
4 4,7
10 11,8
9 10,6
10 11,8
16 18,8
11 12,9
13 15,3
Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
Fonte: Sinan W/Net - CCD/COVISA
Total
-
-
-
11
12
-
-
-
9
10
-
-
-
-
5
6
49 4,1
4 4,1 103 8,6
1 1,0
3
4
26 26,8 200 16,7
12 12,4 138 11,5
1
2
19 17,9
N
23 21,7
< de 01 ano 54 55,7 552 46,2
%
N
N
a 1999
a 1989
%
1990
1987
(anos) %
60 100,0
6 10,0
2 3,3
1 1,7
2 3,3
6 10,0
7 11,7
3 5,0
4 6,7
4 6,7
5 8,3
1 1,7
4 6,7
6 10,0
9 15,0
N
N
%
50 100,0
4 8,0
2 4,0
4 8,0
1 2,0
2 4,0
3 6,0
4 8,0
1 2,0
1 2,0
4 8,0
3 6,0
5 10,0
5 10,0
11 22,0
%
51 100,0
6 11,8
2 3,9
3 5,9
2 3,9
3 5,9
1 2,0
4 7,8
2 3,9
6 11,8
2 3,9
3 5,9
3 5,9
2 3,9
12 23,5
N
2006
2005
2001
2000
Ano de diagnóstico
Idade
%
46 100,0
6 13,0
2 4,3
2 4,3
5 10,9
3 6,5
3 6,5
3 6,5
3 6,5
1 2,2
1 2,2
2 4,3
1 2,2
6 13,0
8 17,4
N
2007 %
-
-
35 100,0
7 20,0
-
2 5,7
2 5,7
1 2,9
3 8,6
1 2,9
2 5,7
-
1 2,9
3 8,6
2 5,7
3 8,6
8 22,9
N
2008 %
-
- -
31 100,0
5 16,1
3 9,7
1 3,2
1 3,2
1 3,2
1 3,2
1 3,2
-
-
1 3,2
4 12,9
-
6 19,4
7 22,6
N
2009 %
-
-
- 41 100,0
10 24,4
-
3 7,3
1 2,4
4 9,8
1 2,4
-
2 4,9
2 4,9
2 4,9
-
6 14,6
2 4,9
8 19,5
N
2010
Tabela 3. Casos notificados de aids por transmissão vertical segundo idade e ano de diagnóstico, município de São Paulo, 1987 a 2013*.
%
-
-
-
-
-
27 100,0
6 22,2
1 3,7
-
-
-
-
2 7,4
1 3,7
1 3,7
2 7,4
1 3,7
-
2 7,4
11 40,7
N
2011 %
- - -
-
-
-
-
23 100,0
5 21,7
-
-
-
1 4,3
1 4,3
-
-
-
2 8,7
-
3 13,0
5 21,7
6 26,1
N
2012
N
% - 317 15,3
- 763 36,7
%
Total
- 174 8,4
- -
-
-
-
71 3,4
22 1,1
28 1,3
32 1,5
42 2,0
65 3,1
50 2,4
73 3,5
10 100,0 2077 100,0
3 30,0
-
-
-
-
1 10,0
-
2 20,0
99 4,8
- 110 5,3 1 10,0
-
-
3 30,0 231 11,1
-
-
N
2013
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
TRANSMISSÃO VERTICAL
Tabela 4. Casos de HIV e AIDS notificados em menores de 13 anos de idade, óbitos reportados ao ano do diagnóstico de AIDS, taxa de letalidade por AIDS (TL), óbitos por ano de ocorrência, taxa de mortalidade* (TM ) e estimativa do número de crianças vivendo com HIV/AIDS, segundo ano de diagnóstico, município de São Paulo, 1984 a 2013**. Ano
Casos HIV Casos AIDS
de diagnótico
Óbitos reportados ao ano de diagnóstico de AIDS
Óbitos por ano Crianças vivendo de ocorrência
com HIV/AIDS
N
N
N
TL (%)
N
TM*
N
1984
-
1
1
100,0
1
...
-
1985
-
4
3
75,0
1
...
3
1986
-
7
4
57,1
1
...
9
1987
-
29
24
82,8
13
...
25
1988
-
44
33
75,0
21
...
48
1989
1
60
47
78,3
37
...
72
1990
1
89
56
62,9
49
...
113
1991
1
102
79
77,5
60
2,5
156
1992
-
108
74
68,5
70
2,9
194
1993
3
106
80
75,5
61
2,6
242
1994
-
137
76
55,5
70
3,0
309
1995
1
153
76
49,7
70
3,0
393
1996
4
164
70
42,7
81
3,5
480
1997
4
193
85
44,0
74
3,2
603
1998
10
149
51
34,2
51
2,3
711
1999
7
142
41
28,9
40
1,8
820
2000
12
132
31
23,5
34
1,5
930
2001
12
127
29
22,8
28
1,3
1.041
2002
12
99
19
19,2
27
1,2
1.125
2003
6
118
13
11,0
20
0,9
1.229
2004
7
62
8
12,9
17
0,8
1.281
2005
6
49
10
20,4
19
0,9
1.317
2006
4
54
9
16,7
17
0,8
1.358
2007
5
42
7
16,7
16
0,8
1.389
2008
5
31
5
16,1
18
0,9
1.407
2009
9
32
5
15,6
19
0,9
1.429
2010
6
31
2
6,5
7
0,4
1.459
2011
4
22
2
9,1
9
0,5
1.476
2012
4
21
1
4,8
7
0,4
1.494
3
...
1.498
2013
-
7
-
-
Total
124
2.315
941
40,6
941
Fonte: Sinan W/Net - CCD/COVISA Notas: * Taxa de mortalidade por 100.000 crianças menores de 13 anos de idade-ano. Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE **Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
73
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Figura 1. Taxa de incidência* (TI) e de mortalidade* (TM) em crianças com aids, menores de 13 anos de idade, segundo ano de diagnóstico, município de São Paulo, 1991 a 2012**.
9 8 7
TI e TM
6 5 4 3 2 1 0
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Ano de diagnóstico TI
TM
Fonte:Sinan W/Net - CCD/COVISA Notas: *TI e TM por 100.000 crianças menores de 13 anos de idade-ano. Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE **Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
Figura 2. Casos notificados de HIV/AIDS e óbitos em menores de 13 anos de idade e crianças vivendo com HIV/AIDS, município de São Paulo, 1984 a 2013*. 1600
1498
Nº de casos/óbito
1400 1200 1000 800 600 400 200 0
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
Ano de diagnóstico/óbito Casos HIV/AIDS
Óbitos
Fonte:Sinan W/Net - CCD/COVISA Nota:*Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
74
Crianças vivendo com HIV/AIDS
2010
2012
Fonte: Sinan W/Net - CCD/COVISA Notas: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
CRS e SUVIS
Ano de diagnóstico 1984 1990 2000 2006 2007 2008 2009 a 1989 a 1999 a 2005 N % N % N % N % N % N % N % CRS Centro-Oeste 29 20,0 184 13,7 56 9,5 5 9,3 5 11,9 2 6,5 2 6,3 Butantã 5 3,4 39 2,9 17 2,9 2 3,7 2 4,8 1 3,2 Lapa-Pinheiros 4 2,8 48 3,6 14 2,4 1 1,9 1 2,4 1 3,1 Sé 20 13,8 97 7,2 25 4,3 2 3,7 2 4,8 1 3,2 1 3,1 CRS Leste 22 15,2 274 20,4 119 20,3 7 13,0 10 23,8 5 16,1 15 46,9 Cidade Tiradentes 1 0,7 19 1,4 14 2,4 2 4,8 1 3,2 Ermelino Matarazzo 23 1,7 15 2,6 2 3,7 1 2,4 2 6,3 Guaianases 4 2,8 42 3,1 11 1,9 1 1,9 3 7,1 3 9,4 Itaim Paulista 1 0,7 22 1,6 17 2,9 1 1,9 1 3,1 Itaquera 8 5,5 74 5,5 28 4,8 1 2,4 3 9,7 2 6,3 São Mateus 5 3,4 33 2,5 15 2,6 3 5,6 4 12,5 São Miguel 3 2,1 61 4,5 19 3,2 3 7,1 1 3,2 3 9,4 CRS Norte 37 25,5 294 21,9 129 22,0 15 27,8 12 28,6 13 41,9 3 9,4 Casa Verde-Cachoeirinha 3 2,1 59 4,4 17 2,9 5 9,3 2 4,8 6 19,4 Freguesia do Ó-Brasilândia 13 9,0 74 5,5 26 4,4 6 11,1 3 7,1 3 9,7 1 3,1 Jaçanã-Tremembé 17 1,3 18 3,1 1 2,4 1 3,1 Perus-Pirituba 2 1,4 47 3,5 35 6,0 3 5,6 3 7,1 3 9,7 Santana-Tucuruvi 14 9,7 69 5,1 21 3,6 2 4,8 1 3,2 Vila Maria-Vila Guilherme 5 3,4 28 2,1 12 2,0 1 1,9 1 2,4 1 3,1 CRS Sudeste 39 26,9 312 23,2 144 24,5 10 18,5 7 16,7 7 22,6 5 15,6 Ipiranga 5 3,4 40 3,0 16 2,7 3 5,6 1 2,4 1 3,2 1 3,1 Mooca-Aricanduva 11 7,6 87 6,5 33 5,6 1 1,9 1 2,4 3 9,7 1 3,1 Penha 4 2,8 54 4,0 28 4,8 2 4,8 1 3,2 1 3,1 Vila Mariana-Jabaquara 13 9,0 56 4,2 35 6,0 2 3,7 1 2,4 2 6,5 1 3,1 Vila Prudente-Sapopemba 6 4,1 75 5,6 32 5,5 4 7,4 2 4,8 1 3,1 CRS Sul 16 11,0 199 14,8 92 15,7 13 24,1 5 11,9 3 9,7 6 18,8 Campo Limpo 2 1,4 33 2,5 20 3,4 1 1,9 2 4,8 Capela do Socorro 2 1,4 29 2,2 19 3,2 4 7,4 1 3,2 3 9,4 Cid Ademar-Sto Amaro 12 8,3 109 8,1 26 4,4 4 7,4 3 7,1 1 3,2 2 6,3 M’Boi Mirim 23 1,7 25 4,3 2 3,7 1 3,2 1 3,1 Parelheiros 5 0,4 2 0,3 2 3,7 Ignorada 2 1,4 80 6,0 47 8,0 4 7,4 3 7,1 1 3,2 1 3,1 Total MSP 145 100,0 1.343 100,0 587 100,0 54 100,0 42 100,0 31 100,0 32 100,0 N 3 1 2 4 1 1 1 1 6 2 1 3 10 2 1 6 1 6 2 1 2 1 2 31
% 9,7 3,2 6,5 12,9 3,2 3,2 3,2 3,2 19,4 6,5 3,2 9,7 0,0 32,3 6,5 3,2 19,4 3,2 19,4 6,5 3,2 6,5 3,2 6,5 100,0
2010 N 3 1 2 8 2 1 1 3 1 6 1 4 1 2 1 1 3 2 1 22
% 13,6 4,5 9,1 36,4 9,1 4,5 4,5 13,6 4,5 27,3 4,5 18,2 4,5 9,1 4,5 4,5 13,6 9,1 4,5 100,0
2011 N 3 3 2 1 1 4 3 1 6 3 1 2 5 4 1 1 21
% 14,3 14,3 9,5 4,8 4,8 19,0 14,3 4,8 28,6 14,3 4,8 9,5 23,8 19,0 4,8 4,8 100,0
2012 N 1 1 1 1 3 1 1 1 1 1 1 1 7
% N 14,3 293 66 14,3 72 - 155 14,3 467 40 44 65 42 - 121 14,3 64 91 42,9 522 92 - 132 14,3 40 14,3 101 14,3 108 49 14,3 543 72 - 138 98 14,3 113 - 122 14,3 349 60 14,3 61 - 162 55 11 - 141 100,0 2.315
% 12,7 2,9 3,1 6,7 20,2 1,7 1,9 2,8 1,8 5,2 2,8 3,9 22,5 4,0 5,7 1,7 4,4 4,7 2,1 23,5 3,1 6,0 4,2 4,9 5,3 15,1 2,6 2,6 7,0 2,4 0,5 6,1 100,0
2013 Total
Tabela 5. Casos notificados de aids em menores de 13 anos de idade segundo Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e Supervisão de Vigilância em Saúde (SUVIS) de residência e ano de diagnóstico, município de São Paulo, 1984 a 2013*.
TRANSMISSÃO VERTICAL
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
3. 2. Transmissão vertical dA SÍFILIS 3.2.1. GESTANTE A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, curável, que pode apresentar como desfechos na gestação: aborto, natimorto e sífilis congênita. Para evitar estas complicações, o protocolo de pré-natal e a Portaria nº 569 do Ministério da Saúde, de 01/07/2000 preconizam a realização de sorologia diagnóstica na primeira consulta, idealmente no primeiro trimestre de gestação, no início do terceiro trimestre e no momento do parto. Desde 2005, a sífilis na gestação é um agravo de notificação compulsória, através de Portaria Ministerial. Essa estratégia do Ministério da Saúde explicita o problema da sífilis e suas repercussões no ciclo gravídico-puerperal, permitindo ações eficazes para seu controle, com o objetivo de alcançar a meta de eliminação da sífilis congênita até o ano de 2015. A eliminação da sífilis congênita, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), significa ter no máximo a ocorrência de 0,5 caso por 1.000 nascidos vivos (1 caso para 2.000 nascidos vivos). Desde 2008, o número de nascidos vivos (NV) no município de São Paulo (MSP) apresenta aumento discreto, com média de 174.000 ao ano, bem como o número de mulheres em idade fértil (15 a 49 anos) e, a notificação de casos de sífilis na gestação vem aumentando ano a ano, em todas as Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) (Gráfico 1). No período de 2007 a 2013 (até 30/06/2013), foram notificados 6.758 casos de gestantes com sífilis (Tabela 1). As notificações aumentaram aproximadamente 6 vezes, quando comparados os anos 2007 e 2012 (passou de 280 para 1.746 casos). Esta elevação, pode ser decorrente do aprimoramento no diagnóstico e captação de casos, melhora da informação e redução da subnotificação. Entretanto, com o recrudescimento da sífilis adquirida, é possível o aumento de casos, especialmente, em gestantes com maior vulnerabilidade (adolescentes, usuárias de drogas lícitas ou ilícitas, imigrantes, parceiras de presidiários, vivendo em situação de rua, privadas de liberdade, vítimas de violência doméstica, dentre outras). Entre 2010 e 2012, o número de casos de gestantes com sífilis aumentou cerca de 100%, enquanto que o incremento no número de serviços notificadores foi de 32% (Gráfico 2). A taxa de detecção (TD) de gestantes com sífilis sugere a capacidade do município e de suas regiões em detectar gestações cursando com sífilis, durante o pré-natal 1. Espera-se que, quanto maior a TD de gestantes com sífilis, menor será o número de casos de sífilis congênita, uma vez que estas grávidas estão sendo diagnosticadas e tratadas oportunamente. Esta taxa vem aumentando desde 2007 e, em 2012, no MSP atingiu o índice de 9,9 gestantes com sífilis por 1.000 NV-ano (Tabela 2). Positivamente, doze Supervisões Técnicas de Saúde (STS) apresentaram TD com valores acima do Município, destacando-se a STS Sé (CRS Centro-Oeste), com 15,8; Guaianases (CRS Leste), 15,3; Vila Maria/Vila Guilherme (CRS Norte), 14,7; Santana/Jaçanã (CRS Norte), 13,3 e Ermelino Matarazzo (CRS Leste), 13,1. As diferentes TD dentro da mesma CRS mostram que o trabalho deve ser diferenciado por STS. Devem ser investidos esforços para que as demais STS aumentem suas TD, especialmente Itaquera (CRS Leste) e Parelheiros (CRS Sul), com as menores taxas, 5,3 e 5,4 por 1.000 NV-ano em 2012, respectivamente (Tabela 2 e Gráfico 4). Apesar da maior parte dos casos de gestantes com sífilis estar na faixa etária de 20 a 29 anos (48%), chamou a atenção a proporção de casos entre adolescentes (15%), com 19 anos ou menos de idade, entre 2007 e 2013 (até 30/06/2013). Nos últimos seis anos, o número de casos nesta população aumentou aproximadamente 10 vezes (de 28 casos, em 2007, para 293, em 2012) (Tabela 3). Em relação a raça/cor, gestantes com sífilis de cor preta e parda apresentaram, cada uma, elevação de aproximadamente oito vezes no número de casos, enquanto que as gestantes de cor branca aumentaram cinco vezes, quando comparados os anos 2007 e 2012 (Tabela 3). É sabido que mulheres de cor preta vivenciam mais situações de vulnerabilidade do que as de cor branca, enfatizando a necessidade de ações voltadas para esta população. 1 Taxa de detecção: No Numerador é considerado o número de gestantes com sífilis, num determinado período e local, no Denominador o número de nascidos vivos, como “proxy” do número de gestantes, num determinado período e local, e o resultado é multiplicado por 1.000.
76
TRANSMISSÃO VERTICAL
O número de gestantes com Ensino Médio completo elevou-se 10 vezes, quando comparado 2012 a 2007 (passou de 34 para 343 casos). No país ocorreu um aumento da escolaridade na população geral, mas apesar deste fato, 34% das gestantes com sífilis não concluíram o Ensino Fundamental, em 2012 (Tabela 3). No MSP o diagnóstico da sífilis é realizado com testes treponêmico e não treponêmico e, durante o pré-natal, é obrigatória a realização destes exames. A Tabela 4 mostra um aumento na porcentagem de testes não treponêmicos (VDRL) não reagentes de 0,9% no ano 2009 para 13,1% no ano de 2012, fato que pode ser explicado pela mudança do algoritmo laboratorial convencional e introdução, em outubro de 2010, de um algoritmo alternativo para o diagnóstico laboratorial da sífilis, estando implantado em toda rede pública e conveniada de laboratórios em 2012. Enquanto o algoritmo convencional realiza a triagem sorológica com um teste não treponêmico (VDRL) seguido, nos resultados reagentes, de um teste treponêmico (TPHA ou Elisa ou FTA-Abs) para confirmação, o algoritmo alternativo preconiza a inversão dos métodos, a triagem com teste treponêmico (ELISA) e, diante de resultado reagente, é realizado o teste não treponêmico (VDRL). Nos resultados divergentes acrescenta-se um segundo teste treponêmico (TPHA). Dessa forma, a triagem sorológica pelo teste treponêmico, aumentou a sensibilidade e especificidade do diagnóstico nas situações em que o teste não treponêmico apresentar resultado falso reagente. Entretanto, ainda foram identificadas 27 e 108 gestantes que não realizaram teste não treponêmico (VDRL) e teste treponêmico, respectivamente, no período de 2011 a 2013 (Tabela 4). O início do pré-natal deve ocorrer no primeiro trimestre de gestação. Dos casos notificados 74% deram entrada no prénatal até o segundo trimestre de gestação. No entanto, ainda observa-se um número de mulheres que inicia o pré-natal no terceiro trimestre de gestação (n=1.565). Estes casos aumentaram 91% (Tabela 4) quando comparados os anos 2010 e 2012 (de 192 para 367 gestantes). É de extrema importância a captação precoce das mulheres grávidas para o pré-natal, permitindo o diagnóstico de sífilis e tratamento adequado da gestante e de seu parceiro, para a prevenção da sífilis congênita. Neste sentido, a entrada e todo acompanhamento da gestante nos serviços de saúde sempre devem ser priorizados. Ações para busca ativa das faltosas ou daquelas que abandonaram o serviço devem ser intensificadas. Parcerias com os gestores e diversos atores como, Atenção Básica, Saúde da Mulher, Vigilância Epidemiológica, dentre outros são importantes para a identificação e resolução de problemas na rede assistencial. É uma grande preocupação a correta classificação clínica das gestantes com sífilis. A forma latente responsável por 42% dos casos, apresentou elevação de duas vezes na comparação de 2012 a 2010 (de 353 casos para 860). Por outro lado, a forma primária aumentou 73% e a forma terciária 53% (Tabela 4). É de conhecimento as dificuldades para a identificação do cancro (forma primária) na mulher, sendo necessária a realização de exame colposcópio para o diagnóstico desta lesão e, em relação à forma terciária, vale ressaltar que é mais rara entre os portadores de sífilis. Atualmente, a forma latente, especialmente com tempo indeterminado, é a mais frequente no nosso meio. Na análise dos esquemas terapêuticos, observa-se que os mesmos corroboram com as dificuldades na classificação clínica, mencionadas acima. Em 2012, nota-se que 79% foram tratadas com 7.200.000UI de Penicilina benzatina, dosagem que está indicada para as fases latente tardia (com mais de um ano de duração), latente de tempo indeterminado e terciária que totalizaram 59,5% da classificação clínica (Tabela 4). No período de 2007 a 2013 (30/06/2013), 46% da forma primária e 60,5% da secundária receberam três doses de Penicilina benzatina, no entanto, mais preocupante é o fato de 335 e 344 gestantes, em pré-natal, não terem sido tratadas ou receberam doses de Penicilina benzatina inferiores a recomendada para a classificação clínica, respectivamente (Tabela 5). Essa disparidade entre classificação clínica e tratamento aponta para a necessidade de atualização dos profissionais da rede em relação ao manejo correto frente ao diagnóstico de sífilis. A única droga que atravessa a barreira placentária, capaz de tratar mãe e concepto, é a Penicilina benzatina. No ano de 2012, em cerca de 7% (n=118) das gestantes com sífilis, que realizaram o pré-natal, não foi possível prevenir a sífilis congênita, devido à utilização de outro esquema terapêutico (n=17 casos) ou não tratamento da gestante (n=77 casos) ou tratamento ignorado (n=24 casos) (Tabela 4). Este fato contribuiu para a permanência hospitalar dos recém-nascidos, para tratamento com penicilina cristalina, durante 10 dias. Em relação ao tratamento do parceiro sexual houve grande melhora na qualidade da informação que era ignorada/em branco em 88,2% em 2007 caindo para 8,9% em 2012. O número de parceiros tratados foi 2,5 vezes maior ao se comparar 2012 a 2010. Apesar da melhora na busca e captação do parceiro, cerca de 39% (n=1.973) dos parceiros não recebem tratamento, desde 2010 (Tabela 4).
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Como a porta de entrada da gestante no sistema de saúde é a Atenção Básica, o diagnóstico, tratamento e notificação da sífilis devem ser assegurados nesta esfera da atenção, para evitar a sífilis congênita. No caso de diagnóstico da sífilis materna realizado apenas no momento da internação para o parto, essa mulher e seu parceiro sexual devem ser tratados e realizado o seguimento de cura pela Unidade Básica de Saúde, conforme o protocolo clínico e, o recém nascido deve receber tratamento hospitalar e ser notificado como caso de sífilis congênita.
