Outubro de 2017 – Ano 3 – nº 32
Natureza em chamas INPE detecta quase dois mil focos de incêndio na RMVale
MARIAS DA FÉ
Mulheres com o nome da mãe de Jesus contam suas histórias no mês de celebração aos 300 anos do encontro da imagem pág. 20
ENTREVISTA
Taubateano Cid Moreira relembra suas histórias na cidade pág. 41
metr pole magazine
4 | Revista Metrópole – Edição 32
meon.com.br/revista
EDITORIAL
Diretora Executiva Regina Aparecida Laranjeira Baumann Editor-chefe Fernando Ivo Antunes
Caminhos... Esta palavra cabe muito bem para resumir esta edição da Metrópole Magazine. A reportagem de capa mostra como o caminho do motorista que trafegou pelas estradas da região foi repleto de cenários quentes. Os mais de 1.900 focos de incêndio identificados pelo INPE na RMVale embasam a manchete. O mais grave, na Estação Ecológica de Bananal, destruiu uma área equivalente a 1.600 campos de futebol. O trabalho de prevenção e conscientização da população é fundamental para que isso não ocorra novamente. A matéria especial da Metrópole relata o caminho da Fé de algumas
Repórteres Felipe Kyoshy Gabi Riemma João Pedro Teles Marcus Alvarenga Colaboradores Otávio Baldim Fabio Soares Fotografia Pedro Ivo Prates Diagramação José Linhares Arte Giuliano Siqueira Marketing Bianca Maegi
das milhões de Marias espalhadas pelo Brasil. São mulheres nossa Diretor Comercial QUEM da CONHECE, CONHECE BDO região que têm no nome a homenagem a Nossa SenhoraUma Aparecida, das Big 5 que no middle famarket neste mês celebra 300 anos da aparição da sua imagem.Líder A trajetória 21 escritórios no Brasil Audit | Tax | Advisory
miliar de devoção e de histórias de Graça é narrada nas páginas desta edição.
O caminho para o futuro passa pela Educação. O caderno especial sobre o tema, assim como foi na edição passada, trata sobre questões relacionadas ao universo do estudante. Nas reportagens, detalhamos a vida
Pablo Bavuso
Executivos de Negócios Ana Florez Dimas Ferreira Greice Kelly Fabiana Domingos Diretor de Relações Institucionais Eduardo Pandeló Departamento Administrativo Jéssica Américo Larissa Oliveira Roseli Laranjeira
de concurseiros em busca de cargo público, de estudantes lutando contra a pressão do vestibular, de alunos se conscientizando sobre temas políti-
Tiragem auditada por:
Visite nosso site
Tel (55 12) 3941 4262 cos e uma entrevista com uma professora americana sobre os caminhos www.bdobrazil.com.br
da docência no mundo contemporâneo. Em nossa entrevista especial, as histórias do taubateano Cid Moreira, um dos ícones da TV brasileira, que completou 90 anos em setembro. Nas declarações dele, momentos inéditos da infância e adolescência em
Meon Comunicação Ltda Avenida São João, 2.375 –Sala 2.010 Jardim Colinas –São José dos Campos CEP 12242-000 PABX (12) 3204-3333 Email: metropolemagazine@meon.com.br
Taubaté, que culminaram para o caminho profissional até os 27 anos de bancada do Jornal Nacional. Boa leitura.
A revista Metrópole Magazine é um produto do Grupo Meon de Comunicação Tiragem: 15 mil exemplares
Regina Laranjeira Baumann Diretora Executiva
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SUMÁRIO Pedro Ivo Prates
Matéria de Capa
26
Queimada em área da Estação Ecológica de Bananal durou seis dias; INPE detectou quase dois mil focos de incêndio na região em setembro
ESPORTE ARQUITETURA 84 Arquitetas 66 São 14 ENTREVISTA Carregador de malas no trem, corneJosé não consegue acesso na Ana Luiza Maciel e quarta divisão do paulista e voltará a disputar a série B em 2018.
J. F. DIORIO
Pedro Ivo Prates
teiro de fanfarra e pegador de bola de tênis. Ícone da TV brasileira relembra suas histórias na cidade.
Débora Moura desenvolveram um projeto com o perfil de uma família jovem, mas sem perder o requinte do alto padrão.
TURISMO 88 Museu Mazzaropi, em Taubaté, mantém viva a memória de um dos principais cineastas do Brasil e que tem raízes no Vale do Paraíba.
ESPECIAL 20 Mulheres que levam o nome da mãe de Jesus contam suas histórias no mês em que se comemora os 300 anos do encontro da imagem no rio Paraíba do Sul.
Pedro Ivo Prates
SAÚDE 74 Conscientização da luta contra o câncer de mama, mulheres dividem experiências e superações diárias em busca da cura.
Pedro Ivo Prates
Pedro Ivo Prates
COMPORTAMENTO 92 Modelo Plus size, Débora Fernandes leva lição de autoestima para os quatro cantos do país.
8 10 12
Espaço do Leitor Aconteceu& Frases&
43 94 102
Guia do Estudante Gastronomia& Crônicas&Poesia
A importância da modernização da gestão no serviço público Informe Publicitário PREFEITURA MUNICIPAL DE JACAREÍ
A melhoria do serviço público depende de bons gestores. Profissionais qualificados, manutenção dos equipamentos públicos e destinação correta dos recursos também são peças importantes no ‘quebra-cabeça’ de uma administração que busca pelo bem-estar dos cidadãos. Em uma empresa privada todas as ações são muito bem planejadas e colocadas em prática com a colaboração de diversas áreas de gestão, com tomadas de decisão que envolvem um grande número de pessoas. O SAAE Jacareí segue essa mesma lógica e se inspira em casos de sucesso, rumo a excelência do serviço prestado. A ideia é ouvir sugestões dos colaboradores e clientes e buscar melhorias, em um atendimento qualificado, garantindo à população um bem essencial à vida – a água tratada. Em Jacareí, a tecnologia é uma das aliadas da população que participa diretamente das ações do SAAE, interagindo por meio de aplicativos que permitem o registro de ocorrências e outras solicitações de serviços como a consulta de histórico de consumo. O SAAE Jacareí tem trabalhado firme para a regularização da rede de água e esgoto em alguns bairros da cidade. Um exemplo bastante recente aconteceu no loteamento Jardim Terras da Conceição, aprovado e registrado no ano 2000, mas embargado pela Justiça devido a várias pendências de infraestrutura que não foram cumpridas pela empresa responsável. Com a regularização da rede de água e esgoto, cerca de 400 residências já estão sendo beneficiadas. Além disso, o atendimento especial não é só privilégio da população. Os funcionários da autarquia recebem constantemente treinamentos voltados a qualificação e reciclagem do aprendizado. Prova disso é que, de janeiro a agosto de 2017, foram oferecidos 19 treinamentos, uma oficina e cinco palestras. Esse é o SAAE Jacareí. Garantindo o bem essencial à vida com profissionalismo e respeito ao cidadão.
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Espaço do Leitor Edição 31 – Setembro de 2017 RMVALE
Setembro de 2017 – Ano 3 – nº 31
EAD um novo
conceito de ensino Preços mais baixos e facilidades de horário atraem cada vez mais alunos à modalidade
ESPECIAL
CAMINHOS PARA A EDUCAÇÃO
Eles roubam, matam e traficam drogas. Protegidos pela idade são punidos com medidas socioeducativas
Os desafios do ensino de qualidade na RMVale pág. 41
Feedback A edição de setembro da Metrópole
faculdades de Medicina. A última maté-
Magazine trouxe um caderno especial
ria do caderno especial foi sobre as pro-
sobre Educação, com três matérias es-
fessoras da educação infantil, que dei-
peciais sobre o tema. A reportagem de
xaram pra trás a figura de cuidadoras
capa mostrou como cursos à distância
de bebês para participarem ativamente
têm ganhado espaço e atraído diversos
do desenvolvimento das crianças. Outra
estudantes devido aos preços baixos e
matéria, que foi destaque na capa, foi
facilidade de horários. Também mos-
sobre adolescentes que entraram para o
tramos a transformação de São José dos
mundo do crime. Dados do Estado mos-
Campos na nova capital universitária
tram que que a cada cinco horas um me-
da RMVale, com a chegada de novas
nor é apreendido.
pág. 36
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METRÓPOLE ONLINE, A INFORMAÇÃO EM TEMPO REAL
Você sabia que a Câmara de São José pode estar, todos os dias, no seu celular? O aplicativo Câmara de São José, disponível para IOS e Android, dá acesso a notícias do Legislativo, serviços e ao Fale Conosco, além de transmitir ao vivo todas as sessões. Basta digitar “Câmara SJC” na App Store ou na Play Store. A Câmara de São José também marca presença nas redes sociais. Os perfis do Legislativo no Twitter, Instagram e Facebook compartilham informações sobre a agenda legislativa e os resultados de votações. Pelo Facebook, é possível assistir as sessões ao vivo e saber as novidades da Casa de Leis. E o canal da Câmara no Youtube exibe toda a programação da TV Câmara. Que tal navegar também pelo site da Câmara? O site reúne informações sobre projetos de lei, reuniões, votações, além de oferecer diversos canais de interação, como o Fale Conosco. Participe do dia a dia da Câmara! Sua opinião pode melhorar muito a vida de todos.
Canal 7 da NET e 9 da VIVO TV www.camarasjc.sp.gov.br /camarasjc
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CÂMARA MUNICIPAL SÃO JOSÉ DOS CAMPOS A vida da cidade passa por aqui
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Reprodução Youtube
Aconteceu& Carro atropela e mata grupo que ajudava motociclista em São José
Google Maps
Quatro pessoas morreram na madrugada do dia 7 de setembro, uma quinta-feira, na estrada velha que liga São José dos Campos a Jacareí. Eles foram atropelados enquanto socorriam um motociclista que havia caído na rodovia. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os amigos do motociclista acidentado formaram um círculo em torno dele para checar seu estado de saúde. Foi nesta hora que o carro atropelou os três, além do primeiro motociclista, caído na via. Três pessoas, incluindo o motociclista, morreram no local. A outra pessoa foi encaminhada ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Segundo a Polícia Civil, o laudo da reconstituição ficará pronto no final de outubro. Durante o mês de setembro, vários protestos ocorreram na cidade pedindo Justiça.
Detran descobre propina para aprovação em exame prático em Taubaté
Desvio do rio Una prejudica abastecimento de água em Taubaté e Tremembé Um desvio irregular no rio Una provocou redução na água disponível para abastecimento das cidades de Taubaté e Tremembé. A ação, segundo a Sabesp, fez com que parte da vazão do rio deixasse de seguir seu curso natural e pudesse ser captada e bombeada até a Estação de Tratamento de Água (ETA). Por esse motivo, a companhia pede que os moradores de Taubaté e Tremembé evitem o desperdício e usem com muito controle a água armazenada nas caixas-d’água. O rio Una é responsável por 30% da água captada para abastecer as duas cidades. De acordo com a Sabesp, também não se sabe ainda quanto tempo levará para a captação voltar ao normal. De acordo com o professor de Engenharia Ambiental da Unitau, Marcelo dos Santos Targa, episódios como este podem se tornar mais rotineiros devido a uma característica natural do rio, mas que é agravado pela ação do homem.
Divulgação
O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo descobriu um caso de cobrança de propina com falsa promessa de aprovação automática em exame prático da categoria B (carro) em Taubaté. Um instrutor do Centro de Formação de Condutor (CFC) Santa Therezinha prometeu vantagem para uma candidata mediante pagamento extra. Ao ser reprovada no exame, a cidadã contou a situação ao examinador de trânsito responsável por sua avaliação, que imediatamente reportou o fato ao Detran. Segundo o Boletim de Ocorrência, o profissional confessou a prática ilícita e afirmou que não há outras pessoas envolvidas na irregularidade. Proprietário do Centro de Formação de Condutor Santa Therezinha, Thalles Moreira, afirma que a acusação de que sua autoescola estaria vendendo aprovação em um exame prático tratou-se de um fato isolado, cuja responsabilidade foi de um dos instrutores da empresa.
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Divulgação PF
Polícia Federal prende quadrilha que produzia dinheiro falso em São José
Divulgação
A Polícia Federal deflagrou na manhã do dia 25 de setembro a Operação Moneda, que buscava desarticular uma quadrilha criminosa de São José dos Campos que falsificava cédulas de dinheiro e atuava em outras cidades de São Paulo e em outros Estados. Até o momento, 12 pessoas foram presas em flagrante, durante o cumprimento de 26 mandados. Os policiais tomaram conhecimento da possível quadrilha em outubro de 2016, quando uma vítima foi até o plantão da Polícia Federal de São José e registrou a denúncia sobre o recebimento de notas falsas. Em um ano de investigação, foram identificados três suspeitos na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e outros integrantes nas cidades de São Paulo, Guarulhos e Mogi das Cruzes. Além disso, as cédulas seriam utilizadas por criminosos nos Estados de Rondônia, Rio de Janeiro, Paraíba e Brasília.
Câmara de São José aprova aumento de IPTU e altera taxa da coleta de lixo
Falso médico que atuava na Santa Casa de Jacareí é foragido da Justiça Um falso médico fraudou documentos e conseguiu enganar, durante dois meses, a direção da Santa Casa de Jacareí, unidade onde chegou a atender no pronto-socorro. Conhecido por Eric pelos colegas e pacientes, o estelionatário na verdade se chama Israel Souza de Menezes, tem 42 anos e já foi preso em flagrante por exercício ilegal da profissão na cidade de Santa Fé do Sul, em São Paulo, em 2010. O falso médico havia utilizado um CRM e diploma falsos, mas que constavam como ativos no registro de medicina. A farsa começou a ser desmascarada em setembro, quando um funcionário procurou a administração do hospital para alertar sobre a possibilidade de se tratar de um estelionatário. O delegado que investiga o caso, José Gonzaga, afirma que, apesar do falso médico estar foragido, ele já foi identificado e um inquérito será aberto para investigar o caso.
Arquivo pessoal
A Câmara de São José dos Campos aprovou, em sessão ordináriano dia 21 de setembro, a lei que autoriza o aumento do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) a partir de 2018. Além disso, fez alterações na proposta de reajuste da coleta de lixo. O Executivo enviou ao Legislativo um projeto para aumento do IPTU de 9,16%, nos valores da PGV (Planta Genérica de Valores), que é base para o cálculo do imposto. A proposta foi aprovada com seis votos contrários. Sobre o aumento da taxa de lixo, a prefeitura propôs uma cobrança de R$ 87 para residências. No entanto, foi aprovada uma emenda que varia o valor da cobrança de acordo com o tipo do imóvel. Residências e apartamentos, que recebem a coleta em dias alternados ou sem coleta, será fixado o valor de R$ 43,50. Para outros tipos de imóveis, a cobrança será de R$ 67,75. O contribuinte começará a pagar as novas taxas a partir de 2018, no carnê do IPTU.
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Frases& Há uma sinergia na forma como o atual governo federal pensa a saúde e a maneira como nós pensamos
Felipe Kyoshy
“
”
Felício Ramuth, prefeito de São José, durante visita do Ministro da Saúde ao município
“Nos oito anos de mandato nós nunca ultrapassamos e nunca descumprimos com a lei de responsabilidade fiscal” Hamilton Mota (PT), ex-prefeito de Jacareí, durante CPI do Pró-Lar realizada pela Câmara Municipal
“
Isac Queirós, irmão da vítima que morreu atropelada na avenida Bacabal
”
“
É bom recomeçar nossa trajetória no Vale do Paraíba. Que aqui seja um ponto de partida para um novo momento da banda Gui Abulquerque, novo vocalista do Jeito Moleque
”
Divulgação
Só a justiça vai trazer um pouco mais de conforto para os familiares nesta hora. O que eu não quero é que esse motorista saia pela porta da frente da delegacia após pagar fiança. Precisamos que essa pessoa pague pelo que fez
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“
Há décadas tenho o mesmo padrão de vida. Moro na mesma casa há 15 anos. Tenho total tranquilidade sobre minhas ações em relação ao caso, inclusive determinando as correções que aprimoraram o processo
”
Carlinhos Almeida, sobre processo de suposta fraude fiscal
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ENTREVISTA
Fotos: J. F. DIORIO/Estadão Conteúdo
Aos 90 anos, Cid Moreira relembra os tempos de Taubaté
Carregador de malas no trem, corneteiro de fanfarra e pegador de bola de tênis. Ícone da TV brasileira relembra suas histórias na cidade Fernando Ivo Antunes SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
U
ma das vozes mais marcantes do Brasil nasceu em Taubaté. Ao longo dos 27 anos em que esteve sentado na bancada do Jornal Nacional, da TV Globo, entre 1967 e 1996, Cid Moreira repetiu o tradicional “Boa Noite” mais de oito mil vezes. Na última sexta-feira de setembro, 29, comemorou 90 anos. Iniciou a carreira na rádio Difusora de Taubaté. Na época, cursava Contabilidade e seu desejo era conseguir um estágio de contador na
emissora. Mas a potência vocal o levou para outro caminho. Cid Moreira não se formou em jornalismo, mas fez curso de Técnico de Comunicação Social oferecido pelo Ministério da Educação.
Batizado na Igreja Matriz de Taubaté, ele residiu a infância e inicio da juventude na rua Barão da Pedra Negra. Durante o bate-papo, Cid Moreira falou sobre como era seu cotidiano em Taubaté, suas diversões na época de
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Cid Moreira tem viajado todo o Brasil fazendo palestras sobre sua carreira e falando da Biblia
garoto e os locais em que frequentava na cidade. Com contrato vigente com a Rede Globo, mas liberado para gravar comerciais, atualmente Cid Moreira roda o Brasil com palestras, sempre acompanhado de sua esposa, a jornalista Fatima Sampaio. Com uma lucidez invejável e a simpatia cativante de quem conquistou o carinho de várias gerações, um dos ícones da TV brasileira conversou com a Metrópole Magazine. Quando falamos de Taubaté, é comum a citação de que ‘é a cidade de Cid Moreira, Cely Campelo, Hebe Camargo’. Como é ser um símbolo do município?
“Eu fico muito honrado por todo esse reconhecimento e por ser lembrado como um taubateano. Nem todo mundo fica pra sempre na cidade onde nasce. Hoje, morando em Petrópolis, tenho grandes lembranças”
Eu fico muito honrado por todo esse reconhecimento e por ser lembrado como um taubateano. Nem todo mundo fica pra sempre na cidade onde nasce. Hoje, morando em Petrópolis, tenho grandes lembranças e um carinho muito forte por Taubaté. Este ano eu estive na cidade visitando vários pontos para gravar um documentário sobre a minha vida, que deve ser lançado ano que vem. Minha casa na infância ficava na rua Barão da Pedra Negra, número 156, na região central. Quando cheguei lá pra ver onde era meu quarto e a residência, me deparei com um escritório da Universidade de Taubaté. Não sobrou nada de como era. Foi gostoso esse
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retorno. Passei pela Estação de trem, fui ao Taubaté Country Club e na CTI. Meu pai era gerente do TCC e eu ia sempre lá e ficava pegando bolinha de tênis do pessoal que jogava. Foi lá que comecei a praticar o esporte. Tenho grandes lembranças da cidade e fico feliz quando fazem essa relação entre meu nome e Taubaté. Quais eram suas diversões na época de jovem, em Taubaté? Eu estudava no Ginásio Estadual, que ficava perto do Bosque. Naquela época, a gente saia de casa, corria 20 minutos para o lado e acabava a cidade. Frequentava muito a Praça Dom Epaminondas e a CTI. Passava bastante tempo na Estação de trem carregando mala dos passageiros para ganhar dinheiro e poder ir ao cinema, no Cine Teatro Polytheama. Era muito gostoso. Na praça, ficavam as meninas de um lado e os meninos do outro e de lá saiam os namoros. Minha primeira mulher foi de Taubaté, Odnea Danelli. Até hoje sou muito amigo de toda a família Danelli. Meu pai e meu irmão eram fanáticos por futebol e eu nunca fui muito fã. Mas eu me lembro de a cidade bastante agitada por causa dos jogos do Taubaté, nas disputas que tinha contra o São José e o Guaratinguetá. Lembro que saia muita briga e, como diz, o pau comia solto (risos). Uma coisa que poucas pessoas sabem é que eu tocava fanfarra no Ginásio. Estamos falando sobre a época da 2ª Guerra Mundial. Eu tocava corneta. Não me lembro do motivo, mas a Força Expedicionária Brasileira estava em Taubaté e o corneteiro da FEB ficou doente. Então me chamaram e eu toquei a corneta da FEB algumas vezes, antes deles partirem para a Itália. Eu tinha um calo na boca, inclusive. Quando comecei a fazer locução isso dificultava bastante. Tinha palavras que eu não conseguia falar direito.
Seu início na Comunicação foi na rádio Difusora, que existe até hoje e é uma das mais tradicionais da região. Como foi este começo? Foi por acaso. Eu fazia curso de Contabilidade e, aos 17 anos, precisava arrumar um trabalho. O que eu queria era conseguir um estágio. Imaginava que fazer contabilidade na rádio seria fácil. O pai de um amigo era diretor da rádio Difusora e fez uma festa
“ Gravei diversos comerciais com ela, onde ela cantava ou atuava e eu fazia as locuções. Era chamada de garota prodígio. Depois nunca mais a encontrei. Quem eu sempre via em São Paulo e também tem relação com Taubaté era o Amácio Mazaroppi.” de aniversário e não sei o porquê, mas ele levava microfones e caixas de som no local. Determinada hora ele foi ao banheiro e eu peguei o microfone e comecei a imitar os locutores famosos da época. Estava brincando. Nesse contexto eu pedi o emprego para ser estagiário. Naquela época, a rádio saia do ar na hora do almoço. Por volta das 13 horas, mais ou menos, neste intervalo sem programação, me chamaram na rádio e falaram que o Emilio Beringhs queria conversar comigo. No mesmo dia do bate-papo eu comecei a ler os
textos na Difusora. Fiz locução com um dos melhores da época na cidade, o Wilton Aguiar. Ali tudo começou. Minha primeira locução foi sobre um filme de Chopin, que foi lançado na época. Teve uma vez que fui com meu pai no cinema, que na época era mudo, e antes do filme tinha uma orquestra se apresentando e um dos músicos era Fêgo Camargo, pai da Hebe Camargo. Ele era amigo do meu pai e passou o cargo dele de bibliotecário para o meu pai, que se chamava Isauro Moreira. Tem uma avenida em Taubaté com o nome dele. Fiz locução até no cinema, no Cine Palace. Tinha uma dupla famosa na época, chamada Alvarenga & Ranchinho. Eu fiz a apresentação deles após o filme. Estava muito nervoso (risos). Tinha relação com a Hebe Camargo? Gravei diversos comerciais com ela, onde ela cantava ou atuava e eu fazia as locuções. Era chamada de garota prodígio. Depois nunca mais a encontrei. Quem eu sempre via em São Paulo e também tem relação com Taubaté era o Amácio Mazaroppi. Nos encontrávamos na avenida São João, em São Paulo. Outros diversos artistas passavam por lá. O Canuto Coelho, que trabalhava na Difusora de Taubaté, também encontrava lá e era meu amigo. E como foi sua ida de Taubaté para São Paulo? A rádio Bandeirantes tinha um noticiário na época e o jornalista ficou afônico. Eu estava terminando o curso de Contabilidade, na rua das Palmeiras. Eu fui até lá me apresentar. Gostava de ir aos locais e falar direto com quem fosse de direito. Chegando na rádio me informaram que o diretor tinha viajado, pois ele era narrador de futebol. Eu fiz os textos, gravei alguns textos e voltei pra Taubaté. Uns três dias depois,
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Início da carreira de Cid Moreira foi na rádio Difusora de Taubaté
recebi um telegrama me convidando para fazer parte da equipe da rádio Bandeirantes. Isso era 1948. A emissora ficava na rua Libero Badaró, onde eu fiquei mais ou menos dois meses trabalhando, e depois se mudou para a rua Paula Souza. Lembro que me mandaram fazer até um smoking. Naquela época rádio era uma coisa chique e tinha que ficar todo elegante.
