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# 002 | Boletim Bimestral | Novembro/Dezembro 2008
Politécnico do Porto
MÉRITO A impressão digital do Politécnico do Porto
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Politécnico do Porto
POLITÉCNICO DO PORTO – ISEP – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO
1º CICLO LICENCIATURA
CURSOS
ENGENHARIA CIVIL ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA E DE COMPUTADORES
3 ANOS LECTIVOS
ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA – SISTEMAS ELÉCTRICOS DE ENERGIA
180 CRÉDITOS
ENGENHARIA INFORMÁTICA ENGENHARIA GEOTÉCNICA E GEOAMBIENTE ENGENHARIA MECÂNICA ENGENHARIA MECÂNICA AUTOMÓVEL ENGENHARIA QUÍMICA ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO MÉDICA ENGENHARIA DE INSTRUMENTAÇÃO E METROLOGIA
CURSOS
ESEIG – ESCOLA SUPERIOR DE ESTUDOS INDUSTRIAIS E DE GESTÃO
1º CICLO LICENCIATURA
CURSOS
CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DA DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO
3 ANOS LECTIVOS
RECURSOS HUMANOS
180 CRÉDITOS
DESIGN OPÇÃO DESIGN GRÁFICO E DE PUBLICIDADE OPÇÃO DESIGN INDUSTRIAL ENGENHARIA BIOMÉDICA ENGENHARIA E GESTÃO INDUSTRIAL ENGENHARIA MECÂNICA GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO HOTELEIRA CURSOS
ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA E DE COMPUTADORES
2º CICLO MESTRADO
2 ANOS LECTIVOS
ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA – SISTEMAS ELÉCTRICOS DE ENERGIA
2 ANOS LECTIVOS
GESTÃO INDUSTRIAL E DE OPERAÇÕES *
120 CRÉDITOS
ENGENHARIA INFORMÁTICA
120 CRÉDITOS
ENGENHARIA ELECTROMECÂNICA *
2º CICLO MESTRADO
ENGENHARIA CIVIL – TECNOLOGIA E GESTÃO DE CONSTRUÇÕES *
INFORMAÇÃO EMPRESARIAL * FINANÇAS EMPRESARIAIS *
ENGENHARIA GEOTÉCNICA E GEOAMBIENTE
CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO
ENGENHARIA MECÂNICA INDUSTRIAL *
GESTÃO E QUALIFICAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS *
ENGENHARIA QUÍMICA ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO MÉDICA * ENGENHARIA DE INSTRUMENTAÇÃO E METROLOGIA *
ISCAP – INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO
1º CICLO LICENCIATURA
CURSOS
ASSESSORIA E TRADUÇÃO COMÉRCIO INTERNACIONAL
3 ANOS LECTIVOS
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
180 CRÉDITOS
CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO MARKETING TURISMO * CURSOS
2º CICLO MESTRADO
TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO ESPECIALIZADAS ASSESSORIA DE ADMINISTRAÇÃO *
2 ANOS LECTIVOS
EMPREENDEDORISMO E INTERNACIONALIZAÇÃO *
120 CRÉDITOS
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL * CONTABILIDADE E FINANÇAS GESTÃO * MARKETING DIGITAL*
1º CICLO LICENCIATURA
1º CICLO LICENCIATURA 3 ANOS LECTIVOS 180 CRÉDITOS
CURSOS
EDUCAÇÃO BÁSICA EDUCAÇÃO MUSICAL
3 ANOS LECTIVOS
EDUCAÇÃO VISUAL E TECNOLÓGICA
180 CRÉDITOS
CIÊNCIAS DO DESPORTO LÍNGUAS E CULTURAS ESTRANGEIRAS EDUCAÇÃO SOCIAL
CURSOS
CIÊNCIAS EMPRESARIAIS ENGENHARIA INFORMÁTICA SEGURANÇA E QUALIDADE NO TRABALHO SOLICITADORIA
CURSOS
2º CICLO MESTRADO
ENGENHARIA INFORMÁTICA AGENTE DE EXECUÇÃO – TEORIA E PRÁTICA PROCESSUAL *
2 ANOS LECTIVOS 120 CRÉDITOS
PRÁTICAS JURÍDICAS E EMPRESARIAIS *
CET
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA
* AGUARDA APROVAÇÃO DO MCTES
BANCA E SEGUROS
1.200 HORAS 60 CRÉDITOS
GESTÃO DE REDES E SISTEMAS INFORMÁTICOS
TRADUÇÃO ASSISTIDA POR COMPUTADOR *
AUDITORIA
ESE – ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
ESTGF – ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE FELGUEIRAS
APLICAÇÕES INFORMÁTICAS DE GESTÃO
ESTSP – ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DA SAÚDE DO PORTO
1º CICLO LICENCIATURA
CURSO
ANÁLISES CLÍNICAS E SAÚDE PÚBLICA ANATOMIA PATOLÓGICA, CITOLÓGICA E TANATOLÓGICA
4 ANOS LECTIVOS
AUDIOLOGIA
240 CRÉDITOS
CARDIOPNEUMOLOGIA FARMÁCIA FISIOTERAPIA MEDICINA NUCLEAR NEUROFISIOLOGIA RADIOLOGIA RADIOTERAPIA SAÚDE AMBIENTAL TERAPIA DA FALA
GESTÃO DO PATRIMÓNIO
TERAPIA OCUPACIONAL
TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO EM LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA
2º CICLO MESTRADO
CURSOS
CURSO
ENSINO DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO *
2º CICLO MESTRADO
2 ANOS LECTIVOS
ENSINO DO 1º CICLO E DO 2º DO ENSINO BÁSICO *
2 ANOS LECTIVOS
MESTRADO EM FISIOTERAPIA NO DESPORTO *
120 CRÉDITOS
ENSINO DE INGLÊS E DE FRANCÊS NO ENSINO BÁSICO
120 CRÉDITOS
MESTRADO EM FISIOTERAPIA CARDIORESPIRATÓRIA *
EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR *
MESTRADO EM ACONSELHAMENTO E INFORMAÇÃO EM FARMÁCIA * MESTRADO EM FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA *
ENSINO DE INGLÊS E DE ESPANHOL NO ENSINO BÁSICO *
MESTRADO EM FISIOTERAPIA NA COMUNIDADE *
ENSINO DE EDUCAÇÃO MUSICAL NO ENSINO BÁSICO
MESTRADO EM TERAPIA MANUAL ORTOPÉDICA *
ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO BÁSICO *
MESTRADO EM TERAPIA OCUPACIONAL *
ENSINO DE EDUCAÇÃO VISUAL E TECNOLÓGICA NO ENSINO BÁSICO DIDÁTICA DO PORTUGUÊS LÍNGUA NÃO MATERNA (90 CRÉDITOS) EDUCAÇÃO E INTEREVENÇÃO SOCIAL * ESTUDOS DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO *
ESMAE – ESCOLA SUPERIOR DE MÚSICA E DAS ARTES DO ESPECTÁCULO
1º CICLO LICENCIATURA
CURSOS
MÚSICA · CANTO MÚSICA · COMPOSIÇÃO
3 ANOS LECTIVOS
MÚSICA · INSTRUMENTO · SOPROS
180 CRÉDITOS
RAMOS: CLARINETE › FAGOTE › FLAUTA › OBOÉ › SAXOFONE › TROMBONE TROMPA › TROMPETE › TUBA
ESEIG · ESCOLA SUPERIOR DE ESTUDOS INDUSTRIAIS E DE GESTÃO Rua D. Sancho I, 981 4480-876 Vila do Conde t. 252 291 700 › f. 252 291 714 eseig@eseig.ipp.pt › www.eseig.ipp.pt
ISCAP · INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO Rua Jaime Lopes Amorim s/n 4465-004 São Mamede de Infesta t. 229 050 000 › f. 229 025 899 instituto@iscap.ipp.pt › www.iscap.ipp.pt
ESTGF · ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE FELGUEIRAS Rua do Curral, Casa do Curral, Margaride 4610-156 Felgueiras t. 255 314 002 › f. 255 314 120 correio@estgf.ipp.pt › www.estgf.ipp.pt
ESE · ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO Rua Dr. Roberto Frias, 602 › 4200-465 Porto t. 225 073 460 › f. 225 073 464 ese@ese.ipp.pt › www.ese.ipp.pt
ESTSP · ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DA SAÚDE DO PORTO Rua Valente Perfeito, 322 › 4400-330 V.N.Gaia t. 222 061 000 › f. 222 061 001 geral@estsp.ipp.pt › www.estsp.ipp.pt
MÚSICA · INSTRUMENTO · PIANO E TECLAS MÚSICA · INSTRUMENTO · PERCUSSÃO MÚSICA · JAZZ MÚSICA · MÚSICA ANTIGA OPÇÕES: › VIOLA BARROCA › VIOLA DA GAMBA VIOLINO BARROCO › VIOLONCELO BARROCO
MÚSICA · PRODUÇÃO E TECNOLOGIAS DA MÚSICA MÚSICA · INSTRUMENTO · CORDAS RAMOS: CONTRABAIXO › GUITARRA › VIOLA › VIOLINO › VIOLONCELO
TEATRO · INTERPRETAÇÃO TEATRO · PRODUÇÃO E DESIGN RAMOS: CENOGRAFIA › DIRECÇÃO DE CENA › FIGURINO › LUZ E SOM
TECNOLOGIA DA COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL TECNOLOGIA DA COMUNICAÇÃO MULTIMÉDIA
2º CICLO MESTRADO
CURSOS
COMPOSIÇÃO E TEORIA MUSICAL MÚSICA · INTERPRETAÇÃO ARTÍSTICA
2 ANOS LECTIVOS
COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL
120 CRÉDITOS
TEATRO * ELECTROACÚSTICA APLICADA *
* AGUARDA APROVAÇÃO DO MCTES
ISEP · INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 431 4200-072 Porto t. 228 340 500 › f. 228 321 159 isep@ipp.pt › www.isep.ipp.pt
ESMAE · ESCOLA SUPERIOR DE MÚSICA E DAS ARTES DO ESPECTÁCULO Rua da Alegria, 530 › 4000-045 Porto t. 225 193 760 › f. 225 180 774 esmae@esmae-ipp.pt › www.esmae-ipp.pt
Politécnico do Porto
VÍTOR CORREIA SANTOS PRESIDENTE DO POLITÉCNICO DO PORTO
VAMOS FALAR AZUL! o resultado de políticas circunstanciais
para continuarmos a fazer mais e melhor.
dos momentos que vivem, antes são o
É para nós gratificante encontrarmos
resultado do somatório de visões dos seus
numa entidade tão relevante quanto o
líderes, enquanto intérpretes das circuns-
Governo Civil do Porto o olhar atento e
tâncias mutantes do natural decurso dos
dedicado à coisa pública regional, que tão
tempos. E por isso não posso nem quero
bem soube reconhecer o nosso desejo e
deixar de fazer uma referência à Presi-
a nossa capacidade de sermos parceiros
dência anterior, fundadora da instituição,
vivos, activos e de corpo inteiro na procura
que soube erguer o edifício que hoje se
dos melhores caminhos para o distrito do
constitui na instituição de referência que
Porto e para as suas gentes.
é, inegavelmente, o Instituto Politécnico
Por essa especial atenção, pelo privilégio
do Porto.
que foi concedido ao Politécnico do Porto,
Coube-me a mim, naturalmente, na
em meu nome pessoal e em representa-
interpretação do destino e missão actual
ção dos Colegas que comigo partilham a
do Instituto, abrir as suas portas à comuni-
gestão do Instituto e das suas Escolas, de
dade, e projectá-lo num novo e incontor-
todos quantos tiveram e têm responsabili-
Foi para mim um privilégio receber, na
nável desígnio de se constituir parceiro
dades na gestão institucional, e daqueles,
qualidade de representante do Politéc-
social indispensável para, junto e em
docentes, estudantes e funcionários que
nico do Porto, a Distinção que a Senhora
diálogo com os gestores da urbanidade
quotidianamente participaram e parti-
Governadora Civil do Porto entendeu
e cidadania, colocar ao serviço da nossa
cipam neste grande desígnio de serviço
conferir ao Instituto.
região o conhecimento que, enquanto
da coisa pública, os meus mais sinceros
As instituições de ensino superior euro-
instituição de excelência, naturalmente
agradecimentos e a afirmação de que
peias, enquanto por excelência organiza-
detemos, através da formação de quadros
continuaremos este caminho que há já
ções do conhecimento, são hoje pilares
técnicos qualificados com capacidade para
mais de vinte anos vimos percorrendo.
inegáveis da afirmação política da Europa
se tornarem agentes do desenvolvimento,
no mundo globalizado que, para o bem
e através da participação no sistema geral
e para o mal, todos vivemos, e por essa
de inovação, hoje motor do desenvolvi-
via se afirma e reforça uma definição de
mento económico das regiões e, por essa
missão que privilegia o seu papel de actor
via, do bem estar social.
fundamental do desenvolvimento econó-
Obviamente que o Politécnico do Porto
mico, gerador de bem estar e felicidade
é hoje uma instituição mais relevante,
social. No mandato que tenho conduzido
mais conhecida, mais interventora, mais
é esse o foco fundamental da forma como
disponível, mais aberta, e claramente um
nos posicionamos na região em que esta-
parceiro incontornável na rede do desen-
mos e, muito em particular, no distrito do
volvimento regional. E é também óbvio
Porto, sede natural da nossa instituição.
que o reconhecimento externo desta
Mas as organizações sustentáveis não são
qualificação é um incontornável incentivo
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Politécnico do Porto
MÉRITO DISTRITAL .3 p 7 ANTÓNIO SAIOTE – GRANDE ENTREVISTA .8 p 12 JEWC’08 .13 PORTO DE FUTURO .14 p 19 CONDIÇÃO FEMININA NO IMPÉRIO COLONIAL PORTUGUÊS .20 p 24 PROTOCOLOS DE COOPERAÇÃO COM NOVA UNIVERSIDADE DE ANGOLA .25 p 27 UNIVERSO IPP .28 p 33 PROTOCOLO CASA DA MÚSICA .34 POLITEMA .35 EPICENTRO / EXOCENTRO .36
Boletim Falar Azul Número 002 – Novembro 2008 — Ficha técnica PROPRIEDADE e EDIÇÃO
Instituto Politécnico do Porto DIRECTOR
Vítor Correia Santos COORDENAÇÃO
Marina Sousa REDACÇÃO
Elisabete Torres Lino Miguel Teixeira Suzete Vaz DESIGN EDITORIAL
António Cruz FOTOGRAFIA
Rui Pinheiro IMPRESSÃO
Clássica, artes gráficas TIRAGEM
5.000 exemplares PERIODICIDADE
Bimestral DEPÓSITO LEGAL
275 505/08 CONTACTOS
GIM – Gabinete de Imagem Rua Dr. Roberto Frias, 712 4200-465 Porto t. 225 571 000 | f. 225 020 772 falarazul@ipp.pt
PolitĂŠcnico do Porto
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PolitĂŠcnico do Porto
Politécnico do Porto
DISCURSO DIRECTO “O Politécnico do Porto pratica ensino e investigação científica de excelência adequados às necessidades da região” “Conseguiu dar uma nova visão ao ensino politécnico” Governadora Civil do Porto Isabel Oneto
“O Politécnico do Porto protagoniza um exemplo de liderança, exigência e qualidade” Ministro da Administração Interna Rui Pereira
“Esta distinção sublinha os eixos de desenvolvimento que a gestão do Politécnico do Porto defende e realiza: a excelência da oferta formativa, a inovação aplicada da investigação produzida, o valor reprodutivo da tecnologia e conhecimentos induzidos na comunidade e o contributo determinante para a afirmação da região no quadro nacional e europeu” Presidente do Politécnico do Porto Vítor Correia Santos
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Politécnico do Porto
GOVERNADORA CIVIL DO PORTO ISABEL ONETO
Como avalia a pertinência da missão de ligação próxima do Politécnico do Porto às forças vivas da região, a forma como essa missão tem sido executada e
O que motivou o Governo Civil do Porto
a capacidade de respostas destas forças
a atribuir ao Politécnico do Porto esta
aos recursos humanos qualificados que o
distinção?
