Publicação do Grupo Meon de Comunicação
Outubro 2019 • nº 14
A D A R R E T A J E V R E C Se beber não dirija.
ENTIVA JACAREÍ INC TESANAIS R A S E R O T U PROD O TURISMO A T N E M O F E CERVEJEIRO
REDESCOBRINDO CARAGUÁ Conheça as 4 rotas turísticas da cidade
VAMOS PASSARINHAR? Turismo de observação de aves cresce na RMVale
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EDITORIAL Acreditamos na força da RMVale Quem nos acompanha sabe que o Meon, desde os primórdios, tem como objetivo principal contribuir com o desenvolvimento regional. Queremos deixar nossa marca como uma empresa de comunicação que traçou sua trajetória fundamentada numa visão social. Um dos primeiros veículos a trabalhar a RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) como bloco economicamente forte e inserido no contexto nacional, o portal de notícias Meon foi, em 2014, a primeira mídia jornalística 100% digital. Um ano depois, lançamos a Metrópole Magazine, revista física e digital, única com reportagens exclusivas e distribuição nos 39 municípios da região, auditada por empresa internacional. Nosso Grupo foi ainda pioneiro ao permitir, através do Circuito Turístico RMVale, a interatividade do internauta com os 39 municípios da região, fornecendo informações, fotos, vídeos, eventos e agenda cultural de cada cidade. E no ano passado, chegou ao mercado a Meon Essencial, revista impressa em formato especial com foco em entretenimento, turismo, cultura e comportamento. Agora, em uma ação arrojada, lançamos a revista Meon Turismo, título que substitui a Essencial, com foco no trade turístico nacional. Vamos mostrar aos principais mercados do país, não apenas nossos cartões postais, mas a força da região para o desenvolvimento do turismo e da economia, gerando riquezas e alegria para aqueles que vivem aqui e para os que visitam nossas cidades. Trabalhamos com seriedade, compromisso, ética e respeito, e continuaremos nesse caminho. Foi assim que conquistamos a credibilidade e o respeito de leitores, anunciantes, instituições e órgãos governamentais. Esperamos que a Meon Turismo tenha o mesmo destino dos veículos que a antecederam e, com vida longa, faça parte da prosperidade da nossa região.
Enjoy it!
Regina Laranjeira Baumann Diretora Executiva
EXPEDIENTE Diretora Executiva Regina Laranjeira Baumann Editora Tânia Campelo Reportagem Tânia Campelo, Fabrício Correia Arte e Diagramação Adriano Augusto Departamento Comercial Diana Lopes, Fabiana Domingos, Gustavo Assumpção, Lívia Rachid Departamento Administrativo Patrícia Vale, Romero Cavalcanti
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Circulação Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo e principais representantes do trade turístico nacional Distribuição Edson Amaral Site www.meonturismo.com.br Meon Comunicação Ltda CNPJ: 25.023.850/0001-36 Avenida São João, 2.375 – Conj. 2009|2010 - Jardim das Colinas São José dos Campos - CEP 12242-000 Para anunciar: 12 3204-3333 Email: meonturismo@meon.com.br
A revista Meon Turismo é um produto do Grupo Meon de Comunicação Tiragem: 5.000 exemplares Tiragem auditada por:
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ÍNDICE 10 30
Passarinheiros falam porque gostam tanto da nossa região
Caraguatatuba lança novas rotas para o turista curtir a nova temporada
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Jacareí cria o selo Terra da Cerveja e atrai amantes da bebida 08 DESTINOS Um mergulho em Alcatrazes 20 PANORAMA A doçura de Monteiro Lobato 44 ART GALERY Um museu a céu aberto 48 GASTRONOMIA Nhoque de mandioquinha 62 NACIONAL Maranhão, para todos os turistas 64 NACIONAL GP Brasil acontece no dia 17 em SP 66 POLÍTICAS& Estado e União investem no turismo 6
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Novembro abre agenda natalina
Foto: Sovernigo (Wikimedia Commons)
Sabe qual a diferença entre São Francisco Xavier e o paraíso? Nenhuma.
Visite São Francisco Xavier (Cachoeira do Roncador)
Se o destino é a natureza, o seu destino é São Francisco Xavier. Um lugar para relaxar, explorar e praticar ecoesportes em meio à Serra da Mantiqueira. Área de Proteção Ambiental totalmente preservada, com ótimas opções de hospedagem e gastronomia. Venha viver a natureza, ouvir o som dos pássaros e das cachoeiras, sentir e ver o que há de mais belo em São Francisco Xavier.
www.SJC.sp.gov.br
DESTINOS
RefĂşgio de vida silvestre surpreende pela beleza e diversidade da fauna
Foto: Pedro Ivo Prates/Meon
Mergulho em Alcatrazes
Foto: Arlaine Francisco/ProBaV
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO É REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE PARA 1.300 ESPÉCIES
Foto: Pedro Ivo Prates/Meon
Da Redação
Cerca de 35 quilômetros da costa de São Sebastião, a beleza e a biodiversidade de Alcatrazes surpreendem até os mais experientes mergulhadores e turistas náuticos. Criado em 2016, o Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes começou a receber visitas embarcadas e para mergulho em dezembro de 2018. A visitação é operada somente por empresas autorizadas pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), órgão federal responsável pela gestão da área. A viagem entre a costa e o arquipélago dura, em média, três horas, podendo variar para mais ou menos, dependendo do tipo de embarcação e das condições climáticas. Isso não é um problema: o trajeto é um deleite, pelo menos para aqueles que não passam mal em alto mar. Além da grande quantidade de
aves marinhas, com um pouco de sorte, o visitante poderá avistar baleias e golfinhos no percurso.
mergulho com cilindro, o turista tem a opção de fazer flutuação com snorkel.
“Em Alcatrazes o mergulhador tem a experiência única de visitar um local que ficou fechado durante anos, pois o arquipélago era usado para exercícios de tiro pela Marinha. A vida marinha é imaculada”, disse Guilherme Kasper, sócio da Ilha Divers.
Os dois instrutores ressaltam que, apesar de não haver restrições, crianças e idosos podem achar o passeio cansativo, dependendo do seu estilo de vida e predisposição.
João Alfredo Andreoli, sócio da Universo Marinho, destaca a quantidade e o tamanho dos peixes, em variadas formas e cores. “Os cardumes são mais numerosos e os indivíduos são maiores, em média, 20% a 30%.” O desembarque nas ilhas do arquipélago é proibido. Além do
“Eu fui, adorei e devo voltar novamente”, disse Maria Lúcia Santos, 55 anos, de São Paulo. g SERVIÇO Ilha Divers, Ilhabela Whatsapp: (12) 98227-0437 Universo Marinho, São Sebastião Whatsapp: (12) 97404-5039 Preço (médio) Mergulho com cilindro: R$ 650 Embarcado com flutuação: R$ 350
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BIRDWATCHING
VAMOS passarinhar?
