SIGADAER E SILOMS – Sistemas poderão ser acessados pela internet via dispositivo móvel
www.fab.mil.br
Ano XXXIX Nº 7
Julho, 2016
ISSN 1518-8558
10 ANOS DO H-60L NA FAB Conheça mais sobre a contribuição da aeronave em uma década (Págs. 8 e 9)
OLIMPÍADA - Conheça os atletas da FAB confirmados na competição e os militares que participam como juízes (Pág. 5)
SAÚDE - Entenda como as inovações melhoram o atendimento (Pág. 7)
REESTRUTURAÇÃO -Saiba mais sobre as mudanças nos Grandes Comandos (Págs. 10 e 11)
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CARTA AO LEITOR
Expediente
A Força em modernização No mês de julho, celebramos o Nascimento de Alberto Santos Dumont. Graças à sua inteligência e ousadia, o homem conseguiu dominar os ares. E foi pela notoriedade e importância de Santos Dumont que a Adidância de Defesa e Aeronáutica da França está elaborando um guia dos pontos onde ele morou e frequentou naquele país. O objetivo é que os turistas que visitam a capital francesa conheçam Paris sob o olhar do pioneiro da aviação. Nesta edição do Notaer, você vai saber mais sobre esses locais e o trabalho para elaboração
do guia. A partir do advento da aviação, as aeronaves evoluíram até chegar aos modernos vetores que temos hoje no mundo. Um exemplo é o helicóptero H-60L Black Hawk, que neste mês completa 10 anos de atuação na Força Aérea Brasileira. Conheça um pouco da história do Black Hawk, suas funcionalidades, missões em que já atuou e alguns militares que contribuíram para a implantação dessa aeronave. As atualizações da FAB não se resumem apenas a modernas aeronaves. O
processo de reestruturação está em andamento e nesta edição explicamos para você as mudanças administrativas nos Grandes Comandos e a criação de novas unidades de alto nível para uma força aérea cada vez mais atual. Mostramos também a modernização na área da saúde com novas tecnologias para segurança do paciente e agilidade nos diagnósticos. O trabalho diário de nosso efetivo pode ser visto na operacionalidade dos esquadrões que participaram do exercício Transportex e na história emocionante de
um suboficial que dedicou sua carreira às atividades de busca e salvamento. Estamos a poucas semanas dos Jogos Olímpicos e trazemos uma matéria que apresenta os atletas da FAB que já garantiram vaga na competição, além dos militares que atuarão como árbitros oficiais das Olimpíadas, o que aumenta nosso orgulho em pertencer a esse time. #somostodosbrasil Boa leitura! Brig Ar Ary Soares Mesquita Chefe do CECOMSAER
O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno do COMAER. Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Ary Soares Mesquita. Editoras: Tenentes Jornalistas Emília Maria ( MTB 14234RS ) e Evellyn Abelha (MTE 973MS). Colaboradores: Textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná. Diagramação e Arte: Suboficiais Cláudio Bonfim Ramos; Sargentos Emerson Guilherme Rocha Linares, Lucemberg Nascimento Oliveira da Silva, Ednaldo da Silva e Cabo Maclaudio Gomes Pereira. Tiragem: 30.000 exemplares. Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF
PENSANDO EM INTELIGÊNCIA
Dispositivos suspeitos: carregadores de dispositivos móveis
Você está no aeroporto e tem que enviar um e-mail importante antes de decolar para seu destino. A carga da bateria de seu smartphone ou
tablet está prestes a descarregar. Todas as tomadas elétricas à sua volta estão ocupadas por outros viajantes. Você acha uma entrada USB disponível em uma torre de carregamento coletivo. Você conecta seu dispositivo! A partir de agora, você pode estar dizendo adeus aos seus dados. Geralmente, a maioria das torres ou quiosques de carregamento coletivo encontrados no hall de aeroportos são seguras. Mas e aqueles encontrados em lugares como lojas, lanchonetes e outros locais de grande circulação? De acordo com especialis-
tas, tais torres ou quiosques podem facilmente ser adulteradas para baixar fotos, contatos, e-mails e outros dados privados, através da porta de dados de seu dispositivo sem sua autorização. Além de também instalarem vírus, trojans e outros malwares. Isso é muito preocupante, pois mesmo alguns profissionais de segurança experientes não pensam duas vezes em usá-los quando precisam de um pouco de carga de bateria. Para evitar tais contratempos, quando da impossibilidade de se aguardar um momento mais adequado para efetuar a carga de seus
equipamentos eletrônicos, em casa ou em outro lugar seguro, a melhor coisa a se fazer é sempre portar consigo um carregador capaz de ser conectado a uma tomada elétrica, evitando-se, assim, a opção de carregar os dispositivos através do cabo de dados em uma porta USB desconhecida. Talvez essa alternativa não seja a mais cômoda, mas certamente é a mais adequada para se manter a devida segurança dos dados pessoais de seus dispositivos móveis. (Centro de Inteligência da Aeronáutica - CIAER)
Impressão e Acabamento: Log & Print Gráfica e Logística S.A
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FOTO: SGT REZENDE / CECOMSAER
PALAVRAS DO COMANDANTE
Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato Comandante da Aeronáutica
História em evolução Há 143 anos nascia aquele que, com sua invenção, motivaria a criação da indústria aeronáutica, mudando completamente o cenário das Forças Armadas em todo o mundo. O nascimento de Alberto Santos Dumont é celebrado todo dia 20 de julho como homenagem ao Pai da Aviação. Seu espírito inquieto e personalidade inovadora mantêm-se presentes em nossa Força Aérea e podem ser percebidos por meio dos projetos estratégicos em andamento, como o desenvolvimento do Gripen NG – que vai levar a aviação de caça no Brasil a outro nível – e a colaboração no projeto do
KC-390 – nova aeronave de carga que também significará um salto nas missões de transporte logístico da FAB. Atrelado à atualização de nossos vetores e demais aparatos tecnológicos, o aspecto organizacional e administrativo também merece ser revisto. Assim, a reestruturação pela qual nossa Força está passando é reflexo da importância e da necessidade de constante modernização. A tecnologia criada por Santos Dumont há mais de 100 anos evoluiu de tal maneira que é impossível não revermos todos os nossos processos. Todo o nosso efetivo tem
acompanhado nas edições mais recentes do Jornal Notaer o registro dessas mudanças, algumas ainda em estudo e outras já em evolução. Nosso objetivo é desenvolver a reestruturação com transparência e com a colaboração de todos. É importante ressaltar, entretanto, que muitas alterações continuam sendo analisadas e serão anunciadas oportunamente. Deste modo, teremos uma importante e sólida evolução da Força Aérea Brasileira, algo que, além de necessário, é benéfico para todos que desejam o melhor para nossa instituição e para nosso País, tal qual almejava o Pai da Aviação.
