Dezembro de 2016 – Ano 2 – nº 22 – Distribuição gratuita
E-commerce Comércio digital faz empresários da região investirem em plataformas de vendas online
ENTREVISTA
PAPAI NOEL EXISTE?
pág. 18
pág. 46
Aos 85 anos e em plena atividade, Ozires Silva relembra o passado e projeta São José do futuro
Desvendamos o imaginário infantil sobre o bom velhinho
e d s a i r é F l a i Espec r o seu verã Especial Dia dos Pais O presente ideal para seu pai.
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6 | Revista Metrópole – Edição 22
EDITORIAL
DESPEDE-SE O ANO VELHO E ILUMINA-SE O ANO DE 2017! Nesta última edição do ano de 2016, a equipe de colaboradores da Metrópole Magazine comemora um ano de muito trabalho e a certeza de que atingimos o objetivo precípuo de contribuir com o desenvolvimento da RMVale, região nobre do sudeste brasileiro que, como todas as outras do nosso país, experimentou um ano de desafios impostos pela recessão e crise política. Realizamos entrevistas, coberturas e reportagens, buscando sempre um jornalismo imparcial, plural e acima de tudo propositivo. Não aceitar o argumento de que o mercado esteja recessivo, mas apresentar ao leitor todas as oportunidades, as pessoas que fazem, empreendem e assim mantém o vigor necessário para que o país supere os obstáculos encontrados neste ano de 2016, alguns já conhecidos, outros que surpreenderam até os mais pessimistas. A cobertura das eleições foi também um momento marcante, onde os repórteres envidaram todos os esforços para mostrar ao eleitor quem eram os candidatos e suas propostas, assim como as promessas não cumpridas, chamando a atenção dos futuros eleitos sobre a existência de um olhar atento, que busca, repita-se, contribuir com a região, acompanhando o trabalho dos investidos na importante missão de representar o cidadão. Enfim, chega o Natal e com ele a magia que encanta adultos e crianças. Através de uma matéria primorosa, a revista deste mês de dezembro traz o colorido desta festa mundial, desejando a todos um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações! Boa leitura.
Regina Laranjeira Baumann
metr pole magazine www.meon.com.br/revista Diretora-executiva
Regina Laranjeira Baumann
Editor-chefe
Eduardo Pandeló
Repórteres
Henrique Macedo Moisés Rosa Laís Vieira Laryssa Prado Murilo Cunha Rodrigo Machado
Revisão
Henrique Macedo
Departamento Comercial
Alyne Proa Fabiana Domingos Fabio Amarante Gilberto Marques Ademir Stéfano
Diagramação
Agência VOX3
NHECE, CONHECE BDO
e market no Brasil dvisory
Idelter Xavier Marcus Alvarenga
Colaboradores
João Pedro Teles Pedro Ivo Prates (fotógrafo) Rodrigo Ribeiro
Arte
Giuliano Siqueira
Mídias Sociais
Moisés Rosa Marcus Alvarenga
Departamento Administrativo
Gabriela Oliveira Souza Larissa Oliveira Maria José Souza Roseli Laranjeira Tiragem auditada por:
262 m.br Metrópole Magazine Avenida São João, 2.375 –Sala 2.010 Jardim das Colinas –São José dos Campos CEP 12242-000 PABX (12) 3204-3333 Email: metropolemagazine@meon.com.br
A revista Metrópole Magazine é um produto do Grupo Meon de Comunicação Tiragem: 15 mil exemplares Distribuição gratuita
8 | Revista Metrópole – Edição 22
E-COMERCE Empresários da região investem em plataformas online para a venda dos produtos.
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CULTURA Coletânea une doze bandas e é marco de cenário musical histórico para São José dos Campos .
ENTREVISTA Aos 85 anos e em plena atividade, Ozires Silva relembra o passado e projeta a São José do futuro.
Pedro Ivo Prates
ESPORTES Vista como brincadeira, a Luta de Braço ganha espaço e reconhecimento na região.
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GOOD VIBES Pronto para 2017? Veja o que podemos fazer para elaborar o plano da virada do ano.
CÂNCER DE PELE Exposição excessiva ao sol é a principal causa da doença. Tecnologia desenvolve nova proteção.
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22 Pedro Ivo Prates
Feliz Natal
Pedro Ivo Prates
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Divulgaçao
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Metrópole Magazine traz uma reportagem sobre o Papai Noel e mostra como o imaginário infantil sobre o bom velhinho é rico, lúdico, e, além da brincadeira, ajuda as crianças a interpretarem a realidade ao seu redor.
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Sumário
Pedro Ivo Prates
Espaço do Leitor Aconteceu& Frases& Cultura&
70 74 78 82
Divulgação
LITORAL MP contesta construção de um Mirante no Morro da Cruz, em Ilhabela.
POLÍTICA O recado das urnas: Câmaras de vereadores da RMVale passam por renovação. Quase metade dos eleitos são ‘marinheiros de primeira viagem’.
Gastronomia& Social& Arquitetura& Crônicas&Poesia
10 | Revista Metrópole – Edição 22
Espaço do Leitor Edição 21 – Outubro de 2016 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Feedback
Em novembro, a Metrópole Magazine estampou em sua capa a paixão do brasileiro pelo transporte individual. O carro continua sendo o grande objeto do desejo de homens e mulheres. A edição trouxe as novidades do Salão do Automóvel e matérias especiais sobre o comportamento do consumidor na hora de escolher o modelo do carro. E mais, os descontos e benefícios oferecidos pelas concessionárias para pessoas com deficiência, taxistas e empresas. A polêmica das reformas propostas pelo governo para o ensino médio também foi tema nesta edição trazendo a
Novembro de 2016 – Ano 2 – nº 21 – Distribuição gratuita*
Paixão Nacional O carro continua sendo o objeto de desejo dos brasileiros
‘NOVO’ ENSINO MÉDIO
Reforma proposta pelo governo gera discussão entre pais, alunos e professores
ENTREVISTA
Luiz Paulo Costa conta como enfrentou a ditadura durante o regime militar pág. 16
pág. 32
Parabéns
São José dos Campos, – Edição 21 novembro de 2016 | 30 | Revista Metrópole
28 | Revista Metrópole – Edição 21
ESPECIAL SAÚDE
Pedras preciosas e detox são apostas para a estética
Mercado da estética não para de apresentar novidades; especialistas explicam os novos procedimentos Fotos: Idelter Xavier / Meon
Moisés Rosa SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Moisés Rosa SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
T
er uma pele bonita é o desejo de vários homens e mulheres, ainda mais na temporada quente: o verão. Exibir uma pele bonita requer alguns cuidados que, segundo especialistas, podem ser feitos durante este período. Novas técnicas estão sendo utilizadas, desde a limpeza ‘tissue’ a máscaras com pedras preciosas. O mercado da estética não para de apresentar novidades. Mas é preciso estar atento às
restrições e seguir as recomendações. A pressa para conquistar uma pele bonita pode ser prejudicial e trazer danos à saúde. Por isso, escolher um bom especialista é o primeiro passo. De acordo com a biomédica Fernanda De Polli, antes de iniciar qualquer tipo de tratamento, o ideal é fazer uma limpeza de pele para remover os comedões, conhecidos como ‘cravinhos’. Para esta temporada, uma nova técnica está sendo utilizada: o ‘tissue’, um tipo de adesivo colado. “Essa limpeza remove os comedões e a técnica não deixa marcas na pele. Ela pode ser feita até mesmo em paciente
gestante, além de deixar a pele iluminada e limpinha. Isso serve para preparar a pele para os demais procedimentos. É um tratamento base para qualquer outro. O ideal é estar com a pele uniforme, para não deixar manchas”. Partindo para os tratamentos que oferecem hidratação, as clínicas da região têm investido em máscaras que possuem diversas composições e aplicações. A mais nova no mercado é a máscara de rubi, uma das pedras mais valiosas no mundo, e que promete o rejuvenescimento. Ela é caracterizada pela cor avermelhada e possui alto teor de ferro e minerais que
Uma dica da especialista é o uso da água termal para a hidratação. “Ela [água termal] vem com muita força e está sendo bastante explorada, pois repõe alguns sais essenciais para a pele. Por exemplo, após a praia ou a piscina, é indicado o uso da água para borrifar no rosto e até mesmo no cabelo”. Na clínica em que atende, em São José dos Campos, a especialista destaca a procura pelas máscaras que, segundo ela, são a ‘sensação do momento’ e não possuem restrições. Ela alerta para a importância de suspender o uso de ácidos e outros tipos de tratamentos que sensibilizem a pele. “Tratamentos que podem sensibilizar a pele devem ser evitados, como peeling químico e o laser fracionado. Não é hora de clarear as manchas e sim de evitar. O que está liberado é o peeling de cristal e o de diamante”. Já em relação às máscaras, Natalie destaca que podem ser feitas em qualquer época, além de outros procedimentos. “Pode fazer massagem, drenagem, botox e preenchimento, que são comuns nesta época do ano e isso é liberado sem problema nenhum”. As máscaras estão liberadas, já que possuem o
tona o debate sobre a qualidade e os desafios da educação no país. Mas o destaque da edição de nº 21 foi a reveladora entrevista do escritor e jornalista joseense Luiz Paulo Costa que falou sobre liberdade, ditadura, política e tortura mas, também revelou como nasceu o esquema de corrupção implantado no Governo Federal. Na atual edição, a última de 2016, o entrevistado é o lendário engenheiro Ozires Silva, fundador da Embraer que nos conta sua história. Ficou interessado? Então aproveite a Metrópole Magazine deste mês.
efeito de hidratação e podem ser feitas a cada vinte dias. “As máscaras possuem nanopartículas de ativos e são muito utilizadas na
estética”, completa a especialista. Essas máscaras podem estar associadas a peptídeos, que possuem ação comprovada na melhora da longevidade.
Dicas: Evite o sol diretamente e principalmente entre 10h e 16h, quando a radiação está mais intensa O uso excessivo do sabonete resseca muito a pele. Dois banhos por dia já são suficientes para manter a pele limpa
“Pode fazer massagem, drenagem, botox e preenchimento, que são comuns nesta época do ano e isso é liberado sem problema nenhum” Natalie Lucasech, BIOMÉDICA
Se sua pele for oleosa e com tendência à acne é importante usar produtos como sabonetes, tônicos, adstringentes indicados para esse tipo de pele. E com os filtros solares é a mesma coisa. Opte pelas versões em gel, mousse e que sejam livres de óleo (oil free). Capriche também na limpeza da pele e remova totalmente o protetor à noite.
Parabéns à toda equipe pela qualidade técnica e informativa da revista para os leitores da região. Minha sugestão para agregar ainda mais valor à revista, seria fazer uma coluna de saúde, onde os leitores mandariam dúvidas por e-mail que seriam respondidas no mês seguinte. Me ofereço para ser um colaborador voluntário, sou médico clinico geral com 30 anos de experiência na área. Aldo Cesar Ribeiro Carpinetti - Taubaté
Beba dois litros de água por dia e use hidratantes naturais, além de utilizar sempre protetor solar ao sair de casa.
ERRATA: Na matéria PSDB reconquista São José e Jacareí, publicada na edição de novembro, o texto e a foto referentes ao prefeito de Jacareí são de autoria do jornalista Ícaro Leal. Envie email contendo: nome, idade e profissão para metropolemagazine@meon.com.br ou por correio para av. São João, 2375 - sl 2010 - Jardim das Colinas - São José dos Campos - SP - CEP: 12.242-000. Em função de espaço, as mensagens poderão ser resumidas.