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Foto: Ênio Machado/Arquivo Pessoal
OBSERVAÇÃO DE AVES FAZ BEM PARA A NATUREZA, PARA A ECONOMIA E ATÉ PARA A SAÚDE
Foto: Ênio Machado/Arquivo Pessoal
Cidades da RMVale apostam no birdwatching como atrativo turístico e meio de preservação ambiental
Por Tânia Campelo
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ocê já ouviu falar de birdwatching? De turismo de observação de aves? Alguém já te convidou para passarinhar na sua cidade? Não? Pois saiba que a prática de observação de pássaros tem sido cada vez mais comum em muitos municípios brasileiros. Percebendo essa tendência,
prefeituras e empreendedores de turismo lançam iniciativas para fomentar e incentivar o birdwatching. Bom para os observadores, ótimo para a economia e para a preservação ambiental das cidades. “O birdwatcher ético respeita os animais e o meio ambiente, procura causar o menor impacto possível e volta do passeio apenas com boas lembranças”,4
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BIRDWATCHING
4afirma o passarinheiro José Dionísio Bertuzzo, que mora em Campinas e costuma viajar por todo o Brasil para observar e fotografar aves, inclusive na RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte). Exatamente esse perfil de turista motivou a Prefeitura de São José dos Campos a lançar iniciativas para o fomento do birdwatching, como o Avoando SFX - Festival de Observação de Aves, que aconteceu em julho com atividades no distrito de São Francisco Xavier e em parques urbanos da cidade. Além de promover passeios para observação de aves, o evento contou com oficinas, palestras e exposições sobre a atividade. “Nós estamos trabalhando para transformar São Francisco Xavier num polo de observação de aves. Nosso foco principal não é o turismo, ele está em segundo plano, nosso objetivo é aumentar a consciência da relevância ambiental para o distrito”, afirma
Tucano do Bico Verde/Roberto Torrubia
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Alberto Queiroz, gestor de projetos em São Francisco Xavier. Segundo ele, o distrito abriga cerca de 360 espécies de aves. A consequência da iniciativa da prefeitura, porém, vai muito além da questão ambiental. O aquecimento da atividade deve girar a roda da economia: mais turistas, maior taxa de ocupação nas pousadas, maior movimento nos bares, restaurantes e comércio, mais empregos, aumento da renda. E a tendência do birdwatching no Brasil e no mundo é de crescimento, já que quanto maior o conhecimento do passarinheiro, mais ‘viciante’ é a atividade. “Você começa a estudar as aves, o seu comportamento, daí quer um equipamento melhor4 Foto: Ênio Machado/Arquivo Pessoal
Foto: Ênio Machado/Arquivo Pessoal
Saíra Douradinha/José Dionisio Bertuzzo/SFX
No Brasil foram encontradas 1.919 espécies de aves, 166 delas estão ameaçadas de extinção, segundo dados divulgados pela SAVE Brasil
Foto: Divulgação/PMSJC
4 para fotografar, começa a viajar para encontrar espécies diferentes, raras”, diz Bertuzzo. Resumindo: o birdwatcher é um turista cativo, fiel à atividade e com consciência ambiental. Um agente multiplicador, que divulga os pontos de observação com suas fotos. Mas Bertuzzo faz questão de ressaltar que é possível ‘passarinhar’ em qualquer lugar. “Você pode observar aves em praças, parques ou até mesmo na janela do seu apartamento. Primeiro tem que abrir a mente, ouvir, perceber os diferentes cantos. Se gostar, vai querer mais”, afirma Bertuzzo, que se interessou por birdwatching após assistir a uma reportagem sobre a Regua (Reserva Ecológica Guapiaçu), do Rio de Janeiro. O guia de observação de aves Marcos Eugênio Cursino, de São José dos Campos, ressalta ainda que a atividade ajuda a aliviar o estresse. “Faz bem para a saúde mental e física, aumenta a capacidade de atenção e estimula os sentidos, principalmente a audição e a visão.” 4
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4 Os números são imprecisos, mas dados da BirdLife International indicam a existência de mais de 10 mil espécies de aves no mundo. No Brasil já foram encontradas 1.919, segundo o CBRO (Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos). A RMVale, com áreas de Mata Atlântica, rios, cachoeiras, várzeas e mar, abriga muitas das espécies registradas no país. Na região, além de São José, fomentam o birdwatching as cidades de Ubatuba, Ilhabela, Campos do Jordão, Monteiro Lobato e Tremembé, entre outras. E não pense que esses municípios são concorrentes, eles se completam e transformam a RMVale em um verdadeiro paraíso para os birdwatchers. “Cada lugar tem uma característica e atrai algumas determinadas espécies de aves. Por exemplo, Tremembé tem os arrozais e lá conseguimos encontrar aves que dificilmente iremos encontrar em São José”, explica Marcos. Esta diversidade atrai para a região ‘passarinheiros’ do Brasil e do exterior. “Muitos observadores viajam o mundo atrás de aves raras para fotografar”, disse Marcos, que costuma guiar estrangeiros pela região. Para o guia joseense, as iniciativas do Poder Público ajudam ao difundir a cultura do birdwatching. “Bom para formar novos observadores e para alertar a iniciativa privada sobre esse nicho de mercado. Por exemplo, as pousadas podem oferecer serviços diferenciados e instalar comedouros de aves.” Em Campos do Jordão, a Pousada BeneVento já percebeu essa nova demanda e criou um pacote especial para atrair esse público. A pousada oferece descontos para passarinheiros e café da manhã servido às 5h. g
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Pica-pau do Campos/Roberto Torrubia
Registrar as aves encontradas e compartilhar as informações em sites especializados contribui com a ciência ornitológica
Curió Macho/Roberto Torrubia
BIRDWATCHING
Curió/José Dionisio Bertuzzo/Monteiro Lobato Foto: Ênio Machado/Arquivo Pessoal
Foto: Ênio Machado/Arquivo Pessoal
ILHABELA TERÁ SP LANÇA 6 TORRES PARA PASSAPORTE DE AVES OBSERVAÇÃO O Parque Estadual de Ilhabela deve ganhar seis torres de observação de pássaros. A estrutura será implantada por meio de um convênio entre a prefeitura e a Fundação Florestal, com expectativa de ser concluída para a temporada de verão 2019/2020. A iniciativa faz parte de uma série de ações que a prefeitura adotou para atrair observadores de pássaros ao arquipélago, que abriga 321 espécies de aves. Em outubro, a administração promoveu o Festival de Aves, com mais de 50 atividades, incluindo cursos, oficinas e palestras, entre outras.
É possível observar aves durante o dia todo, mas o ideal é no início da manhã e no final da tarde. Há também aves de hábitos noturnos Foto: Divulgação
Para incentivar o registro e a observação de aves nos Parques e Unidades de Conservação do Estado de São Paulo, a Fundação Florestal lançou em maio o “Passaporte Aves de SP”. O guia apresenta trilhas e dicas para observação sem impacto ambiental. Das 21 áreas que integam o roteiro, 4 ficam na RMVale (Campos do Jordão, Ilhabela, Caraguá e Cunha). As pessoas que conseguirem todos os carimbos até dezembro de 2021 poderão ganhar prêmios, segundo a fundação. As regras da promoção estão no site www. guiadeareasprotegidas.sp.gov.br.
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PANORAMA
A doçura de
Monteiro Lobato Da Redação
CIDADE TEM GRANDE VARIEDADE DE DOCES E COMPOTAS 20
Foto: Divulgação
Quem já passou por Monteiro Lobato e nunca parou para saborear seus doces? Difícil resistir e não parar em um dos seus estabelecimentos para degustar algumas das guloseimas oferecidas na cidade. As opções vão de doces tradicionais de leite, abóbora, goiaba, rapadura, melado, coco e paçoca de pilão a bolos confeitados e mais sofisticados. E, claro, uma infinidade de compotas artesanais de frutas, entre outras sobremesas de dar água na boca. O carinho, os sabores e o clima da cidade, ao pé da Serra da Mantiqueira, nos remetem a uma simplicidade mágica que sempre nos faz permanecer mais tempo do que o planejado. É degustação para ser feita ao lado da família, dos filhos e dos amigos. Essa magia tem explicação.“O doce é uma alquimia, você tem que testar ingredientes, experimentar”, diz Nilza Sene dos Santos, de 73 anos, que costuma difundir suas receitas e incentivar moradores a produzirem doces e
Foto: Divulgação Foto: Edson Amaral/Colaboração
CIDADE FICA AO PÉ DA SERRA DA MANTIQUEIRA
bolos. Nascida na cidade, ela foi uma das homenageadas na 6ª Festa do Doce e Queijo, que aconteceu em outubro em Monteiro Lobato. O evento é uma das iniciativas promovidas pela prefeitura da cidade para valorizar a culinária, fomentar o turismo e movimentar a economia. Além de doces e queijos, a feira conta com exposição de artesanato e atrações musicais, entre outros. “Muitos produtores não possuem comércio próprio, trabalham em casa, e a festa é uma oportunidade para mostrarem seus doces e queijos para as pessoas da cidade e para os visitantes”, disse Mariana Santos, secretária de Cultura e Turismo de Monteiro Lobato. Este ano, pela primeira vez, o evento contou com expositores da região. A festa já virou tradição e atrai muitos visitantes. A aposentada Julia Maria Santos, de 68 anos, saiu de Jacareí e foi a Monteiro Lobato só para participar do evento. “Eu conheci a festa no ano passado. Os produtos são de qualidade, gostei muito, por isso voltei. Comprei compota de frutas e doce de leite para presentear meus filhos que moram em São Paulo”, disse.
