COMÉRCIO Conjuntura do
Ano IX – Nº 103 – Outubro 2014
Retorno que dá resultado Se bem conduzido, o feedback pode ser um aliado tanto para o funcionário crescer profissionalmente quanto para a empresa atingir metas
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CNDL
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Palavra do Presidente Nesta Edição 04
ACOnTECEu nA CDl
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o que vem por aí
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Articulação
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Faculdade cdl
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Atendimento ao consumidor
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COmpArTiLHAmENTO
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Empreendimentos Itinerantes
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Giro Estoque BNB
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capa
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SPC Brasil
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A REALIDADE DO VAREJO
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saúde
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Economia e mercado
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Federação
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PERSPECTIVAS DO COMÉRCIO
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alfe
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O Comércio e Você
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cultura
Por aclamação, Honório Pinheiro é eleito presidente da CNDL Instituição investe na formação de professores
Se ouvir choro, venda lenços! Mercado em ascensão Sobre rodas
R$ 300 milhões para o comércio cearense Retorno que dá resultado A arte de vender A marca da liderança Sem estresse! Melhora no cenário internacional deve impulsionar ambiente interno Artesanato que transforma Novos dinheiros Entre amigos
BONS SINAIS PARA O VAREJO
O
mês de outubro festeja um período de boas expectativas. Primeiro porque a indústria começa a receber as encomendas de fim de ano. Depois porque, diferentemente do que ocorre com a economia nacional, o Produto Interno Bruto (PIB) cearense vem se expandindo consideravelmente, com avanço de 3,49% neste ano, podendo chegar a 4% até o final deste trimestre, segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE). Outra boa notícia é que a taxa de desemprego continua em baixa e, mesmo com a inadimplência mais elevada, tudo leva a crer que as vendas este ano superem as do ano passado em torno de 6%. Este também é um momento de comemoração para o varejo nacional e motivo de orgulho para o Ceará. Honório Pinheiro - atual presidente da Federação das CDLs do Ceará – acaba de ser eleito presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), sendo o primeiro cearense a presidir aquela Entidade máxima do movimento lojista. Com seus 30 anos dedicados ao associativismo comercial, estamos certos de que o novo presidente da CNDL deixará a sua marca de contribuição para o desenvolvimento do comércio varejista brasileiro.
Aprendendo com grandes empresas varejistas
E xp e d ie n t e
Freitas Cordeiro presidente@cdlfor.com.br Rua 25 de Março, 882 – Centro – CEP 60060-120 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3464.5572 – www.cdlfor.com.br
Conjuntura do Comércio é uma publicação mensal editada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza. Presidente: Francisco Freitas Cordeiro | 1° vice-presidente: Pio Rodrigues Neto | 2° vice-presidente: Francisco Deusmar de Queirós | Diagramação: Antonio Henrique Silva Lima | Estagiário de criação: Neudson Júnior | Produção textual: Daniele de Andrade | Estagiária de jornalismo: Tainan Carvalho | Jornalista responsável: Dégagé Assessoria | Tiragem: 10.000 exemplares | Distribuição: Gratuita | Impressão: Gráfica 3 Irmãos | Sugestões e comentários: silvia.freitas@cdlfor.com.br Nossa Missão: Coordenar a integração e o desenvolvimento sustentável do comércio de Fortaleza, preservando os interesses coletivos, a responsabilidade socioambiental e os princípios do associativismo.
Outubro 2014 | Conjuntura do Comércio
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MOVIMENTO | ACONTECEU na CDL
Dividindo experiências e multiplicando os resultados
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ste foi o tema da 54ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, principal evento do varejo no país. Realizado no Complexo da Costa do Sauípe/ Bahia, de 17 a 20 de setembro, o evento contou com a participação de 600 convencionais do Ceará, capitaneados pelo presidente da CDL de Fortaleza – Freitas Cordeiro – e pelo presidente da Federação das CDLs do Ceará – Honório Pinheiro. O show de encerramento foi realizado pela cantora Ivete Sangalo. A programação contou com palestrantes de renome nacional, como o economista e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega,
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que falou sobre o cenário econômico contemporâneo. Após analisar o cenário eleitoral brasileiro, Nóbrega afirmou que o Brasil não irá retroceder. Para ele, não há razão alguma para desistir do Brasil, já que, apesar dos problemas atuais, a economia tem bases suficientes para manter o país no rumo. Outro palestrante de renome que esteve presente no evento foi o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor, que conferenciou sobre as perspectivas para o Brasil. Após falar das estruturas de atraso do País, Jabor explicou por que, na sua concepção, o Brasil está indo em direção a modernização. “Nós ba-
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bávamos na gravata 30 anos atrás. Estamos nos tornando opinativos e estamos mais cientes de como se faz a gerência de uma sociedade. A revolução digital mudou tudo e a globalização da economia mundial nos colocou no mundo”, analisou. Outros temas abordados durante as palestras foram: lojas do futuro, empresas familiares e o marco civil da internet. A Convenção foi organizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado da Bahia (FCDL/BA) e pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador.
MOVIMENTO | o que vem por aí
Ceará Natal de Luz A abertura do evento, que em sua 17ª edição tem como tema os “Reis Magos”, será realizada no dia 28 de novembro, às 18h, na Praça do Ferreira Centro de Fortaleza. O Hotel Excelsior receberá dezenas de crianças em suas janelas entoando as mais tradicionais canções natalinas. O espetáculo contará ainda com a participação de corais e orquestras, reisados e Autos de Natal, além da liturgia da palavra fé e a tão esperada chegada do Papai Noel. Não perca!
Prêmio CDL de Comunicação chega a sua 9ª edição “Sinta-se bem! A loja, física ou virtual, como espaço do cliente”. Este é o tema do Prêmio CDL de Comunicação 2014, que visa estimular a produção de pautas direcionadas ao varejo. Participe e concorra a prêmios! Os primeiros lugares nas categorias Jornalismo Impresso, Telejornalismo e Radiojornalismo, ganharão R$ 10.000,00, e os primeiros lugares nas categorias Fotojornalismo e Cinegrafista, R$ 5.000,00. Além disso, os participantes inscritos concorrerão, por meio de sorteio, a uma viagem à Nova Iorque
para participar da 104ª Retail Big Show – maior convenção mundial do varejo. As inscrições seguem até o dia 30 de outubro e a cerimônia de
premiação acontecerá no dia 26 de novembro. Confira o regulamento no site www.cdlfor.com.br, faça sua inscrição e prepare seu passaporte! Outubro 2014 | Conjuntura do Comércio
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MOVIMENTO | Articulação
Por aclamação, Honório Pinheiro é eleito presidente da CNDL O cearense vai presidir a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas no triênio 2015/2017
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o último dia 02 de outubro, o presidente da Federação das CDLs do Ceará - Honório Pinheiro - foi eleito, por aclamação, para presidir a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) - triênio 2015/2017. A eleição aconteceu em Brasília/ DF durante a Assembleia Geral Ordinária, que contou com a participação de presidentes das Federações de CDLs e diretores Distritais de todo o País.