Politécnico do Porto forma?
Esta iniciativa teve como objectivo distin-
As instituições do Ensino Superior
guir a actividade de pessoas singulares e
são uma ponte incontornável entre o
colectivas que contribuem para o engran-
conhecimento e as comunidades em que
decimento do Distrito. Consideramos que
se inserem. Nesta perspectiva, são um
o Politécnico do Porto, através da sua
motor para o desenvolvimento económico,
actividade académica, cultural, desportiva
social e cultural da sociedade, desde que
e social, tem transmitido uma imagem
actuem sob o signo da partilha. Creio
de modernidade e de grande dinamismo
que a generalidade das instituições de
da Instituição, elevando ao nível da exce-
Ensino Superior do Distrito, incluindo
lência a qualidade do ensino politécnico.
naturalmente o Politécnico do Porto, já
O Distrito devia-lhe esse reconhecimento
ganharam esta dinâmica. Se olharmos
público.
à nossa volta, vemos que há muita coisa que começa a acontecer no Distrito, fruto
Qual o valor acrescentado que o Politéc-
dessa ligação do ensino às forças vivas,
nico do Porto transporta para o Distrito
gerando factores de competitividade na
do Porto e qual o valor acrescentado que
região.
este espera daquele? O Politécnico do Porto criou a sua própria
Qual a principal força e qual a principal
identidade e uma cultura de ensino que,
carência do Distrito? Qual o caminho
a par da investigação científica, o tornou
para potenciar a primeira e colmatar a
incontornável como referência do ensino
segunda e em que medida espera que
superior no Distrito. Hoje, é uma reali-
o Politécnico do Porto colabore nesse
dade que a Universidade e o Politécnico
percurso?
se complementam.
São as suas gentes, a sua capacidade de
A presença do Politécnico do Porto em
para onde querem ir. Historicamente, o
trabalho, e, acima de tudo, o de saberem 6 concelhos do Distrito é um factor de
Porto sempre definiu qual o caminho que
desenvolvimento, de ganho de escala
queria trilhar. Por vezes esquecemo-nos
para o Distrito?
da História e ela é fértil em exemplos
O Politécnico do Porto não se fechou em
da nossa capacidade de mudança. Hoje
si mesmo, foi ao encontro dos estudantes,
temos um novo desafio, num mundo
criando dinâmica nos concelhos em que
globalizado, que obriga a unir esforços na
se inseriu. Mantendo a sua unidade nesta
qualificação dos nossos activos. É por aí
diversificação, contribui para o desenvol-
que caminhamos e o Politécnico do Porto
vimento humano nesses concelhos, para
tem naturalmente aqui um contributo
que aí o desenvolvimento tenha como
fundamental para a região.
pilar a qualificação dos nossos jovens. É por aqui que começa o desenvolvimento sustentado de qualquer comunidade.
Politécnico do Porto
PRESIDENTE DO POLITÉCNICO DO PORTO VÍTOR CORREIA SANTOS
de transferência de conhecimento para
Qual a principal força e a principal carên-
a inovação, pretendendo-se, em sede de
cia do Distrito? Qual o caminho para o
um futuro reordenamento do portfolio
Politécnico do Porto potenciar a primeira
de formações, dar respostas adequadas
e colmatar a segunda?
O que representa para o Politécnico do
à diversidade de projectos de desenvolvi-
Hoje, face às dificuldades económicas
Porto esta distinção?
mento regional, sem esquecer que cada
que o mundo atravessa, e o impacto que
É sobretudo um sinal, mais um sinal, do
vez mais as regiões se articulam entre si
tem na vida das pessoas, devemos situar
crescente reconhecimento público do pres-
na aplicação de políticas transversais para
a resposta a essa questão essencialmente
tígio institucional e do serviço de missão
a participação, nas quais uma instituição
no plano económico. E aqui aparece-nos
do Politécnico do Porto
geograficamente distribuída responde
como principal dificuldade a quebra do
melhor.
crescimento económico que se tem vindo
Como avalia a pertinência da missão de
década já, com claro reflexo na qualidade
do Porto e qual o valor acrescentado que
ligação próxima do Politécnico do Porto
cultural e no padrão e qualidade de vida
este devolve àquele?
às forças vivas da região, a forma como
das pessoas.
O distrito do Porto é o espaço natural e
essa missão tem sido executada e as
É uma tendência relativamente à qual
onde, com maior intensidade, se verifica o
respostas que obtém dessas forças?
se tem sentido grande dificuldade para
Qual o valor acrescentado que o Distrito do Porto transporta para o Politécnico
a verificar nos últimos anos, mais de uma
recrutamento de jovens para a frequência
Penso que a generalidade dos meus
a sua inversão, por força, como já referi,
dos seus cursos e, simultaneamente, um
Colegas e Estudantes concordarão que
de uma profunda e injusta assimetria no
pólo empresarial industrial e de serviços
o Politécnico do Porto, tendo dado ao
investimento nacional, em particular no
importante em termos da transferência
longo dos anos passos significativos para
apoio ao investimento que os Programas
de tecnologia, hoje uma componente
a excelência em termos da qualidade das
Europeus para o Desenvolvimento, que
essencial da missão das instituições
formações que oferecia, esteve sempre
têm promovido essencialmente a região
de ensino superior. É essencialmente
demasiado fechado em torno dessa sua
de Lisboa e do Vale do Tejo. Mas o distrito
neste espaço que, não obstante a sua
componente de missão. Hoje, uma insti-
do Porto tem um elevado potencial,
vocação e perfil nacional e internacional,
tuição de ensino superior de excelência
primeiro porque dispõe dos recursos
o Politécnico do Porto integra os seus
tem de ser uma organização aberta, pólo
humanos necessários, na medida em que
diplomados, os quais, pela excelência da
e nó de redes de criação do conhecimento
acolhe uma população jovem significa-
sua formação e capacidade de inovação,
e da sua transferência social. Sob essa
tiva, depois, porque dispõe do potencial
podem contribuir significativamente para
designação antiga de “forças vivas” estão
científico e tecnológico que se acolhe
a inversão do ciclo económico regressivo
hoje os gestores dos territórios, que
naquelas que são as duas maiores institui-
que a assimetria do investimento vem
conduzem políticas e planos estratégicos
ções de ensino superior do País, as quais
criando, desde há muito, no distrito do
para o desenvolvimento, para os quais a
podem contribuir, e contribuem, signifi-
Porto e na região norte.
participação do Politécnico do Porto pode
cativamente para o desenvolvimento, e
representar, e representa de facto, uma
finalmente porque, sendo uma região de
A presença do Politécnico do Porto em
mais valia cada vez mais reconhecida.
forte concentração de pequenas e médias
6 concelhos do Distrito resulta de uma
As “forças vivas” são, de facto, um dos
empresas, pode dispor de uma agilidade,
maior facilidade logística na construção/
grupos naturais de interlocutores para
em termos de adaptação e resposta às
adaptação de instalações ou traduz igual-
o Instituto e as suas Escolas. Penso que
condições e necessidades de mercado,
mente uma aposta estratégica?
o estreitamento de relações que temos
se forem dinamizadas as políticas e os
Apenas conjunturalmente se resolvem
promovido é muito forte e representa
apoios adequados. E, finalmente, pela
algumas questões logísticas de instalação
já uma significativa mais valia mútua, e
capacidade de trabalho, de empreendedo-
de Escolas do Instituto. Na realidade, o
é no reconhecimento desse facto que
rismo, e de vontade de lutar e de vencer
foco central é o da presença, de estar
essas “forças” crescentemente dialogam e
tão ao jeito das pessoas do norte.
presente, no seu principal espaço de
contam com o Politécnico do Porto.
influência, de recrutamento, de acção e
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Politécnico do Porto
Grande Entrevista
António Saiote
António Saiote nasceu em
Actuou ou ensinou em mais
Loures em 1960 | Terminou
de vinte Países da Ásia, Europa,
o curso do Conservatório
América e África do Norte |
Nacional com 20 valores em
Actualmente é professor na
1979 | Representou Portugal na
ESMAE.IPP | Os seus alunos
Orquestra Mundial de Juven-
tocam em todas as Orquestras
tude em 77 (Coreia e Japão),
Portuguesas (melhor ratio por
82 (Hungria) e 83 (Espanha)
nacionalidade / instrumento) e
| Foi solista na orquestra do
ensinam nas melhores escolas.
Teatro Nacional de São Carlos
São também detentores de
e na Régie Sinfónica onde era
vários prémios internacionais.
o único solista português |
Politécnico do Porto
“É impossível falar (ou tocar) sem ter consciência da maneira de dizer…”
Escola. Foi um ano muito profícuo para a Escola, no qual lançámos as bases do que a Escola é hoje. Foi um ano de neutralização, as coisas depois ganharam pernas para continuar. Desde aí dediquei-me a ensinar, tocar e viver no Porto e gosto muito.
O que o motivou a direccionar o seu talento e os seus saberes também para a docência?
Qual a chave que identifica para o sucesso académico, para o
Eu sou daquela geração, como a Irene Lima, o António Rosado, o
20 que teve no Conservatório?
Paulo Gaio Lima, o João Paulo Santos, que é assistente do São
É uma história engraçada. Quando me deram o 20 no Conserva-
Carlos, fomos todos em 78 para Paris. Íamos com aquela ideia
tório disseram-me que, tendo em conta as notas que os outros
que o nosso país era muito fechado, que tínhamos que ir estudar
tiveram e o que fizeram e aquilo que fiz, não podia ter menos de
para o estrangeiro, de adquirir novos conhecimentos. Junto com
20. Em Portugal, ainda hoje, as notas na música são muito infla-
este desejo havia aquele espírito de militância de regressar e
cionadas. Há décadas que toda a gente sabe isso. Se comparar
transmitir esses novos conhecimentos. É um espírito que não há
as notas da ESMAE.IPP com as de outra escola do Politécnico do
hoje. Entretanto, o meu pai insistiu muito para que voltasse para
Porto, parece que aqui é só talentos. Isso não é bem assim. As
Portugal para aqui fazer uma escola de clarinete.
notas que dou começam em 0 e acabam em 20, não são de 10 a 20. Num regime académico, as notas e as faltas são as duas
Também influenciado pela alteração política recente trazida pela
únicas armas dos professores para estimularem o rendimento dos
revolução?
alunos. Eu sou conhecido por dar notas não tão altas como isso.
Sim, houve aquela vontade de abertura, de poder contribuir
Ainda há pouco tempo, um ex-aluno meu, hoje professor, me
para um novo Portugal. Até ter ido para o estrangeiro tinha
lembrou que ficou todo contente quando lhe dei 18. As pessoas
conhecido em Portugal 2 professores estrangeiros. Não vinha cá
sabem que quando alguém tem 18 comigo é porque realmente
ninguém. Ou as pessoas vinham, tocavam e iam-se embora. Não
é muito bom. Sobretudo numa Escola do Politécnico, e é algo
havia, como há hoje, masterclasses, cursos, etc. Íamos para o
em que eu insisto com os meus colegas, é bom que as normas
estrangeiro completamente com os olhos fechados. Não havia
de avaliação e até a interacção que temos com os estudantes,
alternativa. Éramos como os imigrantes: ou saíamos ou não
sejam o mais próximo possível da realidade profissional que estes
tínhamos trabalho.
enfrentarão fora da Escola.
Quais as razões de ter escolhido o Politécnico do Porto e a sua Escola de Música e Artes do Espectáculo para ensinar? Em 1989 abriram a Régie, que foi a melhor orquestra que o país
“A mundividência nunca será substituída pelos diplomas”
conheceu na altura, graças também a alguns meios oriundos da União Europeia. Durante dois anos foi uma grande orquestra. Eu
O mérito tem que ser sempre uma entrega exclusiva ou benefi-
ganhei o concurso na altura e era o único solista português, aliás
cia de um olhar transversal para a mundividência?
do único instrumento, o clarinete, que só contava com instrumen-
Para mim resulta das duas coisas. O meu pai fez questão de me
tistas portugueses. Vim para o Porto com a Régie e continuava
levar a todas as bandas. Dos 12 até aos 17 anos toquei em mais
a ir dar aulas a Lisboa, quinzenalmente. O Maestro Silva Pereira
de 15 bandas de amadores. Eu toquei na banda de Santiago do
disse-me que ia ficar no Porto. Eu fiquei bastante admirado
Cacém quando demorava 4 horas desde Lisboa, como toquei na
porque, no final da década de 80, a ESMAE.IPP tinha apenas
banda do Montijo quando se demorava uma hora para lá chegar.
cursos em 4 instrumentos, estava nesse aspecto muito atrasada
Um dos problemas da sociedade actual é ainda estarmos a pagar
em relação a Lisboa. Não havia o curso de clarinete. Disseram-me
a ideia de esquerda que a Escola vai resolver os problemas todos.
que tinha que fazer o mesmo no Porto que havia feito em Lisboa,
Temos que chegar a uma altura e perceber que não é assim.
pois já tinha feito uma grande escola em Lisboa. Foi uma série
Repare, eu estudei no Liceu Camões, onde, antes do 25 de Abril,
de coincidências: a abertura do curso de clarinete, a existência
era muito difícil entrar. O meu pai era cobrador de água e luz, era
de alguns problemas na escola e a necessidade de alguém novo
remediado, e eu pude estudar no Liceu Camões, que tinha um
e que não fosse do Porto para este trabalho. Durante um ano
regime equivalente ao que hoje tem uma escola privada. Entrava
deixei a orquestra, não dei um concerto e, praticamente, vivi na
às 8h30 da manhã e saía à uma e meia da tarde. Às 14h estava
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Politécnico do Porto
no conservatório. Tinha a tarde toda livre, podia ir às bandas. Eu costumo dizer que a minha educação cívica foi nas filarmónicas. Numa filarmónica aprende-se integração: com gente de várias idades, vários estratos sociais e várias formações, uma bandeira, hierarquia, disciplina, horários, aprende-se quando se toca e a tocar o hino nacional, ouve-se cantá-lo. Aprende-se, pelo menos, a reconhecer as sociedades recreativas da nossa terra. A minha formação cívica, e a de muitos músicos de sopro, foi na sociedade e terá sempre que ser a sociedade a assegurá-la. O mesmo pode acontecer no desporto. A minha filha [Sílvia Saiote] é desportista, foi campeã do mundo de mini-trampolim e eu conheço-a, como à Telma Monteiro, ao Pedro Dias e vejo neles uma formação cívica diferente da que vejo noutros jovens da mesma idade.
