Guia de Investigação Laboratorial - Erros Inatos do Metabolismo

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Guia de Investigação Laboratorial Erros Inatos do Metabolismo

Edição 2013



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Os prazos para liberação de resultados dos diversos estudos moleculares serão informados sob consulta através do e-mail canaldocliente@dle.com.br.

O conteúdo deste guia foi elaborado pela equipe de colaboradores e resume um pouco da experiência no setor de bioquímica genética e genética molecular acumulada nas três décadas de atividade do laboratório DLE.

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PREFÁCIO

O diagnóstico do “grupo” de enfermidades denominado “Erros Inatos do Metabolismo” tem se tornado cada vez mais presente na prática clínica, seja do especialista em genética médica, seja do pediatra, neurologista e clínicos que se deparam com sintomas e sinais sem aparente correlação com a história patológica ou quadros não responsivos a tratamentos habituais. Os laboratórios especializados em bioquímica genética e genética molecular tem sido lembrados, com mais frequência, no momento do diagnóstico diferencial, da confirmação de uma suspeita diagnóstica, no aconselhamento genético, ou mesmo no acompanhamento terapêutico de um número cada vez maior de doenças tratáveis deste “grupo”. Nosso laboratório elaborou este guia para oferecer informações resumidas sobre os procedimentos de coleta, indicações, limitações e alcance de cada teste, afim de auxiliar o profissional de saúde na melhor escolha para seu paciente no momento da confirmação laboratorial de uma hipótese diagnóstica. Este guia se baseia nos exames mais solicitados ao nosso serviço nos últimos anos, porém, devido à constante evolução da medicina laboratorial, torna-se inevitável a alteração do seu conteúdo após esta publicação, seja com novos exames ou na metodologia e no prazo dos exames já oferecidos. Este guia será revisado periodicamente. Apreciaremos todas as críticas, sugestões, correções e atualizações encaminhadas por parte dos leitores para canaldocliente@dle.com.br. Acompanhe suas atualizações através do portal dle.com.br.

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SUMÁRIO

Introdução 15 Sinais e Sintomas 16 Mortalidade/Morbidade 16 Aspectos Gerais 16 Entendendo as Metodologias 17 Investigação Inicial 19 Investigação Direcionada 19

CAPÍTULO 1 - INVESTIGAÇÃO GERAL PARA EIM

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Pesquisa básica para EIM 21 Triagem mínima para erros inatos do metabolismo

22

Perfil metabólico 23 Triagem expandida para erros inatos do metabolismo

24

Investigação avançada para erros inatos do metabolismo

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CAPÍTULO 2 - AMINOACIDOPATIAS, ACIDEMIAS ORGÂNICAS , DISTÚRBIOS DO CICLO DA URÉIA E DA BETA OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS

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Perfil Tandem quantitativo - Acilcarnitinas e Aminoácidos (MS/MS)

27

Perfil Tandem qualitativo - Acilcarnitinas e Aminoácidos (MS/MS)

28

Perfil Metabólico - Acilcarnitinas, Aminoácidos e Ácidos Orgânicos Urinários (MS/MS e GC/MS)

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CAPÍTULO 3 - AMINOACIDOPATIAS 31 Cromatografia circular em papel para Aminoácidos (Semi quantitativo)

31

Cromatografia de Aminoácidos por HPLC (Quantitativo)

32

Cromatografia de Aminoácidos por GC/FID (Quantitativo)

33

Perfil de Aminoácidos (MS/MS) (Quantitativo)

34

Dosagem de Fenilalanina e Tirosina (MS/MS)

35

Avaliação de Aminoácidos com Dosagem de Fenilalanina e Tirosina (MS/MS)

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Dosagem de Tirosina (MS/MS) 37 Dosagem de Succinilacetona (na Urina)

37

Dosagem de Succinilacetona (no Papel Filtro)

38

Dosagem de Leucina + Isoleucina e Valina (MS/MS)

38

Pesquisa de Cistinúria / Homocistinúria

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Dosagem de Homocisteína 40 Estudo Molecular para Fenilcetonúria 41 Estudo Molecular para Homocistinúria 41 Estudo Molecular para Tirosinemia Tipo I 42 Estudo Molecular para MSUD 42 9


Sumário

CAPÍTULO 4 - DISTÚRBIOS DA BETA-OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS E DO METABOLISMO DA CARNITINA 43 Perfil de Acilcarnitinas (MS/MS) 43 Dosagem de Carnitina Livre e Total (MS/MS)

43

Avaliação das Acilcarnitinas Urinárias 44 Estudo Molecular para CPT1 44 Estudo Molecular para CPT2 45 Estudo Molecular para CAT 45 Estudo Molecular para MCAD (Mutações frequentes)

46

Estudo Molecular para MCAD (sequenciamento) 46 Estudo Molecular para SCAD 47 Estudo Molecular para LCHAD (Mutações frequentes)

47

Estudo Molecular para LCHAD (sequenciamento) 48 Estudo Molecular para VLCAD 48

CAPÍTULO 5 - ACIDEMIAS / ACIDÚRIAS ORGÂNICAS

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Perfil de Acilcarnitinas (MS/MS) 49 Análise de Ácidos Orgânicos Urinários (GC/MS)

50

Dosagem de Ácido Metilmalônico (Urina) 51 Dosagem de Ácido Metilmalônico (Soro) 52 Dosagem de Carnitina Livre e Total (MS/MS)

53

Estudo Molecular para Acidemia Isovalérica 53 Estudo Molecular para Acidemia Glutárica tipo I

54

Estudo Molecular para Acidemia Glutárica tipo II

54

Estudo Molecular para Acidemia Metilmalônica Cbl A,B

55

Estudo Molecular para Acidemia Metilmalônica Cbl C,D

55

Estudo Molecular para Acidemia Metilmalônica (Gene MUT) 56 Estudo Molecular para Acidemia Propiônica 56

CAPÍTULO 6 - DISTÚRBIOS DO CICLO DA URÉIA

57

Dosagem de Ácido Orótico 57 Cromatografia de Aminoácidos por HPLC (Quantitativo)

58

Cromatografia de Aminoácidos por GC/FID (Quantitativo)

59

Perfil de Aminoácidos (MS/MS) (Quantitativo) 60 Estudo Molecular para Acidúria Argininossuccinica

60

Estudo Molecular para Argininemia 61 Estudo Molecular para Citrulinemia tipo I 61

10

Estudo Molecular para Citrulinemia tipo II (Mutação frequente)

62

Estudo Molecular para Citrulinemia tipo II (sequenciamento)

62


Sumário

CAPÍTULO 7 - DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DAS VITAMINAS

63

Dosagem da Atividade da Biotinidase 63 Dosagem de Biotina 63 Dosagem de Vitamina B12 64 Estudo Molecular para deficiência da Biotinidase

64

CAPÍTULO 8 - DOENÇAS DO METABOLISMO DOS CARBOHIDRATOS

65

Pesquisa de Açúcares Redutores 65 Cromatografia de Glicídios 65 Triagem de Carbohidratos na Urina

66

Atividade de Galactose 1 Fosfato Uridil Transferase

66

Estudo molecular da Intolerância a Frutose (Mutações frequentes)

67

Estudo molecular da Intolerância a Frutose (sequenciamento)

67

Estudo Molecular para Galactosemia Tipo I (Mutação frequente)

68

Estudo Molecular para Galactosemia Tipo I (sequenciamento)

68

Estudo Molecular para Galactosemia Tipo II

69

Estudo Molecular para Galactosemia Tipo III

69

CAPÍTULO 9 - DOENÇAS LISOSSÔMICAS DE DEPÓSITO: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses 71 Pesquisa de Mucopolissacarídios (Colorimétrico) 71 Triagem de Mucopolissacarídios (Colorimétrico e Cromatografia em Camada Delgada)

71

Triagem para Doenças de Depósito (Colorimétrico,Cromatografia em Camada Delgada e Dosagem Enzimática)

72

Cromatografia de Glicosaminoglicanos 73 Cromatografia de Oligossacarídios 73 Cromatografia de Sialidoligossacarídios 74 Doenças Lisossômicas - Quitotriosidase 74 MPS Tipo I ou Doença de Hurler (Dosagem Enzimática)

75

Estudo Molecular para MPS Tipo I 75 MPS Tipo II ou Doença de Hunter (Dosagem Enzimática)

76

Estudo Molecular para MPS Tipo II

76

Estudo Molecular para MPS Tipo III A

76

MPS Tipo III B ou Doença de Sanfilippo (Dosagem Enzimática)

77

Estudo Molecular para MPS Tipo III B

77

MPS Tipo III C ou Doença de Sanfilippo (Dosagem Enzimática)

77

Estudo Molecular para MPS Tipo III C

78

MPS Tipo III D ou Doença de Sanfilippo (Dosagem Enzimática)

78

Estudo Molecular para MPS Tipo III D

78 11


Sumário

MPS Tipo IV A ou Doença de Morquio (Dosagem Enzimática)

79

Estudo Molecular para MPS Tipo IV A

79

Gangliosidose GM1 e MPS Tipo IV B ou Doença de Morquio (Dosagem Enzimática)

80

MPS Tipo VI ou Doença de Maroteaux - Lamy e Mucosulfatidose (Dosagem Enzimática)

80

Estudo Molecular para MPS Tipo VI 81 MPS Tipo VII ou Doença de SLY (Dosagem Enzimática)

81

Estudo Molecular para MPS Tipo IX 81 Doença de Fabry (Dosagem Enzimática) 82 Estudo Molecular para Doença de Fabry 82 Doença de Gaucher (Dosagem Enzimática)

83

Estudo Molecular para Doença de Gaucher

83

Doença Krabbe (Dosagem Enzimática) 84 Estudo Molecular para Doença de Krabbe

84

Doença de Niemamm-Pick Tipo A e B (Dosagem Enzimática)

85

Estudo Molecular para Doença de Niemann-Pick

85

Doença de Pompe (Dosagem Enzimática)

86

Estudo Molecular para Doença de Pompe

86

Doença de Schindler (Dosagem Enzimática)

86

Doença de Tay-Sachs e Doença de Sandhoff (Dosagem Enzimática)

87

Estudo Molecular para Doença de Tay-Sachs

87

Leucodistrofia Metacromática e Mucosulfatidose (Dosagem Enzimática)

88

Beta-Manosidose (Dosagem Enzimática) 88 Mucolipidose (Dosagem Enzimática) 89 Fucosidose (Dosagem Enzimática) 89 Manosidose (Dosagem Enzimática) 90 Estudo Molecular para Glicogenose 90 Estudo Molecular para Glicogenose Tipo I A

91

Estudo Molecular para Glicogenose Tipo I B

91

Estudo Molecular para Glicogenose Tipo III

91

CAPÍTULO 10 - DOENÇAS PEROXISSOMAIS 93 Dosagem de Ácidos Graxos de Cadeia Muito Longa

93

Dosagem de Ácido Fitânico 93 Dosagem de Ácido Fitânico e Pristânico

94

Painel para Doenças Peroxissomais (Ácidos Graxos de Cadeia Muito Longa, Ácido Fitânico, Ácido Pristânico) 94 Estudo Molecular para Adrenoleucodistrofia 95

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Sumário

CAPÍTULO 11 - DIVERSOS 97 Dosagem do Ácido Beta Hidroxibutírico 97 Estudo molecular para Fibrose Cística (Pesquisa de Mutações ΔF508-CFTR)

97

Estudo molecular para Fibrose Cística( Painel de mutações)

98

Estudo molecular para Fibrose Cística (sequenciamento)

98

G6PD (Dosagem enzimática) 99 Estudo Molecular para G6PD 99 Estudo Molecular para Doença de Menkes

100

Estudo Molecular para Beta Cetotiolase 100 Estudo Molecular para Butirilcolinesterase 101 Estudo Molecular para Trimetilaminúria (“Síndrome de odor de peixe”)

102

ÍNDICE 103

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INTRODUÇÃO A recente utilização da espectrometria de massas em tandem nos testes de triagem neonatal tem tornado possível o diagnóstico présintomático de muitos Erros Inatos do Metabolismo (EIM), diminuindo assim a ocorrência de dano neurológico ao paciente, muitas vezes está associada ao tempo e ao período de exposição ao metabólito tóxico. A intervenção adequada e imediata após o diagnóstico é, em muitos casos, determinante fundamental para definir o prognóstico desses pacientes. Os EIM embora tidos como raros, são na verdade, pouco conhecidos e pouco diagnosticados, e compreendem mais de 700 distúrbios, a maioria deles relacionados à síntese, degradação, transporte e armazenamento de moléculas no organismo. Os EIM são relativamente frequentes em seu conjunto, apresentando uma incidência cumulativa estimada em 1:1000 recém-nascidos vivos. A incidência e a frequência de doenças individuais variam baseadas na composição racial e étnica da população e nos níveis de investigação dos programas de triagem neonatal disponíveis. Estes distúrbios hereditários são transmitidos, em sua maioria, de forma autossômica recessiva. As alterações ocorrem ao nível molecular, causando ausência de síntese de uma enzima, síntese de enzima com atividade deficiente, que pode ser de diversos graus, ou ainda a destruição exagerada de uma enzima normalmente sintetizada levando ao bloqueio de diversas vias metabólicas. Esse bloqueio, além de induzir o acúmulo de substâncias tóxicas e/ou falta de substâncias essenciais, pode gerar problemas no desenvolvimento físico e mental dos pacientes. Formas leves, moderadas ou graves de uma mesma doença caracterizam a grande variabilidade clínica dos EIM e a deficiência de diferentes enzimas determinantes de um mesmo quadro clínico caracteriza a sua heterogeneidade genética. O diagnóstico definitivo de um EIM depende principalmente da suspeita clínica. Adequada solicitação e realização de exames complementares são importantes para que se possa estabelecer um tratamento específico e permitir o aconselhamento genético dos casais em risco.

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SINAIS E SINTOMAS Os EIM podem se apresentar em qualquer faixa etária, desde a vida fetal até a idade adulta, com predomínio entre o período neonatal e os 10 anos de idade. Antes do nascimento, o feto está relativamente protegido dos malefícios de uma doença metabólica em virtude da função da placenta materna tanto para o fornecimento de nutrientes quanto para a filtragem de metabólitos tóxicos. Por isso, muitas doenças metabólicas se apresentam nos primeiros dias de vida após o nascimento, pois o bebê não pode mais se beneficiar da ajuda fisiológica da mãe para compensar suas deficiências. No início, os sinais e sintomas das doenças podem ser sutis e dependendo do grau de deficiência metabólica vão se tornando cada vez mais aparentes e difíceis de tratar. Deve-se suspeitar de EIM sempre que o paciente apresentar história de irmãos falecidos no período neonatal sem diagnóstico etiológico, membros da família com sintomas clínicos não esclarecidos e a existência de consanguinidade. Na história patológica pregressa do paciente pode haver relato de vômitos crônicos ou anorexia persistente acompanhados de um baixo desenvolvimento pondero-estatural, hipotonia, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e recusa por determinados alimentos, principalmente proteínas. Também é preciso estar atento aos sintomas desencadeados por infecções, jejum prolongado, vômitos, ingestão de alimentos tóxicos ou exercício intenso. No período neonatal, os EIM podem se apresentar como sintomas neurológicos, alimentares e respiratórios, tais como: hipotonia, letargia, coma, convulsões, diarréia, vômitos, icterícia, hepatomegalia, falência hepática, hipoglicemia, cardiomiopatia, arritmia, hiperamonemia, acidose metabólica e outros. Cerca de 1/3 dos casos neste período podem apresentar intervalos assintomáticos ou uma apresentação tardia (após o período neonatal até a fase adulta). Episódios recorrentes de coma, ataxia e vômitos com letargia são as formas mais frequentes de apresentação tardia. Outras formas menos comuns são as manifestações cardíacas com arritmia ou falência cardíaca, dores abdominais recorrentes, intolerância ao exercício além de sintomas psiquiátricos de início agudo e recorrente. O quadro clínico nas emergências é em geral inespecífico e lembra uma septicemia ou intoxicação exógena. Por sua vez, o diagnóstico de infecção não exclui necessariamente o de um EIM, pois em alguns casos há redução das defesas celulares levando a concomitância de quadros infecciosos. Os erros inatos do metabolismo não podem ser vistos apenas como diagnóstico diferencial, mas também como coadjuvante de um episódio agudo de relativa intensidade. Qualquer situação que provoque o desequilíbrio da homeostase do organismo pode fazer aparecer os sinais e sintomas de um erro inato do metabolismo. A maioria dos sinais e sintomas que acompanham os EIM é comum a outras doenças mais frequentes, dificultando o correto diagnóstico. Por não haver sintomas clínicos característicos de determinados EIM é imprescindível a associação destes com a história familiar, a história patológica pregressa, os fatores desencadeantes e as análises laboratoriais, para que se estabeleça um diagnóstico.

MORTALIDADE / MORBIDADE A mortalidade pode ser muito elevada para certos erros inatos do metabolismo, particularmente aqueles que se apresentam no período neonatal, embora a apresentação inicial do EIM, mesmo na fase adulta possa resultar em morte.  O tratamento imediato da descompensação aguda pode salvar vidas e é fundamental para evitar ou minimizar sequelas.

ASPECTOS GERAIS Os chamados “testes de triagem” devem ser utilizados como uma primeira abordagem quando o paciente apresentar manifestações inespecíficas como acidose metabólica, hipoglicemia, convulsões, retardo mental dentre outras.

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Se os resultados forem negativos e caso persista a suspeita clínica, testes laboratoriais mais específicos devem ser realizados, pois diversos EIM podem não ser detectados por esta rotina de exames. Se os resultados forem positivos, também deve ser continuada a investigação laboratorial, pois estes testes podem sofrer diversas interferências (medicamentos, alimentos...) e apresentar resultados falsos positivos. Para a investigação laboratorial de EIM na urina é importante que seja coletada a primeira amostra da manhã ou durante a fase aguda da descompensação metabólica quando os metabólitos alterados estão em maior concentração. Caso o paciente precise ser internado é importante que o material biológico seja coletado (sangue em papel filtro, plasma, urina...) antes do início de qualquer procedimento dieto-terápico ou de suporte, para evitar interferências ou diluição da amostra. É imprescindível que as amostras biológicas sejam enviadas juntamente com o questionário* devidamente preenchido pelo médico assistente com informações clínicas dietoterápicas do paciente, a fim de complementar a interpretação dos resultados. As Aminoacidopatias e as Acidemias/Acidúrias Orgânicas constituem os grupos de erros inatos do metabolismo mais frequentes, portanto, a investigação para estes distúrbios deve sempre ser lembrada.

ENTENDENDO AS METODOLOGIAS Biologia Molecular A evolução da biologia molecular revolucionou o diagnóstico na prática médica. Dentre as principais técnicas de biologia molecular utilizadas no diagnóstico clínico, destacam-se PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), Hibridação e sequenciamento de ácidos nucléicos, além do processo de hibridização in situ. Com o Projeto Genoma Humano, tornou-se possível correlacionar diversas doenças a genes ou grupos de genes. No caso das doenças metabólicas, a pesquisa de mutações nos genes associados pode identificar a origem do problema e, em alguns casos, permitir prognóstico e melhor tratamento. Para facilitar a coleta e o envio de amostras, o laboratório DLE desenvolveu um kit coleta personalizado com base no papel de filtro FTA®, especialmente desenvolvido para biologia molecular.