Tabela 1. Casos notificados de gestantes com sífilis segundo Coordenadorias Regional de Saúde (CRS) e Supervisões Técnicas de Saúde de residência e ano de diagnóstico, município de São Paulo, 2007 a 2013*. Ano de diagnóstico CRS/ STS 2007 2008 2009 2010 2011 2012 N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Centro-Oeste 43 15,4 73 12,1 86 11,2 87 10,0 149 9,7 177 10,1 Butantã 10 3,6 12 2,0 29 3,8 27 3,1 44 2,8 50 2,9 Lapa/Pinheiros 10 3,6 18 3,0 11 1,4 24 2,8 36 2,3 40 2,3 Sé 23 8,2 43 7,1 46 6,0 37 4,3 68 4,4 86 4,9 Leste 35 12,5 94 15,6 123 16,1 147 17,0 376 24,4 406 23,3 Cid. Tiradentes 2 0,7 10 1,7 26 3,4 21 2,4 46 3,0 49 2,8 Ermelino Matarazzo 5 1,8 14 2,3 14 1,8 11 1,3 41 2,7 43 2,5 Guaianases 2 0,7 10 1,7 23 3,0 30 3,5 49 3,2 61 3,5 Itaim Paulista 3 1,1 13 2,2 13 1,7 24 2,8 64 4,1 77 4,4 Itaquera 5 1,8 12 2,0 15 2,0 30 3,5 69 4,5 63 3,6 São Mateus 10 3,6 13 2,2 13 1,7 15 1,7 34 2,2 45 2,6 São Miguel 8 2,9 23 3,8 20 2,6 16 1,8 73 4,7 69 4,0 Norte 39 13,9 117 19,4 168 22,0 149 17,2 363 23,5 430 24,6 C. Verde/ Cachoeirinha 10 3,6 22 3,6 29 3,8 20 2,3 67 4,3 67 3,8 Freguesia do Ó 4 1,4 20 3,3 38 5,0 29 3,3 70 4,5 91 5,2 Jaçanã/ Tremembé 7 2,5 34 5,6 42 5,5 32 3,7 59 3,8 88 5,0 Perus/ Pirituba 6 2,1 23 3,8 20 2,6 28 3,2 83 5,4 90 5,2 Santana/ Tucuruvi/Tremembe 11 3,9 37 6,1 50 6,5 43 5,0 82 5,3 111 6,4 Vila Maria 8 2,9 15 2,5 32 4,2 29 3,3 61 4,0 72 4,1 Sudeste 103 36,8 144 23,9 161 21,0 196 22,6 312 20,2 330 18,9 Mooca/ Aricanduva 30 10,7 58 9,6 57 7,5 50 5,8 90 5,8 89 5,1 Ipiranga 16 5,7 22 3,6 27 3,5 42 4,8 67 4,3 62 3,6 Vila Mariana/ Jabaquara 12 4,3 16 2,7 22 2,9 33 3,8 49 3,2 40 2,3 Penha 30 10,7 22 3,6 25 3,3 43 5,0 76 4,9 73 4,2 Vila Prudente 15 5,4 25 4,1 28 3,7 27 3,1 31 2,0 65 3,7 Sul 60 21,4 175 29,0 227 29,7 287 33,1 344 22,3 403 23,1 Campo Limpo 16 5,7 52 8,6 57 7,5 66 7,6 103 6,7 99 5,7 Capela do Socorro 6 2,1 21 3,5 42 5,5 71 8,2 67 4,3 87 5,0 M Boi Mirim 21 7,5 56 9,3 71 9,3 84 9,7 80 5,2 104 6,0 Santo Amaro/ Cid. Ademar 17 6,1 38 6,3 46 6,0 58 6,7 80 5,2 99 5,7 Parelheiros - - 8 1,3 11 1,4 8 0,9 14 0,9 14 0,8 Total MSP 280 100,0 603 100,0 765 100,0 866 100,0 1.544 100,0 1.746 100,0
Total 2013
N (%) N (%) 91 9,5 706 10,4 32 3,4 204 3,0 16 1,7 155 2,3 43 4,5 346 5,1 217 22,7 1.398 20,7 21 2,2 175 2,6 18 1,9 146 2,2 41 4,3 216 3,2 37 3,9 231 3,4 34 3,6 228 3,4 27 2,8 157 2,3 39 4,1 248 3,7 192 20,1 1.458 21,6 42 4,4 257 3,8 38 4,0 290 4,3 47 4,9 309 4,6 36 3,8 286 4,2 53 5,6 387 5,7 23 2,4 240 3,6 197 20,6 1.443 21,4 53 5,6 427 6,3 26 2,7 262 3,9 29 3,0 201 3,0 46 4,8 315 4,7 43 4,5 234 3,5 257 26,9 1.753 25,9 60 6,3 453 6,7 66 6,9 360 5,3 63 6,6 479 7,1 50 5,2 388 5,7 18 1,9 73 1,1 954 100,0 6.758 100,0
Fonte: Sinan Net - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
78
Fonte: Sinan Net - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
Ano de diagnóstico Total CRS/ STS 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2007- 2013 N TD N TD N TD N TD N TD N TD N % Centro-Oeste 43 2,3 73 3,8 86 4,4 87 4,5 149 7,6 177 9,0 705 10,4 Butantã 10 1,4 12 1,7 29 4,0 27 3,8 44 6,1 50 7,0 204 3,0 Lapa/Pinheiros 10 1,5 18 2,8 11 1,6 24 3,5 36 5,1 40 5,7 155 2,3 Sé 23 4,2 43 7,8 46 8,1 37 6,7 68 12,4 86 15,8 346 5,1 Leste 35 0,9 94 2,4 123 3,1 147 3,7 376 9,4 406 10,0 1.401 20,7 Cidade Tiradentes 2 0,6 10 2,8 26 6,9 21 5,5 46 12,1 49 12,2 175 2,6 Ermelino Matarazzo 5 1,6 14 4,4 14 4,5 11 3,4 41 13,3 43 13,1 146 2,2 São Miguel 2 0,3 10 1,6 23 3,5 30 4,9 49 7,8 61 10,1 216 3,2 Guaianases 3 0,6 13 2,8 13 2,6 24 4,9 64 12,9 77 15,3 231 3,4 Itaim Paulista 5 0,8 12 1,9 15 2,4 30 4,8 69 10,9 63 9,9 228 3,4 Itaquera 10 1,2 13 1,5 13 1,6 15 1,8 34 4,0 45 5,3 157 2,3 São Mateus 8 1,2 23 3,2 20 2,8 16 2,3 73 10,1 69 9,6 248 3,7 Norte 39 1,1 117 3,3 169 4,8 149 4,2 363 10,3 430 12,3 1.460 21,6 Casa Verde/Cachoeirinha 10 1,9 22 4,2 29 5,4 20 3,8 67 12,7 67 12,7 257 3,8 Freguesia/Brasilândia 4 0,6 20 2,7 38 5,2 29 4,0 70 9,6 91 12,7 290 4,3 Pirituba/Perus 7 0,8 23 2,4 20 2,2 28 3,0 83 8,6 90 9,6 286 4,2 Santana/Jaçanã 6 0,7 37 4,2 50 5,9 43 5,0 82 9,8 111 13,3 387 5,7 Vila Maria/Vila Guilherme 11 2,4 15 3,1 32 6,6 29 6,0 61 12,6 72 14,7 240 3,6 Sudeste 103 2,9 143 4,0 159 4,5 195 5,4 313 8,7 329 9,1 1.439 21,3 Ipiranga 16 2,5 22 3,5 27 4,2 42 6,6 67 10,2 62 9,5 262 3,9 Mooca/Aricanduva 30 3,8 58 7,3 57 7,0 50 6,1 90 11,1 89 10,8 427 6,3 Penha 30 4,6 22 3,2 25 3,8 43 6,4 76 11,4 73 10,8 315 4,7 Vila Mariana/Jabaquara 12 1,8 16 2,3 22 3,2 33 4,7 49 7,0 40 5,8 201 3,0 Vila Prudente/Sapopemba 15 2,0 25 3,3 28 3,6 27 3,6 31 4,0 65 8,4 234 3,5 Sul 60 1,4 175 4,1 227 5,2 287 6,5 344 7,7 403 9,1 1.753 25,9 Campo Limpo 16 1,6 52 5,1 57 5,4 66 6,2 103 9,6 99 9,2 453 6,7 Capela do Socorro 6 0,6 21 2,0 42 3,9 71 6,7 67 6,3 87 8,4 360 5,3 M’Boi Mirim 21 2,1 56 5,6 71 7,0 84 8,1 80 7,5 104 10,0 479 7,1 Santo Amaro/Cidade Ademar 17 1,8 38 3,9 46 4,6 58 5,8 80 7,9 99 9,7 388 5,7 Parelheiros 0 0,0 8 3,3 11 4,5 8 3,1 14 5,3 14 5,4 73 1,1 Total MSP 280 1,6 603 3,5 765 4,4 866 5,0 1.544 8,8 1.746 9,9 6.758 100,0
Tabela 2. Casos notificados de sífilis na gestação e taxa de deteção (TD) segundo Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e Supervisão Técnica de Saúde (STS) de residência e ano de diagnóstico, município de São Paulo, 2007 a 2012*.
TRANSMISSÃO VERTICAL
79
80
Fonte: Sinan Net - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
Características Ano de diagnóstico das gestantes 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Idade (anos) 10 a 14 anos 2 0,7 4 0,7 5 0,7 6 0,7 11 0,7 14 0,8 7 0,7 49 0,7 15 a 19 anos 26 9,3 76 12,6 87 11,4 108 12,5 246 15,9 279 16,0 165 17,3 987 14,6 20 a 24 anos 71 25,4 157 26,0 185 24,2 223 25,8 375 24,3 423 24,2 245 25,7 1.679 24,8 25 a 29 anos 63 22,5 155 25,7 202 26,4 210 24,2 350 22,7 400 22,9 208 21,8 1.588 23,5 30 a 34 anos 68 24,3 108 17,9 152 19,9 165 19,1 295 19,1 313 17,9 185 19,4 1.286 19,0 35 a 39 anos 37 13,2 80 13,3 110 14,4 110 12,7 182 11,8 232 13,3 106 11,1 857 12,7 40 anos ou + 13 4,6 23 3,8 24 3,1 44 5,1 85 5,5 85 4,9 38 4,0 312 4,6 Raça/Cor Branca 136 48,6 258 42,8 317 41,4 336 38,8 582 37,7 721 41,3 365 38,3 2.715 40,2 Preta 29 10,4 78 12,9 118 15,4 107 12,4 221 14,3 230 13,2 133 13,9 916 13,6 Amarela 4 1,4 8 1,3 10 1,3 10 1,2 24 1,6 19 1,1 8 0,8 83 1,2 Parda 81 28,9 216 35,8 263 34,4 348 40,2 623 40,3 679 38,9 409 42,9 2.619 38,8 Indígena 11 3,9 18 3,0 30 3,9 28 3,2 29 1,9 27 1,5 7 0,7 150 2,2 Ign/Em branco 19 6,8 25 4,1 27 3,5 37 4,3 65 4,2 70 4,0 32 3,4 275 4,1 Escolaridade Nenhuma 4 1,4 11 1,8 7 0,9 6 0,7 24 1,6 14 0,8 5 0,5 71 1,1 1ª a 4ª série incompleta do EF 35 12,5 87 14,4 99 12,9 69 8,0 123 8,0 129 7,4 66 6,9 608 9,0 4ª séria completa do EF 30 10,7 56 9,3 60 7,8 65 7,5 96 6,2 98 5,6 51 5,3 456 6,7 5ª a 8ª série incompleta do EF 66 23,6 125 20,7 148 19,3 183 21,1 334 21,6 360 20,6 161 16,9 1.377 20,4 Ensino Fundamental completo 40 14,3 74 12,3 85 11,1 90 10,4 195 12,6 225 12,9 138 14,5 847 12,5 Ensino Médio incompleto 27 9,6 72 11,9 87 11,4 113 13,0 200 13,0 257 14,7 158 16,6 914 13,5 Ensino Médio completo 34 12,1 84 13,9 141 18,4 178 20,6 275 17,8 343 19,6 203 21,3 1.258 18,6 Educação Superior incompleta 2 0,7 3 0,5 2 0,3 10 1,2 21 1,4 20 1,1 18 1,9 76 1,1 Educação Superior completa - - 6 1,0 4 0,5 6 0,7 15 1,0 14 0,8 15 1,6 60 0,9 Ign/Em branco 42 15,0 85 14,1 132 17,3 146 16,9 261 16,9 286 16,4 139 14,6 1.091 16,1 Total 280 100,0 603 100,0 765 100,0 866 100,0 1.544 100,0 1.746 100,0 954 100,0 6.758 100,0
Tabela 3. Casos notificados de sífilis na gestação, segundo características sociodemográficas e ano de diagnóstico, município de São Paulo, 2007 a 2013* . BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Fonte: Sinan Net - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
Ano de diagnóstico Características Total 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) VDRL no PN Reagente 270 96,4 583 96,7 749 97,9 852 98,4 1.386 89,8 1.499 85,9 821 86,1 6.160 91,2 Não reagente 7 2,5 9 1,5 7 0,9 9 1,0 142 9,2 229 13,1 118 12,4 521 7,7 Não realizado 0,0 2 0,3 3 0,4 3 0,3 8 0,5 11 0,6 8 0,8 35 0,5 Ign/Branco 3 1,1 9 1,5 6 0,8 2 0,2 8 0,5 7 0,4 7 0,7 42 0,6 Teste treponêmico no PN Reagente 249 88,9 535 88,7 708 92,5 786 90,8 1.441 93,3 1.655 94,8 914 95,8 6.288 93,0 Não reagente 2 0,7 4 0,7 12 1,6 20 2,3 33 2,1 22 1,3 8 0,8 101 1,5 Não realizado 22 7,9 39 6,5 25 3,3 33 3,8 41 2,7 45 2,6 22 2,3 227 3,4 Ign/Branco 7 2,5 25 4,1 20 2,6 27 3,1 29 1,9 24 1,4 10 1,0 142 2,1 Início do PN 1º Trimestre 111 39,6 204 33,8 298 39,0 332 38,3 552 35,8 729 41,8 347 36,4 2.573 38,1 2º Trimestre 89 31,8 202 33,5 253 33,1 318 36,7 569 36,9 619 35,5 380 39,8 2.430 36,0 3º Trimestre 63 22,5 164 27,2 193 25,2 192 22,2 380 24,6 367 21,0 206 21,6 1.565 23,2 Idade gestacional ignorada 17 6,1 33 5,5 21 2,7 24 2,8 43 2,8 31 1,8 21 2,2 190 2,8 Classificação clínica da sífilis Primária 99 35,4 208 34,5 257 33,6 223 25,8 332 21,5 386 22,1 184 19,3 1.689 25,0 Secundária 29 10,4 75 12,4 78 10,2 63 7,3 76 4,9 61 3,5 36 3,8 418 6,2 Terciária 46 16,4 90 14,9 114 14,9 116 13,4 234 15,2 178 10,2 75 7,9 853 12,6 Latente 66 23,6 153 25,4 226 29,5 353 40,8 652 42,2 860 49,3 506 53,0 2.816 41,7 Ign/Branco 40 14,3 77 12,8 90 11,8 111 12,8 250 16,2 261 14,9 153 16,0 982 14,5 Tratamento prescrito Penicilina G benzatina 2.400.000UI 71 25,4 116 19,2 164 21,4 147 17,0 204 13,2 198 11,3 85 8,9 985 14,6 Penicilina G benzatina 4.800.000UI 20 7,1 63 10,4 58 7,6 46 5,3 55 3,6 50 2,9 22 2,3 314 4,6 Penicilina G benzatina 7.200.000UI 166 59,3 367 60,9 474 62,0 583 67,3 1.147 74,3 1.380 79,0 778 81,6 4.895 72,4 Outro esquema 7 2,5 19 3,2 11 1,4 17 2,0 14 0,9 17 1,0 6 0,6 91 1,3 Não realizado 10 3,6 20 3,3 45 5,9 54 6,2 99 6,4 77 4,4 48 5,0 353 5,2 Ign/Branco 6 2,1 18 3,0 13 1,7 19 2,2 25 1,6 24 1,4 15 1,6 120 1,8 Parceiro tratado Sim 11 3,9 40 6,6 132 17,3 371 42,8 819 53,0 929 53,2 504 52,8 2.806 41,5 Não 22 7,9 39 6,5 113 14,8 345 39,8 586 38,0 662 37,9 380 39,8 2.147 31,8 Ign/ Branco 247 88,2 524 86,9 520 68,0 150 17,3 139 9,0 155 8,9 70 7,3 1.805 26,7 Total 280 100,0 603 100,0 765 100,0 866 100,0 1.544 100,0 1.746 100,0 954 100,0 6.758 100,0
Tabela 4. Casos notificados de sífilis na gestação, segundo características do pré-natal (PN) e ano de diagnóstico, municípío de São Paulo, 2007 a 2013*.
TRANSMISSÃO VERTICAL
81
82
Primária N (%) 690 40,9 91 5,4 782 46,3 38 2,2 71 4,2 17 1,0 1.689 100,0
Classificação clínica Total Secundária Terciária Latente Ignorada Em branco N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) 35 8,4 17 2,0 109 3,9 80 11,0 54 21,3 985 14,6 107 25,6 12 1,4 58 2,1 33 4,5 13 5,1 314 4,6 253 60,5 784 91,9 2.446 86,9 488 67,0 142 55,9 4.895 72,4 8 1,9 6 0,7 28 1,0 9 1,2 2 0,8 91 1,3 11 2,6 32 3,8 145 5,1 76 10,4 18 7,1 353 5,2 4 1,0 2 0,2 30 1,1 42 5,8 25 9,8 120 1,8 418 100,0 853 100,0 2.816 100,0 728 100,0 254 100,0 6.758 100,0
Fonte: Sinan Net - CCD/COVISA Nota: *Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
Tratamento das gestantes Penicilina G benzatina 2.400.000UI Penicilina G benzatina 4.800.000UI Penicilina G benzatina 7.200.000UI Outro esquema Não realizado Ignorado/ em branco Total
Tabela 5. Tratamento das gestantes prescrito e classificação clínica da sífilis, MSP, 2007 a 2013. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
TRANSMISSÃO VERTICAL
Gráfico 1. Casos notificados de gestantes com sífilis segundo Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) de residência, município de São Paulo, 2007 a 2012*.
500 450 400 Nº de casos
350 300 250 200 150 100 50 0
2007
2008
2009 2010 Ano de diagnóstico
C-OESTE
LESTE
NORTE
2011
SUDESTE
2012
SUL
Fonte: Sinan Net - CCD/COVISA Nota: Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão m ensal
Gráfico 2. Casos notificados de sífilis na gestação, taxa de detecção (TD), por 1.000 Nascidos Vivos-ano (NV-ano) e número de serviços notificantes, segundo ano de diagnóstico, município de São Paulo, 2007 a 2013*.
12
2000 1800
Nº casos/serviços
1400
8
1200 1000
6
800 4
600 400
TD (por 1.000 NV-ano)
10
1600
2
200 0
2007
2008
2009
2010 2011 Ano de diagnóstico
Casos
Serviços
2012
2013*
0
Taxa Detecção
Fonte: Sinan Net - CCD/COVISA Nota: Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
83
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Gráfico 3. Taxa de detecção (TD) de gestantes com sífilis, por 1.000 Nascidos Vivos-ano (NV-ano), segundo Coordenadoria Regional de Saúde de residência, município de São Paulo, 2007 a 2012*.
14
TD (por 1.000NV-ano)
12 10 8 6 4 2 0
2007
2008
2009 2010 Ano de diagnóstico
Centro-Oeste
Leste
Norte
2011
Sudeste
Sul
2012
MSP
Fonte: Sinan Net - CCD/COVISA Nota: Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão m ensal
Gráfico 4. Casos notificados de sífilis na gestação, taxa de detecção (TD), por 1.000 Nascidos Vivos-ano (NV-ano) e número de serviços notificantes, segundo ano de diagnóstico, município de São Paulo, 2007 a 2013*.
18
TD (por 1.000 NV-ano)
16 14 12 10 8 6 4 2 0 Sé
E Matarazzo C Tiradentes
S Miguel
M'Boi
Pirit/ Perus
Supervisão Técnica de Saúde Fonte: Sinan Net - CCD/COVISA Nota: Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão mensal
84
V Prudente/Sapop Butantã Lapa/Pinh
TRANSMISSÃO VERTICAL
3. 2. 2. SÍFILIS CONGÊNITA A sífilis congênita (SC) é uma infecção causada pela disseminação hematogênica do Treponema pallidum da gestante infectada para o seu concepto e essa transmissão ocorre por via transplacentária em qualquer fase da gestação. A SC é uma doença evitável com o diagnóstico e o tratamento realizados precocemente, assim como o monitoramento da gestante com sífilis durante o pré-natal. A SC tornou-se um agravo de notificação compulsória desde 1986, através da Portaria nº 542 do Ministério da Saúde de 22 de dezembro de 1986. Essa estratégia do Ministério da Saúde explicita o problema das repercussões da sífilis não tratada em gestantes, como abortos, prematuridade, nati e neomortalidade além da infecção congênita do recém-nascido, permitindo ações eficazes de controle, com o objetivo de alcançar a meta de eliminação da sífilis congênita até o ano de 2015. A eliminação da SC, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), significa ter no máximo a ocorrência de 0,5 caso por 1.000 nascidos vivos (1 caso para 2.000 nascidos vivos). No período de janeiro de 1998 a 30 de junho de 2013 foram notificados 7.437 casos de SC em crianças residentes no município de São Paulo (Tabela 1). Comparando-se os anos de 2004 e 2012, observa-se que houve um aumento de 100% no número de casos (389 para 743 casos). A partir de 2006, observa-se no município como um todo, aumento anual de casos. Em todo período e ano a ano, o maior número de casos foi notificado pela CRS Norte, seguida da CRS Sul até 2010 e da CRS Sudeste desde 2011. Esta mudança deveu-se à redução do número de casos notificados na CRS Sul, de 140 em 2010 para 110 casos em 2011; nesse mesmo período, o número de casos notificados na CRS Sudeste passou de 86 para 154 casos. Em 2012, apenas as CRS Centro-Oeste e Sudeste, apresentaram queda no número de notificações, conforme Tabela 1 e Gráfico 1. O coeficiente de incidência de SC para o município sempre esteve acima de 2,0 casos por 1000 nascidos vivos. A partir de 2010 ultrapassou 3,0 casos por 1000 nascidos vivos e alcançou o pico máximo em 2012, com 4,2 casos por 1000 nascidos vivos (Gráfico 1). Da mesma forma como na sífilis em gestantes, o aumento do número de notificações não necessariamente representa apenas aumento do número de, CI, casos, mas pode ser consequência do aprimoramento do registro das informações. Esse aprimoramento se deve, dentre outros fatores, às várias estratégias adotadas para diminuição da transmissão vertical da sífilis tais como a melhoria no diagnóstico, o lançamento dos “Planos Nacional, Estadual e Municipal para Eliminação da Sífilis Congênita” em 2007 e a sensibilização dos profissionais de saúde para estreita vigilância epidemiológica nas maternidades, entre outras. Estas estratégias contribuíram para a redução da subnotificação permitindo maior conhecimento da realidade dos casos.
Sífilis Congênita por Coordenadoria Regional de Saúde: O coeficiente de incidência (CI) de SC no município de São Paulo em 2012 foi 4,2 casos por 1000 nascidos vivos (NV) e apenas a CRS Norte apresentou índice superior ao município, 7,5 casos/1000 NV. Comparando-se os anos de 2011 e 2012 apenas as CRS Centro-Oeste e Sudeste apresentaram queda no CI (4,9 para 4,0 e 4,3 para 3,8/1000 NV, respectivamente). A CRS Norte apresenta o maior percentual de casos de SC do município (35,3%) assim como o maior CI (7,5 casos por 1000 NV). A maioria dos casos é residente da STS Jaçanã/Tremembé, apresentando CI de 13,4/1000 NV, bem superior ao da Coordenadoria. Apenas duas STS apresentam CI inferiores ao da Coordenadoria, Freguesia do Ó e Pirituba/Perus com 6,5 e 3,5/1000 NV, respectivamente e em uma STS, Santana/Tucuruvi, o CI equipara-se ao da Coordenadoria, com 7,3/1000 NV. A CRS Centro Oeste (CO) apresenta o menor percentual de SC do município, com 10,5% dos casos e a maior queda no CI de SC em relação a 2011. Observa-se que dentre as três STS, a Sé apresenta a maior proporção de casos de SC (64,1%), seguida do Butantã (21,8%) e Lapa/Pinheiros (14,1%). Em relação ao CI, todas as STS apresentaram diminuição comparando-se os anos de 2011 e 2012, porém a STS Sé apresentou o terceiro maior índice de todo o município com 9,2 casos/1000 NV em 2012, superior ao dobro do CI da Coordenadoria CO e do município. 85
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
A CRS Sudeste apresenta 18,7% de casos de SC do município com CI de 3,8/1000 NV em 2012. Duas STS, Aricanduva/ Mooca e Vila Prudente mostram CI superiores ao da Coordenadoria e, comparando-se os anos de 2011 e 2012, apenas essas duas STS apresentaram aumento no CI sendo o maior crescimento (1,7 vezes) observado na Vila Prudente de 2,1 para 4,0/1000 NV. A CRS Leste apresenta 17,6% dos casos de SC com CI de 3,2/1000 NV. Embora a STS Cidade Tiradentes apresente o menor CI da CRS Leste, este aumentou em relação ao ano anterior, de 1,6 para 2,2 casos/1000 NV; porém, o maior aumento ocorreu em Guaianazes onde o CI de 2011 (1,2/1000 NV) aumentou em praticamente três vezes em 2012 (3,4/1000 NV). A CRS Sul apresenta 17,1% de casos de SC e o menor CI do município com 2,9/1000 NV em 2012. O menor CI foi na STS de M´Boi Mirim (1,2/1000 NV) e comparando-se ao ano precedente, as STS apresentaram aumento do CI, a exceção de Parelheiros e M´Boi Mirim. No Gráfico 2 observa-se que o aumento das notificações de gestantes com sífilis não refletiu em diminuição do CI de SC no MSP, como seria esperado; ao contrário, este permanece aumentando. Dos 743 casos de SC em 2012, somente 61% realizaram pré-natal (452 mulheres) sendo que 75% destas (340 mulheres) tiveram diagnóstico de sífilis durante a gestação, isto é, 19,5% das 1746 casos de gestantes com sífilis diagnosticadas na rede de atenção que não receberam tratamento adequado. Na investigação dos casos identificam-se perdas de oportunidades no cuidado pré-natal, que vão desde a captação precoce da gestante, da identificação da gestante com vulnerabilidade social e a DST, da perda do seu seguimento, do tempo hábil de tratamento, do tratamento do parceiro, principalmente aquele sem relação conjugal com a gestante. Além disso é essencial que os serviços fiquem alerta para a identificação dos 36% de gestantes com sífilis que não foram captadas pela rede: foram notificados 270 casos de SC em crianças cujas mães não fizeram pré-natal.
