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Referências Bibliográficas

Dentro do exemplar O Mistério da Saudade, de José Antonio Tobias (1926), que integra a Coleção de Boletins (número 6, 1966) da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Marília, há numa anotação manuscrita a referência a outro livro, Mitologia da Saudade (1999), do filósofo lusitano Eduardo Lourenço (1923 - 2020), inserida posteriormente à morte de Mattos. A curiosidade desse exemplar que compõe o acervo de Mattos é a dedicatória de Tobias para o amigo Luís Washington Vita (1921 - 1968), que além de professor, atuou como diretor-secretário do Instituto Brasileiro de Filosofia (seção de São Paulo). Porém, essa não é uma curiosidade sem explicação: os três professores - Mattos, Tobias e Vita - se correspondiam pela amizade e para a troca de estudos filosóficos.

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Outra curiosidade e coincidência é que em mais um livro usado como referência ao tema e que estava guardado na pasta do acervo, Saudade (1917), de Thales Castanho de Andrade (1890 - 1977), neto do educador capivariano Augusto César de Arruda Castanho (1849 - 1910), há a ilustração de uma casa que tem aspectos arquitetônicos bem semelhantes aos da CASA ROSA.

ILUSTRAÇÃO DO LIVRO

SAUDADE - THALES DE ANDRADE ACERVO CASA ROSA

CASA ROSA

FACHADA ATUAL MARÇO DE 2021

Ainda nessa compilação de estudos, há recortes de textos datilografados referentes ao livro Coisas Leves e Pesadas (2a edição, 1908), de Camilo Castelo Branco (1825 - 1890), ao livro A Saudade Brasileira (1940), de Osvaldo Orico (1900 - 1981), e à Coleção “Trovadores Brasileiros” - 100 Trovas de Saudade (dos II Jogos Florais de Nova Friburgo, Org. de Luiz Otavio e J. G. de Araujo Jorge).

TEXTOS DATILOGRAFADOS

SAUDADE EM CAMILO CASTELO BRANCO SEQUÊNCIA DA ESQUERDA PARA A DIREITA ACERVO CASA ROSA

Nas trovas escolhidas por Carlos Lopes de Mattos, percebe-se a opção pelo enfoque que terá o seu estudo: a saudade como perda, solidão, ausência, tempo passado, mas também a saudade como reflexo necessário da vida e a nos constituir como seres.

Partindo de trovas simples e de algumas referências a livros acessíveis como antologias escolares, o filósofo afunila sua visão sobre o tema, dá um passo em direção a Gabriel Marcel e a Heidegger e esboça seu percurso, fazendo o primeiro plano da obra.

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