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12 | Revista Metrópole – Edição 22
Artigo&
O efeito da reposição hormonal
O
estudo WHI – Women’s Health Initiative – realizado nos EUA, foi um marco na compreensão do envelhecimento feminino. Entre 1993 e 1998 foram estudadas 161.000 mulheres pós-menopausa. Em 2005, elas foram convidadas a participar de uma extensão do estudo e, em 2010, de uma segunda extensão. A ideia do estudo era verificar o efeito da reposição hormonal, das modificações da dieta e da reposição do cálcio e da vitamina D como estratégias para prevenir a maioria dos problemas de saúde comuns na pós-menopausa: doença cardíaca, tumores de mama, cólon e reto e fraturas. Aqui está o que o WHI descobriu e o que isso significa para você. Reposição hormonal: As mulheres que tomaram os hormônios tiveram menos fraturas de quadril e câncer de cólon e reto, mas também tiveram mais ataques cardíacos (dependendo do tempo de exposição ao hormônio), derrames, coágulos sanguíneos e tumores da mama. No estudo do estrogênio (sem progesterona), as mulheres com essa reposição tiveram menos fraturas de quadril, mas também tiveram mais derrames e coágulos sanguíneos. No que diz respeito à doença de Alzheimer e outros tipos de demência, as mulheres que tomaram hormônios tiveram uma probabilidade de desenvolver demência maior do que as mulheres que tomaram o placebo. O que isso significa para você: Não tome hormônios para prevenir doenças cardíacas ou doença de Alzheimer; eles não funcionam e podem causar danos. O estrogênio ajuda a prevenir fraturas de quadril, mas o mesmo acontece com outros
medicamentos (com mais eficiência e menos riscos). O estrogênio ajuda a controlar as ondas de calor. Para esse sintoma, seu médico provavelmente recomendará usar a menor dose eficaz de estrogênio pelo menor tempo possível. Dieta com baixo teor de gordura: No estudo de modificação de dieta do WHI, as mulheres foram distribuídas entre manter a sua dieta habitual ou adotar uma dieta com baixo teor de gordura e rica em frutas, verduras e grãos. Após 8 anos, os dois grupos apresentaram taxas semelhantes de acidente vascular cerebral, doenças cardíacas e câncer de mama, cólon e reto. Alguns pesquisadores acreditam que estes resultados não contam toda a história. Os efeitos protetores das dietas mais saudáveis podem aparecer depois de um tempo mais longo. Também é possível que a redução da ingestão de gorduras trans em particular iria fazer a diferença. O que isso significa para você: Uma dieta mais saudável pode não diminuir o risco de câncer de mama, cólon ou retal durante um período de menos de 10 anos. No entanto, alimentos ricos em gordura contribuem para o ganho de peso, o que a torna mais propensa a desenvolver diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer. Frutas, legumes e grãos integrais são necessários e podem diminuir o risco de muitos problemas de saúde a longo prazo. Suplementação de Cálcio e vitamina D: Mais de 36.000 mulheres foram distribuídas para receber comprimidos diários de cálcio e vitamina D ou pílulas
de placebo. Após 7 anos, as mulheres que tomaram cálcio e vitamina D tinham ossos mais fortes do que os usuários do placebo. No entanto, os grupos tiveram números similares de fraturas de quadril. Quanto ao debate sobre o risco cardiovascular do cálcio, é prudente evitar o excesso de reposição. O que isto significa para você: Se você estiver com mais de 60 anos, deve tomar cálcio e vitamina D. A dose diária recomendada (DDR) de cálcio é de 1200 mg para as mulheres com 51 anos ou mais. Para a vitamina D, a DDR é de 400 UI dos 51 aos 70 anos e 600UI acima dos 70 anos. Fale com o seu médico para ver o que mais você pode fazer para prevenir fraturas. Além disso, se estiver com mais de 50 anos, faça exames de fezes regulares ou colonoscopia para prevenir câncer de cólon e reto. Use bem essas informações! Roberto Schoueri Jr Médico geriatra em São José dos Campos, trabalha no Hospital REGER e se interessa pelas questões mais comuns que ocorrem na velhice.
Sucesso de público, Sucesso de CRÍTICA. Novas leis, grandes debates, Portal da Transparência, avaliação de projetos no Vote, espaço para opinião, crítica e prestação de serviços no Fale Conosco. Está tudo ao seu alcance no site da Câmara. E tem mais: o site acaba de ser escolhido uma das cinco melhores páginas governamentais do país no 4º Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web. Ele foi concebido para que softwares de conversão de texto em áudio, utilizados por pessoas com deficiência visual, possam reconhecer mais facilmente os conteúdos*. É a Câmara mais acessível a todos. * Para saber mais sobre as ferramentas de acessibilidade disponíveis, acesse: www.camarasjc.sp.gov.br/acessibilidade
@ Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web
www.camarasjc.sp.gov.br O dia a dia da Câmara em um clique. CÂMARA MUNICIPAL SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Independente e democrática.
14 | Revista Metrópole – Edição 22
Aconteceu& Murilo Cunha
Ortiz garante reeleição
A reportagem do Meon acompanhou todos os julgamentos do prefeito de Taubaté Ortiz Júnior. Até que, em novembro, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) liberou a candidatura de Ortiz Júnior (PSDB). O registro dele havia sido negado pela Justiça Eleitoral por ter sido enquadrado na lei da ficha-limpa após uma condenação por abuso de poder político e econômico. Ortiz foi o candidato mais votado na urna, com cerca de 74 mil votos. A decisão permitiu que ele permaneça à frente da prefeitura de Taubaté por mais quatro anos.
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Novo Arcebispo em Aparecida O papa Francisco aceitou a renúncia do cardeal brasileiro Dom Raymundo Damasceno e nomeou Orlando Brandes para o cargo de arcebispo de Aparecida. Brandes, que até então era arcebispo de Londrina, tem 70 anos e cuidará de um dos santuários marianos mais frequentados da América Latina. Damasceno foi o entrevistado da Metrópole Magazine de setembro e falou sobre sua missão à frente da diocese, após 13 anos renunciou por motivo de idade.
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Transplantes de fígado
A Santa Casa de São José dos Campos comemora a marca de 200 transplantes de fígado. O primeiro procedimento foi realizada em maio de 2009. A marca foi atingida no último dia 26 de outubro. De acordo com um levantamento do hospital, atualmente 48 pessoas estão na lista de espera por uma cirurgia na região do Vale do Paraíba.
Pedro Ivo Prates
Salão do automóvel De casa nova, o Salão do Automóvel 2016 abriu ao público que adora carros e o mercado automotivo. O espaço São Paulo Expo reuniu 32 marcas e 120 expositores e apresentou as principais novidades do mundo automotivo. O Meon esteve presente. Confira a galeria de fotos.
São José dos Campos, dezembro de 2016 | 15
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Meon e Uber
São José dos Campos já conta com o serviço da Uber. A cidade é a 30ª a receber a empresa multinacional norte-americana, prestadora de serviços eletrônicos na área do transporte privado urbano baseada em tecnologia em rede. A primeira viagem em São José pode sair de graça para os leitores do Meon. A parceria Meon e Uber vai dar a todos um desconto de R$ 30 na primeira vez que utilizar os serviços dos motoristas credenciados pelo aplicativo. Para ter o desconto é simples: basta utilizar o código promocional MEON2017.
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A vitória de Trump Para o mundo, a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos anuncia um clima geopolítico profundamente novo. De Berlim a Pequim, os líderes estão observando se o presidente eleito dará continuidade às promessas populistas e protecionistas que poderiam travar o compromisso global dos Estados Unidos com políticas estabelecidas a respeito de comércio, defesa e imigração. O portal Meon acompanhou as eleições norte-americanas.
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O Varejo Experience foi o 1º evento totalmente focado no varejo da região do Vale do Paraíba. Apresentou as inovações tecnológicas, os negócios inspiradores e como as mídias sociais estão alterando a realidade do varejo. Mais de 300 pessoas estiveram presentes nos três dias de evento, que aconteceu na FAAP São José dos Campos, entre consumidores, empresas locais, associações, representantes do setor e os principais influenciadores digitais da região. O objetivo do evento era trazer empresários locais para falar sobre suas experiências e ideias.
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Varejo Experience
Garotinho e Cabral na cadeia O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR), foi preso no dia 16 de novembro e, após passar mal, foi internado e submetido a uma cirurgia cardíaca. Garotinho teve alta no dia 22, seguindo para prisão domiciliar. O político nega a acusação de ter liderado um esquema para compra de votos em Campos dos Goytacazes e considera sua prisão “absolutamente ilegal e abusiva”. Outro ex-governador preso preventivamente no Rio de Janeiro em novembro foi Sérgio Cabral (PMDB). A prisão foi decretada graças a um desdobramento da Operação Lava Jato. Cabral é investigado em duas frentes – a Lava Jato e outra que tem como foco um esquema de corrupção envolvendo a construtora Delta, do empresário Fernando Cavendish.
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Frases&
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Às vezes, políticos falam e se surpreendem com o efeito nocivo do ódio. Se surpreendem com a interpretação que fazem do que eles dizem
Já estamos fazendo a lição de casa, cortando secretarias, economizando e fazendo política austera
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Felicio Ramuth, em relação à transição de governos em São José dos Campos
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Olga Curado, especialista em media training, jornalista, poeta e budista, sobre seu cliente em treinamento Jair Bolsonaro (PSC)
Foto: Pedro Ivo Prates
“
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Quero mostrar a fé por meio dos gestos e olhares, que são os elementos que utilizo para integrar o devoto à atmosfera que só a Basílica tem Thiago Leon, fotógrafo oficial da Basílica de Aparecida
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Para o réveillon, as mulheres devem brilhar, se dar ao luxo de usar paetê, metalizados. É uma época versátil e tudo é aceito, até na areia da praia
”
Deborah Martini, consultora de imagem.
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São José dos Campos, dezembro de 2016 | 17
Paula dal Belo, diretora do ACI Mulher
”
O Brasil é república de bananas devastada pela desonestidade e pela incorreção
”
Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal, em um discurso durante um seminário na Sede da Procuradoria-Geral da República
“
Inovação não existe sem liberdade. Precisamos buscar a liberdade para fazer a inovação acontecer
Foto: Julio Silva
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“
A mulher precisa ter força e embasamento para lidar com os desafios que irão surgir. Empreender é algo sério!”
Ozires Silvai, fundador e presidente da EMBRAER por 21 anos.
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O evangelho não nos pede nada de sobrenatural. O amor talvez seja o milagre mais difícil, porque ele nos humaniza
”
Fábio de Melo,em show realizado em São José dos Campos.
”
18 | Revista Metrópole – Edição 22
ENTREVISTA
O longo voo de Ozires Silva
Empreendedor e visionário, mentor da Embraer pensa a São José de 2030 Henrique Macedo SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O
engenheiro Ozires Silva é um homem de grandes realizações. Nascido em Bauru, em 1931, Ozires foi o principal mentor da Embraer, terceira maior fabricante de jatos do mundo. Formado pelo ITA (Instituto Tecnológico Aeroespacial) é coronel da Aeronáutica. Também ocupou importantes cargos no governo federal e na Petrobras. Aos 85 anos, mantém uma agenda lotada, fazendo palestras por todo o Brasil. Entre um trabalho e outro, Ozires respondeu as perguntas enviadas pela revista Metrópole Magazine. O senhor é um dos responsáveis por colocar o Brasil entre os maiores fabricantes de aviões do mundo. Isso é fruto de uma visão empreendedora, de um sonho ou de muita sorte? Sim, é fruto de tudo um pouco, como acontece em nossas vidas. Acalentamos sonhos e pode-se cultivar ideias e iniciativas, transformando-as em empreendimentos pessoais ou para terceiros. Prosseguindo, insistindo e mantendo as crenças principais, podemos até ter sorte. Como era a Embraer nos primeiros anos, até a década de 80? A empresa foi criada em 1969, fruto dos três atributos que você colocou em sua primeira pergunta - sonho, visão empreendedora e muita sorte -, construída após muitos anos e luta de convencimento de pessoas e entidades que pudessem nos ajudar, acreditando nas metas que a Embraer mostra hoje: aviões brasileiros,
dos mais variados tipos, voando em praticamente todos os países do mundo. Em 1980 já era uma empresa robusta, caminhando firmemente na estrada construída por suas estratégias iniciais: as da construção de uma empresa global, conservando desde o início uma vocação de produzir aviões de marcas brasileiras, tecnologias nacionais e resultado de projetos de sucesso identificados nos mercados nacional e mundial. O senhor pode relembrar a sua passagem pela Petrobras, entre 1986 a 1989? Como foi esse período? Foi um período difícil o de sair do espaço e ir para as profundezas do solo, em busca do petróleo que o país precisava - e precisa - para, como fonte de energia
“Todas as empresas do mundo, infelizmente, estão sujeitas às mesmas ameaças, ao participar de vendas a governos, os mais diferentes” sobre a corrupção na Embraer primária, colocar à disposição dos consumidores as condições de desenvolverem seus negócios, contribuindo para a geração de empregos e de riquezas. Diferentemente da Embraer, que era
uma empresa em que eu pessoalmente tinha participado da criação, gerando suas vocações e futuro, não foi fácil encontrar uma empresa consolidada, com crenças e processos gerenciais, absolutamente diferentes da nossa fábrica de aviões! No entanto, tive sorte, pois fui bem recebido e continuamos o que tinha sido feito no passado, buscando novos caminhos, certamente existentes no mercado internacional. Infelizmente, a internacionalização da empresa não foi conseguida, por prudência ou zelo do acionista controlador, o governo brasileiro. Uma pena, pois, se isso tivesse sido autorizado na época, possivelmente os problemas que a empresa enfrenta hoje não existiriam! Em 1990, o senhor assumiu o cargo de ministro da Infraestrutura no governo de Fernando Collor. Como foi essa experiência? Aceitei o convite do presidente, pois sempre fui crítico sobre a enorme interferência do governo sobre os negócios no país, o que, na época (e ainda hoje) é um dos impedimentos, entre outros menos importantes, no insuficiente desenvolvimento do Brasil. E não achava correto que, tendo uma oportunidade de mudar, fugisse do desafio. Mas não gostei do mundo político e, com pouco mais de um ano, deixei o ministério, após algumas realizações muito menores do que as que desejava. Vi que o governo, como instituição, mantinha um sistema gerencial no qual as decisões não eram tomadas... elas aconteciam! Não descobri como! Tudo difícil e complexo, com a interferência correta ou não de outros órgãos que nada tinham a ver com o problema.