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Julho - 2016 FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
#ÉISSOQUEIMPORTA
Uma carreira dedicada a salvar vidas Tenente JOR Emília Maria
Trajetória marcante Ao longo de sua trajetória na FAB, participou de muitas missões, mas recorda de uma em especial: o acidente do “Boeing do Comandante Garcez” no ano de 1989. No Brasil, foi a primeira queda com avião de grande porte e envolvendo sobreviventes. “Foi uma missão complicada. Decolamos com dois Bandeirantes e um helicóptero H1-H. Levamos dois dias para chegar ao local, uma fazenda na região do Mato Grosso. Quando chegamos, tínhamos pouco combustível e já estava próximo do pôr do sol. Mesmo assim, conseguimos descer de rapel no local do acidente, onde fizemos um atendimento rápido”, relata Fusquine.
Outros militares conseguiram chegar por terra ao local e passaram aquela primeira noite na selva com mais de 50 sobreviventes. Durante a carreira, além de participar de grandes resgates, Fusquine foi condecorado com medalhas por tempo de serviço, Bartolomeu de Gusmão, Santos-Dumont, Ordem do Mérito Aeronáutico, Ordem do Mérito da Defesa e algumas no período em que esteve na Bolívia. O mais importante, porém, ele resume em poucas palavras. “Salvar uma vida poderá significar apenas a conquista do direito de deitar a cabeça em um travesseiro e adormecer tranquilamente, com a certeza do dever cumprido”.
“Encontrar sobreviventes em meio ao mar ou na selva é uma tarefa que exige disciplina, dedicação, perseverança e muita responsabilidade. Ao colocar seus olhos para fora da aeronave de busca, responder pela tarefa de observar e fazer um serviço do qual resulta o salvamento ou não de seus irmãos brasileiros, não há espaço para nada diferente da perfeição”. As palavras do Suboficial R1 João Batista Fusquine, 53 anos, demonstram o compromisso que sempre teve com a profissão. Com 35 anos de serviço e já tendo ido para a reserva, resolveu voltar ao trabalho, contratado como Tarefa por Tempo Certo (TTC) no Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV). Agora, no entanto, sua missão não é mais salvar vidas, mas resgatar a história da unidade. “Estou fazendo faculdade de História e resolvi cuidar do Registro Histórico da
OM”, explica o Suboficial. Antes disso, serviu durante toda a carreira no mesmo esquadrão, exceto em 2011 e 2012, período em que foi Auxiliar do Adido na Bolívia. “Esta experiência foi muito boa, tive a oportunidade de conhecer a vida diplomática, dando assistência à Embaixada, às autoridades brasileiras e diversas outras demandas”, conta. Após formado na especialidade Mecânica de Aeronaves (BMA) na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), foi classificado em Campo Grande (MS), no 2º/10º GAV. “Nas asas do Esquadrão Pelicano tive a oportunidade de conhecer meu País, me admirar com nossas riquezas e constatar nossas mazelas. Os valores passaram a tomar mais espaço em minha vida. Para mim, é uma unidade ímpar”, elogia Fusquine. Multitarefas Quando chegou à unidade, foi designado para fazer um curso de sobrevivência
no gelo e operações helitransportadas na Antártida. Depois que finalizou essa missão, decidiu fazer o Curso de Salvamento e Resgate com o PARA-SAR e não parou mais. Fez cursos de paraquedismo, mergulho, estágio de sobrevivência na selva, mestre de salto, salto livre e até perito criminal. Desdobrar-se em diversas atividades parece a especialidade do militar que, aos 17 anos, trabalhava como entregador de jornal antes da aula, atendia em uma cantina de hospital municipal à tarde e aos sábados era secretário num consultório odontológico. Todas essas tarefas não bastaram e ele resolveu seguir a carreira militar. “A minha relação com as Forças Armadas começou muito cedo por meu pai ter sido oficial do Exército. Passei minha infância e adolescência nos quartéis, vendo as paradas militares”, recorda ele. (Fonte: BACG)
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RIO 2016
Atletas da FAB em busca de medalhas nas Olimpíadas Militares participam dos Jogos Olímpicos entre os dias 05 e 21 de agosto no Rio de Janeiro
Atletas de alto rendimento da FAB confirmados para as Olimpíadas
Tenente JOR Flávio Nishimori
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s Jogos Olímpicos Rio 2016 acontecem de 05 a 21 de agosto. Entre os mais de 10 mil atletas esperados para a competição, o Brasil terá militares de alto rendimento da Força Aérea Brasileira (FAB) brigando por medalhas. Até o fechamento desta edição, estavam confirmados os nomes de 31 integrantes da
FAB (conheça todos na página www.fab.mil.br/rio2016. O atletismo é a modalidade com maior representatividade. Nela figuram os nomes dos Sargentos Marilson Gomes dos Santos, na maratona; Juliana Paula dos Santos, na prova de 3000m com obstáculos; Darlan Romani, na prova de arremesso de peso; Fernanda Raquel Borges
Martins, no lançamento de disco; e Diogo Sclebin Costa Martins, no triatlo. “Estou muito feliz. O fato de ser a primeira olimpíada sul-americana vai ajudar muito, principalmente pelo calor. Estamos muito mais acostumados do que os europeus”, explica Sclebin. No tiro, o Coronel Julio Antonio de Souza e Almeida é
o grande nome. A FAB também marca presença na competição de tiro com arco, com os Sargentos Bernardo Oliveira, Daniel Xavier, Marina Canetta e Sarah Nikitin. “Estou confiante para dar o meu melhor resultado e agradecido pelo apoio recebido da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno e da FAB, que acreditaram no meu
trabalho”, afirmou o Sargento Felipe Lima do Nascimento, do pentatlo moderno. O lateral-direito da seleção brasileira de hóquei sobre a grama, Sargento Bruno Mendonça, também está confiante em uma boa atuação. “Agora é focar para um bom desempenho nos Jogos”, disse o militar, na FAB desde 2003 e integrante da Seleção desde 2011.