Hoje, aos 90 anos, como analisa o jornalismo atual, principalmente o regional? Hoje o jornalismo está muito dinâmico. Todo mundo é repórter e todo mundo é cinegrafista. Você está na rua, vê algum acidente e pode gravar, fazer foto e mandar para a emissora de TV colocar no ar. A tecnologia e a Internet mudaram completamente o modo de se comunicar. Mas hoje eu
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não estou tão ligado mais em jornal. Hoje o que eu gosto de fazer é falar da Biblia. Tenho visitado muitas cidades falando sobre a minha carreira e principalmente sobre a Palavra de Deus. Como surgiu essa ideia de gravar a Biblia? Fizeram convite para que eu gravasse alguns trechos da Biblia e esse material era vendido. Chegou a vender mais de 50 milhões. Então eu pensei que poderia gravar toda a Biblia e comecei com este projeto. Foram seis anos de gravação, entre 2004 e 2010. Agora, estou gravando os livros Apócrifos e quero juntar tudo e tentar levar isso ao Papa Francisco. Estou com projeto em andamento de um programa de rádio de 30 minutos só falando sobre a Biblia e lendo os versículos. Pode ser feito em qualquer rádio. Quem sabe isso chegue também na TV um dia. Tem um convite do Boni para levar isso para uma emissora
“ Fizeram convite para que eu gravasse alguns trechos da Biblia e esse material era vendido. Chegou a vender mais de 50 milhões. Então eu pensei que poderia gravar toda a Biblia e comecei com este projeto. Foram seis anos de gravação, entre 2004 e 2010”
regional. Quem sabe. Tive vários momentos marcantes lendo a Biblia. Em Salvador, eu fiz a leitura em um trio elétrico para mais de 40 mil pessoas. Em Chapecó, no triste velório dos jogadores, eu li um trecho de Coríntios, que fala sobre o amor. Nessas caminhadas pelo Brasil, como tem sido sua relação com o público? É um carinho muito gostoso. Atendo todo o público. Estive em Presidente Prudente e em outras cidades do Interior paulista e agora estou em Salvador. Sempre tiro foto com pessoal. Alguns jovens pedem pra tirar foto para mostrar para a mãe, que é minha fã. O carinho é grande e o meu respeito também. Tenho ao meu lado uma mulher maravilhosa que me ajuda em todos os momentos e em todos os projetos. Ela é a pessoa que pedi a Deus. Fazer todas essas viagens com ela é sempre um prazer.
Participe das oficinas comunitárias e ajude a planejar o futuro de São José dos Campos! 21/10/2017 (sábado) 9h Capela Nossa Senhora do Bonsucesso Bonsucesso
LESTE
SUDESTE
02/10/2017 (segunda-feira) 18h45 EMEF Luiz Leite Galo Branco
09/10/2017 (segunda-feira) 18h45 EMEF Maria Nazareth de M. Veronese Jardim da Granja
03/10/2017 (terça-feira) 18h45 EMEF Silvana Maria Ribeiro de Almeida Jardim Cerejeiras
10/10/2017 (terça-feira) 18h45 EMEF Lucia Pereira Rodrigues Jardim Santa Fé
23/10/2017 (segunda-feira) 18h45 EMEF Homera da Silva Braga Cidade Morumbi
OESTE
24/10/2017 (terça-feira) 18h45 Casa do Idoso Sul Bosque dos Eucaliptos
04/10/2017 (quarta-feira) 18h45 EMEF Maria Amélia Wakamatsu Campos de São José 05/10/2017 (quinta-feira) 18h45 Casa do Idoso Leste Vista Verde 06/10/2017 (sexta-feira) 18h45 EMEF Ilga Pusplatais Jd. Ismênia SÃO FRANCISCO XAVIER 07/10/2017 (sábado) 9h EMEF Mercedes Rachid Edwards São Francisco Xavier
16/10/2017 (segunda-feira) 18h45 UNIVAP - URBANOVA Urbanova 17/10/2017 (terça-feira) 18h45 EMEF Sebastiana Cobra Jardim das Indústrias NORTE 19/10/2017 (quinta-feira) 18h45 Casa do Idoso Norte Santana 20/10/2017 (sexta-feira) 18h45 EMEF Mariana Teixeira Cornélio Jardim Telespark
SUL
25/10/2017 (quarta-feira) 18h45 EMEF Jacyra Vieira Baracho Jardim Veneza (Pq. Industrial) 26/10/2017 (quinta-feira) 18h45 EMEF Ruth Nunes de Trindade Parque Interlagos 30/10/2017 (segunda-feira) 18h45 EMEF Therezinha Menino Jesus do Nascimento Conj. Res. Dom Pedro I 31/10/2017 (terça-feira) 18h45 Casa do Idoso Centro Centro
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NOTÍCIAS ESPECIAL
Fotos: Salles Ribeiro
Marias da FÉ Mulheres que levam o nome da mãe de Jesus contam suas histórias no mês em que se comemora os 300 anos do encontro da imagem no rio Paraíba do Sul
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Otávio Baldim LORENA
Q
uatro mulheres da mesma família e a devoção atravessando gerações. Para elas, que moram em Lorena, a escolha do nome Maria representa a extensão de um amor materno incondicional. Nos apuros, a oração escapa divinamente da boca: Ave Maria, cheia de graça. E são muitas graças alcançadas. “No meio da noite acordei desesperada. Meu filho, na época, tinha 17 anos. Ele se debatia na cama. Eu fiquei apavorada, não sabia o que fazer. Era uma crise de epilepsia. Corri, chamei minha mãe, que morava com a gente, e ela nos ajudou e me confortou. Confie e reze, disse ela. Coloque nas mãos de Nossa Senhora. Procurei um médico e começamos o tratamento”, relembra Maria Aparecida, 78, a primeira da família que recebeu esse nome. Devota da santa padroeira do Brasil, encontrada nas águas do Rio Paraíba do Sul, em 1717, Maria vai pelo menos uma vez por mês ao Santuário Nacional, em Aparecida. Aos pés da delicada imagem,
com pouco mais de 30 cm de altura, rodeada de luxo, num elegante nicho com vidro blindado, ela dificilmente pede, prefere agradecer. “É uma emoção muito grande quando estou diante da santinha. Ela intercede por nós. Basta acreditar e confiar”, diz.
Família de Lorena tem 4 mulheres com o nome de Maria Maria decidiu não batizar as filhas com o mesmo nome dela. Escolheu outros. Eliane e Ednea. O registro na certidão de nascimento, não mudou a devoção dessas mulheres. E ela concebeu devotas fervorosas de Nossa Senhora. Quando chegou a vez da Eliane escolher o nome das filhas, optou por Maria. O coração de mãe deixou essa
Quatro Marias na mesma família. Sinal de fé aprendida em casa
demonstração de amor, simples, mas significativa. Ela dividiu a maternidade das meninas com a santa. E a família cresceu: nasceram Maria Clara, 28, Maria Laura, 27, e Maria Júlia, 24. Em 2005, Eliane descobriu um câncer nos rins. Foram quatro anos de luta contra a doença. E ela nunca se sentiu abandonada por Deus. E não houve ao menos um dia que ela deixou de orar. Eliane confiava nos desígnios divinos. Mas o sofrimento da mãe abalou a fé das filhas. “Eu cheguei a desacreditar na existência de Deus. Pra mim, Nossa Senhora tinha abandonado minha mãe. Ela tinha desamparado a nossa família. Era inaceitável imaginar que Deus permitiu aquele sofrimento todo. Eu queria a cura. Minha mãe percebeu meu desespero, minha descrença naquilo que eu acreditei a vida inteira, me chamou para conversar e disse: filha, acredite, eu vou ser curada, mas não aqui na terra, no céu. Nossa Senhora vai me receber lá em cima e vai cuidar da gente”, conta a professora Maria Laura Cabral Plácido.
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Para a filha mais velha, Maria Clara Cabral Plácido, que se recorda ainda mais dos anos difíceis que a família enfrentou com o câncer, a mãe foi um exemplo de fé. “Ela foi paciente. Fez o tratamento, ia ao médico, mas eu acredito que a doença, para ela, tinha um propósito muito maior. Ela encarou o câncer com muita serenidade. Mesmo doente, ela continuou sendo o alicerce, o sustento da nossa fé. Os planos de Deus são um mistério. E ela acreditava que Deus tinha preparado o melhor”, diz. Eliane morreu em 2009. Ela não alcançou o milagre da cura, mas durante a vida testemunhou a intercessão milagrosa de Nossa Senhora. Ela foi uma mulher de fé até o último suspiro. E muito grata também. Eliane partiu, mas deixou com as filhas um nome forte, abençoado: Maria. “Pouco antes de morrer, minha mãe contou que teve uma experiência espiritual muito forte com Nossa Senhora. Ela disse que, carinhosamente, a mãe de Jesus se aproximou dela na cama do hospital e a confortou, mas a morte era inevitável e estava perto,” relata Maria Clara.
Quase 10 anos depois da morte, as lembranças da mãe ainda arejam a alma. E por mais impossível que uma situação pareça, a fé continua firme. Elas conheceram o amor de Nossa Senhora Aparecida com o auxlio de Eliane, e o que a mãe ensina, o filho nunca esquece. “Eu sinto Nossa Senhora presente nas minhas pequenas necessidades.
“Eu sinto Nossa Senhora presente nas minhas pequenas necessidades. Ela me preenche com um amor incrível. Eu acho que alcanço graças todos os dias” Maria Júlia Cabral Plácida, UMA DAS “MARIAS”
Ela me preenche com um amor incrível. Eu acho que alcanço graças todos os dias. São pequenos milagres, às vezes imperceptíveis, mas acontecem. São conquistas que as minhas duas mãezinhas do céu intercederam por mim”, diz Maria Júlia Cabral Plácido, a filha caçula.
Maria do samba Caipira, nascida nos confins de Minas Gerais, na periferia de Diamantina, em 1933. Batizada de Maria Mercedes, o nome foi escolhido pela mãe, como uma constante proteção divina que iria acompanhar a menina. Sim, dona Maria Raimunda sentia que a filha, negra e pobre, estava fadada ao sofrimento. Os anos, mais tarde, confirmaram o que o coração aflito alertava. O rosto do pai, por mais que o amontoado de lembranças tenha sido revirado, nunca foi encontrado na memória. Ele foi assassinado quando Maria Mercedes ainda era de colo, com um ano e oito meses. Eles moravam numa casa erguida com sacrifício e simplicidade. Era feita de barro e o chão de terra batida. Foto: Divulgação
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Para ir à escola, Maria Mercedes, aos sete anos, andava quilômetros. Era mais de uma hora de caminhada. E os pés descalços conheciam o caminho da pobreza. Sem água encanada, percorria distâncias com uma lata na cabeça em busca dela. Conquistou um equilíbrio incrível. “Eu me recordo que pulava corda com a lata d’água na cabeça. Eu não podia parar para brincar com as minhas amigas. Precisava ajudar em casa. Quando minha mãe chamava, eu disfarçava e ia correndo de volta as tarefas do lar”, lembra. Com 11 anos, apanhou um punhado de roupa e deixou Minas Gerais, a infância e os avós que cuidavam dela. Foi para o Rio de Janeiro atrás da mãe que tinha ido para a capital, dois anos antes, e havia se casado outra vez. E a pequena Maria, mineira de Diamantina, cresceu e decretou a própria independência: fugiu de casa aos 13 anos e foi morar na rua. “Eu quis me aventurar. O mundo me recebeu de braços abertos e eu me rendi. Dormia na rua. Bebia demais. Minha mãe me encontrava, me levava de volta para casa, mas logo eu estava na rua de novo. Com 14 anos comecei a me prostituir. Eu trabalhava numa boate. Saia com estrangeiros e muitos marinheiros que ancoravam no Rio de Janeiro, nos anos 40”, conta. O duro destino, arquitetado pelas escolhas que ela mesma fez, não aceitou o arrependimento. E Maria sofreu calada nos dias cinzentos que se sucederam durante anos. Pela fresta que ainda restava de esperança, espiava a alma e rezava. Ela nunca perdeu a fé, mesmo quando parecia ter sido esquecida por Deus. Quando estava diante do perigo, recorria a intercessão de Nossa Senhora Aparecida. “Ela me livrou de muita coisa ruim nessa vida. São graças alcançadas que eu dobro os joelhos e agradeço incansavelmente. Eu apanhei muito, fui violentada, fui presa, quase morri, mas Nossa Senhora nunca me abandonou.
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Eu sempre andava com uma medalha que levava a imagem dela. Era a minha proteção. Quem pede a mãe, o filho ajuda”, diz. Ela nunca desistiu da oração. E de tanto rezar, o milagre aconteceu. Por volta de 1950, uma espécie de caça talentos apareceu na boate onde ela se prostituia e a convidou para ser atriz e fazer espetáculos de teatro e de circo. Maria aceitou. E a mulher negra, predestinada ao sofrimento, deixou a prostituição.
“Eu amo meu nome. Se nascesse de novo, queria me chamar Maria outra vez” Maria Lata D´agua,
MISSIONÁRIA NA CANÇÃO NOVA
Em 1952, ela fez uma participação no programa do Chacrinha. Colocou uma lata d’água na cabeça e mostrou o que a infância ensinou. A partir dali, nascia a “Maria Lata D’água”. E os pés descalços, no sambódromo do Rio de Janeiro, conheceram o caminho da fama. Durante 45 anos, ela desfilou no carnaval carioca. Chegou a se apresentar na Europa. E ganhou uma marchinha, interpretada pela cantora Marlene. Hoje, longe do samba, ela vive em Cachoeira Paulista, numa casa com as paredes pintadas de azul claro que carinhosamente chama de “aconchego de Maria”. Se converteu e desde 2004 é missionária na comunidade católica Canção Nova, onde se dedica à oração. Maria Mercedes, aos 84 anos, leva a vida inspirada na mãe de Jesus, exemplo de santidade. “Eu amo meu nome. Se nascesse de novo, queria me chamar Maria outra vez”.
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Pagadora de promessa O asfalto pegando fogo. O suor escorre pelo rosto. Os carros passam e buzinam. O motorista pede para ser lembrado nas orações quando chegar ao Santuário Nacional. Pela rodovia Presidente Dutra, milhares de romeiros. Entre eles, a pagadora de promessas, Maria Francisca da Silva, 55, que continua firme na caminhada. O corpo, exausto, obedece a fé. Por mais solitária que possa parecer uma peregrinação, Nossa Senhora não desampara o devoto e o acompanha na estrada. O filho mais novo da Maria Francisca, apresentou um quadro de depressão, crises de pânico e convulsão, em 2013. Era o início de uma saga para a descoberta da cura de uma doença inexplicável. Os médicos detectaram um tumor cerebral de dificílimo acesso. E a mãe contava com um milagre. “Meu filho, na época com 28 anos, começou a ter crises diárias. Ele foi medicado com remédios fortíssimos, mas nada amenizava aquele sofrimento. Perdeu o controle das mãos, não conseguia mais comer sozinho. Eu entrei em desespero. Decidi ter uma conversa de mãe para mãe e chamei Nossa Senhora ao pé do ouvido. E ela me ouviu”, conta Maria Francisca. Nascida em Lagoa Salgada, no Rio Grande do Norte, em 1998 foi em busca de trabalho e foi com a família para Taubaté. E, do Nordeste, ela trouxe um conselho dado pela mãe: confie em Nossa Senhora. Quando ela mais precisou, a santa intercedeu. “Os médicos marcaram a cirurgia de alto risco. Meu filho fez vários exames outra vez, confirmando o tumor. Quase 20 dias depois, chegamos para a cirurgia e o médico veio me avisar que o último exame deu negativo: o tumor havia desaparecido. Graças a Nossa Senhora Aparecida meu filho foi curado. Ele é a
prova de que milagres acontecem. Sair de Taubaté e ir a pé até Aparecida é uma demonstração infinitamente pequena perto da minha gratidão”, finaliza Maria Francisca.
“Meu filho começou a
Brasil das Marias
ter crises diárias. Eu en-
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que mais de 11 milhões de mulheres são registradas com este nome, o mais comum no país. Para o padre Eliano Gonçalves, de Lorena, a devoção fervorosa de muitos católicos os leva a batizar suas filhas com o nome de Maria. “Eu creio que a escolha do nome de uma criança é motivada pelas referências marcantes da vida dos pais, como a motivação religiosa. O nome Maria tem beleza e pureza”, explica.
trei em desespero. Decidi ter uma conversa de mãe para mãe e chamei Nossa Senhora ao pé do ouvido. E ele me ouviu” Maria Francisca da Silva,
SOBRE PEDIDO FEITO DURANTE A DOENÇA DO FILHO
HISTÓRIA Foi em 1717 que uma imagem simples e quebrada transformou a fé de um povo até receber o título de Padroeira do Brasil. Tudo começou quando os pescadores João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia foram encarregados de conseguir peixe para o banquete que a Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá iria oferecer a Dom Pedro de Almeida e Portugal, o Conde de Assumar, que na época também era o Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, e estava visitando a região no período de 17 a 30 de outubro daquele ano. Foi após várias tentativas de pesca que eles tiraram das águas do rio Paraíba dois pedaços de uma imagem: primeiro o corpo e em seguida, rio abaixo, a cabeça. Antes de levarem os peixes para o banquete, entregaram os pedaços da estátua a Silvana da Rocha Alves, esposa de Domingos, irmã de Felipe e mãe de
Foto: Divulgação
João, que reuniu as duas partes com cera, e a colocou num pequeno altar na casa da família, agradecendo a Nossa Senhora o milagre dos peixes. Nascia ali uma devoção, reunindo todos os sábados os moradores da região para rezarem o terço e cantarem a ladainha. Atualmente, o Santuário de Aparecida recebe cerca de 12 milhões de peregrinos por ano e conta com 1,3 milhão de m², com quase 143 mil m² de área construída.
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MATÉRIA DE CAPA
Fotos: Prefeitura Bananal
Natureza em chamas
Queimada em área da Estação Ecológica de Bananal durou seis dias; INPE detectou quase dois mil focos de incêndio na região em setembro
Incêndio na rodovia Carvalho Pinto foi algo comum durante o mês de setembro
Otávio Baldim BANANAL
O
colorido do fim de tarde em Bananal ficou coberto pela fumaça. Os estragos causados pela devastadora queimada na Serra da Bocaína, no mês passado, ainda são inumeráveis. O fogo alterou a paisagem e dizimou um relevante fragmento de mata atlântica do interior
paulista. Cerca de 1.200 hectares de área verde, que corresponde a mais ou menos 1.600 campos de futebol, foram consumidos pelo fogo, que levou seis dias para ser controlado. O cenário desolador, com a floresta reduzida a cinzas, compromete a sobrevivência de diversas espécies de seres vivos da região. Criticamente ameaçado de extinção, um veado campeiro foi encontrado
morto pelos funcionários da Estação Ecológica, devido a inalação da fumaça. O gestor da unidade de conservação, Thiago José Filete Nogueira, acredita que o massacre ambiental tenha matado intoxicadas ou carbonizadas muitas outras espécies comuns na Bocaína, como cobras, roedores, onças, lobos e uma diversidade raríssima de aves. “O tamanho exato dos danos causados direta e indiretamente pela
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queimada, creio que dificilmente iremos descobrir. Os animais carbonizados, por exemplo, se decompõem rapidamente. Perdas que, infelizmente, nunca conseguiremos contabilizar. O prejuízo ambiental foi imenso, sem dúvida. O que restou daquela porção verde de mata foi um cenário desértico, sem vida”, explica. O fogo foi na área de amortecimento que cerca a Estação Ecológica de Bananal. Para impedir que o avanço das chamas alcançasse a unidade de conservação, 200 pessoas, entre elas dezenas de voluntários, foram incansáveis no trabalho de combate. Eles conseguiram evitar um estrago ainda maior. O incêndio, provavelmente criminoso, começou no dia 18 de setembro e só foi controlado completamente no domingo, 24. O analista ambiental da Estação Ecológica, Geraldo de Carvalho Neto, disse que a comunidade se envolveu no combate à propagação do fogo. Ele conta que foi organizado um grupo nas redes sociais para a prevenção de incêndios. Pela internet, eles mobilizavam os moradores para ir à campo. “Os participantes comungavam a mesma missão: salvar a floresta. Impossível ficar indiferente àquela situação lamentável, o lugar que a gente ama em chamas, o desespero dos animais que fugiam do fogo. Isso sensibilizou muita gente e nos unimos”, revela Geraldo. Bananal chegou a decretar estado de emergência, autorizando a convocação de voluntários e permitindo a entrada de autoridades administrativas e agentes da defesa civil nos imóveis da cidade para prestar socorro ou determinar a evacuação. O secretário estadual de Meio Ambiente, Maurício Brusadin, esteve no município e acompanhou a operação montada para o combate às chamas que se aproximavam da unidade de conservação. Com a situação controlada, Brusadin convocou os moradores para serem aliados na prevenção, evitando
novos focos. “Precisamos pensar no ambiente que iremos deixar para as futuras gerações”, sensibiliza o secretário. Para a engenheira florestal da Faculdade de Roseira, Alcinéia Guimarães de Castro, queimadas em áreas de conservação, como a Estação Ecológica de Bananal, aniquilam em dias espécies de um ecossistema, no caso da mata atlântica, que levou milhares de anos para ser formado. “Os animais ainda conseguem migrar para outros locais e saem em busca de novos fragmentos
“O risco pode ser irreparável, ainda mais nessas unidades de conservação que foram criadas para preservar a biodiversidade de exemplares muitas vezes endêmicos, de ocorrência restrita a determinada região” Alcinéia Guimarães de Castro ENGENHEIRA FLORESTAL
florestais para se reproduzirem. Já a flora não tem essa capacidade. Ela
depende que novas sementes sejam plantadas. O risco pode ser irreparável, ainda mais nessas unidades de conservação que foram criadas para preservar a biodiversidade de exemplares muitas vezes endêmicos, de ocorrência restrita a determinada região”, diz. O incêndio, sem precedentes na História da Estação Ecológica de Bananal, foi o cruel retrato de um mês que deixou a natureza em chamas. O sistema de monitoramento de queimadas do INPE detectou 1.904 focos de incêndio na RMVale, somente no mês passado. O número foi quatro vezes maior ao registrado em setembro do ano passado, com 514 focos. Os paulistas não enfrentavam uma onda de queimadas como essa desde 1998, o último recorde de focos detectados. O coordenador do Programa de Queimadas do INPE, Alberto Stezer, diz que, apesar de impactante, o número não representa uma situação anormal. “O mês de setembro foi mais seco que
Área da Estação Ecológica de Bananal ficou totalmente devastada
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a média no Estado de São Paulo. E a meteorologia criou condições favoráveis para a propagação do fogo, com a umidade relativa do ar bem abaixo. Outro fator foi que, com a estiagem, a vegetação ficou muita seca, como um combustível para as chamas. O incêndio deixa marcas profundas na natureza. Quando uma queimada como essa na Serra da Bocaína devasta uma área, o solo fica empobrecido, a biodiversidade daquela região fica comprometida e a poluição alcança índices preocupantes”, alerta.
Reerguendo a floresta Profissionais da Estação Ecológica de Bananal querem manter isolada a área de amortecimento atingida pela queimada, para que seja possível reflorestar o local nos próximos meses. O solo deve passar por um cuidadoso processo de recuperação com adubo, para que, no período das chuvas, a partir de março, novas mudas sejam plantadas. Palmito jussara, cedro e orquídeas, espécies castigadas pelo fogo, devem ser reintegradas a Bocaína com o replantio. “Esses fragmentos de florestas estavam em regeneração há anos. O restauro da natureza deve levar, em média, uma década. Estamos contanto com a generosidade de muitas pessoas, que têm entrado em contato conosco oferecendo a doação de mudas. Queremos muito que pesquisadores se debrucem
Os paulistas não enfrentavam uma onda de queimadas como essa desde 1998, o último recorde de focos detectados sobre essa região para avaliar os impactos causados pela queimada. Espero que essa catástrofe em Bananal sirva de exemplo para quem insiste em colocar
fogo na mata. Estamos falando do futuro da humanidade”, desabafa Thiago José Filete Nogueira, gestor da Estação Ecológica. Já o rumo dos animais, que fugiram assustados com o fogo, ainda é incerto. A preocupação é de que a queimada possa ter contribuído para decretar a extinção de algumas espécies da Bocaína. “Os animais perderam o habitat deles. Os que se salvaram foram buscar abrigo em outros lugares. Essa queimada causou um desequilíbrio ambiental enorme. Os animais vão disputar espaços e alimento. Creio que muitos deles ainda podem morrer. Os estragos não acabaram. O rastro de morte e destruição foi muito profundo na Bocaína”, lamenta Thiago. O doutor em Ciências Ambientais Adilson Peloggia, acredita que evitar novas queimadas na natureza, seja praticamente impossível, mas a sensibilização da comunidade que vive próxima a áreas de conservação pode levar a uma mudança de comportamento a longo prazo. “É necessário um grande trabalho de conscientização para que as pessoas entendam a gravidade de uma queimada. Mas o Poder Público também deve investir em fiscalização, como a construção de torres de observação em locais estratégicos ou a formação de
Chamas na Estação de Bananal duraram seis dias
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um escudo natural com plantas que tenham capacidade de armazenar água, em áreas ao redor da mata”, propõe o ambientalista. Chefe do Parque Nacional da Bocaína, unidade de conservação vizinha a Estação Ecológica de Bananal, Mário Douglas Fortini de Oliveira diz que, infelizmente, mesmo com esse tempo seco, as pessoas insistem em colocar fogo para renovar a pastagem, ou como ato de protesto. “Enfrentamos um mês complicado, com o clima bastante seco, o que facilita a propagação do fogo. Isso nos preocupa, porque as queimadas impedem a regeneração de áreas do parque, causa a perda da biodiversidade com difícil recuperação de espécies. E a gente observa que o fogo é utilizado indiscriminadamente por muitos produtores rurais. Eles colocam fogo em determinado local e aquilo e chega às unidades de conservação. O fogo deveria ser usado cada vez menos no Brasil para essa finalidade. E quando indispensável, que seja colocado da maneira correta, na época mais apropriada para que casos como esse em Bananal não se repitam”.