“As regras da música são as mesmas que as regras da poesia” Essa formação cívica passa pela disciplina, pelo rigor? Passa pelo complemento. Fazer a escola que os outros fazem, ter a vida que os outros vivem, mais uma actividade de nível que enquadra as pessoas colectivamente, enquadra na sociedade. A escola nunca poderá substituir a sociedade neste papel. O Politécnico tem que ter o mais possível a ver com a realidade. Não é enfiar as pessoas na Escola de manhã à noite que tem algo
Estivemos na Coreia do Sul e no Japão e conheci pessoas de 36
a ver com a sociedade, sobretudo hoje em dia. A sociedade tem
países. Esta orquestra era o topo, com gente de todo o mundo.
que ser revelada a um jovem nas suas várias facetas. Não se pode
Quando pus o pé fora do avião, quando voltei, disse ao meu pai:
fazer os jovens crerem que a sociedade é a Escola, sob pena de
“tenho que ir para o estrangeiro”.
continuarmos a dar com os burros na água. É um pouco como alguém que está no laboratório e não sai para a rua. Não pode.
Tem uma carreira internacionalizada como poucas. Como encoraja os seus estudantes a seguirem também este caminho de
A Escola como ponto de partida?
comparabilidade internacional?
A escola deve sempre ser um ponto de partida, de abertura de
Concorri, logo a seguir à orquestra Mundial, à bolsa da Fundação
perspectivas e não um ponto de chegada. Eu devo muito ao meu
Gulbenkian e acabei por estar 4 anos fora. Falo sempre desta
pai. Aos 14 anos já era solista na Orquestra Sinfónica Juvenil
necessidade de sair aos meus estudantes de todas as maneiras
e toda a gente queria que eu viesse a ser o chefe das bandas
possíveis: nas aulas, pelos cursos que organizo e pelos docentes
militares. Eu disse ao meu pai que não queria, que queria ser
estrangeiros que convido. É preciso que eles saiam. Eu digo aos
solista e inclusive queria ficar pelo antigo 5º ano. O meu pai, que
meus alunos: “se hoje não saem, é uma vergonha”. Hoje têm
não fala nenhuma língua estrangeira, nem portunhol, disse-me:
mais possibilidades de partir, mas às vezes encostam-se um
“se queres ser um grande solista, então vai para as línguas”. Na altura era possível trocar a disciplina de história – em que não era
pouco. Como há muitos diplomas em Portugal, as pessoas têm tendência a sentirem-se auto-suficientes. A mundividência nunca
mau, porque se não fosse músico era historiador – por alemão.
será substituída por esses diplomas. Uma pessoa tem que ir, tem
De modo que eu fiz Francês, Inglês e Alemão. Foi a volta que o
que fazer. Ainda outro dia estava a dizer a um aluno que não
meu pai me deu para eu acabar o liceu. Depois, tive a sorte de
falava inglês que tinha uma iliteracia maior do que a do seu pai,
em 1977 abrir concurso para a Orquestra Mundial e ter sido esco-
pois o pai no trabalho dele não precisará do inglês, enquanto
lhido. Aquilo para mim foi uma revolução. Quase que não dormia.
esse meu aluno precisa.
Politécnico do Porto
“Não existe um artista sem ser renascentista, sem ser humanista”
suprir bastantes lacunas, mas muita gente encontrou aqui uma desculpa, afirmando que se a CdM faz, já não é preciso fazer mais ou diferente. Este discurso não é razoável. No Porto tem que se ir sempre à procura de oportunidades. E importa fazê-lo. É esta a
A sua carreira também toca diferentes áreas do amplo universo
diferença principal em relação a Lisboa. Quando vivia em Lisboa,
da Música: maestro e instrumentista, docência e investigação.
o telefone estava sempre a tocar, para fazer isto ou aquilo. No
Vê-se como um renascentista na Música?
Porto ou a pessoa procura ou o telefone não toca.
Nunca tinha pensado nesses termos, mas de certo modo sim. Não me revejo na sociedade em que vivo hoje em dia. Tenho
As pessoas não podem, então, estar presas a uma só vocação, a
muitas saudades de um tempo que não vivi, entre as duas
um só território?
guerras mundiais, uma altura de grande experimentação artís-
É preciso sermos, pelo menos, bons em duas áreas. É necessário
tica, com outro tipo de vivência. A partir dos anos 60/70, com
saber, pelo menos, duas línguas. O que origina uma terceira
os media e com o disco, perdeu-se uma certa frescura criativa,
condição: a pessoa poder trabalhar em qualquer lado. É preciso
perdeu-se uma certa objectividade sobre o próprio valor da arte,
saber o que se faz com o mérito. Não há nenhum grande músico
pelo menos no que à música diz respeito. Nunca se trabalhou
que não tivesse, pelo menos, outra grande paixão. É a prova que
tanto o instrumento enquanto objectivo como hoje e passa-
o espírito renascentista nunca deixou as artes. Não existe um
mos ao lado de outras coisas sem as quais a arte não existe: o
artista sem ser renascentista, sem ser humanista. Sem isso é-se
contexto, a maneira de dizer, o gosto musical. Tento sempre que
um operário, um executor, um jeitoso. Nunca vai comunicar.
os meus alunos saibam que é impossível falar (ou tocar) sem ter consciência da maneira de dizer. Ser um bom generalista é um grande enriquecimento para se ser um bom especialista. Começamos, agora, a ver as coisas de outra maneira.
“No Porto, ou a pessoa procura ou o telefone não toca“
Tenta transmitir esta postura renascentista aos estudantes, ou
Acha que a cidade se apercebe do valor da ESMAE.IPP?
pensa que ela obsta à especialização?
Ainda este ano, em Serralves [Serralves em Festa], tivemos mais
Dominar uma só migalha já não faz sentido. Costumo reunir
de 3000 pessoas no nosso concerto. Fomos elogiados pelo nível
os meus estudantes no 1º de Dezembro, que foi o primeiro dia
de rigor e disciplina. Os estudantes levaram o espírito jovem, mas
em que saí a tocar na banda. Dantes, os aprendizes saíam no
tinham também todo o lado profissional. Os meus estudantes,
1º de Dezembro. Neste dia fazemos muita coisa, desde tocar a
quando tocam, não “parecem bacalhaus a secar”. Estão ali com
ler poesia. Neste ano até fiz de DJ. As regras da música são as
empenho, com rigor, com saber e com sede de aprender. O que
mesmas que as regras da poesia, a sintaxe e a retórica são as
foi reconhecido. A escola tem que olhar para a sociedade, mas a
mesmas, maneira de dizer é a mesma. Até ao Séc. XVIII todos
sociedade também tem que olhar para a escola. Este ano vamos
os estudos eram sobre estilo, maneira de interpretar, a maneira
fazer o “Amor de Perdição” do António Arroio, que estreou em
de dizer a música, sobre a forma de tocar. A partir do Séc. XIX
1907 no São Carlos, e representado no Scala de Milão e em Ham-
começou-se a acabar com a fantasia, houve um foco na prática,
burgo. Nunca mais foi feito em Portugal. Vai ser reposto este ano,
no instrumento. Isto é a realidade, não é fantasia. Todavia, qual-
passados 101 anos, com a orquestra da Escola. Veja o risco que é
quer professor tem que ter humildade em relação aos alunos:
tocar uma das óperas mais difíceis com a orquestra da Escola. Eu
nós só lançamos a semente que, depois, pode encontrar boa
pensei que ou o fazia com a orquestra do São Carlos, ou então
terra, menos boa, ou a terra pode ser boa mas aquele momento
mais valia fazê-lo com a orquestra da Escola, que vai partir do
não ser adequado.
zero ou abaixo de zero, mas que até à última nota está sempre a evoluir. Já disse aos alunos: isto é o contrário do costume, só
Como avalia as hipóteses de carreira de um estudante de
temos a ganhar. De uma orquestra de uma escola as pessoas
música do Politécnico do Porto hoje?
esperam zero. É ao contrário, não há pressão nenhuma. Como é
Há um problema concreto que é o facto de o Porto ter regredido
que uma ópera destas não foi programada no São Carlos em 100
cultural e economicamente a níveis anteriores aos que encon-
anos? Eu acredito nesta escola e nos seus jovens. É preciso que os
trei quando vim para cá, em 89. A Casa da Música (CdM) veio
outros também acreditem, que a sociedade acredite.
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Politécnico do Porto
Em que medida é que a Escala e a Rede do Politécnico do Porto condicionam ou estimulam o seu trabalho? Claramente a ESMAE.IPP beneficia deste convívio com outra áreas científicas. Sempre que os nossos alunos são solicitados, vão a outras Escolas dar concertos, colaborar com as outras Escolas na nossa área vocacional. Uma Escola como a nossa tem que estar ligada a uma estrutura maior. Temos carências supridas por outras Escolas ou pelo Politécnico do Porto e satisfazemos necessidades culturais e artísticas por estes sentidas.
“não precisam de fazer aquilo que eu digo, desde que façam melhor” Qual maior surpresa e o maior desafio que um nosso estudante lhe colocou? Eu digo sempre aos meus alunos: não precisam de fazer aquilo que eu digo, desde que façam melhor. E há quem o tenha feito, não acontece todos os dias, mas acontece. E quando acontece, há algo de fundamental que se passa, que se comunica. É comovente. Para quando uma edição na Polifonia, a editora discográfica do Politécnico do Porto? Nós temos um disco gravado ao vivo da orquestra de clarinetes da invicta que é excelente. Acho que fazia todo o sentido editá-lo pelo Politécnico do Porto, pela Polifonia. O que lhe falta alcançar? Ainda se consegue ver como incompleto? Não me falta a perfeição, não me faz falta. Continuo a precisar da procura, da demanda. De não precisar de intérpretes ou mediadores para comunicar. Em sentido literal e figurado. O fantástico na vida é admitir o erro experimentá-lo, e perceber que faz falta algo que não sabíamos existir. Mesmo na inspiração divina de um Mozart o tempo acrescentou qualidade. A demanda é a resposta humana à circunstância perene do tempo. Quem ensina, não pode deixar de procurar mais, melhor e diferente. O professor Fernando Vale, quando fez 103 anos, deu uma entrevista e quando perguntado sobre se ainda fazia planos para o futuro, respondeu que cada vez que dá aulas ou fala como pedagogo se está a lançar sementes para o futuro, logo estamos sempre a fazer projectos para o futuro.
“acredito nesta escola e nos seus jovens. É preciso que os outros também acreditem, que a sociedade acredite”
Politécnico do Porto
O POLITÉCNICO DO PORTO ACOLHE ELITE INTERNACIONAL DE JOVENS EMPREENDEDORES O Politécnico do Porto foi “Patrocinador de Platina” da edição
Para o Politécnico do Porto, esta oportunidade apresenta-se
2008 da Junior Enterprise World Conference, que aconteceu na
como um instrumento de excelência para a partilha da sua expe-
cidade do Porto, de 3 a 6 de Julho último.
riência e do seu conhecimento com cada um dos 400 participan-
Esta conferência mundial de jovens empreendedores oriundos de
tes internacionais e dos 100 participantes nacionais. Ambiciona-
22 países de Europa, América do Sul, Oceânia e Ásia abordou, em
se consolidar uma relação que potencie as capacidades que o
painéis especializados em mais de 60 workshops, o caminho de
Politécnico do Porto desenvolve e alimente, junto dos delegados,
competitividade internacional das Pequenas e Médias Empre-
o conhecimento sobre o exemplo que constrói quotidianamente
sas e a Inovação Tecnológica como motor fundamental do seu
com o seu trabalho e que é reconhecido como um exemplo
desenvolvimento.
paradigmático na qualificação e formação de recursos humanos
O nosso Instituto de Engenharia (ISEP.IPP) acolheu um dia de
especializados que sejam bem sucedidos no cenário de competi-
trabalhos, recebendo 12 workshops transdisciplinares que debate-
ção global.
ram a experiência específica dos recursos humanos empreende-
O Politécnico do Porto contribui para o fortalecimento da rede
dores que o Politécnico do Porto forma, os instrumentos de apoio
JADE através da integração do valor acrescentado que aporta
que disponibiliza ao empreendedorismo e a respectiva integração
para a sociedade portuguesa e, crescentemente, para a interna-
num cenário de competitividade internacional acelerada.
cional.
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Politécnico do Porto
POLITÉCNICO DO PORTO RESPONSÁVEL SOCIALMENTE O Politécnico do Porto é uma das instituições parceiras do “Porto de Futuro” no combate ao Abandono Escolar, contando com a colaboração de 7 estudantes do Politécnico do Porto, sob orientação do respectivo Gabinete do Estudante, e cuja intervenção assumiu a forma de tutoria junto de 7 alunos da Escola Básica 2,3 da Areosa. Ao longo de vários meses, os sete voluntários do Politécnico do Porto, provenientes de diferentes áreas, através de diversas actividades e dinâmicas construíram uma relação de proximidade e de confiança com os alunos em risco da Escola da Areosa, com o objectivo de minimizar possíveis dificuldades de aprendizagem, de facilitar a integração na escola e na turma e atenuar eventuais situações de conflito com o intuito de evitar o abandono escolar, transmitindo-lhes a mensagem que são capazes de concluir os estudos e incrementando-lhes atitudes de auto confiança. Esta interlocução dos alunos da Escola da Areosa com o Politéc-
O POLITÉCNICO DO PORTO COMO PORTO DE FUTURO
nico do Porto e com os seus Estudantes voluntários, foi por eles considerada “como uma experiência muito positiva” que lhes permitiu construir “uma relação intensa que, com certeza, será muito útil”, pelo que o projecto será retomado em Outubro de 2008.
Inclusão de todos no Ensino Superior “Porto de Futuro” dá nome ao programa desenvolvido pelo pelouro da Educação, Juventude e Inovação da Câmara Municipal
O Cumprimento de Bolonha atento à Comunidade
do Porto, vereação assumida por Vladimiro Feliz, em estreita articulação com instituições de referência do ensino superior
A participação dos estudantes do Politécnico do Porto neste
da região (Politécnico do Porto e Universidades Católica e do
projecto como voluntários inscreve-se igualmente como resposta
Porto) e dezassete agrupamentos verticais de escolas da Cidade
aos novos desafios decorrentes do processo de Bolonha. A
do Porto, a par com dezassete empresas com origem na região
adequação total dos Cursos oferecidos pelo Politécnico do Porto
e dimensão nacional. Este programa visa construir o projecto
a Bolonha convida à mudança de paradigma de um modelo
educativo da cidade, suportado por uma estratégia participada,
baseado na transferência de conhecimento para um modelo de
integrada e, acima de tudo, inclusiva, ambicionando estruturar
desenvolvimento de competências, convite que foi, no nosso seio,
no terreno a partilha de competências e o envolvimento de acto-
energicamente aceite. Assim, ao longo de vários meses, os sete
res que frequentemente estão alheados do sistema educativo.
voluntários do Politécnico do Porto procuraram contribuir para
O objectivo é “assegurar que os alunos dispõem de condições
a minimização das dificuldades de aprendizagem dos alunos da
para dar continuidade ao seu percurso escolar, nomeadamente
Escola da Areosa propiciando apoio pedagógico, facilitando a sua
na componente de apoio pedagógico, maximizando paralela-
integração na escola e na turma, procurando contribuir para o
mente os índices de sucesso escolar da população do ensino
sucesso escolar através de diversas actividades e dinâmicas que
básico da cidade do Porto”.
acabaram por construir uma relação de proximidade e de confiança para com os alunos, na qual partilham individualmente a sua experiência do que é ser estudante do ensino superior numa instituição de referência nacional.