São José dos Campos, dezembro de 2016 | 19
Em 1991, o senhor retornou ao comando da Embraer, onde ficou até a privatização da empresa em 1994. Qual a sua avaliação sobre essa medida ? Meu retorno à Embraer ainda foi durante o governo do presidente Collor, que teve a grandeza de não guardar ressalvas sobre minha permanência como seu ministro. Posteriormente, continuei a presidir a empresa durante o mandato do presidente Itamar Franco, até meu pedido de demissão em maio de 1994, após o longo e exaustivo processo de privatização da empresa. Quanto à privatização, ela foi um grande sucesso, como hoje está mais do que demonstrado. Sob o controle da iniciativa privada cresceu, pode investir em novos produtos, conquistar muito mais espaço no mercado internacional, graças à competência técnica e gerencial de sua equipe e à dinâmica possibilidade de gerenciar de forma bem melhor do que é possível a uma empresa do Estado, como resultado de uma legislação antiquada e restritiva, que precisa ser revogada.
Sobre as denúncias de corrupção envolvendo funcionários da Embraer. É uma decepção? Todas as empresas do mundo, infelizmente, estão sujeitas às mesmas ameaças ao participar de vendas a governos, os mais diferentes. Uma vez existindo o problema, cabe à empresa usar todos os
O senhor é um dos mentores do São José 2030. Qual é o objetivo desse projeto? Sempre insisto que não é possível prever o que acontecerá no futuro, mas podemos trabalhar agora para construir algo que poderá atingir resultados muito positivos para uma empresa ou instituição, uma cidade, região ou país. Esse é o princípio fundamental
que nos levou a criar um Projeto que chamamos de São José dos Campos 2030. Ou seja, promover atualmente investimentos que possam florescer, se desenvolver e produzir resultados em 2030 ou mais tarde. Para isso, convidamos líderes locais e a população em geral a produzir ideias agora, gerar interesse de empreendedores que levem ao sucesso de suas iniciativas, como acontece normalmente com qualquer empreendimento. O senhor fez gestões junto à Prefeitura de São José dos Campos a fim de trazer o WTC para uma área na região do Jardim Aquarius. Na época, parte da população e entidades da cidade se manifestaram contrárias e o projeto
Foto: Pedro Ivo Prates
Hoje, a Embraer é a terceira empresa do setor aeroespacial no competitivo mercado mundial. O que o senhor sente ao ver os jatos produzidos no Brasil voando em todos os continentes? Creio que não somente eu, mas todos da valorosa equipe de trabalho da empresa bem como o povo brasileiro, sentem orgulho de voar em produtos complexos e sofisticados como os aviões, até em outros países, contribuindo para a mobilidade e pela agilidade dos negócios, gerando riquezas e empregos nos cinco continentes.
meios legais para se defender. A Embraer tem feito isso e, até hoje, não foi legalmente reconhecida como culpada. Assim, usando o princípio mundial de “presunção de inocência”, não concordo em colocar nossa empresa no banco de réus, sem decisão passada em julgado em qualquer país!
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Foto: Pedro Ivo Prates
parou. Quais seriam os benefícios do empreendimento para São José? O projeto do WTC (World Trade Center) enquadra-se nos objetivos do São José 2030, pois embora alguns não pensem assim, nossa cidade se internacionalizou. Os aviões fabricados voam em todo o mundo e são comprados aqui por empresários mundiais que viajam para cá, assinam contratos, compram e recebem suas aeronaves em solo joseense! Ora, o WTC, como o nome indica, é uma organização internacional voltada ao comércio, com mais de um milhão de empresas associadas, ajudando os empresários a promoverem seus negócios. Assim, o WTC pode perfeitamente ser um vetor de ajuda nessas vendas da Embraer e de outros fabricantes locais, que tanto ajudam a população, gerando empregos e receitas para a prefeitura local. Por outro lado, o WTC São José poderia ser um local de apoio às pessoas em busca de projetos, que com frequência estão entre nós, oferecendo-lhes apoio para aqui permanecerem mais tempo, tocando seus negócios, promovendo outras alternativas localmente ou em outros países. Enfim, uma cidade internacional como
São José dos Campos pode e deve oferecer algo que também, de forma internacional, receba visitantes tão importantes para a nossa riqueza. Uma mensagem para quem está começando e tem medo de empreender
“Infelizmente, a internacionalização da empresa não foi conseguida. Se isso tivesse sido autorizado na época, possivelmente os problemas que a empresa enfrenta hoje não existiriam.” sobre a Petrobras
Infelizmente, é verdade que os brasileiros têm medo de empreender nos territórios fora do Brasil, embora os empresários do mundo, com a maior facilidade e coragem, constroem aqui suas fábricas e aqui vendem seus produtos. Temos de vencer esse medo sem sentido, que está nos custando caro. O Brasil, por seus produtos, participa com apenas cerca de 1% do comércio internacional. Um porcentual ridículo para um país das nossas dimensões geográficas. Isso acontece e perdemos oportunidades que são nossas. Os negociantes nacionais e nosso governo precisam se juntar para fazer com que o nosso país cresça e tenha seus produtos nas lojas e vitrines de todo o mundo, da mesma forma que produtos mundiais estão nas esquinas de nossas casas. O exemplo da Embraer mostra como uma iniciativa - partir de algumas ideias de visionários do passado, com meios educacionais aqui existentes - pode estar agora trazendo resultados acima do que qualquer um poderia esperar no final de 1969, quando a nossa empresa dava seus primeiros passos.
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NOTÍCIAS POLÍTICA
Os novatos
Câmaras na RMVale passam por renovação de quadros; em Taubaté, quase metade dos eleitos são ‘marinheiros de primeira viagem’ Murilo Cunha RMVALE
T
aubaté teve um 2016 turbulento para a cobertura política. Em poucos meses, a cidade vivenciou uma verdadeira dança das cadeiras - com o perdão do clichê. Sai prefeito, entra prefeito. Sai presidente da Câmara, entra vice. Sai vereador, entra suplente. Volta prefeito, e tudo volta a ser como antes. Ao menos, por ora: no dia 1º de janeiro, o prefeito Ortiz Júnior assume seu segundo mandato e a Câmara Municipal inicia uma nova legislatura, trocando quase a metade do quadro de vereadores. Nove, dos dezenove vereadores eleitos, não ocupam nenhuma cadeira na Casa de Leis. Destes, sete foram eleitos pela primeira vez e apenas um já chegou a assumir como suplente. A Metrópole Magazine apresenta para você os novos rostos do legislativo taubateano.
Rodson Lima Júnior “Bobi”
Partido: PV Idade: 33 Naturalidade: Taubaté Eleições disputadas: 02 Filho do falecido ex-vereador Rodson Lima, Rodson Lima Júnior é o único que já ocupou o cargo de vereador na cidade - durante os três meses do vereador Paulo Miranda no Palácio Bom Conselho, ele assumiu o gabinete como suplente.
“O [meu] pai, nos seus últimos dias de vida, me chamou pra conversar. Ele falou ‘filho, eu creio que você tem um futuro na política, você já foi bem votado na última eleição. O pai cometeu algumas coisas que não deveria ter cometido, mas você aprendeu o que deve e o que não deve ser feito’”.
Guará Filho
Partido: PR Idade: 34 Naturalidade: Tremembé Eleições disputadas: 01 Ex-presidente do Sindicato do Servidor Público Municipal, Guará Filho disputou as eleições pela primeira vez e foi o mais votado dentre os novatos: 2.002 votos. Na Câmara, afirma que vai continuar trabalhando pelo servidor municipal e que vai tentar trazer parcerias com o Ministério dos Transportes. “A população de Taubaté pode entender o nosso mandato como um mandato combatente. O Sindicato foi uma entidade importante nessa trajetória, tive a oportunidade de mostrar a forma que eu trabalho. O servidor viu que a gente não fica só na conversa. O Guará Filho vem para realizações, e não para ficar de promessa e blablablá”.
Dentinho
Partido: PV Idade: 50 Naturalidade: Taubaté Eleições disputadas: 02 Ator formado pela escola Fêgo Camargo e ligado ao setor cultural, João Henrique de Moraes, o Dentinho, foi candidato em 2012 e quase se elegeu: candidato pelo PSB, obteve mais de 1.300 votos, mas foi barrado pelo quociente eleitoral. Agora no PV, foi o escolhido de 1.800 eleitores e garantiu uma vaga na Casa. “Sempre que você faz algo pela primeira vez, com inexperiência, você acaba cometendo algumas falhas. Desta vez não, e como você já foi candidato antes, as pessoas começam a gravar a sua figura. Eu quero trabalhar pela área da cultura e já estou avaliando alguns projetos, como a revitalização do Sítio do Pica-Pau amarelo e de outros parques da cidade”.
Vivi da Rádio
Partido: PSC Idade: 40 Naturalidade: Taubaté Eleições disputadas: 02 Radialista, Vivi disputou a sua primeira eleição em 2012 sem grandes expectativas: seu nome foi lançado para ajudar a preencher a cota de 30% de mulheres na chapa. Mesmo assim, atingiu quase 800 votos, o que serviu de estímulo para uma segunda tentativa.
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“Tenho quase 20 anos de rádio em Taubaté, e a gente sempre acaba sendo um ponto de socorro para as pessoas necessitadas, que não conseguem ajuda. Faço esse trabalho e sempre gostei. Passei a atuar mais fortemente na área de ação social e acabei me apaixonando, por isso decidi me candidatar”.
Jessé
Partido: Solidariedade Idade: 42 Naturalidade: Resende - RJ Eleições disputadas: 01 Jessé atuou durante quatro anos como assessor no gabinete do falecido vereador Rodson Lima e mais quatro no gabinete do prefeito Ortiz Júnior. Ele atribui o resultado nas urnas a um “reconhecimento” do seu trabalho nesses dois períodos. “Tenho um histórico de trabalho tranquilo, mas sempre fazendo o possível para atender à população. Estive em contato com o povo e pude dar retorno às demandas que surgiam, eu acho que isso foi um grande diferencial para a minha campanha”.
Loreny
Partido: PPS Idade: 25 Naturalidade: Taubaté Eleições disputadas: 01
Mais jovem dentre os novos vereadores, Loreny também foi a que teve a campanha mais barata: no total, foram R$ 3.810, sendo quase 25% do valor em recursos próprios. Econômica, a campanha foi calcada no boca a boca pelas redes sociais. “Tenho como missão fazer do meu mandato um mandato educativo, levando os debates para a população, traduzindo os assuntos políticos para uma linguagem mais simples. Os políticos gostam de dizer que a população não participa, mas ela não participa porque é difícil participar. A informação é difícil de digerir e é difícil as pessoas terem tempo livre fora. Quero promover a participação popular, o entendimento do orçamento público e a transparência”.
Boanerge
Partido: PTB Idade: 62 Naturalidade: Itaberaba - BA Eleições disputadas: 01 Policial militar, Boanerge atualmente ocupa o cargo de Diretor de Segurança Pública, nomeado pelo prefeito Ortiz Júnior. Apesar disso, ele afirma não se considerar um político. Originalmente, o nome de Boanerge não estava na lista dos vereadores eleitos: ele entrou após o julgamento de recursos que acabaram por alterar o quociente eleitoral. “Eu não me considero uma pessoa política, mas faço parte de um grupo que enxergou em mim esse potencial e me direcionou para a candidatura. Aceitei a proposta, mas fui sem pretensões, não sabia que poderia dar certo. De certo modo, foi até surpreendente, porque eu saí candidato aos 40 do segundo tempo”.
