Metropole Magazine - Julho de 2018 / Edição 41

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Gente que faz

Jul/2018 ISSN 2594-8180 Nº 41 R$ 9,90

São José

Edição Especial de Aniversário

251 anos




Parabéns! São José dos Campos Leitores do Grupo Meon de Comunicação enviaram suas fotos para uma homenagem à cidade. Se encontre aqui!


Cláudio Vieira / PMSJC

Sao Jose dos Campos

Feliz

251 anos

Prefeitura de São José dos Campos


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Cláudio Vieira / PMSJC

“ Um olhar para o futuro ”


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la respira, transpira e inspira. Polo tecnológico, São José escreve a sua história de próprio punho. A cidade demonstra capacidade de ir à luta e investir em qualidade de vida. Aposta em startups, esportes e na juventude, mas também valoriza os idosos que construíram a história. É multicultural. Brilha, inova e empreende. Enfim, há muitas cidades em São José. Em todas elas, habita o sonho de homens e mulheres. E pulsa a capacidade de se reinventar. Superar adversidades com energia própria.

É nesse momento que os joseenses, os de nascimento e os que escolheram viver por aqui, mostram enorme capacidade de reação. Ao completar 251 anos, em 27 de julho, a cidade dá a volta por cima. Com criatividade, inovação e austeridade, a capacidade de investimento do município foi retomada. E São José tem motivos de sobra para comemorar. Na saúde, parcerias inovadoras realizadas pela Prefeitura garantiram melhorias importantes. Ações como UBS

Resolve, Fralda em Casa, com 1.200 beneficiados, e entrega de cadeiras de rodas adaptadas foram outros avanços importantes deste setor. Na educação, escolas estão reformadas, mais de 5 mil vagas em creches, e outras tantas que estão sendo criadas e o empreendedorismo em sala de aula foi retomado. Uma das regiões mais carentes da cidade, o Pinheirinho dos Palmares, na região sudeste, agora conta com uma creche novíssima. Os avanços também chegaram às áreas de segurança e obras públicas.


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Cláudio Vieira / PMSJC

“ Inovação e

criatividade na saúde ”


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e você mora em São José dos Campos, é quase certo que já tenha usado um serviço de saúde custeado pela rede pública. Em algum momento da vida, até quem paga convênio médico participa de campanhas vacinação, recorre à Vigilância Sanitária ou disca para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Melhorar a experiência de quem busca atendimento médico -- com frequência ou não -- foi o desafio

assumido pela Prefeitura em janeiro de 2017. E não foi preciso reinventar a roda. Exemplos de sucesso mundo afora foram colocados em prática. Soluções criativas também mudaram a realidade de milhares de famílias. Mudança de gestão no Hospital de Clínicas Sul, implantação do UBS Resolve para agilizar os exames laboratoriais e o atendimento, entrega de fraldas em casa para 1.200 pessoas, compra de cadeiras de rodas

adaptadas e apoio à instalação do Hospital Regional foram alguns desses avanços. Some-se a essas conquistas uma solução inovadora: o credenciamento de médicos. Para fechar, o novo contrato com o Hospital Pio 12 permitiu a reformulação do local, que agora serve de base para o programa Previna, iniciativa lançada pela Prefeitura de São José para possibilitar que os pacientes da cidade iniciem o tratamento em até 60 dias após o diagnóstico feito pelo médico.


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Cláudio Vieira / PMSJC

“ Novas cores, novos ares ”


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ola colorida, tinta-guache e criatividade a mil. Os pincéis que dão vida aos trabalhos em sala de aula também transformaram o ambiente das escolas de São José. E as cores primárias, que colorem os trabalhos no mural da escola Mercedes Carnevalli Klein, no Jardim Satélite, zona sul da cidade, tornaram os espaços físicos mais agradáveis para o aprendizado dos alunos.

Esse cenário já é realidade para os quase 65 mil estudantes da rede municipal. A Prefeitura de São José dos Campos investiu R$ 6,2 milhões na pintura das escolas, além de realizar reformas e manutenção nos prédios. A largada nas obras foi dada no segundo semestre de 2017 e prossegue neste ano, sem que a rotina de estudos em sala seja comprometida.

AÇÕES Mas não é só isso. Nos últimos 18 meses, as melhorias também chegaram em outros projetos. A administração criou 5.489 vagas em creches, entregou novas unidades e retomou o empreendedorismo nas escolas da rede. O Pinheirinho dos Palmares, na região sudeste, agora conta com uma creche com estrutura de fazer inveja às melhores escolas de São José. E a unidade de ensino fundamental do bairro está em construção.


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“ União pela

segurança ”


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m torno da imensa mesa oval, acomodam-se os principais responsáveis pela segurança pública em São José. É fevereiro de 2017. Entre flashes e apertos de mão, representantes das polícias Federal, Militar e Civil discutem com os gestores públicos como reduzir os índices criminais. Um ano depois, e após sucessivos encontros no Paço, o programa “São José Unida - Segurança e Inteligência” apresenta seus resultados: a cidade registrou em 2017 o menor número de

ocorrências de homicídio desde 2001, quando teve início a série histórica da Secretaria de Segurança Pública. A iniciativa da Prefeitura ainda contribuiu para a redução de outros indicadores, como roubo e furto. Mas não foi só o programa “São José Unida – Segurança e Inteligência” que contribuiu para a redução drástica da violência na cidade. A Prefeitura ainda investiu pesado na GCM. A modernização e a capacitação dos guardas têm sido prioridade.

Houve ainda compra de novos coletes balísticos, uniformes e capacetes. Neste ano, será entregue um estande de tiros para treinamento. Além de abrir concurso para a Guarda, a corporação vai ter frota 100% elétrica, a primeira cidade do país a ter essa inovação. Um novo contrato para modernizar a iluminação com lâmpadas de LED, mais eficientes e econômicas, em todas as ruas e avenidas vai oferecer mais segurança.


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“ Tecnologia e

natureza cada vez mais atrativas ”


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m São José, modernidade e tradição caminham juntas. No núcleo urbano estão localizados institutos federais de pesquisa científica, empresas de tecnologia de ponta, prédios de arquitetura arrojada, universidades e centros de formação de mão de obra qualificada. A zona rural concentra quase 70% do território do município, boa parte é de áreas de proteção ambiental. É o principal município da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e o

mais importante polo aeronáutico e aeroespacial da América Latina. Se a opção for pela natureza, o distrito de São Francisco Xavier pode ser uma boa opção de lazer. Entre as inúmeras trilhas que o distrito oferece pela Serra da Mantiqueira, está o Mirante da Pedra de São Francisco, também conhecido como Pedra do Porquinho. Além da vista deslumbrante, principalmente com o pôr do sol deste outono, as “atrações” são as duas pedras

com escadas para acessar o cume, de onde amplia-se a vista. O distrito possui ainda atrativos que variam desde uma boa culinária ao ecoturismo, com cachoeiras, mirantes, trilhas, pesqueiros, ranchos de passeios a cavalo e espaços dedicados ao bem-estar. Aqui, o desenvolvimento tecnológico e industrial está em harmonia com a natureza, com parques e praças em todos os cantos da cidade e das ruas arborizadas em bairros.


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“ Para o alto e avante ”


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a traumática recessão ao crescimento econômico. A região administrativa de São José dos Campos puxou a retomada dos investimentos no Brasil em 2017, após a turbulência de 2015 e 2016. O PIB (Produto Interno Bruto) local teve expansão de 3,6%, mais que o triplo da média do país, que ficou em 1%. Os dados foram revelados pelo governo federal no primeiro semestre de 2018. O desempenho da indústria automobilística e do setor de metalurgia foram decisivos para o resultado positivo.

Para líderes empresariais de São José, os números da economia refletem na geração de empregos. “A gente sente que os empresários começaram a pagar as contas. Muita gente recorreu a empréstimo no período da recessão. O sentimento, agora, é de alívio pela recuperação. O emprego também começou a sinalizar positivamente”, disse o presidente da ACI (Associação Comercial Industrial), Humberto Dutra. Em 2015 e 2016, o país viveu a pior recessão desde 1948, quando foi iniciada a série histórica de contas nacionais.

Em 2015, a economia caiu 3,8%. Em 2016, o PIB recuou 3,6%. O crescimento da indústria na região de São José ficou em 5,2% no segundo trimestre de 2017, segundo dados da Fundação Seade. No Estado, só a região administrativa de São José do Rio Preto registrou aumento superior: 8,6%. Nos serviços, os números também foram positivos, na contramão do Estado, que que teve retração de 1,6%. Os destaques que contrabalançaram a queda foram as regiões de Marília (5%) e São José dos Campos (4,1%).


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“Aposta no esporte ”


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uer motivação para praticar mais esporte, driblar a falta de tempo e fazer amigos? Em São José, os poliesportivos estão mais bonitos e bem cuidados. Graças ao novo modelo de gestão. Já quem gosta de jogar futebol, pode conhecer a quadra de futebol society, entregue em abril aos moradores do Jardim Santa Inês 1, na região leste. O programa Viva Melhor, que tem o objetivo de combater o sedentarismo e melhorar a qualidade de vida

dos joseenses, continua neste ano. Participantes podem fazer avaliação física gratuita, conhecer oficinas ou aulas de zumba, treino de corrida cross, skate, slackline e um bike tour kids. Ufa! Depois de suar a camisa, que tal assistir a uma partidinha de basquete ou futsal? As equipes de alto rendimento da cidade, inspiração para jovens atletas, também são um bom programa para curtir com toda a família. Mas prepare o seu coração, porque emoção é o que não falta nestes jogos.