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Honório Pinheiro será o primeiro cearense a assumir a presidência da CNDL. Como empresário de sucesso, atua no ramo supermercadista controlando o Pinheiro Supermercado – O Bom Vizinho, que abrange 12 lojas físicas e uma loja virtual. Quando presidente da CDL de Fortaleza, no período de 2005 a 2009, desenvolveu o programa CDL Móvel, que objetiva percorrer os grandes bairros comerciais de Fortaleza levando ferramentas para o desenvolvimento do comércio local. Também fundou a Faculdade CDL agregando uma Loja Conceito, que serve como laboratório de aprendizagem, e lançou o Prêmio CDL de Comunicação, que visa a aproximação da
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imprensa com o comércio varejista. Honório, que encerra em dezembro/2014 seu mandato na presidência da FCDL Ceará - hoje com 80 CDLs, compõe ainda o Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará, Vogal da Junta Comercial do Ceará, além de ser membro da Academia Cearense de Administração, dentre outros cargos institucionais de representação. No seu currículo constam as graduações em Administração de Empresas, Direito e Psicologia pela Universidade de Fortaleza (Unifor), pós-graduação em Administração de Empresas, pela mesma universidade, e em Marketing pela ESPM do Rio de Janeiro.
MOVIMENTO | Faculdade CDL
Instituição investe na formação de professores A Faculdade CDL, em parceria com o SEBRAE, formou a primeira turma do Ceará de professores na disciplina de Empreendedorismo no Ensino Superior
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arcada pelo pioneirismo, a Faculdade CDL vem avançando no desenvolvimento de práticas de ensino aprendizagem focadas no empreendedorismo e na inovação. Desta forma, acreditando que o empreendedorismo é uma vocação no Ceará, formou em parceria com o Sebrae a primeira turma - do Estado - de professores na disciplina de Empreendedorismo no Ensino Superior. A metodologia foi desenvolvida pelo SEBRAE no âmbito do Programa Nacional de Educação Empreendedora, que tem como objetivo a inserção de conteúdos de educação empreendedora no ensino formal e o fomento à cultu-
contemplando os conceitos de empreendedorismo e gestão sob a ótica da prática empreendedora”. Para a professora Marília Marinho, coordenadora dos cursos de graduação da Faculdade CDL, a amplitude que se pode trabalhar o empreendedorismo hoje é relevante, uma vez que além de atitudes empreendedoras pode-se desenvolver também o comportamento intraempreendedor. A Faculdade CDL espera por você, futuro empreendedor, para que possamos cada vez mais fazer o comércio varejista acontecer! ra do empreendedorismo. A disciplina, composta de três módulos - empreendedorismo e características do comportamento empreendedor, análise de mercado e identificação de oportunidades e plano de negócios, possui metodologia vivencial voltada para o desenvolvimento de competências e aspectos atitudinais do aluno em sua futura atividade profissional. O curso foi ministrado pelo professor Maiso Dias, consultor do SEBRAE, e contou com a participação de 20 educadores. Segundo Dias, “o objetivo da formação foi capacitar os professores numa metodologia sobre educação empreendedora, com abordagem no Ciclo de Aprendizagem Vivencial (CAV),
Depoimento de participante: “O curso de formação de empreendedorismo desenvolvido pelo SEBRAE e voltado para a formação de professores é excelente. Além de um conteúdo prático e didático, as vivências aplicadas podem ser direcionadas para várias outras disciplinas. O curso - além de estimulante e envolvente - é fantástico por levar aos alunos a semente de querer empreender de forma sonho-racional, ou seja, indo atrás de seus sonhos mas com foco e visão bem planejados e direcionados. Parabéns ao Sebrae pela iniciativa, e agradeço à Faculdade CDL por ter me envolvido neste projeto.” Profª. Natália Duarte. Outubro 2014 | Conjuntura do Comércio
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DIÁLOGOS | Atendimento ao consumidor
Se ouvir choro, venda lenços! Por Nelson Gonçalves
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stamos novamente em pleno “B-R-OBRÓ”, temporada tradicionalmente quente para o varejo. Trocadilhos à parte, nesse período acontecem diversas liquidações que ajudam o comércio a aquecer o caixa e liberar araras, gôndolas e prateleiras para as vendas de final de ano. O consumidor gosta e o varejo se fortalece nessa simbiótica parceria ganha & ganha. Ocorre que nessa temporada ventos, oriundos de uma longínqua tempestade, esfriaram os ânimos de uma boa parcela de comerciantes, que temendo por um vendaval chamado crise, se encolheu e diminuiu investimentos em comunicação e capacitação dos colaboradores. Fatalmente venderá menos, reforçando seu credo. Estive, no final de setembro, ao lado de quase cinco mil líderes classistas e operadores do varejo na 54ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, evento que esquadrinhou a atual situação do varejo e da economia brasileira. A palavra de ordem entre os expositores de ideias e o empresariado foi o credo. Sentimento de que aquele que acredita no seu negócio e na força do seu time permanecerá firme e crescendo. Pra mim, nenhuma novidade, porque desde que me reconheço por gente – e faz um tempão – que ouço choro e ranger de dentes no varejo e nas empresas de modo geral.
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O consumidor mudou o jeito de se relacionar com as empresas. Os que choram são os que não perceberam isso. Mas também vejo o tempo inteiro gente empreendendo e negócios prosperando. Na esmagadora maioria das vezes, quem prospera é quem inova, olha pra frente, não dá ouvidos pra choro, acredita na força do time e o capacita para encantar o seu mais precioso bem: o CLIENTE! O consumidor mudou o jeito de se relacionar com as empresas. Os que choram são os que não perceberam isso. O consumidor está insatisfeito! Pesquisas apontam para significativos percentuais de confiança na indicação de amigos em detrimento aos esforços que as empresas fazem em comunicação, por exemplo. O contraponto dessa seara é que as empresas acreditam que estão oferecendo uma ótima experiência de compra, enquanto os consumidores acreditam mais no post do amigo que no anúncio que a empresa publica. E daí? Parar de anunciar? Óbvio que não. O detalhe é que só anunciar não resolve mais. Tem que anunciar e capacitar o time para oferecer ao cliente a melhor experiência de compra
possível, assim ele continua comprando e falando bem de você, da sua marca e da sua loja. Ou seja: o segredo é transformar seu cliente em vendedor. Fácil? Não, mas perfeitamente possível. O ditado popular que dá título a este artigo é amplamente conhecido pelo comerciante. Nesses momentos que podem sugerir turbulência, ele ganha notoriedade e revalidação. No mês de setembro, fora as compras de rotina, lá em casa nós compramos: máquina de lavar roupa, câmera fotográfica, jogos de cama, tênis, camisa e mais um bocado de coisas que não convém listar pra não parecer exibicionismo. Mas também deixamos de comprar várias coisas porque o atendimento deixou a desejar ou o vendedor não foi capaz de promover uma venda consultiva, o que confirma a estatística. Um exemplo à queima roupa: minha filha pediu pra mãe comprar no shopping um “dream catcher” – também chamado filtro ou pegador de sonhos. Uma traquitana, supostamente indígena, que os adolescentes estão curtindo. A vendedora – de loja grande e referencial no seguimento olhou para o produto e disse: eu botei um desses no meu quarto e tive foi pesadelos! Nelson Gonçalves é palestrante em vendas, liderança, atendimento e motivação/energização. Autor do livro Como Chatear Clientes www.nelsongoncalves.com.br