Testes Bioquímicos na Urina Requerem pequenas amostras de urina, tecnicamente são simples de realizar e podem ajudar a direcionar a investigação para a utilização de técnicas mais específicas. Seus resultados devem ser interpretados com cautela. Os testes bioquímicos sofrem muitas interferências (urina diluída, alimentação, medicamentos, prematuridade, baixo peso ao nascer, dentre outros) e podem apresentar resultados falsos positivos e falsos negativos. Se o resultado for normal, não está excluída a existência de doença metabólica, já que diversos EIM podem não ser detectados por esta rotina de exames e testes laboratoriais mais específicos deverão ser realizados. Ao se detectar qualquer alteração, será necessária a complementação diagnóstica através de estudos mais detalhados da via metabólica em questão. A sensibilidade para os testes de triagem para mucopolissacarídios é boa, entretanto, falsos positivos podem ocorrer principalmente em lactentes. Falsos negativos também ocorrem, particularmente, em pacientes com Doença de Morquio e menos frequentemente na doença de Sanfillipo.

Cromatografia Circular em Papel ou em Camada Delgada Podem ser usados como um teste de triagem inicial para ajudar a direcionar a investigação por técnicas mais específicas. Seus resultados devem ser interpretados com cautela. São técnicas semi-quantitativas ou qualitativas. São técnicas suscetíveis a interferências. Podem ser usadas na triagem de Distúrbios do metabolismo dos carbohidratos, Doenças lisossomais de depósito e Aminoacidopatias (exceto para Distúrbios do Ciclo da Uréia) conforme a seguir: * Questionário disponível em dle.com.br/eim/questionario

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Cromatografia circular em papel ou em camada delgada para Aminoacidopatias São boas técnicas para detectar quantidades aumentadas de grupos de aminoácidos estruturalmente relacionados como os de cadeia ramificada e de alguns aminoácidos isolados tais como fenilalanina e tirosina. Estas técnicas não detectam deficiência de aminoácidos como no caso dos Distúrbios do Ciclo da Uréia. Podem ocorrer interferências gerando resultados falsos positivos e falsos negativos. Cromatografia em camada delgada para Distúrbios do Metabolismo dos Carbohidratos A presença de galactose ou frutose na urina é geralmente indicativa de distúrbio do metabolismo desses açúcares. Pacientes com Tirosinemia Tipo 1 podem excretar frutose na urina. A triagem em conjunto para carbohidratos e aminoácidos irá fornecer evidência presuntiva desses distúrbios. Lactosúria e galactosúria podem ser encontradas em certos tipos de doença hepática. A triagem poderá ser negativa para carbohidratos, caso, durante o período anterior a coleta da urina, o paciente não tenha ingerido alimentos que contenham frutose ou galactose. Cromatografia em camada delgada para Doenças Lisossomais de Depósito Estão disponíveis 3 tipos de triagem: -- Cromatografia de Glicosaminoglicanos -- Cromatografia de Oligossacarídios -- Cromatografia de Sialidoligossacarídios O principal objetivo destas análises é selecionar prováveis defeitos enzimáticos para serem investigados por metodologias mais específicas.

Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC) Método indicado para investigação e monitoramento das Aminoacidopatias e dos Distúrbios do Ciclo da Uréia. É o método de escolha para quantificação de aminoácidos, pois fornece informações precisas sobre as quantidades diminuídas ou aumentadas dos aminoácidos. Fornece confirmação da identidade e concentração de compostos ninhidrina positivos anormais detectados nos testes bioquímicos ou por cromatografia citados anteriormente.

Espectrometria de Massas em Tandem (EMT ou MS/MS) Esta metodologia pode ser usada tanto na triagem neonatal (análise qualitativa) quanto, na investigação diagnóstica das Aminoacidopatias, distúrbios de Beta oxidação dos ácidos graxos, Distúrbios do Ciclo da Uréia e Acidemias / Acidúrias orgânicas (análise qualitativa e quantitativa).As análises qualitativas são usadas para fins de triagem e as análises quantitativas para fins de diagnóstico e monitoramento dietoterápico. Método rápido, preciso e requer pequena quantidade de amostra biológica para análise. A significativa vantagem é a análise simultânea de metabólitos e compostos quimicamente diferentes em uma mesma amostra, como por exemplo, acilcarnitinas e aminoácidos. Pode ser realizada em amostras de sangue seco em papel filtro, de fácil transporte. É o método de escolha para analisar as Acilcarnitinas e permite o rápido reconhecimento da maioria das doenças metabólicas tratáveis que se apresentam com crises agudas. Esta metodologia não separa isômeros estruturais tais como leucina e isoleucina. 18


Cromatografia Gasosa Acoplada a Espectrometria de Massas (GC-MS) -- Método de escolha para a pesquisa qualitativa e quantitativa de ácidos orgânicos. -- Contribui para o diagnóstico das Aminoacidopatias e permite o diagnóstico definitivo das Acidúrias orgânicas. Devido à elevada frequência destes distúrbios em crianças com quadros agudos e graves, deve ser incluída entre os exames de primeira linha neste grupo de pacientes.

Determinação da Atividade Enzimática -- Os ensaios enzimáticos específicos devem ser reservados àqueles casos em que haja uma hipótese diagnóstica específica a partir dos achados clínicos e laboratoriais preliminares.

INVESTIGAÇÃO INICIAL A primeira etapa para auxiliar na investigação laboratorial de um EIM é tentar determinar se a doença é devida a defeito no metabolismo de intermediários solúveis em água tais como aminoácidos, ácidos orgânicos ou outros compostos de baixo peso molecular, ou devido ao metabolismo de organelas tais como lisossomos, mitocôndrias ou peroxissomos. Nesta etapa devem ser utilizados além de testes inespecíficos como amônia plasmática, lactato plasmático, dentre outros, também as “baterias de testes” que variam dos mais simples para os mais completos e específicos conforme descrito abaixo:

• • • • •

PESQUISA BÁSICA PARA EIM TRIAGEM MÍNIMA PARA ERROS INATOS DO METABOLISMO PERFIL METABÓLICO TRIAGEM EXPANDIDA PARA ERROS INATOS DO METABOLISMO INVESTIGAÇÃO AVANÇADA PARA ERROS INATOS DE METABOLISMO

UM RESULTADO NORMAL, OBTIDO DURANTE A INVESTIGAÇÃO INICIAL PARA EIM, NÃO EXCLUI A POSSIBILIDADE DE ERRO INATO DO METABOLISMO. PARA UM RESULTADO POSITIVO OU UM PACIENTE COM SINAIS E SINTOMAS SUGESTIVOS DE UM ERRO INATO NÃO DETECTÁVEL PELOS MÉTODOS EMPREGADOS, RECOMENDA-SE CONTINUAR A INVESTIGAÇÃO POR TÉCNICAS DIAGNÓSTICAS MAIS ESPECÍFICAS.

INVESTIGAÇÃO DIRECIONADA Os resultados obtidos após os testes inespecíficos e as “baterias de testes” de triagem auxiliam a direcionar a investigação para exames mais específicos através de metodologias como análises quantitativas por espectrometria de massas em tandem, Cromatografia líquida de alta performance, Cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas, estudo molecular dentre outras.

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INVESTIGAÇÃO GERAL PARA EIM

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PESQUISA BÁSICA PARA EIM Indicação

É um teste de triagem simples para uma primeira abordagem geral e inespecífica para EIM através de testes colorimétricos (análise qualitativa).

Método

Teste de Benedict, Cloreto férrico, Dinitrofenilhidrazina, Nitrosonaftol, Cianeto-nitroprussiato, Para-nitroanilina, Brometo de CTMA, Azul de Toluidina.

Metabólito Analisado

Substâncias redutoras, derivados da fenilalanina, cetoácidos, metabólitos da tirosina, cistina e homocistina, ácido metilmalônico, mucopolissacarídios.

Material

20 ml de urina congelada e preenchimento de formulário de informações complementares do paciente (história clínica, medicamentos, dieta...).

Prazo de Resultados

3 dias úteis.

Principais interferentes

Observação

Teste Benedict

Ácido ascórbico, ampicilina

Cloreto férrico

Ácido p-hidroxifenilpirúvico,cetoácidos de cadeia ramificada, ácido imidazolepirúvico, ácido homogentísico ou medicamentos como acetaminofen, salicilatos, fenotiazinas, isoniazida, ácido ascórbico, ampicilina.

Cianeto-nitroprussiato

N- Acetilcisteína, Penicilamina, Captopril, Penicilinas sintéticas e cetoacidose.

Para-nitroanilina

Ácido malônico, etilmalônico

Os testes colorimétricos de triagem podem apresentar resultados falsos positivos e falsos negativos. Fatores, como alimentação, medicamentos, prematuridade, baixo peso ao nascer dentre outros, podem interferir no resultado. A urina deve ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados.

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Capítulo 1 - Investigação Geral para EIM

TRIAGEM MÍNIMA PARA ERROS INATOS DO METABOLISMO Indicação

Abordagem geral para erros inatos do metabolismo através de testes colorimétricos e cromatografia semi-quantitativa para aminoácidos.

Método

Teste de Benedict, Cloreto férrico, Dinitrofenilhidrazina, Nitrosonaftol, Cianeto-nitroprussiato, Para-nitroanilina, Brometo de CTMA, Azul de Toluidina e Cromatografia circular em celulose.

Metabólito Analisado

Substâncias redutoras, derivados da fenilalanina, cetoácidos, metabólitos da tirosina, cistina e homocistina, ácido metilmalônico, mucopolissacarídios, aminoácidos.

Material

20 ml de urina e 1 ml de plasma heparinizado congelado e preenchimento de formulário de informações complementares do paciente (história clínica, medicamentos, dieta...).

Prazo de Resultados

5 dias úteis.

Principais Interferentes

Observação

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Teste Benedict

Ácido ascórbico, ampicilina

Cloreto férrico

Ácido p-hidroxifenilpirúvico, cetoácidos de cadeia ramificada, ácido imidazolepirúvico, ácido homogentísico ou medicamentos como acetaminofen, salicilatos, fenotiazinas, isoniazida, ácido ascórbico, ampicilina.

Cianeto-nitroprussiato

N- Acetilcisteína, Penicilamina, Captopril, Penicilinas sintéticas e cetoacidose.

Para-nitroanilina

Ácido malônico, etilmalônico

A urina deve ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados. Os testes bioquímicos sofrem muitas interferências (urina diluída, alimentação, medicamentos, prematuridade, baixo peso ao nascer, dentre outros) e podem apresentar resultados falsos positivos e falsos negativos.


Capítulo 1 - Investigação Geral para EIM

PERFIL METABÓLICO Indicação

Investigação para: Aminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia, Acidemias /Acidúrias Orgânicas e Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos.

Método

Espectrometria de massas em tandem (MS/MS) - análise quantitativa e Cromatografia gasosa acoplada à Espectrometria de massas (GC-MS).

Metabólito Analisado

Aminoácidos, Acilcarnitinas e Ácidos orgânicos.

Material

Sangue em papel filtro 3 círculos e urina congelada 10 ml.

Prazo de Resultados

10 dias úteis.

Observação

Este é um teste que pode ser solicitado para investigação de EIM em pacientes sintomáticos ou pode complementar a triagem neonatal (Teste do Pezinho). Medicamentos (ácido valpróico, antibióticos...), nutrição parenteral e fórmulas dietoterápicas podem mascarar e simular alguns metabólitos, sendo por isso, necessário informar ao laboratório, através do preenchimento do formulário de informações complementares. Um resultado normal não exclui a possibilidade de erro inato do metabolismo, pois, fora da fase de descompensação aguda, os analitos de diagnóstico podem estar presentes em quantidades quase indetectáveis, sendo necessário em alguns casos, realizar novas coletas de amostras em diferentes períodos ou então realizar testes de sobrecarga com substratos proximais ao bloqueio metabólico para detectar os metabólitos anormais. Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise. A urina deve ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados.

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Capítulo 1 - Investigação Geral para EIM

TRIAGEM EXPANDIDA PARA ERROS INATOS DO METABOLISMO Indicação

Investigação abrangente para Aminoacidopatias, distúrbios da Beta-Oxidação dos Ácidos Graxos, Acidemias / Acidúrias Orgânicas e Distúrbios do Ciclo da Uréia, doenças Lisossômicas de depósito, distúrbios do metabolismo dos Glicídios.

Método

Espectrometria de massas em tandem (MS/MS), determinação fluorimétrica, Cromatografia em camada delgada, Teste de Benedict, Cloreto férrico, Dinitrofenilhidrazina, Nitrosonaftol, Cianeto-nitroprussiato, Para-nitroanilina, Teste do Brometo de CTMA, Teste do Azul de toluidina.

Metabólito Analisado

Aminoácidos, Acilcarnitinas , atividade da Beta-Glicuronidase, atividade das Hexosaminidases, atividade da Quitotriosidase, Substâncias redutoras, Cetoácidos, Cistina e homocistina, Ácido metilmalônico, Mucopolissacarídios, Glicosaminoglicanos, Oligossacarídios, Sialidoligossacarídios, Frutose, Galactose, Glicose, Lactose, Rafinose, Sacarose, Xilose.

Material

30 ml de urina congelada, 2 ml de plasma heparinizado congelado e sangue em papel filtromínimo de 2 círculos e preenchimento de formulário de informações complementares do paciente (história clínica, medicamentos, dieta...).

Prazo de resultado

15 dias úteis

Principais Interferentes

Observação

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Teste Benedict

Ácido ascórbico, ampicilina

Cloreto férrico

Ácido p-hidroxifenilpirúvico, cetoácidos de cadeia ramificada, ácido imidazolepirúvico, ácido homogentísico ou medicamentos como acetaminofen, salicilatos, fenotiazinas, isoniazida, ácido ascórbico, ampicilina.

Cianeto-nitroprussiato

N- Acetilcisteína, Penicilamina, Captopril, Penicilinas sintéticas e cetoacidose.

Para-nitroanilina

Ácido malônico, etilmalônico

Medicamentos (ácido valpróico, antibióticos...), nutrição parenteral e fórmulas dietoterápicas podem mascarar e simular alguns metabólitos, sendo por isso, necessário informar ao laboratório, através do preenchimento do formulário de informações complementares. A sensibilidade para os testes de triagem para mucopolissacarídios é boa, entretanto, falsos positivos podem ocorrer principalmente em lactentes. Falsos negativos também ocorrem particularmente em pacientes com Doença de Morquio e menos frequentemente na doença de Sanfillipo. A Cromatografia em camada delgada para Oligossacarídios apresenta baixa sensibilidade e especificidade e está indicada para avaliar produtos de excreção das seguintes doenças: Gangliosidose GM1, Pompe, Alfa-Manosidose, Sialidose e Aspartilglicosaminúria. Falsa Oligossacaridúria pode ocorrer em pacientes sob infusão de grandes quantidades de complexos de carbohidratos como Dextran e neonatos alimentados com leite materno. Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise. A urina deve ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados.


Capítulo 1 - Investigação Geral para EIM

INVESTIGAÇÃO AVANÇADA PARA ERROS INATOS DO METABOLISMO Indicação

Aminoacidopatias e Distúrbios do Ciclo da Uréia, Acidemias Orgânicas e Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos, Deficiência de Biotinidase, distúrbios do metabolismo dos glicídios, e doenças Lisossômicas de depósito tais como Mucopolissacaridoses, Oligossacaridoses e Esfingolipidoses.

Método

Espectrometria de massas em tandem (MS/MS), Cromatografia gasosa acoplada à Espectrometria de massas (GC-MS), Determinação colorimétrica da atividade enzimática da Biotinidase, Cromatografia em camada delgada, Determinação fluorimétrica.

Metabólito Analisado

Acilcarnitinas, Aminoácidos, Ácidos orgânicos urinários, atividade da Biotinidase, Frutose, Galactose, Glicose, Lactose, Rafinose, Sacarose, Xilose, Glicosaminoglicanos, Oligossacarídios, Sialidoligossacarídios, atividade da Beta-Glicuronidase, atividade das Hexosaminidases, atividade da Quitotriosidase.

Material

30 ml de urina congelada, 2 ml de plasma heparinizado congelado e sangue em papel filtromínimo de 2 círculos e preenchimento de formulário de informações complementares do paciente (história clínica, medicamentos, dieta...).

Prazo de Resultados

15 dias úteis

Observação

Neste exame é realizada a quantificação dos aminoácidos por espectrometria de massas em tandem e com isso além das Aminoacidopatias também podem ser detectadas alterações secundárias dos aminoácidos por doença hepatocelular severa, doença tubular renal, estados catabólicos, gestação, deficiência de vitaminas, neoplasias, infecções e queimaduras. A associação do Perfil de Acilcarnitinas e dos Aminoácidos com a análise dos Ácidos Orgânicos Urinários (Perfil Metabólico) orienta o diagnóstico dos Distúrbios da Beta-Oxidação dos Ácidos graxos, Acidemia / Acidúrias Orgânicas, Aminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia além de auxiliar na diferenciação das causas secundárias de alterações de alguns metabólitos. A sensibilidade para os testes de triagem para mucopolissacarídios é alta, entretanto, falsos positivos podem ocorrer principalmente em lactentes. Falsos negativos também ocorrem, particularmente, em pacientes com Doença de Morquio e menos frequentemente na doença de Sanfillipo. A Cromatografia em Camada Delgada pode ser usada como um teste de triagem inicial para ajudar a direcionar a investigação por técnicas mais específicas. Seus resultados devem ser interpretados com cautela. Na Cromatografia em camada delgada para Distúrbios do Metabolismo dos Carbohidratos a presença de galactose ou frutose na urina é geralmente indicativa de distúrbio do metabolismo desses açúcares. Pacientes com Tirosinemia Tipo 1 podem excretar frutose na urina. A triagem em conjunto para carbohidratos e aminoácidos irá fornecer evidência presuntiva desses distúrbios. Lactosúria e galactosúria podem ser encontradas em certos tipos de doença hepática. A triagem poderá ser negativa para carbohidratos, caso, durante o período anterior a coleta da urina, o paciente não tenha ingerido alimentos que contenham frutose ou galactose. A Cromatografia em camada delgada para Doenças Lisossomais de Depósito tem como principal objetivo selecionar prováveis defeitos enzimáticos para serem investigados por metodologias mais específicas. A Cromatografia em camada delgada para Oligossacarídios apresenta baixa sensibilidade e especificidade e está indicada para avaliar produtos de excreção das seguintes doenças: Gangliosidose GM1, Pompe, Alfa-Manosidose, Sialidose e Aspartilglicosaminúria. Falsa Oligossacaridúria pode ocorrer em pacientes sob infusão de grandes quantidades de complexos de carbohidratos como Dextran e neonatos alimentados com leite materno. Medicamentos (ácido valpróico, antibióticos...), nutrição parenteral e fórmulas dietoterápicas podem mascarar e simular alguns metabólitos, sendo por isso, necessário informar ao laboratório, através do preenchimento do formulário de informações complementares. Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise. A urina deve ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados. 25



AMINOACIDOPATIAS, ACIDEMIAS ORGÂNICAS, DISTÚRBIOS DO CICLO DA URÉIA E DA BETA OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS

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PERFIL TANDEM QUANTITATIVO - ACILCARNITINAS E AMINOÁCIDOS (MS/MS) Indicação

Acompanhamento e investigação para Aminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia, Acidemias Orgânicas e Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos, entre eles a deficiência de MCAD, em pacientes de qualquer idade que apresentem: -- um episódio ou episódios recorrentes de hipoglicemia hipocetótica ou deterioração neurológica desencadeados por jejum prolongado, baixa ingesta, vômitos, ou por aumento das necessidades energéticas (exercício intenso, febre, infecções, queimaduras); -- Síndrome de Reye ou “Reye-like”; -- Cardiomiopatia dilatada ou hipertrófica sem diagnóstico etiológico, -- Doenças neuromusculares ou miopatia esquelética.