Haja coração! Mas antes de qualquer exercício, é importante fazer todas as avaliações físicas com profissionais especializados. Em São José, os munícipes podem buscar qualquer um dos polos do Cmaf (Centro de Medidas e Avaliação Física) e marcar uma avaliação física completa, com teste cardiorrespiratório, análise postural, teste de resistência abdominal e de membros superiores. Passou no teste? Então corra para praticar esporte!


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Cláudio Vieira / PMSJC

“ Obras por toda a cidade ”


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ão José tem obras espalhadas por todas as regiões. Alguns empreendimentos estão a todo vapor. Outros, prontos para começar. A Via Cambuí, maior corredor da história da cidade, já começou a sair do papel. O eixo de ligação entre as regiões leste e sudeste está na fase de drenagem e terraplenagem em três pontos do traçado de 8,6 km.

O pacote ainda inclui o Arco da Inovação, a duplicação da ponte Maria Peregrina, a reforma da ponte Minas Gerais e obras antienchente do Jardim Augusta. No caso do Arco, a construção vai beneficiar 60 mil passageiros de ônibus que passam diariamente pela a rotatória do Colinas,

zona centro-oeste de São José dos Campos. Diminuir o tempo de viagem e, consequentemente, o cansaço dessa rotina diária no principal ponto de congestionamento da cidade será um dos ganhos da obra, financiada com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).


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“ Esperança

renovada ”


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ristina Fátima Foster, 48 anos, vive com o marido e três filhos no bairro Santa Inês 2, região leste de São José. A crise financeira, que varreu boa parte dos empregos no país, chegou com mais força à casa da família. “Todo mundo está desempregado. Meus filhos têm 9, 12 e 16 anos. E, para sustentá-los, estamos procurando trabalho. Por enquanto, estamos vivendo de ajuda da família e de bicos”, afirmou Cristina. A jovem Natália Santos, de 25 anos, enfrenta situação parecida. Em 2016, perdeu o emprego de recepcionista de autoescola. “Em meio à crise, fui

mandada embora. Neste intervalo, engravidei. Agora, estou precisando voltar”, disse. Para mudar esse quadro, a Prefeitura tem investido pesado para qualificar profissionais e ampliar as vagas de emprego. O programa Pró-Trabalho, por exemplo, começou a convocar trabalhadores que, nos últimos 30 meses, enfrentaram o drama do desemprego. Os selecionados, após inscrição no site da Prefeitura, irão receber bolsa auxílio mensal de R$ 1.000. E, para ampliar a possibilidade de voltar ao mercado, terão que fazer cursos de qualificação. E tem mais: o empregador que contratar um beneficiário terá

reembolso de metade do valor do salário pago ao bolsista até R$ 500 mensais pelo período de três meses.

QUALIFICAÇÃO Outras ações importantes irão preparar o profissional. Uma delas é o Qualifica São José. Parte desses cursos são de convênio com o Sebrae e Senai. Mais de 11 mil pessoas já foram beneficiadas. A Administração lançou ainda o Programa Pró-Estudo, que oferece 622 bolsas de ensino superior a estudantes sem condições financeiras de pagar por cursos. As oportunidades, em 35 diferentes áreas, são oferecidas por Etep e Bilac.


A SAÚDE ESTÁ CADA VEZ MELHOR. E VOCÊ JÁ SABE, SÓ É BOM MESMO QUANDO É BOM PARA MUITA GENTE. Agora, 1.200 pessoas recebem fraldas em casa com muito carinho. A UBS RESOLVE agilizou o atendimento. E com o SAÚDE NA MÃO ficou mais fácil você acompanhar suas consultas e ver os resultados dos exames. SAÚDE NA MÃO - Acompanhe consultas e exames FRALDA EM CASA - 1.200 pessoas atendidas UBS RESOLVE - Mais de 277 mil exames realizados


251 anos

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

251 anos de história e de prosperidade. São muitos os motivos pelos quais os joseenses têm para se orgulhar! Obrigado, São José dos Campos. Uma homenagem da Unimed.




www.meon.com.br/circuitoturisticormvale



EDITORIAL

Regina Laranjeira Baumann Diretora Executiva

A arte é cultura, é conhecimento. Um presente para São José! QUEM CONHECE, CONHECE BDO Na comemoração de um aniversário, todos os olhos se voltam para o aniversariante. E neste Uma das Big 5 mês de julho, a cidade de São José dos Campos recebe o olhar atento de seus residentes, Líderda notecnologia, middle market dos que visitam e adoram a cidade e daqueles que querem investir na capital 21 escritórios no Brasil com qualidade de vida que se equipara às melhores do Brasil. As preocupações são muitas: saúde, educação, moradia, trânsito, segurança. Equalizando todas as necessidades Audit | Taxnaturais | Advisory da comunidade joseense, este aniversário é sensivelmente ofuscado pelos rumos ainda desconhecidos da Embraer empresa aeronáutica que anunciou parceria com a norte americana Boing, o que inevitavelmente irá influenciar na capacidade de geração e manutenção de empregos. Nossos governantes têm agora esse grande desafio, ou seja, cobrar postura ética da indústria que é orgulho nacional e desenvolver política pública capaz de absorver todo esse potencial produtivo, retendo nossos talentos por aqui. Neste ano de acontecimentos tão intensos, como a Copa do mundo de futebol e eleição para o mais alto cargo do executivo nacional; ano em que a Metrópole Magazine comemora seu ingresso no 4o ano de circulação, anunciando a venda em bancas e através de assinaturas, TelSão (55 José 12) 3941 4262 conquista inédita na região, principalmente na era digital, presenteamos dos Camwww.bdobrazil.com.br pos com uma capa artística, obra da reconhecida Tuca Iralah, como forma de reafirmar nosso compromisso em transformar informação em conhecimento.

REDAÇÃO Diretora de Redação e Comunicação Elaine Santos Editora assitente Tânia Campelo Repórteres Leonardo Gonzaga e Bruno Castilho. Estagiárias Beatriz Plaça, Giovana Bertti e Nathalia Prado Fotografia Pedro Ivo Prates COMERCIAL Diretor de Relações Institucionais Eduardo Pandeló Gerente Comercial Célia Riera Executivos de Negócios Greice Kelly, Eduardo Rosa, Erika Garcia e Juliane Silveira Criação e Diagramação José Linhares Departamento Administrativo Patrícia Vale EDIÇÕES ANTERIORES: http://www.meon.com.br/revista PARA ANUNCIAR: Ligue: 12 3204-3333 Tiragem auditada por:

Visite nosso site

Acreditamos que só através da cultura e do conhecimento é possível mudar uma sociedade. E arte é cultura. A arte resgata cidadania, é inclusiva, proporciona a interação social e alegra a alma das pessoas, contribuindo para mudanças significativas de comportamento.

Meon Comunicação Ltda Avenida São João, 2.375 –Sala 2010 - Jardim Colinas –São José dos Campos - CEP 12242-000 -PABX (12) 3204-3333 Email: metropolemagazine@meon.com.br

Parabéns São José dos Campos e todos aqueles que se sentem parte desta valorosa comunidade! Boa leitura. Regina Laranjeira Baumann Diretora Executiva

A revista Metrópole Magazine é um produto do Grupo Meon de Comunicação | Tiragem: 15 mil exemplares

Cobertura e distribuição

RMVale 39 cidades

Sub-Região Litoral - População: 319.511 Sub-Região SJCampos - População: 1.068.962 Sub-Região Taubaté - População: 608.109 Sub-Região Aparecida - População: 350.430 Sub-Região Cruzeiro - População: 128.867

População:

2.475.879

Área 2014 (em km²):

16.192,67

PIB 2013 (em mil reais):

88.518.042,54



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SUMÁRIO

Capa: produzido pela artista plástica Tuca Iralah Poster: fotos enviadas por leitores do Portal Meon em homenagem ao Especial São José dos Campos

ESPECIAL SÃO JOSÉ

da Casa’: nossa São José 38 ‘Pratas atravessa fronteiras

produzido aqui’: Olha o que nós das invenções’: Pioneirismo 42 ‘Éexportamos 38 ‘Terra destaca São José para o mundo afora

EDUCAÇÃO Novo idioma desde os VELOZ Os grandões confortáveis 68primeiros 70caem passos nas graças do público

76 78

Divulgação

34

Espaço do Leitor Aconteceu

Freepik

Douglas Fagundes

32

Divulgação

BCA

GMTO Corporation

ESPECIAL INVERNO Campos do 64 Jordão tem muito mais que frio

Coluna Social Business


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Artigo&

Luciano Urizzi Arquiteto especializado em visual merchandising e pós-graduado em Design Gráfico

As marcas e as cidades No limiar dos 251 anos, como é hoje reconhecida pelos seus moradores a cidade mutante, que já foi aldeia de jesuítas, produtora de algodão e café, estância climática, até chegar no seu auge como polo industrial e tecnológico? Quem já estava por aqui nos anos 90 vai se lembrar do jingle “Sou joseense de coração”. Foi uma estratégia que se aproximou bastante do sentimento dos muitos “forasteiros” que vieram em busca de trabalho. Tivemos também momentos de destacar a “veia empreendedora” da cidade, impulsionando o terceiro setor e o Revista Meon.pdf

1

25/06/2018

17:08:39

comércio. Atualmente, percebemos a preocupação com o resgate do valor de se viver aqui, no tema “Sabe por que morar em São José é bom? Porque só é bom quando é bom pra muita gente”. Entretanto, o que me intriga mesmo é saber como a população percebe São José dos Campos. O que as pessoas realmente “enxergam” na sua cidade? Qual o seu verdadeiro ícone? No nosso imaginário, por exemplo, Paris é romance, Milão é estilo, Nova York é energia, Washington é poder. Todas essas cidades famosas construíram suas identidades a partir da sua história, suas belezas, seus

monumentos, personagens e ícones. São marcas poderosas que souberam utilizar de estratégias bem planejadas para se tornarem relevantes. É o PlaceBranding, ou seja, um processo construído com toda a sociedade, de modo a descobrir aspectos positivos de uma região, fazendo com que um ícone transmita rapidamente a imagem que se deseja de um determinado lugar. No seu aniversário, quero manifestar publicamente meu amor pela terra em que nasci e também o meu desejo de contribuir cada vez mais com a verdadeira imagem da nossa cidade. São José dos Campos, afinal de contas, quem é você?