IDEIAS | Compartilhamento
Mercado em ascensão De malas de viagem a espaço em caminhões, de milhas aéreas a vestidos de grife, a onda do momento é fundar empresas de compartilhamento
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ais que alugar um vestido nas conhecidas lojas de aluguel de roupas de festa, agora você pode locar um vestido de grife. Isso mesmo! Assim como no filme Sex and The City - que a assistente da protagonista, Carrie Bradshaw, alugava bolsas Louis Vuitton - quem for até a Dress & Go, em São Paulo, vai ter à disposição cerca de 1.000 peças de marcas como Reinaldo Lourenço e Missoni. A ideia surgiu quando a administradora Mariana Penazzo percebeu que sua amiga Bárbara Almeida tinha muitos vestidos e quase sempre acabava emprestando-os. Foi assim que a paixão de Bárbara por roupas acabou virando negócio e ambas abriram um ateliê. Nos últimos dois anos, tornou-se possível compartilhar de tudo. As empresas surgem como intermediárias entre quem tem algo,
As empresas surgem como intermediárias entre quem tem algo, mas não está usando, e quem precisa daquilo. mas não está usando, e quem precisa daquilo. A receita vem de taxas cobradas pelo serviço. Aplicativos de táxi e de aluguel de quartos popularizaram o conceito. Após o espantoso crescimento dessas primeiras empresas, compartilhar virou moda. Já é possível alugar livros acadêmicos, contratar os serviços de babás, usar espaço na mala dos outros para importar pequenos produtos, aproveitar espaço vazio em caminhões e até contratar alguém que esteja disposto a passar algumas horas numa fila. A Zazcar apostou na ideia e
começou a oferecer serviço de carsharing. Por meio dele, o cliente tem um carro à disposição sempre que precisar e paga apenas pelas horas utilizadas. No Brasil desde 2009, a empresa conta com cerca de 450 clientes que se revezam no uso de 21 carros espalhados em 19 localidades na cidade paulista. Já a EZ Park é uma startup que planeja lançar um aplicativo para compartilhar vagas de garagem na região da Vila Mariana. Assim, quem sai de casa durante o dia pode alugar a vaga para quem trabalha na região. Soluções como estas ajudam a otimizar a economia e viabilizar o trânsito nas grandes cidades. Quem sabe não é a oportunidade que você estava esperando para empreender!
> Fonte Revista Exame
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NEGÓCIOS | Empreendimentos Itinerantes
Sobre rodas Em Fortaleza, empresas têm apostado nos empreendimentos itinerantes, levando comodidade, rapidez e praticidade aos consumidores
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ão é novidade para ninguém que muitos tipos de negócios dependem de um veículo para a sua operação, seja porque necessitam dele para a entrega de produtos, seja porque ele é parte integrante do negócio. Agora, imagine salões de beleza, lava jatos, pet shops ou lojas de diversos segmentos funcionando dentro de um carro. Em Fortaleza, empresas têm apostado nos negócios sobre rodas, levando comodidade, rapidez e praticidade aos consumidores. Também está se destacado na cidade o surgimento de lojas móveis, que param em pontos estratégicos e atraem a atenção do consumidor.
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É o caso da SapatiereK. A cearense Érika Aguiar, formada em Administração, desde a infância já convivia com a movimentação do setor de calçados. “Minha família tinha uma loja na Avenida Monsenhor Tabosa, mas eu queria algo novo”, conta Érica, que montou uma loja no local, mas não parou por aí. No ramo calçadista desde 2004 e em busca de inovações, Érica fez do seu desejo uma realidade. “Sempre pensei em algo que pudesse estar em vários lugares ao mesmo tempo”. A partir de um comercial visto em uma viagem à Europa, Érika deu início a uma pesquisa de mercado segmentada na
busca pela adequação do formato e como isso seria aceito pelos consumidores. “Não achei nada no mesmo estilo aqui no Brasil e decidi apostar”. O empreendimento móvel funciona de forma itinerante por bairros da Capital e algumas cidades do Estado. “O projeto foi pensado mais para atuar no interior, o cliente pode acompanhar o próximo destino pelo site”, afirma Érika, que ainda colhe frutos do valor investido. A estrutura da loja móvel, envolvendo design e logística custou cerca de R$ 250 mil. O empreendimento vende calçados femininos, bolsas e acessórios com peças a partir de R$ 59,00.
Formalização
Um detalhe faz toda a diferença Adriano Gurgel, estudante de Gastronomia, também resolveu apostar neste novo mercado. Ele criou em São Paulo a Pizza NaKombi. Esta poderia ser mais uma pizzaria como tantas outras por aí. No entanto, um detalhe fez toda a diferença. Como o nome justifica, o produto é feito e vendido dentro da própria Kombi, o que permite o deslocamento para eventos variados. A ideia nasceu da paixão de Adriano pela culinária e pela observação dele em alguns filmes americanos, em que ele notou a presença de vários carrinhos ou trailers de comida e lanche nas ruas. “Sempre tive vontade de ter o meu próprio negócio, então queria juntar o que eu sabia e gostava de fazer. Eu estava assistindo a um programa de televisão e vi que esse tipo de negócio era febre nos Estados Unidos. O tempo passou, entrei na faculdade para cursar Gastronomia e vi a ideia chegando no Brasil, então comecei a pensar como seria este meu novo trabalho”, lembra.
Eles já sabiam que era importante levar o produto nas casas. Isso ainda funciona muito. Hoje, temos visto essa tendência do pequeno levando o serviço até o consumidor. Se espelhando nos modelos de food truck - caminhão de comida dos Estados Unidos, a ideia começou a ganhar cada vez mais força. Ele aproveitou uma oportunidade e comprou o veículo já estruturado para seguir no ramo. Fez pequenas adaptações até o transporte ficar como ele imaginava. “Comprei a Kombi de um amigo, então como o veículo era de São Paulo ocorreram uns pequenos problemas no Detran, pois tive que regularizar como comércio. Feito isso, coloquei os adesivos customizados com o nome e botei para funcionar. Ao todo investi R$ 30 mil neste negócio”, relata.
Para Freitas Cordeiro - presidente da CDL de Fortaleza -, “as coisas se renovam. Nós tínhamos aqui os nossos ambulantes, os galegos. Isso já vinha há muito tempo, em outra roupagem. Eles já sabiam que era importante levar o produto nas casas. Isso ainda funciona muito. Hoje, temos visto essa tendência do pequeno levando o serviço até o consumidor. Há muito mais condições, soluções modernas que permitem que o serviço seja de melhor qualidade. É algo que se renova e que é importante, pois não deixa de irrigar a economia, de criar uma cadeia produtiva, uma cadeia do bem”, avalia. Ele ressalta, contudo, que este tipo de empreendimento precisa ser orientado e fiscalizado pelo poder público para garantir a qualidade dos produtos e serviços. “As pessoas têm que ser orientadas para que os serviços melhorem”, reforça, acrescentando que os negócios itinerantes já fazem sucesso em outros países. “Isso ocorre no mundo todo. É uma tendência. Não estamos distantes, mas não podemos deixar que proliferem de forma desordenada”, conclui.