Método

Espectrometria de massas em tandem (EMT ou MS/MS) - análise quantitativa.

Metabólito Analisado

Acilcarnitinas e Aminoácidos.

Material

Sangue em papel filtro-2 círculos.

Prazo de Resultados

5 dias úteis.

Observação

Neste teste tanto as acilcarnitinas quanto os aminoácidos são reportados quantitativamente. Este é um teste que pode complementar a triagem neonatal (Teste do Pezinho) ou pode ser solicitado para investigação de EIM em pacientes sintomáticos, pois é capaz de rastrear mais de 30 doenças. Uma série de fatores, como alimentação, medicamentos (ácido valpróico, antibióticos...), prematuridade, baixo peso ao nascer dentre outros, podem interferir no resultado, sendo por isso, necessário informar ao laboratório, através do preenchimento do formulário de informações complementares. O jejum deve ser observado conforme abaixo: -- Recem-nato: intervalo entre as mamadas -- 1 mes a 1 ano: 4 horas de jejum -- 1 a 5 anos: 6 horas de jejum -- Acima de 5 anos: 12 horas de jejum Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise.

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Capítulo 2 - Aminoacidopatias, Acidemias Orgânicas, Distúrbios do Ciclo da Uréia e da Beta Oxidação Dos Ácidos Graxos

PERFIL TANDEM QUALITATIVO - ACILCARNITINAS E AMINOÁCIDOS (MS/MS) Indicação

Triagem para Aminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia, Acidemias Orgânicas e Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos, entre eles a deficiência de MCAD, em pacientes de qualquer idade que apresentem: -- um episódio ou episódios recorrentes de hipoglicemia hipocetótica ou deterioração neurológica desencadeados por jejum prolongado, baixa ingesta, vômitos, ou por aumento das necessidades energéticas (exercício intenso, febre, infecções, queimaduras); -- Síndrome de Reye ou “Reye-like”; -- Cardiomiopatia dilatada ou hipertrófica sem diagnóstico etiológico, -- Doenças neuromusculares ou miopatia esquelética.

Método

Espectrometria de massas em tandem (EMT ou MS/MS) - análise qualitativa.

Metabólito Analisado

Acilcarnitinas e Aminoácidos.

Material

Sangue em papel filtro-2 círculos.

Prazo de Resultados

3 dias úteis.

Observação

Este teste pode complementar a triagem neonatal (Teste do Pezinho) ou pode ser solicitado para investigação de EIM em pacientes sintomáticos, pois é capaz de rastrear mais de 30 doenças. Uma série de fatores, como alimentação, medicamentos (ácido valpróico, antibióticos...), prematuridade, baixo peso ao nascer dentre outros, podem interferir no resultado, sendo por isso, necessário informar ao laboratório, através do preenchimento do formulário de informações complementares. O jejum deve ser observado conforme abaixo: -- Recem-nato: intervalo entre as mamadas -- 1 mes a 1 ano: 4 horas de jejum -- 1 a 5 anos: 6 horas de jejum -- Acima de 5 anos: 12 horas de jejum Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise.

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Capítulo 2 - Aminoacidopatias, Acidemias Orgânicas, Distúrbios do Ciclo da Uréia e da Beta Oxidação Dos Ácidos Graxos

PERFIL METABÓLICO - ACILCARNITINAS, AMINOÁCIDOS E ÁCIDOS ORGÂNICOS URINÁRIOS (MS/MS E GC/MS) Indicação

Aminoacidopatias, Distúrbios do Ciclo da Uréia, Acidemias / Acidúrias Orgânicas e Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos.

Método

Espectrometria de massas em tandem (MS/MS) - análise quantitativa e Cromatografia gasosa acoplada à Espectrometria de massas (GC-MS).

Metabólito Analisado

Aminoácidos, Acilcarnitinas e Ácidos orgânicos.

Material

Sangue em papel filtro 3 círculos e urina congelada 10 ml.

Prazo de Resultados

10 dias úteis.

Observação

Este é um teste que pode ser solicitado para investigação de EIM em pacientes sintomáticos ou pode complementar a triagem neonatal (Teste do Pezinho). Medicamentos (ácido valpróico, antibióticos...), nutrição parenteral e fórmulas dietoterápicas podem mascarar e simular alguns metabólitos, sendo por isso, necessário informar ao laboratório, através do preenchimento do formulário de informações complementares. Um resultado normal não exclui a possibilidade de erro inato do metabolismo, pois, fora da fase de descompensação aguda, os analitos de diagnóstico podem estar presentes em quantidades quase indetectáveis, sendo necessário em alguns casos, realizar novas coletas de amostras em diferentes períodos ou então realizar testes de sobrecarga com substratos proximais ao bloqueio metabólico para detectar os metabólitos anormais. Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise. A urina deve ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados.

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AMINOACIDOPATIAS

3

CROMATOGRAFIA CIRCULAR EM PAPEL PARA AMINOÁCIDOS (Semi Quantitativo) Indicação

Teste de triagem simples e pouco específico para defeitos metabólicos congênitos que resultem no aumento acentuado de aminoácidos e para detecção de aminoacidúrias secundárias a defeitos tubulares renais. É um teste semi-quantitativo sujeito a interferências. Os aminoácidos não são analisados isoladamente e sim em grupos. GRUPO 1 - Amônia e Cistina GRUPO 2 - Arginina, Histidina, Lisina, Ornitina e Asparagina GRUPO 3 - Glicina, Serina, Ácido Aspártico, Citrulina, Asparagina e Glutamina GRUPO 4 - Ácido Glutâmico e Treonina GRUPO 5 - Prolina, Alanina, Tirosina, Triptofano, GABA e Beta-Alanina GRUPO 6 - Valina, Metionina e Fenilalanina GRUPO 7 - Leucina e Isoleucina Não está indicada para a investigação de doenças que apresentam deficiência/diminuição de aminoácidos como, por exemplo, os Distúrbios do Ciclo da Uréia.

Método

Cromatografia circular em celulose.

Metabólito Analisado

Grupos de Aminoácidos.

Material

5 ml de urina congelada ou 1 ml de plasma heparinizado congelado.

Prazo de resultado

5 dias úteis.

Observação

A análise da urina é primeiramente indicada para o diagnóstico de distúrbios que afetam o transporte renal (ex: Cistinúria, síndrome de Fanconi...). Crianças até um ano e recém-nascidos devem colher amostra de sangue imediatamente antes da próxima mamada (refeição), ou seja, duas a três horas após a última alimentação. A concentração de aminoácidos é muito mais variável na urina que no plasma devido a fatores como função renal e a interferentes medicamentosos. Alimentos, aditivos alimentares e medicamentos podem interferir nos resultados (ex.: ácido valpróico leva a aumento de glicina). A contaminação bacteriana aumenta a conversão de glutamina e asparagina para ácido glutâmico e aspártico e a conversão de cistationina em homocistina mimetizando Homocistinúria e também pode levar a diminuição de glicina, alanina, prolina e outros aminoácidos na urina. Hemólise e/ou contaminação de plasma com as células do sangue podem levar ao aumento dos níveis séricos de vários aminoácidos, pois as hemácias e os leucócitos contêm altos níveis de certos aminoácidos (ex: taurina, glicina, ácido aspártico e ácido glutâmico). A Cromatografia circular em celulose para aminoácidos não está indicada para a investigação de doenças que apresentam deficiência /diminuição de aminoácidos como, por exemplo, os Distúrbios do Ciclo da Uréia. A urina deve ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados.

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Capítulo 3 - Aminoacidopatias

CROMATOGRAFIA DE AMINOÁCIDOS POR HPLC (Quantitativo) Indicação

Investigação e acompanhamento Aminoacidopatias e Distúrbios do Ciclo da Uréia. É realizada análise dos Aminoácidos (Glicina, Alanina, Leucina, Isoleucina, Valina, Fenilalanina, Tirosina, Triptofano, Serina, Treonina, Metionina, Cistina, Ácido Glutâmico, Ácido Aspártico, Taurina, Arginina, Glutamina + Histidina, Asparagina , Lisina, Ornitina).

Método

HPLC - Análise Quantitativa.

Metabólito Analisado

Aminoácidos.

Material

10 ml de urina congelada ou 1 ml de plasma heparinizado congelado.

Prazo de Resultados

10 dias úteis.

Observação

Jejum obrigatório: RN a 2 anos: jejum mínimo de 4 horas; De 2 a 8 anos: jejum mínimo de 8 horas; Acima de 8 anos: jejum mínimo de 12 horas. Estabilidade da amostra: Temperatura ambiente: inaceitável Refrigerado: inaceitável A análise dos aminoácidos realizada por cromatografia líquida é bastante precisa, pois permite quantificar diversos aminoácidos ao mesmo tempo. Nesta análise a leucina e isoleucina são quantificadas separadamente, fator importante para a elaboração de fórmulas dietoterápicas. A indicação desse exame está relacionada com a história clínica. As manifestações desse grupo de afecções são bastante variáveis e inclui desde doenças de apresentação no período neonatal, com grave comprometimento neurológico, até quadros mais brandos, precipitados por ingesta proteica excessiva, caracterizados por sonolência, torpor e vômitos. Algumas doenças cursam com sintomas hepáticos e renais. Fatores como alimentação, medicamentos, prematuridade, baixo peso ao nascer dentre outros, podem interferir no resultado. A urina deve ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados.

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Capítulo 3 - Aminoacidopatias

CROMATOGRAFIA DE AMINOÁCIDOS POR GC/ FID (Quantitativo) Indicação

Investigação e acompanhamento dietoterápico de aminoácidopatias e Distúrbios do Ciclo da Uréia.

Método

Cromatografia Gasosa com Deteccao por Ionizacao de Chama (CG/FID).

Metabólito Analisado

Aminoácidos.

Material

1 ml de plasma heparinizado congelado.

Prazo de Resultados

15 dias úteis.

Observação

Colher plasma com heparina, centrifugar imediatamente e congelar. Enviar em tubo plástico. Jejum obrigatório: -- RN a 2 anos: jejum mínimo de 4 horas; -- De 2 a 8 anos: jejum mínimo de 8 horas; -- Acima de 8 anos: jejum mínimo de 12 horas. Estabilidade da amostra: -- temperatura ambiente: inaceitável -- refrigerado: inaceitável A indicação desse exames está relacionada com a história clínica. As manifestações desse grupo de afecções são bastante variáveis e incluem desde doencas de apresentação no período neonatal, com grave comprometimento neurológico, até quadros mais brandos, precipitados por ingesta protéica excessiva, caracterizados por sonolência, torpor e vômitos. Algumas doenças cursam com sintomas hepáticos e renais. Nesta análise a leucina e isoleucina são quantificadas separadamente, fator importante para a elaboração de fórmulas dietoterápicas. Fatores como alimentação, medicamentos, prematuridade, baixo peso ao nascer dentre outros, podem interferir no resultado.

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Capítulo 3 - Aminoacidopatias

PERFIL DE AMINOÁCIDOS (MS/MS) (Quantitativo) Indicação

Investigação direcionada e específica ou monitoramento terapêutico para Aminoacidopatias e Distúrbios do Ciclo da Uréia.

Método

Espectrometria de massas em tandem (EMT ou MS/MS) - Quantitativa.

Metabólito Analisado

Aminoácidos.

Material

Sangue em papel filtro- mínimo de 2 círculos.

Prazo de Resultados

5 dias úteis.

Observação

Alimentos, aditivos alimentares e medicamentos podem interferir nos resultados (ex.: ácido valpróico pode elevar a glicina) O jejum deve ser observado conforme abaixo: -- Crianças até um ano e recém-nascidos devem colher a amostra de sangue imediatamente antes da próxima mamada (refeição), ou seja, duas a três horas após a última alimentação. -- Pacientes de 2 a 8 anos: 8 horas de jejum -- Pacientes acima de 8 anos: 12 horas de jejum Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise.

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Capítulo 3 - Aminoacidopatias

DOSAGEM DE FENILALANINA E TIROSINA (MS/MS) Indicação

Confirmação de resultados aumentados de fenilalanina e tirosina por métodos analíticos convencionais. Monitoramento dietoterápico de Fenilcetonúnia e Tirosinemia. É realizada análise quantitativa da Fenilalanina, Tirosina e da relação molar Fenilalanina / Tirosina.

Método

Espectrometria de massas em tandem (MS/MS) - análise quantitativa.

Metabólito Analisado

Fenilalanina, tirosina e relação molar fenilalanina/tirosina.

Material

Sangue em papel filtro - mínimo de 2 círculos.

Prazo de Resultados

3 dias úteis.

Observação

Através da análise das concentrações da fenilalanina e da tirosina e da relação molar fenilalanina/ tirosina é possível monitorar e ajustar a dietoterapia em crianças, adultos e gestantes portadoras de Fenilcetonúria ou Tirosinemia. Apenas os pacientes com Fenilcetonúria clássica e deficiência de BH4 apresentam uma relação molar fenilalanina/tirosina aumentada, o que orienta a indicação dietética e terapêutica. Os pacientes com Tirosinemia apresentam níveis muito elevados de tirosina e moderadamente elevados de fenilalanina. Prematuridade, baixo peso ao nascer, medicamentos, nutrição parenteral e fórmulas dietoterápicas podem interferir na análise, sendo por isso, necessário informar ao laboratório sobre a utilização dos mesmos. Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise.

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Capítulo 3 - Aminoacidopatias

AVALIAÇÃO DE AMINOÁCIDOS COM DOSAGEM DE FENILALANINA E TIROSINA (MS/MS) Indicação

Confirmação de resultados aumentados de aminoácidos por métodos analíticos convencionais. Monitoramento dietoterápico da Fenilcetonúria e investigação de outras Aminoacidopatias. É realizada análise quantitativa da Fenilalanina,Tirosina e da relação Fenilalanina / Tirosina, além de uma avaliação geral e qualitativa dos aminoácidos (Ácido Aspártico, Ácido Glutâmico, Alanina, Arginina, Citrulina, Glicina, Leucina-Isoleucina, Metionina, Ornitina, Valina).

Método

Espectrometria de massas em tandem (EMT ou MS/MS).

Metabólito Analisado

Aminoácidos.

Material

Sangue em papel filtro-2 círculos.

Prazo de Resultados

3 dias úteis.

Observação

A investigação para Aminoacidopatias teve uma significativa melhora com a tecnologia da espectrometria de massas em tandem (MS/MS), especialmente para Fenilcetonúria (PKU). Utilizando a espectrometria de massas em tandem na triagem de PKU, obtemos uma taxa bem menor de falsos positivos, devido à maior exatidão e precisão na mensuração da fenilalanina e a possibilidade de confirmação pela determinação da razão molar fenilalanina/tirosina. Amostras coletadas precocemente (antes de 24 horas ou a partir de 8 horas de vida) podem ser utilizadas na triagem neonatal para pesquisa de Fenilcetonúria, devido à grande sensibilidade do método. Através da análise das concentrações da fenilalanina e da tirosina e da relação molar fenilalanina/ tirosina é possível monitorar e ajustar a dietoterapia em crianças, adultos e gestantes portadoras de Fenilcetonuria ou Tirosinemia. Apenas os pacientes com Fenilcetonúria clássica e deficiência de BH4 apresentam uma relação molar fenilalanina/tirosina aumentada, o que orienta a indicação dietética e terapêutica. Os pacientes com Tirosinemia apresentam níveis muito elevados de tirosina e moderadamente elevados de fenilalanina. Prematuridade, baixo peso ao nascer, medicamentos, nutrição parenteral e fórmulas dietoterápicas podem interferir na análise, sendo por isso, necessário informar ao laboratório sobre a utilização dos mesmos. Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise.

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Capítulo 3 - Aminoacidopatias

DOSAGEM DE TIROSINA (MS/MS) Indicação

Investigação e monitoramento dietoterápico de Tirosinemia.

Método

Espectrometria de massas em tandem (EMT ou MS/MS) - análise quantitativa.

Metabólito Analisado

Tirosina.

Material

Sangue em papel filtro-2 círculos.

Prazo de Resultados

3 dias úteis.

Observação

Prematuridade, baixo peso ao nascer, medicamentos, nutrição parenteral e fórmulas dietoterápicas podem interferir na análise, sendo por isso, necessário informar ao laboratório sobre a utilização dos mesmos. Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise.

DOSAGEM DE SUCCINILACETONA (na urina) Indicação

Investigação de Tirosinemia Tipo 1.

Método

Cromatografia gasosa acoplada à Espectrometria de massas (GC-MS) - análise quantitativa

Metabólito Analisado

Succinilacetona.

Material

10 ml de urina congelada.

Prazo de Resultados

15 dias úteis.

Observação

A elevação da Succinilacetona é diagnóstica para Tirosinemia hepato-renal, porém este composto é difícil de ser detectado, pela sua volatilidade, quando está discretamente elevado, sendo assim, a excreção normal não descarta uma Tirosinemia hepato-renal. Prematuridade, baixo peso ao nascer, medicamentos, nutrição parenteral e fórmulas dietoterápicas podem interferir na análise, sendo por isso, necessário informar ao laboratório sobre a utilização dos mesmos. A urina deve ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados.

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Capítulo 3 - Aminoacidopatias

DOSAGEM DE SUCCINILACETONA (no papel filtro) Indicação

Investigação e acompanhamento de Tirosinemia Tipo 1.

Método

Grenier e Col. Colorimétrico - análise quantitativa.

Metabólito Analisado

Succinilacetona.

Material

Sangue em papel filtro-2 círculos.

Prazo de Resultados

15 dias úteis.

Observação

O teste só pode ser realizado após 48 horas de vida e após o recém-nascido ter se alimentado. Amostras colhidas em um prazo inferior a este, podem fornecer resultados imprecisos, devido ao fato do recém-nascido não ter recebido uma alimentação completa e seu metabolismo não estar totalmente normalizado. A elevação da Succinilacetona é diagnóstica para Tirosinemia hepato-renal, porém este composto é difícil de ser detectado, pela sua volatilidade, quando está discretamente elevado, sendo assim, a excreção normal não descarta uma Tirosinemia hepato-renal. Prematuridade, baixo peso ao nascer, medicamentos, nutrição parenteral e fórmulas dietoterápicas podem interferir na análise, sendo por isso, necessário informar ao laboratório sobre a utilização dos mesmos. Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise.

DOSAGEM DE LEUCINA + ISOLEUCINA E VALINA (MS/MS) Indicação

Investigação e acompanhamento dietoterápico para doença da urina do Xarope de Bordo (MSUD).

Método

Espectrometria de massas em tandem (EMT ou MS/MS) - análise quantitativa.

Metabólito Analisado

Leucina + isoleucina e valina.

Material

Sangue em papel filtro-2 círculos.

Prazo de Resultados

3 dias úteis.

Observação

Nesta análise ocorre a quantificação conjunta da leucina e isoleucina. Prematuridade, baixo peso ao nascer, medicamentos, nutrição parenteral e fórmulas dietoterápicas podem interferir na análise, sendo por isso, necessário informar ao laboratório sobre a utilização dos mesmos. Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise.

