Meon Essencial - Junho - Edição nº 10

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Junho de 2019 | nº 10

Publicação do Grupo Meon de Comunicação | (12) 3204-3333

Passarella Looks imperdíveis para você se aquecer e brilhar

Surpreenda-se FREAKOUT A balada mais plural da RMVale

O relógio Leia a crônica de Gabriel Chalita

Inverno na praia

Curta o Litoral Norte na estação mais fria do ano


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Marcos Bonello/PMSS Foto: André Santos/PMSS

Ruas em São Sebastião ganham calçamento em união da Prefeitura com a população Perceber que a chuva se aproxima e não temer mais sujar os pés na lama. Ter a certeza que os serviços de coleta de lixo e transporte público não serão prejudicados por circunstâncias adversas. Sentir a tranquilidade de seus filhos brincando na rua sem mais estarem em contato com o lixo e o barro. Tudo isso porque ter a sua rua pavimen-

tada não é mais um sonho distante em São Sebastião. O Governo Municipal fornece à população interessada material e equipamento para intervenções em seu bairro. O objetivo é acelerar a recuperação de vias públicas e galerias, atingidas e prejudicadas pelas recentes chuvas no município. Um exemplo é a obra no Sítio

Velho realizada em parceria com os moradores, assim como tem acontecido nos outros bairros que também aderiram ao projeto, como Maresias, Boiçucanga, Morro do Abrigo, Cambury e Piavú. Guias, sarjetas, bloquetes, bocas de lobo, tubulões, pedras e bica corrida são alguns tipos de materiais que são destinados ao Projeto Mutirão.



Inverno na praia Curta o Litoral Norte e vivencie um fim de semana divertido e econômico Fabrício Correia São José Campos Todo ano é a mesma coisa: chega o inverno e as pessoas correm para as serras ou até procuram programas internacionais para esquiar, por exemplo. Mas, quem é do tipo que planeja seus investimentos em lazer, sabe que esta é a melhor época para ir à praia no

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litoral norte paulista. É isso mesmo. Uma forma de garantir o lazer e fazer economia. Quantas vezes você não chegou ao quiosque à beira-mar durante a alta temporada e quase caiu para trás com o preço da porção de lula ou do camarão? Optou por ficar ali mesmo e demorou meia hora para conseguir uma mesa, quase ficou surdo por causa da música alta,

tendo que fazer malabarismos no banheiro depois de encarar uma fila gigante? Este é o retrato da praia no verão. Já no inverno, o cenário é bem diferente. Por isso, Meon Essencial listou 10 motivos para você pegar as suas coisas e partir para o litoral mesmo na estação mais fria do ano. Visite Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.


1 - Estradas livres

Sabe aquele congestionamento infernal que a maioria dos turistas pega indo ao litoral Norte de São Paulo nos feriadões prolongados? Não existe durante o inverno. Dá pra fazer até bate e volta. Numa boa.

2 - Preços

Se não caem pela metade, diminuem bastante. Aquela porção de batata frita que você pagou um absurdo na alta vai sair por pouco mais da metade. E o garçom, que antes parecia tão grosseiro e apressado, vai fazer de tudo para tratá-lo bem (a última cerveja, que vem gelada, pode até ficar por conta da casa). Além disso, é possível pagar por uma hospedagem realmente legal.

3 - Sossego

No inverno, a praia é praticamente sua: além de estar mais limpa, permite que você use aquele biquíni amarelinho sem sentir vergonha nenhuma porque, afinal, não há quase ninguém para observar você. E pode, sem medo, estender a canga em qualquer ponto da areia aproveitando apenas o barulho do mar.

4 - Tempo

Dificilmente chove. As chances de ficar dentro de casa todo o fim de semana, optando pelo abençoado baralho, é maior no verão.

5 - Amor

É romântico. Praia deserta, à noite, combina com violão e fogueira.

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6 - Saúde

Fazer exercícios na praia durante o inverno é algo que atrai até os mais sedentários. Caminhadas pela orla permitem bons momentos de relaxamento sem muito suor e sem o risco de ficar com insolação; as bicicletas não se trombam na rua.

7 - Compras

Você pode, finalmente, conferir com calma todas aquelas barraquinhas de artesanato e brincos e voltar para a casa sem a sensação de ter visitado uma feira marroquina.

