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BASE AÉREA DE FLORIANÓPOLIS SEDIA OPERAÇÃO CARRANCA 2023

Com o objetivo de adestrar os Esquadrões e aprimorar táticas, técnicas e procedimentos em ambiente terrestre e marítimo, o Exercício Operacional (EXOP) Carranca 2023 aconteceu de 27 de abril a 12 de maio, em Florianópolis (SC). Durante o treinamento, os Esquadrões aplicaram os conhecimentos de busca e salvamento e simularam diversas situações de resgate em áreas de difícil acesso, tanto na terra quanto no mar.

Uma oportunidade de intercâmbio de informações entre as tripulações dos esquadrões de Busca e Salvamento (SAR, do inglês Search And Rescue) e os profissionais de coordenação. O Exercício Operacional (EXOP) Carranca 2023 teve espaço para discussão de doutrinas, troca de experiências e coordenação entre os envolvidos. Um dos objetivos é aumentar a eficiência operacional do serviço de salvamento brasileiro.

O termo “Carranca”, que dá nome ao exercício, refere-se ao apelido dado ao Major Médico Carlos Alberto Santos, que dedicou sua vida às missões de busca e resgate. O militar integrou o Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento – conhecido como PARASAR.

O Exercício Carranca 2023 aconteceu na Base Aérea de Florianópolis (BAFL), sob a direção da Base Aérea de Canoas (BACO), e contou com a participação de mais de 200 militares das mais diversas Unidades da Força Aérea Brasileira (FAB), além de aeronaves da Aviação de Patrulha e da Aviação de Busca e Salvamento, que, juntas, alcançaram 250 horas de voo na operação.

Participaram do Exercício o Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAV) –Esquadrão Orungan; o Segundo

Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7º GAV) – Esquadrão Phoenix; o Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAV) – Esquadrão Netuno; o Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano; o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) – PARASAR; a Divisão de Busca e Salvamento (DSAR) do DECEA; o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º/1º GCC) – Esquadrão Profeta; os Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (SALVAERO - Brasília, Curitiba, Recife e Manaus); e o SALVAMAR SUL, do Comando do 5º Distrito Naval da Marinha do Brasil.

Os Esquadrões envolvidos nas operações de busca, resgate e salvamento em território nacional são responsáveis por prestar auxílio a aeronaves em emergência, como acidentes, quedas ou desaparecimentos, além de realizar o resgate de pessoas em áreas de difícil acesso.

O Comandante da BACO e Diretor do EXOP Carranca, Coronel Aviador Marcelo Zampier Bussmann, falou sobre o sucesso do Exercício. “O EXOP Carranca fi naliza com seus objetivos operacionais cumpridos. Com isso, temos tripulações mais adestradas e treinadas para executar as missões de busca e salvamento em prol da sociedade brasileira”, ressaltou.

Durante o treinamento, os Esquadrões aplicaram os conhecimentos de busca e salvamento e simularam diversas situações de resgate em áreas de difícil acesso, tanto na terra quanto no mar. Essas atividades visam garantir a efi ciência operacional e a prontidão no emprego dos recursos da Força Aérea.

Os militares que atuam nessa área lidam com desafios complexos, como condições meteorológicas adversas, regiões remotas e a necessidade de resgatar pessoas em situações de risco iminente. O trabalho em equipe é primordial para manter a capacidade de resposta rápida, diante desses tipos de situações desafiadoras. Por meio de treinamentos como esse, a FAB se mantém preparada para responder a qualquer eventualidade, reforçando sua missão de servir e proteger a sociedade.

O Comandante do Quinto Comando Aéreo Regional (V COMAR), Major-Brigadeiro do Ar Marcelo Fornasiari Rivero, falou sobre a importância de treinar em conjunto com os Esquadrões. “Esses exercícios são essenciais para manter a prontidão em caso de uma missão real. O treinamento faz a diferença nas missões de Busca e Salvamento”, concluiu.

A coordenação do Controle do Espaço Aéreo no EXOP Carranca 2023 ficou sob a responsabilidade do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC), Unidade subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), e o Segundo Esquadrão

Aeronaves P-95 e P-3. O P-95 possui o radar Seaspray 5000E, que tem condições de detectar navios de grande porte a até 370 quilômetros de distância. Já o P-3 possui um dos mais modernos sistemas para identificação por radar. Além disso, permite localizar, identificar e repassar todo o cenário do tráfego marítimo para embarcações da Marinha do Brasil e direcionar a atividade de policiamento para as áreas mais críticas do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (2º/1º GCC) – Esquadrão Aranha, localizado na BACO, com apoio do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º/1º GCC), localizado no Rio de Janeiro (RJ), e o Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC) – Esquadrão Mangrulho, localizado na Base Aérea de Santa Maria (BASM). “Nós usamos cenários simulados de possíveis ocorrências, como um acidente aeronáutico, uma embarcação à deriva ou um homem ao mar. Esse cenário simulado chega para os subcentros de Coordenação de Busca e Salvamento ativados na Operação, recolhem informações juntamente da Marinha do Brasil e de outros órgãos para elaborar e para poderem de fato realizar a busca. Após isso, as tripulações decolam e realizam esse treinamento. Dessa maneira, a gente pode manter adestrado todo o sistema de Busca e Salvamento”, ressaltou o Major Aviador Kayo Coelho Sant Anna.

Pense num empreendedor muito ligado à tecnologia. Alguém que dedique tempo e dinheiro a desbravar novas fronteiras de conhecimento e tente tornar acessíveis aparelhos e ferramentas que podem impactar a vida da sociedade.

Agora imagine que essa mesma pessoa abra mão de qualquer aspiração comercial, com a disposição de que tudo o que inventar seja para o bem da humanidade. Lucro com patente? Esqueça. Dinheiro de prêmios? Distribua entre profissionais que participaram do projeto.

Para completar, adicione mais uma característica importante a esse(a) entusiasta da tecnologia: testar pessoalmente todos os experimentos criados, mesmo que isso signifique risco de acidentes ou morte.

Consegue imaginar alguém com esse perfil? (Não, Elon Musk não testa pessoalmente naves da Space X...)

Ou, melhor, conhece algum brasileiro que preencha todos esses requisitos?

Se sua resposta for não, permita-me apresentar um: Alberto Santos-Dumont.

Nascido há exatos 150 anos, em 20 de julho de 1873, esse mineiro de

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