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Capítulo 3 - Aminoacidopatias

PESQUISA DE CISTINÚRIA E HOMOCISTINÚRIA Indicação

Triagem simples para Cistinúria e Homocistinúria.

Método

Teste colorimétrico do cianeto nitroprussiato.

Metabólito Analisado

Compostos com ligações dissulfeto.

Material

5 ml de urina congelada.

Prazo de Resultados

3 dias úteis.

Observação

O teste com cianeto nitroprussiato é uma forma simples de se demonstrar a excreção aumentada dos compostos que contém grupos sulfidrila na urina. Como a cistina e a S-sulfocisteína geram um teste positivo, devem ser excluídos outros distúrbios do metabolismo do enxofre, o que geralmente é simples de ser feito com base clínica. A diferença da deficiência de cistationina Beta-sintase de outras causas de Homocistinúria, em geral pode ser obtida com a dosagem da metionina plasmática, que tende estar acentuadamente elevada. Resultados falsos positivos podem ocorrer em cetose grave. A Pesquisa para homocistina/cistina na urina é um teste de triagem e exames mais específicos (análise de Aminoácidos por espectrometria de massas em tandem ou por HPLC) são necessários para complementar a investigação diagnóstica. A urina deve ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados.

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Capítulo 3 - Aminoacidopatias

DOSAGEM DE HOMOCISTEÍNA Indicação

Investigação para Homocistinúria.

Método

Quimioluminescência.

Metabólito Analisado

Homocisteína - análise quantitativa.

Material

1 ml de plasma com EDTA congelado.

Prazo de resultado

5 dias úteis.

Observação

Jejum mínimo de 4 horas para qualquer idade. Outros fatores que podem influenciar e aumentar plasmáticos de Homocisteína incluem: Idade, fumo, dieta pobre, deficiência de cofator, doença renal crônica / doença renal, Hipotireoidismo. Os medicamentos que podem aumentar as concentrações de Homocisteína incluem: Medicação

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Efeito

Metotrexate

Depleção de 5 metiltetrahidrofolato

Azuridine

Antagonista Vitamina B6

Óxido Nitroso

Inativação da enzima metionina sintase

Fenitoína

Interferência com o metabolismo do folato

Carbamazepina

Interferência com o metabolismo do folato

Anticoncepcionais Orais

Defic. da vitamina B6 estrogênio induzida


Capítulo 3 - Aminoacidopatias

ESTUDO MOLECULAR PARA FENILCETONÚRIA Doença

Fenilcetonúria (Estudo Molecular do gene PAH).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene PAH (12q24.1).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A Fenilcetonúria ou PKU é um erro inato do metabolismo com padrão de herança autossômico recessivo associado à deficiência da fenilalanina hidroxilase, uma enzima que catalisa a hidroxilação de fenilalanina em tirosina. Mais de 500 mutações no gene PAH já foram identificadas em pacientes com Fenilcetonúria (PKU). A mutação mais comum em muitas populações é a substituição de um aminoácido arginina por um triptofano na posição 408 (Arg408Trp).

ESTUDO MOLECULAR PARA HOMOCISTINÚRIA Doença

Homocistinúria (Cistationa Beta Sintase, Deficiência de) (Estudo Molecular do gene CBS).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene CBS (21q22.3).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A homocistinuria clássica é uma desordem metabólica autossômica recessiva do metabolismo de enxofre. Já foram identificadas mais de 130 mutações no gene CBS (nome oficial: “cystathionine-Beta-synthase”) como causa de homocistinúria. A forma mais comum de mutação é Ile278Thr.

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Capítulo 3 - Aminoacidopatias

ESTUDO MOLECULAR PARA TIROSINEMIA TIPO I Doença

Tirosinemia Tipo I (Estudo Molecular do gene FAH).

Análise Molecular

Sequenciamento da região IVS6-1 G>T, IVS-7-6 T>G e IVS12+5G>A (gene FAH (15q23-q25).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Esta doença apresenta mecanismo de herança autossômico recessivo. A Tirosinemia resulta de deficiência na enzima fumaril acetoacetato hidrolase (FAH). A investigação de quatro mutações comuns no gene FAH (nome oficial: “fumarylacetoacetate hydrolase (fumarylacetoacetase)”) é capaz de identificar a doença em mais de 60% dos pacientes.

ESTUDO MOLECULAR PARA MSUD Doença

MSUD – “maple syrup urine disease” (Doença de Urina de xarope de bordo) (Estudo Molecular dos genes BCKDHA, BCKDHB e DBT).

Análise Molecular

Sequenciamento completo dos genes BCKDHA (19q13.1-q13.2); BCKDHB (6q14.1) e DBT (1p31).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Os principais traços clínicos da doença de usina de xarope de bordo incluem retardo físico e mental, além de problemas alimentares e odor semelhante ao do xarope de bordo na urina. Há mais de 40 mutações no gene BCKDHA identificadas em pacientes com a doença de urina de xarope de bordo. A mutação mais comum é Tyr438Asn. Em relação ao gene BCKDHB (nome oficial: “branched chain keto acid dehydrogenase E1, Beta polypeptide”), mais de 40 mutações já foram associadas à doença. O gene DBT (nome oficial: “dihydrolipoamide branched chain transacylase E2”) também possui mutações que produzem a doença, a qual é causada por um defeito no complexo enzimático conhecido como Alfa-cetoácidodesidrogenase das cadeias ramificadas. Esse defeito leva ao acúmulo, nos tecidos e fluidos corporais, dos Alfacetoácidos ramificados e seus aminoácidos correspondentes: valina, leucina e isoleucina.

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DISTÚRBIOS DA BETA-OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS E DO METABOLISMO DA CARNITINA

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PERFIL DE ACILCARNITINAS (MS/MS) Indicação

Investigação ou monitoramento dietoterápico para Acidúrias / Acidemias Orgânicas e Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos.

Método

Espectrometria de massas em tandem (EMT ou MS/MS) - análise quantitativa.

Metabólito Analisado

Acilcarnitinas.

Material

Sangue em papel filtro-3 círculos.

Prazo de Resultados

5 dias úteis.

Observação

Este é um teste que pode complementar a triagem neonatal (Teste do Pezinho) ou pode ser solicitado para investigação de EIM em pacientes sintomáticos. Vários medicamentos são conhecidos por induzir a resultados falsamente positivos (por exemplo, piválico ácido, ácido valpróico, cefotaxima). Outros compostos exógenos, por exemplo, metabólitos de medicamentos, aditivos, fluidos intravenosos contendo dextrose, podem resultar no aparecimento de picos com valores m/z muito próximos, ou sobreporem-se as acilcarnitinas indicativas de diagnóstico sendo por isso, necessário informar ao laboratório, através do preenchimento do formulário de informações complementares. Interferências dietéticas também são possíveis, normalmente relacionadas à ingestão de alimentos enriquecidos com ácidos graxos (por exemplo, dieta cetogênica, fórmulas alimentares com triglicerídeos de cadeia média...) sendo por isso, necessário informar ao laboratório, através do preenchimento do formulário de informações complementares. Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise.

DOSAGEM DE CARNITINA LIVRE E TOTAL (MS/MS) Indicação

Avaliação de pacientes com suspeita clínica de EIM, especialmente Acidemias Orgânicas e Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos, incluindo deficiência de carnitina e acompanhamento de tratamento com carnitina.

Método

Espectrometria de massas em tandem (EMT ou MS/MS) - análise quantitativa.

Metabólito Analisado

Carnitina livre e total.

Material

2 ml de plasma heparinizado.

Prazo de Resultados

25 dias úteis.

Observação Avaliação da carnitina identifica pacientes com transtornos primários do ciclo da carnitina, bem como distúrbios nos níveis de carnitina, como resultado de Acidemias Orgânicas e Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos.

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Capítulo 4 - Distúrbios da Beta-Oxidação dos Ácidos Graxos e do Metabolismo da Carnitina

AVALIAÇÃO DAS ACILCARNITINAS URINÁRIAS Indicação

Investigação para Acidemias Orgânicas e Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos.

Método

Espectrometria de massas em tandem (EMT ou MS/MS) - análise qualitativa.

Metabólito Analisado

Acilcarnitinas.

Material

5 ml de urina congelada.

Prazo de Resultados

5 dias úteis.

Observação

Vários medicamentos são conhecidos por induzir a resultados falsamente positivos (por exemplo, piválico ácido, ácido valpróico, cefotaxima) sendo por isso, necessário informar ao laboratório, através do preenchimento do formulário de informações complementares. Outros compostos exógenos, por exemplo, metabólitos de medicamentos, aditivos, fluidos intravenosos contendo dextrose, podem resultar no aparecimento de picos com valores m/z muito próximos, ou sobreporem-se as acilcarnitinas indicativas de diagnóstico. Interferências dietéticas também são possíveis, normalmente relacionadas à ingestão de alimentos enriquecidos com ácidos graxos (por exemplo, dieta cetogênica, fórmulas alimentares com triglicerídeos de cadeia média...) sendo por isso, necessário informar ao laboratório, através do preenchimento do formulário de informações complementares. A urina deve ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados.

ESTUDO MOLECULAR PARA CPT1 Doença

CPT1 - Deficiência de Carnitina Palmitoiltransferase (Estudo Molecular do gene CPT1A).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene CPT1A (11q13.1-13.5).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

O gene CPT1A (“carnitine palmitoyltransferase 1A (liver)”) codifica para uma enzima chamada carnitina palmitoiltransferase 1A, a qual é encontrada no fígado. Esta enzima é essencial para a oxidação de ácidos graxos. Mais de 20 diferentes mutações neste gene já foram associadas à deficiência de CPT1. A maioria destas mutações reduz ou elimina a atividade da enzima. Sem contar com quantidades suficientes da enzima em questão, a carnitina não é ligada a cadeia longa de ácidos graxos. Como resultado, os ácidos graxos não podem adentrar à mitocôndria para a liberação de energia. A produção reduzida de energia está interligada a algumas das características da deficiência de CPT1, como por exemplo, hipoglicemia, baixos níveis de produtos derivados da quebra de gorduras.

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Capítulo 4 - Distúrbios da Beta-Oxidação dos Ácidos Graxos e do Metabolismo da Carnitina

ESTUDO MOLECULAR PARA CPT2 Doença

CPT2 - Deficiência de Carnitina Palmitoiltransferase (Estudo Molecular do gene CPT2).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene CPT2 (1p32).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

O gene CPT2 (“carnitine palmitoyltransferase 2”) codifica para a enzima carnitina palmitoiltransferase 2, a qual é essencial a oxidação de ácidos graxos. Mais de 70 diferentes mutações já foram associadas à deficiência de CPT2. Algumas destas mutações acarretam uma significativa redução da atividade da enzima, ocasionando as formas mais graves da doença como a forma letal neonatal e a forma infantil hepatocardiomuscular. A mutação mais frequente no gene CPT2 proporciona a troca do aminoácido serina por leucina na posição 133 (S113L). Esta mutação é responsável por cerca de 60% dos casos.

ESTUDO MOLECULAR PARA CAT Doença

CAT (Transportador da Carnitina) – “carnitine deficiency, systemic primary” (Estudo Molecular do gene SLC22A5).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene SLC22A5 (5q31.1).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A deficiência primária da carnitina ocorre em virtude de defeito na expressão do transportador de carnitina de alta-afinidade nos músculos, coração, rins, linfoblastos e fibroblastos. O gene SLC22A5 (“solute carrier family 22 (organic cation/carnitine transporter), member 5”) codifica para uma enzima chamada OCTN2, a qual facilita a captura de carnitina em certos tecidos do corpo. Mais de 50 diferentes tipos de mutação neste gene já foram identificadas em pessoas com deficiência primária de carnitina.

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Capítulo 4 - Distúrbios da Beta-Oxidação dos Ácidos Graxos e do Metabolismo da Carnitina

ESTUDO MOLECULAR PARA MCAD (Mutações frequentes) Doença

MCAD (acil-coa desidrogenase de cadeia media) (Estudo Molecular do gene ACADM; pesquisa de mutações LYS304GLU; A985G).

Análise Molecular

Pesquisa de mutações Lys304Glu; A985G - Gene ACADM (1q31).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Os distúrbios da oxidação dos ácidos graxos (DOAG) são deficiências genéticas metabólicas nas quais o organismo é incapaz de oxidar os ácidos graxos para produzir energia, devido à ausência ou mau funcionamento de uma enzima específica. O gene ACADM (“acyl-CoA dehydrogenase, C-4 to C-12 straight chain”) codifica para a enzima MCAD. O estudo neonatal da deficiência de MCAD recomendável, uma vez que se considere a incidência desta desordem e as suas consequências potencialmente fatais. A mutação A985G é responsável por uma boa parcela dos casos (aproximadamente 95% dos casos da deficiência de MCAD é resultante da homozigose para a mutação missense A985G no gene), embora mais de 80 diferentes mutações neste gene já tenham sido associadas a variações nesta enzima. A sintomatologia da doença inclui manisfestações neurológicas e hepáticas com hiperamonemia após jejum, hipotonia, miopatia, coma hipoglicemia e convulsões. Destaca-se ainda a presença dos seguintes metabólitos urinários: ácidos octanóico, cis-4-decenóico e dicarboxílicos de cadeia média (adípico, subérico e sebácico), hexanoglicina.

ESTUDO MOLECULAR PARA MCAD (sequenciamento) Doença

MCAD (acil-coa desidrogenase de cadeia media) (Estudo Molecular do gene ACADM).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene ACADM (1q31).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Os distúrbios da oxidação dos ácidos graxos (DOAG) são deficiências genéticas metabólicas nas quais o organismo é incapaz de oxidar os ácidos graxos para produzir energia, devido à ausência ou mau funcionamento de uma enzima específica. O gene ACADM (“acyl-CoA dehydrogenase, C-4 to C-12 straight chain”) codifica para a enzima MCAD. O estudo neonatal da deficiência de MCAD recomendável, uma vez que se considere a incidência desta desordem e as suas consequências potencialmente fatais. A sintomatologia da doença inclui manifestações neurológicas e hepáticas com hiperamonemia após jejum, hipotonia, miopatia, coma hipoglicemia e convulsões. Destaca-se ainda a presença dos seguintes metabólitos urinários: ácidos octanóico, cis-4-decenóico e dicarboxílicos de cadeia média (adípico, subérico e sebácico), hexanoilglicina.

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Capítulo 4 - Distúrbios da Beta-Oxidação dos Ácidos Graxos e do Metabolismo da Carnitina

ESTUDO MOLECULAR PARA SCAD Doença

SCAD (acil-coa desidrogenase de cadeia curta), deficiência (Estudo Molecular do gene ACADS).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene ACADS (12q24.31).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Os distúrbios da oxidação dos ácidos graxos (DOAG) são deficiências genéticas metabólicas nas quais o organismo é incapaz de oxidar os ácidos graxos para produzir energia, devido à ausência ou mau funcionamento de uma enzima específica. Mais de 40 diferentes mutações no gene ACADS (“acyl-CoA dehydrogenase, C-2 to C-3 short chain”) foram associadas à deficiência de SCAD.

ESTUDO MOLECULAR PARA LCHAD (Mutações frequentes) Doença

LCHAD (acil-coa desidrogenase de cadeia longa), Deficiência (Estudo Molecular do gene HADHA; pesquisa de mutações frequentes 1528G>C e 1132C>T).

Análise Molecular

Estudo de mutações frequentes: (1528G>C e 1132C>T) - Gene HADHA (2p23).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Os distúrbios da oxidação dos ácidos graxos (DOAG) são deficiências genéticas metabólicas nas quais o organismo é incapaz de oxidar os ácidos graxos para produzir energia, devido à ausência ou mau funcionamento de uma enzima específica. O nome oficial do gene HADHA é “hydroxyacyl-CoA dehydrogenase/3-ketoacyl-CoA thiolase/enoyl-CoA hydratase (trifunctional protein), alpha subunit”. Este gene codifica para uma parte de um complexo enzimático mitocondrial. Oferecemos duas modalidades de análise deste gene: o sequenciamento completo do gene HADHA e a busca de mutações mais frequentes.

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Capítulo 4 - Distúrbios da Beta-Oxidação dos Ácidos Graxos e do Metabolismo da Carnitina

ESTUDO MOLECULAR PARA LCHAD (sequenciamento) Doença

LCHAD (acil-coa desidrogenase de cadeia longa), deficiência (Estudo Molecular do gene HADHA).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene HADHA (2p23).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Os distúrbios da oxidação dos ácidos graxos (DOAG) são deficiências genéticas metabólicas nas quais o organismo é incapaz de oxidar os ácidos graxos para produzir energia, devido à ausência ou mau funcionamento de uma enzima específica. O nome oficial do gene HADHA é “hydroxyacyl-CoA dehydrogenase/3-ketoacyl-CoA thiolase/enoyl-CoA hydratase (trifunctional protein), alpha subunit”. Este gene codifica para uma parte de um complexo enzimático mitocondrial. Oferecemos duas modalidades de análise deste gene: o sequenciamento completo do gene HADHA e a busca de mutações mais frequentes.

ESTUDO MOLECULAR PARA VLCAD Doença

VLCAD (acil-coa desidrogenase de cadeia muito longa, deficiência) - (Estudo Molecular do gene ACADVL).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene ACADVL (17p13.1.).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Os distúrbios da oxidação dos ácidos graxos (DOAG) são deficiências genéticas metabólicas nas quais o organismo é incapaz de oxidar os ácidos graxos para produzir energia, devido à ausência ou mau funcionamento de uma enzima específica. Há mais de 100 diferentes mutações no gene ACADVL já associadas à deficiência de VLCAD.

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ACIDEMIAS / ACIDÚRIAS ORGÂNICAS

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PERFIL DE ACILCARNITINAS (MS/MS) Indicação

Investigação ou monitoramento dietoterápico para Acidúrias / Acidemias Orgânicas e Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos.

Método

Espectrometria de massas em tandem (EMT ou MS/MS) - análise quantitativa.

Metabólito Analisado

Acilcarnitinas.

Material

Sangue em papel filtro-3 círculos.

Prazo de Resultados

5 dias úteis.

Observação

Este é um teste que pode complementar a triagem neonatal (Teste do Pezinho) ou pode ser solicitado para investigação de EIM em pacientes sintomáticos. Vários medicamentos são conhecidos por induzir a resultados falsamente positivos (por exemplo, piválico ácido, ácido valpróico, cefotaxima). Outros compostos exógenos, por exemplo, metabólitos de medicamentos, aditivos, fluidos intravenosos contendo dextrose, podem resultar no aparecimento de picos com valores m / z muito próximos, ou sobreporem-se as acilcarnitinas indicativas de diagnóstico sendo por isso, necessário informar ao laboratório, através do preenchimento do formulário de informações complementares. Interferências dietéticas também são possíveis, normalmente relacionadas à ingestão de alimentos enriquecidos com ácidos graxos (por exemplo, dieta cetogênica, fórmulas alimentares com triglicerídeos de cadeia média...) sendo por isso, necessário informar ao laboratório, através do preenchimento do formulário de informações complementares. Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise.

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Capítulo 5 - Acidemias / Acidúrias Orgânicas

ANÁLISE DE ÁCIDOS ORGÂNICOS URINÁRIOS (GC/MS) Indicação

Investigação, complementação diagnóstica ou monitoramento dietoterápico para Acidúrias / Acidemias Orgânicas, Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos, Distúrbios do Ciclo da Uréia.