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NEGÓCIOS | Giro Estoque BNB
R$ 300 milhões para o comércio cearense Linhas de crédito do BNB facilitam a aquisição de insumos para formação e reposição de estoques para o final do ano
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isando facilitar o acesso às linhas de crédito para o comércio cearense, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a CDL de Fortaleza e a Federação das CDLs do Ceará firmaram um Acordo de Cooperação Técnica no último dia 30 de setembro. Na ocasião, foi lançado o Programa “Giro Estoque”, voltado para micro e pequenas empresas, que disponibilizou o montante de R$ 300 milhões para financiamento aos comerciantes associados às CDLs do Ceará. O objetivo do programa é aumentar a aquisição de insumos para formação e reposição de estoques para o final do ano, através de capital de giro. As linhas de financiamento do Banco podem
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também financiar reformas e modernização dos estabelecimentos comerciais e de serviços. Além da CDL de Fortaleza, também assinaram de imediato o acordo de cooperação financeira as CDLs dos seguintes municípios: Sobral, Iguatu, Russas, Crateús, Acopiara, Cascavel, Camocim, Caucaia, Crato, Granja, Iracema, Jijoca de Jericoacora, Limoeiro do Norte, Morada Nova, Paracuru, Quixadá, Santa Quitéria, São Benedito e Tauá. Com base no acordo estabelecido entre as instituições, as linhas apresentam taxas de juros a partir de 0,7%, ao mês, com prazo de pagamento de até 24 meses. “O Banco do Nordeste avalia que a renovação da parceria é positiva para ambas as partes. Essa expectativa se justifica
pelos resultados alcançados a partir do acordo firmado em 2013, quando 5.744 operações de crédito foram fechadas, beneficiando mais de 5.600 empreendedores cearenses e alcançando investimentos da ordem de R$ 347,3 milhões”, frisou o superintendente estadual do BNB no Ceará, João Robério Pereira de Messias. Segundo o presidente da CDL de Fortaleza, Francisco Freitas Cordeiro, o momento é de o varejista cearense buscar os recursos para repor seus estoques e garantir sucesso nas vendas. “Está na nossa missão buscar soluções e benefícios para o comércio. Fomos buscar benefícios para esse segmento e, na minha gestão, já é a segunda vez que fazemos essa parceria com o Banco do Nordeste, através do programa Giro Estoque. Vai ser benéfico para todos e vamos comemorar um fim de ano maravilhoso. Mais uma vez o Ceará vai despontar nos números positivos de vendas”, afirmou Freitas. A expectativa é que até dezembro de 2014 o comércio registre um aumento das vendas em torno de 6%.
CAPA | Feedback
Retorno que
dá resultado Se bem conduzido, o feedback pode ser um aliado tanto para o funcionário crescer profissionalmente quanto para a empresa atingir metas
F
eedback. Esta palavra em inglês, que significa resposta ou processo de avaliação, ainda é temida por muitos trabalhadores. Mas, ao contrário do que alguns pensam, se bem conduzido, este procedimento - que objetiva mensurar resultados individuais ou de uma equipe e propor melhorias em prol do desenvolvimento profissional - pode ser muito benéfico à empresa e a seus funcionários. O problema é que muitos líderes não dão feedbacks e outros não sabem utilizar essa importante ferramenta da comunicação.
Flávia Rosa de Souza, especialista em gestão de pessoas da Inthegra Talentos Humanos, explica que a crítica construtiva faz o ser humano crescer, mas quando ela é feita sem tato pode estimular sentimentos de desmotivação e trincar bons relacionamentos. “Todo colaborador espera saber se a empresa está ou não satisfeita com seu trabalho, mas nem sempre isso acontece. Os líderes precisam se interessar mais por seus funcionários, conhecê-los melhor e estreitar relacionamentos. O
que acontece é que os líderes são promovidos e não são treinados para desempenhar esse novo papel junto à equipe”, diz Flávia. >>>
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CAPA || Feedback Teletrabalho Na visão da gestora, o que as pessoas esperam é qualidade. E quando se fala neste atributo tudo está envolvido, inclusive a maneira como os colaboradores são tratados. A especialista em gestão de pessoas esclarece que não é necessário dar feedback toda semana; no entanto, na hora de fazê-lo, o líder precisa ser sincero. Isso requer olhar nos olhos do funcionário, tirar tempo para ele. “Nada de fi-
car atendendo ao telefone e fazendo outras atividades neste momento. Um feedback bem dado, além de aumentar a autoestima e a produtividade, estreita a relação entre as pessoas e alinha os interesses de líderes e liderados, como também faz com que atividades positivas se repitam com mais frequência. Deixar de dar feedback é um ruído desastroso na comunicação”, ressalta a especialista. Flávia também alerta sobre o prazo do feedback. “Se o funcionário fez algo ou teve um bom desempenho num determinado período, não deixe para reconhecer depois de muito tempo. O mesmo se dá se os resultados não forem positivos. O feedback não deve ser usado para punir ou descontar no funcionário uma insatisfação. As críticas são válidas, porém, sempre devem ser feitas em particular”. Feedback a favor da empresa Uma das empresas que adotam constantemente o feedback
em sua Gestão de Pessoas é a Rede Alub de Ensino, que atualmente conta com 12 unidades localizadas em Brasília/DF e em Goiás -, além de uma equipe de aproximadamente 550 profissionais. Segundo Keli Oliveira, gerente de RH, o fortalecimento do feedback surgiu em decorrência do crescimento exponencial da companhia, uma vez que se identificou a necessidade de criar um instrumento de apoio à gestão com o objetivo de estimular o desenvolvimento dos colaboradores no âmbito profissional. Além disso, segundo ela, o feedback veio para contribuir com a melhoria da qualidade dos serviços, desenvolvendo as relações interpessoais, proporcionando e mantendo um clima motivacional dentro da instituição. Ainda para a gerente de RH, “o processo de feedback torna-se imprescindível em um ambiente no qual o colaborador está em interação com uma grande equipe e que os resultados devem ser apresentados de forma rápida e efetiva. Ter conheci-
> Como tornar o feedback eficiente • • • • • • • •
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Conjuntura do Comércio | Outubro 2014
Planejar a reunião de feedback para que ela seja estruturada, objetiva e transparente. Traçar um plano de desenvolvimento a partir da reunião. Citar exemplos para que seja fácil o entendimento sobre as questões conversadas. Possibilitar ao colaborador fazer questionamentos e tirar dúvidas. Ser acolhedor e evitar julgamentos. Dar ênfase aos pontos positivos e apontar pontos a desenvolver como oportunidade de crescimento. Fazer a reunião de maneira individual e reservada. Ter uma periodicidade de reuniões que sirva como termômetro para o sucesso do colaborador.
mento da percepção do seu líder, e da sua própria percepção, contribuirá diretamente na otimização dos processos, bem-estar pessoal e profissional”, ressalta a gerente de RH do Grupo Alub. No Complexo Hospitalar Santa Genoveva, localizado em Belo Horizonte/MG, por exemplo, os 19 gestores também dão feedbacks constantes à sua equipe. Na visão da coordenadora de RH do hospital, Carolina Batista Silva, o feedback gera a satisfação das equipes e deve ser feito durante o ano todo. No ano passado, nessa instituição, para preparar os líderes nesse sentido, todos tiveram a oportunidade de participar do Projeto Lideranças Corporativas, mais conhecido como Coaching – um trabalho focado em atividades como liderança e integração, desenvolvimento de comunicação, gestão do tempo, relacionamento interpessoal, equilíbrio, objetivos e metas pessoais e profissionais e administração de conflitos.