Perfil dos casos de sífilis congênita No período de 2004 a 2013 foram notificados 4633 casos de SC (tabela 3) e 92% destes (4270) foram crianças nascidas vivas (tabela 2). Em mais de 95% destas, o diagnóstico de SC foi realizado na primeira semana de vida, alcançando 98% em 2012. De acordo com o protocolo de investigação dos casos de SC, a investigação laboratorial e radiológica deve ser realizada em todas as crianças nascidas de mães com sífilis diagnosticada no pré-natal, parto ou puerpério ou com suspeita clínica/ epidemiológica de SC. Entretanto, ainda em 2012, observa-se que não foi realizado o VDRL em 1,7%, o teste Não Treponêmico no líquor em 18% e o exame radiológico em 9% das crianças nascidas vivas, o que compromete, além do diagnóstico principalmente o acompanhamento e avaliação dos casos. A informação do tratamento foi preenchida em 99,5% dos casos em 2012: 95% das crianças foram tratadas e chama a atenção que, para 4,5%, o tratamento não foi administrado. Ressalta-se que de 2011 a 2012, o percentual de crianças tratadas com penicilina cristalina aumentou de 66,8% para 72,7%, em substituição ao esquema com penicilina procaína que diminuiu de 8,9% para 3,9%. Esta alteração é positiva na medida em que a administração prolongada da penicilina procaína, principalmente fora do ambiente hospitalar, é pouco factível para o recém-nascido, enquanto que a penicilina cristalina, administrada exclusivamente na maternidade, é garantia da realização do tratamento (tabela 2). Em relação às crianças sintomáticas (tabela 3), o sinal mais frequente foi a icterícia (52,9%), porém, este percentual pode incluir os casos de icterícia fisiológica da primeira semana de vida e não necessariamente devido a SC. A hepatomegalia, referida em quase 100% dos infectados, esteve presente em 11,7% dos sintomáticos. De 2007 a 2011, os casos que evoluíram para óbito, incluindo os abortos, natimortos e óbitos após o nascimento, variaram entre 8,3% a 11,5%. Em 2012, esse percentual atingiu 12,3% dos casos. Entre os óbitos, os natimortos que representavam 36% em 2011, diminuíram para 31,5% em 2012 e, os óbitos após o nascimento não relacionados à SC que representavam 3,6% em 2011, passaram a 10,9% em 2012 (Tabela 3).
86
TRANSMISSÃO VERTICAL
Perfil das mães dos casos de sífilis congênita Observou-se que o percentual de mães muito jovens (com 19 anos e menos) mais que dobrou entre 2005 (7,5%) e 2012 (17,9%) (Tabela 4). Comportamento semelhante é observado nos dados de notificação de sífilis na gestação (ver capítulo de sífilis em gestantes deste boletim), mostrando a maior vulnerabilidade das populações mais jovens às DST e o desfecho da transmissão vertical desses agravos. Entre os casos de SC, a análise da escolaridade das mães mostra que mais de um quarto delas alcançaram até sete anos de estudo em 2012, porém qualquer análise fica comprometida devido à grande proporção de informação sobre escolaridade ignorada (39,0%) neste ano e em toda a série histórica. Observa-se que em 2012, 36,3% das mães de crianças notificadas com SC não realizaram pré-natal e esse percentual de não realização é quase o triplo comparando-se com 2004 (13,9%), o que mostra a necessidade de aumentar o acesso ao pré-natal para não se perder a oportunidade de prevenção da TV da sífilis dentre outros agravos do ciclo grávido-puerperal. Em todo período, salienta-se a observação que, dos casos de SC, praticamente metade das mães (46,7%) teve o diagnóstico de sífilis realizado durante o pré-natal e ainda assim ocorreu o agravo (Tabela 4). Essa informação reforça a necessidade de qualificar as ações assistenciais para diminuição da SC. Por outro lado, é importante ressaltar que, dentre os casos de SC, vem diminuindo o percentual de mães que realizaram o pré-natal e não tiveram diagnóstico de sífilis, de 40,6% em 2007 para 24,7% em 2012. Esse percentual, apesar da diminuição, indica que ainda existem falhas na aplicação do protocolo de atenção à gestante como a captação precoce e o número de sorologias necessárias para diagnóstico (Tabela 4). Na tabela 5, observa-se que uma vez realizado o diagnóstico durante o pré-natal, em 73,1% destas gestantes, o esquema de tratamento foi inadequado e 10,5% não foram tratadas. Em 10,8% das notificações não se obteve a informação do tratamento materno. Em 5,5%, apesar do tratamento da mãe ter sido adequado, os casos foram confirmados por alteração laboratorial e/ou clínica na criança. O distanciamento entre a atenção pré-natal e a assistência ao parto dificulta a transferência de informações relevantes acerca do diagnóstico e tratamento realizado; por outro lado, perde-se a possibilidade de obtenção da informação pelas mães não localizadas na ocasião da investigação dos casos. Em relação ao tratamento dos parceiros, embora tenham sido tratados em 17,4% dos casos, o tratamento das gestantes foi adequado em apenas 5,5% dos casos, evidenciando outros motivos de inadequação do tratamento da gestante que não o tratamento do parceiro. Em 2012, a investigação de 751 casos notificados no SINAN, entre confirmados e descartados, pelos comitês regionais de investigação de agravos de transmissão vertical, verificou que em 44% dos casos confirmados pela investigação (233 de 522), as mães apresentaram alguma situação de vulnerabilidade social (tabela 6). O uso de drogas foi a vulnerabilidade mais frequente, encontrada em 65% destas mães (151 de 233) e pouco mais de um quarto das gestantes (26%) encontrava-se em situação de rua. A maioria das mulheres que tiveram filhos com SC e que usaram drogas era residente na CRS Sul (30%), seguindo-se na Leste (27%), Sudeste (20,5%), Norte (12,5%) e Centro-Oeste (10%) (tabela 7). As CRS Sul e Leste também concentraram a maioria das mães em situação de rua (28% em cada uma), seguindo-se a CRS Centro-Oeste (23%), Norte (11,6%) e Sudeste (8,3%) (Tabela 8). A maioria das gestantes que usaram drogas (51,7%) e daquelas em situação de rua (60%) não realizaram o PN enquanto que, 72,5% das gestantes em outras situações de vulnerabilidade realizaram pelo menos uma consulta de PN (tabelas 7,8 e 9). As gestantes que não realizaram o PN concentraram-se nas CRS Leste, Sul e Norte. Nesta última, os percentuais chegaram a 85,7% para as gestantes em situação de rua e 63,2% para as que usaram drogas. Por outro lado, na CRS CentroOeste, 73,3% das gestantes que usaram drogas e 64,3% em situação de rua realizaram pelo menos uma consulta de prénatal; da mesma forma, 51,6% das gestantes CRS Sudeste que usaram drogas. Embora a maior captação dessas gestantes nas CRS CO e Sudeste, comparativamente às demais CRS, ainda assim houve perda de seguimento do PN resultando no caso de SC. Diferenças entre as regiões de saúde apontam a necessidade de cada CRS apropriar-se de sua realidade para definir estratégicas direcionadas a este contingente significativo de mulheres. Dentre os casos notificados de SC no município destacam-se mães jovens, com vulnerabilidade aumentada às DST e um grande percentual que não realizou pré-natal. Aponta-se aqui a necessidade de que os serviços de saúde ofertem ações e
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
insumos para a melhoria da saúde sexual e reprodutiva e evitem as oportunidades perdidas, com essa e outras populações. Além disso é necessário desenvolver outras estratégias elevar o conhecimento destas mulheres, muitas das quais muito jovens, sobre as formas de prevenção de DST e de gestação não planejada. A abordagem destas questões, principalmente para as jovens em idade escolar ou recém saídas da escola, poderia ser feita através de articulação entre saúde e educação. É essencial que a informação e os insumos de prevenção alcancem esta população, se quisermos ter resultados mais positivos no controle da SC.
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2004 nº CI 74 3,9 25 3,4 9 1,5 40 7,0 78 2,0 9 2,7 4 1,1 14 2,8 12 1,9 17 2,0 13 2,0 9 1,4 106 2,9 16 2,8 15 1,9 22 5,1 9 1,0 13 3,1 31 6,3 70 2,0 27 3,3 4 0,6 7 1,0 24 3,5 8 1,1 60 1,4 12 1,3 22 1,9 13 1,3 3 1,2 10 1,0 1 389 2,2
200 2006 2007 nº CI nº CI nº CI 50 2,6 56 3,1 53 2,8 25 3,5 20 2,9 13 1,8 8 1,3 3 0,5 5 0,8 17 3,1 33 6,2 35 6,4 63 1,6 63 1,7 45 1,2 2 0,6 5 1,6 7 2,0 6 1,8 5 1,5 3 1,0 4 0,8 7 1,5 3 0,6 16 2,6 11 1,8 5 0,8 8 1,0 11 1,4 13 1,6 12 1,8 14 2,2 6 0,9 15 2,3 10 1,6 8 1,3 111 3,1 91 2,6 113 3,2 14 2,6 13 2,4 28 5,3 12 1,6 7 1,0 20 2,8 26 6,2 25 5,9 17 3,9 9 1,0 14 1,6 8 0,9 13 3,2 8 2,0 8 1,9 37 7,7 24 5,2 32 6,9 56 1,6 53 1,5 47 1,3 23 2,9 26 3,4 19 2,4 5 0,8 7 1,1 6 0,9 5 0,7 3 0,4 6 0,9 18 2,6 12 1,8 13 2,0 5 0,7 5 0,7 3 0,4 78 1,8 71 1,7 88 2,1 18 2,0 27 2,9 33 3,3 19 1,7 10 0,9 13 1,2 22 2,2 29 3,0 22 2,2 6 2,3 2 0,8 6 2,5 13 1,3 3 0,3 14 1,4 2 360 2,1 334 2,0 346 2,0
Fonte: SINAN Net/ CCD/ COVISA/ SMS-SP. Nascidos vivos: SINASC/ CEInfo/ SMS-SP - 17/10/2013 * Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos a revisão.
CRS 1998-2003 residência nº CI CENTRO-OESTE 400 3,2 Butantã 159 3,3 Lapa / Pinheiros 63 1,6 Sé 178 5,0 LESTE 620 2,2 Cid Tiradentes 45 2,0 Erm. Matarazzo 37 1,6 Guaianases 78 2,2 Itaim Paulista 114 2,4 Itaquera 120 2,1 São Mateus 82 1,8 São Miguel 144 3,0 NORTE 726 3,0 Cachoeirinha 104 2,7 Freguesia do Ó 168 3,2 Jaçanã / Tremembé 123 4,2 Pirituba / Perus 86 1,5 Santana / Tucuruvi 55 2,0 Vila Maria 190 5,8 SUDESTE 435 1,8 Aricanduva / Mooca 147 3,0 Ipiranga 36 0,8 V. Mariana /Jabaquara 71 1,5 Penha 110 2,4 V. Prudente 71 1,4 SUL 588 2,0 Campo Limpo 186 2,8 C. do Socorro 106 1,4 M Boi Mirim 173 5,3 Parelheiros 26 0,5 Sto Amaro 97 1,4 Endereço ignorado 35 Município 2804 2,3
2008 nº CI 64 3,3 13 1,8 7 1,1 44 8,0 43 1,1 1 0,3 6 1,9 3 0,6 9 1,4 5 0,6 6 0,8 13 2,1 135 3,8 26 4,9 19 2,6 27 6,0 13 1,4 11 2,5 39 8,1 63 1,8 22 2,8 7 1,1 8 1,2 22 3,2 4 0,5 102 2,4 36 3,5 21 2,0 21 2,1 4 1,7 20 2,1 1 408 2,4
2009 nº CI 62 3,2 10 1,4 7 1,0 45 7,9 58 1,5 6 1,6 2 0,6 4 0,8 11 1,8 11 1,4 16 2,3 8 1,2 137 3,9 29 5,4 18 2,5 29 6,5 18 2,0 7 1,8 36 7,5 58 1,6 14 1,7 14 2,2 9 1,3 14 2,1 7 0,9 91 2,1 33 3,2 17 1,6 20 2,0 3 1,2 18 1,8 6 412 2,4
2010 nº CI 86 4,4 16 2,3 9 1,3 61 11,1 53 1,3 6 1,6 6 1,8 4 0,8 9 1,4 14 1,7 5 0,7 9 1,5 180 5,1 37 7,1 27 3,8 44 9,6 29 3,1 18 4,5 25 5,2 86 2,4 16 1,9 28 4,4 18 2,6 15 2,2 9 1,2 140 3,2 39 3,7 45 4,2 27 2,6 2 0,8 27 2,7 6 551 3,2
2011 nº CI 97 4,9 19 2,6 17 2,4 61 11,1 122 3,0 6 1,6 7 2,3 6 1,2 23 3,6 31 3,7 25 3,5 24 3,8 179 5,1 27 5,1 20 2,8 34 7,4 41 4,2 16 4,2 41 8,5 154 4,3 41 5,0 31 4,7 36 5,2 30 4,5 16 2,1 110 2,5 28 2,6 27 2,5 16 1,5 7 2,6 32 3,2 9 671 3,8
2012 nº CI 78 4,0 17 2,4 11 1,6 50 9,2 131 3,2 9 2,2 8 2,4 17 3,4 23 3,6 28 3,3 24 3,3 22 3,6 262 7,5 52 9,9 47 6,5 62 13,4 33 3,5 27 7,3 41 8,4 139 3,8 52 6,3 24 3,7 15 2,2 17 2,5 31 4,0 127 2,9 38 3,5 30 2,9 12 1,2 5 1,9 42 4,1 6 743 4,2
2013 nº 26 4 3 19 79 7 3 8 7 25 19 10 152 29 28 33 23 14 25 88 22 11 11 26 18 73 12 20 13 4 24 1 419
Total nº 1046 321 142 583 1355 103 87 148 240 283 222 272 2192 375 381 442 283 190 521 1249 409 173 189 301 177 1528 462 330 368 68 300 67 7437
Tabela 1. Casos notificados de sífilis congênita (número e coeficiente de incidência por 1000 nascidos vivos), segundo CRS e respectivas SUVIS de residência e ano de nascimento. Município de São Paulo, 1998 a 2003 e 2004 a junho de 2013*.
TRANSMISSÃO VERTICAL
89
90
383 100,0
356 100,0
320 100,0
323 100,0
371 100,0
372 100,0
502 100,0
618 100,0
662 100,0
363 100,0 4270 100,0
fonte: SINAN Net/ CCD/ COVISA/ SMS-SP. (1)= 100.000 UI Kg/dia EV, 10-14dias * Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos à revisão. (2)= 50.000 UI/Kg/dia IM, 10dias ** VDRL em sangue de cordão umbilical foi excluído da ficha de notificação a partir de janeiro de 2004. (3)= 50.000 UIKg/dia IM, dose única *** Esquema de tratamento foi excluido da ficha de notificação no período de 14/01/2004 a 19/07/2005.
Total
Esquema de tratamento*** 0,0 Pen. G Cristalina (1) - - - - 6 1,9 198 61,3 259 69,8 274 73,7 340 67,7 413 66,8 481 72,7 239 65,8 2210 51,8 Pen. procaina (2) - - - - 2 0,6 24 7,4 16 4,3 11 3,0 36 7,2 55 8,9 26 3,9 12 3,3 182 4,3 Pen. G Benzatina (3) - - - - 2 0,6 53 16,4 49 13,2 62 16,7 59 11,8 72 11,7 72 10,9 60 16,5 429 10,0 Outro esquema 2 0,5 - - - - 7 2,2 31 8,4 18 4,8 36 7,2 47 7,6 50 7,6 27 7,4 218 5,1 Trat. Não realizado - - - - - - 12 3,7 6 1,6 3 0,8 17 3,4 18 2,9 30 4,5 22 6,1 108 2,5 Ign/Branco 381 99,5 356 100,0 310 96,9 29 9,0 10 2,7 4 1,1 14 2,8 13 2,1 3 0,5 3 0,8 1123 26,3
Características 2004 2005 2006* 2007* 2008* 2009* 2010* 2011* 2012* 2013 Total da criança N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % Faixa etárea 0 a 6 dias 367 95,8 342 96,1 309 96,6 310 96,0 359 96,8 363 97,6 480 95,6 593 96,0 650 98,2 356 98,1 4129 96,7 7 a 27 dias 4 1,0 8 2,2 5 1,6 6 1,9 10 2,7 4 1,1 18 3,6 14 2,3 4 0,6 2 0,6 75 1,8 28 dias a 11 meses 12 3,1 6 1,7 6 1,9 7 2,2 1 0,3 5 1,3 3 0,6 10 1,6 6 0,9 5 1,4 61 1,4 1 a 2 anos 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 0 - 1 0,2 1 0,2 2 0,3 - - 4 0,1 3 anos e mais 0 - 0 - 0 - 0 - 1 0,3 0 - 0 - 0 - 0 - - - 1 0,0 VDRL ** Reativo 196 51,2 205 57,6 175 54,7 183 56,7 231 62,3 235 63,2 369 73,5 465 75,2 513 77,5 253 60,4 2825 66,2 Não reativo 100 26,1 108 30,3 97 30,3 117 36,2 121 32,6 119 32,0 103 20,5 121 19,6 133 20,1 99 23,6 1118 26,2 Não realizado 55 14,4 19 5,3 11 3,4 10 3,1 12 3,2 11 3,0 13 2,6 19 3,1 11 1,7 8 1,9 169 4,0 Ignorado/ Branco 32 8,4 24 6,7 37 11,6 13 4,0 7 1,9 7 1,9 17 3,4 13 2,1 5 0,8 3 0,7 158 3,7 Teste não treponemico no liquor Reativo 9 2,3 10 2,8 9 2,8 6 1,9 6 1,6 9 2,4 19 3,8 7 1,1 16 2,4 8 1,9 99 2,3 Não reativo 244 63,7 232 65,2 188 58,8 224 69,3 264 71,2 258 69,4 320 63,7 473 76,5 512 77,3 273 65,2 2988 70,0 Não realizado 74 19,3 48 13,5 56 17,5 74 22,9 82 22,1 88 23,7 126 25,1 99 16,0 120 18,1 74 17,7 841 19,7 Ignorado/ Branco 56 14,6 66 18,5 67 20,9 19 5,9 19 5,1 17 4,6 37 7,4 39 6,3 14 2,1 8 1,9 342 8,0 Alteração de ossos longos Sim 6 1,6 4 1,1 6 1,9 5 1,5 6 1,6 7 1,9 5 1,0 9 1,5 11 1,7 7 1,7 66 1,5 Não 283 73,9 270 75,8 220 68,8 261 80,8 290 78,2 297 79,8 406 80,9 506 81,9 573 86,6 291 69,5 3397 79,6 Não realizado 33 8,6 25 7,0 33 10,3 34 10,5 39 10,5 41 11,0 41 8,2 52 8,4 58 8,8 55 13,1 411 9,6 Ignorado/ Branco 61 15,9 57 16,0 61 19,1 23 7,1 36 9,7 27 7,3 50 10,0 51 8,3 20 3,0 10 2,4 396 9,3
Tabela 2. Casos notificados de sífilis congênita em crianças nascidas vivas, segundo caracteristicas e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2004 a 2013*.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
389 100,0
360 100,0
334 100,0
fonte: SINAN Net/ CCD/ COVISA/ SMS-SP. * Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos à revisão. ** Percentuais foram calculados sobre o número de crianças sintomáticas *** Disponível no SINAN a partir de 2007.
Total
346 100,0
408 100,0
412 100,0
551 100,0
671 100,0
743 100,0
419 100,0 4633 100,0
Presença de sinais/ sontomas nos sintomáticos** Icterícia 32 71,1 32 78,0 26 55,3 2 33,3 5 35,7 17 54,8 21 60,0 39 62,9 42 57,5 28 56,0 244 52,9 Rinite 0 - 1 2,4 3 6,4 0 - 0 - 1 3,2 0 - 0 - 3 4,1 0 - 8 1,7 Anemia 6 13,3 4 9,8 5 10,6 3 50,0 2 14,3 7 22,6 6 17,1 11 17,7 15 20,5 6 12,0 65 14,1 Hepatomegalia 4 8,9 5 12,2 2 4,3 3 50,0 3 21,4 5 16,1 5 14,3 10 16,1 12 16,4 5 10,0 54 11,7 Esplenomegalia 4 8,9 3 7,3 4 8,5 3 50,0 1 7,1 5 16,1 5 14,3 9 14,5 8 11,0 5 10,0 47 10,2 Lesões cutaneas 1 2,2 1 2,4 2 4,3 0 - 0 - 1 3,2 3 8,6 2 3,2 7 9,6 3 6,0 20 4,3 Osteocondrite 2 4,4 2 4,9 2 4,3 0 - 1 7,1 1 3,2 2 5,7 3 4,8 1 1,4 1 2,0 15 3,3 Pseudoparalisia 0 - 3 7,3 2 4,3 0 - 0 - 1 3,2 1 2,9 0 - 1 1,4 0 - 8 1,7 Evolução Vivo 197 50,6 234 65,0 222 66,5 301 87,0 359 88,0 366 88,8 490 88,9 612 91,2 648 87,2 350 83,5 3779 81,6 Óbito por sífilis 3 0,8 3 0,8 1 0,3 9 2,6 3 0,7 2 0,5 2 0,4 1 0,1 1 0,1 6 1,4 31 0,7 Óbito por outras causas*** 0 - 0 - 0 - 1 0,3 3 0,7 2 0,5 5 0,9 2 0,3 10 1,3 4 1,0 27 0,6 Aborto 3 0,8 1 0,3 8 2,4 19 5,5 29 7,1 24 5,8 38 6,9 33 4,9 52 7,0 33 7,9 240 5,2 Natimorto 5 1,3 3 0,8 6 1,8 4 1,2 8 2,0 16 3,9 11 2,0 20 3,0 29 3,9 20 4,8 122 2,6 Ignorado 181 46,5 119 33,1 97 29,0 12 3,5 6 1,5 2 0,5 5 0,9 3 0,4 3 0,4 6 1,4 434 9,4
Características 2004 2005 2006* 2007* 2008* 2009* 2010* 2011* 2012* 2013 Total da criança N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % Diagnóstico clínico Assintomático 318 81,7 296 82,2 240 71,9 165 47,7 319 78,2 320 77,7 430 78,0 536 79,9 578 77,8 309 73,7 3511 75,8 Sintomático 45 11,6 41 11,4 47 14,1 6 1,7 14 3,4 31 7,5 35 6,4 62 9,2 73 9,8 50 11,9 404 8,7 Não se aplica 11 2,8 4 1,1 12 3,6 23 6,6 31 7,6 36 8,7 48 8,7 47 7,0 75 10,1 51 12,2 338 7,3 Ign/ Branco 15 3,9 19 5,3 35 10,5 152 43,9 44 10,8 25 6,1 38 6,9 26 3,9 17 2,3 9 2,1 380 8,2
Tabela 3. Casos notificados de sífilis congênita, segundo caracteristicas das crianças (clínica/ evolução) e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2004 a 2013*.
TRANSMISSÃO VERTICAL
91
92
fonte: SINAN Net/ CCD/ COVISA/ SMS-SP. * Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos à revisão. ** Percentuais foram calculados sobre o número de crianças sintomáticas *** Disponível no SINAN a partir de 2007.
Características 2004 2005 2006* 2007* 2008* 2009* 2010* 2011 2012 2013 Total das mães N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % Faixa etária 10 a 14 1 0,3 0 - 3 0,9 0 - 1 0,2 2 0,5 4 0,7 8 1,2 5 0,7 2 0,5 26 0,6 15 a 19 34 8,7 27 7,5 24 7,3 34 9,8 57 14,0 55 13,3 61 11,1 99 14,8 128 17,2 80 19,1 599 13,0 20 a 29 185 47,6 170 47,4 157 48,0 181 52,3 201 49,3 214 51,9 289 52,5 347 51,7 384 51,7 219 52,3 2347 50,7 30 a 34 81 20,8 72 20,1 62 19,0 65 18,8 71 17,4 74 18,0 103 18,7 122 18,2 126 17,0 78 18,6 854 18,5 35 a 39 59 15,2 59 16,4 34 10,4 40 11,6 54 13,2 44 10,7 58 10,5 66 9,8 61 8,2 45 10,7 520 11,2 > 40 18 4,6 17 4,7 20 6,1 26 7,5 15 3,7 16 3,9 23 4,2 16 2,4 28 3,8 21 5,0 200 4,3 Ignorado 11 2,8 14 3,9 27 8,3 0 - 9 2,2 7 1,7 13 2,4 13 1,9 11 1,5 12 2,9 117 2,5 Escolaridade Nenhuma 15 3,9 8 2,2 7 2,1 6 1,7 5 1,2 3 0,7 5 0,9 6 0,9 5 0,7 3 0,7 63 1,4 De 1 a 3 anos 58 14,9 56 15,6 30 9,2 31 9,0 47 11,5 28 6,8 24 4,4 41 6,1 50 6,7 21 5,0 386 8,3 De 4 a 7 anos 109 28,0 97 27,0 84 25,7 112 32,4 94 23,0 105 25,5 126 22,9 134 20,0 144 19,4 77 18,4 1082 23,4 De 8 a 11 anos 53 13,6 53 14,8 58 17,7 99 28,6 102 25,0 101 24,5 159 28,9 187 27,9 242 32,6 145 34,6 1199 25,9 De 12 ou mais 12 3,1 6 1,7 9 2,8 3 0,9 5 1,2 6 1,5 6 1,1 3 0,4 12 1,6 10 2,4 72 1,6 Ignorado 142 36,5 139 38,7 139 42,5 95 27,5 155 38,0 169 41,0 231 41,9 300 44,7 290 39,0 201 48,0 1861 40,2 Realização do pré-natal Sim 313 80,5 277 77,2 231 70,6 273 78,9 304 74,5 284 68,9 381 69,1 454 67,7 452 60,8 297 70,9 3266 70,6 Não 54 13,9 52 14,5 55 16,8 62 17,9 86 21,1 112 27,2 150 27,2 198 29,5 270 36,3 142 33,9 1181 25,5 Ignorado 22 5,7 30 8,4 41 12,5 11 3,2 18 4,4 16 3,9 20 3,6 19 2,8 21 2,8 18 4,3 216 4,7 Diagnóstico de sífilis no pré-natal Sim 195 50,1 174 48,5 132 40,4 162 46,8 193 47,3 180 43,7 254 46,1 327 48,7 340 45,8 201 48,0 2158 46,7 Não 138 35,5 133 37,0 128 39,1 173 50,0 207 50,7 222 53,9 290 52,6 331 49,3 394 53,0 250 59,7 2266 49,0 Ignorado 56 14,4 52 14,5 67 20,5 11 3,2 8 2,0 10 2,4 7 1,3 13 1,9 9 1,2 6 1,4 239 5,2 Total 389 100,0 359 100,0 327 100,0 346 100,0 408 100,0 412 100,0 551 100,0 671 100,0 743 100,0 419 100,0 4625 100,0
Tabela 4. Casos notificados de sífilis congênita segundo caracteristicas da mãe e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2004 a 2013*.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
195 100,0
174 100,0
Fonte: SINAN Net/ COVISA/CCD/SMS-SP * Dados preliminares até 30/06/2013, sujeitos à revisão.