FESTA DO DOCE E QUEIJO ACONTECE HÁ SEIS ANOS
Foto: Edson Amaral/Colaboração
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PANORAMA
FESTA
literária
4 As crianças terão um motivo a mais para visitar Monteiro Lobato neste mês de novembro, A cidade realiza entre os dias 19 e 24 de novembro, o 10º Festival de Literatura Infantil. O evento conta com exposição de livros, lançamentos de obras de estudantes da cidade e de escritores da região, palestras e apresentações artísticas. “É um festival bem bacana, que movimenta bastante a cidade, e tem como intuito fomentar o legado do escritor Monteiro Lobato, fomentar a leitura e proporcionar espaços de cultura para a população e para os visitantes”, afirmou Mariana Santos, secretária municipal de Cultura e Turismo.
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Fotos: Divulgação/PMML
A cidade se apresenta como berço da literatura infantil brasileira, por conta do período em que o escritor José Bento Monteiro Lobato viveu na cidade.
teria se inspirado para criar personagens inesquecíveis como Emília, Visconde de Sabugosa, Tia Nastácia, Dona Benta, entre muitos outros.
Foi em uma propriedade na área rural do município, então chamada de Fazenda Buquira, hoje conhecida como Sítio do Picapau Amarelo, que o autor
De acordo com a prefeitura, o Festival Literário também está conectado com os propósitos do projeto “Monteiro Lobato - Cidade Inteligente, Humana e Encantada
– 2030”, que busca desenvolver a vocação local para a cultura, literatura e arte, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU (Organização das Nações Unidas). Elaborada em 2015, a proposta é composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidas em prol das novas gerações. g
Evento tem exposição de livros, palestras e lançamento de obras
O FESTIVAL LITERÁRIO É REALIZADO DESDE 2010
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ESPECIAL
Jacareí terra da cerveja
Fotos: Alex Brito/PMJ
Por Tânia Campelo
Na década de 80, quando duas grandes fábricas de cerveja se instalaram em Jacareí, a cidade passou a ser conhecida como a “Capital da Cerveja” do Vale do Paraíba. O título era exibido com orgulho a moradores e visitantes em outdoors instalados na entrada da cidade. Esta vocação cervejeira, agora revitalizada pela força das cervejas artesanais, motivou a criação do projeto “Jacareí, Terra da Cerveja”, lançado pela
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prefeitura para estimular o turismo na cidade. “Implantamos uma série de ações de fomento à produção artesanal da bebida e à cultura cervejeira. Além dos festivais e eventos para degustação, criamos leis de incentivos e realizamos cursos e workshops sobre cerveja artesanal, para incentivar a formação de novos cervejeiros e atrair os apreciadores da bebida para nossa cidade”, disse Daniela Cambuzano, diretora
de turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Jacareí. O selo Jacareí Terra da Cerveja foi oficialmente lançado no último mês de maio, mas desde o ano passado o município realiza eventos para propagar a cultura cervejeira, entre eles o Festival da Cerveja de Jacareí, a Feira da Cerveja Artesanal de Jacareí, e a lei de incentivo fiscal para instalação de novas microcervejarias artesanais e de brewpubs.
A prefeitura pretende ainda criar um tour cervejeiro, para levar turistas interessados em conhecer a produção de cerveja. Para incrementar o roteiro turístico, Daniela almeja fazer parcerias com a Heineken e a Ambev, como chamam hoje as indústrias instaladas nos anos 80. Atualmente, as duas empresas não abrem suas unidades em Jacareí para visitação turística. Segundo Daniela, a nova legislação já está dando resultados e cervejeiros artesanais procuram a prefeitura interessados na oportunidade. Um desses empreendedores jacareienses é Wilson Moura. Ele é proprietário da Gilmour Beer e possui uma taphouse, que em breve pretende transformar em brewhouse (se você não entendeu nada, veja o significado desses termos na página 27). “Com incentivos fiscais e apoio, ficou bem mais fácil abrir uma cervejaria artesanal ou um brewpub em Jacareí. Eu acho essa iniciativa importantíssima, não apenas para o setor cervejeiro, mas também para o turismo de Jacareí, vai incrementar a economia.” 4
Foto: Divulgação
DURANTE A FEIRA DA CERVEJA ARTESANAL FORAM COMERCIALIZADOS 4.330 LITROS DA BEBIDA
Foto: Denise Hellena/Divulgação
FEIRA DA CERVEJA ARTESANAL DE JACAREÍ RECEBEU 10 MIL VISITANTES, DE ACORDO COM DADOS DA PREFEITURA 25
ESPECIAL 4Outro cervejeiro entusiasmado com o mercado é Jessé de Moraes, sócio da Jacarehy Cervejaria Artesanal, que também está prestes a abrir um brewpub. “A produção da cerveja artesanal estava crescendo na região, mas não na nossa cidade, que era denominada Capital da Cerveja por conta das duas indústrias de grande porte. O cervejeiro
artesanal, caseiro, não tinha força, mas isso agora está mudando”, afirma Jessé. Tanto a cervejaria Jacarehy quanto a Gilmour são chamadas de ciganas, pois não possuem fábrica própria e produzem seus rótulos em espaço alugado dentro de cervejarias legalizadas. Ambos distribuem os produtos em Jacareí e região. 4
O BRASIL É O TERCEIRO MAIOR PRODUTOR DE CERVEJAS DO MUNDO
Foto: Denise Hellena /Divulgação
CERVEJEIROS DA TERRA
Wilson Moura (esq.), da Gilmour Beer, e os sócios da Jacarehy Cerveja Artesanal Jessé de Moraes (esq), Leandro dos Santos e Miguel Amaro Junior, apostam em um futuro promissor
EFEITO DOMINÓ
O bolinho caipira de Jacareí, patrimônio cultural imaterial do município, é um dos produtos gastronômicos que ganham projeção nos festivais de cerveja
Foto: Alex Brito/PMJ
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Foto: Divulgação
ENTENDA O SIGNIFICADODE PALAVRAS
USADAS POR CERVEJEIROS Brewpub e Tap Brewpub é um bar com fabricação de cerveja dentro do estabelecimento. Uma das grandes vantagens para os consumidores é a oportunidade de degustar uma cerveja ‘fresca’, sem risco de deterioração por conta do transporte ou armazenamento inadequados. Já a tap house é um bar especializado na venda de cerveja artesanal, podendo ou não ser de marca própria, mas não produzida no local.
Cigana e caseira Cervejaria cigana é aquela que não tem fábrica própria, o cervejeiro aluga instalações de uma fábrica de outra empresa para produzir a sua própria marca, com sua própria receita. A bebida é registrada no MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e pode ser vendida. Já a caseira, como o próprio nome diz, é aquela produzida em casa, para consumo próprio, não tem registro e não pode ser comercializada.
Bom aroma, drinkability [nível de satisfação ao degustar a bebida] e aspecto visual [coloração e espuma ] são características que buscamos em uma boa cerveja Wilson Moura, cervejeiro
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Foto: Divulgação
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Foto: Denise Hellena /Divulgação
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ESPECIAL
CONHEÇA DIFERENTES ESTILOS DE
cerveja
Foto: Denise Hellena /Divulgação
Pilsen
American IPA
Weizenbier
Stout
Um estilo derivado da família Lager, de cor clara, graduação alcoólica entre 4,5% a 5%, refrescante. Que pode ou não conter cereais não maltados, tais como arroz e milho. Levemente amarga, tem espuma cremosa e branca.
