II Inventario de Pesquisas em DST/Aids

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Inventรกrio de Pesquisas e Estudos em DST/AIDS


II INVENTÁRIO DE PESQUISAS E ESTUDOS Publicação da DST/AIDS – CIDADE DE SÃO PAULO - SMS - SUS - PMSP Rua General Jardim, 36 - 3o. andar - CEP 01223-010 - São Paulo - SP Tel. 0XX11 -3218-4125 -3218-4120 Marta Suplicy Prefeita Gonzalo Vecina Neto Secretário Municipal de Saúde Fabio Mesquita COGest – Coordenadoria do Desenvolvimento da Gestão Descentralizada Maria Cristina Abbate Coordenadora da Área Temática de DST/Aids Coordenação da Publicação Kátia Cristina Bassichetto: Sistematização de Informações Anna Luiza Lins Gryschek Digitação Janaina Aparecida Matos Mariano Produção Editorial Comunicação DST/AIDS Cidade de São Paulo Produção gráfica OlhodeBoi Comunicações

Dezembro 2003

Ficha Catalográfica Elaborada por: Regina Simão Paulino – Bibliotecária – CRB 8a. Região 5683

SÃO PAULO (Cidade). Prefeitura do Município de São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde. Coordenação do Desenvolvimento da Gestão Centralizada. DST/AIDS – Cidade de São Paulo. II Inventário de Pesquisas e Estudos em DST e AIDS. São Paulo, 2003. v.2; il. 1. AIDS -São Paulo (Cidade). 2. AIDS – Pesquisa. 3. AIDS – Inventário municipal. I. Título.

NLM WC 503



Índice Glossário

8

Quadro Síntese de Pesquisas e Estudos

9

Apresentação

10

Serviços municipais especializados em DST/AIDS

13

Pesquisador interno Concluídas TESES DE DOUTORADO

18

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

21

MONOGRAFIAS

33

PESQUISAS MULTICÊNTRICAS

ESTUDOS

39

PESQUISAS

Pesquisador interno Em andamento TESES DE DOUTORADO

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

76

MONOGRAFIAS

PESQUISAS MULTICÊNTRICAS

84

ESTUDOS

88

PESQUISAS

90


Pesquisador externo Concluídas TESES DE DOUTORADO DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

104 —

MONOGRAFIAS

109

PESQUISAS MULTICÊNTRICAS

114

ESTUDOS

PESQUISAS

Pesquisador externo Em andamento TESES DE DOUTORADO

122

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

126

MONOGRAFIAS PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS

Curso de Metodologia de Pesquisa Científica - 4a edição Faculdade de Saúde Pública - FSPUSP University of Berkeley

— 130 — 146

155


Glossário Agência Nacional de Vigilância Sanitária Aids Clinical Trial Group Algorítimo de Testagem Sorológica para Identificação de Soroconvertores Recentes pelo HVI-1 Ambulatório de Especialidade Anti – Retro Viral Área Temática de Doença Sexualmente Transmissíveis/Aids Assistência Domiciliar Terapêutica Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva Center of Disease Control Centro de Prevenção e Assistência Centro de Referência e Treinamento em DST/Adis Centro de Referência em DST/Aids Centro de Testagem e Aconselhamento Clinical Interview Schedule Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde Control Diasease Center Coordenadoria da Gestão Descentralizada Coordenadoria dos Institutos de Pesquisa Discurso do Sujeito Coletivo Distrito de Saúde Doença Sexualmente Transmissível Ecole Dês Etudes en Sciences Sociales Escola de Enfermagem - Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública Fundação Institutos de Pesquisas Econômicas Grupo Operativo Highly Active Anti-Retroviral Therapy Homens que fazem sexo com homens Hospital Anxiety and Depressiion Scale Human Imunodeficiency Vírus Infecções Sexualmente Transmissíveis Instituto de Infectologia Emílio Ribas Instituto de Psicologia da Universidade São Paulo Laboratório de Estudo em Psicologia Social Ministério da Saúde Núcleo de Estudos de População Núcleo de Estudos para a Prevenção da Aids Organização Mundial da Saúde Organização Não Governamentais Prefeitura Municipal de São Paulo Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids - São Paulo Programa Nacional DST/Aids Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo Seminário de Pesquisa em Enfermagem Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids Sistema de Informação para CTA Transmissão Vertical Tuberculose Unidade de Vigilância à Saúde Universidade de São Paulo Universidade Estadual de Campinas Universidade Federal de Juiz de Fora Universidade Federal do Estado de São Paulo Usuário de Droga Injetável Viral Genetic Diversity Network

ANVISA ACTG STARHS AE ARV AT DST/Aids ADT ABRASCO CDC CPA CRT/ ST/Aids CR DST/Aids CTA CIS-R CEPSMS CDC COGest CIP DSC DS DST SHESS EEUSP FMUSP FSP FIPE GO HAART HSH HAD HIV IST IIER IPUSP LAPSO MS NEPO NEPAIDS OMS ONG PMSP PMDST/Aids-SP PN DST/Aids SES/SP SMS/SP SENPE SAE DST/Aids SI - CTA TV TB UVIS USP UNICAMP UFJF UNIFESP UDI VGDN


7

13

Externo à rede municipal de DST/Aids

Total

6

2

4

C

0

EA

Monografias

8

0

8

C

DM

8

3

5

EA

4

3

1

C

Pesquisas TD

2

2

0

EA

4

4

0

C

MC

DM - Dissertação de Mestrado,TD - Tese Doutorado, MC - Multicêntrico, EA - Em Andamento, C - Concluído

6

EA

Interno à rede municipal de DST/Aids

Origem do pesquisador

Tipo

11

10

1

EA

8

0

8

EA

Curso FSP

Quadro Síntese n°/ Tipo de Pesquisas e Estudos desenvolvidos ou em desenvolvimento na rede municipal especializada em DST/AIDS - Outubro/2001 a Dezembro/2003

21

0

21

C

1

0

1

EA

Estudos

86

31

55

Total

Quadro Síntese de Pesquisas e Estudos


Apresentação

A Área Temática de DST/AIDS da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo apresenta o II Inventário de Estudos e Pesquisas em DST/Aids, elaborado pelo Setor de Pesquisa. Ele tem como principal objetivo reunir, documentar e publicizar o conjunto de pesquisas e estudos concluídos ou em andamento, desenvolvidos na rede municipal especializada da cidade de São Paulo. É composto por 86 resumos, sendo 64 protocolos de pesquisa e 22 estudos desenvolvidos por pesquisadores de instituições parceiras e da própria rede. Iniciativas como esta estimulam profissionais, sobretudo, da rede municipal, a produzir conhecimento científico a partir de sua prática profissional cotidiana. Mais do que isto, à luz deste conhecimento, é possível aprimorar as ações do serviço público, em benefício da população. O papel do interlocutor de pesquisa é um dos diferenciais neste processo. Nas unidades especializadas eles potencializam iniciativas científicas, como também divulgam estudos desenvolvidos em outros locais, possibilitando melhor fluxo de informações entre pesquisador, instituição e sujeitos das pesquisas. Neste esforço coletivo, cabe um agradecimento especial a todos os profissionais que vem exercendo este papel de fortalecimento do Setor de Pesquisa. Este agradecimento é extensivo aos gerentes das unidades especializadas em DST/Aids por estimularem a produção de novos conhecimentos e facilitarem a divulgação dos mesmos, colaborando, assim, para o enfrentamento da epidemia de DST/Aids na cidade de São Paulo.


A inspiração para a essência do que vem sendo produzido por este setor vem de um poema de Cecília Meirelles, que fala por si:

“Renova-te, Renasce em ti mesmo. Multiplica os teus olhos para verem mais. Multiplica os teus braços para semeares tudo. Destrói os olhos que tiverem visto. Cria outros, para as visões novas. Destrói os braços que tiverem semeado, Para se esquecerem de colher. Sê sempre o mesmo. Sempre outro. Mas sempre alto. E dentro de tudo.¨

Maria Cristina Abbate Coordenadora Geral

DST/AIDS Cidade de São Paulo

Kátia Cristina Bassichetto Coordenadora do Setor de Pesquisa


SM S -

Serviรงos municipais especializados em DST/AIDS


CENTRO

LESTE

CTA HENFIL R. Líbero Badaró, 144 3241-2224

CTA SÃO MIGUEL R. Eng Manoel Osorio, 151 6297-6052

SAE CAMPOS ELÍSEOS Al. Cleveland, 374 222-3066

CTA SÃO MATEUS R. Mateo Bei, 838 6919-0697

NORTE

CTA DR. SÉRGIO AROUCA ITAIM PAULISTA R.Valente de Novaes, 9 6561-3052

SAE MARCOS LOTTEMBERG - SANTANA R. Dr. Luiz Lustosa da Silva, 339 6950-9217 CR NOSSA SENHORA DO Ó Av. Itaberaba, 1377 3975-9473 SUL CR SANTO AMARO Av. General Roberto Alves de Carvalho Filho, 569 5686-1613 CTA SANTO AMARO R. Promotor Gabriel Netuzzi Peres, 159 5686-9960 SAE CIDADE DUTRA R. Cristina de Vasconcelos Ceccato, 109 5666-8301 SAE JARDIM MITSUTANI R. Frei Xisto Teuber, 50 5841-9020 SAE IPIRANGA R.Vicente da Costa, 289 273-4592 AE DR. ALEXANDRE KALIL YAZBEK Av. Ceci, 2235 577-9143 CTA PARQUE IPÊ R. Francisco Antonio Meira, 255

CR PENHA Praça Nossa Senhora Da Penha, 55 295-0391 SAE CIDADE LIDER II R. Médio Iguaçu, 86 6748-0255 SAE FIDELIS RIBEIRO R. Peixoto, 100 Ermelino Matarazzo 6621- 0217 SAE BETINHO – SAPOPEMBA Av. Arquiteto Vilanova Artigas, 515 6704-0833 AE VILA PRUDENTE Praça Centenário de Vila Prudente, 108 272-5763 CTA CIDADE TIRADENTES R. Profeta Jeremias 96 COHAB Sta Etelvina 3 6964-0784 OESTE CTA PIRITUBA Av. Paula Ferreira, 2079 3978-1213 CPA PAULO CÉSAR BONFIM – LAPA R. Tomé de Souza, 30 3832-2386 SAE BUTANTÃ Av. Corifeu de Azevedo Marques, 3596 3768-1523



Pesquisador interno



Pesquisador interno Concluídas

TESES DE DOUTORADO DISSERTAÇÃO DE MESTRADO MONOGRAFIAS PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS


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TESES DE DOUTORADO

Pesquisador interno

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Concluídas

MONOGRAFIAS PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS

A política de qualificação da forca de trabalho em enfermagem no Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS de São Paulo: um desafio contínuo Pesquisador principal: Anna Luiza de Fátima Pinho Lins Gryschek Enfermeira, mestra em enfermagem e Dra. em enfermagem - EEUSP, apresentado em agosto/2001 Orientadora: Profª Dra. Suely Itsuko Ciosak

Unidades participantes: Todas as unidades do PMDST/AIDS que tinham em seus quadros enfermeiros Introdução: Considerando a importância que os processos educativos em adultos e a educação continuada têm representado para a qualificação e a atuação da enfermagem, foi elaborado, o presente estudo, com o objetivo de analisar e avaliar a política de qualificação da força de trabalho em enfermagem, desenvolvida pelo Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS de São Paulo, de maio/1996 a dezembro/2000. Objetivo: Analisar e avaliar a política de qualificação da força de trabalho em enfermagem desenvolvida pelo PMDST/AIDS de maio/1996 a dezembro/2000. Métodos: Utilizou-se como opção metodológica o estudo de caso, tomando como sujeitos 18 enfermeiros de diferentes unidades do Programa, bem como dois profissionais da Coordenação desse, diretamente envolvidos na política em pauta. Além de entrevistas individuais semiestruturadas, realizou-se a caracterização da população estudada e a análise de relatórios e documentos relativos a essa política. A partir do referencial teórico adotado, emergiram três categorias analíticas: as políticas de recursos humanos; a política de qualificação da força de trabalho em enfermagem e a qualidade da assistência. A análise dos discursos foi realizada empregando-se a técnica de análise de conteúdo, tendo sido evidenciadas 12 categorias empíricas.


TESES DE DOUTORADO

Pesquisador interno

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Concluídas

MONOGRAFIAS

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PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS

Resultados: A análise permitiu a avaliação da política de qualificação adotada como uma estratégia válida e importante para a organização dos serviços, bem como para o desenvolvimento profissional e pessoal. Evidenciou-se ainda, a satisfação da força de trabalho em enfermagem, que contribuiu para a melhoria da qualidade da assistência. Conclusão: Concluí-se que tais políticas devem ser incentivadas por propiciarem a transformação da prática, desenvolverem na força de trabalho uma competência não apenas técnica, mas também, política e ética e considerarem a dimensão cuidativa na assistência de enfermagem.



TESES DE DOUTORADO

Pesquisador interno

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Concluídas

MONOGRAFIAS

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PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS

Prevenir é melhor que remediar? Os sentidos das práticas sociais preventivas para profissionais de um Serviço de Orientação e Prevenção as DST/AIDS Pesquisador principal: Drausio Vicente Camarnado Junior Psicólogo Orientadora: Mary Jane Paris Spink (Mestrado em Psicologia Social) PUC/SP Concluída em 2000

Unidades participantes: SAE DST/AIDS Campos Elíseos A AIDS impõe-se ao final deste milênio trazendo à tona (des)conhecidos discursos que circulam no imaginário social contemporâneo – o sexo, o sangue e a morte. Para fazer frente à pandemia do século, a prevenção assume papel relevante. A pesquisa desenvolvida tem como objetivo geral o aprofundamento da investigação no campo das práticas sociais preventivas em Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e AIDS. Para cumprir este propósito, realizou-se a análise das práticas discursivas de profissionais de saúde de um Centro de Referência em DST/AIDS, objetivando compreender os possíveis sentidos atribuídos às condutas preventivas preconizadas para às DST/AIDS. A perspectiva teórica adotada vincula-se à epistemologia construcionista e baseia-se em trabalhos de pesquisadores que, de formas variadas, investigam as práticas discursivas. Esta abordagem busca compreender a produção de sentidos no cotidiano, seus processos de construção e os repertórios em uso que sustentam as relações dialógicas. O procedimento para a coleta de dados envolveu duas etapas: 1- a caracterização do contexto (sóciodialógico) da unidade de saúde em questão, realizando-se observações do cotidiano, bem como o estudo da documentação do Centro de Referência buscando sua contextualização histórica 2- entrevistas e grupo focal com cinco profissionais de saúde que integram o setor de orientação e prevenção às DST/AIDS. De maneira geral, as análises evidenciaram que os sentidos atribuídos às práticas preventivas às DST/AIDS criam diferentes versões que foram sendo produzidas por meio de práticas profissionais ancoradas na concepção multicausal do processo saúde/doença. Os repertórios interpretativos que emergiram foram sintetizados em duas temáticas: o papel da equipe multiprofissional na prevenção às DST/AIDS e os elementos que lhe dão sustentação. Para os profissionais de saúde, o trabalho de orientação e prevenção às DST/AIDS é um espaço


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TESES DE DOUTORADO

Pesquisador interno

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Concluídas

MONOGRAFIAS PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS

privilegiado de escuta. Porém, há dois desafios a serem superados, um deles é a dicotomia existente entre assistência e prevenção e o outro, é o dilema da informação ser ou não elemento suficiente para alterar comportamentos. Dentre os elementos que dão sustentação a essa atividade estão: a formação dos profissionais, a disposição interna para realizarem as atividades, a estruturação e organização institucional e a necessidade de reconhecimento e valorização pessoal e profissional. Palavras-chaves: Prevenção, AIDS, DST, saúde pública, produção de sentido, repertórios interpretativos.

Achados da inspecão com ácido acético para o rastreamento do câncer do colo uterino Pesquisador principal: Janice Olivia Galvane Enfermeiro com especializacão em saúde pública Orientadores: Cecília M Roteli-martins,Valdir Tadini Desenvolvida junto ao Grupo Técnico/Diretoria Científica (GT DC) – Hospital Leonor Mendes Barros Concluída maio/2001

Unidades participantes: SAE DST/AIDS Vila Guarani e Hospital M. Leonor Mendes de Barros Objetivo: Avaliar os resultados da aplicação de ácido acético, como teste auxiliar no rastreamento de lesões precursoras do câncer do colo uterino, em mulheres que procuraram o atendimento primário de saúde do serviço público na zona Leste da cidade de São Paulo . Métodos: Corte transversal com 150 mulheres, de demanda espontânea no Ambulatório do Centro de Referência da Vila Guarani. Foi realizada a coleta de material para Papanicolaou e em seguida foi aplicado solução de ácido acético a 5% no colo uterino com imediata realização da inspeção visual com auxílio de lâmpada comum. Os casos classificados como anormais, foram encaminhados para


TESES DE DOUTORADO

Pesquisador interno

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Concluídas

MONOGRAFIAS

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PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS

o serviço de colposcopia, assim como os resultados normais porém com Papanicolaou alterado. Foram calculadas a sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo e negativo em função da detecção das lesões precursoras do câncer do colo uterino com intervalo de confiança de 95%. Resultados: A inspeção visual demonstrou melhoria dos diagnósticos para rastreamento das lesões pré neoplásicas. Nesta amostra, houve concordância com os achados prévios de outros autores. A sensibilidade da inspeção visual foi de 79%, a especificidade da foi de 46% e o valor preditivo positivo foi de 57%. Conclusão: A inspeção visual com ácido acético pode ajudar na identificação de lesões precursoras de câncer do colo do útero aumentando a sensibilidade da colpocitologia. Pode ser um importante auxílio na triagem dos casos que deverão ser encaminhados para colposcopia e biópsia mesmo em lugares onde o serviço de citologia é bem estabelecido. Palavras-chave: Colo uterino, câncer - prevenção e controle, rastreamento. Publicado: Jornal Brasileiro de DST - volume 14, nº 1 - 2002 - ISSN/010030465


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Pesquisador interno

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Concluídas

MONOGRAFIAS PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS

Demandas reprodutivas e a assistência às pessoas vivendo com HIV/AIDS: Um diálogo possível? Pesquisador principal: Luzia Aparecida Oliveira Bacharel em serviço social pela PUC e mestre em saúde pública pela FSP/SP Co-autor: Ivan França Junior Defesa pública: maio/2003

Unidades participantes: SAE DST/AIDS Fidelis Ribeiro e CR DST/AIDS Freguesia do Ó Objetivando compreender o modo como foram tratadas as demandas reprodutivas das pessoas vivendo com HIV/AIDS em serviços de saúde especializados no Município de São Paulo, desenvolveuse estudo qualitativo utilizando-se da observação participante como estratégia metodológica. Foram observadas e registradas, em diário de campo, atividades rotineiras tais como: consultas com diferentes profissionais, atividades grupais, discussão entre as equipes e discussões de casos, além do registro de depoimentos dos profissionais e usuários a respeito do tema. Para análise, adotou-se a perspectiva teórica do processo de trabalho em saúde e necessidades de saúde e dos Direitos Reprodutivos. De modo geral, os trabalhadores expressaram a compreensão de que as demandas reprodutivas eram das mulheres e ligadas ao controle da transmissão materno infantil do HIV. Questões como contracepção, reprodução, infertilidade, por exemplo, não foram reconhecidas como necessidades e/ou demandas dos usuários. Foi observado que os trabalhadores precisaram revisar as práticas assistenciais diante da manifestação pelo desejo da gravidez. As conclusões indicam a necessidade de evidenciar as diferentes racionalidades presentes no espaço assistencial e que vão se configurando, ora pela afirmação de um pólo (o do controle) ora pelas decisões não explicitadas pelos usuários e consubstanciada no “aparecimento da gravidez”. Ainda, parece necessário, o reconhecimento da autonomia das pessoas vivendo com HIV/ AIDS, quanto às decisões reprodutivas, para que essas possam ocorrer em condições de menor risco. Para ir ao encontro dessa finalidade é necessário compreender às diferentes racionalidades que envolvem o contexto do controle da epidemia do HIV/AIDS e o viver com HIV/AIDS. Descritores: Direitos reprodutivos – HIV/AIDS – Serviços de Saúde


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MONOGRAFIAS

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PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS

AIDS e gravidez: os sentidos do risco e o desafio do cuidado Pesquisador principal: Neide Emy Kurokawa e Silva Psicóloga - SAE DST/AIDS Santana Orientadora: Profª Drª Augusta Tereza de Albuquerque Alvarenga Defesa mestrado pela FSP/USP em 10/06/2003

Unidades participantes: SAE DST/AIDS Fidélis Ribeiro e Santana/CR DST/AIDS Freguesia do Ó Considerando a preeminência do discurso sobre o risco da transmissão vertical, tanto nas políticas quanto nas práticas dos profissionais de saúde, este estudo tem como objetivo compreender como tal discurso é apreendido e resignificado pelas pessoas vivendo com HIV/ AIDS, na construção de suas decisões reprodutivas. A investigação foi realizada em serviços de saúde especializados em DST/AIDS, do Município de São Paulo, através de entrevistas semiestruturadas a usuários/usuárias desses serviços. Embora hegemônico entre os profissionais de saúde, o discurso sobre o risco da transmissão vertical, na perspectiva da Epidemiologia, é resignificado pelas pessoas vivendo com HIV/AIDS, a partir da articulação com outras condições sociais e culturais. Chamou a atenção o fato de que as questões reprodutivas não são explicitadas no espaço dos serviços de saúde, seja pelos usuários, seja pelos profissionais, num silêncio cuja cumplicidade é compartilhada por ambas as partes e demarcando a presença de diferentes racionalidades em torno dessas questões. Tal silêncio, que parece um descaso com a vida reprodutiva, pode ser interpretado, de um lado, como uma forma de “esquecer” da soropositividade; de outro, como um evento do mundo da vida e, portanto, não necessariamente tematizado ou problematizado, mesmo frente ao risco da transmissão vertical. Diante da presença de diferentes racionalidades pautando as decisões reprodutivas, no contexto do HIV/AIDS – dos profissionais de saúde e dos usuários dos serviços -, a situação pode ser tomada como um conflito, cuja saída moral não seria o silêncio, mas a explicitação dos pontos de vista e o compartilhamento de horizontes.


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MONOGRAFIAS PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS

Prevenção de DST/AIDS e a fantasia do príncipe encantado: estudo exploratório em mulheres profissionais do sexo Pesquisador principal: Noeli Aparecida Gallinari. Fisioterapeuta Orientador: Dr. Paulo Correa Vaz de Arruda UMESP Concluída em 2001

Unidades participantes: AE DST/AIDS de Vila Prudente O presente estudo teve como objetivo investigar a presença da fantasia do “príncipe encantado” nas mulheres profissionais do sexo, e se isto faz com que as mesmas não usem preservativo nas relações sexuais com seus parceiros fixos, tornando-as mais vulneráveis a se contaminar com o vírus HIV ou outra DST qualquer. A prostituição é a mais antiga das profissões e hoje vemos que as mesmas estão se organizando em Associações para defender seus direitos profissionais e se preocupam em participar ativamente de Programas de Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis, principalmente a AIDS. Percebe-se, porém que os programas de prevenção não conseguem atingir estas profissionais do sexo em suas vidas fora do trabalhos, pois o que se vê são muitas destas mulheres não fazendo uso do preservativo com seus parceiros fixos. Para alcançarmos nosso objetivo, realizamos um estudo exploratório com um grupo de prostitutas que faz parte do Programa de Prevenção de DST/AIDS no AE Vila Prudente. Foram entrevistados, também, dois grupos de mulheres, para controle, sendo um de universitárias e outro de não universitárias. Foi utilizado para este estudo um questionário/formulário com perguntas comuns aos três grupos e algumas específicas para as profissionais do sexo. Vimos que nos três grupos, a maioria das mulheres não faz uso do preservativo em suas relações com seus parceiros fixos e este comportamento é mais acentuado com as profissionais do sexo, que unanimemente fazem uso deste no trabalho com seus clientes. As mulheres que têm este comportamento geralmente o fazem por confiança nos parceiros e relacionam este ao “príncipe”, principalmente as profissionais do sexo, que por desejarem muito esta “figura”, transformam rapidamente o ex-cliente em parceiros fixos. A grande maioria das mulheres dos três grupos se diz informada com relação às DST/AIDS e citam como principal informação o uso do preservativo em todas as relações sexuais, para prevenção de AIDS. Isto nos dá subsídios para afirmar que a fantasia do “príncipe encantado”, embora presente nos três grupos estudados mostra-se em maior freqüência nas profissionais do sexo, que necessitam do encontro da mesma para fugir da


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Concluídas

MONOGRAFIAS

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PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS

prostituição. Assim sugerimos aos profissionais competentes do programa de DST/AIDS que as profissionais do sexo sejam trabalhadas e orientadas enfocando a questão emocional, referente a esta fantasia, para assim melhorar a prevenção de DST/AIDS.

A vulnerabilidade de mulheres em um serviço ambulatorial especializado em DST/AIDS do Município de São Paulo ao HIV Pesquisador principal: Norma Etsuko Okamoto Noguchi Enfermeira SAE DST/AIDS Santana Orientadora: Profª Drª Renata Ferreira Takahashi Apresentada a EEUSP, dezembro/2004

Unidades participantes: SAE DST/AIDS Santana Este estudo teve como objetivo, caracterizar a vulnerabilidade à aids em mulheres usuárias de Serviço de Atendimento Especializado em DST/AIDS (SAE DST/AIDS) do município de São Paulo, com a finalidade de subsidiar a reorientação das intervenções de enfermagem preventiva à infecção pelo HIV.Adotou-se, como referencial teórico, a determinação social do processo saúde-doença e o conceito da vulnerabilidade. Os dados foram obtidos através de consultas aos prontuários clínicos e entrevistas individuais com 37 mulheres com AIDS, usuárias deste serviço. A partir da análise dos dados, verificou-se algumas características comuns que tornaram essas mulheres mais vulneráveis à infecção pelo HIV: possuem baixa escolaridade, não estão inseridas no mercado formal de trabalho, dependem financeiramente de seus companheiros, apresentam baixa renda familiar, não suspeitavam de seu estado de infectada pelo HIV porém, devido ao medo da discriminação e o preconceito demoraram a procurar um serviço de saúde para diagnóstico e a maioria das mulheres referem que, anteriormente ao diagnóstico da soropositividade ao HIV, não utilizavam preservativos nas relações sexuais. Apesar dessas mulheres possuírem o conhecimento da maioria dos mecanismos da transmissão do HIV, observa-se que nem todas fazem adoção de práticas preventivas. Com base nos dados desse estudo, sugere-se alguns aspectos a serem considerados no planejamento das ações educativas visando fortalecer as mulheres e reduzir sua vulnerabilidade. Descritores: HIV, AIDS, vulnerabilidade, Saúde da Mulher


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MONOGRAFIAS PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS

A vulnerabilidade ao adoecimento e morte por AIDS em usuários de um Serviço Ambulatorial Especializado em DST/ AIDS do município de São Paulo Pesquisador principal: Rosana David Enfermeira formada pela UNIFESP, mestrado pela EEUSP, especialização em enfermagem do trabalho, especialização em saúde pública, especialização em educação em saúde Orientadora: Profa Dra Renata Ferreira Takahashi - EEUSP

Introdução: O SAE DST/AIDS Santana, através do trabalho dos profissionais de saúde, oferece serviços para o acompanhamento de pessoas vivendo com HIV/AIDS a nível ambulatorial, hospital-dia e atendimento domiciliar terapêutico (ADT). Constatou-se, através da prática de enfermagem, que algumas pessoas com HIV/AIDS adoeciam rapidamente, outras permaneciam assintomáticas durante longo período de tempo e algumas apresentavam períodos alternados de melhora e piora do estado geral e do quadro clínico. A partir desta constatação e do distanciamento observado entre as demandas apresentadas pelos pacientes e as intervenções desenvolvidas pela enfermagem, especialmente no que diz respeito à adesão ao tratamento e a adoção de medidas protetoras à transmissão ao HIV, fez aflorar outros questionamentos sobre o pensar/fazer da enfermagem o que motivou a realização deste estudo. Objetivos: • Identificar a vulnerabilidade ao adoecimento e morte por aids em usuários de um Serviço Ambulatorial Especializado em DST/AIDS (SAE DST/AIDS); • Descrever os elementos potencializadores e os protetores do adoecimento por AIDS desses usuários. Métodos: Trata-se de um estudo exploratório de natureza qualitativa, cujo referencial teórico adotado foi o conceito de vulnerabilidade. A investigação foi desenvolvida no SAE DST/AIDS de Santana, com uma amostra constituída por 12 homens com diagnóstico de aids. A coleta de dados foi através da entrevista individual e pesquisa em prontuários clínicos.A análise dos dados fez emergir duas categorias empíricas: o impacto do diagnóstico e o viver das pessoas com aids. Além disso, foi possível identificar os elementos potencializadores ou protetores do adoecer por AIDS, que caracterizaram a vulnerabilidade ao adoecimento.


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DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Concluídas

MONOGRAFIAS

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PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS Resultados: Na categoria “impacto do diagnóstico” verificou-se que o tempo decorrido entre o diagnóstico da soropositividade ao HIV e a realização da entrevista foi de dez meses a nove anos; o medo do diagnóstico, a falta de informações sobre a aids e a importância de um diagnóstico precoce constituem os motivos mais importantes para a identificação involuntária do HIV e a inserção tardia ao serviço especializado em DST/AIDS; sentimentos de culpa, surpresa, medo, depressão estiveram presentes no momento do diagnóstico da soropositividade. Já na categoria “ o viver das pessoas com AIDS” observou-se sentimentos relatados como preconceito e discriminação, desagregação familiar, importância do vínculo entre o profissional de saúde e o usuário, negação da doença, adoção de alguns cuidados para evitar doenças oportunistas, credibilidade com relação ao tratamento, importância do trabalho, lazer e possuir sonhos e projetos constituíram os principais elementos identificados da análise dos dados. Conclusão: Foram identificados elementos potencializadores e protetores do adoecimento. A prática de enfermagem em conjunto com as demais práticas da área da saúde, deve voltar-se para outras dimensões da existência humana, com ênfase nas relações sociais.