Total
132 100,0
162 100,0
193 100,0
180 100,0
254 100,0
327 100,0
340 100,0
201 100,0 2158 100,0
Mães com sífilis 2004 2005 2006* 2007* 2008* 2009* 2010* 2011 2012 2013 Total no pré-natal N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % Esquema de tratamento das mães Adequado 14 7,2 21 12,1 12 9,1 1 0,6 1 0,5 3 1,7 10 3,9 21 6,4 24 7,1 12 6,0 119 5,5 Inadequado 127 65,1 130 74,7 94 71,2 119 73,5 159 82,4 139 77,2 163 64,2 248 75,8 250 73,5 149 74,1 1578 73,1 Não realizado 13 6,7 7 4,0 8 6,1 30 18,5 18 9,3 23 12,8 49 19,3 28 8,6 35 10,3 16 8,0 227 10,5 Ignorado 41 21,0 16 9,2 18 13,6 12 7,4 15 7,8 15 8,3 32 12,6 30 9,2 31 9,1 24 11,9 234 10,8 Tratamento dos parceiros Sim 40 20,5 31 17,8 33 25,0 23 14,2 27 14,0 23 12,8 44 17,3 55 16,8 73 21,5 26 12,9 375 17,4 Não 99 50,8 106 60,9 68 51,5 115 71,0 137 71,0 138 76,7 179 70,5 234 71,6 227 66,8 141 70,1 1444 66,9 Ignorado 56 28,7 37 21,3 31 23,5 24 14,8 29 15,0 19 10,6 31 12,2 38 11,6 40 11,8 34 16,9 339 15,7
Tabela 5. Casos notificados de sífilis congênita segundo ano de nascimento, esquema de tratamento das mães e realização de tratamento dos seus parceiros no pré-natal e ano de nascimento. Município de São Paulo, 2004 a junho de 2013*.
TRANSMISSÃO VERTICAL
93
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 6. Casos confirmados de sífilis congënita, segundo vulnerabilidade das mães, ano de notificação e SUVIS de residencia. Município de São Paulo, 2012. MÃES COM VULNERABILIDADE Centro- Oeste Leste Nº % Nº % Usuária de droga 2 5,4 21 44,7 usuária droga + situação rua 6 16,2 16 34,0 usuária droga e outras vulnerabilidades* 7 18,9 4 8,5 Total usuárias de drogas 15 40,5 41 87,2 situação de rua 7 18,9 2 4,3 Outras vulnerabilidades** 15 40,5 4 8,5 Total 37 100,0 47 100,0
Norte Nº % 12 38,7 7 22,6 0 - 19 61,3 0 - 12 38,7 31 100,0
Sudeste Nº % 19 29,2 4 6,2 8 12,3 31 47,7 1 1,5 33 50,8 65 100,0
Sul Total Nº % Nº % 23 43,4 77 33,0 16 30,2 47 20,2 6 11,3 27 11,6 45 84,9 151 64,8 1 1,9 13 5,6 7 13,2 69 29,6 53 100,0 233 100,0
Fonte:CCD/ COVISA/ Comitês regionais de investigação dos casos de sífilis congenita, sujeitos a revisão. * Inclui 2 imigrantes de outros países e 2 adolescentes ** Inclui 19 imigrantes de outros países e 13 adolescentes
Tabela 7. Casos confirmados de sífilis congênita segundo ano de notificação, CRS de residencia e realização do pré-natal das mães usuárias de drogas. Município de São Paulo, 2012. C Oeste Leste Norte Sudeste Sul Total
CRS
NÃO Nº % 3 20,0 23 56,1 12 63,2 15 48,4 25 55,6 78 51,7
PRÉ-NATAL TOTAL SIM Ignorado Nº % Nº % Nº % 11 73,3 1 - 15 100,0 18 43,9 0 - 41 100,0 7 36,8 0 - 19 100,0 16 51,6 0 - 31 100,0 20 44,4 0 - 45 100,0 72 47,7 1 0,7 151 100,0
Fonte:CCD/ COVISA/ Comitês regionais de investigação dos casos de sífilis congenita, sujeitos a revisão.
Tabela 8. Casos confirmados de sífilis congênita segundo ano de notificação e realização do pré-natal das mães em situação de rua. Município de São Paulo, 2012. C Oeste Leste Norte Sudeste Sul Total
CRS
PRÉ-NATAL NÃO SIM Nº % Nº % 5 35,7 9 64,3 11 64,7 6 35,3 6 85,7 1 14,3 3 60,0 2 40,0 11 64,7 6 35,3 36 60,0 24 40,0
TOTAL Nº % 14 100,0 17 100,0 7 100,0 5 100,0 17 100,0 60 100,0
Fonte:CCD/ COVISA/ Comitês regionais de investigação dos casos de sífilis congenita, sujeitos a revisão.
Tabela 9. Casos confirmados de sífilis congênita segundo ano de notificação e realização do pré-natal das mães com outras vulnerabilidades*. Município de São Paulo, 2012. C Oeste Leste Norte Sudeste Sul Total
CRS
PRÉ-NATAL NÃO SIM Nº % Nº % 1 7,7 12 92,3 1 25,0 3 75,0 5 41,7 7 58,3 11 33,3 22 66,7 1 14,3 6 85,7 19 27,5 50 72,5
TOTAL Nº % 13 100,0 4 100,0 12 100,0 33 100,0 7 100,0 69 100,0
Fonte:CCD/ COVISA/ Comitês regionais de investigação dos casos de sífilis congenita, sujeitos a revisão. * Inclui 21 imigrantes de outros países, 15 adolescentes e outras vulnerabilidades
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TRANSMISSÃO VERTICAL
Gráfico 1. Coeficiente de incidência de sífilis congênita segundo ano de nascimento e CRS de residência. Município de São Paulo, 2004 a 2012. 8,0
6,0
4,0
CI
2,0
0,0 2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
ano de nascimento Centro-Oeste
Leste
Sudeste
Norte
Sul
Município de São Paulo
Fonte: SINAN Net/ CCD/ COVISA/ SMS-SP, dados até 30/6/2013 sujeitos à revisão. Nascidos vivos: SINASC/ CEInfo/ SMS-SP - atualização em 17/10/2013
Gráfico 2. Casos notificados de sífilis congênita, gestante com sífilis e coeficiente de incidência (CI) de sífilis congênita. Município de São Paulo, 2007 a 2012. 5,0
2100
1800 4,0
número de casos
1500 3,0
1200
CI
900
2,0
600 1,0 300
0,0
0 2007
2008
2009
2010
2011
2012
ano de nascimento gestantes
sífilis congênita
CI
Fonte: SINAN Net/ CCD/ COVISA/ SMS-SP, dados até 30/6/2013 sujeitos à revisão. Nascidos vivos: SINASC/ CEInfo/ SMS-SP - atualização em 17/10/2013
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
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CoInfecテァテグ DO HIV
04
CoInfecテァテグ DO HIV
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
4.1. Coinfecção Hepatites B e C e HIV A evolução da hepatite é agravada na coinfecção com o HIV/aids, levando à maior taxa de progressão para cirrose, que pode ocorrer em menor período de tempo. O HIV acelera a replicação do VHB e, como consequência, a progressão para hepatite B crônica é cinco vezes mais rápida no coinfectado do que no monoinfectado. Observa-se que a infecção pelo HIV aumenta a viremia do VHC e na coinfecção a taxa de progressão para cirrose é maior do que no monoinfectado. Neste boletim foram analisados os dados de Hepatites B e C e coinfecção com HIV/aids, notificados pelas unidades de saúde do Município de São Paulo, no período de 2007 a 2012. A presença de HIV/aids na notificação de casos de hepatite passou a ser disponível a partir de 2007, com a introdução desta informação na Ficha de Investigação das Hepatites Virais do SINAN Net. Neste período foram notificados 31.707 casos de hepatite pelo vírus B (VHB) e 26.312 pelo vírus da hepatite C (VHC). A coinfecção com HIV/aids esteve presente em 3.454 (10,9%) dos casos de hepatite B e em 3.354 (12,7%) dos casos de hepatite C (Tabela 1). Do total de pacientes com coinfecção HIV/aids, residem no município de São Paulo, 3.077 (89,1%) dos portadores de hepatite B e 2.899 (86,4%) daqueles com hepatite C.
Perfil epidemiológico dos casos de hepatite B com coinfecção com o HIV/aids: Das 3.454 notificações de coinfecção do VHB e HIV/aids, 1059 (30,6%) apresentaram o marcador sorológico AgHBs reagente (doença em atividade) e 2.395 (69,3%) com cicatriz sorológica (contato anterior com o VHB), com predomínio do sexo masculino em ambas as situações. (Gráfico 1). A relação homem/mulher dos casos com AgHBs reagente/HIV é de 7,6 : 1 e na cicatriz sorológica/HIV é de 4,5 : 1. Com relação à faixa etária, o número de casos aumenta a partir dos 20 anos de idade atingindo, principalmente, os indivíduos de 30 a 49 anos. (Gráfico 2). A transmissão sexual, dentre as prováveis fontes de infecção, foi o mecanismo predominante entre os portadores de hepatite B e coinfecção com o HIV/aids (Tabela 2). A análise da distribuição etária e da transmissão sexual como principal fonte de infecção dos casos de hepatite B com coinfecção com o HIV, reforça a importância da vacinação das crianças e adolescentes antes que ocorra a exposição ao risco. É importante ressaltar que todos os portadores de HIV devem ser vacinados contra a hepatite B, desde que não apresentem marcadores sorológicos para o VHB. Em relação ao quesito raça/cor, o maior número de casos foi encontrado nos indivíduos da cor branca (51,1%) e o menor número entre os amarelos e indígenas com 0,5 % e 0,3 % respectivamente (Tabela 3).
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CoInfecçÃO DO HIV
Perfil epidemiológico dos casos de Hepatite C e coinfecção com o HIV/aids Das 3.354 notificações de coinfecção do VHC e HIV/aids, 1.974 (58,9%) foram confirmadas através de biologia molecular (VHC-RNA reagente), 940 (28,0%) estavam inconclusivas (somente com o anti-VHC reagente) necessitando de investigação e 440 (13,1%) mostraram-se como cicatriz para o vírus da hepatite C. Na distribuição dos casos segundo sexo, existe predomínio do masculino. (Gráfico 3). Em relação a faixa etária existe aumento do número de casos a partir dos 30 anos, apresentando um pico na faixa de 40 a 49 anos. (Gráfico 4). Há predomínio da raça/cor branca (53,1%) entre as notificações de casos de coinfecção VHC/HIV (Tabela 4). O uso de drogas aparece como principal fonte de infecção em 753 casos (49,2 %), seguido da transmissão sexual com 623 casos (40,7%). A porcentagem de transmissão sexual é muito superior à encontrada na literatura (Tabela 5). Não existe vacina para a hepatite C, portanto a prevenção deve se basear em estratégias para diminuir os principais mecanismos de transmissão da doença.
Casos de Hepatite B, C e coinfecção com o HIV/AIDS. No período de 2007 a 2012, foram notificados 90 casos com marcadores reagentes para VHB, VHC e HIV/aids. Destes, 73 (81,1%) são do sexo masculino e a faixa etária mais acometida foi de 30 a 49 anos (Tabela 6).
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 1. Número e porcentagem de casos de hepatite B ou C, segundo informação de presença de coinfecção com o HIV/aids na notificação, no município de São Paulo, no período de 2007 a 2012.
HIV/Aids
Hepatites B
C
Nº
%
Nº
%
Sim
3454
10,9
3.354
12,7
Não
24806
78,2
19285
73,3
3447
10,9
3673
14,0
31.707
100
26.312
100
Ignorado Total
Fonte: COVISA/CCD/SINAN NET-Hepatites Virais Dados provisórios até 30 de junho de 2013
Gráfico 1. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para o VHB e presença de coinfecção com HIV/ aids, segundo sexo, no município de São Paulo, de 2007 a 2012. 100,0 80,0
936
1956
123
439
60,0
%
40,0 20,0 0,0
Caso confirm ado
Cicatriz Sorológica
Masculino
Feminino
Fonte: COVISA/CCD/SINAN NET-Hepatites Virais Dados provisórios até 30 de junho de 2013
Gráfico 2. Número de casos notificados com marcadores para o VHB e coinfecção por HIV/aids, segundo faixa etária (em anos), no município de São Paulo, no período de 2007 a 2012. 834 756 Cicatriz Sorológica Caso Confirmado 388
349
325
305
208
Fonte: COVISA/CCD/SINANNET-Hepatites Virais Excluídos 6 casos em menores de 1 ano Dados provisórios até 30 de junho de 2013
100
23
89
2 0
a
a
79
16 6
80
60
a
69
59 a 50
49 a 40
39 a 30
29 a 20
19 10
a
9 a 1
74
13 12
3 3
70
131
CoInfecçÃO DO HIV
Tabela 2. Número e porcentagem de casos notificados com marcadores para o VHB e coinfecção com o HIV/aids, segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão do VHB, no município de São Paulo, de 2007 a 2012. Fonte
Nº de casos
%
Sexual
1971
88,6
Uso de drogas
198
8,9
Transfusional
13
0,6
Tr. Dentário
8
0,4
Vertical
6
0,3
Domiciliar
5
0,2
Tr. Cirúrgico
5
0,2
Hemodiálise
3
0,1
Outros
15
0,7
Total
2224
100
Fonte: COVISA/CCD/SINAN NET-Hepatites Virais Dados provisórios até 30 de junho de 2013
Tabela 3. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para o VHB e presença de coinfecção com HIV/ aids, segundo raça, no município de São Paulo, no período de 2007 a 2012. Raça/cor AgHBs reagente Cicatriz Sorológica Total N
%
N
%
N
%
Branca
602
56,8
1177
49,1
1779
51,5
Parda
250
23,6
749
31,3
999
28,9
Preta
123
11,6
266
11,1
389
11,3
Amarela
7
0,7
12
0,5
19
0,5
Indígena
6
0,6
4
0,2
10
0,3
258
7,5
Ignorado Total
71
6,7
187
7,8
1059
100
2395
100
3454 100,0
Fonte: COVISA/CCD/SINAN NET-Hepatites Virais Dados provisórios até 30 de junho de 2013
Gráfico 3. Porcentagem de casos notificados com marcadores para o VHC e coinfecção com HIV, segundo sexo, no município de São Paulo, no período de 2007 a 2012. 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 %
278
700
1414
50,0 40,0 30,0 20,0 10,0
560
162
240
0,0 Caso Confirmado
Caso em Investigação
Todos com anti-VHC reagente
Caso Descartado
VHC RNA
Masculino
Feminino
Fonte: COVISA/CCD/SINAN NET-Hepatites Virais Dados provisórios até 30 de junho de 2013
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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 4. Distribuição percentual dos casos notificados com marcadores para o VHC e presença de coinfecção com HIV/ aids, segundo raça. Município de São Paulo, 2007 a 2012. RAÇA
PCR reagente
branca
PCR não reagente
PCR inconclusivo TOTAL
N
%
N
%
N
%
N
%
1120
56,7
244
55,5
410
44,3
1774
53,1
parda
501
25,4
130
29,5
292
31,6
923
27,6
preta
201
10,2
37
8,4
110
11,9
348
10,4
amarela
8
0,4
4
0,9
9
1,0
21
0,6
indigena
5
0,3
2
0,5
5
0,5
12
0,4
ignorado total
139
7,0
23
5,2
99
10,7
261
7,8
1974
100,0
440
100,0
925
100,0
3339
100,0
Fonte: COVISA/CCD/SINAN NET-Hepatites Virais Dados provisórios até 30 de junho de 2013
1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0
Caso Confirmado
Caso em Investigação
89 a 80
79 a 70
69 a 60
59
49 a
a 50
30
Todos os casos apresentam anti-VHC reagente
40
39 a
29 a 20
a 10
a 1
19
Cicatriz
9
Nº de Casos
Gráfico 4. Número de casos notificados com marcadores para o VHC e coinfecção com HIV segundo faixa etária, no município de São Paulo, 2007 a 2012.
Faixa etária (anos)
Fonte: COVISA/CCD/SINAN NET-Hepatites Virais Excluídos 8 casos em menores de 1 ano Dados provisórios até 30 de junho de 2013
Tabela 5. Número e porcentagem de casos notificados com marcadores para o VHC e presença de coinfecção com HIV/ aids, segundo a provável fonte/mecanismo de transmissão. Município de São Paulo, 2007 a 2012. Fonte
Nº
%
Uso de drogas
753
49,2
Sexual
623
40,7
Transfusional
45
2,9
Tr. Cirúrgico
39
2,5
Tr. Dentário
25
1,6
Vertical
17
1,1
4
0,3
Domiciliar Hemodiálise Outros Total
3
0,2
21
1,4
1530
100,0
102
CoInfecçÃO DO HIV
Tabela 6. Número e porcentagem de casos notificados como Hepatite B e C e coinfecção HIV/aids, segundo sexo e faixa etária (em anos), no município de São Paulo, 2007 a 2012. Sexo
Feminino
Masculino Total
Faixa etária Nº % Nº % Nº % 10 a 19
-
-
1
1,4
1
1,1
20 a 29
-
-
2
2,7
2
2,2
30 a 39
10
58,8
25
34,2
35
38,9
40 a 49
4
23,5
28
38,4
32
35,6
50 a 59
3
17,6
14
19,2
17
18,9
60 a 69
-
-
2
2,7
2
2,2
70 a 79
-
-
1
1,4
1
1,1
17
100,0
73
100,0
90
100,0
TOTAL
Fonte: COVISA/CCD/SINAN NET-Hepatites Virais Dados provisórios até 30 de junho de 2013
103
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
4.2. Coinfecção Tuberculose e HIV A orientação para diagnóstico precoce dos casos de tuberculose baseia-se principalmente na busca ativa dos sintomáticos respiratórios (SR), já que 90% dos casos pulmonares apresentam tosse. Esta busca deve ser realizada nas unidades de atendimento, nos domicílios, nas instituições fechadas e também na avaliação dos contatos. A busca ativa consiste no interrogatório de todos os usuários sobre a presença de tosse e o tempo de duração do sintoma. Uma vez detectado o SR, o mesmo é orientado a colher duas amostras de escarro, uma no momento da identificação e a segunda na manhã seguinte. Para todos os casos HIV+, está preconizada a solicitação de cultura, identificação e teste de sensibilidade. Esta atividade, além de agilizar o diagnóstico para o paciente, é um fator que contribui para a biossegurança dos profissionais e também dos outros pacientes, devido à diminuição do tempo de transmissão da fonte, ocasionada pela introdução mais rápida do tratamento. Outra atividade do Programa de Controle da Tuberculose (PCT) relacionada à prevenção da tuberculose é a instituição do tratamento da infecção latente da tuberculose (TILTB), após o rigoroso descarte da tuberculose ativa na população infectada pelo M. tuberculosis. Dentre o grupo de soropositivos para HIV, a indicação de TILTB (tratamento da infecção latente de tuberculose) deve ser para aqueles que apresentem resultados de prova tuberculínica (PT) maiores ou iguais a 5 mm; para os que sejam contatos de tuberculose bacilífera ou para os que apresentem RX de tórax com cicatriz radiológica de TB sem tratamento para tuberculose anterior, independentemente do resultado da PT nas duas últimas situações. Está indicada para os soropositivos para HIV, a realização de prova tuberculínica no início do atendimento na unidade especializada DST/aids. Para esta população a PT deverá ser repetida, anualmente, caso seja negativa ou, após a reconstituição imune. A indicação do TILTB deve-se ao fato de que a tuberculose é a primeira causa de morte entre pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) e pelas evidencias de que o tratamento preventivo protege o paciente infectado pelo M. tuberculosis em até 90%, durante um período de pelo menos dois anos. A tabela 1 mostra o quantitativo realizado de PT e TILTB, em cada unidade especializada em DST/aids, no ano de 2012. Em 2008, houve capacitação técnica visando a intensificação do TILTB, observando-se um aumento importante no número de tratamentos realizados em 2009, que se manteve em 2010, porém com queda no número de pessoas em TILTB entre os PVHA nos anos posteriores (tabela 2). É importante frisar a necessidade de implementar esta atividade como uma estratégia de prevenção da doença nesta parcela da população de maior risco de adoecimento e morte. O Programa de Controle da Tuberculose preconiza o oferecimento de sorologia para o HIV para todos os pacientes com diagnóstico de tuberculose. A média de realização do exame tem se mantido em torno de 80% dos casos no município, com variações entre as Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), que apresentam desde 74,1% de realização pelas unidades da CRS Centro Oeste a 92,9% da CRS Sul (tabela 3 e 3 A). No ano de 2012, dentre os 6009 casos novos de tuberculose de todas as formas notificados, 700 apresentaram sorologia positiva para o HIV, o que representou 11,6% dos casos. O status sorológico desconhecido representou 19,5%, não mostrando diferença entre os gêneros, mas apontou que as faixas etárias dos menores de 12 anos e dos maiores de 50 anos foram as menos testadas (tabela 4). Devido à importância da coinfecção TB/HIV, recomenda-se a ampliação da oferta do teste também para as faixas etárias mencionadas. A assistência da tuberculose está inserida na atenção básica, porém na cidade de São Paulo, no ano de 2012, 38,4% dos casos novos de TB soronegativos para o HIV foram diagnosticados nos serviços de emergência e nas internações (tabela 5), sendo que no grupo de coinfectados TB/HIV este percentual foi de 60,4%, valor quase duas vezes maior que do que ocorre nos casos soronegativos. Este percentual pode estar subestimado pelo fato de diagnósticos realizados nas unidades de urgência/ emergência sem internação, não terem, na maioria das vezes, realizado o teste HIV. A mesma lógica se aplica aos 5,3% dos casos diagnosticados pós-óbito, que não têm o status sorológico conhecido.
104
CoInfecçÃO DO HIV
Analisando-se somente os casos coinfectados TB/HIV, distribuídos pelas unidades de saúde de diagnóstico, verifica-se que dentre os 700 casos novos notificados no banco TBWEB, apenas 120 (17,1%) tiveram o diagnóstico de tuberculose realizado pelos serviços especializados DST/aids (tabela 6). A justificativa deste baixo percentual pode estar associada à intensidade da realização da busca ativa e mostra a necessidade de implantar ou implementar esta atividade em alguns desses serviços especializados. A descoberta de casos em locais diferentes de onde ocorrerá o tratamento/acompanhamento traz riscos adicionais à continuidade do tratamento oportuno e da manutenção do sistema de informação com qualidade, necessitando de fluxos de encaminhamento de doentes e informações ágeis e bem definidas. Considerando-se apenas estes tipos de unidade do município de São Paulo (MSP), a situação é heterogênea, e pode-se observar na tabela 6 A, que somente 277 (39,6%) dos casos novos detectados no ano de 2012 estão em seguimento nestes locais. Estes resultados reforçam a necessidade de implementar a busca ativa, agilizando o diagnóstico e tratamento e prevenindo os casos graves e óbitos. Quando o diagnóstico ocorrer em unidades hospitalares que não fazem o acompanhamento ambulatorial deve-se ter um fluxo estabelecido de encaminhamento do doente desse hospital para o SAE/ CR ou da unidade onde ocorreu o diagnóstico para a unidade que fará o acompanhamento, para que não se perca o paciente antes do início do tratamento (abandono primário). Na tabela 7, observa-se entre os PVHA que no período de 2006 a 2012, 188 pacientes não iniciaram tratamento de TB, apesar do diagnóstico firmado. Em 2012, dos 25 pacientes que não iniciaram tratamento, 15 (60,0%) tiveram abandono primário e 40% foram a óbito sem iniciar tratamento. Está indicada a realização de cultura para diagnóstico de TB extrapulmonar e nos casos pulmonares, para grupos populacionais de maior risco, como os soropositivos para HIV. Avaliando-se este indicador somente nos casos novos pulmonares, a taxa de realização vem aumentando de 2006 a 2012, tendo alcançado 62,7% na coorte de 2012 (tabela 8), percentual ainda aquém do esperado de 100%. Um fator que pode contribuir para esta baixa realização da cultura no momento do diagnóstico é o fato do status sorológico do HIV positivo ser descoberto após o diagnóstico da tuberculose e o paciente não ter outro critério que o inclua no rol de indicados para realização do exame. Porém é necessário implementar este quesito com o objetivo de garantir um diagnóstico bacteriologicamente comprovado, inclusive com a identificação da micobactéria. Este indicador operacional deverá ser reavaliado pelas unidades de atendimento, com o objetivo de qualificar o diagnóstico de acordo com as recomendações do Programa Nacional de Tuberculose. Para facilitar esta análise foram apresentados na tabela 8A os dados por Supervisão de Saúde (SUVIS) de atendimento. Observando-se o número de casos novos de TB com ocorrência de internação registrada no sistema de informação de tuberculose (TBWEB), destaca-se o elevado número de internações entre o grupo coinfectado. Em 2012, o percentual de internação foi de 64,6%, sendo que na população HIV negativa foi de 27,3% e com HIV desconhecido, foi de 31,9%. Isto pode indicar o grau de gravidade dos casos coinfectados no momento do diagnóstico da TB (tabela 9). Considerando-se que as metas nacionais para o controle da tuberculose são definidas como 85% ou mais para cura e inferior a 5% para o abandono, o município de São Paulo ainda não consegue atingir tais metas. Distribuindo-se os casos novos de TB a partir do status sorológico para HIV, observa-se que as taxas de cura e abandono da coorte de casos novos soronegativos atendidos no MSP se aproximam da meta com 83,5% para cura e 7,4% para abandono. Porém, os coinfectados TB/HIV têm resultados de 51,6% e 20%, assim como aqueles com situação desconhecida para o HIV que apresentaram 59% e 18,3% respectivamente (tabela 10). É preciso analisar, também, as causas de 19,4% dos casos novos de TB/HIV terem o encerramento por óbito, avaliando-se as possibilidades da rede de saúde poder evitar este desfecho, apesar da doença de base desta população. A tabela 11 mostra os resultados dos tratamentos iniciados nos pacientes coinfectados segundo o tipo de serviço que acompanhou o caso em 2012. Neste ano, 40,9% dos casos novos TB/HIV que iniciaram tratamento foram acompanhados nas unidades especializadas DST/aids.
