LUCRO DIVINO

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COMÉRCIO Conjuntura do

Ano IX – Nº 104 – Novembro 2014

lucro divino Evangélicos formam um contingente de 42,3 milhões de consumidores dispostos a gastar com artigos relacionados à religião. Quem conhece o mercado diz que vale a pena investir


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Palavra do Presidente Nesta Edição 04

ACOnTECEu nA CDl

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o que vem por aí

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Articulação

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Faculdade cdl

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CRC

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delivery light

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case de sucesso

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SPC BRASIL

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capa

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A REALIDADE DO VAREJO

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mercado gls

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Economia e mercado

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Federação

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liderança e gestão

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alfe

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aprendendo na prática

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cultura

FCDL Ceará e BNB: parceria a favor do comércio Não planejar custa caro!

Aos profissionais de contabilidade, empresários e COAF

Na porta de casa

San Paolo Gelato Gourmet

Segurança nas vendas

Lucro divino

O caráter conta

Uma mina de ouro

As eleições e as perspectivas para 2015/16 A serviço do comércio

Só os paranoicos sobrevivem!

Presidente da Alfe recebe homenagem da BPW Brasil

O perfil do sucesso

E xp e d ie n t e

O NOVO MOMENTO DO VAREJO CEARENSE

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mês de novembro marca o início das festas de fim de ano, momento de boas expectativas para as vendas e para o crescimento dos níveis de emprego. No âmbito nacional, não podemos deixar de destacar as eleições gerais em outubro, com a continuidade da presidenta Dilma Rousseff e, para o governo cearense, a vitória do candidato Camilo Santana. Fortalecidos pelo mandato popular, os governantes eleitos têm pela frente grandes desafios a serem enfrentados para o desenvolvimento do País e do nosso Estado. Destaque também para o novo momento do varejo cearense e brasileiro. Para a gestão 2015/2017, foi eleita a nova diretoria da CDL de Fortaleza, tendo como presidente Severino Ramalho Neto, diretor-presidente dos Mercadinhos São Luiz. Francisco Freitas Cordeiro, atual gestor da Entidade, assumirá a Federação das CDLs do Ceará. E Honório Pinheiro, atual presidente da FCDL/CE, será o novo presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Ainda envoltos nessa comemoração, celebramos também mais uma eleição do Lojista do Ano. Em 2014, a maior comenda do varejo cearense foi confiada ao empresário Antônio José de Freitas Mello, da empresa Normatel Home Center. Grande empreendedor e participante do movimento lojista, Antônio José receberá o Troféu Iracema, no próximo dia 05, no La Maison Coliseu. Freitas Cordeiro presidente@cdlfor.com.br

Rua 25 de Março, 882 – Centro – CEP 60060-120 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3464.5572 – www.cdlfor.com.br

Conjuntura do Comércio é uma publicação mensal editada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza. Presidente: Francisco Freitas Cordeiro | 1° vice-presidente: Pio Rodrigues Neto | 2° vice-presidente: Francisco Deusmar de Queirós | Diagramação: Antonio Henrique Silva Lima | Neudson Júnior | Produção textual: Daniele de Andrade | Estagiária de jornalismo: Tainan Carvalho | Jornalista responsável: Dégagé Assessoria | Tiragem: 10.000 exemplares | Distribuição: Gratuita | Impressão: Gráfica 3 Irmãos | Sugestões e comentários: silvia.freitas@cdlfor.com.br Nossa Missão: Coordenar a integração e o desenvolvimento sustentável do comércio de Fortaleza, preservando os interesses coletivos, a responsabilidade socioambiental e os princípios do associativismo.

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MOVIMENTO | ACONTECEU na CDL

Movimento lojista cearense elege sua diretoria

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o último dia 17 de outubro foi realizada a Assembleia Geral que elegeu, por aclamação, a nova diretoria da Federação das CDLs do Ceará e da CDL de Fortaleza. Severino Ramalho Neto, diretor-presidente dos Mercadinhos São Luiz, foi eleito o novo presidente da CDL de Fortaleza. Já Francisco Freitas Cordeiro, atual gestor da

Entidade, foi nomeado presidente da FCDL/CE, ambos para a gestão 2015/2017. Durante seu primeiro discurso, Neto disse que um dos objetivos da entidade é aumentar o número de associados de oito mil para 16 mil até 2017. Ele ressaltou ainda que dará continuidade ao trabalho executado pela atual gestão. “Nós somos um setor importante

no Ceará, com quase 70% do PIB. Nossa proposta é deixá-lo com maior destaque”, avisa. Aumentar o número de associados ativos também será uma das prioridades de Freitas Cordeiro na FCDL. “Nossa luta é fazer com que os associados inativos busquem os benefícios e enxerguem uma oportunidade para fortalecer a Entidade”, finaliza.

CDL Móvel chega a 38ª edição no bairro José Walter A EEFM Polivalente Modelo de Fortaleza - situada no bairro José Walter – recebeu, de 27 a 31 de outubro, a última CDL Móvel deste ano. Oito cursos foram oferecidos gratuitamente. Entre eles: Líder Coach, Liderança em Vendas, Vendedor de Sucesso e Rotinas do Setor Pessoal. 246 pessoas foram beneficiadas e os 235 kg de

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alimentos arrecadados com a inscrição foram doados à Associação Peter Pan. Durante a semana, inscrições no Cadastro Positivo - banco de dados com informações de consumidores que têm histórico favorável de pagamento - e consultas ao SPC foram disponibilizadas, gratuitamente, à comuni-

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dade local. Também foi realizada a gincana “Salve o Planeta”, que contemplou com um tablet o aluno que mais arrecadou papelão e garrafa pet - mais de uma tonelada foram recolhidos. Na oportunidade, 30 novas empresas do bairro se filiaram à CDL de Fortaleza. Ano que vem tem mais!


Realizado último Ciclo de Palestras do ano

O 5º Ciclo de Palestras deste ano, que teve como tema “Criando Magia: chegou a hora de vender e lucrar!”, foi realizado no último dia 9 de outubro.

Teve como palestrante o consultor, conferencista, professor e coach, Marcos Braun. O evento, que contou com a participação de 198 pes-

soas, arrecadou cerca de 120 kg de alimentos, que foram doados para o Lar Torres de Melo - instituição que presta assistência integral a idosos.

CDL elege o Lojista do Ano O proprietário da Normatel Home Center, Antônio José de Freitas Mello, foi escolhido Lojista do Ano de 2014 por meio de votação entre associados e di-

retores da CDL de Fortaleza. No próximo dia 5 de dezembro ele receberá o Troféu Iracema, maior comenda do comércio. A escolha foi realizada em

duas etapas. Os associados votaram pelo site, escolhendo cinco nomes que, posteriormente, passaram pela votação da diretoria.

o que vem por aí

CDL lança livro sobre a contribuição da Entidade para o desenvolvimento do comércio na capital “Tempo de Memória: CDL de Fortaleza 55 anos”. Este é o título da obra que será lançada no próximo dia 11 de dezembro. Escrito pela jornalista Ângela Barros Leal - autora de vários títulos de ficção e poesia, além de

> SAIBA MAIS

pesquisadora em História e Cultura -, o livro conta a história da contribuição da CDL de Fortaleza para o desenvolvimento do comércio da capital cearense durante os 55 anos de atuação da Entidade nesta cidade.

