SÃO JOSÉ DO
ANO
OS CAMPOS
OS
Bom, bom mesmo é ser o melhor lugar pra você explorar.
A revolução das startups na RMVale Leia também:
Número de empresas de tecnologia cresce na região
ESPECIAL Personalidades que levam São José no coração
SAÚDE Doenças renais, os desafios do inverno
HARMONIA Aikido, a energia que forma o movimento
VELOZ Camaro, a lenda das pistas
EDITORIAL Diretora Executiva Regina Laranjeira Baumann
O que faz de São José uma cidade amada por seus moradores? Sua construção diária! Já escrevi aqui sobre a história de São José dos Campos, da Vila fundada em 27 de julho de 1767, elevada a município em 1864, até os tempos atuais. Na condição de publisher e também de residente na cidade, sinto orgulho de ver e divulgar o seu vertiginoso desenvolvimento. A cidade transformou-se em uma grande potência, destacando-se nacional e internacionalmente em vários segmentos, como educação, saúde e tecnologia. O município hoje é reconhecido por sua competência inovadora, por seus profissionais qualificados e por sua qualidade de vida. Começamos esta edição especial da Metrópole Magazine com um presente para a aniversariante. A nosso pedido, a artista plástica Tuca Iralah realizou uma obra inédita para a capa da revista, retratando os diferentes perfis que caracterizam São José dos Campos. Todos os anos, no mês de aniversário, nosso desafio é mostrar como a trajetória da cidade está diretamente ligada às pessoas, empresas e instituições que, diariamente, constroem a sua história; e o que isso representa para a população e para as próximas gerações. Governar uma cidade não é tarefa fácil, mas São José dos Campos foi privilegiada por excelentes gestores cujas marcas fizeram toda a diferença. Já na década de 70, o então prefeito, imposto pelos militares, Sérgio Sobral de Oliveira, idealizou a cidade com amplitude e visão de futuro, delineando o anel viário que apenas nos dias atuais vem sendo implantado nas cidades vizinhas. Foi sucedido por Ednardo de Paula Santos, que também chegou ao cargo de forma indireta e igualmente contribuiu, e muito, com o desenho da cidade que tem vida própria nos bairros e permite ao motorista deslocar-se de norte a sul, leste a oeste, em curto espaço de tempo. Ao lado do poder público, é inquestionável a importância do setor privado, onde imobiliárias, como a Luiz Roberto Porto Imóveis, tiveram relevante participação no desenho de loteamentos projetados para conforto da população, como o Bosque dos Eucaliptos, Jardim Satélite e o Urbanova, exemplos de uma visão de futuro, preservando áreas verdes e com avenidas amplas, que permitem a fluidez do tráfego. A Embraer, indústria que representou o Brasil no exterior, foi seguida por inúmeras outras que atualmente exportam para todo o mundo. As startups, também observadas nesta edição, confirmam que somos um celeiro de inovações. Excelentes profissionais que se formaram no ITA, outro orgulho da cidade, elevaram o índice educacional com colégios como Poliedro, Anglo e Planck. A gastronomia está representada por restaurantes, hotéis e buffets de alta performance e os joseenses estão aprendendo a se divertir em parques belíssimos, que convidam para caminhadas ou esportes radicais. O pedal, conquistando cada vez mais adeptos, deixa coloridos os dias e noites nas ciclovias que circundam a cidade. Nós, da Metrópole Magazine, temos certeza que São José dos Campos vai avançar muito mais, construindo o ambiente ideal para o bem viver dos joseenses natos e de coração. Aproveitem a leitura.
Regina Laranjeira Baumann Diretora Executiva
Editor Especial Fabrício Correia Reportagem Beatriz Plaça, Bruno Castilho, Gabriela Mancilha, Ivan Quadros, Jefferson Santos, Samuel Strazzer, Vanessa Menezes Fotografia Pedro Ivo Prates Arte e Diagramação Giuliano Siqueira Estagiárias de Design Gráfico Marcela Saraiva, Luisa Prado Meon Essencial Fabrício Correia (Textos e Edição) Giuliano Siqueira (Design) Comercial Executivos de Negócios Fabiana Domingos, Gustavo Assumpção, Yuri Santos Departamento Administrativo Patrícia Vale EDIÇÕES ANTERIORES: www.metropolemagazine.com.br PARA ANUNCIAR: 12 3204-3333 Tiragem auditada por:
Meon Comunicação Ltda CNPJ: 25.023.850/0001-36 Avenida São João, 2.375 – Conj. 2009|2010 - Jardim das Colinas São José dos Campos - CEP 12242-000 -PABX (12) 3204-3333 Email: metropolemagazine@meon.com.br
A revista Metrópole Magazine é um produto do Grupo Meon de Comunicação | Tiragem: 15 mil exemplares
População:
Área (em km2)
2.475.879
6.192,67
Pode se orgulhar. Ou, se preferir, pode investir. São José dos Campos foi destaque na edição de junho da revista FDI, do conceituado grupo britânico Financial Times, um dos mais famosos periódicos especializados em economia do mundo. A cidade foi apontada como a 4a melhor das Américas em custo-benefício para se fazer investimentos – ranking “Cidades Americanas do Futuro 2019/2020”.
Estratégias para atrair novos negócios, formação de clusters industriais, bem como implantação das leis de inovação e de logística, foram preponderantes para tal reconhecimento.
Bom, bom mesmo é investir em São José.
São José dos Campos. Eleita a 4a melhor cidade para investir em negócios na América Latina, segundo a Foreign Direct Investment (FDI).
Um lugar para aprender, inovar e sonhar.
poliedroeducacao.com.br
14 | Metrópole Magazine – Edição 53
SUMÁRIO
34 18 Matéria
ESPECIAL
de Capa
Startups, rumo ao futuro 26 OESPECIAL que esperamos da
42 Tecnologia&
Civictechs e Govtechs: Transparência e participação popular
São José do futuro
precisa se promover mais."
Divulgação
Divulgação
Pedro Ivo Prates
90Esporte& 126 Gastronomia& Rúgbi na RMVale, muito a crescer Bacalhau, o peixe rei da
84 Saúde& Doenças renais, os
e conquistar
desafios no inverno
cozinha portuguesa
Espaço do Leitor Aconteceu& Frases&
122 124 128
Divulgação
João Neto/Fotojump
Beatriz Plaça
16 18 20
ENTREVISTA 50 Vinicius Lummertz: "São Paulo
Harmonia& Arquitetura& Veloz&
A Avibras tem orgulho de fazer parte de sua história.
Parabéns
São José pelos seus
anos
www.avibras.com.br
Canal 7 da NET e 9 da VIVO TV www.camarasjc.sp.gov.br /camarasjc
/camara_sjc /camarasjc /camarasjc
São José dos Campos
anos
CÂMARA MUNICIPAL
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Compromisso com a transparência e a cidadania
20 | Metrópole Magazine – Edição 53
Espaço do Leitor Feedback
Edição 52 – Junho de 2019 RMVALE
Oswaldo Rodrigues Júnior, diretor da agência Central Business. "Estamos juntos do Grupo Meon desde o início. É muito importante para o mercado ter uma plataforma de informação de credibilidade."
Sérgio Braga, industriário e produtor rural "Leio a Metrópole Magazine todos os meses. Quando termino a leitura já fico esperando a próxima edição. Parabéns a todos que colaboram com o Meon."
12
98218-4888
Valdyna Alves, funcionária pública. "Amo a coluna Passarella, da revista Meon Essencial. Com uma linguagem descolada somos apresentados as principais tendências da moda mundial."
Luiz Eduardo Corrêa Lima, biólogo e professor universitário, via Facebook "Vale a pena dar uma boa olhada na revista Meon Essencial. Está muito interessante."
22 | Metrópole Magazine – Edição 53
Arquivo Pessoal
Aconteceu& Prefeito de Paraibuna, Vitão, é reeleito para a presidência da AGEMVALE
Arquivo Meon
Com a presença de secretários de estado, deputados e diversos prefeitos da RMVale, além de integrantes da sociedade civil, no dia 15 de julho, no Parque Tecnológico de São José dos Campos, aconteceu a 23ª reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região do Vale do Paraíba e Litoral Norte - RMVALE-LN. O secretário de estado da Casa Militar e Defesa Civil, Walter Nyakas Júnior, explanou sobre as ações da Defesa Civil na região. Marco Vinholi, secretário estadual de Desenvolvimento Regional, destacou a importância do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI). Durante a reunião, foi empossada a nova diretoria do Conselho de Desenvolvimento da AGEMVALE, tendo sido aclamada pelos prefeitos a reeleição do presidente, Victor de Cássio Miranda, o 'Vitão' prefeito de Paraibuna. O novo vice-presidente é o prefeito de Santo Antônio do Pinhal, Clodomiro Junior. g
A privatização do porto de São Sebastião pode estar mais perto de acontecer.
O projeto de desestatização pode sair do papel até 2020, prevê o Ministério da Infraestrutura. O comunicado foi feito pela pasta no dia 19 de julho. A lista concede à iniciativa privada 16 mil km de rodovias, 40 aeroportos, leilão de dois terminais portuários e arrendamento de outros oito portos, além da desestatização do porto de São Sebastião. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, o terminal portuário deverá ser privatizado por meio do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), criado em 2016. g
Divulgação
Doria participa de inaugurações em Campos do Jordão.
O governador de São Paulo, João Doria, esteve na cidade de Campos do Jordão para a entrega da 1ª fase da revitalização do Parque da Lagoinha. O político também participou da inauguração do Centro de Convivência do Idoso "Wilma Jundi Dubieux". A revitalização do parque está sendo feita pela ARLA (Associação dos Amigos da Lagoinha) em parceria com a Prefeitura do munícipio. O local foi desapropriado na década de 80 pela Sabesp, que pretendia construir sua Estação de Tratamento de Esgoto e chegou a drenar os lagos existentes. Com a intervenção dos moradores e do Ministério Público, a Estação de Tratamento de Esgoto foi construída em outro ponto da cidade o que deu espaço para a construção do parque que tem 48 mil m².
Claudio Vieira/PMSJC
Corrida do aniversário de São José teve mais de 3.000 participantes
Em clima de festa, mais de 3.000 pessoas participaram da corrida de rua em comemoração ao aniversário da cidade na manhã de 21 de julho, domingo. A corrida reuniu atletas de todos os cantos e idades e contou com muitos familiares na torcida. A atividade faz parte do calendário do Circuito Joseense, organizado pela Prefeitura, e foi promovida em parceria com o Instituto Athlon de Desenvolvimento Esportivo, por meio da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte. Neste ano, os participantes contaram com uma novidade: o aumento no número de premiações. Além dos tradicionais troféus para os cinco primeiros colocados no geral das provas dos 5 e dos 15 quilômetros masculino e feminino, foram ofertados troféus aos três primeiros de todas as faixas etárias nas provas.
MOVIDOS A D E S A F I O S. GUIADOS P O R S O N H O S. Nosso sonho era decolar. Interior do Brasil, década de 1960 , pistas de terra. Parecia impossível. Mas sonhos não têm limites quando se tem paixão e persistência. E após 50 anos , aqui estamos, com mais de 8 mil aeronaves produzidas e presença nos 5 continentes. Abraçamos os desafios dos nossos clientes e criamos soluções que os ajudaram a s e s up e r ar. C o m a amb i ç ã o d e s e m p r e entregar alguns dos produtos e serviços mais avançados do mundo. Hoje, continuamos abraçando novos desafios . E vocês não vão acreditar no que estamos sonhando para o futuro.
e m b r a e r. c o m
24 | Metrópole Magazine – Edição 53
Frases&
“
Arquivo Meon
Em poucos dias de atuação, já tivemos um grande salto na nossa segurança. Foram feitas 14 prisões em flagrante, além de cinco procurados pela Justiça capturados e um menor de idade apreendido. Ortiz Júnior, prefeito de Taubaté, fazendo um balanço dos 15 dias de operações da BAEP.
”
Divulgação
“
Acabei de enviar à Câmara um projeto de lei para mudar o boletim oficial para digital. Já mudados o holerite dos servidores. Desde 2017 já convertemos 463 procedimentos 60% do total. Izaías Santana, prefeito de Jacareí informando via Twitter sobre as açõesvoltadas para desburocratização e economia da gestão municipal.
”
Deborah Secco, atriz, em resposta ao discurso do presidente Jair Bolsonaro em que afirma que irá intervir na escolha dos filmes apoiados pelo Governo Federal por meio das leis de incentivo a cultura.
”
presidente Jair Messias Bolsonaro, afirmando que vai intervir na política de incentivo ao audiovisual.
Reprodução
Eu fico um pouco chocada de o "Bruna Surfistinha" ter sido colocado nesse lugar, porque o filme retrata uma história real, né, não só da Raquel, da Bruna, mas de milhares de mulheres que se encontram nessa situação.
Não posso admitir filmes como Bruna Surfistinha com dinheiro público
Divulgação
“
“
”
252
s! o an
Parabéns!
Bom mesmo é viver em São José!
Foto: Cláudio Vieira/PMSJC
A Orthoservice há 33 anos se orgulha em ajudar São José dos Campos a ser uma cidade ainda melhor para se viver!
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30 | Metrópole Magazine – Edição 53
ESPECIAL
O que esperamos da Felicio Ramuth, Robertinho da Padaria e Marco Antonio Raupp falam sobre o futuro da cidade
Julho de 2019 | 31
a São José do futuro
32 | Metrópole Magazine – Edição 53
ESPECIAL
Leia online
Felicio Ramuth, prefeito de São José dos Campos
U
ma cidade que seja cada vez mais acolhedora, inclusiva, que planeje o seu desenvolvimento com sustentabilidade e respeito ao meio ambiente, oferecendo oportunidade para todos. Uma cidade moderna, conectada, que estimule a ocupação dos espaços públicos com arte, cultura e lazer, onde nós, os mais de 710 mil moradores, possamos continuar dizendo com orgulho que bom, bom mesmo é viver em São José. Nesses 252 anos do aniversário, São José tem bons motivos para comemorar, olhando para o futuro com mais otimismo e esperança. Quando assumimos a gestão há dois anos e meio, a Prefeitura tinha dívidas com fornecedores e falta de credibilidade porque não pagava em dia. Conseguimos
negociar todas as dívidas, pagar os atrasados e fazer com que a cidade retomasse o seu desenvolvimento. Nesse ano, só para Saúde e Educação vamos investir R$ 1,3 bilhões, para melhorar o atendimento. Na área da segurança, inovamos com a implantação de 100% da frota de carros elétricos para a Guarda Municipal e instalação de lâmpadas de led, mais potente e econômicas, por toda a cidade. Todas as nossas obras que estão em andamento como a Via Cambuí, Arco da Inovação-Ponte Estaiada, Arena Esportiva, reforma do Teatrão, e construção de creches e escolas, têm dinheiro em caixa para serem concluídas. Fazer do jeito certo, com respeito ao dinheiro público, é o principal
desafio que enfrentamos no dia a dia. Recentemente lançamos o projeto Linha Verde, aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal, que vai transformar o desenvolvimento de São José nos próximos anos, interligando as regiões sul e leste. O projeto tem como base o desenvolvimento urbano e centralidades, transporte rápido de massa, sustentabilidade, anel viário leste e habitação de interesse social. Sabemos que temos muito para fazer e continuaremos acordando cedo, dormindo tarde e arregaçando as mangas para ajudar a construir a cidade dos nossos sonhos. Uma cidade que precisa da contribuição de todos nós, poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e população, para ser o melhor lugar para se viver.
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*Valor líquido para contratos Pessoa Jurídica acima de 30 vidas, com vigência de 36 meses, por pessoa admitida no plano odontológico da Uniodonto de São José dos Campos. Oferta válida até dezembro de 2019 para contratação do Plano Essencial Corporativo ou Essencial Coletivo por Adesão.