105
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Observa-se que as unidades de referência DST/aids apresentaram as melhores taxas de cura com 69,1% , seguidas pelo sistema prisional, rede básica e hospitais com 66,7%, 59,6 e 23,6%, respectivamente. Em relação ao abandono, porém, excetuando-se os hospitais, as unidades DST/ aids apresentam a maior taxa 17,8%, seguidas pela rede ambulatorial geral com 14,1% e sistema prisional com 5,6%. A taxa de óbito é menor nas unidades especializadas DST/aids, apontando a necessidade de avaliar se os óbitos estariam ocorrendo em percentual maior em pacientes sem acompanhamento da doença de base, seja por descoberta tardia dessa condição ou pela dificuldade desse tratamento conjunto. Uma das estratégias recomendadas pela OMS para aumentar a adesão ao tratamento e alcançar melhores resultados é o tratamento diretamente observado (TDO). É uma modalidade de tratamento humanizado em que um profissional da saúde observará o paciente ingerir a medicação diariamente, possibilitando, por meio do contato frequente, estabelecer o vínculo com o mesmo. Esta observação pode ocorrer na unidade de saúde ou no domicílio e a escolha do local deve ser feita pelo paciente de forma a facilitar a execução. No caso de unidades de referência, como os SAE e CR DST/aids, o TDO recomendado, é a forma compartilhada ou cooperada entre a unidade especializada que, mensalmente tem o contato com o doente devido a realização da consulta médica, e a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência ou do trabalho, que operacionaliza o TDO diariamente. Os melhores resultados com a estratégia TDO estão descritos na literatura e são também observados nas coortes de resultados de tratamento no MSP. Na tabela 12 para o grupo de coinfectados, mostrou-se que a taxa de cura com TDO atingiu 69,7%, enquanto no auto administrado (AA) apenas 42,1%, sendo que o abandono, inversamente, foi mais que o dobro neste grupo AA (24,5 % no AA e 11,3% – TDO). A cobertura de TDO no MSP vem aumentando paulatinamente, chegando em 2012 em torno de 57,4% dos casos novos, taxa esta ainda distante dos 80% recomendados. Quando se observa a distribuição pelo status sorológico do HIV, a menor cobertura se mantém entre os coinfectados (tabela 13). A distribuição desta cobertura é heterogênea entre as Coordenadorias Regionais de Saúde. Considerando-se que a cobertura TDO/ HIV no MSP, em 2012, foi de 34,2%, as regiões Sul, Leste e Norte apresentaram as melhores coberturas (67,1%, 51,0% e 50,0% respectivamente). Estes dados são apresentados na tabela 13A. Analisando-se o encerramento dos casos novos notificados TB/HIV, o percentual dos que tem o desfecho como óbito é grande, tendo sido de 19,4% em 2012, sem incluir os que morreram sem dar início de tratamento de tuberculose. Distribuindo-se pelo tempo decorrido do início do tratamento até o desfecho observa-se que o maior percentual ocorre no início do tratamento da tuberculose, sendo 44,6% não tendo completado um mês de uso da medicação, indicando que o diagnóstico da TB é muito tardio. Porém, apesar do percentual menor de encerramento por óbito nos grupos soronegativos ou situação desconhecida do HIV, os que morrem, também nestes grupos, o óbito ocorreu em percentual maior no início do tratamento, sendo 44,7% e 45,0% respectivamente. Nos casos onde o HIV é desconhecido, 92,5% dos óbitos ocorreram nos três primeiros meses de tratamento da TB (Tabela 14). A tabela 14 A apresenta o número de óbitos por aids, de 2002 a 2010, com menção de tuberculose na Declaração de Óbito (DO), tendo como fonte o PROAIM. Observa-se que a menção da ocorrência da tuberculose nos óbitos destes pacientes vem diminuindo, tanto no número quanto no percentual, no período de 2006 a 2010, passando de 247 (5,6%) casos para 145 (4,3%). O Programa de Controle da Tuberculose tem trabalhado no sentido de qualificar as informações de mortalidade, em conjunto com as regiões e o PROAIM, investigando todos os óbitos com diagnóstico tuberculose nas DO, confirmando ou excluindo o diagnóstico de TB ativa, assim como avaliando o status sorológico do caso, o que pode levar ä alteração da causa básica do óbito nos casos de sorologia positiva para o HIV.
106
CoInfecçÃO DO HIV
Recomendações para melhoria das ações de controle da tuberculose nas unidades especializadas DST/aids: • Implantar/implementar a busca ativa de Sintomáticos Respiratórios; • Realizar prova tuberculínica, segundo os critérios da recomendação do Ministério da Saúde (MS); • Instituir tratamento da infecção latente de TB (TILTB) para os casos com indicação; • Oferecer teste HIV para todos os casos de TB; • Realizar cultura para todos os suspeitos de TB, seguindo recomendação; • Aumentar a cobertura de tratamento diretamente observado (TDO), que deve ser oferecido efetivamente para todos os casos, estabelecendo-se o tratamento cooperado entre a unidade de acompanhamento do caso e aquela unidade de saúde onde o paciente realiza o TDO; • Estabelecer o fluxo de encaminhamento de todos os pacientes soropositivos para unidades de referência DST/aids para o acompanhamento do HIV; • Organizar as unidades de serviço especializado no atendimento da demanda interna dos casos de mono e polirressistência e MNT, conforme padronização pactuada nas capacitações realizadas pelo PMCT/PMDST/aids para este fim; • Organizar o fluxo de solicitação de medicamentos on-line junto à assistência farmacêutica.
107
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
SAE Jardim Mitsutani SAE Cidade Dutra CR Santo Amaro SAE Lapa
nº TILTB*** (quimioprofilaxia) realizada c/ PT ≥ 5mm
nº de PT** ≥ 5mm
nº de prova tuberculínica realizada
nº casos com início de tratamento de MNT*
nº casos com TB resistente
nº casos com início de tratamento de TB
nº sintomáticos respiratórios BAAR +
nº sintomáticos respiratórios examinados
nº sintomáticos respiratórios identificados
nº pacientes interrogados sobre tosse
Tabela 1. Registro de atividades do programa de tuberculose nas unidades especializadas em DST/Aids, por unidade de atendimento. MSP 2012.
1400
17
17
2
7
0
0
123
26
12
455
120
120
18
20
3
1
206
15
14
29768
467
467
1
42
1
0
528
65
18
49
49
45
0
5
0
0
141
16
9
SAE Butanta
491
314
314
4
12
s/inf
s/inf
402
39
27
SAE Campos Elíseos
s/inf
242
242
15
36
s/inf
s/inf
238
62
57
SAE Cidade Lider II
11171
323
323
2
34
0
0
399
68
41
SAE Fidélis Ribeiro
1723
238
238
17
51
0
2
291
18
17
SAE Santana
12348
135
135
1
45
1
0
226
13
9
CR Freguesia do Ó
21725
174
174
5
5
1
4
358
44
42
CR Penha SAE Ipiranga SAE Vila Prudente
2389
76
76
3
32
s/inf
s/inf
77
13
13
75
45
45
0
7
0
0
115
10
4
1925
12
12
0
11
0
0
19
7
9
SAE Herbert de Souza -Betinho 1933
52
32
14
31
0
0
61
7
7
SAE Ceci
198
25
25
6
6
s/inf
s/inf
107
14
5
0
0
0
0
67
6
s/inf
501
62
40
CRTA
Fonte: unidades DST/aids *MNT - micobactérias não tuberculosas ** PT - prova tuberculínica ***TILTB - tratamento da infecção latente da tuberculose
108
CoInfecçÃO DO HIV
Tabela 2. Realização de tratamento da infecção latente da tuberculose (ILTB), segundo principais indicações. MSP, 2008 a 2013*. Ano n º de TILTB** HIV +
%
2008
92
51 (5)*
55,4
34
37,0
4
4,3
2009
564
198 (20)*
35,0
274
48,8
54
9,6
2010
921
315 (31)*
34,2
473
51,4
58
6,3
2011
1242
275 (23)*
22,1
739
59,5
100
8,1
2012
1315
287 (29)*
21,8
740
56,3
133
10,1
2013*
833
159(27)*
19,1
477
57,3
108
13,0
2737
457
Total
4967
Contato TB
1285
% TNF***
%
Fonte: banco de quimioprofilaxia, acesso 01/10/2013 (x)* concomitância de contato de TB e HIV * dados provisórios **TILTB - tratamento da infecção latente da tuberculose *** TNF - anti TNF alfa (medicação imunossupressora)
Tabela 3. Casos Novos de TB (Nº e %) em residentes segundo situação de HIV e ano de incidência. MSP, 2006 a 2012
Ano
Positivo Negativo Total realizado Desconhecida Total
Incidência nº
% nº
% nº
% nº
% nº
2006
909
14,9
3295
53,8
4204
68,7
1915
31,3
6119
2007
855
14,2
3784
62,8
4639
76,9
1391
23,1
6030
2008
825
13,3
4133
66,9
4958
80,2
1222
19,8
6180
2009
828
13,3
4169
67,2
4997
80,5
1211
19,5
6208
2010
827
13,4
4290
69,3
5117
82,7
1072
17,3
6189
2011
791
12,3
4469
69,6
5260
81,9
1164
18,1
6424
2012
700
11,6
4135
68,8
4835
80,5
1174
19,5
6009
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
109
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 3A. Sorologia anti HIV realizada (Nº e %), nos casos novos de tuberculose atendidos, MSP, 2012.
SUVIS de Atendimento Total casos TB
Sorologia realizada
nº
nº
%
SUVIS BUTANTA
163
127
77,9
SUVIS LAPA / PINHEIROS
609
490
80,5
SUVIS SE / STA CECILIA Centro Oeste SUVIS CIDADE TIRADENTES
704
476
67,6
1476
1093
74,1
97
78
80,4
SUVIS ERMELINO MATARAZZO
105
75
71,4
SUVIS GUAIANASES
108
101
93,5
SUVIS ITAIM PAULISTA
197
158
80,2
SUVIS ITAQUERA
273
210
76,9
SUVIS SAO MATEUS
182
147
80,8
SUVIS SAO MIGUEL Leste
191
156
81,7
1153
925
80,2
SUVIS CASA VERDE / CACHOEIRINHA
171
95
55,6
SUVIS FREGUESIA DO O
273
232
85,0
SUVIS JACANA / TREMEMBE
134
117
87,3
SUVIS PIRITUBA / PERUS
202
147
72,8
SUVIS SANTANA / TUCURUVI
288
247
85,8
SUVIS VILA MARIA
135
128
94,8
Norte
1203
966
80,3
SUVIS ARICANDUVA / MOOCA
292
248
84,9
SUVIS IPIRANGA
196
124
63,3
SUVIS JABAQUARA / VILA MARIANA
268
203
75,7
SUVIS PENHA
181
144
79,6
SUVIS SAPOPEMBA / VILA PRUDENTE
192
158
82,3
Sudeste
1129
877
77,7
SUVIS CAMPO LIMPO
210
199
94,8
SUVIS CIDADE ADEMAR / SANTO AMARO
230
213
92,6
SUVIS M’BOI MIRIM
260
236
90,8
77
70
90,9
271
256
94,5
SUVIS PARELHEIROS SUVIS SOCORRO / GRAJAU Sul
1048
974
92,9
MSP
6009
4835
80,5
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
110
CoInfecçÃO DO HIV
Tabela 4. Casos novos de TB atendidos, segundo testagem anti HIV realizadas (Nº e %), por faixa etária. MSP, 2012.
Sexo
Total Casos TB
Faixa Etária
nº
Sorologia anti HIV nº
%
00 _ 12
111
79
71,2
13 _ 19
198
165
83,3
20 _ 29
517
432
83,6
Feminino
30 _ 39
428
363
84,8
40 _ 49
346
281
81,2
50 _ 59
250
193
77,2
60 ou +
236
168
71,2
ign
2
1
50,0
Total
2088
1682
80,6
00 _ 12
114
73
64,0
13 _ 19
251
201
80,1
20 _ 29
986
825
83,7
Masculino
30 _ 39
838
708
84,5
40 _ 49
719
591
82,2
50 _ 59
576
451
78,3
60 ou +
437
304
69,6
Total
3921
3153
80,4
225
152
67,6
00 _ 12
13 _ 19
449
366
81,5
20 _ 29
1503
1257
83,6
Total
30 _ 39
1266
1071
84,6
40 _ 49
1065
872
81,9
50 _ 59
826
644
78,0
60 ou +
673
472
70,1
ign
2
1
50,0
Total
6009
4835
80,5
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
111
Positivo
Negativo
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
Desconhecida
112
2006 2007 2008 2009 2010 Tipo de Descoberta nº % nº % nº % nº % nº % Busca Ativa em Instituição 0 0,0 0 0,0 4 0,5 21 2,5 32 3,9 Busca Ativa na Comunidade 0 0,0 0 0,0 0 0,0 2 0,2 4 0,5 Demanda Ambulatorial 253 27,8 277 32,4 300 36,4 303 36,6 292 35,3 Investigação de Contatos 9 1,0 6 0,7 9 1,1 1 0,1 3 0,4 Serviço ambulatorial 262 28,8 283 33,1 313 37,9 327 39,5 331 40,0 Elucidação Diagn. em Internação 338 37,2 287 33,6 270 32,7 259 31,3 287 34,7 Urgência / emergência 234 25,7 208 24,3 187 22,7 207 25,0 194 23,5 Serviço urg/emergência 572 62,9 495 57,9 457 55,4 466 56,3 481 58,2 Descob. Após Óbito 34 3,7 36 4,2 28 3,4 11 1,3 9 1,1 S/inf 41 4,5 41 4,8 27 3,3 24 2,9 6 0,7 HIV Positivo 909 100,0 855 100,0 825 100,0 828 100,0 827 100,0 Busca Ativa em Instituição 0 0,0 6 0,2 32 0,8 102 2,4 155 3,6 Busca Ativa na Comunidade 0 0,0 0 0,0 12 0,3 193 4,6 204 4,8 Demanda Ambulatorial 1547 46,9 1783 47,1 2093 50,6 2155 51,7 2126 49,6 Investigação de Contatos 108 3,3 114 3,0 97 2,3 101 2,4 125 2,9 Serviço ambulatorial 1655 50,2 1903 50,3 2234 54,1 2551 61,2 2610 60,8 Elucidação Diagn. em Internação 470 14,3 549 14,5 600 14,5 566 13,6 594 13,8 Urgência / emergência 1064 32,3 1185 31,3 1136 27,5 992 23,8 1045 24,4 Serviço urg/emergência 1534 46,6 1734 45,8 1736 42,0 1558 37,4 1639 38,2 Descob. Após Óbito 12 0,4 11 0,3 17 0,4 12 0,3 7 0,2 S/inf 94 2,9 136 3,6 146 3,5 48 1,2 34 0,8 HIV negativo 3295 100,0 3784 100,0 4133 100,0 4169 100,0 4290 100,0 Busca Ativa em Instituição 1 0,1 6 0,4 12 1,0 31 2,6 22 2,1 Busca Ativa na Comunidade 0 0,0 0 0,0 1 0,1 20 1,7 21 2,0 Demanda Ambulatorial 684 35,7 460 33,1 457 37,4 549 45,3 464 43,3 Investigação de Contatos 53 2,8 32 2,3 42 3,4 29 2,4 38 3,5 Serviço ambulatorial 738 38,5 498 35,8 512 41,9 629 51,9 545 50,8 Elucidação Diagn. em Internação 293 15,3 250 18,0 221 18,1 168 13,9 147 13,7 Urgência / emergência 604 31,5 434 31,2 337 27,6 291 24,0 288 26,9 Serviço urg/emergência 897 46,8 684 49,2 558 45,7 459 37,9 435 40,6 Descob. Após Óbito 177 9,2 147 10,6 89 7,3 105 8,7 81 7,6 S/inf 280 14,6 209 15,0 152 12,4 123 10,2 92 8,6 HIV desconhecido 1915 100,0 1391 100,0 1222 100,0 1211 100,0 1072 100,0 Total de casos TB 6119 6030 6180 6208 6189
2011 nº % 8 1,0 6 0,8 283 35,8 2 0,3 299 37,8 320 40,5 153 19,3 473 59,8 13 1,6 6 0,8 791 100,0 117 2,6 215 4,8 2126 47,6 188 4,2 2646 59,2 691 15,5 1092 24,4 1783 39,9 10 0,2 30 0,7 4469 100,0 33 2,8 39 3,4 482 41,4 28 2,4 582 50,0 200 17,2 298 25,6 498 42,8 68 5,8 84 7,2 1164 100,0 6424 nº 12 5 243 4 264 263 160 423 11 2 700 112 206 2027 166 2511 581 1007 1588 15 21 4135 28 37 543 42 650 175 279 454 62 70 1174 6009
% 1,7 0,7 34,7 0,6 37,7 37,6 22,9 60,4 1,6 0,3 100,0 2,7 5,0 49,0 4,0 60,7 14,1 24,4 38,4 0,4 0,5 100,0 2,4 3,2 46,3 3,6 55,4 14,9 23,8 38,7 5,3 6,0 100,0
2012
Tabela 5. Casos novos de TB atendidos (Nº e %), segundo tipo de descoberta e condição do HIV, MSP, 2006 a 2012. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
CoInfecçÃO DO HIV
Tabela 6. Casos novos de Co-infecção (TB/HIV), segundo local de diagnóstico da tuberculose e tipo de tratamento. MSP, 2012. Tipo de tratamento Local do Diagnóstico
Novo Retratamento Total Casos
Hospital/ Pronto Socorro Geral
nº
%
nº
%
nº
%
318
45,4
116
32,1
434
40,9
Hospital Referência DST/aids
166
23,7
115
31,9
281
26,5
Urgência/emergência
484
69,1
231
64,0
715
67,4
Referência DST/aids
120
17,1
69
19,1
189
17,8
63
9,0
39
10,8
102
9,6
183
26,1
108
29,9
291
27,4
33
4,7
22
6,1
55
5,2
700
100,0
361
100,0
1061
100,0
Unidade Ambulatorial Atendimento Ambulatorial Sistema Prisional Total
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
Tabela 6A. Casos novos de Co-infecção (TB/HIV), segundo local de diagnóstico da tuberculose, atendidos nas unidades de referência de DST/aids. MSP,2012. Unidade de Atendimento
Local de diagnóstico da tuberculose Referência DST/Aids nº
%
Urgência-Emergência Unidade não Especializada nº
%
nº
%
Sistema Prisional* nº
%
Total nº
SAE Lapa
1
25,0
2
50,0
1
25,0
0
0,0
4
SAE Campos Elíseos
9
42,9
12
57,1
0
0,0
0
0,0
21
2
20,0
7
70,0
0
0,0
1
10,0
10
CR Freguesia do Ó
SAE Butanta
15
51,7
12
41,4
2
6,9
0
0,0
29
SAE Santana
10
34,5
15
51,7
3
10,3
1
3,4
29
5
26,3
12
63,2
2
10,5
0
0,0
19
CR Penha SAE Herbert de Souza -Betinho
4
26,7
8
53,3
3
20,0
0
0,0
15
SAE Ceci
3
37,5
5
62,5
0
0,0
0
0,0
8
SAE Vila Prudente
1
14,3
4
57,1
2
28,6
0
0,0
7
SAE Ipiranga
1
16,7
4
66,7
1
16,7
0
0,0
6
CRTA
15
45,5
18
54,5
0
0,0
0
0,0
33
CR Santo Amaro
17
51,5
15
45,5
1
3,0
0
0,0
33
SAE Cidade Dutra
12
70,6
5
29,4
0
0,0
0
0,0
17
1
14,3
6
85,7
0
0,0
0
0,0
7
SAE Jardim Mitsutani SAE Fidélis Ribeiro
15
62,5
7
29,2
2
8,3
0
0,0
24
SAE Cidade Lider II
4
26,7
11
73,3
0
0,0
0
0,0
15
115
41,5
143
51,6
17
6,1
2
0,7
277
TOTAL
Fonte: TBWEB - 30/09/2013 * sistema prisional, incluiu hospital penitenciário
113
114
Cura
Abandono
Falência
Óbito
Transf. Estado
S/encerramento
com início de tratamento
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
Total de casos MSP
8
Óbito
sem início de tratamento
909
32
7
253
3
173
399
34
Abandono 1ario
3,7
0,9
%
100,0
3,5
0,8
27,8
0,3
19,0
43,9
2006 N
855
24
12
212
5
157
408
30
%
100,0
2,8
1,4
24,8
0,6
18,4
47,7
3,5
0,8
2007 7
N
825
6
8
200
5
158
419
25
4
N
%
100,0
0,7
1,0
24,2
0,6
19,2
50,8
3,0
0,5
2008
828
14
12
199
6
177
404
11
5
N
100,0
1,7
1,4
24,0
0,7
21,4
48,8
1,3
0,6
%
2009
827
3
6
198
8
169
430
8
5
N
100,0
0,4
0,7
23,9
1,0
20,4
52,0
1,0
0,6
%
2010
791
11
7
188
7
141
411
12
14
N
100,0
1,4
0,9
23,8
0,9
17,8
52,0
1,5
1,8
%
2011
700
53
6
131
2
135
348
10
15
N
100,0
7,6
0,9
18,7
0,3
19,3
49,7
1,4
2,1
%
5735
143
58
1375
36
1110
2819
130
58
N
2012 Total
Tabela 7. Situação de tratamento dos casos novos TB/HIV, segundo início de tratamento. MSP, 2006 a 2012.