Na mesma ocasião, será realizada a cerimônia de diplomação da nova diretoria da FCDL/CE, posse da nova diretoria da CDL Jovem e a entrega do Parque Pajeú à população.

Acompanhe as notícias da CDL de Fortaleza acessando também a página da Entidade nas redes sociais - Facebook e Twitter - ou o site: www.cdlfor.com.br

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MOVIMENTO | Articulação

FCDL Ceará e BNB: parceria a favor do comércio A Federação das CDLs do Ceará e o Banco do Nordeste lançam cartão empresarial para lojistas com limite de até R$200 mil e pagamento em até 36 vezes

Chegou o Cartão Empresarial BNB/FCDL Ceará! FCDL Ceará

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o último dia 6 de outubro, a Federação das CDLs do Ceará e o Banco do Nordeste firmaram uma parceria para lançamento do Cartão Empresarial BNB/FCDL Ceará, na sede da CDL de Fortaleza. Com anuidade e tarifas diferenciadas, e exclusivas para os associados das CDLs de todo o Estado, as empresas filiadas terão acesso à linha de crédito de capital de giro rotativo – com limite pré-aprovado – para compras diversas, que poderão ser parceladas em até 36 meses. Com bandeira Visa, o cartão atenderá as micros e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 3.600.000,00, sujeita à análise do Banco. Cerca

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de 32 mil associados das CDLs, em todo o Ceará, já poderão ter acesso ao cartão entre o final de novembro e início de dezembro próximo, época em que ficará pronto, conforme informou Nelson Antônio de Souza - presidente do Banco do Nordeste. Durante a assinatura da parceria, Freitas Cordeiro - presidente da CDL de Fortaleza - declarou: “nós somos protagonistas do nosso momento. Esse modelo de cartão não é novidade na Praça, mas vem para atender com condições especiais o associado da CDL”. Já o presidente do BNB, Nelson Souza, destacou: “nós acreditamos em ações que tenham prazo e em quem vai executá-las. O desta-

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que que o Ceará tem no setor do comércio é muito grande e temos recursos suficientes para atender à demanda dos lojistas. Para este ano, há R$ 30 bilhões para a Região”. Para o presidente recém-eleito da CNDL, Honório Pinheiro, a expectativa é que o modelo do cartão possa ser expandido também por todo o Nordeste, estendendo a parceria e os benefícios. Os associados CDL receberão em breve uma comunicação sobre como adquirir o seu cartão. Você, que ainda não é associado, mas tem interesse de usufruir desse benefício, ainda está em tempo! Procure uma CDL e faça já a sua filiação.


MOVIMENTO | Faculdade CDL

Não planejar custa caro! Planejamento financeiro é essencial para pequeno e médio varejo Não há dúvida de que o crédito é uma relevante variável econômica que promove a expansão da atividade, multiplica o poder de compra dos consumidores e amplia as transações correntes. Ainda que estejamos falando de uma experiência recente no País, em menos de duas décadas o crédito em massa causou transformações inegáveis na economia e na vida dos brasileiros. Os ganhos e avanços socioeconômicos são indiscutíveis e tornam o mercado consumidor brasileiro um dos mais aquecidos do mundo, principalmente no quarto trimestre do ano. Nessas condições, diversos setores são impactados, um dos quais é o varejo. A pujança do comércio, sobretudo impulsionada pelo amplo acesso ao crédito, impõe ao varejo controles e competências cada vez mais elaboradas. Dentre

tantas, destacamos o planejamento financeiro. Ter habilidade com números é uma tarefa das mais complexas para os empresários, principalmente para os pequenos e médios. No entanto, um dos fatores críticos de sucesso de uma organização, seja qual for seu porte ou segmento, é o eficiente planejamento financeiro. No varejo não é diferente, percebe-se que cada vez mais os empresários varejistas necessitam de boa habilidade em finanças. Boa parte dos problemas financeiros residem na administração do tão importante ciclo financeiro, ou seja, o alinhamento entre o prazo médio de pagamento de fornecedores e prazo médio de recebimento de clientes. Equilibrar o ciclo financeiro passa necessariamente por um bom planejamento de compras e de vendas, pois o desequilíbrio entre essas atividades pode ocasionar uma maior ne-

cessidade de capital de giro. No varejo brasileiro percebe-se cada vez mais a realização de vendas a prazo, utilizando-se cartões de crédito, boletos, cheques pré-datados, ou seja, tudo isso é um grande incremento de recebíveis que, em excesso, podem comprometer a capacidade de pagamento das empresas junto a seus fornecedores no curto prazo. Com a capacidade de pagamento comprometida, o pequeno e médio empresário varejista busca saneamento de suas finanças nas antecipações de recebíveis, um erro que normalmente leva ao comprometimento parcial e até total da sua margem de lucro. O planejamento financeiro é uma importante ferramenta de apoio à gestão. Deve ser tratado de forma contínua, e é recomendado - sobretudo - para pequenos e médios empresários que almejam crescimento e sucesso.

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DIÁLOGOS | CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE

Aos profissionais de contabilidade, empresários e coaf Por Clara Germana

A resolução determina que contadores, assessores, auditores ou conselheiros contábeis deverão informar as operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).

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Conselho Federal de Contabilidade (CFC) publicou a Resolução 1.445/2013 - CFC, que obriga os contadores e empresas prestadoras de serviço contábil a denunciar operações suspeitas de lavagem de dinheiro. A norma atende à determinação prevista na nova Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei 9.613/1998 e alterações dadas pela 12.683/2012). A resolução determina que contadores, assessores, auditores ou conselheiros contábeis deverão informar as operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Mais de 500 mil profissionais atuam na área. A regulamentação do CFC segue orientações da Resolução 24 do COAF. Entre as regras previstas para os contabilistas: informar o COAF todos os serviços que envolvam o recebimento de valores acima de R$ 30 mil em espécie, ou em cheque ao portador, e aquisição de ativos, pagamentos, constituição de empresa ou aumento de capital acima de R$ 100 mil, também feitos em espécie. Os profissionais de contabilidade também deverão manter um cadastro com

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a identificação do cliente, descrição, data e valor da operação, além de forma e meio de pagamento. Os clientes suspeitos não poderão ser informados sobre a denúncia. A nova regulamentação foi comemorada por entidades e profissionais de contabilidade, pois entendemos que é primeiro passo contrário às operações ilegais, sendo que os profissionais de contabilidade foram os pioneiros a regulamentar essa obrigação, que deveria ser estendida a todos os profissionais, como: economistas, engenheiros, administradores e advogados. Não se trata do Conselho Federal de Contabilidade, por sua iniciativa, elaborar a resolução 1.445/2013, mas na sua condição de órgão

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regulador da profissão cumpriu o que determina a lei para a aplicação dos dispositivos por parte dos profissionais e organizações contábeis. Ora, é possível notar-se que essa nova responsabilidade dos profissionais da área contábil não foi criada pelo CFC, e que o conselho tampouco acatou de forma catequizada as disposições legais ao regulamentar a medida. Inclusive, o Conselho foi interpelado pelo Ministério Público Federal quanto ao cumprimento na regulamentação da lei. É preciso ficar claro que a Resolução nº 1.445/2013 conseguiu transformar a Lei nº 12.683/12 em um instrumento de valorização profissional. A norma não traz qualquer prejuízo ao contabilista que possui uma conduta correta e exerce sua profissão com respeito, responsabilidade e ética. Vale destacar que a lavagem de dinheiro pode manchar a reputação, a confiabilidade dos serviços prestados e a credibilidade profissional. Empresário, procure seu contador para maiores esclarecimentos desta obrigatoriedade, que será a partir de janeiro de 2015. Clara Germana Gonçalves Rocha é Presidente do CRC-CE conselho@crc-ce.org.br