Politécnico do Porto
O olhar dos nossos Embaixadores Voluntários Considerando que é necessário existir muita “entrega, motivação e muito desejo de querer ajudar o outro que precisa de nós”, Liliana do Vale, estudante da ESTSP.IPP, explica as mais valias desta experiência “ganhámos alegria pelo facto de estarmos a ajudar outra pessoa, ficamos felizes por nos sentirmos úteis.” Já Andreia Évora (ISEP.IPP), argumenta que a “força de vontade” é um elemento muito importante para um voluntário, garantindo que “a frustração nunca a invadiu” e que a partir de Outubro o que deseja é que “eles se empenhem para prosseguir estudos e ingressarem no ensino superior com a finalidade de obterem uma melhor vida. Para lhes despoletar a motivação até já falamos em mostrar a Escola.” Quando solicitada para resumirem numa frase como foi esta experiência, Liliana responde prontamente “extremamente enriquecedora tendo-me tornado mais responsável, mais sensibilizada com os problemas dos outros”. Já Andreia refere que o importante foi “a sensação de me sentir útil, tanto para a escola como para os meninos. Senti que cresci como pessoa e ao apoiar os meninos reaprendi matérias que já não me recordava.”
Entrevista
PRESIDENTE CONSELHO EXECUTIVO ESCOLA AREOSA JOSÉ ANTÓNIO GOMES O Agrupamento Vertical de Escolas da Areosa abrange 520 alunos, de duas freguesias – Campanhã e Paranhos, e é constituído pelas escolas Escola Básica 2, 3 da Areosa e Escola Básica
Voluntários do Politécnico do Porto no Porto de Futuro Andreia Évora, ISEP.IPP Andreia Sá Dias, ESE.IPP Carlos Soares, ISCAP.IPP Lara Diana Ribeiro, ESE.IPP Liliana Barbosa, ISEP.IPP
do 1º. Ciclo e Jardim-de-infância João de Deus. O Politécnico do Porto foi seleccionado para ser o interlocutor deste agrupamento no combate ao abandono escolar precoce dos seus alunos.
“O Politécnico do Porto deu-lhes [aos alunos] uma visão diferente do futuro.”
Marina Pereira, ESE.IPP Susana Ruivo, ESTSP.IPP
Quais são os requisitos que a Escola Básica 2,3 da Areosa apresenta para poder integrar e participar este projecto? Este projecto constitui uma estratégia de acção e de participação da sociedade civil na prevenção do abandono escolar. Assim, o que levou à integração da nossa escola neste projecto foi, por um lado, os índices de abandono e, por outro, os índices de insucesso. Quando refere taxas de insucesso, consegue especificar dados mais concretos? Ao nível do primeiro ciclo, este ano, falamos na ordem dos trinta e qualquer coisa por cento, necessitando de todos os esforços para diminuir o nível do abandono e da falta de assiduidade.
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Politécnico do Porto
Que análise realiza sobre este projecto? Quais os resultados expectáveis? Nós achamos que uma das mais-valias é efectivamente a extrema importância da partilha das experiências com o Politécnico do Porto, existindo uma ligação entre alunos e voluntários, estes estudantes de uma instituição de ensino superior particularmente exigente e com grandes preocupações de adequação ao mercado de trabalho. A maioria das vezes faltam a estes alunos pontos de contacto. São alunos com dificuldades de integração escolar, com expectativas presentes e futuras pouco consistentes, imprecisas e centradas na indefinição de objectivos e experiências, que culminam algumas vezes com a saída da escola. Foi visível a construção de relações de afectividade e de confiança entre
POLITÉCNICO DO PORTO APOIA PROJECTO “ROLE MODEL”
voluntários e alunos, prolongando-se após o término das aulas. Este projecto visa alterar o modelo de referências das novas geraTem conhecimento da opinião por parte dos alunos envolvidos?
ções, hoje baseado em fenómenos de notoriedade social fácil
Em primeiro lugar acharam positiva a relação que se estabeleceu
No âmbito do Programa Porto de Futuro, foi celebrado no pas-
e toda a situação a nível da análise do percurso de vida. Saliento
sado dia 01 de Julho, no Pequeno Auditório do Rivoli, o protocolo
ainda uma outra situação extremamente relevante que foi a
de cooperação entre o Politécnico do Porto e a Câmara Municipal
visita realizada, no passado dia 02 de Julho, pelos alunos com os
do Porto. Este protocolo visa a cooperação no âmbito específico
voluntários e a equipa técnica ao Politécnico do Porto. Esta visita
da operacionalização do Projecto Role Models – Novos Modelos
foi analisada pelos nossos alunos como muito positiva. Digamos
de Referência.
que o contacto com o Politécnico do Porto relevou-se aliciante e
O Politécnico do Porto, através da Escola Superior de Música e
motivador para a escola, pois no final da visita alguns dos alunos
das Artes do Espectáculo, irá produzir 10 filmes em alta definição,
verbalizaram a vontade de concluírem o seu trajecto escolar no
de aproximadamente 10 minutos cada, que versarão o percurso
Politécnico do Porto. Isto já pressupõe uma outra visão sobre a
de vida e a carreira profissional de personalidades da cidade
escola. Alunos que eventualmente não valorizavam muito o seu
invicta. Foram seleccionadas 10 histórias de vida que espelhem
trajecto escolar e no final destes três meses evidencia-se que os
exemplos de personalidades que se distinguem pela inovação,
nossos estão com uma visão diferente do futuro. O Politécnico do
criatividade e empreendedorismo das suas carreiras, baseadas
Porto deu-lhes esta visão.
na formação e qualificação no campo das ciências exactas e das ciências da vida e que constituam modelos para os alunos do
O que realça mais neste projecto? Houve alguma dificuldade na
básico e secundário, potenciando a sua motivação para o acesso
implementação?
ao ensino superior.
Destacamos a actuação do Gabinete do Estudante do Politécnico
Belmiro de Azevedo, Agostinho Antunes, Gonçalo Cadilhe, Raquel
do Porto associado ao projecto: foram incansáveis na sua actua-
Seruca são algumas das personalidades seleccionadas que já
ção, nas reuniões, na dinamização do projecto com os voluntários.
atingiram um patamar de notoriedade social elevado tendo per-
Saliento ainda a Câmara Municipal do Porto, na pessoa do Vere-
cursos de vida considerados inspiradores para as novas gerações.
ador da Educação, Juventude e Inovação, Vladimiro Feliz, grande
O Departamento de Fotografia, Cinema, Audiovisual e Multimé-
impulsionador deste projecto. Relativamente aos voluntários,
dia, já procedeu ao início das gravações que serão visionadas, em
sublinho a perspectiva, postura, interesse e empenho que sempre
todos os meses do ano lectivo, nas escolas do ensino básico e
demonstraram em todo este trabalho. O trabalho deles é um
secundário do Porto, a par de outras acções estruturadas, com o
trabalho meritório porque, para além da sua vivência académica,
intuito de se constituírem como um padrão de competências e
disponibilizaram tempo e empenho e temos de realçar que não
valores inspirador para o futuro das novas gerações.
é qualquer pessoa que o faz. É excelente encontrar estudantes do
Prevê-se que futuramente os conteúdos serão disponibilizados
Politécnico do Porto com esta responsabilidade social.
num portal temático da educação, no qual o Politécnico do Porto contribuirá com o seu vasto know-how videográfico e tecnológico.
Politécnico do Porto
VLADIMIRO FELIZ VEREADOR DA EDUCAÇÃO, JUVENTUDE E INOVAÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO
O Projecto “Porto de Futuro” intervém, assim, a montante (consultoria de gestão para os agrupamentos verticais de escolas) e a jusante (interlocução directa com os alunos). Como se
Como surgiu a ideia e como foi construído o projecto “Porto de Futuro”?
articulam estes dois vectores? Decorrente da história do sistema educativo em Portugal (não
O projecto “Porto de Futuro” nasce do desígnio do actual execu-
sendo, portanto, um problema estritamente actual) a gestão das
tivo municipal de aproximar e envolver a sociedade civil na estra-
escolas foi sendo assumida por Professores por simpatia e porque
tégia de desenvolvimento da cidade, mas surge também de um
as pessoas sentiam alguma vocação para assegurarem essa
desafio lançado por dois dos mentores do projecto: Artur Santos
gestão, sem que, muitas vezes, lhes tivessem sido dadas as com-
Silva e Valente de Oliveira que, em conjunto com a Câmara Muni-
petências e as ferramentas necessárias para exercerem a gestão
cipal do Porto (C.M.P), pensaram este projecto.
de uma forma eficiente. Hoje, muitos destes Professores têm
O desafio inicial incidiu muito sobre a transferência de boas
10, 15 ou 20 anos de experiência na gestão escolar e, portanto,
práticas e bons exemplos do mundo empresarial para o mundo
transportam um imenso conhecimento adquirido. Há contudo,
escolar, nomeadamente no que se refere ao apoio à gestão e
por vezes, mecanismos e processos de gestão que podem ala-
ao planeamento da actividade dos agrupamentos verticais de
vancar a eficiência na organização que estamos a gerir. Sentimos
escolas, no maior envolvimento da comunidade envolvente das
que as empresas poderiam, neste domínio, aportar muito valor.
escolas nos quotidianos destas e também no encontro de alguns mecanismos de apoio (não financeiro, mas de suporte) a alunos eventualmente mais desfavorecidos. Um dos pilares em que nos baseamos foi no princípio de que cada parceria deveria ter vida própria. A nossa postura foi definir as linhas orientadoras, mas deixar que cada parceria afirmasse a sua própria cultura, o seu próprio valor, a sua própria vida.
“Foi-nos evidente que a inclusão do Politécnico do Porto, como maior Politécnico do país, estaria a aportar valor para o projecto.”
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Politécnico do Porto
Porquê a escolha do Politécnico do Porto como parceiro deste
de abandono escolar precoce. Se perdemos estas crianças, iremos
projecto?
ter custos sociais futuros elevados decorrentes da desintegração
O Politécnico do Porto é uma das identidades de referência da
social que o abandono escolar acarreta. Ao conhecer melhor o
cidade e da região. Quando pensamos este projecto não quise-
terreno e a matéria-prima que vai receber, e com as pontes que
mos dissociar da inclusão das empresas a inclusão das entidades
já tem estabelecidas com o mercado empresarial, o Politécnico
académicas da cidade que assumem um papel crucial na recep-
do Porto está destinado a fazer corresponder o produto que
ção destes alunos que estão no ensino básico, nomeadamente no
recebe (os estudantes) e o produto que devolve ao mercado
que se refere à sua formação tendo em vista a sua qualificação
(recursos humanos qualificados e ajustados às necessidades
para uma integração pertinente no mercado de trabalho. Quise-
profissionais). Ao formar diplomados que correspondem às
mos convidar entidades que formam profissionais para o futuro
necessidades do mercado, o Politécnico do Porto está a contribuir
e foi-nos evidente que a inclusão do Politécnico do Porto, como
determinantemente para a qualificação e competitividade desse
maior Politécnico do país, estaria a aportar valor para o projecto.
mesmo mercado e do capital humano da região. Ao contribuir
Numa primeira fase colaboramos conjuntamente na luta contra
para o reforço deste capital humano, o Politécnico do Porto está,
o abandono escolar precoce, envolvendo os voluntários do
directamente, a contribuir para o desenvolvimento económico
Politécnico do Porto de forma massiva e intensa, com ratificações
da região e a fazer este sentir-se no quadro nacional e a habilitar
expressivas por parte dos estudantes do Politécnico do Porto e
este quadro para a competição na escala global. O Politécnico
que será absolutamente para continuar no próximo ano lectivo.
do Porto é ainda responsável pelo fornecimento de um conjunto
Uma outra oportunidade que surgiu para a participação do
de “soft-skills” nas competências pessoais, o que é essencial, hoje,
Politécnico do Porto, depois de conhecerem o âmbito alargado
para a formação de profissionais de sucesso: é preciso “saber ser”,
do programa “Porto de Futuro”, foi no projecto “Role Models:
“saber estar”, saber conhecer”, saber fazer” e “saber querer”.
um mês, uma história de vida”. Produzir-se-ão dez filmes sobre dez histórias de vida de personalidades que fizeram o seu percurso académico na cidade do Porto e que se afirmaram a nível nacional. Estamos, agora, na fase de produção do primeiro filme, dedicado a Belmiro de Azevedo, e o Politécnico do Porto é a entidade responsável pela produção e realização destes filmes, que serão depois difundidos em todas as escolas da cidade, básicas e secundárias, públicas e privadas, no sentido de mudar a mentalidade das novas gerações, hoje muito focada em fenómenos de notoriedade fácil, na direcção de valorizarem a aposta na formação e na qualificação, também como indutora de
“Ao formar diplomados que correspondem às necessidades do mercado, o Politécnico do Porto está a contribuir determinantemente para a qualificação e competitividade desse mesmo mercado e do capital humano da região.“
notoriedade e conforto social, mas sustentados no trabalho e no mérito. Até porque, nesta esfera, sublinham-se normalmente os casos de sucesso, esquecendo-se que para cada Cristiano Ronaldo que se afirma há muitos que tentaram e ficaram pelo caminho e
Que outros projectos tem a Vereação da Educação de interlocu-
cujo regresso à escola para a aquisição de qualificações que lhes
ção com as IES da cidade, nomeadamente com o Politécnico do
permitam outro sucesso profissional é extremamente complexo.
Porto?