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DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

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MONOGRAFIAS PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS

Sobre o morrer: a vida psíquica e suas implicações na aquisição do HIV Pesquisador principal: Solange Maria Santos Oliveira Psicóloga/gerente CTA Henfil Orientadora:Wilza Villela

Unidades participantes: CTA Henfil e SAE Campos Elíseos Introdução / Objetivo: Partindo da concepção de que a morte está presente na construção da vida de todo ser humano, o objetivo desse estudo é identificar alguns aspectos da vida psíquica que estejam imbricados no processo de morrer. Buscar a implicação do sujeito nos movimentos que o levam a adoecer pode ser, então, uma forma de se aproximar daquilo que o faz morrer, estabelecendo assim, o recorte para o tema. Ao se lançar mão da literatura científica sobre os modelos de concepção de saúde e doença observa-se que diversos fatores interferem no processo do adoecimento. Imensa é a complexidade e a relação entre os fatores que estariam envolvidos na aquisição de doenças, sendo difícil estabelecer uma delimitação de variáveis, uma quantificação de influências. Hoje os conhecimentos da ciência permitem compreender os processos bioquímicos que estão envolvidos nas doenças, no entanto, ainda não é tão claro qual a participação dos processos psíquicos, ou das formas de lidar com a vida na aquisição de doenças. Este trabalho procura descrever quais as marcas da vida psíquica dos sujeitos infectados, antes do momento imaginário da aquisição do HIV. O que interessa aqui é buscar a imbricação do sujeito, aquilo que está em jogo no âmbito da sua vida psíquica, no momento em que se expõe à possibilidade de adquirir o HIV. Material e Método: Essa pesquisa se desenvolveu numa abordagem qualitativa, foram realizadas entrevistas abertas, buscando que falem sobre o que de sua vida, do ponto de vista do experimentado e do vivido emocionalmente, podem relacionar com o momento suposto, imaginário da infecção pelo


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HIV. Usando a técnica da entrevista onde os próprios conteúdos do mundo mental do sujeito, direcionam o aprofundamento do tema investigado. Os sujeitos foram pessoas soropositivas com mais de 21 anos de ambos os sexos, usuários de dois serviços de saúde de DST/AIDS (CTA HENFIL e SAE Campos Elíseos) ou freqüentadores de uma ONG (Grupo Pela Vidda) da região central da cidade de São Paulo. A análise das entrevistas pautou-se no referencial teórico psicanalítico, buscando na lógica interna do discurso, os aspectos da vida psíquica que pudessem estar relacionados ao momento suposto da infecção. Resultado/Discussão: Todos os entrevistados associaram ao momento imaginário da infecção, aspectos importantes de sua vida, constituídos por situações de perdas, que os desorganizaram emocionalmente. Considerando a teoria freudiana, as reações ao luto foram escamoteadas, encontrou-se a ausência do trabalho do luto. Surgiu uma tentativa de reorganização psíquica, a partir da negação da perda e da intensificação da busca de novas relações amorosas, que aconteceram amalgamadas ao HIV. Envolvidos por esse processo de luto e submetidos a um montante de sofrimento, produtor de dor, a idéia da morte emerge dos entrevistados, como uma possibilidade de alívio. Denominouse de processo de morrer a irrupção no sujeito daquilo que não encontra meios de inscrição psíquica, do que inunda o aparelho psíquico de intensa pressão energética, deixando-o a deriva. Os mecanismos do luto aparecem como fator individual de vulnerabilidade ao HIV. Um dado importante para ser considerado pelos serviços de saúde, incluindo os enlutados, no rol de populações mais vulneráveis, conceito que vem norteando as novas estratégias de prevenção às DST/AIDS. Instituições Envolvidas: Grupo Pela Vidda e Instituto da Saúde-Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo Fase em que se encontra: Defesa de dissertação de mestrado em 05/12/2003



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“Elas por Elas – A comunicação e as estratégias de prevenção às DST/AIDS entre as mulheres” Pesquisador principal: Celia Regina de Souza Jornalista e pedagoga Concluída: novembro /2002 Especialização Gestão de Processos Comunicacionais ECAUSP

Introdução: Embora a epidemia do HIV/AIDS venha diminuindo na cidade de São Paulo como um todo, ela vem crescendo entre as mulheres mais pobres, com menos estudo e moradoras da periferia do município. Somando-se ao trabalho para reversão deste quadro, este projeto de pesquisa investiga e discute o papel da comunicação nas estratégias de prevenção às DST/AIDS, em especial, entre as mulheres.A autora é coordenadora de comunicação da área de DST/AIDS da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, como consultora da UNESCO. Objetivo: Investigar e contribuir com a construção de um processo de comunicação que favoreça a adoção de novos comportamentos e o controle da epidemia entre as mulheres da cidade de São Paulo. Métodos: Foi realizada uma pesquisa-ação junto às agentes de prevenção do projeto “Elas por Elas – estratégias de prevenção às DST/AIDS entre as mulheres”, criado no segundo semestre de 2003 pela Área Temática de DST/AIDS da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de São Paulo. A pesquisa envolveu a coordenação do projeto de prevenção e contou com a participação de 20 agentes – mulheres da comunidade que atuam junto a seus pares - que responderam a um formulário de pesquisa e participaram de três grupos de discussão. Após esta primeira etapa, foi realizada uma oficina para a construção de um CD (versão demo) com textos radiofônicos criados e gravados pelas agentes de prevenção. Resultados: O projeto de pesquisa trouxe discussões e reflexões importantes ao grupo, em especial sob a importância do diálogo com a mulher sobre o seu papel, sobre as dificuldades de negociação


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de preservativos, o desconhecimento de doenças sexualmente transmissíveis e a adoção de uma postura aberta, sem receitas prontas, no trabalho de abordagem. O CD (versão demo) finalizado em estúdio, será utilizado pelas agentes de prevenção, e distribuído para rádios comunitárias, rádios comerciais e outros locais. Conclusão: Este processo possibilitou uma revisão das agentes de prevenção de seus próprios discursos e o início da construção de um discurso coletivo mais unificado no grupo. As agentes de prevenção puderam também conhecer e discutir, analisar de um modo mais crítico e participativo, o papel da mídia no cotidiano.

A Fonoaudiologia intervindo para melhorar a qualidade de vida dos portadores ou doentes de HIV/AIDS em terapia anti-retroviral Pesquisador principal: Maria Helena Teixeira Fonoaudióloga especialista em voz Co-autores: Prof. Dr. Henrique Olival Costa Desenvolvido em curso de especialização da PUC, concluído janeiro/2002

Unidade participante:

CR DST/AIDS Penha A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1980. Em 1991, com o início da distribuição universal de medicamentos e posterior introdução da terapia anti-retroviral combinada ocorreu uma queda significativa da taxa de mortalidade, o que vem estimulando estudos, em diversas áreas de conhecimento, para melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Este estudo tem como objetivo investigar os fatores que mais prejudicam a qualidade de vida dos portadores e doentes de HIV/AIDS em terapia anti-retroviral e em quais desses fatores a Fonoaudiologia poderia intervir para melhorar essa qualidade de vida. Em um primeiro momento, por meio de um questionário semi-aberto, foram levantadas a queixa principal, as queixas de alimentação e as queixas de fala e/ou voz de 50 sujeitos atendidos no Centro de Referência de DST/AIDS da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo onde trabalho. Em um segundo momento, através de observação participativa, observei presença/


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PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS ausência de sintomas de refluxo gastroesofágico, alterações de tônus, mobilidade e motricidade orais, e alterações das funções de mastigação, deglutição, fonação e articulação de fala de 15 sujeitos, em seis encontros mensais. Os dados mostraram que a alta incidência de afecções respiratórias, manifestações orais e neurotoxoplasmose, nos indivíduos portadores e doentes de HIV/AIDS, aumenta também a incidência de alterações de linguagem, voz e/ou fala e podem interferir com todas as funções do sistema sensório motor oral desses indivíduos. Os dados também sugerem que as alterações do sistema sensório motor oral podem sobrecarregar o sistema digestivo, já debilitado pelas altas doses de medicação, desses pacientes, e a alta incidência de sintomas gástricos também pode aumentar a incidência de refluxo gastroesofágico. A terapia fonoaudiológica pode auxiliar intervindo, principalmente, nas seqüelas de manifestações oportunistas que envolvam alteração de linguagem, voz e/ou fala e nos distúrbios de alimentação desses sujeitos.

AIDS e parcerias sorodiscordantes: dilemas e negociações em torno da reprodução Pesquisador principal: Neide Emy Kurokawa E Silva Psicóloga SAE DST/AIDS Santana Coordenadora: Maria Luiza Heil Born Elaborado no curso de metodologia de pesquisa em gênero, sexualidade e saúde reprodutiva, promovido pelo Instituo de Medicina Social da UERJ Concluída: julho/2003

Unidades participantes: SAE DST/AIDS Fidélis Ribeiro e Santana Considerando o “duplo risco” envolvido na decisão de ter filhos, em casais com distintas sorologias para o HIV, este estudo pretende investigar como esses casais, em suas dinâmicas conjugais, constróem e negociam essa decisão. Foi realizada pesquisa qualitativa, com entrevistas semi-estruturadas a cada um dos membros do casal, separadamente. Os casais foram identificados através de profissionais de saúde, de serviços especializados em DST/AIDS, do Município de São Paulo.


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Protocolo de avaliação e orientação nutricional do paciente acometido pelo HIV Pesquisador principal: Abreu,Vicente JS Técnico-científica Brasil-França – AIDS Apoio: Ministério da Saúde - Programa de Cooperação Co-autores: Fonseca,Arlete, Moisés, Dalila G., Motinagua, Sandra M, Perroud, Irene C. Concluído: abril/2001

Justificativa: A partir do advento dos inibidores da protease foi obtido melhor controle da infecção causada pelo HIV e foi selado o caráter crônico desta doença. Novos esquemas terapêuticos estão disponiveis e também novas repercussões nutricionais e metabólicas são observadas. Observa-se, então, uma redução das manifestações digestivas tais como a diarréia e uma redução dos casos de desnutrição (Schwenk et al., 1998). Por outro lado, os pacientes em uso de anti-retrovirais (ARV) freqüentemente apresentam distribuição anormal da gordura corporal, resistência periférica à insulina e aumento de triglicérides no plasma (Moller, 1991; Seip et al., 1996; Hengel et al., 1997; Carr et al., 1998; Dormont, 1998; Dube, 1998; Flexner, 1998; Miller et al., 1998; Mulligan et al., 1998;Viraben et al., 1998).Todavia, ainda não são conhecidas as repercussões cardiovasculares, a longo prazo, dessas alterações clínicas e metabólicas (Behrens et al., 1998; Henry et al., 1998). Nas mulheres, as alterações do compartimento de gordura podem levar a alterações do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e a uma diminuição da transformação periférica de andrógenos em estrógenos. Atualmente, a bioimpedância é o método de escolha para a análise da composição corporal devido à facilidade e rapidez de sua execução, à confiabilidade de seus resultados e ao seu baixo custo (Miller et al., 1993;Aspardi et al., 1996; Mattar et al., 1996; Oldham, 1996; Elia et al., 1997; Melchior, 1997). Todas estas alteraçoes apontam para a necessidade de novas abordagens nutricionais de acordo com o estado clínico do paciente. Objetivos: • Avaliar o estado nutricional do paciente HIV+ em acompanhamento no Ambulatório de Especialidades « Alexandre Kalil Yasbek » • Verificar a ocorrência de lipodistrofia nos indivíduos em uso de anti-retrovirais; • Conhecer a incidência das dislipidemias e das alterações de glicose nesses pacientes; • Sugerir uma abordagem nutricional precoce, nesses pacientes, com base nos resultados obtidos; • Discutir a periodicidade para solicitação do perfil lipídico.


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PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS Resultados: Foram avaliados 190 pacientes, sendo 41% mulheres. A faixa etária ficou assim distribuída : 165 pacientes (87%) entre 20 e 49 anos, 16 indivíduos (8%) com 50 anos ou mais e os demais 9 (5%) eram crianças de até 12 anos. A antropometria evidenciou desnutrição em 14 pacientes (8%); eutrofia em 107 (60%); sobrepeso em 46 (26%) e obesidade em 11 (6%). As alterações morfológicas referidas pelos pacientes soropositivos para o HIV+ em uso de anti-retrovirais foram : aumento do abdômen em 17%, aumento de busto em 9% das mulheres; emagrecimento em 5% dos pacientes. O nível sérico de colesterol estava aumentado em 30% dos pacientes, os triglicerídios estavam elevados em 23% dos pacientes e muito elevados (> 400mg/dL) em 6% dos pacientes. A glicemia de jejum apresentou valor alterado em apenas 1 paciente (0,5%). Conclusões: • O paciente com infecção pelo HIV+, em uso de medicação anti-retroviral, tem risco aumentado de doença cardiovascular; • A abordagem nutricional deve ser precoce para prevenir complicações cardiovasculares. • O perfil sérico de lipídios desses pacientes deve ser monitorado; • Deve-se conhecer as interferências das drogas hipolipemiantes com os ARV; • O sofrimento emocional causado pela alteração da imagem corporal pode ser aliviado pelos tratamentos cosméticos atualmente disponíveis.



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Análise comparativa de mulheres HIV/AIDS na periferia de São Paulo: aspectos sócio-econômicos e de transmissibilidade Pesquisador principal: Silva, Adalgisa de Castro Assistente Social Co-autores: Pastana, Edna Aparecida Lima, Bertin,Vânia Aparecida Setolin Concluído: 1999

Unidade participante: CR DST/AIDS Nossa Senhora do Ó Introdução: Estudo comparativo entre o período de Janeiro a Julho/1997 e Janeiro a Julho/1999, com análise nos aspectos de transmissão do HIV e nível sócio econômico das mulheres matriculadas no Centro de Referência DST/AIDS Nossa Senhora do Ó, localizado no Bairro da Freguesia do Ó, periferia da cidade de São Paulo. Levantamento de 450 prontuários, ano 1997, com 63 mulheres HIV+ e levantamento de 588 prontuários, ano 1999 com 57 mulheres HIV+, com avaliação das seguintes variáveis: Faixa etária, Estado Civil, Renda Familiar, Escolaridade, Situação Profissional, Preferência Sexual e Via de Contaminação. Objetivo: Comparar o número de mulheres infectadas pelo HIV no período de Janeiro a Julho/1997 e Janeiro a Julho/1999, e como ocorreu essa contaminação por meio de levantamento e pesquisa de prontuários. Principais resultados: Da análise resumida observamos o predomínio das mulheres casadas e em união consensual - 58% (588/57) ano 1999, não sendo observado no mesmo período do ano de 1997. Renda Familiar - 51% ( 588/57), ano de 1999, sem renda fixa; 31% com renda até R$ 100,00 (Cem reais) (450/63), ano de 1997. Escolaridade - 1º grau incompleto - 76% (588/57), ano de 1999; 63,4% 1º grau incompleto (450/63), ano de 1997.


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Via de Contaminação - 56% parceiro único e 26% múltiplos parceiros (588/57) ano de 1999. 76,1% com parceiro único e 4,8% com múltiplos parceiros (450/63) ano de 1997. Conclusões: Constatamos aumento importante no número de casos de infecção pelo HIV em mulheres com múltiplos parceiros, fato este não observado na pesquisa do ano de 1997. Observamos uma diminuição de 20% de mulheres casadas e em união consensual e com parceiro único. Manutenção de pobreza e do baixo grau de escolaridade. Nosso trabalho chama a atenção para mudança do perfil comportamental das mulheres observadas nesta região. Ressaltamos que a sensibilização e informação devem estar sempre presentes sendo o único caminho para a efetiva prevenção.

Mulheres HIV/AIDS na periferia de São Paulo: aspectos sócio-econômicos e de transmissibilidade Pesquisador principal: Silva, Adalgisa de Castro Assistente Social Co-autores: Seixas,Ana Maria Souza,Vicente, Damares Pereira; Tavares, Delamarque V. P. de Souza, []Pastana, Edna Aparecida Lima; Fonseca, Leila Sarah Curi, Lima, Lenira Cardoso, Bertin,Vânia Aparecida Setolin Concluída: 1997

Unidades participantes: CR DST/AIDS Nossa Senhora do Ó Introdução: Foi realizado pelo Serviço Social do Centro de Referência DST/AIDS Nossa Senhora do Ó da Secretaria Municipal de Saúde, da cidade de São Paulo (SMS/SP), um levantamento sócioeconômico e da transmissibilidade do HIV em mulheres atendidas no período de Janeiro a Julho/1997, residentes nos bairros da Freguesia do Ó, Brasilândia e Pirituba. Dos 1700 pacientes atendidos nesse período, foram levantados 450 prontuários pertencentes ao sexo feminino, sendo que destes, 63 apresentaram HIV/AIDS.


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Objetivo: Caracterizar a população de mulheres atendidas na Unidade de Saúde, no que se refere aos aspectos sócio-econômicos e da transmissibilidade do HIV, para orientação de programa preventivo a esta população, por meio de levantamento do número de mulheres matriculadas no referido período. Coleta de dados em prontuário. Tabulação. Análise dos resultados. Principais resultados: Analisando os prontuários destas mulheres com HIV/AIDS, verificamos que: 25% estão em faixa etária predominante entre 26 e 40 anos, com tendência de aumento nas mulheres acima de 45 anos; 23% são solteiras; 31,7% tem como renda familiar R$ 100,00; 63,4% com grau de instrução até o 1º grau in completo; 48,7% estão desempregadas; 53,9% sem direitos previdenciários; 76,1% se contaminaram através de relação sexual com parceiro único; 90,4% são heterossexuais; Moradia - 31,7% moram em casa cedida; - 30,1% tem moradia própria; - 90,4% moram em casa com infra-estrutura e - 46% moram com 4 a 6 pessoas. Conclusões: Concluímos que as mulheres contaminadas por via sexual, com parceiro único, desconsideram, por esse motivo, a prevenção. Apesar de estarem em idade produtiva, na sua maioria estão desempregadas, dependendo da renda familiar. Procuram o serviço de saúde, quando estão com o estado de saúde agravado.


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Avaliação do grupo das profissionais do sexo do Centro de Referência DST/AIDS Santo Amaro em relação à prevenção de DST/AIDS Pesquisador principal:Ana Paula Gomes Esposito Psicóloga Co-autores: Maria Angélica de Faria Labaki, Eugênia Maria Pinho Barroso Palhares, Cândida Maria dos Santos Concluída: março/2002

Unidades participantes: CR DST/AIDS de Santo Amaro Introdução: No Centro de Referência DST/AIDS de Santo Amaro da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo são realizados dois grupos mensais de mulheres profissionais do sexo por uma equipe multiprofissional. Trata-se de prevenção primária e secundária de DST/AIDS. Além de questões diretamente ligadas a doenças sexualmente transmissíveis (DST) também são abordados assuntos referentes ao cotidiano de seu trabalho, e legalização da profissão, pois sabemos que, para uma prevenção eficaz, o resgate da cidadania e da auto-estima são aspectos fundamentais. Objetivo: Avaliar os benefícios alcançados pelo Grupo das Profissionais do Sexo no que se refere à prevenção de DST/AIDS, e, mais especificamente, dados referentes a sorologias HIV, hepatites B e C, e VDRL, presença ou não de DST, freqüência às consultas médicas e vacinação da hepatite B nos casos indicados. Metodologia: Os dados foram avaliados quantitativamente, através de levantamento e compilação dos prontuários médicos. Tomamos como referência o levantamento feito em maio/2002 (06 meses de grupo), fazendo uma comparação com a situação atual, após 01 ano de grupo. Resultados: Entre maio e novembro/2002 houve um aumento de 49 integrantes, totalizando 161 mulheres.


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Deste total, 132 (81,98%) fazem acompanhamento ginecológico na unidade, realizando exames de rotina (em maio/2002, eram 102 mulheres).A maior mudança encontrada no perfil destas mulheres, refere-se aos dados de realização das sorologias. O índice anterior era de 58,03% e atualmente alcançamos 81,36% (131 mulheres). Cabe acrescentar que houve uma sensibilização nesse aspecto no grupo, após a detectação do índice anterior. Como consequência, foram diagnosticados dois casos de HIV, além de sífilis e hepatites. Houve uma queda de incidência de DST no grupo, totalizando 42 mulheres (26,08%) que já tiveram alguma DST. Observamos que as DST apresentadas, excluídas as detectadas através de sorologia, foram notificadas anteriormente a sua entrada no grupo. Quanto à vacinação da hepatite B, nos casos indicados (n=122), apenas 52 foram vacinadas, perfazendo um total de 42,62%. O índice ainda continua baixo, contudo houve um crescimento de 28,06% em relação a maio/2002. Das 70 mulheres que não foram vacinadas, 06 (8,6%) não quiseram a vacina e em 28 (40%) prontuários não constavam dados referentes à vacinação. Conclusões: Os resultados apontam para uma necessidade de uma maior sensibilização dos profissionais do sexo e da saúde para a importância da imunização da hepatite B e de seu registro no prontuário no que se refere ao segundo grupo. Pudemos verificar que o conhecimento mais pormenorizado da clientela do serviço, aliado ao atendimento integral efetuado pela equipe multiprofissional pode proporcionar uma redução na incidência de DST.


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Estudo da ocorrência de sífilis entre usuários do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Henfil/Sâo Paulo, infectados pelo HIV Pesquisador principal: Carmela Zacaro2 Co-autores: Kátia Cristina Bassichetto1, Fabio Mesquita1, Orival Silva Silveira2, Elizete Aparecida dos Santos2, Solange Maria Oliveira2, Maria Amélia Veras3, Denise Pimentel Bergamaschi4 1Coordenação Municipal de DST/AIDS – Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo 2CTA Henfil - Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo 3Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo 4Faculdade de Saúde Pública –Universidade de São Paulo Concluído: julho/2003

Introdução: É reconhecida a importância das DST na transmissão do vírus HIV. Os CTA oferecem, além de testes sorológicos para HIV, a investigação de sífilis, por meio da sorologia VDRL e TPHA permitindo conhecer o perfil epidemiológico dos indivíduos infectados com o Treponema pallidum. Objetivo: Descrever características das pessoas com sorologia positiva para HIV e Sífilis, que utilizaram os serviços do CTA Henfil durante os anos de 2001 e 2002, segundo aspectos demográficos, sócio-econômicos e de comportamento. Método: São utilizados dados de entrevistas (pré e pós teste) realizadas de rotina, analisados utilizandose tabelas e gráficos; cálculo de proporções e intervalos de confiança de 95%. Realiza-se também testes de associação pelo Qui-quadrado de Pearson e de comparação de médias (teste t de Student). Utiliza-se o valor descritivo do teste (valor de p) para tomada de decisão. Resultados: Do total de 10657 exames anti-HIV, 474 resultados foram positivos para o HIV (4,4%; IC95% 4,1-4,9%). Do total de 155 pessoas que referiram ser primeira testagem positiva para HIV, 29 tiveram VDRL reagente (18,7%; IC95%: 12,9 – 25,8%). A proporção de resultados reagentes é semelhante entre homens e mulheres (p=0,06). A idade média das pessoas com co-infecção HIV/


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sífilis é maior (36,9 anos) do que entre as que apresentam positividade somente para o HIV (31,6 anos) (p=0,005). Esta diferença é observada somente para os homens. Observou-se existência de associação entre prática sexual e resultado do VDRL (p=0,03). Entre heterossexuais o percentual de resultados positivos para sífilis foi menor (8,3%) do que entre homo (26,5%) e bissexuais (23,9%). Os percentuais referidos para as demais DST são: gonorréia 30% (18/60), verruga genital 13,6% (8/60), corrimento 13,3% (8/60), herpes genital 6,7% (4/60); hepatite 6,7% (4/60). Discussão e Conclusões: O perfil dos usuários deste serviço pode estar influenciando na elevada proporção de coinfecção HIV/sífilis. O fato de não ter sido encontrada associação entre sexo e positividade para sífilis deve ser investigado utilizando maior número de pessoas com estas características. A associação entre prática sexual e resultado do VDRL, descrita neste trabalho, parece seguir a tendência mundial de recrudescimento da sífilis em homossexuais.

Os usuários usam realmente os preservativos que retiram no serviço de saúde? O inquérito realizado no Centro de Testagem e Aconselhamento Pirituba Pesquisador principal: Dulcinéia P. de Toledo Assistente Social Co-autores: Cristina A. de Paula,Vânia M.A. Farinazzo, Eraldo S. Fiore, Diva Maria F. C. Moreno Concluído: fevereiro/2001

Introdução: Este estudo foi realizado com o objetivo de verificar como a população usuária do Centro de Testagem e Aconselhamento em DST/AIDS de Pirituba (São Paulo) faz uso da cota de preservativos masculinos que vêm retirar semanalmente. Foram incluídos aspectos referentes aos dados demográficos e epidemiológicos relativos ao comportamento e prevenção das DST e AIDS. Métodos: Elaborou-se um instrumento de coleta de dados na forma de inquérito individual, preenchido pelo próprio usuário, espontaneamente, no momento da retirada dos preservativos masculinos.


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Esse procedimento foi inserido na rotina do serviço no período de 15 de janeiro a 15 de fevereiro de 2001, tendo sido respondido por 152 usuários. Resultados: Os resultados mostraram que os usuários que vieram buscar o preservativo no período estudado são predominantemente do sexo masculino (67,1%) e na faixa etária mais jovem (menor de 30 anos=63,3%). O nível de escolaridade dessa população foi variado havendo uma leve acentuação da escolaridade mais baixa, com o 1º Grau Completo e Incompleto totalizando 52 %. A maioria dos usuários refere fazer uso do preservativo em todas as relações sexuais (72,4%). Dentre os usuários que não utilizam o preservativo sempre, os motivos referidos para não adotarem essa prática de prevenção mais freqüentes são: a recusa do parceiro (10%), o uso somente na relação sexual vaginal (10%), ter parceria única (7,5%) ou não se sentir em risco (7,5%). Houveram 30% de usuários que não responderam a esta questão. A maioria dos pesquisados não apresentam dificuldade em convencer o parceiro a usar o preservativo (77%). As principais dificuldades com o uso do preservativo relatadas foram: parceiro não gosta (21,9%), tem alergia (15,6%), na colocação (12,5%) e muitos não responderam ou não especificaram o tipo de dificuldade (15,6%). Conclusão: Este estudo, ao analisar uma parcela da população que utiliza o serviço, focalizou aqueles que supostamente previnem-se das DST/HIV/AIDS através do uso do preservativo masculino, tendo sua vulnerabilidade às DST e ao HIV diminuída. Isso justifica os resultados obtidos, mesmo havendo uma minoria de usuários que referem não usar o preservativo em todas as relações sexuais. O estudo serve de subsídio para avaliar a forma como o preservativo é distribuído e utilizado, podendo viabilizar possíveis mudanças na administração desse insumo. Foram observadas algumas falhas no preenchimento do instrumento, apontando para a necessidade de repetir a experiência através de entrevistas realizadas pelos aconselhadores, o que permitirá uma comparação e validação dos resultados.


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Estudo retrospectivo dos pacientes com DST(s) atendidos no SAE Butantã Pesquisador principal: Giovani, Elcio Cirurgião dentista, especialidade em saúde publica, administração hospitalar e patologia bucal, mestre em odontologia geral e bucal e doutor em clínica integrada Co-autores: Barrella, B., Prasinos, M,. Bergmann, D. Concluída: maio/2002

Introdução: Segundo a OMS (1990), calcula-se que uma em cada 100 pessoas por ano adquire DST nos países desenvolvidos, e estima-se que esse número aumenta acentuadamente nos países em desenvolvimento. Como as DSTs, com exceção da AIDS, tem sub notificação, no Brasil, temos uma escassez de dados epidemiológicos. Objetivo: Traçar o perfil dos pacientes que são atendidos em nosso serviço, com a preocupação de identificar as manifestações mais prevalentes, e sua possível relação com a infecção pelo HIV/ AIDS. Metodologia – Foram matriculados no SAE DST/AIDS BUTANTÃ, 825 pacientes de 25/ 06/01 a 31/05/02. Estes pacientes foram referenciados de outros serviços de saúde dentre esses: UBS, serviços especializados em DST/AIDS, hospitais, ONGs, demanda espontânea ou através de divulgação por meios de comunicação e campanhas de prevenção realizadas pelo próprio serviço. Foram analisados todos os pacientes adultos, com diagnóstico clínico ou por exames complementares (sorologia, citologia, anátomo patológico). Analisamos a prevalência das DSTs, gênero, idade, cor, e escolaridade.Associamos as DSTs com a possível soropositividade para o HIV. Nos pacientes HIV/AIDS, associamos a contagem dos linfócitos T-CD4 e o uso do HAART com as manifestações exibidas. Resultado: Dos 825 pacientes atendidos no SAE DST/AIDS BUTANTÃ, 108 pacientes (13%) exibiram manifestções de DSTs, sendo que: 73 pacientes (67,5%) com HPV, 23 pacientes (21,2%) com gonorréia, 17 pacientes (15,7%) com sífilis, 12 pacientes (11,1%) com herpes genital, 3 pacientes (2,7%) com uretrite gonocócica e 3 pacientes (2,7%) com donovanose. Relacionando esses


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pacientes com a sorologia para o HIV/AIDS, 18 pacientes (16,6%) são soropositivos. Quanto a contagem dos linfócitos T-Cd4 dos pacientes soropositivos; 9 pacientes (50%) apresentavam valores entre 200 a 499 cél/mm3 de sangue, 4 pacientes ( 22,2%) com valores acima de 500 cél/ mmm3, 3 pacientes (16,6%) com valores abaixo de 200 cél/mm3 de sangue. Discussão: As DSTs são um grave problema de saúde pública, sua incidência é crescente e fora do controle. As subnotificações são uma das barreiras enfrentadas no controle dessas DSTs. A falta e/ou a falha nas campanhas de prevenção necessitam um novo olhar rápido e efetivo. Conclusão: A prevalência de manifestações de DSTs é acentuada . O HPV, seguido da gonorréia e da sífilis são as manifestações mais incidentes. Os pacientes com DSTs associados a soropositividade para o HIV e com contagem dos linfócitos T-CD4 baixos exibiram manifestações mais exuberantes, mas graças a medicação HAART e o tratamento aplicado em cada caso, as respostas tem sido efetivas. Em relação ao HPV as recidivas são mais freqüentes.