Sargento Marcelo
A presença dos militares da FAB nos Jogos Olímpicos vai além das quadras ou pistas.
Muitos atuarão fora das linhas de competição como árbitros. O Suboficial Armando Luiz de Souza Guimarães, da Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA), será um dos juízes na modalidade de badminton. O militar começou a arbitrar em 2012, após a realização de cursos como o de árbitro regional, árbitro nacional e juiz de linha Pan-Americano.
“O sonho de todo esportista ou árbitro é participar de uma olimpíada. Sou um felizardo”, afirma o Suboficial Armando. Sua responsabilidade como árbitro é grande, pois o badminton possui várias peculiaridades. “O árbitro precisa ter muita atenção, foco, reflexo. Além disso, deve ser muito criterioso”, ressalta.
Outro militar que se prepara para o Rio 2016 é o Sargento Marcelo Rodrigues Machado, do Grupamento de Apoio de Brasília (GAP-BR). Ele será chefe do estande de 10 metros nas competições de tiro esportivo e terá sob sua supervisão quatro juízes. “Será uma grande responsabilidade, temos que ser precisos e não podemos errar”, explica o Sargento Marcelo.
FOTOS: ARQUIVOS PESSOAIS
Eles vão atuar nos Jogos, mas como juízes
Suboficial Armando
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TECNOLOGIA
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Núcleo do Centro de Operações Espaciais Principal (NuCOPE-P), promoveu de 7 a 9 de junho, em Brasília, o I International CubeSat Simposium of Brasilia, para promover a integração da comunidade científica brasileira e norte-americana em relação aos pequenos satélites (cubesats), além de estimular, nos alunos do ensino médio, a mentalidade de pesquisa na
área de espaço. “O objetivo desse simpósio foi reunir a comunidade científica para que houvesse uma troca de conhecimentos. Discutimos muitos assuntos voltados para a área espacial e os temas abordados serão aplicados na preparação da equipe que está trabalhando no projeto SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa de Comunicações Estratégicas), o primeiro satélite militar
brasileiro, que passaremos a operar a partir de dezembro deste ano”, explicou o
Coronel Hélcio Vieira Junior, chefe do NuCOPE-P. O primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, e o professor da NASA, James Spann, palestraram no simpósio. Marcos Pontes falou sobre como transformar sonhos em resultados. “Os jovens são o nosso futuro. Temos que incentivá-los a não desistir e esse simpósio é o momento ideal para que eles possam conhecer mais como funciona a área espacial e as organizações que existem”,
OPERACIONAL
Transportex reúne aviações de Transporte, Caça, Reconhecimento e Busca e Salvamento Ten JOR Raquel Alves Dezessete esquadrões da FAB participaram, de 23 de maio a 4 de junho, do Exercício Operacional Transportex 2016, na Base Aérea de Campo Grande (BACG). Os militares aprimoraram a capacidade de pronto emprego das unidades aéreas subordinadas à Quinta Força Aérea (V FAE) e dos Esquadrões de Transporte Aéreo (ETA). Foram treinadas decolagens táticas, navegações
à baixa altura, formaturas táticas diurnas e noturnas com a utilização dos óculos de visão noturna (NVG), infiltração e exfiltração aérea e lançamentos de carga e material e Sherpa Pads (Precision Aerial Delivery). “O método Sherpa Pads permitiu que a carga fosse lançada a grande altitude, diminuindo a exposição da aeronave às ameaças do solo. Por contar com um sistema integrado de navegação por GPS, seu lançamento se torna mais
preciso”, explica o Tenente Aviador Arthur Corrêa do Esquadrão Onça (1º/15º GAV). As aeronaves C-130 Hércules e C-105 Amazonas atuaram nos exercícios simulados. O destaque desta edição foi a atuação das aviações de Busca e Salvamento, Caça, Reconhecimento e da defesa antiaérea. “Os treinamentos em conjunto são muito importantes pela troca de experiências”, destaca o Comandante da V FAE, Brigadeiro do Ar Mozart de Oliveira Farias.
destaca o astronauta. Cerca de 200 alunos, com idades entre 12 e 15 anos, de colégios do Distrito Federal participaram do encerramento do simpósio. Eles assistiram às palestras de Marcos Pontes e James Spann, além de conhecerem o projeto CanAstra – Programa Espacial Acadêmico da Universidade Federal de Minas Gerais, que tem como objetivo a construção e uso de pequenos satélites por alunos do ensino médio.