34 | Metrópole Magazine – Edição 53
ESPECIAL
Robertinho da Padaria, presidente da Câmara de São José dos Campos
O
que eu espero de São José no futuro é uma cidade cada vez mais comprometida com o desenvolvimento econômico aliado à qualidade de vida, com a valorização da juventude, do esporte e da educação. No nosso trabalho à frente da Câmara
e como vereador, temos nos esforçado para construir esta perspectiva de um futuro promissor. Acredito muito na nossa juventude como força motivadora deste processo de melhoria contínua da cidade. Se dermos as ferramentas necessárias aos jovens, hoje, estaremos
certamente construindo a cidade que desejamos no futuro. Por isso, batalhei pela aprovação do Pró-estudo, que troca a dívidas de instituições de ensino com a prefeitura por bolsas de estudo para alunos sem condições de pagar a faculdade. São 722 jovens beneficiados, que terão a formação necessária para obter empregos qualificados e planejar uma vida em família com dignidade. Desde o meu primeiro mandato, também tenho sido um defensor da ampliação de oportunidades para nossos jovens no esporte. O Atleta Cidadão, que há 20 anos oferece formação esportiva às nossas crianças, já avançou bastante e deve ser valorizado. Por isso, defendo que o programa incorpore crianças mais jovens, por meio de uma inserção lúdica no esporte, lado a lado com a educação de base. Nossa população também tem direito a uma cidade que pensa e planeja o seu próprio futuro. Acredito que a Câmara tem um papel fundamental neste processo com a nova Lei de Zoneamento. É essencial a participação popular e a análise criteriosa das propostas de planejamento urbano encaminhadas pelo Executivo. Outra questão importante é a mobilidade. São José debate nesse momento, com a população, um novo modelo de transporte público, o qual deve priorizar o deslocamento dos moradores de forma mais ágil, confortável e econômica. Acredito muito no potencial de São José, que chega aos 252 anos, como uma cidade acolhedora e de oportunidades, onde nasci e construí minha vida profissional e familiar. Uma cidade que nos orgulha. Somos referência em qualidade de vida no país e o nosso desafio é trabalhar para avançar ainda mais. Esse é o meu compromisso como vereador e presidente da Câmara de São José dos Campos.
36 | Metrópole Magazine – Edição 53
ESPECIAL
Marco Antonio Raupp, ex-ministro da Ciência e Tecnologia e diretor-geral do Parque Tecnológico São José dos Campos
O
Parque Tecnológico São José dos Campos (PqTec) é uma consequência da história de São José dos Campos e caracteriza bem a vocação da cidade: a de unir o universo acadêmico, de pesquisa e desenvolvimento, com a indústria, que traduz o conhecimento em bens com valor de mercado. São José tem uma tradição em pesquisa, especialmente no setor aeroespacial e de defesa e em áreas correlatas, como TIC (tecnologia da informação e
comunicação). E tem um grande exemplo de transferência de inovação e conhecimento para o setor produtivo: a criação da Embraer, que surgiu como um projeto dentro do DCTA. Isso faz com que a população que vive em São José entenda o valor da pesquisa. Sabemos que o conhecimento pode se transformar em bens com valor econômico, para o benefício de todos. O Parque Tecnológico surge na cidade com a missão de consolidar essa tendência, para que estimule
esse tipo de cooperação, em que o conhecimento é transferido para o setor produtivo. Procuramos executar isso da melhor forma possível no Parque. A proposta do PqTec é a de transpor o sucesso de pesquisa nos setores tradicionais na cidade para outras áreas, de acordo com as demandas das instituições que se instalam no local. Consolidou-se na sociedade joseense a ideia de que pesquisa pode ser um bom negócio. Esse é o papel do Parque, que surge com a demanda de setores avançados, que têm a necessidade de manter sua sustentabilidade e a sua competitividade por meio de um ambiente de pesquisa e inovação. Nesse sentido, o PqTec se coloca no papel de estimular e facilitar a cooperação com as empresas. Hoje se discute o futuro de São José. Qual é a vocação da cidade? É verdade que está se tornando um grande centro de serviços, mas não será só uma cidade de serviços. É preciso aproveitar a experiência e o legado de ter sido um polo industrial importante para o país. É preciso renovar essa indústria, para que ela cresça e se sustente. A indústria moderna, a chamada indústria 4.0, precisa desse ambiente para crescer e é fundamental ter um ambiente de criatividade, representado na cidade pela ação do Parque Tecnológico. O Parque pode ser um exemplo do quanto a indústria moderna pode contribuir para o crescimento da cidade. Em um ambiente econômico que não cresce, vimos nosso microambiente crescer. O Parque teve um aumento em dois anos de 62% no número de vagas de emprego nas instituições residentes. Em janeiro de 2017 eram 1.195 postos de trabalho; em dezembro de 2018, tínhamos 1.941 postos de trabalho. Isso significa que há futuro na atividade de indústria moderna, que usa tecnologia e inovação no desenvolvimento de produtos, e que vale a pena investir nesse modelo. g
38 | Metrópole Magazine – Edição 53
MATÉRIA DE CAPA
A revolução das startups na RMVale Empresas lideram corrida no mercado de tecnologia
Pedro Ivo Prates
Leia online
Julho de 2019 | 39
Samuel Strazzer, Jefferson Santos e Bruno Castilho SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
S
ão José dos Campos, a maior cidade da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte), concentra importantes empresas, instituições de ensino e centros de pesquisa, além de abrigar o maior centro aeroespacial da América Latina. A cidade é um importante polo tecnológico, influenciada também por sua localização entre as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro. Esses fatores favorecem para que empresas se instalem no município em busca de rápidos resultados e crescimentos, como é o caso das startups. Para se ter uma ideia, o município foi classificado como o sexto melhor de todo o pais para se empreender. A pesquisa publicada em 2015 pela
Endeavor Brasil apontou que São José fica atrás apenas das grandes cidades, como São Paulo, Florianópolis, Vitória, Recife e Campinas. O estudo avaliou 32 cidades em 22 estados do Brasil. Ao todo, foram analisados 55 indicadores em sete segmentos: ambiente regulatório, mercado, inovação, acesso a capital, infraestrutura, capital humano e cultura empreendedora. Considerando os rankings por segmento, São José é o quinto colocado em capital humano, e o sexto em inovação e infraestrutura. O Parque Tecnológico em São José, por exemplo, é o maior centro desse tipo no país que conseguiu reunir incubadoras de negócios, centros empresariais, laboratórios multiusuários, escritório de negócios e universidades. Atualmente, são 142 startups, 2 mil pessoas, entre funcionários e fundadores, e 4 mil alunos que estão ligados ao Parque Tecnológico. A maioria das startups pertence ao setor de tecnologia e
“O parque conseguiu fazer essas conexões acontecerem e agora é um facilitador para o desenvolvimento, consequentemente atrai o interesse de investidores e novos negócios.
Alexandre Barros,
gestor de empreendedorismo e inovação do PqTec
”
Fotos: Pedro Ivo Prates
Fachada do Parque Tecnológico
40 | Metrópole Magazine – Edição 53
MATÉRIA DE CAPA indústria 4.0. O Parque Tecnológico tem o conceito de conexão, esse é o principal objetivo, conectar a parte de academia, o poder público, as empresas e a sociedade. “O parque conseguiu fazer essas conexões acontecerem e agora é um facilitador para o desenvolvimento, consequentemente atrai o interesse de investidores e novos negócios”, afirma Alexandre Barros, gestor de empreendedorismo e inovação do PqTec. O Parque Tecnológico, que recebe investimentos de até R$ 14 milhões, conta ainda com o Nexus, o hub de incubação e aceleração que funciona como um programa que acompanha empreendedores desde a ideia no papel até a consolidação das startups, em busca de um crescimento exponencial. “O Nexus é muito importante nesse processo, pois o produto que ele entrega são empresas faturando. As empresas chegam aqui para empreender com suas ideias e saem faturando, assim transformamos a ideia em um negócio. No ano passado, por exemplo, tivemos duas startups que captaram R$ 500 mil de investidores anjos e esse ano foram R$ 5 milhões, divididos entre investidores anjos e fundos de investimentos”, destaca Barros. São José dos Campos conta hoje também com o apoio da Lei de Incentivo. Criada pela Prefeitura, a lei proporciona subsídios para o Programa de Incentivo à Inovação Científica, Tecnológica e Sustentável na cidade. O objetivo do projeto é estimular e fomentar a criação de startups e iniciativas de desenvolvimento tecnológico, consolidando o município como uma das principais capitais brasileiras da inovação, oferecendo incentivos às atuais e atraindo novas empresas para a cidade. “A Prefeitura tem um olhar dinâmico e acredita que as startups trazem agilidade e criatividade ao município. Então, o prefeito Felicio Ramuth
“ O parque hoje é um componente capaz de criar linhas de ligação entre empresas para gerar serviços tecnológicos. O futuro é isso! Isso aqui tem que ser o nosso Silicon Valley, o Vale do Silício Caipira. Daniel Gil Monteiro de Faria,
”
Proprietário das startups Engtelco e Anova Sistemas
procura incentivar a vinda de novas startups. O prefeito criou a Secretaria de Inovação justamente para dialogar
com esse setor. Hoje, a pasta está dentro do parque e vive toda a dinâmica que lá existe e tem uma visão de muita importância: a formação e renovação depende dessas empresas para a sustentabilidade econômica local”, destacou o secretário de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Alberto Alves Marques Filho, o 'Mano'.
Porque a RMVale é tão boa para empresas de Ciência & Tecnologia ? O empresário Daniel Gil Monteiro de Faria é proprietário das startups Engtelco e Anova Sistemas, ambas estão instaladas no Parque Tecnológico de São José dos Campos. Ele fundou a primeira empresa em 2005 e se instalou no PqTec há 8 anos. Já a segunda empresa nasceu dentro do parque há dois anos. A primeira atua no ramo de telecomunicações e a segunda no desenvolvimento de software para o varejo. “O parque hoje é um componente capaz de criar linhas de ligação entre empresas para gerar serviços tecnológicos. O futuro é isso! Aqui tem que ser o nosso Silicon Valley, o Vale do Silício Caipira”, aponta Daniel.
Daniel Gil Monteiro de Faria
42 | Metrópole Magazine – Edição 53
MATÉRIA DE CAPA Daniel afirma que a Engtelco se desenvolveu bastante desde que foi transferida para o parque em 2011, por conta do ambiente. Isso inclui o “convívio” com outras empresas e proximidade de universidades. “Uma empresa de tecnologia não vive só, pois precisa de tecnologias que muitas vezes não domina, mas empresas vizinhas dominam. Então estar em um ambiente tecnológico favorece”, afirma Daniel. O empresário destaca também que o contexto em que a RMVale se encaixa é totalmente favorável ao empreendimento tecnológico por vários aspectos. Além de estrategicamente posicionada no eixo Rio-São Paulo, a região ganha a característica de polo científico pela presença de centros tecnológicos como Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) – localizado em Cachoeira Paulista – Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), CTA
“Costumamos falar que, se colocarem dinheiro nas empresas que estão no parque, nós colocamos o homem lá em Marte.
Daniel Gil Monteiro de Faria,
”
Proprietário das startups Engtelco e Anova Sistemas
(Centro Tecnológico Aeroespacial) e Ieav (Instituto de Estudos Avançados) – ambos em São José dos Campos.
Diversas universidades como Unifesp - SJC (Universidade Federal de São Paulo –Campus São José), FEG Unesp (Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá – Universidade Estadual Paulista) e ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) em São José, são grandes formadores de mão de obra especializada. “O parque está estrategicamente colocado nesse eixo Rio-São Paulo e criando mecanismos necessários para o desenvolvimento das empresas [...] Outra coisa muito importante é que no nosso entorno temos universidades. Temos aqui 10 desenvolvedores que são da Fatec [Faculdade de Tecnologia] de São José dos Campos, que fica aqui do lado”, conta Daniel. Afirma também que o futuro é mais do que promissor e, com mais investimentos, é possível potencializar ainda mais o crescimento tecnológico e científico da RMVale.
44 | Metrópole Magazine – Edição 53
MATÉRIA DE CAPA “Costumamos falar que, se colocarem dinheiro nas empresas que estão no parque, nós colocamos o homem lá em Marte”, afirma o empresário.
A região de oportunidades que gera pessoas que geram oportunidades
Natural da cidade de Pedralva-MG, que tem pouco mais de 11 mil habitantes (IBGE 2010), Gustavo Ribeiro, 26 anos, CTO da MeDescola, juntamente com Rubens Costa, 31 anos, CEO da startup, criaram a plataforma que no próximo ano, segundo projeção da própria empresa, pode beneficiar mais de 10 mil estudantes do ensino médio em todo o Brasil. Gustavo se mudou aos 14 anos para São José dos Campos – 165 quilômetros de distância de Pedralva – justamente porque há grandes instituições de ensino na RMVale. “Sai de lá, fiz Senai e depois Etec.
Morei no fundo da casa da minha tia. Fiz o Enem e ganhei bolsa na faculdade. Depois consegui bolsa no Ciência Sem Fronteira e morei nos Estados Unidos por um ano e meio”, conta Gustavo. O empresário Rubens Costa decidiu inovar no ramo da educação para ajudar adolescentes a conseguir bolsas em escolas particulares para cursar o ensino médio. Rubens conta que foi bolsista em uma escola particular de São José e que a MeDescola nasceu da vontade de transformar a educação no país e gerar mais oportunidades como ele e Gustavo tiveram. A startup liga alunos do ensino médio com escolas particulares que oferecem bolsas de estudo. A grande novidade é que a plataforma da MeDescola faz uma avaliação do aluno e oferece bolsas de estudo personalizadas de acordo com o perfil do usuário.
“A bolsa é adequada a necessidade da escola, mas principalmente também tem a valorização da individualização, daquilo que entendemos que é intrínseco de cada pessoa e falamos para o aluno que aquilo que ele tem vale muito para uma escola que está disposta a pagar por isso. E como ela paga? Dando desconto”, explica Rubens. O estudante baixa o aplicativo e responde a um questionário. No mesmo instante o app mostra a quantidade de questões acertadas. A partir disso, a bolsa é gerada baseada no perfil do aluno. Todo usuário pode fazer uma prova por mês. O app tem também um dispositivo de segurança através do reconhecimento facial que impede que outra pessoa faça a prova pelo aluno. Caso o aluno saia do aplicativo ou pare de olhar para o celular, a prova também é encerrada. Rubens afirma que o objetivo da startup é impactar positivamente a educação
Julho de 2019 | 45
“Nós vamos escalar no ano que vem, de 2 mil alunos que temos, para 15 ou 20 mil alunos. Estamos falando em transformar a educação.
Rubens Costa, empresário
”
no Brasil e gerar oportunidades de uma boa educação, principalmente para
alunos da rede pública. No início de agosto, o novo app da MeDescola estará disponível para usuários de São José, no final de agosto para toda a RMVale e a partir de janeiro de 2020 para todo o pais. “Analisamos até quem são nossos investidores, porque queremos um dinheiro de transformação. Nós vamos escalar no ano que vem, de 2 mil alunos que temos, para 15 ou 20 mil alunos. Estamos falando em transformar a educação”, comenta o empresário. O CTO, Gustavo Ribeiro, explica que, quando foram buscar os investidores descobriu que há muitas pessoas, empresas e escolas na RMVale com o mesmo anseio de transformar a educação. “As escolas abraçaram agente. Sempre mandam mensagem falando ‘E aí, quando a gente vai começar?’. Sentimos bastante empolgação por parte deles. As escolas compram bastante a ideia, porque atende uma dificuldade que temos hoje”, afirmou Gustavo.
Um futuro já presente Lançado no dia 12 de junho de 2019, o loteamento Cidade Tecnológica em São José dos Campos foi criado para ser a expansão do Parque Tecnológico. O projeto prevê a criação do primeiro distrito de inovação planejado do país. O investimento está estimado em R$ 70 milhões e inclui todos os custos, como compra de terrenos, construção e incorporação. O distrito ficará em uma área total de 308.000 m² e contará com 116 lotes de aproximadamente 1.000 m². A intenção da Exto Incorporação e Construção é criar um espaço que combine três fatores: vida, lazer e produção. Além disso, está previsto a criação de uma área de lazer pública, com quadra poliesportiva, academia ao ar livre em um espaço de 42.000 m². Haverá ainda uma área de
preservação permanente em um local de 30.000 m². Empresas de tecnologia de todo o Vale do Paraíba, do Brasil e do exterior poderão se instalar no polo, incluindo comércios e hotéis. O diretor de novos negócios da empresa Exto, Rodolfo Matos, afirmou no dia da inauguração que a empresa que se instalar no local, tem uma grande vantagem justamente por estar no distrito do Parque Tecnológico. “Um convênio entre a Associação da Cidade Tecnológica com o Parque Tecnológico permitirá ao proprietário utilizar os laboratórios do parque [...] São José dos Campos está em uma localização estratégica, às margens da via Dutra, próxima ao aeroporto de Guarulhos e no eixo Rio-São Paulo. Além disso, a cidade conta com a primeira força de trabalho de tecnologia do País, ou seja, mão de obra qualificada”, ressaltou. Taubaté também tem um projeto para a construção de um centro tecnológico. o Parque Tecnológico de Taubaté foi lançado em 2014 e oficialmente inaugurado em 2016, e busca empresas para operação no local. A ideia é que o parque, quando em funcionamento, seja voltado para diversas áreas, como Engenharia Ferroviária, Engenharia Automotiva, Engenharia Aeronáutica (Asa Rotativa), Energia Verde, Engenharia Biomédica, Biotecnologia e Aplicações Médicas, Águas e Engenharia Química. A área de 731.000 m² no Distrito Industrial do Una recebeu apenas algumas obras de terraplenagem, pórtico, infraestrutura, placas de sinalização e de identificação. Até agora, foram investidos cerca de R $ 4 m ilhões, sendo R$ 300 mil pela prefeitura e o restante vindo de três empresas em contrapartida pela doação da área. g
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Tecnologia&
Civictechs e Govtechs
Transparência e participação popular
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Da Redação SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A
transparência na esfera pública e o fácil acesso às novas tecnologias estão evidenciando duas situações na sociedade: o envolvimento da população na gestão pública e, dentro dos governos, a busca pela eficiência. O cidadão quer informação certa, rápida, sem custo, quer se conectar com outros e se envolver com seu governo para solicitar serviços, reclamar direitos e entender deveres. Os governos, por sua vez, querem ter o aumento na eficiência de suas operações internas para diminuir gastos, sem perder de vista a chance do fortalecimento da imagem política. Nos dois casos, o bem público é o grande benefício para todos.