Derivação americana de um dos estilos mais conhecidos das família das Ales (cervejas de alta fermentação). Seu diferencial é a grande adição de lúpulo para aroma, porém mantendo o perfil de cerveja forte tanto na graduação alcoolica como no amargor.
Também chamada de Hefeweizen, Weissbier ou Hefeweissbier, é um tipo de cerveja feita de malte de trigo, malte de cevada, lúpulo e levedura. Graduação alcoolica entre 4% a 5%, cor amarela e turva, aroma que pode conter toques de banana e/ou cravo
Cervejas de alta fermentação, produzida com bastante malte torrado, o que lhe confere alto/ médio corpo e sabor tostado, além de uma cor muito escura. São consideradas cervejas fortes, com teor alcoolico mais elevado, que causam sensação de aquecimento, ótimas para serem consumidas no inverno.
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Jessé Moura, cervejeiro
RAIO-X 57% dos consumidores preferem beber pequenas quantidades de cerveja cara, em vez de grandes quantidades de cerveja barata. Esse comportamento é mais perceptível entre os mais ricos
42% dos consumidores mencionaram “um novo sabor/sabor inovador” ao se referirem às motivações para experimentar novos tipos de cerveja; razão mais comum entre aqueles de 18 a 24 anos (53% deles)
14 bilhões de litros de cerveja e chope são consumidos por ano no Brasil, que é considerado o terceiro maior produtor da bebida no mundo
27 bilhões de dólares por ano é o volume movimentado pelas cervejarias artesanais ns Estados Unidos. No Brasil, não há dados específicos sobre a economia das empresas artesanais
Fontes: Pesquisa da Mintel/2018 e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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A cerveja tem que oferecer tudo o que o estilo pede: a cor, o aroma, a graduação alcoolica. Ela tem que oferecer tudo o que está no rótulo
ROTAS PAULISTAS O governo de São Paulo lançou em setembro a Rota Cervejeira Paulista, com cinco circuitos turísticos -capital, Campinas e região, Sorocaba, Ribeirão Preto, e Serra da Mantiqueira, que inclui Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí. “Temos algumas equações para serem resolvidas, mas com a rota bem estruturada haverá um impacto positivo”, disse Paula Flávia Simionato, dona da Krios Brew Pub e presidente da Associação de Cervejeiros Locais de Santo Antônio do Pinhal. Em parceria com uma agência, o grupo criou um ‘tour’ que inclui traslado e degustação em três cervejarias da cidade.
ESPECIAL
CERVEJA ARTESANAL
é paixão regional
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O mundo cervejeiro tem muitas particularidades, histórias e estórias. É um mundo rico em experiências, as pessoas querem conhecer Paula Flávia Simionato, presidente da ACL
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CIDADES DO VALE, DA MANTIQUEIRA E DO LITORAL NORTE ESTÃO DE OLHO NO MERCADO CERVEJEIRO
Foto: Divulgação
A cerveja artesanal conquistou, definitivamente, o paladar do brasileiro. O Anuário da Cerveja no Brasil, do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento, comprova isso. Entre 2016 e 2018, o número de cervejarias artesanais no Brasil passou de 493 para 889 fábricas. Somente no ano passado, foram abertas 210 novas cervejarias no país, quase uma nova unidade a cada dois dias. Alinhadas a este cenário, cidades da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) apostam neste segmento para aquecer a economia, como Ilhabela, Caraguá e Paraibuna, que já promoveram festivais de cerveja este ano. Já Campos do Jordão deixou para realizar o seu 1º Festival Paulista de Cervejas Especiais entre os dias 14 e 17 de novembro, no Parque Capivari. O evento contará com atrações musicais, palestras e competições. Também no feriado prolongado
Foto: Divulgação
da Proclamação da República, Santo Antônio do Pinhal realiza a sua 3ª Festa da Cerveja. A exemplo de Jacareí, além de festivais, algumas cidades estão criando leis para estimular a produção artesanal de cerveja. É o caso de São José dos Campos, onde o vereador Cyborg (PV) elaborou um projeto visando facilitar a instalação de brewpubs. “O objetivo é fomentar a produção da cerveja artesanal em nossa cidade, considerando o crescente gosto pelo produto, e também para potencializar a geração de emprego, da renda e do turismo.”
EM PARCERIA COM AGÊNCIA DE TURISMO, ASSOCIAÇÃO DE SANTO ANTÔNIO DO PINHAL CRIOU UM ‘TOUR’ PARA DEGUSTAÇÃO EM 3 CERVEJARIAS
Foto: Divulgação
ROTA CERVEJEIRA Krios, Araukarien, Bauzera, Caras de Malte, Carijó e Baden Baden são algumas das cervejarias da Mantiqueira
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ESPECIAL
TEM LÚPULO NO BRASIL? Tem,
e na nossa Mantiqueira
Foi na Serra da Mantiqueira, exatamente em São Bento do Sapucaí, que nasceu a primeira variedade de lúpulo 100% brasileiro. A planta, responsável pelo típico amargor da cerveja, nunca havia sido cultivada com sucesso no Brasil. Sem produção nacional, o Brasil importa cerca de 4.000 toneladas de lúpulo por ano, um custo superior a R$ 200 milhões. Foi quase que acidentalmente que o agrônomo Rodrigo Veraldi conseguiu produzir uma variedade resistente na Serra da Mantiqueira. Entre 2005 e 2011, ele tentou desenvolver a planta em estufa a partir de sementes vindas da Europa. As que vingaram, Rodrigo plantou no ambiente externo e aquelas que não resistiram à estufa, ele descartou em uma área apelidada de ‘bota fora’, depósito de resíduos orgânicos para compostagem. “As variedades que plantei, não
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Fotos: Divulgação
resistiram, então desisti do projeto. Depois de muito tempo, estava passando pela área do bota fora e encontrei a planta que eu havia descartado em plena produção. Ali recuperamos o material e depois multiplicamos, dando origem ao plantio inicial desta variedade”, conta Rodrigo. Para testar a qualidade, em 2014 o agrônomo fez uma parceria com a Baden Baden, de Campos
do Jordão, e forneceu uma parte da primeira safra de lúpulo, para a edição comemorativa dos 15 anos da marca. A cerveja foi um sucesso. Hoje, Rodrigo fornece para a Baden Baden (edições sazonais ) e para outras cervejarias. O agrônomo de São Bento do Sapucaí abriu caminho para muitos produtores rurais brasileiros. g
OS MAIORES PRODUTORES DE LÚPULO SÃO ALEMANHA, ESTADOS UNIDOS, CHINA, REPÚBLICA TCHECA E POLÔNIA
MALTE: Grãos de cereal submetidos a processo de malteação. Pode ser cevada, centeio ou trigo, entre outros. ÁGUA: Representa mais de 90% da cerveja. Ela deve ser pura, mas hoje é possível obter o grau de pureza por tratamento bioquímico. LÚPULO: Dá o amargor e identidade ao sabor da cerveja. Atua como conservante natural e faz a retenção da espuma. LEVEDURA: Um tipo de fungo quebra o amido, formando o álcool e gás carbônico. Também interfere no sabor e aroma.
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DESTINOS
rotas para conhecer Caraguá CIDADE QUER MOSTRAR QUE TEM MUITO MAIS QUE BELAS PRAIAS PARA OS TURISTAS CURTIREM NO VERÃO. VEJA AS OPÇÕES
2 1 MEMÓRIAS DO CAIÇARA
ÁGUAS CAIÇARAS
Passeio por rios e cachoeiras, podendo ser feito de barcos, a pé ou de carro. Um dos destaques é o Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Caraguatatuba, com opções de trilhas de médio e longo impacto, chegando a cachoeiras e poções.