FOTOS: CB V. SANTOS / CECOMSAER
Ten JOR Raquel Alves
FOTOS: SGT BATISTA / CECOMSAER
Simpósio Internacional de nanossatélites reúne representantes do Brasil e do exterior
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SAÚDE
FAB implanta procedimentos modernos em seus hospitais Ten JOR Iris Vasconcellos
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egurança do paciente e mais agilidade no diagnóstico de doenças. Esses são alguns resultados de ações inovadoras implantadas nos hospitais da Força Aérea recentemente. Em Canoas (RS), o Hospital de Aeronáutica (HACO) inaugurou o Centro de Atenção Primária à Saúde, que é a principal porta de entrada do usuário ao sistema de saúde da Aeronáutica. O Centro conta com uma equipe de
oito médicos responsáveis pelo primeiro atendimento ao paciente e oferece cerca de 250 consultas por semana. O Aspirante Médico Christian Kinopp explica que o objetivo do programa é oferecer rapidez e uma visão integrada do mesmo paciente sob a ótica de cada especialista. Outro diferencial é a facilidade da reconsulta e o caráter preventivo. “Programamos o retorno do paciente. Se um paciente tem suspeita de tuberculose, por exemplo, pela agenda
comum pode demorar até um mês para conseguir nova consulta. Nesse tempo, ele pode contaminar outras pessoas, além de sofrer com os sintomas da doença. Esse é um caso em que a reconsulta facilita”, ressalta o médico. Em São Paulo, o foco da inovação é a segurança do paciente. O Núcleo de Hospital de Força Aérea de São Paulo (NuHFASP) analisou um estudo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) sobre o aumento
no índice de eventos adversos em hospitais de todo o mundo e resolveu implementar um Núcleo de Segurança do Paciente.
Eventos adversos são complicações indesejadas decorrentes do cuidado prestado aos usuários ou pacientes, ou seja, incidentes médicos. Em 2013, houve um aumento de 12,2% desses casos no Brasil. As ações desenvolvidas pelo Núcleo incluem a forma padronizada de identificação do paciente, que previne a troca de conduta terapêutica entre os pacientes; e a implantação do “Time out”, out pausa cirúrgica para checagem de informações críticas para a s e g u ra n ça d o paciente, antes do início do procedimento cirúrgico. “O diferencial de ação é a análise do erro para a prevenção de incidentes futuros”, destaca o presidente do Núcleo, Capitão Médico Fernando Mallet Soares Paragô.
Rede de hospitais Câmeras, equipamentos de som e computador são os instrumentos utilizados pelos médicos para a realização de uma teleconsulta. Esse procedimento é executado pelo Hospital de Aeronáutica do Galeão (HFAG) com hospitais de todo o Brasil. É a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), que estimula a integração e a colaboração entre profissionais de saúde. São promovidas sessões por videoconferência para debates, discussões de caso, aulas, pesquisas e avaliações à distância. Segundo o Tenente Médico Heder Leite, a rede também atenderá aos Hospitais de Campanha (HCAMP). “Haverá condições de levar conhecimento às áreas mais longínquas, como as fronteiras e regiões onde exista carência de profissionais de saúde que poderão se beneficiar com uma segunda opinião em seus atendimentos”, explica.
Falta às consultas prejudica atendimento nos hospitais e odontoclínicas Ten JOR João Elias
A
Tenente C.F.M. tinha uma consulta marcada na Odontoclínica de Aeronáutica de Brasília (OABR), no dia 29 de abril, às 09h30, mas não compareceu nem desmarcou. Parece um caso isolado, mas 12.171 consultas não foram realizadas em 2015 pelo mesmo motivo, o que dá uma média de 15% de abstenções. “Sabemos que imprevistos acontecem, mas se os usuários ligassem informando a impossibilidade do comparecimento, outro
paciente poderia ser atendido em seu lugar. Quando isso não acontece, a consulta é desperdiçada, trazendo prejuízos a outros usuários”, explica a Chefe da Divisão Técnica da OABR, Tenente-Coronel Dentista Maria Angélica Ribeiro Braga. A falta traz diversas implicações, como o não aproveitamento da vaga por outra pessoa, impossibilidade de novo agendamento, demora para receber alta e diminuição na disponibilidade de novas vagas. Por mês são abertas centenas de consultas no setor de Semiologia para pacientes
iniciarem novos tratamentos e todas as consultas são preenchidas rapidamente. “Se os usuários não faltassem ou desmarcassem com antecedência razoável, esses horários poderiam ser disponibilizados para outras pessoas”, ressalta o diretor da OABR, Coronel Dentista Edson Cardoso Amoêdo Junior. O sistema utilizado para marcar as consultas bloqueia automaticamente o prontuário do paciente na terceira falta consecutiva ou alternada e, para ser desbloqueado, é necessário justificar as ausências. HACO – No Hospital de Ae-
ronáutica de Canoas (HACO), a abstenção entre consultas médicas, odontológicas e de atividades complementares (nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional) já chegou a 12% em anos anteriores. Este ano, a taxa de abstenção no período de janeiro a abril reduziu para 4,72%, o que representa 2.158 consultas. O quadro mudou depois de algumas medidas adotadas, como campanhas informativas e a atuação do serviço de ouvidoria. “É positivo perceber que o usuário passou a ter mais
consciência de sua responsabilidade no processo, entendendo a repercussão que sua falta representa”, afirma o Diretor do Hospital, Coronel Médico Cloer Vescia Alves.