Esse comportamento tem chamado a atenção de quem está atento às mudanças sociais e às novas tecnologias também na esfera dos negócios. Jovens empresas estão levando em conta esses fatores de impacto social e seguem uma tendência mundial para aproveitar um vasto mercado na área de tecnologia para governos. São as chamadas empresas “civictechs” e “govtechs”. Ambas estão ligadas à transformação digital na área pública, porém as “civictechs” têm foco no cidadão e no engajamento, enquanto nas “govtechs” o cliente é o governo e o foco está no funcionamento interno da instituição que precisa ser mais eficiente. Com inovações e uso de tecnologias como Big Data, Chatbots, Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Realidade Aumentada entre outras,
essas empresas focam em soluções de transparência e a intenção é transformar a tecnologia em ferramenta de apoio ao poder público para tomada de decisões e resolução de problemas da gestão.
Tendência de negócios Você talvez já tenha experimentado entrar contato com a prefeitura da sua cidade para solicitar algum serviço. Antigamente, o pedido precisava ser feito pessoalmente, mas as suas memórias mais recentes talvez sejam aquelas de ligar na prefeitura e fazer um pedido, mas também ouvir do atendente do outro lado da linha que era preciso ligar em outro número, que talvez ainda não seria o número certo, nem a pessoa certa, até quem sabe encontrar o responsável para atendê-lo. Depois das
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interrogações e desse vai e vem, é provável que você tenha desistido. Para facilitar essa comunicação e interação com as prefeituras dentro do conceito “govtech” a JAA Soluções, empresa instalada em São José dos Campos, criou um sistema e um aplicativo para uma central de relacionamento que conecta o cidadão ao governo, levando a demanda para o responsável direto de cada caso com segurança (rastreabilidade), rapidez e garantia de resposta. A solução compreende um sistema de gestão de demandas (utilizado pela prefeitura que contrata o serviço), um hotsite e um aplicativo para dispositivos móveis iOS e Android com foco no cidadão. O diretor de tecnologia da JAA Soluções, André Mussi, esclarece que todos os serviços são web e foram desenvolvidos com tecnologia Microsoft. Segundo ele, para que essas soluções se comuniquem, existem aspectos de segurança da informação e integração entre sistemas robustos que fazem dessa solução complexa e desafiadora do ponto de vista técnico. “Utilizamos conceitos de UX (User Experience) para traduzir o linguajar institucional de uma prefeitura em uma leitura mais coloquial e de fácil entendimento para o cidadão. Aplicação dos conceitos de BI (Business Intelligence) BAM (Business ActivityMonitoring) e CRM também são largamente utilizados”, explica. Na prática, para o cidadão, a solução funciona de forma simples. Basta identificar um problema ou desejar alguma informação e utilizar um dos canais digitais para encaminhamentos e tratativas. Para a prefeitura que incorpora uma solução como esta, a implantação envolve um amplo mapeamento de todos os serviços realizados. É preciso ter claro quais são as entradas de pedidos, os prazos, quem é o responsável, como é solicitado o serviço no dia a dia, entre outros itens. Esse enorme volume de
“Para a equipe de gestão
estratégica do governo o ganho maior está em entender os rumos da cidade como organismo, captar o sentimento quanto aos serviços prestados pela prefeitura para poder melhorar o que for possível, saber quais são as principais necessidades do cidadão para só então agir pautado em dados e informações concretas.
”
André Mussi,
Diretor de tecnologia da JAA Soluções
dados é avaliado, padronizado e incluído no sistema. Ao final desse processo é possível dizer que todas as solicitações que chegarem para serem executadas terão um padrão e uma forma. E, entre os muitos outros ganhos, o de dar ao gestor público a capacidade de planejar sua
execução, recebendo a demanda de forma ordenada, com filtros e indicadores é um enorme diferencial. “Para a equipe de gestão estratégica do governo o ganho maior está em entender os rumos da cidade como organismo, captar o sentimento quanto aos serviços prestados pela prefeitura para poder melhorar o que for possível, saber quais são as principais necessidades do cidadão para só então agir pautado em dados e informações concretas”, reforça Mussi. Além desta solução de interação direta com o público, a empresa também desenvolve soluções “govtech”, que são focadas em melhorar a performance dos governos. Um exemplo é DocTree, sistema específico para gestão de processos e documentos, além da empresa trabalhar na incorporação de registro Blockchain.
Gestão pública aprimorada De acordo com a pesquisa Estratégia Brasileira para a Transformação Digital, publicada pelo MCTIC em 2018, o custo do atendimento online costuma ser substancialmente menor em comparação com o atendimento presencial, representando uma significativa economia ao poder público. A pesquisa aponta que o custo do atendimento online pode chegar a 2,73% do custo do atendimento presencial e que o atendimento presencial tem um custo médio de R$ 43,68, enquanto o atendimento online pode chegar a R$ 1,20. Ou seja, uma economia de mais de 97% em recursos públicos por transação. Segundo essa estimativa, a contínua digitalização do atendimento ao cidadão pode representar uma economia para o governo brasileiro da ordem de R$ 663 milhões ao ano, e de R$ 5,6 bilhões ao ano para a sociedade como um todo, atingindo uma economia total de R$ 6,3 bilhões ao ano. Recentemente, a prefeitura de Caraguatatuba inaugurou o serviço de
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atendimento por aplicativo, portal e telefone usando essa tecnologia que permite o contato direto entre a população e os mais de 350 serviços da cidade. O prefeito, Aguilar Junior, destaca a importância do uso da tecnologia para ajudar o cidadão, além de sua preocupação em planejar bem as ações, focando no retorno do investimento com a economia de recursos futuros para gestão pública. “Oferecemos muitos serviços na prefeitura, nossa cidade tem mais de 120 mil moradores e na temporada recebe milhares de veranistas e turistas. Precisamos de agilidade e qualidade nas informações para atender bem a todos. A quantidade de opções de serviços e secretarias responsáveis podem confundir o cidadão, então nosso objetivo é melhorar o atendimento com cada pessoa e também garantir eficiência nos trabalhos internos. Com digitalização dos serviços não se economiza só o tempo do cidadão e recursos públicos, mas torna possível resolver problemas sem sair de casa”, explica o prefeito.
Cidadão participativo
“ Oferecemos muitos
serviços na prefeitura, nossa cidade tem mais de 120 mil moradores e na temporada recebe milhares de veranistas e turistas. Precisamos de agilidade e qualidade nas informações para atender bem a todos.
”
Aguilar Junior,
Prefeito de Caraguatatuba
No Brasil, segundo dados do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação de 2016, há 107 milhões de usuários de Internet, dos quais 61% procuraram informações de governo ou realizaram serviços públicos online. As principais áreas de serviços públicos procuradas foram trabalho e previdência (28%), seguidas por educação (26%), impostos e taxas (24%), documentos pessoais (21%), saúde (16%), polícia e segurança (10%) e transporte (10%). Tais dados demonstram que a procura por serviços digitais do governo é bastante significativa. As plataformas “civictechs” e “govtechs” podem descortinar oportunidades para a comunicação estratégica dos governos. Será possível ter uma vasta quantidade de informações, fazer com que o cidadão seja ouvido de fato e se sinta parte da administração trazendo demandas de fora do círculo gestor e, ainda promover a melhora das contas públicas com redução de gastos. A comunicação aliada ao uso de novas tecnologias pode revirar os futuros cenários políticos e da administração pública. g Divulgação
Central de Relacionamento de Caraguatatuba
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ENTREVISTA
VINICIUS LUMMERTZ Foto: Folhapress
Leia online
São Paulo precisa se promover mais Vinicius Lummertz, secretário de estado do Turismo, aponta diretrizes para tornar o setor estratégico no desenvolvimento econômico das cidades paulistas. Fabrício Correia SÃO PAULO
V
inicius Lummertz é uma das maiores autoridades do turismo na América Latina. Nascido em Rio do Sul, Santa Catarina, formou-se na The American University of Paris em Ciências Políticas, e fez cursos de alta gestão em instituições de ensino como a Kennedy School da Harvard University e no IMD de Lausanne (Suíça) tendo concluído seu A-Level em Política, Governo e
Economia no D’Overbroeck’s College em Oxford. Ministro do Turismo na gestão do presidente Michel Temer, presidiu a Embratur de 2015 a 2018, além de exercer o cargo de secretário Nacional de Políticas de Turismo do Ministério do Turismo de setembro de 2012 a maio de 2015. Presidente do Conselho Nacional de Turismo, criou e presidiu a Empresa Estadual de PPPs e Concessões do estado de Santa Catarina, onde também exerceu o cargo de secretário estadual
de Planejamento, Orçamento e Gestão durante o governo de Luis Henrique da Silveira. Na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, foi diretor técnico do SEBRAE a nível nacional. Convidado pelo Governador João Doria, assumiu em 2019 a Secretaria de Turismo do estado de São Paulo. Em entrevista exclusiva para a Metrópole Magazine, Lummertz faz um diagnóstico do turismo no estado e aponta os principais caminhos para que os municípios desenvolvam suas potencialidades e maximizem o fluxo
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de visitantes, ampliando o desenvolvimento econômico e social das cidades paulistas. Quais os principais desafios para desenvolver o turismo paulista e quais são as metas impressas pelo Governador Doria para sua gestão à frente da Secretaria de Turismo do Estado? ▸ O turismo do Estado de São Paulo é de grande volume. É o maior receptivo nacional e internacional, e o maior emissivo do Brasil. No entanto, São Paulo não tem um posicionamento enquanto Estado. Não está posicionado como marca, nem conceitualmente. O primeiro passo foi desenvolver uma marca para o Estado de São Paulo e lançar uma campanha nacional de posicionamento, que está em curso. “São Paulo Pra Todos” é isso, e o “Vem pra São Paulo”, também. É um Estado que convida. Pela primeira vez, na história de São Paulo, o convite será de caráter permanente e haverá várias campanhas nessa direção. Não só para a capital, mas a meta impressa pelo Governador Doria é que seja estadualizado. No âmbito do nosso briefing de posicionamento – que é a questão central, pois campanhas derivam disso –, um dos exemplos foi o Estado da Califórnia, que tem cidades importantes como Los Angeles e São Francisco, e um posicionamento muito forte. Em São Paulo, o Convention & Bureau tem feito um grande trabalho. Mas tanto em São Paulo, como na maior parte dos estados do Brasil, o turismo ainda tem sido visto como periférico dentro das estratégias. A mudança proposta pelo Governador Doria, que iniciou carreira no turismo, como presidente da Embratur, e foi presidente de instituições do setor em São Paulo, é primordialmente de posicionamento. Depois, de busca por aumento de fluxo interno. Estruturar o produto turístico também é meta. São esses os objetivos que nós vamos perseguir.
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ENTREVISTA
VINICIUS LUMMERTZ Foto: Divulgação
Após seis meses de gestão, que diagnóstico foi possível fazer do turismo em São Paulo? Como o senhor avalia a infraestrutura disponível, a promoção dos destinos paulistas e o fluxo de visitantes? ▸ São Paulo precisa se promover mais. É ausente nas feiras nacionais e internacionais, tem uma secretaria que precisa ser reestruturada – e está sendo –, com setores reforçados nas áreas de marketing, comunicação, pesquisa e conhecimento, para ajudar as regiões. O que nós pensamos no turismo do Estado de São Paulo caminha na direção da regionalização. O Dadetur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos) tem uma lógica de municipalização. Precisamos que essa municipalização ocorra em nível de alinhamento de municípios em regiões, para constituir destinos. Esforços
“São Paulo precisa se promover
mais. É ausente nas feiras nacionais e internacionais, tem uma secretaria que precisa ser reestruturada – e está sendo, com setores reforçados nas áreas de marketing, comunicação, pesquisa e conhecimento, para ajudar as regiões.
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ENTREVISTA
VINICIUS LUMMERTZ Foto: Divulgação
estão sendo feitos nessa direção. Com relação à infraestrutura disponível, estamos oferecendo alternativas com a Desenvolve SP e logo veremos o lançamento de um conjunto de linhas de crédito para ampliar a condição dos municípios e das regiões. Com a Investe SP, estamos construindo alternativas de fomento a investimentos privados, PPPs e concessões nas regiões. Após seis meses de gestão, nosso diagnóstico é de que teremos muito mais resultados se fizermos políticas integradas do que as de caráter individual, que observamos nos dias de hoje. O senhor assumiu o atual desafio de sua carreira profissional, após concluir sua gestão no Ministério do Turismo, com a máxima de transformar o turismo paulista em referência mundial. Conhecida como
“a capital dos negócios” na América do Sul, São Paulo é famosa por seus grandes eventos empresariais, por sediar os escritórios brasileiros das maiores companhias do mundo, eventos esportivos pontuais e, mais recentemente, pelo Carnaval que tem ganho força. Como expandir o turismo para os municípios integrantes das regiões metropolitanas próximas a capital? ▸ Os municípios próximos à capital precisam se apresentar como produto. Nessa primeira campanha, que está no ar, já começamos a mostrar esse contexto para ampliar essa visão. Mas precisamos fazer muito mais no que diz respeito à promoção. Esses municípios terão de se integrar à nossa política, que envolve participação em feiras, desenvolvimento de marca e posicionamento digital. Nesse período de negociação
com as companhias aéreas, quando rebaixamos impostos, numa atitude corajosa do Governador Doria, o que vimos foi maior competitividade surgir no horizonte do turismo paulista – e a proposta de 490 novas frequências semanais para São Paulo. Isso significa mais gente, portanto maior possibilidade de aproveitar essas pessoas em São Paulo. O desafio é fazer com que fiquem mais tempo. Por isso, lançamos o stopover. O primeiro vai ser da Gol, mas todas as companhias estão se alinhando com a iniciativa. É uma forma de criar incentivos, não cobrando adicional nas passagens aéreas de quem fica na região por mais dias, para que embarquem a outros destinos. Muitas pessoas pousam em São Paulo, mas não ficam. Logo, também não vão para o interior. Visitantes nacionais e internacionais permanecem durante a semana na capital dos
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VINICIUS LUMMERTZ
negócios e, no fim de semana, viajam a outros lugares do Brasil, ou voltam para casa. Por isso, nosso desafio são os finais de semana. Isso já foi atacado no passado e vamos fazer de novo. A parceria com o Convention & Bureau vai ajudar. As companhias aéreas beneficiadas com a diminuição de impostos vão investir mais recursos em mídia para aumentar o fluxo para São Paulo – R$ 84 milhões nos próximos quatro anos. Ainda existem os recursos da própria secretaria, que nesse momento investe R$ 21 milhões na campanha. Turismo para dar certo é trabalho sério. A visão antiga de que o turismo é acidental, incidental, ou apenas uma coisa divertida, pertence ao passado. Por isso, a maior parte dos países desenvolvidos assumiu o turismo como central em suas estratégias. Precisamos fazer o mesmo no Brasil e em São Paulo. Até porque o turismo já representa mais de 10% do PIB do Estado. Em 2018, o setor gerou um em cada quatro empregos no mundo e, neste ano, já cresceu 3,5% no Brasil, quando a economia anda de lado. O turismo deve ser visto como o que passou a ser. Não o que foi no passado. É um dínamo econômico e São Paulo acordou de fato para essa prioridade. Em entrevista durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, no início do ano, o Governador João Doria apresentou São Paulo como um “Estado-nação” para os presentes. A ideia, para além de atrair investidores, foi também mostrar a estrutura e a capacidade que o Estado possui e suas potencialidades para o turismo. Hoje, qual o principal atrativo que o turismo paulista oferece para turistas estrangeiros além do turismo de negócios e cultural? ▸ Para turistas estrangeiros, a cidade de São Paulo ainda é o principal interesse, inclusive porque é a maior porta
“ Para turistas
estrangeiros, a cidade de São Paulo ainda é o principal interesse, inclusive porque é a maior porta de entrada do turismo de negócios do Brasil. Mas ainda não está à frente de outras cidades do país que se concentram em turismo de lazer e cultural.