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Espaço do Leitor Feedback

Edição 40 – Junho de 2018

USIVO EXCL O que eles têm para a RMVale

Marcello Ferreira Coordenador do movimento PeloBemDeSaoJose Quero parabenizar a equipe do Meon pela qualidade ímpar em sua revista, são matérias atuais, isentas, com total credibilidade. As capas são um espetáculo a parte, com muita criatividade, nos chamam a mergulhar nesse rio de informações. Parabéns.

Jussara Medrado Editora de Moda e CEO JMPress Consultoria Gráfica Nossa região está entre as mais pujantes do país. Ter à mão um veículo que traz informações sobre as pessoas que nos representam no Brasil e no mundo e que aborda assuntos pertinentes à população da Região Metropolitana do Vale, com essa seriedade, é indispensável. Parabéns à Revista Metrópole! Que venham mais edições promovendo a reflexão e conhecimento, através de conteúdo interessante.

Entrevista com os pré-candidatos ao Governo do Estado

Mário Domingos Coach em São José Parabéns pelas entrevistas dos quatro pré-candidatos ao governo. É muito importante o trabalho da revista, para que a região possa conhecer a opinião e o que pretende cada candidato.

Jun/2018 ISSN 2594-8180 Nº 40 R$ 21,90

Casemiro: Um joseense nos gramados com a Seleção Guia das camisas de todas as seleções da Copa de 2018

VENDA PROIBIDA

Especial Copa

Exemplar de cortesia

VENDA PROIBIDA

Exemplar de cortesia

Jun/2018 ISSN 2594-8180 Nº 40 R$ 21,90

RMVALE

Casemiro

Um joseense nos gramados da Copa Especial Copa Especial Litoral: Conheça o roteiro mais quentinho da temporada

60 | Revista Metrópole – Edição 40

50 | Revista Metrópole – Edição 40

Especial Copa

Arquitetura&

Projetado para construir memórias afetivas

2. Instrumentos musicais dão o tom de ambiente acolhedor 3. Tela de projeção suspensa representa a alta tecnologia presente em todos os ambientes da casa

Divulgação

Divulgação

Divulgação

Seleção Brasileira campeã em 1962

Seleção Brasileira campeã em 1970

Seleção Brasileira campeã em 1994

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Divulgação

m meados de 2011, enquanto se dividia entre momentos de paixão e turismo, a arquiteta Priscila Pereira encontrou um espaço inspirador na programação da viagem de lua de mel ao México para projetar o futuro lar da família. Após seis anos, a matriarca reforça que cada espaço do apartamento de 160m² foi pensado para promover uma memória afetiva para os filhos e uma experiência única às visitas. “Aqui em São José eu sempre priorizava os clientes. Na lua de mel, enquanto meu marido tirava um cochilo para os passeios noturnos, eu priorizei a gente. Tudo foi pensado para que cada cantinho entrasse em mim, no meu marido e nos meus filhos

Divulgação

E 3

twitter.com/portalmeon

Seleção Brasileira campeã em 1958

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

1. Criatividade integra um espaço especial kids

instagram.com/portalmeon

A

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Copa do Mundo da Rússia chegou. Todas as seleções já estão convocadas e uniformizadas. A toda edição do campeonato mais importante do futebol mundial, as empresas de material esportivo lançam uniformes especiais das seleções que disputarão a competição. E olha, em 2018, tem uma camisa mais que a outra. Mas você, caro leitor, conhece a história desses uniformes? Então a Metrópole Magazine explica para você!

Primeira camisa da Seleção Brasileira 1930/34

Marcus Alvarenga

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Copa Fábio Figueira

Arquiteta se inspira no próprio casamento e projeta o lar da família

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facebook.com/portalmeon

A história por trás dos uniformes da

Divulgação

Lucas Pietro Brito - Arquiteto e Urbanista “Gostei muito da edição desse mês. Além da matéria principal a respeito dos nossos candidatos, adorei a matéria sobre arquitetura e a história e curiosidades por trás da camisa da nossa seleção”

Fotos: Arquivo Pessoal

Seleção Brasileira campeã em 2002

98218-4888

Centenário O primeiro uniforme que se tem conhecimento foi confeccionado por alunos de escolas na Grã-Bretanha, no ano de 1860. Naquela época não havia nenhum material tão moderno e até com tecnologia como os de hoje. Eram feitos de algodão e as camisas ainda tinham botões. Com o passar dos anos, os uniformes foram se transformando, mas só a partir da década de 50 que eles começaram a ter a cara, ou melhor, o modelo que conhecemos hoje. As camisas ganharam malhas leves e até golas. O algodão foi deixado de lado. Atualmente, os tecidos empregados funcionam para absorver o suor dos atletas e facilitar na hora de se movimentar. O modelo atual é desenhado a partir de conceitos especiais para se ajustar no corpo dos jogadores. Se no começo só havia uniformes branco e preto, com o tempo eles foram ganhando cores. As seleções passaram a defini-los com cores que remetessem a nação, mas em alguns casos não funcionam bem assim.



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Aconteceu&

Especial Copa

‘Feiticeiro do Hexa’ tira foto com torcedor do Burrão

Divulgação

As fotos do advogado Fábio Antunes com a bandeira do Burro da Central fizeram sucesso nas redes sociais durante a Copa do Mundo na Rússia. Egípcios, peruanos e russos posaram ao lado da bandeira do Taubaté. Até mesmo Yuri Torsky entrou na brincadeira. Após ficar conhecido pelos internautas brasileiros como o “Feiticeiro do Hexa“, “Psicopata do Hexa” e “Torcedor Sinistro” durante o jogo Brasil e México, pelas oitavas de final, o russo também apareceu em uma foto com Fábio Antunes e a bandeira do Burro da Central. 

Divulgação

Família do zagueiro Marquinhos na copa

Divulgação

A esposa do zagueiro Marquinhos, Carol Cabrino, que é de Caraguatatuba, também esteve presente na Rússia para dar apoio ao marido. Em seu Instagram, ela postou várias fotos durante a estadia na Europa e também algumas junto ao dele após os treinos. 

Sogro do Casemiro envia material exclusivo para o Meon

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O sogro do volante joseense Casemiro, Marcos Ortega, esteve presente com a família na Rússia e mandou fotos e vídeos exclusivos para o Meon durante o Mundial. Os materiais foram registrados durante treinamentos da Seleção Brasileira em Sochi, onde foi a base do time na Rússia, e também antes dos jogos. Em um dos vídeos, Casemiro brincou com a filha após uma sessão de treinamentos. 

Divulgação

Leitores torceram com a gente Nossos leitores abraçaram a campanha ‘Meon na Copa’ e enviaram fotos da torcida durante o mundial. Nos jogos da Seleção Brasileira o empenho foi ainda maior, todos de verde e amarelo. As imagens também foram postadas nas redes sociais do portal Meon 



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ESPECIAL SÃO JOSÉ

‘Pratas da Casa’

Nossa São José atravessa fronteiras Eles são joseenses de sangue e coração com carreiras de impacto social mundial e levam o nome da cidade como destaque para os quatro cantos da Terra. Beatriz Plaça SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Prata da Casa’, segundo o dicionário, ‘diz-se dos recursos, materiais ou humanos, próprios do lugar ou das instituições a quem pertencem’. É uma expressão comum utilizada para nomear pessoas especiais em meio a tantas que usam com excelência e dedicação os conhecimentos adquiridos ao longo de uma vida e titulados para representar a cidade em outros países. São José dos Campos, a oitava maior cidade do Brasil fora das capitais, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), consegue abraçar o sonho de radicados e naturais

e ocupa um lugar importante no coração de cada um deles. Assim como na fase do polimento de joias preciosas, a cidade moldou cada um. Sergio Bernardes é nascido em São José e tem orgulho de carregar a bandeira da cidade por onde anda nos Estados Unidos, ao lado da esposa Allison (americana) e da filha Isabella. A história dele como ‘prata da casa’ começou ainda na infância. Bernardes cresceu em meio à ciência e residiu no CTA (Centro de Tecnologia Aeroespacial). Formado em agronomia e geografia, se graduou na Universidade Federal de Viçosa e finalizou os estudos em casa, com

mestrado no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Há 20 anos fora do país, Sérgio criou complexos projetos para a Nasa (agência espacial dos EUA) envolvendo sensores remotos que ajudam a monitorar a condição da vegetação durante a seca, por exemplo, além de projetos relacionados ao uso de imagens de satélites. “A partir destes experimentos podemos monitorar as condições da vegetação durante eventos climáticos, como secas ou ondas de calor, que podem afetar ecossistemas importantes e culturas agrícolas. Em um dos trabalhos, analisei respostas de múltiplos modelos matemáticos que preveem mudanças de clima até o final deste século,


Julho de 2018 | 37

para entender melhor como plantas podem ajustar sua fisiologia ou anatomia para fazer um melhor uso de água”, explica o joseense, que hoje tem seu nome na lista de pesquisadores da Nasa e ocupa o cargo de vice-diretor do Centro de Pesquisas Geoespaciais da Universidade de Georgia, onde também atua como professor. “Deixei bons amigos na Nasa e continuo a desenvolver projetos com eles. Em um que estamos trabalhando atualmente, usamos imagens de satélite para monitorar, de forma inovadora, as condições da vegetação em todo o globo terrestre”, disse Bernardes. Apesar de viver nos Estados Unidos há muito tempo, o geólogo visita São José com frequência, para visitar a mãe e um filho que moram na cidade. “Tenho um certo saudosismo da minha vida em São José e das coisas que a vida no Brasil proporciona. Tento ir todo ano para rever família e amigos, pois apesar de toda a tecnologia disponível não há como vencer completamente a distância e as saudades”, completa o geólogo.