Como é que a C.M.P. encara a perda de massa crítica qualificada
as Instituições de Ensino Superior. A ESMAE.IPP é uma das Escolas
sempre que sucede uma situação de abandono escolar precoce
que connosco colaboram neste projecto. É uma cooperação que
e qual o papel que pensa que o Politécnico do Porto poderá
se encontra já bastante estruturada e que veio para ficar. Ainda
Nós temos uma preocupação permanente em trabalharmos com
assumir nesse combate?
há pouco tempo, tive também oportunidade de visitar no
Acima de tudo, o Politécnico do Porto já está a desempenhar um
ISEP.IPP o projecto “Lab+”, onde vi que há mais um recurso na
papel fundamental neste combate, ao ser um dos parceiros do
cidade que pode ser utilizado pelas escolas, e junto das quais
projecto “Porto de Futuro” e, aí, ao desenvolver, connosco, um
divulgaremos essa estrutura. Visitei ainda o Museu Parada Leitão,
trabalho no terreno junto dos alunos que se encontram em risco
que não conhecia e, mais uma vez, me pareceu uma excelente
Politécnico do Porto
ferramenta de aquisição de cultura, aplicada ao conhecimento
forma. Nas competências técnicas, o Politécnico do Porto tem
e ao exercício profissional, por parte dos alunos das escolas do
provas dadas na formação de profissionais de excelência, aliás
concelho. Vamo-nos conhecendo cada vez melhor e, consequen-
o que se reflecte na taxa de empregabilidade muito significativa
temente, vão surgindo oportunidades de maximizar as sinergias
que os seus diplomados conquistam. Trata-se agora de estimular
que os méritos de cada um convidam a explorar, crescendo assim
a ambição, o altruísmo e o empreendedorismo junto das popu-
mutuamente o nosso potencial.
lações que formamos, de formar pessoas que sejam capazes de trabalhar eficientemente em equipa. Juntos, podemos fazer mais
Sendo o Politécnico do Porto uma IES que se distingue especial-
e melhor, reforçando as nossas competências perante os outros e
mente pela forte integração regional (com o tecido autárquico
perante a sociedade, para que construamos uma sociedade mais
e com o tecido económico), o seu sucesso também depende do
dinâmica, em rede, capaz de aproveitar o melhor de cada pessoa
sucesso de cada uma destas entidades, ou seja, do sucesso da
ou entidade.
região. Qual considera serem as oportunidades e problemas
O desafio passa por conhecer a fundo as oportunidades
específicos da nossa região, nesta conjuntura? Qual o valor
existentes, mais do que nos fecharmos num sector ou território
acrescentado com que o Politécnico do Porto poderá contribuir
específicos, colocando o conhecimento e o empreendedorismo
para maximizar estas oportunidades e minimizar estes proble-
ao serviço da região e do país. Precisamos de pessoas perseve-
mas?
rantes, empreendedoras e capazes de mudar a cidade e a região,
Um dos grandes problemas da região está na oferta de oportuni-
porque o potencial é certo que existe. Obviamente tem que haver
dades àqueles que se tentam posicionar no mercado de trabalho
também um sinal do Estado Central, mostrando que vale a pena
e que tem que ver, acima de tudo, com uma mudança radical no
investir no Norte e que o Norte é uma região com futuro para
tecido produtivo da região na nova economia. Tínhamos uma
o país e isso nem sempre tem surgido, agravando um pouco a
indústria intensiva em mão-de-obra. Actualmente a economia
lógica centralista que se tem acentuado nos últimos anos.
requer uma especialização do conhecimento e da inovação. A região perdeu, nesta transição, algum tempo a adaptar-se. Todavia, penso que temos muito bons exemplos na nossa envolvente de que é possível fazer bem e ter uma região competitiva. Temos empresas de referência situadas na cidade e na respectiva envolvente, temos profissionais de referência a saírem das Escolas da cidade. O essencial está cá. Temos agora que criar as dinâmicas e as sinergias que permitam, num primeiro momento, criar maior dinâmica na fixação de negócios na região e, posteriormente, fixar talentos na região. O Politécnico do Porto pode, a este nível, actuar de forma determinante fornecendo competências e valores aos quadros que
“É uma cooperação que se encontra já bastante estruturada e que veio para ficar.“
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Politécnico do Porto
POLITEMA A EDITORIAL DO POLITÉCNICO DO PORTO
Politécnico do Porto: Mais Conhecimento, Maior Cultura, Mais Edições A vida revelada pela Politema far-se-á sentir crescentemente
Na tradição das editoras académicas, a Politema oferece à
neste ano lectivo que começa, quer por uma maior presença no
Comunidade Politécnico do Porto a possibilidade de edição nas
circuito livreiro da nossa região de influência, quer através de
áreas em que o Politécnico do Porto intervém, colocando assim
uma mais intensa divulgação das edições a serem lançadas e
em relação o saber produzido na comunidade leitora que nele
daquelas que constam já do respectivo catálogo.
está interessada e que dele beneficia. Assim, a Politema colabora
Até ao final do ano civil está previsto o lançamento de duas
decisivamente na realização da missão do Politécnico do Porto
novas edições com a chancela “Politema”: Ao lançamento, no
de produção de conhecimento e de devolução à Comunidade
passado dia 19 de Setembro, d“A Condição Feminina no Império
envolvente desse conhecimento, por forma a contribuir para a
Colonial Português” (coordenado pela docente do ISCAP.IPP,
sociedade do conhecimento.
Clara Sarmento), que contribui para o estudo aprofundado em duas áreas científicas emergentes: os estudos históricos “(neo)
A Edição como missão de indução de cultura e conhecimento
coloniais “e os estudos de “género”; seguir-se-á a publicação de“Planeamento de Projectos com Recursos Limitados”, de Jorge
Sendo uma estrutura alimentada pelo maior Politécnico do país,
Magalhães Mendes (docente e investigador do ISEP.IPP), que,
o do Porto, a Politema apresenta-se com objectivos mais latos
nesta altura crucial de início de um novo quadro comunitário de
que o de ser uma editora estritamente académica. Publica o que
apoio, sublinha o mérito e o benefício da definição de qualquer
de melhor se produz no Politécnico do Porto e que se destina a
projecto com uma noção precisa de quais os recursos que terá ao
atingir um público mais vasto do que o público docente e dis-
seu dispor ou que será essencial que conquiste.
cente da respectiva área disciplinar, mas publica também olhares da comunidade Politécnico do Porto sobre as ideias, cultura e fluxo de pensamento que estruturam a dimensão intelectual, sensitiva e ideológica da nossa vida social. Por aqui também se realiza a vocação do Politécnico do Porto de devolução de cultura à comunidade onde se integra. Esta diversidade de realizações e de ambições está bem patente no catálogo da Politema, que inclui obras de referência em todas as áreas de intervenção do Politécnico do Porto, bem como obras que oferecem um olhar inovador e relacional com a cultura contemporânea que nos interpela. A Politema divulga conhecimento, cultura e ideias na Engenharia e Tecnologia, na Gestão, na Educação, nas Artes; mas também edita obras de teatro, sobre cinema, sobre pintura. Também na Música a Politema está presente, quer através da edição de obras musicais, assumidas pelo seu label “Polifonia”, quer através da edição de livros que estudam o fenómeno musical.
Politécnico do Porto
POLITEMA EDITA “CONDIÇÃO FEMININA NO IMPÉRIO COLONIAL PORTUGUÊS” O Politécnico do Porto, através da Politema, publicou a obra “Condição Feminina no Império Colonial Português”, coordenada
Neste volume, encontramos temáticas que vão desde a escravatura e a subalternidade cultural, até à literatura e à linguística no
pela sua Docente e Investigadora, Clara Sarmento.
feminino, tratadas por investigadores de quatro continentes. A
No lançamento da obra, em 19 de Setembro na Livraria Bertrand
aproximação é multidisciplinar, pelo que “Condição Feminina no
de Júlio Dinis, aconteceu uma breve mesa-redonda sobre a temá-
Império Colonial Português” apela a todos aqueles que se inte-
tica desta edição, que contou com o contributo da coordenadora,
ressam por áreas tão vastas como os Estudos de Género, Estudos
de Irene Flunser Pimentel (Prémio Pessoa 2007) e de Elza Pais
Coloniais e Pós-Coloniais, Estudos Culturais, Antropologia, Epis-
(Presidente da CIG – Comissão para a Cidadania e Igualdade de
temologia, Historiografia, Política, Literatura, Educação, Religião,
Género).
Multiculturalismo, Globalização, Direito e Economia. Para que o trabalho de divulgação e análise não fique confinado aos círculos académicos, indiferente à evolução da sociedade, este volume dirige-se – no seu conteúdo e na sua linguagem – ao público em geral, leitores de ficção e de não-ficção, para além de investigadores, docentes, estudantes de graduação e pós-graduação e académicos. Este livro conta também com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
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Politécnico do Porto
Entrevista PRÉMIO PESSOA 2007
IRENE PIMENTEL
Como avalia o contributo que os estudos de género dão ou podem dar ao estudo da História contemporânea, área em que se especializou? Penso que os estudos sobre o género vieram preencher uma lacuna na historiografia em geral, na medida em que a partir deles se completa a história, não só ao “falar-se” das mulheres e da sua situação específica, como ao fazer-se uma leitura diferente da própria história. Na história contemporânea, em particular, na medida em que acompanhou o que muitos chamaram o «século das mulheres”, relativamente ao século XX. Dado que me debruço sobre o Estado Novo, a ausência das mulheres e da sua situação ainda era mais marcada, pois havia uma
por outras regiões do mundo. Por isso,
Ser mulher molda, certamente, quem
tendência da historiografia para tomar
os desafios são diferentes, neste mundo
é. No que respeita à vida profissional e
à letra a própria ideologia desse regime,
global e globalizado. No “nosso” mundo
às interacções sociais considera que a
que as confinava para um espaço privado.
ocidental, permanece uma distância
sua condição feminina teve um impacto
entre a legislação e a realidade, que há
valorativo para o cumprimento daquilo
E o dos Estudos Coloniais e Pós-Coloniais?
que preencher. Surgem também novos
que escolheu como seu destino?
Embora não seja a minha área temática
motivos de discriminação que advêm do
de estudo, posso dizer que os estudos
facto do espaço privado continuar a estar
me” como mulher (ver última questão)
coloniais e pós coloniais – estes fazendo
remetido exclusivamente às mulheres,
e, nesse sentido, o facto de o ser molda
parte da História Contemporânea –
num momento em que elas já estão em
o que sou e o que faço, embora não
também vieram preencher lacunas e pôr
pleno no espaço público.
considere que isso tenha um impacto
em causa uma historiografia europocentrada.
“Construí-me» e continuo a “construir-
valorativo. Qual a sua perspectiva sobre as mesmas premissas aplicadas à condição colonial?
Sente-se empreendedora? Porquê? E con-
Em síntese, qual pensa ser o maior desa-
Preferia não me debruçar sobre este
sidera o empreendedorismo como uma
fio com que a condição feminina está
ponto, pois careço de reflexão relativa-
característica intrinsecamente feminina,
hoje confrontada e em que medida ele
mente ao mesmo.
ou pensa que o género não se apresenta,
se afasta e aproxima dos bloqueios e res-
aqui, como uma categoria relevante?
pectivas superações que são analisados
Não me considero empreendedora,
neste trabalho?
embora actue no campo que escolhi,
Deve-se, em primeiro lugar ter em conta
nomeadamente na história contemporâ-
que a condição feminina é diferente na
nea. Não considero que o género se apre-
Europa e Estados Unidos da América,
sente nesse campo como uma categoria
onde os avanços e progressos na situação
de relevo.
das mulheres não foram acompanhados
Politécnico do Porto
Entrevista COORDENADORA DE OBRA
CLARA SARMENTO
Como lhe surgiu a motivação para estudar a condição de género, algo geralmente visto como contemporâneo, num contexto histórico colonial? Essa motivação veio da certeza de que a pesquisa, a escrita e a divulgação séria e imparcial da História pode tornar-se na base para uma discussão informada da actualidade e para a contestação das relações de poder instituídas. Entre todos os grandes ausentes e silenciados da História, destacam-se as mulheres, que aqui tratamos enquanto personagens paritárias e não como categoria minoritária e segregada, nem como meras companheiras, herdeiras ou substitutas temporárias dos detentores do poder. O empreendedorismo é uma caracterís-
Que projectos para amanhã?
tica da contemporaneidade?
Continuar a “fazer” (no sentido de investi-
Penso que sempre existiu, mas não era
gar e escrever) história contemporânea de
ter conseguido com a escolha de uma
tido em conta, nem enaltecido, como
Portugal, numa perspectiva comparativa
vasta equipa de autores e investigadores
categoria.
com a história de outros países, nomeada-
internacionais como colaboradores desta
mente os inseridos na mesma realidade
obra?
europeia e “ocidental”.
A escolha dessa vasta equipa convocou
“Uma pessoa não nasce mulher. Constrói-
Qual o valor acrescentado que avalia
se mulher.” Concorda com Simone de
uma multiplicidade de disciplinas, para
Beauvoir?
que as perspectivas e a selecção das
Concordo e considero que essa frase e a
fontes e metodologias fossem isentas e
ideia a ela subjacente continuam actuais.
plurais, e acolheu as mais diversas origens
Num período em que se está de certa
nacionais, para que se fizessem ouvir
forma a regressar a uma espécie de essen-
em sintonia as várias memórias inter-
cialismo naturalista, é importante mostrar
venientes na saga global, bem como as
que a condição feminina não é natural e a
diferentes versões da história do império
situação das mulheres é moldada, como
colonial português.
o tem sido ao longo dos séculos, por factores culturais, sociais e políticos.
Em síntese, qual pensa ser o maior desafio com que a condição feminina está hoje confrontada e em que medida ele se afasta e aproxima dos bloqueios e respectivas superações que diagnosticou neste seu trabalho? Actualmente, a condição feminina confronta-se ainda com muitos dos
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Politécnico do Porto
obstáculos descritos neste trabalho. Para lá dos exemplos dramáticos de moderna escravidão e tráfico de seres humanos, tão próximos de muitos dos casos patentes na secção sobre escravatura feminina, temos os imensos preconceitos que subsistem silenciosamente, enraizados nos comportamentos culturais (outra das secções da obra), no senso-comum actuante no quotidiano. Aliás, vários ensaios referem-se a contextos actuais, já no mundo pós-colonial. E o que dizer do silêncio ou da subalternização a que a voz feminina está ainda e tantas vezes sujeita no mundo académico e político contemporâneo? Foi este o grande desafio que este trabalho procurou superar, espero que com sucesso. Como avalia o acesso à e o sucesso na carreira profissional das mulheres na
“… faz todo o sentido aproximar a actividade científica desenvolvida no universo IPP do potencial editorial desse mesmo IPP …”
sociedade portuguesa contemporânea? Desde que baseado no mérito e no trabalho, o sucesso de qualquer mulher e de
de um politécnico, como o do Porto,
qualquer homem estará, à-priori, garan-
deverá em primeiro lugar e por uma
tido em igualdade. Esta visão utópica é
questão de coerência essencial apostar na
francamente contrariada pela realidade,
edição e na divulgação do trabalho dos
onde o preconceito subsiste sempre que
seus próprios docentes e investigadores.
a nomeação política ou o conhecimento social se sobrepõem ao mérito, ou sempre
Que projectos para amanhã?
que o microcosmos familiar – núcleo fun-
Levar a cabo o projecto de longo curso tão
damental de igualdade ou de opressão
exigente que é o Centro de Estudos Inter-
– coloca em prática conceitos arcaicos mas
culturais do ISCAP.IPP. Organizar e acolher
em perigosa ascensão (ver os números da
o I Congresso Internacional de Estudos
violência doméstica, da desigualdade na
Interculturais, que decorrerá no ISCAP.IPP
divisão das tarefas familiares e todo o tipo
já a 9 de Dezembro de 2008 e que vai
de pressões exercidas sobre as mulheres).
receber largas dezenas de participantes provenientes de todo o mundo. Melhorar,
Porquê a sua escolha da Politema para a publicação da obra que coordenou? Porque faz todo o sentido aproximar a actividade científica desenvolvida no universo IPP do potencial editorial desse mesmo IPP, ao invés de buscar editoras externas e por certo muito mais indiferentes ao nosso esforço. Porque uma editorial
melhorar sempre.
Politécnico do Porto
POLITÉCNICO DO PORTO CELEBRA PROTOCOLOS DE COOPERAÇÃO COM NOVA UNIVERSIDADE DE ANGOLA O Politécnico do Porto assinou em Agosto último dois protocolos
Na cerimónia protocolar de assinatura estiveram presentes o
de cooperação com a Universidade Óscar Ribas (UOR), a mais
Reitor da Universidade Óscar Ribas, Alberto Maba Chocolate
recente Instituição de Ensino Superior da República de Angola.
e o Presidente do Conselho de Administração, Abel Domingos
O primeiro destes documentos celebra a aproximação do Insti-
Segunda; que foram recebidos pelo Presidente do Politécnico do
tuto Politécnico do Porto e da Universidade Óscar Ribas tendo em
Porto, Vítor Correia Santos e pela Directora-Geral da FIPP, Marina
vista a construção de um trabalho conjunto nas áreas de gestão
Sousa.
do ensino superior, de investigação científica e desenvolvimento
Tendo os primeiros sublinhado a enorme vontade de encetarem
tecnológico e de estruturação de cursos de formação avançada,
este trabalho conjunto e de conseguirem alcançar os excelentes
bem como no que se refere ao apoio pedagógico e lectivo.
resultados que as potencialidades destas parcerias encerram, foi
Também a Fundação Instituto Politécnico do Porto e a Uni-
reiterada pelo Presidente do Politécnico do Porto a convicção
versidade Óscar Ribas firmaram um protocolo de cooperação,
que também o Politécnico do Porto tem muito a aprender com
prevendo a convergência de vontades, capacidades e instru-
a missão que a Universidade Óscar Ribas assume na construção
mentos nos vectores da gestão, do ensino, da investigação e da
e modernização de um grande país: Angola, manifestando a
transferência de conhecimentos.
convicção que ambas as instituições conseguirão encontrar as pontes e os espaços essenciais ao alcance do destino comum: a liderança no espaço de ensino superior lusófono e a excelência no espaço de ensino superior europeu.