“
ENTREVISTA
de entrada do turismo de negócios do Brasil. Mas ainda não está à frente de outras cidades do país que se concentram em turismo de lazer e cultural. Um de nossos desafios é ampliar o chamado bleasure (business and leasure), para que os visitantes conheçam mais as alternativas culturais e gastronômicas da cidade. E queremos comunicar as alternativas – com o stopover e o posicionamento de marca, por exemplo – para que as pessoas comecem a
se interessar por São Paulo e o Estado apareça nas prateleiras de comercialização. É muito mais fácil ver uma propaganda de Foz do Iguaçu ou do Ceará em São Paulo do que o inverso. Não havia uma estratégia. Agora, passamos a nos posicionar de outra forma. "O Turismo deve deixar de ser uma unanimidade retórica. Temos de transformar isso em estratégia e em ação. É uma construção. Deu trabalho para Espanha, França, Japão e China, mas dá resultado.". Com esta frase, o senhor acena para os municípios paulistas? Os prefeitos precisam compreender o turismo como uma ferramenta necessária para o desenvolvimento econômico das cidades? Toda cidade pode ser um pólo turístico? ▸ Os municípios, de forma geral, têm atrativos. Uns mais, outros menos. Existem municípios que têm grande potencial e baixo desenvolvimento desse potencial, e outros com potencial razoável e bom desenvolvimento. Isso significa investimento no destino. O que existe é reflexo de investimento que foi feito de posicionamento. Por isso insisto muito na questão das regiões, porque elas podem ser complementares. Existem atrativos que podem estar dentro de um município, ou no vizinho, que possam integrar um destino mais robusto. Cada cidade pode ser parte de um pólo turístico e pertencer a um contexto de cidades atrativas que beneficiem toda uma região. Isso é normal, porque o desenvolvimento se espalha. No Brasil, de forma geral, e especificamente São Paulo, os municípios ainda não têm um posicionamento agressivo em relação ao turismo. Exceções existem a essa regra. Há municípios que se posicionaram de forma mais radical em relação à busca das receitas pelo turismo. É evidente que, mesmo prefeitos que têm um discurso muito favorável ao turismo,
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ENTREVISTA
VINICIUS LUMMERTZ Foto: Divulgação
em alguns casos não têm políticas, ou incentivos. Uma lei que beneficie hotelaria é algo muito raro. Municípios com uma estratégia coerente e constante de captação de investimento para as áreas do turismo estratégicas em uma região, também são difíceis de se encontrar. Isso dificulta um pouco: a dissonância entre o dia-a-dia dos prefeitos, gestores que normalmente são pressionados, frente a uma atitude estruturante no turismo. Defendemos uma visão regional porque é mais fácil essa construção. Só assim realmente temos condições de desenvolver pólos turísticos. Teremos um decreto, a ser assinado em breve, criando as rotas cênicas do Estado. Também estamos desenvolvendo o projeto das rotas gastronômicas, tudo para sair da unanimidade retórica e caminhar para planos de trabalho de médio e longo prazo, que favoreçam inclusive a produção
“No âmbito do
turismo, o governo Bolsonaro tem seguido a maior parte das linhas de ação que havíamos desenvolvido no Ministério.
”
associada. Grande parte da indústria se beneficia do aumento da clientela gerado pelo maior fluxo turístico. É uma mudança de patamar que vamos buscar junto com os prefeitos, que são os principais agentes desse desenvolvimento. O Governo Federal tem sido parceiro do Estado de São Paulo na promoção e fomento do turismo? Qual sua avaliação dos rumos seguidos pelo Governo Bolsonaro no que tange as políticas públicas para o setor. ▸ No âmbito do turismo, o governo Bolsonaro tem seguido a maior parte das linhas de ação que havíamos desenvolvido no Ministério. Em 2018, abrimos o capital das aéreas. O presidente Temer fez a MP, que neste ano passou. O capital das aéreas abriu. Vamos ter mais voos, mais empresas, empresas low cost. No ano passado, ainda, tínhamos
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avançado na direção dos vistos eletrônicos para vários países e defendíamos a retirada de vistos. Neste ano, esse passo foi dado pelo governo Bolsonaro. Outros passos na mesma direção têm sido dados para tirar as barreiras ao desenvolvimento do turismo. A MP da Liberdade Econômica, que tem como presidente da comissão o senador de Santa Catarina Dário Berger, é muito importante. Tem toda lógica da equipe econômica chefiada pelo ministro Paulo Guedes de enfrentar o ambiente de negócios, que é muito difícil no Brasil para desenvolver o turismo. O governo Bolsonaro segue essa cartilha, até mais aceleradamente do que o governo anterior, inclusive por uma condição de mandato mais extenso e pelo próprio Paulo é bom. É ótimo que isso esteja sendo feito porque a política de São Paulo é liberalizante e busca a facilitação dos empreendimentos. Para mim, basta um cafezinho. Está tudo bem. A RMVale está no alvo das principais operadoras do país, recebe cada vez mais visitantes e é apontada pela Embratur como uma das principais áreas com potencial turístico do Brasil. Por ano, visitam a região em torno de 50 milhões de turistas, sendo que quase 20 milhões frequentam o circuito religioso, em cidades como Aparecida, Cachoeira Paulista, Guaratinguetá e Lorena. A Serra da Mantiqueira, com a aprazível Campos do Jordão e o Litoral Norte são os locais mais procurados depois dos destinos religiosos, com 5 e 7 milhões de visitantes por ano, respectivamente. Todos os segmentos têm potencial de crescimento, desde que cidades, empresas e a população se qualifiquem para a expansão turística. Como o Governo de São Paulo pode auxiliar os municípios neste caminho? ▸ Como parceiro. É trabalhar com,
não se pode trabalhar para. Devemos trabalhar com quem quer trabalhar. Por isso, criamos a lógica de uma política de desenvolvimento das regiões, levando linhas de crédito. Além disso, há a mudança nas férias escolares, que já começa a correr em 2020, as rotas gastronômicas, as rotas cênicas, e as privatizações de 21 aeroportos, que vão modernizar a conexão aérea. Também trabalhamos em um plano de conexão terrestre, igualmente importante. Estamos ouvindo as regiões e contratando profissionais que possam fazer uma abordagem mais sistêmica. Estamos conversando com os principais players e compradores, operadoras, online e offline, no sentido de ampliar esse desenvolvimento, mas sempre acreditando que isso vai ser feito em conjunto. Precisamos mudar o patamar do fluxo e todos esses esforços que vem sendo feitos, desde as campanhas de marketing e marca, até o aumento de fluxo de passageiros pelas novas frequências, vão para a mesma direção, que é aumentar o fluxo turístico e de investimentos nos negócios. Em São Paulo, especificamente na cidade, há ainda vários esforços nessa direção, como a privatização de espaços como Parque Ibirapuera, Jardim Botânico, Jardim Zoológico, e a aprovação pela Assembleia Legislativa da concessão de 35 anos do ginásio do Ibirapuera. Vamos ter nosso Carnegie Hall. Nós não temos hoje um local de eventos no patamar dos melhores do mundo. Teremos. A privatização do Anhembi será outra sinalização importante. Teremos melhores equipamentos. Queremos captar mais eventos e ainda mais qualificados do que já temos. Tudo isso é possível. Mais da metade dos municípios da RMVale são considerados estância ou de interesse turístico pelo Estado de São Paulo. Recentemente as cidades de Monteiro Lobato, Paraibuna, Jacareí, Igaratá, Cachoeira Paulista,
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ENTREVISTA
VINICIUS LUMMERTZ
Lavrinhas e Queluz receberam o certificado de MIT (Municípios de Interesse Turístico), pelo governo estadual. Além disso, outras 14 cidades fazem parte da categoria de estâncias turísticas: Aparecida, Bananal, Campos do Jordão, Caraguatatuba, Cunha, Guaratinguetá, Ilhabela, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luiz do Paraitinga, São José do Barreiro, São Sebastião, Tremembé e Ubatuba. Os recursos aportados pelo Dadetur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos) não são suficientes. Praticamente todas as cidades pleiteiam esta certificação. Como a Secretaria de Turismo enxerga esta corrida e qual a estratégia a ser adotada? ▸ Essa certificação virou uma miragem porque não resolve os problemas dos municípios. Veja que 33% dos recursos usados nas estâncias e Municípios de Interesse Turístico (MITs) são usados em recapeamento das estradas. Várias delas têm utilidade turística, mas há uma grande confusão entre o desejo do desenvolvimento turístico legítimo com a necessidade de obras – que também é importante. No entanto, por mais que os recursos do Dadetur possam ser aportados, eles não serão suficientes. Por isso as linhas de crédito e a captação de investimentos são essenciais. A média de recursos do Dadetur é de R$ 1,6 milhão, o que é muito bom, mas não resolve os problemas. Às vezes, há falta de alinhamento entre os municípios na escolha dessas obras para que sejam compatíveis no sentido de aumentar o fluxo para a região. Não queremos obrigar ninguém a fazer isso, mas vamos defender e pontuar mais alto os municípios que atuarem a partir deste novo que estamos desenvolvendo, para melhorar a qualidade dos projetos. Os recursos do Dadetur não garantem que o município terá um grande desenvolvimento
turístico. Ajudam, mas o que define é ter políticas concretas no âmbito geral. Por exemplo, na capacidade de endividamento, na questão de políticas de incentivo propostas à Câmara Municipal, ou na própria postura de captação de investimentos em PPPs, concessões e investimentos diretos. Isso, de forma geral, será muito mais eficiente e menos limitado do que a média de recursos que o Dadetur consegue. Eles são importantes, mas não vão resolver uma mudança de patamar realista na expectativa das pessoas. Para vermos cumpridos os ideais de desenvolvimento turístico, é preciso observar uma mudança mais ampla no posicionamento dos municípios e das regiões. O turismo religioso é uma das categorias mais significativas do setor para a RMVale. Como o governo paulista pode auxiliar o desenvolvimento dos roteiros de fé na região? ▸ Recebi recentemente um importante grupo de prefeitos que trouxeram as iniciativas do grupo Caminhos da Fé. Estamos discutindo alternativas para ampliar os resultados deste grupo, que tem feito estudos importantes e tem
uma boa estratégia em curso. Inclusive com cooperação internacional, que nós propusemos para entender o que Espanha, França e Portugal têm feito de melhor e que nós poderíamos aproveitar. Neste ano, teremos a beatificação do Padre Donizete, que também representa essa direção. Recentemente, tivemos a inauguração no Trem do Devoto, em Aparecida, um dos maiores pólos mundiais da fé. Esses turismos especializados em natureza, saúde e fé tendem a crescer muito, mais do que a maioria da economia, e seus múltiplos vão fazer com que o turismo no Estado de São Paulo se projete nos próximos anos. Isso pode ser maior ainda, e deverá ser na medida em que o programa “São Paulo pra Todos” adquira corpo e velocidade. Começamos bem e vamos ampliar os resultados, porque essa é a meta do nosso trabalho e do governo como um todo, liderados por um governador que olha o turismo como negócio, economia e posicionamento. A maior economia do mundo hoje é a do turismo, a que mais cresce e vai continuar a crescer. Estamos na direção correta ao apoiar o turismo dentro do Estado de São Paulo. g Foto: Divulgação
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Prefeitura de São José lança o projeto Linha Verde Iniciativa inédita de desenvolvimento urbano cria corredor sustentável para interligar as regiões sul e leste -- as mais populosas da cidade – bem como a região central
A
Prefeitura de São José dos Campos lançou, em junho, o projeto Linha Verde, iniciativa inédita de desenvolvimento urbano. O plano prevê a criação de um corredor sustentável para interligar as regiões sul e leste -- as mais populosas da cidade – bem como a região central, tornando o município mais dinâmico, compacto e inclusivo. A Linha Verde, feita sob medida para
atender aos modernos conceitos de planejamento urbano e em consonância com as diretrizes do Plano Diretor, vai facilitar o acesso a serviços e estimular o desenvolvimento econômico ao longo de seus 20 quilômetros de extensão. O projeto utilizará até 31% da faixa pertencente à ISA CTEEP (Companhia Paulista de Transmissão de Energia Elétrica S/A). A desapropriação da área de 395.485 metros quadrados
será realizada por meio de troca de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). O plano urbanístico prevê o aterramento das torres de energia, que dividem a cidade e geram poluição visual. Sem elas, os bairros hoje separados pelas estruturas metálicas e pelos cabos ficarão mais integrados. O eixo sustentável, de 75 mil metros quadrados, inclui quatro praças.
Prefeitura de São José assina venda das Torres da Argon Com a venda, Administração vai incluir os apartamentos em iniciativas previstas na lei da Casa Joseense, além de um andar para empreendedores dos projetos de startups
A
Prefeitura de São José dos Campos assinou, em julho, o contrato para venda de dois prédios na orla do Banhado, região central da cidade. Os prédios, popularmente conhecidos como “Torres da Argon”, foram vendidos em leilão online. A oferta, de R$ 8,7 milhões, foi apresentada pela Esteto Engenharia e Comércio. A venda representa importantes
ganhos aos cofres públicos. Somando-se às outras duas torres, vendidas pela Prefeitura em 2012, a arrecadação atinge a marca de R$ 17,4 milhões. A Prefeitura poderá incluir os apartamentos em iniciativas previstas na lei da Casa Joseense, Lei Complementar 604/2018 e regulamentada pelo Decreto 17.769/2018. O Casa Joseense, por exemplo,
oferece carta de crédito no valor máximo até R$ 10 mil e aporte financeiro até R$ 2.500 para isenção de impostos municipais, taxas cartoriais e bancárias. Os beneficiados ficam isentos do pagamento do IPTU e da taxa de lixo durante cinco anos. A P refeit u ra ta mbém dest ina rá u m a nda r pa ra empreendedores dos projetos de startups do município.
São José entre as mais inteligentes do mundo Solução de Cidade Inteligente inclui 1.000 câmeras de monitoramento, interligação semafórica, antenas de wi-fi com internet gratuita e a criação de um CSI
edital de licitação do projeto de solu-
O
As novas câmeras irão produzir imagens
ção de Cidade Inteligente, com 1.000
em full HD, sendo algumas delas com visão
câmeras de monitoramento por toda
geral panorâmica.
a cidade, interligação semafórica, antenas
As imagens contemplarão o serviço de in-
prédios públicos, cobertura wi-fi em toda a
de wi-fi com internet gratuita à população
teligência que possibilitará ainda o reconhe-
rede educacional, de saúde, acesso públi-
e a criação de um CSI (Centro de Segurança
cimento facial e leitura de placas de veículos.
co à internet em parques e praças munici-
Integrada) foi lançado pela Prefeitura de São
As imagens serão salvas com data, hora e lo-
pais, controle semafórico, armazenamento
José dos Campos.
cal, possibilitando registrar ocorrências em
e gerenciamento de imagens das câmeras de
tempo real.
segurança.
O novo projeto representa um avan-
facilitar a vida das pessoas. A solução inteligente que entrará em operação inclui serviços de conectividade entre
ço no apoio à segurança pública, dentro
A licitação está alinhada ao conceito de
As imagens de todas as câmeras de mo-
do Programa São José Unida - Segurança e
“Cidades Inteligentes”, termo usado para de-
nitoramento ficarão interligadas ao CSI
Inteligência, e propiciará mais conectivida-
finir uma cidade criativa e sustentável que
(Centro de Segurança Integrada), no Parque
de para melhorar a vida das pessoas.
usa as novas tecnologias para melhorar e
Tecnológico.
São José mais iluminada e segura com lâmpadas de LED Com a implantação das lâmpadas de LED, a cidade terá mais segurança e uma economia de 40% com energia
S
ão José dos Campos atingiu 15 mil lâmpadas de LED instaladas nos 120 dias de Projeto Iluminar. A marca corresponde a uma média de 2.500 lâmpadas colocadas por mês. Com a implantação das luminárias de LED, a Prefeitura terá uma economia de 40% com energia. O objetivo é modernizar a iluminação pública e contribuir com a segurança melhorando a situação das vias da cidade. O projeto faz parte do Plano de Gestão da atual administração.