Outras cidades SÃO JOSÉ DOS CAMPOS: São José, que possui 21 vereadores, também elegeu oito novatos – cerca de 40% de renovação na Câmara: Esdras Protetor SD – 9.495 votos Dr. Elton Júnior – PMB 6.617 votos Flávia Carvalho – PRB 6.329 votos Sérgio Camargo – PSDB 5.533 votos José Dimas – PSDB 3.782 votos Lino Bispo – PR 3.749 votos Maninho Cem por Cento – PTB 3.491 Marcão da Academia ao Ar Livre – PTB – 3.125 votos JACAREÍ: A maior renovação ficou por conta de Jacareí: a cidade vai trocar nove dos seus 13 vereadores por políticos que se elegeram pela primeira vez neste ano: Lucimar Ponciano – PSDB 2.305 votos Dr. Rodrigo Salomon – PSDB 2.079 votos Paulinho dos Condutores – PR 1.928 votos Patrícia Juliani – PSDB 1.905 votos Sônia Patas da Amizade – PSB 1.759 votos Juarez Araújo – PSD 1.626 votos Dra. Márcia – PV 1.577 votos Luís Flávio (Flavinho) – PT 1.495 votos Abner Rosa – PR 1.422 votos
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NOTÍCIAS ECONOMIA
E-commerce em ritmo acelerado
Crescimento do comércio digital faz empresários da região investirem em plataformas online para a venda de seus produtos Fotos: Pedro Ivo Prates
Renan Constantino, gerente de e-commerce do grupo Oscar
Moisés Rosa RMVALE
O
ritual de ir às lojas para realizar compras ainda existe. Mas com o avanço da tecnologia, essa prática está diminuindo e as pessoas estão optando pela facilidade e comodidade. Sapatos, roupas e até mesmo materiais de construção podem ser adquiridos com apenas um clique. Receber a mercadoria sem sair de casa já é realidade com o mercado online. A onda de vendas pela internet teve um ‘boom’ neste ano, devido à crise
econômica, o que também impulsionou os empresários da região a investirem neste tipo de modalidade de vendas para o comércio. De acordo com a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), a expectativa de crescimento deste ano é de 11% no total de vendas, com 57 mil lojas virtuais. No ano passado, o crescimento foi de 22%, com 54 mil lojas. O volume de vendas para este ano é de R$ 53.491 milhões, ante R$ 48.190 milhões de 2015. Os principais segmentos na web são de moda e acessórios, eletrodomésticos, saúde e
beleza, eletrônicos e informática. O estudante Vitor de Almeida, 21 anos, que já realizou compras pela internet, conta que a principal vantagem é o preço mais em conta. De casa, ele consegue efetuar a compra e escolher o produto que mais lhe atrai. “A principal vantagem de comprar na internet são os preços menores. Também é bom pelo número de lojas em que você pode pesquisar. Não se restringe apenas nas lojas que estão no shopping, por exemplo”. Durante as compras, Almeida ressalta que toma cuidados com a
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Wilson Sanner Junior e Julio Pimentel investiram em uma plataforma de vendas de livros
procedência do site. Uma dica dos especialistas em segurança na web é estar atento às validações de segurança dos endereços na internet para que golpes sejam evitados. “Me preocupo, mas sempre compro em sites ou vendedores que possuem boas avaliações em sites de segurança. Vejo também os comentários de outros compradores”. Almeida destaca ainda a rapidez na entrega. “Destaco de positivo, a integridade do produto quando chega a minhas mãos, velocidade de entrega e preço. De negativo, destaco o fato de não ter como experimentar, assim algumas vezes acabo comprando uma camisa que fica muito grande ou muito pequena, por exemplo”, acrescenta o universitário.
Mercado De acordo com o presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial), de São José, Felipe Cury, os empresários
estão investindo em lojas virtuais como uma alternativa para também impulsionarem os negócios. “Temos observado o interesse dos empresários que estão implantando plataformas online e disponibilizando os produtos na web. É algo inovador e que está sendo implementado pelos comerciantes da cidade”. A nova característica tem sido acompanhada e testada no comércio. “Está sendo recebida de forma positiva pelos comerciantes. O mercado online incentiva e oxigena ainda mais a economia na região”, observa Cury.
Iniciando A paixão por livros estimulou dois amigos de São José dos Campos a investirem em uma plataforma de vendas pela internet. Há três meses, Julio Pimentel e Wilson Sanner Junior decidiram partir para a abertura de uma empresa na web, a Tudo Livros, focada na literatura cristã. Um atua como corretor e outro é bancário.
“A internet é algo fabuloso e muito extenso. Identificamos que as pessoas estão buscando conhecimentos teológicos para a sua aplicação pessoal e uma literatura de alta qualidade. Compartilhamos da mesma vontade e decidimos investir na área”. A plataforma conta com três mil títulos cristãos, de negócios e de assuntos classificados como interessantes, com vendas espalhadas em diversas localidades do país. Para Wilson Sanner Junior, o consumidor tem mudado o comportamento e escolhido os produtos disponibilizados na internet. Ele afirma que a possibilidade de ter uma estrutura mais ‘enxuta’ também motivou a implantar o projeto. “O mercado online apresenta várias possibilidades e o nosso objetivo é atingir todo o Brasil. O crescimento da internet possibilita que possamos atingir os mais diversos interesses e regiões. Além disso, a venda online possibilita uma estrutura mais compacta, num mundo cheio de burocracias e que acabam limitando”.
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Para chegar ao público, os empresários contam com a ajuda de uma equipe que direciona as ações na web e que também é responsável pelo mapeamento de interesse na rede social. “Um consultor está fazendo o mapeamento para identificar o perfil. Com isso, também podemos direcionar as estratégias”. Em um levantamento inicial, os empresários identificaram que o público
entre 18 e 44 anos é o que possui maior poder de compra. Entretanto, isso não é uma regra. “A maior parte das compras é na faixa etária de 18 a 44 anos. Mas, temos observado que as pessoas quando querem um produto descobrem as vendas online e efetuam as compras”, comenta Junior. O objetivo da empresa, que possui sede em São José, é chegar a dez mil
Rafael Oliveira possui loja virtual e vende para todo o Brasil
títulos. “É uma tendência muito forte o e-commerce. Está havendo uma mudança cultural e as pessoas farão totalmente, no futuro, as compras online”.
Plataforma vantajosa Para o empresário Rafael Floriano de Oliveira, que também investiu no e-commerce, um fator foi essencial para disponibilizar os produtos da loja na plataforma digital: o aumento da concorrência. Oliveira também considera o custo de uma loja virtual mais vantajoso. O e-commerce da loja de materiais de construção completou um ano em agosto deste ano. “Estamos sempre atentos às novas demandas do mercado e às novidades. O Bandeirantes está no mercado há 37 anos com as operações da loja física e o que mais nos motivou a investir nas vendas online foi o aumento da concorrência de lojas físicas de materiais de construção em nossa cidade e pelo custo de manutenção de uma loja online”. De acordo com o diretor comercial da loja, um novo perfil do consumidor que busca praticidade e agilidade pode ser observado. “Se formos analisar as atuais pesquisas sobre o novo perfil do consumidor, iremos perceber que o consumidor multicanal está em alta. Ele quer ter a experiência e o contato com a empresa de várias formas: loja física, loja online, redes sociais, blog, entre outros. A comodidade é uma grande vantagem para o consumidor que tem o costume de fazer suas compras online”. Oliveira afirma que o objetivo é transformar o e-commerce como principal canal de comercialização. “As vendas atualmente estão concentradas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. A grande maioria das vendas ocorre no Estado de São Paulo. Pretendemos aumentar os investimentos do e-commerce no ano de 2017 e temos como objetivo que esse seja nosso principal canal de
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Imagine que você vai andar de 2008 novinho e ainda pode ir a Paris. Só neste mês de dezembro, quem for à Val Du Lion e comprar seu 2008 Allure vai poder ir a Paris com acompanhante*. Venha logo fazer seu Emotion Drive.
NA CIDADE SOMOS TODOS PEDESTRES
*AÇÃO PROMOCIONAL EXCLUSIVA PARA PESSOAS FÍSICAS, MAIORES DE 18 ANOS E VÁLIDA PARA PEDIDOS FIRMES DE COMPRAS EFETUADOS E FATURADOS NO PERÍODO DE 25/11/2016 A 25/12/2016, ESPECIFICAMENTE PARA CLIENTES QUE COMPARECEREM ÀS CONCESSIONÁRIAS VAL DU LION SÃO JOSÉ DOS CAMPOS / TAUBATÉ . O CLIENTE QUE ADQUIRIR UM VEÍCULO PEUGEOT 2008 ALLURE AUT 16/17, COM PAGAMENTO NA FORMA A VISTA, AO PREÇO SUGERIDO EM SITE DA MONTADORA, WWW.PEUGEOT.COM.BR, EM UMA DAS CONCESSIONÁRIAS VAL DU LION VEICULOS LTDA, DESDE QUE SEJAM VEÍCULOS DE ESTOQUE, EXCETO NA MODALIDADE DE FATURAMENTO DIRETO DA FÁBRICA, E OPTAR POR PARTICIPAR DESSA AÇÃO PROMOCIONAL, TERÁ DIREITO A UM VOUCHER COM LIMITE MÁXIMO DE R$ 4.000,00 NA COMPANHIA CVC VIAGENS. COM ESSE VOUCHER, O CLIENTE PODE COMPRAR 4 PASSAGENS AÉREAS PARA PARIS, CORRESPONDENTE A IDA E VOLTA PARA DUAS PESSOAS (CLIENTE MAIS UM ACOMPANHANTE), EM VOO REGULAR, CLASSE ECONÔMICA, PARTINDO E RETORNANDO DE GUARULHOS, EM VOO DA EMPRESA TAP, NO PERÍODO DE 07/03/2017 A 14/03/2017. CASO AS PASSAGENS SEJAM DE MENOR VALOR QUE O VOUCHER OFERECIDO, NÃO SERÁ CONCEDIDO VALOR EM ESPÉCIE AO CLIENTE DA DIFERENÇA. NÃO ESTÃO INCLUÍDAS TAXAS DE EMBARQUE, EMISSÕES DE PASSAPORTE, ESTACIONAMENTO, TRANSLADO, E DEMAIS DESPESAS AEROPORTUÁRIAS. A DISPONIBILIDADE DA PASSAGEM PROMOCIONAL ESTÁ A CARGO DA EMPRESA AÉREA. OS DETALHES SOBRE O PRÊMIO E OS PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS PARA RECEBIMENTO ESTÃO DESCRITOS NO REGULAMENTO. CONSULTE O REGULAMENTO NAS LOJAS PARTICIPANTES. CAMPANHA PROMOCIONAL NÃO CUMULATIVA COM OUTRAS PROMOÇÕES VIGENTES NO PERÍODO. FOTOS ILUSTRATIVAS. CAMPANHA PODERÁ SER CANCELADA SEM PRÉVIO AVISO. VEÍCULOS PARTICIPANTES DA PROMOÇÃO POSSUEM FINAL DE CHASSI: HB008070, HB012392, HB013455, HB025928 .