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Politécnico do Porto
Entrevista
PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA UOR ABEL DOMINGOS SEGUNDA Que papel de consultoria podem o Politécnico do Porto e a UOR assumir conjuntamente para colaborar no cumprimento da política comunitária de cooperação com África e, mais concretamente, com Angola? O Politécnico do Porto está em excelentes condições de contribuir com valor acrescentado para as valências que a Universidade Óscar Ribas desenvolve. A Universidade Óscar Ribas tem um ano de existência e consideramos que o Politécnico do Porto será um parceiro
Internacionalização: quais os objectivos
facilmente carências e Portugal poderá
excepcional em todas as nossas áreas de
para a UOR e pode ser o Politécnico do
contribuir com modelos, procedimentos
intervenção, pois transporta um conjunto
Porto um aliado preferencial na penetra-
e práticas de qualificação e, com isso,
de conhecimentos e competências ímpar.
ção da UOR no Espaço Europeu de Ensino
reforçar a sua presença como parceiro
Superior?
produtor de conhecimento e cultura no
Como encara a parceria com a FIPP
Naturalmente que sim. O Politécnico do
espaço lusófono.
no sentido de auscultação, construção,
Porto, pelo que já conseguiu alcançar
execução e monitorização de projectos
em termos de qualidade e notoriedade,
Como vê a UOR daqui a 4 anos, e como
comuns, em África e na Europa?
é um interlocutor prioritário para a
vê esta parceria com o Politécnico do
África apresenta um tempo diferente do
Universidade Óscar Ribas em todo o seu
Porto e com a FIPP nessa altura?
da Europa. Teremos agora um longo tra-
programa de internacionalização.
Ambicionamos um destino com mais e
balho conjunto de conhecimento mútuo, mas realmente a longo prazo, acredito
melhor produção e com mais e melhor Como pensa que a construção de plata-
projecção, e estou certo que a forma
que será possível a concretização de
formas recíprocas de reconhecimento
como o Politécnico do Porto encara esta
iniciativas no terreno, contribuindo assim
académico pode se inscrever na emer-
parceria revela o reconhecimento de que
para o desenvolvimento da comunidade
gência de um espaço de ensino superior
esta ambição é uma real possibilidade a
na qual nos integramos.
lusófono?
alcançar através de um trabalho conjunto
Considero que o número de Universidades
empenhado e permanente.
públicas e privadas existente em Angola e as parcerias que foram capazes de construir revelam já alguma escala de aproximação lusófona no que concerne ao ensino superior. As parcerias traduzem um benefício mútuo para as partes subscritoras. Angola poderá superar mais
Politécnico do Porto
Entrevista
REITOR DA UOR ALBERTO MABA CHOCOLATE Qual a mais-valia que o Politécnico do Porto pode trazer para a consolidação da UOR e para a formação de recursos humanos qualificados em Angola? Sendo a Universidade Óscar Ribas uma instituição ainda de formação recente e tendo inscrito nos seus objectivos a ambição de oferecer cursos na área científica de engenharia particularmente fortes, identificamos em Portugal o Politécnico do Porto como instituição de referência, por forma a que, através destes protocolos, o Politécnico do Porto nos auxilie na construção e no desenvolvimento destes Cursos. Angola carece de recursos
Tendo em conta a oferta formativa de
Porquê a selecção das áreas de Gestão
humanos formados em engenharia e o
ambas as instituições, quais pensa que
da Qualidade; Gestão Ambiental e
Politécnico do Porto tem um conjunto
serão as áreas científicas em que parceria
Gestão Autárquica e Administrativa como
de competências adquiridas nesta área
podem ser construídas a curto e médio-
eixos iniciais estruturantes da formação
que gostaríamos de aprender e, um dia,
prazos?
de curta-duração de técnicos superiores?
partilhar.
A curto e a médio-prazos nós perspectiva-
Estas são áreas em que Angola se
mos a criação de cursos de Pós-Graduação,
apresenta especialmente carente de
Que boas práticas de gestão da quali-
bem como cursos profissionalizantes que
quadros qualificados. Consequentemente,
dade, docência e apoio pedagógico ambi-
possam fortalecer os instrumentos dos
estabelecemos esta prioridade como
ciona a UOR e que papel diagnostica
recursos humanos que formamos no sen-
contributo para o desenvolvimento de
que o Politécnico do Porto pode, nestes
tido de poderem assumir uma prática pro-
Angola e dos angolanos nestas áreas, aí
vectores, assumir?
fissional mais qualificada. O Politécnico
ainda emergentes.
A Universidade Óscar Ribas estrutura a
do Porto poderá contribuir para a nossa
sua oferta formativa em duas vertentes:
afirmação e para o nosso sucesso com a
Como vê a UOR daqui a 4 anos, e como
área de ciências sociais e humanas e área
experiência e os conhecimentos que trans-
vê esta parceria com o Politécnico do
das engenharias. Na área das enge-
porta na construção de oferta formativa
Porto e com a FIPP nessa altura?
nharias oferecemos as Licenciaturas em
especializada ao sucesso profissional e
Assinamos hoje um protocolo que
Engenharia Civil, Engenharia Informática
empreendedor, bem como na consultoria
será agora consolidado, através de um
e das Comunicações e Engenharia Electro-
relativa à aquisição de equipamentos de
relacionamento mais próximo e que nos
mecânica. Nestas três dimensões, estou
laboratório e de investigação científica
permitirá tirar partido do posicionamento
certo, o Politécnico do Porto assumirá um
e, ainda, no que se refere à mais-valia
de liderança do Politécnico do Porto para
papel de potenciador do nosso desenvol-
que futuras acções de intercâmbio com
com este aprendermos e colmatarmos
vimento enquanto Instituição de Ensino
os seus docentes e investigadores podem
carências que, uma vez supridas, nos
Superior de referência para Angola, como
trazer à Universidade Óscar Ribas.
permitirão também assumir um posicio-
ambicionamos.
namento de liderança no nosso contexto nacional.
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Politécnico do Porto
UNIVERSO IPP
-se que alguns estabelecimentos comer-
tantes de algumas das mais prestigiadas
ciais venham a aderir a esta campanha,
empresas da região do Norte, tais como:
para que toda a população possa doar
a Impetus, a Nobrand e a Siena.
os livros de que já não necessite e assim
–
se consigam livros de leitura na língua
No âmbito da X Semana Nacional de
portuguesa com qualidade e capazes de
Marketing, a Coordenação do Curso de
serem bem apreciados por estudantes e
Marketing do ISCAP.IPP, em parceria com
leitores destes países africanos de língua
a Associação Portuguesa de Profissionais
oficial portuguesa.
de Marketing (APPM), organizou mais
Contacto: Graça Pereira – ESTGF.IPP
uma edição dos Encontros de Marketing,
Tel: 255 314 002
subordinada ao tema “ Benchmarketing
E-mail: gtp@estgf.ipp.pt
Challenge. Lançar desafios, alcançar resultados.” Os Encontros de Marketing foram reali-
ESTGF.IPP LER É PARTILHAR
zados no dia 28 de Outubro de 2008, às 19:00, Auditório 1. O orador convidado para abordar esta temática foi José
A ESTGF.IPP e a Associação para o Desen-
Miguel Pinto de Oliveira (Director da J.P.
volvimento da Freguesia de Margaride
Lobão Economistas, Lda.). A J.P.Lobão Eco-
lançaram uma campanha para recolha de
nomistas, Lda. elabora estudos/projectos
livros destinados a equiparem bibliotecas
na área da consultoria de empresas e ben-
em Cabo Verde e S.Tomé e Príncipe. Com o slogan “Porque Ler é Partilhar”, desejam sensibilizar a população de Felgueiras, em especial os estudantes e as
GABINETE DO ESTUDANTE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL POLITÉCNICO DO PORTO
comunidades escolares, a doar livros de ficção e livros escolares usados ou novos,
Realizou-se nos dias 2, 9 e 23 de Outubro,
como etapa inicial de um projecto mais
no Auditório da Biblioteca Central do Poli-
ambicioso destinado ao equipamento de
técnico do Porto, o Workshop Inteligência
bibliotecas da Ilha de Santiago, em Cabo
Emocional, organizado pelo Gabinete de
Verde e do distrito de Caué, em S.Tomé e
Estudante do Politécnico do Porto, com o
Príncipe.
tema “Aprender a identificar, usar, com-
Esta campanha conta com o apoio de
preender e gerir emoções nas relações
todas as escolas do concelho, a saber:
interpessoais”.
Agrupamentos de Airães, Idães / Barrosas, Lagares, Lixa (Leonardo Coimbra), Margaride (Manuel de Faria e Sousa), Secundárias da Lixa e de Felgueiras,
chmarketing para entidades governativas, nomeadamente o IAPMEI.
ESEIG.IPP ESMAE.IPP FINALISTAS DO POLITÉCNICO DO PORTO NO MUSEU DO CARRO ELÉCTRICO Os estudantes finalistas de Design Gráfico, Design Industrial e de Tecnologia da Comunicação Audiovisual do Politécnico
ESTGF.IPP / ISCAP.IPP MARKETING PROFISSIONAL
Escola Profissional e Centro de Formação
do Porto (ESEIG.IPP e ESMAE.IPP) partilharam a exposição “Linha 08”, até 31 de Agosto, na Central Eléctrica do Museu do Carro Eléctrico em Massarelos.
Profissional da Indústria de Calçado.
Realizou-se um Encontro de Marketing
Segundo os responsáveis pela iniciativa,
juntamente com a Associação Portuguesa
esta campanha irá decorrer até finais do
de Profissionais de Marketing (APPM), no
mês de Outubro para que todos os livros
dia 28 de Outubro na ESTGF.IPP, organi-
recolhidos possam seguir ainda durante o
zado pelos alunos do 3º ano de Ciências
mês de Novembro para os seus destinos.
Empresariais da ESTGF.IPP, contando com
De acordo com estas Instituições, deseja-
a presença de vários oradores represen-
Politécnico do Porto
ESTGF.IPP NOVO CET EM FELGUEIRAS A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras do Politécnico do Porto (ESTGF.IPP), e a Caixa de Crédito Agrícola
IPP | DESPORTO POLITÉCNICO DO PORTO ORGANIZA CNU’09
Mútuo de Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega, CRL (CCAM), estabeleceram uma parceria na componente de formação em contexto de trabalho para o novo Curso de Especialização Tecnológica na área de
O Politécnico do Porto apresentou a sua
IPP | DESPORTO TREINADORES DE NÍVEL II NO POLITÉCNICO DO PORTO
Banca e Seguros.
candidatura no mês de Outubro e con-
No dia 12 de Setembro, a ESTGF.IPP e a
O Politécnico do Porto acolheu até 27 de
quistou a organização das Fases Finais dos
CCAM, assinaram Protocolo de Coopera-
Julho, 30 treinadores que frequentam
Campeonatos Nacionais Universitários, a
ção, nas instalações da Escola, que visa
o Curso de Treinadores de Nível II de
decorrerem de 20 a 24 de Abril de 2009.
proporcionar a alunos do novo Curso de
Voleibol, em Parceria com a Federação
Este evento mobilizará cerca de 3000
Especialização Tecnológica de Banca e
Portuguesa da modalidade, na Presidên-
alunos do ensino superior do Continente
Seguros, a realização da componente de
cia e no Pavilhão Desportivo do IPP.
e Ilhas, que estarão em competição desde
formação em contexto de trabalho, parte
Esta parceria tem como objectivo promo-
Novembro de 2008, tentando conquistar
integrante do curso.
ver o Politécnico do Porto junto dos atletas
a sua qualificação para as fases finais
dos escalões mais novos, aumentando
concentradas, que serão organizadas pelo
assim o reconhecimento da Instituição
Politécnico do Porto.
ISCAP.IPP NOVOS LIVROS DE AUTORES DO POLITÉCNICO DO PORTO
“INVENÇÕES: COMO PROTEGER E REDIGIR UM PEDIDO DE PATENTE?” EM DEBATE NA FIPP
inovadoras instalações desportivas, que acolheram anteriormente a realização do Encontro Nacional de Gira Vólei e de diversos estágios das selecções nacionais
No âmbito da estratégia de protecção e
masculinas e femininas deste desporto.
valorização do capital intelectual gerado no Politécnico do Porto, a OTIC/IPP pro-
No dia 17 de Outubro, pelas 18h30,
moveu no dia 15 de Julho uma acção de
(na CTOC Avenida da Boavista, 383 r/c –
formação subordinada ao tema: “Inven-
Porto), o Grupo Editorial Vida Económica
ções: Como proteger e redigir um pedido
procedeu à apresentação de dois livros:
de patente?”.
“Gestão Financeira – Análise de Fluxos
e propiciando o conhecimento das suas
II CICLO DE CONFERÊNCIAS DO CENTRO DE ESTUDOS INTERCULTURAIS (CEI)
A Fundação do Politécnico do Porto aco-
O II Ciclo de Conferências do Centro de
lheu este evento, que contou com a pre-
Estudos Interculturais (CEI) do ISCAP.IPP
dante ISCAP.IPP) e “A Contabilização dos
sença de Alberto Canelas, Agente Oficial
realizou no dia 10 de Outubro, às 16h,
Contratos de Construção I.A.S. 11”, de Ana
da Propriedade Industrial e representante
na sala de leitura informal da Biblioteca,
Jorge de Barros (Docente ISCAP.IPP).
da J. Pereira da Cruz SA.
a conferência “Usos do Português na
Financeiros”, de Eduardo Sá e Silva (Estu-
A sessão de apresentação foi presidida por
Europa: Para uma Reflexão sobre Espaços
Domingues Azevedo, Presidente da CTOC.
e Contextos Multilingues”, com Clara Keating do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.
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Politécnico do Porto
informática, o que permite desenvolver
O Auditório E do ISEP.IPP acolheu este
ferramentas díspares nos mais variados
evento, que visa motivar os docentes do
ambientes. O objectivo deste encontro
ISEP.IPP para a utilização de recursos
de cientistas, técnicos e investigadores é
educativos inovadores e motivadores da
aprender mais sobre redes neuronais de
aprendizagem no ensino da engenharia.
forma a aplicá-las nas suas áreas.