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Com sua história de resiliência e cultura, o roteiro Memórias do Caiçara conduz para o Museu de Arte e Cultura de Caraguatatuba, Praça Dr. Cândido Mota (Coreto) onde ficam alguns dos patrimônios históricos da cidade, como o Relógio do Sol, Obelisco e Chafariz.
3 Fotos: Divulgação/PMC
CAMINHOS DE SANTO ANTONIO A rota em homenagem ao Padroeiro de Caraguá segue o caminho que a imagem percorreu ao chegar na cidade: do Rio Juqueriquerê, na região sul, passou pelo rio que recebe o nome do santo, no centro, até chegar ao santuário na Praça Dr. Cândido Mota. Inclui ainda a subida ao Morro de Santo Antonio, que foi totalmente revitalizado.
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CULTURA CAIÇARA
A rota leva a estabelecimentos que ainda preservam a culinária caiçara, com ingredientes que há anos eram utilizados em pratos tradicionais, como camarão, peixe e banana verde.
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BONS VENTOS
Alegria no mar É A FESTA DE IEMANJÁ
MAIS DE 5.000 PESSOAS DEVEM PARTICIPAR DAS FESTIVIDADES EM HOMENAGEM À ORIXÁ 38
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Fotos: Divulgação/PMC
araguatatuba realiza a 35ª Festa de Iemanjá no dia 7 de dezembro, a partir das 19h, na Praia do Centro. Com apresentação de vários grupos de batuques, a festa deve atravessar a noite e terminar somente às 6h de domingo.
acordo com a prefeitura.
As festividades acontecem na Praça Ton Ferreira, onde está localizada uma estátua de Iemanjá. Cerca de 5.000 pessoas devem participar do evento este ano, de
Iemanjá é uma orixá feminino (divindade africana) reverenciada por adeptos do Candomblé e da Umbanda. Ela também é chamada de Rainha do Mar. g
No ano passado, a festa reuniu mais de 6.000 pessoas, entre representantes de terreiros de Umbanda e Candomblé de cidades da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) e outras regiões.
Um portal
PARA CARAGUÁ A
Prefeitura de Caraguatatuba deve instalar um portal no bairro Jaraguazinho, no final da Rodovia dos Tamoios. O projeto foi aprovado pelo Comtur (Conselho Municipal do Turismo. A obra deve ser construída com verba do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias, órgão da Secretaria de Turismo do Estado. O investimento será de R$ 1,3 milhão. De acordo com o projeto, o portal terá um bloco administrativo, Centro de Informações Turísticas, sala de controle e banheiros acessíveis. Ele será construído no local da antiga base do DER (Departamento de Estradas de Rodagens). A proposta é que o também seja um ponto fixo de fiscalização de ônibus e vans de turismo de um dia. g
Fotos: Divulgação/PMC
BASE TERÁ CENTRO DE INFORMAÇÕES TURÍSTICAS E POSTO DE FISCALIZAÇÃO A diretora de Obras Públicas de Caraguá, Josiane de Souza
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BONS VENTOS
Papai Noel
ESTÁ CHEGANDO NATAL ILUMINADO DE SÃO JOSE COMEÇA NO DIA 22 DE NOVEMBRO COM MUITAS SURPRESAS
Fotos: Divulgação/PMSJC
Com muitas novidades, o Natal iluminado de São José dos Campos começa no dia 22 de novembro e segue até o dia 23 de dezembro. A abertura acontece às 19h, com a chegada do Papai Noel à Vila de Natal, na praça Afonso Pena, no centro.
projetado nas paredes da Igreja de São Benedito, no centro, terá como tema destaque a inclusão.
O evento é organizado pela ACI (Associação Comercial e Industrial) de São José dos Campos, com apoio da prefeitura e recursos da iniciativa privada --cerca de R$ 400 mil.
Este ano, o Calçadão da Rua 7 de Setembro, no centro, e o canteiro da avenida Andrômeda, na zona sul, também serão decorados. O custo será bancado pelos comerciantes locais.
De acordo com a associação, este ano serão 10 sessões do Cinema nos Bairros, com distribuição de pipoca, algodão doce, refrigerante e presentes para as crianças. O roteiro das Caravanas de Natal ganhou mais 30 quilômetros, chegando a 400 quilômetros. O Cinema em 3D,
De acordo com a ACI, a primeira edição do Natal Iluminado atingiu 1 milhão de pessoas, número que foi a 1,4 milhão em 2018. “Esse é um projeto que traz alegria a ACI. Unimos várias frentes: o estímulo ao comércio e a alegria das crianças e das famílias, a parceria
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A Casa do Papai Noel, na Vila de Natal, será repaginada, mas os detalhes não foram revelados pela ACI para surpreender o público na abertura do evento.
entre empresas privadas em prol da cidade e o turismo de Natal. Este é um projeto que veio para ficar”, disse Humberto Dutra, presidente da ACI. Uma pesquisa feita pela Universidade de Taubaté, a pedido da associação, comprova o sucesso do projeto: 95% dos entrevistados aprovaram o Natal Iluminado no ano passado. g
Natal
dos sonhos
Foto: Divulgação/PMCJ
O Natal dos Sonhos de Campos do Jordão começa no feriado de 15 de novembro, com o tradicional acender das luzes e a chegada do Papai Noel, na Praça do Gazebo, às 20h. A programação segue até o dia 24 de dezembro, com atrações musicais gratuitas. O Natal dos Sonhos é realizado pela Fundação Lia Maria Aguiar, com apoio da prefeitura. A cidade promete ser o
Abertura Dia 15 de novembro, 20h Local: Praça do Gazebo, na Abernéssia Chegada do Papai Noel e decoração iluminada Shows de 23 de novembro a 24 de dezembro haverá uma programação diferenciada todos os finais de semana, com shows gratuitos na Concha Acústica, no Capivari Corrida Iluminada de Natal A prova, já tradicional na cidade, acontece no 21 de dezembro, a partir das 19h30 Local: Praça do Capivari
ambiente ideal para aqueles que buscam um lindo cenário natalino para curtir com a família ou simplesmente para fazer as populares selfies. Na Praça do Gazebo, além da casa de
Noel, enfeites interativos devem criar um mundo mágico para a criançada. Na praça do Capivari, uma árvore gigante decorada com muita luz deve surpreender até mesmo os adultos. g
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ART GALLERY
ARTE E MEMÓRIA José Resende
“Meus trabalhos são construções que envolvem um repertório grande mesmo de materiais. Em geral são coisas comuns, presentes no dia-a-dia da vida urbana. São placas de vidro, canos, chapas de metal, cabos de aço, blocos de pedra, containers. Até vagões de trem eu já utilizei. Nessas construções, estes diferentes materiais são reunidos através de operações simples, sempre fáceis de serem compreendidas por quem as vê, de forma que este espectador pode com facilidade perceber como o trabalho foi feito e refazê-lo com os olhos.” Estilo: Eclético Produção: Escultura
Obra: Caderno
ijr.art.br O Instituto José Resende é um museu a céu aberto com mais de mil e duzentos metros quadrados Obra: Gravura
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Obra: Couro
Obra: Cóvo
INSTITUTO JOSÉ RESENDE Situado no município de São José do Barreiro, no Estado de São Paulo, o instituto se destina a cumprir duas tarefas básicas: expor as esculturas do artista José Rezende de maneira íntegra, atendendo à sua lógica poética intrínseca, e atuar como polo emissor da obra no mundo. Em se tratando de trabalho em aberto, em pleno andamento, na análise do curador, o poeta, professor universitário, Ronaldo Brito, seria contraditório apresentá-lo em formato definitivo. Assim como novas peças se sucedem, também as curadorias vão armar situações diversas, segundo a visão de seus autores na proposta do espaço. O Instituto José Resende possui uma área de 1,2 mil metros quadrados, dividida em dois espaços expositivos, um
nos jardins do local e outro interno. São centenas de esculturas, em uma amostra representativa da obra do artista, dos anos 1960 até hoje. Resende trabalha com objetos que vão do tamanho pequeno ao gigante e restos de construção. Algumas de suas obras têm 12 metros de comprimento e outras, seis metros de altura. Daí a necessidade de espaços amplos de exposição. O IJR abre nos fins de semana, com entrada franca. Nos outros dias, é possível agendar visitas. Instituto José Resende Rodovia dos Tropeiros KM 260 171 São José do Barreiro - São Paulo
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GASTRONOMIA
Nhoque de
mandioquinha CHEF FRANCISCO FERRER REVELA SEGREDOS DE UMA DAS SUAS MAIS FAMOSAS RECEITAS Foto: Divulgação
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Foto: Divulgação
PRATO É SUCESSO ENTRE CLIENTES DO RESTAURNATE ENTRE VILAS
Fique de olho nas dicas INGREDIENTES
MODO DE PREPARO
Massa 1kg de mandioquinha 200 gramas de farinha de trigo 130 gramas de farinha de semolina 2 ovos Sal a gosto Pimenta de reino a gosta 100gramas manteiga
Nhoque Descasque a mandioquinha e coloque em uma panela com a água já fervendo. Após o cozimento, retire da panela e amasse ainda quente. Deixe a massa descansar até esfriar. Depois abra a massa e tempere com sal e pimenta a gosto. Na sequência, acrescente os ovos e as farinhas. Dica do chef: as farinhas devem ser misturadas anteriormente e acrescentadas à massa em três partes iguais. Com a massa pronta, faça rolos horizontais e corte em forma de nhoque.