Método

Cromatografia gasosa acoplada à Espectrometria de massas (GC-MS) - análise quantitativa / qualitativa.

Metabólito Analisado

Ácidos orgânicos.

Material

5 a 10 ml de urina congelada.

Prazo de Resultados

Até 10 dias úteis.

Observação

Este teste pode ser solicitado para investigação de EIM em pacientes sintomáticos ou pode complementar a triagem neonatal (Teste do Pezinho). Medicamentos (ácido valpróico, antibióticos...), nutrição parenteral e fórmulas dietoterápicas podem mascarar e simular alguns metabólitos, sendo por isso, necessário informar ao laboratório, através do preenchimento do formulário de informações complementares. Fora da fase de descompensação aguda, os analitos de diagnóstico podem estar presentes em quantidades quase indetectáveis, sendo necessária, em alguns casos, a realização de testes de sobrecarga com substratos proximais ao bloqueio metabólico para detectar os metabólitos anormais. Somente os ácidos orgânicos com resultados alterados serão reportados de forma quantificada. A urina deverá ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e deverá ser conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados.

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Capítulo 5 - Acidemias / Acidúrias Orgânicas

PESQUISA DE ÁCIDO METILMALÔNICO (urina) Indicação

Pesquisa simples e pouco específica para ácido metilmalônico.

Método

Análise colorimétrica da para-nitroanilina.

Metabólito Analisado

Ácido metilmalônico.

Material

5 ml de urina congelada.

Prazo de Resultado

3 dias úteis.

Observação

É um teste de triagem simples para detectar altas concentrações do ácido, além disso, fatores como alimentação, medicamentos, prematuridade, baixo peso ao nascer, urina diluída, dentre outros, podem interferir no resultado. Um resultado normal não exclui a possibilidade de Acidúria Metilmalônica. Para um resultado positivo ou um paciente com sinais e sintomas sugestivos de Acidúria Metilmalônica, recomenda-se continuar a investigação por técnicas diagnósticas mais específicas (perfil de acilcarnitinas, ácidos orgânicos urinários...). A urina deve ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados.

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Capítulo 5 - Acidemias / Acidúrias Orgânicas

DOSAGEM DE ÁCIDO METILMALÔNICO (soro) Indicação

A quantificação do Ácido metilmalónico pode auxiliar na detecção precoce e no acompanhamento de erros inatos envolvidos no metabolismo do ácido metilmalônico, bem como nos defeitos de síntese da cobalamina, deficiência adquirida de cobalamina e ou folato, além de certas associações com maior risco de doenças cardiovasculares.

Método

Cromatografia gasosa acoplada à Espectrometria de massas (GC-MS)-análise quantitativa.

Metabólito Analisado

Ácido metilmalônico.

Material

2 ml de soro congelado.

Prazo de resultado

10 dias úteis.

Observação

Ácido metilmalônico está envolvido em um grupo de transtornos chamados acidemias metilmalônicas, que são os erros inatos do metabolismo envolvidos no catabolismo de aminoácidos de cadeia ramificada. É um indicador sensível e precoce da deficiência de Vitamina B12 em nível tecidual. Outras causas de aumento do Ácido metilmalônico podem incluir insuficiência renal, hipovolemia e super crescimento bacteriano do intestino delgado. Níveis aumentados de Ácido metilmalônico podem ser encontrados em pacientes com deficiência de cobalamina e como consequência de má absorção intestinal por problemas de digestão ou má alimentação. O aumento do ácido metilmalômico pode ser detectado antes que ocorram alterações hematológicas (anemia, por exemplo, e macrocitose) visto na deficiência de Vitamina B12. Muitos pacientes com excesso de ácido metilmalômico não têm sintomas, mas alguns apresentam neuropatia (adormecimento e formigamento nas mãos e pés), ou alterações mentais ou comportamentais (confusão, irritabilidade, depressão). Os sintomas são frequentemente vistos na deficiência de Vitamina B12. Em pacientes pediátricos, valores elevados de ácido metilmalômico são sugestivos de acidemia metilmalônica. Em adultos, valores moderadamente elevados são indicativos de deficiência de cobalamina.

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Capítulo 5 - Acidemias / Acidúrias Orgânicas

DOSAGEM DE CARNITINA LIVRE E TOTAL (MS/MS) Indicação

Avaliação de pacientes com suspeita clínica de EIM, especialmente Acidemias Orgânicas e Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos, incluindo deficiência de carnitina e acompanhamento de tratamento com carnitina.

Método

Espectrometria de massas em tandem (EMT ou MS/MS) - análise quantitativa.

Metabólito Analisado

Carnitina livre e total.

Material

2 ml de plasma heparinizado.

Prazo de Resultados

25 dias úteis.

Observação

Avaliação da carnitina identifica pacientes com transtornos primários do ciclo da carnitina, bem como distúrbios nos níveis de carnitina, como resultado de Acidemias Orgânicas e Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos.

ESTUDO MOLECULAR PARA ACIDEMIA ISOVALÉRICA Doença

Acidemia Isovalérica, Deficiência de Isovaleril CoA Desidrogenase (Estudo Molecular do Gene IVD), Sangue Total.

Análise Molecular

sequenciamento completo do gene IVD (15q14-q15).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

O nome oficial do gene IVD é “isovaleryl-CoA dehydrogenase”. A enzima isovaleril Co-A desidrogenase auxilia no processamento do aminoácido leucina (a enzima é responsável pelo 3º evento da quebra de leucina). Ao menos 25 mutações já foram identificadas neste gene em associação com a acidemia isovalérica (enfermidade metabólica hereditária, causada pela deficiência da enzima denominada de isovaleril CoA desidrogenase). A sintomatologia típica da doença inclui vômitos, letargia, coma, odor típico na urina e cetoacidose.

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Capítulo 5 - Acidemias / Acidúrias Orgânicas

ESTUDO MOLECULAR PARA ACIDEMIA GLUTÁRICA TIPO 1 Doença

Acidúria Glutárica tipo 1 (Estudo Molecular do gene GCDH).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene GCDH (19p13.2).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

O nome oficial do gene GCDM é “glutaryl-CoA dehydrogenase”. Este gene codifica para a proteína glutaril-CoA desidrogenase, encontrada na mitocôndria. Mais de 150 mutações neste gene já foram associadas a pacientes com acidúria glutárica tipo I, na maioria resultando em troca de um único aminoácido.

ESTUDO MOLECULAR PARA ACIDEMIA GLUTÁRICA TIPO 2 Doença

Acidemia Glutárica tipo 2 (Estudo Molecular dos genes ETFA, ETFB e ETFDH).

Análise Molecular

Sequenciamento completo dos genes ETFA (15q23-q25), ETFB (19q13.3) e ETFDH (4q32-q35).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A acidemia glutárica tipo II é um erro congênito do metabolismo que se transmite de forma autossômica recessiva. Esta doença deve-se a um defeito do metabolismo ou transporte da flavoproteína. Algumas mutações nos genes ETFA (“electron-transfer-flavoprotein, alpha polypeptide”); ETFB (“electron-transfer-flavoprotein, Beta polypeptide”) e ETFD (“electrontransferring-flavoprotein dehydrogenase”) impedem a produção da enzima flavoproteina de transporte de elétrons ou acarretam em formação de proteína ineficiente.

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Capítulo 5 - Acidemias / Acidúrias Orgânicas

ESTUDO MOLECULAR PARA ACIDEMIA METILMALÔNICA Cbl A,B Doença

Acidemia Metilmalônica CBL A,B (Estudo Molecular dos genes MMAA e MMAB).

Análise Molecular

Sequenciamento completo dos genes MMAA (4q31.21) e MMAB (12q24).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A acidemia metilmalônica é uma desordem hereditária na qual o organismo é incapaz de processar certas proteínas e lipídios apropriadamente. Sem tratamento, a doença pode levar ao coma e ser fatal em alguns casos. A acidemia metilmalônica tem perfis de aminoácidos e de ácidos orgânicos parecidos aos da acidemia propiônica, mas também mantêm níveis muito altos de ácido metilmalônico e concentrações de ácido láctico superiores aos da acidemia propiônica, devido à inibição do piruvato carboxilase. Mais de 25 mutações causadoras de acidemia metilmatônica já foram identificadas no gene MMAA (nome oficial: “methylmalonic aciduria (cobalamin deficiency) cblA type”). Algumas destas adicionam, deletam ou duplicam pequenas porções de material genético no gene. Outras mutações acarretam em troca de um aminoácido por outro. Em relação ao gene MMAB (nome oficial: “methylmalonic aciduria (cobalamin deficiency) cblB type”), mais de 20 mutações já foram associadas a esta condição.

ESTUDO MOLECULAR PARA ACIDEMIA METILMALÔNICA Cbl C,D Doença

Acidemia Metilmalônica CBL C,D (Estudo Molecular dos genes MMACHC e MMADH).

Análise Molecular

Sequenciamento completo dos genes MMACHC (1p34.1) e MMADHC (2q23.2).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A acidemia metilmalônica é uma desordem hereditária na qual o organismo é incapaz de processar certas proteínas e lipídios apropriadamente. Sem tratamento, a doença pode levar ao coma e ser fatal em alguns casos. A acidemia metilmalônica têm perfis de aminoácidos e ácidos orgânicos parecidos aos da acidemia propiônica, mas também mantêm níveis muito altos de ácido metilmalônico e concentrações de ácido láctico superiores aos da acidemia propiônica, devido à inibição do piruvato carboxilase. Defeitos nos genes MMACHC (nome oficial: “methylmalonic aciduria (cobalamin deficiency) cblC type, with homocystinuria”) e MMADHC (nome oficial: “methylmalonic aciduria (cobalamin deficiency) cblD type, with homocystinuria”) são as causas da acidemia metilmalônica Cbl C,D.

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Capítulo 5 - Acidemias / Acidúrias Orgânicas

ESTUDO MOLECULAR PARA ACIDEMIA METILMALÔNICA (gene MUT) Doença

Acidemia Metilmalônica (Estudo Molecular do gene MUT).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene MUT (6p12.3).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A acidemia metilmalônica é uma desordem metabólica hereditária do metabolismo de aminoácidos com cadeia ramificada e de ácidos graxos com cadeia ímpar, envolvendo um defeito na conversão de metilmalonil-CoA a succinil-CoA. Manifestações sistêmicas e neurológicas nesta doença são relacionadas com o acúmulo de metilmalonato (MMA) em tecidos e fluidos biológicos com comprometimento do metabolismo energético. Mais de 150 mutações no gene MUT (“methylmalonyl CoA mutase“) já foram identificadas em pessoas com acidemia metilmatônica. Essas alterações afetam a produção normal da enzima metilmatonil CoA mutase. Como resultado, certas proteínas e lipídeos não são metabolizados apropriadamente. O nome oficial do gene MUT é “methylmalonyl CoA mutase”.

ESTUDO MOLECULAR PARA ACIDEMIA PROPIÔNICA Doença

Acidemia Propiônica (Estudo Molecular dos genes PCCA e PCCB).

Análise Molecular

Sequenciamento completo dos genes PCCA (13q32) e PCCB (3q21-q22).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A acidúria propiônica é uma doença hereditária do metabolismo dos aminoácidos isoleucina, valina, metionina e treonina, e tem transmissão autossômica recessiva. Esta doença deve-se à deficiência na enzima propionil-CoA carboxilase (PCC) e caracteriza-se pela acumulação e excreção na urina de elevadas quantidades de diferentes ácidos orgânicos e seus derivados conjugados, alguns dos quais são tóxicos para a célula. O tratamento desta doença consiste numa dieta hipoproteica restrita em isoleucina, valina, metionina e treonina e suplementada com carnitina. Os genes PCCA (“propionyl CoA carboxylase, alpha polypeptide”) e PCCB (“propionyl CoA carboxylase, Beta polypeptide”) possuem mutações associadas à esta condição.

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DISTURBIOS DO CICLO DA URÉIA

6

DOSAGEM DE ÁCIDO ORÓTICO Indicação

Investigação de pacientes com hiperamonemia, com suspeita de Distúrbios do Ciclo da Uréia, doenças do metabolismo da pirimidina, doenças mitocondriais, teste do alopurinol.

Método Metabólito Analisado

Cromatografia gasosa acoplada à Espectrometria de massas (GC-MS) + HPLC

Material

5 ml de urina congelada.

Prazo de resultado

15 dias úteis.

Observação

Os Distúrbios do Ciclo da Uréia podem se apresentar em qualquer idade, as consequências são neurológicas e com diferentes graus de severidade. Este exame é útil para a avaliação de portadores de hiperamonemia, tanto em decorrência de defeitos do ciclo da Uréia quanto por comprometimento do transporte de aminoácidos dibásicos (intolerância protéica lisinúrica e síndrome HHH). Os resultados podem variar com a idade e o estado nutricional do paciente. Mulheres grávidas podem excretar até duas vezes mais que o limite superior do valor de referência para adultos. Medicamentos e fórmulas dietoterápicas podem interferir no resultado, sendo assim, deve ser informado ao laboratório sobre a sua utilização, através do preenchimento do formulário de informações complementares. A urina deve ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados.

Ácido orótico.

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Capítulo 6 - Distúrbios do Ciclo da Uréia

CROMATOGRAFIA DE AMINOÁCIDOS POR HPLC (Quantitativo) Indicação

Investigação e acompanhamento de Aminoacidopatias e Distúrbios do Ciclo da Uréia.

Método

HPLC.

Metabólito Analisado

Aminoácidos, (Glicina, Alanina, Leucina, Isoleucina, Valina, Fenilalanina, Tirosina, Triptofano, Serina, Treonina, Metionina, Cistina, Ácido Glutâmico, Ácido Aspártico, Taurina, Arginina, Glutamina + Histidina, Asparagina , Lisina, Ornitina,).

Material

10 ml de urina congelada ou 1 ml de plasma heparinizado congelado.

Prazo de Resultados

10 dias úteis.

Observação

A análise dos aminoácidos realizada por cromatografia líquida é bastante precisa, pois permite quantificar diversos aminoácidos ao mesmo tempo. Nesta análise a leucina e isoleucina são quantificadas separadamente, fator importante para a elaboração de fórmulas dietoterápicas. A indicação desse exame está relacionada com a história clínica. As manifestações desse grupo de afecções são bastante variáveis e inclui desde doenças de apresentação no período neonatal, com grave comprometimento neurológico, até quadros mais brandos, precipitados por ingesta proteica excessiva, caracterizados por sonolência, torpor e vômitos. Algumas doenças cursam com sintomas hepáticos e renais. Fatores como alimentação, medicamentos, prematuridade, baixo peso ao nascer dentre outros, podem interferir no resultado. A urina deve ser coletada em frascos limpos, sem preservativos e conservada congelada para ser enviada ao laboratório. Esta medida visa evitar o crescimento bacteriano que é um fator interferente na análise e interpretação dos resultados.

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Capítulo 6 - Distúrbios do Ciclo da Uréia

CROMATOGRAFIA DE AMINOÁCIDOS POR GC/ FID (Quantitativo) Investigação e acompanhamento dietoterápico de aminoacidopatias e Distúrbios do Ciclo da Uréia.

Método

Cromatografia Gasosa com Detecção por Ionização de Chama (CG/FID).

Metabólito Analisado

Aminoácidos.

Material

1 ml de plasma heparinizado ou 10 ml de urina congelada.

Prazo de Resultados

15 dias úteis.

Observação

Colher plasma com heparina, centrifugar imediatamente e congelar. Enviar em tubo plástico. Jejum obrigatório: -- RN a 2 anos: jejum mínimo de 4 horas; -- De 2 a 8 anos: jejum mínimo de 8 horas; -- Acima de 8 anos: jejum mínimo de 12 horas.

TE

M

PO

R

A

R

IA

M EN

TE

IN

D

IS PO

N

ÍV EL

Indicação

Estabilidade da amostra: -- temperatura ambiente: inaceitável -- refrigerado: inaceitável A indicação desse exames esta relacionada com a história clínica. As manifestações desse grupo de afecções e bastante variáveis e incluem desde doenças de apresentação no periodo neonatal, com grave comprometimento neurológico, até quadros mais brandos, precipitados por ingesta protéica excessiva, caracterizados por sonolência, torpor e vômitos. Algumas doenças cursam com sintomas hepáticos e renais. Nesta análise a leucina e isoleucina são quantificadas separadamente, fator importante para a elaboração de fórmulas dietoterápicas. Fatores como alimentação, medicamentos, prematuridade, baixo peso ao nascer dentre outros, podem interferir no resultado.

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Capítulo 6 - Distúrbios do Ciclo da Uréia

PERFIL DE AMINOÁCIDOS (MS/MS) (Quantitativo) Indicação

Investigação direcionada e específica ou monitoramento terapêutico para Aminoacidopatias e Distúrbios do Ciclo da Uréia. É realizada análise quantitativa.

Método

Espectrometria de massas em tandem (EMT ou MS/MS) - análise quantitativa.

Metabólito Analisado

Aminoácidos.

Material

Sangue em papel filtro- mínimo de 2 círculos.

Prazo de Resultados

5 dias úteis.

Observação

Nesta análise ocorre a quantificação conjunta leucina e isoleucina. Alimentos, aditivos alimentares e medicamentos podem interferir nos resultados (ex.: ácido valpróico pode elevar a glicina) O jejum deve ser observado conforme abaixo: -- Crianças até um ano e recém-nascidos devem colher a amostra de sangue imediatamente antes da próxima mamada (refeição), ou seja, duas a três horas após a última alimentação. -- Pacientes de 2 a 8 anos: 8 horas de jejum -- Pacientes acima de 8 anos: 12 horas de jejum Para a coleta de sangue em papel filtro, não se deve utilizar nenhum tipo de anticoagulante, tais como: Heparina, EDTA, Citrato e Fluoreto, pois provocam interferência na análise.

ESTUDO MOLECULAR PARA ACIDÚRIA ARGININOSSUCCÍNICA Doença

Acidúria Argininossuccínica (Estudo Molecular do gene ASL).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene ASL (7cen-q11.2).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A acidúria argininossuccínica é uma desordem do ciclo da uréia com perfil de transmissão autossômico recessivo. O gene ASL (nome oficial: “argininosuccinate lyase”) está situado no cromossomo 7. A ocorrência de mutações no gene em questão pode resultar em produção de enzima argininosuccinatoliase instável ou com forma alterada.

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Capítulo 6 - Distúrbios do Ciclo da Uréia

ESTUDO MOLECULAR PARA ARGININEMIA Doença

Argininemia (Estudo Molecular do gene ARG1).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene ARG1 (6q23).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A argininemia é um erro inato provocado por um defeito no passo final do ciclo da uréia. O perfil de herança desta condição é autossômico recessivo. O gene ARG1 (nome oficial: “arginase, liver”) codifica para a enzima arginase. As mutações neste gene resultam em uma enzima instável, mais curta que o usual e na forma adulterada. Em alguns casos, a enzima simplesmente não é produzida.

ESTUDO MOLECULAR PARA CITRULINEMIA TIPO I Doença

Citrulinemia tipo 1 (CTLN1) (Estudo Molecular do gene ASS1).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene ASS1 (9q34.1).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Ao menos 50 mutações no gene ASS1 (“argininosuccinate synthase 1”) são associadas à citrulinemia tipo I. Esta apresenta anormalidades cinéticas na enzima ASS nos rins e em cultura de fibroblastos. No tipo II, baixos níveis de ASS são detectados no fígado, mas não nos rins ou em culturas de fibroblastos. As enzimas residuais no fígado apresentam propriedades cinéticas normais.