ESE.IPP DOCENTE NOMEADA PRESIDENTE DE SEMINÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DA “INTERNATIONAL SOCIETY FOR MUSIC EDUCATION” Graça Mota, docente e investigadora da Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto (ESE.IPP), foi nomeada Presidente da Comissão Científica do Seminário de Investigação da International Society for Music Education (ISME), que terá lugar em 2010, na China. A docente da ESE.IPP é assim a primeira
ISCAP.IPP PRESIDENTE DO POLITÉCNICO DO PORTO DÁ POSSE AO CONSELHO PEDAGÓGICO E À ASSEMBLEIA DE REPRESENTANTES
portuguesa a ser nomeada presidente desta importante estrutura científica, que
CASA DO PESSOAL DO IPP PROGRAMA DE OCUPAÇÃO DE TEMPOS LIVRES Numa iniciativa da Casa do Pessoal do Politécnico do Porto (CPIPP), encerrou no dia 31 de Julho o Programa de Ocupação e Tempos Livres intitulado “Vamos Ocupar as nossas Crianças?” que se destinou a crian-
O Presidente do Politécnico do Porto,
ças e jovens, filhos dos seus associados.
está representada em mais de 70 países,
Vítor Correia Santos deu, no dia 19 de
Oficinas de artes plásticas, drama,
e que pretende desenvolver e estimular o
Setembro, posse aos novos membros do
música, expressão motora, meio físico
ensino da música nas suas mais diversas
Conselho Pedagógico e da Assembleia de
e educação física foram algumas das
vertentes.
Representantes do ISCAP.IPP. A cerimónia
actividades propostas durante cinco
contou com a presença do Presidente do
semanas, nas instalações da ESE.IPP, às
Conselho Directivo, Fernando Magalhães,
120 crianças participantes com idades
da Presidente do Conselho Científico,
compreendidas entre os 5 e os 12 anos.
ISEP.IPP REDES NEURONAIS EM ESCOLA DE VERÃO O Instituto Superior de Engenharia do Politécnico do Porto (ISEP.IPP) acolheu em Julho uma Escola de Verão internacional dedicada à aplicação de redes
Cristina Pinto da Silva e dos funcionarios José Vaz Marta e Elisabete Pinto.
ISEP.IPP SEMINÁRIO ISEP-TREE
neuronais. Trata-se de aulas práticas e
ESE.IPP 22ND INTERNATIONAL SEMINAR ON RESEARCH IN MUSIC EDUCATION A Escola Superior de Educação do Poli-
teóricas em ambiente informal para
No âmbito do grupo TREE (Teaching
técnico do Porto acolheu, entre os dias 13
partilha de conhecimento neste tipo de
Resources for Engineering Education)
a 18 de Julho, um Seminário de Investi-
inteligência artificial. As redes neuronais,
lançado pelo Conselho Científico do ISEP.
gação em Educação Musical organizado
designação inicialmente usada na inves-
IPP, organizou-se no dia 17 de Setembro, o
pelo CIPEM – Centro de Investigação em
tigação médica e no estudo do cérebro,
Seminário intitulado ISEP-TREE, Teaching
Psicologia da Música e Educação Musical.
podem ser utilizadas na sua componente
Resources for Engineering Education.
Este seminário incluiu a participação de
Politécnico do Porto
27 especialistas de origem geográfica
rodas – utiliza a mecânica do Fiat Uno 45,
Politécnico do Porto.
diversificada, bem como observadores
para a qual foi desenvolvido um chassis
A participação é gratuita, não sendo
cujo olhar foi guiado através de eluci-
tubular, de acordo com a regulamentação
necessário nenhum equipamento especí-
dativas apresentações, realizadas por
da FIA para a categoria II (automóveis de
fico, tendo o seguinte horário quarta das
investigadores experientes e novos
competição), grupo E (fórmula livre) e
14h às 15h e quinta das 11h30 às 12h30.
investigadores.
classe 5 (até 1000 cc). Apesar de utilizar
A ISME – International Society for Music
a mesma mecânica que é utilizada no
Education, realiza uma conferência mun-
troféu Challenge Desafio Único, o tempo
dial, de dois em dois anos, a decorrer em
por volta em qualquer circuito deverá ser
diferentes países, já tendo sido realizadas
significativamente mais baixo do que o
conferências em cada um dos cinco conti-
conseguido pelos melhores Fiat Uno, uma
IPP | DESPORTO AULAS DE KARATE,YOGA E AERÓBICA NO POLITÉCNICO DO PORTO
nentes. Este ano a conferência decorrerá
vez que é mais leve cerca de 200 kg e
em Bolonha (Itália) e o seminário da
mais aerodinâmico. Além disso, possui
Foram abertas as inscrições para a prática
comissão de investigação decorreu na
um centro de gravidade e uma distribui-
de aulas de Karate, Yoga e Aeróbica,
ESE.IPP.
ção de pesos mais favorável, para além de
organizadas pelo Gabinete de Desporto
permitir mais afinações da geometria de
do Politécnico do Porto, a toda a Comuni-
suspensões.
dade IPP e à Comunidade envolvente.
Depois do Verão será iniciado o programa
As aulas são distribuídas de segunda a
de testes que conduzirá ao modelo final e
sexta: Karate – terças e sextas (17h45);
que deverá estar concluído antes do final
Yoga – segundas e quartas (12h30);
do ano.
Aeróbica – terças e quintas (17h45).
ESMAE.IPP FLAUTISTA PORTUGUESA PREMIADA COM MELHOR INTERPRETAÇÃO
ISEP.IPP NOVO PROJECTO AUTOMÓVEL
A flautista portuguesa Raquel Lima, 29 O Laboratório Automóvel do Departa-
anos, conquistou o prémio para a Melhor
mento de Engenharia Mecânica (DEM)
Interpretação no prestigiado Concurso
do Instituto Superior de Engenharia do Politécnico do Porto (ISEP.IPP), em parceria com a Mundauto, S.A. (concessionário Fiat, Lancia e Alfa Romeo) desenvolveram
GABINETE DO ESTUDANTE ESPAÇO SAÚDE E BEM-ESTAR – SESSÕES DE RELAXAMENTO GES/IPP
Internacional de Flauta Jean-Pierre Rampal, realizado em Paris. Professora na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Politécnico do Porto – ESMAE.IPP, Raquel concor-
um automóvel de competição de dois lugares (barchetta), tendo em vista a sua
O Gabinete de Estudante reiniciou no
reu, numa primeira fase, com mais 200
homologação para um troféu nacional de
dia 8 de Outubro, as sessões de relaxa-
candidaturas oriundas de todo o Mundo
baixo custo.
mento abertas a todos os estudantes e
e arrecadou o prémio na semi-final do
Este é um projecto de natureza académica
gradudados IPP. As sessões decorrem no
concurso.
que envolve alunos do curso de engenha-
“Espaço Saúde e Bem-Estar”, no edifício da
Após uma primeira selecção, Raquel
ria mecânica do ISEP.IPP e que abrange
Presidência, com a duração de uma hora
Lima foi um dos 93 candidatos aceites a
diferentes áreas: ciência, tecnologia, edu-
de relaxamento físico e mental, até ao
participar no concurso. Dos 74 concorren-
cação, desporto, reciclagem e o ambiente.
final do presente ano lectivo, coordenadas
tes presentes na primeira eliminatória,
O automóvel – com motor central, trac-
por Ana Isabel Ferreira e por Filipa Heitor,
Raquel foi um dos 16 concorrentes a
ção traseira e travões de disco às quatro
Psicólogas do Gabinete de Estudante do
passar às semi-finais.
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Politécnico do Porto
Foi nesta fase que conquistou o prémio
Esta visita teve como objectivo a obser-
encaminhamento de qualquer problema
de melhor interpretação da obra ‘Duel à
vação e reconhecimento do mérito, por
ou dúvida que cada um dos nossos
Coups de Gourdin’, de H. Dufourt, com-
parte do Sr. Presidente da República, dos
16.000 estudantes coloque.
posta especialmente para o concurso.
vários Projectos de índole social desen-
Este atendimento personalizado é com-
A docente da ESMAE.IPP é a primeira por-
volvidos pela FAP e pelos seus associados,
plementado pelo atendimento telefónico,
tuguesa a ser premiada neste prestigiado
nomeadamente o projecto de intervenção
possível no mesmo horário, através
certame. Por norma, os laureados do
social junto dos mais desfavorecidos deno-
da linha azul do Politécnico do Porto: 808202620.
Prémio Jean-Pierre Rampal vêem abrir-
minado “ESEIG Social”, promovido pelos
se-lhes as portas dos mais importantes
estudantes da ESEIG.IPP e a intervenção
palcos da cena musical internacional.
social da Associação de Estudantes do ISEP. IPP, bem como a emancipação profissio-
ISEP.IPP UM MÊS DE METROLOGIA
nal dos estudantes do ensino superior do Porto, destacando-se a realização de
ESMAE.IPP POLITÉCNICO DO PORTO DÁ PODER ÀS IMAGENS
feiras de integração profissional, como a “I Feira Internacional do ISCAP.IPP”. Este
O Politécnico do Porto, através da Escola
Em Outubro de 2008 realizou-se no
roteiro tem como objectivos reforçar a
de Música e das Artes do Espectáculo
Instituto Superior de Engenharia do
necessidade do País conhecer e se deixar
(ESMAE.IPP) organizou, com o apoio da
Politécnico do Porto, o evento “Um
estimular por exemplos positivos e afir-
Alliance Française e do Goethe Institut, a
mês de Metrologia”, com os seguintes
mar o envolvimento dos jovens no debate
5ª Edição do “Imagens do Real Imaginado”
temas: O laser na metrologia mecânica;
politico, económico e social do País.
que observou em detalhe e em múltiplos
A metrologia eléctrica; A metrologia das temperaturas.
registos visuais “o poder das imagens”.
ESPAÇO ESTUDANTE DO POLITÉCNICO DO PORTO EM FUNCIONAMENTO CONTÍNUO E ESPECILIZADO
Coordenado por Olívia Silva e programado por Jorge Campos, este ciclo trouxe à Biblioteca Almeida Garrett, de 3 a 7 de Novembro, especialistas de referência internacional como Chritian Milovanoff, Ken Grant e Val Williams, cineastas e músicos nacionais consensualmente
POLITÉCNICO DO PORTO PARTICIPA NA 1ª JORNADA DO ROTEIRO PARA A JUVENTUDE
O Espaço Estudante do Politécnico do
reconhecidos como António-Pedro Vas-
Porto é um local onde se pode dirigir para
concelos e Francisco Monteiro, estudiosos
qualquer tipo de esclarecimento.
do cinema como José Manuel Costa e
O atendimento personalizado e individual
Frédéric Sabourand e, provavelmente, a
é realizado por Técnicos Superiores espe-
maior referência viva do cinema europeu,
cializados, que tratarão de cada caso que
Manoel de Oliveira.
surgir por parte de estudantes, graduados
Fotografia, documentários, longas-metra-
e candidatos às Escolas Politécnico do
gens e masterclasses convidaram todos
Porto, de segunda a quinta das 8h às 20h
a experimentarem diferentes formas de
No passado dia 3 de Outubro o Sr. Presi-
e à sexta das 8h às 16h, permitindo um
sentirem o duplo poder das imagens, no
dente da República visitou a Federação
apoio contínuo a todos.
momento em que são projectadas e na
Académica do Porto (FAP) no âmbito do
Como se encontra situado nos Serviços
projecção que delas subiste nas nossas
Roteiro que dedica a Juventude.
Centrais do Politécnico do Porto, permite
mentes, nos nossos sentimentos, nas
A recepção a esta visita coube ao
uma ligação directa com a Presidência
nossas vidas.
Presidente da FAP, Ivo Santos, estudante
e uma rede de ligação entre todos os
Este ciclo aconteceu no âmbito do
do ISEP.IPP, onde esteve também o
Serviços, facilitando assim a resolução
Projecto Elysée, parceria franco-alemã,
Presidente do Politécnico do Porto, Vítor
do problema em questão, identificando
apoiada pelos MNE’s de ambos os países.
Correia Santos.
o interlocutor certo para a resolução ou
Politécnico do Porto
determinante, para o caminho de evolução da internet para a sua 3ª geração, a Web 3.0.
ESTGF.IPP 9º ANIVERSÁRIO No dia 17 de Novembro a Escola Superior
IPP | DESPORTO 1º TORNEIO DE APURAMENTO DE ANDEBOL FEMININO
IPP | DESPORTO POLITÉCNICO DO PORTO ESTREOU-SE NOS CAMPEONATOS NACIONAIS DE BASQUETEBOL FEMININO No passado dia 26 de Outubro, a equipa
de Tecnologia e Gestão de Felgueiras festejou o seu 9º Aniversário, que se
No âmbito das competições organizadas
sénior de basquetebol feminino do
iniciou pelas 14h30 no Auditório da
pela Federação Académica do Desporto
Politécnico do Porto jogou o seu primeiro
ESTGF.IPP, através de uma retrospectiva
Universitário (FADU), realizou-se nos dias
desafio na 2ª Divisão dos campeonatos
dos seus nove anos de existência, acom-
13 e 14 de Novembro, pelas 10h, no Pavi-
nacionais, tendo como equipa adversá-
panhada pelo “Quintento Contraste” da
lhão Desportivo do Politécnico do Porto,
ria a Juvemaia, reunindo mais de 250
ESMAE.IPP.
o 1º Torneio de Apuramento de Andebol
espectadores no Pavilhão Desportivo do
A sessão comemorativa de abertura
Feminino.
Politécnico do Porto.
contou com as intervenções do Pre-
A Equipa do Politécnico conseguiu chegar
A equipa é constituída por Estudantes e
sidente do Politécnico do Porto, Vítor
às meias-finais nesta sua estreia neste
Graduados do Politécnico do Porto, sendo
Correia Santos, da Presidente da Câmara
torneio.
treinada pelo colaborador da área de
de Felgueiras, Fátima Felgueiras, do
Desporto, José Castro, e pelo estudante
Administrador da Comunidade Urbana
do ISCAP.IPP (uma das sete escolas
de Vale de Sousa, Luís Monteiro, do Presidente da Comunidade Urbana do Baixo Tâmega, Manuel Moreira e do Director da ESTGF.IPP, Luís Costa Lima. Seguiram-
ISEP.IPP INVESTIGADOR GANHA PRÉMIO POR PESQUISAS SEMÂNTICAS NA NET
Francisco Costa. Esta mesma equipa ir-se-á juntar aos Campeonatos Nacionais Universitários, organizados pela FADU, em representação do Politécnico do Porto.
-se a apresentação do projecto “Parque Politécnico de Felgueiras – Futuro ESTGF.
que constituem o Politécnico do Porto),
O investigador do Instituto Superior
A equipa demonstrou a sua perícia e
IPP” e as intervenções do presidente da
Engenharia do Porto (ISEP.IPP) Nuno
eficácia para o cumprimento do objec-
Associação de Estudantes da ESTGF.IPP e
Silva, foi premiado pelo desenvolvimento
tivo de subida de divisão que desejam
do presidente da Associação dos Antigos
de um sistema que permite pesquisar e
alcançar, apesar do resultado desfavorável
Alunos da mesma escola. Para a finaliza-
seleccionar conteúdos na Internet, através
de 46/54 a favor da Juvemaia, uma das
ção das comemorações, foi proposto aos
de técnicas semânticas.
equipas mais fortes da competição.
convidados um concerto Hip-Hop e uma
Esta tecnologia desenvolvida por Nuno
DJ-Session.