8 - Mar irado

O inverno garante boas ondas para quem é adepto do surfe. Campeonatos de vela rendem uma boa distração em algumas praias.

9 - Visita ao que nunca viu

Já que entrar no mar vira desafio, você não vai sentir remorso se substituir a ida à praia por uma visita aos monumentos históricos da região e enriquecer seu conhecimento.

10 - Festas, festivais, festinhas

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As prefeituras do litoral norte paulista costumam promover festivais para os turistas durante a baixa temporada, principalmente gastronômicos. Aquele camarão gigante, cujo preço normalmente supera o tamanho do seu bolso, pode virar realidade no seu prato no inverno.



Praca de Eventos do Porto Novo

5 a9 de Julho


Shows ¤ Recreação Infantil ¤ Gastronomia Caiçara Passeios de barco no Rio Juqueriquerê


Um olhar realista sobre fragmentos do nosso cotidiano Lucila Hyppolito “Trabalho com arte desde criança. Há quase 30 anos leciono e passeio por várias técnicas, do naif ao realismo. Amo a pintura e o que ela representa.” Estilo: Variado Produção: Pinturas, óleo sobre tela

Fotos: Divulgação

Pintura: Máquina de Costura Pintura: Bailarina

Pintura: Barranco

Pintura: Caminho I

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Art Gallery


Pintura: Natureza Morta

Pintura: Louças Brancas

Pintura: OrquĂ­deas Estilizadas

www.superamarelas.com/lucila-hyppolito

(12) 3224-3039

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Passarella

Que venha o inverno! A estação ‘frozen’ traz uma moda quente e atualíssima Toc, toc, toc. Quem bate? É o frio. Então, queridxs, ninguém se lembra deste comercial do tempo da bisa, da Casas Pernambucanas, mas finalmente, o frio já está batendo à porta novamente e é o melhor momento para usarmos as tendências do inverno que tanto desejamos mostrar para aquelas monas caveirosas que despertam um certo ar de inveja quando cruzamos pelos ”points” da vida.

Algumas das trends prometem permanecer em alta por muitos invernos. Nelas vale a pena fazer os maiores investimentos já que são garantias de looks estilosos por muito mais tempo. Quanto mais atemporal a moda, mais sustentável! Pensando nisso, Meon Essencial buscou as principais tendências que vão estar em alta para você se inspirar!

Estampa de oncinha

Outra estampa que não é tão novidade assim, mas continua fazendo sucesso, é a de oncinha. Vale a pena apostar no modelo em casacos grandes, calças, acessórios e mais. Tudo bem que esta tendência pode ficar muito, muito, mas muito brega em determinados looks, mas a “felina” hoje é pop e pode sim ser muito chic. A dica “master” para usar a estampa é o tal do bom senso, Catarina: cuidado com as misturas, cuidado com o exagero, cuidado com as cores e cuidado, muito cuidado, com o tamanho da padronagem, pois quanto maior, mais engorda!

Tie Dye

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A tendência tie dye está vindo com tudo! O estilo ‘manchado’ mistura cores diversas e pode ser adaptável em tons e modelos diferentes. E, agora, a estampa que era sucesso nos anos 60 e 70 (quando o movimento hippie estava em alta) promete conquistar as fãs de nail art também. Sabe quem apostou nas unhas multicoloridas? Kylie Jenner, uma das Kardashians. Ha ha ha.


Bota Cowboy

Marrom Casaco e outras peças O marrom é uma das cores do inverno 2019. Não adianta fingir ou a la Roberto Carlos ter piti quando der de frente com a cor. No caso do Rei, mais que superstição, era TOC. Se ele está superando, imagina você que compra da Renner até a Marisa, brincadeirinha. Há boas pedidas nestas lojas. Vale apostar em modernos over size, ou seja, aqueles bem grandes! Com os mais diferentes tecidos, a tendência se encaixa com todas as ocasiões: dia a dia ao ambiente de trabalho.

E ai matadora? Topa arriscar com uma bota cowboy? Pois bem, este calçado promete ser um acessório “lacrador” na temporada de inverno 2019. As botas cowboy dão um toque despojado ao look, quebrando padrões e mudando sentidos, deixando tudo mais moderno. Arrisque!