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O volume de vendas online para este ano é de R$ 53.491 milhões, ante R$ 48.190 milhões de 2015
“Planejamento tem que ter sempre, acompanhar as tendências do mercado, quais localidades estão demandando mais necessidade do produto e fazer propagandas direcionadas para estas localidades” Josiane Orselli, EMPRESÁRIA EM PINDAMONHANGABA
vendas. Nosso grande desafio é o de estimular que clientes da nossa região possam também fazer compras online e perceberem as vantagens. Hoje a grande maioria das nossas vendas ocorre em outras cidades”, acrescenta. Em Pindamonhangaba, a empresária Josiane Orselli é sócia em uma loja que atende exclusivamente o ‘online’. Ela atua na área de decoração e presentes desde 2015, com a ‘Diorsi Decor’. “Minhas vendas se iniciaram com a possibilidade de poder atender todo o Brasil, de encontrar potenciais clientes em áreas que minha loja física não alcançaria, de ter a facilidade de trabalhar em horários alternativos e ainda ter outras atribuições”. Sobre o e-commerce, Josiane comenta que os mecanismos empregados nos sistemas são o diferencial para atrair o consumidor e impulsionar o mercado. “As plataformas de e-commerce e de pagamentos têm dado cada vez mais segurança para o consumidor. Além disso, ele tem a comodidade de comprar sem sair de casa, não pagar estacionamento, pegar trânsito, fila, etc.”. Com a loja online, a empresária relata que esta sempre por dentro do
comportamento do consumidor é fundamental. A maioria das solicitações é de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. “Planejamento tem que ter sempre, acompanhar as tendências do mercado, quais localidades estão demandando mais necessidade do produto e fazer propagandas direcionadas para estas localidades”, completa. Já no setor calçadista, a tendência para a implantação de lojas virtuais também foi acompanhada. O Grupo Oscar, que possui 75 lojas físicas no país, aderiu à plataforma online há cinco anos e enxergou o digital como uma nova forma de ampliar os negócios. Segundo dados da Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), a indústria nacional produz cerca de 900 milhões de calçados por ano e exportou 129 milhões de pares em 2014. “Atualmente, as vendas do online viraram um negócio potencial. No ano passado mudamos de plataforma e fizemos melhorias, o que nos permitiu ter um crescimento. Observamos também que esse crescimento foi em virtude do comportamento do cliente com a utilização do mobile”, relata Renan Constantino,
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gerente de e-commerce da rede. A concorrência no online também é um desafio para os empresários, já que diversos produtos são disponibilizados. No Grupo Oscar, as vendas pela internet representam 3,5% e a meta é chegar a 10% no próximo ano. “Para dar certo e conseguir bons resultados, é preciso investir na logística, analisar e rastrear os pedidos, além de outras situações. Todos os nossos 35 mil produtos são cadastrados na plataforma. Sapatos femininos, masculinos, tênis, entre outros”, destaca. A rede possui parceria com marketplace, que são os shopping virtuais. Isso, segundo Constantino, alavancou a comercialização dos produtos. “A parceria com o marketplace representa 35% das vendas online. Conseguimos atingir, principalmente, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Bahia”. “Temos uma vantagem competitiva aqui no Vale do Paraíba e Litoral Norte, pois os clientes também podem ir até uma loja e trocarem. Essa é uma facilidade. Em São José, o prazo de entrega é de um dia”, completa.
Cuidados: ••
Verificar se o site possui reclamações junto ao Procon;
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O consumidor deve assegurar-se, ainda, de que os responsáveis pela página e as mercadorias ofertadas são de confiança;
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Quando o consumidor faz uma compra via internet, fornece dados pessoais e sigilosos, tais como número do cartão de crédito e endereço para fechar o negócio. Por isso, antes de tudo, é muito importante que cuide da segurança do computador para evitar que as informações sigilosas sejam capturadas indevidamente por terceiros;
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É importante checar também o valor das despesas com frete e taxas adicionais, que podem encarecer o produto.
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NOTÍCIAS SAÚDE
Tecnologia no combate ao câncer de pele
Foto: Pedro Ivo Prates / Meon
A exposição excessiva ao sol é a principal causa da doença, provocada pelo crescimento descontrolado das células que compõem a pele
Técnico de pesquisa e desenvolvimento Manoel de Souza Sá
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Rodrigo Machado SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O
ano de 2016 pode ser o mais quente da história do planeta Terra. A informação foi divulgada pela OMM (Organização Meteorológica Mundial), com base nos dados preliminares que mostram aumento de 1,2ºC nos primeiros nove meses deste ano. O estudo é claro em informar que as temperaturas subiram com mais intensidade nos primeiros meses do ano devido ao evento El Niño, caracterizado pelo aquecimento acima da média das águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical, localizado próximo à linha do Equador, com impactos em todo o clima da Terra. Se isso for confirmado, o século 21 terá registrado 16 dos 17 anos mais quentes desde que tiveram início os registros de temperatura no mundo. Os dados foram apresentados em novembro durante a conferência da ONU sobre o clima, em Marrocos. Com as temperaturas cada vez mais altas e os raios solares mais fortes, evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV serão mais desafiadores nos próximos anos. E quais serão as melhores estratégias adotadas no nosso dia a dia para prevenir o câncer de pele? O Inca (Instituto Nacional do Câncer) registra, a cada ano, 135 mil novos casos e o câncer de pele responde por 30% de todos os diagnósticos da doença no país. O tipo mais comum, o não melanoma, tem letalidade baixa, segundo dados do instituto e de especialistas consultados pela Metrópole Magazine. Ficar muito tempo sob exposição do sol é a principal causa da doença, provocada pelo crescimento descontrolado das células que compõem a pele. “É um tumor com alto índice de cura, apresentando mortalidade em 2013 de 1.769 casos em todo o país”, disse a
médica oncologista do IOV (Instituto de Oncologia do Vale), Ticiana Pereira Fonseca Garcia. O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, é raro em crianças e negros, mas perigoso para pessoas de pele clara, sensíveis à ação dos raios solares ou com doenças cutâneas prévias, que se tornam as principais vítimas. “O uso de protetor deve ser diário para todas as pessoas, principalmente para as de pele e olhos claros, e não somente quando for à praia ou piscina. Deve ser passado diariamente. O uso de protetor é o melhor método de prevenção, porém em caso de exposição direta ao sol deve-se usar chapéu, camisa, óculos escuros e guarda-sol”,
afirmou Ticiana. O dermatologista e cosmiatra Otávio Roberti Macedo explicou que cada vez mais a medicina tem feito o uso de tecnologia para o desenvolvimento de produtos e para a identificação da doença. “Existem exames de mapeamento corporal, com aparelhos bem precisos, como o Foto Finder para que se faça um acompanhamento fidedigno das pintas, com a devida documentação e rastreamento precoce”, disse. Ele contou que uma novidade promissora para a prática clínica dermatológica é a microscopia confocal, um novo método diagnóstico de obtenção de imagens que facilita a detecção de doenças e câncer de pele, como o melanoma. O método também pode ser usado como técnica complementar à dermatoscopia. “A dermatoscopia é um método que permite avaliar lesões pigmentadas ou não da pele por meio de um microscópio de superfície que, em contato com a pele, possibilita um exame mais detalhado da lesão pigmentada”, afirmou.
Proteção
“A dermatoscopia é um método que permite avaliar lesões pigmentadas ou não da pele por meio de um microscópio de superfície que, em contato com a pele, possibilita um exame mais detalhado” Otávio Roberti Macedo DERMATOLOGISTA
Nos últimos anos, os produtos voltados para proteção se modernizaram, segundo o especialista que comanda uma equipe de médicos em duas clínicas - uma na capital paulista e outra em São José dos Campos. “Os produtos se encontram cada vez melhores, apresentando formulações para atender a todos os tipos de pele, principalmente as mais oleosas. Várias tonalidades de pigmentos são associadas aos protetores, objetivando uma maior cobertura em relação a cor”, contou. “Mas também são importantes as barreiras físicas como chapéus, óculos, guarda-sol e roupas, principalmente com malhas especiais que bloqueiam a passagem da radiação solar”, completou.
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Gerente de engajamento científico da Farmacêutica Industrial, Cristina Wöhlke Vendruscolo
O grande desafio é como incentivar o uso de protetor solar nos pacientes. “Fico muito otimista em relação a esse assunto, pois vejo uma melhora muito grande nos hábitos de utilizar filtros solares, mas estamos longe do ideal”, disse Macedo. Para simplificar, já que hoje se encontram várias opções no mercado como gel, loção, creme, spray, entre outros, e que tudo isso depende de gostos pessoais, a regra geral pode ser seguida de forma simples. “Se a pele for oleosa ou mista deve-se procurar no rótulo do produto as expressões ‘toque seco’, anti-oleosidade ou oil control, algo que sugira um controle de oleosidade. Para as pessoas que apresentam pele normal ou até seca sugiro um produto que contenha essas instruções, ou que não se refira a controle de oleosidade”, afirmou.
Tecnologia Segundo o especialista, quem tem câncer de pele deve seguir um acompanhamento com o dermatologista, sendo orientado sobre o tratamento mais adequado que dependerá do tipo de câncer e do estágio. “Sabemos que existe cura para a maioria dos cânceres de pele, principalmente se diagnosticados no início, necessitando de um acompanhamento contínuo pós-cura. Sempre enfatizamos o uso de filtros solares e alertamos a todos da importância de consultas periódicas. Em caso de crescimento irregular de qualquer pinta, mudança de cor ou surgimento de novas, procure sempre um dermatologista”, disse Macedo. Na zona oeste de São José, a Johnson & Johnson possui um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de proteção solar global. Na empresa, diversas tecnologias são desenvolvidas
para a criação de produtos compatíveis com a pele do brasileiro, segundo a gerente de engajamento científico da Farmacêutica Industrial, Cristina Wöhlke Vendruscolo. Presente há 10 anos na companhia e com experiência em campanhas de prevenção e conscientização em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, Cristina diz que a empresa busca trabalhar no sentido de desenvolver tecnologias de proteção aliadas a benefícios extras. “Neste ano colocamos no mercado uma tecnologia que controla a oleosidade da pele por até 12 horas ao mesmo tempo que melhora a uniformização da tonalidade da pele devido a sua coloração adaptável”, disse. Outra inovação foi um protetor solar na forma de mousse, que oferece uma sensação agradável quando aplicado sobre a pele.
“O uso de protetor solar deve ser diário para todas as pessoas, principalmente para as de pele e olhos claros, e não somente quando for à praia ou piscina. Deve ser passado diariamente. O uso de protetor é o melhor método de prevenção, porém em caso de exposição direta ao sol deve-se usar chapéu, camisa, óculos escuros e guarda-sol” Ticiana Pereira Fonseca Garcia MÉDICA ONCOLOGISTA
vmp8.com
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Foto: Divulgação
O uso do protetor solar deve ser diário, segundo especialistas
Carla Iório
Débora Nejaim
Ela contou que o centro se baseia em diversas pesquisas realizadas com consumidores, pacientes e dermatologistas para transformar as tecnologias desenvolvidas em produtos que atendam às necessidades do consumidor. Mas como incentivar o uso de protetor solar? A gerente sugere que o primeiro passo é a conscientização. “A empresa tem sido pioneira na educação em fotoproteção no Brasil. Quem tem um pouco mais de idade lembra do comercial do Sundown em que um pimentão aparecia pulando na praia. Antigamente quase não se falava de protetor solar e sim de ‘bronzeador’. Essa conscientização foi mudando”, contou. Cristina conta que o segundo passo é mostrar que a cosmética dos produtos é agradável, que deixa um toque seco sobre a pele, para que o consumidor
use o produto e rotineiramente, assim como escovar os dentes. “Nossas mensagens educativas tanto para adultos como para crianças - sempre falam dos riscos à radiação UV, dos danos causados pela exposição acumulativa ao longo da vida, da importância de aplicar os produtos corretamente sobre a pele e da manutenção de uma pele saudável. Reforçamos o fato de que a exposição solar sem proteção acelera e muito o envelhecimento da pele”, finalizou.
Hábito O uso diário de proteção solar é fundamental para todas as pessoas que se expõem ao sol. É o que a nutricionista Carla Iório, 32 anos, de São José, faz diariamente: passa protetor no corpo e principalmente no rosto. “Cuido da pele todos os dias, uso protetor solar tanto para uma caminhada quanto
para ir ao trabalho. Além do protetor, no corpo costumo passar hidratante pós-banho”, disse. Como Carla, a amiga Débora Nejaim, 34 anos, também de São José, todos os dias, sempre pela manhã, limpa a pele com um tônico, usa vitamina C e passa no rosto o protetor solar fator 60. “E no corpo eu costumo passar nos braços e colo que são as partes que ficam mais expostas um protetor fator 30. Já tenho esse cuidado há algum tempo. Tenho melasma e sardas também e o protetor é sagrado para mim”, disse. Quando vai à praia, a jovem redobra os cuidados. “Antes de sair de casa já passo o protetor no rosto e no corpo. E reaplico a cada duas ou três horas, se entro no mar e se suo muito, acabo reaplicando mais vezes. Além disso uso sempre uma viseira. Fico a maior parte do tempo debaixo do guarda sol”, contou.
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NOTÍCIAS EDUCAÇÃO
Fotos: Murilo Cunha
Sem época de provas
Mudança pedagógica altera sistema de avaliação em escola de Taubaté Murilo Cunha TAUBATÉ
“
Cada um no seu lugar; não pode olhar pro lado nem falar com o colega. Uma hora para entregar. Disserte, explique, discorra”. A cena que vem à mente está deixando de fazer parte do cotidiano da escola Dr. José Antônio Balbi, em Taubaté. Ligado à Unitau, o colégio aboliu as tradicionais provas escritas do programa escolar do Ensino Fundamental I, que vai do 1º ao 5º ano.