Foi concluída a primeira fase do trabalho que incluiu a troca de luminárias em corredores de ônibus, em vias com escolas e com câmeras do COI (Centro de Operações Integradas) em todas as regiões da cidade. Em abril, foram instaladas 770 luminárias no centro da cidade em apenas 20 dias, abrangendo todas as ruas, avenidas e travessas da região central. O serviço é coordenado pela Secretaria de Manutenção da Cidade e executado pela Urbam (Urbanizadora
Municipal). Para garantir agilidade e eficiência, esse importante trabalho é realizado todos os dias da semana, 24 horas por dia. A previsão é que o município obtenha uma economia de cerca de 40% com a energia elétrica. Além de mais econômicas, as lâmpadas de LED produzem luz branca, são mais eficientes e têm vida útil de cerca de 10 anos, enquanto as de vapor metálica e de sódio têm duração média de apenas quatro anos.
De pai para filho: novas escolas inspiram crianças e adultos no Pinheirinho Bairro da região sudeste agora tem creche e escola de ponta para atender à comunidade; nova unidade, inaugurada em maio, também oferecerá ensino aos papais
A
manhã fria, típica de maio, começou animada para 1.100 estudantes do 1º ao 9º ano da Emef Maria Antonieta Ferreira Payar, no Pinheirinho dos Palmares, região sudeste de São José dos Campos. Antes da 7h, um grupo de alunos esperava ansioso pela abertura dos portões. Era o primeiro dia de aula na unidade, recém-concluída pela Prefeitura. No ano anterior, a administração já havia entregado a creche para a comunidade local.
Quando os portões se abriram, os olhares curiosos percorriam cada canto do novo espaço. Um corredor, formado pela equipe gestoras da escola e coordenadores da Secretaria de Educação e Cidadania, recebeu os estudantes com balões, músicas e muitas palmas. “Adorei a escola. Tem pátio, espaço para andar, quadra, os banheiros são lindos e as carteiras são confortáveis”, declarou Nicole Ferreira, do 7º ano. “A escola é muito grande e linda”, completou Rebeca
Beatriz da Silva, também do 7º ano. Mas não foi só as crianças e os adolescentes que ficaram animados. A partir do próximo semestre, a Emef Maria Antonieta Ferreira Payar oferecerá aulas de alfabetização para adultos, por meio do programa de Educação de Jovens e Adultos. O casal Silvania Monteiro e José Fábio Silva gostaram da novidade. “Temos três filhos matriculados aqui. Vamos fazer nossa matrícula”, disse a mãe.
Revolução na área de segurança pública São José inova com frota da Guarda Municipal 100% elétrica. Os 30 carros são mais econômicos, não poluentes, com menor custo de manutenção e ótimo desempenho
S
entar-se ao volante, dirigir até o posto de combustível e seguir para o trabalho. Essa rotina, comum a motoristas do mundo inteiro, está com os dias contados. Em dez anos ou 15 anos, no máximo, os carros elétricos mudarão completamente o modo de ir e vir das pessoas. Em São José, no entanto, o futuro já chegou. A frota da Guarda Municipal é a única no Ocidente a ter veículos 100% elétricos, sendo superada no mundo apenas pela China. A entrega oficial
dos veículos aconteceu na véspera do aniversário da cidade. São 30 carros para reforçar a segurança no município. A aposta no futuro faz sentido. Os veículos são mais econômicos, não poluentes, com menor custo de manutenção e ótimo desempenho. Uma inovação que se encaixa nos conceitos de sustentabilidade e preservação do meio ambiente. A modernização da frota reforça as ações do programa “São José Unida”, criado pela Prefeitura para
integrar o trabalho das forças policiais da cidade e diminuir os índices de criminalidade. A nova frota é composta de veículos zero quilômetro, de quatro portas, com capacidade para cinco lugares, motor 100% elétrico e melhor desempenho em relação aos veículos a combustão. Outras vantagens são o silêncio dos veículos em movimento devido ao motor elétrico, a disponibilidade permanente da frota e a não emissão de ruídos ou gases, entre outros benefícios.
Bike e patinetes compartilhados fazem sucesso pelas ruas de São José Novidade entra em operação por valores acessíveis; usuário ainda pode devolvê-los em qualquer local apropriado para seu estacionamento, dentro da área de cobertura
T
ecnologia de ponta, respeito ao meio ambiente e mobilidade urbana ampliada. Tudo ao mesmo tempo em um único sistema. Em 2019, entrou em operação o BikeSanja, programa da Prefeitura de São José dos Campos que integra ações para incentivar o uso da bicicleta como forma de deslocamento para trabalho, lazer e outras atividades do cotidiano
da população. Meses depois, os patinetes viraram realidade na cidade. “Trabalho na área, como mecânico de bicicletas, e acredito que as bikes compartilhadas contribuem muito para desafogar o trânsito e garantir mais qualidade de vida para os moradores de São José”, disse Danilo Diniz, 22 anos. As bicicletas e patinetes inteligentes são equipados com travas eletrônicas,
GPS para localização e chip de comunicação em tempo real, além de baterias solares para alimentação dos dispositivos. Os equipamentos poderão ser utilizados todos os dias da semana, das 6h às 23h. O serviço de aluguel das bicicletas e patinetes é oferecido pelo aplicativo das empresas que atendem no município.
São José oferece atendimento humanizado em abrigos da cidade Com a chegada do frio mais intenso, em julho, a Prefeitura garante o acolhimento das pessoas em situação de rua da cidade
C
om a chegada do frio mais intenso, em julho, a Prefeitura de São José dos Campos garantiu o acolhimento das pessoas em situação de rua da cidade. O número de vagas nos abrigos foi ampliado. O trabalho da abordagem social envolve 10 peruas kombi identificadas como “Apoio Social”, que trabalham 24 horas no reconhecimento dos espaços públicos com maior concentração de pessoas em situação de rua.
As equipes de Apoio Social monitoram praças, parques e ruas para identificar pessoas que utilizam os espaços públicos como forma de moradia e/ou sobrevivência. A Prefeitura possui o serviço de acolhimento que integra o projeto Viva (Vivência, Inserção, Valorização e Acolhimento), que visa o resgate da cidadania das pessoas por meio de um acolhimento mais humanizado, em abrigos com espaços que possuem atividades como
oficinas, atendimentos em grupo e individualizados, desenvolvidos por equipes especializadas. Os abrigos oferecem acolhimento pelo Serviço Social, refeições, cama, banho quente (café da manhã, almoço, café da tarde e jantar), pernoites, atendimento e acompanhamento psicossocial, oficinas e inclusão no Cadastro Único. Todos os munícipes podem ajudar, informando sobre os locais onde essas pessoas se encontram pelo telefone 153.
Museu Interativo de Ciências atrai a curiosidade de crianças e adultos São José inaugura espaço pioneiro, que oferece mais de 50 atrações para os visitantes, além de exposições sobre física, eletricidade, biologia e astronomia
J
á imaginou como seria pisar na Lua? E chegar bem perto de outros planetas? Em São José dos Campos, tudo isso é possível. A cidade inaugurou em 2018 o Museu Interativo de Ciências, construído no complexo do Teatrão, na Vila Industrial, região leste. O espaço, que se chama ‘Casa do Saber Marechal Aviador Casimiro Montenegro Filho’ é uma iniciativa pioneira no Vale do Paraíba. O
investimento inovador vem auxiliando na formação dos alunos não só de São José como de toda a região. Com instalações modernas, o museu segue o formato do Projeto Catavento, de São Paulo. No local, há atividades e exposições sobre ciência e cultura, órbita com força central, tamanho relativo dos planetas, sol, canhão de fumaça, bolha cilíndrica, bolhas esculturais, trem da inércia, super looping, força
centrífuga, basquete giratório, harpa de tubos, máquina eletrostática de Wimshurst, bancadas de lupas e insetos são algumas das mais de 50 atrações disponíveis para os visitantes. Essa é mais uma iniciativa da Prefeitura na formação dos cidadãos. Ela se soma, por exemplo, ao empreendedorismo na escola, que tem o objetivo de tornar o cidadão protagonista de seu próprio futuro.
Grandes obras beneficiam todas as regiões de São José Via Cambuí, Rotatória do Gás e Arco da Inovação mudam cenário nas regiões neste primeiro semestre de 2019
N
o primeiro semestre deste ano, as obras públicas em São José avançaram ainda mais rapidamente, resultado do fim do período de fortes chuvas e do empenho da Prefeitura em cumprir o cronograma dos serviços. A Via Cambuí, maior obra viária da história da cidade, já está sendo pavimentada. O corredor, de 8,6 quilômetros, vai interligar as regiões leste e sudeste. O Arco da Inovação, em
construção para desafogar o principal ponto de congestionamento da cidade, também segue em ritmo acelerado na rotatória do Colinas. Na região leste, os moradores acompanham o bom andamento da nova Rotatória do Gás. No local, os operários aproveitam o período de estiagem para avançar na construção da solução viária. A concorrência para as obras da Via Jaguari, interligação entre a
região norte ao centro, foi realizada em maio. Mas, além das obras viárias pelo município, operários trabalham na construção de melhorias em áreas como educação, saúde, meio ambiente e esporte e lazer. A Arena de Esportes, no Jardim das Indústrias, já foi retomada pela administração. Três poliesportivos estão sendo reformados e outro, no Jardim Santa Inês 1, está em obras.
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Saúde&
Doenças renais:
os desafios no inverno Aumento do consumo de alimentos industrializados e condimentados ampliam as chances do desenvolvimento de doenças
Leia online
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Beatriz Plaça e Gabriela Mancilha SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A
s doenças renais são alterações heterogêneas que afetam tanto o rim quanto a função renal, com múltiplas causas e fatores de risco. A doença tem curso prolongado, que pode parecer benigno, mas que muitas vezes torna-se grave e que na maior parte do tempo não manifesta sintomas. Os rins são órgãos fundamentais para o funcionamento do corpo, filtrando o sangue e auxiliando na eliminação de toxinas do organismo. O ‘trabalho’ dos rins também controla a produção de hormônios e a pressão arterial. A doença renal crônica (perda progressiva e irreversível da função renal) é silenciosa, tem registrado
alta mortalidade e altos custos para os sistemas de saúde no mundo todo. Por ser uma doença que raramente exibe sintomas, o diagnóstico, quando feito tardiamente, exige que o paciente realize o procedimento de hemodiálise, que é o principal tratamento de imediato. Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento de doenças renais crônicas é classificado em conservador, pré-diálise ou Terapia Renal Substitutiva (TRS), de acordo com o estágio da TFG (Taxa de Filtração Glorumelar). A TRS é uma das modalidades de substituição da função renal por meio de hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal. Para os pacientes com Doença Crônica Renal, o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece a hemodiálise,
que bombeia o sangue através de uma máquina e um dialisador, para remover as toxinas do organismo, três vezes por semana, e a diálise peritoneal é feita diariamente, na casa do paciente, por meio da inserção de um catéter flexível no abdômen do paciente, normalmente no período noturno. De acordo com a Santa Casa de São José dos Campos foram atendidos em média 328 pacientes que realizaram hemodiálise de janeiro até junho de 2019 na unidade hospitalar, e no primeiro semestre do ano, foram realizadas 25.037 sessões. No mês de janeiro o número de pacientes foi de 325, sendo que no mês de junho, em que os dias estão mais frios e o inverno chega no país, mais 20 pacientes realizaram o tratamento.
CHEGOU O BAEP TAUBATÉ DÁ MAIS UM GRANDE PASSO NO COMBATE AO CRIME
A Terceira Companhia do Batalhão de Operações Especiais da Polícia é composta por 100 homens treinados e equipados para enfrentar tráfico de drogas, roubos a bancos, ocorrências com reféns e outras situações de alto risco. O BAEP chegou a Taubaté para trabalhar em parceria com a Guarda Municipal com uma única missão: fazer de Taubaté a cidade mais segura para viver.
BEM-VINDO, BAEP. TAUBATÉ O RECEBE DE BRAÇOS ABERTOS!
taubate.sp.gov.br
Arquivo pessoal
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Andrea Pio de Abreu. Médica
“ No inverno, em geral, as pessoas ingerem
mais alimentos. Dentre estes, há aumento do consumo de industrializados e condimentados, que contém mais do que 70% do sódio consumido diariamente.
”
A hemodiálise é feita três vezes na semana e o aumento no número de pacientes pode ter um fator causador: o frio. A médica Andrea Pio de Abreu é secretária geral da Sociedade Brasileira de Nefrologia e nefrologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). A especialista explica que no frio, dois fatores podem causar algumas doenças renais, como a redução da ingestão de água e o aumento
do consumo de sal. “Como, em geral, no inverno as pessoas perdem menos água pelo suor, acabam por reduzir a ingestão de água. No entanto, as necessidades do corpo se mantém”. Andrea diz que a diminuição da ingestão de água é prejudicial para todas as pessoas, mas principalmente para pacientes idosos, que usam medicamentos diuréticos, crianças, pacientes com histórico de cálculo renal e infecção urinária. “No inverno, em geral, as pessoas
ingerem mais alimentos. Dentre estes, há aumento do consumo de industrializados e condimentados, que contém mais do que 70% do sódio consumido diariamente. Indivíduos predispostos a desenvolverem hipertensão e aqueles já hipertensos, podem ter aumento dos seus níveis pressóricos”, conta Andreia. Os principais fatores de risco para as doenças renais crônicas são a diabetes, hipertensão, obesidade, histórico de doença renal crônica na
92 | Metrópole Magazine – Edição 53
Foto: Beatriz Plaça
Niceia Lucia Lorenzo
“Eu emagreci dez quilos do nada, passei no clínico e ele pediu muitos exames que acusaram que meus rins não estavam funcionando. Depois disso, fui em uma especialista que me mandou ao pronto socorro, fui internada e comecei a fazer hemodiálise três vezes na semana. Normalmente venho sentindo enjoo e muito frio. Niceia Lucia Lorenzo
”
família e o tabagismo, de acordo com o Ministério da Saúde. Niceia Lucia Lorenzo tem 58 anos e descobriu a doença de insuficiência renal recentemente. Seus rins funcionam com somente 7% da capacidade, cada um. Ela conta que não tinha nenhum sintoma, porém emagreceu muito de uma hora para outra. “Eu emagreci dez quilos do nada, passei no clínico e ele pediu muitos exames que acusaram que meus rins não estavam funcionando. Depois disso, fui em uma especialista que me mandou ao pronto socorro, fui internada e comecei a fazer hemodiálise três vezes na semana. Normalmente venho sentindo enjoo e muito frio.” conta Niceia. De acordo com a nefrologista, a
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doença renal crônica age no corpo retendo água, diminuindo a filtração de elementos tóxicos no sangue, alterando o equilíbrio ácido-básico, alterando hormônios relacionados ao sangue e aos ossos, entre outros. “O cálculo renal pode se apresentar também de forma assintomática – quando não exibe sintomas – ou pode resultar em dores muito intensas, náuseas e vômitos durante a crise”, diz a especialista. A mãe de Niceia recebeu o mesmo diagnóstico da filha, porém não precisou fazer a hemodiálise. Ela conta que permanece na fila de espera para um transplante. “Minha mãe também tinha insuficiência, mas a medicação dela era de outro tipo. Eu faço o procedimento na NefroMed da Santa Casa da cidade, então a médica me disse que automaticamente já estou na fila para transplante,” conclui.