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Incidência de Vulvovaginites no Programa DST/AIDS em mulheres atendidas no SAE DST/AIDS Campos Elíseos Pesquisador principal: Elisabeth Mendes Marques Enfermeiro Co-autores: Wilma Jesus Araújo e Akeni Kubota Concluído: junho/2001

Contextualização: No Programa DST/AIDS, em mulheres atendidas no SAE DST/AIDS CAMPOS ELÍSEOS, que teve início em Junho/1997 e perdura até hoje, observou-se que as mulheres apresentavam vulvovaginites e muitas quando retornavam em períodos posteriores, reapresentavam alguma vulvovaginite, nos remetendo a realizar pesquisa deste atendimento, para poder intervir no Programa. Descrição do método: Foram coletadas as informações do universo de 2180 mulheres atendidas desde o início da implantação do Programa, sendo de Junho/1997 a Dezembro/2000, selecionando as 341 mulheres que retornaram para novas coletas de Papanicolau, sendo os dados básicos: data e número da coleta do Papanicolau, nº do prontuário, idade, resultado sorológico de HIV e VDRL, resultado do Papanicolau, resultado do A Fresco Vaginal, uma vez que é rotina do Programa colher Papanicolau e no mesmo momento, colher o A Fresco Vaginal e o Bacterioscópico Vaginal, como oferecer o exame sorológico de HIV e VDRL. A partir da coleta dos dados, foram digitados no computador e produzidas tabelas e gráficos para visualização dos resultados, onde se obteve os seguintes Resultados: A idade média das 341 mulheres é em torno de 33 anos. 341 mulheres retornaram para repetir o exame do Papanicolau, sendo 16 % do total das mulheres. Das 341, 33% constam com prontuários na unidade e 77 % são mulheres não matriculadas, que iremos identificá-las como eventuais. Das 114 mulheres com prontuários, temos 59% com sorologia positiva para HIV, 27 % com sorologia negativa para HIV e VDRL, 9 % com sorologia positiva para HIV e VDRL e 5% com VDRL positivo. Das 227 mulheres eventuais, temos 224 (99%) com sorologia negativa para HIV e VDRL e 3 (1%) com sorologia positiva para VDRL.


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A quantidade do retorno das 341 mulheres variaram, onde a maioria 79% voltaram uma vez, e m menor número 2, 3, e 4 vezes. Das 341 mulheres, 133 (39%) mulheres apresentaram corrimentos, isto é vulvovaginites na primeira coleta do Papanicolau, sendo que 47 com prontuários e 86 mulheres eventuais. O perfil das vulvovaginites na primeira coleta das 133 mulheres, ocorreu maior incidência em 1° lugar com a Gardnerella Vaginalis, em 2º lugar Cândida Albicans, em 3º a Trichomonas Vaginalis, em 4º o HPV e em menor número as associações entre elas. No retorno subsequente, se observa incidência menor das vulvovaginites, proporcionando análise positiva do Programa, pois a maior parte das mulheres apresentaram a cura através do tratamento recebido, orientações fornecidas pelo Programa e a distribuição de preservativos. Conclusão: Concluímos que temos tido índice de cura significativa de acordo com a pesquisa realizada, porém devemos avaliar o Programa quanto a conscientização junto as pacientes em relação às mudanças de costumes de higiene, vestimentas, uso frequente de presevativo, pois ainda mesmo em menor número apresentam reincidência da vulvovaginite pelo mesmo agente etiológico, tanto as mulheres identificadas como eventuais quanto as de sorologia positiva para HIV e VDRL.


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Reincidência das Vulvovaginites no Programa da mulher do SAE DST/AIDS Campos Elíseos Pesquisador principal: Elisabeth Mendes Marques Enfermeiro Co-autores:Wilma Jesus Araújo e Akeni Kubota Concluído: maio /2001

Unidades participantes: SAE DST/AIDS Campos Elíseos Resumo O Programa de DST/AIDS em Mulheres tem como objetivo passar orientação, através de palestras, às mulheres dos cuidados preventivos de DST/AIDS, quando da procura para o Papanicolau, que são realizados diariamente nas unidades. A reincidência das vulvovaginites foram determinadas através do resultado dos exames de Papanicolau e dos A frescos Vaginais do período de Junho/1997 a Dezembro/2000. Foram atendidas 2180 mulheres no período, com idade média de 33 anos ou em períodos posteriores, das 341 mulheres, 114 possuem prontuários e 227 sem prontuários, sendo que destas 114 (59%), ou seja 67 mulheres são HIV +, 10 (9%) tem sorologia HIV+ e VDRL+, 6 (5%) apresentou VDRL +, e 31 (27%) possuem sorologia negativa para HIV e VDRL. O retorno das 341 mulheres para nova coleta de Papanicolau variaram no período estudado, tendo, a maioria, retorno de 1 vez. Das 114 que possuem prontuários, 74 voltaram 1 vez, 24 voltaram 2 vezes, 7 voltaram 3 vezes e 9 voltaram 4 vezes. O perfil das 341 mulheres quanto a vulvovaginites apresentadas na 1ª coleta do Papanicolau demonstrou que 39% apresentaram corrimentos, identificadas de acordo com o resultado do Papanicolau e do A Fresco Vaginal, pois são colhidos simultâneamente, sendo maior a quantidade de Gardnerella Vaginalis, seguido da Cândida Albicans, em 3º lugar por Trichomonas, 4º o Mobiluncus SP e por último o HPV. Quando fazemos o corte para verificar as vulvovaginites reincidentees pelo mesmo agente patógeno, observamos que a distribuição permanece a mesma, sendo a Gardenerella Vaginalis a de maior prevalência seguida das anteriores relatadas, mesmo encontrando a cura na maior parte dos casos.


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Conclusão: Constata-se que existe reincidência de Vulvovaginites em mulheres tanto portadoras de HIV como em mulheres não portadoras. A reinfecção pode estar explicada por: • Não uso de preservativos nas relações sexuais; • Resistência do agente etiológico aos tratamentos; • Hábitos de higiene íntima e vestimentas onde mantém a região perianal úmida.

Avaliação nutricional de crianças de 0 a 2 anos, filhas de mães vivendo com HIV/AIDS Pesquisador principal: Grupo de Estudos em Nutrição e AIDS - GENA nutricionistas Concluída: março/2001

Unidades participantes: Unidades de DST/AIDS da Prefeitura de São Paulo

Estudo realizado com crianças de 0 a 24 meses, filhas de mulheres vivendo com HIV/AIDS; atendidas em Unidades Especializadas em DST/AIDS do município de São Paulo. Os aspectos nutricionais dos indivíduos infectados pelo HIV devem merecer mais atenção. As abordagens terapêuticas e profiláticas dos quadros infecciosos são feitas com rigor, no entanto, o aspecto nutricional fica em segundo plano. Pouco se conhece a respeito das necessidades de crianças filhas de mulheres vivendo com HIV/AIDS. A falta de dados sobre esta população despertou o interesse das nutricionistas do Grupo de Estudos de Nutrição e AIDS (GENA), dessas unidades, para a realização desse estudo. Foram aplicados 337 questionários, sendo considerados válidos na análise final 329 questionários no período de agosto/2000 a março/2001, em 13 serviços especializados em DST/AIDS. Esta análise foi feita através da aplicação de um questionário para o levantamento de informações relevantes sobre o histórico da criança, como: alimentação recebida e dados antropométricos (peso e estatura). A evolução das medidas antropométricas foi verificada em outras duas consultas. Considerando as 329 crianças e após refazer as análises preliminares, verificou-se que 11,9% das crianças foram amamentadas; 14,6% nasceram com peso inferior a 2500 g. Na maioria dos


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PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS casos, observou-se erros alimentares. O estudo mostra que algumas crianças foram amamentadas, o que demonstra falhas nas orientações de prevenção, entre outros aspectos. O baixo peso ao nascer, quer por prematuridade, ou por peso inferior a idade gestacional, representa uma condição de risco para essa população, devendo ser considerado no estabelecimento de atendimento e abordagem nutricional para gestantes e seus filhos, nessa faixa etária. Nos casos dos erros alimentares, foi feita a orientação nutricional pertinente, visando a educação nutricional, o que possibilitou ao profissional nutricionista a intervenção direta e precoce. Os dados antropométricos não foram analisados devido a dificuldades operacionais. A partir desse estudo, reforça-se a importância e a necessidade de atendimento nutricional das gestantes, vivendo com HIV/AIDS e de seus filhos após o nascimento, com um enfoque preventivo e, a realização de novas investigações que visem à melhor qualidade de vida.

Usuários do Centro de Testagem e Aconselhamento em DST/AIDS (CTA) Santo Amaro/São Paulo, com resultado positivo para sorologia anti HIV Pesquisador principal: Isabel Cristina Arruda Mello2 Co-autores:Arnaldo José Valério Sobrinho2, Laura Gonçalves Pinto2, Kátia Cristina Bassichetto1, Fabio Mesquita1, Maria Amélia de Sousa Mascena Veras3, Denise Pimentel Bergamaschi4 1Coordenação Municipal de DST/AIDS – Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo 2CTA Santo Amaro - Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo 3Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo 4Faculdade de Saúde Pública – Universidade de São Paulo

Unidade participante: CTA Santo Amaro Introdução: O CTA Santo Amaro localizado na periferia da zona sul da cidade, implantado a partir de 1996, oferece a realização de testes sorológicos para HIV e sífilis, permitindo conhecer o perfil epidemiológico dos indivíduos infectados pelo HIV, anos antes que preencham os critérios para sua notificação como casos de AIDS. A testagem e aconselhamento constituem ainda uma ferramenta de prevenção de novas infecções pelo HIV e pela sífilis, ao promover oportunidade de conhecimento do status sorológico do indivíduo.


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Objetivo: Descrever características das pessoas com sorologia positiva para HIV que utilizaram os serviços do CTA Santo Amaro durante os anos de 2001 e 2002, segundo aspectos demográficos, sócio-econômicos, de comportamento e de utilização do serviço. Método: São utilizados dados de entrevistas (pré e pós teste) realizadas de rotina, analisados utilizandose tabelas e gráficos; cálculo de proporções e intervalos de confiança de 95%. Realiza-se também testes de associação pelo Qui-quadrado de Pearson e de comparação de médias (teste t de Student). Utiliza-se o valor descritivo do teste (valor de p) para tomada de decisão. Resultados: No período de estudo foram realizados 8193 testes com 98 resultados positivos para o HIV com proporção de soropositividade de 1,2% (IC95%: 1,0 – 1,5%). Os dados a seguir são relativos aos usuários com resultado positivo que referiram ser a primeira realização do teste: 52,2% são do sexo feminino (n=24); a idade média é de 32,1 anos independente do sexo; 30,4% possuem segundo grau completo; 78% possuem emprego remunerado; 45,8% pessoas do sexo feminino são viúvas ou separadas e 63,6 % do sexo masculino são solteiros (p<0,022); 78,3% são heterossexuais, 19,6% são homo ou bissexuais. O número de parceiros difere segundo sexo: nenhuma pessoa do sexo masculino refere ter parceria única; entre as mulheres este percentual é de 33,3% (p=0,011). 13,0% referem usar preservativos sempre, 58,7% às vezes ou seletivamente e 28,3% nunca usam. Este padrão de utilização independe do sexo, do estado civil, da prática sexual e do número de parceiros. 9,1% tiveram resultado positivo para sífilis (IC95%: 2,5 – 21,7%), independente do sexo (p=0,335). Discussão e Conclusões: Este serviço atende a populações de todo o entorno onde se tem observado aumento da incidência de casos de AIDS. A clara tendência de feminização da epidemia e a expressiva participação dos heterossexuais, associados ao baixo uso de preservativo, indicam a premente necessidade de elucidar melhor este padrão de comportamento, na perspectiva de implementar ações que diminuam a vulnerabilidade de exposição ao HIV e demais DST.


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Relação entre diagnóstico de HIV/AIDS e vivência da sexualidade Pesquisador principal: Izilda de Barros Gatto Psicóloga com especialização em saúde pública Co-autores: Luiz Antonio Moura Sampaio,Vanda Maria Todeschi Variani Concluído: março/2003

Unidades participantes: SAE DST/AIDS Introdução: Em nossa prática de atendimento no SAE DST/AIDS SANTANA, principalmente nos atendimentos em Saúde Mental e Ginecologia percebemos, através dos relatos dos pacientes, que o diagnóstico de HIV+ interferiu na sua vida sexual como um todo. Na maior parte dos relatos, feitos com muita reserva e dificuldade, aparecia, primordialmente, uma queixa de não conseguir viver a sexualidade da mesma maneira como era vivida antes do diagnóstico.Além da dificuldade do paciente na abordagem do tema, percebíamos uma dificuldade por parte dos profissionais em tratálo com a devida relevância. Avaliamos então a necessidade de propor intervenções que pudessem auxiliar o paciente a retomar, de maneira mais saudável, sua vida sexual.Como dispúnhamos de poucos dados para iniciar este tipo de intervenção optamos, pela realização de uma pesquisa, para identificar melhor as necessidades e problemas dos pacientes. O silêncio imposto por medos, dúvidas, inseguranças nos reportou a um poema de Affonso Romano de Sant’Anna que se intitula Silêncio Amoroso Preciso do teu silêncio cúmplice Sobre minhas falhas. Não fale. Um sopro, a menor vogal, Pode me desamparar. E se eu abrir a boca Minha alma vai rachar.


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Objetivo Geral: Compreender a relação do diagnóstico de HIV+ e a vivência da sexualidade, a partir da experiência dos pacientes matriculados no SAE DST/AIDS Santana. Objetivos específicos: • Identificar as dificuldades encontradas na vivência da sexualidade a partir do diagnóstico; • Identificar se e como estas dificuldades são trazidas para os profissionais da unidade; • Identificar como os profissionais da unidade reagem a esta demanda; • Propor intervenções pontuais que possam auxiliar os pacientes a superar suas dificuldades. Métodos: O estudo realizado foi de natureza qualitativa em pacientes com HIV+ há mais de um ano e em idade reprodutiva ( para mulheres ) Foram aplicados 27 questionários sendo 17 em pacientes do sexo feminino e 10 em pacientes do sexo masculino. Todos assinaram o TCLE antes de responder ao questionário. Resultados: Os resultados do estudo serão agora resumidamente relatados: • 100% dos entrevistados teve como categoria de exposição ao risco a via sexual; • 81% relata mudanças na vida sexual após o diagnóstico de HIV. Dentre as mudanças mais relatadas estão: perda do desejo, perda do prazer, medo do preconceito, medo de contaminar o parceiro, perda da liberdade sexual, culpa e solidão; • 77% sentiu diminuição do desejo sexual após o diagnóstico e 82% sentiu diminuição do prazer (40% das mulheres passou a se sentir frígida após o diagnóstico e 70% relata que o número de relações sexuais diminuiu após o diagnóstico); • 65% dos entrevistados tem parceiro fixo, sendo que, a metade deles há mais de 4 anos. • 90% dos entrevistados fazem uso do preservativo (dentre os 90% , 98% utilizam o preservativo em todas as relações); • 50 % dos que o utilizam em todas as relações o fazem durante todo o contato sexual; • 48% o utilizam apenas no momento da penetração; • 25% das mulheres tem desejo de ser mãe; • 98% destas mulheres relata que não expressou este desejo ao médico que a trata do HIV;


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• 30% relatou este desejo ao ginecologista e relatou que este profissional foi receptivo; • 40%relatou este desejo aos profissionais de saúde mental e relatou que se sentiu acolhida e orientada; • 40% dos entrevistados refere não ter conseguido retomar a vida sexual até o presente momento; • Nenhum dos entrevistados falou sobre esta dificuldade com o médico que trata do HIV; • 35% dos entrevistados falou sobre esta dificuldade com a saúde mental e com os médicos ginecologistas da unidade; • Metade dos entrevistados coloca que falar a respeito destas dificuldades lhe traz alguma ajuda; • 75% dos entrevistados gostaria de participar de grupos que discutissem estas questões; • Dentre os temas mais sugeridos por eles estão: vida sexual, relacionamento afetivo após o HIV, gravidez e preconceito. Conclusão: A partir dos resultados obtidos avaliamos a urgência de intervenções que pudessem responder às necessidades dos pacientes. Foi criado um grupo de Aconselhamento Reprodutivo cujo objetivo é tratar das questões reprodutivas que envolvem a decisão de ter ou não filhos, a descoberta do corpo não apenas para fins reprodutivos mas também como um corpo erótico. A discussão sobre sexualidade e reprodução tem sido feita junto aos profissionais da unidade, nas reuniões gerais, visando quebrar as barreiras que os impede de receber, ouvir e acolher o paciente na expressão de todas as questões referentes a vivência da sexualidade. Para o próximo ano, já está em fase de implantação, um grupo de acompanhamento das gestantes. Percebemos que gradativamente a sexualidade está sendo introduzida na unidade como uma questão que precisa ser tratada com importância, para que possamos auxiliar os nossos pacientes a romperem as cadeias do medo, do preconceito, da desinformação, vivendo a sexualidade de maneira responsável mas também prazerosa e saudável.


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Usuários do Centro de Testagem e Aconselhamento para HIV (CTA) Henfil/São Paulo, com sorologia anti HIV positiva Pesquisador principal: Kátia Cristina Bassichetto1 Co-autores: Fabio Mesquita1, Carmela Zacaro1, Elizete Aparecida dos Santos1, Solange Maria Oliveira1, Maria Amélia Veras2, Denise Pimentel Bergamaschi3 1Coordenação Municipal de DST/AIDS – CTA Henfil/Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo 2Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo 3Faculdade de Saúde Pública – Universidade de São Paulo Concluída : julho/2003

Introdução: Os CTA, implantados no Brasil a partir de 1988, oferecem testes sorológicos anti-HIV, permitindo conhecer de modo precoce o perfil epidemiológico dos indivíduos infectados, anos antes que preencham os critérios para sua notificação como casos de AIDS. O CTA Henfil é o mais antigo serviço de testagem na cidade de São Paulo e é localizado em área central e grande parte da demanda é, atualmente, de pessoas que trabalham na região. Objetivo: Descrever características das pessoas com sorologia positiva anti HIV que utilizaram os serviços do CTA Henfil durante os anos de 2001 e 2002, segundo aspectos demográficos, sócioeconômicos, de comportamento e de utilização do serviço. Método: São utilizados dados de entrevistas (pré e pós teste) realizadas de rotina, analisados utilizandose tabelas e gráficos; cálculo de proporções e intervalos de confiança de 95%. Realiza-se também testes de associação pelo Qui-quadrado de Pearson e de comparação de médias (teste t de Student). Utiliza-se o valor descritivo do teste (valor de p) para tomada de decisão. Resultados: Durante os anos de 2001 e 2002, foram realizados cerca de 10657 sorologias anti HIV em pessoas de ambos os sexos, com 474 resultados positivos (4,4%; IC95%:4,1 – 4,9%). Os dados a seguir são relativos aos usuários com resultado positivo que referiram ser a primeira realização do teste (n=155): 80,7%são do sexo masculino; idade média de 32,6 anos independente do sexo


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PESQUISAS MULTICÊNTRICAS ESTUDOS PESQUISAS (p=0,767), 75,5% trabalham e recebem 2,2 salários mínimos médio mensal. 50,0% das pessoas do sexo feminino e 73,6% do sexo masculino são solteiras (p<0,011); 27,7% possuem segundo grau completo. Quanto a prática sexual, 61,3% são homo ou bissexuais e 38,7% são heterossexuais. 88,0% dos homens e 56,7% das mulheres pessoas referem ter parceiros múltiplos (p<0,001); 27,6% das mulheres e 6,4% dos homens referem nunca usar o preservativo (tabela 1). A taxa de retorno para buscar o resultado da sorologia é de aproximadamente 85%. Discussão e Conclusões: A razão de sexos entre positivos é de 4,2 homens para 1 mulher, bastante acima do observado entre casos de AIDS no país, que em 2002 foi de 1,8:1. Isto pode ser explicado pela característica especial do serviço que tem sido tradicionalmente utilizado por homens que fazem sexo com homens. A mais importante via de contaminação entre usuários deste serviço é a sexual o que requer atenção específica o que já vem sendo realizado em iniciativas como o CTA itinerante.

Aspectos relevantes da população atendida no CR-DST/AIDS Santo Amaro no período de outubro de 1997 a dezembro de 2001 Pesquisador principal: Luiz Alberto Costa Barra Médico Infectologista Co-autores: Barbosa,Asm., Latrônico, Cos., Silva, S.R.O.P.; Hasui, M., Sakamoto, L.M.H., Costa, H.C.M., Polachini, C.O. Concluída: agosto/2002

Introdução: O recente incremento no diagnóstico das DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), sobretudo após o início da epidemia de AIDS nos últimos anos, vem suscitando um maior controle destas infecções, com a criação de locais de atendimento em áreas estratégicas. Esse estudo procurou analisar dados de notificação de DST e HIV/AIDS do Centro de Referência em DST/AIDS de Santo Amaro (CR Santo Amaro) do Município de São Paulo. Metodologia: As informações procedem do Banco de Dados da Unidade de Vigilência à Saúde (UVIS) do serviço, composto a partir dos prontuários e Fichas de Notificação.


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Resultados/Discussão: Dos 1863 estudados, 56% eram homens, 707 (37,9%) eram soropositivos para HIV, sendo que 392 destes já eram casos de AIDS (55,4 %). Do total, 1342 (72%) tiveram diagnóstico de ao menos uma DST (sem considerar o HIV). As DST mais freqüentes foram: Condilomatose (320), Sífilis (195),Vaginose fúngica (171), Uretrite não gonocócica (146), Hepatite B (38), Tricomoníase (107), Vaginose bacteriana (97), Herpes genital (81), Gonorréia (51), DIP (49), Cancro mole (9), Pediculose (7) e Linfogranuloma (4). Entre os HIV positivos, a proporção de pacientes com pelo menos uma outra DST concomitante foi de 26,3.% (186 pacientes). A distribuição geográfica dos estudados quanto ao local de residência, demonstrou que apenas 12,1 % residiam na área de abrangência do Distrito de Saúde (DS), onde o serviço está localizado (DS Santo Amaro). Com relação à profissão, 15% eram profissionais do sexo e os demais se distribuíram entre diversas profissões sem predomínio de qualquer uma especificamente. A distribuição homem-mulher, em torno de 2: 1, se configurou de forma semelhante à verificada para o país como um todo.A predominância dos profissionais do sexo deve estar relacionada ao número elevado de casas noturnas no DS onde o CR Santo Amaro está localizado e ao trabalho que o serviço tem feito junto a tais profissionais, visando integrá-los ao serviço em ações de prevenção (grupo de discussões, etc) de DST/AIDS. A área de influência do serviço ultrapassa em muito a área de abrangência do mesmo, definida como sendo a área do Distrito de Saúde de Santo Amaro. Conclusões: A prevalência de DST é um problema de saúde de magnitude na população estudada, sendo importante intensificar as ações de prevenção de novos casos de HIV/AIDS assim como das DST em geral.


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Seguimento dos casos de sífilis em adultos no Centro de Referência (CR) DST/AIDS Santo Amaro, entre 2000 e 2002 Pesquisador principal: Mara C. S. M. Pappalardo Médica infectologista CR DST/AIDS Santo Amaro Co-autores:Antonio Sérgio Melo Barbosa, Luis Alberto Barra

Introdução: O tratamento adequado da sífilis é vital para prevenir as seqüelas da própria doença, como também para controlar a co-infecção pelo HIV. A resposta ao tratamento da doença tem numerosas dificuldades, incluindo a baixa aderência do paciente ao serviço de saúde. Como o seguimento dos doentes é longo, a sorologia anti sífilis (VDRL) deve ser pedido pelo menos a cada 3 meses, para a investigação contínua de possível reinfecção e/ou falência de tratamento. Em 2002, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo incorporou entre suas propostas prioritárias o controle da sífilis congênita. Nosso estudo procurou investigar a qualidade do tratamento e do seguimento dos adultos com sífilis adquirida em um dos serviços municipais especializados em DST/AIDS, o CR Santo Amaro. Objetivo: Conhecer o perfil dos pacientes tratados para sífilis neste CR e a qualidade de tal assistência (tratamento e seguimento) dada aos casos acompanhados entre 2000 e 2002. Metodologia: Foram revisados 106 prontuários médicos de pacientes adultos com sífilis seguidos neste CR entre janeiro/2000 e setembro/2002. Resultados: Dos 106 pacientes, 64 (60%) eram do sexo masculino, e 42 (40%), do sexo feminino. A maioria (90 - 85%) tinha entre 20 e 49 anos de idade. Treze (12,3%) pacientes do sexo masculino eram profissionais do sexo. Discussão/conclusão: A ausência de referência à realização de sorologia anti-HIV em 12% dos prontuários de pacientes com sífilis sugere deficiência na investigação de co-infecção sífilis/HIV. Identificou-se,


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também. indícios de deficiência em relação a dois outros pontos: (1) ausência de seguimento adequado do paciente em tratamento; (2) ausência de abordagem efetiva e tratamento da parceria sexual do paciente. Considerou-se positivo o fato de apenas um paciente ter usado eritromicina, o que indica que a impossibilidade de uso de penicilina benzatina na população estudada foi mínima. A avaliação da resposta ao tratamento dos 41 pacientes que realizaram pelo menos 2 VDRL sugeriu sucesso terapêutico em 95% deles. Recomendações/desdobramentos: A partir dos resultados deste trabalho identificou-se como recomendação essencial a implantação de um protocolo para melhorar a abordagem dos pacientes com sífilis no serviço e um aperfeiçoamento das ações de vigilância à saúde voltadas para a redução de transmissão dessa patologia. Tal protocolo está em fase de implantação.

Da visita íntima à intimidade da visita Pesquisador principal: Marcia de Lima Pedagoga Co-autores: Sueli Aparecida Cardoso Medina Concluída: dezembro/2001

Unidade participante: SAE DST/AIDS Santana Dadas as evidências significativas da feminização da epidemia da Aids, o fato da população masculina, em cumprimento de pena, no Estado de São Paulo, estar hoje em torno de 60 mil e o número de mulheres que realizam visita íntima, apenas na casa de Detenção em torno de 22 mil, o presente projeto visa trabalhar por meio de oficinas temáticas, a diminuição da vulnerabilidade às DST/AIDS das mulheres que realizam visita íntima do Sistema Penitenciário do Estado de São Paulo. Objetivo: Do estudo era trabalhar a vulnerabilidade das DST e AIDS das mulheres que realizam visita íntima aos seus parceiros no Sistema Prisional de São Paulo. Para isto, realizou-se 44 oficinas


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abordando os seguintes temas: saúde, sexualidade, relações de gênero, direitos humanos, DST/ AIDS/sexo seguro e métodos contraceptivos. Resultados: Destaca-se a importância de espaço que favoreçam a informação e discussão para a mulher da visita íntima; que o lugar e as condições em que acontece a visita íntima, na cela, não são considerados necessariamente como um fator de vulnerabilidade às DST/AIDS; que as relações de gênero trazem sentimentos de opressão, mas também de poder a essas mulheres; que as dificuldades em estar com a camisinha feminina, no sistema prisional, proporcionam discussões em relação aos seus direitos; que os temas abordados em oficinas trazem reflexões sobre o cuidado a sua saúde, possibilidades de prevenção e direitos reprodutivos.

Prevalência de alterações relacionadas ao papiloma vírus humano no colo uterino e na cavidade bucal Pesquisador principal: Prasinos, Marcia Médico ginecologista com especialização em G. O. Co-autores: Giovani, Elcio, Bergmann, Doris Concluída: junho/2003

Unidades participantes: SAE DST/AIDS Butantã Introdução: A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana(HIV)e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) são de grande importância pela sua disseminação, difícil prevenção e grave evolução. Muitas outras doenças sexualmente transmissíveis (DST), não têm a mesma divulgação, embora causem graves conseqüências para a Saúde Pública. Uma dessas DST é causada pelo Papiloma Vírus Humano (HPV). Objetivos: A pesquisa avalia a prevalência de alterações no trato genital e na cavidade bucal das pacientes no SAE DST/AIDS Butantã.


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Material e Métodos: Levantamento de estatística de alteração clínicas e laboratoriais em colo interno e na cavidade bucal. Foram examinadas 137 mulheres em consulta ginecológica de 01/03/02 a 06/06/03, sendo portadoras do vírus HIV/AIDS e/ou outra DST. Foram excluídas 68 pacientes com Papanicolaou e/ou biópsias ignoradas até a data limite do estudo. De 137 pacientes foi colhida a citologia oncológica do colo uterino pela técnica de Papanicolaou e realizou-se a colpo/ vulvoscopia. As pacientes com manifestações bucais de HPV foram avaliadas pelo cirurgião dentista. Resultados: Foram examinadas 137 pacientes do gênero feminino, com exames de Papanicolaou, colposcopia, vulvoscopia e biópsia conhecidos no período de 01/03/2001 a 06/06/2003.A Idade Média foi de 32 anos, 110 pacientes têm HIV+/AIDS e 28 pacientes têm diagnóstico de outra DST; 25 pacientes (18,24%) apresentaram Papanicolaou e/ou anátomo-patológico alterados: 3 (12%) apresentaram atipias de significado indeterminado; 11 (44%) apresentaram NIC I; 5 (20%) NIC II e 6 (24%) NIC III ou ca in situ. Das 25 pacientes com lesões genitais, 3 (12%) apresentaram manifestações orais da infecção pelo HPV. Discussão: O HIV causa alteração da imunidade celular, sendo fator de risco para a infecção pelo HPV e o desenvolvimento de lesões; além de modificar a história natural da infecção por HPV preexistente. Essas lesões têm evolução mais rápida, são mais agressivas e difíceis de erradicar em pacientes HIV+, embora os tipos de HPV sejam os mesmos da população geral. A literatura mostra maior prevalência de infecção pelo HPV nesta população quando comparada a dos soro negativos. .O risco da paciente HIV+ desenvolver câncer de colo de útero tem relação direta com o grau de imunodeficiência causada pelo HIV no momento da infecção pelo HPV.As lesões infecciosas bucais e o HPV podem potencializar a imunossupressão causada pelo HIV, sendo de responsabilidade do tocoginecologista e do cirurgião dentista o diagnóstico e tratamento das lesões, para melhorar a qualidade de vida do paciente e influenciar positivamente na sua sobre- vida.