IDEIAS | DELIVERY LIGHT

Na porta de casa É possível comer bem, mesmo dispondo de pouco de tempo

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ensando nos adeptos da alimentação saudável e em conquistar novos clientes, o paulista Luis Lopes criou o “Salada Urbana”, restaurante com conceito saudável que trabalha com entrega de saladas e massas. Os pedidos devem ser realizados com 48h de antecedência - de segunda a sexta -, pelo telefone ou site da própria empresa, e o pagamento é feito pelo PagSeguro. No cardápio: todas as opções de ingredientes a serviço do cliente. É um verdadeiro self-service on-line. O conceito, embora tímido, não é novo nas terras cearenses. No bairro Aldeota, por exemplo, existe o Natural Leve, operando desde 2004 com o mesmo conceito, porém mais abrangente, com vários tipos de sanduíches e sucos, todos naturais e disponíveis para delivery. Outra aposta é o DNA Natural, que surgiu no Sul e abriu franquia em Fortaleza, no bairro Meireles (e, em breve, no Papicu). Também disponibiliza entrega e o cardápio on-line permite a escolha do prato. O que estes três empreendimentos têm em comum, além do segmento? Eles têm apresentado sólido crescimento no mercado.

Há algum tempo, a comida orgânica vem conquistando espaço na mesa do brasileiro. Segundo a pesquisa da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Asset), o aumento de restaurantes com cardápios orgânicos é uma resposta do público, considerando a crescente procura por uma alimentação equilibrada. Nos estabelecimentos, o acréscimo foi de 61% no consumo de frutas, 69% no consumo de verduras e legumes e 70% em sucos naturais. Cada vez mais atarefado, em casa e no trabalho, o consumidor tem sido mais exigente em qualidade e agilidade. O mercado precisa atender habilmente a essa demanda, apresentando opções variadas cujas propostas não ofereçam apenas “mais do mesmo”, mas esteja apto a conquistar o cliente. E não só pelo estômago!

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ideias | case de sucesso

Cores e Sabores Renan Aguiar, proprietário da San Paolo Gelato Gourmet, nos conta os desafios de empreender e avalia o rápido crescimento de sua empresa

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enan Aguiar é um jovem cearense que, em 2010, com apenas 21 anos, decidiu abrir sua primeira empresa: um lava-jato. Dois anos depois, já formado em Administração e Marketing, sentiu a necessidade de investir em um novo negócio. Juntamente com Renata Abreu, esposa e sócia, apostou no mercado de sorvetes. Porém, com um diferencial: o conceito “gelato na pedra” [processo no qual o sorvete é misturado a outros ingredientes em uma pedra gelada]. Nascia assim, em junho/2012, a San Paolo Gelato Gourmet. Com pouco mais de dois anos de funcionamento e 52 funcionários, Renan e Renata já possuem quatro lojas e quatro premiações. Entre elas: melhor sorvete do Ceará (Veja Fortaleza/2013) e a 7ª melhor sorveteria do Brasil (Trip Adviser/2014). Conheça mais sobre esta história na entrevista a seguir! Conjuntura do Comércio - Como surgiu a ideia de abrir a San Paolo? Renan - Eu e minha esposa fizemos uma viagem para os EUA e lá conhecemos o conceito “gelato na pedra”. Ao voltar para Fortaleza, analisamos o mercado. Só havia um concorrente. Então, decidimos investir. Procuramos os melhores fornecedores, estudamos o perfil de consumo, aperfeiçoamos o estilo e criamos

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nossos próprios sabores, acrescentando toques da cultura local e nacional. O tio da minha esposa ajudou bastante. Ele trabalha no ramo há vinte anos. Entendia de maquinaria e tinha contato com bons fornecedores. Isso foi fundamental para que começássemos bem. CC - Quantas e quais são as variações de sorvetes? R - São 26 sabores, sendo dois deles rotativos. Trabalhamos também com algumas sobremesas, sempre à base de gelato: petit gâteau, fondue com calda quente de chocolate, torta de cheesecake, Romeu e Julieta e milk-shakes. CC - Você participa do dia a dia da produção? R - Bastante. A Renata também sempre vai às lojas acompanhar o controle de qualidade. Não quisemos centralizar a fabricação para proporcionar ao cliente um gelato sempre fresco. Para alcançar esse objetivo, cada loja tem sua própria fábrica. CC - Quantas pessoas, em média, vocês atendem por dia? R - Uma média de 1.400 pessoas/dia. O consumo aumenta à medida que o final de semana se aproxima.

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CC - Quais os maiores desafios que teve? R - Primeiramente, financeiro. Achávamos que gastaríamos uma quantia e acabamos gastando o triplo. Fizemos um financiamento pelo BNB para quitar mais rapidamente, mas quando finalmente conseguimos, faltou o capital de giro para a empresa começar a produção. Felizmente, logo no início, a procura pelo nosso negócio foi compensando. A partir daí o problema deixou de ser financeiro para se tornar estrutural. Começamos com três funcionários. Na terceira semana já eram nove. Hoje, temos 52 colaboradores nas quatro lojas. Fomos superando no dia a dia mesmo, graças às respostas positivas e imediatas do mercado. CC - Os colaboradores recebem algum tipo de treinamento? R - Investimos em consultoria e em seminários. Preparamos nossos funcionários para que cresçam junto com a empresa. Temos um psicólogo e um estagiário que recrutam e selecionam. Além disso, eles dão um treinamento inicial, que inclui teoria e prática. CC - O que esperar da San Paolo para os próximos anos? R - Muito trabalho! É um desafio continuar crescendo nesta veloci-


dade, sem perder o foco e a qualidade dos produtos. Queremos investir nos shoppings. Já tínhamos uma loja no Via Sul, e abrimos outra, mês passado, no RioMar, e vamos inaugurar outra na expansão do Iguatemi. Ficaremos com três lojas em shoppings e duas de rua, ou seja, o perfil do nosso cliente tende a mudar. Este é mais um desafio. CC - Vocês pretendem abrir franquias? R - No ano passado, contratamos uma consultoria especializada para começar o Projeto Franquia. Eles elaboraram os trâmites jurídicos e toda a parte burocrática. Parecia ótimo! Mas, quando realmente começou, tivemos bastante trabalho, o que nos abriu os olhos para a realidade do mercado de franquias. Percebemos que precisávamos amadurecer mais como empresa. Então, recuamos e cancelamos o primeiro contrato fechado. Reestruturaremos todo o sistema para que em 2015 possamos abrir franquias em outros Estados. CC - Qual conselho você deixa para futuros empreendedores? R - Acreditar na ideia e assumir os riscos é a chave. As dificuldades sempre aparecerão, mas com amor ao que se faz, com comprometimento e determinação, dá certo. Houve dias em que não sabíamos como pagaríamos as contas, mas encarávamos como um desafio, e superávamos. O medo não deve travar ninguém. Não podemos desperdiçar oportunidades! Saiba mais: www.sanpaologelato.com.br Facebook/sanpaologelateria Instagram/sanpaologelato novembro 2014 | Conjuntura do Comércio