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FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER
ESPECIAL
Helicóptero Black Hawk completa 10 anos de atividade na FAB Em uma década, aeronave já participou de missões tanto no Brasil como no exterior Ten JOR Evellyn Abelha Ten JOR João Elias
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ra julho de 2006. Uma nova etapa começava na Aviação de Asas Rotativas da Força Aérea Brasileira. Mais precisamente no dia 27, uma tripulação da FAB recebia, em Huntsville nos Estados Unidos, o primeiro helicóptero H-60L Black Hawk da instituição. Passados 10 anos da chegada da aeronave, fruto de um projeto de reaparelhamento, inúmeras missões foram cumpridas a bordo do helicóptero que trouxe além da modernidade de um equipamento novo, o aumento da capacidade operacional da FAB.
“Só posso dizer que a oportunidade de implantar uma aeronave se compara a uma epopeia. De fato, cruzamos fronteiras. Saímos de um projeto de sucesso, o H-1H, para um projeto moderno, sonho de consumo de toda uma geração de pilotos da Aviação de Asas Rotativas”, relembra o Tenente-Coronel Márlio Concidera Estebanez, um dos pilotos responsáveis pelo translado do Black Hawk até o Brasil. Foram seis dias de viagem até a chegada da aeronave na primeira unidade aérea a receber o helicóptero, o Esquadrão Harpia (7º/8º GAV), sediado na Base Aérea de Manaus. Lá,
a aeronave foi batizada com a matrícula FAB 8901 e iniciou as primeiras missões. Implantação Para a implantação, um grupo foi criado a fim de conhecer profundamente a aeronave, seus sistemas, sua manutenção e sua operação. Por dois anos, os militares trabalharam intensa e sistematicamente, traduzindo manuais, estudando publicações, preparando e ministrando instruções técnicas às equipagens, palestras em reuniões de logística e de operações, instruções aéreas, briefings e debriefings. “Tivemos a oportunidade de aprender mais do que
a de ensinar. No meu caso especificamente, depois de dez anos de unidade e tendo voado mais de 1.500 horas de H1-H, começar tudo de novo, do início mesmo, quase que me reinventando, foi demasiadamente gratificante e, de fato, a oportunidade da minha vida operacional e profissional. Posso dizer que renasci com o projeto Black Hawk, o que me revigorou e me permite dizer que, além de ter feito o meu melhor, apesar de todo o esforço, faria tudo de novo”, complementa o Tenente-Coronel Estebanez. O Suboficial Elias Moreno, especialista em mecânica de aeronave, também par-
O Suboficial Elias Moreno participou da implantação da aeronave que ajuda a salvar vidas
ticipou da implantação do Black Hawk no Esquadrão Harpia e até hoje pertence ao efetivo da unidade aérea. O militar acompanhou as diversas fases pelas quais o helicóptero passou nesses 10 anos. “Fazer parte da implantação foi uma alegria, tenho muito orgulho. Foi uma realização, uma vez que
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Vocação: salvar vidas Durante os 10 anos de atuação na FAB, o helicóptero já foi empregado em várias missões humanitárias no Brasil como a Operação Gota no norte do País, em apoio à campanha de vacinação a comunidades de regiões mais afastadas e de difícil acesso, e na Expedição
Yanomami, que leva atendimento médico a indígenas de 35 aldeias na fronteira do Brasil com a Venezuela. O Black Hawk também participou da evacuação de vítimas da Boate Kiss de Santa Maria para Porto Alegre e do resgate de mais de 400 pessoas
atingidas pelas enchentes no Espírito Santo, ambos em 2013. No exterior, atuou no resgate de pessoas isoladas pelas enchentes na Bolívia em 2008, e nos trabalhos de ajuda às vítimas do terremoto ocorrido no Chile, que causou a morte de mais de 800 pessoas em 2010.
nós já esperávamos a chegada de uma nova aeronave”, ressaltou. O helicóptero H-60L foi introduzido na FAB para substituir as aeronaves H-1H, também de fabricação norte-americana. Além do Esquadrão Harpia, o Pantera (5º/8º GAV) recebeu o helicóptero em 2011. Com as novas aeronaves, houve um grande ganho operacional para as unidades: maior capacidade de carga, de autonomia e de segurança. Para o Comandante da Segunda Força Aérea (II FAE), Brigadeiro do Ar Roberto
Ferreira Pitrez, a avaliação desses 10 anos é positiva. “Um aspecto que há de se realçar é a confiabilidade do helicóptero associada a uma manutenção de fácil ação, ou seja, um reposicionamento para a missão em tempo bastante curto. O principal ganho com a chegada deste novo equipamento, além da motivação de se voar uma aeronave de guerra em sua excelência tecnológica e operacional, está ligado diretamente ao lema da II FAE: ao combatente nós damos ‘a certeza do resgate!’”, destaca o oficial-general.