Deixei bons amigos na NASA e continuo a desenvolver projetos com eles. Em um dos projetos que estamos trabalhando atualmente, usamos imagens de satélite para monitorar, de forma inovadora, as condições da vegetação em todo o globo terrestre

Sergio Bernardes

GMTO Corporation


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ESPECIAL SÃO JOSÉ

‘Pratas da Casa’ De olho nas estrelas, joseense amplia o horizonte para a ciência brasileira

Q

O mecanismo será construído no deserto do Atacama, no Chile, por conta da boa localização e ausência de cidades próximas, além de ter cerca de 300 noites no ano sem a presença de nuvens no céu, o que contribuí para a visualização completa das estrelas e astros a serem estudados. Segundo ele, o telescópio está previsto para ficar pronto em 2024 e poderá ser utilizado em 4% pelos profissionais brasileiros em razão do valor de R$ 44 milhões de contribuição do Brasil para a construção.

Pe dr oI vo Pr a te s

uando dizem que o universo conspira a favor, o professor Alexandre Oliveira pode confirmar a citação por fazer parte de uma das três Universidades de São Paulo que participam do financiamento da Fapesp para a construção do Telescópio Gigante de Magalhães, o nomeado GMT. Formado em Astrofísica pela USP (Universidade de São Paulo), foi residente durante três anos no Chile trabalhando em projetos astronômicos pelo telescópio Soar. Há 10 anos ele mora em São José dos Campos, atua como pesquisador e ministra aulas na Univap (Universidade do Vale do Paraíba). Ele explica que desde criança respira astronomia e esse novo Super Telescópio, o primeiro a ser inaugurado no mundo, vai abrir muitas portas para questionamentos da ciência. “Minha paixão pela astronomia começou quando eu tinha 12 anos. Brincava com um colega que tinha um telescópio pequeno e observávamos as estrelas. Na época fiz cursos de astronomia no planetário de São Paulo, entrei na Física já sabendo que eu queria ser astrônomo. O GMT vai ampliar o conhecimento dos astrônomos, vai responder questionamentos que temos há muito tempo. O alcance dele vai ser enorme, dez vezes mais que o telescópio Hublle que está em órbita fora da atmosfera terrestre. Vai ser um grande passo para o mundo”.

Minha paixão pela astronomia começou quando eu tinha 12 anos. Brincava com um colega que tinha um telescópio pequeno e observávamos as estrelas Alexandre OliveiraProfessor


São José dos Campos faz parte do nosso DNA. Uma cidade à frente de seu tempo, antenada com as tendências para o futuro, capaz de absorver estilos e identidades diversas. Por isso, a cada ano, ficamos ainda mais felizes em comemorar esta data. Parabéns São José dos Campos pelos seus 251 anos!


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ESPECIAL SÃO JOSÉ

‘Pratas da Casa’ Joseense de coração, professora usa tecnologia para mudar vidas

A

Somos um grupo grande de alunos e pesquisadores, usamos uma plataforma mundial da internet para compartilhar todos os nossos trabalhos e irmos aprimorando”, conta Elizete. Segundo a professora, todas as próteses criadas pelo grupo são doadas para pessoas com deficiência. Mais de 10 pessoas já receberam a doação. “Uma mulher que mora na Bolívia, que não tem os dois braços, veio para São José em busca das próteses. Foi uma surpresa porque ela conseguiu andar de bicicleta com o mecanismo”, disse Elizete. O objetivo do grupo é aprimorar as pesquisas com a colaboração de cientistas do mundo todo e desenvolver novos protótipos utilizando a impressora 3D para fabricar moldes de acordo com as medidas dos pacientes. “Em julho vou pra Holanda, Alemanha e tenho um congresso na Irlanda, todos são relacionados com as próteses de mão que trabalho atualmente em São José. Acredito que elas tenham um impacto mundial assim como as próteses de orelha e de quadril apresentadas no projeto de engenharia biomédica, na cidade de Braga (Portugal) em datas anteriores. Com o trabalho cooperativo conseguimos mostrar a importância de tudo que criamos”, conclui. 

Maria Elizete Kunkel - Doutora em Física

” Arquivo pessoal

professora doutora Maria Elizete Kunkel vive em São Jose dos Campos há três anos e administra o projeto Mão 3D, que desenvolve próteses e órteses por alunos de engenharia biomédica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O projeto trabalha em cooperativa com outros países, sempre compartilhando as novas invenções e atualizações, dando oportunidade de outros cientistas trabalharem nas pesquisas. A doutora formada em Física pela Universidade de São Paulo morou sete nos na Alemanha, onde fez doutorado em medicina e trabalhou com implantes de coluna. A história dela no mundo das próteses se iniciou na África. Durante uma pesquisa na internet Elizete se deparou com um africano que teve sua mão amputada e decidiu criar sua própria prótese, um mecanismo novo que começou a ser aperfeiçoado pelas impressoras 3D. “Voltei para o Brasil e me interessei pela engenharia Biomédica. Assisti por acaso ao vídeo do africano, que fabricou sua própria prótese após sofrer um acidente no trabalho de carpinteiro. Foi aí que descobri que na Universidade do ABC existia uma impressora 3D e me ofereci para um treinamento. Cheguei em São José através de um concurso público e comecei a investir nas próteses.

Uma mulher que mora na Bolívia, que não tem os dois braço, veio para São José em busca das próteses. Foi uma surpresa porque ela conseguiu andar de bicicleta com o mecanismo



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ESPECIAL SÃO JOSÉ

‘É produzido aqui’

BCA

Olha o que nós exportamos para o mundo afora Leonardo Gonzaga SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Q

ue o polo tecnológico de São José dos Campos conta com grandes indústrias que exportam para o mundo todo, não é novidade. Empresas como Embraer, General Motors e Johnson & Johnson, todas localizadas na cidade, representam números expressivos na exportação nacional. No entanto, uma série de pequenas e médias empresas também contribui com a economia joseense levando seus produtos para o mundo afora e com referência de excelência no mercado.

Segundo informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, 150 empresas de São José movimentaram mais de US$ 4,32 bilhões com exportações em 2017. O montante coloca o município no 6º lugar no ranking da categoria em todo o país e em 2ª posição no Estado de São Paulo, atrás apenas da capital. Entre os principais produtos exportados no ano passado, o primeiro colocado é categorizado pelo ministério como ‘outros veículos aéreos’ (por exemplo, helicópteros e aviões); veículos espaciais de lançamento e suborbitais. Essa esfera

totaliza 77% das exportações de São José dos Campos, o que representa US$ 3,34 bilhões. Em segundo e terceiro lugar, aparecem veículos automotivos e peças. Ao todo, são quase US$ 205 milhões em exportação em 2017. Mas o que poucos sabem é que entre toda a produção para exportação há um produto que leva tecnologia joseense para campos de batalha no Oriente Médio e ainda fortalece a segurança de exércitos de potências como Japão e Alemanha.


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Quando um “ cliente procura um produto no mundo, ele está atrás de

uma solução com qualidade. Foi exatamente isso que sempre traçamos em nossos objetivos

André Bertin, fundador da BCA

É o caso da empresa de proteção balística que fornece material para blindagem automotiva, aeroespacial, naval e proteção pessoal, a BCA Ballistic Protection. “Nos anos 90 a BCA Ballistic Protection realizou uma consultoria para a interface entre uma blindadora e a Força Aérea Brasileira para o projeto de blindagem do Super Tucano, pois a empresa a ser contratada não tinha a expertise sobre as interfaces aeronáuticas”, conta André Bertin, fundador da BCA. Devido ao bom resultado da consultoria, a BCA passou de escritório

para indústria de produção de proteção balística já nos anos 2000. Com um ano de atividades, o primeiro cliente internacional apareceu: o Oriente Médio. De acordo com Bertin, houve um planejamento que preparou a empresa para as exportações que, após ganhar visibilidade, vieram de forma natural. “Quando um cliente procura um produto no mundo, ele está atrás de uma solução com qualidade. Foi exatamente isso que sempre traçamos em nossos objetivos: possuir produtos de qualidade reconhecida por órgãos internacionais

e com tecnologia que superam as expectativas do cliente”, explica. Apesar de todos os benefícios, André Bertin salienta que existem diferenças importantes em vendas nacionais e internacionais. “A distância geográfica é uma diferença. Saber que seus clientes estarão a pelo menos 4.000 quilômetros de distância faz com que você tenha uma preocupação ainda maior na qualidade dos produtos, eles não podem apresentar falhas, já que o custo logístico pode ser bastante representativo para oferecer o chamado suporte técnico ao cliente”, afirma.