Incêndios na RMVale Cerca de 112 hectares da área de amortecimento do Parque Estadual da Serra do Mar, em São Luiz do Paraitinga, foram consumidos pelas chamas. O
incêndio começou no dia 20 de setembro e só foi controlado dois dias depois. O fogo chegou a atingir propriedades particulares na região de Catuçaba. Já no início do mês, o Parque Estadual de Campos do Jordão enfrentou uma dura queimada, com dimensões nunca registradas antes na unidade. O fogo começou na área de amortecimento e devorou cerca de 95 hectares de mata dentro do parque, durante quatro dias de incêndio. “Perdemos bosques de espécies nativas. Observamos a degradação do solo e é nítida e severa a interferência na capacidade de regeneração da biodiversidade, retardando a sucessão ecológica natural. Já os animais, muitos deles, perderam o habitat. Creio que os mais afetados com essa queimada foram os pequenos mamíferos como o tatu, serelepe, gambá, além dos répteis como lagartos e serpentes. Eles perderam áreas de refúgio, de alimentação e de reprodução”, relata o gestor da unidade Diego Lustre Gonçalves. Gonçalves denuncia a prática recorrente de incêndios intencionais na região. “Já fomos comunicados de pessoas colocando fogo em áreas próximas à estrada, principalmente em campos onde a chama se propaga mais fácil. O incêndio florestal é crime, acidental ou não, além de multa, a pessoa pode ir presa. Pena de dois a quatro anos”. Foto: Fernando Ivo Antunes
Estrada O motorista que passa pela rodovia Presidente Dutra percebe a mudança drástica na paisagem às margens da estrada. Pastagens inteiras tomadas pelo fogo nas últimas semanas. Do céu, a fuligem cai lentamente. Parece infinda. De janeiro a setembro, a CCR Nova Dutra registrou 241 queimadas na região do Vale do Paraíba. O tenente do Corpo de Bombeiros de São José dos Campos, Pedro Campos de Carvalho, diz que o tempo seco aliado a fatores como vento dificultam o combate ao fogo. “Enfrentamos um mês de setembro atípico. Foram mais de 30 dias sem chuva. E a severa estiagem prolongada dificulta nosso trabalho. Só em São José dos Campos, atendemos uma média de 10 a 15 focos de queimadas todos os dias. E quando a área em chamas fica próxima a rodovias, nossa preocupação é com a visibilidade do motorista que pode ser reduzida e causar acidentes”, relata. No final de agosto, duas pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas num grave acidente na rodovia Carvalho Pinto, no trecho de Jacareí. Os motoristas relataram que uma forte fumaça branca, causada por uma queimada, teria dificultado a visibilidade e obrigando muitos deles a frear o carro, o que provocou um engavetamento com 36 veículos.
Riscos para saúde O médico otorrinolaringologista Gustavo Zangirolami, disse que o atendimento de pacientes no consultório dele triplicou neste mês de setembro devido ao clima seco. “Com a baixa umidade, as mucosas dos olhos, da boca e do nariz ficam ressecadas, o que favorece a atuação de vírus e bactérias. Infecções das vias aéreas, como rinite e sinusites são comuns com essa secura. O ideal neste tempo é intensificar a hidratação, lavar o nariz com soro fisiológico, manter os ambientes arejados, evitar exercícios físicos entre às 15h e 17h e usar com moderação os umidificadores de ar”, oriente.
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ESPECIAL EDUCAÇÃO
Fotos: Pedro Ivo Prates
A pressão do vestibular Com a chegada das provas, alunos convivem com a responsabilidade de decidir em poucas horas como serão os próximos anos da vida escolar
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Marcus Alvarenga SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
“
É agora, este é o ano!”. “E ai, o que você vai fazer?”. “Já começou a estudar?”. “Fez a inscrição para o Enem?”. “Vai escolher medicina?”. “Matéria dada é matéria estudada”. “Por que você não está estudando?”. Essas são algumas das muitas frases que os adolescentes ouvem diariamente e a cobrança se torna ainda maior nos meses que se aproxima o vestibular. Anualmente, milhões de estudantes ingressam no 3º ano do Ensino Médio já com a certeza de que no fim do ano precisam realizar uma das provas mais difíceis e decisivas das suas vidas. Mas o que será que se passa dentro da cabeça de cada um deles? E quais são as reações? A vestibulanda de fonoaudiologia e participante do Meon Jovem Amanda Pache, de 17 anos, estuda em
Alunos focam no estudo em busca de uma vaga na universidade
um colégio particular de São José dos Campos que já prepara os alunos para as provas de ingresso na universidade desde o 1º ano do Ensino Médio, mas, para ela, o último ano está sendo o mais sobrecarregado. “Logo que entramos no Ensino Médio, já ouvimos muito a palavra vestibular. Dessa forma a gente começa a pensar, mas a ficha só cai mesmo no 3º ano, quando você chega no primeiro dia de aula e os professores já se apresentam falando que ‘é agora, este é o ano!”, conta a estudante. Matheus Dimer, de 18 anos, também faz parte do Meon Jovem e está cursando o 3º ano. Ele caracteriza que esse problema é generalizado e o último ano especificamente é o mais complicado, mas não apenas pela questão das provas que acontecem no fim do segundo semestre. “É pressão de vários lados neste ano específico. Até o segundo ano, eu tinha apenas a prova, agora tenho prova,
escolher um curso, vestibular no final do ano, alistamento militar, formação como cidadão e tudo isso com diferentes pessoas da família, escola e amigos fazendo pressão”, destaca Dimer, sobre os pontos que estão prevalecendo. As dúvidas comuns da adolescência, somada ao momento de decisão, têm impacto direto no bem-estar e no comportamento dos estudantes. A doutora em Psicologia da Educação e coordenadora do Núcleo de Educação e Medicalização do CRPSP (Conselho Regional de Psicologia de São Paulo), Lauren Mennochi, de 34 anos, acredita que este é um momento de inquietação e que precisa de uma atenção especial. “Eles já estão em um momento difícil e existem escolas que trabalham com métodos que podem ser ainda mais prejudiciais. Alguns colégios utilizam de um ranking entre os alunos, visto primeiramente como motivador, para buscar estar entre as melhores
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notas, mas pode produzir algo muito ruim para os alunos que não conseguem alcançar bons resultados”, comenta a psicóloga que não reprova a divulgação das médias do estudante. “É importante oferecer mecanismos que mostrem o progresso, pontuar onde estão precisando focar mais no estudo, mas não de maneira pública, causando constrangimento aos adolescentes”. Nesse período de estudos, os jovens convivem mais com seus colegas e amigos do que com outras pessoas, se tornando a força e apoio um do outro. “Por mais que a gente não queira o assunto que mais falamos é o vestibular. Você vê alguém no corredor e a primeira pergunta é ‘o que você vai fazer?’, e as vezes não sabemos, pesando muito no nosso psicológico. É muito comum você ver algum colega chorando e sem motivo, as vezes apenas pela tensão da pressão de todos os lados”, comenta Amanda.
“É pressão de vários lados nesse ano específico. Até o segundo eu tinha apenas a prova, agora tenho prova, escolher um curso, vestibular no final do ano, alistamento militar, formação como cidadão e tudo isso com diferentes pessoas da família, escola e amigos fazendo pressão” Matheus Dimer, ESTUDANTE
Os momentos de lazer e relaxamento são necessários, mas dentro das próprias escolas algumas atividades podem ser o diferencial para os alunos que estão ingressando neste período. “Quando as escolas oferecem atividades além do currículo obrigatório, elas evitam que as pessoas entrem em sofrimento intenso. Nós, psicólogos, tentamos intervir junto com os colégios porque é um espaço mais potente de contribuição e transformação do que em uma clínica, então trabalhamos na prevenção, para não precisar remedir alguma reação grave no futuro. Isso pode ser feito com atitudes muitos simples”, diz a coordenadora do Núcleo de Educação e Medicalização do CRPSP. Entre as intervenções dentro das instituições de ensino sugeridas pela especialista está a composição de grupos de estudos, onde os alunos vão poder trocar conhecimentos e habilidades, dividindo o que um mais sabe com o outro. “As escolas devem buscar uma gestão que melhore a qualidade de vida dos alunos nesse período. Infelizmente
acontece de muito deles estarem impossibilitados de falar e de terem com quem conversar, sem transformar as angústias em palavras e o corpo precisando expressar sem ter como. Então são necessários momentos para encontrar os colegas, manter relações sociais, afetivas, amorosas e sexuais, que são coisas que mobilizam emoções intensas da idade”, diz a especialista.
Escolha Matheus se mostra esgotado antes mesmo de iniciar a maratona de vestibulares, mas a decisão já está tomada, só que ele não sabe se fez a escolha certa. “Eu estou muito cansado, com cansaço físico e mental, mas não deixo de estudar e pesquisar sobre Economia todos os dias, por que eu já coloquei como opção. Mas quando entrei no ensino médio queria engenharia, depois decidi fazer psicologia, mudei para oceanografia e agora economia, mas ainda não tenho certeza, porque não me vejo fazendo isso daqui há 40 anos seguidamente”, explica Dimer, que vai prestar prova para a USP, além do Enem.
COLÉGIO ADVENTISTA
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“Quando a expectativa do pai ultrapassa o desejo do próprio filho tem que tomar cuidado de se tornar algo ruim. É necessário o respeito do desejo da escolha do estudante, isso é muito difícil, pois há pais que têm uma carreira bem sucedida e desejam que os filhos continuem, como o caso de médicos e outras profissões” Lauren Mennochi, ESTUDANTE
Essa indecisão é presente na maioria dos alunos, mas existem métodos que podem auxiliar neste momento e amenizar um dos fatores de grande pressão que é a escolha da carreira profissional. “Os psicólogos e psicopedagogos atuam em duas frentes, a dos atendimentos diretamente com os alunos e o acompanhamento para a realização da orientação profissional, essencial para que eles percebam que não estão sozinhos com a dúvida. Nós auxiliamos levantando informações de profissões e áreas e levando um momento de autoconhecimento. A orientação busca definir quais são os interesses e habilidades do estudante e juntar as duas para uma escolha mais próxima da ideal”, descreve Lauren. Segundo os alunos e os profissionais, um dos grandes problemas nesse momento são os próprios pais, que ao invés de apoiar a decisão do filho, querem realizar o desejo e sonho pessoal no seu progenitor. “Estava passando de carro na frente da USP, em São Paulo, e os meus pais comentaram: ‘ano que vem você estará lá, né!’. Esse final foi um ponto de exclamação, afirmando isso, me deixando ainda mais nervoso. Mas meus pais ainda são sossegados. Já vi pais de amigos
brigando por eles estarem assistindo TV e não estarem estudando, pedindo para acordar mais cedo para ter mais tempo para estudar”, relembra Matheus, que também acredita que os pais deveriam tentar compreender mais os filhos. “Quando a expectativa do pai ultrapassa o desejo do próprio filho tem que tomar cuidado de se tornar algo ruim. É necessário o respeito do desejo da escolha do estudante, isso é muito difícil, pois há pais que têm uma carreira bem sucedida e desejam que os filhos continuem, como o caso de médicos e outras profissões. Mas essa dose em investir boas expectativas no futuro do filho e respeitar é difícil, mas necessário”, afirma Lauren.
Essa indecisão é presente na maioria dos alunos, mas existem métodos que podem auxiliar neste momento
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ESPECIAL EDUCAÇÃO
Fotos: Pedro Ivo Prates
Caracterizados, alunos debatem temas que são pauta na ONU
Estudantes do ensino médio estudam e se aprofundam no debate político
Aluna estudou a cultura do país que representa e se vestiu a caráter para defender o posicionamento no debate
Gabi Riemma SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
J
á imaginou alunos do ensino médio, de 15 a 17 anos, assumindo a identidade de chefes de Estado e discutindo com propriedade os temas mais relevantes que estão na pauta da ONU (Organização das Nações Unidas)? Foi o que aconteceu no Colégio da Embraer Juarez Wanderley, onde mais de 600 alunos de 20 escolas de São José dos Campos participaram da 5ª edição do evento batizado de JWONU, que
ocorreu entre 21 e 23 de setembro.Este modelo de evento já acontece em diversas cidades da região, como no Anglo de São José. Organizado pelos alunos do colégio Embraer, o dividiu todos os participantes das escolas convidadas em 12 comitês para discutirem os mesmos assuntos que estão na agenda política internacional. Cada estudante se apropriou de uma nação e teve três meses para estudar a geografia, cultura e os interesses comerciais e políticos do país. Em sala de
aula, puderam representar, em reunião, exatamente como acontece nas organizadas pela ONU, durante os três dias do encontro. Sem interferência dos professores, eles argumentavam temas como ‘O Monitoramento e as Ameaças da Tecnologia Nuclear na Indústria Bélica’ e ‘O Protecionismo Fiscal em Relação a Produtos Agrícolas’, com embates ideológicos, seguindo a linha real da nação que estavam representando. Para a diretora do Colégio Embraer de São José dos Campos, Iris Alves da
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Encontro reuniu mais de 600 alunos para os debates
Silva Ferreira, o JWONU é uma ótima oportunidade para os alunos exercerem funções de liderança e argumentação. “É um em evento que os alunos têm muita autonomia, o que é importante em qualquer profissão que venham a exercer. Assim, como o exercício da cidadania não é apenas para as provas do vestibular, ou seja, é para a vida, torna-se importante saber lidar com as diversidades e desenvolvimento do pensamento crítico”, diz. Olívia Funa, de 17 anos, estudante do 3º ano do colégio Embraer, ficou com o cargo de secretária geral no JWONU deste ano. Responsável por organizar e supervisionar todos os comitês que aconteciam simultaneamente em diversas salas da escola, ela estava entusiasmada com as simulações. “A gente aprende que nem sempre a posição do país que você representa é a mesma que a sua. Você tem que abrir mão da sua opinião e defender os interesses do país. Acho que isso ajuda a perceber que nem sempre estamos certos”, diz. Para ela, é revigorante ver os colegas interessados no debate. “É muito bom ver tantos jovens engajados em assuntos tão importantes para a sociedade contemporânea. É incrível ver todos os colegas
interessados, debatendo e discutindo de uma forma diferente do convencional. Todo mundo aprende bastante”, diz Olivia. A decisão de trazer um país como a Coreia do Norte para a discussão, mesmo ele não fazendo parte da ONU,
“A gente aprende que nem sempre a posição do país que você representa é a mesma que a sua. Você tem que abrir mão da sua opinião e defender os interesses do país. Acho que isso ajuda a perceber que nem sempre estamos certos” Olívia Funa, 17 ANO, ESTUDANTE
foi tomada em conjunto. “A gente tenta fazer o mais verossímil possível, mas achamos importante a Coreia do Norte estar presente em pelo menos um comitê por conta de sua representatividade no cenário atual”, conta. Os alunos levam tão a sério as discussões que criaram dois comitês para serem debatidos totalmente em língua estrangeira. No comitê do G20, só era permitido falar em inglês, e o comitê do Parlamento Espanhol, só na língua nativa daqueles que estavam discutindo os movimentos separatistas espanhóis, liderados por representantes da Catalunha. Além do mais, a participação nos comitês sugeria o uso de roupas formais. Meninas e meninos deveriam estar de roupa social. Assim, como os representantes de cada país eram convidados a usar roupas típicas da vestimenta local. A estudante Vitoria Monteiro, do Colégio Nova Geração, do Jardim Satélite, também participou do evento. Ela se inscreveu no comitê da OIT (Organização Internacional do Trabalho) para discutir ‘As desigualdades de gênero no mercado de trabalho’, com participação de três alunos na mesa diretora, e representantes de mais de 40 países, entre eles, o Paquistão, que coube a ela defender.
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“Discutir a desigualdade de gênero no Paquistão é um grande desafio porque eles são um país muito fechado, além da presença muito forte do Islamismo, as condutas são muito rígidas, principalmente no mundo atual onde está em discussão a liberdade e independência da mulher e a presença feminina no mercado de trabalho. É bem difícil defender, mas, ao mesmo tempo, muito gostoso”, diz. Para se preparar para a discussão, Vitoria conta que pesquisou e estudou bastante, tanto sobre o tema, quanto sobre os valores do país. “Entrei realmente em um estado de imersão sobre o Paquistão, tanto que começou a fazer sentido eu defender aquilo. Pesquisei sobre a cultura, religião, o mercado externo e a economia interna”, conta.
Aluno usa o turbante para representar o Irã
O que mais chamou a atenção da estudante foi a cultura paquistanesa. “É muito diferente do que estamos acostumados, mas na visão deles é algo natural, assim também como a visão ocidental é muito diferente para eles”, completa. O estudante Gustavo Alban, de 16 anos, está no 2º ano do Colégio Embraer e não precisou representar nenhum país este ano, pois estava na organização geral do evento, mas a lição que aprendeu com as simulações que assistiu estava na ponta da língua. “O mais incrível é olhar para as outras pessoas, seja do comitê, das equipes ou da mesa, e perceber que as ideias são muito diferentes e, mesmo assim, a gente se coloca no lugar do outro para perceber os problemas e questões que envolvem
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Reuniões eram mediadas pelos próprios alunos, sem interferência dos professores ele também, aprendemos a ter empatia pelas pessoas e seus países”, diz. O professor coordenador do Colégio Embraer, Bruno Augusto Gomes Santos, explica que a novidade do evento foi a criação de uma Câmara Municipal fictícia para os alunos debaterem questões mais locais. “Como simulamos questões externas, com políticas mais distantes, a ideia foi falar também de questões mais
Câmara Municipal de uma cidade fictícia foi criada para que os alunos debatessem questões locais
domésticas. Criamos a cidade Thomas Morus para que os jovens pensem nos partidos políticos, suas ideologias e desenvolvam projetos políticos e simulação de aprovação de orçamentos, além de discutirem as questões do município”, conta. Depois de tanto assunto sério em foco, nada mais justo que o evento terminar com uma gincana para promover interação entre os alunos anfitriões e os convidados. “É legal perceberem que o colega da discussão também é uma pessoa bacana e durante as brincadeiras eles podem se conhecer melhor e trocar outras experiências”, diz o professor.
LINK
Mais informações sobre o JWONU podem ser adquiridas no site que os alunos criaram
http://jwonusimula.wixsite. com/2017
ESCOLAS Caçapava Colégio Cecília
Rua Des. Alipio Bastos, 44 - Vila Resende- Caçapava/SP. Fone: (12) 3653-2446 Facebook:colegiocecilia Diferencial: Colégio Bilíngue
ETEC Machado de Assis
Rua Nações Unidas,253 – Jd. Santo Antonio – Caçapava Fone: (12) 3655-3050 www.etecmachadodeassis.com
Objetivo Caçapava
Rua Cônego Rodovalho, 497 – Vila Resende – Caçapava - Fone: (12) 3653-6677 www.objetivocacapava.com.br
Escola Damasco
Rua São Bento, 04 - Vera Cruz - Caçapava/SP Fone: (12) 3652-7507/ (12) 3653-2700 Facebook.com/escoladamasco
Facebook: https://www.facebook.com/ colegioadventistacaraguatatuba/ E-mail: cacg@ucb.org.br Site da rede: www.educacaoadventista. org.br Cursos: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Diferencial: Rede Mundial, presente no Brasil há 120 anos, oferecendo ensino de qualidade aliado a valores essenciais na formação do educando. Hoje o Colégio oferece a seus parceiros serviços importantes como: Playground, Ginásio Poliesportivo, Cantina especializada em lanches naturais, Serviço de Nutrição para a promoção da saúde, Serviço de Coordenação Pedagógica, Serviço de Orientação Educacional e Vocacional, Serviço de Capelania e Orientação Familiar, Ensino Religioso, Tarefa on-line, Pesquisas, boletins, ocorrências dos alunos via web, Simulados Bimestrais do 5º ao9º ano, Inglês desde a Educação Infantil, Musicalização e Canto Coral, Excursões culturais e recreativas, Intercâmbio Cultural e Linguístico (Inglaterra, França e Itália) Participação em Projetos Sociais, Sistema de vigilância com câmeras de segurança, Seguro de Acidentes Pessoais 24h.
Campos do Jordão Integração Escola de Ensino Básico
Ilhabela Colégio Objetivo
Caraguatatuba Colégio Nova Geração
Jacareí Colégio Objetivo Júnior
Av. Mario Cola Francisco,210 - Abernésia Fone: (12) 3662-4403 www.escolainteracao.net.br
Rua Laércio Luiz dos Santos, 135 - Estrela Dálva – Caraguatatuba/SP Fone: (12) 3882-6450 www.novageracao.com.br Cursos: Educação Infantil, Fundamental I e II e Ensino Médio Diferencial: Fundamental II e ensino Médio : Sistema Poliedro.
Colégio Anglo Módulo
Rua Sebastião Mariano Nepomuceno nº 518 – Centro - Caraguatatuba – S/P Cursos: Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II, Ensino Médio e Pré-vestibular Diferencial: O Colégio Anglo Módulo dispõe de um material didático moderno, que tem sido amplamente reconhecido pelos excelentes resultados alcançados, sendo um grande diferencial para quem busca qualidade de ensino. Oferece atividades esportivas, artísticas, laboratório Informática, laboratório químico e anatomia com aulas de Inglês em parceria com a Seven Idiomas.
Colégio Adventista de Caraguatatuba
Av. Francisco Garrido, Nº 860 - Pontal de Santa Marina Fone: (12) 3885-1710 WhatsApp: (12) 99615-7815 Site: http://caraguatatuba.educacaoadventista.org.br/
Rua Luiz Amexeiro 204- PEREQUE Cursos: Educação Infantil até o Ensino Médio
Av. Major Acácio Ferreira, 532- Jd. Leonidia Fone: (12) 3953-2911 Facebook: Colégio Objetivo Júnior E-mail: secretaria@objetivojrjacarei.com.br Cursos: Educação Infantil , Ensino Fundamental 1 (1° ao 5°ano), Ensino Fundamental 2 (6° ao 9°) Diferencial: Robótica , técnica de redação,balé, música, sala de multimídia laboratório de ciências . Participação em projetos sociais , convênios com empresas da região. Desconto especial para aluno do 1º ao 9º ano do ensino fundamental ( projeto bolsa solidária) Periodo Integral para educação infantil e do 1º ao 5º ano do ensino fundamental.
Colégio Rezende e Rezende
Rua Floriano Peixoto, 27, Centro – Jacareí/SP – CEP: 12308-030 Fone: (12) 3954-3910 www.rezenderezende.com.br contato@rezenderezende.com.br Cursos: Educação Infantil, Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Diferencial: Conta com uma equipe de profissionais capacitados para um atendimento de excelência e qualidade, visando sempre o sucesso e formação acadêmica plena dos seus alunos. Pauta-se no aspecto humano do aluno,
respeitando suas individualidades. E, como não poderia deixar de ser, reconhecemos o importante papel da família no processo educacional. Afinal, são 4 décadas de muita história e fazendo parte da história de muitas famílias.
ETEC Cônego José Bento
Av. Nove de Julho, 745 - Jardim Pereira do Amparo - Jacareí - Fone: (12) 3951-5800 www.etecjbento.com.br
Anglo Jacareí
Rua Ramira Cabral, 57 - Centro - Jacareí Fone: (12) 3951-4022 www.anglojacarei.com.br
Saint Exupery Pequeno Príncipe
Unidade I : Rua Barão de Jacareí, 1212 Fone: (12) 3952-6200 www.colegiosepp.com.br Cursos: Fundamental 2 e Ensino Médio Unidade II: Rua Maria Vicentina de Jesus Silva, 55 – Jacareí/SP Fone: (12) 3958-1920 Cursos: Educação Infantil e Fundamental 1
Colégio Alcance COC Jacareí
Rua Borba Gato 134 – Jardim Paraíba – Jacareí/SP Cursos: Ensino Fundamental I e II (com integral) e Ensino Médio Diferencial: Special Center com o Yázigi, parceria com a Academia Sport Mania e atendimento psicopedagógico.