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Aspectos relevantes na adesão ao tratamento com antiretrovirais entre os pacientes do centro de referência em DST/AIDS Santo Amaro (CRSA) Pesquisador principal: Merciana T. C.Vandeveld Farmacêutica Co-autores: Barbosa,Asm, Barra, Lac Concluída: junho/2003

Unidade participante: CR DST/AIDS Santo Amaro Introdução: Este estudo faz parte da proposta do CRSA de priorizar a adesão ao tratamento anti retroviral (ARV) entre as ações ligadas à assistência aos pacientes em seguimento no serviço. Objetivo: Contribuir para uma maior adesão aos tratamento ARV, conhecendo melhor os fatores a ela associados. Materiais e Métodos: Analisou-se banco de dados conjunto da farmácia e do setor de vigilância à saúde da unidade, dando seqüência a análise anterior, feita em janeiro/2003. A população estudada correspondeu a 83 pacientes, mantidos em tratamento ARV por tempo superior a seis meses, no período de abril/2000 a setembro/2002 e que tiveram problemas de adesão de dois tipos: (1) Abandono: não retirada dos ARV por seis meses consecutivos ou (2) Adesão ruim: não retirada dos ARV na farmácia por mais de duas vezes em seis meses. Comparamos a situação de adesão de janeiro/ 2003 a de maio/2003. Por problemas de inconsistência de dados, 4 pacientes tiveram que ser excluídos da segunda análise. Resultados: Dos 79 analisados, 4 haviam morrido e 4 haviam sido transferidos para outros serviços. Dos 71 restantes 54 mantiveram a situação de abandono (76,1%), 6 mantiveram adesão ruim (8,5%), 6 passaram de adesão ruim a abandono (8,5%), 3 passaram de abandono a adesão ruim (4,2%) e


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2 melhoraram a adesão (2,8%). Um deles passou de adesão ruim a aderente (máximo de 2 faltas/ 6 meses) e outro de abandono a aderente. Discussão e Conclusões: Embora no intervalo entre as duas análises (janeiro / maio) não tenha sido realizada intervenção específica sobre a adesão, alteraram-se as situações de 11 estudados (15,5%), com melhora em 45% deles e piora nos 55% restantes. Concluímos pela necessidade de ações para minimizar o problema, porém pautadas em estratégias rápidas, devido à velocidade com que se dão as alterações da adesão. Só assim conseguiremos orientar tais alterações, no sentido da melhora almejada.

Isquemia do condiloma acuminado gigante Pesquisador principal: Guarino, Neatclif Médico ginecologista - SAE DST/AIDS Butantã; especialidade em saúde pública, membro titular do Col. Bras de Radiologia, Clínica Ativa Pública e Privada em DST masculina e feminina Concluída: setembro/2002

Unidade participante: SAE DST/AIDS Butantã Introdução: O HPV - papiloma vírus humano - tem destacada importância a nível de saúde pública, atualmente conhecido como um dos agentes que predispõem ao câncer de colo uterino e uma imensa gama de manifestações cutâneo-mucosas de grande importância clínica dentre as DST. A ação desse vírus no desenvolvimento de várias formas de vegetações condilomatosas impõe a utilização de esquemas terapêuticos diversos e no caso da forma gigante a cirurgia sob anestesia. Objetivo: Tornar exequível em qualquer nível de recurso a eliminação de grande número de condilomas gigantes minimizando também os efeitos colaterais das condutas clássicas nesses casos.


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Metodologia: Foram selecionados pacientes com 01 ou vários condilomas isolados ou confluentes, de diâmetro maior que 10 mm, pediculado ou séssil com base de até 10 mm quando séssil e até 30 mm cada quando pediculado (isolado ou confluente) primários ou recidivados.Todos submetidos a ligadura isquêmica do pedículo em sessão única se isolados e seriadas se confluentes. Resultados: Todas as vegetações sofreram necrose com queda espontânea 07 dias após ligadura única nos pedículos de até 10 mm e após a 2a ou 3a ligadura nos pedículos de maior diâmetro. As bases remanescentes e as vegetações planas ou pequenas associadas foram eliminadas com cauterização química ou eletrônica. Discussão: Quando o HPV se apresenta como vegetações de tamanho incompatível com a cauterização química ou eletrônica constitui obstáculo à sua resolução a nível primário exigindo o encaminhamento dos serviços de referência que, dentro de suas limitações naturais, levam o paciente a longa espera do tratamento com consequente agravamento do quadro individual e da sua inevitável disseminação. Conclusões: A utilização da ligadura isquêmica única ou seriada proposta mostra-se importante por sua simplicidade técnica, sem necessidade de qualquer material ou equipamento especial, além de fios comuns e anestésico local. É adequada a grande maioria das vegetações cutâneo-mucosas vulvovaginais e anais, podendo ser executada em qualquer unidade de saúde, não apresentando efeitos colaterais. Reduziria, assim, a demanda reprimida desses casos, nos níveis de referência que ficariam reservados para os casos de relevância indispensável.


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Usuários do Centro de Testagem e Aconselhamento para HIV (CTA) São Miguel/São Paulo, com resultado positivo para sorologia anti HIV Pesquisador principal: Paulete Secco Zular2 Co-autores: Marcelo Cleto Egídio2, Katia Cristina Bassichetto1, Fabio Mesquita1, Orival Silva Silveira1, Maria Amélia Veras3, Denise Pimentel Bergamaschi4 1Coordenação Municipal de DST/AIDS – Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo 2CTA São Miguel - Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo 3Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo 4Faculdade de Saúde Pública – Universidade de São Paulo Concluída: junho/2003

Introdução: Os CTA São Miguel, oferece testes sorológicos para HIV e sífilis, permitindo conhecer o perfil epidemiológico dos indivíduos infectados, anos antes que preencham os critérios para sua notificação como casos de AIDS. A testagem e aconselhamento constituem ainda uma ferramenta de prevenção de novas infecções pelo HIV e oportuniza o tratamento da sífilis, ao promover oportunidade de conhecimento do status sorológico do indivíduo, permitindo, ainda, um aconselhamento individualizado em prol de comportamentos mais seguros. Objetivo: Descrever características das pessoas com sorologia positiva para HIV que utilizaram os serviços do CTA São Miguel durante os anos de 2001 e 2002, segundo aspectos demográficos, sócio-econômicos, de comportamento e de utilização do serviço. Método: São utilizados dados de entrevistas (pré e pós teste) realizadas de rotina, analisados utilizandose tabelas e gráficos; cálculo de proporções e intervalos de confiança de 95%. Realiza-se também testes de associação pelo Qui-quadrado de Pearson e de comparação de médias (teste t de Student). Utiliza-se o valor descritivo do teste (valor de p) para tomada de decisão.


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Resultados: Durante os anos de 2001 e 2002, no CTA São Miguel, foram realizados cerca de 4101 testes em pessoas de ambos os sexos, com 113 resultados positivos (2,8%; IC95% 2,3 – 3,3%). Considerando-se os dados de usuários com sorologia positiva que referiram ser a primeira realização do teste, observou-se razão de sexos 2,2 homens para 1 mulher; idade média de 32,9 anos. 41% das pessoas do sexo feminino são casadas ou amasiadas e 75% do sexo masculino são solteiras (p<0,056); 27,8% possuem segundo grau completo. Quanto a prática sexual, 64,8% são heterossexuais e 32% são homo ou bissexuais. 14,3% das pessoas referem ter parceiros únicos; 29,8% dos usuários referem utilizar preservativo sempre sendo observado o mesmo percentual para os que nunca usam. 9,3% (IC: 3,1 – 20,3%) das sorologias foram reagentes para VDRL. Discussão e Conclusões: O padrão de um número maior de homens infectados para o HIV prevalece também neste serviço (razão de sexo 2,2). A população que demanda o serviço é proveniente de regiões mais carentes da cidade, o grau de instrução é baixo, a grande maioria das mulheres (93,8%) possui parceria única ou seqüencial.


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Perfil do uso do preservativo dos profissionais do sexo de um serviço de prevenção em São Paulo Pesquisador principal: Regina Selis Acquesta Dias Médica Pediatra Co-autores: Diva Maria Faleiros Camargo Moreno, Eloísa Vilma de Resende, Elaine Armênio, Lara de Souza Concluído: dezembro/2002

Unidade participante: CTA Pirituba Introdução: Com o advento da epidemia da AIDS os serviços públicos de saúde se organizaram para o diagnóstico e a prevenção da infecção da população em geral. Entretanto, o perfil da epidemia foi se transformando ao longo dos anos e, atualmente é requerido um atendimento voltado para a diversidade da população, incluindo os profissionais do sexo (homens e mulheres). Parte desse seguimento populacional têm utilizado o Centro de Testagem e Aconselhamento CTA Pirituba, de forma a insistir por uma quantidade maior de preservativo a cada mês. O CTA Pirituba fica na região noroeste da cidade de São Paulo e é responsável pelo atendimento da população dos Distritos de Saúde de Pirituba e Perus, que possuem características muito diferentes quanto à renda, nível de escolaridade e condições de moradia. É uma região com áreas livres, o que tem provocado uma ocupação rápida e desordenada, com conseqüente prejuízo das condições de vida e saúde. O CTA Pirituba tem 62 usuários cadastrados que se identificam como profissionais do sexo dos quais 38,7% realizaram teste anti HIV e 16,6% têm sorologia positiva para o HIV. Deste total, 72,5% são homens e 27,5% mulheres. Objetivo: Conhecer o perfil sócio-comportamental dessa população que freqüenta essa unidade de saúde, especialmente no que se refere ao uso dos preservativos que utilizam em seu trabalho. O projeto foi desenvolvido tendo em vista as múltiplas solicitações cotidianas de uma maior quantidade de preservativos do que era habitualmente oferecido a esta população neste serviço.


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Material e Método: Foi realizada uma pesquisa envolvendo o universo da população de profissionais do sexo que freqüentou o CTA Pirituba no período de setembro a dezembro/2002. O instrumento utilizado foi um questionário com perguntas abertas e de múltipla escolha, aplicado pelos aconselhadores do serviço na forma de entrevista individual. Os usuários que se auto declaravam profissionais do sexo eram convidados a responder as questões voluntariamente. Foi realizado um controle através das fichas destes usuários, de forma a garantir que fosse oferecida a todos a entrevista, e não houvesse duplicação do procedimento. Resultados: Os resultados apontam que do total dos profissionais do sexo do serviço (62), 50% foram entrevistados, sendo 80% homens e 20% mulheres. Do total, 39% fizeram sorologia para HIV sendo todos negativos. Houve 2 casos positivos para sífilis (16,6%), sendo encaminhados para tratamento. Observou-se que as mulheres se submetem mais à testagem do que os homens, havendo a proporção de 8 homens em 25 (32%) e 4 mulheres em 6 (66%). Outra diferença é que 87,5% dos homens referem práticas sexuais homo ou bissexuais enquanto 100% das mulheres são heterossexuais. A grande maioria trabalha nas ruas de São Paulo, preferencialmente no Centro. A faixa etária predominante encontra-se em 18 e 35 anos (70%) seguindo o perfil do restante do país (Ministério da Saúde 2003). A cota de 80 preservativos por mês fornecida pelo serviço não é suficiente para o trabalho sexual que eles exercem, sendo relatada uma necessidade de consumo médio de 166 preservativos. A menor quantidade solicitada foi 80 e a maior foi 450 preservativos. O uso de preservativo em todas as relações sexuais foi confirmado pela maioria dos entrevistados (96,7%). Alguns relataram o não uso do preservativo com o parceiro fixo. Quanto à vacinação de Hepatite B, 70% dos entrevistados já estavam imunizados. O restante (30%) foi encaminhado para vacinação. Conclusões: Os resultados mostraram que o serviço de diagnóstico e prevenção do HIV e AIDS deve desenvolver periodicamente estudos que permitam o conhecimento dos seus usuários, para que sejam desenvolvidas ações mais eficazes no combate à epidemia de aids, tendo em vista a diversidade da população, do comportamento sexual e das formas de sobrevivência. O atendimento adequado a esse seguimento populacional requer um maior conhecimento de seu


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perfil, para melhorar sua adesão a práticas sexuais mais protegidas. A principal carência relatada pela população de estudo em relação ao CTA Pirituba foi em relação a quantidade de preservativos recebida, confirmando a hipótese que originou o estudo. Em função disso o serviço encontra-se em fase de implantação de uma “cota negociada” de preservativos, que visa atender às necessidades individuais dos profissionais do sexo.

Usuária do Centro de Testagem e Aconselhamento para CTA DST/AIDS Pirituba/São Paulo com Sorologia Anti- HIV Positivo Pesquisador principal: Regina Selis Acquesta Dias Médica Pediatra Co-autores: Diva Maria Faleiros Camargo Moreno, Ulisses Nunes Sodré, Kátia Cristina Bassichetto, Fabio Mesquita, Denise Pimentel Bergamaschi Concluído: março/2003

Introdução: Os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), implantados no Brasil a partir de 1988, oferecem testes sorológicos para o HIV, permitindo conhecer de modo precoce o perfil epidemiológico dos indivíduos infectados, anos antes que preencham os critérios para sua notificação como casos de AIDS. O CTA Pirituba é um serviço que atende área periférica da cidade de São Paulo onde a incidência de Aids em 2000 foi de 26,12 por 100.000 habitantes. Objetivo: Descrever características das pessoas com sorologia positiva anti HIV que utilizaram os serviços do CTA Pirituba durante os anos de 2001 e 2002, segundo aspectos demográficos, sócioeconômico, de comportamento e de utilização do serviço. Métodos: São utilizados dados de entrevistas (pré e pós teste) realizadas de rotina, analisados utilizandose tabelas e gráficos; cálculo de proporções e intervalos de confiança de 95%. Realiza-se também teste de associação pelo teste Exato de Fisher e de comparação de médias (teste t de Student). Utiliza-se o valor descritivo do teste (valor de p) para tomada de decisão. Durante os anos de 2001 e 2002, foram registrados 50 sorologias positivas para o HIV em pessoas de ambos os


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sexos. Os dados a seguir são relativos somente aos usuários com resultado positivo que referiram ser a primeira realização do teste (n=30). Observou-se que deste total 60% são pessoas do sexo feminino; a idade média é de 34,4 anos independente do sexo(p=0,415); 41,7% das pessoas do sexo masculino e 23,5% do sexo feminino são solteiras (p< 0,047); 30,7% possuem primeiro grau incompleto. Quanto a prática sexual, 83% (n=25) são heterossexuais. Excluindo 9 indivíduos com tipo de parceria ignorado, observou-se que 14 (61%) referiram ter parceria única seqüencial e 6 (26%) das pessoas referem ter parceiros múltiplos (p< 0,001). Do total de 12 pessoas que referem nunca usar preservativo, que representa 40% do total, 10 (83%) são mulheres. Discussão e Conclusões: A razão de sexos entre positivos é de 0,67 homens para 1 mulher indicando que as mulheres se infectam mais do que os homens. Os dados evidenciam a clara tendência de feminilização da epidemia e dispersão entre heterossexuais.



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Significado e contextualização do HIV no cotidiano de trabalho das profissionais do sexo Pesquisador principal:Ana Paula Gomes Esposito Psicóloga Orientadora: Edna Maria Peters Kahhale

Unidade participante: CR DST/AIDS Santo Amaro Introdução: Esta pesquisa é um dos pré-requisitos para a obtenção do título de Mestre em Psicologia Clínica (Núcleo de Psicossomática e Psicologia Hospitalar) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Nesse estudo analisaremos o significado do HIV no cotidiano de trabalho das profissionais do sexo e suas repercussões nos projetos de vida. Essa pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética da Secretaria Municipal de Saúde, obtendo parecer favorável. Objetivos: • Apreender o processo de produção de sentidos expressos pelas profissionais do sexo, no que se refere ao HIV e sua contextualização no cotidiano de trabalho; • Analisar o processo de construção da subjetividade individual e social das entrevistadas; • Levantar questões para um futuro programa de intervenção no CR DST/AIDS Santo Amaro. Método: A pesquisa está sendo realizada com mulheres, profissionais do sexo, matriculadas no referido CR DST/AIDS. Os dados foram coletados utilizando-se como instrumento uma entrevista semi-dirigida em profundidade. Trata-se de um estudo qualitativo, que utilizará a análise temática para apreender os significados manifestos e latentes dos dados coletados. Serão identificados e analisados os núcleos de significado de cada discurso, contextualizando ao processo material e histórico que os constituíram.


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Resultados: Os resultados serão apresentados e discutidos com as profissionais do sexo interessadas em participar de tal discussão e com a equipe do Centro de Referência, a fim de que os objetivos de beneficiar a população em estudo e de levantar questões para um futuro programa de intervenção no CR DST/AIDS Santo Amaro sejam alcançados. Previsão de término: Março/2004

Prevalência de hiperlactatemia clinicamente significativa em pacientes infectados pelo HIV sob tratamento com drogas anti-retrovirais Pesquisador principal: Kleber Dias do Prado Médico infectologista, especialista em Infectologia pela Sociedade Brasileira de Infectologia, mestrando em infectologia em saúde pública pela CIP/SES – SP Co-autores: Prof a. Dra. Denise Pimentel Bergamaschi, Dr. Décio Diament, Prof. Dr. Roberto Focaccia

Unidades Participantes: Já expressaram interesse em participar do estudo as seguintes unidades: SAE Ipiranga, Campos Elíseos, Butantã, Cidade Líder, Santana, AE Vila Prudente, CR Santo Amaro e Penha Introdução: O surgimento das várias classes de drogas anti-retrovirais (ARV) representou inegável avanço no tratamento da infecção pelo HIV, interferindo beneficamente na sua história natural, até então caracterizada por desfecho sempre fatal. A par destes inegáveis benefícios, estes medicamentos apresentam extenso perfil de efeitos adversos, não só de curto, mas também de médio e longoprazos. Entre estes últimos, a toxicidade mitocondrial, causada pela exposição às drogas da classe dos inibidores da transcriptase reversa análogos nucleosídeos (ITRN), tem assumido grande importância devido ao número de pacientes expostos e ao seu potencial de morbi-mortalidade.


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Objetivos: 1) Determinar a prevalência de hiperlactatemia clinicamente relevante nos pacientes HIVpositivos sob TARV acompanhados nos referidos centros; 2) Identificar correlações clínicas (sintomas e sinais) e laboratoriais nos casos de hiperlactatemia clinicamente relevante, a fim de se elaborar uma definição de caso sensível, específica, factível e de baixo custo para utilização na prática clínica; 3) Identificar fatores e pacientes de risco para toxicidade mitocondrial; 4) Identificar as drogas anti-retrovirais mais relacionadas à toxicidade mitocondrial. Métodos: Estudo de corte transversal, de pacientes infectados pelo HIV, em uso há pelo menos 30 dias de drogas da classe dos ITRN, acompanhados em serviços de DST/AIDS do município de São Paulo. Serão considerados casos de hiperlactatemia, clinicamente significativa, aqueles que apresentarem sintomas e/ou sinais e/ou alterações laboratoriais sugestivas do evento, confirmadas em duas ocasiões distintas, por alterações nos níveis séricos de lactato.Tamanho estimado da amostra: 506 pacientes. Fase em que se Encontra: Aguarda aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Previsão do término: Agosto/2004


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Gestante HIV + e pré-natal: o início tardio do companhamento especializado Pesquisadora principal: Maria Angela Silva Landroni Enfermeira/gerente SAE DST/AIDS Santana Co-autores: Profa. Dra. Cleide Lavieri Martins

Unidade participante: SAE DST/AIDS Santana Introdução: O protocolo 076, do AIDS CLINICAL TRIAL GROUP (ACTG-076/94), que comprovou a possibilidade da redução da transmissão vertical do HIV foi sem dúvida, uma das mais importantes descobertas das pesquisas para o controle da AIDS. No Brasil, após a divulgação dos resultados da referida pesquisa, as recomendações para redução da transmissão materno-infantil foram adotadas em todo o país. Embora reconhecendo as iniciativas para adoção dessas recomendações, os resultados apontados pela cobertura das gestantes HIV+ quanto a oferta de quimioprofilaxia e a sorologia para as mulheres parecem não ser favoráveis. No cotidiano de um serviço de atenção especializada no atendimento a portadores de DST/AIDS observou-se a chegada das gestantes com diagnóstico de HIV em fase avançada da gestação, o que poderia contribuir desfavoravelmente na vulnerabilidade à reinfecção e adoecimento dessas mulheres e risco de infecção ao concepto. Objetivos: Compreender a partir da perspectiva de mulheres soropositivas para o HIV, em que medida, as práticas assistenciais dos serviços de saúde, podem contribuir para a redução da vulnerabilidade dessas mulheres a reinfecção ao adoecimento e a redução do risco para a transmissão vertical do HIV . Metodologia: Estudo de mestrado em desenvolvimento pelo Departamento de Práticas de Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP, sob a orientação da Profa. Dra. Cleide Lavieri Martins.Trata-se de um estudo de natureza qualitativa utilizando como fonte de dados prontuários e entrevistas semi estruturadas, com mulheres que engravidaram durante o período de 1997 a 2001, em um serviço de assistência especializada em DST/AIDS do Município de São Paulo. Previsão do término: 2004


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Impacto do uso da medicação antiretroviral no comportamento de risco de pacientes de AIDS em tratamento Pesquisadora principal: Regina de Carvalho Bueno Psicóloga, especialista em psicologia, mestranda em fisiopatologia experimental da Faculdade de Medicina da USP Orientador: Prof. Dr. Eduardo Massad

Unidades participantes: CPA Lapa, CR Freguesia do Ó, Santo Amaro, SAE Butantã, Cidade Líder II, Fidelis Ribeiro, Ipiranga, Santana Introdução: Desde 1996, com o advento da terapia antiretroviral chamada de “coquetel anti AIDS”, estimase que mais de cem mil brasileiros estejam utilizando esta medicação. Com melhora significativa da qualidade de vida destes doentes, bem como expressiva queda da mortalidade por aids no Brasil, há de se levantar a hipótese de que a utilização do coquetel possa dar uma sensação de segurança (possível sensação de invulnerabilidade) para seus usuários. Estudar a implicação desta sensação de segurança, na mudança de comportamento quanto ao risco de contaminação externa ou reinfecção, é o objeto do trabalho proposto. Não existem estudos a respeito em nosso meio, sendo que mesmo na literatura internacional até a presente data, também nada havia sido publicado a respeito. Objetivo: Estudar a influência do uso de medicação anti - retroviral no comportamento de risco de doentes de AIDS. Métodos: Foram aplicados 200 questionários em doentes de AIDS, maiores de 18 anos, de ambos os sexos, pacientes da Rede Municipal Especializada em DST/AIDS da cidade de São Paulo, que puderem fornecer consentimento por escrito ao estudo. O questionário contém as seguintes seções: Dados demográficos;Práticas e Preferências Sexuais; Práticas e Preferências quanto ao uso de drogas injetáveis; Conhecimento sobre AIDS e conseqüente mudança de comportamento; História de prisões; História de viagens (se o entrevistado ia de uma cidade à outra com freqüência); Histórico médico; Utilização dos serviços de saúde. Previsão do término: Fevereiro/2004


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Assistência domiciliar terapêutica em pacientes com AIDS: experiência do ambulatório de especialidades de Vila Prudente Pesquisadora principal: Shirlei M. Gomes Coelho Enfermeira Orientador: Dr. Ricardo H. Bammann Nível mestrado - área de concentração: infectologia em saúde pública- IIER

Unidade participante: AE Vila Prudente Introdução: Diante do crescimento da AIDS em todo o mundo, inclusive no Brasil, viu-se a necessidade da criação de um modelo de atendimento que não seja praticado nos hospitais, onde a realidade é completamente diferente da encontrada nas casas dos clientes. Dentro deste novo modelo, o Enfermeiro tem que se preocupar com novas questões como higiene, controle de infecções, treinamento da equipe à ele subordinada, treinamento de cuidadores e familiares, tudo isso dentro de um local totalmente diferente de um hospital ou ambulatório, que é a residência do paciente, que nem sempre está preparada para receber um doente. Além disso, no ambiente hospitalar o enfermeiro é o responsável administrativo e técnico, e no domicílio ele pode ser considerado um estranho, intruso e não tem poder de “mando”. Objetivo geral: Avaliar o funcionamento na prática clínica, da Assistência Domiciliar Terapêutica (ADT), no contexto da AIDS, em uma unidade de saúde da SMS/SP. Objetivos Específicos: • Definir o papel do cliente que pode ser tratado em casa; • Identificar a equipe multidisciplinar necessária para um efetivo atendimento; • Descrever os procedimentos, cuidados, precauções, responsabilidades e tarefas de enfermagem; • Quantificar a assistência prestada ao paciente com relação ao número de profissionais envolvidos e número de procedimentos realizados; • Analisar o papel do familiar/cuidador;


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• Avaliar o “Guia de Procedimentos em ADT “, publicado pelo Ministério da Saúde (MS), testando sua aplicabilidade na prática clínica; • Ouvir o paciente e o cuidador/familiar. Metodologia: Duas etapas distintas: I - Retrospectiva, baseada no levantamento de prontuários dos pacientes incluídos no estudo, para coleta de dados; II- Prospectiva, consistindo numa nova visita domiciliar, realizada pela própria autora, com a finalidade de efetivar avaliação informal da ADT, sob o ponto de vista do paciente e cuidador, através de entrevista semi-estruturada. Previsão de término: Junho/2004



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Projeto VGDN - Viral Genetic Diversity Network (Rede de Diversidade Genética de Vírus)

Pesquisador principal do laboratório do Ipiranga: Fábio Mesquita Médico-doutorado em epidemiologia Co-autores: Maria Aparecida Daher, Magda Lúcia de Melo, Inês Suarez Romano,Angela Maria Egydio de C. Barreto, Celina Harumi O. Kussaba

Unidades Participantes: Laboratório de Saúde Pública do Ipiranga (Brooklin)-SMS/SP; Hemocentro de BotucatuUNESP; Laboratório de Virologia- UNIFESP; Instituto Butantan-SES/SP; CRT DST/AIDS -SES/SP; Universidade de Mogi das Cruzes; Laboratório de Virologia - UNICAMP/ Fac. de Medicina da USP/ Hospital das Clínicas; Fac.Veterinária da USP; UNESP-Araçatuba-Depto de Saúde animal. Introdução: Participação do Laboratório de Saúde Pública do Ipiranga (Brooklin) da SMS, na Rede de Laboratórios que está sendo implantada para estudo de diversidade genética de vírus com apoio da FAPESP- n° 2002-08471/8. Objetivo: Estruturação e Articulação de uma Rede de Laboratórios para Sequenciamento de Vírus. Esta Rede deverá ser capaz de operar de maneira coordenada em situações epidemicas de emergência. Funcionará como uma Rede Multicêntrica e Multitarefa. A principio os vírus a serem estudados, serão HIV, HCV,VSR, HANTAVÍRUS. Métodos: Foram montados três grupos distintos de acordo com a capacidade para desenvolver tarefas mais ou menos complexas ( níveis I, II e III). Os grupos participantes, não precisarão trabalhar com o mesmo Vírus concomitantemente, e serão encorajados a propor sua própria linha de pesquisa independente, afim de abranger uma gama de agentes, sendo estudados pela rede. Entretanto, todos os pontos da Rede, deverão ser capazes de participar de todas as tarefas coordenadas. Previsão do término: 2007


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Teste e Aconselhamento Rápido para HIV em Usuários de Drogas Injetáveis do Brasil – Projeto RAPHIV Pesquisador principal: Fabio Mesquita Médico, doutor em epidemiologia / Faculdade de Saúde Pública – USP Co-autores:Waleska Teixeira Caiaffa ( UFMG),Thereza Dias (CDC), Richard Needle (CDC), Mirtha Sudbrack ( Programa de Redução de Danos de Porto Alegre), Paulo Duarte Paes (Universidade Federal do Campo Grande), Paulo Telles (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Regina Bueno (SMS São Paulo),Tarcísio Andrade (Universidade Federal da Bahia),Aline Cristine Souza Lopes (UFMG),Aline Dayrell Ferreira (UFMG), Paula Silveira (SMS São Paulo)

Unidades participantes: Unidades Especializadas em DST/AIDS – SMS/SP – PRD SAMPA Resumo do Conteúdo: Presente estudo é fruto da cooperação entre CDC de Atlanta – Centers for Diasease Control for Prevention, Programa Nacional DST/AIDS/ Ministério da Saúde e Secretaria Municipal de Saúde da Cidade de São Paulo. O estudo tem como objetivo geral estimar a aceitabilidade, viabilidade da condução de teste rápido de HIV e aconselhamento rápido a usuários de drogas injetáveis (UDIs) e para implementar e avaliar um programa piloto de teste rápido de HIV para UDIs, dando assistência ao Programa Nacional de DST/AIDS.Vários estudos têm sugerido que uma pequena parcela de UDIs no Brasil fazem e recebem os resultados de testes de HIV, apesar do fato da terapia anti-retroviral ser disponível e gratuita. O estudo avaliará uma nova metodologia de teste e aconselhamento rápido, com amostra de rua, especialmente adaptada para UDIs brasileiros. Paralelamente, um estudo laboratorial vem sendo conduzido pelo Programa Nacional de DST/AIDS para estabelecer novo algoritmo para o diagnóstico rápido de infecção por HIV a ser usado em campo. O desenho do estudo prevê o acesso a uma amostra adequada e diversificada de usuário de drogas injetáveis de cinco sítios, a saber, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre e Mato Grosso do Sul. O presente estudo é do tipo cross-seccional, com estudo de falow-up, sendo que este último, examinará o impacto do teste rápido de HIV e aconselhamento. Neste protocolo também está previsto um estudo piloto. O estudo obterá participantes utilizando como metodologia, a amostra recrutada pelo


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entrevistado (respondent driven sampling), sendo os seguintes critérios para inclusão na pesquisa: 18 anos completo ou a partir desta idade, que tenha feito uso de drogas injetáveis nos últimos seis meses ou três vezes nos últimos doze meses. De modo geral, os dados serão coletados através de entrevista, os participantes receberão aconselhamento rápido de pré-teste no campo imediatamente, os participantes serão notificados imediatamente sobre o resultado do teste, receberão aconselhamento pós-teste e, caso necessário será encaminhado para os serviços especializados em DST/AIDS. Atualmente, vem sendo desenvolvido um estudo qualitativo preliminar para avaliar a aceitabilidade do teste rápido entre rápido entre UDIs. Presumimos que com o teste rápido de HIV aos UDIs – através do alcance à comunidade na qual vivem – a proporção daqueles que estão cientes de se status sorológicos para HIV será aumentada e , com isto, facilitará as estratégias de prevenção e a oportunidade de tratamento do HIV. Fase em que se encontra: Protocolo de Pesquisa a ser submetido à CEP/SMS. Previsão do término: 20 meses a partir do início


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A Percepção dos usuários de drogas com HIV sobre as referências de tratamento específico de drogas Pesquisador principal: Elisabeth Maria Schibuola Egydio de Carvalho Educadora em Saúde Pública. mestre em saúde pública pela FSP/USP Co-autores: Marina Azevedo Terapêuta ocupacional. mestre em saúde pública UFRGS

Unidade Participante: SAE DST/AIDS Cidade Dutra O estudo pretende conhecer como está constituída a rede de encaminhamentos do Serviço Ambulatorial de Especialidades (SAE) da Cidade Dutra na Cidade de São Paulo, para pacientes de HIV/AIDS que são usuários de álcool/drogas. Parte da revelação de avaliações dos usuários e de suas experiências em ambulatórios, hospitais e casas de apoio tanto públicos quanto privados. Dados primários levantados em 47 prontuários neste período indicam que houve 68 encaminhamentos.Aqueles encaminhados para as casas de apoio observou-se que nenhum foi para casas de apoio de origem pública. Para os ambulatórios públicos cresce a demanda e para os Hospitais da rede ela é ainda maior quando se compara com a particular e/ou religioso. Nestes prontuários observou-se que 51% dos usuários fizeram ou fazem uso de drogas injetáveis. O objetivo do estudo é conhecer como é a rede que recebe os pacientes do ponto de vista dos usuários. A abordagem metodológica utilizou entrevista semi estruturada e grupo focal, trabalhando dados qualitativos e quantitativos. Serão considerados usuários de álcool/drogas de qualquer forma de uso. O plano de análise da pesquisa utilizará o modelo sociológico de BECKER: seleção e definição dos problemas, conceitos e índice; controle sobre a freqüência e a distribuição dos fenômenos; incorporação de descobertas ; análise final e apresentação de evidências e provas. Fase em que se encontra: Foi realizado o grupo focal e parte da análise do texto. Previsão do término: Abril/2005



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A adesão dos pacientes HIV/AIDS ao CR DST/AIDS-Santo Amaro sob a ótica dos profissionais deste serviço de saúde Pesquisador principal: Antônio Sérgio Melo Barbosa Médico sanitarista, mestre em saúde sública Co-autores:Ana Paula Gomes Esposito, Marcos Veltri, Merciana Tereza Carvalho Vandeveld, Susie M. K. Osana

Unidade Participante: CR DST/AIDS Santo Amaro Introdução: Após identificarmos problemas na adesão dos pacientes com HIV/AIDS do CR DST/AIDS Santo Amaro, em relação ao serviço como um todo, bem como quanto ao tratamento específico com anti-retrovirais (ARV), optamos por realizar uma investigação mais aprofundada da situação visando propor e desenvolver ações para solucionar ou minimizar tal problemática. Dentre os fatores que geralmente estão associados a maior ou menor adesão a cuidados de saúde destacamse: o papel da equipe multiprofissional e da relação profissional-paciente; aspectos da organização do serviço, assim como fatores bio-psico-sociais dos pacientes. Alguns estudos já analisaram tais questões a partir de entrevistas com pacientes. Nesta investigação, propomos abordar a mesma questão sobre a ótica dos profissionais que atuam no serviço de saúde em foco. Objetivo: Levantar junto aos profissionais do CR Santo Amaro, informações que possam contribuir para caracterizar a situação atual e melhorar a adesão dos pacientes HIV/AIDS à unidade de saúde e à terapia anti-retroviral. Método: Será aplicado um questionário a todos os profissionais da unidade, com questões que contemplam o conhecimento sobre o conceito de adesão a serviços de saúde/tratamentos, a situação da mesma neste serviço de saúde específico e os possíveis fatores que podem contribuir ou dificultar tal adesão. O convite a responder o referido instrumento será precedido de um trabalho de sensibilização para a importância da contribuição dos profissionais em participar deste trabalho, cujo preenchimento terá caráter espontâneo e sigiloso.