Situação de Tratamento
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
CoInfecçÃO DO HIV
Tabela 8. Casos novos de TB pulmonares HIV (+) atendidos segundo realização de cultura, MSP, 2006 a 2012. Total Casos
Ano Incidência
Cultura Realizada
nº
nº
2006
592
188
31,8
%
2007
584
263
45,0
2008
551
283
51,4
2009
545
273
50,1
2010
594
330
55,6
2011
561
335
59,7
2012
539
338
62,7
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
Tabela 8A. Casos novos de TB pulmonares HIV (+), segundo CRS e SUVIS de atendimento e realização de cultura, MSP, 2012. Cultura Realizada CRS e SUVIS Atendimento Total Casos nº nº % SUVIS BUTANTA 10 6 60,0 Centro Oeste SUVIS LAPA / PINHEIROS 110 87 79,1 SUVIS SE / STA CECILIA 52 25 48,1 Total 172 118 68,6 SUVIS CIDADE TIRADENTES 4 1 25,0 SUVIS ERMELINO MATARAZZO 20 16 80,0 SUVIS GUAIANASES 5 3 60,0 Leste SUVIS ITAIM PAULISTA 11 4 36,4 SUVIS ITAQUERA 29 7 24,1 SUVIS SAO MATEUS 5 0 0,0 SUVIS SAO MIGUEL 5 4 80,0 Total 79 35 44,3 SUVIS CASA VERDE / CACHOEIRINHA 2 0 0,0 SUVIS FREGUESIA DO O 28 21 75,0 Norte SUVIS JACANA / TREMEMBE 6 5 83,3 SUVIS PIRITUBA / PERUS 3 2 66,7 SUVIS SANTANA / TUCURUVI 52 39 75,0 SUVIS VILA MARIA 1 0 0,0 Total 92 67 72,8 SUVIS ARICANDUVA / MOOCA 18 9 50,0 SUVIS IPIRANGA 11 2 18,2 Sudeste SUVIS JABAQUARA / VILA MARIANA 58 42 72,4 SUVIS PENHA 16 9 56,3 SUVIS SAPOPEMBA / VILA PRUDENTE 23 14 60,9 Total 126 76 60,3 SUVIS CAMPO LIMPO 12 8 66,7 SUVIS CIDADE ADEMAR / SANTO AMARO 30 21 70,0 Sul SUVIS M’BOI MIRIM 9 2 22,2 SUVIS PARELHEIROS 1 1 100,0 SUVIS SOCORRO / GRAJAU 18 10 55,6 Total 70 42 60,0 MSP 539 338 62,7 Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
115
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 9. Casos novos de TB (Nº e %) segundo ocorrência de internação e situação do HIV, MSP, 2006 a 2012. Ano Incidência Total
HIV(-) Casos
HIV(+) % Total
com Internação
Casos
Situação Desconhecida % Total
com Internação
Casos
%
com Internação
2006
3295
608
18,5
909
495
54,5
1915
447
23,3
2007
3784
746
19,7
855
448
52,4
1391
391
28,1
2008
4133
869
21,0
825
479
58,1
1222
340
27,8
2009
4168
922
22,1
828
520
62,8
1211
327
27,0
2010
4290
1008
23,5
827
499
60,3
1072
305
28,5
2011
4469
1144
25,6
791
510
64,5
1164
382
32,8
2012
4135
1128
27,3
700
452
64,6
1174
375
31,9
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
116
7
29
Transf. Estado
Não encerrado
1685
40
25
116
68
5
353
46,1
100,0
2,4
1,5
6,9
4,0
0,3
20,9
64,0
100,0
0,7
0,9
2,2
1,3
0,6
10,9
83,4
100,0
3,7
0,8
29,0
0,3
20,0
1220
12
29
96
64
6
284
729
3770
17
45
91
78
35
435
3069
818
24
12
212
5
157
%
100,0
1,0
2,4
7,9
5,2
0,5
23,3
59,8
100,0
0,5
1,2
2,4
2,1
0,9
11,5
81,4
100,0
2,9
1,5
25,9
0,6
19,2
49,9
2007 408
nº
1119
6
26
93
56
6
262
670
4115
4
58
90
85
32
461
3385
796
6
8
200
5
158
419
100,0
0,5
2,3
8,3
5,0
0,5
23,4
59,9
100,0
0,1
1,4
2,2
2,1
0,8
11,2
82,3
100,0
0,8
1,0
25,1
0,6
19,8
52,6
2008 nº %
1079
15
34
80
56
5
276
613
4149
31
61
84
68
41
454
3410
812
14
12
199
6
177
%
100,0
1,4
3,2
7,4
5,2
0,5
25,6
56,8
100,0
0,7
1,5
2,0
1,6
1,0
10,9
82,2
100,0
1,7
1,5
24,5
0,7
21,8
49,8
2009 404
nº
955
16
22
85
49
7
213
563
4270
17
28
101
50
29
426
3619
814
3
6
198
8
169
100,0
1,7
2,3
8,9
5,1
0,7
22,3
59,0
100,0
0,4
0,7
2,4
1,2
0,7
10,0
84,8
100,0
0,4
0,7
24,3
1,0
20,8
52,8
2010 %
430
nº
1052
7
26
94
54
3
203
665
4449
13
53
99
66
28
435
3755
764
11
7
187
7
141
%
100,0
0,7
2,5
8,9
5,1
0,3
19,3
63,2
100,0
0,3
1,2
2,2
1,5
0,6
9,8
84,4
100,0
1,4
0,9
24,5
0,9
18,5
53,8
2011 411
nº
1053
62
25
102
41
9
193
621
4108
154
32
94
50
42
306
3430
675
53
6
131
2
135
348
nº
100,0
5,9
2,4
9,7
3,9
0,9
18,3
59,0
100,0
3,7
0,8
2,3
1,2
1,0
7,4
83,5
100,0
7,9
0,9
19,4
0,3
20,0
51,6
2012 %
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
Total
Óbito ñ TB
Óbito TB
HIV desconhecido
Abandono
Falência
1078
3274
Cura
22
Total
Transf. Estado
Não encerrado
72
43
19
358
Óbito ñ TB
Óbito TB
HIV(-)
Abandono
Falência
865
2731
Cura
32
Total
Transf. Estado
Não encerrado
251
3
173
399
2006 nº %
Falência
Óbito ñ TB
HIV(+)
Cura
Abandono
Encerramento
Tabela 10. Resultados de tratamento de casos novos de TB atendidos, segundo situação do HIV e ano de início de tratamento. MSP, 2006 a 2012.
CoInfecçÃO DO HIV
117
118
Encerramento
Transf. Estado
Não encerrado
3
224
Cura
Abandono
Falência
0
1
5
Cura
Abandono
Falência
1
0,7
3
5
30
1
70
241
347
24
5
166
2
12
1
18
72
19
0
0
4
0
4
11
347
100,0
105
1,0
1,0
5,2
1,0
19,8
71,9
100,0
0,0
0,0
25,0
0,0
12,5
62,5
100,0
0,0
1,0
8,4
0,6
17,7
72,3
100,0
6,9
84 65
%
3
32
3
66
256
295
6
3
145
1
64
76
nº
2
19
1
25
63
31
0
0
4
0
3
24
360
100,0
110
0,0
1,9
11,4
1,0
17,1
68,6
100,0
0,0
0,0
21,1
0,0
21,1
57,9
100,0
0,0
1,4
8,6
0,3
20,2
69,5
100,0
6,9
1,4
47,8
0,9
18,7
24,2
2007 nº
% 81
30
91
14
0
0
1
1
4
8
332
1
5
37
3
62
224
329
12
6
147
2
81
100,0
0,0
1,8
17,3
137
1
1
14
%
1
27
4
80
240
289
3
3
145
2
63
73
nº
2
15
1
21
93
41
0
0
11
1
5
24
352
100,0
132
0,7
0,7
10,2
0,0
21,9
66,4
100,0
0,0
0,0
7,1
7,1
28,6
57,1
100,0
0,3
1,5
11,1
0,9
18,7
67,5
100,0
3,6
1,8
44,7
0,6
24,6
24,6
2009 nº
0,9
22,7
57,3
100,0
0,0
0,0
12,9
0,0
9,7
77,4
100,0
0,0
0,8
8,9
0,8
18,3
71,1
100,0
2,0
1,0
49,2
0,3
21,7
25,8
2008 %
100,0
0,0
1,5
11,4
0,8
15,9
70,5
100,0
0,0
0,0
26,8
2,4
12,2
58,5
100,0
0,0
0,3
7,7
1,1
22,7
68,2
100,0
1,0
1,0
50,2
0,7
21,8
25,3
2010 91
139
2
3
14
1
27
92
42
3
1
2
2
3
31
281
2
1
24
3
54
197
302
4
2
147
1
57
% 54 64
48
186
229
18
2
91
100,0
1,4
2,2
10,1
0,7
19,4
66,2
100,0
7,1
2,4
4,8
4,8
7,1
73,8
100,0
0,7
0,4
8,5
141
15
2
17
2
21
84
36
5
0
5
0
2
24
269
15
2
18
1,1
19,2
70,1
100,0
1,3
0,7
48,7
%
100,0
10,6
1,4
12,1
1,4
14,9
59,6
100,0
13,9
0,0
13,9
0,0
5,6
66,7
100,0
5,6
0,7
6,7
0,0
17,8
69,1
100,0
7,9
0,9
39,7
0,0
27,9
23,6
2012 nº
0,3
18,9
30,1
2011 nº
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
96
Não encerrado
Total
1
Óbito ñ TB
Transf. Estado
Unidade
Ambulatorial
19
8
69
Total
0
Transf. Estado
Não encerrado
2
0
Falência
Óbito ñ TB
Sistema prisional
5
1
Cura
Abandono
310
Não encerrado
Total
3
Transf. Estado
26
2
55
451
Total
31
48,3
0,0
218
Falência
Óbito ñ TB
21,7
Referência HIV/Aids Óbito ñ TB
% 22,4
2006
98
101
nº
Hospital
Cura
Abandono
Tipo Serviço
Tabela 11. Resultados de tratamento de casos novos de TB/HIV, distribuídos por tipo de serviço e ano de início de tratamento, MSP, 2006 a 2012. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
CoInfecçÃO DO HIV
Tabela 11 A. Casos novos de TB/HIV, distribuídos por tipo de serviço que fez acompanhamento do caso e ano de início de tratamento, MSP, 2006 a 2012.
Ano Tratamento 2006
Hospital Ref HIV/Aids
Sistema prisional
Unid Ambulatorial Total
N
%
N
%
N
%
N
%
N
451
52,1
310
35,8
8
0,9
96
11,1
865
2007
347
42,4
347
42,4
19
2,3
105
12,8
818
2008
295
37,1
360
45,2
31
3,9
110
13,8
796
2009
329
40,5
332
40,9
14
1,7
137
16,9
812
2010
289
35,5
352
43,2
41
5,0
132
16,2
814
2011
302
39,5
281
36,8
42
5,5
139
18,2
764
2012
229
33,9
269
39,9
36
5,3
141
20,9
675
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
Tabela 12. Resultados de tratamento de casos novos de TB/HIV atendidos por tipo de tratamento, MSP, 2012. Tipo Tratamento
Encerramento
Situação de HIV Positivo
Negativo Desconhecido Total
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
161
69,7
2372
87,6
264
63,9
2797
83,4
26
11,3
177
6,5
83
20,1
286
8,5
1
0,4
35
1,3
5
1,2
41
1,2
24
10,4
18
0,7
9
2,2
51
1,5
0
0,0
20
0,7
25
6,1
45
1,3
Transf. Estado
1
0,4
19
0,7
5
1,2
25
0,7
Não encerrado
18
7,8
67
2,5
22
5,3
107
3,2
Total
231
100,0
2708
100,0
413
100,0
3352
100,0
Cura
187
42,1
1058
75,6
357
55,8
1602
64,5
Abandono
109
24,5
129
9,2
110
17,2
348
14,0
Falência
1
0,2
7
0,5
4
0,6
12
0,5
Auto-Administrado
Óbito ñ TB
107
24,1
32
2,3
32
5,0
171
6,9
Óbito TB
0
0,0
74
5,3
77
12,0
151
6,1
Transf. Estado
5
1,1
13
0,9
20
3,1
38
1,5
Não encerrado
35
7,9
87
6,2
40
6,3
162
6,5
Total
444
100,0
1400
100,0
640
100,0
2484
100,0
Total de casos
675
1053
5836
Cura
Abandono
Falência
Supervisionado
Óbito ñ TB
Óbito TB
4108
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
119
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 13. Casos novos de TB atendidos segundo situação de HIV e cobertura de TDO (Tratamento Diretamente Observado), MSP, 2006 a 2012.
Situação de HIV
Ano Incidência
Positivo
Total casos TDO 2006
865
146
Negativo Desconhecido % TDO Total casos TDO 16,9
3274
1413
% TDO Total casos TDO 43,2
1685
460
% TDO 27,3
2007
818
151
18,5
3770
1736
46,0
1220
276
22,6
2008
796
185
23,2
4115
2050
49,8
1119
291
26,0
2009
812
217
26,7
4149
2383
57,4
1079
392
36,3
2010
814
267
32,8
4270
2701
63,3
955
353
37,0
2011
764
235
30,8
4449
2848
64,0
1052
414
39,4
2012
675
231
34,2
4108
2708
65,9
1053
413
39,2
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
Tabela 13A. Casos novos de TB atendidos segundo situação de HIV e cobertura de TDO (Tratamento Diretamente Observado) por SUVIS de atendimento, MSP, 2006 a 2012. CRS de Atendimento SUVIS de Atendimento Total Casos TDO SUVIS BUTANTA 13 1 Centro Oeste SUVIS LAPA / PINHEIROS 133 9 SUVIS SE / STA CECILIA 73 15 Total 219 25 SUVIS CIDADE TIRADENTES 4 2 SUVIS ERMELINO MATARAZZO 26 14 SUVIS GUAIANASES 5 5 SUVIS ITAIM PAULISTA 14 9 Leste SUVIS ITAQUERA 38 11 SUVIS SAO MATEUS 8 6 SUVIS SAO MIGUEL 5 4 Total 100 51 SUVIS CASA VERDE / CACHOEIRINHA 3 SUVIS FREGUESIA DO O 34 13 SUVIS JACANA / TREMEMBE 7 5 Norte SUVIS PIRITUBA / PERUS 5 1 SUVIS SANTANA / TUCURUVI 64 37 SUVIS VILA MARIA 1 1 Total 114 57 SUVIS ARICANDUVA / MOOCA 23 5 SUVIS IPIRANGA 15 1 Sudeste SUVIS JABAQUARA / VILA MARIANA 65 10 SUVIS PENHA 23 10 SUVIS SAPOPEMBA / VILA PRUDENTE 31 15 Total 157 41 SUVIS CAMPO LIMPO 14 12 SUVIS CIDADE ADEMAR / SANTO AMARO 36 26 Sul SUVIS M’BOI MIRIM 12 5 SUVIS PARELHEIROS 2 1 SUVIS SOCORRO / GRAJAU 21 13 Total 85 57 MSP 675 231
% TDO 7,7 6,8 20,5 11,4 50,0 53,8 100,0 64,3 28,9 75,0 80,0 51,0 0,0 38,2 71,4 20,0 57,8 100,0 50,0 21,7 6,7 15,4 43,5 48,4 26,1 85,7 72,2 41,7 50,0 61,9 67,1 34,2
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013 120
Fonte: TBWEB - 30 SET 2013
HIV Tempo Tratamento 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total Global em meses N % N % N % N % N % N % N % N sem tratamento 36 12,5 30 12,4 25 11,1 11 5,2 8 3,9 13 6,5 10 7,1 133 0 —| 01 132 46,0 132 54,5 119 52,9 103 49,0 113 54,9 108 54,0 66 46,8 773 01 —| 03 72 25,1 41 16,9 43 19,1 52 24,8 52 25,2 53 26,5 46 32,6 359 Positivo 03 —| 06 30 10,5 19 7,9 25 11,1 27 12,9 21 10,2 18 9,0 13 9,2 153 06 ou + meses 17 5,9 20 8,3 13 5,8 17 8,1 12 5,8 8 4,0 6 4,3 93 Total 287 100,0 242 100,0 225 100,0 210 100,0 206 100,0 200 100,0 141 100,0 1511 sem tratamento 14 10,9 5 2,9 15 7,9 12 7,3 8 5,0 10 5,7 15 9,4 79 0 —| 01 59 45,7 88 50,6 90 47,4 83 50,6 75 47,2 87 49,7 75 47,2 557 Negativo 01 —| 03 32 24,8 44 25,3 39 20,5 32 19,5 34 21,4 40 22,9 42 26,4 263 03 —| 06 19 14,7 27 15,5 28 14,7 29 17,7 33 20,8 29 16,6 18 11,3 183 06 ou + meses 5 3,9 10 5,7 18 9,5 8 4,9 9 5,7 9 5,1 9 5,7 68 Total 129 100,0 174 100,0 190 100,0 164 100,0 159 100,0 175 100,0 159 100,0 1150 sem tratamento 197 51,7 139 46,5 88 37,1 103 43,1 78 36,8 67 31,2 61 29,9 733 0 —| 01 107 28,1 102 34,1 101 42,6 90 37,7 88 41,5 102 47,4 101 49,5 691 Desconhecido 01 —| 03 41 10,8 36 12,0 27 11,4 30 12,6 33 15,6 29 13,5 30 14,7 226 03 —| 06 30 7,9 16 5,4 12 5,1 12 5,0 7 3,3 11 5,1 7 3,4 95 06 ou + meses 6 1,6 6 2,0 9 3,8 4 1,7 6 2,8 6 2,8 5 2,5 42 Total 381 100,0 299 100,0 237 100,0 239 100,0 212 100,0 215 100,0 204 100,0 1787 Total de Óbitos 797 715 652 613 577 590 504 4448
Tabela 14. Casos novos de tuberculose segundo o desfecho óbito e início e tempo de tratamento, MSP, de 2006 a 2012.
CoInfecçÃO DO HIV
121
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 14 A. Casos de óbito em pacientes TB/HIV com menção de TB*, segundo ano do óbito e diagnóstico mencionado na declaração de óbito, residentes no município de São Paulo, 2006 a 2012. Diagnóstico mencionado
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Total Tuberculose mencionada %TB Mencionada
4440 247 5,6
4334 234 5,4
3995 198 5,0
3819 164 4,3
3838 176 4,6
3534 161 4,6
3665 146 4,0
3737 142 3,8
3388 145 4,3
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade - PRO-AIM/CEInfo/SMS (2009 e 2010 atualizados em 16/01/2012 e 05/01/2012) *Causa básica da Morte: B20-B24Aids (B20-B24)
122
CoInfecテァテグ DO HIV
123
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
124
Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico
05 Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com exposição a Material Biológico
125
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO Os acidentes de trabalho com exposição ao material biológico (ATBIO) são notificados de forma sistematizada no município de São Paulo desde o ano 2000. Até 2006, as unidades de assistência especializada em DST/AIDS, referências para o atendimento destes acidentes, registravam os acidentes ocorridos com profissionais de saúde no Sistema de Notificação de Acidentes Biológicos (SINABIO). Com a regulamentação da notificação dos agravos à saúde do trabalhador pelo Ministério da Saúde em 2004, os ATBIO passaram a ser definidos como agravo de notificação compulsória, tendo como instrumento a Ficha de Notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), padronizada pelo Ministério da Saúde. A partir de 2006, a mudança para o novo sistema desencadeou um processo de reestruturação da assistência e da vigilância em todas as unidades do município de São Paulo. A universalização da notificação foi estimulada a todos os Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS) públicos e privados. Neste processo, resgatou-se o entendimento de que a assistência ao ATBIO fosse considerada emergência e a necessidade de se ampliar essa notificação a outras ocupações que, embora não sejam propriamente da área da saúde, estão expostas aos mesmos riscos, tais como: serviços de limpeza, coleta de lixo, manutenção, lavanderia, entre outros. Em 2007, foi elaborado um informe técnico que estabeleceu o fluxo de atendimento, critérios e responsabilidades dos profissionais e serviços de saúde, organizando as referências, facilitando o acesso ao atendimento nas diversas unidades. Além disso, foram realizadas capacitações com as equipes envolvidas na assistência e vigilância. Em 2010 a vigilância epidemiológica do ATBIO passou a ser coordenada pela Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental (GVISAM/COVISA). A partir deste momento, um cronograma de reuniões foi definido com as Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), o Programa Municipal DST/Aids e o Programa Municipal de Hepatites Virais, com o objetivo de divulgar o fluxo de assistência e notificação e melhorar a qualidade da informação. Este trabalho resultou na atualização do informe técnico de 2007, e na elaboração do fluxograma validado e distribuído nas unidades de saúde. No período de 2006 a 2012 foram notificados 15.542 acidentes de trabalho com exposição ao material biológico no município de São Paulo. Após a implantação do SINAN, tivemos um expressivo aumento do número de notificações que se estabilizou em número acima de 2.700 casos por ano (Gráfico 1). A Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Sudeste teve 35% das notificações, a Centro Oeste 22%, a Leste 20%, a Sul 15% e a Norte 8% (Tabela 1). Os serviços especializados em DST/Aids como o Centro de Referência e Treinamento (CRT) estadual, os Centros de Referência (CRs) municipais e Serviços de Assistência Especializados (SAE) responderam por 32%. Os serviços de assistência básica como Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Assistência Médica Ambulatorial (AMA), juntamente com os Prontos-Socorros, Prontos Atendimentos e demais Ambulatórios de Especialidades responderam por 7% e atuam como porta de entrada, realizando o atendimento inicial, a notificação e o encaminhamento para as unidades especializadas mais próximas, apresentando sensível elevação no decorrer do período estudado (Tabela 2). Apresentaram nível de ensino médio completo, 42% ou educação superior completa, 23%. Quanto à ocupação, na maioria foram auxiliares e técnicos de enfermagem (53%), seguidos de médicos (11%) e Enfermeiros (7%) (Tabela 4). Esta frequência pode estar relacionada ao maior número destes profissionais no mercado de trabalho e à exposição inerente à própria ocupação. Ressalta-se que as ocupações de faxineiros e coletores de lixo totalizaram 8% dos acidentes, passando a ocupar o 3º lugar entre as profissões que mais se acidentam. Quanto ao vínculo empregatício, a maior parte dos acidentados era registrada com carteira assinada (60%), servidores públicos estatutários (11%) e servidores públicos celetistas (4%), totalizando 75%. A exposição percutânea tem sido a mais frequente em todas as séries desde o início da vigilância epidemiológica deste agravo. Este fato aponta para a necessidade de implantação de medidas de proteção mais eficazes, como seringas com agulhas retráteis entre outros. Entre as circunstâncias geradoras do acidente, o descarte inadequado de material perfurocortante (18%) foi a primeira causa. A administração de medicamentos ficou em segundo lugar (17%). Este dado sugere a necessidade de se reforçar ações preventivas para incentivar o descarte adequado (Tabela 5). Analisando a utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI), temos que em 82% dos acidentes os trabalhadores utilizavam algum tipo de EPI, 11%. não utilizavam nenhum tipo de EPI, 3% eram ignorados, 1% em branco e 1% inconclusivo. Dos 12.126 acidentes com exposição percutânea, 58% estavam protegidos com luvas. Entretanto, das 1839 exposições de mucosas somente 31% usavam máscara, 15% usavam óculos de proteção e 3% usavam protetores faciais. A utilização de EPIs mostrou-se insatisfatoriamente baixa, ensejando melhoria das condições de segurança. Em relação à sorologia do acidentado no momento do acidente, do total de acidentados, 11.517 (74%) tiveram alguma
126
Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico
sorologia testada para HIV, vírus da hepatite B ou C. Destes, 11.335 (98,4%) foram testados para o anti-HIV, sendo que 11.245 (99,2%) foram negativos, 67 (0,6%) foram positivos, 23 (0,2%) foram inconclusivos. Em relação à sorologia para o vírus da hepatite B, foram testados para o HBsAg 10.614 (92,1%). Destes, 10.487 (98,8%) foram negativos, 100 (0,9%) foram positivos e 27 (0,3%) foram inconclusivos. Semelhantemente, foram testados para o anti-HBs 9.237 (80%). Destes, 6.785 (73%) foram positivos, 2.405 (26%) foram negativos e 47 (1%) foram inconclusivos. A taxa de conversão do antiHBs ainda está abaixo do esperado e indica a necessidade de se intensificar as campanhas de vacinação contra o vírus da hepatite B. Quanto à sorologia para o vírus da hepatite C, foram testados para o anti-HCV 10.704 (92,9%). Destes, 10.554 (98,6%) foram negativos para o anti-HCV, 106 (1,0%) foram positivos e 44 (0,4%) foram inconclusivos. O paciente-fonte foi conhecido em 11.105 (71%) casos, desconhecido em 3.719 (24%), ignorado ou em branco em 718 (5%). Do total de 11.105 acidentes em que a fonte era conhecida, 9.075 (82%) tiveram alguma sorologia testada para HIV, vírus da hepatite B ou C. Não realizados, ignorados e em branco somaram 2.030 (18%), podendo significar problemas na coleta de exames no momento do acidente. Dos 901 pacientes-fonte com sorologia HIV positivo, 742 (82%) eram positivos somente para HIV, 75 (8%) tinham sorologia positiva para hepatite B, 57 (6%) para hepatite C e 27 (2%) para hepatite B e C. Chamou a atenção a elevada taxa de positividade da fonte, comparada à prevalência do HIV na população geral brasileira de 0,61%. Em relação à sorologia para o vírus da hepatite B, foram testados para o HBsAg 7.313 (80,5%). Destes, 7.121 (97,4%) foram negativos, 166 (2,3%) foram positivos e 26 (0,4%) foram inconclusivos. Semelhantemente, foram testados para o anti-HBc 6.220 (68,5%). Destes, 5.643 (90,7%) foram negativos, 543 (8,7%) foram positivos e 34 (0,5%) foram inconclusivos. Quanto ao encerramento dos casos, tivemos dois casos de alta com conversão sorológica, ambos positivos para o vírus da hepatite C. As altas sem conversão sorológica foram 20%. As altas por paciente-fonte negativo totalizaram 40%, abandono 14%, ignorado 8% e em branco 18%. Chamaram atenção, as taxas de casos encerrados com a conclusão em branco ou ignorado, contudo, nos últimos anos esta taxa está decrescendo (Gráfico 2 e Tabela 6). A prevenção de acidentes continua sendo a melhor maneira de se evitar a exposição. A exposição percutânea foi o tipo de exposição mais freqüente e a utilização de EPIs foi insatisfatória em relação às circunstâncias em que ocorreram os acidentes, reforçando a necessidade de implantação de medidas de proteção mais eficazes como seringas com agulhas retráteis entre outros. Até o momento somente o vírus da hepatite B pode ser prevenido por vacina. A profilaxia pré-exposição por meio das vacinas precisa ser estendida a todos os trabalhadores que podem estar expostos, especialmente faxineiros, coletores de lixo e trabalhadores de lavanderia. A indicação e o acesso à profilaxia pós-exposição com imunoglobulinas hiperimunes contra o vírus da hepatite B precisa ser avaliada. A vigilância epidemiológica dos acidentes de trabalho com exposição ao material biológico é importante para o monitoramento deste agravo na medida em que contribui para a elaboração de medidas de prevenção e controle. A notificação é o instrumento para a captação, coleta e armazenamento das informações. A garantia da qualidade destas informações é de fundamental importância para a sua correta análise e interpretação. É inegável que houve um ganho expressivo com a notificação passando a ser realizada pelo SINAN e a ampliação das unidades notificadoras. A análise das informações contidas no banco de acidentes de trabalho com exposição ao material biológico apontou a existência de algumas inconsistências e esforços estão sendo feitos na busca da melhoria da qualidade da informação. É imprescindível que o campo evolução seja adequadamente preenchido após o fechamento do caso, objetivando a redução das conclusões em branco e ignorado, bem como a busca ativa de faltosos. Para isto está sendo realizado trabalho em conjunto com as SUVIS e CRS que resultou numa melhora no preenchimento dos campos antes em branco ou ignorados. Além disso, a divulgação do fluxo de assistência e notificação, entre as diferentes unidades da rede e o seu contínuo aperfeiçoamento e monitoramento podem contribuir para melhorar a comunicação entre os serviços e a captação de dados e, por conseguinte, melhorar a qualidade da informação, reduzindo a subnotificação. Finalmente, os locais de trabalho devem investir, conforme a Norma Regulamentadora nº 32, em medidas que minimizem ou eliminem os riscos de acidentes com exposição ao material biológico, como: medidas gerenciais e organizacionais incluindo a gestão de resíduos, revisão das práticas de trabalho e processos operacionais, medidas de engenharia como utilização de perfurocortantes com dispositivos de proteção, além de educação permanente. Feitas estas considerações, foi possível traçar o perfil desde agravo para o município de São Paulo, que acreditamos, será muito útil para a tomada de decisões.