Uma aeronave multifunção Busca e Salvamento em Combate, Transporte de Tropas, Transporte Aéreo Logístico, Evacuação Aeromédica, Reconhecimento, Infiltração e Exfiltração Aéreas e Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo. Essas são algumas das missões que demonstram a versatilidade do Black Hawk. A aeronave é capaz de decolar com o peso máximo de aproximadamente 10 toneladas e utilizando-se do tanque auxiliar interno tem autonomia de 3h40min. Tem alcance de até 900 km, com tanque auxiliar, pode transportar oito militares equipados e até duas toneladas de carga. “Projetado para o com-
bate, seus sistemas foram, desde o início, dispostos e dimensionados para suportar as duras exigências da guerra moderna, com redundâncias, resistências balísticas, blindagens e redução do espectro acústico e infravermelho. As-
sim sendo, o seu emprego em missões busca e salvamento e defesa aérea em tempo de paz acaba, também, sendo muito mais seguro”, explica o Chefe da Seção de Operações do Esquadrão Pantera, Major Ivan Fernandes Faria.
Ficha Técnica
País de origem: EUA Fabricante: Sikorsky Aircraft Vel. máxima: 315 km/h Comprimento: 21 m Altura: 5,10 m
Armamento: Duas miniguns M - 314 com cadência de 3 mil tiros por minuto cada uma.
ARTE: SGT EDNALDO / CECOMSAER
FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER
FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER
FOTO: CB V. SANTOS / CECOMSAER
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CONCEPÇÃO ESTRATÉGICA
Mudanças administrativas em Grandes Comandos
Ge s
rego Opera cio Emp o na d o l tã
reparo Op de P era o tã cio s e l na
Mudanças na estrutura organizacional de Grandes Comandos e criação de novas unidades de alto escalão fazem parte dos estudos para a reestruturação da FAB. A readequação vai promover o incremento da eficiência administrativa e maior racionalidade da estrutura organizacional, com as Unidades voltadas prioritariamente às suas atividades-fim. Entre os setores que devem ser criados estão o Departamento de Administração, o Comando de Operações Aeroespaciais e o Comando de Preparo e Emprego.
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Conheça mais algumas das alterações que devem ser implantadas no processo de reestruturação da FAB
Comando de Preparo e Emprego
O planejamento e o controle das atividades de doutrina, avaliação operacional e capacitação técnica de recursos humanos, bem como a coordenação da administração de pessoal, finanças e logística entre as organizações militares subordinadas e os Orgãos de Direção Setorial devem ficar sob a responsabilidade do novo Comando de Preparo e Emprego.
Comando de Operações Aeroespaciais O Comando de Operações Aeroespaciais será um Comando Operacional Conjunto permanentemente ativado, nos mesmos moldes do COMDABRA, e será responsável pelas operações aéreas e espaciais recorrentes, pela inteligência operacional permanente, pelas operações militares conjuntas e interagências eventuais, além de ações militares de pronta-resposta. A previsão é de que seja constituído pelo Centro de Planejamento e Doutrina, pelo Centro Conjunto de Operações Aéreas, além do Centro de Operações Espaciais.
Comando Geral de Logística O Comando-Geral de Logística terá por finalidade planejar, gerenciar e controlar as atividades relacionadas com o apoio logístico de Material Aeronáutico, MaterialBélico, Engenharia, Transporte de Superfície, Contraincêndio, Patrimônio, Despacho Aduaneiro, Transporte Logístico e Tecnologia da Informação.
de Logística tão s Ge
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da Admini str stão e aç G ã A criação de um Departamento de Administração está em estudo com o objetivo de concentrar as atividades gerais realizadas pela Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (SEFA) e pela Diretoria de Intendência (DIRINT). “O que está em estudo para esse departamento é a união das áreas administrativas da FAB, buscando a dedicação exclusiva para a
atividade-fim, conforme o conceito geral da reestruturação”, ressalta o Presidente da Comissão de Reestruturação, Major-Brigadeiro do Ar Mauro Martins Machado. Sob a subordinação desse Departamento estariam setores como as Subdiretorias de Contabilidade, Finanças, Pagamento de Pessoal, Encargos Especiais, os Grupamentos de Apoio e as Prefeituras de Aeronáutica, entre outros.
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Comando Geral de Pessoal
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O Comando Geral de Pessoal continuará responsável por Diretorias como a de Administração de Pessoal (DIRAP) e de Saúde (DIRSA), além das Comissões de Promoção de Oficiais e Graduados. A principal mudança deve ser a incorporação do Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS), com as respectivas Escolas de formação da FAB.
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Departamento de Administração
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e Tecnolo ncia gia ê i C
Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial continuará responsável por ampliar o conhecimento e desenvolver soluções científico-tecnológicas para fortalecer o poder aeroespacial, contribuindo para a soberania nacional e para o progresso da sociedade brasileira, por meio de ensino, pesquisa, desenvolvimento, inovação e serviços técnicos especializados, no campo aeroespacial.
Departamento de Controle do Espaço Aéreo O Departamento de Controle do Espaço Aéreo congrega recursos humanos, equipamentos, meios acessórios e infraestrutura, distribuídos por todo o território nacional, com a missão de prover a segurança e a fluidez do tráfego aéreo em nosso espaço aéreo soberano e, concomitantemente, garantir sua defesa.