Boys? Para vocês, flanela

Não tem como errar com a boa e velha camisa de flanela xadrez. Vai te deixar aquecido? Sim. Vai te trazer aquele visual rústico que está em alta? Sim. Vai dar para combinar com quase todo tipo de calça e jaqueta do seu armário? Sim. Então pode apostar sem medo e cortar muita lenha, queridão.

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Surpreenda-se

FREAKOUT – Música para todos os gostos e todas as tribos Foto: Divulgação

Balada plural em São José ganha novos adeptos

A antiga boate “Hollywood” trocou de nome para FREAKOUT, que convenientemente fica numa portinha sem numeração na Av. Luis Jacinto ao lado direito do 242. O phrasal verb freak out aparece bastante em músicas, seriados, filmes, livros, revistas, etc. Enfim, usado no dia a dia da língua inglesa. Portanto, nada melhor do que aprender o seu significado, não é mesmo? Freak out pode ser traduzido para o português de várias maneiras. Tudo dependerá do contexto. Na lista de possíveis traduções temos: ter um treco, ter um piti, entrar em parafusos, surtar, entrar em pânico, enlouquecer, pirar, pirar na batatinha e similares. É exatamente estes sentimentos

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que você terá ao conhecer a FREAKOUT, Meon Essencial teve acesso ao espaço e conferiu que trata-se da “balada” mais múltipla da RMVale. Na casa não tem frescura: o preço é justo, os drinks são bons e o foco é a música. Com capacidade para não mais que 300 pessoas, o clube consegue manter a pista lotada ao escolher a dedo os DJ’s que comandam a festa. A especialidade da casa é o house e o techno alternativo, que tocam em dois ambientes separados. Eis uma balada para se jogar na pista e curtir música de qualidade. Pensada como reduto LGBTQ+, mudou completamente a paisagem urbana da cidade, tendo como frequentadores jovens de todas as tri-

bos entre 18 e 35 anos. Depois das três horas da matina. a casa se destina ao funk proibidão. Divirta-se e surpreenda-se com a variedade musical e a pluralidade dos frequentadores.

FreakOut R. Luís Jacinto - Centro SJCampos–SP @FreakoutSJC


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Roda Gigante

Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão Completando 50 edições, o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão consolidou-se como o maior e mais importante festival de música clássica da América Latina. Conhecido e respeitado internacionalmente, o Festival é frequentado por conceituados artistas de todo o mundo. Além da apresentação em concertos, eles também fazem parte da programação pedagógica do Festival, dando aulas e masterclasses a jovens músicos. Bolsistas de todo o Brasil e de diversas partes do mundo, participam de aulas e ensaios e se apresentam integrando os três principais grupos do evento — a Orquestra, a Camerata e o Grupo de Música Antiga do Festival — e ainda em concertos de câmara gratuitos ao lado de seus professores. Com uma extensa programação de concertos para todos os gostos e plateias, esta edição comemorativa contará com mais de 100 apresentações — a maioria gratuita — , que acontecerão tanto nos palcos de

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Campos do Jordão (Auditório Claudio Santoro, Praça do Capivari, Palácio do Governo e Igreja de Santa Terezinha), quanto na capital paulista (Sala São Paulo), reunindo também solistas nacionais e internacionais, grupos de câmara e orquestras de São Paulo e de outros estados. Entre as novidades este ano são as participações de importantes nomes da música popular brasileira como Fafá de Belém, Lenine, Toquinho e Mônica Salmazo ao lado da Orquestra Jazz Sinfônica em apresentações gratuitas na Praça do Capivari. A abertura será no dia 29 de junho com a apresentação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo sob a regência de Marin Alsop, no Auditório Claudio Santoro.