127
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 1. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição ao material biológico segundo Coordenadoria Regional de Saúde com suas respectivas Supervisão de Vigilância em Saúde e ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2012*.
CRS
SUVIS
ano de ocorrência 2006
2009
2010
2011
2012 Total
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
BUTANTÃ
5
6,6
63
3,0
49
1,8
82
2,9
93
3,4
84
3,1
54
2,3
430
2,8
6,2
SÉ CENTRO OESTE CIDADE TIRADENTES ERMELINO MATARAZZO
-
-
32
1,5
87
3,2
62
2,2
80
3,0
121
4,5
144
526
3,4
10
13,2
411
19,5
398
14,5
412
14,4
386
14,2
411
15,1
372
16,1 2400
15,4
15
19,7
506
23,9
534
19,4
556
19,4
559
20,6
616
22,7
570
24,7 3356
21,6
-
-
11
0,5
54
2,0
66
2,3
52
1,9
48
1,8
57
2,5
288
1,9
16
21,1
101
4,8
104
3,8
95
3,3
96
3,5
109
4,0
39
1,7
560
3,6
SÃO MIGUEL
-
-
-
-
6
0,2
10
0,3
10
0,4
11
0,4
10
0,4
47
0,3
GUAIANASES
-
-
4
0,2
11
0,4
13
0,5
5
0,2
32
1,2
20
0,9
85
0,5
ITAIM PAULISTA
-
-
-
-
40
1,5
83
2,9
58
2,1
72
2,7
49
2,1
302
1,9
ITAQUERA
1
1,3
255
12,1
378
13,8
345
12,0
363
13,4
298
11,0
148
6,4 1788
11,5
SÃO MATEUS
-
-
-
-
9
0,3
11
0,4
24
0,9
17
0,6
19
17
22,4
371
17,6
602
21,9
623
21,7
608
22,4
587
21,6
342
CASA VERDE/CACHOEIRINHA
16
21,1
30
1,4
31
1,1
25
0,9
38
1,4
43
1,6
30
1,3
213
1,4
0,8
80
0,5
14,8 3150
20,3
FREGUESIA DO Ó/BRASILÂNDIA
-
-
-
-
34
1,2
59
2,1
58
2,1
46
1,7
32
1,4
229
1,5
PIRITUBA/PERUS
1
1,3
22
1,0
18
0,7
29
1,0
10
0,4
18
0,7
11
0,5
109
0,7
SANTANA/TUCURUVI
1
1,3
17
0,8
27
1,0
49
1,7
93
3,4
81
3,0
89
3,9
357
2,3
JAÇANÃ/TREMEMBÉ
-
-
31
1,5
21
0,8
40
1,4
39
1,4
29
1,1
27
1,2
187
1,2
1,6
VILA MARIA/VILA GUILHERME NORTE
2008
LAPA/PINHEIROS
LESTE
2007
-
-
5
0,2
10
0,4
14
0,5
33
1,2
36
1,3
37
135
0,9
18
23,7
105
5,0
141
5,1
216
7,5
271
10,0
253
9,3
226
9,8 1230
7,9
IPIRANGA
2
2,6
204
9,7
225
8,2
236
8,2
202
7,5
147
5,4
131
5,7 1147
7,4
MOÓCA/ARICANDUVA
-
-
8
0,4
32
1,2
56
2,0
29
1,1
36
1,3
38
1,6
199
1,3
1
1,3
34
1,6
70
2,5
78
2,7
89
3,3
97
3,6
91
3,9
460
3,0
16,0 2892
18,6
/FORMOSA/CARRÃO PENHA
SUDESTE
VILA MARIANA/JABAQUARA
3
3,9
500
23,7
634
23,1
544
18,9
422
15,6
420
15,5
369
VILA PRUDENTE/SAPOPEMBA
17
22,4
127
6,0
176
6,4
179
6,2
75
2,8
91
3,4
102
23
30,3
873
41,4 1093
38,1
817
30,1
791
29,1
731
1
1,3
80
3,8
97
3,5
104
3,6
128
4,7
134
4,9
104
4,5
648
4,2
CAMPO LIMPO
767
4,9
31,6 5465
35,2
CAPELA DO SOCORRO
-
-
79
3,7
116
4,2
97
3,4
112
4,1
92
3,4
87
3,8
583
3,8
M’BOI MIRIM
1
1,3
49
2,3
54
2,0
72
2,5
67
2,5
65
2,4
86
3,7
394
2,5
PARELHEIROS
1
1,3
2
0,1
2
0,1
10
0,3
11
0,4
7
0,3
6
0,3
39
0,3
SANTO AMARO/CIDADE ADEMAR
-
-
48
2,3
65
2,4
100
3,5
137
5,1
169
6,2
158
6,8
677
4,4
3
3,9
258
12,2
334
12,2
383
13,3
455
16,8
467
17,2
441
19,1 2341
15,1
SUL
Total
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
128
41,3 1137
4,4
76 100,0 2113 100,0 2748 100,0 2871 100,0 2710 100,0 2714 100,0 2310 100,0 15542 100,0
Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico
Gráfico 1. Acidentes com Exposição Material Biológico , em números absolutos, por ano da notificação, segundo o Sistema de Notificação SINABIO e SINAN, no Município de São Paulo, 2000 a 2010*.
3500 3000
2748
2500
2871
2710 2714
2113
2310
2000 1500 1000 500 0
537 160
681
232
519
397
476 76
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 SINABIO
SINAN
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA e SINABIO - Programa Municipal DST/Aids/SMS/SP - Boletim 2008 *Dados preliminares sujeitos a revisão.
129
130
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
Unidades Notificadoras HOSP STA MARCELINA SAO PAULO SANTA CASA DE SAO PAULO HOSPITAL CENTRAL SAO PAULO HOSP DO SERV PUB ESTFCO MORATO DE OLIVEIRA SAO PAULO HOSPITAL SAO JOAQUIM BENEFICENCIA PORTUGUESA HOSPITAL SAO PAULO HOSPITAL DE ENSINO DA UNIFESP SAO PAULO HOSPITAL GERAL DO GRAJAU PROF LIBER JOHN ALPHONSE DI DIO SP HOSPITAL HELIOPOLIS UNIDADE DE GESTAO ASSISTENCIAL I SP HOSPITAL GERAL SANTA MARCELINA DE ITAIM PAULISTA SAO PAULO HOSPITAL ESTADUAL DE VILA ALPINA ORG SOCIAL SECONCI SAO PAUL HOSP MUN CIDADE TIRADENTES CARMEN PRUDENTE Outros Hospitais ( n = 109 ) Subtotal 1 Centro de Referência e Treinamento DST/Aids São Paulo SAE DST AIDS CIDADE LIDER II SAE DSTAIDS J MITSUTANI SAE DSTAIDS FIDELIS RIBEIRO SAE E DSTAIDS IPIRANGA JOSE F ARAUJO SAE DSTAIDS HERBERT DE SOUZA BETINHO SAE DSTAIDS SANTANA MARCOS LUTEMBERG SAE DSTAIDS BUTANTA SAE DSTAIDS CAMPOS ELISEOS SAE LAPA PAULO CESAR BONFIM SAE DST AIDS CIDADE DUTRA SAE DST AIDS CECI CR DST/Aids Penha CR DST/Aids Santo Amaro CR DST/Aids N Senhora Do O Subtotal 2 UBS (n=179) AMA (n=65) Ambulatórios de Especialidades (n=23) Pronto Socorros (n=14) Pronto Atendimento (n=02) Unidades de Apoio Diagnose e Terapia (n=10) Outros diversos (n=15) Subtotal 3 Total 2006 N % 1 1,3 1 1,3 3 3,9 1 1,3 17 22,4 28 36,8 51 67,1 1 1,3 1 1,3 16 21,1 1 1,3 1 1,3 1 1,3 21 27,6 2 2,6 1 1,3 1 1,3 4 5,3 76 100,0 N 154 98 170 172 107 71 69 42 5 413 1301 191 91 79 101 80 74 17 22 10 6 30 35 736 45 3 17 10 1 76 2113
% 7,3 4,6 8,0 8,1 5,1 3,4 3,3 2,0 0,2 19,5 61,6 9,0 4,3 3,7 4,8 3,8 3,5 0,8 1,0 0,5 0,3 1,4 1,7 34,8 2,1 0,1 0,8 0,5 0,0 3,6 100,0
2007 N 250 65 131 180 193 96 69 40 63 50 606 1743 190 128 92 95 99 84 22 19 10 10 2 59 43 32 885 60 6 35 17 2 120 2748
% 9,1 2,4 4,8 6,6 7,0 3,5 2,5 1,5 2,3 1,8 22,1 63,4 6,9 4,7 3,3 3,5 3,6 3,1 0,8 0,7 0,4 0,4 0,1 2,1 1,6 1,2 32,2 2,2 0,2 1,3 0,6 0,1 4,4 100,0
2008
2009 N % 231 8,0 164 5,7 136 4,7 120 4,2 74 2,6 73 2,5 62 2,2 77 2,7 80 2,8 60 2,1 752 26,2 1829 63,7 186 6,5 114 4,0 97 3,4 92 3,2 89 3,1 55 1,9 20 0,7 21 0,7 31 1,1 11 0,4 4 0,1 57 2,0 42 1,5 59 2,1 878 30,6 70 2,4 14 0,5 30 1,0 30 1,0 4 0,1 14 0,5 2 0,1 164 5,7 2871 100,0
ano de ocorrência 2010 2011 N % N % 234 8,6 170 6,3 187 6,9 178 6,6 98 3,6 126 4,6 31 1,1 26 1,0 36 1,3 14 0,5 84 3,1 78 2,9 44 1,6 39 1,4 56 2,1 68 2,5 32 1,2 17 0,6 48 1,8 47 1,7 719 26,5 854 31,5 1569 57,9 1617 59,6 169 6,2 130 4,8 129 4,8 128 4,7 124 4,6 110 4,1 95 3,5 99 3,6 109 4,0 54 2,0 21 0,8 28 1,0 45 1,7 36 1,3 23 0,8 20 0,7 17 0,6 19 0,7 18 0,7 20 0,7 3 0,1 2 0,1 65 2,4 86 3,2 60 2,2 69 2,5 58 2,1 42 1,5 936 34,5 843 31,1 76 2,8 88 3,2 47 1,7 62 2,3 34 1,3 46 1,7 15 0,6 23 0,8 3 0,1 2 0,1 25 0,9 30 1,1 5 0,2 3 0,1 205 7,6 254 9,4 2710 100,0 2714 100,0
Total 2012 N % N % 52 2,3 1092 7,0 187 8,1 880 5,7 122 5,3 783 5,0 8 0,3 540 3,5 55 2,4 479 3,1 51 2,2 453 2,9 44 1,9 328 2,1 43 1,9 284 1,8 31 1,3 282 1,8 56 2,4 266 1,7 727 31,5 4099 26,4 1376 59,6 9486 61,0 109 4,7 976 6,3 96 4,2 686 4,4 76 3,3 579 3,7 38 1,6 536 3,4 37 1,6 469 3,0 22 1,0 284 1,8 54 2,3 195 1,3 34 1,5 139 0,9 14 0,6 102 0,7 21 0,9 86 0,6 4 0,2 15 0,1 1 0,0 1 0,0 88 3,8 385 2,5 77 3,3 326 2,1 32 1,4 223 1,4 703 30,4 5002 32,2 86 3,7 427 2,7 74 3,2 206 1,3 19 0,8 182 1,2 15 0,6 110 0,7 9 0,4 18 0,1 12 0,5 82 0,5 16 0,7 29 0,2 231 10,0 1054 6,8 2310 100,0 15542 100,0
Tabela 2. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição ao material biológico segundo principais unidades notificadoras e ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2012*.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico
Tabela 3. Número e porcentagem de casos de acidentes de trabalho com exposição ao material biológico segundo faixa etária do acidentado e ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2012*. Faixa etária
ano de ocorrência
2006
N
%
2
2,6
<20 20 a 29
28 36,8
2007
2008
2009
2010
N
%
N
%
N
%
11
0,5
23
0,8
18
0,6
819 38,8 1141 41,5 1135 39,5
N
%
17
0,6
2011
977 36,1
2012 Total
N
%
30
1,1
929 34,2
N
%
N
%
19
0,8
120
0,8
750 32,5 5779 37,2
30 a 39
26 34,2
679 32,1
845 30,7
973 33,9
945 34,9
973 35,9
921 39,9 5362 34,5
40 a 49
13 17,1
350 16,6
479 17,4
459 16,0
475 17,5
457 16,8
378 16,4 2611 16,8
50 a 59
5
6,6
205
9,7
224
8,2
228
7,9
245
9,0
261
9,6
190
8,2 1358
8,7
60 e +
1
1,3
45
2,1
35
1,3
57
2,0
46
1,7
54
2,0
46
2,0
284
1,8
1
1,3
4
0,2
1
0,0
1
0,0
5
0,2
10
0,4
6
0,3
28
0,2
Indeterminada Total
76 100,0 2113 100,0 2748 100,0 2871 100,0 2710 100,0 2714 100,0 2310 100,0 15542 100,0
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
Tabela 4. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição ao material biológico segundo ocupação do acidentado e ano de ocorrência. Ocupação
ano de ocorrência 2006 N
2007
%
N
%
2008 N
%
2009 N
%
2010 N
%
2011 N
2012 %
N
Total
%
N
%
Enfermagem ( Auxiliares eTécnicos ) 48 63,2 1100 52,1 1387 50,5 1537 53,5 1493 55,1 1486 54,8 1207
52 8258 53,1
Médico
2
2,6
257 12,2
360 13,1
351 12,2
255
9,4
249
9,2
222
10 1696 10,9
Enfermeiro
5
6,6
146
6,9
176
6,4
182
6,3
176
6,5
171
6,3
187
8 1043
6,7
Faxineiro
4
5,3
110
5,2
140
5,1
116
4,0
147
5,4
146
5,4
112
5
775
5,0
Estudante
-
-
77
3,6
159
5,8
90
3,1
95
3,5
132
4,9
90
4
643
4,1
Coletores de lixo
1
1,3
86
4,1
118
4,3
101
3,5
73
2,7
29
1,1
23
1
431
2,8
Cirurgião dentista
-
-
49
2,3
63
2,3
74
2,6
68
2,5
63
2,3
49
2
366
2,4
Laboratório
-
-
34
1,6
42
1,5
44
1,5
44
1,6
45
1,7
38
2
247
1,6
Auxiliar Odontologia
-
-
17
0,8
24
0,9
42
1,5
38
1,4
29
1,1
24
1
174
1,1
Fisioterapeuta
-
-
25
1,2
31
1,1
28
1,0
22
0,8
27
1,0
22
1
155
1,0
Empregado doméstico
9 11,8
10
0,5
14
0,5
31
1,1
34
1,3
35
1,3
33
1
166
1,1
Lavanderia
-
-
23
1,1
18
0,7
20
0,7
20
0,7
14
0,5
12
1
107
0,7
Instrumentador
-
-
12
0,6
13
0,5
20
0,7
14
0,5
10
0,4
12
1
81
0,5
Farmácia
-
-
4
0,2
14
0,5
11
0,4
14
0,5
16
0,6
21
1
80
0,5
Agente Comunitário
-
-
13
0,6
3
0,1
9
0,3
3
0,1
6
0,2
6
0
40
0,3
Manutenção
-
-
7
0,3
9
0,3
8
0,3
2
0,1
4
0,1
9
0
39
0,3
Atendente de Enfermagem
-
-
10
0,5
8
0,3
3
0,1
1
0,0
4
0,1
1
0
27
0,2
outros
7
9,2
96
4,5
89
3,2
112
3,9
100
3,7
134
4,9
125
5
663
4,3
-
-
37
1,8
80
2,9
92
3,2
111
4,1
114
4,2
117
5
551
3,5
Ignorada Total
76 100,0 2113 100,0 2748 100,0 2871 100,0 2710 100,0 2714 100,0 2310
100 15542 100,0
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
131
132 2 2 - 5 4 10 13,2 13 17,1
Administ. de medicação intramuscular
Administ. de medicação subcutânea
Administ. de medicação intradérmica
Punção venosa/arterial para coleta de sangue
Punção venosa/arterial não especificada
Descarte inadequado de material perfurocortante em saco de lixo
Descarte inadequado de material perfurocortante em bancada, cama, chão, etc.
1 2 - - 9 11,8 -
Manipulação de caixa com material perfurocortante
Procedimento cirúrgico
Procedimento odontológico
Procedimento laboratorial
Dextro
Reencape
-
Lavagem de material
-
Em branco
2,3
32
51 1,5
2,4
334 15,8
49
8,9
3,9
8,7
0,8
4,5
4,0
5,8
4,3
2,9
0,4
1,8
8,8
1,5
2,8
26
49
0,9
1,8
490 17,8
50
241
41
78
274 10,0
117
81
12
284 10,3
244
107
238
21
125
111
159
%
2008 N
8,3
3,9
9,3
0,7
4,6
4,9
5,6
2,0
7,2
1,6
3,0
9,4
4,0
2,4
0,8
55
68
1,9
2,4
493 17,2
58
208
45
86
269
116
68
23
313 10,9
238
112
268
19
131
141
160
%
2009 N
0,6
3,7
6,3
6,8
1,8
6,8
2,0
3,2
7,9
6,6
2,6
0,7
9,5
7,8
4,0
30
51
1,1
1,9
449 16,6
50
184
54
86
214
180
70
20
257
211
109
272 10,0
17
99
172
185
%
2010 N
0,3
5,8
6,0
5,4
6,7
4,5
1,7
4,5
2,8
2,8
9,2
5,9
2,9
0,4
12
42
0,4
1,5
489 18,0
47
121
75
75
251
159
79
10
294 10,8
181
121
283 10,4
9
157
162
147
%
2011 N
0,5
5,1
6,3
5,3
85
716
821
950
668
8,0
4,3
9,7
784
427
110
289
439
1,1
280
4,7 1090
2,2
2,3
9,5 1387
5,2
2,7
1,1
1,8
7,0
1,9
2,8
8,9
5,0
2,7
0,7
9,6 1570 10,1
7,4 1250
5,6
0,5
4,6
5,3
17
38
0,7
1,6
172
302
1,1
1,9
428 18,5 2695 17,3
26
108
50
53
220
119
63
25
222
170
130
% 6,1
Total N
242 10,5 1507
12
118
146
123
%
2012 N
76 100,0 2113 100,0 2748 100,0 2871 100,0 2710 100,0 2714 100,0 2310 100,0 15542 100,0
-
1,1
2,9
7,4
4,4
3,1
0,9
8,8
9,3
4,0
9,4
0,3
4,0
4,1
7,8
219 10,4
24
61
157
92
65
20
187
196
85
199
7
84
87
164
%
2007 N
ano de ocorrência
*Dados preliminares sujeitos a revisão.
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA
Total
3
Ignorado
3,9
12 15,8
Outros
-
-
-
2,6
1,3
1,3
- 1
Lavanderia
5,3
6,6
-
2,6
2,6
12 15,8
Administ. de medicação endovenosa
%
2006 N
Circunstâncias do acidente
Tabela 5. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição ao material biológico segundo circunstâncias do acidente e ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2012*. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Vigilância Epidemiológica dos Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico
Tabela 6. Número e porcentagem de acidentes de trabalho com exposição ao material biológico segundo evolução do caso e ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2012*. Evolução
ano de ocorrência
2006
Alta com conversão sorológica
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Total
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
-
-
-
-
1
0,0
-
-
-
-
1
0,0
-
-
2
0,0
Alta sem conversão sorológica
24 31,6 378 17,9 445 16,2 521 18,1 585 21,6 660 24,3 490 21,2 3103 20,0
Alta paciente fonte negativo
26 34,2 767 36,3 971 35,3 1136 39,6 1133 41,8 1107 40,8 1093 47,3 6233 40,1
Abandono
10 13,2 262 12,4 335 12,2 311 10,8 494 18,2 436 16,1 314 13,6 2162 13,9
Ignorado
11 14,5 286 13,5 322 11,7 214
Em branco
5
Total
7,5
98
3,6 182
6,7
89
3,9 1202
7,7
6,6 420 19,9 674 24,5 689 24,0 400 14,8 328 12,1 324 14,0 2840 18,3
76 100,0 2113 100,0 2748 100,0 2871 100,0 2710 100,0 2714 100,0 2310 100,0 15542 100,0
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
Gráfico 2. Número de acidentes de trabalho com exposição ao material biológico segundo evolução do caso e ano de ocorrência. Município de São Paulo, 2006 a 2012*.
1200 1000 Alta com conversão sorológica
800
Alta sem conversão sorológica
600
Alta paciente fonte negativo
400
Abandono
200 0
Ignorado Em branco 2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Fonte: SINAN NET - GVISAM/COVISA *Dados preliminares sujeitos a revisão.
133
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
134
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
06
Outras Fontes de Vigilância
135
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
A Rede Municipal Especializada em DST/aids (RME) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) é composta por 25 unidades com atendimento voltado para a temática das Doenças Sexualmente Transmissíveis, principalmente do HIV/aids. Todas fazem diagnóstico sorológico de HIV, Sífilis e Hepatites B e C, sendo 15 delas também unidades de assistência para o acompanhamento de pessoas vivendo com HIV ou aids. Com o crescimento da rede de atendimento e diagnóstico, foram desenvolvidos sistemas para monitorar o número de usuários e de pacientes e o perfil da população atendida. Tal monitoramento permite a construção de indicadores de acompanhamento de políticas públicas já implantadas e subsidiam a criação de novas políticas, necessárias para o enfrentamento da epidemia do HIV. São três as ferramentas utilizadas pelo Programa Municipal de DST/aids da SMS com a finalidade de monitorar as ações de diagnóstico e de tratamento realizadas pela RME: 1. Número de testes diagnósticos para HIV e tipo de teste realizado (rápido ou convencional), e de sorologias para hepatites B e C e sífilis, de acordo com sexo e faixa etária do paciente; 2. Sistema de Informação em Serviço (VIGISERV) que informa o número de pacientes em acompanhamento de acordo com a doença – HIV e aids monoinfectados ou coinfectados por Hepatites virais e tuberculose, monoinfectados com hepatites virais B e C e DST, número de abandonos de tratamento, de transferências e de óbitos, além de algumas características dos pacientes e 3. Sistema de Informação dos Centros de Testagem e Aconselhamento em Aids (SI-CTA), que informa características dos usuários que procuram a RME para diagnóstico sorológico. Estes sistemas são imprescindíveis para a geração e sistematização de informações que subsidiam a tomada de decisões de gestão nos territórios, e no nível central, pelo Programa Municipal de DST/Aids, que tem como atribuição assessorar tecnicamente a SMS em todos os temas relacionados ao HIV/Aids e DST. Por serem sistemas criados para monitoramento interno e não serem de preenchimento compulsório, algumas limitações em seu preenchimento podem acarretar diminuição da consistência dos dados. Além disso, observa-se, com o correr dos anos, redução de recursos humanos para alimentar e analisar as planilhas. Estas limitações, entretanto, não diminuem a importância destes sistemas de monitoramento e avaliação como instrumentos para a qualificação da assistência e gestão.