Colégio Adventista de Jacareí
Av. Edmundo de Souza, 110 - Jardim América - Jacareí / SP Fone: (12) 3954-0600 WhatsApp: (12) 99623-7383 Site: http://jacarei.educacaoadventista. org.br/ Facebook: https://www.facebook.com/ colegioadventistajacarei/ E-mail: cajac@ucb.org.br Site: www.educacaoadventista.org.br Cursos: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio Diferencial: Rede Mundial, presente no Brasil há 120 anos, oferecendo ensino de qualidade aliado a valores essenciais na formação do educando. Hoje o Colégio oferece a seus parceiros serviços importantes como: Biblioteca, Playground, Ginásio Poliesportivo, Amplo Auditório, Laboratório de Ciências e Biologia, Laboratório de Informática, Cantina especializada em lanches naturais, Serviço de Nutrição para a promoção da saúde, Serviço de Coordenação Pedagógica, Serviço de Orientação Educacional e Vocacional, Serviço de Capelania e Orientação Familiar, Ensino Religioso, Tarefa on-line, Pesquisas, boletins, ocorrências dos alunos via web, Simulados Bimestrais do 5º ao 9º ano e Ensino Médio, Carga horária estendida para todo o Ensino Médio, Intensivo para vestibular no 3º Ensino Médio, Inglês desde a Educação Infantil, Musicalização e Canto Coral, Excursões culturais e recreativas,
Intercâmbio Cultural e Linguístico (Inglaterra, França e Itália) Participação em Projetos Sociais, Sistema de vigilância com câmeras de segurança, Seguro de Acidentes Pessoais 24h.
Instituto Educacional Caminhar (INEC)
Unidade I - Rua Carlos Frederico Werneck Lacerda, 317 - Cidade Jardim - Jacareí/SP Fone: (12) 3959-7538 Unidade II - Rod Geraldo Scavonne, 2730 - Km 99,7 - Villa Branca (Condomínio Vale Industrial Paulista) – Jacareí/SP Fone: (12) 3953-5001 Cursos: Do Berçário ao 9º Ano. Diferencial: Muito mais que ofertar uma estrutura de excelência e materiais que abordam as práticas pedagógicas, o fruto de nossa prestação de serviços é um ser humano melhor e mais completo, pois nosso papel é entender, valorizar e maximizar o potencial do seu filho, de forma que saia transformado para se superar em situações desafiadoras.
CED- Centro Educacional Dominó
Rua São Lucas- 56- Centro- Jacareí /sp www.escoladomino.com.br Cursos: Berçário, Educação Infantil e Ensino Fundamental I (1° ao 5° ano). Diferencial: Ensino bilíngue e aulas extras de ballet, jazz, kung fu, informática, filosofia e programação. Qualidade de ensino e formação de leitores competentes. Profissionais da educação altamente qualificados e compromisso com valores para a vida.
Instituto de Tecnologia de Jacareí
Avenida Siqueira Campos, 1174 – Centro – Jacareí/SP. Fone: (12) 3955-3388 Cursos: Ensino Médio, Curso Técnico de Administração de Empresas, Curso Técnico de Informática, Curso Técnico Industrial de Eletroeletrônica, Curso Técnico Industrial de Mecânica, Curso Técnico de Informática Industrial e Curso Técnico Industrial de Mecatrônica. Diferencial: O ITJ Ensino Médio e Técnico atua há 40 anos na cidade de Jacareí/SP formando profissionais qualificados para o mercado de trabalho. Atuamos em parceria com grandes empresas da região, as quais proporcionam oportunidades de estágios com chances de efetivação aos nossos alunos. Temos o prazer e o privilégio de fazer parte da carreira profissional de todos que nos escolhem como a melhor opção para Ensino Médio e Técnico.
São José dos Campos Avanti Berçário e Educação Infantil
Rua Fernão Dias, nº 231/241, Jardim Nova América – São José dos Campos/SP. Fone: (12) 3941-3610, E-mail: avanti@
avanti.com.br – site: www.avanti.com.br Cursos: Berçário e Educação Infantil. Diferencial: Atividades curriculares: Inglês, Música, Informática, Capoeira, Expressão Corporal, Educação Nutricional e Educação Odontológica inclusas nos valores nas mensalidades. Aulas extracurriculares (pagamento à parte) de judô e balé. Projetos complementares: Horta sustentável, projeto de responsabilidade social e ambiental. Proposta pedagógica: Sócio Construtivismo. Resumo da infraestrutura: a escola possui duas unidades com amplas instalações e salas planejadas (quadra, parques externo e interno, sala de sono entre outros). Horário de funcionamento: 7h00 às 18h30. Opção de horário: Meio Período (manhã ou tarde) e Integral. Desconto nas mensalidades escolares para filhos de funcionários de empresas conveniadas: Embraer, Ericsson, Petrobrás, Mectron e SICOOB (cooperativados). Convênios: Academias: balé e natação, Centro de Idiomas para alunos e familiares.
Colégio Ciclo
Rua Manoel Saldanha, 350, Esplanada do Sol II Fone: (12) 3921-7132 Cursos: Baby Ciclo, Educação Infantil, Ensino Fundamental I Diferencial: Colégio Ciclo, desde 2007, promove uma aprendizagem de qualidade, abrindo caminhos que conduzam o aluno à construção do conhecimento, formando indivíduo autônomo, capaz de interagir no meio social com responsabilidade e ética.
ECOMPO- Escola Politécnica de Ensino Médio Comendador Manoel Pedro de Oliveira
Rua Raul Ramos de Araújo - nº 283Santana - São José dos Campos/SP. Fone: (12) 3922-8655 Cursos: Prótese Dentária, Informática, Química e Ensino Médio. Diferencial: Laboratórios em todos os Cursos Técnicos, aulas interativas do Sistema UNOI no Ensino Médio e encaminhamento do aluno para Estágio e uma tradição de 42 anos na formação de Técnicos Especializados.
Red Balloon
Av. Barão do Rio Branco 77, Jardim Esplanada- São José dos Campos/SP Fone: (12) 3308-0120 www.redballoon.com.br Cursos: Escola de Inglês especializada em crianças e adolescentes. Diferencial: Mais que aulas a Red Balloon, proporciona experiências em Inglês em diversos contextos, com prazer e naturalidade, propiciando o aprendizado do Inglês com fluência para a vida toda. Oferecemos: metodologia especializada; mais de 45 anos de experiência; carga horária de 4 horas semanais; prazer e naturalidade no aprendizado; mais de 90% de aprovação nos exames de Cambridge.
Centro Educacional Paulista
Av. Livio Veneziani, 151 - Jardim Uirá
Fones: (12) 3923-9417 / (12) 3942-3979 Site: http://www.colegiocep.com.br/ E-mail: ceppaulista@yahoo.com.br Cursos: Período Integral Berçário, Educação Infantil e Ensino Fundamental. Diferencial: Aulas extracurriculares: Movimento, Capoeira, Street Dance, Vôlei, Musicalização, Robótica, Jazz, Futsal, Aula de informática, Aula de Circo e Dança. Parque Espumado, Sala de Ambiente monitorado por câmeras, Higienista, Recreadoras, Cardápio elaborado por nutricionista e Colônia de férias.
Colégio ECCOS
Unidade Berçário e Educação Infantil: Rua Cali, 17 - Jd. América - São José dos Campos/SP Unidade Ensino Fundamental: Rua Bariloche, 91 - Jd. América - São José dos Campos/SP - SP - F. (12) 3797-2070 www.colegioeccos.com.br Cursos: Berçário, Educação Infantil, Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II. Diferencial: Espaço de aprender por meio de experiências educacionais que irão promover o desenvolvimento de habilidades sociais e de pensamento, desde os primeiros anos de vida, levando o estudante a explorar, escolher, experimentar, refletir e pensar criticamente sobre suas ideias e ações, gerenciar sua aprendizagem, cuidar de si, do outro, do meio e da coletividade, vivenciando proposta bilíngue e pluricultural. Programa Integral destinado à Educação Infantil e Ensino Fundamental I e oficinas extracurriculares, com atividades complementares voltadas ao desenvolvimento sociocultural do estudante, direcionadas ao Ensino Fundamental.
Esfera Escola Internacional
Av. Anchieta, 908 – Jardim Esplanada Fone: (12) 3322-1255 Cursos: Educação Infantil ½ período: 7h45 às 12h00 ou das 13h30 às 17h45. Ensino Fundamental I: Período Integral de segunda à quinta das 7h30 às 15h15; sexta das 7h30 às 12h30. Ensino Fundamental II: Período Integral de segunda à sexta das 7h30 às 15h30. Diferencial: A Esfera é uma escola internacional certificada pelo IB (International Baccalaureate - www. ibo.org) e membro das escolas associadas da UNESCO. A partir das premissas de rigor acadêmico e educação bilíngue (português e inglês), trata-se de uma escola com abordagem construtivista, que atende ao ensino para a diversidade e para a compreensão de conceitos, conhecimentos, habilidades e atitudes, integrando as diversas áreas de conhecimento.
Colégio Joseense
Rua Yoshiktsu Iida, 08 - Jardim Oriente - São José dos Campos/SP Fones: (12) 3931-9436 Site: www.colegiojoseense.com.br E-mail: secretaria@colegiojoseense. com.br
Cursos: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Técnico em Administração e Técnico em Informática. Diferencial: Aulas extracurriculares: Aula de Circo, Xadrez, Musicalização, Vôlei, Futsal, SuperGeeks, Informática, Ballet e Aula de música.
Anglo Cassiano Ricardo Ensino Médio e Pré-Vestibular
Rua Laurent Martins, 329 - Jardim Esplanada II - São José dos Campos Fone: (12) 2134-9100 www.anglocassianoricardo.com.br www.facebook.com/anglosaojose Cursos: (ensino fundamental, ensino médio, ensino superior, pós-graduação) ENSINO MÉDIO HIGH SCHOOL PRÉ-VESTIBULAR Diferencial: no Anglo, a proposta educativa une o aprendizado de conhecimentos acadêmicos, de valores e de atitudes para possibilitar uma completa formação acadêmica e humana de nossos alunos. O jeito de ser e de fazer do Anglo amplia as possibilidades de escolha e as oportunidades no mundo acadêmico, pessoal e profissional e, tudo isso, concorre para uma vida feliz.
Centro Educacional Construir
Av. Dr João Batista Soares de Queiroz Jr 30 - Jd das Indústrias – São José dos Campos/ SP - Cep 12.240-000 Fone/fax: (12) 3931-1647 / (12) 3931-3416 Site: www.cecsjc.com.br e-mail: contato@cecsjc.com.br Cursos: Berçário, Educação Infantil, Ensino Fundamental do primeiro ao quinto ano. Diferencial: O CEC tem como filosofia o construtivismo e fundamenta sua prática educacional na teoria das múltiplas inteligências e nos 4 Pilares da Educação segundo a UNESCO. Tem como objetivo desenvolver no aluno a autonomia e habilidades cognitivas, para serem empreendedores, integrados socialmente, com iniciativa e aptos para enfrentar desafios. Programas especiais: Prevenção e educação odontológica sob a responsabilidade da Future teeth, Avaliação e educação nutricional, Escola da Inteligência, idealizado pelo Dr Augusto Cury e que tem como objetivo desenvolver a inteligência emocional. Programa bilíngüe, sob a coordenação da International School com aulas de inglês diárias e Lego Education também em inglês.
Grupo Educacional Iguatemy
Unidade de Berçário e Educação infantil Rua Benedito Silva Ramos, 63 – Esplanada – São José dos Campos – SP Fone: (12) 3921-5328 Unidade de Ensino Fundamental e Médio Rua Santa Clara, 260 – Vila Adyanna – São José dos Campos – SP
Fone: (12) 3922-9644 www.iguatemy.com.br Cursos: Educação Infantil ao Ensino Médio (os melhores resultados do país) Diferencial: berçário ao Ensino Médio. 3ª melhor escola no ENEM. Sistema Didático Etapa em todos os ciclos. EM Semi-integral e material extensivo para o 3º EM. Entre as 10% melhores escolas do sistema no país.
Colégio Lumens
Rua Carlos de Campos, 175 - Jardim Esplanada II - São José dos Campos/SP – CEP 12242-540 Fone: (12) 3923-9233 | (12) 3302-9322 Cursos: Berçário, Educação Infantil Diferencial: Oferecemos um ensino diferenciado e consistente, respeitando o aluno na sua individualidade, ajudando-o a se desenvolver como cidadão.
Berçário e Educação Infantil “GRILO FALANTE”
Unidade 1- Vila Adyana: Rua Santa Elza, 218 – São José dos Campos/SP Fone:(12) 3911-4367 Unidade 2 - Jardim Esplanada: Avenida Rio Branco, 78 – São José dos Campos/ SP Fone: (12) 3322-7488/(12) 3322-7489 Site: www.escolagrilofalante.com.br Cursos: Berçario e Educação Infantil Parcial ou Integral Diferencial: Enfatiza a ética e a moral em sua rotina diária e constrói com as crianças um ambiente lúdico de carinho e respeito, onde o cuidar, brincar e o educar estão sempre em equilíbrio. Prioriza em sua prestação de serviços educacionais, sem custos adicionais, as seguintes atividades extras complementares: Acompanhamento Psicopedagógico, Acompanhamento Nutricional Escolar, Acompanhamento emergencial EMERCOR, Colônia de Férias, Prevenção Odontológica, Projetos Sociais (Valores e Virtudes), Esportes / Estimulação Corporal / Arte e Cultura, Dança (Ballet \ Sapateado), Capoeira de Angola, Inglês, Projeto Tecnológico: Laboratório de Informática, Projeto Lego Education (Robótica) e o uso de lousas Digitais.
Colégio Inspire
Rodovia Presidente Dutra, km 145 - sentido RJ - São José dos Campos/SP Cursos: Educação Infantil (Jardim I) ao Ensino Médio Diferencial: Um Colégio completo, totalmente planejado para oferecer excelência acadêmica com muito conforto para seus alunos e professores e com o currículo organizado dentro de uma cosmovisão de cidadania integral. São mais de 4.000m2 de área construída, para ser um ambiente educacional acolhedor e confortável. Conta com o apoio de 2 auditórios e, ainda, uma área poliesportiva de mais de 20.000m2, área essa com um campo de futebol, 2 quadras poliesportivas, quadra de areia, 2 quadras de tênis, pista para caminhada e uma área verde de encher os olhos. Temos ainda
lousas digitais, salas com ar-condicionado, sala de projetos Lego / Robótica e Xadrez e muita segurança, através de monitoramento por câmeras 24 horas. Oferecemos da Educação Infantil ao Ensino Médio, dando segurança aos pais na continuidade de estudos dentro de um padrão de excelência através do Sistema Ari de Sá, nosso parceiro acadêmico. Em apenas 3 anos de existência, com muito esforço de nossos alunos e de nossa equipe docente, temos começado a despontar em concursos, olímpiadas nacionais, alunos aprovados para cursar a EPCAR (Escola Preparatória de Cadetes do Ar) em 2017 e aparecemos entre as dez melhores escolas da cidade de São José dos Campos, no ranking INEP/MEC, divulgado em outubro desse ano. No quesito Redação, somos a 4ª melhor escola da cidade! Tais resultados demonstram a solidez de nossa proposta pedagógica e reafirmam.
Instituto São José – Rede Salesiana de Escolas
Rua Presidente Wenceslau Braz, 161 Jardim Esplanada Fone: (12 ) 3946-7400 www.institutosaojose.org.br institutosaojose@institutosaojose.org. br Cursos: Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e Educação a Distância (Superior). Diferencial: baseado no sistema Preventivo desenvolvido por Dom Bosco e Madre Mazzarello, que fundamenta-se na Razão, Religião e Amor Educativo. A escola tem como missão a educação integral de alta qualidade, aliada à tecnologia, com material didático digital exclusivo da RSE.
Maple Bear Canadian School São José dos Campos
Av. Lineu de Moura, 1095 – Serimbura – São José dos Campos/SP Cursos: Pré-Escola e Ensino Fundamental Diferencial: Toda nossa metodologia é desenvolvida por especialistas do Canadá, país com um dos sistemas de ensino mais avançados do mundo. Oferecemos um completo e consistente programa de alfabetização bilíngue (inglês/português), fazendo com que o aprendizado se torne uma experiência agradável e estimulante, e formando uma base sólida e efetiva para o futuro. A Maple Bear São José dos Campos foca o aprendizado na experiência, ou seja, ele ocorre através da manipulação, da exploração e da experimentação de objetos e situações reais. Acreditamos que as crianças aprendem fazendo, falando e se movimentando. No brincar, conseguimos com que elas esclareçam dúvidas, obtenham informações e integrem novas experiências a ideias anteriores. O idioma inglês é apresentado de forma natural por meio de atividades lúdicas atraentes. Desta forma, o aluno o adota como segunda língua também de maneira natural e espontânea.
Colégio Planck
Av. Alfredo Ignácio Nogueira Penido, 550 – Parque Residencial Aquarius -São José dos Campos/SP - Fone: (12) 3341-0222 www.colegioplanck.com.br / contato@ colegioplanck.com.br Cursos: Ensino Médio 1ª, 2ª e 3ª séries e Pré-Vestibular: Medicina, ITA e AFA Diferencial: Foco em Habilidades Socioemocionais. Escola de Alto Desempenho. O Colégio Planck é a manifestação de um ideal absoluto. Oferece ensino de qualidade, contribuindo para o desenvolvimento da autonomia responsável, do senso crítico e da criatividade para o exercício da cidadania. E tudo isso graças aos diferenciais que só o Planck possui. A orientação dos nossos professores é para trabalharem com os alunos os nove eixos das competências socioemocionais elencadas pelo colégio. Assim, formaremos pessoas em sintonia com o seu tempo e relevantes para o mundo. No Planck as salas são ergonômicas e tecnológicas voltadas à inovação, com seu espaço Design Maker. Conta ainda, com mais de 20 eventos anuais, incluindo aulas de inglês, francês e espanhol semanais com certificações internacionais e ensino por competências: Saber fazer e Saber ser. Planck: Você pode ser tudo. Você tem de ser único.
Colégio Luce Prima
Rua José Augusto dos Santos, 145 Floradas de São José (Satélite) Fone: (012) 3939-2347 E-mail: luceprima2@uol.com.br www.luceprima.com.br / facebook: @ colegioluceprima Cursos: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Programa Bilíngue Diferencial: Metodologia didático-pedagógica que favorece o protagonismo do aluno; Desenvolvimento de habilidades e competências; Ênfase na formação de professores. Trabalho com projetos. Atendimento em período integral até o 5º ano; Curso Bilíngue opcional (Pearson Bilingual Program); Tecnologia 3D como ferramenta de ensino (Eureka.in); Aulas extracurriculares; Espanhol e Arte Digital a partir do 4º ano; Seguro contra acidentes e convênio com Emercor.
Escola Monteiro Lobato
Av. São João, 2.500 | Jardim das Colinas | Fone: (12) 3928-9700 www.monteirolobato-sjc.com.br escola@monteirolobato-sjc.com.br Cursos: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio Diferencial: há 46 anos, a escola vem cuidando, alfabetizando e formando com qualidade de ensino reconhecida dentro e fora de São José dos Campos. Todo esse trabalho foi construído ao longo dos anos sobre fortes pilares: Educação Montessori, Humanização, Espaço e Valores. Escola Parceira do Sistema Ari de Sá.
Centro Educacional Objetivo Aquarius
Av. Rodrigo Reis Tuy,1200 - Jardim Serimbura – Cep.12242-014 – São José dos Campos – SP - Fone: (12) 3904-2100 Site: www.objetivo-sjc.com.br Cursos: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio Diferencial: o Centro Educacional Objetivo tem como meta preparar nossos alunos para enfrentar desafios, ampliando seus horizontes para que possam atuar no presente e no futuro com sucesso, respeitando sempre sua própria individualidade, através de um projeto educacional alinhado com os novos tempos. Nossa proposta é desenvolver no aluno suas múltiplas inteligências a fim de que possa obter sucesso no aprendizado e na profissão a ser escolhida, formando-o não só de forma acadêmica, mas também com valores morais e éticos.
Colégio Técnico Opção
Praça Cândida Maria César Sawaya Giana, 64 - Jardim Apolo I – São José dos Campos/SP - Cep: 12243-003 Fone: (12) 3922-7180 Cursos: Ensino Médio, Fundamental II, Cursos Técnicos em Informática, Mecatrônica, Meio Ambiente, Hotelaria e Turismo. Diferencial: Há 14 anos dedicando a formação integral dos jovens.
Colégio Poliedro
Unidade SJC: Rua Irmã Maria Demétria Kfuri, 700 – Jd. Esplanada – SJC/SP Unidade SP: Rua Madre Cabrini, 38 – Vila Mariana – São Paulo/SP Unidade Campinas: R. Dona Maria Umbelina Couto, 58 - Parque Taquaral – Campinas/SP Cursos: SJC: Ensino Médio e Ensino Fundamental II; SP: Ensino Médio; Campinas: Ensino Médio Diferencial: Educar é um desafio que o Colégio Poliedro gosta de enfrentar. Em sua proposta, destacam-se a dedicação, a autonomia, a tecnologia e a valorização do conhecimento em um ambiente estimulante, que conta com um apoio pedagógico diferenciado oferecido aos alunos e pais.
Colégio Solare
Avenida Possidônio José de Freitas, 1.401 – Urbanova – São José dos Campos/SP CEP 12244-010 Fone: (12) 3949-1044 E-mail: secretaria.colegiosolare@gmail.com Facebook.com/colegiosolare Cursos: Berçário e Educação Infantil Diferencial: Organizado de modo que as crianças desenvolvam suas capacidades físicas, sociais, linguísticas e afetivas, propiciando aulas de música, artes, psicomotricidade e educação física. Contando com profissionais qualificados, pedagogas, nutricionista (que os acompanham diariamente) fisioterapeuta, enfermeira e dentista.
Colégio Tableau
Av. Dr. Nelson D’Ávila 363, Centro Fone: (12) 3202-3100
www.colegiotableau.com.br Facebook: colegiotableausjc Cursos: Ensino Fundamental, Médio Integrado ao Técnico e Cursos Técnicos. Diferencial: Sistema de Ensino SER da Editora Abril Educação, espanhol e inglês, informática, empreendedorismo e ética, música, simulado (ensino médio), lousa digital (interativa), aulas com recursos de multimídia. laboratórios. siblioteca. quadra coberta e localização privilegiada.
Colégio UNIVAP
Rua Tertuliano Delphim Jr, 181 – Jardim Aquarius - São José dos Campos Fone: 12 3908-0970 / 3908-0975 Estrada do Limoeiro, 250 - Jd. Dora - Jacareí Fone: (12) 3955-4510 - Ensino Médio Técnico Rua Paraibuna, 75 - Jardim São Dimas São José dos Campos - Fone: (12) 3928-9816 Diferencial: Educação do Ensino Fundamental ao Ensino Médio e Técnico. Livros didáticos, tecnologia educacional e projetos extracurriculares inclusos na mensalidade. Unidades em São José dos Campos e também em Jacareí. Utiliza o Sistema de Ensino Poliedro.
Escola Moppe
Av. Lineu de Moura, 1655 – Urbanova – São José dos Campos/SP Telefone: (12) 3949-9380 E-mail: moppe@moppe.com.br Site: www.moppe.com.br Facebook: facebook.com/ escolamoppeoficial Cursos: Do berçário ao Fundamental II Diferencial: A Moppe é uma escola humana, inovadora e que oferece, há 35 anos, a melhor experiência de educação para que os alunos desenvolvam as competências necessárias para seu sucesso pessoal e profissional. A base da proposta pedagógica da Moppe é o desenvolvimento da autonomia intelectual, ensinando o aluno a “aprender a aprender” e da autonomia moral, formando alunos éticos que saibam fazer escolhas de forma consciente. A Moppe oferece ainda um programa de língua Inglesa com carga horária ampliada (a partir dos 02 anos) e certificação da Universidade de Cambridge, período complementar bilíngue (opcional), Programação de Games na grade curricular (1º ao 5º ano), TCC no 9º ano, aulas de aprofundamento de exatas (9º ano), adolescentes multiplicadores, aulas de música, uso de tecnologia em sala de aula (impressora 3D, projetores interativos, salas de aula multimídia, tablets, entre outros) e atividades extracurriculares (futsal, ballet, dança, teatro, judô, desenho, patinação artística, entre outros).
Berçário Moppe Bambini
Rua Carlos Chagas, 346 – Jardim Esplanada – São José dos Campos/SP Fone: (12) 3204-4610 E-mail: bambini@moppe.com.br Site: www.moppe.com.br Facebook: facebook.com/ escolamoppeoficial
Cursos: berçário Diferencial: Planejado para oferecer um ambiente seguro, limpo, saudável e cercado de afeto para os bebês a partir dos quatro meses de idade, o Berçário Moppe Bambini proporciona, por meio de um ambiente lúdico e divertido, os estímulos adequados, que incentivam a oralidade, a motricidade, o desenvolvimento emocional, físico e intelectual. Nossa equipe recebe formação continuada a fim de garantir o padrão de qualidade Moppe e as características essenciais para as crianças: a confiança e a afetividade. Outro diferencial do Bambini é a participação ativa da nutricionista que faz o acompanhamento de toda a alimentação, adaptando-a de acordo com as necessidades do bebê. Todas as crianças participam de aulas de música e atividades pedagógicas personalizadas para cada faixa etária. O Berçário Moppe Bambini possui uma estrutura física diferenciada, pensada exclusivamente para auxiliar e desafiar os bebês a se desenvolverem. Conta com sala dos sonhos, sala de estímulos, brinquedos exclusivos, solarium, refeitório, lactário e muito mais!