Molho 500 ml creme de leite fresco 1 litro de leite 60 gramas manteiga 60 gramas farinha de trigo 1 cebola Cravo a gosto 3 folhas de louro Noz moscada a gosto Sal a gosto 400 gramas do queijo gorgonzola Crosta de queijo 300 gramas de grana padano (Rende 10 porções)
Molho de gorgonzola Primeiro faça o molho bechamel. Derreta em uma panela a manteiga e depois coloque a farinha deixando cozinhá-la até a formação de uma pasta amarela com aroma de amêndoas, chamada roux. Depois coloque o leite misturando com um fouet [batedor de claras] até incorporar toda a pasta ao leite. Dica do chef: use leite gelado para não empelotar o molho.
Descasque uma cebola inteira e perfure com os cravos e as folhas de louro ao seu redor, preenchendo-a por inteira. Acrescente a cebola ao leite e tempere com sal e noz-moscada a gosto. Deixar por 30 minutos em fogo brando sem deixar ferver. No bechamel pronto, coloque o creme de leite e os queijos gorgonzola em cubos até derreterem. Crosta Rale o queijo, espalhe cerca de 30 gramas em uma saltese antiaderente até derreter o queijo e começar a formar uma crosta. O formato fica a gosto do cozinheiro. PREPARO DO PRATO Coloque o nhoque numa panela com água fervendo e espere flutuar. Depois de tirar o nhoque dê uma salteada na manteiga em uma saltese quente, mas cuidado para não queimar a manteiga. Terminado este processo é só misturar o nhoque ao molho e finalizar com a crosta de grana padano.
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GASTRONOMIA
Adepto ao slowfood, chef prioriza produtos frescos e locais Francisco Ferrer é o chef do Restaurante Entre Vilas e agrônomo do viveiro Frutopia, que ficam em uma fazenda em São Bento do Sapucaí, na Serra da Mantiqueira. Formado pelo Senac Campos do Jordão, ele se dedica à cozinha há aproximadamente 10 anos. “Busco combinar os alimentos aqui produzidos e produtos regionais para o uso final no restaurante. Trabalhamos sempre com produtos de qualidade e frescos”, disse Ferrer. A cerca de 1.600 metros de altitude, o Entre Vilas é filiado ao movimento slowfood, que prioriza a qualidade da
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Fotos: Divulgação
alimentação, produtos frescos, produtores regionais e o meio ambiente. O estabelecimento foi aberto em 2010 por Rodrigo Veraldi Ismael.O menu é servido em seis tempos (antipasto, entrada, primeiro prato, piatto pausa , prato principal e sobremesa), e a cada momento da degustação o cliente pode escolher entre variados pratos oferecidos pelo restaurante. g
Você pode esperar o ano inteiro por algumas datas. A gente, não. Doe agora.
AACDTeletonoanotodo
Gabriele Gomes, 5 anos Paciente da AACD
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ARQUIDECOR
ESTÉTICA E PROJETO APRESENTA CONFORTO NA SOLUÇÃO SIMPLES E ÁREA DE LAZER ELEGANTE
Fotos: Divulgação
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Quem viaja a negócios busca aproveitar, nas suas poucas horas livres, bons momentos de lazer e tranquilidade nos hotéis. A experiência nos espaços comuns pode ser determinante para o cliente. Com o desafio de modernizar estética e funcionalmente a área das piscinas do Novotel São José dos Campos, a arquiteta Ana Vidal conseguiu encontrar uma solução marcada pela simplicidade e elegância. A piscina foi ampliada, integrando a infantil e a de adulto por uma área de ‘prainha’. No espaço, as espreguiçadeiras ficam dentro de uma lâmina d’água, permitindo que os usuários se refrescarem sem ter que cair na piscina. “O hóspede poderá vivenciar um espaço confortável, de estética marcante, mas muito suave, pensado para
proporcionar momentos de descanso e lazer”, disse a arquiteta responsável pelo projeto. De acordo com a assessoria do Novotel, foram investidos R$ 500 mil na reforma. “Para obter uma estética atual e duradoura
escolhemos materiais recém lançados no mercado de alta durabilidade, antiderrapantes e antideslizantes, garantindo o conforto e segurança dos usuários”, explica a arquiteta. As peças de mobiliário também foram revitalizadas. g
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Carros Antigos
DIA 30/11 PALÁCIO SUNSET SÃO JOSÉ
Nando Reis Na turnê “Esse Amor Sem Preconceito”, que Nando Reis traz a São José dos Campos no dia 30 de novembro, o cantor e compositor paulistano traça paralelos poéticos e musicais entre sua obra autoral e os clássicos de Roberto Carlos. O espetáculo se baseia no novo álbum do artista, “Não sou nenhum Roberto”, lançado em abril. A apresentação será no Palácio Sunset. Os ingressos estão disponíveis para compra no www. queroingressos.com.
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O Encontro de Carros Antigos da Fundação Lia Maria Aguiar vai expor cerca de 50 modelos de automóveis que marcaram época, durante o feriado da Proclamação da República, em Campos do Jordão. O evento contará com a banda Serial Funkers e artistas locais, que lembrarão sucessos de nomes como Elvis Presley e ABBA.
DE 14 A 17/11 CAMPOS DO JORDÃO
Mostra Música DE 4 A 30/11 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Durante 26 dias, de 4 a 30 de novembro, a Fundação Cultural Cassiano Ricardo vai promover 50 atrações musicais de vários ritmos e estilos, em 17 espaços de São José dos Campos. Na programação, artistas locais e de renome nacional, como Déo Lopes, Homens de Melo, O Terno, Metá Metá, Benjamin Taubkin, Ava Rocha, entre outros. A programação está disponível no site www.fccr.
DE 30/10 A 7/12 SESI SÃO JOSÉ DOS CAMPOS A exposição ‘Verger e Carybé: entre as duas margens do Atlântico’ apresenta cenas da vida cotidiana da África iorubá e da Bahia, no Sesi São José dos Campos, de 30 outubro a 7 dezembro. A mostra reúne obras do fotógrafo, antropólogo e babalaô Pierre Verger e do artista visual Carybé. O Sesi fica na avenida Cidade Jardim, 4,389, Bosque dos Eucaliptos.