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ESPECIAL SÃO JOSÉ

‘É produzido aqui’

Embalando bebês até na Europa

N

em tudo o que exportamos com sucesso é pura tecnologia. Você já ouviu falar em babywearing? É uma forma de carregar o bebê junto ao corpo da mãe ou do pai. Essa prática de transporte é comum em muitas culturas (africanas, asiáticas e indígenas). Sucesso nas exportações joseenses, a Jenipano, empresa de Carine Enzweiler, aprimorou a técnica e exporta para países como Portugal, Chile, Argentina, Uruguai e Peru. A curiosidade é: como uma pessoa decide se especializar em carregadores de bebês? Segundo Carine, a ideia surgiu a partir do momento que ela teve o segundo filho, já que o equipamento auxilia no deslocamento e ainda ajuda a acalmar os bebês. “Os carregadores me ajudaram demais para fazer minhas coisas de casa. Todos me perguntavam como as mães conseguem fazer as tarefas e cuidar do filho. A partir disso, procurei me especializar na área e democratizar a ideia”, explica. Carine Enzweiler morou por 11 anos na França. Lá ela teve os filhos e se especializou em babywearing. Retornou ao Brasil há cinco anos e investiu no novo negócio. “Eu fui reconhecida rapidamente, pois as pessoas me deram credibilidade

pela qualidade do meu produto e, também, por suprir uma necessidade dentro da maternidade. Juntei-me até com as concorrentes e fizemos uma rede de apoio”, salienta a fundadora da Jenipano. As exportações começaram em 2015, quando colegas de estudo de Carine se tornaram assessoras de babywearing e passaram a apresentar os produtos em outros países. Atualmente, a empresa conta com revendedores em Portugal, Chile e Peru, além de clientes no Uruguai e na Argentina. Para Carine, o principal benefício das exportações não está no aspecto financeiro e sim na credibilidade que isso passa para o nome da Jenipano. “Quando você começa a vender para fora do país, a gente ganha mais reconhecimento dentro do Brasil. O cliente brasileiro dá credibilidade quando você exporta”, enfatiza. A ideia de Carine Enzweiler é ampliar os negócios na área de maternidade. A fundadora da Jenipano é uma das cofundadoras da escola Bebenopano, especializada em babywearing no país. Além disso, Carine também é uma das cofundadoras do grupo Bebê Carregar – Brasil no Facebook, que conta com mais de 40 mil integrantes. 


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MEh-dai_Jenipano

“Eu fui reconhecida rapidamente, pois as pessoas me deram credibilidade pela qualidade do meu produto

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Carine Enzweiler


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ESPECIAL SÃO JOSÉ

‘Terra das invenções e descobertas’ Pioneirismo destaca São José dos Campos em cenário internacional

Giovana Bertti SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

C Freepik

eleiro tecnológico do país, São José dos Campos ganha cada vez mais páginas nos livros de registros de patentes tecnológicas que marcam a história do país. Urna eletrônica, carro a álcool, avião elétrico e muitas outras invenções nasceram em solo joseense e ultrapassaram as fronteiras do Brasil. Há 43 anos, quando mal se ouvia falar em sustentabilidade, um motor não poluente foi criado em São José dos Campos como alternativa ao petróleo. A invenção é do engenheiro Urbano Ernesto Stumpf (1916-1998),

considerado o pai do ‘motor a álcool’. As pesquisas sobre o uso da cana-de-açúcar como combustível começaram após o Brasil e o mundo enfrentarem a primeira grande crise do petróleo, quando o governo brasileiro decidiu que não poderia mais ficar refém dos petroleiros árabes. Em 1973, o CTA (Centro Técnico Aeroespacial), atual DCTA ((Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), iniciou o ‘Programa Nacional do Álcool’. Dois anos depois, começou a circular pelas ruas de São José dos Campos o primeiro carro movido a álcool, um modelo Dodge Polara. O veículo hoje está exposto no MAB (Memorial Aeroespacial Brasileiro).


Hospital Orthoservice acompanha a cidade da inovação

Arco da Inovação - Foto ilustrativa PMSJC

O Hospital Orthoservice completa 32 anos e comemora os 251 anos de São José dos Campos com a reforma de suas instalações, trazendo um novo visual e mais conforto para seus pacientes.

Av. Tívoli, 433 - Vila Betânia - São José dos Campos-SP

Tel: (12) 3924-8200

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(12) 98133-0073

www.orthoservice.com.br Med. responsável: Dr. José Augusto Rocha – CRM 35598


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ESPECIAL SÃO JOSÉ

‘Terra das invenções e descobertas’

D

o solo joseense decolou o primeiro avião movido a energia elétrica. Idealizado pelo engenheiro Alexandre Zaramella, o SORA-e começou a ser desenvolvido em 2012 mas só decolou pela primeira vez em 18 maio de 2015. “A relação do avião elétrico é total com São José dos Campos. Não teria outro lugar no país mais propício para desenvolver o SORA-e. Na cidade se encontram as pessoas e os meios mais capacitados para iniciativas no campo da aeronáutica e espacial, um lugar único no Brasil”, disse Zaramella. Além da equipe da ACS Aviation, empresa de propriedade do idealizador do projeto, a Usina Itaipu apostou no projeto e injetou recursos que viabilizaram a conclusão do protótipo.

“Para quem vive de aviação, a cidade é bem peculiar, você vai na padaria e encontra com alguém do meio. Conhecer tanta gente da aviação faz com que a gente viva 24 horas o nosso trabalho. Também é importante levar em conta a vantagem de mão de obra especializada, a cidade está formando profissionais de aviação o tempo todo”, ressalta o empresário. Ter como vizinha de bairro a Embraer, terceira maior empresa de aviação no mundo, faz com que Zaramalla se sinta desafiado a realizar projetos inovadores. Segundo o engenheiro, atualmente a empresa ACS Aviation desenvolve um avião elétrico que decola e pousa em vertical, como um helicóptero.

Este projeto é visto pelo engenheiro como o futuro da aviação e mudaria a forma de se realizar percursos curtos com aeronaves. Outra invenção que saiu do campus do DCTA, mas poucos sabem, é a Urna Eletrônica, utilizada pela primeira vez em 1996. Desenvolvida com apoio de técnicos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a urna eletrônica modernizou o processo eleitoral e contribuiu para o fortalecimento da democratização no país. Hoje, mais de 137 milhões de brasileiros exercem o direito ao voto através do equipamento criado em São José. O Brasil é o único país do mundo que possui um sistema de eleições 100% eletrônico.

Reprodução ACS- Aviation

Pedro Ivo Prates

A relação do avião elétrico é total com São José. Não teria outro lugar no país mais propício para desenvolver o SORA-e Alexandre Zaramella Engenheiro



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ESPECIAL SÃO JOSÉ

‘Terra das invenções e descobertas’ Colaborou: Bruno Castilho

O maior Túnel de Vento da América Latina

T

Pedro Ivo Prates

ambém em São José dos Campos está localizado o maior túnel de vento da América Latina. O TA-2 fica no DCTA e foi projetado para dar apoio a projetos aeronáuticos e alavancar a pesquisa no setor aeroespacial. O túnel de vento é um laboratório que simula a interação do movimento do ar com uma estrutura como, por exemplo, o avião na atmosfera ou um carro na estrada. O projeto surgiu depois que a FAB (Força Aérea Brasileira) optou por investir em um plano desenvolvimentista ao invés de comprar aeronaves usadas. “O papel do túnel de vento no desenvolvimento da pesquisa aplicada no país é de importância sem fim, seja para o desenvolvimento de novos produtos seja para o avanço e capacitação tecnológica. Uma variedade enorme de aeronaves já foram testadas no túnel de vento do IAE: militares, comerciais, executivas, experimentais, veículos não tripulados, rotores”, disse Marcos da Silva e Souza, pesquisador do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço) e chefe do túnel de vento do DCTA Um dos fatores que fazem com que apenas o Brasil tenha um equipamento como este na América Latina é o alto custo para implantação, manutenção e mão de obra. “O investimento trazia o risco de subutilização do túnel ou até mesmo de sua paralisação, inviabilizando, assim, o interesse de outras nações vizinhas em construir túneis semelhantes. Desta

forma, túneis deste porte e com o nível de qualidade do escoamento apresentado, não foram mais construídos em toda América Latina.” Nos anos 1970, o ex-piloto de Fórmula 1 Émerson Fittipaldi trouxe o projeto do Copersucar, o primeiro e único carro brasileiro da categoria, para testar no CTA. Além disso, as Forças Armadas, empresas do setor automobilístico, como GM e Marcopolo, e do setor aeroespacial,

como Embraer, Avibras e Novaer, já usaram o túnel para testes. A velocidade máxima atingida é de 550km/h. “O acesso a um túnel do porte encontrado no IAE é de benefício de toda comunidade acadêmica, empresarial e das forças armadas que se beneficiam de uma rara oportunidade no contexto da América Latina de desenvolver atividades de alto potencial e valor tecnológico”, conclui o pesquisador. 