Segundo Silva, o Departamento de Recursos Humanos apontou uma evolução excepcional na arte de se relacionar e de dar feedback, gerando maior motivação no trabalho por parte dos colaboradores, que passaram a ganhar líderes, ao invés de chefes. Assim, sonhos que pareciam ser impossíveis de se concretizar se materializaram e as crises passaram a ser administradas com equilíbrio e sem estresse. Cléria Rodrigues Ferreira - gerente de enfermagem no mesmo hospital - coordena uma equipe de aproximadamente 200 colaboradores, entre técnicos e enfermeiros. Ela conta que adota a transparência e fatos palpáveis para motivar a mudança. “Por exemplo, se um funcionário chega atrasado constantemente, dialogo com ele para descobrir a causa, se o ônibus mudou o horário de
costume ou se é algum problema pessoal. Mostro o registro de ponto e tento reajustar esse colaborador. Depois que o feedback, – seja ele positivo ou corretivo – passou a ser dado no mesmo dia, o número de atrasos diminuiu consideravelmente. A ideia é promover reflexão e mudanças”, conclui.
> Vantagens de fazer o feedback • • • • • • • • •
As expectativas de ambos os lados ficam claras e alinhadas. Crescimento da relação de confiança entre gestor e colaborador. Possibilidade de desenvolvimento pessoal e profissional. Desenvolvimento da habilidade de saber ouvir. Aumento da motivação da equipe e dos resultados. Melhoria de processos e sinergia no cotidiano de trabalho. O foco dos colaboradores é mantido nos resultados da empresa. O gestor tem informações importantes para aproveitar os diferentes talentos da equipe de forma inteligente. Espaço para alinhar planos de carreira entre a empresa e o colaborador.
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NEGÓCIOS | SPC Brasil
A arte de vender Conheça o SPC Mercado, Padroniza e Valida, produtos que auxiliam a sua empresa na prospecção de clientes
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ncontrar clientes potenciais não é uma tarefa simples, e que cada vez mais se torna essencial para a sobrevivência e crescimento de qualquer empresa, independentemente de seu porte e segmento. Em função do mercado global cada vez mais competitivo, é imprescindível que os profissionais atuem incansavelmente em busca de novos clientes e oportunidades de negócios. E o ponto de partida em qualquer estratégia de prospecção de um potencial cliente é saber onde ele está. A disseminação da internet trouxe a possibilidade da prospecção “virtual”, não havendo a necessidade de saber onde o consumidor reside. Porém, nada ainda é tão eficiente quanto obter
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Conjuntura do Comércio | Outubro 2014
informações de onde o consumidor está efetivamente localizado, principalmente no caso de se planejar ações regionais de marketing, por exemplo. Pensando nessa necessidade crescente entre as empresas, a CDL de Fortaleza - em parceria com o SPC Brasil -, oferece os produtos: SPC Mercado, SPC Padroniza e SPC Valida. Ao utilizá-los, fica mais fácil conquistar clientes de maneira rápida e assertiva. Além disso, os produtos enriquecem e padronizam o cadastro de sua empresa, melhorando a sua relação com os consumidores e com o mercado. Conheça mais sobre os produtos! SPC Padroniza: contribui para a atualização e higienização de um
mailing que obtém erros de digitação ou preenchimento de valores inválidos. SPC Mercado: permite criar um mailing de um público-alvo que é definido pela necessidade que o cliente tem para a ação que quer praticar na sua empresa. SPC Valida: é possível validar as informações de uma base de dados com as informações que estão disponíveis em sites público do governo. Veja qual produto do SPC é ideal para sua empresa e entre em contato!
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DIÁLOGOS | A REALIDADE DO VAREJO
A marca da liderança Por Honório Pinheiro
D
iferenciar liderança de chefia tem sido objetivo fremente das palestras motivacionais Brasil afora. É certo que muitas vezes o ocupante de um cargo de chefia é, também, um líder nato. No entanto, há ocasiões em que o chefe mal disfarça o incômodo de ter em sua equipe um integrante cuja liderança natural atrai a admiração dos demais companheiros, tornandoos, não raras às vezes, fiéis seguidores. Mas afinal, qual a marca da liderança? Qual o conjunto de características que podem definir um líder? Inicialmente, pode-se determinar que o líder seja alguém que, mesmo em uma função básica, diferencia-se dos demais. Não somente porque tem grandes ideias – embora estas sejam necessárias –, mas fundamentalmente porque é um estrategista capaz de estabelecer um rumo que o leve à execução, não somente de suas próprias ideias, mas também das que forem lançadas por outros integrantes de sua equipe. Afinal, é preciso ser um bom executor para que os planos aconteçam.
Inicialmente, pode-se determinar que o líder seja alguém que, mesmo em uma função básica, diferencia-se dos demais. Humildade para reconhecer, valorizar e gerenciar talentos é outra característica relevante a um líder, pois aquele que teme o talento alheio jamais se destacará, uma vez que estará sempre gerenciando equipes medíocres. A competência gera credibilidade e esta se faz necessária não somente na capacidade técnica, mas também na capacidade de desenvolver capital humano. Ou seja: mesmo que um integrante da equipe não seja brilhante, esse líder será capaz de localizar pontos de melhoria e de integrar as potencialidades deste integrante às necessidades da equipe, evitando as substituições que acabam por gerar gastos extras às empresas,
especialmente nessa época de necessária formação dos nossos colaboradores. Resumindo: um líder precisa ter senso de inclusão, de respeito à diversidade. Um líder tem coragem para experimentar e, experimentando com responsabilidade, terá condições de chegar aonde nenhum outro chegou, marcando não somente a sua própria história, mas também a de seus liderados e a de toda a sociedade, uma vez que ações inovadoras e firmes sempre passarão a integrar o fazer de outros. Honório Pinheiro é presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará e preside, também, o Grupo Pinheiro Supermercado. presidente@fcdlce.com.br
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| Saúde | Marketing Sensorial NEGÓCIOS Ideias
Sem estresse!
Saiba o que fazer para alcançar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional
O
estresse é uma espécie de epidemia que tomou o ambiente de negócios e passou a fazer parte das preocupações cotidianas. Uma pesquisa feita em 2013 pela Med-Rio, uma das maiores clínicas de check-up do país, mostra a dimensão do problema no Brasil. Nos últimos cinco anos, a Med-Rio examinou 25.000 empresários de todo o país com idade entre 30 e 75 anos. Cerca de
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70% deles sofrem de altos níveis de estresse - agravado por problemas comportamentais. Segundo o estudo, 80% dos profissionais avaliados têm alimentação desequilibrada, 65% são sedentários, 60% estão acima do peso ideal, 50% consomem bebidas alcoólicas regularmente e 40% fumam. Para efeito de comparação, o estresse está para o empresário assim como a dor está para
o atleta profissional. Dentro de certos parâmetros, a convivência com ele é quase obrigatória. Para saber como os líderes e empresários podem amenizar o estresse em suas vidas, a Conjuntura do Comércio entrevistou Celânia Lima - psicóloga, consultora organizacional da área de RH, coordenadora da CMGB Consultoria & Treinamento e professora da disciplina de Gestão de Pessoas da Faculdade CDL. Confira!