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HISTÓRIA
Paris sob o ponto de vista de Santos Dumont Guia turístico sobre os principais pontos frequentados pelo Pai da Aviação deve ser lançado em outubro Tenente JOR Cynthia Fernandes Pelas ruas da cidade-luz, o patrono da Aeronáutica – que completaria 143 anos em julho deste ano – deixou suas marcas, que não se restringiram à história da aviação. Santos Dumont morou em Paris por 22 anos. Desde a sua primeira ida, aos 19, o brasileiro impressionou a França ao construir e pilotar vários balões dirigíveis. Para desvendar um pouco da história vivida do outro lado do oceano, a Adidância de Defesa e Aeronáutica da França começou, em 2015, a elaborar um guia dos pontos onde Santos-Dumont morou
e frequentou para ser divulgado aos turistas da capital francesa. O roteiro inclui 14 pontos fundamentais de Paris e arredores. Entre eles, está o apartamento onde o inventor morou na Champs-élysées nº 114; além de restaurantes, como o Maxim’s, onde Santos Dumont inventou a quentinha cinco-estrelas, pedindo champagne e caviar “para viagem” em seu balão. Para conhecer esses locais, o encarte também dá dicas de como chegar. A Torre Eiffel faz parte da lista, uma vez que é parada obrigatória para quem visita Paris. Foi nela que Santos
Dumont ganhou o prêmio Deutsch de la Meurthe, ao pilotar o dirigível nº 6, em 1901. Foi a primeira vez na história que um homem conseguiu voar de modo controlado, contornando o monumento e aterrisando no mesmo ponto de partida, em 30 minutos. Outra visita importante é ao Campo de Bagatelle, de onde decolou o 14-Bis no dia 23 de outubro de 1906. Bem próximo dali, também foi construído um monumento em homenagem ao Pai da Aviação. A inspiração para o guia foi do Coronel Antonio Ramirez Lorenzo, então adido na França, atualmente chefe da
Seção de Estudos Estratégicos no Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER). Segundo ele, era necessário fazer com que os milhares de turistas que passam mensalmente pela cidade-luz a conhecessem sob o olhar do pioneiro da aviação. “O nosso objetivo é trabalhar a memória de Santos Dumont e reacender a história através desses locais”, declara o coronel. A ideia original começou a ser colocada em prática depois que o adido conheceu Maurício Torres Assumpção, autor do livro “A História do Brasil nas ruas de Paris”. O escritor dedicou um capítulo da obra a Santos Dumont e
se entusiasmou a fazer uma parceria com a Força Aérea Brasileira. “O livro narra a trajetória de sete personagens da história do País que deixaram um legado em Paris. Santos Dumont, por ter feito o primeiro voo homologado da humanidade, obviamente não poderia ter ficado de fora”, comenta. Segundo o Coronel Lorenzo, ainda é preciso desenvolver a parte gráfica do guia turístico para que seja lançado no aniversário de 110 anos do voo do 14Bis em outubro desse ano. “Queremos deixar um legado da vida de Santos Dumont para o mundo”, reafirma.
PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO
Colisões com fauna podem causar indisponibilidade de aeronaves O êxito na prevenção de colisões com fauna é fruto da análise de experiências mundiais para reduzir eventos severos, que afetam a disponibilidade das aeronaves militares em todas as Forças Aéreas. Entre 2011 e 2015, foram reportadas 509 colisões de aeronaves da Aeronáutica com fauna. Dentro de bases aéreas operadas exclusivamente pela FAB, houve 128 colisões, 314 quase colisões e 238 avistamentos, que indicam presença significativa de fauna onde existe operação de aeronaves. A mais básica das estratégias de mitigação de risco aplicável aos aeródromos militares
é a alteração do horário de operação, ação simples para evitar momentos com maior atividade de fauna. Mas, é preciso saber quais são estes horários, uma das informações que devem ser coletadas pelas equipes que gerenciam o risco de fauna, a fim de criar o ambiente de medo. Além disto, pode ser necessário modificar o ambiente no aeródromo, minimizando atrativos como fontes de água, alimento e abrigo para os animais. Correção da drenagem, aumento na altura da grama e aplicação de inseticidas são bons exemplos nesta direção.
É possível que as aves estejam tão acostumadas ao aeródromo que seja preciso instalar obstáculos para excluir o acesso de fauna aos atrativos. Ainda assim, animais podem permanecer no local, exigindo o uso de técnicas de dispersão para diminuir a presença de fauna. Captura, translocação e abate são medidas de controle que exigem a aprovação de Plano de Manejo de Fauna junto à autoridade ambiental, resultado que é alcançado com o apoio de pessoal especializado e equipe de coleta de dados.
Todas as atividades anteriores são destinadas ao controle da população de fauna no aeródromo, criando a percepção nas aves de que essa área deve ser evitada. A consequência direta destas medidas integradas é a redução de colisões nos momentos mais críticos do voo, quando nem mesmo as aeronaves mais manobráveis conseguem evitar ocorrências. Desde 2011, a FAB tem sofrido colisões em seus aeródromos que causaram mais de 1.100 horas de indisponibilidade às aeronaves a cada ano. Assim, verifica-se
que a presença de fauna tem afetado nossa capacidade operacional, ao causar danos que demandam o uso de homens-hora em manutenção corretiva e prejuízos com a aquisição de peças de reposição. Ações para diminuir a permanência de fauna em nossos aeródromos são, na verdade, uma maneira de economizar recursos, postura essencial em tempos de crise. Reporte colisões, quase colisões e avistamentos de fauna! (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)
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SEU DINHEIRO
Como se tornar investidor Ter um objetivo definido é fundamental para investir com sucesso Ten JOR Raquel Sigaud
A
coluna “Seu Dinheiro” mostrou como organizar as finanças, sair das dívidas, fazer planejamento e alcançar metas financeiras. Quem já conseguiu seguir as dicas e poupar regularmente, tem de se preocupar agora com as melhores opções de investimento. Afinal, gerenciar o dinheiro significa usá-lo de forma inteligente e obter vantagem com isso. Da mesma forma que pesquisamos na internet antes de fazer uma viagem ou comprar um eletrodoméstico, devemos buscar muita informação quando o assunto é investimento. Existem várias opções no mercado, por isso é importante analisar cada uma delas. O Primeiro-Sargento Wanderson Nunes mora em Brasília (DF) e realiza investimentos há cerca de dez anos. Na época em que desenvolveu o hábito de poupar e decidiu investir, ele buscou orientação de amigos, fez curso presencial e pesquisou muito na internet. “Eu indicaria o site www.guiainvest.com.br e o blog Geração de Valores, que ajudam a tomar decisões”, compartilha. Primeiros passos O Tenente-Coronel Aviador R1 Rogério Olegário, diretor executivo da Libratta Finanças Pessoais, indica o caminho para começar a investir: conhecimento do mercado e dos produtos financeiros e autoconhecimento. Além disso, ele destaca a necessidade de haver um objetivo definido.