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NEGÓCIOS | spc brasil

Segurança nas vendas Conheça o SPC Maxi e o SPC Relatório, produtos que analisam a situação do consumidor em relação à inadimplência no mercado

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inda que em um ambiente econômico pouco favorável, as empresas precisam vender. E um dos grandes desafios para os lojistas é aproveitar todas as oportunidades de negócios e, em paralelo, assegurar-se que a empresa com a qual negocia é idônea e tem capacidade para honrar seus compromissos dentro do prazo acordado. Segundo o gerente de Negócios e Relacionamento da CDL de Fortaleza, Victor Pimentel, a melhor forma de certificar-se da idoneidade e do potencial de pagamento de um cliente é conhecer o seu comportamento em vários aspectos antes de fechar

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um negócio. “Saber como essa empresa se relaciona com fornecedores, conhecer o histórico de pagamentos e as informações sobre sócios-proprietários são fundamentais numa negociação”, comenta. Com o intuito de auxiliar as empresas dos mais diversos portes e segmentos, a CDL de Fortaleza, em parceria com o SPC Brasil, oferece produtos – voltados para pessoa física e jurídica – que analisam a situação do consumidor em relação à inadimplência no mercado: SPC Maxi e o SPC Relatório. Conheça-os! • SPC Maxi: no momento de conceder crédito, você pode veri-

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ficar se o cliente possui registros no SPC e Serasa, títulos protestados e cheques sem fundos, sustados, roubados, cancelados ou extraviados. • SPC Relatório: apresenta informações cadastrais e restritivas, tanto da empresa quanto dos seus sócios/administradores registradas no banco de dados do SPC e da Serasa, hábitos de pagamentos e relacionamento com fornecedor mais antigo. Para adquirir os produtos, entre em contato com a CDL de Fortaleza! Tel: (85) 3464.5506 / E-mail: faleconosco@cdlfor.com.br


capa | VAREJO EVANGÉLICO

Lucro divino Evangélicos formam um contingente de 42,3 milhões de consumidores dispostos a gastar com artigos relacionados à religião. Quem conhece o mercado diz que vale a pena investir

Imagem: Expocristã/2014.

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om o crescimento cada vez mais notório do número de evangélicos no Brasil, o mercado enxerga o fenômeno como um filão a ser explorado. E as estatísticas estão aí para provar! O Brasil possui 42,3 milhões de evangélicos - 60% deles da linha pentecostal, liderada pela Assembleia de Deus - que movimentam cerca de R$ 15 bilhões por ano em diversos segmentos. É o mesmo volume gerado pelo turismo religioso no Brasil. A estimativa, incluindo dados de gravadoras e editoras, é da organização do maior Salão Gospel da América Latina, realizado todos os anos em São Paulo. No Ceará, segundo o Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 1,2 milhões de pessoas declaram ser da religião. Aproximadamente 500 mil residem em cidades do Interior. Incluídas as lojas de instrumentos musicais e de vestuário, o universo gospel responde pela criação direta de mais de 2 milhões de empregos no país. Segundo o jornal Estado de Minas, a “revolução dos evangélicos”, como algumas correntes da religião definem a ascensão da última década, revela um mercado de rentabilidade contínua. Estimativa feita pela organização Servindo aos Pastores e Líderes (Sepal) indica que em 2020 os evangélicos poderão ser mais da metade da população brasileira.

Apesar de todos esses dados, poucos são os empreendedores que viram nesse público uma oportunidade de negócio. Quem percebeu não se queixa. Mercado em ascensão A capixaba Tânia Roncetti acredita tanto no potencial de consumo do público evangélico que decidiu, há dois anos, investir R$ 250 mil na abertura de um ponto para venda de artigos religiosos num shopping em Vitória, no Espírito Santo. Deu tão certo que, em menos de um ano, ela abriu uma segunda loja, reservou espaço para a terceira num shopping e planeja montar uma distribuidora. “Es-

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capa | VAREJO EVANGÉLICO tamos no melhor momento para montar um empreendimento voltado ao mercado evangélico, pois ele está mais profissional”, comenta Tânia, formada em Marketing. A seu ver, quanto mais empreendedores entrarem no ramo, mais profissional ele se tornará. ‘Todos ganham com isso’, garante ela. O casal paulistano Alexandre Marcelino Coelho e Cátia de Castro Coelho concorda com Tânia. Donos, desde meados dos anos 90, da Estrela da Manhã, firma especializada na produção de adesivos plásticos com frases bíblicas, eles tiveram uma grande expansão nos negócios após abrir uma loja num shopping especializado em artigos religiosos, localizado no centro de São Paulo. “Aqui, apesar de termos concorrentes diretos, ficamos mais perto do consumidor final e isso nos ajuda a bolar novidades”, comenta Coelho, que lançou também uma linha de objetos para decoração com motivos evangélicos. Apesar da facilidade de operar num centro que atrai consumidores do varejo, os donos da Estrela da Manhã não descuidaram da estratégia comercial para vender no atacado. Já são 1.300 clientes, entre lojistas especiali-

O Brasil possui 42,3 milhões de evangélicos - 60% deles da linha pentecostal, liderada pela Assembleia de Deus - que movimentam cerca de R$ 15 bilhões por ano em diversos segmentos. É o mesmo volume gerado pelo turismo religioso no Brasil. zados em artigos religiosos, papelarias, igrejas e revendedores espalhados pelo país. “Boa parte da nossa freguesia de atacado foi formada graças às minhas viagens”, conta Coelho, destacando que durante os primeiros anos pegava um carro e rodava durante a semana toda pelo interior do país. Caminho exatamente igual trilhou outro empresário dedicado ao segmento evangélico. Em meados dos anos 70, Elias de Carvalho – hoje dono do Grupo Bompastor, um conglomerado

de negócios que inclui uma gravadora, editora de livros e revistas, além de uma rede com sete lojas – saía de São Paulo com sua Kombi carregada de discos de música evangélica e se enfiava Brasil adentro. ‘Chegava a ir até Belém’, recorda-se. Com sua vivência de 30 anos, Carvalho viu acontecer de tudo no ramo em que atua. Acompanhou a evolução do mercado desde o tempo em que só existiam as chamadas igrejas históricas – como a Assembleia de Deus e as metodistas –, quando o volume de vendas ainda era muito baixo, até os dias atuais. Nos últimos anos, o surgimento de outras correntes fez aumentar o número de praticantes e também sofisticou e ampliou o consumo. “Antes era possível ser amador. Hoje, embora ainda exista muito espaço a ser explorado, é preciso atuar de uma forma profissional em todos os aspectos”, recomenda o dono do Bompastor. O comércio gospel no Ceará O mercado evangélico, considerado em constante ascensão no Brasil, também é promissor no Ceará. Conforme especialis-

Imagem: Expocristã/2014.