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Resultados: Serão obtidos a partir da análise dos dados coletados via questionário, sendo as respostas divididas em categorias, para uma análise temática. Conclusão: Os resultados serão apresentados em reunião com a equipe técnica do Centro de Referência, fazendo-se uma análise crítica do material e levantadas propostas de intervenção, a partir do material encontrado. Previsão do término: Janeiro/2004

Ficha de acolhimento - avaliando o instrumento e o perfil da demanda entrevistada Pesquisadores : Doris Sztutman Bergmann, Suzy M. K. Osanai; Cristina da Costa Pardal, Maria M. Graça Alves Pereira, Ana Maria Cugnotii Funcionários da rede municipal especializada em DST/AIDS Trabalho de conclusão do “Curso de especialização em gestão e gerenciamento em serviços de saúde” - Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Unidades Participantes: SAE DST/AIDS Butantã, CR DST/AIDS Santo Amaro Introdução: A história do atendimento aos portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana/ Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS) nos mostra a importância de um acolhimento diferenciado quando ocorre a introdução destes portadores ao Serviço de Saúde. Um acolhimento feito adequadamente faz com que o usuário se vincule ao serviço de atendimento à saúde, tendo uma boa adesão ao acompanhamento e ao tratamento, enquanto um acolhimento que não consegue vincular o portador de HIV/AIDS ao Serviço de Saúde é um fator facilitador e, por vezes decisivo, para o abandono do tratamento. Este abandono mantém o indivíduo sem orientações preventivas e de tratamento, contribuindo para o crescimento da epidemia de HIV/AIDS, além da deterioração do quadro clínico do paciente causada pelo atraso


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no início de tratamento, com piora no prognóstico de sua evolução. A partir desta constatação, viu-se a necessidade do envolvimento de toda a equipe multiprofissional na recepção ao usuário que procura o Serviço de Saúde para investigação de HIV/AIDS, associando-se o fornecimento das orientações de prevenção logo no primeiro contato, através do aconselhamento. Em 2002, a Coordenação Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis (CM DST/AIDS) de São Paulo decidiu fazer a padronização do acolhimento realizado pelas Unidades Municipais de atendimento às DST/AIDS. Para tanto, foi formado um grupo para padronização de impressos, com membros das equipes multidisciplinares de várias unidades e chegou-se a uma ficha de acolhimento padrão, que passou a ser utilizada em todos estes serviços a partir de Julho/2002. A proposta do atual trabalho é a avaliação desta ficha, com a obtenção dos resultados trazidos por ela, através de levantamento das fichas preenchidas no SAE DST/AIDS – Butantã e CR DST/ AIDS Santo Amaro. Objetivo Gerai: • Testar o uso e a adequação da Ficha de Acolhimento utilizada pelas Unidades Municipais de atendimento às DST/AIDS da Cidade de São Paulo, no SAE DST/AIDS – Butantã e CR DST/Aids Santo Amaro. Objetivos específicos: • Analisar as características da Ficha de Acolhimento e as possibilidades de intervenções que ela, potencialmente, fornece graças às informações obtidas; • Avaliar se estas informações foram obtidas na prática; • Classificar os dados obtidos no levantamento das fichas preenchidas de Julho/2002 a Fevereiro/2003 e verificar os resultados; • Analisar as informações resultantes deste levantamento com vistas a possíveis mudanças na atuação do serviço. Metodologia: • Levantamento das Fichas de Acolhimento preenchidas nos dois serviços acima citados, de julho/2002 a fevereiro/2003 e verificação da necessidade da criação de categorias de análise; • Discussões sobre os dados obtidos com as equipes das respectivas unidades envolvidas e com a equipe da CM DST/AIDS de São Paulo; • Interpretação dos dados verificados e das discussões desenvolvidas; • Proposta de ações baseadas na interpretação dos dados.


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Recursos: • Equipe composta pelos pesquisadores e demais membros das equipes multidisciplinares das unidades envolvidas; • Programa de análise estatística; • Insumos de informática. Previsão de término: Dezembro/2003

Infecções recentes para o HIV: estudo comparativo Pesquisador principal: Katia Cristina Basichetto1 Nutricionista, sanitarista, mestre em epidemiologia Co-autores: Esper Georges Kallás3, Fabio Mesquita2, Denise Pimentel Bergamaschi4 1 Área Temática DST/AIDS (AT DST/AIDS) – Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS-SP) 2 Coordenadoria da Gestão Descentralizada (COGest) – SMS/SP 3 Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIPA) – Escola Paulista de Medicina (EPM) – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) 4 Departamento de Estatística - Faculdade de Saúde Pública (FSP) - Universidade de São Paulo (USP)

Unidades Participantes: SAE DST/AIDS Campos Elíseos, CPA DST/AIDS Lapa, CTA Henfil e Pirituba Introdução: É reconhecido, atualmente, que o monitoramento da epidemia de AIDS, na cidade de São Paulo, precisa estar associada à identificação precoce da infecção, para que se possa produzir respostas mais eficazes. Para tanto, seguir as diretrizes que ampliam o conceito de vigilância epidemiológica, para a obtenção de um “padrão epidêmico”, denominado “Vigilância de Segunda Geração” pode ser muito útil. Trata-se de implementar a busca de dados, que caracterizem, de forma mais abrangente possível, a população vulnerável ao HIV. A identificação da presença da infecção pelo HIV, tem se dado a partir da demanda espontânea da população quando procura centros de testagem e aconselhamento (CTA) e também outros serviços especializados em DST/AIDS e mais recentemente Unidades Básicas de Saúde (UBS). Estes serviços constituem assim, importantes fontes de dados.A rede especializada em DST/AIDS da cidade de São Paulo já vem incentivando o conhecimento do status sorológico de grupos


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populacionais, que normalmente não buscariam estes serviços, aumentando assim, o número de testes realizados e melhorando a caracterização das pessoas vulneráveis à infecção. Estes serviços têm sido importantes, também, na geração do conhecimento científico, sendo utilizados como fonte de dados em pesquisas para estimar a prevalência do HIV e estimativas de incidência, com a utilização da técnica de testagem dupla (detuned)*. Está em curso na SMS/SP, em parceria com a UNIFESP, sob coordenação desta última, o projeto, que tem como principal objetivo identificar casos de infecção recente do HIV, havendo necessidade de ampliar o conhecimento das características sócio-comportamentais dessas pessoas. * Os soros com teste Elisa convencional, são retestados com um Elisa modificado “detuned” (tornando-o menos sensível). Se os soros testados tiverem resultado positivo para o Elisa convencional e negativo para o “detuned”, haverá uma indicação que a infecção é recente, isto é, que ocorreu a menos de 129 dias do momento da soroconversão, após exposição ao HIV.

Objetivo: Comparar o perfil sócio-comportamental das pessoas soropositivas para o HIV, recéminfectadas e não recém-infectadas. Métodos: O desenho é de corte transversal, de natureza exploratória, onde serão utilizadas informações coletadas de questionários padronizados, colhidos de rotina, no pré e pós-teste, atualmente substituído pelo formulário padronizado do Sistema Informatizado para CTA (SICTA), a partir de maio/2002, retrospectivamente, e prospectivamente até a inclusão de 60 casos, segundo protocolo já em andamento da UNIFESP. Será construído um banco de dados em programa informatizado (EPIDATA) e analisados utilizando programa estatístico apropriado (STATA). Para a comparação dos grupos considerar-seá como variável resposta (dicotômica) o tipo de infecção (recente e não recente) e será realizada análise uni e multivariada. Fase em que se encontra: Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de SMS/SP, aguardando liberação do financiamento do Ministério da Saúde. Previsão do término: Junho/2004.


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AIDS, comportamento e demandas reprodutivas de mulheres Pesquisador principal: Kátia Cristina Bassichetto1 Nutricionista sanitarista, mestre em epidemiologia Co-autores: Regina Maria Barbosa2; Denise Vieira Izaguirre1, Maria Helena Teixeira1, Maria Lourenço S. Crespilho1,Ana Paula Pereira Gomes1, Elvira Maria Ventura Felipe3, Luiz Henrique Simões4 1 Área Temática DST/AIDS (AT DST/AIDS) – Coordenadoria da Gestão Descentralizada (COGest) – Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS/SP) 2 Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) – Núcleo de Estudos de População (NEPO) e Centro de Referência e Treinamento em DST/AIDS (CRT/AIDS) – Secretaria do Estado da Saúde – São Paulo (SES/SP) 3 CRT DST/AIDS – SES/SP 4 NEPO/ UNICAMP

Unidades Participantes: CR DST/AIDS Penha e Santo Amaro; SAE DST/AIDS Fidélis Ribeiro e CPA DST/AIDS Lapa Introdução: A produção de conhecimento relevante para pensar ações de saúde tem sido buscada como tendência atual por meio de parcerias entre serviços públicos de saúde e universidades, entendendo que esta aproximação possibilita o enriquecimento mútuo dos diferentes atores envolvidos no processo. Neste sentido, a AT DST/AIDS da cidade de São Paulo e o CRT DST/AIDS, com os seus respectivos setores de pesquisa, em parceria com o NEPO/UNICAMP, integram esta proposta de pesquisa com a perspectiva de ampliar o olhar sobre a saúde reprodutiva de mulheres vivendo com HIV/AIDS. A participação da população feminina na epidemia de AIDS tem aumentado, assim como intervenções terapêuticas capazes de reduzir o risco de transmissão mãe-filho, elegendo a assistência à maternidade como um momento importante de detecção da infecção pelo HIV, pressupondo o reconhecimento de seu direito de decisão sobre a reprodução, cabendo a instituição implementar políticas e ações de suporte para a sua realização, principalmente nos serviços especializados em DST/AIDS. Objetivo Geral: • Aprender as especificidades que a condição de soropositividade para o HIV coloca em termos de comportamento, opções e demandas relativas à reprodução.


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Objetivos específicos: • Estudar o comportamento e intenção reprodutiva de mulheres de 18 a 49 anos, infectadas pelo HIV, que freqüentam as unidades municipais de referência especializadas em DST/AIDS; • Identificar as demandas reprodutivas destas mulheres para as unidades de referência. Métodos: Estudo transversal de natureza quantitativa. O instrumento de pesquisa será um questionário estruturado contendo questões abertas e fechadas, com os seguintes temas: características sóciodemográficas, aspectos da vida reprodutiva e sexual, mudanças ocorridas após o diagnóstico da infecção pelo HIV e principais demandas reprodutivas formuladas com relação aos serviços. Todas as mulheres agendadas para alguma consulta médica, nas unidades selecionadas, no período selecionado de três meses, serão convidadas a responder o referido questionário, o qual será aplicado por profissional de saúde treinado da unidade após discussão e assinatura de consentimento informado. Fase em que se encontra: O projeto inicial foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de SMS/SP, mas foi retirado para modificação do grupo de pesquisadores e foi ressubmetido ao mesmo CEP, aguardando parecer final, para início da coleta de dados. Previsão do término: Junho/2004


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Sífilis : uma DST sob controle? Pesquisador principal : Mara Cristina S. M. Pappalardo Médica (ano de formatura : 1980, pela UMC- Universidade de Mogi das Cruzes), residência médica no Hospital Emílio Ribas, de 1981 a 1982, saindo da residência com título de especialista em doenças Infecciosas, médica assistente e chefe- substituta da 4a unidade de internação do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, médica efetiva da Prefeitura, no Centro de Referência em DST/AIDS Santo Amaro. Co-autores :Antonio Sérgio M. Barbosa, Márcio C.V.Alberte, Luis Carlos Silva, Maria Tereza Castagnoli

Unidade participante: CR DST / AIDS de Santo Amaro A pesquisa visa melhorar a abordagem e seguimento de pacientes adultos com sífilis acompanhados no CR Santo Amaro, no período de 2003 a 2005. Introdução: Pela revisão retrospectiva de 106 prontuários médicos de pacientes adultos com sífilis atendidos no CR Santo Amaro, no período de janeiro de 2000 a setembro de 2002 , analisamos o atendimento e o seguimento feito a essa população.As conclusões do estudo(“Análise do seguimento de pacientes com sífilis em unidade de DST/AIDS, São Paulo, Brasil”) foram :1- deficiência na investigação da infecção pelo HIV; 2- ausência de seguimento adequado; 3- deficiência na abordagem da parceria sexual do paciente; 4- 38% dos pacientes realizaram 3 VDRL ou mais, mas nenhum realizou 6 VDRL (4 no 1o ano de seguimento e 2 no 2o ano); 5- prescrição de penicilina benzatina em 105 pacientes, porém sem a comprovação do uso do medicamento em nenhum paciente ; 6- informação sobre tratamento de parceria sexual em 15 prontuários. Os resultados nos pareceram insatisfatórios e propusemos a implantação de um protocolo de estudo que melhorasse a abordagem aos pacientes e aperfeiçoasse as ações de vigilância à saúde voltadas à redução da transmissão da sífilis. Objetivo: Espera-se que : - todos os pacientes participantes do estudo sejam acompanhados no CR Santo Amaro por 2 anos, e que tenham alta médica após 6 VDRL; - boa parte dos pacientes possa trazer sua parceria sexual, para testagem sorológica e posterior tratamento, também no CR Santo Amaro; - todos se submetam à testagem de infecção pelo HIV/AIDS, no início e no final do tratamento; - haja comprovação do uso real de penicilina benzatina (controlada pela Farmácia e aplicada pela Enfermagem do CR).


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Métodos: A população estudada será a de pacientes com idade maior ou igual a 18 anos que tenham diagnóstico sorológico de sífilis ( VDRL positivo e prova treponêmica reagente- geralmente TPHA) que procurem o CR Santo Amaro, no período de abril a dezembro de 2003.Após o diagnóstico, o paciente lerá e assinará o consentimento informado (segue modelo anexo) e será submetido a tratamento medicamentoso( preferencialmente com penicilina benzatina), conforme a fase diagnosticada de sua doença(sífilis primária: 2.400.000 U; sífilis secundária : 4.800.000 U; sífilis latente : 7.200.000 U ). Uma ficha de atendimento será colocada no prontuário do paciente (segue modelo anexo), para ser preenchida pelo médico, até o final do seguimento(2 anos). No 1o ano de seguimento, o paciente será submetido a 4 VDRL : no 3o, no 6o , no 9o e no 12o mês após o diagnóstico e tratamento. No 2o ano, VDRL será feito nos meses 18 e 24, para a alta definitiva. Caso algum paciente apresente, após seu tratamento,VDRL aumentado em 4 ou mais vezes na sua titulação (ex: de 1⁄4 passar para 1/24), o mesmo deverá ser retratado. O paciente sem co-infecção pelo HIV terá alta após 2 anos de seguimento, e a sorologia antiHIV deverá ser realizada ao menos 2 vezes, no início e no final do seguimento. O paciente com co- infecção sífilis X HIV será tratado permanentemente no CR. Após o diagnóstico de sífilis, o paciente HIV+ receberá penicilina benzatina como o paciente sem infecção pelo HIV, mas deverá ser submetido à tomografia de crânio, avaliação neurológica e punção liquórica, para afastar o diagnóstico de neurosífilis.Em caso de neurosífilis (CT de crânio alterada e/ou quimiocitológico de LCR alterado e/ou VDRL + no LCR e/ou alterações comportamentais do paciente), o mesmo deverá ser internado e receber penicilina cristalina por 14 a 21 dias. O paciente HIV+ sem sífilis deverá realizar ao menos 2 VDRL por ano; esse número deverá ser maior, caso o paciente seja profissional do sexo e/ou usuário de drogas endovenosas. A parceria sexual do paciente também será convidada a participar da pesquisa. Resultados: Montamos um banco de dados utilizando uma planilha de exceL, para que esses possam ser analizados posteriormente em EPI-INFO. A partir desse banco serão feitos levantamentos estatísticos para avaliações periódicas do andamento do protocolo; isso servirá também como instrumento para melhorar as ações de vigilância aos pacientes não aderentes ao seguimento proposto. Previsão do término: Dezembro/2005


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Caracterização de práticas de risco para a infecção pelo HIV entre mulheres que freqüentam o Centro de Referência em DST/AIDS- “Herbert de Souza – Betinho’ para acompanhar pacientes HIV, buscar tratamento para DST ou procurar testagem sorológica para HIV Pesquisador principal: Robinson Fernandes de Camargo Médico Co-autores: Helena Maria Medeiros de Lima

Este projeto visa caracterizar preliminarmente esta população quanto a seus fatores de vulnerabilidade, como freqüência de relações desprotegidas, uso de drogas injetáveis e outras drogas, características das parcerias sexuais e histórico sexual e reprodutivo; percepção acerca das DST; entender a percepção desta população quanto a eventual participação em estudos de testes com vacinas e/ou microbicidas, o que permitirá avaliar a factibilidade de nosso serviço para participar como potencial sítio de ensaios com eventuais produtos vacinais; obter informações como os fatores de vulnerabilidade locais podem contribuir em estudos de modelagem matemática da epidemia nesta região, ainda pouco caracterizada, mas com importante prevalência de casos de AIDS. Estudar características comportamentais de mulheres em risco de infecção pelo HIV e DST que freqüentam o SAE DST/AIDS “Herbert de Souza- Betinho” em Sapopemba. A proposta inicial é de realização de 60 entrevistas em profundidade, com mulheres que procuram o SAE pela primeira vez, sem histórico de atendimento anterior em outras unidades específicas no atendimento de HIV/AIDS. Ainda tendo como objetivo a caracterização de suas práticas de risco, serão realizados cinco grupos focais para aprofundamento de temas considerados relevantes. Fase em que se encontra: O projeto foi submetido ao CEPSMS e aguarda parecer para início. Obs. Este projeto concorreu, através de Edital de Concorrência Pública, à financiamento pelo MS, e foi aprovado. Previsão do término: 6 meses a partir do início



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Da aparência à essência: o cuidado no cotidiano do portador do HIV Pesquisador principal: Girlene alves da Silva Enfermeira / professora da Faculdade de enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora Orientadora: Renata Ferreira Takahashi Defendida Fevereiro/2003

Unidades participantes: SAE DST/AIDS Santana e Instituições envolvidas: EEUSP - Universidade Federal de Juiz de Fora/Ècole des Etudes em Scienses Sociales (Ehess) - França Este estudo foi realizado empregando-se a metodologia qualitativa e objetivou caracterizar as representações sociais dos usuários portadores do HIV e das enfermeiras sobre a aids e o cuidado; identificar as relações existentes entre as representações sociais dos usuários portadores do HIV sobre o processo saúde-doença, o cuidado e o modo de enfrentar o adoecimento e identificar as relações entre as representações sociais das enfermeiras sobre o processo saúde-doença, o cuidado e o modo de cuidar do portador do HIV. A teoria das representações sociais foi utilizada como referencial teórico tendo as proposições de Moscovici, Jodelet, Herzlich, dentre outros, como norteadoras do processo de análise. O cenário do estudo foi o Serviço de Atendimento Especializado em DST/AIDS Santana, localizado no Bairro Santana na região norte da cidade de São Paulo, pertencente à rede especializada em DST/AIDS da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo SMS/SP. Na coleta dos dados utilizouse a entrevista semi-estruturada e para análise elegeu-se a análise de conteúdo, por meio do qual se buscou identificar os enunciados significativos, em cada fala, dos sujeitos participantes do estudo. Das falas, dois temas surgiram para análise, que foram nomeados de: 1. Os fios que tecem as representações sobre a aids e 2. Os fios que tecem a trama das representações sobre o cuidado. A AIDS continua suscitando representações neste universo pesquisado, como uma situação que causa desarranjos na vida cotidiana, na medida que ela ainda permite emergir sentimentos como: preconceito, discriminação, exclusão, o que torna o medo da solidão presente na vida cotidiana, desses portadores do vírus, que vivenciam a situação de ser e que são reforçados nas representações das enfermeiras que os assistem.Tanto as enfermeiras como os portadores do vírus trazem uma nova representação sobre a (re)significação do vírus, na


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qual sua presença agora não traz a emergência da morte. Essa nova (re)significação os coloca diante da possibilidade de cuidar e mantê-los na invisibilidade. Na perspectiva do cuidado, ambos consideram os avanços terapêuticos como aliados no enfrentamento do adoecimento, mas, anseiam pelo cuidado dado ou recebido, que seja capaz de perceber e valorizar outros aspectos importantes para continuar acreditando na possibilidade de enfrentar a epidemia. Para os usuários, a ausência de carinho, de toque e de um espaço para compartilhar suas dúvidas, angústias e expectativas, constitui um vazio na sua possibilidade de vir a ser alguém capaz de poder fazer. Da mesma maneira, as enfermeiras falam dos limites das suas ações e desejam oferecer um cuidado por meio do qual elas e os sujeitos-objeto de suas ações sejam capazes de se perceberem como parceiros e cúmplices no processo de cuidar. Fica para reflexão que o horizonte do cuidado deve-se localizar diante da possibilidade de transcender os limites postos como possíveis e pensar na reconstrução, na qual as necessidades humanas de saúde das pessoas devam orientar esse caminho, em que a arte ocupando seu lugar vai criar um espaço de convergência com a ciência e permitir a emergência da arte de cuidar, cuidado humano.

Fatores de risco para infecção do HIV em mulheres Pesquisador principal: José Eluf Neto Co-autores: Carla Gianna Luppi,Valéria Buscheri, Ester Sabino, Claudia Barreto Concluída: dezembro/1996

Unidades participantes: Centro de testagem e aconselhamento Henfil, PMSP-SMS, departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, Fundação Hemocentro de São Paulo e Fundação Maria Luíza Vidigal

Na segunda década da epidemia de HIV/AIDS ocorreu aumento significativo do número de mulheres com aids notificadas no sistema de vigilância, este aumento acompanhou-se da modificação da razão masculino/feminino.


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Objetivo geral: O objetivo principal deste trabalho foi analisar a associação dos principais fatores de risco com a infecção pelo HIV em mulheres atendidas em centro de testagem e aconselhamento. Objetivos secundários: Foram determinação da soroprevalência de HIV e sífilis, determinação dos subtipos do HIV das mulheres infectadas e a prevalência de hepatite B e C. Métodos: A população de estudo foi composta pelas mulheres atendidas no CTA-HENFIL. Foi realizado estudo inicial de avaliação da prevalência de HIV e sífilis de todas as mulheres atendidas no período de dezembro de 1989 a junho de 1995. Foram obtidas informações de comportamento sexual e características sociodemográficas de janeiro 1993 a junho de 1995. Os dados foram abstraídos dos prontuários e fichas de registro da unidade. Foi conduzido estudo caso-controle, com a aplicação de questionário estruturado para 100 mulheres infectadas pelo HIV (casos) e 200 mulheres não infectadas (controles). Para estimar o risco de infecção, foram calculados os odds ratio, utilizando análise multivariada. As mulheres encontraram-se em risco de infecção pelo HIV em decorrência das situações de exposição do parceiro único e das dificuldades contextuais relacionadas à negociação de preservativo: condições socioeconômicas, etnia, envolvimento em redes sociais de uso de drogas, e desigualdades de gênero. Publicado: Late diagnosis of HIV infection in women seekings counseling and testing services in São Paulo, Brazil. AIDS Patient Care and STDs, v. 15, n. 7, p. 391-397, 2001.


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Entre o corpo e a alma: As inter-relações do campo sanitário com o campo religioso Pesquisador principal: Sônia Maria de Almeida Figueira Assistente social/educador de saúde pública Orientador: Prof° Dr. Fernando Lefèvre FSP-USP agosto/2003

Unidades participantes: SAE DST/AIDS Jardim Mitsutani e Santana Objetivo: A presente investigação objetivou estudar as relações que se estabelecem entre AIDS e religião a partir dos campos sanitário e religioso. Buscou discutir a presença do fator religioso na vivência de portadores do HIV, entendendo esta presença dentro do contexto da relação que, historicamente, tem se estabelecido entre saúde e religião, fortemente evidenciada nas últimas décadas, principalmente com a atuação das igrejas ou ramos pentecostais. Métodos: Foi escolhida a metodologia de corte qualitativo e para a construção e análise dos discursos dos sujeitos envolvidos: portadores do HIV freqüentadores de igrejas pentecostais, profissionais de saúde que atendem portadores do HIV e religiosos pentecostais, utilizamos as figuras metodológicas que compõem a proposta do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Análises: Na análise dos discursos fica evidente a busca da religião após o conhecimento do diagnóstico de HIV, onde a doença é resignificada à luz do discurso religioso; discute-se a função que a religião tem exercido nestas situações, tanto no sentido do conforto e proteção ao indivíduo quanto à promessa de cura para este e outros males, ocupando um espaço de “terapia religiosa”. Conclusão: Conclui-se pela identificação de uma relação marcada pela harmonia e pelo conflito entre AIDS e religião, porém não se acredita, e portanto não se propõe, a superação deste conflito, mas a necessidade de aprofundar o conhecimento desta relação que é efetiva, visando uma convivência pautada pelo respeito as diferentes posturas próprias de uma sociedade pluralista.