COC São José dos Campos
Av. Dr. Nelson D’Avila, 1.202 – Jardim São Dimas – São José dos Campos/SP Fone: (12) 2134-9300 www.cocsjc.com.br Cursos: Ensino Médio, Pré-vestibular, Extensivo, Semiextensivo Noite, Oficina ENEM. Diferencial: O COC São José acredita que não há nada mais poderoso que o conhecimento. O objetivo do COC é levar os alunos a explorarem suas competências e potencialidades, utilizando as diversas ferramentas disponibilizadas pela Pearson. O aluno tem a sua disposição um mix completo de soluções educacionais que o preparam não apenas para o vestibular, mas para a vida.
Colégio Futura Geração
Rua Benedito Machado Figueiredo,21 Urbanova - São José dos Campos/SP. Fone: 3204 4651 / 3204 4652 Cursos: Educação Infantil / Ensino Fundamental I / Ensino Fundamental II. Diferencial: O Futura oferece um trabalho personalizado, com turmas pequenas, preparando os alunos para uma sociedade com mais valores.
Colégio Objetivo
Av. Rodrigo Reis Tuy, 1200 - Jardim Serimbura Tel: (12) 3904-2100 Cursos: Educação Infantil, Ensino Médio, Fundamental I, Fundamental II e Pré vestibular. Diferencial: O Objetivo Aquarius sempre teve seu ensino alicerçado na Metodologia Ativa, desenvolvida especialmente para proporcionar um ambiente rico em espaços desafiadores, criativos, dinâmicos e prazerosos. Nela, o aluno não só recebe informação, mas
também age e constrói seus próprios valores e conhecimentos. Além do material didático próprio, a Metodologia utiliza plataformas adaptativas, como redes sociais e YouTube, também reconhecidas ferramentas para a construção do conhecimento. O Objetivo Aquarius privilegia também a Educação Financeira, o Empreendedorismo e a Educação Ambiental e Nutricional desde a Educação Infantil, com a aprendizagem por meio da ação e da experimentação. Em sua grade curricular oferece Robótica, Ensino Bilíngue, além de aulas extracurriculares inclusas na mensalidade como xadrez, tênis de mesa, esportes de quadra, sem contar com aulas de Informática e Pacote Office para alunos do Fundamental 2 e Ensino Médio. Com o apoio do material didático atualizado e dinâmico, os alunos aprendem na teoria e na prática, sempre assessorados por professores com anos de experiência em vestibulares e antenados com o mercado de trabalho. Tudo isso faz com que a Instituição seja reconhecida como a que mais aprova nos vestibulares do país. Uma forma de ensinar diferenciada, moderna e com ferramentas que formam cidadãos preparadas para a vida.
Colégio Adventista de São José dos Campos
Rua Manoel Fiel Filho, 300 – Bosque dos Eucaliptos –São José dos Campos/SP Fone: (12) 3919 2200 WhatsApp: (12) 99620-9712 Site: www.saojosedoscampos.educacaoadventista.org.br Facebook: https://www.facebook.com/ colegioadventistasaojose/ E-mail: sap.casjc@ucb.org.br Site da rede: www.educacaoadventista. org.br Cursos: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio Diferencial: Rede Mundial, presente no Brasil há 120 anos, oferecendo ensino de qualidade aliado a valores essenciais na formação do educando. Hoje o Colégio oferece a seus parceiros serviços importantes como: Biblioteca, Playground, Ginásio Poliesportivo, Amplo Auditório, Laboratório de Ciências e Biologia, Laboratório móvel de Informática, Cantina especializada em lanches naturais, Serviço de Nutrição para a promoção da saúde, Serviço de Coordenação Pedagógica, Serviço de Orientação Educacional e Vocacional, Serviço de Capelania e Orientação Familiar, Ensino Religioso, Tarefa on-line, Pesquisas, boletins, ocorrências dos alunos via web, Simulados Bimestrais do 5º ao 9º ano e Ensino Médio, Carga horária estendida para todo o Ensino Médio, Intensivo para vestibular no 3º Ensino Médio, Inglês desde a Educação Infantil, Musicalização e Canto Coral, Excursões culturais e recreativas, Intercâmbio Cultural e Linguístico (Inglaterra, França e Itália) Participação em Projetos Sociais, Sistema de vigilância com câmeras de segurança, Seguro de Acidentes Pessoais 24h.
Instituto Alpha Lumen
Alpha 1 – Rua Clóvis Bevilácqua 868 – Jardim Esplanada – São José dos Campos/SP Alpha 2 – Rua Fernão Dias 260 – Jardim Esplanada – São José dos Campos/SP Cursos: Infantil, Ensino Fundamental 1, Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio. Diferencial: Robótica, Programação, Automação, Arduíno, Segurança da Informação, Criptografia Quântica, Preparatório para as Olimpíadas Científicas, Design, Desenho Animado, HQ, Fotografia, Sustentabilidade, Empreendedorismo, Educação financeira, Inglês, Alemão, Mandarim, Japonês, Espanhol, Francês, Latim, Música, Banda, Orquestra, Coral, Yoga, Meditação, Preparatório para vestibulares específicos nacionais e internacionais (SAT), Street Dance, Judô, Futebol, Basquete, Gestão de Pessoas, Inteligência Emocional, Artes Plásticas e Linguagem Arquitetônica.
São Sebastião Objetivo São Sebastião
Rua Agripino José do Nascimento, 177 - Vila Amélia - São Sebastião/SP - CEP 11600-000. Fone: (12) 3897-3100 Site www.objetivosscentro.com.br Cursos: Berçário, Educação Infantil, Ensino Fundamental (I e II) e Ensino Médio. Diferencial: Instalada a poucos metros do centro da cidade, é a maior unidade escolar do litoral norte. Estrutura completa com auditório, laboratórios de informática, artes e biologia; quadras poliesportivas, espaço de convivência e playground.
Taubaté Escola de Aplicação Dr. Alfredo José Balbi
Rua Expedicionário Ernesto Pereira, 260 - Centro - Taubaté-SP Cursos: Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio. Cursos Técnicos: Análises Clínicas, Eletrônica, Informática, Mecatrônica, Meio Ambiente. Diferencial: É a única Escola de Aplicação do Vale do Paraíba e promove diversas atividades em parceria com a Universidade de Taubaté. Os alunos têm a oportunidade de trocar experiências com docentes e estudantes da graduação e participar de projetos em conjunto com a UNITAU. É conveniada ao Sistema de Ensino Positivo, reconhecido nacionalmente pela excelência, que oferece recursos tecnológicos, como lousas digitais, e online, com o acesso à plataforma virtual Positivo On e ao aplicativo Prepp App que disponibiliza simulados do ENEM e de vestibulares. Anualmente, a Escola promove um concurso de bolsas para o Ensino Médio para os alunos ingressantes.
Cotet JR
Colégio Verum
Cotet
Centro de Educação e Cultura Arquimedes
Av. Helvino de Moraes, 169 - Vila São José – Taubaté /SP - CEP 12043-300 Cursos: Educação Infantil a partir de 2 anos. Diferencial: No Cotet Jr seu filho aprende habilidades cognitivas, sociais, comunicativas, autocuidado, solução de problemas e funções sensório-motoras. Serviço de Day Care para crianças, enquanto pais ou responsáveis trabalham ou passeiam. Av. José Olegário de Barros, 1.350 - Vila das Graças Cursos: Educação Fundamental I e II e Ensino Médio. Diferencial: Período Integral do 1º ao 5º ano. Aulas extracurriculares de inglês, ballet, violão ou guitarra e futsal. Ensino da Rede Pitágoras, premiado pelo quinto ano consecutivo com o Prêmio TOP Educação, categoria Sistema de Ensino para a Rede Privada. Curso Técnico há 47 anos no mercado com Eletrônica e Mecatrônica.
Escola SAAD
Av. Amador Bueno da Veiga, 1001 Fone: (12) 3633-5766 E-mail: escolasaad@escolasaad.com.br Cursos: Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II, Ensino Médio Diferencial: estacionamento privativo, ginásio e quadras poliesportivas, aulas de música para ensino fundamental I, teatro para fundamental II e médio, treinamento de voleibol feminino e futsal masculino.
LFG
Av. José Olegário de Barros, 1.360 Vila das Graças – Taubatè/SP - CEP 12.040-600 Cursos: Preparatório para Concursos Públicos e Exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Colégio Jardim das Nações
Unidade I Taubaté: Rua Benjamim Constant, 29/79, Jardim das Nações – Taubaté/SP Fone: (12) 2125-2900 Cursos: Educação Infantil ao Ensino Médio com Educação Bilíngue e Período Integral Unidade II Tremembé: Av. Marginal, 2.507, Caminho Novo – Tremembé/SP Fone: (12) 3672-9225 Cursos: Educação Infantil ao Ensino Fundamental I com Educação Bilíngue e Período Integral Diferencial: Formação Integral e Humanista, nosso espaço físico que privilegia a natureza é um grande diferencial, Projetos e Investigação na grade curricular, Valorização de Artes e Esportes em todos os segmentos, alto índice de Aprovação sem cursinho, Curso de 2 Semanas nos EUA no Ensino Médio, Proposta verdadeiramente diferenciada de educação.
Dr. Souza Alves, 85 – Centro – Taubaté/SP Fone: (12) 3424-0070 www.colegioverum.com.br Cursos: Preparatório Pré Militar 2ª Graduação e Pós Graduação. Diferencial: Professores experientes e ensino de alta qualidade. Somos focados em aprovações nos principais colégios militares do Brasil e ano a ano aumentamos o número de alunos aprovados.
Fantasia: Objetivo 9 de julho Av. Nove de Julho, 285 – Centro Fone: (12) 3633-5877 www.objetivo-taubate.com.br
Escola Dinâmica Alice Nader Zarzur
Rua Benjamin Constant, 155 – Centro Fone: (12) 3632-7722 - www.edinamica.com Cursos: Cursos de Educação Infantil Período Integral, Ensino Fundamental
Anglo
Rua Barão da Pedra Negra, 168 - Centro Fone: (12) 2123-9100 www.anglotaubate.com.br
Cursos: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio Diferencial: Rede Mundial, presente no Brasil há 120 anos, oferecendo ensino de qualidade aliado a valores essenciais na formação do educando. Hoje o Colégio oferece a seus parceiros serviços importantes como: Biblioteca, Playground, Quadra Poliesportivo, Amplo Auditório, Laboratório de Ciências e Biologia, Laboratório de Informática, Cantina especializada em lanches naturais, Serviço de Nutrição para a promoção da saúde, Serviço de Coordenação Pedagógica, Serviço de Orientação Educacional e Vocacional, Serviço de Capelania e Orientação Familiar, Ensino Religioso, Tarefa on-line, Pesquisas, boletins, ocorrências dos alunos via web, Simulados Bimestrais do 5º ao 9º ano e Ensino Médio, Carga horária estendida para todo o Ensino Médio, Intensivo para vestibular no 3º Ensino Médio, Inglês desde a Educação Infantil, Musicalização e Canto Coral, Excursões culturais e recreativas, Intercâmbio Cultural e Linguístico (Inglaterra, França e Itália) Participação em Projetos Sociais, Sistema de vigilância com câmeras de segurança, Seguro de Acidentes Pessoais 24h.
Objetivo Júnior
Ubatuba MV Colégio
Colégio Progressão
Colégio Anglo
Av. John Kennedy, 20 - Jardim das Nações - Fone: (12) 3632-5379 www.objetivojuniortaubate.com.br Av Itália, 1.351, Jardim das Nações, Taubaté - Fone: 3622-3033 www.progressao.com Av. Nove de Julho, 51, Centro, Taubaté/SP Tel 3621.6030 www.progressao.com Av. Nossa Senhora do Bom Sucesso, 1.734, Alto do Cardoso, Pindamonhangaba/SP Tel. 3648-2658 - www.progressao.com Cursos: Berçário, Educação Infantil, Ensino Médio e Pré-Vestibular Diferencial: Material Didático do Sistema de Ensino Poliedro. Simulados com correção online (Edros) no mesmo dia, professores atualizados e coordenação atuante. Integral, onde o aluno é assistido por professores orientadores, fazendo com que o conhecimento transmitido pela manhã seja revisto com calma e de forma detalhada no período da tarde. Laboratórios Didáticos de Química e de Física. Balcão de Redação. Revisões para os vestibulares.
Colégio Adventista de Taubaté
Av. Luiz Gonzaga das Neves, 2641 Caminho Novo - Tremembé / SP Fone: (12) 3607 5200 - WhatsApp: (12) 99620-6067 Site: http://taubate.educacaoadventista. org.br/ Facebook: https://www.facebook.com/ colegioadventistadetaubatetremembe/ E-mail: catt@ucb.org.br Site da rede: www.educacaoadventista.org.br
Rua Gastão Madeira, 50 – Centro – Fone: (12) 3832-6576 - www.colegiomv.com.br Cursos: Educação Infantil e Ensino Médio Rua João Duarte Ferreira, 200 – Mato Dentro - Fone: (12) 3832-1653 www.angloubatuba.com.br
GRADUAÇÃO E PÓS Caçapava Faculdade São Lucas
Rua Prof. Argemiro Telles Gopfert, 51 Vila São João – Caçapava/SP. Fone: (12) 3653-1110/ (12) 3221-4501 Email: secretaria.cacapava@saolucas.edu.br Cursos: Ensino Superior em Administração, Farmácia e Enfermagem. Diferencial: A primeira faculdade 100% presencial de Caçapava. Pioneira em sua metodologia de ensino ativa e diferenciada, traz uma nova perspectiva de formação dos estu-dantes para o mercado de trabalho. Aplicando seu aprendizado a situações reais , colocando em prática todo o conhecimento adquirido desde o início do curso.
Caraguatatuba Centro Universitário Módulo
Av. Frei Pacífico Wagner, 653 – Centro - Caraguatatuba/SP - CEP 11660-903. Fone: 0800 721 5844 Site www. modulo.edu.br Cursos: Graduação e Pós-graduação. Cursos presenciais, semipresenciais e a distância. Diferencial: A maior e mais
tradicional Instituição de Ensino Superior do Litoral Norte Paulista, além de fazer parte de um dos maiores grupos educacionais do Brasil: a Cruzeiro do Sul Educacional. Contato: Telefone 0800 721 5844 | Site www.modulo.edu.br
Cruzeiro FACIC - Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro Rua dos Andradas, 1039 - Vila Brasil Telefone: 12 3143-3866 www.faciccruzeiro.com.br
Jacareí ITJ - Instituto de Tecnologia
Av. Siqueira Campos, 1174 - Centro Telefone: 12 3955-3388 - www.itj.g12.br
Estácio
Av. Bruno Decária, 277 – Jd. Santa Maria– Jacareí/SP Fone: (12) 3959-2082 site: portal.estacio.br Cursos: GRADUAÇÃO: Administração, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Ciências Contábeis, Comércio Exterior, Filosofia, Geografia-Licenciatura, Gestão Ambiental, Gestão Comercial, Gestão da Tecnologia da Informação, Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Turismo, Gestão Financeira, Gestão Hospitalar, Gestão Pública, História, Letras (Espanhol), Investigação Forense e Perícia Criminal, Letras (Inglês), Letras (Português), Logística, Marketing, Matemática, Mediação, Negócios Imobiliários, Pedagogia, Processos Gerenciais, Segurança Pública, Serviço Social, Sistemas de Informação, Sociologia, Teologia. PÓS-GRADUAÇÃO E MBA: Mais de 40 cursos nas áreas de Saúde, Tecnologia, Direito, Gestão e Educação Diferencial: Cursos de EAD para graduação e pós-graduação com foco no mercado e com aulas 100% online, dando flexibilidade para estudar onde e quando quiser. Todos os cursos são reconhecidos pelo MEC com a qualidade de uma instituição de ensino com 45 anos de experiência em todo o Brasil. Os alunos da Estácio ainda contam com uma Biblioteca Virtual que disponibiliza um incrível acervo de livros na internet, serviços de orientação, treinamento e vagas para o mercado de trabalho, bem como o Clube do Aluno que lhe dá vantagens e descontos nas mais diversas categorias e sempre nos melhores estabelecimentos como Walmart, Wizard, Academia do Concurso e Amil. Descontos especiais para segunda graduação, transferência de outras instituições de ensino e o PAR – Programa de Parcelamento Estácio.
Lorena FATEA - Faculdades Integradas Teresa D’ávila
Av. Peixoto de Castro, 539 - Vila Celeste Lorena/SP - Telefone: 12 2124-2870 www.fatea.br
UNISAL - Centro Universitário Salesiano de São Paulo
Rua Dom Bosco, 284 - Centro Telefone: 12 3159-2033 0800 77 12345 www.unisal.br
Pindamonhangaba FABAD – Faculdade Bíblica das Assembleias de Deus
Rua São João Bosco, 1.114, Santana – Pindamonhangaba – SP | CEP 12403010 - Tel: (12) 3644-5172 Site: www.fabad.edu.br E-mail: secretaria@fabad.edu.br Cursos: Graduação (presencial): Bacharelado em Teologia (Matutino e Noturno) e Tecnólogo em Processos Gerenciais (noturno) Pós-graduação: Marketing Empresarial, Gestão de Pessoas, Gestão de Negócios, Controladoria, Educação Cristã e Liderança Pastoral. Diferencial: A FABAD possui um plano de ensino que ultrapassa os referenciais de qualidade, oferecendo a seus alunos uma formação de excelência e uma estrutura diferenciada e exclusiva. Além disso, conta com quase 60 anos de experiência e tradição do seu mantenedor, o IBAD (www.ibad.com.br).
FUNVIC - Fundação Universitária Vida Cristã
Estrada Municipal Radialista Percy Lacerda, 1000 - Pinhão do Borba Telefone: 12 3648-8323 / 8324 /8325 www.funvicpinda.org.br
Roseira FARO - Faculdade de Roseira
Endereço: Rodovia Presidente Dutra, Km 77 - Roseira/SP - Fone: 12 3646-2071 www.faroroseira.edu.br
São José dos Campos Faculdade Anhanguera
Av. Dr. João Batista de Souza Soares, 4121 - Jd. Morumbi Cursos: Administração; Arquitetura e Urbanismo; Artes Visuais – Licenciatura ; Biomedicina; Ciência da Computação; Ciências Contábeis; Educação Física – Bacharelado; Educação Física – Licenciatura; Enfermagem; Engenharia Civil; Engenharia da Computação; Engenharia de Controle e Automação; Engenharia de Produção; Engenharia Elétrica; Engenharia Mecânica; Farmácia; Fisioterapia; Geografia – Licenciatura; História – Licenciatura; Letras - Licenciatura em Língua Portuguesa e Língua Inglesa; Matemática – Licenciatura; Nutrição; Pedagogia – Licenciatura; Psicologia; Publicidade e Propaganda; Serviço Social; Sistemas de Informação; Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas; Superior de Tecnologia em Design de Interiores; Superior de Tecnologia em Empreendedorismo; Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental; Superior de Tecnologia em
Gestão Comercial; Superior de Tecnologia em Gestão da Produção Industrial; Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos; Superior de Tecnologia em Gestão Financeira; Superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar; Superior de Tecnologia em Gestão Pública; Superior de Tecnologia em Logística; Superior de Tecnologia em Marketing; Superior de Tecnologia em Marketing Digital; Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais; Superior de Tecnologia em Segurança Pública. Diferencial: Sistema KLS de ensino: Metodologia exclusiva para alunos da Anhanguera, neste sistema consegue-se ensinar de maneira personalizada cada aluno. Canal Conecta: Portal de Empregabilidade exclusivo para alunos Anhanguera, esta ferramenta faz o encontro entre as vagas ofertadas pelas empresas e os alunos que estão à procura de empregos / estágios, e o melhor de tudo, é gratuito tanto para alunos como para empresas. PEP - Parcelamento Estudantil Privado: Programa de onde os alunos podem parcelar a faculdade, pagando parte enquanto estudam e parte depois de formado, este programa não exige fiador e não cobra juros.
Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP)
Av. Dr. Jorge Zarur, 650 - Jardim Apolo São José dos Campos/SP www.pos.faap.br / sjcFone:(12)3925-6400 E-mail:possjc@faap.br Cursos: Pós-Graduação, Extensão e Cursos Livres. Diferencial: possui programas nas mais diferentes áreas, desenvolvidos e adaptados às necessidades do mundo corporativo regional. Além de um corpo docente qualificado, os cursos proporcionam um ambiente de intenso networking e com amplas oportunidades para o desenvolvimento profissional. Todos os programas mantêm a tradição da FAAP em formar profissionais capacitados e aptos a concorrer no competitivo mercado de trabalho.
Faculdade Católica de São José dos Campos – CATÓLICA-SJC
Av. São João, 2650, Jardim das Colinas, São José dos Campos/SP - Fone: (12) 4009-8383 www.faculdadecatolicasjc.edu.br e-mail: catolica@faculdadecatolicasjc.edu.br Cursos: Graduação em Teologia (Bacharelado), Conceito 4 no MEC, duração (4 anos), Período noturno; Extensão em Teologia, Filosofia e Gestão de Pessoas; Programa Permanente de Extensão - Escola Teológico-Catequética (2 anos) e Escola de Política e Cidadania (2 anos); Pósgraduação nas áreas de Teologia e Bioética. Diferencial: Qualidade garantida através da tradicional Educação Superior Humanista-Católica, presencial, com apoio da tecnologia no processo ensino-aprendizagem. Professores Mestres e Doutores formados nas melhores universidades do Brasil e no Exterior. #vempracatolica
Univeritas
Rua Raul Ramos de Araújo, 283 Santana (na Escola Ecompo) – São José dos Campos/SP. - Fone: (12) 4020-9734. Cursos: 16 cursos de Graduação EAD e 15 cursos de pós-graduação EAD. Diferencial: Tutor guardião, Seguro Educacional, baixo custo (a partir de R$167,20), com altas avaliações no MEC. Inscrições abertas: www.univeritas. com. fone: (12) 4020-9734.
FGV - Grupo Conexão
Avenida Benedito Matarazzo, 9403 Jardim Oswaldo Cruz – São José dos Campos/SP Fone: (12) 3924-8524 - info@conexao.com Cursos: Pós-Graduação em Administração de Empresas, MBA Presencial, MBA Online, Programas Internacionais, Cursos de Curta Duração Diferencial: fundado em 1995, o Grupo Conexão oferece soluções em educação, desenvolvimento de pessoas e desenvolvimento empresarial como conveniada da FGV. Tem como missão construir uma sociedade melhor através da educação.
Faculdade INPG
Av. Alfredo Ignácio Nogueira Penido 678 – Jardim Aquarius, São José dos Campos - www.inpg.edu.br Cursos: Ensino Superior, PósGraduação e MBA Diferencial: confiança entre a escola e o aluno é baseado na crença depositada por este de que ao final de alguns anos ele estará funcionalmente capacitado a exercer seu papel na sociedade, produzindo resultados de alto valor agregado para o desenvolvimento econômico e social.
UNIVAP - Universidade do Vale do Paraíba – Campus Urbanova
Av. Shishima Hifumi, 2911 - Urbanova São José dos Campos/SP Fone: (12) 3947-1000 www.univap.br
Campus Castejon (Faculdade de Direito)
Pça Candido Dias Castejon, 116 - Centro Fone: (12) 3928-9800 Cursos: Graduação e pós graduação lato e stricto sensu. Diferencial: Instituição comunitária sem fins lucrativos, com ensino, pesquisa e extensão. O quadro dos acadêmicos tem reconhecimento nacional e internacional, com mais de 80% do corpo docente formado por Mestres e Doutores. Cursos de graduação e pós graduação lato e stricto sensu.
Universidade Metodista de São Paulo – Campus EAD
Rua Coronel José Monteiro, 621 – Centro – São José dos Campos/SP (dentro do colégio Nossa Senhora Aparecida) Cursos: Diversos cursos de Graduação, Pós Graduação e Segunda Licenciatura, dentre eles, Pedagogia, Teologia, Administração, Gestão de Recurso Humanos e Logística.