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Imagem: Paixão de Cristo

O mercado evangélico, considerado em constante ascensão no Brasil, também é promissor no Ceará. tas nesse segmento, no interior do Estado e principalmente em cidades religiosas, como Quixadá, no Sertão Central, não é diferente. A clientela é fiel e assegura bons negócios para o setor. O comerciante Francisco Evanildo Leandro, percebendo a carência de artigos voltados para esse segmento, resolveu montar sua livraria no meio da rua. Ele atende sua clientela na feira popular situada no Centro da cidade, em frente ao prédio da Câmara Municipal de Quixadá. Dentre os itens mais procurados

estão bíblias e livros. Mas muitos querem também DVDs de músicas gospel. “Esse produto não tem ainda, mas será incluído na aquisição do próximo estoque”, garante. Além do interesse constante dos clientes evangélicos, Evanildo reforça a fidelidade lendo algumas passagens bíblicas na feira. O agradecimento vem no faturamento e no coração. Um deles é a dona de casa Ana Lucia Matias. “A gente estava precisando mesmo de alguém especializado nesse tipo de produto

por aqui. Até seis meses eu era obrigada a viajar para Fortaleza, ou comprar pela internet. Agora, quando passo pelo Centro da minha cidade, posso encontrar o que preciso, da blusa à lembrancinhas especiais”, elogia. Em Fortaleza, vários lojistas apostaram nesse ramo. Já existem óticas, livrarias e lojas de roupas, além de outros segmentos, voltados para esse público. Mas o leque de opções ainda é vasto! Se você deseja empreender, investir nesse mercado é sucesso na certa!

> Por dentro dos números • 42,3 milhões é o número de evangélicos no Brasil. • 60% deles da linha pentecostal, liderada pela Assembleia de Deus. • No Ceará, 1,2 milhões de pessoas declaram ser da religião. • Aproximadamente 500 mil residem em cidades interioranas. • R$ 15 bilhões/ano é a cifra que o mercado evangélico movimenta em diversos segmentos. • O universo gospel responde pela criação direta de mais de 2 milhões de empregos no País.

Fonte: IBGE / Sepal / Salão Gospel da América Latina

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NEGÓCIOS | SPC Brasil

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DIÁLOGOS | A REALIDADE DO VAREJO

O caráter conta

N

ão compartilho a ideia generalizada de que o Brasil é um país formado por desonestos. Somos, sim, um país onde os frequentes escândalos de corrupção, envolvendo os sistemas público e privado, conduzem o povo à impressão de que os desonestos são maioria. No entanto, isso se deve ao fato de sermos uma nação que ainda não dispõe de um sistema eficiente de controle. A facilidade que alguns poucos encontram para montar seus esquemas escusos não pode nos levar ao equívoco de considerar que todos os que formam a nossa sociedade agiriam de modo desonesto tão logo tivessem uma “oportunidade”. Recentemente, uma colaboradora de minha família faleceu em um hospital da rede pública, aqui no Ceará. Telefonaram-nos para comunicar que os brincos que ela usava quando foi atendida na emergência deveriam ser buscados por um responsável. O iPad que um amigo esqueceu, em um aeroporto brasileiro, foi encontrado e devolvido pela administração. Moradores de rua que encontraram 20 mil reais - quantia abandonada por bandidos após um assalto – não hesitaram em ir a uma delegacia para entregar o dinheiro encontrado. Não somos, portanto, um povo sem ética. O que nos falta é vigilância eficiente no combate aos desonestos.

Não somos, portanto, um povo sem ética. O que nos falta é vigilância eficiente no combate aos desonestos. Os países com índices baixos de corrupção são os que têm mais auditores e fiscais formados e treinados. A Dinamarca e a Holanda dispõem de cerca de 100 auditores para cada 100 mil habitantes. Já o Brasil, segundo o World Economic Fórum, tem cerca de oito auditores para cada grupo de 100 mil habitantes. Isso explica, em grande parte, o porquê da falsa impressão de sermos um país corrupto. Na verdade, somos um país que ainda precisa avançar muito no controle dos mecanismos, que impediriam os desonestos de agirem num país em que a maioria do povo devolveria, sim, o dinheiro encontrado atrás de um árvore, devolveria os brincos da jovem senhora que faleceu em um hospital público, devolveria o iPad do empresário, mesmo sabendo que este poderia adquirir outro aparelho. Tudo isso por um único motivo: o

caráter conta. O Estado brasileiro remunera quem trabalha e ganha, mas não tem conseguido formar em quantidade e qualidade aqueles que teriam a função de impedir os que desejam ganhar agindo fora dos preceitos éticos. Quando se conseguir isso no Brasil, certamente essa generalização equivocada de que todos são igualmente desonestos, tão logo tenham “oportunidade”, será desfeita. E assim, caminharemos entre as nações mais desenvolvidas, finalmente, convencidos de que, ao contrário do que se generaliza, somos, sim, trabalhadores e honestos. Honório Pinheiro é presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará e preside, também, o Grupo Pinheiro Supermercado. presidente@fcdlce.com.br

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negócios | MERCADO GLS

Uma mina de ouro Movimentando R$ 150 bi por ano no Brasil, o mercado GLS tem se tornado cada vez mais importante para a economia. Aproxime esse público do seu negócio e obtenha mais sucesso

E

les são exigentes, gostam de produtos e serviços de qualidade e são uma das parcelas da população que mais gastam - responsáveis por movimentar R$ 150 bilhões por ano só no Brasil. Estamos falando do público GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes), que existe há pelo menos 30 anos, porém, em muitas regiões, ainda é raramente ou pouco explorado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este público corresponde a 10% da população nacional. Além disso, de acordo com pesquisa da consultoria InSearch Tendências e Es-

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tudos de Mercado, eles costumam gastar 30% a mais do que os heterossexuais e são fiéis às marcas que consomem. Por tudo isso, têm se tornado cada vez mais importantes para a economia. Mesmo assim, o mercado brasileiro ainda engatinha quando o assunto é voltado para esse contingente. “O preconceito é ainda o principal fator limitador da expansão do chamado marketing GLS”, afirma Anna Castanha, proprietária da Iden Consultoria - empresa de marketing focada no segmento. Porém, ela avalia que “grandes empresas, como Google, IBM, Hyundai, Toyota e Apple, já têm

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demonstrado preocupação em prestar serviços ou oferecer produtos a esse nicho de mercado, cuja característica principal é o nível de exigência dos consumidores, bem informados e em condições de pagar mais por uma marca”. A especialista ainda destaca: “os setores imobiliário, de turismo e de entretenimento são os mais promissores, pelo menos no Brasil, para se investir no público GLS”. E esse dado pode ser comprovado aqui mesmo no Ceará. Nos últimos anos, a capital cearense vem se destacando regionalmente no mercado de entretenimento. Fortaleza é a capital


> Para ler Mercado GLS - Como obter sucesso com o segmento de maior potencial da atualidade A obra foi publicada em 2008, pela editora Ideia e Ação, e escrita por Franco Reinaudo e Laura Bacellar, ambos especialistas brasileiros com experiência em negócios GLS. No livro, eles dão orientações para quem deseja investir neste público. nordestina com maior número de boates abertamente voltadas para o público homossexual: são sete casas funcionando todos os finais de semana. Além de boates, os empresários investem também em saunas, festa offclub e em barracas de praia. Os números, em muitas delas, impressionam e são justificados pela profissionalização da gestão. É o caso do Dragon Health Club, complexo que une o conceito de sauna direcionado para o público homossexual com o de um spa urbano, e que é uma referência nacional. Inaugurado em 2006, com investimento inicial de R$ 400 mil, o Dragon se pagou na metade do tempo previsto pelos sócios. “Nossa expectativa era termos o retorno do investimento num período de três anos e meio a quatro anos, isso se tudo corresse muito bem”, conta o executivo Walter Nebenzahl. “Foi uma surpresa quando o investimento se pagou em dois anos”, completa Carlos Augusto Marino. Também há sete anos atuando no Pink Market, os sócios da boate Donna Santa, Paulo Gurgel e Ozael Medeiros Junior comemoram o sucesso. A casa tem um custo fixo mensal de R$ 50 mil, sem contar com despesas trabalhistas nem com cachês das atrações. Para abrir sua porta a cada sexta-feira ou sábado, o custo é de R$ 8 mil por noite. “São valores muito altos para a gente abrir as portas se não valesse a pena. Se estamos atuando há sete anos, é porque não só se paga como é lucrativo”, diz Pau-