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Prevalência de anemia em crianças de 0 a 3 anos acompanhadas no Centro de Referência DST/AIDS Penha do município de São Paulo Pesquisador rincipal: Juliana Siqueira Peccin Bacharelanda em nutrição Co-autores: Prof. Claudia C. Sarhud e Helga Fuchs Piloto Trabalho de conclusão de curso de estagiária de nutrição – Faculdade São Camilo Concluída: abril/2002

Unidade participante: CR DST/AIDS Penha Um dos problemas de saúde pública crescente nas duas ultimas décadas é a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima haver mais de 36 milhões de pessoas infectadas pelo vírus HIV em todo o mundo, sendo que 43% são mulheres, conseqüentemente nascem anualmente por volta de 7 mil crianças, filhas de mães vivendo com HIV/AIDS. Essas crianças recebem aleitamento artificial desde o nascimento, visto que o aleitamento materno aumenta o risco de infecção do bebê pelo HIV. Na maioria das vezes, a criança recebe o leite em pó integral que requer suplementação de micronutrientes, entre eles o ferro. O objetivo geral deste trabalho é verificar a prevalência de anemia ferropriva em filhos de mães vivendo com HIV/AIDS, com idade de 0 a 3 anos. Já os objetivos específicos são: avaliar o estado nutricional atual das crianças em estudo; verificar o peso ao nascer das crianças em estudo e prescrição de sulfato ferroso e; relacionar o estado nutricional, peso ao nascer e prescrição de sulfato ferroso com a presença de anemia ferropriva. Metodologia: O estudo foi realizado com 36 crianças, filhas de mães vivendo com HIV/AIDS, no período de dezembro/2001 a março de 2002. Foram coletados dados referentes a peso, estatura, peso ao nascer, valores de hemoglobina e prescrição de sulfato ferroso do registro feito no prontuário, na última consulta de cada criança. A análise de peso e estatura, foi feita através do escore Z, utilizando-se como parâmetro de referência dados do NCHS. Foi considerado recém nascido de baixo peso (RNBP), crianças nascidas com peso inferior a 2500g. O critério de diagnóstico de anemia foi recomendado pela OMS, que propõe 11g/d como


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valor crítico de concentração de hemoglobina, abaixo do qual considera-se a criança anêmica. A Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP) preconiza que seja feita a prescrição de sulfato ferroso de 1mg/Kg de peso/dia para crianças a termo, a partir do início do desmame até a criança completar dois anos. No caso de filhos de mães HIV positivas, essa suplementação deve ocorrer desde o nascimento. Resultados: Os resultados obtidos foram que os filhos de mães vivendo com HIV/AIDS não são mais susceptíveis a desenvolver anemia do que a população em geral, já que as prevalências de anemia nos dois grupos são similares. Com este trabalho foi possível detectar falhas na periodicidade dos exames de hemoglobina e na prescrição de sulfato ferroso, preconizada pela SES/SP. Além disso, confirmou-se dados bibliográficos de que o baixo peso é um grave fator de risco no surgimento da anemia. Diante disso, observou-se a necessidade de orientar médicos e mães sobre a importância do exame de hemoglobina e a prescrição correta de sulfato ferroso, além de reforçar a necessidade do acompanhamento nutricional destas crianças, para através de uma boa alimentação evitar o desenvolvimento da anemia e de outros distúrbios nutricionais. Período do Estudo: Dezembro/2001 a abril/2002


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O grupo operativo como procedimento de intervenção/investigação no trabalho de prevenção de DST/AIDS na cidade de São Paulo Pesquisador principal: Robson Colosio (NEPAIDS – Núcleo de Estudos para a Prevenção da AIDS do Instituto de Psicologia da USP) Psicólogo, mestrando em psicologia social pelo instituto de psicologia da USP Co-autores: Norman Hearst1, Maria Inês Assumpção Fernandes2, Denise Pimentel Bergamachi3, Ianni Régia Scarcelli4, Isabel Cristina Lopes5 1. University of California, San Francisco/USA 2. LAPSO – Laboratório de Estudos em Psicologia Social e Psicanálise do IPUSP 3. Faculdade de Saúde Pública da USP 4. Secretaria Municipal de Saúde/SP-LAPSO; 5. Centro de convivência e cooperativa do parque Ibirapuera – SVMA-PMSP Concluída: dezembro/2003

Unidades participantes: CTA Henfil e Santo Amaro Introdução: Este estudo propõe uma alternativa ao trabalho de prevenção de DST/AIDS dos serviços públicos de saúde, onde prevalece uma orientação pedagógica baseada na transmissão de informações sobre DST/AIDS via cursos, palestras ou debates, mas pouco permitem ao sujeito uma articulação consistente com suas representações afetivas e emocionais. População alvo: População de HSH (Homens que fazem Sexo com Homens), uma importante faixa da população que se tem infectado pelo HIV (23,5% de casos acumulados no período de 1990-2001), que enfrenta o estigma da homossexualidade e imputação como grupo disseminador do vírus, fatores que influenciam fortemente na sua auto-regulação frente à situação de risco. Objetivo: Avaliar o impacto do procedimento de intervenção do Grupo Operativo (GO), tal como definido por Pichon-Rivière, no trabalho de prevenção de DST/AIDS, além das representações e sentidos atribuídos ao fenômeno da AIDS.


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Metodologia: O estudo é de intervenção aleatorizada, com grupo controle. Os participantes foram distribuídos em quatro grupos A e B (intervenção) e C e D (controle) com 15 a 25 participantes cada. Todos os componentes dos grupos participaram de sessões de GO, em períodos diferentes de tempo. Os grupos C e D que inicialmente serviram como controle, após o término do estudo, por questões éticas, receberam a mesma intervenção dos grupos A e B. Um questionário foi aplicado em dois momentos a todos os grupos, com um intervalo de 6 meses entre eles. No momento 2, foram colhidos os dados para comparação entre grupos, sendo que somente os grupos A e B haviam recebido a intervenção neste período. Resultados: Participaram da fase final de análise dos dados 69 indivíduos (35 no grupo controle e 34 no de intervenção) com idade média de 30,6 anos. Grande parte (70%) dos participantes nasceu na Região Sudeste do país; 33% possuem o colegial (2° Grau) completo como nível de escolaridade. Quanto à renda per capita, 75% ganha até 3 salários mínimos. Os dados coletados estão sendo processados no sentido de avaliar o número médio de situações de risco (relação sexual com intercurso anal sem utilização de preservativo) para cada grupo e suas possíveis modificações ao longo do estudo.


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Monitoramento da emergência de variantes do HIV resistentes aos anti-retrovirais em uso no estado de São Paulo: impacto da terapia dupla no perfil de mutações Pesquisador principal: Luis Fernando de Macedo Brígido Médico, pHD Co-autores: Rosangela Rodrigues, MD – Instituto Adolfo Lutz – Lab. De retrovírus Margareth Eira, MD – Instituto de Infectologia Emílio Ribas Robinson Camargo, MD – SAE DST/AIDS “Herbert de Souza” – SMS/SP-PMSP Concluído: maio/2002

Unidades participantes: IIER; SAE DST/AIDS Herbert de Souza, Santa Casa de São Paulo, CR-DST/AIDS PM Ubatuba, HC – FMUSP Estudo da caracterização molecular do HIV em pacientes usando dupla terapia anti-retroviral, avaliando perfil de resistência genotípica. Introdução: Monitorar aspectos relacionados a variabilidade do HIV tem sido uma preocupação crescente do Instituto Adolfo Lutz, como colaborador em estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) há mais de uma década, contribuindo no entendimento da epidemiologia molecular do HIV circulante no País. Um aspecto relevante desta variabilidade é sua participação na resposta terapêutica aos medicamentos anti-retrovirais (ARV) caracterizando o perfil genotípico relacionado a falência terapêutica. Diferentes padrões genéticos de mutações têm sido associados ao favorecimento da replicação do HIV. Diversos esquemas terapêuticos são propostos e há uma parcela desta população em uso de terapia com análogos nucleosídeos, exclusivamente. Objetivo: Avaliar a prevalência de polimorfismos e mutações associadas a resistência medicamentosa, em pacientes que estão em uso de dupla e tripla terapia, o que pode contribuir na orientação de esquemas terapêuticos e orientar na terapia de resgate destas classes.


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Métodos: Um total de 41 pacientes em Terapia Dupla e 117 com outros padrões de exposição à terapia anti-retroviral foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz por Unidades de Saúde do Estado de São Paulo. Um total de 116 seqüências dos genes que codificam a protease e 111 da transcriptase reversa do HIV foram obtidas, por metodologia de sequenciamento genético viral e analisadas quanto ao perfil genotípico. Resultados: Um total de 158 pacientes com dados demográficos, clínicos, exposição às terapias antiretrovirais e quantificação de CD4+ e carga viral foram analisados neste estudo. Pacientes em uso de Terapia Dupla, população alvo, somaram 41 pacientes. Os pacientes que tomaram Terapia Dupla tem índices de ganho de CD4 e controle da replicação viral superiores aos dos outros pacientes em todas as avaliações. Uma avaliação superficial poderia sugerir uma maior eficácia desta modalidade de terapia. Nosso estudo não foi desenhado para avaliar pontualmente esta questão e a literatura tem vários estudos que não suportam esta afirmativa. Conclusão: Nosso estudo avalia que estes pacientes permanecerem em Terapia Dupla exatamente pelo sucesso terapêutico, como ganho de CD4 e boa evolução clínica. Estes parâmetros levaram os médicos a manterem estes tratamentos. Entre aqueles com evidências de má resposta, muitos mudaram para esquemas alternativos, em geral Highly Active Anti Retroviral Therapy (HAART), em algum momento durante a evolução. Se consideramos o menor custo destas medicações, a menor incidência de efeitos colaterais e a facilidade desta medicação, parece prudente estudos mais detalhados para caracterizar que pacientes podem se beneficiar da Terapia Dupla e como prever a falência destes medicamentos antes da emergência de um padrão de resistência que comprometa o resgate terapêutico. O impacto de medicamentos anti-retrovirais na evolução da variabilidade do HIV-1 tem repercussões sobre o paciente e a evolução do vírus circulante, importante questão em Saúde Pública.


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Epidemiologia molecular e patogênese da tuberculose em área metropolitana de São Paulo Pesquisador principal: Maria Alice da Silva Telles¹ Biólogo, especialista em Saúde Pública Co-autores: Lucilaine Ferrazoli¹, Carmen M. S. Giampaglia¹, Chang C. S.Waldman², Eliseu A.Waldman³, Iracema S. Heyn4. Carlos Alberto Silva5, M.Valéria Cruz5, Erica Chimara1, Vania Tieko¹, Lee W. Riley6 1Instituto Adolfo Lutz 2 Ambulatório de Especialidades do Tucuruvi 3 Faculdade de Saúde Pública 4 SAE DST/Aids Santana - SMS/SP 5 Laboratório Nossa Senhora do Ó – SMS/SP 6 Universidade da Califórnia - Berkeley Concluída: maio/2002

Unidades participantes: IAL, CR DST/AIDS Nossa Senhora do Ó, SAE Santana, Complexo Hospitalar do Mandaqui, FSPSP, Laboratório de Análises Clínicas Nossa Sra. do Ó A tuberculose (TB) continua sendo um grave problema de saúde pública em todo o mundo. O Estado de São Paulo, nos últimos anos vem notificando cerca de 18.000 a 21.000 casos novos anuais. O objetivo geral deste estudo foi compreender melhor os fatores biológicos do M. tuberculosis e características epidemiológicas relacionadas a dinâmica de transmissão da TB causada por cepas sensíveis ou resistentes às drogas incluídas nos esquemas terapêuticos propostos pelo programa voltado ao seu controle. Foram incluídos no estudo, pacientes com diagnóstico de TB pulmonar confirmado por cultura, atendidos em três unidades de saúde localizadas na zona norte do município de São Paulo, no período de 10 de março de 2000 a 31 de maio de 2002. As culturas positivas foram submetidas ao método de RFLP-IS6110, ao teste de sensibilidade às drogas antituberculose e ao nitrito de sódio 6mM. Os resultados deste estudo se encontram sob avaliação e estarão sendo encaminhados para publicação.


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Avaliação da qualidade da assistência ambulatorial nos serviços públicos de atenção à pessoas vivendo com HIV/ AIDS no Brasil Pesquisador principal: Maria Ines Battistella Nemes Médica sanitarista, professora, Dra. do departamento de medicina preventiva da Faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Co-autores: Regina Melchior, Elen Rose Lodeiro Castanheira, Cáritas Relva Basso, Maria Teresa Soares de Britto e Alves,Angela Aparecida Donini Concluída: agosto/2002

Unidades participantes: 322 Serviços de 7 estados (CE, MA, MS,PA, RS, RJ e SP) Os resultados do Programa de AIDS dependem da qualidade do cuidado prestado, especialmente no contexto de acesso universal à terapia tripla combinada de alto impacto (HAART). Este estudo objetivou avaliar a qualidade do cuidado de 322 serviços ambulatoriais que prestam cuidado a 72% (87.000) dos pacientes brasileiros em uso da HAART. As equipes dos serviços responderam 112 questões estruturadas que descrevem as características do serviço prestado, disponibilidade de recursos e de gerenciamento. Grupos focais e estudo piloto em 20 serviços definiram o questionário. As respostas foram classificadas em 3 escores: zero (baixo), 1 (médio) e 2 (alto). Os serviços foram classificados de acordo com as médias de todas as variáveis e foram agrupados baseados na técnica “K-means Cluster Analysis”. A análise foi validada por comparação com avaliação qualitativa realizada previamente em 27 serviços. O resultado mostrou médias altas nos indicadores de disponibilidades de medicamentos, teste laboratoriais e recursos humanos. Os indicadores mostraram que o processo do cuidado e a gerência técnica têm médias baixas. A média geral dos serviços foi 1,128 (56% do máximo), a menor foi 0,563 (28%) e a maior foi 1,680 (84%). A análise das K’Médias distinguiu quatro grupos de qualidade. O melhor grupo inclui 76 serviços (23,6%), o segundo 53 (16,4%), o terceiro 113 (35%) e o pior 80 (24,8%). Estes resultados foram discutidos com administradores e profissionais do Programa de Aids. Eles serão usados para desenvolver um guia de condutas a ser disponibilizado pela Internet para ajudar os gerentes a monitorar a qualidade do cuidado em todo o país.


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AIDS, gravidez, parto e decisões reprodutivas Pesquisador principal: Regina Maria Barbosa Médica com doutorado em saúde coletiva Co-autores: Daniela Riva Knauth - Núcleo de Pesquisa em Antropologia do Corpo e da Saúde, UFRGS, Kristine Hopkins - Population Research Center, UniversiDade do Texas Concluído: 2002

Unidade participante: SAE DST/AIDS Fidélis Ribeiro Este projeto tem por objetivo identificar os fatores que interferem nas escolhas reprodutivas de gestantes HIV positivas em duas cidades brasileiras, focalizando, em particular, o papel desempenhado pelos serviços de saúde e pela cultura médica nessas escolhas. O desejo e a realização de laqueadura tubária pós-parto constituem os eventos reprodutivos tomados como questões de análise. Os dados apresentados resultam de uma pesquisa desenvolvida em serviços de pré-natal nas cidades de São Paulo e Porto Alegre, que utilizou um desenho que combinou duas estratégias metodológicas: quantitativa, por meio da análise de dados contidos em 427 prontuários clínicos de gestantes atendidas nos serviços, e qualitativa, por meio da observação etnográfica e realização de 60 entrevistas em profundidade. Embora os resultados não possam ser generalizados para toda a população de gestantes HIV positivas no Brasil, essas tendem a ter taxas mais elevadas de esterilização que as mulheres não infectadas. A grande maioria de mulheres entrevistadas nas duas cidades manifestaram o desejo de realizar a esterilização depois do parto. Entretanto, uma proporção muito maior de mulheres em São Paulo atingiram sua meta comparadas a uma pequena proporção em Porto Alegre. A cultura médica local com relação à laqueadura aliado à organização da prática de assistência ao pré-natal e parto se mostraram fatores fundamentais para compreender as diferenças encontrada nas duas cidades. Publicado: Interfaces (2002), Reproductive Health Matters (2003), Cadernos de Saúde pública 2003


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Avaliação do uso do preservativo feminino em São Paulo Pesquisador principal: Suzana Kalckmann Bióloga, especialização em saúde pública, USP e mestrado em epidemiologia, UNIFESP. Co-autores: Renato Barboza

Introdução: O perfil da AIDS exige que se promova e implemente alternativas, como o preservativo feminino, que facilitem a negociação com o parceiro e possibilitem dupla proteção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/AIDS e gravidez não desejada. Estudos mostram que ele pode ter alta aceitação inicial, desde que disponibilizado adequadamente. Contudo não respondem sobre a sua continuidade de uso e aderência a médio e/ou longo prazo. Objetivos: Obter subsídios às futuras ações programáticas tais como: ações educativas, compras, critérios para priorização de serviços e disponibilização do método, etc. Métodos: Foi realizado o seguimento das mulheres que desejaram experimentar o método, por 12 meses, através de registro em serviços (ficha específica), a partir da sua disponibilização no Estado de São Paulo, em 2000. Foram selecionadas 49 unidades, (unidades básicas, ambulatório de saúde da mulher, serviços de atenção especializada a DST/AIDS e projetos comunitários). As unidades da PMSP que participaram foram Cidade Líder, Santana, Fidélis Ribeiro, Freguesia do Ó, Jardim Mitsutami, que foram treinadas e iniciaram o processo em junho de 2000. O estudo foi aprovado pelo CEP do Instituto de Saúde, SES, as unidades envolvidas receberam o banco de dados referente às suas usuárias. Resultados: Considerando as unidades da PMSP, foram incluídas 348 mulheres, das quais 284 com sorologia positiva para o HIV; com idade média de 31,8 anos (+7,6) e número médio de relações/mês de 8,15 (+11,4), 88,5% afirmavam ter parceiro fixo e 64.7% residir com os parceiros; 22,4% referiram outra DST no último ano.


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Conclusão: Foi necessário um trabalho inicial de sensibilização para as equipes, pois identificamos profissionais resistentes ao novo método. Observou-se que cerca de 7,5% das usuárias se mantiveram em uso, aos 6 meses, essa continuidade foi heterogênea, variando de acordo com a unidade considerada, de 5% a 15%. Evidenciou que há uma demanda para alternativas de prevenção. Indica também que para a incorporação do preservativo feminino ao cotidiano dessas mulheres é fundamental que se desenvolva espaços onde elas possam ter acesso ao insumo, orientações adequadas, troca de experiências com uma perspectiva de exercício de cidadania. E que se propicie capacitações de suporte às equipes das unidades de saúde.


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A comunicação do resultado do teste HIV positivo no contexto do aconselhamento sorológico: a versão do cliente Pesquisador principal: Diva Maria Faleiros Camargo Moreno Psicóloga/educadora de saúde pública-especialização e mestrado em saúde sública Orientador: Prof° Dr.Alberto Álvaro Advíncula Reis, FSP/USP

Unidades participantes: CTA Henfil e CTA Santo Amaro Introdução / Objetivo: O presente estudo tem por objetivo investigar se o aconselhamento sorológico realizado nos Centros de Testagem e Aconselhamento em DST e AIDS do Município de São Paulo possibilita que o cliente seja escutado em suas preocupações e sentimentos decorrentes da comunicação do resultado positivo para o HIV, e se fornece os subsídios necessários para que possa lidar com sua situação de risco, adotando práticas sexuais mais protegidas. O campo de pesquisa é o aconselhamento sorológico, espaço no qual se processa a comunicação do resultado do teste anti-HIV. Métodos: São critérios de inclusão de voluntários na pesquisa: ter 18 anos ou mais, ter resultado positivo para o HIV no teste Elisa e Whestern Blot (WB) ou Imunofluorescência, ter recebido o resultado do primeiro teste positivo em um CTA/CPA, ter assinado o TCLE. O estabelecimento do limite de voluntários se dará em função da qualidade dos dados obtidos. O trabalho de levantamento de dados utilizará a entrevista como técnica de coleta, em momento posterior à comunicação do resultado do teste HIV positivo. Para organizar os dados será utilizada a técnica de análise de conteúdo por entrevista, efetuando uma leitura dirigida pelos objetivos presentes no estudo, procurando identificar como o discurso se organiza. Pretende-se que essa análise possa revelar o processo psicológico que se operou no momento do aconselhamento pós-teste, entre o sujeito de pesquisa e o profissional de saúde, fornecendo subsídios para melhorar a qualidade desse serviço prestado à população. Previsão término: Dezembro/2005


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A Linguagem da violência nos programas e serviços de saúde em DST/AIDS Pesquisador principal: Drausio Vicente Camarnado Junior Psicólogo Orientadora: Profª Drª Wilza Vieira Villela CIP-SES/SP Instituto de Saúde – Área de Concentração em Saúde Coletiva

Unidades participantes: PM de DST/AIDS de São Paulo, CTA Henfil, SAE DST/AIDS Butantã, Sapopemba, Ipiranga e Santana, CE de DST/AIDS de São Paulo, CN de DST/AIDS – Ministério da Saúde. A violência é uma constante na história da humanidade, mas recentemente, no campo da saúde, tem ocupado a atenção dos estudiosos e pode ser concebida como um fenômeno social complexo, de grande magnitude. Sua compreensão exige antes de tudo, o reconhecimento de que se trata de um fenômeno mundial, histórico e multifatorial, enredado às questões macrossociais e estruturais. Resulta, portanto, num fenômeno de conceituação complexa, gerando inúmeros embates e controvérsias entre os variados campos do saber, fazendo emergir a polissemia de repertórios quando dos discursos concernentes ao tema. Objetivo geral: O objetivo desta pesquisa é buscar conhecer os repertórios interpretativos utilizados pelas pessoas sobre o fenômeno da violência, mais especificamente, no campo da saúde, nos programas e serviços de DST/AIDS e quais são os possíveis sentidos produzidos por esses diferentes interlocutores, acerca deste fenômeno. Objetivos específicos: 1- Quais são as possíveis convergências e divergências discursivas entre os distintos interlocutores, com relação a este fenômeno; 2- Buscar apontar possíveis estratégias de intervenção para o enfrentamento do fenômeno da violência nos programas e serviços de saúde em DST/AIDS.


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Análise: Optamos por uma abordagem teórico-metodológica alicerçada no construcionismo social e na análise das práticas discursivas e produção de sentidos no cotidiano. A partir da análise de associações de idéias construídas durante as entrevistas, será possível identificar os repertórios utilizados na construção dos sentidos sobre a violência, bem como, a circulação desses repertórios no cotidiano dos profissionais e dos usuários. Pretende-se utilizar como procedimentos de coleta e análise de dados, a discussão da evolução dos discursos sobre violência na literatura, bem como, a caracterização dos contextos das práticas dos profissionais em DST/AIDS. Serão ainda, realizadas entrevistas com profissionais dos níveis: federal, estadual, municipal, gerentes e executores de serviços e com usuários, buscando conhecer os repertórios utilizados para o fenômeno-violência, bem como, seus possíveis sentidos.Ao circunscrever este estudo sobre a violência na arena das DST/AIDS, o tema assume relevância porque a pandemia HIV/AIDS desvela os comportamentos ditos privados, trazendo à cena, (des) conhecidas questões - entre elas a sexualidade, o uso de drogas e a morte - que rondam o imaginário social há centenas de anos, e que certamente, apresentam-se evocados, enunciados e anunciados quando da emergência das tensões e conflitos nos programas e serviços de saúde. Não obstante, nos parece promissor investigar o fenômeno - violência dentro do próprio campo das DST/AIDS, uma vez que, inspirado nas proposições inovadoras que o enfrentamento da epidemia HIV/AIDS tem apresentado, esperamos contribuir com a elaboração e o desenvolvimento de estratégias, visando também, a redução da violência nesses programas e serviços, e conseqüentemente seus impactos sobre a saúde dos cidadãos. Espera-se, portanto, oferecer subsídios para possíveis re-significações por parte dos profissionais e usuários acerca do fenômeno violência no campo da saúde. Palavras Chave: Violência, saúde, programas e serviços em DST/AIDS, construcionismo social, produção de sentido. Previsão do término: 2004


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Adolescente portador do HIV/AIDS: construção do sujeito sexual Pesquisador principal:Andrea Paula Ferrara Enfermeira Orientador: Profº Dr. Ivan França Jr. - FSPSP

Unidades participantes: SAE DST/AIDS Butantã, Herbert de Souza – Sapopemba, Fidélis Ribeiro, Jardim Mitsutami e Santana O objetivo deste estudo é compreender o que o jovem portador do Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS) pensa, sente e como age frente à vivência da sexualidade. Os jovens de ambos os sexos, serão selecionados para participar desde que tenham: conhecimento de seu diagnóstico, adquirido o vírus por transmissão perinatal ou transfusão sanguínea quando criança, idade entre 13 e 21 anos. Será um estudo qualitativo, onde serão realizadas entrevistas em profundidade, com auxílio de um roteiro com questões norteadoras. As entrevistas serão realizadas pela pesquisadora, gravadas e, posteriormente, transcritas. Para a análise será necessária leitura exaustiva dos relatos, fragmentação de seus elementos fundamentais (unidades de sentido), que serão agrupadas em categorias. Serão feitas, então, articulações entre os dados levantados e os referenciais da pesquisa com base em seu objetivo. Previsão do término: 2º Semestre/2004


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Imunidade humoral em AIDS pediátrica durante monitoramento de terapia antiretroviral combinada Pesquisador principal: Raquel Bellinati Robert Pires1,: Coordenadoras do projeto: Raquel Bellinati Robert Pires1, Carmem Aparecida de Freitas Oliveria2 1 Biomédica – doutora em ciências (área de imunologia) pelo instituto de ciências biomédicas da USP 2 Biomédica – aluna do programa de pós-graduação da coordenação dos institutos de pesquisa da secretaria de Estado da Sáude de São Paulo Autores: Carmem Aparecida De Freitas Oliveira (1)*, Thais De Souza Lima (2)*, Dulce Helena Mendes Xavier**, Mônica Candida Georgete Scola*, Gloria Maria Ferreira Ribeiro**, Raquel Bellinati Robert Pires*

Unidades participantes: * Serviço de microbiologia – Imunologia do Instituto Adolfo Lutz ** Serviço de Ambulatório de Especialidades – CR-DST/AIDS Cidade Lider II Observação: As autoras Carmem Aparecida de Freitas Oliveira (1) e Thais de Souza Lima (2) são alunas do Programa de pós-graduação da CIP- SES/SP - IS (sob orientação de Raquel Bellinati Robert Pires) e possivelmente utilizarão os resultados obtidos nos objetivos (I) e (II) do projeto, respectivamente, como temas de suas dissertações de mestrado. Outros colaboradores: Grupo de citometria de fluxo (avaliação de CD4 e CD8) do Instituto Adolfo Lutz; Grupos de avaliação de carga viral do Instituto Adolfo Lutz e laboratório de saúde pública em DST/AIDS - Brooklin. Introdução: O papel da resposta imune humoral na infecção causada pelo HIV tem sido alvo de discussão há muitos anos. Entre as alterações imunológicas observadas no curso do processo infeccioso, observa-se um desequilíbrio acentuado na produção de anticorpos, levando a concentrações elevadas de imunoglobulinas no plasma ou modificando as propriedades de anticorpos recém produzidos para outros antígenos. Além disto, a funcionalidade dos anticorpos específicos produzidos contra os antígenos do próprio HIV não está claramente definida e pouco se sabe sobre a real proteção da resposta humoral nas imunizações contra patógenos oportunistas em pacientes com AIDS.


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Em crianças HIV positivas, há o agravo da imaturidade imunológica, que contribui para a ineficiência da resposta anticórpica, principalmente contra bactérias capsuladas. É importante ressaltar que grande parte das informações disponíveis na literatura toma como base dados quantitativos, obtidos pelas determinações dos níveis de anticorpos específicos no soro; a análise funcional da resposta de anticorpos em crianças contra diferentes patógenos tem sido pouco explorada. Objetivo: - Avaliar funcionalmente a imunidade humoral de crianças infectadas pelo HIV, submetidas à terapia antiretroviral combinada quanto a: I) Resposta de anticorpos para o HIV – analisando a especificidade e avidez contra proteínas estruturais do vírus, e II)Resposta de anticorpos para outros microrganismos capsulados e não capsulados- analisando a capacidade opsonizante para fagocitose; - Correlacionar a resposta humoral com a evolução clínica dos pacientes e com demais marcadores laboratoriais de progressão da doença, utilizados atualmente no monitoramento da terapia antiretroviral. Casúistica e métodos: Serão estudadas 30 – 50 crianças HIV positivas (transmissão vertical), de 2 a 13 anos de idade, em seguimento (de no mínimo 1 ano) no Serviço de Assistência de Especializada em SAE DST/AIDS Cidade Lider II. As amostras de sangue das crianças serão submetidas às avaliações: - da especificidade e da avidez de anticorpos contra antígenos do HIV, utilizando ensaios imunoenzimáticos (ELISA e Western blot); - imunofenotipagem de linfócitos por citometria de fluxo (CD4 e CD8); - da carga viral; - dos níveis de classes de imunoglobulinas séricas; - dos níveis de anticorpos específicos (por ELISA) contra bactérias (Streptococcus pneumoniae, entre outras) e da capacidade opsonizante desses anticorpos em ensaios de fagocitose. A avaliação laboratorial terá o acompanhamento clínico, o qual incluirá a abordagem terapêutica antiretroviral e a profilaxia de infecções oportunistas, considerando o estado clínico dos pacientes no ato da coleta das amostras, o estudo retrospectivo associado à epidemiologia e avaliação da evolução clínica de pelo menos seis meses após a última coleta. Previsão do término: Dezembro/2005


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Rede nacional de isolamento e caracterização do HIV Pesquisador principal: Dr.Amilcar Tanuri Formado em medicina pela UFRJ, mestrado e Doutorado pela UFRJ, Sabatina no CDC (EUA), Professor Adjunto, Departamento de Genética, UFRJ Co-autores: Soares MA, Brindeiro RM, Diaz RS, Sabino EC, Morgado MG, Pires IL, Brigido L, Oliveira SM, Barreira D, Grangeiro A.

Unidades participantes: • Depto. de Genética, UFRJ, Rio de Janeiro; • Depto. de Retrovirologia, UNIFESP, São Paulo; • Hemocentro de São Paulo, USP, São Paulo; • Instituto Adolfo Lutz, São Paulo; • Instituto de Biologia do Exército, Rio de Janeiro; • Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro; • Programa Nacional de DST/AIDS, Ministério da Saúde, Brasília; • Hospital Pedro Ernesto, UERJ, Rio de Janeiro; • 70 CTAs distribuidos pelo território brasileiro (inclui o CTA Henfil - SMS-SP). Introdução: Uma grande preocupação em saúde pública no tratamento de HIV/AIDS é a transmissão de cepas do HIV resistentes às drogas, que podem ameaçar a eficiência de regimes de tratamento iniciais. De fato, tal transmissão ocorre e relatos recentes mostram uma proporção variável de pacientes virgens de tratamento infectados por vírus que carregam algum grau de resistência genotípica e/ou fenotípica para inibidores de protease e de transcriptase reversa. Objetivos: Estudar a prevalência de mutações de resistência a drogas e a distribuição de subtipos do HIV na população virgem de tratamento brasileira.


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Métodos: O RNA viral plasmático será extraído de 535 pacientes HIV-positivos.As regiões genômicas da protease (PR) e da transcriptase reversa (RT) serão sequenciadas para determinação do subtipo e para a análise das mutações de resistência às drogas. Fase em que se encontra: Em processo de submissão ao Comitê Nacional de Pesquisa (CONEP). Previsão do término: Início/2005

Projeto sentinela de resistência do HIV - vigilância do aparecimento de cepas do HIV resistentes aos ARV por rede sentinela nacional Pesquisador principal: Dr.Amilcar Tanuri Médico, mestre e doutor pela UFRJ, Sabatina no CDC (EUA), professor Adjunto, departamento de genética, UFRJ Co-autores: Brindeiro RM, Diaz RS, Sabino EC, Morgado MG, Pires IL, Brigido L, Dantas MC, Barreira D,Teixeira PR

Unidades participantes: • Depto. de Genética, UFRJ, Rio de Janeiro; • Dapto. de Retrovirologia, UNIFESP, São Paulo; • Hemocentro de São Paulo, USP, São Paulo; • Instituto Adolfo Lutz, São Paulo; • Instituto de Biologia do Exército, Rio de Janeiro; • Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro; • Programa Nacional de DST/AIDS, Ministério da Saúde, Brasília; • Hospital Pedro Ernesto, UERJ, Rio de Janeiro; • 14 CTAs distribuidos pelo território brasileiro, sendo os de São Paulo: Henfil, Santo Amaro, São Miguel Paulista, Pirituba e CPA Lapa.