Diferencial: educação a distância num formato inovador e flexível, que integra momentos presenciais e a distância e que permite a interação e troca de conhecimento entre professores e alunos. Por meio desses diferenciais, a Universidade tem conquistado importantes reconhecimentos que fortalecem ainda mais a sua tradição na educação a distância. Os cursos de graduação a distância que são oferecidos nas modalidades bacharelado, licenciatura e tecnólogo e nas áreas de Exatas e Tecnologia, Gestão e Negócios e Humanidades, apresentam importantes diferenciais, como a formação do corpo docente e as práticas pedagógicas, que aliam teoria e prática e permitem a exploração de temas, conteúdos problematizadores e integradores, projetos e ações profissionais, programas de iniciação à docência. Com essa interdisciplinaridade, os alunos atingem as competências necessárias para o futuro profissional. Já os cursos de pós-graduação lato sensu (especialização e master) buscam a atualização e aperfeiçoamento do conhecimento em determinada área e são oferecidos para profissionais que atuam com Comunicação e Marketing, Gestão e Negócios, Humanidades, Saúde e Tecnologia.
UNIP - Universidade Paulista
Rodovia Presidente Dutra Km 157,5 Pista Sul - Jardim Limoeiro -Fone: (12) 2136-9000 Cursos: Cursos superiores nas áreas biológicas, exatas, humanas, Cursos Tecnológicos e Pós-Graduação. Diferencial: Completa estrutura universitária, 27 campi universitários especialmente projetados. Excelente acervo bibliográfico: mais de um milhão de livros. Mais de quinhentos mil atendimentos anuais em suas clínicas, escritórios jurídicos, empresas juniores e agências-modelo. Ampla rede de computadores interligados por wi-fi, fibra óptica e satélite. Congresso Brasileiro de Atualização Profissional com especialistas, mestres e doutores.
UNINTER
Av. Tivoli,475 - Vila Betânia Fone: 12 3341-4636 0800-702 0500 www.uninter.com
Faculdade BILAC
Rua Francisco Paes,84 - Centro Fone: 12 3797-7000 - www.bilac.com.br
Estácio
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ESPECIAL EDUCAÇÃO
Fotos: Pedro Ivo Prates
A saga dos concurseiros
Candidatos se desdobram em mais de 10 horas de estudos por dia, investem tempo e dinheiro em busca da aprovação
Rotina intensa de estudos é comum entre os que buscam vaga no setor público
Felipe Kyoshy SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
V
ai para o cursinho, assiste aulas, tira dúvidas, faz exercícios, volta para casa e estuda mais um pouco. É mais ou menos este o dia a dia de quem sonha com a aprovação em um concurso público. Intensa preparação, com foco e dedicação. E por esse objetivo, muita gente deixou de lado até mesmo a carreira em suas áreas para tentar entrar no funcionalismo público, que tem a estabilidade
como principal benefício. Em muitas situações, milhares de candidatos disputam uma única vaga. Um caminho, muitas vezes, incerto. E para superar isso é preciso se apegar na esperança. “É um trajeto um pouco longo. Não é fácil. Para mim, pesa um pouco. Estou com 34 anos e o mercado começa a fechar um pouco por causa da idade. Em cargos públicos não tem muito disso. Você pode prestar até perto de se aposentar. Isso que é um dos atrativos. Já estou há um ano estudando.
Foram dois concursos e é gradativo”, disse Marcelo Morgado, formado em Educação Física e em Engenharia e estuda para concursos há um ano. A rotina de estudo de Marcelo é pesada. São cerca de 10 horas por dia e com cronograma para quase tudo, separando bem os horários de concentração e descanso. Ele, até mesmo, admite que estuda bem mais agora do que nos tempos de faculdade. “Você pode ter um jogo de cintura de ir levando, de fazer só a média, realmente apenas para tirar aquela nota na
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Marcelo estuda cerca de 10 horas por dia em busca de uma vaga no Ministério Público
faculdade. No concurso, tem uma série de matérias que você precisa assimilar, independentemente de ser cobrado ou não na prova”, afirma. Neste ano, o concurseiro fez duas provas: para o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e para o Tribunal de Justiça (TJ). No primeiro, ficou entre os dois mil primeiros colocados. No outro, ficou próximo de atingir a nota de corte. Os resultados animaram para atingir o seu objetivo, que é o concurso do Ministério Público, que ainda não tem previsão para a publicação do edital. “As pessoas vão prestando várias provas para ir se familiarizando. Não tenho muito problema com nervosismo, prefiro focar. Estou indo nas quais eu quero mesmo. Se não
“Se não tiver dedicação e empenho é muito difícil passar. Não existe aprovação sem estudo. Tem que dedicar muito tempo” Marcelo Morgado, CONCURSEIRO
tiver dedicação, e empenho é muito difícil passar. Não existe aprovação sem estudo. Tem que dedicar muito tempo”, completa. De outro lado, o concurso também virou alternativa para pessoas que perdem o emprego nos últimos anos. Assim como Marcelo, a professora Ana Paula de Siqueira, professora de Inglês e formada em Turismo, passou por essa situação. Após deixar o emprego, ela decidiu investir nos concursos públicos. “Pensei bastante e vi como uma oportunidade. Aproveito agora que estou desempregada e me dedico. O curso está acabando em breve, mas ainda não saiu o edital”, afirma.
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Graduação Bacharelado
Tecnólogo
Teologia
Processos Gerenciais
Pós-graduação
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Negócios
Teologia
Marketing Empresarial
Educação Cristã
Gestão de Pessoas
Liderança Pastoral
Gestão de Negócios
Aconselhamento Pastoral
Controladoria Comunicação Empresarial
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Medicina Esportiva
Educação Inclusiva
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Durante a preparação, Ana Paula já chegou a investir cerca de R$ 3 mil. Uma bolsa de estudos ainda ajudou no financiamento das despesas, porém, ela acha tudo isso válido. “O dinheiro acaba sendo transformado em conhecimento e isso não ocupa lugar. Acho que tudo que adquiri aqui é válido. O principal é dedicação, disse.
“Aproveito agora que estou desempregada e me dedico. O curso está acabando em breve, mas ainda não saiu o edital” Ana Paula, PROFESSORA DE INGLÊS
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Psicológico O que tira muito o sono dos concurseiros é a concorrência, sempre muito alta. Existe, ainda, um pensamento de que, mesmo que você faça a melhor prova e tenha a maior dedicação, se outro candidato tiver um desempenho um pouco melhor, suas chances diminuem.
CONCEITO
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NO MEC
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Ana Paula aproveita que está desempregada para estudar.
Quem está estudando garante que não pode pensar nesta possibilidade. “Eu não consigo ver a pessoa do lado. Na sala nós já conseguimos ver quem seria um concorrente de fato e quem ainda não é. Ninguém é mais inteligente que o outro. Existe quem é melhor preparado. Eu não consigo ver alguém como concorrente. Eu sou meu próprio concorrente. Se não for esse concurso, vai ser o próximo. Eu tenho minha vaga em algum lugar”, comenta a estudante Ana Paula. Durante a preparação, na sala de aula do cursinho, apesar de, na prática, serem concorrentes, todos se ajudam na hora do estudo. “Ninguém é adversário de ninguém. Sempre é bom ter esse clima. Se você tem alguma dúvida vai lá alguém e
te ajuda. Isso é o legal”, complementa o concurseiro Marcelo Morgado.
“O principal é dedicação de tempo. Tudo é mais interessante que estudar. Tudo distrai” Ana Paula de Siqueira, ESTUDANTE DE CONCURSO
Sem pressão Em uma escola preparatória para concursos, em São José dos Campos, estudam cerca de 600 alunos em busca da aprovação em um concurso público. As turmas são formadas sempre que publicados novos editais. Os valores dos cursos variam de acordo com a carga horária e custam entre R$ 250 e 350. A coordenadora da escola, Sônia Torraque, explica que o método de estudo é por conta de cada aluno. “Passamos um mapa mental no início e uma introdução de técnica de estudos. Mas, com o decorrer do curso, cada um vai encontrando uma forma que é melhor. Sempre são trabalhadas as matérias em cima dos temas exigidos”, ressalta
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Concursos mais procurados são os do Ministério Público, Polícia Civil e Tribunal de Justiça
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NOTÍCIAS ESPECIAL
Fotos: Pedro Ivo Prates
Os professores do desconhecido
Para a norte-americana Rhonda Bondie, desafio dos docentes é preparar alunos para um cenário futuro ‘totalmente desconhecido’ João Pedro Teles SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
E
m viagem ao Brasil para participar do 6º Seminário Internacional do Colégio Esfera, de São José dos Campos, a norte-americana, Rhonda Bondie, PHD em Educação pela Universidade de Virgínia, conversou com a Metrópole Magazine sobre os rumos da Educação perante às velozes mudanças da nossa sociedade. De acordo com a educadora, um dos maiores desafios do professor contemporâneo é educar um aluno para um futuro completamente desconhecido. Nesse panorama, ela garante: a figura de um professor preparado para educar adultos criativos é fundamental. A norte-americana ainda se mostrou uma fã assumida dos professores brasileiros. No Brasil pela 5ª vez, ela afirma que os docentes daqui são entusiasmados não só em aprender novas tendências, mas também em aplicá-las em sala de aula. A senhora veio ministrar palestra sobre novas formas de educar. O que necessariamente isso significa? Rhonda Bondie: Há uma maneira especial para que os professores ajudem todos os tipos de estudante em sala de aula. Sabemos que cada aluno possui uma série de habilidades particulares. Muitas vezes fica difícil para os
professores identificarem como utilizar essas habilidades intrínsecas de cada um deles sem deixar de lado aquele conteúdo obrigatório, que os profissionais precisam passar. O professor eventualmente se pergunta: ‘será que estou dando vazão a essas habilidades naturais dos alunos em cada aula que ministro?’. Então vim para o Brasil para dividir minha experiência com esses docentes e ajudá-los a identificar as competências de cada aluno. Que tipo de mudança as novas mídias e outras novidades tecnológicas e comportamentais dos nossos tempos têm mudado a forma como as escolas enxergam a Educação? Para os estudantes, a tecnologia traz dois tipos de melhorias. A primeira é a oportunidade. A tecnologia trouxe uma dinâmica à Educação que possibilita àquelas pessoas que estão mais afastadas realizar cursos de
forma remota. Ou seja, o lugar onde as pessoas moram não é um impedimento porque conseguimos realizar os encontros virtualmente, sem precisar viajar para isso. Se antes desse advento, pelos livros, o aluno estudava com base em fotos antigas dos lugares, agora você entra no Google e vai para qualquer lugar. A segunda é que você
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ESTAMOS CHEGANDO. AFINAL, SOMOS UMA UNIVERSIDADE DE FRONTEIRAS ABERTAS. Anhembi Morumbi. A primeira universidade internacional de São José dos Campos.
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Rhonda Bondie esteve em São José dos Campos em um seminário internacional sobre Educação
pode demonstrar aquilo que sabe e comunicar com as outras pessoas o que aprendeu. O mundo conectado permite aos estudantes se engajarem em alguma área, serem produtores de conteúdo e buscarem ainda mais conhecimento. Isso os torna, potencialmente, cidadãos do mundo, mesmo sem sair de sua cidade. Muito se discute sobre o papel deste professor contemporâneo. Eles estão prontos para lidar com a velocidade como as coisas têm mudado na Educação? Acredito que a chave para esta questão é entender que os professores não cumprem apenas um papel, mas vários deles enquanto estão ensinando em sala
“Hoje desafio é preparar os estudantes para um cenário que é completamente desconhecido. E preparar os estudantes para lidar com o desconhecido é um papel completamente novo para as escolas”
de aula. Então, há horas em que os professores são os experts no assunto que está sendo proposto aos alunos. Há outros momentos em que ele precisa ser mais ouvinte e aprender com os estudantes. E ainda há aquele em que ele se transforma num facilitador de diálogos. A chave é o professor entender realmente esses novos papéis. Isso também vale para o plano de aula que cada um vai elaborar. É preciso, como eu já disse antes, aprender com cada aluno e tirar o máximo de suas habilidades naturais. Um bom desafio para os novos professores é se perguntar sempre: ‘quanto tempo estou separando para aprender? Para simplesmente ouvir os alunos ou passar um feedback?’. É uma provocação interessante à
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REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO INFANTIL E BERÇÁRIO
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MATRÍCULAS ABERTAS PARA 2018
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medida que os professores se esquecem desse papel. É dado como certo que haverá mudanças circunstanciais na forma como vamos viver nas próximas décadas. Os empregos serão diferentes , as relações de família e sociedade provavelmente também. Como a escola deve se nortear nesse terreno cercado por incertezas? Eu acho que nessa conjuntura, o mais importante para as escolas é formar alunos que estejam dispostos a dar continuidade aos seus estudos. É importante que eles entendam que a escola é a base para uma vida na qual os estudos serão fundamentais para acompanhar a velocidade com que as transformações vão
acontecendo. Porque, do jeito que as coisas estão, nós acreditamos em uma questão hoje e, daqui a pouco, aparece uma nova descoberta e tudo muda de figura. Portanto, além de formarem estudantes capazes de continuar aprendendo, as escolas também precisam embutir nesses alunos a capacidade de não se apegar àquilo que eles já conhecem, porque as coisas mudam e o que vale hoje pode não valer amanhã. E como uma escola consegue se adiantar ao que ainda não conhecemos para preparar, agora, o adulto do futuro? Acredito que o principal seja ser criativo. Porque, como você disse, a escola do século passado preparava os
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alunos para um futuro mais previsível. Hoje o desafio é preparar os estudantes para um cenário que é completamente desconhecido. E preparar os estudantes para lidar com o desconhecido é um papel completamente novo para as escolas. Esses alunos vão trabalhar em profissões que ainda não existem. Não há mais os limites que a gente costumava conhecer. Ao mesmo tempo em que salientamos que já não há barreiras, falamos sobre alunos do futuro, empregos que ainda nem existem e relações diferentes com trabalho e sociedade, há no mundo uma marcha conservadora que cresce a cada eleição nos principais países do mundo. Como explicar isso? Eu acho que para a mudança chegar aos
“ A tecnologia trouxe uma dinâmica à Educação que possibilita àquelas pessoas que estão mais afastadas realizar cursos de forma remota. Ou seja, o lugar onde as pessoas moram não é um impedimento porque conseguimos realizar os encontros virtualmente, sem precisar viajar para isso”
líderes mundiais, primeiro ela precisa passar por uma escola que está adequada a todos esses aspectos que conversamos agora. E essa é uma questão de nós mudarmos nossa perspectiva e também de enviarmos a mensagem sobre quais são os valores importantes na educação e para toda a comunidade. E, aproveitando, acho impressionante e emocionante o fato como os professores no Brasil são interessados em fazer essa mudança acontecer. Já estive aqui algumas vezes e, em todas essas visitas, o entusiasmo que vejo do professor brasileiro é algo a se destacar. E não vejo isso em todos os lugares por onde passo. Não é só questão de entusiasmo para aprender, mas também para aplicar os conhecimentos no cotidiano. É uma característica muito especial dos profissionais daqui.
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Esporte&
Mais um
ano...
São José não consegue acesso na quarta divisão do paulista e voltará a disputar a Série B em 2018
Fotos: Pedro Ivo Prates
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Felipe Kyoshy SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
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m 2017, o São José disputou pela primeira vez a última divisão do Campeonato Paulista. A equipe fez boa campanha durante todo o estadual, foi crescendo no torneio, mas duas derrotas para o União Mogi, de Mogi das Cruzes, nas quartas de final da competição, adiou o acesso para a Série A3. O sonho de sair do limbo ficou pelo caminho. Desta maneira, o clube vai amargar mais um ano no fundo do poço, uma realidade muito abaixo daquele time vice-campeão paulista, em 1989, e que já esteve na elite do Futebol brasileiro. Apesar do sonhado acesso não ter vindo, o sentimento da diretoria é que foi feito um bom trabalho durante o ano. “O acesso não veio, mas fizemos um bom campeonato. Porém, precisamos de mais dinheiro para subir. Tivemos bastante gente nos apoiando e isso foi positivo também”, disse o presidente do clube, Adilson José da Silva. De um clube que se acostumou em acumular vexames nos últimos anos, finalmente o torcedor pôde ver em campo uma equipe competitiva e com um clube mais estruturado, ainda que distante do ideal. Quando assumiu, em 2013, o ex-presidente Benevides Ferneda, o Geleia, pegou o São José na Série A2 do Paulista. Já no primeiro torneio disputado, caiu para a Série A3. Dois anos depois, em 2016, foi rebaixado de novo, agora para a quarta divisão. “Em comparação aos outros anos, o clube foi muito mais apoiado. Tivemos bastante gente da cidade nos ajudando”, afirma.
Campanha Como a Segunda Divisão é formada por jogadores até 23 anos, a base do elenco foi formada por jogadores de São José dos Campos. Alguns foram escolhidos
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Palco de grandes conquistas, Martins Pereira só receberá jogos do São José em 2018, novamente pela última divisão do Paulista
em peneiras que o clube fez no início do ano. Com um time caseiro, a Águia do Vale passou pela primeira fase como líder do Grupo 4, com 26 pontos, oito vitórias, dois empates e duas derrotas. Chegou a ficar quase dois meses sem perder. Na fase seguinte, teve um pouco mais de dificuldade, mas mesmo assim conseguiu a classificação para as quartas de final com três vitórias, dois empates e uma derrota. No início do mata-mata, perdeu as duas para o União Mogi. A primeira, fora de casa, chegou a abrir 3 a 1 no placar, mas permitiu a virada: 4 a 3. Na volta, nem mesmo o apoio dos mais de quatro mil torcedores que foram ao Martins Pereira intimidou o Alvirrubro do Alto Tietê, que venceu por 2 a 0. A Águia do Vale estava eliminada. No entanto, alguns jogadores se destacaram individualmente. O meia Victor Feijão, que rodou por vários clubes
antes de defender o São José, marcou cinco gols de falta no estadual, mais do que muitos times do Campeonato
“Em comparação aos outros anos, o clube foi muito mais apoiado. Tivemos bastante gente da cidade nos ajudando” Adilson José da Silva, PRESIDENTE DO SÃO JOSÉ
Brasileiro, por exemplo. “O campeonato abriu muitas portas. Sabia que apesar de estar na Segunda Divisão, a vitrine seria maior do que em outras equipes, justamente por causa da
camisa e da tradição do São José. Fiquei triste pelo acesso não ter vindo, mas espero um dia retornar”, disse. O goleiro Robert também se destacou na competição. Foi um dos mais reverenciados pela torcida. “Foi muito positiva a nossa participação, mas o importante é que honramos a camisa do São José fazendo um bom trabalho e mostramos o nosso valor. Éramos desconhecidos e agora, sem sombras de dúvidas, seremos lembrados”, comentou o arqueiro, que começou a carreira no Audax.
Futuro? Sem o acesso, o presidente do São José admitiu que poderia entregar o cargo. No entanto, voltou atrás e mudou de ideia, seguindo à frente do clube. Porém, há possibilidade da diretoria convocar eleições para definir um novo presidente. “Vamos definir isso em breve. Se vier alguém com condições para
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bancar o clube, pode assumir. Como sou conselheiro vitalício, vou seguir na diretora”, afirma Adilson. Para quem já esteve em campo e hoje acompanha de fora, o trabalho ainda está no começo e ainda precisa de ajustes. O ex-goleiro Edinho é um dos ídolos da história recente do São José e esteve presente no último acesso da equipe joseense, em 2006, quando subiu da Série A3 para a A2. “Tudo isso ainda mostra que a diretoria é amadora, mesmo que em uma divisão que não te dá muitas condições, acredito que teria que ser com um pouco mais seriedade. Se não trabalhar sério, as coisas não vão acontecer”, comenta. Ainda assim, ele acredita que o clube pode viver dias melhores. O resgate da confiança da torcida pode ser um indício. Nas fases finais, o São José sempre recebeu público de 1.500
pagantes, acima da média do torneio. “O trabalho teve algumas falhas, mas não foi mal feito. Acho que deveria ser um pouco mais profissional. Ficou bem evidente que o São José consegue se reerguer”, avalia.
“Se vier alguém com condições para bancar o clube, pode assumir. Como sou conselheiro vitalício, vou seguir na diretora” Adilson, PRESIDENTE DO SÃO JOSÉ
Trabalho premiado O Manthiqueira, clube de Guaratinguetá, conseguiu o acesso para a Série A3. A Laranja Mecânica, fundada em 2005, somente iniciou as atividades com o futebol profissional em 2011. Foram várias temporadas batendo na trave, mas que, finalmente, conquistou a sonhada promoção no estadual. A equipe, que prioriza em estatuto o fair play e tem uma cartilha de condutas onde preza pela honestidade, vai ser a única equipe do Vale do Paraíba na Série A3 de 2018. O São José dos Campos FC caiu neste ano e também vai jogar a quarta divisão. Outros clubes ainda podem voltar no último nível do futebol de São Paulo. É o caso de Jacareí, XV de Caraguatatuba e Esportiva de Guará.
Campanha do São José nas últimas cinco temporadas 2013
No último ano da gestão do presidente Robertinho da Padaria, equipe é eliminada na primeira fase da A2
2014
Sem o Martins Pereira, fechado para reformas, é rebaixado para a Série A3, 10 anos depois da última queda
2015
Passa toda a Série A3 entre os primeiros colocados, mas perde fôlego e fica sem vaga na fase final
2016 2017
É rebaixado para a quarta divisão do paulista. Presidente Geleia deixa o clube Disputa a quarta divisão pela primeira vez. É eliminado nas quartas de final
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Cultura&
Fotos: Pedro Ivo Prates
Casa Amarela dá o tom da Arte Espaço é dedicado para exposições, oficinas e apresentações musicais
Estação Casa Amarela, em Caçapava, tem por objetivo fomentar a cultura da região
Gabi Riemma CAÇAPAVA
A
cidade de Caçapava ganhou um novo espaço de arte e conhecimento. A Estação Casa Amarela, na Vila São João, é um centro cultural totalmente dedicado ao popular, com espaço para exposições, oficinas e apresentações musicais. Desde março, a idealizadora Elda Varanda Dunley transformou a sua residência em uma galeria de arte aberta ao público. Diversas exposições já passaram pelo local, retratando a cultura popular da região e do Brasil. Formada em Psicologia, Elda construiu o imóvel em 1989 para atender aos pacientes e também usar como lar. Aos poucos, a paixão pela arte falou mais alto e hoje é a curadora do espaço. “Minha intenção é trazer o
conhecimento das capitais para o interior. A RMVale produz muita arte e não aparece, pois não tem espaço para expor. Por isso, quero ajudar a fortalecer a cultura popular, a cultura espontânea e as raízes do caipira”, diz.
tirar os móveis, mas como a ideia é ter um espaço de raiz, resolvi manter minhas origens”, conta. Além dos retratos de família, há fotografias históricas, como é o caso das imagens do avô de Elda com os
Visita Para conhecer a Estação Casa Amarela é preciso agendar. A entrada é gratuita e Elda faz questão de receber a todos para uma visita guiada. Logo ao entrar, o visitante é convidado a preencher o livro de registros, que já conta com mais de 400 assinaturas. O primeiro ambiente é totalmente dedicado à história da família de Elda, com mobiliário do século XIX , fotografias históricas, objetos antigos, bibelôs e peças de vestuário Todos os objetos são herança das famílias Varanda e Dunley. “Eu pensei em
Elda Varanda Dunley, curadora da Casa Amarela
vmp8.com
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presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Ela conta que o avô era empresário em Petrópolis, no Rio de Janeiro, na época em que a cidade ainda era a capital do Brasil – de 1894 a 1902. “Meu avô inaugurou a primeira creche e doou terreno para construção de uma farmácia. Ele era muito conhecido em Petrópolis”, diz.
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Sala de estar Depois de conhecer um pouco mais sobre as origens da anfitriã, o caminho leva até uma segunda sala, ainda maior, que tem curadoria de Darcy Breves, de Caçapava. “A professora Darcy é uma mestra, folclorista, escritora da cultura popular que também abre a casa dela para visitação”, conta Elda. Darcy levou para a Estação Casa Amarela parte de seu acervo, como quadros, Bonecas de pano, Latas antigas, brinquedos e livros de histórias que falam do Vale do Paraíba. Entre os destaques, estão a coleção com telas pintadas por Margarida Alvarenga, inspiradas nos contos da escritora Olívia Alegri, ambas de Caçapava. Na parede lateral é possível ver os estandartes bordados à mão por Matilde Costa, também de Caçapava. Muito coloridos e alegres, a maioria tem motivos de santos, como São João e Santo Expedito, inclusive alguns estão disponíveis para venda. Na mesma sala, tem uma parede inteira em branco em frente aos sofás que foram da família Dunley. É proposital, ali são projetados alguns filmes durante os eventos. “Quero fazer um cineclube regularmente, não temos cinema na cidade, quero abrir o espaço para as mais diversas discussões”, conta Elda.