“São valores muito altos para a gente abrir as portas se não valesse a pena. Se estamos atuando há sete anos, é porque não só se paga como é lucrativo”, diz Paulo. “Passamos dois anos aprendendo a trabalhar na noite. Agora temos tudo sob controle”. lo. “Passamos dois anos aprendendo a trabalhar na noite. Agora temos tudo sob controle”. O apelo regional que a cena GLS de Fortaleza tem hoje não passa despercebido pelas sócias Monah Monteiro e Paula Roberta, responsáveis pela maiores festas offclub - fora de boates - direcionadas a este público. A dupla tem parceria com várias boates GLS de outros estados e faz o lançamento de suas festas em Salvador (BA), Recife (PE) e João Pessoa (PB), além de Mossoró (RN), Caruaru (PE) e Juazeiro do Norte (CE). “É bacana dar esta movimentada no mercado, atrair gente de fora e ainda divulgar a marca MEET (boate da qual são sócias)”, avalia Monah. Sócias da Cabumba, uma das poucas barracas de praia a explorar abertamente este nicho de

mercado, as irmãs Samya e Mônica Nepomuceno estão satisfeitas com o retorno. “Há 23 anos acreditamos que vale a pena trabalhar com o mercado GLS. É um público que pode investir no lazer. A grande maioria não tem filhos, não gasta dinheiro com colégio, etc. Então, sobra dinheiro para outras coisas”, relata Samya. “Eles são exigentes com a qualidade. Isso é bom, porque bota a gente para frente e tentamos sempre melhorar, para corresponder a expectativa”. Se você ficou interessado em investir neste nicho de mercado é importante saber: segmentar um público é abrir mão de outros. Neste caso, o risco está na estratégia de negócio. Assim, a empresa precisa saber conduzir seu posicionamento. “O mercado é segmentado por atitudes. Temos produtos para a geração digital, para a melhor idade, para esportistas, para crianças rebeldes e, agora, para o público GLS”, afirma Fábio Mariano Borges - professor de pós-graduação em ciências do consumo aplicado da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). As modificações, no entanto, não precisam necessariamente ser agressivas. Mais do que colocar uma bandeira colorida na porta, as empresas precisam captar os desejos desse público. Não adianta só querer investir ou vender um negócio apenas no papel. Tem que comercializar bem, saber conversar, respeitar e recebê-los bem. Caminhou-se muito, mas ainda há um longo trajeto. Fontes: Revista Salt e Jornal O POVO.

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NEGÓCIOS | Economia e mercado

As eleições e as expectativas para 2015/16 Alguns pontos merecem atenção: as questões monetária, cambial e fiscal, os investimentos privados, e também a questão externa/social

A

s eleições gerais no Brasil tiveram como desfecho a vitória da atual presidenta, Dilma Rousseff (PT). A pequena diferença, 3,2% dos votos à frente do candidato Aécio Neves (PSDB), permite uma clara

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leitura: o eleitorado brasileiro deseja mudanças concretas e será menos tolerante neste segundo mandato. Além disso, existem agendas que não podem mais ser adiadas e devem estar no centro dos embates políticos no Congresso Nacional. Um dia após o encerramento das eleições, a Bolsa de Valores de São Paulo caiu 2,77%. Algumas das maiores baixas observadas foram nas ações da Petrobras PN (-12,3%), Eletrobras ON (-11,6%) e Banco do Brasil ON (-5,24%). O dólar subiu 2,7%, maior alta diária em três anos. No centro das expectativas, pairam incertezas sobre a condução dos assuntos econômicos, notadamente as questões relativas ao intervencio-

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nismo nos assuntos macroeconômicos, como inflação e crescimento econômico. Para o governo, ficou claro que uma intervenção nos preços da economia, juros e tarifas de energia, por exemplo, podem gerar grande desconforto para os investidores, pois desorganiza os sinais de mercado e cria incertezas sobre as decisões de investimento. Os mercados, por sua vez, aguardam pelo anúncio dos principais executivos do primeiro escalão, principalmente os titulares do Ministério da Fazenda e do Banco Central. Esses são, respectivamente, os responsáveis diretos pela política fiscal e monetária. De sua parte, os agentes econômicos apenas desejam que a política econômica seja transparente e estável, com foco no controle da inflação e no estímulo a investimentos em infraestrutura. Dessa forma, os investimentos pri-


vados voltarão a crescer, retomando o crescimento econômico. Portanto, os desafios da economia para o biênio 2015/2016 já são consenso entre os diversos setores da economia. Cinco pontos merecem especial atenção: as questões monetária, cambial e fiscal, os investimentos privados, e também a questão externa/social. Outros temas relevantes são a reforma política e a reforma tributária. A reforma política traz o fortalecimento institucional e o ambiente adequado para a aprovação de medidas importantes na recolocação da economia no eixo de crescimento. A reforma tributária contribuirá para a reorganização da carga tributária, melhorando a racionalidade dos tributos e a competitividade empresarial. Com isso, cria-se um ambiente propício ao crescimento da produção e da geração de empregos de melhor qualidade. Em síntese, os desafios que o Governo tem pela frente para acelerar o desenvolvimento econômico e social do Brasil não são novidades. Cabe apenas um pouco mais de foco e capacidade de articulação política para mobilizar a todos por uma causa que não pertence a nenhum partido, mas ao povo brasileiro. Análise do setor de comércio O comércio varejista nacional apresentou desempenho negativo no volume de vendas de agosto/14, com queda de -1,1%. Em 2013, o crescimento foi de 6,2%, e em 2012, de 10% neste período. Nos últimos 12 meses o crescimento do volume de vendas atingiu a taxa de 3,6%, indicador que sugere um crescimento para este ano em torno de 4%. Quanto à receita nominal, o crescimento observado nos últimos 12 meses foi

POLÍTICAS CORRETIVAS PARA RETOMADA DA ECONOMIA BRASILEIRA EM 2015 VARIÁVEIS

POLÍTICAS

Taxa de Juros

Compatíveis com a redução da inflação abaixo de 6%.

Preços Administrados

No setor elétrico, de óleo e gás os preços devem refletir a eficiência do setor.

Taxa de Câmbio

Compatível com o Superávit da Balança de Pagamento e com um cenário de taxa de juros maior nos EUA.

Crédito/PIB

Evitar oferta artificial de crédito para inflar o consumo agregado.