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Marcos da Silva e Souzapesquisador do IAE




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À espera de investidores Tânia Campelo SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

S Embraer

ão José dos Campos é a melhor cidade do mundo para receber investimentos estrangeiros no setor aeroespacial. Localização estratégica, infra-estrutura de apoio, áreas para expansão industrial e um cluster que reúne cerca de 100 empresas da área colocaram o município

no primeiro lugar do ranking da fDi’s Aerospace Cities of the Future 2018/19, do Financial Times. A cidade ficou à frente de Mississauga, no Canadá, e de Cincinnati, nos Estados Unidos, que ocupam a segunda e terceira posições no ranking, respectivamente. Essa conquista, no entanto, foi fruto de um planejamento estratégico e de um esforço conjunto que

alavancaram o setor aeroespacial projetando-o internacionalmente. Um dos responsáveis por este desempenho é o PqTec (Parque Tecnológico São José dos Campos), citado pelo jornal britânico como um dos fatores que tornaram a cidade mais atraente para investimentos. Para Marcelo Nunes, coordenador do Cluster Aeroespacial, o Parque teve um papel importante neste


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A

Publieditorial O ‘terreno das vaquinhas’ e a função social da propriedade

propriedade privada e sua função social estão devidamente manifestadas na Constituição de 1988. O artigo 5º, inciso XXII, garante o direito à propriedade, enquanto o inciso XXIII estabelece que “a propriedade atenderá a sua função social”. Nesse sentido, toda propriedade deve, por imperativo da lei, se destinar a uma utilidade, uma finalidade social. Esta finalidade tanto pode ser de ordem social, propriamente dita, entendida esta como a que se destina ao atendimento direto de algum interesse voltado a um segmento da sociedade, ou de natureza econômica, como ocorre atualmente com o que ficou conhecido como o “terreno das vaquinhas”. Trata-se de uma gleba de terra de propriedade privada, localizada na avenida Cassiano Ricardo, na região oeste do município de São José dos Campos. Há muito tempo têm surgido as mais diversas especulações sobre sua destinação. Em que pese as considerações acerca das questões políticas e interesses individuais econômicos que envolvem a questão – que não nos cabe abordar aqui –, o fato é que o empreendimento para a construção de um moderno projeto urbanístico, em fase de aprovação junto à Administração Municipal de São José dos Campos, ao que tudo indica, vem ao encontro dessa máxima constitucional da função social da propriedade.

Esta impressão se justifica não apenas porque o projeto destina parte de sua extensa área para a instalação de prédios públicos, o que se intitulou áreas institucionais e para preservação ambiental, mas, acima de tudo, porque visa o desenvolvimento de atividade econômica, contribuindo para o progresso do município no cenário geral. A propriedade privada somente se revelará um direito fundamental do cidadão se estiver revestida da função social, harmonizada com o interesse coletivo. Dentro desta perspectiva é que se espera que o novo empreendimento venha a cumprir sua função social, de cunho de direito fundamental ou no aspecto de atividade econômica, ou ambas. O relevante é que os munícipes de São José dos Campos sejam os maiores contemplados. Uma cidade progressista e plenamente desenvolvida é aquela que traduz os anseios da coletividade por meio da prestação de serviços públicos de qualidade, conforme os ditames legais. Mas a regra jurídica não é somente programática. Quem quer que sofra o prejuízo por alguém ferir ou ameaçar o bem-estar social, pode invocar a proteção constitucional, inclusive para as ações que obrigam o réu condenado a cumprir sua obrigação, sob pena de pagamento de multa diária. Fica a dica.

Branca de Castro

Advogada em São José dos Campos.


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Embraer

cenário pelo grande esforço que teve, nos últimos 11 anos, de promover o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor aeroespacial, basicamente composto de empresas de pequeno e médio porte. “O Parque Tecnológico contribuiu para elevar o nível de qualificação dessas empresas, através de convênios com o governo federal, como,

por exemplo, a ABDI, que nos apoiou de forma intensiva no uso de processos produtivos mais ágeis”, afirmou Nunes. “A própria questão de relacionamento entre as empresas, fazendo que tivessem maior conhecimento da competência de cada uma delas e, consequentemente, integrando e fazendo com que as empresas pudessem ofertar serviços mais

complexos através da complementariedade”, disse. São José dos Campos tem ambiente propício para os investidores e alguns nichos aguardam novos empreendedores para atender a demanda do setor. No cenário atual, as oportunidades de investimento são para empresas que têm competências


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em subsistemas, estruturas, cablagens e materiais leves. “As empresas com competência em materiais compostos, fibra de carbono principalmente, devem ter algum valor agregado dentro de suas entregas, até pela necessidade de um uso cada vez maior de materiais leves na fabricação de aviões”, esclarece Nunes. 


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Futuro Incerto Tânia Campelo SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

S

ão José dos Campos vive a incerteza do que acontecerá com a empresa que a projetou ao cenário mundial. A cidade pode deixar de ser a sede da Embraer após a formalização de uma joint venture (termo em inglês usado para integração de empresas) que será criada com a Boeing. O acordo foi anunciado no dia 5 de junho e prevê que a nova empresa assumirá toda a área comercial da Embraer. A Boeing ficará com 80% da joint venture e a Embraer, com 20%. O Sindicato dos Metalúrgicos teme demissões e risco à soberania nacional. A fabricante brasileira diz que os impactos serão positivos. “Esse acordo com a Boeing criará a mais importante parceria estratégica da indústria aeroespacial,

fortalecendo ambas as empresas”, disse Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente e CEO da Embraer, em comunicado ao mercado e trabalhadores da empresa. A nova joint venture ficará com as unidades da Embraer na Avenida Faria Lima (sede em São José), a EDE (fábrica da Eleb em São José), o centro logístico de Taubaté, a fábrica de Évora (Portugal) e a planta de Nashville (EUA). Já a Embraer ficará com as unidades de Eugênio de Melo (em São José), Gavião Peixoto (SP), Botucatu (SP), OGMA (Portugal) e Melbourne (EUA), de acordo com o comunicado oficial da fabricante brasileira Ainda segundo a Embraer, a empresa que nasceu em São José dos

Campos em agosto de 1969 continuará existindo no Brasil e no mundo, atuando nos mercados de defesa e aviação executiva. “Precisamos de garantia de estabilidade e a Embraer não dá garantias. Hoje fabricamos o avião inteiro e a empresa não afirma, por exemplo, se a Boeing vai trazer um novo avião para ser fabricado aqui ou se os projetos existentes vão continuar. Quando os aviões da Embraer saturarem em vendas, e se não tivermos um novo projeto, vamos virar uma fabricante de peças e reduziremos o quadro de funcionários a um quinto”, diz Herbert Carlos, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. 

Embraer


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Ozires Silva

Ele voou alto e levou junto São José

Tânia Campelo SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

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Passado

Cheguei em São José dos Campos, em 1958, vindo de São Paulo. Era um 1º Tenente Aviador da FAB e desejava ser graduado como engenheiro aeronáutico. Vinha atraído pelo ITA, naquele

Divulgação

ão é exagero dizer que Ozires Silva é unanimidade em São José dos Campos. Alguém pode até discordar de algumas de suas posições, mas certamente reconhece o seu potencial visionário, sua garra empreendedora e sua importância na história da cidade. Nascido em Bauru, Ozires veio para São José com o sonho de voar alto. Fabricou as próprias asas e voou, levando para o alto a cidade que o acolheu. Engenheiro formado pelo ITA, coordenou a construção do primeiro avião brasileiro --o Bandeirante, que deu origem à Embraer em 1969 e transformou São José na Capital do Avião. Foi presidente da empresa desde a sua fundação até 1986, também presidiu a Petrobras e foi ministro de Infra-Estrutura. Voltou para a Embraer em 1991 para coordenar o processo de privatização da empresa, que foi concluído em 1994. Atualmente, ele é reitor do Centro Universitário São Judas TadeuCampus Unimonte, participa de conselhos e associações empresariais e profere palestras sobre empreendedorismo, inovação e educação, com auditórios sempre lotados. A convite da Metrópole Magazine, Ozires Silva revela suas impressões sobre o passado, o presente e o futuro de São José dos Campos para esta edição especial em homenagem aos 251 anos.

um 1º Tenente Aviador da FAB “Erae desejava ser graduado como engenheiro aeronáutico ”


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Presente Posso estar errado, pois, fui ausente da vida na cidade, embutido no meu curso, inteiramente montado dentro do CTA, não posso dar um diagnóstico preciso. Todavia, essa agenda de uma cidade com um lado humanitário e de empregabilidade faz parte de uma agenda mais moderna. Mas hoje São José é uma cidade diferente. Desenvolveu-se, cresceu, é participativa dos problemas nacionais. Há a

Divulgação

ano, o Ministério da Aeronáutica abriu 10 vagas para os oficiais. Esse desejo de ser engenheiro aeronáutico era antigo e vinha da minha juventude, dos 15 anos de idade, nascido em Bauru e influenciado por uma série de circunstâncias. Vinha, portanto, carregando sonhos e entre eles, o de trabalhar com aviões e, se possível, fabricá-los no Brasil. Foi aí que tudo começou com uma fantástica mudança na minha vida, pois fui aprovado pelo ITA (graduei-me cinco anos após, em 1962). Mudando-me para São José, com minha família, esposa e dois filhos, conheci uma típica cidade do Vale do Paraíba que, fora da presença de algumas indústrias, tinha sua economia centrada na produção agrícola e de leite. A cidade, pelo que me lembro, cresceu muito com a Johnson & Johnson, a Tecelagem Parahyba, a General Motors, com outras vindo mais tarde, como a Refinaria da Petrobras. Do ponto de vista do ensino, preponderava o ensino básico, não contando com Faculdades, além do ITA. Nós, o pessoal do ITA éramos vistos como “os caras do outro lado da Dutra”, estrada de rodagem que se expandiu muito posteriormente. A política era tranquila e as intranquilidades políticas eram vividas somente nas grandes capitais, lembrando que as comunicações não eram nada do que temos hoje. A própria TV estava nos seus estágios iniciais.

expressão de vontades, uma delas a de crescer, já mostrando preocupações com a circulação urbana e qualidade de vida. Um cenário bem diferente do passado, criando uma esperança de encontrarmos uma soma das forças vivas locais para que o crescimento possa ser feito com êxito no sentido de respeito aos aspectos humanos e ambientais.