Veja dicas da especialista para se prevenir de doenças renais:
Em relação à Doença Renal Crônica, as principais formas de prevenção são o controle da pressão arterial e dos níveis de glicose no sangue, evitar uso de medicamentos antiinf lamatórios regularmente, e ter hábitos de vida saudáveis. Para se prevenir das crises de cálculo renal, é importante ingerir bastante líquido. Caso já tenham ocorrido crises anteriores, é importante procurar um médico nefrologista para que ele possa investigar. Quanto à infecç ão u r i n á r i a , a pre ve nç ão t a m b é m e nvolv e i n ge s t ão de l íq u ido s , a lé m de h ig ie ne í nt i m a ade q u ad a i nc lu s i v e ap ó s ato s e x u a l e e v it a r s e g u r a r a u r i n a q u a ndo tiver vontade. g
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Esporte&
Rúgbi na RMVale:
muito a crescer e conquistar Ainda lutando para ser profissional no País, o esporte tem cativado cada vez mais os brasileiros e é visto com futuro promissor Bruno Castilho SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A
lenda esportiva diz que quando Charles Miller voltou ao Brasil, em fevereiro de 1894, após um período de estudos na Inglaterra, ele trazia duas bolas na bagagem. Uma esférica e outra oval. Quis o destino que o futebol, esporte jogado com a “redondinha”, ganhasse mais espaço e se tornasse
mais popular no país. Mas e a bola oval? Que fim levou? Ela se tornou objeto de outro esporte, não tão popular a ponto de ser chamado de “febre nacional”, mas que também arrasta um grupo considerável de pessoas. Com o passar dos anos, o rúgbi vem conquistando público e aumentando sua popularidade no Brasil e também na RMVale. Na região, pelo menos quatro times levam o nome do Vale do Paraíba para todo o estado e país. São José dos
Campos, Taubaté, Pindamonhangaba e Jacareí são sedes de clubes que disputam competições oficiais. Entre esses times, o mais conhecido é o São José Rugby Clube, que nasceu pelas mãos de um argentino. Guillermo Colins organizou um time de rúgbi treinando alunos do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) em 1982. A paixão pelo esporte passou para o filho Matias que, ainda adolescente, dava aulas para crianças de 9 a 13 anos. A partir daí, a equipe do São José cresceu,
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Fotos: JoĂŁo Neto/Fotojump
Leia online
Copa do Mundo sub-20 de Rugby
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”
passando a vencer competições de categorias de base até chegar à conquista do Campeonato Brasileiro. E esse foi apenas o primeiro campeonato nacional da galeria de troféus, que conta também com títulos paulistas, femininos e até de "Beach Rugby", com a disputa do esporte na areia. E o sucesso do esporte em São José dos Campos fez com que a prática do rúgbi ultrapassasse barreiras. Mais que isso: fronteiras! Foi Edis Abrantes, ex-jogador de São José, que levou o esporte até a cidade vizinha, Jacareí, em 2003. Assim como Charles Miller, ele levou os conhecimentos das regras, uma bola e começou a ensinar jovens alunos que cursavam o ensino médio em uma escola da cidade. Surgia assim, o embrião do que viria a ser o Jacareí Rugby que todos conhecem hoje. "Eu cursava faculdade em Jacareí que ficava no mesmo campus onde funcionava o colégio. E em São José a gente
Eu cursava faculdade em Jacareí que ficava no mesmo campus onde funcionava o colégio. E em São José a gente já estava iniciando um projeto para levar o rúgbi para a periferia da cidade.
Edis Abrantes, Ex-jogador
”
já estava iniciando um projeto para levar o rúgbi para a periferia da cidade. Percebi a possibilidade de realizar um trabalho paralelo em Jacareí, formando uma equipe com os alunos desse colégio, com objetivo de participar da competição programada no projeto e inserir o rugby no município. Com o apoio dos administradores do colégio, iniciei este trabalho que resultou na formação do 1º time de rúgbi de Jacareí" relembra. Três anos depois da semente plantada, nascia a Associação Esportiva Jacareí Rugby, com o objetivo de criar condições ideais para a modalidade formar uma base sólida para seu desenvolvimento no município. Com isso, a cidade ficou conhecida por ser celeiro de craques do rúgbi nacional. Muitos garotos que marcaram os primeiros pontos nos gramados da cidade conseguiram um espaço em outros times de São Paulo e até fora do Estado. "Já teve caso de atleta nosso que foi jogar e
Copa do Mundo sub-20 de Rugby
DE R$
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No trânsito, dê sentido à vida. *Oferta para o veículo Discovery Sport SE Flex 240CV modelo 2019. Valor à vista R$225.500,00 ou financiado com o Banco Itaucard, nas seguintes condições: CDC (Crédito Direto ao Consumidor) com entrada mínima de R$135.300,00 (60,00%) + 24 prestações de R$4.146,67. Valor total financiado: R$99.520,08, inclui IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de R$2.545,01 despesas com Registro de Contrato de R$121,99 referente ao Estado de São Paulo (podendo variar conforme a UF) e Tarifa de Cadastro de R$730,00. Taxa de juros de 0,49% a.m. ou 6,04% a.a., CET (Custo Efetivo Total) de 10,02% (a.a.) válido para a simulação desta oferta. Preço para o Land Rover Care é para o Discovery Sport SE Flex modelo 2019: R$2.990,00. O plano Land Rover Care inclui os seguintes itens de revisão básica: óleo do motor, filtro de óleo do motor, filtro de ar, filtro de pólen, filtro de combustível (para veículos com motor a diesel), fluido de freio e mão de obra para estes itens. Pacote válido para até 5 (cinco) revisões básicas pelo período de 5 (cinco) anos ou 55.000km, o que ocorrer primeiro. As revisões devem ocorrer em intervalos de 12 (doze) meses ou 10.000km, o que ocorrer primeiro. O descumprimento ao plano de manutenção do veículo cancela o plano, sem direito à devolução do valor pago. A contratação do Plano Land Rover Care deve ser feita no ato da compra do veículo e pago integralmente conforme o valor do plano, à vista. Condições válidas até 31/07/2019 ou enquanto durar o estoque do referido modelo. Oferta sujeita à análise e aprovação de crédito, bem como, alteração sem prévio aviso e não cumulativa com outras ofertas vigentes Respeite a sinalização de trânsito; Banco Itaucard utiliza a marca Land Rover através de uma licença concedida pela Jaguar Land Rover Limited, proprietária da marca Land Rover. SAC 4090 1644 | 0800 720 1644.
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Copa do Mundo sub-20 de Rugby
”
estudar em Curitiba, por exemplo", diz Abrantes. Valdir Lemes, 52 anos, gestor do Jacareí Rugby, garante que a cidade tem a categoria de base mais forte do país. Ao todo, a entidade conta com aproximadamente 600 atletas em 11 categorias, desde o infantil até o adulto, tanto no masculino quanto no feminino. "O rúgbi é um esporte que não tem custo para participar, então não exclui ninguém. O alto, o baixo, o gordo, o magro podem jogar. E nós damos todo o suporte", diz. “A gente está montando uma estrutura para selecionar atletas com potencial e exigir mais deles no esporte e também na parte social, na escola”, completa Lemes. Com a categoria de base forte, o time de Jacareí cresceu e, para não perder os jogadores que não tinham mais idade para disputar jogos por categorias menores, em 2013 foi criada a
Eles me explicaram, mais ou menos, como eram as regras, mas no começo eu não me interessei muito.
Luiz Gustavo Andreoti Junior, Jogador
”
equipe adulta. Muitos dos atletas que, antes, eram meninos se divertindo e aprendendo um novo esporte, se tornaram jogadores da equipe principal. É o caso do Luiz Gustavo Andreoti Junior, de 25 anos. Ele
iniciou as atividades em 2005, incentivado pelos irmãos que também fizeram parte do time do Jacareí Rugby. "Eles me explicaram, mais ou menos, como eram as regras, mas no começo eu não me interessei muito. Depois eu fui ver como era e comecei a treinar", explica.
Profissionalismo? Ainda não... Apesar de fazer parte da equipe adulta do Jacareí Rugby, Luiz Gustavo não tem o esporte como profissão. Cursando faculdade de fisioterapia, escolhida por influência do esporte, ele divide seu tempo entre os estudos no período da manhã e os treinamentos nas noites de terça e quinta. Com essa rotina, ele não esconde que gostaria de ver o esporte um pouco mais valorizado. "Infelizmente ainda não posso dizer que sou profissional de rúgbi porque eu não me mantenho exclusivamente do esporte. Atualmente estou sem emprego e
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concentro o esforço nos estudos. Já tive algumas contusões musculares e acabei escolhendo a fisioterapia porque é uma área que tem a ver com o esporte", diz. Situação semelhante vivem os jogadores do Taubaté Rugby. Segundo Rômulo Soler, 32 anos, jogador da equipe taubateana, os atletas também têm sua rotina dividida entre trabalho e treinos. “Aqui em Taubaté todos são atletas e têm sua profissão.”, diz. A equipe, que também conta com categoria de base com jovens de 7 a 18 anos, disputa hoje o Campeonato Paulista de Desenvolvimento. “Nós chegamos a disputar o Campeonato Paulista D, mas esse ano decidimos dar um passo atrás para pegar um campeonato mais tranquilo quanto à questão de logística”, diz Soler. A justificativa, claro, é a questão financeira. De acordo com o jogador do Taubaté Rugby, a equipe passou por dificuldades financeiras no último ano.
”
Copa do Mundo sub-20 de Rugby
Nós chegamos a disputar o Campeonato Paulista D, mas esse ano decidimos dar um passo atrás para pegar um campeonato mais tranquilo quanto à questão de logística.
Rômulo Soler, Jogador
”
102 | Metrópole Magazine – Edição 53
E o futuro? Apesar de todas as dificuldades financeiras, de estrutura e logística enfrentadas pelas equipes da RMVale, o futuro parece ser promissor na previsão de atletas e gestores. Para Rômulo Soler, o fato de São José e Jacareí se destacarem com times fortes em vários campeonatos faz com que as outras equipes da região fiquem no foco das atenções. “Vejo hoje o cenário aqui na RMVale muito forte com São José sendo referência nacional, Jacareí muito forte também, o que agrega e dá muita
”
“A gente passou um ano não muito bacana financeiramente e por isso preferimos não assumir o compromisso de jogar uma Série D por causa do orçamento”, explica o taubateano. Apesar disso, ele afirma que o clube tem parceiros que ajudam em alguns custos. “Nós temos parcerias boas com o Sesi, com a prefeitura que nos dão um apoio.
O futuro é a profissionalização. Já tem vários times que levam nossos atletas para jogar em outros lugares.
Valdir Lemes, Gestor do Jacareí Rugby
”
atenção pra cá. Uma modalidade em alta, crescente há alguns anos. O pessoal vem conhecendo e vem entendendo mais o rúgbi”, pontua Soler. Opinião semelhante tem Valdir Lemes. O gestor do Jacareí Rugby
acredita, porém, que os avanços não serão tão rápidos quanto se espera. “O futuro é a profissionalização. Já tem vários times que levam nossos atletas para jogar em outros lugares. Aqui no Vale ainda acho que vai demorar um pouquinho”, afirma. g
Copa do Mundo sub-20 de Rugby Capital do Vale também no rúgbi, São José dos Campos sediou em julho a Copa do Mundo do esporte na categoria sub-20. O campeonato teve a participação de oito seleções e jogos realizados no estádio Martins Pereira. A Seleção Brasileira, que contou com a participação de jogadores de São José e Jacareí, venceu apenas um jogo e ficou na sétima colocação. O resultado positivo veio contra Hong Kong, pelo placar de 32 a 29. Na final, Japão e Portugal se enfrentaram e os japoneses ficaram com o troféu ao vencerem por 35 a 34.
106 | Metrópole Magazine – Edição 53
Ozires Silva
Ozires Silva nasceu na cidade de Bauru, interior do estado de São Paulo, no dia 8 de janeiro de 1931. Desde jovem é apaixonado por aviação. No final da década de 40, ingressou à Força Aérea Brasileira – FAB. Em 1951 tornou-se oficial aviador. Em paralelo com a carreira militar de Silva foi criado o ITA, em 1950. Em 1958 ele entrou no Instituto. Ozires se formou em engenharia aeronáutica em 1962. Após o término da faculdade, foi convidado a participar do Cetro Técnico Aeroespacial – CTA. No final da década de 60, fruto de um acaso, ele se deparou com a oportunidade de ser o oficial responsável em receber o então presidente do Brasil, Costa e Silva. No encontro Ozires argumentou de como investir na criação de uma empresa de capital misto que produziria todo o tipo de avião seria rentável ao país. Nascia em 1969 a Embraer, liderada por ele. Uma empresa que tinha olhar voltado à exportação. Sua primeira venda ao exterior se deu em 1975, quando vendeu cinco aviões EMB 110 Bandeirante à Força Aérea Uruguaia e o avião agrícola EMB 200 Ipanema ao ministério da agricultura do Uruguai. Em 1978 a empresa brasileira entrou no mercado estadunidense, fato que foi um marco na história da organização. Nos anos seguintes começou a atuar na Europa e em outros países. No ano de 1986 Ozires deixou a liderança da organização para assumir a presidência da Petrobras. O engenheiro também foi ministro de infraestrutura no início da década de 90. Ozires voltou em 1991 à Embraer, comandando o processo de privatização da organização que teria fim em 1994. De 2000 até 2002 ele foi o presidente da Varig. Em 2008 assumiu a reitoria da Unimonte, instituição a qual continua ligado na condição de chanceler. Atuando diretamente na área que ele considera fundamental para o desenvolvimento da nação, a educação, Ozires Silva, mesmo não estando mais presente no dia a dia da EMBRAER é um grande entusiasta deste novo momento de da parceria entre a multinacional brasileira e a gigante Boeing
Divulgação
108 | Metrópole Magazine – Edição 53
Onivaldo Freitas Junior Onivaldo Freitas Júnior é um vencedor. Formado em direito no final da década de 90 pela Universidade de Taubaté, começou estagiando na 1º Delegacia de Polícia de Mogi das Cruzes até chegar a conduzir um dos maiores escritórios de advocacia da RMVale, a S. Freitas Advogados Associados, localizado em São José dos Campos. Em sua rica história de trabalho, foi um dos estagiários concursados para atuação junto a Procuradoria do Estado de São Paulo, em Taubaté. Contou com a supervisão dos procuradores Dr Cosme de Oliveira e Dra. Lorette Sandeville, atuando no Fórum Criminal da cidade e de Tremembé. Integrou o departamento jurídico da Caixa Econômica Federal. Membro da ACRIMESP - Associação dos Advogados Criminalistas de São Paulo há 20 anos, é reconhecido entre seus pares como um dos grandes nomes do direito brasileiro. Presidiu a Comissão de Direito e Prerrogativas da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Taubaté, Estado de São Paulo, por quatro mandatos consecutivos, além de presidir entre 2010 a 2013 o Tribunal Regional de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira Atual Procurador Nacional de Justiça do Conselho Federal Parlamentar e Conselheiro da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, integra também a Comissão do Departamento Jurídico da ANAJ (Associação Nacional de Juristas Islâmicos).
Foto: Arquivo pessoal
ESTAR NO PÓDIO DAS GRANDES LEMBRANÇAS DA POPULAÇÃO BRASILEIRA É UMA HONRA A Universidade Paulista, UNIP, em 30 anos de existência, se orgulha por se encontrar entre as instituições consideradas mais importantes pelos brasileiros.
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Não confessional
Nossos profundos agradecimentos.
110 | Metrópole Magazine – Edição 53
Argus Ranieri
Nascido em Guaratinguetá, Argus Ranieri traz consigo não somente a sua própria história de vida, mas carrega ainda a responsabilidade de ser neto de Raphael Américo Ranieri, prefeito da cidade de Guará na década de 70 e famoso por ter sido o precursor do primeiro polo industrial da região, pai adotivo de 37 crianças que resultaram em grandes cidadãos, além de muitos outros grandes feitos na cidade, no entorno e até mesmo no país. Todo esse legado contribuiu para voos maiores além de Guará e que o projetou em São José dos Campos. Formado em engenharia pela UNESP com MBA em Marketing, casado, pai de três filhos e com uma grande carreira em empresas como a GE e Embraer, onde ficou por 18 anos, Argus abraçou as áreas comercial, relacionamento institucional, comunicação e marketing. Hoje como empresário reconhecido e CEO da empresa que leva seu nome sediada dentro do Parque Tecnológico de São José dos Campos, esse palmeirense que adora futebol desde criança é também apaixonado pelos gols que marca no seu trabalho: “Aprendi e aprendo muito com o Raupp, diretor do Parque Tecnológico de São José dos Campos. Ele sempre me diz que quando aproximamos as pessoas, quando as conectamos, as coisas acontecem, e é verdade". No auge de sua maturidade profissional sua performance avança. Argus é o idealizador do Innovation Brazil Leaders Forum que acontecerá entre os dias 15 e 17 de setembro de 2019 no Parque Tecnológico de São José dos Campos, São Paulo - o primeiro evento no país a reconhecer empresas e valorizar profissionais que entregam resultados através da inovação. Centenas de altos executivos de todo o mundo prometem se encontrar marcando esta primeira edição que já nasce anual, sempre direcionada aos CEOs e líderes de empresas inovadoras em gestão de produto, processo e pessoas para discutir economia, rota da inovação, tendências tecnológicas e estratégias de investimento.