Silva, conjuntamente com o galês Owen Gilson, permite obter informações qualitativamente mais precisas que as permitidas pela maioria dos resultados dos actuais motores, que apresentam listas de informação quantitativamente extensas que nem sempre correspondem ao que se pretende procurar na Web. Nuno Silva contribui, assim, de forma
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Politécnico do Porto
CASA DA MÚSICA POLITÉCNICO DO PORTO COM ACESSO PRIVILEGIADO O Politécnico do Porto e a Fundação Casa da Música (CdM)
mental de abertura e de colaboração próxima do Politécnico do
celebraram um Protocolo de associação que visa a captação de
Porto com a Comunidade envolvente e com os seus agentes mais
novos públicos para a actividade cultural musical de referência
dinâmicos”, enfatizando ainda “o empenho total que o Politéc-
internacional oferecida pela CdM.
nico do Porto colocará na execução deste protocolo, cumprindo
Esta associação tem como objectivo promover o acesso das mais
a sua missão de promoção da difusão da cultura junto das suas
de 17.500 pessoas que constituem a Comunidade Politécnico do
gentes”. O Administrador Delegado da Casa da Música, Nuno
Porto (Estudantes, Docentes e Colaboradores) à excelência musi-
Azevedo, destacou igualmente “a mais-valia” que a associação
cal que a Casa da Música programa e aumentar o conhecimento
da instituição que dirige “identifica na possibilidade de divulgar
que a Comunidade Politécnico do Porto tem da diversidade e da
as suas actividades de forma mais próxima junto de todos os
qualidade desta programação.
membros do Politécnico do Porto”, reiterando o seu “entusiasmo
Desta forma, qualquer estudante, docente ou colaborador do
pela oportunidade de captação de novos públicos e de indução
Politécnico do Porto terá acesso a um preço de bilheteira espe-
de hábitos culturais junto destes que a associação ao Politécnico
cialmente concebido para si (desconto de 50%) para os concertos
do Porto traz”.
do bloco programático Orquestra Nacional do Porto “Ao Sábado”
Este acordo insere-se numa dinâmica mais vasta, de promoção
e do agrupamento residente Remix Ensemble.
do acesso preferencial da Comunidade Politécnico do Porto
Na assinatura deste Protocolo de convergência institucional o Pre-
à rede de agentes que produzem cultura no Porto, a rede
sidente do Politécnico do Porto, Vítor Correia Santos, sublinhou “o valor desta associação para toda a Comunidade Politécnico do Porto” e a importância que ela reveste como um “vector funda-
“IPP|Cultura”.
Politécnico do Porto
POLITEMA EDIÇÕES | LIVROS | CD’S EDIÇÕES RECENTES
PRÓXIMA EDIÇÃO
CONDIÇÃO FEMININA NO IMPÉRIO COLONIAL PORTUGUÊS Clara Sarmento (Coord.) | 2008 | 459 p. ISBN 978-972-8688-54-7 Preço de capa: € 16,50
PINTURA PORTUGUESA CONTEMPORÂNEA: A COLECÇÃO IPP Maria de Fátima Lambert | 2005 | 171 p. ISBN 972-8688-35-0 Preço de capa: € 33,00
A ausência da mulher emerge em especial no momento de analisar a condição feminina no vasto cenário do espaço colonial e metropolitano, do Brasil ao Extremo Oriente, passando pela Europa, África e Índia, entre o início da expansão do século XVI e a devolução das colónias. Descrevendo com seriedade científica as vivências e os (pre)conceitos de que as mulheres foram sujeitos e objectos, esta obra convoca uma multiplicidade de disciplinas, para que as perspectivas e a selecção das fontes e metodologias sejam isentas e plurais, e acolhe as mais diversas origens nacionais, para que se façam ouvir em sintonia as várias memórias intervenientes na saga global, bem como as diferentes versões da história do império colonial português.
Este livro permite conhecer um pouco melhor o trabalho dos artistas plásticos com obras integradas na colecção de pintura contemporânea do Politécnico do Porto. No final do livro é possível encontrar uma fotografia com legenda de cada uma das obras que integram aquela colecção, composta por artistas contemporâneos como João Vieira, José de Guimarães, Júlio Resende, Nikias Skapinakis, René Bertholo, para citar apenas alguns.
PISCINAS: TRATAMENTO DE ÁGUAS E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA Vitorino de Matos Beleza | Rosária Santos e Marta Pinto | 2007 | 270 p. ISBN 978-972-8688-52-3 Preço de capa: € 13,50 A publicação, com um prefácio de José Pedro Sarmento de Rebocho Lopes, Professor Associado da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, aborda os aspectos técnicos e científicos ligados à utilização da água e da energia em piscinas, dando relevo às questões ligadas à saúde pública e ao conforto dos banhistas. Tem a particularidade de apresentar em anexo um conjunto de procedimentos excepcionalmente úteis para quem tem que operar com o equipamento das piscinas.
POLIFONIA
GRUPOS ACADÉMICOS DO POLITÉCNICO DO PORTO Agrupamentos musicais das escolas do Politécnico do Porto | 2008 Preço de capa: € 8,00 Trata-se de um disco que compila 15 registos de temas interpretados por todos os agrupamentos musicais de discentes do universo de escolas do Politécnico do Porto. Desde tunas masculinas e femininas ou mistas a grupos de serenatas, passando por grupos de fados, todos os grupos têm lugar neste álbum e comprovam a vitalidade e dinamismo da vida estudantil do Politécnico do Porto.
PLANEAMENTO DE PROJECTOS COM RECURSOS LIMITADOS Jorge Magalhães Mendes No prelo À medida que os projectos aumentam a sua complexidade e dimensão, obter planos exequíveis que utilizem com eficiência recursos escassos é uma tarefa desafiante no âmbito da gestão de projectos. Neste contexto o problema do planeamento de projectos com recursos limitados tem sido extensivamente estudado nas últimas décadas por vários cientistas, matemáticos, gestores e engenheiros. Apesar da grande divulgação dos métodos clássicos de planeamento estes têm sérias limitações, pois assumem que os recursos são ilimitados e aplicam-se apenas a um só projecto e não a múltiplos projectos. Com esta publicação pretende-se dar uma contribuição com novas abordagens para a resolução do problema do planeamento de projectos com recursos limitados.
Livrarias com Edições Politema Bertrand [Via Catarina; Júlio Dinis; Dolce Vita Antas; NorteShopping; GaiaShopping; Parque Nascente; MaiaShopping] Almedina [Porto – Rua de Ceuta; ArrabidaShopping; Matosinhos; Braga; Coimbra; Lisboa] Livraria Latina [Porto – Sta. Catarina] Livraria Índex [Porto – Palácio] Livraria Braccara [Braga] Livraria Giralivro [Coimbra] Livraria Citação [Lisboa] Livraria Diário de Notícias [Lisboa]
Politema Fundação Politécnico do Porto Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 537 4200 - 072 Porto tel. +351 228 302 555 | fax +351 228 302 556 tlm. +351 926 730 827 politema@fipp.ipp.pt
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Politécnico do Porto
EPICENTRO NOVEMBRO/ DEZEMBRO ESTSP.IPP ACÇÃO DE FORMAÇÃO CIF – CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE O Núcleo de Gerontologia/Área Científico-Pedagógica de Terapia Ocupacional | Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto (ESTSP.IPP), está a organizar para o próximo mês de Novembro, uma Acção de Formação CIF “Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde”. Datas: 14, 15, 21, 22, 28 e 29 de Novembro de 2008 Local: Instalações da ESTSP.IPP (Vila Nova de Gaia) Realização: Mínimo de 20 inscrições Preço: 150€ + infos: www.estsp.ipp.pt
ISCAP.IPP Dia do ISCAP Comemorações dos 122 Anos de existência do ISCAP.IPP, no dia 20 de Novembro, no Grande Auditório do ISCAP.IPP
ISCAP.IPP I Congresso Internacional de Estudos Interculturais Dia 9 de Dezembro de 2008.
Gabinete Estudante Workshops em Novembro/Dezembro O Gabinete Estudante do Politécnico do Porto irá realizar o Workshops no Auditório da Biblioteca Central do Politécnico do Porto, nos meses de Novembro e Dezembro entre as 17h e as 20h, abertos a todos os Estudantes e Graduados IPP, por apenas 10€. Será emitido certificado. – Workshop Comunicação Eficaz Nos dias 13, 20, 27 de Novembro e 4 de Dezembro, os temas abordados serão: Módulo I – Falar em Público; Módulo II – Elaborar Relatórios; Módulo III – Comunicar com o outro; Módulo IV – Trabalhar em grupo. –
Workshop Trabalhar no séc. XXI Este Workshop será dividido em duas sessões, a primeira nos dias 26 de Novembro, 2 e 11 de Dezembro, a segunda nos dias 4, 9 e 11 de Dezembro, e incidirá sobre: Módulo I – Transição para o mundo do trabalho. Por onde começar?; Módulo II _ Como responder a ofertas de emprego?; Módulo III – O Processo de Selecção: Testes e Entrevistas. – Workshop Liderança e Criatividade O Workshop Liderança e Criatividade irá abordar o tema O que é a Criatividade? Técnicas, Atitudes e Resolução de Problemas, realizando-se em duas sessões, a primeira no dia 15 de Dezembro e a segunda no dia 17 de Dezembro. – ISEP.IPP Exposição: “Formas do Tempo” Estará patente de 8 a 27 de Novembro na Biblioteca Municipal Florbela Espanca em Matosinhos, a exposição “Formas no Tempo”, na sequência das comemorações do 10º Aniversário do Museu Parada Leitão, onde se poderá admirar onze modelos de geometria descritiva de meados do séc. XIX do Museu anteriormente citado.
ESE.IPP III Jornadas de Património Arterial Irão decorrer no dia 27 de Novembro, as III Jornadas de Património Arterial no Auditório da ESE.IPP, sobre o tema: ”Produção Cultural - Autarquias Locais”, que terá como convidado Mário Brito, com a comunicação “Produção Cultural no Contexto do Departamento Municipal de Museus e Património Cultural / Câmara Municipal do Porto”. A segunda sessão será no dia 11 de Dezembro. +infos: Gabinete de Relações Públicas t. 225 073 499 grp@ese.ipp.pt www.ese.ipp.pt
EXOCENTRO NOVEMBRO/ DEZEMBRO IPP | CULTURA CINEMA CINEMAS CIDADE DO PORTO E CAMPO ALEGRE Todos os filmes, todas as sessões Comunidade Politécnico do Porto: Preço Clube Medeia [€4] + infos: www.medeiafilmes.pt | t. 226 009 164
MÚSICA CASA DA MÚSICA Orquestra Nacional do Porto ciclo “ONP aos Sábados” Remix Ensemble: várias datas Comunidade Politécnico do Porto: 50% de Desconto [preços vários] + infos: www.casadamusica.com t. 220 120 220
TEATRO TEATRO NACIONAL DE SÃO JOÃO O Mercador de Veneza: 7 a 23.11.08 Tu Judeu e Eu Judeu (conferências): 13 a 15.11.08 Purificados: 5 e 6.12.08 Salle dês Fêtes: 11 e 12.12.08 De Homem para Homem 19 e 20.12.08 – Comunidade Politécnico do Porto:50% de Desconto [€7.50] – Grupos - Preço escola [€5] + infos: www.tnsj.pt | t. 223 401 900 – TEATRO CARLOS ALBERTO Daydream: 20 a 30.11.08 Maldita Matemática: 3 a 6.12.08 A Velha Avarenta: 10 a 13.12.08 Comunidade Politécnico do Porto: 50% de Desconto [€7.50] Grupos - Preço escola [€5] + infos: www.tnsj.pt | t. 223 401 900 – MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA VITÓRIA Giacomo Puccini e seus Contemporâneos [recital operático] 22.11.08 Comunidade Politécnico do Porto: 50% de Desconto [€7.50] Grupos - Preço escola [€5] + infos: www.tnsj.pt | t. 223 401 900 –
TEATRO DO BOLHÃO Rumo à Floresta: Dezembro 2008 Comunidade Politécnico do Porto: 60% de Desconto [€4] + infos: t. 222 089 007 – TEATRO PLÁSTICO O Frigorífico: 20.11 a 07.12.08 @ Fábrica Social Comunidade Politécnico do Porto: 50% de Desconto [€5] + infos: teatro_plastico@sapo.pt t. 222 088 948 – TODOS AO PALCO Um Violino no Telhado Novembro 2008 Comunidade Politécnico do Porto: Estudantes: 25% de Desconto Docentes e Colaboradores: 25% de Desconto: 3ª a 5ª e 5% 6ª, Sáb. e Dom. + infos: www.umviolinonotelhado.com t. 222 031 074
World Press Photo De 7 a 28 de Novembro, a Maia irá receber, pelo 7 ano consecutivo, a mais importante exposição de fotojornalismo do mundo, e o Prémio Fotojornalismo Visão/BES. Marcação de Visitas: 2ª a 6ª às 12h + infos: t. 229 408 600 gri@cm-maia.pt – Museu Nacional da Imprensa MEMÓRIAS VIVAS DA IMPRENSA PORTO CARTOON O RISO DO MUNDO GALERIA INTERNACIONAL DO CARTOON + infos: www.museudaimprensa.pt mni@museudaimprensa.pt t. 225 304 966 / 225 300 648 – Tesouros da Biblioteca Pública Municipal do Porto Exposição documental, a decorrer, até dia 12 de Dezembro, na Biblioteca Pública Municipal do Porto. + infos: www.cm-porto.pt | t. 222 097 000
PolitĂŠcnico do Porto
Falar Azul
Politécnico do Porto
POLITÉCNICO DO PORTO UNIVERSO IPP —
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IPP
PRESIDÊNCIA Rua Dr. Roberto Frias, 712 › 4200-465 Porto T. 225 571 000 › F. 225 020 772 ipp@ipp.pt › www.ipp.pt portal.ipp.pt
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—
ESE
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO Rua Dr. Roberto Frias, 602 › 4200-465 Porto T. 225 073 460 › F. 225 073 464 ese@ese.ipp.pt › www.ese.ipp.pt
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ESEIG
ESCOLA SUPERIOR DE ESTUDOS INDUSTRIAIS E DE GESTÃO Rua D. Sancho I, 981 › 4480-876 Vila do Conde T. 252 291 700 › F. 252 291 714 eseig@eseig.ipp.pt › www.eseig.ipp.pt
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ESMAE
ESCOLA SUPERIOR DE MÚSICA E DAS ARTES DO ESPECTÁCULO Rua da Alegria, 530 › 4000-045 Porto T. 225 193 760 › F. 225 180 774 esmae@esmae-ipp.pt › www.esmae-ipp.pt
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ESTGF
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE FELGUEIRAS Rua do Curral, Casa do Curral, Margaride › 4610-156 Felgueiras T. 255 314 002 › F. 255 314 120 correio@estgf.ipp.pt › www.estgf.ipp.pt
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ESTSP
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DA SAÚDE DO PORTO Rua Valente Perfeito, 322 › 4400-330 V.N.Gaia T. 222 061 000 › F. 222 061 001 geral@estsp.ipp.pt › www.estsp.ipp.pt
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ISCAP
INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO Rua Jaime Lopes Amorim s/n › 4465-004 São Mamede de Infesta T. 229 050 000 › F. 229 025 899 instituto@iscap.ipp.pt › www.iscap.ipp.pt
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ISEP
INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO Rua Dr. Bernardino de Almeida, 431 › 4200-072 Porto T. 228 340 500 › F. 228 321 159 mail@isep.ipp.pt › www.isep.ipp.pt
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FIPP
FUNDAÇÃO POLITÉCNICO DO PORTO Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 537 › 4200-072 Porto T. 228 302 555 geral@fipp.ipp.pt
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SASIPP
SERVIÇOS DE ACÇÃO SOCIAL DO IPP Praça do Marquês de Pombal, 94 › 4000-390 Porto T. 225 573 710 info@sas.ipp.pt
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Politécnico do Porto | Distribuição Gratuita | www.ipp.pt
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