Futuro O desenvolvimento sustentável surge no cenário mundial como anseio coletivo imprescindível, contudo, considerado ainda utopia por uma maioria, embora apontado como último recurso para que se possa garantir o futuro das gerações vindouras. A implementação de sustentabilidade, para concretização satisfatoriamente é primordial que seja atrelada a outros instrumentos que as torne exequíveis como: políticas públicas que garantam o bem-estar da sociedade, e que estabeleçam também modelos propícios para a idealização da sustentabilidade às

inovações tecnológicas, em consonância com os recursos naturais e o equilíbrio socioeconômico. A sociedade global precisa ter como foco a qualidade de vida do ser humano, para que não seja apenas uma utopia e se torne realizável é essencial compreender que somos parte da natureza, e que o cuidado com o meio ambiente nada mais é do que cuidado conosco. Mas, como sabemos, tudo começa com a Educação abrangente e de qualidade, coisa que muitas Prefeituras, como a de São José dos Campos, fazem esforços que ainda não deram os resultados que desejamos, pois grande parte de nosso povo ainda é semialfabetizado. Se falarmos do ponto de vista da utopia, temos de enfrentar esse problema pois a Educação do povo é o único instrumento que realmente transformará o futuro. O exemplo da Embraer, criada em São José dos Campos, é um bom exemplo, pois, sem o ITA, ela simplesmente não existiria! 



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Especial Inverno

Campos do Jordão: o charme europeu da RMVale

Muito mais que frio, a cidade tem ampla lista de atrativos para todos os perfis de viajantes

Leonardo Gonzaga CAMPOS DO JORDÃO

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ncravada na Serra da Mantiqueira, a 1.628 metros de altitude, Campos do Jordão é a estrela do turismo de inverno na RMVale. Além do frio mais intenso, que atrai turistas de todo o país, a cidade oferece uma extensa lista de atrativos que agradam aos mais exigentes viajantes. Nos meses de junho, julho e agosto, a ocupação de hotéis e pousadas chega a 90% do total, de acordo com a Asstur (Associação de Hotelaria e Gastronomia) de Campos. “A cidade de Campos do Jordão é a mais alta do Brasil, o que faz atingir temperaturas equivalentes a municípios

do Sul. Isso diferencia Campos de todas as outras cidades do estado de São Paulo. Além disso, nosso Festival de Inverno é uma das atrações mais procuradas, fora a natureza, que conta com vegetações do clima gelado”, disse Luiz Pedro Nathan, presidente da Asstur.

Atrações Principal atração da cidade, a Praça do Capivari é o centro turístico de Campos do Jordão. Com programações durante todo o ano,


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Douglas Fagundes

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Dvulgação


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Ricardo Rovida

o bairro é considerado polo gastronômico, além de contar com o conhecido restaurante Baden Baden, que se tornou referência. Com arquitetura europeia, o Capivari dispõe de comércio sofisticado e uma série de lojas sazonais durante o Festival de Inverno. Grifes de luxo sobem a serra para comparecer ao Convention Center, que recebe anualmente o shopping Market Plaza durante a temporada de inverno. Com opções em compras, lazer e gastronomia, o espaço funciona entre 29 de junho e 29 de julho. Com 7,2 mil metros quadrados, o Convention Center abriga até 3.500 pessoas.

Para quem busca entretenimento, uma pista de patinação no gelo marca presença na cidade pelo segundo ano consecutivo. Ao todo, o espaço tem 315 metros quadrados para desenvolver as atividades de inverno e contará com professores para ensinar patinação para os interessados. No espaço gastronômico, as pessoas poderão ter acesso a restaurantes de cerveja artesanal e cafés. A tradicional Belgian Waffles está novamente no espaço, com opções variadas no cardápio. Quando o assunto é moda, a Mix Store vai atender no centro com roupas customizadas e malhas de tricô para dar aquela

“esquentadinha” no frio da cidade. As crianças não foram esquecidas, o Market Plaza conta com réplicas coloridas de carros como Mini Cooper, BMW, Silverado e Mercedes. De acordo com Luiz Padovan, gerente comercial do local, a cidade recebe em média 500 mil pessoas na temporada de inverno e pelo menos 40 mil pessoas passam pelo shopping para conferir novidades do inverno, com uma estimativa de 600 pessoas por dia no mês de julho. “Nós somos um shopping consolidado, já realizamos 21 edições e hoje somos um dos principais polos de atrações e entretenimento na cidade. Temos uma


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agradável durante o ano todo, as atividades são prazerosas em qualquer estação. Já para quem procura um destino mais romântico, a estância climática conta com restaurantes para todos os gostos, com disponibilidade de reserva para jantares à luz de velas. Além disso, os casais podem aproveitar vários passeios, como o bondinho ou teleférico,

Juliana Cintra

Sergio Biagioni

expectativa de visitantes que, se atingirmos, teremos mais um ano de sucesso”, afirma. Além disso, Padovan explica que a ideia é também fomentar comerciantes da cidade. “Nós sempre abrimos espaço para lojistas de Campos do Jordão, para que produtos da cidade sejam evidenciados. Um exemplo é a Inverness, que traz coleções de meias de inverno. Também tem a Cacau de Campos, que é uma chocolataria de produção artesanal, além da Emporium dos Aromas, que está no local”, completa. Para a pessoa que busca atividades que envolvam encontro com a natureza, Campos do Jordão dispõe de caminhadas, passeios de bicicleta e trilhas do Horto Florestal, entre outras opções. Por conta do clima ameno e

ou simplesmente curtir um pôr do sol no mirante do Museu Felícia Leirner, com a Pedra do Baú ao fundo. Outra opção na cidade são os esportes de aventura. Em Campos do Jordão, os visitantes podem passar por centros especiais de ecoturismo para caminhadas, cavalgadas, viagens de balão, tirolesa, arborismo, arco e flecha, paintball, minigolf e outras atividades. 


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Educação&

Novo idioma desde os primeiros passos Da Redação SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A

globalização transformou o conceito de conectividade entre países em todo o mundo, e a partir daí aprender um segundo idioma se tornou fundamental para um futuro promissor tanto no campo pessoal quanto profissional. As novas gerações, formadas por crianças nascidas a partir dos anos 2000, estão com uma bagagem cada vez mais rica de conhecimento em relação a outras línguas. Mas, qual o momento certo de iniciar a inserção de uma segunda língua? De acordo com especialistas, ter um incentivo logo nos primeiros anos de vida pode ajudar em uma rápida adaptação. Um estudo promovido pela empresa de educação e tecnologia Rosetta Stone, em 2011, mostra que quando a criança completa três anos está no ápice para aprender outro idioma. Já uma outra pesquisa, realizada pela Universidade da Colúmbia Britânica, verificou como os bebês percebem a linguagem e como essa percepção molda seu aprendizado. O resultado apontou que crianças nascidas em famílias bilíngues são capazes de registrar as diferenças entre os dois idiomas ao ouvirem suas expressões. O site Primary Games é repleto de jogos das mais variadas temáticas: carros, culinária, esportes, aventura e muitos outros.

“Quanto mais cedo você começar a aprender, mais cedo você terá fluência, independente do idioma. A cabecinha das crianças aceita muito mais fácil novas informações do que quando você começar a ficar mais velho”, explica Rosana Silva, professora de inglês. A docente, que já trabalhou com famílias que vieram de outros países para morar no Brasil, afirma que os mais novos assimilam a língua portuguesa muito mais rápido e fácil do que os pais, por exemplo. “As crianças aprendem os dois idiomas com facilidade, porque dentro de casa se fala um idioma e no colégio, por exemplo, elas têm um contato muito maior com a língua portuguesa”. No entanto, cada criança tem seu próprio processo de aprendizado, com um ritmo diferente, necessitando, portanto, de estímulos específicos que a impulsionem e respeitando o período de alfabetização. Muitas escolas de idiomas e colégios O grande barato do PBS Kids é a interatividade da plataforma com as crianças. Elas são convidadas a pensar e escrever suas próprias histórias.

O site Fun Brain oferece jogos educacionais para crianças de todas as idades.

bilíngues indicam ensinar o inglês a partir da sonoridade da língua, da mesma maneira que fazemos com nossa língua materna: aprendendo a falar e a entender o que ouvimos para depois começar a ler e a escrever. Existem diversas opções, como contar histórias, promover jogos e brincadeiras, criar situações (com bonecos e fantoches) e abusar de músicas, filmes, livros, desenhos e outros recursos adequados à idade. E isso não ocorre apenas no âmbito escolar, mas dentro de casa, com envolvimento dos pais, como o casal Fabiano e Kátia Araújo, que com a internet já incluíram palavras e frases do inglês para os filhos. “O Arthur começou a ter contato com o inglês no maternal. Lembro até hoje a primeira palavra, ‘Hello’. A mais nova ainda não está falando, mas já ouve o irmão estudando a língua e os desenhos em inglês quando colocamos”, afirma Kátia, mãe de Arthur, de 7 anos, e Ana Carolina, de 1 ano. O site Up To Ten disponibiliza canções, desenhos animados, atividades para colorir, mais de 100 jogos para crianças de até 10 anos e galerias de imagens com fotos de seus usuários, tudo em inglês.