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LAND & SEA
S O D O T PARA S O H N I M OS CA
Enfrentar os desafios das estradas de terra, superando condições adversas de lama, terrenos acidentados e até mesmo riachos, não é para qualquer viajante. Nem para qualquer veículo.
o alternador, os respiros da transmissão e dos diferenciais são posicionados de maneira elevada para serem protegidos contra o ingresso da água, e tem uma válvula que impede que ela entre no filtro de ar.
A Ford garante que a nova Ranger 2020 foi feita para não parar. Nem na água.
Possui trações 4x4 normal e reduzida com 6 marchas para transpor terrenos irregulares, arenosos e em condições de pista molhada com mais segurança e facilidade.
Segundo a montadora, a picape tem a maior capacidade de imersão do segmento, e consegue imergir em ambientes alagados com até 800 mm de profundidade. O desempenho é resultado de tecnologias e engenharia avançadas, em que
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O modelo também conta com diferencial traseiro blocante eletrônico, presente nas versões Diesel 4x4. O sistema permite que você atravesse obstáculos
A R R E T A N U O A NA ÁGU que parecem impossíveis de transpor, como terrenos muito acidentados ou sujeitos a atolamento. Também possui botão de ativação no painel, reforçando o seu DNA off-road.
XLS, estão ar condicionado automático digital de duas zonas, airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista, central multimídia e rodas de liga leve de 17”.
O controle eletrônico de estabilidade e tração, o AdvancedTrac, aumenta a segurança, mantendo o veículo sob controle mesmo em manobras bruscas, reduzindo o risco de acidentes.
A versão XLT inclui também bancos com revestimento em couro, sensor de chuva, sensor de pressão dos pneus e faróis com regulagem automática e sensor crepuscular.
O sistema inclui também assistente de partida em rampas e controle automático em descidas, Entre os principais equipamentos da versão
A versão Limited, topo de linha, inclui DRL em LED e faróis em Xenon, keyless com smartkey e start button, rodas de liga leve de 18” e detalhes externos exclusivos. g
Fotos:
FICHA TÉCNICA Ford Ranger Limited 2020 Motor: 3.2, diesel, turbo Potência: 200 cv a 3.000 rpm Torque: 47,9 kgfm, de 1.750 a 2.500 rpm Câmbio: automático, 6 marchas Aceleração 0 a 100 km/h: 11,6 s Dimensões: 5,35m de comp. e 3,22m de entre-eixos Capacidade de carga: 1.009 kg
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HARMONIA
O belo, através das obras de arte e flores
Por Regina Laranjeira Baumann
Mokiti Okada foi um jovem japonês que, inteligente e empreendedor, em dado momento da vida percebeu que além da consciência humana, existe algo superior, que foge ao alcance do homem. Depois de estudar as diversas religiões, fundou, em 1 de janeiro de 1935, a Igreja Messiânica.
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ALIMENTAÇÃO NATURAL E ALTRUÍSMO; UM CONJUNTO PARA O ENCONTRO COM A PAZ E A FELICIDADE
Adotou o nome religioso de Meishu-Sama e, através da prática do Johrei (transferência de energia através da palma da mão) concretiza o altruísmo; do belo, pelas obras de artes e arranjos florais, denominados ensina que o amor ao próximo e a beleza do universo estão ao alcance de todos. E, com a alimentação natural, completa o triângulo da
integração com a natureza como forma de uma vida feliz. Ao ministrar o Johrei, expressão para aquele que faz a imposição das mãos, há canalização da energia do universo, passando por ambos – ministrante e receptivo. Ou seja, ao ministrar você recebe tanta luz quanto quem a está recebendo. As flores também transmitem
Mokiti Okada www.messianica.org.br
beleza e alegria a todos que com elas convivem e os arranjos florais geram momentos de extrema paz interior para quem executa ou quem as aprecia. Meishu-Sama ensinou que esta é a arte de vivificar a flor. Este mestre que com seus conceitos simples e silenciosos mudou a vida de centenas de milhares de pessoas, resume sua
obra em fazer o bem, amar seu semelhante é muito mais eficiente do que qualquer outra ação para mudar o mundo. Doe amor, em atos, palavras ou apenas em pensamento e se surpreenderá ao ver que a pessoa simplesmente responderá com amor, sem que você consiga explicar o que aconteceu. Assistir a um culto nas diversas
igrejas espalhadas pelo mundo ou nos Solos Sagrados, templos magníficos, encontrados em diversos países do mundo, inclusive no Brasil, é uma experiência única. Participar das aulas de Ikebana, receber ou ministrar Johrei, é a certeza de viver momentos inesquecíveis, de paz, alegria, amor, esperança e fé na grandeza do universo.
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DESTINO NACIONAL
Maranhão PRAIAS, MANGUEZAIS, CACHOEIRAS, FLORESTAS E ATÉ UM DESERTO TROPICAL 62
Estado tem opções para todo tipo de turista e preserva rico patrimônio histórico e cultural
Conhecendo o Maranhão
Área: 331.983 km² Capital: São Luís População: 6,851 milhões
Conhecida como a terra do reggae e do bumba meu boi, Maranhão oferece uma infinidade de opções, com praias lindíssimas, manguezais, cachoeiras, rios e até um deserto tropical. Entre os roteiros, vale destacar os internacionalmente conhecidos Lençóis Maranhenses e Delta do Parnaíba. O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é um destino perfeito para aqueles que buscam aventura e contemplação da natureza. No maior campo de dunas do Brasil, os turistas podem se refrescar em lagoas de água cristalina e observar o pôr-dosol. A emoção fica por conta
dos passeios fora de estrada em veículos 4x4, credenciados para percorrer o terreno arenoso e alagado da restinga. Os mais ousados ainda podem ter a experiência de pernoitar nos oásis do “deserto brasileiro”. Certamente serão experiências únicas e inesquecíveis. Na parte oeste do estado, os turistas ainda podem curtir uma parte de floresta amazônica, com toda a sua biodiversidade e exuberância. Já no interior do estado, estão as chapadas, com destaque para a Chapada das Mesas e da Raposa, com cenários deslumbrantes. Maranhão também é um reduto histórico-cultural. Em São Luís, capital do Estado, é possível prédios e ruas preservadas revelam heranças coloniais. Além dos portugues, a cultura maranhense é fortemente marcada pelos índios, africanos e franceses. Entre as dezenas de festas realizadas ao londo do ano, o destaque é a tradicional Bumba Meu Boi, que foi tombada como patrimônio cultural do Brasil em 2012. A celebração surgiu no século XVIII e é resultado de uma mistura de influências de várias culturas como a negra, a portuguesa e a indígena.
PARA TODOS OS GOSTOS
O Maranhão é um destino perfeito quem busca, cultura, aventura e contemplação da natureza
Fotos: Divulgação
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DESTINO NACIONAL
GP BRASIL LEVOU 150 MIL PESSOAS A INTERLAGOS NO ANO PASSADO
FESTIVAL FAZ HOMENAGEM AO PILOTO AYRTON SENNA NO DIA 9
FÓRMULA 1 Foto: Divulgação
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Fotos: Dvulgação
O Grande Prêmio do Brasil de Fórmula acontece no próximo dia 17 de novembro no Autódromo de Interlagos. A expectativa dos organizadores é que o autódromo esteja lotado para a penúltima prova da temporada da F1. A largada acontece às 14h (Brasília). Uma semana antes, no dia 9 de novembro, das 12h às 18h, acontece o ‘Heineken F1 Festival – Senna Tribute’, em homenagem ao tricampeão. O evento será gratuito. O GP Brasil é um dos eventos que mais movimenta a rede hoteleira de São Paulo. No ano passado, a Fórmula 1 bateu um recorde de público. Desde 2010 o Grande Prêmio não ultrapassava 150 mil pessoas no evento. E o último número oficial foi de 150.307 pessoas, entre treinos abertos e a corrida oficial, segundo os organizadores da prova.