Superávit Primário

Definir e perseguir a meta do Superávit Primário, evitando a contabilidade “criativa”.

os desafios que o governo tem pela frente para acelerar o desenvolvimento econômico do brasil não são novidades. superior a 10%, sugerindo uma importante recomposição das margens de lucro sobre os produtos vendidos. Os segmentos de maior expansão foram: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (7,1%) e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,4%). Com relação ao varejo cearense, observa-se um desempenho positivo de 1,1% em relação ao ano anterior, mas muito próximo ao desempenho nacional. No acumulado de 2014, o crescimento do varejo cearense atingiu a taxa de 6,9%, um crescimento bem superior ao da média do País: 2,9%. Fica claro, com esse resultado, que o varejo cearense descolou em relação ao varejo nacional, obviamente fruto das políticas específicas implementadas no Estado. Os segmentos cearenses que apresentaram maior aquecimento em agosto foram os de tecidos, vestuário e calçados (10,3%), e o de combustíveis e lubrificantes

(6,6%). Por sua vez, o segmento que apresentou o pior desempenho foi o de livros, jornais, revistas e papelaria (-16,9%). A continuar com esse ritmo, estima-se um crescimento do volume de vendas no varejo para este ano de pelo menos 6%, algo bem superior ao crescimento nacional, que deve se situar em torno de 3,2%.

De olho nos números

11,25% Taxa de Juros SELIC

4,9%

Taxa de Desemprego em setembro/14

0,48%

Inflação(IPCA-15) em outubro/14:

R$

2,43

Dólar em 30/10/2014

4,2%

Crescimento da Inadimplência de janeiro a setembro/2014

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MOVIMENTO | Federação

A serviço do comércio Parceria beneficia micro e pequenas empresas de Sobral

S

ituado na mesorregião do Noroeste cearense, Sobral aderiu recentemente à logística de mercado competitivo com requisitos de alto padrão em sustentabilidade. Um acordo firmado entre a CDL de Sobral, Sebrae, Associação Comercial e Industrial, Prefeitura Municipal de Sobral e Votorantim Cimentos estabeleceu a criação do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF). A iniciativa surge com o intuito de melhorar o atendimento das necessidades de aquisição de bens e serviços das empresas, em especial as micro e pequenas, gerando emprego e renda na região de abrangência da unidade industrial instalada na cidade. O convênio celebrado entre

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as instituições, neste primeiro momento, determina esforços no sentido de cooperação técnica e financeira para subsidiar a execução do Programa junto aos fornecedores da Votorantim Cimentos. Segundo o Diretor Distrital da FCDL/CE, Daniel Menezes, o PDF prevê a capacitação e certificação de potenciais fornecedores locais, apoio à expansão do associativismo pelo fortalecimento das associações comerciais e industriais, CDLs, além da realização de seminários, encontro de negócios, visitas e viagens técnicas. Daniel explicou os impactos positivos sobre a economia do município a partir desse processo. “Além da qualificação de todo o quadro funcional, o em-

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presário terá um crescimento sustentável financeiro do seu empreendimento, ficando apto a comercializar seus produtos ou serviços para qualquer grande empresa do mundo, não se limitando somente à macrorregião, pois, depois de implantado todo o projeto, esse empreendedor certificado saberá conduzir quaisquer negociações com os mais diversos segmentos do mercado”, comentou. A CDL de Sobral ficará responsável por viabilizar, coordenar e participar das reuniões do Comitê Gestor, além de avaliar os trabalhos. Assim como organizar os cursos de capacitação técnico-gerenciais necessários ao trabalho e atrair e motivar parceiros institucionais.


DIÁLOGOS | liderança e gestão

Só os paranoicos sobrevivem! Por Marcos Braun

C

aro leitor, você lembra a última vez que ficou paranoico? Se você refletir sobre suas principais conquistas pessoais e profissionais, vai perceber um pouco de paranoia nisso tudo. 2014 está sendo para as empresas e empresários do Brasil um ano de aprendizagem sobre o “empresariar”. Com o cenário volátil, o investimento fica em segundo plano. A partir daí, há um verdadeiro efeito cascata que começou a impactar as empresas, os empregos e, consequentemente, a vida das pessoas. O ano de 2015 também será competitivo. E os anos seguintes, ainda mais. A globalização se fará ainda maior e a concorrência será, mais do que nunca, mundial. Não estaremos mais competindo com empresas da nossa cidade, nem do Estado, nem do Brasil. Estaremos competindo globalmente. Sobreviverá a empresa que tiver: competência, estrutura de custos, fluxo de caixa e pessoas competentes para produzir com qualidade e prestar o melhor serviço aos clientes. Além disso, resistirá a empresa que reinventar o seu setor, surpreendendo o cliente com produtos e serviços fundamentalmente novos. E para isso, um pouco de paranoia não faz mal a ninguém. Em minhas experiências,

O sucesso hoje não garante o sucesso de amanhã. É preciso criar o amanhã. tenho observado que as empresas têm feito, bem ou mal, projetos de qualidade, reengenharia, benchmarking, reestruturações, etc. A verdade, no entanto, é que poucas têm se preocupado com a construção da empresa no futuro. O sucesso hoje não garante o sucesso de amanhã. É preciso criar o amanhã. É preciso perguntarse: como será um dia típico do meu trabalho daqui a três anos? Quem serão meus concorrentes? De onde virão os meus lucros? O que a tecnologia estará oferecendo e o que poderá afetar o meu negócio? Etc., etc.. Estamos vendo que as empresas estão, em sua maioria, olhando para o próprio umbigo ou através de um espelho retrovisor. Poucas são as que estão construindo o seu futuro, pesquisando oportunidades. Sendo paranoica... É preciso que entendamos: as empresas vencedoras hoje não foram aquelas que perguntaram o que o cliente queria. São vencedoras as empresas que surpreenderam o mercado com produtos e serviços fundamentalmente novos, que nem os

clientes imaginavam como possíveis. Vejamos: o Google reinventou os meios de acesso à informação. A Apple reinventou a forma de se conectar ao mundo. A Amazon reinventou a relação com o cliente. A Subway reinventou o “fast-food” com alimentos saudáveis. Perceba, portanto, que as empresas que têm sucesso hoje foram aquelas que literalmente reinventaram o seu setor. Não foram empresas que apenas fizeram melhor aquilo que já faziam, mais rapidamente e com menos custos. Elas fizeram coisas fundamentalmente diferentes. Assim, o que de fato deve mudar nos próximos três anos é que não será o maior que vencerá o menor, mas sim o mais rápido que vencerá o mais lento. É preciso ser ágil, pensar rápido e agir mais rapidamente ainda. Vencerá a concorrência, neste processo de galopante globalização, as empresas que forem capazes de se reinventar, de regenerar suas estratégias e de surpreender o mercado. Então, neste contexto, o que é ser paranoico? É não ser “normal”. Crescer e vencer não são para empresas ou pessoas “normais”. Desafie-se, pense nisso e até a próxima! Marcos Braun é Consultor, Professor de MBA, Coach e Palestrante Contato: marcos@marcosbraun.com.br Facebook: consultormarcosbraun www.marcosbraun.com.br

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MOVIMENTO | ALFE

Presidente da Alfe recebe homenagem da BPW Brasil

A

presidente da Associação Lojista de Líderes Femininas (Alfe),diretora da CDL e das Lojas Tentacion, Fátima Duarte, foi distinguida como Mulher Destaque Nacional pela BPW durante a festa de encerramento da XXVI Convenção da Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais (Confam). O evento - que contou com a participação de 25 cearenses - foi realizado em Cuiabá, de 15 a 19 de outubro, diante de autoridades e empresárias. A presidente da BPW Fortaleza, Elisa Oliveira, foi

quem fez a entrega, junto com presidente Nacional da BPW Brasil, Eunice Cruz. Por ser a homenageada presidente da instituição, a comenda

só vem agregar ainda mais peso e valor para a Alfe. Por essa razão, a homenagem é compartilhada entre todas associadas.