Highlights Kids disponibiliza centenas de hitórias animadas, artigos e até poemas para as crianças que são fãs de leitura.


Julho de 2018 | 69

“É notável a diferença com o mais velho, de quando eu era criança. O interesse dele em aprender uma língua diferente e a facilidade na aula. Temos a convicção da importância, além de ser um novo conhecimento, será para toda a vida”, completa. A internet é aliada dos pais com acesso irrestrito a conteúdos em outros idiomas, mas a atenção deve ser redobrada, caso os pais não conheçam a língua. Além disso, vale sempre consultar um professor da área para indicar o conteúdo correto. Já existem aplicativos gratuitos que também podem ser o ponto de partida para treinar o inglês dos menores e ainda promover um momento de lazer entre pais e filhos. Conheça alguns deles:

O site Dream English é voltado para crianças mais novas que estão aprendendo as primeiras palavras, e proporciona aos pais e às crianças músicas, jogos e vídeos. Activity Village é uma ótima fonte de recursos para pais e professores.

O site Enchanted Learning ensina desde o alfabeto até os países do mapa mundi, oferece atividades de geografia e astronomia e disponibiliza biografias de grandes nomes da história e da filosofia.

Freepik

Aprender. Praticar. Brincar. Esse é o lema do site Turtle Diary, voltado para crianças do jardim de infância à 5ª série.

Como o próprio nome sugere o Hooda Math é um site especializado em games de matemática.

Fonte: Tecnologia - iG


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Veloz&

Os grandões confortáveis caem nas graças do público Elaine Santos RMVALE

Volkswagen T-Cross 2019 Ainda no forno, o T-Cross está quase pronto para inaugurar um novo formato de SUV da marca Volkswagen. Apresentado em 2016 no Salão de

Genebra como um estudo antecipado, a versão de série trilha novo caminho em direção à produção. A World Première do novo T-Cross acontecerá no segundo semestre deste ano (outono europeu). Até lá, a Volkswagen encurtará o tempo de espera com um primeiro olhar para o futuro SUV compacto da marca. O comprimento

do T-Cross europeu é de 4.107 mm, enquanto o T-Cross desenvolvido para a América do Sul mede 4.192 mm. O desenho é carismático, sempre dirigido à frente, funcionalmente conceituado e com construcão inteligente. Compatível com o uso na cidade, o T-Cross é preparado para as pequenas e grandes aventuras da selva urbana. Divulgação



72 | Revista Metrópole – Edição 41

Divulgação

Peugeot 5008 Ele é realmente um gigante! Entreeixos mais longos e uma terceira fileira de bancos fazem dele um coração de mãe, levando até sete pessoas.Bancos individuais, para três ocupantes, e pacote de equipamentos que inclui piloto automático adaptativo, leitor de placas, aviso de ponto cego e assistente de faixas, completam o modelo.

Divulgação

Toyota SW4 A Toyota apresenta nova versão para o SUV da Hilux e se dá bem! A Diamond, apresenta detalhes diferenciados no interior e exterior. É considerado o grandalhão queridinho da marca. Entre os detalhes que fazem a diferença estão acendimento automático dos faróis, computador de bordo monocromático, odômetros total e parcial e temperatura externa. E para completar, volante com comandos integrados: telefone, áudio, vídeo e computador de bordo.

Honda CR-V 2019 Com o primeiro motor turbo (com gasolina), o SUV Honda CR-V 2019 vem com porta-malas de abertura e fechamento elétrico remoto ou com o movimento do pé sob o para-choque. Com 4,587 m de comprimento, 1,854 m de largura, 1,689 m de altura e 2,659 m de entre-eixos, o Honda CR-V 2019 está maior, mais volumoso e espaçoso, ganhou mais 51 litros no porta-malas, que agora tem 589 litros. Com visual sofisticado, o modelo chega com faróis full LED com LEDs diurnos e luzes de neblina em LED, bem como lanternas completamente em LED. 

Divulgação





76 | Revista Metrópole – Edição 41

Elaine Santos Social

Fotos: Pedro Ivo Prates

Ponto Alto

E no mês de aniversário da cidade nada mais precioso que ter em ‘casa’ os Filhos da Terra, celebridades que estão nas telinhas e nas telonas de todo o país, nascidos e criados em São José dos Campos. Eles fizeram uma noite de bate-papo, com apoio do Teatro Colinas, Anima e Grupo Meon de Comunicação. “ Tenho aqui os melhores momentos da minha infância. Posso ir para qualquer lugar do mundo mas sempre quero voltar”, afirma Carolina Oliveira. “ Eu tenho na memória passeios ao lado do meu pai pela orla do Banhado apreciando o pôr do sol, e quando chego aqui sempre me surpreendo de como a cidade cresceu e como prosperou ”, diz Eriberto.

Nas fotos, o ator Eriberto Leão, com a mãe Telma, e a atriz Carolina Oliveira, com a mãe Rosimary, mostram a revista Metrópole e o carinho que sentem pela cidade.



78 | Revista Metrópole – Edição 41

Flávio Alvim Business

flavio.alvim@meon.com.br

Céu azul

Fora de Hora

A Azul Linhas Aéreas anunciou a retomada de um vôo regular entre as cidades de São José dos Campos e Rio de Janeiro a partir do dia 3 de setembro.

Em tempos de euforia de Copa os nobres deputados estaduais aprovaram a PEC que altera o teto de salários para o funcionalismo público do Estado de São Paulo.

O terminal de passageiros do Aeroporto ‘Urbano Ernesto Stumpf´ de São José dos Campos foi reinaugurado em setembro de 2014 mas, poucas semanas depois, cessaram os vôos comerciais. As obras de reforma e ampliação triplicaram a capacidade do local, que atualmente pode receber até 600 mil passageiros por ano. A Infraero investiu R$ 16,7 milhões na modernização do terminal, que ficou sete vezes maior, passando de 800 metros quadrados a 5.800 metros quadrados.

Pela proposta aprovada na Assembleia Legislativa do Estado altera a referência de limite salarial para o funcionalismo público no Estado, hoje baseado no vencimento do governador, passa a ser equivalente ao fixado a desembargadores de Justiça. Com isso, o teto deixa a faixa dos atuais R$ 21.631,05 e atinge R$ 30.471,11 até 2022. No decorrer de quatro anos o montante chega a mais de 1 bilhão de aumento de despesas, a emenda foi aprovada por 67 dos 71 atuais deputados. E a conta? Ficará sempre com os contribuintes!

Condomínio Industrial Um grupo investidor anunciará em breve o lançamento de um novo condomínio industrial em São José dos Campos, será instalado na antiga fábrica da Amplimatic, uma área de 140.000 metros quadrados. Vento de popa!

Extra Colinas O Hipermercado Extra está investindo R$ 15 milhões na unidade Colinas. Com as obras de expansão aceleradas, serão acrescidos mais 3.689m² de área construída ao empreendimento. O projeto consiste na criação de um pequeno shopping no entorno do hipermercado. O investimento vai gerar cerca de 200 empregos indiretos na cidade. A previsão de inauguração é outubro de 2018. O projeto está sob a coordenação da GPA Mall. A empresa é especializada em galerias comerciais localizadas em pontos estratégicos com grande potencial de consumo, fácil acesso e fluxo intenso de clientes.

O GPA Malls é uma empresa do Grupo Pão de Açúcar que aluga espaços nas 267 galerias do Extra e do Pão de Açúcar, espalhadas pelo Brasil. O local terá opções de espaço para todos os tipos de negócio. Serão no total 16 lojas satélite, 7 fast food, 4 lojas âncora e 8 quiosques. Uma academia e um pet shop já estão confirmados. A proposta é o clima de camaradagem remetendo à atmosfera das famosas rodas de samba feitas por amigos e vizinhos nos quintais do subúrbio carioca ou nos antigos botecos da Lapa. Será uma boa opção para animar as noites joseenses. Vale conferir!

Mega Fusão Duas grandes multinacionais, que têm plantas na região, entraram nos tempos de fusão, deixando de concorrer diretamente. A Suzano Papel e Celulose comprou a Fibria numa operação que cria uma companhia de R$ 65 bilhões em valor de mercado, uma nova gigante global de commodities. Agora, a nova Suzano será dona de 16% da capacidade de produção mundial de celulose. A Bayer adquiriu e anunciou a extinção da marca Monsanto, a operação é estimada em 63 bilhões de dólares. Atualmente a Monsanto é a maior fornecedora de sementes do mundo e a maior parte das vendas são feitas nos Estados Unidos e na América Latina, e é também fabricante do glifosato, o herbicida mais utilizado no mundo. A Bayer é o segundo fornecedor mundial de pesticidas, desenvolvendo a maioria das atividades na Europa. A fusão global das duas empresas criou a maior companhia integrada de pesticidas e sementes do mundo. Como o mercado consumidor ficará? Será que a produção em escala proporcionará um produto final mais barato ou ficamos sem opção de escolha?

Freepik




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