ETAPA INTERLAGOS
PROGRAMAÇÃO Sexta-feira, 15 de novembro 11h00 - 12h30 Treino Livre (1ª Sessão) 15h00 - 16h30 Treino Livre (2ª Sessão) Sábado, 16 de novembro 12h00 - 13h00 Treino Livre (3ª Sessão) 15h00 - 16h00 Sessão de Classificação Domingo, 17 de novembro 14h10 - GRANDE PRÊMIO DO BRASIL 2019 Site: www.gpbrasil.com.br
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NEGÓCIOS & POLÍTICAS
Iniciativa fortalece o turismo
Taubaté sediou a edição regional do Feito em SP, etapa do programa SP Gastronomia, para escolha dos melhores pratos e produtos das 16 macrorregiões do Estado de São Paulo. “É um programa voltado para geração de renda, geração de oportunidades e de estímulo a uma cultura muito forte no Estado de São Paulo, que é a gastronomia”, disse o governador João Doria, durante o evento em Taubaté, no dia 15 de outubro. Entre os dias 24 e 27 de outubro, o programa ocupou o Memorial da América Latina, na capital paulista, reunindo chefs, restaurantes, produtores e fãs da gastronomia. “O Feito em SP mostra a força da gastronomia paulista e o potencial turístico da região”, disse o secretário executivo do Turismo, Marcelo Costa, quando esteve em Taubaté. g
Foto: Crédito crédito crédito
TAUBATÉ SEDIOU ETAPA DO PROGRAMA SP GASTRONOMIA
Fotos: Divulgação
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PROJETO DO GOVERNO ESTADUAL DESENVOLVE AÇÕES EM 16 MACRORREGIÕES DE SÃO PAULO
DEBATER PARA MELHORAR
A Aprecesp (Associação das Prefeituras das Cidades Estâncias de São Paulo) realizou sua 5ª Reunião durante o Congresso de Municípios, que aconteceu em Campos do Jordão, entre os dias 15 e 18 de outubro. O encontro contou com a participação do secretário interino de Turismo de São Paulo, Marcelo Costa, e da Presidente da Amitest (Associação dos Municípios Turísticos de São Paulo), Daniela de Brito, que é prefeita de Monteiro Lobato. A abertura foi feita pelo prefeito de Campos do Jordão, Fred Guidoni, anfitrião do evento. Na pauta de discussões, os repasses do Fundo de Melhorias das Estâncias, via DadeTur. Hoje o Estado de São Paulo tem 70 Estâncias e 140 Municípios de Interesse Turísticos. Também foram discutidos o ranqueamento das estâncias e a legislação estadual que classifica os municípios turísticos. g
Fotos: Divulgação
ASSOCIAÇÃO DAS ESTÂNCIAS DE SP DISCUTE REPASSES DO FUNDO, LEI E RANQUEAMENTO DAS CIDADES
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NEGÓCIOS & POLÍTICAS
INVESTE
Governo inclui SP e litoral no programa
Fotos: Divulgação
O ministro Marcelo Álvaro Antônio
Aluizer Malab, secretário do MTur
Caraguá, Ilhabela, São Sebastião, Ubatuba e Bertioga foram beneficiadas 68
O Investe Turismo anunciou a rota “São Paulo e Litoral Norte” como uma das contempladas pelo programa do Ministério do Turismo na região Sudeste. O roteiro definido para o estado vai beneficiar as cidades do Circuito Turístico do Litoral Norte -- Ilhabela, Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Bertioga, além da capital paulista. “O Brasil tem essa potencialidade e é preciso ter uma estratégia de promoção. A gente precisa ter serviços, entrega, promoção, valorizar nossos patrimônios mundiais. Isso a que se propõe o Investe”, disse Aluizer Malab, secretário do Ministério do Turismo ao anunciar o programa em São Paulo, em agosto. O evento reuniu representantes do setores público e privados. Além disso, contou com palestras sobre as linhas de créditos ofertadas pelo Ministério do Turismo aos empreendedores do ramo. O programa foi lançado pelo ministro Marcelo Álvaro Antônio, em maio. g
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CRÔNICA DE UMA VIAGEM
DO CHIFRE A LISBOA, SEM ESCALA João Pedro Teles
Ilustração: Carol Camp
Quando ela ligou, código de área transoceânico, chorava um choro culpado. Eram dois meses longe do país. Mas bem pertinho de um certo italiano aí. E qualquer um que já tenha visto um jogo da Itália sabe que o nativo da bota tem mesmo o potencial de bicudar um relacionamento para escanteio. Ainda mais se tratando de um namoro que já passava dos acréscimos de um jogo sem torcida no estádio. Mas, apesar de tudo, há a culpa. A culpa -- aquela mesma que faz o time encher o bolso de um Celso Roth a fim de gastar suas últimas fichas para fugir do rebaixamento iminente -- pode ser mais cega e inconsequente que o próprio amor. E foi com remorso até as tampas que ela, ainda naquela mesma ligação, fez uma proposta descabida: assistir ao Rock in Rio Lisboa e passar uma semana respirando os ares de redenção da terrinha. Uma lua de mel para aparar as arestas da galhada. O sim saiu da boca antes mesmo de saber como faz pra tirar um passaporte. Uma viagem para Europa, assim nessa lambuja, é um gran finale para um chifre italiano legítimo. Grazie, ragazza! Nove horas voando esparramado na tranquilidade. No deleite proletário de quem sabe que oportunidade como aquela é só uma vez na vida. Ah,
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e sem escalas para incomodar. Pousamos como uma pluma no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Os ventos do verão na Península Ibérica tocaram pela primeiríssima vez estas bochechas tupiniquins ainda imberbes enquanto descia pelas escadas do avião. O céu azul saudava e convidava para a semaninha de folga além-mar. Sobre a Lua de Mel? lua? Não, definitivamente. A cabeça ali estava é preenchida de sol e da expectativa de uma Lisboa oferecida nas ruelas e bondinhos convidativos. Flutuava esta mente sonhadora quando sou apresentado ao humor portuga do guardinha da alfândega. “Vais ao show da Alanis Morissette, então? Que lixo”. “Lixo, mas tá de graça. Carimba depressa esse passaporte aí, ó pá”, pensei sem verbalizar. Dei as costas ao gajo. Acariciar meu punhado de euros que carregava no bolso me excitava. O corpo seguiu sozinho ao primeiro balcão com comida do aeroporto. “Quero um pastel de Belém legítimo”, pedi. “Pastel de Belém não temos. Só pastel de nata”, respondeu a vendedora antes de me dar um pastel de Belém. Isso, os pastéis são a mesma coisa, mas o de Belém são vendidos só na Confeitaria de Belém. É um povo literal, de fato. Com a cara cheia de farelos remanescentes dos pasteizinhos,
dei de cara com a dita num corredor. Meu sorrisão -- sincero, juro -- não passou nem perto de desarmar aquela enfadada expressão de demônia cozida que a moça ostentava. De certo, àquela altura já se arrependera por ter abandonado o italian boy sozinho na cama. “A empresa pediu para eu voltar para a Itália depois de amanhã. Não vai dar pra passar a semana por aqui. Mas acho que você vai se divertir assim mesmo. A gente já tá atrasado pro show. E eu to super cansada, não vou ficar até o fim, tá?”. Ali a Lua de Mel saiu de órbita. Talvez esteja até hoje vagando pelo espaço. Na madrugada do último dia de estadia, descia embriagado a escadaria do Largo São Carlos, na Baixa-Chiado. A noite já exibia o halo alaranjado do sol nascente. Sentei num degrau. “Carajo, o Fernando Pessoa nasceu naquele prédio ali”. Recostei os cotovelos e dei uma olhada pro céu. Uma moça branquíssima, luvinhas de renda e vestido negros, me observava. Sentou ao meu lado em silêncio. Encostou a cabeça no meu ombro, recitando baixinho “Não sou nada/Nunca serei nada/ Não posso querer ser nada/ À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.” Palmas tímidas, vindas do quarto andar do prédio histórico, cortaram o silêncio do amanhecer. g
João Pedro Teles é jornalista, em São José dos Campos
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