A novidade começou no ano passado, quando uma nova equipe pedagógica assumiu estas séries. De lá para cá, cerca de 80 crianças que estudam na instituição passaram a ser avaliadas ao longo de todo o ano, com base no seu desempenho nas atividades propostas, em vez de terem de se preparar para uma prova específica. Os resultados, segundo os docentes, têm sido positivos. “Os alunos se sentem mais à vontade por não terem uma avaliação pontual. Como o processo é contínuo, eles estão sempre tirando as dúvidas. Eles sabem que tudo o que estão fazendo,
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CHEGOU UMA NOVIDADE A PINDA COM QUASE 60 ANOS DE EXPERIÊNCIA Fotos: Fernando Noronha
Cerca de 80 crianças estão matriculadas no Fundamental I; novo método passou a ser aplicado em 2015
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Professores levam em conta desempenho dos alunos ao longo de todas as atividades do ano; alunos também fazem auto-avaliações
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todas as atividades diárias, são avaliadas, então se esforçam e dão o melhor a cada atividade, pois não sabem quanto vale cada uma. É o tempo todo se prontificando a fazer o melhor, em vez de deixar isso para só uma semana”, afirma Tiemi Aline Silva, professora do 4º ano do Fundamental. As atividades são variadas. Incluem apresentações orais, confecção de cartazes, apresentações de slides, atividades teatrais e, claro, exercícios em sala de aula. A ideia é permitir que os professores possam identificar e trabalhar as dificuldades dos alunos a cada aula. “É claro que o momento da avaliação sistematizada é importante, porque a gente precisa também pensar em uma educação que pepare o aluno para o vestibular, que é uma realidade
inserida na sociedade. Agora, eu percebo que as crianças às vezes já trazem uma tensão desde o primeiro ano sobre ser avaliada e ter que fazer uma prova. O interessante é que a gente apresenta atividades individuais, explicando que elas servem para ver o que eles já aprenderam e que eles não podem consultar o colega. No fim, eles fazem uma prova, mas com muita naturalidade. Eu acho que é extremamente importante no início desse processo da vida estudantil que eles tenham uma relação mais tranquila com o processo de avaliação”, defende a professora Sabrina Pimentel, do 1º ano. A professora de metodologia do ensino no Departamento de Pedagogia da Unitau, Maria Teresa de Moura Ribeiro, foi uma das responsáveis pela implantação do novo sistema.
“Normalmente, os resultados de alunos de escolas assim são muito bons. Mas o aluno precisa ser avaliado de alguma forma, não só para ter a nota, mas para que o próprio professor identifique se ele precisa de algum reforço” Maria Teresa de Moura Ribeiro PROFESSORA
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“Nós resolvemos colocar em prática algumas ideias que já temos sobre educação há bastante tempo. Se você olhar o regimento da escola, lá consta que a avaliação deve ser continuada. Consta, mas não era implantada dessa forma. Nós resolvemos trabalhar a avaliação de uma forma que a gente pudesse realmente acompanhar o aprendizado da criança, sem criar o sofrimento de ser avaliado por uma prova”, explica. A proposta encontrou resistência inicial por parte dos pais dos alunos, que chegaram a convocar uma reunião com a escola quando foram informados sobre as mudanças, e
também não é unanimidade entre as crianças. O pequeno Miguel, de 10 anos, aluno do 4º ano fundamental, diz que não vê muita diferença entre o sistema atual e o anterior. Já a colega de classe Gabriela é categórica: gostava mais quando fazia a prova. “A atividade avaliativa conta com tudo o que você faz em sala. Já a prova, conta com o que você sabe de verdade. Eu gosto mais da prova”, afirma. Para a pedagoga Taís Bento, fundadora do projeto “Socorro, meu filho não estuda”, voltado para a educação infantil, esse tipo de sistema de avaliação é mesmo mais trabalhoso, tanto
para os pequenos quanto para os professores, mas pode render bons frutos. “Normalmente, os resultados de alunos de escolas assim são muito bons. Mas o aluno precisa ser avaliado de alguma forma, não só para ter a nota, mas para que o próprio professor identifique se ele precisa de algum reforço”, explica. A ideia da escola é estender o novo sistema para os anos seguintes em breve. “O nosso objetivo nós não conseguimos ainda”, explica Maria Teresa. “A gente não pode mudar por decreto, temos que encontrar junto com os professores a melhor forma de fazer essa avaliação”, completa.
Proposta é estender novo método para o Fundamental II nos próximos anos
“No começo, os pais foram contra” Maria Teresa de Moura Ribeiro PROFESSORA
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NOTÍCIAS ESPECIAL Foto: Pedro Ivo Prates
Esse tal de Papai Noel Além do conto natalino, o bom velhinho ajuda as crianças a interpretar a realidade ao seu redor
Laryssa Prado SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
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le divide opiniões. Alguns acham que passa o ano todo fabricando presentes, outros, que ele os compra prontos. É imortal ou tem herdeiros que o substituem? Seu saco de presentes é mágico ou apenas muito grande? Crianças de todo o mundo têm suas próprias teorias sobre esse senhor que encanta a todos no Natal. Com o fim do ano só uma coisa é certeza: o bom velhinho está chegando e a magia natalina também!
Geogíde Teixeira, 25 anos como Papai Noel
“Um dia eu estava brincando de esconde-esconde com meus primos e de repente vi minha mãe, no quarto, conversando com o Papai Noel. Eu acho que ela estava contando pra ele qual presente eu queria. Ou então avisando se eu fui ou não um bom menino”, conta Pietro, 7 anos. Assim são os relatos dos pequenos. A imaginação e a inocência de quem acredita fazem com que as crianças sonhem tão alto que nenhum adulto consegue acompanhar. “As renas comem cenouras porque elas precisam enxergar bem. Elas viajam muito e precisam saber o caminho”, diz Lívia, 7 anos. Samuel, de
mesma idade, completa: “E elas usam GPS. Porque se não, como é que iam achar a casa de todo mundo?”. Para Pietro, Lívia, Samuel, Ana Clara, Maria Eduarda, Lucius e Laura, de idades entre 6 e 8 anos, Noel passa o ano todo preparando os presentes. Mas e se um dia ele não conseguir entregar? “Não tem problema, eu não ia ficar triste”, diz Laura, 8 anos. Para ela, só a festa de Natal basta. “Meus avós vão para a minha casa e a gente comemora o aniversário do menino Jesus”, diz. Para as crianças, não há distinção: a figura religiosa coexiste com o bom velhinho.
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existe uma lembrancinha, que vem pelo bom comportamento, solidariedade, compaixão, porque a criança se envolveu de maneira próspera com o outro. Assim, continua existindo o espírito de Natal mesmo sem a figura do Papai Noel”, diz Paula. Com a vida adulta as crianças
descobrem que apesar da não existência da figura de um único bom velhinho, várias pessoas ao seu redor encarnam esse personagem. “Esse Papai Noel que foi tão sonhado, idealizado e maravilhado, pode ter sido o próprio pai, mãe, tio, ou alguém que ele nem conhece, mas que o adotou no Natal. E aí ele começa a descobrir que alguém quis ser o Papai Noel dele. E quando crescer talvez queira ser o Papai Noel de outra pessoa”, diz a psicóloga.
E o meu presente?
“Talvez seja a crença mais fácil e mais fantasiosa para que ela compreenda de fato o Natal” Paula Rios PSICÓLOGA
Mas será que em algum momento esse ritual deixa de ser saudável? Paula diz que sim, quando ele passa a ser associado apenas com o consumismo. “Hoje em dia você não é presenteado por bons princípios. A criança é premiada com o que quer, simplesmente porque os pais querem que ela pare de reclamar. Essa coisa do presente grande ou do presente pequeno, do valor material, isso é dado pelo adulto. Foi ele quem consumiu isso e passou para a criança, e isso pode ser internalizado”, completa. Jacqueline Moraes (38) e Antônio
Foto: Laryssa Prado
O imaginário infantil sobre o Papai Noel é rico, lúdico, e, além da brincadeira, ajuda as crianças a interpretarem a realidade ao seu redor. De acordo com a psicóloga e psicopedagoga Paula Rios, “a criança precisa ter crenças, fantasias e ritos. Ela precisa aprender a fazer as coisas brincando, para fazê-las realmente”, diz. A história do Papai Noel passa a ser um dos contos de fadas comuns à infância. Ele mora no Pólo Norte, viaja em um trenó puxado por renas que voam, e tem apenas um saco de presentes para todas as crianças do mundo. Mas, diferentemente da Branca de Neve e Cinderela, traz algo concreto. “Nenhum dos outros personagens vai até a casa da criança, o Papai Noel vai. Talvez seja a crença mais fácil e mais fantasiosa para que ela compreenda de fato o Natal. A história do menino Jesus ainda é muito complexa para a idade”, conta Paula. Para as crianças, há justificativa para tudo. “As luzes sinalizam as casas para o Papai Noel poder achá-las, a árvore é onde o Papai Noel pode colocar os presentes e ele vai descer por uma chaminé mesmo que a casa não tenha uma”, diz. Esses fatores fazem com que haja conexão entre esse universo lúdico e a realidade da criança. “Essas são coisas que ela pode pegar. O Papai Noel ela também consegue enxergar, seja nas lojas, no shopping, é uma figura presente”, ressalta a psicóloga. Mas por que o adulto deixa de acreditar? Para Paula Rios, com o crescimento a necessidade de fazer links para compreender a realidade é perdida, mas os valores que são adquiridos durante a infância continuam fazendo parte do caráter e personalidade. “Acreditar no Papai Noel durante a infância faz com que a criança cresça em um ritual de esperança. No fim do ano pode não haver um presente enorme, nem muito valoroso, mas
Laura Andreazzi (8), Ana Clara Viana (8), Pietro Martins (7), Samuel Silva (7), Maria Eduarda Xavier (7), Lívia Vieira (7), Lucius Andreazzi (6)
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Viana (52), fazem todos os anos um ritual natalino com as filhas Ana Clara (8) e Alice (2). No último ano eles usaram a imaginação para driblar a crise financeira que acabou afetando a compra dos presentes. Como o bom velhinho não conseguiu trazer o que a Ana Clara queria, eles contaram para a filha que ele era surdo. “E ela ficou feliz da vida com o que havia ganhado, mas disse: ‘nossa, mãe, ano que vem eu vou ter que falar mais alto, então!’”, conta Jaqueline. Esse ano a mãe já se assustou com o valor da boneca que a filha mais velha pediu, mas ela logo tranqüilizou Jacqueline. “Calma mãe, o Papai Noel nem vai gastar muito, porque é ele quem fabrica tudo”, disse Ana Clara. Antônio diz que a mudança de comportamento das meninas é evidente com a proximidade da data. “Elas tentam cativar, fazer tudo certinho porque o Papai Noel está olhando. As crianças em que você cultiva isso têm esse comportamento de gratidão. Eu não tive isso, e gostaria muito de ter tido”, diz. Mesmo com a crise, família mantém a tradição natalina
Cadê o Papai Noel que estava aqui? Sobre a descoberta, Paula Rios afirma que o melhor é que a iniciativa parta da criança. “Não tem porque interromper essa magia, não há necessidade. Quando você conta, deixa de ser um processo natural. Quando a criança descobre sozinha ela não perde a magia do Natal, ela só troca de lugar, passa a ser um agente participativo da festa. É como se te interrompessem, você deixasse de viver uma fase toda. Porque até ele compreender completamente o nascimento de Jesus, ainda tem um tempo”, conta.
Eu não acredito... E como fica a cabeça das crianças que desde cedo são ensinadas que o Papai Noel não é real? “Grandes teóricos da psicologia infantil postulam que o primeiro núcleo da sociedade em que convivemos é a família e o segundo é a escola. Como a criança ainda é muito pequena quando vai participar deste segundo núcleo, e ainda pode ser moldada de acordo com esses teóricos, como Piaget, ela acaba cedendo aos encantos do bom velhinho. O fato de as outras crianças acreditarem, mesmo que em casa ela não seja estimulada a isso, já é suficiente”, diz a psicóloga. Assim, é importante que os responsáveis tenham consciência de que esse imaginário é positivo no desenvolvimento da criança, e não precisa ser associado a questões religiosas ou grandes valores em dinheiro.