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Capítulo 6 - Distúrbios do Ciclo da Uréia

ESTUDO MOLECULAR PARA CITRULINEMIA TIPO II (Mutação frequente) Doença

Citrulinemia tipo 2 (Estudo Molecular do gene SLC25A13; Pesquisa da Mutação ARG360STOP).

Análise Molecular

Investigação de mutação frequente: Arg360Stop - Gene SLC25A13 (7q21.3).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Mais de 20 mutações no gene SLC25A13 (“solute carrier family 25, member 13 (citrin).” já foram identificadas em pessoas com citrulinemia tipo II, sendo frequente a mutação Arg360Stop. Este gene é encarregado da síntese de citrina, uma proteína associada ao transporte de certas moléculas através da membrana mitocondrial. Algumas destas moléculas participam de processos relacionados à síntese de proteínas e nucleotídeos. O mau funcionamento da citrina inibe o ciclo da uréia.

ESTUDO MOLECULAR PARA CITRULINEMIA TIPO II (sequenciamento) Doença Análise Molecular

Citrulinemia TIPO 2 (Estudo Molecular do gene SLC25A13).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Mais de 20 mutações no gene SLC25A13 (“solute carrier family 25, member 13 (citrin).” já foram identificadas em pessoas com citrulinemia tipo II. Este gene é encarregado da síntese de citrina, uma proteína associada ao transporte de certas moléculas através da membrana mitocondrial. Algumas destas moléculas participam de processos relacionados à síntese de proteínas e nucleotídeos. O mau funcionamento da citrina inibe o ciclo da uréia.

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Sequenciamento completo do gene SLC25A13 (7q21.3).


DEFEITO DO METABOLISMO DAS VITAMINAS

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DOSAGEM DA ATIVIDADE DA BIOTINIDASE Indicação

Investigação de pacientes clinicamente sintomáticos e para confirmar os resultados de Biotinidase anormais, detectados através da triagem neonatal.

Método

Determinação colorimétrica.

Metabólito Analisado

Atividade da Biotinidase.

Material

1 ml de plasma heparinizado congelado.

Prazo de Resultado

7 dias úteis.

DOSAGEM DE BIOTINA Indicação

Monitoramento terapêutico.

Método

Enzimaimunoensaio.

Metabólito Analisado

Biotina.

Material

2 ml de soro refrigerado.

Prazo de Resultados

15 dias úteis.

Sinonímia

Vitamina H, Vitamina B7 ou Vitamina B8.

Observação

Jejum de 4 horas, obrigatório para todas as idades.

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Capítulo 7 - Defeito do Metabolismo da Vitamina

DOSAGEM DE VITAMINA B12 Indicação

Investigação para deficiência de Vitamina B12.

Método

Quimioluminescência.

Metabólito Analisado

Vitamina B12.

Material

1 ml de soro refrigerado.

Prazo de Resultado

5 dias úteis.

Observação

Jejum de 8 horas Paciente: Não ingerir bebidas alcoolicas 24 horas e nem vitaminas nas 48 horas que antecedem o exame. Coleta: Enviar soro refrigerado e protegido da luz. Estabilidade da amostra: -- temperatura ambiente: 1 dia -- refrigerado: 15 dias

ESTUDO MOLECULAR PARA DEFICIÊNCIA DA BIOTINIDASE Doença Análise Molecular

Biotinidase, Deficiência (Estudo Molecular do gene BTD).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A deficiência da Biotinidase é uma doença metabólica tratável na qual o organismo não consegue obter a vitamina Biotina da maneira adequada. O diagnóstico precoce com o início do tratamento ainda nos primeiros meses de vida assegura ao bebê a possibilidade de uma vida normal, sem qualquer sintoma da doença. A técnica ARMS-PCR pode ser usada para identificar um painel de mutações comuns para a deficiência de Biotinidase (G98del3ins, Q456H, R538C, D444H, e a dupla mutação A171T:D444H). A sintomatologia inclui hipotonia, convulsões, ataxia, dermatite, alopecia, alterações visuais e surdez. Os metabólitos urinários consistem em ácidos: lático, 3-hidroxipropiônico, 3-hidroxivalérico, 3-metilcrotonilglicina e 3-metilcitrico.

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ARMS-PCR - gene BTD (3p25).


DOENÇAS DO METABOLISMO DOS CARBOHIDRATOS

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PESQUISA DE AÇÚCARES REDUTORES Indicação

Triagem simples para erros inatos do metabolismo dos glicídios ou carbohidratos (ex: galactosemia, intolerância à frutose, síndrome de Lowe).

Método

Benedict.

Metabólito Analisado

Substâncias redutoras.

Material

5 ml de urina congelada.

Prazo de resultado

3 dias úteis.

Observação

É um teste colorimétrico de triagem e pode apresentar resultados falsos positivos e falsos negativos. Fatores como alimentação, medicamentos (antibióticos, ácido ascórbico, hidrato de cloral), prematuridade, baixo peso ao nascer, urina diluída, dentre outros, podem interferir no resultado. Se o resultado for normal, não está excluída a existência de doença metabólica, já que diversos EIM não são passíveis de serem detectados por este exame e testes laboratoriais mais específicos deverão ser realizados. Ao se detectar alteração será necessária a complementação diagnóstica através de estudos mais detalhados por técnicas mais específicas, como a cromatografia de glicídios em camada delgada.

CROMATOGRAFIA DE GLICÍDIOS Indicação

Investigação de pacientes com suspeita clínica de distúrbios do metabolismo dos carbohidratos ou glicídios, pacientes com teste de Benedict positivo.

Método

Cromatografia em camada delgada.

Metabólito Analisado

Frutose, galactose, glicose, lactose, rafinose, sacarose e xilose.

Material

15 ml de urina congelada.

Prazo de Resultados

10 dias úteis.

Observação

É um teste de triagem que direciona para uma investigação mais específica. Uma série de fatores, como alimentação, urina diluída e medicamentos podem interferir no resultado. Podem ocorrer resultados falsos positivos e falsos negativos.

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Capítulo 8 - Doenças do Metabolismo dos Carbohidratos

TRIAGEM DE CARBOHIDRATOS NA URINA Indicação

Investigação de pacientes com suspeita clínica de distúrbios do metabolismo dos carbohidratos ou glicídios.

Método

Teste de Benedict, Cromatografia em camada delgada.

Metabólito Analisado

Substâncias redutoras, frutose, galactose, glicose, lactose, rafinose, sacarose e xilose.

Material

15 ml de urina congelada.

Prazo de resultado

10 dias úteis.

Observação

É um teste de triagem. Fatores como alimentação, medicamentos (ácido ascórbico, ampicilina), dentre outros, podem interferir no resultado.

ATIVIDADE DE GALACTOSE 1 FOSFATO URIDIL TRANSFERASE Indicação

Investigação em pacientes com suspeita clínica ou com teste de triagem neonatal sugestivo de Galactosemia.

Método

Determinação fluorimétrica.

Metabólito Analisado

Atividade de Galactose-1-fosfato uridiltransferase.

Material

1 ml de sangue total heparinizado refrigerado.

Prazo de resultado

7 dias úteis.

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Capítulo 8 - Doenças do Metabolismo dos Carbohidratos

ESTUDO MOLECULAR PARA INTOLERÂNCIA A FRUTOSE (Mutações frequentes) Doença

Aldolase B (Estudo Molecular do gene ALDOB; Pesquisa de Mutações A149P E A174D).

Análise Molecular

Pesquisa das mutações A149P e A174D - Gene ALDOB (9q21.3-q22.2).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A intolerância hereditária a frutose é uma desordem metabólica autossômica recessiva produzida pela deficiência da aldolase. As pessoas afetadas sofrem com dores abdominais, vômitos e hipoglicemia após a ingestão de frutose, sacarose ou sorbitol. A ingestão contínua de açúcares nocivos causa injúria renal e hepática. Desde que o gene codificador da aldolase B humana foi clonado, ao menos 22 mutações associadas à doença foram descritas. Entre as principais mutações achadas estão A149P e A174D. A análise de outras mutações está disponível sob consulta. A aldolase está relacionada ao gene ALDOB (nome oficial: “aldolase B, fructose-bisphosphate”) e seu mecanismo de herança é autossômico recessivo.

ESTUDO MOLECULAR PARA INTOLERÂNCIA A FRUTOSE (sequenciamento) Doença

Aldolase B (Estudo Molecular do gene ALDOB).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene ALDOB (9q21.3-q22.2).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A intolerância hereditária a frutose é uma desordem metabólica autossômica recessiva produzida pela deficiência da aldolase. As pessoas afetadas sofrem com dores abdominais, vômitos e hipoglicemia após a ingestão de frutose, sacarose ou sorbitol. A ingestão contínua de açúcares nocivos causa injúria renal e hepática. Desde que o gene codificador da aldolase B humana foi clonado, ao menos 22 mutações associadas à doença foram descritas. A aldolase está relacionada ao gene ALDOB (nome oficial: “aldolase B, fructose-bisphosphate”) e seu mecanismo de herança é autossômico recessivo.

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Capítulo 8 - Doenças do Metabolismo dos Carbohidratos

ESTUDO MOLECULAR PARA GALACTOSEMIA TIPO 1 (mutação frequente) Doença

Galactosemia Tipo 1 (Estudo Molecular do gene GALT; Pesquisa de Mutações Gln188Arg).

Análise Molecular

Pesquisa de mutação frequente Gln188Arg - Gene GALT (9p13).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A galactosemia é um erro inato do metabolismo caracterizado pela inabilidade em converter galactose em glicose da maneira normal. O resultado imediato é o acúmulo de metabólitos da galactose no organismo. Mais de 180 mutações foram identificadas no gene GALT (“galactose-1-phosphate uridylyltransferase”) em pessoas com galactosemia. A maioria destas alterações reduz ou anula a atividade da enzima galactose-1-uridiltransferase. Uma particular mutação do gene GALT, chamada variante Duarte, resulta em uma forma de galactosemia com menor impacto em relação ao tipo clássico. Nesta mutação se observa a troca de asparagina por ácido aspártico na posição 314 da proteína (Asn314Asp).

ESTUDO MOLECULAR PARA GALACTOSEMIA TIPO 1 (sequenciamento) Doença

Galactosemia Tipo 1 (Estudo Molecular do gene GALT.

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene GALT (9p13).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A galactosemia é um erro inato do metabolismo caracterizado pela inabilidade em converter galactose em glicose da maneira normal. O resultado imediato é o acúmulo de metabólitos da galactose no organismo. Mais de 180 mutações foram identificadas no gene GALT (“galactose-1-phosphate uridylyltransferase”) em pessoas com galactosemia. A maioria destas alterações reduz ou anula a atividade da enzima galactose-1-uridiltransferase. Uma particular mutação do gene GALT, chamada variante Duarte, resulta em uma forma de galactosemia com menor impacto em relação ao tipo clássico. Nesta mutação se observa a troca de asparagina por ácido aspártico na posição 314 da proteína (Asn314Asp).

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Capítulo 8 - Doenças do Metabolismo dos Carbohidratos

ESTUDO MOLECULAR PARA GALACTOSEMIA TIPO II Doença

Galactosemia Tipo 2 (Estudo Molecular do gene GALK1).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene GALK1(17q24).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml).

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA).

Observação

A galactosemia é um erro inato do metabolismo caracterizado pela inabilidade em converter galactose em glicose da maneira normal. O resultado imediato é o acúmulo de metabólitos da galactose no organismo. Mais de 20 mutações no gene GALK1 (“galactokinase 1.”) já foram identificadas em pessoas com galactosemia tipo II.

ESTUDO MOLECULAR PARA GALACTOSEMIA TIPO III Doença

Galactosemia Tipo 3 (Estudo Molecular de gene GALE).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene GALE (1p36-p35).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml).

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA).

Observação

A glalactosemia é um erro inato do metabolismo caracterizado pela inabilidade em converter galactose em glicose da maneira normal. O resultado imediato é o acúmulo de metabólitos da galactose no organismo. Mais de 20 mutações no gene GALE (“UDP-galactose-4-epimerase.”) já foram identificadas em pessoas com galactosemia tipo III.

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DOENÇAS LISOSSÔMICAS DE DEPÓSITO

MUCOPOLISSACARIDOSES (MPS), MUCOLIPIDOSES, OLIGOSSACARIDOSES, ESFINGOLIPIDOSES E GLICOGENOSES

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PESQUISA DE MUCOPOLISSACARÍDIOS (Colorimétrico) Indicação

Pesquisa simples de Mucopolissacarídios.

Método

Teste do Brometo de CTMA, Teste do Azul de toluidina- análise colorimétrica.

Metabólito Analisado

Mucopolissacarídios.

Material

5 ml de urina congelada.

Prazo de resultado

3 dias úteis.

Observação

É um teste de triagem em que podem ocorrer resultados falsos positivos principalmente em lactentes. Falsos negativos também ocorrem, particularmente, em pacientes com urina muito diluída, na Doença de Morquio e menos frequentemente na doença de Sanfillipo.

TRIAGEM DE MUCOPOLISSACARÍDIOS (COLORIMÉTRICO E CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA) Indicação

Triagem específica para Mucopolissacaridose.

Método

Teste do Brometo de CTMA, Teste do Azul de toluidina, Cromatografia em camada delgada (análise colorimétrica e semi quantitativa).

Metabólito Analisado

Mucopolissacarídios, Glicosaminoglicanos.

Material

20 ml de urina congelada.

Prazo de resultado

15 dias úteis.

Observação

A associação dos testes colorimétricos com a cromatografia aumenta a possibilidade de detecção de uma alteração, mas mesmo assim, é frequente encontrar resultados falsos positivos e falsos negativos. Uma série de fatores, como alimentação, medicamentos, prematuridade, baixo peso ao nascer dentre outros, podem interferir no resultado.

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

TRIAGEM PARA DOENÇAS DE DEPÓSITO (Colorimétrico, Cromatografia em Camada Delgada e Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação específica para doenças lisossômicas de depósito.

Método

Teste do Brometo de CTMA, Teste do Azul de toluidina, Cromatografia em camada delgada, Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Mucopolissacarídios, Glicosaminoglicanos, Oligossacarídios, Sialidoligossacarídios, atividade das enzimas: Beta-Glicuronidase, Hexosaminidases, Quitotriosidase.

Material

30 ml de urina congelada e 1 ml de plasma heparinizado congelado.

Prazo de resultado

15 dias úteis.

Observação

Pacientes normais podem excretar ácido siálico, mas neste caso em igual quantidade com sialillactose. Alguns pacientes com doença de depósito de acido siálico têm, ocasionalmente, excreção de ácido siálico em níveis normais, não sendo possível distinguir de perfis normais. A Quitotriosidase pode ter sua atividade aumentada em doenças lisossômicas de depósito, principalmente na Doença de Gaucher sendo assim um fator auxiliar no diagnóstico e também no monitoramento terapêutico desta doença. A atividade da Quitotriosidase também está aumentada em outras condições não metabólicas como sarcoidose, aterosclerose, malária ou Beta talassemia. Uma série de fatores, como alimentação, medicamentos, prematuridade, baixo peso ao nascer dentre outros, podem interferir no resultado.

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

CROMATOGRAFIA DE GLICOSAMINOGLICANOS Indicação

Triagem para Mucopolissacaridoses.

Método

Cromatografia em camada delgada.

Metabólito Analisado

Glicosaminoglicanos.

Material

15 ml de urina congelada.

Prazo de resultado

15 dias úteis.

Observação

A presença de determinado glicosaminoglicano na urina permite caracterizar os vários tipos de Mucopolissacaridoses: -- dermatan e heparan sulfato nas síndromes de Hurler/Scheie e Hunter; -- heparan sulfato, predominantemente, na síndrome de Sanfilippo, -- queratan sulfato na síndrome de Morquio; e -- dermatan sulfato, predominantemente, na síndrome de Maroteaux - Lamy. A cromatografia em camada delgada é um teste de triagem simples. Um resultado negativo não exclui a possibilidade de erro inato do metabolismo. Falsos negativos também ocorrem particularmente em pacientes com urina muito diluída, na Doença de Morquio e menos frequentemente na doença de Sanfillipo. Condroitin sulfato aumentado pode ser resultado de alterações ósseas diferentes de Mucopolissacaridoses.

CROMATOGRAFIA DE OLIGOSSACARÍDIOS Indicação

Triagem para doenças de depósito lisossômicas do grupo das oligossacaridoses: Gangliosidose GM1, Pompe, Alfa-Manosidose, Sialidose e Aspartilglicosaminúria.

Método

Cromatografia em camada delgada.

Metabólito Analisado Material

Oligossacarídios.

Prazo de resultado

15 dias úteis.

Observação

Nem todas as oligossacaridoses têm uma oligossacaridúria detectável. Pacientes com Alfa-manosidose e aspartilglicosaminúria podem ter excreções muito discretas. Amostras de pacientes com Beta-manosidose, Mucolipidose II e III, geralmente não contêm Oligossacarídios na urina. O teste pode dar resultados falso-negativos, especialmente nos pacientes mais velhos com manifestações clínicas leves. Muitas bandas são frequentemente encontradas em recém-nascidos, e é recomendada nova análise entre as idades de 6 meses a 1 ano. A cromatografia em camada delgada é um teste de triagem simples. Fatores, como alimentação, medicamentos, dentre outros, podem interferir no resultado.

15 ml de urina congelada.

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

CROMATOGRAFIA DE SIALIDOLIGOSSACARÍDIOS Indicação

Triagem semi quantitativa para Sialidoses.

Método

Cromatografia em camada delgada.

Metabólito Analisado

Sialidoligossacarídios.

Material

15 ml de urina congelada.

Prazo de resultado

15 dias úteis.

Observação

Pacientes normais podem excretar ácido siálico, mas neste caso em igual quantidade com sialillactose. Alguns pacientes com doença de estoque de acido siálico têm, ocasionalmente, excreção de ácido siálico em níveis normais, não sendo possível distinguir de perfis normais. A cromatografia em camada delgada é um teste de triagem simples. Fatores, como alimentação, medicamentos, dentre outros, podem interferir no resultado

DOENÇAS LISOSSÔMICAS - QUITOTRIOSIDASE Indicação

Investigação para doenças lisossômicas de depósito, principalmente Doença de Gaucher e monitoramento de tratamento desta doença.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Quitotriosidase.

Material

1 ml de plasma heparinizado congelado.

Prazo de Resultados

10 dias úteis.

Observação

Esta enzima pode ter sua atividade aumentada em doenças lisossômicas de depósito, principalmente na Doença de Gaucher sendo assim um fator auxiliar no diagnóstico e também no monitoramento terapêutico desta doença. A atividade da Quitotriosidase também está aumentada em outras condições não metabólicas como sarcoidose, aterosclerose, malária ou Beta talassemia.

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

MPS TIPO I OU DOENÇA DE HURLER (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação de MPS Tipo I através da análise enzimática da Alfa Iduronidase.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Alfa - Iduronidase.

Material

10 ml de sangue total heparinizado refrigerado ou sangue em papel filtro – 2 círculos.

Prazo de Resultados

25 dias úteis.

Observação

Sangue total heparinizado refrigerado não pode ser enviado em véspera de feriado. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados) Estabilidade: 24 horas (refrigerado).