Foto: Arquivo pessoal
112 | Metrópole Magazine – Edição 53
Fabíola Molina
Fabíola Molina iniciou carreira esportiva no SESC aos 4 anos de idade e aos seis já era possível vê-la mostrar talento nas piscinas da Associação Esportiva São José. A paixão pela natação foi herdada dos pais, Francisco e Kelce Molina, que já nadaram por aquela agremiação. A estreia em competições oficiais aconteceu aos 10 anos de idade; aos onze já se tornara campeã paulista. Especialista naos 50m e 100m no nado costa em piscinas de 25m e 50m, várias vezes campeã em Jogos Regionais e Jogos Abertos do Interior sempre representando a Associação Esportiva São José, Fabíola defendeu ainda o Clube de Regatas Vasco da Gama e o Minas Tênis Clube, de Minas Gerais. Integrante da Seleção Brasileira desde os 16 anos, mega campeã, Fabíola Molina ganhou 110 medalhas de ouro em Campeonatos Brasileiros; foi 10 vezes Campeã Sul-americana Absoluta; Campeã Mundial dos Jogos Militares (Rio 2011); recordista dos 100m costas no Campeonato Mundial Militar em Warendolf, Alemanha 2010, Vice-campeã Mundial Universitária - Sicilia, Itália 1997. Ao longo da carreira a atleta participaria de 12 Campeonatos Mundiais, tendo disputado 5 finais e 8 semifinais. Somente em Copas do Mundo foram 13 medalhas de ouro, num total de 49 conquistadas. Principal nadadora do Continente - obteve 2 medalhas de Bronze nos Jogos Pan-americanos em Mar Del Plata 1995; 1 de Bronze em Winnipeg 1995, 1 de Prata no Rio 2007, 1 bronze em Guadalajara 2011 - com participações nas Olimpíadas de Sidney 2000, Pequim 2008 e Londres 2012, Fabíola é a atual detentora dos recordes brasileiro e sul-americano em 5 provas: 50 e 100 metros em nado costa e no 4x100 medley em piscina de 50 metros, e 100 metros medley e 4x100 metros medley em piscina curta. Em sua carreira, Fabíola nadou nas principais piscinas do mundo, batendo recordes, fazendo história, entretanto, - apesar do glamour que a rodeia - jamais perdeu a simplicidade de gente interiorana, e o que a torna única e especial são o amor e o carinho demonstrados por São José dos Campos.
Foto: Divulgação
PARQUE TECNOLÓGICO UNIVAP
Empreendedorismo
Pesquisa & Inovação
Desde 2005 o Parque Tecnológico Univap busca integrar o espírito empreendedor das empresas com o ensino e as pesquisas científicas e tecnológicas, além de criar oportunidades de projetos conjuntos, tornando eficiente a participação da universidade no ambiente empresarial e vice-versa.
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114 | Metrópole Magazine – Edição 53
Casemiro Carlos Henrique, Carlinhos, Kaisermiro, Casemarra, Casemito: tantas facetas de um mesmo jogador. Cada uma delas para uma fase da vida. Nem parece que ele só tem 27 anos e uma carreira toda para viver. Carlos Henrique Venancio Casimiro, mais conhecido como Casemiro nasceu em São José dos Campos em 1992. Integrou o time do São Paulo Futebol Clube, Porto e Real Madrid, com o qual conquistou o Mundial de Clubes da Fifa e a Liga dos Campeões da UEFA. O volante aprendeu a jogar bola em uma escolinha de futebol de São José dos Campos. Aos 11 anos de idade, já atuava nas categorias de base do São Paulo Futebol Clube, onde começou a chamar a atenção. Em janeiro de 2013, foi emprestado ao time B do Real Madrid, mas em fevereiro já foi “promovido” ao time principal do clube espanhol, embora tenha disputado a Liga dos Campeões ainda pelo time B. Em junho desse mesmo ano, a sua compra pelo Real Madrid foi confirmada. Em 2014, foi emprestado ao time do Porto e em 2015 já estava de volta ao Real Madrid, onde foi considerado peça fundamental no esquema tático do time. Na página oficial da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Casemiro é descrito como “mais um dos grandes jogadores dessa geração da Seleção Brasileira” - já foram mais de 40 jogos pela seleção e um gol na Copa América, onde sagrou-se campeão, no jogo contra o Perú. No Real Madrid, é peça fundamental do time comandado por Zinedine Zidane, nas palavras do técnico "um dos maiores atletas de sua posição”.
Foto: Lucas Figueiredo/CBF
116 | Metrópole Magazine – Edição 53
Evaristo Costa
Evaristo Costa nasceu em São José dos Campos, São Paulo, em 30 de setembro de 1976. Estreou na Globo em 1999, como repórter do programa "Mais Você", apresentado por Ana Maria Braga. Foi apresentador do "Jornal Hoje" de 2004 a 2017, quando deixou a emissora e seguiu para Londres com sua família. Em texto publicado no Memória Globo, diz que sempre quis ser jornalista. Brincava de entrevistar a família ainda pequeno e, aos 13 anos, começou a trabalhar como operador da Rádio Bandeirantes em São José dos Campos. Na escola, quando tinha de apresentar algum trabalho em sala de aula, ficava atrás de uma mesa, como se fosse âncora de telejornal. O apresentador iniciou a carreira em São José dos Campos, foi apresentador local do "SPTV", depois repórter do "Mais Você" e apresentador do tempo do "Globo Rural", "Bom Dia São Paulo" e "Bom dia Brasil" Em 2004, recebeu o convite para integrar, em definitivo, a bancada do 'Jornal Hoje', onde recebeu carta branca para - aos poucos - adaptar o trabalho a seu jeito descontraído e brincalhão. Ainda ao site Memória Globo ele confidenciou que ser apresentador é vencer desafios. "Eu gosto de notícia que chega em cima da hora, deixa nervoso e que achamos que não vai dar tempo de apurar." Atualmente foi contratado pela CNN Brasil.
Arquivo pessoal
118 | Metrópole Magazine – Edição 53
Leilah Moreno Leilah Moreno é uma atriz, cantora, compositora e empresária. Bastante versátill. Fez parte da “Banda Altas Horas”, do programa apresentado por Serginho Grossmann na Rede Globo. Como cantora iniciou sua carreira aos nove anos de idade, em um grupo de partido alto chamado: “ Última Hora”. Aos 12 anos montou sua banda. Participou do programa de Raul Gil: “ Quem sabe canta, quem não sabe, dança”, na Rede Record. Leilah Moreno fez shows na Argentina. Em 2002, gravou o CD: “ Meus Segredos”, que teve 50 mil cópias vendidas. Abriu também o show da cantora : Gloria Gaynor, no palco do Olympia , em São Paulo. Participou de “ Divas do Brasil”, pela EMI, de Portugal, em 2003. Foi reconhecida na Europa, como uma das 30 melhores vozes do século. Lançou o CD “ Vem Dançar– Censurado”., que se tornou hit de dança, nas pistas de todo o país. Em 2006, gravou: “ VIP”. Como atriz:Na televisão, Leilah começou em 2005, tocando no “ Altas Horas”, da Rede Globo. No mesmo ano, participou como atriz no seriado: “ Antônia”. Esse seriado teve alta audiência, e foi feita uma segunda temporada, em outubro de 2007. Em 2007, fez também a novela: “ Sete Pecados”. E em 2011, outra novela, “ Aquele Beijo” e atualmente está envolvida com um projeto para o serviço de streaming Netflix. Em cinema, Leilah fez, em 2006, o papel de Barbarah, em “ Antônia”. E em 2009, foi Michelle, em: “ Quanto Dura o Amor?”. Já lançou os seguintes CDs: em 2002: “ Não Tenho Hora Para Voltar”. Em 2003: “ Vem Dançar”. Em 2006: “ Levanta a Mão”. E em 2011: “ You ‘re Not Here
Foto: Arquivo pessoal
CARAGUATATUBA
Prefeitura de Caraguatatuba e você conectados por uma cidade melhor.
Você já conhece a Central de Relacionamento de Caraguá? Você pode fazer solicitações, como a limpeza de bueiros, poda de árvores e outros serviços. É rápido e fácil. Basta ligar 156, acessar o portal ou baixar o aplicativo 156 CARAGUATATUBA no seu celular e realizar o pedido. É assim que vamos construir uma cidade cada vez melhor.
Pedido de varrição
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Tapa-buracos
Manutenção da iluminação
Limpeza de bueiros
Outros
Acesse o portal e saiba mais: 156.caraguatatuba.sp.gov.br
120 | Metrópole Magazine – Edição 53
Eriberto Leão
Eriberto de Castro Leão Monteiro, nasceu em 11 de junho de 1972, em São José dos Campos. Desde pequeno era um menino introspectivo e tímido. Por conta deste comportamento os pais o levaram a uma psicóloga, que aconselhou um curso de teatro, para desembaraçar. E isso se tornou a paixão do garoto. Eriberto foi para a capital paulista e tornou-se aluno da Escola Célia Helena. Depois entrou na EAD- Escola de Artes Dramáticas de São Paulo, onde se formou com 21 anos. Seu começo, nas artes, foi em teatro, na peça ” Ventania”, dirigida por Gabriel Vilela. Depois, com o mesmo diretor, fez: "Alma de Todos os Tempos”. Em televisão, Eriberto Leão começou em 1996, logo depois de ter feito teatro, na Rede Gazeta. Fez: “Antônio dos Milagres”. Em 97, entrou na novela: ” O Amor Está No Ar”. Em 98, foi para a Rede Band e fez a novela: “Serras Azuis”. Em 2000, na Rede Record fez: “Marcas da Paixão”. Foi para a Globo em 2004, e fez: “Cabocla” e o seriado: ” Sob Nova Direção”. Em 2005, sempre na Globo: ” Linha Direta”. Em 2006 , esteve no especial: ” Por Toda a Minha Vida” e em seguida , a novela: ” Sinhá Moça”. Em 2007, entrou na minissérie: “Amazônia, de Galvez a Chico Mendes”. Em 2007 fez o seriado: ” Linha Direta” e a novela: “Duas Caras”. Em 2008, fez dois episódios de: ” Casos e Acasos” e a novela: ” Três Irmãs”. Em 2009 fez a novela: ” Paraíso”, como protagonista e a microssérie: ” Deu Louca no Tempo”. Em 2010, fez a novela “Insensato Coração” e atuou em um dos episódios da série “As Cariocas”. Em 2012, esteve nas novelas “A Vida da Gente” e “Guerra dos Sexos”. E em 2014, atuou na temporada de “Malhação”. Participou ainda das novelas "Êta Mundo Bom", "O Outro Lado do Paraíso" e da série "Ilha de Ferro". Teve participação especial na novela "O Sétimo Guardião". No cinema, Eriberto Leão já esteve em diversos filmes, entre eles, ” Onde Andará Dulce Veiga?”, ” Intruso”, ” Um Homem Qualquer” e “Assalto ao Banco Central” e "A Menina Índigo".
Foto: Divulgação
122 | Metrópole Magazine – Edição 53
Educação Financeira
investimento além da mesada Segundo especialistas, o tema influencia no comportamento dos alunos, mas também na economia de um país
Leia online
Fotos: Pedro Ivo Prates
Educação&
Julho de 2019 | 123
Jefferson Santos SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A
crise econômica no Brasil, iniciada em meados de 2014, tem despertado ainda mais o interesse do poder público para o incentivo ao consumo consciente. Em um cenário onde o desemprego assola 13,2 milhões de pessoas e o endividamento atinge 62,8 milhões de consumidores, as escolas têm implementado na grade curricular dos alunos o tema Educação Financeira. Desde 2017, o MEC (Ministério
“A educação financeira
precisa estar cada vez mais presente nas disciplinas aplicadas na educação básica. O comportamento ruim dos pais tem refletido nas crianças e por isso temos vivido em uma sociedade onde é mais importante ter do que planejar.
”
Claudia Forte, Superintendente da Associação de Educação Financeira do Brasil
da Educação) instituiu Educação Financeira, assim como outros temas, assuntos que deverão ser trabalhados de forma transversal entre estudantes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. A ideia é que essas discussões gerem nas crianças e nos jovens a transformação de seus comportamentos na tomada de decisões que possam acarretar, em longo prazo, mudanças significativas na cultura econômica brasileira. A superintendente da Associação de Educação Financeira do Brasil, Claudia Forte, explica que a educação financeira é trabalhada em disciplinas diferentes, mas que se complementam, ou seja, de forma transversal. Para ela, essa abordagem deve gerar frutos no futuro, como pessoas com maior planejamento financeiro, sobretudo cidadãos conscientes no uso do dinheiro. “A educação financeira precisa estar cada vez mais presente nas disciplinas aplicadas na educação básica. O comportamento ruim dos pais tem refletido nas crianças e por isso temos vivido em uma sociedade onde é mais importante ter do que planejar”, afirma. Em São José dos Campos, trabalhar o uso consciente do dinheiro já é uma realidade nas escolas municipais. As aulas de educação financeira são desenvolvidas duas vezes por semana para os alunos do sexto e sétimo ano, durante todo o ano letivo. “Antes de falar sobre consumo, primeiro trabalhamos a questão do que é necessidade, o que é desejo, porque cosumimos e quais os produtos consumidos e depois inserimos a educação financeira de forma a mostrar aos alunos como eles podem poupar, como o consumo consciente contribui para que ele lide melhor com o dinheiro”, informa Carmen Lúcia de Paula Ferreira Silvério Alves, coordenadora do Programa de Educação Empreendedora. A proposta de consumo consciente é
trabalhada também no Colégio Poliedro de São José dos Campos. Na unidade, o tema envolve alunos do 6º ano no contexto do empreendedorismo para montagem de uma Eco Papelaria. Nascido da parceria entre o Colégio Poliedro e o Sebrae, em 2017, o projeto tem se mostrado sustentável e vem ganhando visibilidade e importância dentro da escola, tendo em vista seu caráter multidisciplinar. Ele conta com professores de aritmética, geometria, educação para a cidadania, ciências, artes, laboratório e do grupo Ação Jovem. “Na prática são estimuladas atitudes empreendedoras nos alunos através da criação e da gestão de uma pequena empresa. Outra finalidade do projeto é fazer com que o aluno reflita sobre a nossa interferência no meio ambiente, reconhecendo a
“ Os alunos além de passar a ter um consu-
mo mais consciente, adquirem habilidades e comportamentos tais como estabelecer metas, planejar ações, organizar o trabalho, ter comprometimento e persistência.
importância de adotar práticas sustentáveis: reduzir, reutilizar e reciclar. Há ainda o apelo social, uma vez que a moeda de troca para adquirir produtos da papelaria são alimentos não perecíveis, os quais posteriormente são doados para instituições de caridade. Portanto, os alunos são estimulados a implantar uma Eco Papelaria, como uma oportunidade de negócio, com
Rosemeire Scudeler Cigagna de Godoy, Professora do Poliedro
”
126 | Metrópole Magazine – Edição 53
“Antes de falar so-
bre consumo, primeiro trabalhamos a questão do que é necessidade, o que é desejo, porque cosumimos e quais os produtos consumidos e depois inserimos a educação financeira de forma a mostrar aos alunos como eles podem poupar, como o consumo consciente contribui para que ele lide melhor com o dinheiro.
”
Carmen Lúcia de Paula Ferreira Silvério Alves, Coordenadora do Programa de Educação Empreendedora.
consciência ecológica e social. Assim, o consumo consciente é um produto implícito no desenvolvimento do projeto como um todo.”, explica a professora de aritmética e responsável pelo projeto Rosemeire Scudeler Cigagna de Godoy. A professora do Poliedro diz ainda que “ao criarem um empreendimento sustentável e cuidarem do mesmo por pelo menos um ano, os alunos além de passar a ter um consumo mais consciente, adquirem habilidades e comportamentos tais como estabelecer metas, planejar ações, organizar o trabalho, ter comprometimento e persistência que os nortearão durante toda sua vida adulta e profissional”. Silvye Ane Massaini é doutora em administração pela USP (Universidade de São Paulo) e professora das disciplinas de finanças na FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado). Massani acredita que
trabalhar o consumo consciente dos alunos pode influenciar diretamente na economia do país, como diminuir índices de inadimplência. “Eu tenho visto que o ensino das finanças têm, sim, trazido bons frutos. Tive a oportunidade de acompanhar alguns alunos depois do colégio e a visão de mundo deles acaba mudando. A inteligência econômico-financeira é um processo que vai se desenvolvendo a ponto de construirmos uma nova concepção do que é e para o que pode servir o dinheiro”, afirma. “Poupar é importante porque envolve a questão individual e depois o investimento em títulos, que é muito importante para a economia ajudando até mesmo as empresas a conseguirem capital. Então, gastar de forma consciente tem um impacto enorme, é mais do que pensar no próprio bolso, é um movimento econômico”, conclui. g
128 | Metrópole Magazine – Edição 53
Harmonia&
Aikido
A energia que forma o movimento
Da redação RMVALE
A
rte marcial criada no Japão após a 2ª grande guerra, pelo mestre Morihei Ueshiba (1883-1969). O conceito fundamental desta arte consiste no princípio da harmonia, entre seus praticantes e o universo que os rodeia.