Papai Noel há 25 anos Geogíde Teixeira, 69 anos, é Papai Noel em tempo integral há 25 anos mas diz que
ainda sente um frio na barriga quando veste o traje vermelho. “Depois de todo esse tempo eu ainda me emociono, é impressionante. E não é só no Natal que as pessoas vêm até mim, é o ano inteiro. E são crianças, os adultos e os idosos também”, conta. “No começo eu achava que era fácil de levar. Depois eu vi que é um negócio de muita responsabilidade, você mexe com sentimento de criança, tem que entender o pai e a mãe também”, diz. Desde 1992 Geogíde vem acumulando histórias e pensa em escrever um livro, onde vai contar relatos como o do rapaz de 23 anos que foi levado pelo pai até o Papai Noel 15 anos depois de ter feito um pedido. “O pai queria que eu confirmasse que aos 8 anos ele havia pedido uma porta com uma chave bem grande de presente. Eu me lembrei na hora, porque no dia tinha ficado muito pensativo com aquilo. Eu até tinha entendido que era uma porca, um animal. Mas ele disse que não, era uma porta mesmo”, conta. Com toda essa experiência, Geogíde confirma que muitas vezes o desejo das crianças não se manifesta em algo material. “Uma vez, um menininho muito falante me disse que queria dois presentes. O primeiro era que o Papai Noel sarasse seu avô doente. Então eu disse a ele que a gente ia conversar com o papai do céu e rezar, e perguntei qual era o outro presente. Ele disse que só me contaria quando o avô sarasse”, diz Geogíde. Uma semana depois o menino voltou ao shopping. “Ele nem obedeceu a fila, veio logo gritando que o avô tinha sarado. Então eu perguntei qual era o outro presente, e ele respondeu como quem escolhe qualquer coisa, só para ter o que dizer: ah, eu quero uma bola. O importante pra ele não era o presente, era que o avô sarasse. O presente podia ser qualquer coisa, diz”. Nem sempre as histórias são felizes, admite Geogíde, mas ele garante que são sempre especiais e marcantes.
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Curiosidades sobre o Natal 1. Papai Noel A história do papai Noel foi baseada na vida de São Nicolau, um arcebispo turco que nasceu em 280 d.C. Ele costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.
de música, notícias do Brasil e do mundo, boletins completos de trânsito e um time único de colunistas.
2. Árvore de Natal Acredita-se que o costume tenha surgido na Alemanha. A teoria mais aceita atribui a iniciativa ao padre Martinho Lutero, durante o século XV. Ele teria montado um pinheiro e o enfeitado com velas em sua casa. O intuito era mostrar às crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo.
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3. Mamãe Noel A esposa do Papai Noel apareceu pela primeira vez em 1889, em um passeio de trenó no poema “Goody Papai Noel”, escrito pela poetisa Katherine Lee Bates.
na estrada e na cidade.
4. Polo Norte ou Finlândia? A localização da casa do Papai Noel varia de acordo com cada cultura. Para os ingleses, o bom velhinho está nas montanhas da Lapônia, na Finlândia. Para os americanos e brasileiros, ele tem uma grande casa no Pólo Norte. 5. Presépio
Em 1223, São Francisco de Assis tinha dificuldade em explicar aos camponeses como foi a noite do nascimento de Jesus. Então, em uma noite de Natal, o frei realizou uma missa na floresta de Greccio, na Itália e, usando bonecos de argila, explicou o que cada item representava. Em latim Praesaepe, significa estrebaria, local onde o filho de Deus teria nascido.
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Boas vibrações em 2017 O que podemos fazer para elaborar o plano da virada do ano?
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Rodrigo Machado SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
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chegada de um novo ano desperta metas, desafios, inseguranças, desejo de mudanças e outros sentimentos que circulam entre a vida pessoal e a profissional. E tem como ser diferente a cada final de ciclo? O que é necessário para planejar e chegar onde se quer em 2017, o que fazer, quais aptidões, que caminho traçar rumo ao objetivo ? Afinal, o que podemos fazer para elaborar o plano da virada do ano? A cientista em comportamento e coach em São José dos Campos, Nádia Santos, diz que é preciso mudar os hábitos para ter respostas diferentes. O cérebro está sempre procurando formas de ‘poupar’ esforços, segundo ela. “Assim as rotinas viram hábitos e nem sempre são os que estão dando maior e melhor resultado (sucesso). Para isso você tem que sempre alternar seus comportamentos, fazer coisas diferentes, dar maiores possibilidades para que seu cérebro funcione a seu favor”, disse. Entre as dicas práticas listadas, ela aconselha as pessoas a pararem de fazer as mesmas coisas todos os dias e procurar desafios, caminhos diferentes, um ano com novas possibilidades. “Para cada mudança faça uma lista de ganhos, defina claramente
a recompensa. Conhecer novas pessoas, aumentar network, caminhos menos congestionados/trânsito, novas paisagens ou mesmo um tempo maior para ouvir música, ficar com o filho mais tempo no carro, pois escolheu um caminho mais longe, etc., são exemplos.” Todo dezembro é a mesma história: no próximo ano farei isso, entrarei na academia, vou ter pensamentos mais positivos... enfim, a pessoa até consegue, mas não por muito tempo. Como garantir a realização das promessas e entrar positivo no próximo ano? “Felicidade e sofrimento são modelos mentais que estabelecemos, então, se são modelos mentais, estão dentro de você. Controle sua mente e viverá verdadeiramente feliz, pare de procurar bem estar e soluções no ambiente externo ou nas coisas materiais, você pode aproveitar dessas coisas, mas não deve empoderá-las como verdadeiras e únicas possibilidades para se sentir satisfeito para a virada da vida e do ano”, disse.
Em crise? O cenário mudou e algumas situações não voltarão. Vai ficar esperando ou começar a pensar diferente e inovar no comportamento? “Mudar a percepção dos fatos é encará-los como possibilidades, sem exagerar nas ilusões, ser otimista e ao mesmo tempo realista”, segundo Nádia para a Metrópole Magazine.
Para ela, reinventar é construir novas possibilidades de lidar com situações adversas. “Um balanço das atividades que mais deram retorno, liste e entenda qual o comportamento que tem sido mais firme nos resultados. Faça um plano de ação com pequenos passos, metas simples, não complique, aplique e monitore”, contou. “Não deixe de planejar, faça rede de contatos, você é influenciado pelas pessoas que estão próximas, fique perto de pessoas de sucesso, observe e liste os comportamentos mais interessantes delas. Aplique, monitore, avalie e corrija se necessário”, completou. Para a master coach, psicóloga e consultora de planejamento Vivian Salas, a vibe é um estado interior que se cultiva por meio de escolhas. O estado interior é o resultado de pensamentos com emoções que se hospedam dentro da mente, garante ela. Para entrar em 2017 numa boa vibe, é essencial praticar atitudes poderosas. Entre as dicas de Vivian estão gratidão, perdão, visão e planejamento. “O agradecimento, na minha opinião, é gerador de potencial humano, é a atitude responsável em produzir dois hormônios - dopamina e ocitocina, que estimulam emoções positivas, satisfação com a vida, libera o afeto, traz tranquilidade, reduz medo, sentimentos de raiva e fobias”, contou.
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Vivian Salas, master coach, psicóloca e consultora de planejamento.
“Você tem que sempre alternar seus comportamentos, fazer coisas diferentes, dar maiores possibilidades para que seu cérebro funcione a seu favor” Nádia Santos CIENTISTA EM COMPORTAMENTO
Mas a palavra-chave é planejamento. “Agora que se sabe o que quer conquistar em 2017 é importante planejar como vai chegar lá, quais os primeiros passos, por que, para que, onde, quando, com quem fazer e o que precisa fazer para chegar ao objetivo. Planejamento antecipa o futuro, quem faz, estará lá por duas vezes”, afirmou.
Persistência Motivação é importante, mas só com motivação nada acontece, garantem elas. É necessário fazer mais em todo tempo para reforçar aquele hábito novo, aquele compromisso novo. Para gerar persistência e ter sucesso naquilo que se propõe no início do ano é importante considerar três pontos. “Estímulo. O motivo é um disparo que induz a ação. Ideal que o motivo seja positivo e não negativo. É comum pessoas se motivarem pelas perdas. A sacada é construir motivos de ganhos”, disse. Outros pontos são a rotina e a recompensa. “Para cada pequeno resultado conquistado é importante recompensar com elogio, gratidão, presente, um carinho. Na academia, depois de ter feito os exercícios, ter um banho gostoso, um descanso. Será um reconhecimento daquele esforço. Somos movidos a reconhecimentos.” 2017 só será um ‘novo ano’ se tivermos atitudes novas, e assim, colheremos resultados novos. Fazer diferente nos impulsiona para as oportunidades e nos afasta das dificuldades. Para fazer um ano novo positivo, antes de ter é importante ser, aponta Vivian. “Nosso ser é criado em nosso pensamento. Então a imagem que se tem sobre o eu deve ser ajustada e melhorada para entrar positivo no ano. Afinal, você é o protagonista no palco da sua vida”, finalizou.
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NOTÍCIAS CULTURA
Registro de uma cena em ebulição
Coletânea une doze bandas e é marco de cenário musical histórico para São José dos Campos Fotos: Divulgação
Banda Sox
João Pedro Teles SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A
efervescência cívica das marchas de junho e julho de 2013, quem diria, reverberaram em terras joseenses como um irrefreável movimento artístico que até agora, três anos depois, ainda ecoa pela cidade. Como apregoa o dito popular, um então incipiente movimento formado por artistas, ativistas e outras pessoas ligadas à produção cultural atirou no que viu, mas acertou – para o bem da cultura joseense – o que não viu. Se o objetivo de chacoalhar a modorrenta morosidade política tupiniquim desembocou num cenário caótico para a coisa
pública, São José dos Campos pode bravatear que, ao menos por aqui, as marchas deram o pontapé a um novo e poderoso cenário musical. Muita coisa boa acabou saindo deste caldo. Bandas como o Coletivo Estoril, Dom Pescoço, Homens de Melo ou Psicoletivo, só para citar alguns, passaram a figurar como boas promessas da nossa nova safra. Eis que, passados três anos, o selo Bigorna Discos resolveu reunir grande parte dessa galera no projeto “Coletânea Café”. A empreitada reúne doze bandas da região em um disco que pode ser encarado como um retrato da atual cena roqueira de São José e adjacências. Cada uma das doze bandas compôs uma canção especialmente para a coletânea,
conferindo ao material um peso de ineditismo. Ou seja, o projeto evita que o público que já conhece alguns dos grupos tenha aquela sensação de figurinha repetida ao ouvir as músicas de seus conjuntos prediletos. As bandas escolhidas tiveram cerca de um mês para compor e ensaiar a música que figura no disco. Todas as faixas foram gravadas no Estúdio Wasabi, em São José dos Campos. Para economizar tempo e dinheiro, as gravações eram realizadas no esquema ao vivo, com a captação de todos os instrumentos acontecendo ao mesmo tempo. Dois ou três takes, somados a uma inserção aqui e outra ali, eram o suficiente para sair do estúdio com a música
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já gravada. Nesta toada, a etapa de estúdio durou mais ou menos um mês. A mixagem e masterização demandaram outros 30 dias. “Na verdade o projeto deu uma atrasada e, para fazer com que a coisa rolasse, a gente definiu este prazo mais curto. Outra questão também foi a financeira, já que tudo foi feito de forma independente. A gravação ao vivo, além de manter aquela pegada de palco, também nos ajuda na hora de enxugar os custos. A gente poderia até agilizar esse processo usando músicas já gravadas pelas bandas, mas esse lance do ineditismo dá muito mais relevância ao material que produzimos”, explica o músico Diego Xavier, proprietário do Estúdio Wasabi e integrante da banda taubateana Bike, celebrada como uma das mais promissoras da nova safra do rock nacional.
Tudo junto O critério de seleção das bandas não se pautou apenas nas novidades do cenário. Há uma preocupação em mesclar bandas que trazem mais tempo de estrada com outras que estão começando e ainda não tiveram a oportunidade de gravar seus primeiros materiais. Desta forma, a coletânea coloca no mesmo balaio os músicos do Elefantegan, banda tradicional do rock joseense, com, por exemplo, os novatos do SOX, banda também de São José que investe no rock alternativo. “Foi bem isso mesmo que a gente quis fazer. A ideia inicial era colocar ainda mais gente. Mas não tem condição de reunir todas as bandas. Acho que doze faixas é o número ideal para a gente trabalhar. Mais para frente a ideia é, inclusive, montar uma segunda edição da coletânea para conseguir agregar ainda mais gente”, explica Xavier. “Encaro isso como um bom
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problema, é sinal de que a cena passa por um bom momento criativo”, completa. Participam do disco as bandas CHCL, LIST, John John Blacksmith, Coletivo Estoril, Mitral HC, Quebre o Silêncio, SOX, Psicoletivo, Apto Vulgar, San Petter,
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Abulia HC e Elefantegan. O lançamento aconteceu no dia 3 de novembro, em evento com ares de festival no espaço Magia do Amor, em São José dos Campos. Das doze bandas participantes, dez marcaram presença. Os shows aconteceram em dois palcos: um na parte interna da casa e o outro na parte externa.