Sobrado A parte de cima da casa foi batizada de Galeria Flamboyant e atualmente
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recebe cinco exposições diferentes, além de uma sala totalmente dedicada a mostra de peças e louças de cerâmicas pintadas à mão, feitas por artistas regionais. Ao subir as escadas, as primeiras telas vistas são parte da exposição ‘Da África ao Brasil’, da artista plástica Nice Sant, de Petrópolis. “Eu gosto muito das raízes indígenas e afro, pois são a nossa origem. As famílias brasileiras se misturaram muito, índios com portugueses e depois chegaram os africanos, isso é cultura popular”, conta Elda. No próximo cômodo, estão as obras do artista plástico contemporâneo Jader Esbell, que retrata a tribo Mucuxi, de Roraima. São duas temáticas abordadas: ‘O Xamã’ e ‘It was Amazon’. “Jader faz da arte uma denúncia, como a matança dos índios na região pan- amazônica, tudo em nome do progresso. Eu sempre falo sobre a importância do meio ambiente na visita guiada”, diz Elda. Cada dependência da casa tem uma temática. O taubateano Kleber Marcelino tem uma sala inteira para expor 22 pinturas sobre papel
denominadas de ‘Fagia’, um trabalho inédito resultado de três anos de estudos com sombras e formas.
“A RMVale produz muita arte e não aparece, pois não tem espaço para expor. Por isso, quero ajudar a fortalecer a cultura popular, a cultura espontânea e as raízes do caipira ” Elda Dunley, CURADORA DA CASA AMARELA
O artista plástico joseense Sandro Miller também tem os quadros de ‘Raízes da Fé’ expostos na galeria. E para quem gosta de esculturas, a mostra ‘Gratidão’, do paulistano
Paulo Medina, erradicado há anos em Caçapava, são de impressionar. “O Paulo Medina começou fazendo obras com materiais reciclados, como pregos e palets, depois desenvolveu escudos de ferro e madeira. Descobri o trabalho dele quando fui comprar tinta e vi uma peça no comércio. Fiquei encantada e o convidei para expor”, conta Elda. Algumas destas peças já estiveram expostas no Palácio de Cristal, em Petrópolis e na Faculdade Zumbi dos Palmares, em São Paulo.
Café A Estação Casa Amarela tem sempre um café a espera de visita. “Aqui eu recebo amigos para passarem um tempo comigo, conversar e, às vezes, apenas para lerem um pouco ou apreciarem sobre as obras”, conta. Tem muitas pessoas que vêm aqui e nunca entraram em uma galeria e nem mesmo foram em uma exposição. Aqui é uma escola para elas e pra mim também, desde a educação do olhar para uma obra até o cuidado com a montagem”, diz.
SERVIÇO Estação Casa Amarela Visitas: Terça-feira a Domingo 10h às 12h e 14h às 20h. Entrada gratuita Rua José Ludgero de Siqueira, 30, Vila São João, em Caçapava Contato: (12) 99116-2784
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Saúde&
As guerreiras do laço cor de rosa No mês de conscientização da luta contra o câncer de mama, mulheres dividem experiências e superações diárias em busca da cura
Fotos: Pedro Ivo Prates
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Marcus Alvarenga TAUBATÉ
“
Você não está tirando parte do seu corpo, mas é um câncer”, diz Elizabete de Souza Vieira, de 45 anos, para si própria e para todas as mulheres que passam pelo momento da descoberta do câncer de mama. No Outubro Rosa, mês de conscientização, duas guerreiras contam suas história de superação e força. Ambas são pacientes da unidade de Taubaté do GAPC (Grupo de Apoio de Pessoas com Câncer) e tiveram os seios totalmente removidos. Encontraram em um acompanhamento especializado e na companhia de outras mulheres, a força para dar a volta por cima e enxergar as dificuldades do tratamento como uma vida nova. O primeiro contato de todas as pacientes que chegam ao GAPC é com a
“Você não está tirando parte do seu corpo, mas é um câncer. ” Elizabete de Souza Vieira, 45 ANOS
psicóloga Flavia Cabral, que desenvolve um programa diferente para as mais de 60 mulheres atendidas. “Elas chegam sem perspectiva de vida e acreditam que não podem sonhar mais porque a morte está perto, mas não é assim. Temos que entender que é uma fase necessária e que podemos vivenciar da melhor maneira possível. Por isso que aqui elas trocam experiências, se divertem e riem. Tudo com muita harmonia”, explica a psicóloga do GAPC Taubaté. O grupo também busca manter um relacionamento direto com a família para promover um ambiente sempre positivo e estimulante para essas mulheres, que já estão vulneráveis, e precisam de todo o apoio para seguir em frente. “É preciso ter uma estrutura familiar e trabalhar em conjunto. Muitas vezes que percebemos a paciente debilitada,
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Porque eles são fantás cos! Eliminam a “sujeira” do nosso sangue, essenciais para manter o equilíbrio químico do corpo e da pressão arterial. Par cipam da formação óssea, são fundamentais para nossa sobrevivência.
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conversamos com a família para sempre dar alguma assistência. Entendemos que com a energia que elas têm, o trabalho precisa ser desenvolvido com essa garra e fazer com que elas encarem como um prolongamento para a vida. O tratamento fortalecido por energia boa faz com que diminua as reações’”, diz Flavia. Elizabete é artista plástica e manicure. Ela é uma dessas fortes mulheres que lutaram por anos em busca da cura do câncer de mama. E a história dela começa antes mesmo da descoberta, quando pequenos nódulos eram tratados como banais por ginecologistas, mas que, se prevenidos, poderiam ter mudado o final. “As mulheres sempre vão confiantes ao ginecologista, como eu fui e ele comentava que era bolhas de gordura e água, algo normal, mas não era. Se a mulher sentir algo de diferente no próprio corpo já deve procurar um especialista naquilo. Se eu procurasse, logo no início, os nódulos no ultrassom, ai seria diferente e eu não teria sentido dor nenhuma”, diz.
“É preciso ter uma estrutura familiar e trabalhar em conjunto. Muitas vezes que percebemos a paciente debilitada, conversamos com a família para sempre dar alguma assistência. ” Flávia Cabral, PSICÓLOCA
E essas dores surgiram em um momento em que a preocupação era em cuidar da família, deixando por último cuidar de si mesma. Mas o apoio de alguém de fora foi essencial no momento.
“Eu cuidava do meu pai cadeirante e com Alzheimer, fazia todo o esforço de pegar e transferir ele de lugar, quando formam surgindo manchas de sangue no sutiã. Eu estava achando normal, mas uma cliente ficou preocupada comigo e foi a responsável em marcar uma consulta com o especialista, onde ouvi: ‘você acha normal o seio sangrar? Pois, não é não’.”. A anormalidade ficou comprovada no momento dos exames de mamografia e pulsão, pedidos pelo médico. “Do jeito que apertou, o sangue espirrou. No conceito de muitas pessoas é o caroço. Eu até tinha abaixo da axila, mas não achei que iria fazer todo o estrago.”. Mas os resultados foram inconsistentes, sendo necessária uma cirurgia. “Meu pai veio a óbito em 11 de fevereiro de 2014 e a primeira cirurgia aconteceu no dia 18, quando foi feito um quadrante. Em um mês do falecimento veio a biopsia, um câncer maligno, agressivo e que teria que fazer a mastectomia radical com esvaziamento da axila. Em 4 de março estava na sala de cirurgia, não tinha como esperar”, lembra O momento é delicado para qualquer mulher e para Elizabete não foi diferente, mas a força de superação foi maior, o bem-estar dela e o apoio da família e de amigos foi o a ajuda primordial para ela. “O primeiro banho depois da mastectomia eu chorei muito. No começo eu quase me deixei levar e me afundar, mas vi minha mãe passando por tudo isso e pensei comigo ‘Não, tenho que me manter forte’. Ouvi do meu sobrinho: ‘Tia, sara logo para a gente passear no shopping’ e via as minhas amigas, Raquel, Elaine e Sandra fazendo tudo para eu me animar, e comecei a mudar a minha cabeça”, As lágrimas são inevitáveis para as pacientes e para todos os mais próximos que não veem o tempo passar para que aqueles momentos terminem. Mas
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há cinco meses, como forma de prevenção, Elizabete retirou a mama direita e hoje aguarda chamarem para a operação de retirada do útero e ovário. “Depois de oito sessões de quimioterapia e 30 de radioterapia, ficaram fragmentos no seio direito e o médico achou que seria melhor retirar para não dar chance a um possível novo câncer. A quimio é muito pior, então vale tirar um seio. Na cirurgia já foi feita a plástica e a implantação do expansor”, conta. Ex-funcionária administrativa de um hospital particular de Taubaté, Elizabete se viu no outro lado da história, deixando o apoio profissional para se tornar paciente. “Eu trabalhava na parte de pronto atendimento, internação e hotelaria. Muitas vezes eu recebia a paciente e encaminhava até o quarto, e era bem complicado, na realidade vi que as pacientes tinham vergonha e ficavam constrangidas, mas digo que é muito diferente o lado que você esta. Quando eu virei a paciente foi horrível, principalmente quando você vai sabendo que você vai retirar uma parte do seu corpo, a mama”, relata. Todos os processos de tratamento realizado em um ano e a nova cirurgia realizada neste ano foram feitas pelo SUS (Sistema Único de Saúde), algo que surpreendeu a própria Elizabete. “Como trabalhei em um hospital particular, achei que comigo foi muito mais rápido, mas tenho consciência que não é assim com todo mundo. A única coisa infelizmente foi na previdência social, que ao tentar o direito benefício fui humilhada. Em duas avaliações, médicos diferentes me falaram, ‘Sua cara está boa, você pode trabalhar assim’ e ‘Câncer de Mama é normal hoje em dia’, e ambos não assinaram a autorização”, declara. Esse é um dos diversos relatos de desconhecimento e discriminação sofrido por Elizabete e por milhares de mulheres que buscam retomar a vida após um tratamento de câncer, que
As lágrimas são inevitáveis para as pacientes e para todos os mais próximos que não veem o tempo passar para que aqueles momentos terminem
Sandra Cristina convive hà nove anos com o câncer de mama
afeta diretamente no comportamento e estilo de vida. “No momento da alta, eles falam em vida normal, mas eu não conseguia ir na padaria e voltar e não me cansar. Que vida normal é essa? Colocar uma roupa e ela não se enquadrar, por ter uma mama 48 e a outra nada. Eu era motociclista, viajava de moto pelas rodovias, mas hoje não consigo, não posso fazer grandes esforços.”. Após as cirurgias, Elizabete adquiriu uma restrição no braço, pela retirada dos linfonodos, impossibilitando ela de ter algum impacto, pela possibilidade de gerar um inchaço, muitas vezes irreversível. “Eu vou fazer o que dá para fazer hoje, eu não tenho que ficar remoendo com raiva das coisas que não consegui fazer no passado e sem ficar criando planos muito longos. Eu posso fazer de outra forma as coisas que eu gosto, a
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Elizabete de Souza Vieira, Flávia Cabral e Sandra Cristina
gente se adapta a tudo. Hoje busco sempre sorrir bastante e estar perto das pessoas.”, conta Elizabete.
O câncer As histórias de mulheres que vivenciam e vivenciaram o câncer de mama são muitas. Outra guerreira é Sandra Cristina de Camargo. 47 anos, que convive há nove anos com o câncer de mama, mas já conhece a doença desde
1984, quando perdeu a mãe após dois dias da descoberta do câncer. “Eu sou órfã de mãe desde os 14 anos. Minha mãe faleceu com 40 anos, ela trabalhava na Santa Casa de Itapeva, no interior de São Paulo, mas mesmo assim ela descobriu e dois dias depois que estava internada acabou não resistindo”, lembra. A experiência na adolescência foi essencial para que ainda jovem Sandra já
buscasse realizar exames de prevenção. “Desde os 26 anos eu faço todo o tipo de exame, pois de um jeito ou de outro eu sabia que teria essa doença. Como não estava acontecendo nada no organismo, os ginecologistas que eu ia falavam que não tinha nada. Mas eu achava um absurdo estar saindo sangue do peito e os médicos não falarem nada”, diz. Desde o primeiro diagnóstico, Sandra já realizou 11 cirurgias, dez
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Elizabete lutou contra o câncer durante anos e hoje, apesar das dificuldades, consegue trabalhar
delas relacionadas ao câncer de mama. “Eu descobri que estava doente aos 38 anos por que o peito começou a sangrar muito, mas no início uma médica falava que não era nada. Mas fui atendida por uma equipe de Sorocaba, onde fiz a quimioterapia “branca” e ao final do tratamento o médico disse que estava curada.”. Já acreditando estar livre da doença, em 2011 o sangramento dos seios voltou com mais intensidade, mas um trauma do SUS (Sistema Único de Saúde), por um erro médico, levou a adiar a procura por um especialista. “Eu fui fazer uma cirurgia no ouvido e perdi a audição, por isso tinha medo do atendimento no hospital público e não encontrava um mastologista pelo plano de saúde que pagava. Até que comecei a me consultar com uma médica, mas de novo me falavam que era normal e apenas uma fase de evolução e transição”, afirma Sandra.
Nesse ano, Sandra realizou a cirurgia para a retirada de um mioma no útero, retirando por fim todo o órgão, e após pressão conseguiu solicitar os exames que constataram novamente o câncer de mama, mas agora nos ductos mamários. “Ao saber que estava de novo com câncer, fui buscar outro médico que pudesse me ajudar, onde meu tio conseguiu uma consulta e em quatro meses de consultas já marcou a primeira cirurgia de quadrantectomia.”.
Experiência na adolescência foi essencial para que, ainda jovem, Sandra já buscasse realizar exames de prevenção
Essa primeira intervenção cirúrgica aconteceu em janeiro de 2013, mas o câncer continuou se espalhando sendo necessário ainda no mesmo ano a realização de outras fases do tratamento. “Depois de seis meses voltei ao médico, o peito já estava sangrando de novo, e ele apresentou o resultado da biopsia confirmando que eu estava com câncer e precisava realizar uma nova cirurgia, mas que só conseguiria me operar em julho de 2014, por todo o tratamento estar sendo feito pelo SUS. Mas com ajuda e pré-disposição de diferentes equipes médicas, consegui pelo plano de saúde antecipar”, A segunda quadrantectomia aconteceu em maio de 2014, mas a doença se tornou ainda mais invasiva tomando todo o peito de Sandra, precisando ser retirado o totalmente o seio direito no ano seguinte. “As quadrantectomias são a retirada de parte da mama, o meu câncer
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começou por baixo, então, na primeira vez ele abriu o bico do peito e tirou toda a parte de baixo que eram os ductos que produzem leite. Foi uma descoberta, em partes, que me faziam querer morrer, o meu peito era as coisa mais bonita do meu corpo. Tive até que ter um acompanhamento psiquiátrico, pois fiquei pirada pela retirada deles”, Sandra não conseguia aceitar o momento que estava passando, mas com o acompanhamento médico para aliviar a tensão, seguiu com os exames. “No começo eu achava que se eu iria ficar defeituosa. O médico brincava que a Thammy (filha da Gretchen) não precisava e tirou os dois e eu, que precisava, por questão se saúde, estava chorando. Mas no começo eu achava um absurdo, não era mãe, não tinha filhos e ficar assim defeituosa”.
Em novembro de 2015, os médicos identificaram calcificações no seio direito, sendo necessária uma avaliação mais especifica, mas por burocracias de contrato entre um laboratório de analises de São José e um plano de saúde de Taubaté, o exame aconteceu somente em fevereiro do ano seguinte. “A biopsia apontou que eu tinha 17 caroços na mama esquerda. No exame eu estava em uma maca de bruços e eles iam furando e tirando, enfiando a agulha pelo bico do seio, mas mesmo com a anestesia a dor era inimaginável, berrava muito. E nos pontos onde eles fizeram a biopsia formou um novo hematoma, confirmando que era necessária a retirada total do seio.”. Após oito anos de luta contra o
câncer, Sandra retirou as duas mamas e começou o processo de reconstrução dos seios. Nas cirurgias completas foram colocados expansores, que prepararam o corpo para os implantes que hoje ajudam na autoestima de Sandra, que transmite muita risada e uma visão esperançosa da própria história. “São 495 ml em cada peito, mas eu olho e nem tem peito, são essas coisa miúdas. E hoje não consigo fazer muito esforço, como pegar um copo dentro do armário e erguer o braço na altura do ombro, que já começo a sentir muita dor nos seios e no braço direito. Mas eu tenho cinco sutiãs pós-cirúrgicos, aquelas coisa feias lá, que me ajudam a sentir menos dor, mas desde a primeira cirurgia não uso um sutiã normal”.
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Arquitetura&
Fotos: Pedro Ivo Prates
Moderno e aconchegante Arquitetas Ana Luiza Maciel e Débora Moura desenvolveram um projeto com o perfil de uma família jovem, mas sem perder o requinte do alto padrão
Marcus Alvarenga SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A
sofisticação, o contemporâneo e os detalhes minimalistas são os pilares do projeto de um apartamento de alto padrão no recém-lançado edifício Paessagio Colinas, na zona oeste de São José dos Campos. A transformação da residência em um ambiente aconchegante e familiar para um casal de jovens médicos e sua filha foi de responsabilidade de uma dupla de arquitetas, Ana Luiza Maciel e Debora Moura. “Pegamos o apartamento direto da construtora, não tinha nada. Fizemos desde o piso, forro e iluminação, até
os detalhes de decoração e paisagismo. Foram oito meses, desde o primeiro contato e as três etapas de obras”, conta Ana, um das sócias da Square Arquitetura. Os proprietários, que se mudaram no início de março, pediram, no começo do processo, que a nova moradia da família tivesse uma integração entre as áreas comuns e que os cômodos privativos, tivessem cara própria. “Na parede da sala de jantar temos um mosaico de espelhos com corte bisotado, que traz amplitude ao ambiente, e na parede oposta colocamos uma escultura que é refletida e mantém continuidade”, explica Débora ressaltando outros detalhes. “O piso é um porcelanato que segue
a mesma textura, coma diferença que é polido na área interna e parte dele acetinado por estar na parte externa”. E todo o contexto mantém a relação com a temática contemporânea e atemporal, servindo como base para futuros momentos da família que necessitem de mudanças no apartamento. “Toda a concepção base da casa é com cores neutras: cor de papel, estofado, piso, sofá, e depois pincelamos com dourado, cobre e metalizado, além de tons de turquesa. Então se amanha eles quiserem mudar todos os acabamentos para algo com muita cor, é possível. Será necessário apenas mudar as almofadas, o papel de parede e os objetos”, descrevem as sócias.
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Área gourmet Os apartamentos de alto padrão contam com uma área externa maior e preparada para atender uma necessidade dos moradores em realizar diferentes atividades, como confraternizações. “Focamos em trabalhar com cor e acabamento para o marido. Pensamos mais no preto, revestimento imitando um ferro corten, trazendo um estilo masculino, mas mantendo o sofisticado, e acabamentos bem detalhados, como pé da mesa moderno, revestimento da parede com BRIK, que imita os tijolos dos metrôs de Londres, e uma pegada industrial nas luminárias focais, deixando o ambiente aconchegante e conversando com a área interna”, detalha a arquiteta.
Transformação A grande mudança no apartamento, que na planta original apresentava quatro suítes, foi à expansão do banheiro do casal para adequar o espaço que comportasse uma banheira. “Transformamos uma das suítes em escritório e abrimos a parede que dividia os dois banheiros. Ali foi instalada a banheira, que na suíte comum teria que ficar em baixo dos chuveiros. Então a suíte máster ficou ainda maior e com tudo duplo, a banheira para
duas pessoas, duas cubas e dois chuveiros”, relata Ana Luiza Maciel.
Quartos Diferente do restante da casa, os quartos foram revestidos com um piso vinílico amadeirado, que, segundo as arquitetas, traz uma sensação de aconchego para a área privativa do apartamento. Ainda mais pessoal e acolhedor foi à concepção do quarto da criança do casal. “O primeiro item comprado foi o papel de parede e dele fomos definindo a cor da decoração, das almofadas e adereços. Mas o importante é que o quarto segue o contemporâneo com uma cama de casinha montessoriana, que remete ao lúdico, podendo a criança permanecer no mundo dela e ter tudo na sua altura e alcança, desenvolvendo a autonomia”, explica. O banheiro da filha do casal ainda conta com um revestimento das paredes com uma partilha madrepérola, e o corredor em direção ao quarto dos pais possui sensores de movimento, que acionam as luzes dos balizadores como forma de segurança. “Por conta de ter criança e se por acaso ela sai do quarto a noite, já ilumina automaticamente o corredor com esses balizadores mais próximos ao chão. Os sensores são muito interessantes para casa com crianças e idosos”, diz Debora.
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Investimento O apartamento vazio entregue pela construtora se transformou em uma residência de alto padrão, trazendo conceitos contemporâneos, mantendo a sofisticação e integrando todos os ambientes com os estilos particulares de cada componente da família. As arquitetas não puderam revelar o valor investido pela família nesse projeto, mas segundo a dupla de profissionais, “é necessário cerca de R$ 200 mil para um apartamento completo, com a parte civil e os móveis”. Entretanto, o preço pode variar de acordo com a escolha dos materiais e depois com os itens de decoração. “É possível encontrar porcelanato de R$ 30 a R$ 300, com a diferença na qualidade e no pós-venda da marca. Então, uma obra como todo o projeto de um apartamento desse tamanho pode variar entre R$ 200 mil a R$ 300 mil”, diz Ana Luiza.
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Foto: Pedro Ivo Prates
O Jeca não morreu
Museu Mazzaropi, em Taubaté, mantém viva a memória de um dos principais cineastas do Brasil e que tem raízes no Vale do Paraíba
João Pedro Teles TAUBATÉ
A
medida que se avança pela estrada Amácio Mazzaropi, em Taubaté, um cenário rural aos poucos passa a tomar conta da paisagem. A atmosfera morosa, com gramado, cerca e cheiro de roça, vai tingindo a presença do Velho Mazza por aquelas bandas. A impressão é de que, a qualquer minuto, o visitante pode se deparar com a figura arqueada, calças amarradas à altura do umbigo, botina e chapéu de ‘paia’ do Jeca Tatu pitando seu fumo de rolo. É este o cenário que envolve o Museu
Mazzaroppi, um dos maiores da RMVale e que conta com acervo completo de um dos grandes cineastas do país e que retratou, nos mais de 30 filmes produzidos, a realidade de um Brasil em transformação. Se os entornos já atiçam a dor da saudade, da porta para dentro o espaço é um mundo à parte, todo dedicado à memória do cineasta mais popular da História nacional. É como se o visitante estivesse entrando mesmo numa sala de cinema. A fachada, que pouco revela para quem está do lado de fora, esconde um ambiente de grandes proporções. Ambicioso, como seu patrono. E este é o primeiro impacto de quem
visita o espaço: grandiosidade. Num ambiente interno amplo, quase sem divisas, damos de cara com uma reprodução de rolo de filme cortando a parede numa espécie de vitral que, vazado, revela diversas fotos de Mazzaropi em contraste com a luz do dia. Uma das câmeras usadas nas filmagens também impressiona pelo tamanho e imponência, logo à primeira vista. Numa segunda olhada, o destaque fica por conta de grandes reproduções das capas dos filmes, displays em tamanho real do Jeca e um grande número de painéis circulares, fixados no teto, que trazem fotos expressivas em preto e branco de Mazzaropi.
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O prédio, recente, data de 2010, mas o museu é mais antigo. Foi aberto em 1992 por João Romam Junior, velho amigo de Mazzaropi. Até a abertura do novo prédio, ele ficava no Hotel Fazenda Mazaropi, vizinho do atual museu. O Hotel também é obra de Romam e funciona onde, antigamente, ficavam os estúdios da PAM Filmes (Produções Amácio Mazzaropi), empresa fundada pelo cineasta para produzir seus próprios títulos.