6.1 PACIENTES MATRICULADOS E EM SEGUIMENTO NA RME Quinze dos 25 serviços que compõem a RME DST/aids, realizam acompanhamento ambulatorial de PVHIV, assim como de pacientes com outras doenças sexualmente transmissíveis e monoinfecções de hepatite B e C. O VIGISERV é o instrumento utilizado pela RME para monitorar todos os pacientes em acompanhamento ambulatorial. Implantado em 2002, mas com informações retroativas a 1992, este sistema nos informa que foram realizadas 100.554 matrículas na RME entre 1992 e junho de 2013. Desse total, 49% (49.286) têm como diagnóstico principal HIV ou aids; 30,2% (30.381) outras doenças sexualmente transmissíveis tais como HPV, sífilis, etc.; 2,5% ( 2546) e 8,6% (8615) hepatite B e C respectivamente; 5,9% (5964) são crianças expostas verticalmente ao HIV e/ou à sífilis e 3,7% (3762) são outras situações (Tabela 1). Estas 15 unidades de atendimento especializado estão distribuídas pelas 5 regiões do município de São Paulo, sendo duas na região Norte; três na região Sul; três na Região Centro-Oeste; cinco na região Sudeste e duas na Leste. A região Sudeste é a que possui o maior número de pacientes matriculados com diagnóstico principal de HIV ou aids ( 24,4%) seguida pela região Centro-Oeste, com 20%. As outras três regiões possuem cerca de 18% cada (Tabela 2). Dos 49.286 pacientes matriculados com diagnóstico principal de HIV ou aids, 17410 (35,3%) são mulheres e 31.876 (64,7%) homens. Na data de matrícula 60,8% ( 29.976) tinham 13 anos ou mais , a maior porcentagem, tanto de homens como de mulheres (37,9% e 35,5% respectivamente), tinha entre 30 a 39 anos, seguida pela faixa etária entre 20 a 29 anos (28,2% em homens e 29,5% em mulheres) (Tabela 3).
136
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
A maior porcentagem de pacientes matriculados se auto classificou como da raça/cor branca, tanto homens como mulheres (49,4% e 45,5%), seguida da parda (29,1% e 32,2% ) e preta( 9,7% e 11,5%). Apesar da qualidade do preenchimento vir melhorando, ainda trabalhamos com cerca de 10% de dados ignorados (Tabela 4). Considera-se como pacientes em seguimento aqueles que estão em acompanhamento ambulatorial na RME na data de análise das informações. Na análise da idade à matrícula dos com HIV/aids com 13 anos e mais em seguimento por agrupamento de anos de matrícula ( 1996-2006; 2007-2013) , observa-se redução do percentual de pacientes com 30 a 39 anos na matrícula. No período de 2007 a 2013, apesar de mantida a predominância da faixa etária de 30 e 39 anos, a comparação entre os dois períodos analisados sugere um discreto aumento percentual nas faixas de 13 e 19 anos e 50 anos ou mais. (Gráfico 1). Quando analisamos a faixa etária no período de 1992 a junho de 2013 das pessoas em seguimento com HIV/ aids, verificase que, independentemente do sexo, as maiores proporções estão entre as idades de 40 e 49 e 30 e 39 anos, com 33,5% e 28,9% respectivamente. Ao estratificar por sexo, destacam-se os homens com idade entre 20 e 29 anos, enquanto as mulheres a partir de 40 anos apresentam maiores proporções que homens (Gráfico 2). Ao analisar a faixa etária das pessoas em seguimento segundo CRS em que são acompanhadas, observamos que na região Centro-Oeste, há predomínio de pacientes entre 30 e 39 anos, enquanto que nas demais regiões as maiores proporções são de pacientes entre 40 e 49 anos. (Tabela 7 e Gráfico 3). Em relação à raça/cor daqueles que estão em seguimento na RME, a maior parte se auto classificou como branca (48,3%), seguida por parda (31,6%) e preta (10,9%).
6.2 DIAGNÓSTICOS SOROLÓGICOS DO HIV E SÍFILIS Todos o 25 serviços da RME DST/aids contam com um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) sendo que 10 deles são somente CTA e os outros 15 são também serviços de assistência especializada ( SAE) e Centros de Referência ( CR) Nos CTA, SAE e CR são realizados diagnósticos sorológicos de infecção por HIV, Sífilis e Hepatites B e C. A testagem é gratuita e oferece orientação e acolhimento, tendo em vista situações que ofereçam risco acrescido ao HIV e às demais DST. A forma como a RME está organizada favorece o atendimento de populações com maior exposição e vulnerabilidade ao HIV. Além disso, esta rede é referência para diagnóstico etiológico de outras DST, como no caso da sífilis. Estas características podem resultar em uma maior efetividade para diagnosticar HIV, ou seja, maior soropositividade. Isso pode ser comprovado quando observamos a proporção de diagnósticos reagentes para o HIV entre os anos de 2007 e 2012 que variou entre 4,2% e 5,4% no período (Tabela 9 e Gráfico 4). Entretanto, esta taxa de soropositividade não é homogênea no MSP: enquanto nas regiões Centro-Oeste, Norte, Sul e Sudeste a soropositividade para o HIV, em 2012, foi cerca de 4,5%, na região Leste foi próxima de 3% (Tabela 10 e Gráfico 5). Estas diferenças provavelmente estão relacionadas ao modo como a epidemia se apresenta nos diferentes territórios. Observamos aumento do número de diagnósticos de sífilis em nosso município: em 2007 a soropositividade foi de 4,9% e em 2012, 8,6%, ou seja, um aumento de 75,5% (Tabela 11 e Gráfico 6) no período. Quando analisados os dados por região, observamos que a Sudeste teve a maior soropositividade, com 10,8%, seguida pela Centro-Oeste, com 9,3% (Tabela 12 e gráfico 7). Pode-se atribuir este aumento a pelo menos 2 fatores: melhora do diagnóstico e informação e a um aumento real do número de casos.
137
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 1. Número e porcentagem de matrículas segundo diagnóstico principal e ano de matrícula na Rede Municipal especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013*. Ano de Aids/HIV DST Matrícula
N
Até 1995 1996
%
N
Hepatite B %
N
%
Hepatite C TV** Outros TOTAL N
%
N
%
N
%
N
%
290
90,3
24
7,5
0
0,0
0
0,0
4
1,2
3
0,9
321 100,0
1394
93,6
40
2,7
0
0,0
1
0,1
43
2,9
11
0,7
1489 100,0
1997
2219
91,2
118
4,8
2
0,1
2
0,1
85
3,5
8
0,3
2434 100,0
1998
2009
75,8
510
19,3
7
0,3
6
0,2
103
3,9
14
0,5
2649 100,0
1999
2188
68,9
711
22,4
17
0,5
21
0,7
216
6,8
24
0,8
3177 100,0
2000
2148
66,1
757
23,3
20
0,6
24
0,7
267
8,2
35
1,1
3251 100,0
2001
2888
72,0
678
16,9
12
0,3
26
0,6
369
9,2
38
0,9
4011 100,0
2002
2813
60,1
1134
24,2
62
1,3
201
4,3
421
9,0
51
1,1
4682 100,0
2003
3119
53,2
1294
22,1
202
3,4
696
11,9
491
8,4
64
1,1
5866 100,0
2004
2997
47,5
1804
28,6
205
3,2
747
11,8
478
7,6
80
1,3
6311 100,0
2005
2796
41,2
2208
32,5
268
3,9
888
13,1
456
6,7
175
2,6
6791 100,0
2006
2645
41,9
1987
31,5
235
3,7
820
13,0
420
6,6
210
3,3
6317 100,0
2007
2850
43,7
1961
30,1
289
4,4
834
12,8
425
6,5
160
2,5
6519 100,0
2008
3323
44,8
2198
29,7
283
3,8
963
13,0
405
5,5
238
3,2
7410 100,0
2009
3559
44,5
2544
31,8
223
2,8
1052
13,2
412
5,2
200
2,5
7990 100,0
2010
3559
36,3
3829
39,1
318
3,2
1052
10,7
401
4,1
633
6,5
9792 100,0
2011
3284
38,1
3385
39,2
227
2,6
675
7,8
376
4,4
680
7,9
8627 100,0
2012
3281
38,9
3556
42,2
118
1,4
406
4,8
380
4,5
684
8,1
8425 100,0
2013*
1830
42,0
1615
37,1
53
1,2
194
4,5
207
4,8
454
10,4
4353 100,0
94
67,6
28
20,1
5
3,6
7
5,0
5
3,6
0
0,0
139 100,0
IGNORADA TOTAL
49286
49,0 30381
30,2 2546
2,5 8615
8,6 5964
5,9 3762
3,7 100554 100,0
Fonte: VIGISERV - Programa Municipal de DST/Aids/SMS/SP *Dados até junho de 2013, sujeitos a atualização **TV: Criança Exposta ao HIV ou à Sífilis na gestação
138
4,3
4622
SAE DST/Aids Cidade Líder II
SAE DST/Aids Fidelis Ribeiro
3,6
100,0
9,4
9,0
18,4
30381
2496
1603
4099
448
2670
3293
76
413
6900
694
57
2769
3520
5183
2547
3600
11330
1602
2930
4532
100,0
8,2
5,3
13,5
1,5
8,8
10,8
0,3
1,4
22,7
2,3
0,2
9,1
11,6
17,1
8,4
11,8
37,3
5,3
9,6
14,9
2546
2
65
67
131
236
463
74
23
927
143
23
132
298
735
71
95
901
12
341
353
100,0
0,1
2,6
2,6
5,1
9,3
18,2
2,9
0,9
36,4
5,6
0,9
5,2
11,7
28,9
2,8
3,7
35,4
0,5
13,4
13,9
8615
5
90
95
648
627
1724
188
143
3330
485
208
250
943
2085
70
168
2323
72
1852
1924
100,0
0,1
1,0
1,1
7,5
7,3
20,0
2,2
1,7
38,7
5,6
2,4
2,9
10,9
24,2
0,8
2,0
27,0
0,8
21,5
22,3
%
5964
746
943
1689
160
209
478
240
213
1300
188
176
276
640
438
290
397
1125
690
520
1210
N
100,0
12,5
15,8
28,3
2,7
3,5
8,0
4,0
3,6
21,8
3,2
3,0
4,6
10,7
7,3
4,9
6,7
18,9
11,6
8,7
20,3
%
3762
4
0
4
211
1536
293
1
0
2041
166
3
1
170
1528
7
9
1544
0
3
3
N
7875
7147
15022
3379
7232
9720
3176
3032
26539
3810
5584
6037
15431
14339
4958
6908
26205
7968
9389
17357
N
100,0 100554
0,1
0,0
0,1
5,6
40,8
7,8
0,0
0,0
54,3
4,4
0,1
0,0
4,5
40,6
0,2
0,2
41,0
0,0
0,1
0,1
%
%
100,0
7,8
7,1
14,9
3,4
7,2
9,7
3,2
3,0
26,4
3,8
5,6
6,0
15,3
14,3
4,9
6,9
26,1
7,9
9,3
17,3
Hepatite C TV** Outros TOTAL N
%
Hepatite B N
**TV: Criança Exposta ao HIV ou à Sífilis na gestação
*Dados até junho de 2013, sujeitos a atualização
Fonte: VIGISERV - Programa Municipal de DST/Aids/SMS/SP
49286
4446
Região Leste
TOTAL
1781
9068
SAE DST/Aids Vila Prudente
1954
SAE DST/Aids Ipiranga
4,0
7,0
3469
CR DST/Aids Penha
24,4
5,3
Região Sudeste
4,5
2134
12041
SAE DST/Aids Lapa
5,3
10,4
2240
5117
SAE DST/Aids Campos Elíseos
20,0
8,9
4,0
5,4
18,2
11,3
7,6
18,9
SAE DST/Aids Alexandre K. Yasbeck 2597
2609
SAE DST/Aids Butantã
SAE DST/Aids Herbert de Souza
4370
9860
1973
SAE DST/Aids Jardim Mitsutani
Região Centro-Oeste
2639
SAE DST/Aids Cidade Dutra
CR DST/Aids Santo Amaro
5592
8982
Região Sul
3743
CR DST/Aids Freguesia do Ó
SAE DST/Aids Santana
9335
Região Norte
Aids/HIV DST UNIDADE DE ATENDIMENTO N % N %
Tabela 2. Número e porcentagem de matrículas segundo diagnóstico principal, região e unidade de atendimento na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013*.
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
139
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 3. Número e porcentagem de matrículas por HIV ou Aids, segundo sexo e faixa etária, na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013*. Faixa Etária/Sexo
F
M TOTAL
N
%
N
%
N
%
0 a 4
289
1,7
292
0,9
581
1,2
5 a 12
234
1,3
255
0,8
489
1,0
13 a 19
712
4,1
730
2,3
1442
2,9
20 a 29
5135
29,5
8988
28,2
14123
28,7
30 a 39
6172
35,5
12078
37,9
18250
37,0
40 a 49
3222
18,5
6718
21,1
9940
20,2
50 a 59
1219
7,0
2197
6,9
3416
6,9
60 a 69
316
1,8
441
1,4
757
1,5
70 e +
59
0,3
94
0,3
153
0,3
IGNORADO TOTAL
52
0,3
83
0,3
135
0,3
17410
100,0
31876
100,0
49286
100,0
Fonte: VIGISERV - Programa Municipal de DST/Aids/SMS/SP *Dados até junho de 2013, sujeitos a atualização
Tabela 4. Número e porcentagem de matrículas por HIV ou Aids, segundo sexo e raça/cor, na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013*. RAÇA/COR
F
M TOTAL
SEXO
N
%
N
%
N
%
AMARELA
65
0,4
160
0,5
225
0,5
BRANCA
7919
45,5
15731
49,4
23650
48,0
PRETA
2009
11,5
3095
9,7
5104
10,4
PARDA
5614
32,2
9286
29,1
14900
30,2
120
0,7
427
1,3
547
1,1
INDÍGENA IGNORADA TOTAL
1683
9,7
3177
10,0
4860
9,9
17410
100,0
31876
100,0
49286
100,0
Fonte: VIGISERV - Programa Municipal de DST/Aids/SMS/SP *Dados até junho de 2013, sujeitos a atualização
140
543
868
TOTAL
%
2,9
3,3
2,4
3,1
8722
4947
3720
55
N
5589
5443
34
N
36,9
33,5
41,4
26,0
%
30 a 39
29,1 11066
29,6
28,3
42,0
%
20 a 29
6371
3691
2667
13
N
21,3
22,1
20,3
9,9
%
40 a 49
2333
1528
799
6
N
7,8
9,2
6,1
4,6
%
50 a 59
457
308
148
1
N
1,5
1,8
1,1
0,8
%
60 a 69
86
65
21
0
N
0,3
0,4
0,2
0,0
%
73
20
35
18
N
N
16691
13154
131
0,2 29976
0,1
0,3
13,7
%
100,0
100,0
100,0
*Dados até junho de 2013, sujeitos a atualização
**Matrículas entre 0 a 12 anos= 625
% 100,0
70 e + IGNORADA TOTAL
Fonte: VIGISERV - Programa Municipal de DST/Aids/SMS/SP
321
2007-2013
4
1996-2006
N
de Admissão**
13 a 19
Até 1995
Ano
Tabela 5. Número e porcentagem de pessoas em seguimento, com 13 anos ou mais, com diagnóstico principal de HIV ou Aids, segundo ano de matrícula em anos de agrupamento e faixa etária no ano de admissão na Rede Municipal especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013*.
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
141
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Gráfico 1. Número e porcentagem de pessoas em seguimento, com 13 anos ou mais, com diagnóstico principal de HIV ou Aids, segundo ano de matrícula em anos de agrupamento e faixa etária no ano de admissão na Rede Municipal especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1995 a junho de 2013*. 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
1996-2006
2007-2013 13 a 19
20 a 29
30 a 39
40 a 49
Fonte: VIGISERV - Programa Municipal de DST/Aids/SMS/SP *Dados até junho de 2013, sujeitos a atualização
Tabela 6. Número e porcentagem de pessoas em seguimento, com 13 anos ou mais, com diagnóstico principal de HIV ou Aids, de acordo com o sexo e faixa etária atual*, na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013**. Sexo/Faixa Etária***
F
M TOTAL
N
%
N
%
N
%
13 a 19
260
2,4
271
1,4
531
1,8
20 a 29
1035
9,7
2936
14,9
3971
13,1
30 a 39
3025
28,4
5755
29,2
8780
28,9
40 a 49
3749
35,2
6397
32,5
10146
33,4
50 a 59
1862
17,5
3229
16,4
5091
16,8
60 a 69
556
5,2
893
4,5
1449
4,8
70 e +
126
1,2
164
0,8
290
1,0
Ignorados Total
32
0,3
44
0,2
76
0,3
10645
100,0
19689
100,0
30334
100,0
Fonte: VIGISERV - Programa Municipal de DST/Aids/SMS/SP * Idade em 30/06/2013 **Dados até junho de 2013, sujeitos a atualização
***Pacientes em seguimento entre 0 a 12 anos= 267
142
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
Gráfico 2. Número e porcentagem de pessoas em seguimento, com 13 anos ou mais, com diagnóstico principal de HIV ou Aids, de acordo com o sexo e faixa etária atual*, na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013**.
40 35 30 25 20 15 10 5 0
13 a 19
20 a 29
30 a 39
Feminino
40 a 49
50 a 59
60 a 69
70 e +
Masculino
Fonte: VIGISERV - Programa Municipal de DST/Aids/SMS/SP * Idade em 30/06/2013 *Dados até junho de 2013, sujeitos a atualização
143
144
154
531
Região Leste
Total
1,8
2,7
1,8
0,7
2,0
2,0
3971
661
1036
1108
685
481
N
13,1
11,5
15,1
13,8
13,1
10,8
%
20 a 29
8780
1556
1876
2736
1425
1187
N
2030
2254
2516
1816
1530
N
33,5
35,4
32,9
31,4
34,7
34,5
%
40 a 49
29,0 10146
27,2
27,4
34,1
27,3
26,7
%
30 a 39
5091
992
1156
1192
880
871
N
16,8
17,3
16,9
14,9
16,8
19,6
%
50 a 59
1449
287
333
329
259
241
N
4,8
5,0
4,9
4,1
5,0
5,4
%
60 a 69
290
50
67
73
57
43
N
5730
6848
8013
5227
4440
N
1,0 30258
0,9
1,0
0,9
1,1
1,0
%
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
%
70 e + TOTAL
Informação Ignorada=76
***Pacientes em seguimento entre 0 a 12 anos= 267
**Dados até junho de 2013, sujeitos a atualização
* Idade em 30/06/2013
Fonte: VIGISERV - Programa Municipal de DST/Aids/SMS/SP
126
59
Região Sudeste
Região Centro-Oeste
105
87
Região Norte
Região Sul
N
Faixa Etária***
%
13 a 19
Região/
Tabela 7. Número e porcentagem de pessoas em seguimento, com 13 anos ou mais, com diagnóstico principal de HIV ou Aids, de acordo com a faixa etária atual*, por região da Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013**.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
Gráfico 3. Número e porcentagem de pessoas em seguimento, com 13 anos ou mais, com diagnóstico principal de HIV ou Aids, de acordo com a faixa etária atual*, por região da Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013**. 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Região Norte 13 a 19%
Região Sul 20 a 29%
Região Centro-Oeste
30 a 39%
40 a 49%
Região Sudeste
50 a 59%
60 a 69%
Região Leste 70 e +%
Fonte: VIGISERV - Programa Municipal de DST/Aids/SMS/SP * Idade em 30/06/2013 ** Dados até junho de 2013, sujeitos a atualização
Tabela 8. Número e porcentagem de pessoas, com 13 anos e mais, em seguimento, com diagnóstico de HIV ou Aids, segundo sexo e raça/cor, na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 1992 a junho de 2013*. Raça/Cor Sexo** Amarela Branca
Feminino N
Masculino Total %
N
%
N
%
38
0,4
109
0,6
147
0,5
4820
45,4
9798
49,9
14618
48,3
Preta
1258
11,9
2032
10,3
3290
10,9
Parda
3603
33,9
5944
30,3
9547
31,6
Indígena Ignorado/Em branco Total
15
0,1
72
0,4
87
0,3
879
8,3
1690
8,6
2569
8,5
10613
100,0
19645
100,0
30258
100,0
Fonte: VIGISERV - Programa Municipal de DST/Aids/SMS/SP *Dados até junho de 2013, sujeitos a atualização **Pacientes em seguimento entre 0 a 12 anos= 267 Informação Ignorada=76
145
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Tabela 9. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico do HIV, total e porcentagem de pessoas com diagnóstico sorológico reagente para o HIV na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 2007 a 2012. Nº de pessoas testadas para HIV/Ano
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Número de Testes Sorológicos do HIV
51839
58319
57768
59805
63510
65885
2509
3167
2758
2864
2824
2784
4,8
5,4
4,8
4,8
4,4
4,2
Número de Testes Sorológicos do HIV reagentes Soropositividade do HIV
Fonte: RME/ PM de DST/Aids/Setor de Informação/SMS *Dados sujeitos a atualização
Gráfico 4. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico do HIV, total e porcentagem de pessoas com diagnóstico sorológico reagente para o HIV, Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 2007 a 2012*. 70000 5,4
58319
60000
6
65885
63510 59805
57768
51839 4,8
5
4,8
4,8
4,4
50000
4,2
4
40000 3 30000 2 20000 1
10000 2509
3167
2864
2758
2824
2784 0
0 2007
2008
2009
2010
2011
2012
Número de Testes Sorológicos do HIV reagentes Número de Testes Sorológicos do HIV Soropositividade do HIV
Fonte: RME/ PM de DST/Aids/Setor de Informação/SMS *Dados sujeitos a atualização
Tabela 10. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico do HIV, total e porcentagem de pessoas com diagnóstico sorológico reagente para o HIV segundo região das unidades da Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 2012*. Número de pessoas
HIV
HIV Reagente
Soropositividade
testadas para HIV/ Região
HIV
Centro-Oeste
18252
895
4,9
6951
308
4,4
Sul
11904
572
4,8
Leste
17290
480
2,8
Norte
Sudeste
11475
516
Total
65872
2771
Fonte: RME/ PM de DST/Aids/Setor de Informação/SMS *Dados sujeitos a atualização 146
4,5 4,2
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
Gráfico 5. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico do HIV, total e porcentagem de pessoas com diagnóstico sorológico reagente para o HIV segundo região das unidades da Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 2012*. 20000
6
18252
17290
18000 16000
4,9
5
4,8
4,5
4,4
14000
11904
12000
4
11475
10000
3
2,8 6951
8000
2
6000 4000 2000 0
1 895
572
308
Centro-Oeste
Norte
Sul
HIV
516
480 Leste
0
Sudeste
Soropositividade do HIV
HIV Reagente
Fonte: RME/ PM de DST/Aids/Setor de Informação/SMS *Dados sujeitos a atualização
Tabela 11. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico da Sífilis, total e porcentagem de pessoas com diagnóstico sorológico reagente para a Sífilis na Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 2007 a 2012*. Nº de pessoas testadas para Sífilis/Ano Número de Testes Sorológicos Sífilis Número de Testes Sorológicos Sífilis Reagente
2007
2008
2009
2010
2011
2012
48609
48337
49997
48993
54027
53465
2402
2483
2598
2773
4547
4599
4,9
5,1
5,2
5,7
8,4
Soropositividade de Sífilis
Fonte: RME/ PM de DST/Aids/Setor de Informação/SMS *Dados sujeitos a atualização
8,6
147
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Gráfico 6. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico da Sífilis, total e porcentagem de pessoas com diagnóstico sorológico reagente para Sífilis, Rede Municipal Especializada em DST/Aids, Município de São Paulo, 2007 a 2012*.
60000
10 54027
50000
48609
49997
48337
53465
48993
9 8,6
8,4
8 7
40000
6
5,7 30000
5,2
5,1
4,9
5 4
20000
3 2
10000 2402
4547
2773
2598
2483
4599
0
1 0
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Número de Testes Sorológicos Sífilis Número de Testes Sorológicos Sífilis Reagente
Soropositividade da Sífilis Fonte: RME/ PM de DST/Aids/Setor de Informação/SMS *Dados sujeitos a atualização
Tabela 12. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico da Sífilis, total e porcentagem de pessoas com diagnóstico sorológico reagente para a Sífilis segundo região das unidades da Rede Municipal Especializada em DST/Aids. Município de São Paulo, 2012*. Nº de pessoas testadas
Sífilis
Sífilis
Soropositividade
para Sífilis/Região Reagente Centro-Oeste
Sífilis
16491
1530
Norte
5535
405
7,3
Sul
9266
616
6,6
12889
1046
8,1
9297
1002
10,8
53478
4599
Leste Sudeste Total
9,3
8,6
Fonte: RME/ PM de DST/Aids/Setor de Informação/SMS *Dados sujeitos a atualização
148
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
Gráfico 7. Total de pessoas testadas para diagnóstico sorológico da Sífilis, total e porcentagem de pessoas com diagnóstico sorológico reagente para Sífilis, Rede Municipal Especializada em DST/Aids, Município de São Paulo, 2007 a 2012*.
18000
12
16491 10,8
16000
10 14000
9,3
12889 8,1
12000 7,3 9266
10000
8 9297
6,6
6 8000 5535
6000
4
4000 2000
2
1530 616
405
1046
1002
0
0 Centro-Oeste Sífilis
Norte
Sul Sífilis Reagente
Leste
Sudeste
Soropositividade da Sífilis
Fonte: RME/ PM de DST/Aids/Setor de Informação/SMS *Dados sujeitos a atualização
149
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE AIDS, HIV e DST do MunicÍpio de SÃO PAULO
Anotações / Notes
150
Sistema de Vigilância em Serviço – VIGSERV
151
Cooperação:
SAÚDE