Autor: GUTIERREZ, Eliana B.1,2 Coautores: SPIASSI, Ana Lúcia 1 ; QUEIROZ, Solange S.1; SANTOS, Maria Cristina1; BARROS, Claudia R. S.3
Prefeitura do Municipal de São Paulo Secretaria Municipal da Saúde Programa DST/AIDS ¹ Secretaria Municipal da Saúde - Programa Municipal de DST/Aids, São Paulo ² Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, São Paulo ³ Universidade Católica de Santos
Email: ebgutierrez@prefeitura.sp.gov.br
O USO DE PRESERVATIVO É BAIXO NA POPULAÇÃO RESIDENTE NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
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INTRODUÇÃO
RESULTADOS
As estratégias de prevenção da infecção por HIV e demais doenças sexualmente transmissíveis (DST) se baseiam amplamente no uso de preservativos. Conhecer o perfil de uso de preservativo entre população é importante para construir estratégias de prevenção, principalmente em uma epidemia concentrada e multifacetada como a do município de São Paulo (MSP).
39% usaram preservativos na primeira relação sexual, sendo o uso maior entre os homens, os jovens de 15 a 24 anos, as pessoas com escolaridade superior, os que vivem sem companheiro, das classes econômicas A/B e os que residem na região Sudeste; 46% usaram preservativos na última relação sexual, e o uso foi associado, diretamente, a escolaridade superior, a viver só e a residir na região Sudeste e, inversamente à idade entre 50-64 anos; 70% usaram preservativo em todas as relações sexuais com parceiros casuais e 26% em todas as relações sexuais com parceiros fixos. O uso constante com parcerias fixas foi maior, entre jovens de 15 a 24 anos, pessoas que viviam sem companheiro e em pessoas com maior escolaridade; 92% dos que pagaram por sexo usaram preservativos em todas as relações sexuais e apenas 35% dos que receberam por sexo relataram o uso.
OBJETIVOS Analisar o perfil de uso de preservativo na população residente no município de São Paulo. Realizamos a Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas (PCAP), em 2014, no município de São Paulo, com amostra representativa de 4318 pessoas de 15 a 64 anos. A seleção da amostra foi baseada nos setores censitários do MSP do censo de 2010. As variáveis foram descritas em proporções e o teste de hipótese utilizado foi o Qui-quadrado de Pearson.
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De onde vêm os preservativos que a população de São Paulo usa?
CONCLUSÃO O uso do preservativo ainda é muito baixo, principalmente na primeira relação sexual; jovens são os que mais o utilizam. O maior uso nas parcerias casuais pode representar uma forma de gestão de risco para o HIV, outras DST e proteção para a gestação. Mulheres e profissionais do sexo ainda são pouco empoderadas em relação ao uso preservativo. O preservativo é uma estratégia que não se encontra esgotada no MSP, e o Programa Municipal de DST/Aids está ampliando o acesso e incentivando seu uso em nossa cidade.