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Introdução: Uma grande preocupação em saúde pública no tratamento de HIV/AIDS é a transmissão de cepas do HIV resistentes às drogas, que podem ameaçar a eficiência de regimes de tratamento iniciais. De fato, tal transmissão ocorre e relatos recentes mostram uma proporção variável de pacientes virgens de tratamento infectados por vírus que carregam algum grau de resistência genotípica e/ou fenotípica para inibidores de protease e de transcriptase reversa. Objetivos: Estudar a prevalência de mutações de resistência a drogas e a distribuição de subtipos do HIV na população virgem de tratamento brasileira. Métodos: O RNA viral plasmático foi extraído de 535 pacientes HIV-positivos. As regiões genômicas da protease (PR) e da transcriptase reversa (RT) foram sequenciadas para determinação do subtipo e para a análise das mutações de resistência às drogas. Resultados: Oito amostras (2,24 %) mostraram mutações primárias relacionadas à resistência aos inibidores de PR (IP), oito (2,36%) a inibidores nucleosídicos da TR (INTR) e sete (2,06%) a inibidores não-nucleosídicos da TR (INNTR). Mutações acessórias foram encontradas no gene da PR nas seguintes posições: L63P/V/T/A/I [153/345 (44,3%)], M36I/L [149/345 (43,2%)], L10I/F/V [82/345 (23,8%)], V77I [60/345 (17,4%)], A71V/T [11/345 (3,2%)], K20M/R [10/345 (2,9%)], and V82I [4/345 (1,2%)]. Mutações conhecidamente associadas à sensibilidade reduzida a INTRs e INNTRs (V118I, E44D, K219R, T69A, e V75L) foram encontradas em baixa prevalência (0,6-2,4%). Uma alta proporção dos isolados do subtipo C foi encontrada nos estados da região Sul.Vírus do subtipo F foram os variantes não-B predominantemente encontrados no resto do país. Conclusões: O Brasil possui uma baixa prevalência de cepas resistentes do HIV circulando entre indivíduos recentemente diagnosticados. Entretanto, houve um aumento nestas taxas quando comparadas com estudos similares no Brasil de 1996 a 1998. A continuidade dos levantamentos é requerida para detectar tendências nessas taxas, mas a testagem de genotipagem rotineira em populações virgens de tratamento não é necessária no Brasil.


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Fase em que se encontra: Início da segunda fase. Previsão do término: Primeira fase concluída em 2003; segunda fase prevista para início/2004 e término em 2005. Publicado: AIDS – Vol. 17 A, 2003, p.1063-1069 - 2003

Viabilidade de testes de vacinas anti-HIV/AIDS entre homens e mulheres heterossexuais, sob alto risco no Rio de Janeiro e em São Paulo, Brasil Pesquisador principal em São Paulo:Artur Kalichman Co-pesquisador principal: Regina Maria Barbosa Médico sanitarista, mestre em medicina preventiva

Unidades participantes: A participação SMS-SP consiste em encaminhar potenciais voluntários atendidos nos CRs, SAEs e CTAs da SMS para o CRT-DST/AIDS, local onde a pesquisa se desenvolve Desenho: Coorte prospectiva de 400 homens e mulheres heterossexuais sob alto risco de infecção pelo HIV (100 homens e 100 mulheres em cada local do estudo), com um período de 6 meses de recrutamento e 12 meses de acompanhamento para cada indivíduo. Duração do estudo: O recrutamento durará 6 meses. Cada participante completará um ano de acompanhamento. Conseqüentemente, o estudo deverá estar finalizado em aproximadamente 18 meses.


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Objetivos primários: 1. Estabelecer uma coorte de 100 mulheres e 100 homens, heterossexuais e sob alto risco para infecção pelo HIV, em São Paulo e no Rio de Janeiro; 2. Determinar os fatores de risco dos indivíduos recrutados; 3. Estimar, nos meses 6 e 12, as taxas de adesão desta população; 4. Determinar o desejo desta população em participar de testes de vacina para AIDS. Fase em que se encontra: Final da etapa de recrutamento. Até o momento foram incluídos 100 mulheres e 80 homens em São Paulo. No Rio de Janeiro a etapa de recrutamento já foi encerrada. Previsão do término: Dezembro/2004

Prevalências e freqüências relativas das DST no Brasil Pesquisador principal: Fábio Moherdaui Médico sanitarista, epidemiologista Responsáveis no Estado e Cidade de São Paulo, respectivamente: Elisabeth Onaga e Orival Silva Silveira

Unidades participantes: SAE DST/AIDS Campos Elíseos, AE Penha (SMS/SP) e PAM Várzea do Carmo Introdução: As doenças sexualmente transmissíveis (DST) é um dos agravos que atingem a Saúde Pública Mundial, com destaque para os países em desenvolvimento. Enfoca-se, neste trabalho, as prevalências e freqüências relativas das DST nas seguintes áreas de intervenção geográfica: Regiões metropolitanas das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro – Região Sudeste, Porto Alegre – Região Sul, Goiânia – Região Centro-Oeste, Fortaleza – Região Nordeste e Manaus - Região Norte. Buscou-se como população alvo gestantes, industriários, homens e mulheres com sintomas e/ou sinais de DST.


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Este estudo busca contribuir com a disseminação de informações sobre DST, oferecendo maior suporte técnico Para os laboratórios de saúde pública, e os Serviços de Referências em DST/AIDS. Objetivos Gerais: • Prover informações para uma linha de base sobre a distribuição das principais DST e dar subsídios para a implantação de um futuro sistema de monitoramento e para o planejamento de ações de intervenção; • Introduzir novos métodos e capacitar laboratórios de saúde publica e serviços que sejam referência para a rede na utilização de testes para DST baseados em técnicas moleculares; • Introduzir e disseminar nos serviços de saúde a utilização de novos testes não treponêmicos para sífilis; • Revalidar o método de manejo sindrômico das DST por meio da determinação da sensibilidade e valor preditivo positivo dos fluxogramas desenvolvidos e já validados. Objetivos específicos: • Determinar, em gestantes, a prevalência de sífilis, gonorréia, clamídia, tricomoníase, hepatites B e C, herpes simples 2 e HPV. Segundo as normas estabelecidas, será oferecido o teste anti-HIV, porém os resultados não se prestarão à determinação da prevalência do HIV nessa população; • Determinar, em industriários do sexo masculino, a prevalência de sífilis, gonorréia, clamídia, tricomoníase, hepatites B e C e herpes simples 2; • Determinar, em homens e mulheres com sintomas e/ou sinais de DST, as prevalências de HIV, sífilis, gonorréia, clamídia, tricomoníase, herpes simples 2, HPV, hepatites B e C; • Determinar, em homens e mulheres com sintomas e/ou sinais de DST, nas respectivas síndromes, as freqüências relativas de gonorréia, clamídia, sífilis, herpes simples, cancro mole, tricomoníase, vaginose bacteriana, candidíase e os principais subtipos de HPV de alto e baixo risco de câncer; • Identificar os fatores de risco para aquisição das diferentes DST nessas populações. Material e métodos: Estudo transversal com componentes descritivos e analíticos. Uma vez que se pretende obter informação com características de validade para todo o país, para facilitar a obtenção de uma amostra suficiente em um curto espaço de tempo, optou-se por um estudo multicêntrico a ser executado em 6 capitais de estados representativos das macrorregiões do país.


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População-alvo: • Gestantes, em primeira consulta pré-natal, independentemente da idade e período gestacional, que não tenham sido tratadas com antibióticos, ou feito uso de qualquer substância química intravaginal nos últimos 15 dias. N = 3.600 (600 por cidade), para uma prevalência estimada de 2,5% para a infecção menos freqüente, com erro aceitável de 0,5%, intervalo de confiança de 95% • Industriários, do sexo masculino, das linhas de produção de micro e pequenas indústrias (até no máximo 99 empregados) dos seguintes setores da indústria de transformação: metalúrgicas, têxteis, calçadistas, eletro/eletrônicas, alimentícias, bebidas e gráficas, que sejam sexualmente ativos, que não tenham ingerido antibióticos nos últimos 15 dias. N = 3.600 (600 por cidade), para uma prevalência estimada de 2,5% para a infecção menos freqüente, com erro aceitável de 0,5%, intervalo de confiança de 95%. • Homens e mulheres com sintomas e/ou sinais de DST, de qualquer faixa etária, em primeira consulta para o problema atual, que não tenham recebido tratamento ou utilizado por conta própria qualquer antibiótico ou tratamento tópico nos últimos 15 dias. Serão excluídos aqueles que conhecerem sua soropositividade para o HIV ou, por esse motivo, estiverem em acompanhamento pelo serviço. − homens com sintomas de uretrite: n = 600 (100 por cidade), para uma prevalência esperada de 15% para a infecção menos freqüente, erro aceitável de 3%, intervalo de confiança de 95%. − homens e mulheres com ulceração genital: n = 720 (no máximo 100 homens e, no mínimo, 20 mulheres por cidade), para uma prevalência esperada de 20% para a infecção menos freqüente, erro aceitável de 3%, intervalo de confiança de 95%. − mulheres com corrimento vaginal: n = 2.520 (420 por cidade), para uma prevalência esperada de 7% para a infecção menos freqüente, erro aceitável de 1%, intervalo de confiança de 95%. − homens e mulheres com verrugas anogenitais: n = 720 (60 homens e 60 mulheres por cidade), para uma prevalência esperada de 20% para a infecção menos freqüente (subtipos de alto risco), erro aceitável de 3%, intervalo de confiança de 95%. Em cada cidade: • será identificado e implementado um laboratório de saúde pública que seja referência da rede, para o processamento das amostras coletadas; em duas das cidades (Rio e S. Paulo) integrarão o estudo dois laboratórios, um para sorologias e outro para biologia molecular;


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• serão identificadas duas clínicas de pré-natal; • serão selecionadas tantas indústrias quantas forem necessárias para o alcance da amostra.As empresas devem ser de pequeno porte, não podem ter serviço médico no local, nem tampouco programas permanentes de prevenção de qualquer tipo e devem pertencer aos seguintes setores da indústria de transformação: metalúrgicas, têxteis, calçadistas, eletro/eletrônicas, alimentícias, bebidas e gráficas; • serão identificados dois serviços de referência que atendam regularmente casos de DST segundo as normas do Ministério da Saúde, para que se possa alcançar o total de amostras previstas e para o atendimento, em referência, dos eventuais casos de DST detectados nas outras populações investigadas. Esses serviços deverão ter capacidade para a realização de alguns exames de laboratório simples, como a fresco e Gram. Previsão do término: Março/2004

A evolução da RENAGENO no município de São Paulo Pesquisador principal: Maria Cândida Souza Dantas – PN-DST/AIDS – MS/Brasil Co-autores: Rosana Del Bianco & Ricardo Sobhie Diaz

Unidades participantes: Todos os serviços especializados em DST/AIDS da SMS/SP Introdução: Em consonância com o Sistema Único de Saúde, o Ministério da Saúde através do Programa Nacional de DST/AIDS adotou uma política de acesso universal ao tratamento com antiretrovirais para todos os portadores de HIV com indicação, segundo os critérios estabelecidos pelos Comitês Técnicos Assessores, desde o início da década de 90, consolidada pela Lei 9313 - novembro/1.996. Esta política bem sucedida é reconhecida no mundo, como modelo para o tratamento de HIV/AIDS para os países em desenvolvimento, com importante redução de morbidade e mortalidade por AIDS, propiciando ainda o aumento da sobrevida dos portadores do HIV, bem como melhora da qualidade de vida destes. Entretanto, diariamente o HIV sofre


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inúmeras mutações, algumas capazes de induzir resistência aos anti-retrovirais, levando portanto à falha terapêutica. Uma metodologia de biologia molecular, a Genotipagem do HIV-1, foi desenvolvida e permite determinar o genoma do HIV que predomina em um determinado portador. Este genoma é comparado a um padrão, possibilitando determinar as mutações presentes naquela amostra. Algoritmos reconhecidos internacionalmente são usados para indicar os codons mutantes que determinam resistência aos anti-retrovirais, possibilitando que a interpretação da genotipagem conduza à escolha do esquema anti-retroviral mais adequado a cada indivíduo testado. Objetivo: a) Avaliar o impacto do acesso ao teste de genotipagem na evolução clínica, imunológica e virológica de pacientes HIV +, em tratamento com anti-retrovirais, nos serviços de DST/AIDS da SMS do Município de São Paulo; b) Estimar a prevalência de mutações e sua associação a variáveis como: exposição prévia a anti-retrovirais e aos esquemas terapêuticos em uso no momento da coleta nos serviços de DST/ AIDS da SMS do Município de São Paulo; c) Contribuir na escolha do(s) esquema(s) terapêutico(s) de indivíduos com falência ao tratamento anti-retroviral vigente no momento da coleta. Previsão do término: Aguarda aprovação do teste pelo FDA e ANVISA


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Um estudo controlado, duplo cego e randomizado de um leite de densidade calórica aumentada para recém-nascidos e seus efeitos no crescimento e status nutricional em recém-nascidos infectados por HIV - versão 2.0, de 29 de agosto de 2001 Pesquisador principal: Marinella Della Negra Médica Co-autores:Wladimir Queiroz,Yu Ching Lian, Denise Peluso Pacola, Caetano Soraggi Neto,Ana Paula Gomes Pochini.

Unidades participantes: Co-Diretores de Protocolo, Harland Winter, M.D.; email: winter.harland@mgh.harvard.e du; Ross E. McKinney, M.D.; email: mckinn01@fstrf.org; James M. Oleske, M.D., M.P.H.; email: oleskejm@umdnj.edu; Representante Médico do NIAID, James McNamara, M.D.; email: jmcnamara@niaid.nih.gov; Representante Médico do NICHD, Jack Moye, M.D.; email: jm178b@nih.gov; Especialista em Testes Clínicos, Shiara M. Ortiz-Pujols, B.A; email: sortiz-pujols@s-3.com; Farmacêutica do Protocolo, Lynette Purdue, Pharm. D.; email: lpurdue@niaid.nih.gov; Estatísticos do Protocolo, Michael Hughes, Ph.D.; email: mhughes@sdac.harvard.edu; Christine Powell, M.A.; email: chris@sdac.harvard.edu; Gerente de Dados do Protocolo, Lynne Strusa; email: strusa.lynne@fstrf.org; Representante de Campo, Nancy Calles, R.N.; email: calles.nancy@fstrf.org; Representante de Companhias Farmacêuticas, Mr. James C. Phillips/Mr. David R. Wolf; email: david.wolf@rossnutrition.com; Consultor em Antropometria/DEXA, Winston Koo, M.B., B.S.; email:wkoo@wayne.edu. Desenho: Este é um ensaio multicêntrico, randomizado, duplo cego, de intervenção de fórmula enteral para avaliar o efeito de uma fórmula de densidade calórica aumentada para recém-nascidos sobre o crescimento e o estado nutricional de recém-nascidos infectados por HIV. Uma coorte igual de recém-nascidos não infectados porém expostos ao HIV servirá como grupo de comparação.


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População: Recém-nascidos expostos ao HIV perinatalmente de <17 dias de idade1 no momento da entrada. Estratificação: Idade gestacional < 37 versus 37 semanas ou mais completas Dimensão da amostra: Interna: 1900 recém-nascidos (Estados Unidos continental e Porto Rico) Internacional: 500 recém-nascidos Tratamento Formula enteral concentrado (25,7 kcal/onça) ou padrão (20 kcal/onça). Duração: Todos os recém-nascidos infectados por HIV internos serão mantidos em tratamento, em estudo, até a semana 28 e serão acompanhados até a semana 52, ao passo que os recém-nascidos não-infectados internos por HIV matriculados naVersão 2.0 do protocolo serão suspensos do estudo na semana 8.Todos os recém-nascidos infectados com HIV de clínicas internacionais e uma proporção (1:8) de não-infectados dos mesmos serão mantidos no tratamento em estudo até a semana 28 e serão acompanhados até a semana 52. Na semana 8, as crianças não-infectadas das unidades clínicas internacionais que continuarem no estudo passarão a receber a fórmula padrão 20kcal/onça, de rótulo aberto. Objetivos primários: Peso Comprimento Peso para comprimento Objetivos secundários: Circunferência da cabeça Tolerabilidade do leite artificial CD3+CD4+ e CD3+CD8+Infecções oportunísticas Avaliação da qualidade de vida


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Fase em que se encontra: O estudo foi encerrado precocemente. O patrocinador (NIH – National Institutes of Health) percebeu que o total de crianças estimado (2.400 crianças expostas no mundo todo) não atingiria o total de crianças realmente infectadas, necessário para que fossem atingidos os objetivos estatísticos planejados. Assim sendo, o estudo foi interrompido precocemente. Análises interinas estão sendo realizadas.

Estudo sobre comportamentos sexuais e contextos de vulnerabilidade para o HIV entre mulheres Pesquisador principal: Naila Janilde Seabra Santos Médica sanitarista - CRT-DST/AIDS-SES/SP. Co-autores: Dra Elvira M Felipi, Dra Wilza Vilela, Dr Paulo Telles Unidade de Epidemiologia e Pesquisa (Dr Mauro Sanchez) e Unidade de Prevenção (Katia Souto) do Programa Nacional de DST/AIDS.

Unidades participantes em São Paulo: CR DST/AIDS Santo Amaro e UBS Sapopemba Introdução: Os perfis sócio-demográficos e de comportamento sexual associados à infecção pelo HIV têm sido definidos, principalmente, através das notificações dos casos de AIDS. A análise da disseminação da AIDS, no Brasil, mostra algumas tendências, entre elas o aumento da transmissão heterossexual e consequentemente o aumento substancial dos casos em mulheres.A “feminização” da AIDS parece envolver a maior vulnerabilidade biológica da mulher ao HIV e uma desigualdade na distribuição de poder entre os gêneros. Objetivos: O objetivo deste projeto é conhecer o comportamento sexual das mulheres buscando informações sobre a sua vulnerabilidade no campo do comportamento, da parceria, das relações de gênero e do acesso aos serviços e insumos de saúde. Objetivos específicos: Estudar as características sócio-demográficas e comportamentais das mulheres HIV+, em serviços de referência para o atendimento de HIV/AIDS e das mulheres atendidas nos serviços de Saúde da Mulher. Avaliar a qualidade do serviço prestado a essas mulheres.


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Método: Para a realização deste projeto será utilizado um estudo quanti-qualitativo com mulheres HIV+ atendidas em SAE e HIV negativas atendidas nos serviços de saúde da mulher, das cinco regiões brasileiras. O total da amostra será de 4645 mulheres, sendo 2175 HIV positivas e 2470 HIV negativas. Estas mulheres serão convidadas a preencher um questionário anônimo, estruturado, contendo questões sobre dados demográficos, história da infecção e do diagnóstico, história sexual, assistência e tratamento. Para aprofundar essas questões, entre as mulheres HIV positivas, serão aplicadas entrevistas, utilizando-se um roteiro menos estruturado e mais detalhado, em uma sub-amostra do universo das 2175 mulheres, e realizados grupos focais. Área de intervenção geográfica: Municípios das cinco regiões brasileiras, região Norte: Manaus/AM e Belém/PA, região Nordeste: Campina Grande/PB, Recife/PE e Vitória da Conquista/BA, região Centro-Oeste: Distrito Federal, Goiânia/GO e Campo Grande/MS, região Sudeste: São Paulo/SP, Ribeirão Preto/ SP, Belo Horizonte/MG e Rio de Janeiro/RJ, região Sul: Pelotas/RS e Curitiba/PR O estudo quantitativo será realizado nos seguintes municípios: Manaus, Belém, Campina Grande, Recife, Vitória da Conquista, São Paulo, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Goiânia, Campo Grande, Curitiba e Pelotas. O estudo qualitativo será realizado em Belém, Recife, Ribeirão Preto, Campo Grande e Curitiba. Justificativa e relevância da pesquisa: O aumento substancial do número de casos de AIDS em mulheres mostra a necessidade de investigar o perfil epidemiológico das mulheres HIV positivas, as situações de vulnerabilidade feminina para a infecção pelo HIV, as circunstâncias em que as mulheres fazem ou não uso do preservativo, os fatores que influenciam e/ou determinam a adoção de práticas sexuais mais seguras e a relação com seus parceiros. Análise de dados: A análise dos dados quantitativos e qualitativos será efetuada pelo grupo de pesquisadores com assessoria de um estatístico. A publicação dos resultados da pesquisa será feita pelo Programa Nacional de DST/AIDS. Previsão do término: Fevereiro/2004 3 meses para a coleta de dados e mais seis meses para compilação e análise dos dados


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Protocolo colaborativo multicêntrico brasileiro para avaliar as taxas de transmissão materno-infantil do HIV em filhos de mulheres com diagnóstico da infecção pelo HIV realizado antes, durante ou até três meses após o parto Pesquisadora principal: Regina Célia de Menezes Succi Médica, professora adjunta, doutora, de pediatria da UNIFESP/EPM

Unidades participantes: Participam do projeto 62 unidades em todo o país. As unidades da Prefeitura Municipal de São Paulo que estão participando do estudo são: CR DST/AIDS Penha; SAE DST/AIDS Fidélis Ribeiro; SAE DST/AIDS Herbert de Souza; SAE DST/AIDS Butantã; CR DST/AIDS Santo Amaro; SAE DST/AIDS Campos Elíseos; SAE DST/AIDS Santana; SAE DST/AIDS Ipiranga; SAE DST/AIDS Cidade Líder; CPA DST/AIDS Lapa; AE DST/AIDS Ceci Trata-se de um estudo retrospectivo de revisão de prontuários que visa agrupar dados de vários serviços brasileiros para estimar a taxa de transmissão vertical do HIV no país, entre crianças nascidas no período compreendido entre os meses de janeiro de 2000 a dezembro de 2002. O Brasil tem 210.452 casos de AIDS notificados até 31/03/01, sendo 5 929 deles (2,8%) secundários à transmissão vertical (1). Casos de transmissão vertical são descritos no país desde 1984, mas as taxas de transmissão e as medidas utilizadas nos diferentes serviços para diminuir a transmissão ainda não foram suficientemente descritas ou caracterizadas. O projeto visa aproveitar a penetração nacional da Sociedade Brasileira de Pediatria para obter todas as informações possíveis num número significante de centros brasileiros de acompanhamento de crianças expostas ao HIV propiciando desta forma a coleta de dados representativos da situação da transmissão materno-infantil do HIV no país. População a ser estudada: Crianças nascidas de mães sabidamente soropositivas para o HIV, cujo diagnóstico da infecção (na mãe) tenha sido feito antes do parto, no momento do parto ou nos primeiros três meses após o parto.


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Instrumento de coleta de dados: Uma ficha de registro padronizada será utilizada para a coleta de dados em todos os centros envolvidos. Espera-se que cada centro designe uma pessoa que ficará responsável pelo registro dos dados e pela comunicação com o coordenador do projeto, além do envio de todo o material via e-mail, fax e via correio regular. Fase em que se encontra O projeto ainda está em fase de avaliação dos dados obtidos, corrigindo inconsistências dos bancos de dados e após essa fase será feita a análise estatística. Já foram obtidos dados de 3700 pares de mães-bebes. Previsão do término: Dezembro/2003


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Avaliação da resposta imunológica em pacientes recentemente infectados pelo HIV-1, identificados pela técnica sorológica de ensaio imunoenzimático com estratégia de testagem dupla (detuned) Pesquisador principal: Ésper Georges Kallás Médico infectologista, mestrado e doutorado em doenças infecciosas e parasitárias pela UNIFESP Co-autores: Celso Francisco Hernandez Granato, Ricardo Sobhie Diaz, Gilberto Turcato, Reinaldo Salomão, Maria Amelia de S. M.Veras, Cecília Keiko Kanashiro, Katia Cristina Bassichetto, Solange Maria Oliveira, Fábio Mesquita

Unidades participantes: Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Henfil e Pirituba, CPA Lapa e o SAE DST/AIDS Campos Elíseos A infecção pelo HIV-1 tornou-se uma pandemia, acometendo todos os continentes e constitui, seguramente, um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo. O entendimento dos mecanismos imunológicos no combate ao vírus pelo hospedeiro é fundamental para implementar estratégias de prevenção e tratamento. Entretanto, os fenômenos que ocorrem nas fases iniciais da infecção precisam ser elucidados.Este projeto tem como objetivos: identificar pacientes recentemente infectados pelo HIV-1 através da técnica de testagem sorológica dupla (detuned), atualmente conhecido como STAHRS, comparando os resultados com técnica de avaliação de avidez de anticorpos anti-HIV; criar repositório de amostras de soro, plasma e células mononucleares de sangue periférico; caracterizar o tipo de vírus destes pacientes e avaliar a resposta imunológica celular no momento da identificação dos casos e durante seguimento de seis meses. Para isso, serão incluídos 60 pacientes com sorologia convencional indicando presença de anticorpos anti-HIV-1 (imunoenzimático e Western-Blot) e com estratégia de testagem dupla identificando infecção recente. Após inclusão, os pacientes serão avaliados por um período de dois anos, com realização de exames de segurança, CD4, carga viral, sorologia com estratégia de testagem dupla, teste de avidez de anticorpos, imunofenotipagem ampliada de linfócitos circulantes, ELISPOT e ensaio de detecção de IFN-gama pela citometria de fluxo.Será realizado estudo descritivo dos parâmetros analisados acima: características clínicas e laboratoriais destes pacientes, circulação de cepas virais e resposta imunológica do tipo celular nas fases precoces da infecção. Estes parâmetros serão também avaliados prospectivamente por dois anos. Será ainda realizada comparação da técnica de sorologia com estratégia de testagem dupla com a técnica de avaliação de avidez de anticorpos, como proposta alternativa à primeira, por ser de mais fácil execução.


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Fase em que se encontra: Até o momento, foram incluídos 52 voluntários no estudo. Após exclusões por desvios de arrolamento e perdas de seguimento, encontram-se em seguimento ativo 44 voluntários. Os dados clínicos e laboratoriais estão sendo obtidos prospectivamente. Previsão do término: Maio/2004

Estimativa de incidência de infecção pelo HIV na população usuária dos Centros de Testagem e Aconselhamento na cidade de São Paulo, entre novembro/2000 a abril/2001 Pesquisador principal: Maria Amélia de Souza Mascena Veras Médica sanitarista, mestre em epidemiologia Co-autores: Katia Cristina Bassichetto1; Ninfa Aparecida Paneque1; Solange Maria Oliveira1; Paulette Secco Zular1; Salvina Vita de Carvalho1; Laura Gonçalves Pinto1; Carlos Alberto Silva1; Maria Aparecida Daher1; Cecília Keiko Kanashiro1; Fabio Mesquita1 ; Ricardo Diaz2; Cecília Sucupira2; Denise Pimentel Bergamashi3 1 Área Temática DST/Aids – Coordenadoria da gestão descentralizada (COGest) – Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP) 2 Laboratório de Virologia – Departamento de doenças infecciosas e parasitárias (DIPA) Escola Paulista de Mdicina (EPM) – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) 3 Departamento de Estatística – Faculdade de Saúde Pública (FSP) – Universidade de São Paulo

O Programa Brasileiro de DST/AIDS é considerado um modelo de resposta à epidemia nos diversos níveis governamentais: federal, estadual e municipal. Uma de suas características é a existência de uma rede de serviços públicos e gratuitos que englobam desde as atividades de prevenção, como o aconselhamento, para promover comportamento mais seguro, nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) até o tratamento com antiretrovirais e monitoramento da progressão da infecção através de exames de linfócitos T CD4 e carga viral para o HIV. Apesar de contar com um sistema de vigilância epidemiológica considerado bom, o conhecimento da epidemia de AIDS, no Brasil, se faz, fundamentalmente, através de casos notificados de Aids. Apenas suplementarmente, a Coordenação Nacional de DST/AIDS se utiliza de Estudos Sentinela com sub-grupos populacionais, para estimar a prevalência de infecção nos grupos estudados. As


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informações relativas aos resultados dos testes provenientes da rede de CTA ainda não são utilizadas de rotina e apenas recentemente se iniciou um processo de implantação de um sistema padronizado, informatizado, de registro de dados de pré e pós consultas, denominado Sistema de Informação de CTA (SI-CTA). Para fins de monitoramento de uma epidemia como a da AIDS, em que as infecções ocorrem muito antes do adoecimento, é de grande valia poder usar dados provenientes de CTA, através da estimativa de infecções recentes para antecipar as tendências e definição de estratégias de intervenção preventivas. Em janeiro de 2001, uma nova administração toma posse na cidade de São Paulo, ocorrendo a renovação da equipe de coordenação do Programa de DST/AIDS da SMS/SP, implementando diversas atividades, dentre elas o estabelecimento de parcerias para reciclagem, treinamento e suporte técnico, com o objetivo de controlar eficazmente a epidemia. Uma destas parcerias se deu com o DIPA – EPM – UNIFESP, para reciclagem e treinamento de pessoal da rede de laboratórios. Nesse processo, alíquotas de amostras de sangue colhidas nos CTA da SMS (Henfil, Lapa, Pirituba, Santo Amaro e São Miguel) foram utilizadas para a repetição de testes, chamados “detuned”* para identificar infecção recente, ainda em caráter de implantação. Objetivos: • Estimar a incidência de infecção recente pelo HIV, em uma amostra de usuários de CTA, através da utilização de testes “detuned”; • Comparar os recém-infectados com o conjunto de usuários que tiveram testes anti-HIV positivos para o Elisa, no mesmo período, nos mesmos CTA, de acordo com as variáveis constantes nos questionários pré e pós teste, aplicados de rotina na população usuária desses serviços. Métodos: Os dados contidos nos questionários pré e pós testes foram informatizados em um banco de dados comum a todos, originalmente em EPINFO e depois transferidos para o Intercooled Stata 7.0, para a análise estatística. Neste banco, se acrescentou a identificação dos com infecção recente ou não recente pelo detuned. O cálculo da estimativa da incidência anual será realizada através de uma fórmula** fornecida pelo Control Diseases Center (CDC). Serão analisadas as seguintes variáveis: idade, sexo, escolaridade, práticas sexuais, número de parceiros, uso de drogas e CTA. Os questionários serão ligados aos testes através do número de codificação, não sendo identificados de outra forma.