ESTUDO MOLECULAR PARA MPS TIPO I Doença

Mucopolissacaridose Tipo I - (Estudo Molecular do gene IDUA).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene IDUA (4p16.3).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

As Mucopolissacaridoses (MPS) são doenças metabólicas hereditárias causadas por erros inatos do metabolismo que determinam a diminuição da atividade de determinadas enzimas, que atuam numa estrutura da célula chamada lisossomo. As MPS fazem parte de um grupo chamado Doenças de Depósito Lisossômico. Há mais de 100 mutações no gene IDUA (“iduronidase, alpha-L-”) já identificadas como causa da MPS tipo I.

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

MPS TIPO II OU DOENÇA DE HUNTER (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação para Síndrome de Hunter.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Iduronato Sulfatase.

Material

2 ml de plasma heparinizado congelado.

Prazo de resultado

25 dias úteis.

ESTUDO MOLECULAR PARA MPS TIPO II Doença

Mucopolissacaridose Tipo II - (Estudo Molecular do gene IDS).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene IDS (Xq28).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A Mucopolissacaridose Tipo II (Doença de Hunter) é uma doença genética, hereditária, ligada ao cromossomo X. É causada pela deficiência de uma enzima chamada iduronato-2sulfatase. A deficiência ou ausência desta enzima leva ao acúmulo dos Glicosaminoglicanos (GAGs) no lisossomo, resultando em disfunções orgânicas multissistêmicas. Para o diagnóstico desta doença o laboratório oferece o sequenciamento completo do gene IDS.

ESTUDO MOLECULAR PARA MPS TIPO III A Doença

Mucopolissacaridose Tipo III A - (Estudo Molecular do gene SGSH).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene SGSH (17q25.3).

Material

Sangue Total-EDTA (10 ml).

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A Mucoplissacaridose III (Síndrome de Sanfilippo, MPSIII) é uma doença hereditária de armazenamento de mucopolissacarídios. Caracteriza-se pela ausência da enzima N-acetil-a-Dglucosaminidase e excreção de sulfato de heparan na urina. Há mais de 80 mutações no gene SGSH (“N-sulfoglucosamine sulfohydrolase.”) identificadas em portadores desta síndrome.

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

MPS TIPO III B OU DOENÇA DE SANFILIPPO (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação para MPS Tipo III B ou Doença de Sanfilippo.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Alfa-N-Acetil-Glicosaminidase.

Material

2 ml de plasma heparinizado congelado.

Prazo de resultado

25 dias úteis.

ESTUDO MOLECULAR PARA MPS TIPO III B Doença

Mucopolissacaridose Tipo III B - (Estudo Molecular do gene NAGLU).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene NAGLU (17q21).

Material

Sangue Total-EDTA (10 ml).

Conservação

Refrigerada.

Observação

A Mucoplissacaridose III (Síndrome de Sanfilippo, MPSIII) é uma doença hereditária de armazenamento de mucopolissacarídios. Caracteriza-se pela ausência da enzima N-acetil-a-D-glucosaminidase e excreção de sulfato de heparan na urina. Existem cerca de 120 mutações no gene NAGLU (“N-acetylglucosaminidase, alpha.”) identificadas em portadores desta síndrome.

MPS TIPO III C OU DOENÇA DE SANFILIPPO (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação de MPS Tipo III C.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Acetil-CoA Glicosaminidase N-Acetil-Transferase.

Material

10 ml de sangue total heparinizado refrigerado.

Prazo de resultado

25 dias úteis.

Observação

Este exame não pode ser enviado em véspera de feriado. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados). Estabilidade: 24 horas (refrigerado).

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

ESTUDO MOLECULAR PARA MPS TIPO III C Doença

Mucopolissacaridose Tipo III C - (Estudo Molecular do gene HGSNAT).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene HGSNAT (8p11.1).

Material

Sangue Total-EDTA (10 ml).

Conservação

Refrigerada.

Observação

A Mucoplissacaridose III (Síndrome de Sanfilippo, MPSIII) é uma doença hereditária de armazenamento de mucopolissacarídios. Caracteriza-se pela ausência da enzima N-acetil-a-D-glucosaminidase e excreção de sulfato de heparan na urina. Existem mais de 50 mutações no gene HGSNAT (“heparan-alpha-glucosaminide N-acetyltransferase.”) identificadas em portadores desta síndrome.

MPS TIPO III D OU DOENÇA DE SANFILIPPO (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação de MPS Tipo III D.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da N-Acetilglicosamina-6-Sulfatase.

Material

10 ml de sangue total heparinizado refrigerado.

Prazo de Resultados

25 dias úteis.

Observação

Este exame não pode ser enviado em véspera de feriado. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados). Estabilidade: 24 horas (refrigerado).

ESTUDO MOLECULAR PARA MPS TIPO III D Doença

Mucopolissacaridose Tipo III D - (Estudo Molecular do gene GNS).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene GNS (12q14).

Material

Sangue Total-EDTA (10 ml).

Conservação

Refrigerada.

Observação

A Mucoplissacaridose III (Síndrome de Sanfilippo, MPSIII) é uma doença hereditária de armazenamento de mucopolissacarídios. Caracteriza-se pela ausência da enzima N-acetil-aD-glucosaminidase e excreção de sulfato de heparan na urina. Mutações no gene GNS (“glucosamine (N-acetyl)-6-sulfatase.”) já foram identificadas em portadores desta síndrome.

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

MPS TIPO IV A OU DOENÇA DE MORQUIO (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação de MPS Tipo IV A.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Galactose-6-Sulfato Sulfatase.

Material

10 ml de sangue total heparinizado refrigerado.

Prazo de Resultados

25 dias úteis.

Observação

Este exame não pode ser enviado em véspera de feriado. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados). Estabilidade: 24 horas (refrigerado).

ESTUDO MOLECULAR PARA MPS TIPO IV A Doença

Mucopolissacaridose Tipo IV - (Estudo Molecular do gene GALNS),

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene GALNS (16q24.3).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

As Mucopolissacaridoses (MPS) são doenças metabólicas hereditárias causadas por erros inatos do metabolismo que determinam a diminuição da atividade de determinadas enzimas, que atuam numa estrutura da célula chamada lisossomo. Há mais de 140 mutações no gene GALNS (nome oficial: “galactosamine (N-acetyl)-6-sulfate sulfatase”) já foram identificadas em indivíduos com MPSIV.

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

GANGLIOSIDOSE GM1 E MPS TIPO IV B OU DOENÇA DE MORQUIO (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação de Gangliosidose GM1 e MPS Tipo IV B(Doença de Morquio).

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da b-Galactosidase.

Material

10 ml de sangue total heparinizado refrigerado.

Prazo de Resultados

25 dias úteis.

Observação

Este exame não pode ser enviado em véspera de feriado. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados). Estabilidade: 24 horas (refrigerado).

MPS TIPO VI OU DOENÇA DE MAROTEAUX - LAMY E MUCOSULFATIDOSE (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação para MPS Tipo VI e Mucosulfatidose.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Arilsulfatase B

Material

10 ml de sangue total heparinizado refrigerado.

Prazo de Resultados

25 dias úteis.

Observação

Este exame não pode ser enviado em véspera de feriado. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados). Estabilidade: 24 horas (refrigerado).

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

ESTUDO MOLECULAR PARA MPS TIPO VI Doença

Mucopolissacaridose Tipo VI - (Estudo Molecular do gene ARSB).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene ARSB (5q11-q13).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml).

Conservação

Refrigerada.

Observação

As Mucopolissacaridoses (MPS) são doenças metabólicas hereditárias causadas por erros inatos do metabolismo que determinam a diminuição da atividade de determinadas enzimas, que atuam numa estrutura da célula chamada lisossomo. As MPS fazem parte de um grupo chamado Doenças de Depósito Lisossômico. Há mais de 130 mutações no gene ARSB (“arylsulfatase B”) identificadas como causa de MPSVI.

MPS TIPO VII OU DOENÇA DE SLY (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação para MPS Tipo VII ou síndrome de SLY.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Beta-Glicuronidase.

Material

1 ml de plasma heparinizado congelado.

Prazo de resultado

10 dias úteis.

ESTUDO MOLECULAR PARA MPS TIPO IX Doença

Mucopolissacaridose Tipo IX - (Estudo Molecular do gene HYAL1).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene HYAL1 (3p21.3-p21.2).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

As Mucopolissacaridoses (MPS) são doenças metabólicas hereditárias causadas por erros inatos do metabolismo que determinam a diminuição da atividade de determinadas enzimas, que atuam numa estrutura da célula chamada lisossomo. As MPS fazem parte de um grupo chamado doenças de depósito lisossômico. O gene HYAL1 codifica para a Hialuronidase lisossomal e diversas mutações neste gene estão associadas a MPS tipo IX

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

DOENÇA DE FABRY (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação para Doença de Fabry.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Alfa-Galactosidase.

Material

2 ml de plasma heparinizado congelado ou sangue em papel filtro – 2 círculos.

Prazo de resultado

25 dias úteis.

ESTUDO MOLECULAR PARA DOENÇA DE FABRY Doença

Doença de Fabry (Estudo Molecular do gene GLA).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene GLA (Xq22).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A Doença de Fabry (também conhecida como doença de Anderson-Fabry) se caracteriza como uma doença crônica, conduzindo a uma isquemia cardíaca, cerebrovascular e principalmente renal. É uma doença de depósito lisossômico (DDL) grave, progressiva e potencialmente fatal causada pela deficiência ou ausência de uma enzima lisossômica, a Alfa-galactosidase. Há mais de 370 mutações no gene GLA relacionadas à Doença de Fabry, que é herdada em caráter ligado ao cromossomo X. Destaca-se o fato de que raramente um indivíduo do sexo masculino afetado carrega uma mutação de novo. Este transmite a mutação às suas filhas, as quais podem ser testadas para avaliar a presença ou ausência de mutações no gene.

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

DOENÇA DE GAUCHER (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação para Doença de Gaucher.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da b-Glicosidase.

Material

Sangue em papel filtro – 2 círculos ou 10 ml de sangue heparinizado refrigerado.

Prazo de resultado

5 dias úteis em papel filtro e 25 dias úteis em sangue heparinizado.

Observação

Sangue total heparinizado refrigerado não pode ser enviado em véspera de feriado. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados). Estabilidade: 24 horas (refrigerado).

ESTUDO MOLECULAR PARA DOENÇA DE GAUCHER Doença

Doença de Gaucher (Estudo Molecular do gene GBA).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene GBA (1q21).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

O nome oficial do gene GBA, que codifica para a enzima Beta-glucocerobrosidades, é “glucosidase, Beta, acid”. Esta enzima é ativa nos lisossomos. Mais de 200 mutações no gene GBA foram identificadas em pessoas com Doença de Gaucher. Esta é de origem genética, estando relacionada com o metabolismo de lipídeos. É causada por uma deficiência na enzima glucocerebrosidase, que leva ao acúmulo do seu substrato, um glucocerebrosídeo. Os sinais e sintomas variam de indivíduo para indivíduo. As principais características observadas são um aumento do fígado e do baço, anemia, diminuição do número de plaquetas e doenças ósseas. A doença é herdada de uma forma autossômica recessiva e pode se classificada em três tipos: Tipo 1 ou não neuropática; Tipo 2 ou forma neuropática aguda; e Tipo 3 ou forma neuropática crônica. Indivíduos com a Doença de Gaucher possuem mutações em ambas as cópias do gene GBA, aqueles que carregam a mutação em apenas uma cópia são ditos carreadores. Alguns estudos apontam que pessoas com a Doença de Gaucher ou que sejam carreadoras de mutação no gene possuem risco aumentado para o desenvolvimento de parkinsonismo. Oferecemos o sequenciamento completo do gene GBA.

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

DOENÇA DE KRABBE (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação para Doença de Krabbe.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Galactocerebrosidase.

Material

10 ml de sangue total heparinizado refrigerado.

Prazo de Resultados

25 dias úteis.

Observação

Este exame não pode ser enviado em véspera de feriado. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados). Estabilidade: 24 horas (refrigerado).

ESTUDO MOLECULAR PARA DOENÇA DE KRABBE Indicação

Estudo molecular para Donça de Krabbe.

Doença

Doença de Krabbe (Estudo Molecular do gene GALC).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene GALC (14q31).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A doença de Krabbe é um distúrbio hereditário caracterizado por uma deficiência da enzima beta-galactosidase galactocerebrosídeo que resulta na destruição da mielina. Existem mais de 70 mutações identificadas no gene GALC (nome oficial: “galactosylceramidase”) em indivíduos com esta doença. Como análise alternativa, oferecemos ainda o teste de deleção 502T/Del, descrita como responsável por cerca de 50% dos casos no nordeste europeu (Luzi et al., 1995).

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

DOENÇA DE NIEMANN-PICK TIPO A E B (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação para Doença de Niemann-Pick tipo A e B.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Esfingomielinase.

Material

10 ml de sangue total heparinizado refrigerado ou sangue em papel filtro – 2 círculos.

Prazo de Resultados

25 dias úteis.

Observação

Sangue total heparinizado refrigerado não pode ser enviado em véspera de feriado. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados). Estabilidade: 24 horas (refrigerado).

ESTUDO MOLECULAR PARA DOENÇA DE NIEMANN-PICK Doença

Doença de Niemann-Pick (Estudo Molecular do genes NPC1 e NPC2).

Análise Molecular

Sequenciamento completo dos genes NCP1 (18q11-q12) e NCP2 (14q24.3).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A doença de Niemann-Pick refere-se a um grupo de distúrbios metabólicos herdados que estão incluídos na família maior de doenças de depósito lisossômico (DDL). As solicitações para o sequenciamento dos genes NCP1 e NCP2 podem ser feitas em conjunto ou separadamente.

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

DOENÇA DE POMPE (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação para Depósito de Glicogênio Tipo II ou Doença de Pompe.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Alfa-Glicosidase.

Material

Sangue em papel filtro – 2 círculos ou 10 ml de sangue heparinizado refrigerado.

Prazo de resultado

5 dias úteis em papel filtro e 25 dias úteis em sangue heparinizado.

Observação

Sangue total heparinizado refrigerado não pode ser enviado em véspera de feriado. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados). Estabilidade: 24 horas (refrigerado).

ESTUDO MOLECULAR PARA DOENÇA DE POMPE Doença

Doença de Pompe (Estudo Molecular do gene GAA).

Análise Molecular

Sequenciamento da região codificadora do gene GAA (17q25.2-q25.3).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A Doença de Pompe é uma doença de depósito lisossômico (DDL) causada pela atividade insuficiente da Alfa-glicosidase-ácida. Há mais de 200 mutações no gene GAA (nome oficial do gene: “glucosidase, alpha; acid”) já identificadas em pacientes com a Doença de Pompe. Destaca-se a ocorrência de três mutações no gene GAA comuns em pacientes de origem holandesa: IVS1-13T-G, 525delT e EX18DEL.

DOENÇA DE SCHINDLER (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação para Doença de Schindler.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da N-Acetil-galactosaminidase.

Material

2 ml de plasma heparinizado congelado.

Prazo de resultado

25 dias úteis. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados).

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

DOENÇA DE TAY-SACHS E DOENÇA DE SANDHOFF (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação para TAY-SACHS E Sandhoff.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Hexosaminidase A e B.

Material

1 ml de plasma heparinizado congelado.

Prazo de resultado

10 dias úteis.

ESTUDO MOLECULAR PARA DOENÇA DE TAY-SACHS Doença

TAY–SACHS –Estudo Molecular (Estudo Molecular do gene HEXA).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene HEXA (15q24.1).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

O desenvolvimento da doença Tay-Sachs está associado a 5 mutações principais. A pesquisa destas pode ser feita durante a gestação. A Doença de Tay-Sachs (infantil-aguda) é provocada por uma deficiência da enzima Hexosaminidase A. Esta moléstia se caracteriza por debilidade progressiva, perda das habilidades motoras, redução de reflexos e processos neurodegenerativos iniciados entre o 3º e 6ª meses de vida, incluindo: cegueira, baixa mobilidade, eventual incapacitação total e morte (geralmente antes dos quatro anos de idade). O painel com as seis mutações mais frequentes inclui: +TATC1278, +1IVC12, +1IVS9, G269S R247W y R249W. Nota: Esta análise tem sensibilidade de 99% e especificidade de 95%.

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

LEUCODISTROFIA METACROMÁTICA E MUCOSULFATIDOSE (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação de Leucodistrofia Metacromática e Mucosulfatidose.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Arilsulfatase A.

Material

10 ml de sangue total heparinizado refrigerado.

Prazo de resultado

25 dias úteis.

Observação

Este exame não pode ser enviado em véspera de feriado. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados). Estabilidade: 24 horas (refrigerado).

BETA-MANOSIDOSE (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação de b-Manosidose.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da b-Manosidase.

Material

10 ml de sangue total heparinizado refrigerado ou sangue em papel filtro – 2 círculos.

Prazo de Resultados

25 dias úteis.

Observação

Sangue total heparinizado refrigerado não pode ser enviado em véspera de feriado. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados). Estabilidade: 24 horas (refrigerado).

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

MUCOLIPIDOSE (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação de Mucolipidose.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade de Arilsulfatase A.

Material

2 ml de plasma congelado.

Prazo de resultado

25 dias úteis.

FUCOSIDOSE (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação de Fucosidose.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Alfa-Fucosidase.

Material

10 ml de sangue total heparinizado refrigerado ou sangue em papel filtro – 2 círculos.

Prazo de Resultados

25 dias úteis.

Observação

Sangue total heparinizado refrigerado não pode ser enviado em véspera de feriado. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados). Estabilidade: 24 horas (refrigerado).

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

MANOSIDOSE (Dosagem Enzimática) Indicação

Investigação de Manosidose.

Método

Dosagem enzimática.

Metabólito Analisado

Atividade da Alfa-Manosidase.

Material

10 ml de sangue total heparinizado refrigerado ou sangue em papel filtro – 2 círculos.

Prazo de Resultados

25 dias úteis.

Observação

Sangue total heparinizado refrigerado não pode ser enviado em véspera de feriado. Recebimento: de 2ª a 4ª feira até as 14 horas (exceto em véspera de feriados). Estabilidade: 24 horas (refrigerado).

ESTUDO MOLECULAR PARA GLICOGENOSE Doença

Glicogenose (Estudo Molecular do gene GYS2).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene GYS2 (12p12.2).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Uma Glicogenose (também chamada de doença do armazenamento de glicogênio) é qualquer doença relacionada a erros inatos do metabolismo, resultantes de deficiências enzimáticas, que afetam o processamento da síntese de glicogênio ou sua quebra nos músculos e fígado. Diversas mutações no gene GYS2 já foram relacionadas à doença de estoque de glicogênio tipo 0. Em nosso laboratório encontra-se disponível o sequenciamento completo do gene GYS2 (“glycogen synthase 2 (liver”).

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Capítulo 9 - Doenças Lisossômicas de Depósito: Mucopolissacaridoses (MPS), Mucolipidoses, Oligossacaridoses, Esfingolipidoses e Glicogenoses)

ESTUDO MOLECULAR PARA GLICOGENOSE TIPO I A Doença

Glicogenose Tipo I A (Estudo Molecular do gene G6PC).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene G6PC (17q21).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml).