Alfe visita instalações da CDL de Fortaleza

A visita, realizada por iniciativa da presidente da Alfe, Fátima Duarte, e sua Diretoria Executiva, foi dirigida por Francilene Macêdo, que mostrou o seu domínio de conhecimento e desvelo para com a referida Entidade. Nas instalações da CDL de Fortaleza ficam as áreas: Apoio Logístico, Marketing, Secretaria & Eventos, Administrativo Financeiro, Jurídico, além do Instituto CDL, Loja Conceito,

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auditórios Raimundo Cabral e Gervásio Pegado, entre outras áreas projetadas com esmero, e dentro dos padrões de moderna ambiência institucional. A matemática do êxito da CDL está na significativa parcela dos andares superiores, onde está instalada a Faculdade CDL – incalculável bem gerado e concretizado pelo ex-presidente da Entidade, Honório Pinheiro, e mantido pela associação de forças

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do presidente Freitas Cordeiro e da atual diretoria, docentes e funcionários. Ressalte-se, também, a alegria dos funcionários em nos receber nesta rica visita, indispensável acontecimento, multiplicação de compromissos e intensificação de gratidão, que nos leva a pensar: “tendo a força da partilha a cultivar, amizade estando sempre a nos unir, na glória de ousar e lutar.”


DIÁLOGOS | aprendendo na prática

O perfil do sucesso Por Eduardo Gomes de Matos

S

ucesso! Uma pequena palavra que representa muito no mundo moderno. Todos nós queremos ser pessoas de sucesso, que nossos filhos sejam bem sucedidos, que nosso time seja campeão, que nossas empresas tenham sucesso no mercado. A bibliografia sobre o assunto é extensa. Se entrarmos na Amazon e pesquisarmos quantos livros têm à disposição sobre o tema, veremos muitas opções para escolhermos. Na minha última viagem aos Estados Unidos, para pesquisar as melhores e mais modernas tecnologias de gestão empresarial, encontrei um estudo realizado pela Fast Company sobre como as empresas alcançam um rápido crescimento. Sempre acreditei que os presidentes dessas empresas, os Chief Executive Officers (CEOs), fossem pessoas extremamente talentosas. Agora, com este levantamento, tenho certeza. As empresas que estão nesta pesquisa tiveram uma impressionante média de crescimento: 1.828%. Isso mesmo! E juntas criaram mais de 46 mil novos empregos. Nós podemos pensar que são as empresas, propriamente ditas, as responsáveis por este crescimento. Mas, na verdade, estamos falando de empreendedorismo e competência dos fundadores e presidentes, já que 90% deste rol de empresas são lideradas por seus criadores. Quais são as características

Sempre acreditei que os presidentes dessas empresas, os Chief Executive Officers (CEOs), fossem pessoas extremamente talentosas. Agora, com este levantamento, tenho certeza. pessoais deste grupo seleto de líderes empresariais que proporcionam tamanho desempenho? Permitam-me explicar por meio de algumas estatísticas. • 86% assumem riscos: tem entusiasmo pelo desafio com visão otimista do risco. • 72% possuem foco no negócio: enfatizam lucros, metas e indicadores, e alinham a equipe com estes objetivos. • 71% têm determinação: tremenda força para superar os desafios. • 61% são “delegadores”: delegam e descentralizam autoridade e responsabilidade capacitando seus colaboradores. • 58% são pesquisadores de conhecimento: pesquisam novos métodos, processos e inovações para seu negócio, e utiliza-os para criar sua vantagem competitiva. • 56% são criativos: exploram possibilidades, pensam nos limites, geram ideias, estão abertos a novas práticas. • 54% são confiantes: possuem

a autoconfiança de que irão criar negócios de sucesso. • 53% são promotores da marca: promovem suas empresas, suas marcas e comunicam sua visão de futuro com consistência. • 50% são independentes: têm forte senso de responsabilidade, fazem o que acreditam e trabalham “duro”. • E por fim: 46% são excelentes em fazer relacionamentos interpessoais. O estudo do Gallup identificou três tipos básicos de liderança e determinou o estilo dominante dos CEOs das empresas que mais cresceram. • 45% são ATIVISTAS: orientados para a ação, focados em resultados, não possuem medo do risco, levam as pessoas ao alcance de grandes resultados. • 39% são ESTRATEGISTAS: têm uma abordagem de longo prazo, são extremamente criativos, questionam o status quo e consideram que ter lucratividade é sinônimo de sucesso. • 16% são RELACIONAIS: possuem habilidades sociais, criam relações benéficas mutuamente e conhecem os clientes e os colaboradores. Qual o seu estilo? O importante é gerar resultados e ter sucesso, pois neste mundo hipervolátil, e competitivo, crescer e ter sucesso não é mais opção. Eduardo Gomes de Matos é presidente da Gomes de Matos Consultores Associados, palestrante e mentor da Endeavor. www.gomesdematos.com.br

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IDEIAS | CULTURA

Saia da rotina! Reserve um tempo para reciclar conhecimento e relaxar!

LIVRO

FILME

EVENTO

Foco – A atenção e o seu papel fundamental para o sucesso Autor: Daniel Goleman

Intrigas de Estado (2009) Diretor: Kevin Macdonald

Congresso Nacional de Jovens Empreendedores (CONAJE)

PhD em psicologia e autor de best-sellers, Goleman mostra nesta obra porque a base do sucesso em todas as áreas da vida depende da atenção dedicada a cada uma delas. De acordo com sua pesquisa, o foco funciona como um músculo: quando não é exercitado, fica atrofiado; quando utilizado, se desenvolve. Ele ensina a aprimorar o foco para prosperar, argumentando que aqueles que alcançam rendimento máximo - seja na vida acadêmica, nos negócios, nos esportes ou nas artes - são os que mais prestam atenção no que é essencial para seu desenvolvimento, tornando a concentração uma ferramenta vital. Vale a pena fazer esta leitura!

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Conjuntura do Comércio | NOVEMBRO 2014

Stephen Collins (Ben Affleck) é um político com futuro promissor. Entretanto, em meio à campanha, sua assistente morre tragicamente e segredos começam a ser elucidados. Cal McAffrey (Russell Crowe), repórter veterano de Washington D.C. e também colega de Stephen da época de faculdade, começa a investigar o fato. Na medida em que ele e sua parceira novata Della Frye (Rachel McAdams) tentam desvendar a história, se deparam com uma conspiração envolvendo algumas das mais promissoras figuras políticas e corporativas dos EUA. São 127 min de puro suspense e drama!

A 20ª edição do CONAJE tem por objetivo promover e disseminar a cultura do empreendedorismo entre os jovens. O evento apresentará a Feira do Jovem Empreendedor, visando informar e apresentar oportunidades para quem deseja abrir um negócio, e o Concurso Nacional de Startups, que premiará as 10 melhores ideias inovadoras. A inscrição custa R$150,00 e é feita pelo site www.20conaje. com.br. Lá você também encontra informações sobre programação e hospedagem. Dias: 26 a 28/11 Local: Hotel Vila Galé (Avenida Dioguinho, 4189 – Praia do Futuro)


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COMÉRCIO Conjuntura do


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