“Juntar dinheiro por juntar não tem graça nenhuma. A partir dos objetivos é que poderemos estipular valores e prazos”, esclarece. Qual é o seu perfil de investidor? O conservador tem o objetivo de proteger o dinheiro e não quer nenhum tipo de susto. O moderado aceita correr um pequeno risco com a promessa de obter um rendimento maior no futuro. Já o agressivo corre altos riscos, mas também pode conseguir rentabilidade muito mais elevada. Esse último é o perfil de quem investe em ações, por
exemplo. A partir daí é possível direcionar a pesquisa para renda fixa ou variável. Aqueles que tendem a uma atitude conservadora devem focar mais em investimentos de renda fixa, porque se sabe previamente o quanto o dinheiro vai render. Enquadram-se nessa categoria, por exemplo, o Tesouro Direto, Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). Quem busca retornos maiores (mas sempre sabendo que retorno maior é sinônimo de risco maior) deve olhar com mais
atenção para a renda variável (ações e imóveis, por exemplo). Rendimentos da poupança ficam abaixo da inflação A maioria dos consultores financeiros não consegue dizer categoricamente qual é a melhor opção de investimento, pois é preciso analisar uma série de fatores como perfil do investidor, cenário econômico, objetivos a serem alcançados, prazo de investimento (curto ou longo). Mas é consenso que a poupança atualmente não é uma boa opção, pois os juros pagos não cobrem a inflação atual e isso significa redução do poder de compra do dinheiro. Também é unânime entre os especialistas a importância de diversificar as modalidades de investimento, para preservação do patrimônio e gerenciamento dos riscos. Na próxima edição, o NOTAER traz uma descrição detalhada de cada um dos investimentos disponíveis no mercado, bem como vantagens e desvantagens.
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Julho - 2016
SERVIÇO
CCA-RJ DISPONIBILIZA ACESSO AO SIGADAER/ SILOMS EM DISPOSITIVOS MÓVEIS O Centro de Computação da Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ) disponibiliza a alguns militares o acesso a sistemas corporativos através de dispositivos móveis usando a internet. O Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos da Aeronáutica (SIGADAER) e o aplicativo dos indicadores do Sistema Integrado de Logística de Material e Serviços (SILOMS) serão disponibilizados para as plataformas Android e IOS. Para realizar este acesso, o usuário fará uso de uma facilidade já disponibilizada no Portal de Serviços
de TI da FAB: o login único. Esta identidade digital, que permite o acesso ao Portal do Militar e ao E-mail Corporativo, autentica o acesso do usuário a estes sistemas a partir de seu smartphone, por exemplo. O trâmite de dados é realizado por meio da tecnologia VPN – mecanismo que permite um acesso seguro, criptografando a troca de informações, possibilitando ao usuário realizar os despachos administrativos a partir de seus
dispositivos móveis. “O acesso ao SIGADAER e ao SILOMS por dispositivo móvel permitirá uma maior agilidade nas decisões, proporcionando um aumento da eficiência administrativa”, afirma o Tenente-Coronel Intendente Alessandro Lemos Martins, Chefe da Divisão de Sistemas do CCA-RJ. Mais informações: www.sti.intraer. Na opção “Serviços” clique em “Acesso via Dispositivo Móvel”.
A cada edição vamos publicar uma ou mais imagens encaminhadas pelos leitores. Envie pra gente fotos do efetivo da sua seção, encontros de turma, paisagens de sua unidade e o que estiver rolando de interessante na sua OM. Não esqueça de identificar o fotógrafo e colocar uma breve descrição da imagem. A ideia é mostrar e compartilhar cenas do nosso cotidiano por todos os cantos do País! As fotos devem ser enviadas para o e-mail notaer@fab.mil.br. Participe!
NO PADRÃO A credibilidade e a qualidade dos conteúdos publicados são essenciais. Para tanto, é fundamental averiguar a veracidade dos fatos, bem como revisar o conteúdo gramatical e ortográfico do texto, antes de postá-lo. Uma postagem errada ou confusa pode gerar interpretação equivocada, causando prejuízo para quem postou e/ou para a imagem da Instituição.
FOTOS: ARQUIVOS PESSOAIS
Participe! Quer ver a sua foto aqui no Notaer?
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ENTRETENIMENTO S
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respostas da edição anterior
CAÇA PALAVRAS O dia 20 de julho é DEDICADO ao Pai da AVIAÇÃO e PATRONO da Aeronáutica, Alberto Santos DUMONT. Em 2016, comemora-se o 143º ANIVERSÁRIO de seu NASCIMENTO. Tendo DEVOTADO sua vida à aviação, Santos Dumont foi o primeiro AERONAUTA a alcançar, definitivamente, a DIRIGIBILIDADE dos balões e a VOAR num APARELHO mais PESADO que o ar com PROPULSÃO própria. respostas da edição anterior