Serviço Quando: De 29/06 a 28/07 Onde: Campos do Jordão Ingressos e programação: www.festivalcamposdojordao.org.br


Cinema Yesterday, de Danny Boyle Imagine se a maior banda de todos os tempos, The Beatles, nunca tivesse existido, ou melhor foi apagada da história por um “blackout”? E se apenas uma pessoa no planeta se lembrasse de todas as músicas do grupo e resolvesse lucrar com isso? Este é o enredo de “Yesterday”, filme do cultuado Danny Boyle que é provavelmente o primeiro longa sobre os Beatles que não se trata da banda. Escrito por Richard Curtis (autor do roteiro de “Simplesmente Amor”), o novo longa do diretor de “Quem Quer Ser um Milionário?” e “Trainspotting” traz Himesh Patel como um jovem que certo dia bate a cabeça e descobre que acordou num mundo menos poético pela ausência de clássicos como “Let It Be” e “Something”. “Yesterday” é a grande comédia musical do ano. Não perca!

Música | Bibi canta Sinatra, Bibi Ferreira Depois do single de “Night and Day” e “I’ve Got You Under My Skin”, a Biscoito Fino lança agora o álbum de estúdio que registra o repertório do já histórico “Bibi Ferreira canta Sinatra”, reunindo canções que se transformaram em clássicos na voz do grande cantor norte-americano. Bibi, aliás, foi a primeira mulher a fazer um espetáculo só com músicas interpretadas por Sinatra. Em seus 77 anos de carreira, já havia cantado Edith Piaf, Amália Rodrigues, Carlos Gardel, Dolores Duran e Chico Buarque, entre outros. Bibi, que morreu em fevereiro aos 97 anos, dizia que nenhum intérprete conseguiu igualar a performance de Sinatra: “Ele é o maior cantor de música popular de todos os tempos, por suas qualidades vocais, a dicção magnífica, a escolha do repertório”. Destaque para a sempre inesquecível “My Way”.

Margem, Adriana Calcanhoto “Margem” marca o retorno de Adriana Calcanhotto após 4 anos do lançamento do seu último álbum, “Loucura” em 2015. O álbum é composto por faixas inéditas, sendo 7 das 9 de autoria da cantora. Os singles já lançados “Ogunté” e “Margem” possuem mais de 1.2 milhões de áudio/ views nas plataformas digitais e no Youtube. Compositora e cantora, escritora, ilustradora, professora e embaixadora da Universidade de Coimbra, Adriana já ganhou dois Grammys Latino, melhor álbum infantil com “Adriana Partimpim” e Melhor Canção em Língua Portuguesa, com “Tua”. A capa do álbum traz a cantora mergulhada em meio ao lixo, uma crítica à trágica mudança dos oceanos desde o início da trilogia musical que encerra com este trabalho.

Literatura – O Jogo da Amarelinha, Julio Cortázar

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“A verdade, a triste ou bela verdade, é que cada vez gosto menos de romances, da arte romanesca tal como é praticada nestes tempos. O que estou escrevendo agora será (se algum dia eu terminar) algo assim como um antirromance, uma tentativa de romper os moldes em que esse gênero está petrificado”, escreveu Julio Cortázar numa carta de 1959, quando iniciava a escrita do que viria a ser “O jogo da amarelinha”. Publicado em 1963, o relato de amor entre um intelectual argentino no exílio, Horacio Oliveira, e uma misteriosa uruguaia, a Maga, ao acaso das ruas e das pontes de Paris, é um marco da literatura do século vinte. A nova edição brasileira traz uma seleção de cartas do autor sobre a escrita e a recepção de “O jogo da amarelinha”, tem tradução de Eric Nepomuceno, projeto gráfico de Richard McGuire e textos de Haroldo de Campos, Mario Vargas Llosa, Julio Ortega e Davi Arrigucci Jr. Lançado pela Cia das Letras.

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Secos & Molhados

Dara, das quadras do handebol para a areia da praia Fabiana Diniz, que o Brasil conhece como Dara, viveu uma vida na seleção brasileira de handebol. Em quase dezoito anos de atuação, foram incontáveis torneios, títulos, quatro Olimpíadas e a histórica conquista do Mundial de 2013, na Sérvia. Ali, guaratinguetaense atingiu o topo de sua carreira no esporte. Capitã e líder da seleção, ergueu o troféu que até então poucos acreditavam ser possível para uma seleção sul-americana. Aposentada desde a Rio 2016, a ex-jogadora atualmente se dedica a duas funções; mãe de Noah, seu primeiro filho, ela abraçou o sonho do marido, o espanhol David Garcia e gerencia uma linda pousada em Porto de Pedras, município do estado de Alagoas. Sua Ninanoa abriu as portas em 2017 e transformou a vida da ex-capitã, que aos 38 anos se reinventa constantemente olhando para o mar.