Celânia Lima é psicóloga, consultora da área de RH e professora da Faculdade CDL
Conjuntura do Comércio - Em sua opinião, as lideranças estão conseguindo conviver com o estresse? Celânia Lima: O estresse faz parte do mundo do trabalho, independente da sua área de atuação, e é uma forte causa de uma série de doenças de fundo emocional. Há profissionais que conseguem conviver com o estresse melhor que outros. Vai depender muito do perfil comportamental. Ex: os líderes com perfil de personalidade mais analítica, práticos e objetivos têm uma probabilidade maior de lidarem melhor com esta tensão, isto porque sua energia pode estar canalizada para a ação. Mas, no comportamento humano, definitivamente, não há regras! CC: Quais os fatores estressantes que mais prejudicam os líderes? CL: Atualmente, a pressão pelo atingimento das metas nas organizações, ligada a necessidade de aumento do faturamento, atrelada a uma redução dos custos. Isso tem tirado o sono de muitas lideranças.
CC: Existe uma linha de pensamento que defende que o estresse pode ser benéfico. Você concorda? CL: Na verdade, seria um nível de ansiedade benéfico. A ansiedade, até determinado nível, pode ser uma agente propulsor no comportamento do profissional, o que faz com que ele saia da zona de conforto em busca de uma rápida resposta. CC: Em que momento o estresse passa a ser um risco para a pessoa? CL: No momento em que passa a comprometer a saúde física e mental, acarretando danos na vida pessoal e, também, em sua vida profissional. CC - Que reflexos isso traz às lideranças, seja no campo profissional ou pessoal? CL: Pode vir a trazer dificuldades nas relações em todas as esferas da sua vida, além das possíveis doenças de fundo emocional, desde enxaquecas a problemas gastrointestinais. CC: Líder estressado torna-se sinônimo de time em “alerta vermelho”? CL: Não obrigatoriamente. A ansiedade, presente no estresse, pode ser benéfica, servindo como mola propulsora para ação. Mas tudo isso em dosagens controladas. CC: Graças à sua atividade de consultora, você tem a oportunidade de conviver com lideranças de segmentos corporativos diferenciados. Quais as reclamações mais constantes que os líderes manifestam em relação ao estresse?
CL: A falta de tempo para si, para o lazer e para a família. Ficam tão abalados emocionalmente, que já não se permitem momentos de tranquilidade, ou mesmo, de ócio criativo. É como se suas mentes tivessem que estar produzindo a todo o momento e, quando não o fazem, entram num sentimento de improdutividade. Há casos que a pressão interna torna-se demasiadamente grande. Com isso, eles começam a travar, com lentidão no raciocínio e em suas ações. CC: É possível ser líder e controlar o estresse? CL: Controlar não é bem a palavra, mas ele pode minimizar os efeitos do estresse conciliando trabalho com outros aspectos importantes da sua vida. CC: Que conselhos você deixaria para os líderes estressados e que não conseguem lidar com esse problema? CL: Lembrar que trabalho é somente um ponto da sua vida. Na verdade, tem que se ter tempo para si, para família, vida social, saúde, lazer e vida espiritual. A pergunta que cada um deve se fazer é: “qual o sentido da minha vida? O que me faz feliz?”. Quando tiver esta resposta ficará mais fácil identificar na sua vida, e no seu cotidiano, o que vale realmente a pena. Até que ponto o trabalho é tão importante assim na minha vida para ocupar todo o espaço? O ser humano mentalmente saudável é o que consegue conciliar todos os aspectos da sua vida. O estresse é um dado de realidade do momento em que vivemos. Passar por ele, em alguns momentos, é quase que inevitável. Mas permanecer sempre nele chega a ser uma escolha!
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NEGÓCIOS | Economia e mercado
Melhora no cenário internacional deve impulsionar ambiente interno O cenário externo com menores níveis de incertezas estimula o Brasil a realizar ajustes necessários para recolocar a economia na trilha adequada
A
economia americana apresenta claros sinais de recuperação, levando o Federal Reserve a iniciar um processo gradativo de redu-
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ção dos estímulos, mensalmente injetados na economia em forma de compra de ativos. A pergunta é: qual a velocidade desta redução e quando se iniciará o processo de
elevação dos juros nos EUA? Esse cenário tem impactos controversos sobre a economia brasileira. Se por um lado a recuperação da economia americana permite um reaquecimento das exportações brasileiras, por outro a elevação de juros pode provocar uma fuga de capitais dos países emergentes em direção aos EUA. Na mesma tendência, a economia europeia apresenta indicadores evidentes de que vem se distanciando da recessão, apesar da baixa inflação sinalizar um consumo agregado ainda em recuperação. Na China, a expectativa é de uma expansão moderada, passando a ideia de um novo padrão de crescimento, em torno de 8% ao ano, ao invés de apresentar taxas de 11 a 12%, como nos anos 90 e 2000. A volta dos juros americanos aos níveis normais são fatores que podem pressionar a taxa de câmbio mundial, afetando negativamente a oferta de dólares no mercado internacional. Considerando que o Brasil apresenta problemas
em sua competitividade internacional, a fuga de capitais deverá gerar em médio prazo uma trajetória de desvalorização para o Real, com impactos sobre os setores importadores de matérias-primas e de máquinas e equipamentos. Em síntese, embora os sinais tragam impactos ambíguos sobre a economia do Brasil, anima o fato da economia mundial entrar em uma nova fase de acomodação, evitando as turbulências de anos recentes. O crescimento mundial ainda é baixo, mas já é possível adotar políticas fiscais e monetárias normais, sem ter que lidar com elevados níveis de incertezas. Momento de ajuste da economia brasileira Com o cenário externo de baixo crescimento, mas com menores níveis de incertezas, chega o momento de o Brasil realizar os ajustes necessários para recolocar a economia na trilha adequada. O país saiu do trilho quando adotou uma política monetária com intervenção artificial sobre a taxa de juros - reduzindo-a para 7,5% - e uma política setorial com controle de preços sobre o setor energético, como forma de conter o crescimento da inflação. Esse tipo de intervencionismo trouxe incertezas que resultaram na redução de investimentos privados e desaceleração do crescimento econômico. Com a redução do crescimento, a receita tributária diminuiu - pressionando o resultado do superávit primário -, levando o governo a adotar a propalada “contabilidade criativa”, segurando artificialmente os gastos já comprometidos em seus programas sociais. A estimativa para o crescimento do PIB neste ano foi reduzida pelo Banco Central de 1,6% para 0,7%, na mesma linha da previsão do Ministério do Planejamento, que havia estimado uma expansão de 0,9%.
POLÍTICAS CORRETIVAS PARA RETOMADA DA ECONOMIA BRASILEIRA EM 2015 VARIÁVEIS
POLÍTICAS
Taxa de Juros
Compatíveis com a redução da inflação abaixo de 6%.
Preços Administrados
No setor elétrico, de óleo e gás os preços devem refletir a eficiência do setor.
Taxa de Câmbio
Compatível com o Superávit da Balança de Pagamento e com um cenário de taxa de juros maior nos EUA.