Para entender o aikido, precisamos analisar a vida de seu fundador Ueshiba, também chamado Ô-Sensei (“grande mestre”), que foi praticante de vários estilos de artes marciais, tornando-se exímio praticamente em todas elas. Contudo, as artes marciais que conheceu traziam o conceito de vencer, ou destruir o inimigo, pois todas foram
desenvolvidas, e transmitidas através de gerações, por antigos samurais, a partir de suas experiências nos campos de batalhas, onde o objetivo era a vitória, com a aniquilação do inimigo. Consciente de que não poderia haver harmonia na destruição, Ô-Sensei começou a desenvolver os conceitos de sua própria arte marcial, onde não mais
Julho de 2019 | 129
Leia online
Sensei Fernando Sanchez www.aikidosjc.com.br (12) 98112-3586
golpes de ataque, competição, ou qualquer manifestação de agressividade ou violência; pelo contrário, o praticante aprende a controlar sua agressividade, tornando-se tranquilo e equilibrado em qualquer situação, não só nos confrontos físicos, mas também diante dos mais diversos contratempos do dia a dia; e passa a contar ainda com uma das mais eficientes técnicas de defesa pessoal. O aikido chegou ao Brasil em 1963, por intermédio do Shihan Reishin Kawai, 8º Dan de aikido. Carinhosamente conhecido pelos discípulos como “Kawai Sensei”, ele fundou a União Sulamericana de aikido. Em São José dos Campos, um dos grandes expoentes é o Sensei Fernando Sanchez, do Michi Dojo. "O aikido no Michi Dojo é uma oportunidade para desenvolver a tranquilidade, atenção e percepção - nosso equilíbrio interno. Vital para a conquista da harmonia.", diz o sensei em sua página na internet.
O entendimento filosófico torna a prática mais agradável. havia a ideia de vencer ou destruir um inimigo, mas pura e tão somente a de encerrar um conflito. O termo aikido é composto por três caracteres kanji: Ai: harmonia, Ki: energia e Dô: caminho. Em tradução livre, “caminho da harmonização das energias“. Desta forma, não há, no aikido,
"Aquele que pensa que a prática imbuída de entendimento filosófico a limita tecnicamente falando está redondamente equivocado. Muito pelo contrário, quanto mais inteligente o ser humano, tanto melhor terá que ser a aplicação de seu entendimento na tarefa que realiza. Porém é importante atentar para o seguinte, o fato de encontrarmos alguém com bom domínio técnico em uma atividade não significa que o
mesmo possui entendimento filosófico. A mecanização, através da repetição, possibilita-o ter um domínio relativamente bom, porém, em se tratando de Aikido, a grande maioria dos praticantes da antiguidade até os dias de hoje jamais chegaram perto daquilo que O'Sensei fazia" afirma Fernando. No Michi Dojo o grande desafio é entender na prática os ensinamentos de Morihei Ueshiba. O Sensei Fernando Sanchez, profundo estudioso e pesquisador das tradições antigas constatou que é importante aprender a discernir os ensinamentos do fundador, pois não existe um mínimo movimento sequer que não contemple a filosofia que ele transmitia. A mesma pode ser encontrada nos livros "The Heart of Aikido" e "Ensinamentos Secretos do Aikido", dentre outras fontes. No espaço, Michi Dojo, o aluno pode treinar visando o desenvolvimento do bem estar e equilíbrio, da tranquilidade e qualidade de vida, do condicionamento físico e técnico, e também, do autoconhecimento, aprofundando-se na sabedoria humana. "O aikido para adultos é como um computador, ou seja, ele atende as mais diversas necessidades, para pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, onde cada uma delas encontrará sua motivação e seu desenvolvimento tanto no condicionamento físico, quanto na psicomotricidade, como também, na busca do equilíbrio e harmonia interior.", finaliza o Sensei Sanchez. g
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Arquitetura&
Da redação SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A
ssim como acontece com a moda, a arquitetura se reinventa a cada estação. O estilo e as cores dos telhados das casas, por exemplo, entram e saem de moda, conforme a influência de outras áreas da sociedade, como o design, a arte e a cultura.
Vermelhos e tons terrosos O vermelho é a cor de maior destaque do ano na arquitetura. Nos telhados, a tonalidade poderá ser vista em diferentes nuances, variando entre o vermelho vivo e os tons de berinjela. Inspirados na natureza, os tons terrosos são outra forte tendência, assim como o amarelo, que deve ser usado em contraste com cores sóbrias como o cinza e o preto. Um telhado preto, por exemplo, pode ser combinado com uma fachada amarela. Já, um telhado vermelho fica perfeito com paredes em tons mais sóbrios, com o cinza e o marron.
Verde escuro O tom de verde encorpado é outra forte tendência. A ideia é aproximar a natureza do ambiente urbano por meio de tons que acalmam e revigoram. Nos telhados, a cobertura com telhas de fibra vegetal na cor verde escuro pode ser combinado com paredes de tons mais claros da mesma cor, como o
verde lima, o verde broto ou o verde chá. Uma fachada branca com detalhes dourados também é uma boa opção.
Monocromático Os ambientes monocromáticos também estão em ascensão. É possível criar uma decoração de impacto ao apostar em uma fachada inteira da mesma cor. Um telhado marrom, combinado com paredes e janelas pintadas na mesma matiz oferece ao projeto um toque de inspiração e elegância. Para tornar a fachada da casa ainda mais interessante, é possível utilizar nuances levemente diferentes e texturas variadas.
Madeira Natural A madeira natural e a madeira escura reaparecem como influências. É um material capaz de tornar um ambiente mais confortável e aconchegante. Ela pode ser utilizada como piso ou revestimento. Nos telhados, a textura natural da madeira aparente pode ser usada em varandas e em decks, dando um toque natural a esses ambientes. Nas áreas internas da casa, o telhado com estrutura de madeira pode ser deixado à mostra, sem a necessidade de forro ou laje. Além da madeira, pedras, bambus, vegetação natural e outros elementos que remetam ao meio ambiente estão em alta. g
www.costaflores.com.br |
Telhados de todas as cores
/moveiscostaflores
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132 | Metrópole Magazine – Edição 53
Foto: Divulgação
Gastronomia&
Thais Okamoto
Leia online
Julho de 2019 | 133
Sabores de mar
Thais Okamoto apresenta suas receitas com o peixe rei da cozinha portuguesa e uma iguaria das águas frias. Bacalhau na manteiga com ervas
Da redação SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
T
hais Okamoto é uma chef plural. Com passagens por importantes restaurantes e hotéis na RMVale, como o Caesar Business e Golden Tulip, foi escolhida durante sua pós-graduação no SENAC em Campos do Jordão, para uma temporada como bolsista no renomado centro gastronômico Institut Paul Bocouse, dedicado a perpetuar o legado do papa da culinária francesa. A frente do Empório do Peixe & Cia desde 2011, nesta edição da Metrópole Magazine, nos traz dois pratos com o sabor dos mares europeus.
Bacalhau na manteiga com ervas Thais Okamoto Ingredientes
90,5 9 kg de lombo de bacalhau 9Sal 9 e pimenta do reino branca moída na hora a gosto
Ingredientes da manteiga de ervas
919 colher de sopa de manteiga sem sal 9Ervas 9 finas picadas: manjericão, tomilho, salsinha, cebolinha 9Sal 9 9Pimenta 9 do reino branca 9¼ 9 taça de vinho branco seco
Modo de Preparo bacalhau
• Corte o bacalhau em postas de cerca de 150gr. • Tempere com sal e pimenta do reino branca moída. • Deixe descansar em geladeira por 45 minutos. • Em uma frigideira de teflon, adicione azeite e grelhe os lombos.
Modo de preparo da manteiga de ervas
• Na frigideira onde foi salteado o bacalhau, adicione a manteiga, em seguida o vinho branco, as ervas picadas. Tempere com sal e pimenta do reino branca a gosto. • Sirva a manteiga encima do bacalhau. • Harmonize com um vinho branco Chardonnay, Sauvignon Blanc ou uma cerveja Weiss. • Rendimento: 2 pessoas • Tempo de preparo: 60 minutos
Vieiras Gratinadas Ingredientes
950g 9 de vieiras 919 concha de vieira 9Sal 9 9Limão 9 9Pimenta 9 do reino branca 9Manteiga 9 919 colher de sobremesa de vinho branco
919 colher de sobremesa de cheiro verde 919 colher de queijo parmesão ralado
Modo de preparo:
• Tempere as vieiras com sal, limão e pimenta do reino branca. Deixe marinar por 3 minutos. • Em uma frigideira salteie as vieiras rapidamente na manteiga. Utilize o caldo da marinada para deglacear. Adicione o vinho branco e o cheiro verde. Retire, coloque em uma concha, polvilhe queijo parmesão e com a ajuda de um maçarico gratine. • Rendimento: 2 pessoas • Tempo de preparo: 15 minutos Vieiras gratinadas
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Veloz&
Camaro
A lenda das pistas
Fonte: www.chevrolet.com.br/esportivos/camaro-coupe
Da Redação RMVALE
M
ais do que resistir ao tempo, o Camaro ultrapassou os anos sem abrir mão da sua brutalidade e personalidade única. Seu design ousado, performance inigualável e tecnologia aprimorada reafirmam o poder dessa lenda e evocam o piloto que há em todos nós. O icônico motor V8, que o acompanha desde sua primeira geração, ficou ainda mais agressivo com uma nova transmissão de 10 velocidades e um câmbio
otimizado para performance que entregam uma resposta única nas pistas. O novo Camaro Cupê SS apresenta-se com tomadas de ar inéditas no capô que realçam a aerodinâmica, além de outros aperfeiçoamentos exclusivos que proporcionam maior desempenho. Freios de competição com quatro pistões Brembo, rodas de aro 20 com design exclusivo e pneus run-flat. Olhando para cada detalhe desse carro, não é difícil perceber que o design foi pensado para priorizar a performance do veículo. Nesta nova
versão a gravata Chevrolet está vazada e integrada na grade frontal, garantindo uma melhor aerodinâmica. Do volante com ergonomia excepcional aos bancos com revestimento premium, tudo contribui para enriquecer sua conexão com as pistas.
Pode acelerar, o controle está em suas mãos O controle de largada permite que você ajuste a rotação do motor e o deslizamento das rodas pelo Driver Information Center enquanto mantém
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Leia online
os pneus traseiros rodando na velocidade ideal para a largada. Já no controle de largada customizável, o Line Lock permite que se trave as rodas da frente para permitir que as rodas traseiras rodem, esquentando os pneus para máxima aderência na arrancada.
Um muscle car de última geração Com tecnologias centralizadas no
motorista, proporciona uma inovadora experiência ao dirigir. Além da comodidade da partida remota, ainda dispõe de teto solar elétrico, 24 opções de luz ambiente com 8 opções de degradê e som premium Bose, além de tela touch-screen de 8 polegadas com maior definição e resolução, microfone extra para melhor reconhecimento de voz e possibilidade de atualização via wi-fi. g
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Social&
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Revista Absollut revela os homenageados da edição 2019 de seu prêmio. O restaurante Cassiano, no hotel Golden Tulip, foi o local escolhido por Benny Lima para anunciar os homenageados da 9ª edição do prêmio Absollut. A tarde especial recebeu empresários, personalidades e imprensa. Os convidados puderam apreciar as delícias da culinária portuguesa ao som de clássicos nacionais e internacionais apresentados pela banda NF2. A entrega do prêmio acontecerá no próximo dia 30 de julho, no Clube de Campo Santa Rita.
Coffee Experience reúne amigos e clientes na Gran Via Motors Francisco Ayala, o Paquito, recebeu clientes e amigos, na manhã do dia 20 de julho no evento Coffee Experience, na Gran Via Motors de São José dos Campos. A loja recéminaugurada, num espaço amplo, confortável e decoração moderna, trouxe para a Avenida Rio Branco, já conhecida como espaço destinado a lojas de requinte e alto padrão, o conceito de atendimento pessoal para clientes especiais, que gostam de veículos importados (blindados ou não).
Leandrinho e Talita Rocca se casam em cerimômia em São Sebastião O aguardado casamento da top model internacional Talita Rocca com o jogador de basquete Leandrinho aconteceu no dia 6 de julho, em São Sebastião. Para a cerimônia, a ideia dos noivos foi manter a singeleza para a ocasião, aliando simplicidade e sofisticação, sem extravagâncias, e reunir os amigos e família para celebrar a união do casal.
Julho de 2019 | 137
Laços, filme live-action com a Turma da Mônica chega aos cinemas da RMVale Os personagens preferidos dos quadrinhos ganharam vida e estão de volta para uma aventura fora de série. Em Laços, a inédita liveaction da Turma da Mônica, o universo mágico criado por Maurício de Sousa parte para um plano para lá de infalível. Ganhar as telas dos cinemas. Com estreia em mais de 700 telas Brasil a fora o filme em menos mês já levou mais de 1.250.000 pessoas aos cinemas. Mauricio de Sousa, orgulhoso, soprou para a Metrópole Magazine, sobre o que achou de sua participação especial, no filme. "Eu me diverti muito fazendo a cena. Fiquei um pouco receioso porque um irmão disse que eu era muito canastrão para ser artista de cinema. Sou melhor desenhando, mas quem viu disse que até que eu estou aceitável, (risos)"
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138 | Metrópole Magazine – Edição 53
Mercado&
De Gutenberg a Zuckerberg: o papel vive! editora-chefe da publicação é Kate Maxwell, colaboradora da Conde Nast e ex-diretora do grupo editorial Soho House & Co. A corporação diz que a ideia do projeto de marketing de negócios surgiu há menos de quatro anos e nega que vá comercializar publicidade para exibir na revista impressa. Sustenta que compartilha conteúdo sobre liderança diretamente com seus clientes, por meio de um evento anual, além de canais de marketing on-line e off-line. E que já firmou parcerias com o Founders Forum, rede global de empreendedores à frente de empresas de tecnologia, e com a revista Vanity Fair. O fato é que as profecias não contavam com esse paradoxo insólito, em que um dos expoentes dos meios digitais percebe a pertinência de uma ação aparentemente retrô para alavancar negócios e fortalecer ainda mais sua marca. Na esteira da Grow Magazine, está uma série de encontros fechados, no ano passado, na Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Suécia. Pauta: tratar de temas de interesse do mercado empresarial. E assim, o bom e velho evento corporativo, que alguns julgaram estar com os dias contados, segue vivo e influente. Em última análise, esse case é oportuno e didático para se entender melhor os
meandros da comunicação contemporânea, das vendas e do marketing. O caráter tangível, palpável e material das publicações impressas em papel sobrevive, endossadas pelas mãos de um dos ícones da era digital. E os eventos corporativos, em ambientes reais e protagonizados por pessoas em carne e osso, também são contemplados nessa ação inovadora, aparentemente um retrocesso, e por isso mesmo, desconcertante.
Divulgação
O advento da revolução digital já suscitou incontáveis profecias, ao longo dos últimos 15 anos. Algumas delas vaticinaram a agonia e morte do rádio e mesmo da TV. Outras deram como certa a extinção iminente de livros, revistas e jornais impressos, por conta dos novos meios digitais cada vez mais ágeis, flexíveis, interativos e atraentes. Seria o fim de uma era, iniciada em 1455, com a Bíblia de Gutenberg. O tempo foi passando, gigantes da web tornaram-se centrais multiconteúdos, turbinadas por algoritmos cada vez mais poderosos e resolutivos. Entre eles, está o hoje prosaico Facebook, de Mark Zuckerberg, um dos empreendedores de maior sucesso da história recente. Nesse cenário, não deixa de surpreender anúncio feito por essa notória mídia social virtual, surgida em 4 de fevereiro de 2004, nos Estados Unidos. Atentem-se: o Facebook lança, no final de junho de 2018, na Inglaterra, a revista impressa Grow, edição trimestral, com distribuição gratuita em lounges de aeroportos e terminais ferroviários do Reino Unido. Traz reportagens sobre inovação, liderança e tecnologia e também é enviada diretamente a executivos que pagam por publicidade dentro da plataforma no país. A
Aristides de La Plata Cury Consultor e conferencista, é presidente do Skål Internacional São Paulo e VP do Núcleo de Turismo da ADVB
PARABÉNS A QUEM FAZ DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS UM LUGAR MELHOR HÁ 252 ANOS.