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA).

Observação

Ao menos 85 mutações no gene G6PC já foram relacionadas à doença de estoque de glicogênio tipo I. Estas mutações afetam a enzima glicose 6-fosfato. Algumas destas alterações são mais frequentes em grupos étnicos específicos. Em nosso laboratório encontra-se disponível o sequenciamento completo do gene G6PC (“glucose-6-phosphatase, catalytic subunit”).

ESTUDO MOLECULAR PARA GLICOGENOSE TIPO I B Doença

Glicogenose Tipo I B (Estudo Molecular do gene SLC37A4).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene SLC37A4 (11q23.3).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml).

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA).

Observação

As Glicogenoses são doenças secundárias a um erro no metabolismo, hereditário, o qual resulta de concentrações alteradas de glicogênio no organismo. Existem mais de 10 diferentes tipos, dependendo do defeito enzimático encontrado. Existem mais de 80 mutações no gene SLC37A4 (“solute carrier family 37 (glucose-6-phosphate transporter), member 4.”) associadas a Glicogenose Tipo I B, sendo o sequenciamento completo deste gene recomendado para a pesquisa desta doença.

ESTUDO MOLECULAR PARA GLICOGENOSE TIPO III Doença

Glicogenose Tipo III (Estudo Molecular do gene AGL).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene AGL (1p21).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml).

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA).

Observação

As Glicogenoses são doenças secundárias a um erro no metabolismo, hereditário, o qual resulta de concentrações alteradas de glicogênio no organismo. Existem mais de 10 diferentes tipos, dependendo do defeito enzimático encontrado. Cerca de 100 mutações no gene AGL (“amylo-alpha-1, 6-glucosidase, 4-alpha-glucanotransferase.”) já foram identificadas em pessoas com Glicogenose Tipo III, sendo o sequenciamento completo deste gene recomendado para a pesquisa desta doença. 91


92


INVESTIGAÇÃO PARA DOENÇAS PEROXISSOMAIS

10

DOSAGEM DE ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA MUITO LONGA Indicação

Investigação de distúrbio peroxissomal.

Método

Cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC/MS).

Metabólito Analisado

C24:0 / C22:0 , C26:0 / C22:0 , C26 : 0

Material

2 ml de soro congelado.

Prazo de resultado

20 dias úteis.

Observação

O paciente não deverá ingerir bebida alcoólica nas 24 horas que antecedem a coleta. Deverá ser realizado jejum antes da coleta conforme abaixo: -- Até 1 ano de idade – 3 horas -- 1 a 5 anos – 6 horas -- Maiores que 5 anos – 12 horas

DOSAGEM DE ÁCIDO FITÂNICO Investigação de distúrbio peroxissomal.

Método

Cromatografia gasosa.

Metabólito Analisado

Ácido Fitânico.

Material

2 ml de soro congelado.

Prazo de resultado

20 dias úteis.

Observação

O paciente não deverá ingerir bebida alcoólica nas 24 horas que antecedem a coleta. Deverá ser realizado jejum antes da coleta conforme abaixo: -- Até 1 ano de idade – 3 horas -- 1 a 5 anos – 6 horas -- Maiores que 5 anos – 12 horas

TE

M

PO

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IA

M

EN

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Indicação

93


Capítulo 10 - Investigação para Doenças Peroxissomais

DOSAGEM DE ÁCIDO FITÂNICO E PRISTÂNICO Indicação

Investigação de distúrbio peroxissomal.

Método

Cromatografia gasosa.

Metabólito Analisado

Ácido Fitânico e Pristânico.

Material

2 ml de soro congelado.

Prazo de resultado

35 dias úteis.

Observação

O paciente não deverá ingerir bebida alcoólica nas 24 horas que antecedem a coleta. Deverá ser realizado jejum antes da coleta conforme abaixo: -- Até 1 ano de idade – 3 horas -- 1 a 5 anos – 6 horas -- Maiores que 5 anos – 12 horas

PAINEL PARA DOENÇAS PEROXISSOMAIS (ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA MUITO LONGA, ÁCIDO FITÂNICO, ÁCIDO PRISTÂNICO) Indicação

Investigação de distúrbio peroxissomal.

Método

Cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC/MS).

Metabólito Analisado

C22, C24, C26, ácido pristânico e ácido fitânico.

Material

2 ml de soro congelado.

Prazo de resultado

20 dias úteis.

Observação

O paciente não deverá ingerir bebida alcoólica nas 24 horas que antecedem a coleta. Deverá ser realizado jejum antes da coleta conforme abaixo: -- Até 1 ano de idade – 3 horas -- 1 a 5 anos – 6 horas -- Maiores que 5 anos – 12 horas

94


Capítulo 10 - Investigação para Doenças Peroxissomais

ESTUDO MOLECULAR PARA ADRENOLEUCODISTROFIA Doença

Adrenoleucodistrofia, Estudo Molecular do gene ABCD1.

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene ABCD1 (Xq28).

Material

Sangue Total-EDTA (10 ml) (refrigerado) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Na adrenoleucodistrofia (ALD), a atividade anormal dos peroxissomos leva a um acúmulo excessivo de Ácidos Graxos de Cadeia Muito Longa (AGCML) constituídos de 24 ou 26 átomos de carbono em tecidos corporais, sobretudo no cérebro e nas glândulas adrenais. A ALD é uma doença de herança recessiva ligada ao cromossomo X. A doença afeta o sistema nervoso (substância branca) e glândulas endócrinas, especialmente a hipófise e adrenal. As formas cerebrais se manifestam geralmente entre os 4 e 8 anos de idade. A incidência da doença é estimada de 1 em 20.000 a 1 em 50.000 indivíduos do sexo masculino para todos os grupos étnicos. Dentre as mutações que causam a doença, cerca de 7% são deleções grandes, aproximadamente 23% alteram o quadro de leitura (“open reading frame”), cerca de 3% afetam os sítios de excisão e em torno de 9% são mutações que provocam o término de transcrições. Há ainda deleções-inserções pequenas (em torno de 5%) e substituições simples (53%, aproximadamente). A mutação mais encontrada é a deleção AG do nucleotídeo 1801-1802 no éxon 5. O exame molecular por sequenciamento do gene ABCD1 (nome oficial: “ATP-binding cassette, sub-family D (ALD), member 1”), lócus Xq28, é usado para a confirmação de diagnóstico para indivíduos sintomáticos; avaliação de prognóstico; aconselhamento genético. Os VALORES DE REFERÊNCIA são: (a)indivíduo normal: sem mutação; (b)mulher com mutação: Portadora; (c)homem com mutação: Afetado.

95



DIVERSOS

11

DOSAGEM DO ÁCIDO BETA HIDROXIBUTÍRICO Indicação

Hipoglicemia, investigação de cetoacidose e monitoramento terapêutico da cetoacidose diabética.

Método

Enzimático.

Metabólito Analisado

Ácido Beta Hidroxibutírico.

Material

1 ml de soro congelado.

Prazo de resultado

10 dias úteis.

Observação

O ácido Beta-hidroxibutírico é uma das três fontes de corpos cetônicos. Sua proporção relativa no sangue (78%) é maior do que os outros 2 corpos cetônicos, ácido acetoacético (20%) e acetona (2%). A produção de ácido acetoacético aumenta durante a privação de carboidratos (jejum, distúrbios digestivos, vômitos frequentes), a diminuição da utilização de carboidratos (diabetes mellitus), em doenças do armazenamento de glicogênio, e em alcalose metabólica. Este aumento pode exceder a capacidade metabólica dos tecidos periféricos. Como o ácido acetoacético se acumula no sangue, uma pequena quantidade é convertida em acetona por descarboxilação espontânea e o restante é convertido para ácido Beta-hidroxibutírico. Em pacientes pediátricos a presença ou ausência de cetonúria ou cetonemia é um fator essencial no diagnóstico diferencial dos erros inatos do metabolismo.

ESTUDO MOLECULAR PARA FIBROSE CÍSTICA (Pesquisa de Mutação ΔF508-CFTR) Doença

Fibrose Cística– Estudo Molecular, (Pesquisa de Mutações ΔF508-CFTR).

Análise Molecular

PCR - Investigação da mutação ΔF508-CFTR (7q3.1).

Material

Sangue Total-EDTA 5 ml.

Conservação

Refrigerada.

Observação

A Fibrose Cística (FC), ou mucoviscidose, é uma doença genética que se manifesta em ambos os sexos. O gene defeituoso é transmitido pelo pai e pela mãe (embora nenhum dos dois manifeste a doença) e é responsável pela alteração no transporte de íons através das membranas das células. Isso compromete o funcionamento das glândulas exócrinas que produzem substâncias (muco, suor ou enzimas pancreáticas) mais espessas e de difícil eliminação. A maior parte dos casos de FC apresenta uma mutação detectável no gene CFTR (“cystic fibrosis transmembrane conductance regulator”).

97


Capítulo 11 - Diversos

ESTUDO MOLECULAR PARA FIBROSE CÍSTICA (Painel de Mutaçoes ) Doença

Fibrose Cística – Painel de 32 Mutações.

Análise Molecular

GENESCAN - Investigação da presença de mutações no gene CFTR (7q3.1).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml ).

Conservação

Refrigerada.

Observação

A Fibrose Cística (FC), ou mucoviscidose, é uma doença genética que se manifesta em ambos os sexos. O gene defeituoso é transmitido pelo pai e pela mãe (embora nenhum dos dois manifeste a doença) e é responsável pela alteração no transporte de íons através das membranas das células. Isso compromete o funcionamento das glândulas exócrinas que produzem substâncias (muco, suor ou enzimas pancreáticas) mais espessas e de difícil eliminação. A maior parte dos casos de FC apresenta uma mutação detectável no gene CFTR (“cystic fibrosis transmembrane conductance regulator”). O nosso laboratório disponibiliza um painel para 32 mutações que detecta mais de 90% dos casos de FC. O resultado não exclui a presença de alguma outra mutação menos frequente. As mutações estudadas são: S549N, S549R, R533X, G551D, V520F, I507del, F508del, 3876delA, 1717-1G->A, G542X, R560T, 3120+1G->A, A455E, R117H, 394delTT, 2183AA->G, 2184delA, 2789+5G>A,1898+1G->A, 621+1G->T, 711+1G->T, G85E, R347P, R347H, I148T, W1282X, R334W, 1078delT, 3849+10KbC->T, R1162X, N1303K, 3659delC, 3905insT.

ESTUDO MOLECULAR PARA FIBROSE CÍSTICA (sequenciamento) Doença

Fibrose Cística (Estudo Molecular do gene CFTR).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene CFTR (7q3.1) .

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A Fibrose Cística (FC), ou mucoviscidose, é uma doença genética que se manifesta em ambos os sexos. O gene defeituoso é transmitido pelo pai e pela mãe (embora nenhum dos dois manifeste a doença) e é responsável pela alteração no transporte de íons através das membranas das células. Isso compromete o funcionamento das glândulas exócrinas que produzem substâncias (muco, suor ou enzimas pancreáticas) mais espessas e de difícil eliminação. A maior parte dos casos de FC apresenta uma mutação detectável no gene CFTR (“cystic fibrosis transmembrane conductance regulator”).

98


Capítulo 11 - Diversos

G6PD (Dosagem Enzimática) Indicação

Deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase.

Método

Medição colorimétrica em método cinético em 570nm.

Metabólito Analisado

Atividade da G6PD.

Material

Amostra de sangue coletada do calcanhar da criança em papel de filtro ou Sangue Total - EDTA (1 ml).

Conservação

Papel de Filtro ou Sangue Total-EDTA refrigerado.

Prazo de Resultado

2 dias úteis.

Observação

A glicose 6-fosfato desidrogenase é uma enzima que se encontra presente em todas as células e catalisa a primeira etapa da rota metabólica da hexose monofosfato, produzindo NADPH. Esta coenzima atua como doadora de hidrogênio em várias rotas metabólicas e também age sobre a estabilidade da catalase, da preservação e da regeneração da forma reduzida da glutationa, ambos essenciais para a detoxificação do peróxido de hidrogênio. O presente teste utiliza a Glicose 6-fosfato desidrogenase, a qual na presença de NADP, catalisa a oxidação de glicose 6-fosfato a 6-fosfoglunato. O NADPH produzido é medido colorimetricamente em método cinético em 570nm.

ESTUDO MOLECULAR PARA G6PD Doença

Deficiência de Glicose 6-Fosfato Desidrogenase (Estudo Molecular do gene G6PD).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene G6PD (Xq28).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) é uma doença hereditária recessiva ligada ao cromossomo X que, frequentemente, desencadeia uma anemia hemolítica. O sequenciamento completo do gene G6PD (nome oficial: “glucose-6-phosphate dehydrogenase”) permite analisar mais de 140 mutações associadas a deficiência da supracitada enzima.

99


Capítulo 11 - Diversos

ESTUDO MOLECULAR PARA DOENÇA DE MENKES Doença

Doença de Menkes (Estudo Molecular do gene ATP7A).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene ATP7A (Xq21.1).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A doença de Menkes possui padrão de herança recessivo ligado ao cromossomo X, causada por mutações no gene ATP7A, caracterizada pela baixa concentração de cobre em alguns tecidos, devido a uma falha na absorção intestinal o quadro clínico é variável, sendo dependente das enzimas que necessitam de cobre para a sua boa atividade. O nome oficial do gene ATP7A é “ATPase, Cu++ transporting, alpha polypeptide”. Se uma mutação no gene ATP7A for identificada em um membro da família, a investigação pré-natal por estudo do transporte do cobre ou a análise molecular é possível para mulheres que são portadoras.

ESTUDO MOLECULAR PARA BETA CETOTIOLASE Doença

Beta Cetotiolase, Deficiência (Estudo Molecular do gene ACAT1).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene ACAT1 (11q22.3).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Mais de 40 diferentes mutações no gene ACAT1 (“acetyl-CoA acetyltransferase 1”) já foram identificadas em pessoas com deficiência de Beta Cetotiolase. Estas alterações moleculares impedem as células de processar proteínas e gorduras de forma apropriada.

100


Capítulo 11 - Diversos

ESTUDO MOLECULAR PARA BUTIRILCOLINESTERASE Doença

Butirilcolinesterase, Deficiência (Estudo Molecular do gene BCHE).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene BCHE (3q26.1-q26.2).

Material

Sangue Total-EDTA (5 ml) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

Alterações no gene BCHE provocam deficiência da enzima Butirilcolinesterase, uma desordem metabólica caracterizada por apnéia prolongada após o uso de certos fármacos anestésicos, incluindo os relaxantes musculares succinilcolina ou mivacúrio e outros ésteranestésicos locais. A duração da apnéia prolongada varia significativamente, dependendo da extensão da deficiência da enzima. Esta doença hereditária é transmitida como traço autossômico recessivo.

ESTUDO MOLECULAR PARA TRIMETILAMINÚRIA (“Síndrome de Odor de Peixe”) Doença

Trimetilaminúria (“Síndrome de odor de peixe”) (Estudo Molecular do gene FMO3).

Análise Molecular

Sequenciamento completo do gene FMO3 (1q24.3).

Material

Sangue Total-EDTA (10 ml) (refrigerado) ou Sangue em papel FTA®.

Conservação

Refrigerada ( Sangue total - EDTA) / temperatura ambiente (papel FTA®).

Observação

A Trimetilaminúria, também conhecida como “síndrome de odor de peixe’’, é uma doença metabólica rara que resulta de deficiências na oxidação da trimetilamina à trimetilamina N-oxido (TMAO). A Trimetilaminúria caracteriza-se clinicamente por um hálito e odor corporal forte, como resultado da excreção anormal de trimetilamina na saliva, suor, urina e secreções vaginais. Há mais de 25 mutações no gene FMO3 (nome oficial: “flavin containing monooxygenase 3.”) já identificadas em pessoas portadoras desta síndrome.

101



ÍNDICE

A Acidemias Orgânicas 25, 27, 28, 43, 44, 49, 50, 53 Ácido Beta Hidroxibutírico 97 Ácido Fitânico 93, 94 Ácido Pristânico 94 Ácidos Graxos de Cadeia Muito Longa 93, 94, 95 Adrenoleucodistrofia 95 Aminoacidopatias 23, 24, 25, 27, 28, 29, 32, 34, 36, 58, 60

B Beta-Manosidose 25, 88 Beta-Cetotiolase 100 Biotina 25, 63, 64 Biotinidase 25, 63, 64 Butirilcolinesterase 101

C Cistinúria 31, 39

D Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos 23, 25, 27, 28, 29, 43, 44, 49, 50, 53 Distúrbios do Ciclo da Uréia 23, 24, 25, 27, 28, 29, 31, 32, 33, 34, 50, 57, 58, 59, 60 Doença de Fabry 82 Doença de Gaucher 72, 74, 83 Doença de Hunter 76 Doença de Hurler 75 Doença de Krabbe 84 Doença de Maroteaux-Lamy 25, 73, 80 Doença de Morquio 17, 24, 25, 71, 73, 79, 80 Doença de Niemann-Pick 85 Doença de Pompe 24, 25, 86 Doença de Sandhoff 87 Doença de Sanfilippo 77, 78 Doença de Schindler 86 Doença de SLY 81 Doença de Tay-Sachs 87 Doenças Peroxissomais 94

E Esfingolipidoses 71

103


Índice

F Fenilcetonúria 35, 36, 41 Fibrose Cística 97 Fucosidose 89

G G6PD 99 Galactosemia Tipo I 68 Galactosemia Tipo II 69 Galactosemia Tipo III 69 Gangliosidose GM1 24, 25, 80 Glicogenose 90, 91 Glicogenose Tipo I A 91 Glicogenose Tipo I B 91 Glicogenose Tipo III 91 Glicosaminoglicanos 24, 25, 71, 72, 73, 76

H Homocisteína 40 Homocistinúria 31, 39, 40, 41

I Intolerância a Frutose 67

L Leucodistrofia Metacromática 88

M Manosidose 24, 25, 88, 90 Menkes 100 MPS Tipo I 75 MPS Tipo II 76 MPS Tipo III B 77 MPS Tipo III C 77 MPS Tipo III D 78 MPS Tipo IV A 79 MPS Tipo IV B 80 MPS Tipo VI 80, 81 MPS Tipo VII 25, 81 MSUD 38, 42 Mucolipidose 73, 89 Mucolipidoses 71 104


Índice

Mucopolissacaridoses 25, 73, 75, 79, 81 Mucopolissacaridose Tipo I 75 Mucopolissacaridose Tipo II 76 Mucopolissacaridose Tipo III A 76 Mucopolissacaridose Tipo III B 77 Mucopolissacaridose Tipo III C 78 Mucopolissacaridose Tipo III D 78 Mucopolissacaridose Tipo IX 81 Mucopolissacaridose Tipo VI 81 Mucosulfatidose 80, 88 Mutações ΔF508 97

O Oligossacarídios 24, 25, 72, 73

P Peroxissomais 93, 94

Q Quitotriosidase 24, 25, 72, 74

S Sialidoligossacarídios 24, 25, 72, 74 Succinilacetona 37, 38

T Tirosinemia 35, 36, 37, 38, 42 Tirosinemia Tipo I 37, 38 Trimetilaminúria 101

V Vitamina B12 52, 64

105


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Texto elaborado pela Assessoria Científica do DLE. Proibida a reprodução total ou parcial deste guia. Diretos de imagem e texto reservados mediante Registro.




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