Viagem no tempo O museu conta com um vasto acervo de toda a carreira do cineasta. São mais de 20 mil itens entre fotos, rolos de filmes, cenários, equipamentos, figurinos e elementos cênicos. Um cardápio completo para alimentar a nostalgia de quem viveu a época de ouro do cinema de Mazzaropi e para instigar a curiosidade da geração que cresceu assistindo seus filmes na companhia dos pais. E é esse sentimento que impera entre as pessoas que vêm de longe para conhecer de perto o universo criado pelo cineasta. Afinal, não é sempre que se está adiante de itens como a espingarda de cano torto “para matar veado na curva”, do filme “O Grande Xerife”, de 1972. “A visita está me trazendo muitas
lembranças da infância. É aquela memória afetiva que puxa a gente para uma outra época, quando eu assistia os filmes do Mazzaropi junto com o meu pai. Os personagens dele têm essa coisa fascinante de você assistir várias vezes e sempre dar risada das mesmas situações. É um tipão rural, que parece abobado, mas é sarcástico e bem esperto ao mesmo tempo”, explica a servidora pública Mislane Carvalho, 33 anos, que saiu de São Paulo para acompanhar os pais em visita ao museu. Já para sua mãe, a dona de casa Maria Luiza Carvalho, de 58 anos, os filmes também remetem há outros tempos. No caso dela, a descoberta da televisão, o que só aconteceu aos 21 anos. “Morava na Bahia, na zona rural, e não tinha TV no sítio onde a gente cresceu. Assistia as fitas em casa, depois de casada. São sempre personagens que nos fazem dar risada, mas que também retratam muito bem o homem daquela época”, conta. Assim como mãe e filha, que vieram da capital, a maioria do público do museu não mora necessariamente em Taubaté ou sequer na RMVale. Rota para Aparecida, o espaço é bastante visitado por pessoas que estão a caminho do município e aproveitam para conhecer mais
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“É uma característica comum a gente ter pessoas que estão indo para Aparecida. Como ficamos no caminho, há bastante gente que faz uma parada por aqui. O público é até maior do que o do Vale do Paraíba” Pamela Botelho, COORDENADORA DO MUSEU
sobre a história de Amácio Mazzaropi. “É uma característica comum a gente ter pessoas que estão indo para Aparecida. Como ficamos no caminho, há bastante gente que faz uma parada por aqui. O público é até maior do que o do Vale do Paraíba”, afirma a coordenadora do museu, Pamela Botelho. Além de revisitar tudo o que fez parte da história de Mazzaropi nas telonas, o museu também conta com um extenso acervo de documentos do cineasta. Há, inclusive, documentos de censura de alguns dos títulos. Outra atração do museu é um cinema com 300 lugares, onde o eterno Jeca Tatu está presente em cartazes, artes e outros objetos. No moderno auditório, além de serem transmitidos os clássicos do cineasta, ainda acontecem palestras e outros eventos relacionados à memória do artista, além de encontros privados, que alugam o espaço.
Passado e Futuro Um dos desafios da administração do local é de tornar o espaço atrativo para
as novas gerações. O esforço, de acordo com a coordenadora, é de multiplicar as linguagens para atingir também as novas gerações. Com essa estratégia, o museu está presente nas redes sociais e em setembro modernizou o site oficial (museumazzaropi.org.br), que agora conta com link para o canal do YouTube, fotos, resenha e ficha técnica dos 32 filmes, entre outras novidades. Além disso, sempre que há oportunidade, surge um meme ou um gif colocando o Jeca em evidência com algum viral que está rolando na Internet. “É o jeito de levar o museu para as pessoas e manter viva a figura de Mazzaropi. Aquela esperteza do matuto. É importante que o museu não seja sinônimo só de coisa velha, mas se adeque às novas linguagens”, afirma Pamela. Prova de que a linguagem de Mazzaropi ainda se mantém atual é o sucesso do espaço não só com o público que viveu a era de ouro do cineasta, mas também com as crianças que visitam o local. Os vídeos, músicas e bonecos
vendidos na loja de souvenires são sucesso entre a criançada. “As crianças ficam encantadas. É uma fórmula atemporal, assim como acontece com o Chaves, por exemplo, as piadas do Mazzaropi atingem pessoas de todas as idades. Isso precisa ser divulgado para toda população”, diz.
Museu dinâmico Outro esforço da coordenação é que o espaço seja mais do que um local de visitação, mas um ponto de convivência e debate sobre o cinema nacional e rumos da cultura popular, além do resgate histórico. “O debate atualmente é como um museu sobrevive. Não se trata apenas de cobrar entradas e de direitos de imagens, mas sim de criar meios para tornar o espaço um centro vivo, com discussões, com palestras e eventos onde se evidencie a cultura popular e os desdobramentos da obra do Mazzaropi”, afirma. Nessa linha, o museu realiza, anualmente, a Semana Mazzaropi, que conta com uma série de atrações para resgatar a história do cineasta e incentivar as novas gerações a conhecer o seu trabalho. As atividades acontecem não só em Taubaté, mas também em São Paulo e outros municípios do interior. “Participamos da Primavera dos Museus, uma temporada cultural coordenada pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) e que acontece todos os anos durante a estação. São ações que intensificam a relação dos museus com a sociedade”, afirma.
Visitação Ficou interessado em conhecer mais sobre o saudoso Mazzaropi? O museu fica na Estrada Amácio Mazzaropi, 249, em Taubaté. O local fica aberto de terça à domingo, das 8h30 às 12h. A entrada custa R$ 11 (inteira) e R$ 6 (meia). Idosos e crianças até 7 anos não pagam ingresso. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (12) 3634-3447.
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Comportamento&
Luz na passarela que lá vem ela Modelo Plus size, Débora Fernandes leva lição de autoestima para os quatro cantos do país Gabi Riemma SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Q
uem observa a desenvoltura da modelo Débora Fernandes não imagina que o começo da carreira foi marcado pela timidez de achar que não se encaixava nos padrões estéticos da ‘ditadura da moda’. Apaixonada pelo mundo fashion, ela fez faculdade de moda e trabalhava nos bastidores dos desfiles em 2007, quando uma modelo ‘gordinha’ faltou ao evento de uma marca de tamanhos grandes e ela foi chamada às pressas para a substituir na passarela. Débora conta que nunca tinha pensando em ser modelo, mas gostava mesmo era de produzir e desenhar as roupas. “Fiquei super chateada de ter sido chamada na época. Não queria que me rotulassem, mas acabei desfilando. Eu nunca tinha
escutado o termo plus size no Brasil”, diz. Como destaque no setor de moda, a modelo de São José dos Campos é pioneira
“De 10 anos para cá, muita coisa mudou e as pessoas começaram a exigir mais das marcas. Hoje eu só visto aquilo que me representa, tenho muito orgulho do que eu faço e meu maior objetivo é inspirar outras mulheres ” Débora Fernandes, MODELO PLUS SIZE
Vosh Agency/Divulgação
na região no segmento, além de manter um blog sobre o assunto e fazer ensaios semanais em São Paulo. Atualmente, trabalha como estilista de uma marca esportiva e é embaixadora de uma renomada marca nacional de sapatos. “Sempre fui gorda. Tinha muita dificuldade de me aceitar e já cheguei até a tomar remédio para emagrecer. Hoje em dia, nada disso faz mais parte da minha vida. Eu me olho no espelho e me sinto linda”, conta Débora. Ela diz que percebeu que não precisava emagrecer para ser feliz quando viu uma reportagem com a Fluvia Lacerda, modelo plus size brasileira que faz muito sucesso em Nova York. “Quando conheci o trabalho dela, percebi que era possível estar bem vestida sem precisar ser magra. Eu queria entrar em um padrão que não me pertencia. O que me fazia querer emagrecer era justamente a vontade de usar roupas jovens e modernas, que seguiam as tendências e referências da moda, mas que ainda não existiam no Brasil, mas vi que era possível fazer”, conta. Com a experiência, Débora foi vendo o mercado plus size se transformar no Brasil e hoje presta consultoria para inúmeras marcas do segmento. “No começo da carreira eu tinha vergonha porque só desfilava com roupas para senhoras. De 10 anos para cá, muita coisa mudou e as pessoas começaram a exigir mais das marcas. Hoje eu só visto aquilo que me representa, tenho muito orgulho do que eu faço e meu maior objetivo é inspirar outras mulheres”, diz. Débora afirma não ter um estilo de roupa favorito, mas conta que é ‘fashion
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Léo Augusto/Divulgação
victim’, ou seja, quer usar tudo que é tendência e está na moda. “Eu gosto de tudo. Não existe uma peça que eu não usaria. Estou em uma fase de usar pantacourt. Acho confortável, elegante e moderna. Sinto que fico mais fashion”, diz. A roupa ela escolhe dependendo de cada ocasião. “Quando quero sair mais sexy uso transparência ou um vestido mais ajustado. Se quero mais conforto, coloco uma peça mais solta. Tudo depende do dia”, conta. A modelo acredita que a roupa valoriza uma mulher quando ela está se sentindo bem ao usá-la. “Tem algumas peças tabus que eu faço questão de usar para minhas seguidoras verem que é tudo possível quando você se sente confiante”. A estilista revela que recebeu o depoimento de uma internauta que só começou a usar biquíni depois de ver suas fotos com a peça no verão. “Sinto uma responsabilidade muito grande de realmente alcançar essas mulheres que têm vergonha do próprio corpo”, conta. “Não podemos ficar tão preocupadas com o que os outros pensam. A autoestima é um exercício diário que precisamos alimentar. Se olhar no espelho e sempre gostar do que está vendo”, completa. “As mulheres magras têm referências em todos os lugares, nas vitrines, na televisão, nas propagandas. As que não são, também precisam de referências. Quero plantar uma sementinha de autoestima em cada uma delas”, diz.
Sobre preconceito, Débora prefere não dar destaque ao assunto. “A gente aprende a conviver com as pessoas. Já cheguei a ficar chateada com comentários maldosos, mas hoje eu prefiro deletar, a não ser que seja uma ofensa muito grave. Ai prefiro expor para constranger quem falou”, conta. Eleita a quarta modelo mais influente no segmento plus size no Brasil, Débora costuma fazer palestras sobre moda em todo o país e conta que uma constante de perguntas é sobre gordofobia e inclusão. “Os obesos não consomem produtos da moda porque não conseguem sequer trabalhar. Apenas pelo fato de serem gordos há muito preconceito no mercado de trabalho. Eu luto para que as pessoas vejam suas competências e não a aparência. Apesar da moda plus size ter crescido bastante, há muita discriminação com quem é gordo. As pessoas ainda sofrem muito por isso. Meu trabalho visa levar uma conscientização para o respeito a todos, independentemente do número de manequim que usam” Para quem ficou curioso, Débora é uma modelo plus size de 30 anos, que mede 1,65 e pesa 100 quilos. Ela usa manequim 48 ou 50 e sapato 38.
“Já cheguei a ficar chateada com comentários maldosos, mas hoje eu prefiro deletar, a não ser que seja uma ofensa muito grave. Ai prefiro expor para constranger quem falou ” Débora Fernandes, MODELO PLUS SIZE
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Gastronomia&
Fotos: Pedro Ivo Prates
Comida de boteco tem tradição e qualidade na RMVale
Bares servem porções fartas e gostosas para acompanhar a cerveja gelada
Bar do Xuxu é um dos locais mais frequentados por quem busca comida de boteco
Gabi Riemma SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
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om a chegada da primavera e elevação das temperaturas na RMVale, os boêmios não perdem a chance de um bom ‘happy hour’. O calor é convidativo para tomar uma cerveja gelada na hora de esquecer as tensões do trabalho ou regar as conversar com os amigos aos finais de semana. E para acompanhar um gole e outro,
nada melhor que a comida de boteco, feita na medida para quem quer matar a fome ou apenas pedir um petisco para acompanhar o momento de descontração nos bares. Famoso por seus espetinhos especiais e ambiente familiar, o Bar do Xuxu está desde 2008 no Jardim Alvorada, em São José dos Campos. A churrasqueira é acessa durante a tarde, fica ao lado da cozinha e é bem grande para dar conta dos inúmeros pedidos.
Diante de tantas opções do cardápio, entre porções e pratos, o carro-chefe é a costela criada pelo dono do bar, o Xuxu, apelido que Rodnei Giuseppe Roberti ganhou dos amigos antes mesmo de abrir o bar e virou sua marca registrada. Para ele, o segredo do sucesso das carnes que serve é estar sempre fresca e nunca congelada, preparada na hora que o cliente pede. A costela é temperada apenas com sal grosso e um pouco de alho. A fórmula para conquistar os paladares mais exigentes fica por conta do tempo na brasa: 6 horas.
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Tradicionais espetinhos são os mais pedidos no bar do Xuxu
Fábio Machado/Divulgação
“O modo de preparo eu que inventei. Tempero, embrulho a peça no papel celofane e depois no alumínio e coloco na brasa por horas, fazemos o mesmo processo todos os dias. Não tem erro”, conta. Gabriel D’Amico, de São José dos Campos, é frequentador assíduo do bar. Geralmente vai com os amigos depois do expediente. Em quatro pessoas, pediram meia porção da costela para harmonizar com a cerveja gelada. E eles ainda quiseram comer espetinhos de filé com catupiry. “O diferencial do bar do Xuxu é ampla varanda. É uma delícia comer e beber ao ar livre e ver o movimento. Não gosto de ambientes fechados. Estamos num país tropical. Esse espetinho de carne com catupiry em cima é o melhor da cidade. Eu não consigo vir aqui e não pedir, pois a carne é muito macia e saborosa”, diz. Para quem gosta de compartilhar porções, além da costela, uma ótima pedida são os ‘Bolados do Xuxu’, uma combinação de três ingredientes servidos numa farta porção, que pode ser calabresa acebolada com fritas e mandioca; filé de frango acebolado com fritas e polenta ou alcatra acebolada com mandioca e polenta. Já no Bar do Coronel, há 25 anos instalado na esquina da Rua Coronel José Monteiro com a Francisco Rafael, no
Pastel de carne seca é um dos mais tradicionais do Bar do Coronel centro da cidade, tem o pastel de carne seca como o mais pedido, com quase 500 unidades por semana. Segundo João Paulo Córdoba, proprietário do bar, o segredo do pastel está na qualidade dos ingredientes e a quantidade de recheio. “Nosso pastel é super bem recheado. Cumpre o que promete, com uma carne seca produzida especialmente para nós, curada, com baixo índice de gordura e dessalgada na medida certa, além do catupiry ser o original”, diz. Córdoba conta que os clientes gostam muito do pastel de camarão e também de uma invenção que fizeram no bar, o pastel de filé mignon com alho e catupiry, inspirado em uma porção de muito sucesso do bar. Outro petisco é a ‘barrinha de cereal’,
que de light não tem nada, pois se trata de uma panceta premium, ou seja, a barriga do porco, frita na própria gordura da carne para garantir a crocância. “Foram os garçons que apelidaram o prato de barrinha de cereal, por causa do formato que vem a peça, um retângulo, logo quando entrou na moda essa onda fitness”, brinca Córdoba. E não são só os joseenses que frequentam o bar. Débora Ortiz é de Tremembé e foi com a família aproveitar o sábado. Na mesa, não se via um prato feito, apenas petiscos, entre os pastéis, bolinho de calabresa, kibe e a famosa porção ‘barrinha de cereal’. “O pastel que eu mais gostei foi o de filé mignon, mas a barrinha de cereal é incrível, carnuda, com sabor e muito bem-feita”, diz.
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Veículos&
Foto: Pedro Ivo Prates
Mercado de seminovos segue em alta
Fabio Soares TAUBATÉ
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om os constantes aumentos de impostos, a aquisição de um carro novo tem se tornado cada vez mais complicada. De acordo com os dados da Webmotors, uma das principais marcas de classificados automotivos, houve crescimento de 11% no número de buscas por veículos usados no primeiro semestre de 2017. Como comparação, a busca por carros novos teve queda de 20% no mesmo período. Apesar da recente melhora do setor de novos, com crescimento de 17,75% na quantidade de emplacamentos no Brasil, conforme levantamento da Fenabrave divulgado
em setembro, o mercado de novos ainda é o mais baixo dos últimos 11 anos, segundo
Vendas de seminovos foram quase 3 vezes mais do que a de carros novos, 3,65% contra 9,78%, respectivamente
pesquisa da própria Federação. Os números ainda revelam que no primeiro semestre deste ano, as vendas de seminovos foram quase 3 vezes mais do que a de carros novos, 3,65% contra 9,78%, respectivamente. Neste cenário, a compra de um seminovo é algo cada vez mais comum no dia-a-dia do brasileiro. Pelo mesmo preço de um popular é possível comprar um carro com motor mais potente e repleto de itens de conforto. “Depois de pesquisar bastante enquanto buscava meu primeiro carro, optei por um seminovo com baixa quilometragem por conta da relação custo/benefício”, declarou a publicitária Gabriela Pereira, de 24 anos. “Como não utilizo meu carro para trabalhar, escolhi um modelo com motor 1.6 e câmbio automático, itens que estariam fora do meu orçamento se eu comprasse um zero quilômetro. Estou bastante satisfeita”, afirma Gabriela. Porém, é preciso ficar atento a alguns detalhes para não sair perdendo. A primeira recomendação feita pela Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores) é a escolha do local correto. A preferência deve ser por lojas que comercializem carros periciados e ofereçam garantia de procedência. Pesquisar pelo nome da empresa na Internet também nunca é demais. Alguns sites como Reclame Aqui e o Consumidor, recebem reclamações de todos os tipos de estabelecimentos comerciais. Com as agências de automóveis não é diferente. A perícia cautelar, que é realizada pela maioria das lojas, permite, entre
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outras coisas, saber se o veículo foi recuperado de sinistro ou passou por leilão, se a quilometragem mostrada no painel é real e se existem bloqueios administrativos envolvendo o mesmo. “Se o comprador não possui conhecimentos de mecânica automotiva, é
“Depois de pesquisar bastante enquanto buscava meu primeiro carro, optei por um seminovo com baixa quilometragem por conta da relação custo benefício” Gabriela Pereira, 24 anos PUBLICITÁRIA
bom levar um especialista de confiança para avaliar o veículo. Peça para que ele dirija e cheque itens como freios, suspensão, níveis de ruído e vibrações excessivas no motor e no câmbio”, afirma Ghorin Menezes, comerciante de automóveis, em Taubaté, com 12 anos de experiência no ramo. O artigo 18 do Código do Consumidor diz que o comprador tem 90 dias corridos para reclamar de quaisquer defeitos do veículo, e não somente daqueles relacionados a motor e transmissão. “Caso o pagamento seja efetuado à vista, evite fazer a transferência bancária ou a entrega da quantia acordada antes de receber o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo preenchido e com a firma reconhecida em cartório”, afirma Ghorin.
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Social& Por Gabi Riemma
Jantar do BEM O Grupo Colinas Shopping comandou a 2ª edição do Jantar do Bem, no dia 20 de setembro, no Golden Tulip, em São José dos Campos. O evento arrecadou R$ 82,2 mil em prol do Hospital do GACC (Grupo de Assistência à Criança com Câncer) da cidade. A quantia foi entregue para a presidente da entidade, Rosemary Sanz. Além do valor do cheque (foto ao lado), durante o jantar uma camisa oficial da Seleção Brasileira, autografada pelos jogadores e pelo técnico Tite, foi leiloada. A disputa foi acirrada e Ary Menegário arrematou por R$ 15 mil. “Pelo segundo ano consecutivo o evento foi um sucesso. Uma noite muito especial, com pessoas participativas e atuantes e um cardápio maravilhoso. Obrigada a todos que ajudam mais de 500 crianças e adolescentes com câncer”, diz Rosemary.
Fotos: Marcus Alvarenga e Gabi Riemma
Vale Music Fest
Gilberto Freitas/Divulgação
O jantar foi assinado pelo Cassiano Restaurante, com entrada, prato principal e sobremesa, ao custo médio de R$
250 por pessoa. O evento teve a participação do músico Chiquinho, que integrava a bando do Programa do Jô.
Wesley Safadão, Maiara & Maraisa, Jorge & Mateus, Gusttavo Lima, Matheus & Kauan e Marília Mendonça são apenas alguns dos nomes que agitaram o maior festival de música sertaneja da RMVale,
no mês de setembro, em São José dos Campos. Com sete noites de shows, o Vale Music Fest reuniu ao todo um público de 67 mil pessoas. Com uma estrutura montada ao ar livre no bairro do Limoeiro, na zona oeste, o festival contava também com dois camarotes, um palco com mais de 570 m2, área de food trucks e até um parque de diversão. E não foi só o sertanejo que animou a plateia, teve funk, música eletrônica e pagode, com a banda Jeito Moleque, que voltou aos palcos com novo vocalista. Únicos representantes da região, Talis e Welinton apresentaram para os fãs o novo sucesso da dupla, a música ‘Caminhão de Pinga’, com show animado na noite de sábado (16).
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Encontro mundial de chefs O chef Luiz Farias, eleito o Melhor Pàtisserie do Mundo em 2016 pela UIBC, idealizou o Encontro Mundial de Chefs, de 21 a 23 de setembro, no Guararema Parque Hotel. O evento contou com a presença dos mais renomados chefs da atualidade para aulas de confeitaria e panificação, assim como palestras sobre sustentabilidade na gastronomia. “É um tema muito atual e fundamental. Chamei os mais variados chefs para um bate papo profundo sobre o assunto durante o encontro. Todos são referência no país e vieram para dividir e compartilhar conhecimento. É para isso este encontro”, diz Luiz Farias. “Escolhi Guararema por ser uma cidade pequena, organizada e limpa, que tem um rio lindo que dá para pescar. Foi tudo pensado para sair de São Paulo e as pessoas ficarem mais conectadas com a natureza”, completa. Entre os mais de 40 chefs convidados estavam Martin Göttllich, da Alemanha, Morena Leite, Salvatore Loi, Laurent Suaudeau, Dedé Parente, Tsuyoshi Murakami, Emiliano Temperini, Danilo Arellano, Bruno Stippe, Lino Jiulianu, Deepali e Viajay Bavaskar.
Pela primeira vez na região, o chef Emmanuel Bassoleil disse que já trabalha com sustentabilidade, mas que aprendeu muito com o encontro. “Muitas pessoas falam de sustentabilidade e poucas pessoas sabem realmente o que quer dizer. Eu entendo, mas acho que não faço 20% do que ela pode representar para um país, para uma empresa e para a Saúde de cada um de nós”, diz Bassoleil. “Temos que nos comover com isso. O assunto é sério. Se a gente está pensando no futuro, foi dia para juntar o últil ao agradável, encontrar amigos, os chefs de todos os lugares e debater um assunto do momento”, completa. A diretora da Anhembi Morumbi, Rosa Morais, fundadora da primeira escola superior de gastronomia do Brasil, em 1999, também estava presente. “Estou emocionada de ver todo mundo que o chef Luiz Farias conseguiu reunir aqui. No Brasil não é comum esse tipo de encontro. O conteúdo das aulas e palestras está excelente. Muito bom”, comenta. Juntos, os chefs Sudário Silva, Mario Tacconi e o Senhor Pizza Ronaldo Ayres estavam comandando uma degustação
Os chefs Luiz Farias, Morena Leite, Duca Lapenda, Emmanuel Bassoleil, Cpesar Santos, Dinaldo Costa e Tsuyoshi Murakami
Fotos: Gabi Riemma
Os chefs Sudário Silva, Mario Tacconi, Emmanuel Bassoleil, Ronaldo Ayres e Luiz Farias
Luiz Farias na aula do chef Luciano Rosa
de pizzas. Considerados os melhores do Brasil, se uniram especialmente para o evento em Guararema. “A massa da pizza napolitana é apenas água, farinha, fermento e sal, mas tem todo o conhecimento para entregar um produto com alto padrão”, diz o chef Tacconi.
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Crônicas & Poesia Xote Divulgação
Então ele nem pediu. Houve ali uma concessão particular dela. Como um privilégio permitido apenas a ele. Uma bruma fantasiosa, quase invisível se espalhava pelo piso de terra. Esparramava-se, flutuando até a altura de seus tornozelos. Como um sopro de sonho refrescando os pés descalços do casal que se conhecia ali. Um movimento tímido e plástico, suave como o sereno que borrifava seus corpos quentes, foi suficiente para que ela derramasse suas mãos às dele. Mergulhava, saboreando romantismo, àquele galanteio acanhado. Ele magro, bermuda azul, com temas de praia. Uma prancha de surf também azul estampava as costas da camisa branca. Feições escondidas pelo emaranhado dos cabelos cacheados, o que lhe conferia aspecto de anonimato. Uma sombra se entremeando pelo ziguezague dos dançarinos que seguiam, indiferentes, rodopiando pelo rústico salão. Ela loira, raízes dos cabelos negros denunciando a tintura. Bracelete de metal no braço esquerdo, uma trança
que se estendia até o peito, olhos verdes iluminando um rosto sardento e corado pelo sol de alta temporada. Saia curta, blusa sem manga, um singelíssimo tribal desenhado no pulso. O veludo do acordeom, sanfona sentida, embalou o desabrochar daqueles primeiros passos. Trançavam as pernas numa trama sem ensaios. O casal comungando, em silêncio, o diálogo dos corpos. Ele sugestivo, indicava um caminho de rodopios, viradas e o compasso que ela, olhos fechados metidos em seu cangote, trilhava sem pressa. A mão dela espalmava-se em sua nuca e o puxava para mais pertinho de si. Num cafuné, dedilhava, entre os cabelos dele, a melodia sanfonada daquele forró leniente. A música avivando o salão e subindo aos ouvidos das estrelas escondidas atrás da noite nublada. Talvez pela fresca da noite, que invadia o espaço sem cobertura, talvez pelo terceiro conhaque, talvez pelo lamento irresistível do xote... A honestidade daquela trama toda me
rendeu um nó na garganta. Daqueles que pintam quando um sentimento transcende as coisas tangíveis para entrar em nossa morada mais vulnerável às emoções. Eles continuaram dali em diante. Misturaram-se aos outros casais. Quanto a mim, encostado na parede que dava para o banheiro, coube engolir, num longo trago, minha frustração por não saber dançar. João Pedro Teles, jornalista MEON