Daniella Penellupi, fina flor da poesia Formada em Artes Cênicas e Educação Artística, Daniella Peneluppi participa de saraus com poemas autorais há duas décadas. Sua estreia como poeta se deu com o celebrado CD de coletâneas “República das Letras” em 2004, seguido de “Cidade das Palavras” (2005), do grupo Arautos Urbanos. Em 2008 seu poema “Desmergulho” foi classificado e premiado pela UNIVAP. Em 2013, eleita para a Academia Joseense de Letras, passou a ocupar a cadeira de nº 24, tendo como patrona Clarice Lispector. Selecionada como bolsista de estudos de literatura na Casa das Rosas, em São Paulo, a poeta, atriz e jornalista, mãe da pequena Clarice, é um sopro constante de inspiração na terra de Cassiano Ricardo. Seu livro “Desmergulho” venceu o II Prêmio Talentos Helvéticos-Brasileiros, na categoria ‘’Poesias”, e participou da Feira Literária de Genebra. Agora, Daniella volta aos palcos joseenses, com o espetáculo “Uma História sobre Nós” refletindo sobre os desafios, anseios e pluralidades da maternidade. Composto por mães-artistas, ou artistas-mães, encenado pela Cia. de Teatro A Blau Quer Falar

A.X.L, como Axel Alberigi é conhecido na Rua do Flow, nasceu em Jacareí. Iniciou sua carreira em 2004 no grupo Incognitivos, em 2006, brilhou no consagrado ‘Hútuz’ (Rio de Janeiro) fazendo uma apresentação no palco alternativo do maior festival de Hip-Hop da América Latina. Há dez anos em carreira solo, lançou o EP - “Curta Metragem”, ao lado de Emicida, o que criou uma expectativa nacional em torno de seu trabalho, colocando seu nome em destaque entre as grandes promessas do rap brasileiro. Seguiu com o single “Uma Lágrima”, a mixtape “Caos Pessoal”, lançada pelo selo Laboratório Fantasma e foi um dos fundadores e idealizador das batalhas de freestyle “Rua do Flow”, festa com visibilidade nacional que leva o título de maior encontro de rap na RMVale. Em 2019 mantém a cena, com a parceria com Enidê Mc, Ingles e Bruno Alvarenga nos hits “Baila Baila” e “Por toda Vida”

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Paulo Hesse, ator docemente extraordinário Paulo Hesse é um camaleão. Trabalhou com alguns dos maiores diretores do teatro brasileiro como Antunes Filho, Flavio Rangel, Osmar Rodrigues Cruz, Bibi Ferreira – e confessa, sem pudor, ter aprendido um pouco com cada um. Atuou em obras dos mais respeitados dramaturgos; Sófocles, Shakespeare, Ibsen, Beckett – que consolidaram sua formação. Fez novelas de sucesso, como “O Machão”, “As Gaivotas”, “Selva de Pedra”, “Éramos Seis”, “O Cravo e a Rosa”, sempre defendendo com garra os papéis que lhe foram oferecidos. E teve um caso de amor muito bem resolvido e sem preconceitos com o cinema. Hoje, pode dar-se ao luxo de não mais fazer concessões e selecionar onde, como e com quem quer trabalhar. Nascido na década de 40, na Cidade Simpatia, Caçapava, o ator é queridíssimo por seus pares e muito lembrado pelo público.