Crédito/PIB
Evitar oferta artificial de crédito para inflar o consumo agregado.
Superávit Primário
Definir e perseguir a meta do Superávit Primário, evitando a contabilidade “criativa”.
Esses números são bem superiores às expectativas de bancos e consultorias, que recentemente divulgaram estimativas de crescimento da ordem de 0,29% para este ano. Essa rápida e indesejada desaceleração da economia brasileira reflete o atual sentimento da iniciativa privada. Com as medidas sugeridas no quadro 1, o governo deverá retomar a credibilidade para atrair investimentos privados e manter a expansão do consumo interno. Caso contrário, o setor privado deverá se retrair cada vez mais, diminuindo os investimentos e gerando menos empregos.
ordem de 7,8%, mais que o dobro do desempenho médio do varejo nacional. No acumulado dos últimos 12 meses a expansão foi de 6,1%, 31% maior que o varejo do País. Os números mostram que este ano o varejo cearense vem bem mais forte que no ano passado, e deverá encerrar o ano com expansão aproximada de 7%. Os segmentos de melhor desempenho no varejo cearense foram: outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,7%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (7%).
Análise do setor de comércio De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, o volume de vendas do varejo no Brasil apresentou uma contração de -0,9% no mês de julho/14, em comparação com julho/13. No acumulado do ano o crescimento ficou em 3,5%, repetindo o desempenho de 2013. Nos últimos 12 meses, a expansão ficou em 4,3%, devendo chegar ao final do ano com um crescimento acumulado em torno de 4,5%. No Ceará, o crescimento do comércio foi de 2,4%, o que representa um aumento acumulado no ano da
De olho nos números
11%
Taxa de Juros SELIC em agosto/14
5%
Taxa de Desemprego em agosto/14:
R$
2,45
Dólar em 30/09/2014
0,39%
Inflação(IPCA-15) em setembro/14:
5,9%
Crescimento da Inadimplência setembro/2014
56,8%
Relação Crédito/ PIB em set/14
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MOVIMENTO | Federação
Artesanato que transforma Em Nova Russas, uma das atividades que se destaca é o crochê, obtendo procura da Capital e de estados do Nordeste e Sudeste. taliças e fruticulturas, como também na bovinocultura, caprinocultura e ovinocultura. Cultura e tradição
N
ova Russas. O município do interior cearense é conhecido como a “Capital Estadual do Crochê” devido à popularidade do produto artesanal, que recebe bastante procura de pessoas da capital, principalmente durante a feira que ocorre aos sábados, na cidade. Estados do Nordeste e Sudeste também buscam a arte feita através do malabarismo de linhas e agulha produzidas pelas artesãs, que desde a década de 90 continuam com a tradição do crochê. O presidente da CDL de Nova Russas, Francisco das Chagas Feli-
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pe Araújo, conta que o crochê tem contribuído muito para a economia local. “Essa atividade se destaca tanto pela confecção artesanal, como pela comercialização. Os ‘filhos da terra’ quando visitam os familiares levam o crochê para vender na capital. Aqui, tem muitas pessoas que vivem apenas da confecção desse artesanato”, ressalta. Na região, também são produzidos outros artesanatos através de produtos, como a oiticica e a carnaúba. Além dessa atividade, o município apresenta uma base econômica firmada na agricultura, com a produção de algodão, hor-
Um grupo de mulheres, acreditando no potencial produtivo das artesãs, criou a Associação do Artesanato Artista e Crochê Novarussense (ARTCRON). A entidade contribui para a produção e a comercialização de produto artesanal. De acordo com a presidente da associação, Maria Roselene Sampaio, o artesanato é bastante procurado na região, principalmente no final do ano. “O maior volume de vendas também ocorrem nas feiras nacionais de artesanato que participamos”, afirma. A associação, criada em 2005, promove o desenvolvimento das atividades artesanais criando assim uma sustentabilidade para a economia regional. Ainda de acordo com Sampaio, apesar das épocas de difícil convivência com a seca, as artesãs tentam superar as dificuldades produzindo o artesanato. “Temos a missão de resgatar valores culturais importantes para o desenvolvimento do nosso povo e da nossa gente”, salienta. A cidade foi agraciada com o título de “Capital do Crochê” após a criação da Lei N° 14.479, de 08/10/2009 (D.O. de 20/10/2009), o que permitiu um maior investimento no setor.
DIÁLOGOS | PERSPECTIVAS DO COMÉRCIO
Novos dinheiros Por Beth Furtado
E
m um ano cheio de adrenalina como este, cabe a pergunta: quanto tempo de seu dia é dedicado a criar “novos dinheiros” para seu negócio? Quanto de seu tempo, e de que forma, você angaria novos clientes e novos mercados? Ou você fica o tempo todo disputando o mercado existente? Muitas empresas debruçam-se com fervor ao estudo e interpretação de ocorrências, presentes e passadas, do mercado em que atuam. Esta é essencialmente a dinâmica da construção de estratégias tradicionais da atuação mercadológica. Existem tantas ferramentas e informações disponíveis que há muito entretenimento para um pesquisador aplicado. Tantas perguntas a serem respondidas, tantos movimentos da concorrência que precisam de melhor interpretação. Tanto tempo consumido para que os resultados finais sejam similaridades, táticas e estratégias recorrentes e indistintas, que podem levar, quando muito, a uma simples melhoria da performance atual da empresa. O estudo do presente e do passado é uma excelente autópsia que auxilia o entendimento dos fatos presentes, mas pouco esclarece sobre as
Tanto tempo consumido para que os resultados finais sejam similaridades, táticas e estratégias recorrentes e indistintas, que podem levar, quando muito, a uma simples melhoria da performance atual da empresa. possibilidades futuras. E muito menos sobre as possibilidades de construção de um futuro diferente e mais próspero que o presente. Inegavelmente, é muito desconfortável estudar o futuro. O passado é conhecido, não irá mudar e não requer imaginação. De fato, algumas empresas estudam o futuro. Porém, levam a dinâmica da autópsia para projetar cenários presentes para o futuro. Gary Hamel, consultor norteamericano, relembra que as empresas não falham em prever o futuro, mas em imaginá-lo. E por este motivo não angariam “novos dinheiros”. E falham justamente porque se ancoram no seu passado, restringem-se
à dinâmica de seu setor e desconsideram que vivemos a era das mudanças descontínuas e abruptas. São fileiras e fileiras de players pesquisando as mesmas fontes, frequentando os mesmos eventos, monitorando os mesmos concorrentes, concluindo as mesmas reflexões e, em consequência, agindo exatamente da mesma forma, com variações cosméticas. E disputando o mesmo dinheiro. Vivemos a era das mesmices, na qual os resultados são estratégias convergentes. Para ganhar novos dinheiros é preciso criar rupturas, estimular o pensamento não linear, criar e possibilitar experiências em vez de análises, curiosidade em vez de certezas, exploração em vez de limites, inventividade, emoção e sensibilidade. Palavras muito distantes do dia a dia de negócios dos tempos atuais. Este é o preço dos “dinheiros novos”: o rompimento com o conforto da realidade conhecida. O rompimento com a forma usual de entender o mercado e sua dinâmica. É o preço para que o futuro não o surpreenda. E todas as vezes que voltamos ao futuro, criamos um presente diferente. Beth Furtado é autora do livro “Desejos Contemporâneos” e é sócia-diretora da ALIA Consultoria de Marketing (www.aliasite.com.br). É âncora do programa “Reclame”, veiculado na Rádio Estadão, sobre Marketing, Propaganda e Comunicação. bfurtado@aliasite.com.br
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MOVIMENTO | ALFE
Entre amigos
A
Associação Lojista de Líderes Femininas (Alfe) está sempre envolvida em ações de interatividade institucional. Dessa forma, busca parcerias para seus programas e ações, também disponibilizando seu potencial para produzir resultados. Nessa premissa, a Alfe criou uma comenda - o Troféu Amigos da Alfe - para homenagear personalidades e instituições que caminham na mesma direção, promovendo o mercado de bens e serviços. O Troféu, entregue anualmente, significa o laço de amizade da entidade com o mercado externo. Nesse ano, o homenageado foi o Deputado Estadual Sérgio Aguiar, “que demonstrou em suas ações e postura parlamentar um caráter firme e comprometido com a sociedade, tornando-se um personagem de reconhecida conduta a frente dos problemas sociais do nosso Estado, justificando, pela sua receptividade e distinta atenção, a comenda a ele concedida”, disse Selma Cabral – vice-presidente da
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Conjuntura do Comércio | Outubro 2014
Alfe - durante homenagem. Já Fátima Duarte – presidente da Alfe - proferiu em seu discurso o quanto é importante manter uma relação de amizade e parceria com outras instituições, enfatizando os avanços que a entidade alcançou pelo apoio de amigos. A ALFE concedeu a homenagem na ocasião dos seus 39 anos de fundação, momento em que reconhece sua maturidade institucional, crescimento e participação na promoção da mulher líder/empresária. Estiveram presentes no evento autoridades do mercado produtivo e amigos.