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Resultados: Foi concluída uma primeira etapa, de descrição de todos pacientes com sorologia positiva anti-HIV, no período do estudo. De um total de 6000 pessoas testadas, 183 tiveram resultados positivos para o HIV, com uma prevalência de soropositividade de 3,1% (IC d 95%: 2,6 – 3,5%), sendo 73,2% do sexo masculino, com uma razão de sexos de 2,7:1. Quanto à origem, 89,6% dos resultados soropositivos são provenientes de três CTA: Henfil, que contribuiu com a maior proporção (57%), seguido dos CTA São Miguel (17%) e Santo Amaro (15%). Os detalhes desta descrição encontram-se em um artigo a ser publicado em breve. Este total de soropositivos foi subdividido em dois grupos, com infecção recente e não recente para o HIV, e encontra-se em análise para posterior conclusão. Conclusão: Dado que as informações analisadas foram colhidas de rotina, os resultados apresentam algumas limitações, sem a padronização desejável para garantir uniformização na coleta e registro das informações. Como as perguntas relativas a práticas e comportamentos, que permitem classificar as categorias de exposição, só são colhidas no momento do pós-teste, nos deparamos com a perda de cerca de 20% de usuários testados que não voltam para buscar os respectivos resultados, o que poderia modificar os resultados aqui apresentados, caso diferissem do grupo analisado. Apesar do exposto, a análise de dados oriundos de CTA constitui um instrumento importante para a vigilância epidemiológica da epidemia de AIDS, mesmo porque se encontram em processo franco de expansão de suas atividades, os denominados “CTA Itinerantes”, acumulando várias estratégias para atingir populações consideradas mais vulneráveis e ampliar a oferta de testagem. Previsão do término: Fevereiro/2004 * Os soros com teste Elisa convencional, são retestados com um Elisa modificado “ detuned” (tornando-o menos sensível). Se os soros testados tiverem resultado positivo para o Elisa convencional e negativo para o “detuned”, haverá uma indicação que a infecção é recente, isto é, que ocorreu a menos de 129 dias do momento da soroconversão, após exposição ao HIV. ** Incidência de HIV anual (% ano) = número de infecções recentes/número de infecções negativas mais recentes x (365,25/ 170) x 100.


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Mortalidade associada a AIDS: fatores preditores de óbito em São Paulo Pesquisador principal: Maria Amelia de Sousa Mascena Veras Médica, epidemiologista Co-autores: Rita de Cassia Barradas Barata, Expedito Luna, Karina de Cassia Braga Ribeiro, Manoel Carlos S. de A Ribeiro, Maria Josefa Penon Rujula, Ione Aquemi, José Cassio De Morais, José Dinho Vaz Mendes, Osiris Simões, Fábio Mesquita, Kátia Cristina Bassichetto, Margarida Lira, Sirlene Caminada, Denise Pimentel Bergamashi

Unidades participantes: Todos os serviços públicos e privados localizados no Município de São Paulo, onde tenham ocorrido os óbitos por AIDS selecionados na amostra, assim como serviços que prestem atendimento aos pacientes com AIDS selecionados como controles. Introdução: Os óbitos por AIDS no Município de São Paulo cresceram até 1995 entre homens, e até 1996 entre as mulheres. Nos anos que se seguem a tendência é de queda. Assim como no período de crescimento, a queda de óbitos também foi desigual segundo sexo. No entanto, ao observar os percentuais de queda na mortalidade, verifica-se que nos últimos dois anos, 1999 e 2000, houve uma desaceleração da sua velocidade, quando comparado com os anos imediatamente anteriores. Considerando que as taxas de mortalidade, constituem indicadores epidemiológicos, é importante que suas tendências sejam acompanhadas e, na medida do possível, que fatores preditores sejam identificados, no sentido de guiar uma intervenção, o mais precocemente possível. Objetivos: Identificar fatores preditores de morte, comparar o comportamento da mortalidade entre os sexos e identificar as diferenças no padrão de mortalidade entre diferentes regiões sócioeconômicas no Município de São Paulo. Métodos: O desenho do estudo é o de caso-controle, pareado por período de notificação, com amostra distribuída igualmente por sexo. Estamos analisando uma amostra de 400 óbitos ocorridos no ano de 2000. Além do prontuário médico, as fichas de notificação e os arquivos das salas de vacinas (quando houver) estão sendo consultados. Os controles forem selecionados entre os


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pacientes notificados nos mesmos locais que o caso, na data mais próxima daqueles, vivos até a data de realização do sorteio (31/10/02).Variáveis incluídas do serviço onde foi verificado o óbito, serviço de acompanhamento, local de moradia, demográficas, escolaridade, ocupação, categoria de transmissão, data de realização do primeiro teste anti-HIV, uso de anti-retrovirais: esquema quando do óbito, duração, esquema anterior, razão da mudança, co-infecções: HepB, HepC, TB, CD4, e carga viral, infecções oportunistas, outras DST, profilaxias, vacinas, diagnóstico no óbito. Os resultados deste estudo podem contribuir para a melhoria da atenção aos portadores de HIV/AIDS e identificar potenciais fragilidades na qualidade da assistência prestada. Fase em que se encontra: Finalizando a coleta de dados. Previsão do término: Janeiro/2004

Avaliação da informação e da prática de aconselhamento de profissionais de saúde e da atitude das mães sobre alimentação de crianças expostas ao HIV em São Paulo. Pesquisadora Principal: Marina Ferreira Rea

Unidades participantes: Ambulatoriais: CR DST/AIDS Santo Amaro, Freguesia do Ó, Penha; SAE DST/AIDS Cidade Dutra, Cidade Líder, Mitsutani, Fidélis Ribeiro, Sapopemba, Campos Elíseos, Santana, Butantã; AE Ceci e CPA Lapa. Unidades Hospitalares: Hospital Regional Sul e HM Leonor Mendes de Barros. Sabe-se do risco adicional de transmissão vertical de mãe a filho se este for amamentado. As recomendações internacionais sobre esta temática se resumem no respeito à decisão informada que a mulher possa ter e o apoio a sua decisão; a recomendação brasileira é quanto a não amamentação.As condições de vida são bastante distintas e nem sempre a substituição do leite materno se dá de forma segura e adequada. Pretende-se investigar como as mulheres soropositivas estão sendo aconselhadas


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sobre esta questão e que atitude estão tomando quanto à maneira de alimentar seus bebês. Os resultados serão analisados e discutidos para permitir sugestões a melhorias nos programas. Fase em que se encontra: Coleta de dados:já entrevistadas 105 mães,103 gestantes,21 puérperas e realizadas 113 observações de consultas sobre alimentação infantil. Digitação: já digitados os dados quantitativos das mulheres em programa EPI-INFO. Iniciada a digitação de dados qualitativos e a finalização da consistência do banco de dados para início da análise. Relatório parcial enviado à OMS em Setembro/03. Finalizada a tradução do material da OMS sobre treinamento de profissionais sobre o tema; realizado curso piloto com este material, no CR Penha, de 20 a 25/10/03 com 40 participantes e dirigido pela Dra ConstanzaVallenas, da OMS, Genebra, com a participação da Dra Clavel Sanchez, da República Dominicana. Em novembro/2003 será revisto e adaptado este material para uso em nosso meio; programada, em parceria com a PMSP/DST-AIDS a devolutiva da pesquisa e a capacitação dos profissionais entrevistados nesta pesquisa para o primeiro semestre de 2004. Previsão do término: Dezembro/2003

Qualidade de vida de paciente HIV/AIDS Pesquisadores principais: Miako Kimura e Renata Ferreira Takahashi Enfermeiras, mestras e doutoras em enfermagem (EEUSP) Co-autores: Karine Azevedo São Leão Ferreira

Introdução: A importância da epidemia de aids é indiscutível. Acredita-se, que a análise da qualidade de vida dos pacientes com HIV/AIDS, atendidos nos serviços de saúde do país, sejam ambulatoriais ou hospitalares, pode contribuir para o aprimoramento da assistência a este grupo de pacientes. Essa análise pode servir como subsídio para um adequado atendimento das necessidades sociais e psicológicas, e influenciar o posicionamento dos profissionais de saúde no atendimento. Diante do exposto e da escassez de trabalho no Brasil avaliando a qualidade de vida deste grupo de pessoas, propôs-se a realização do presente estudo.


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Objetivo: • Descrever as características sócio-econômica, demográficas e clínicas de uma amostra representativa de indivíduos HIV positivos e com aids atendidas nos Serviços Especializados em DST/AIDS da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo; • Avaliar a qualidade de vida dos indivíduos incluídos nessa amostra, utilizando o questionário eleborado pela Organização Mundial da Saúde, que consta de 100 perguntas relativas à qualidade de vida, conhecido por World Health Organization Quality of Life (WHOQOL – 100); • Analisar a influência das características sócio-econômicas, demográficos e clínicas dos indivíduos selecionados sobre a sua qualidade de vida. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, de corte transversal. O questionário WHOQOL-100 será aplicado em 252 pacientes que freqüentam os seguintes serviços: SAE DST/AIDS Butantã e Fidélis Ribeiro CR DST/AIDS Freguesia do Ó e Penha e AE Vila Prudente. A coleta dos dados será feita através de entrevistas com o preenchimento dos questionários WHOQOL – 100 em 252 usuários que freqüentam as unidades citadas anteriormente. Até o momento, já foram completadas as coletas de dados no SAE Butantã, SAE Fidélis Ribeiro e CR Penha Previsão do término: 2004


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Caracterização genômica por seqüênciamento do genoma completo do HIV-1 circulante em São Paulo/Brasil Pesquisador principal: Ricardo Sobhie Diaz Médico, mestre, doutor e pós-doutor em doenças infecciosas e parasitárias Co-autores: Esper Georges Kallás, Luis Mario Ramos Janini e Dercy José de Sá Filho

Unidades participantes: CTA Henfil e Pirituba, SAE DST/AIDS Campos Elíseos e CPA DST/AIDS Lapa A caracterização do genoma completo do HIV vem sendo de vital importância para o direcionamento das medidas de detecção, intervenção e num eventual desenvolvimento de estratégias de vacinas contra o HIV. Esta caracterização proporcionaria dados adicionais sobre a diversidade e características genéticas deste vírus contribuindo para a geração de métodos de imunização mais abrangentes sobre as diversas formas virais. Atualmente, foi desenvolvido uma estratégia que permitiu a identificação dos indivíduos com infecção recente pelo HIV. Este teste chamado de STARHS (Algoritmo de testagem sorológica para identificação de soroconvertores recentes pelo HIV-1), utiliza um ensaio padrão de alta sensibilidade e um ensaio imunoenzimático menos sensível para caracterizar o nível de anticorpos produzidos contra o HIV. Dependendo da reatividade deste teste é possível estabelecer um período, inferior a seis meses, em que ocorreu a infecção. A caracterização destes isolados de infecção recente permite o estudo das cepas virais que estão sendo transmitidas no momento atual da epidemia, evidenciando as cepas virais que se “fixam” e se “expandem” na atualidade. No presente projeto serão caracterizadas 20 amostras do genoma completo do HIV-1 provenientes dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs) da Prefeitura Municipal de São Paulo e da UNIFESP. O projeto encontra-se em fase inicial, até o presente momento foram amplificadas e seqüenciadas 11 amostras do genoma completo do HIV-1. Foram detectadas 2 amostras recombinantes entre os subtipos B e F, uma amostra pertencente ao subtipo C e 8 amostras pertencentes ao subtipo B do HIV1. Análises mais detalhadas sobre aspectos epidemiológicos e de caracterização viral somente serão possíveis ao término das 20 amostras incluídas no projeto. Previsão do Término: Agosto/2004


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A Contribuição da atenção farmacêutica na adesão à terapia anti-retroviral: a visão dos profissionais de farmácia dos serviços municipais de AIDS de São Paulo Pesquisador principal: Chizuru Minami Yokaichiya Farmacêutica-bioquímica Co-autores: Mentores Prof. Dra. Lilia Blima Schriber e Dr.Wagner Figueiredo

Unidades participantes: 13 serviços DST/AIDS do município de São Paulo Este estudo descreverá sobre o acolhimento, acompanhamento da terapia ARV e a percepção da equipe de farmácia em relação ao papel que desempenham para contribuir no aumento da adesão ao tratamento, em especial de um dos grupos de pacientes que tem sido identificados como excluídos dos serviços, os usuários de drogas, particularmente os usuários de drogas injetáveis. Objetivo Geral: O presente estudo tem como objetivo descrever como a atenção farmacêutica pode contribuir para aumentar a adesão à terapia ARV. Objetivos Específicos: Descrever a percepção do farmacêutico e sua equipe em relação ao papel que desempenham na adesão do paciente. Descrever o acolhimento da equipe de farmácia em especial para pacientes que usam álcool e drogas injetáveis ou não. Descrever a dispensação e acompanhamento da terapia ARV pela equipe de farmácia para pacientes usuários de álcool e drogas injetáveis ou não. Métodos: O estudo utilizará entrevistas em grupo, no estilo grupo focal. O grupo reunirá pessoas de formações ou experiências semelhantes para discutir sobre a prática ou serviços de farmácia .


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Resultados: 4 grupos focais, 35 participantes e 16 fitas gravadas. Previsão do Término: Dezembro/2003

Overdose de cocaína na perspectiva do usuário Pesquisador principal: Daniela Piconez e Trigueiros Psicóloga Mentores: Cássia Buchalla e Regina Facche

Unidade participante: SAE Fidélis Ribeiro Este estudo tem por objetivo compreender a vulnerabilidade individual do usuário de cocaína à overdose. A população sob estudo é de usuários de cocaína nas três formas de uso: injetada, aspirada e fumada. Este estudo segue a metodologia qualitativa de pesquisa, realizando grupos focais, sendo gravados e transcritos, buscando observar e conhecer o comportamento dos usuários de drogas, sua relação junto a seus pares, sua linguagem, possibilitando aos participantes um rico debate e uma reflexão sobre os diversos aspectos do tema overdose. Pode ser utilizado no entendimento de como se formam as diferentes percepções e atitudes acerca de um fato, prática, produto ou serviços. A metodologia de pesquisa qualitativa busca respostas que ainda não se conhece para a questão estudada, e portanto não há um número preciso de grupos focais a serem realizados. Somente serão encerrados os grupos focais quando a questão central deste estudo for respondida. Foram realizados cinco grupos focais, sendo um deles um piloto para ajustes necessários do instrumento utilizado à população estudada. Poderão participar dos grupos de seis a, no máximo, dez pessoas, com participantes homogêneos em termos de características que interfiram radicalmente na percepção do assunto em foco, visando garantir um clima confortável para a troca de experiências e impressões de caráter muitas vezes pessoal.


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O grupo será estimulado a discutir a questão de overdose com a leitura de uma estória. Esta leitura desencadeará uma discussão que percorrerá temas como a percepção dos participantes sobre o que é overdose, sintomas, se conhecem casos de pessoas que já tiveram overdose, conhecimento sobre primeiros socorros, percepção de discriminação em relação ao uso de drogas e por ocorrência de overdose, e a relação do profissional de saúde quando fazem atendimento para overdose. Os participantes foram recrutados por intermédio dos redutores de danos vinculados ao SAE DST/AIDS Fidélis Ribeiro. Os grupos serão conduzidos por um monitor e um observador. Todos os participantes, antes do início da entrevista e dos grupos focais, foram informados sobre os objetivos, métodos e encaminhamentos. O sigilo das informações foi assegurado, sendolhes solicitado assinar com nome ou codinome o termo de consentimento livre e esclarecido. As entrevistas e os grupos focais foram realizados em locais reservados, também garantindo o sigilo das informações e privacidade dos participantes. Ao término das entrevistas e dos grupos focais, foram oferecidas informações adequadas sobre primeiros socorros em caso de overdose, material educativo de prevenção as DST/HIV/ AIDS e encaminhamento para serviços de saúde da cidade de São Paulo de referência para diagnóstico e assistência a DST/HIV/AIDS, vacinação para Hepatite B, e serviços de tratamento da dependência química. Ao final da pesquisa, os dados pesquisados serão disponibilizados aos Projetos de Redução de Danos da cidade de São Paulo para traçarem intervenções para o trabalho de campo sobre overdose, bem como para os Pronto Socorros das comunidades estudadas. Os dados da pesquisa também serão apresentados para as populações estudadas. Previsão do término: Segundo semestre/2003


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Moradores de rua e fatores de risco para a infecção pelo HIV, sífilis, HBV, HCV, na região central da cidade de São Paulo Pesquisador principal: Deolinda Parra Carrasco Assistente Social Mentora: Profª Drª Cássia Maria Buchalla Co-autores:Valquíria O. C. Brito

Unidades participantes: CTA Henfil e Coordenação Municipal de DST/AIDS Introdução: As diversas crises econômicas que nosso país têm passado ao longo dos anos e, mais recentemente, os efeitos perversos da globalização, tem contribuído de forma significativa para o crescimento da população que se encontra desabrigada, vivendo em situação de rua. Por outro lado, pela tendência observada no Brasil, as populações tradicionalmente marginalizadas, vem cada vez mais se infectando com Doenças de Transmissão Sexual e AIDS. A cidade de São Paulo tem o maior contingente populacional vivendo em situação de rua. Senso realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) no ano 2000 identificou 8.706 pessoas, sendo que 53% desta população encontra-se na região central da cidade. Objetivo Geral: Caracterizar os fatores de risco para a infecção pelo HIV,Sífilis,HBV,HCV associados ao comportamento sexual e uso de drogas, na população moradora de rua, que utiliza albergues para pernoite. Objetivos específicos: Descrever o perfil sócio-demografico da população de estudo; Estimar a positividade para a infecção pelo HIV, Sífilis, HBV, HCV; Oferecer informações sobre prevenção das DSTs/HIV/AIDS direcionadas para mudanças de comportamento. Métodos Estudo observacional transversal quantitativo. Foram selecionados 5 albergues da região central e analisadas amostras de sangue, para sorologias anti HIV, Sífilis, HBV, HCV, de 330 usuários. Previsão do Término: Dezembro/2003


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O que facilita e dificulta o tratamento do HIV em usuários de drogas injetáveis, portadores do HIV/AIDS, de dois serviços de saúde do município de São Paulo, de 1996 a 2001 Pesquisador principal: Eloisa Kohatsu; Rosiran C. de Freitas;Yedda M. R. de Mendonça Eloisa Kohatsu: médica infectologista, Rosiran C. de Freitas: assistente social, Yedda M. R. de Mendonça: Psicóloga Mentora:Vera Paiva Trata-se de trabalho desenvolvido no curso de “ Metodologia de Pesquisas em AIDS” – FSP/USP

Unidades participantes: Ambulatório de especialidades de Vila Prudente e Centro de Referência DST/AIDS Santo Amaro Introdução: Os usuários de drogas injetáveis (UDI) representam uma parcela significativa e desafiadora dos portadores do HIV/AIDS, e poucos estudos existem sobre esta população. No Brasil, 18,5% dos casos notificados de Aids são UDI e no Estado de São Paulo, esse número é de 27,3% (até 1999). Estudos mostram que os UDI apresentam maiores taxas de recusa ao tratamento, sendo essa associação mais forte quando o uso de drogas é atual, porém, uma vez iniciado o tratamento, parece não haver diferença entre aqueles com história de uso de drogas e os demais. Por outro lado, os serviços de saúde não estão estruturados de forma a facilitar a inserção desses pacientes no tratamento. Características inerentes aos UDI e limitações dos serviços de saúde contribuem para uma maior vulnerabilidade dessa população, entretanto, uma parcela dela prossegue o tratamento, a despeito de todas as dificuldades. Objetivo geral: Descrever como os portadores de HIV/AIDS, usuários de drogas injetáveis reconhecem os fatores que facilitam e dificultam a adesão ao tratamento do HIV . Objetivos específicos: Descrever o perfil dos UDI portadores de HIV/AIDS, que freqüentarem, no período da coleta de dados, os serviços de saúde do estudo; descrever fatores individuais e familiares que influenciam na adesão ao tratamento; descrever fatores relacionados à organização dos serviços que influenciam na adesão ao tratamento e levantar propostas dos pesquisados que facilitem a inserção dos UDI nos serviços de saúde de HIV/AIDS.


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Metodologia: Estudo descritivo, exploratório, realizado em dois serviços de DST/AIDS da Prefeitura do município de São Paulo. Foram realizadas entrevistas individuais, com usuários ou ex-usuários de drogas injetáveis, ambos os sexos, em tratamento de HIV/AIDS. Para caracterizar a população do estudo, foi feito inicialmente, um levantamento numérico destes casos, sua proporção em relação ao total de casos de cada serviço e a quantificação dos casos de abandono, óbito, transferências e dos que continuam em seguimento, distribuídos por sexo, idade, procedência, estado de saúde na entrada, pessoas com quem mora e freqüência na unidade. Posteriormente, foram realizadas 17 entrevistas individuais, com roteiro semi-estruturado, nas duas unidades de saúde. Resultados: Os primeiros resultados apontam: número elevado de casos notificados inadequadamente como UDI; entre os UDI que iniciaram o tratamento, menos de 50% permanecem em seguimento; alta taxa de abandono. A maioria dos que continuam em tratamento, é freqüente ao serviço e conta com algum apoio familiar. Previsão do Término: Julho/2004


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Práticas assistenciais em saúde nos serviços especializados em DST/ AIDS no contexto do uso de drogas município de São Paulo Pesquisador principal: Janete Aparecida da Costa Formação Profissional do Pesquisador Principal: Nutricionista Co-autores: Márcia de Lima - pedagoga Mentores: Lílian Blima Schriber Wagner dos Santos Figueredo

Unidades participantes: SAE Cidade Líder II e CR Freguesia do Ó Os trabalhos destinados às pessoas vivendo com HIV/AIDS trouxeram diversas barreiras no campo profissional, principalmente quando somado à AIDS está, também, o uso de drogas. As questões ligadas ao uso de drogas estão relacionadas à ilegalidade/ marginalização e ao crime organizado, sendo consideradas principalmente no campo da justiça e da polícia, levando à discriminação dos usuários de drogas na sociedade, afastando-os dos serviços de saúde. O uso de drogas é pouco discutido entre os profissionais de saúde, nos serviços especializados em DST/AIDS, sendo apenas lembrado quando aparecem os chamados “pacientes difíceis”, ou seja, aqueles que chegam alcoolizados ou “drogados”, tumultuando a rotina do atendimento. O presente projeto tem como principal objetivo compreender as práticas assistenciais desenvolvidas pelos profissionais de saúde às pessoas vivendo com HIV/AIDS, que fazem uso de drogas, nos serviços especializados em DST/AIDS no município de São Paulo. O presente estudo é de natureza qualitativa de caráter exploratório e descritivo, adotando como referencial teórico o Processo de Trabalho em Saúde (MENDES-GONÇALVES, 1992 e 1994). A estratégia do trabalho de campo utilizada foi entrevista semi-estruturada com profissionais de saúde das diversas categorias em 2 unidades de atenção ao HIV/AIDS da Prefeitura do Município de São Paulo. Palavras-chave: Profissionais de saúde, AIDS e uso de drogas.


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Fase em que se encontra: Após as transcrições das fitas das entrevistas e leitura exaustiva dos conteúdos emergidos das falas dos sujeitos, estamos no momento na fase de análise dos conteúdos, com base no referencial teórico proposto. Quando iniciou: Este estudo iniciou-se a partir do curso de Metodologia de Pesquisa em AIDS, promovido pelo NEPAIDS/FSP - USP/SMS - PMSP, em março/01, sendo um projeto aprovado para realização. Após os trâmites no Comitê de Ética em Pesquisa/SMS - PMSP, em 05/08/02 teve a aprovação para início. O campo da pesquisa se deu no período de setembro a novembro/02, nos meses de dezembro/ 02 a março/03 fase de transcrição das fitas. Leituras verticais e transversais e impregnação dos conteúdos; elaboração dos blocos temáticos de abril a julho/03; categorização agosto a setembro/ 03; estamos no processo de análise e discussão. Previsão do término: Conforme cronograma de atividades do curso temos, a partir de agora, diversas fases de análises, sendo o término previsto para julho/2004, com a submissão do artigo à Revista de Saúde Pública.


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Mulheres soropositivas parceiras sexuais de usuários de drogas injetáveis do sae DST/AIDS Fidélis Ribeiro Pesquisador principal: Maria Aparecida Costa Cardoso Assistente social, educador em saúde pública Mentores: Ana Flavia Pires Lucas D´oliveira – Depto Medicina Preventiva – FM - USP, Marcia Thereza Couto Falcão - Depto Medcina Preventiva – FM – USP

Unidades participantes: SAE DST/AIDS Fidélis Ribeiro Introdução: Em 20 anos de epidemia, a AIDS demonstrou não ser um evento de transmissão única, a prática de compartilhamento de agulhas e seringas, no uso de drogas ilícitas, ocupa rapidamente uma posição de destaque no perfil da epidemia, incluindo o aumento dos casos em mulheres: seja por elas próprias fazerem uso, ou através de relações sexuais com homens usuários. A realidade do usuário de drogas injetável, as formas de relacionamento que estabelece em seu cotidiano tem sido interesse de estudos recentes. Da mesma forma, as questões femininas que envolvem a temática HIV/AIDS tem sido explorada por vários autores. Mas a mulher em sua relação com o usuário de drogas injetável é ainda pouco descrita. O interesse deste estudo está em tornar visível a mulher, cuja via de infecção tenha sido atribuída a relações sexuais com usuário de droga injetável. Esses resultados podem trazer à tona elementos norteadores de ações de acolhimento à mulher portadora do HIV e parceira de UDI nos serviços e ações de prevenção à infecção e reinfecção pelo HIV em mulheres, que vivem no contexto da parceria com usuário de drogas injetáveis.

Objetivos: Estudar mulheres soropositivas, cuja via de infecção tenha sido atribuída a relações heterossexuais com usuários de drogas injetáveis; conhecendo sua história de vida, com ênfase na dinâmica dos relacionamentos conjugais, no impacto da soropositividade em sua vida e no histórico destas mulheres com as drogas.


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Fase em que se encontra: Organizado o Banco de dados do universo de mulheres em acompanhamento no serviço, cuja categoria de exposição seja heterossexual, parcerias de usuário de drogas injetáveis. Selecionadas 16 mulheres e realizadas entrevistas em profundidade. O estudo, neste momento, encontra-se em fase de tabulação dos dados quantitativos extraidos do banco de dados da unidade, análise das entrevistas e redação de artigo. Previsão do término: Julho/2004


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Estudo do perfil sócio demográfico, do nível de informação sobre Hepatite e soroprevalência para Hepatite C e Hepatite B dos UDIs e ex-UDIs, clientes do CR DST/AIDS Nossa Senhora do Ó, do SAE Marcos Luttemberg – Santana e do AE Vila Prudente, São Paulo, SP, Brasil, no ano 2002 e 2003 Pesquisadores: Zilá Prestes Pra-Baldi e Ângela M. Marchesini Mentor: Fabio Mesquita Co-Mentor: Regina Bueno

Unidades participantes: Centro de Referência DST/AIDS Nossa Senhora do Ó, SAE Marcos Luttemberg – Santana e AE Vila Prudente Introdução: Segundo a OMS estima-se que 170 milhões de pessoas no mundo estão infectadas com o vírus da Hepatite C, o que representa uma pandemia viral. Associada com o vírus do HIV-1 ela é uma infecção que se dissemina cinco vezes mais rapidamente. No Brasil, estima-se que em torno de 3% da população esteja infectada, ou seja, tomando-se 170 milhões como população total temos 5 milhões e 100 mil pessoas com infecção. Num estudo populacional da cidade de São Paulo, o autor mostrou uma prevalência de 1 a 4 % de anti-HCV, variando com a faixa de idade. Estima-se que a prevalência global de pessoas infectadas com a Hepatite B ultrapasse os 300 milhões, 5% da população mundial. No Brasil, a distribuição geográfica é heterogênea, com ocorrência mais elevada na região norte e em determinados grupos populacionais da região Sul e Sudeste. No Estado de São Paulo, só em 2000 passou-se a registrar separadamente os tipos B, C e D. Necessita-se de mais dados para o estabelecimento do índice de prevalência. O HIV, Hepatite C e Hepatite B compartilham as mesmas vias de transmissão, parenteral e sexual, havendo risco elevado de co-infecção.A co-infecção HIV e Hepatite C acelera a progressão do HCV, embora o contrário não pareça ocorrer, evolui de forma rápida para cirrose. Na coinfecção HIV e Hepatite B parece que o HIV influencia a história natural da infecção pelo HBV. Publicações recentes sugerem altos níveis de replicação do HBV, aumento da lesão hepática e alta prevalência de cirrose induzida pelo HBV em pacientes HIV positivos. Assim como o HIV, as hepatites são doenças graves. Causam inflamações no fígado, e quando


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não ocorre melhora num período de 6 meses, se tornam crônicas, em cerca de 85% das pessoas com Hepatite C e em cerca de 15% das pessoas com Hepatite B, podendo ocorrer cirrose após 10-20 anos e hepatocarcinoma entre 20-30 anos. Um estudo italiano de 1992, verificou que 71% dos pacientes com hepatocarcinoma estavam relacionados à Hepatite C. O papel dos UDIs é fundamental não só na dinâmica da epidemia HIV/AIDS. Os principais fatores de risco, evidenciados no Projeto Brasil – pesquisa realizada com UDIs em algumas capitais de estados e cidades do Brasil – tiveram prevalências pontuais para HBV (Hbs Ag) 7,8%, HBV (anti-Hbc) 55,8%, HBV (anti-Hbs) 24,7% e HCV 69,6%. Uma vez que a Hepatite B é o único agravo à saúde, dentre os que estamos analisando aqui, prevenível hoje por vacinação, desempenha tal estratégia papel central, não só na prevenção de casos de hepatite, cirrose e cancer hepático, como na atração de UDIs para os programas preventivos dirigidos para outras infecções/agravos para os quais não se dispõe hoje de vacinas, entre elas a Hepatite C. Pretendemos apresentar propostas que incidam na prevenção e na melhor aderência ao tratamento, estimulando a mudança de comportamento sexual e de uso seguro de drogas e esclarecendo os profissionais de saúde quanto ao risco de acidente de trabalho com agulhas. Objetivo: Estudar o perfil sócio-demográfico de UDIs e ex-UDIs, sua prática sexual, prática de uso de drogas e compartilhamento de seringas;conhecer as informações que detém sobre Hepatite C e Hepatite B e estimar as taxas de soroprevalência para Hepatite C e Hepatite B e co-infecção HIV, Hepatite C e Hepatite B. Métodos: Estudo exploratório realizado em 2002/2003, em três serviços municipais especializados em DST/Aids na cidade de São Paulo, Brasil. Está sendo estudada uma amostra consecutiva, não probabilística de cerca de 250 UDIs e ex-UDIs. Foram excluídos os menores de 18 anos e usuários de drogas não injetáveis. Todos os entrevistados assinaram TCLE. Os dados foram colhidos por meio de entrevistas estruturadas, registradas e analisadas no EPI-Info6. Resultados: Em fase de análise. Período do estudo: Novembro/2002 a dezembro/2003


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