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A.X.L, rap é sentimento


Crônica das cidades

“Sempre há um relógio”, foi a frase que Lucas ouviu quando visitara uma tia, que vivia em um asilo. Lucas andava envolto em pensamentos pouco felizes. Vivia às turras com o tempo. Parece que a beleza ia se despedindo dia a dia. Sempre fora muito vaidoso. Corpo perfeito. Cabelos impecavelmente arranjados. Olhos pidonhos de reciprocidade. Era um sedutor o tal do Lucas. Bastava se interessar e ajustava o olhar e o exibir e o dizer galante na ânsia da conquista. Obtido o sucesso, vinha o cansaço. Era preciso novamente buscar outra presa. E, de sedução em sedução, o jovem ia usando seus dias. E as pessoas pelas quais se interessava. Amores duradouros não o animavam. Relações sempre efêmeras. Ria quando um amigo dizia que ele era campeão de 100m. Prostrava-se, se necessário fosse, para envolver. Depois abria uma gaveta de dizeres prontos para justificar sua partida. Enganava. Mentia. Dizia “eu te amo” como quem diz “bom dia”. Um “bom dia” não causa danos; um “eu te amo” pode ser demolidor. Preocupava-se pouco com o outro e o seus sentimentos. Era sobre ele mesmo o seu repertório escolhido. Mesmo em conversas, preferia fitar-se em algum espelho. Sua imagem o agradava. Ou não. Havia tanta necessidade de conquistar, de seduzir, de se compreender belo que a beleza não parecia suficiente para o seu próprio contentamento. “Sempre há um relógio”, dizia Eunice, a tia. “Estou ouvindo o barulho”, concordava Lucas, olhando em um espelho e reparando no cabelo que já ia se rarefazendo. “Você gosta de espelho, não é?”. Lucas fingiu não ouvir a frase

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O relógio da tia. “Eu também gostava”. O silêncio entre eles deu espaço a pensamentos. “Perdi a única coisa que eu tinha, a juventude”. “Todos perderemos”. Concordou Lucas. “Não. Há outras conquistas. Conquistas que permanecem. Vidas significativas. Ah, não me esforcei para construir nada”. Lucas apenas pensava. Olhava para a tia. E olhava novamente para o espelho. Estava preocupado com os cabelos. E reparava que algumas rugas começavam a se engraçar. “Pense nisso, Lucas. Você ainda tem tempo de ir além da sua beleza”. “Imagine, tia. Eu nunca fui bonito”, disse sem acreditar no que dizia e sabendo que ela também não acreditaria. Sua vida de sedutor, de pescador errático de histórias que nada representariam, de dispensador de vidas, que depois de conquistadas passavam a ser invisíveis não o realizava. Olhava para o irmão, cioso de sua escolha amorosa e profissional e o reprovava. Considerava-o fraco. Sempre com o mesmo amor. Rotina que ele não tolerava. Se se cansava de alguém, que culpa tinha? Que culpa tinha se as pessoas deixavam de ser interessantes? Que culpa tinha se outras histórias

surgiam em seu caminho? “Sempre há um relógio”, disse a tia mais uma vez. E seguiu explicando que o tempo não nos dá ouvidos. Que podemos pedir e até implorar para que nos deixe sorver com mais vagar nossa juventude. Um novo silêncio e novos pensamentos. Perto do espelho que tanto recebia o olhar de Lucas, uma senhora lia, com olhos de entusiasmo, um romance. Vez ou outra trazia o livro ao peito e abraçava as suas memórias. Eunice a conhecia bem. Dona de uma sabedoria invejável, cultivava as belezas da alma. Era o outro a sua preocupação, o seu cuidado. Dos tempos das enfermarias, guardava lindas memórias. Conta como foi trabalhar em hospitais em regiões de guerra. Lembra de nomes e de despedidas. Uma vida intensa oferecida ao outro. Não tem o costume de se olhar no espelho, prefere ler livros ou prestar atenção às pessoas. O tictac do relógio não a incomoda. Sabe que ele está lá. Sempre estará, mas prefere apenas viver. Lucas se despede da tia e nem repara na senhora ao lado. Tem um encontro logo depois. Faz um esforço para se lembrar do nome do novo amor. Mentalmente, vai dizendo alguns. Não. Esses já passaram. Não tardaria para chegar o anoitecer.

Gabriel Chalita, nasceu em Cachoeira Paulista. Revelou-se escritor aos 12 anos, quando publicou seu primeiro livro. Hoje, tem uma obra composta por mais de 70 títulos. Doutor em Filosofia do Direito e em Comunicação e Semiótica, exerceu os cargos de secretário da Juventude, Esporte e Lazer e de secretário da Educação do Estado de São Paulo e os mandatos de vereador e deputado federal. Presidiu a Academia Paulista de Letras.

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