DIÁLOGOS | O Comércio e Você
Aprendendo com grandes empresas varejistas Por Eugenio Foganholo
O
que podemos aprender visitando a sede de uma grande empresa varejista americana? Tive o privilégio de visitar a sede da CVS, maior empresa varejista de farmácia dos Estados Unidos, coordenando tecnicamente um grupo de empresários brasileiros - entre os maiores deste ramo – por meio de sua associação. Entre os participantes estavam dois dos mais importantes executivos da Pague Menos: José Ubiranilson Alves e Carlos Henrique Alves de Queirós. Exemplos que o varejo cearense brinda para todo o Brasil. Durante a visita, assistimos a uma série de apresentações envolvendo aspectos como: operação de loja, serviços de saúde que estão sendo agregados à farmácia, o processo de desenvolvimento de um novo conceito de loja recém-implantado, e assim por diante. Não por acaso, a primeira das apresentações foi a do vice-presidente da CVS, que falou sobre ESTRATÉGIA. E a tática apresentada por este alto executivo foi simples, clara e extremamente objetiva. De forma resumida, estratégia é a ponte que temos que construir para chegar onde queremos. Ou seja: não é só onde queremos que
Ter estratégia significa ter clareza de propósito. E quando a empresa varejista possui clareza de propósito significa que é menos complexo para os funcionários entenderem claramente os objetivos da empresa. a empresa chegue (o que queremos que ela seja e a forma que queremos que ela seja percebida), como também a maneira que iremos construir os acessos para que ela chegue onde queremos. A maioria das empresas varejistas falham. E falhar aqui pode significar quebrar, e até mesmo ter pouco sucesso, ao não possuir uma estratégia. Ter estratégia significa escolher, fazer escolhas que irão orientar o empresário e seus funcionários. Ter estratégia significa também que, ao fazer escolhas, a empresa estará dizendo sim a algumas questões e não a muitas outras. É preciso ter disciplina para dizer não. Por exemplo: a empresa define um determinado mix de oferta de produtos para sua clientela. Caso algum fornecedor venha
com uma excelente proposta de um produto cuja categoria a loja não trabalha, e não está no seu conceito de negócio, significa que a empresa claramente não fará negócio com este fornecedor, pelo menos com relação a este tipo de produto. Ter estratégia significa ter clareza de propósito. E quando a empresa varejista possui clareza de propósito significa que é menos complexo para os funcionários entenderem claramente os objetivos da empresa. Eles passam a ter conhecimento sobre a direção que deverão percorrer. Exemplo da falta disso é quando os funcionários, para diversos procedimentos, ficam à deriva. Não sabem que decisão tomar, pois dependem sempre da palavra do proprietário da loja. Por fim, ter estratégia significa “correr na frente”, liderando o processo com a preocupação centrada no público-alvo, no seu consumidor, e não nos concorrentes. Ao contrário, não ter estratégia significa propósito difuso ou inexistente, fazendo com que o posicionamento seja pálido, sem distinção clara. Não ter estratégia significa correr atrás (dos concorrentes). E você, empresária e empresário varejista, possui estratégia? Eugenio Foganholo é diretor da MIXXER Desenvolvimento Empresarial, consultoria especializada em bens de consumo e varejo. eugenio.foganholo@mixxer.com.br
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IDEIAS | CULTURA
Renove seu conhecimento! A seguir, dicas de livro, filme e evento na área de administração que poderão contribuir para o seu crescimento pessoal e o da sua empresa Livro
Filme
Evento
“A lógica do consumo”, de Martin Lindstrom
O voo (2012) Direção: Robert Zemeckis
XXIII Encontro Brasileiro de Administração - ENBRA
Indicado ao Oscar de melhor ator como protagonista no drama “O voo”, Denzel Washington vive Whip, um piloto exímio em seu ofício – e dependente químico. Num dia normal de trabalho, tudo ia bem até que o avião de Whip é acometido por uma forte turbulência que o força a operar uma manobra inviável – o que ele consegue, milagrosamente. A partir de então, o piloto é visto como herói. Entretanto, com o avançar das investigações e provas aparecendo continuamente, Whip é compelido a lidar com seus erros e escolhas do passado – o que definirá permanentemente seu futuro profissional e pessoal.
Pela segunda vez, o Ceará recebe o Encontro Brasileiro de Administração (ENBRA), que será realizado na última semana de outubro no Centro de Eventos do Ceará. O encontro é um evento itinerante que percorre vários estados da Federação, a cada dois anos, patrocinado pelo Sistema CFA/CRAs. Com o tema “Gestão da Inovação Tecnológica”, o encontro objetiva promover a discussão desta questão estratégica que promete contribuir para o aumento da produtividade e qualidade nas organizações públicas e privadas. As inscrições são feitas on-line por meio do site: www.euvouproenbra.com.br. Data: 28 a 31 de outubro Local: Centro de Eventos do Ceará (Av. Washington Soares, 999 - Edson Queiroz)
Ciente de que são necessários menos de três segundos para a decisão de compra ser tomada, as empresas precisam estar bem preparadas para atrair o olhar dos consumidores e torná-los clientes. Reunindo casos reais de estudos de neuromarketing, o guru do marketing Martin Lindstrom permite ao leitor compreender por que determinado produto vende e o que o torna desejável, além de mostrar como nosso cérebro responde aos diversos estímulos da propaganda, desfazendo ainda mitos como, por exemplo, o impacto do sexo na mente do consumidor.
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Conjuntura do Comércio | Outubro 2014
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