Modelo exportação Além de registrar esse bom momento do cenário musical da cidade, a função do disco é ainda levar a música que é feita por essas redondezas para além dos muros valeparaibanos. A equipe do selo Bigorna Discos vai viajar com o material para aonde estiver. Se depender de Xavier, ninguém fica sem ouvir o disco. “Com o Bike acabo tendo a oportunidade de sair para tocar em vários cantos do país. Principalmente nas grandes praças as pessoas ainda não sabem direito o que está acontecendo aqui na região. Com certeza esse trabalho já nos ajuda a tornar as nossas bandas mais conhecidas entre a galera que gosta de música em outras praças”, afirma. Tanto é que, da cota de álbuns que o estúdio tem direito – todas as bandas ficarão com uma porcentagem do material produzido para si – nada fica na região. Todas as cópias do Bigorna estarão a serviço da divulgação das bandas para outros centros de São Paulo e do Brasil. “Temos um movimento muito bom por aqui. É importante que as pessoas que gostam de música conheçam esses grupos e possam passar a seguir seus trabalhos. Para viver de música é preciso ter horizontes maiores, já que
a região não comporta tudo o que está sendo produzido por aqui”, diz Xavier.
Profissionalização Para o baterista Passarinho, do Coletivo Estoril, a coletânea registra um momento histórico para a cena de São José e região. Integrante também da Dom Pescoço e da banda da cantora Lígia Kamada, entre outros projetos, o músico destaca não só a proliferação de boas bandas na cena, mas também da preocupação com uma profissionalização que pode fazer com que esses grupos colham bons frutos daqui para frente. “O que eu gosto é que não está aquela coisa do fazer por fazer. Tá fazendo? Então vai fazer direito. A galera do Bigorna está tentando fazer da forma mais profissional possível o registro desse levante artístico em São José dos Campos. De dois a três anos, o profissionalismo tem sido o ponto chave dessa geração. Acho que todo mundo que tá na cena puxa essa responsabilidade de fazer o profissional falar mais alto”, afirma o músico. Envolvido em diferentes projetos musicais na cidade (“põe aí: Passarinho, baterista da banda que chamar”, ele brinca), o músico tem tido a oportunidade de tocar em outros centros e afirma: as bandas da região têm chamado a atenção do público de praças maiores. “Falta mesmo é a galera conhecer o que está rolando por aqui. O disco vai marcar muita gente, ajudar a levar esse movimento para fora da região. O que acontece é que a galera ouve um Dom
Banda Coletivo Estoril
Pescoço, ou um Coletivo Estoril, por exemplo, mas não sabe que essas bandas fazem parte de uma safra que tem ainda mais coisa boa pra oferecer”, diz.
Oportunidade Os joseenses do SOX viram na coletânea uma oportunidade de fazer o seu primeiro trabalho de estúdio. A banda, que conta com pouco mais de um ano de formação, ainda não tem seu trabalho registrado, processo que deve acontecer apenas no ano que vem, quando devem gravar seu primeiro EP, “Maravilha”. “Foi uma experiência desafiadora para a gente. Trabalhar uma música inédita, ensaiar e entrar em estúdio. Isso era muito novo pra todo mundo da banda. Mas abraçamos a oportunidade e, apesar do frio na barriga da estreia, a gente gostou bastante do resultado final”, comenta Guilherme Oliveira, integrante da banda. O músico destaca um cenário musical efervescente na região. Para ele, depois da cena do Rap ganhar o Brasil com nomes como Síntese e Tassia Reis, agora é a hora do Vale mostrar que, por aqui, o Rock também é forte. “O legal desse momento é que são muitas linhas de pensamento na cidade. Você tem um Salve As Kamadas Líricas, junto com Coletivo Estoril, Homens de Melo, mais a galera do rock mais pesado. Todo mundo convergindo pra uma cena pluralizada. Isso é importante. Pra gente tem sido um ótimo momento”, conclui. “Com pouco investimento, a prefeitura pode criar programas e editais que estimulem a descentralização, levando artistas de rua para regiões da cidade em que o chapéu ainda não é atraente. Mas não dá para ficar só nisso, há também investimentos que podem ser feitos em infraestrutura urbana, mapeando as áreas com maior atividade e instalando mobiliário público, disponibilizando tomadas elétricas e instalando banheiros públicos, entre outras coisas”, explica.
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Cultura& Nas linhas do bordado Laís Vieira SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A
história de São José dos Campos ganhou cor e vida por meio das mãos das bordadeiras da cidade. A exposição “Bordando na praça”, idealizada pela artista plástica Terezinha Bevilaqua, pinçou traços importantes para o desenvolvimento da cidade. O resultado foi uma exposição que vai virar livro de fotografias. Terezinha conseguiu juntar 60 mulheres em um projeto que começou em janeiro de 2016. Entre os temas estão os ipês frondosos que colorem a cidade, o patrimônio culinário e a diversidade religiosa. Foto: Laís Vieira
A artista plástica Terezinha Bevilaqua
Cada bordadeira escolheu suas linhas, pontos e inspirações para criar - a partir dos desenhos de Terezinha - um universo particular, que exprime suas saudades, seus medos, agradecimentos e crenças. As bordadeiras contam que o projeto é um resgate das melhores lembranças de suas infâncias e que o trabalho com os bordados as renova. “Muitas de nós aprendemos com as mães e avós, e não bordávamos há muitos anos. Estamos aproveitando para relaxar, descansar enquanto bordamos. Vira um vício, em que qualquer tempinho vago você dá um jeito de encaixar o bordado”, comenta Vânia de Luca Moreira, uma das bordadeiras.
O que todas as bordadeiras concordam é que bordar para um projeto social faz muito bem para elas e para os beneficiados. Além de resgatar a cultura, as senhoras ainda ampliam seus conhecimentos e mantém o cérebro ativo. “Para mim, a hora de descanso é a hora do bordado. Nunca pensei que bordar seria uma coisa tão boa. É uma coisa nova para mim, assim como expor meu trabalho pela primeira vez é muito gratificante”, diz Enedina Gonzalez. Ainda não há data prevista para o lançamento do livro, que terá a venda revertida para instituições de caridade. Acesse a galeria de fotos da exposição no Portal Meon, por meio do QR Code.
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CINEMA& A ‘Pimentinha’ Elis Regina, a maior cantora do Brasil, é retratada na grande tela no filme “Elis”, em cartaz nos cinemas de cidades da região. Dirigido por Hugo Prata, tem Andreia Horta no papel principal, Caio Ciocler, Gustavo Machado, Lucio Mauro Filho e Julio Andrade. O roteiro mostra a trajetória da gaúcha, que deixa o Rio Grande do Sul e chega ao Rio de Janeiro. Logo, Elis conquista uma legião de fãs, entre eles o famoso compositor e produtor Ronaldo Bôscoli (Gustavo Machado), com quem se casa. A cantora teve destaque na TV e festivais, sempre polêmica, intensa e briguenta. Aos poucos foi conquistando o público até ser reconhecida como a maior voz do Brasil.
Divulgação
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NOTÍCIAS ESPORTES
Luta de braço Sem qualquer tipo de apoio, equipe joseense é uma das melhores do Brasil, com atletas campeões em diversos campeonatos.
Foto: Pedro Ivo Prates
Equipe joseense já contou com 35 atletas. Atualmente, apenas cinco integram o elenco
Idelter Xavier SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Q
uantas vezes você já mediu forças com algum amigo em uma disputa de queda de braços? Tal atitude é muito comum em colégios, reuniões de família e até mesmo dentro de empresas, inclusive envolvendo apostas algumas vezes.
Mas esse tipo de competição vai além da simples brincadeira. A luta de braço, como é oficialmente denominada, é um esporte profissional, com campeonatos espalhados em todos os continentes do planeta e atletas das mais diversas nacionalidades. Por todo o Brasil existem pessoas que se reúnem, treinam e praticam o esporte, mas a região da RMVale, em especial, é casa de uma das melhores
equipes de luta de braço do país. A parede cheia de troféus e medalhas da academia Vale Fitness, centro oficial de treinamento dos atletas da equipe de São José dos Campos, comprova isso. A equipe é a única representante da RMVale e, geralmente, garante boas posições nas competições. “Eu conheci o esporte por meio daquele filme do Sylvester Stallone, ‘Falcão’, de 1987. Depois disso comecei
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a praticar a luta de braço de forma recreativa, na escola e com os amigos, mas nada sério. O primeiro contato com o esporte de verdade foi em 1993, em um campeonato regional, promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos. A partir disso, nunca mais parei”, conta o técnico e atleta da equipe joseense de luta de braço, Roberto da Silva, de 36 anos, que possui quatro títulos brasileiros, diversos paulistas e mais de 20 campeonatos regionais, além de Copas do Brasil e Copa São Paulo. “Eu fiquei uns 10 anos praticando o esporte na ignorância. Depois de um tempo, quando a internet começou a ficar mais abrangente e aconteceu o auge do Orkut, eu comecei a ter mais acesso a vídeos e a conversar e trocar experiências com outros atletas, sobre técnicas e treinamentos. A partir disso, comecei a me especializar e realizar cursos em Campinas e Indaiatuba, cidades que são reduto da luta de braço no país”, afirma o atleta. Apesar de aparentemente ser um esporte simples de se praticar, profissionais se especializaram durante anos, desenvolvendo técnicas e habilidades que vão muito além de apenas ter braços fortes e musculosos. Obviamente o fortalecimento físico é fundamental, porém, existem diversos exercícios que são praticados tanto na mesa, quanto fora dela, visando apenas o aprimoramento da técnica do atleta. “O aluno da academia que deseja participar da equipe e lutar em campeonatos deve se preparar durante um ano antes de começar a competir. Nesse tempo o atleta realiza musculação específica para luta de braço, treina em equipamentos desenvolvidos especialmente para o esporte e aprende sobre todas as técnicas utilizadas na hora da competição”, conta Roberto. Esse foi o caso do atleta Iryneu dos Santos Neto, de 22 anos, que integra a equipe joseense de luta de braço há
Roberto da Silva com uma parte dos troféus e medalhas que conquistou na carreira
cerca de seis anos. “Eu sempre achei legal o esporte, desde criança. Na época de escola era comum brincar com os amigos de medir forças por meio da queda de braço. Quando eu comecei a malhar na Vale Fitness eu vi o Roberto treinando com os outros integrantes da equipe e fui me infiltrando aos poucos, demonstrando interesse, até que me tornei parte da equipe, meio que por acaso”, afirma Neto. “Com isso eu comecei a aprender mais sobre o esporte. Eu não fazia ideia de que havia campeonatos e tudo mais. Eu nunca me imaginei competindo, nunca fui muito fã de campeonatos. Um ano após começar a treinar, depois de muita preparação muscular, eu fui pra minha primeira competição por incentivo do Roberto. Confesso que fiquei muito nervoso, mas que foi uma boa experiência. Atualmente fico muito mais tranquilo. Sou vice-campeão paulista júnior e vice- campeão brasileiro júnior, além de já ter ficado em segundo e terceiro lugar no ZT Armwrestling”, explica Iryneu.
Falta de incentivo Assim como muitas outras modalidades esportivas que sobrevivem longe
da grande visibilidade do público, patrocinadores e da mídia, a luta de braço sofre com a falta de incentivos do governo. Atletas investem em treinos, alimentação, suplementação, viagens, inscrições de campeonatos e diversas outras coisas com dinheiro do próprio bolso, por amor ao esporte. “Há cinco anos a equipe tinha 35 atletas. Atualmente são cinco atletas apenas, todos treinando e competindo. A queda no número de integrantes na equipe se deve à falta de apoio da prefeitura, que após a troca da gestão cortou completamente a verba destinada à luta de braço. A esperança é que com o novo prefeito e com o apoio de um dos vereadores eleitos, a gente consiga voltar a receber essa verba e, assim, voltar a fazer a equipe crescer”, explica Roberto. “No mês de dezembro acontece o ZT Armwrestling, um campeonato muito importante, em que diversos atletas da América do Sul participam. A competição será em Campinas e só a inscrição custa R$ 100. Ou seja, além da taxa para se inscrever, existem os gastos de transporte, alimentação e tudo mais. É um torneio muito importante para mim como atleta, mas estou analisando
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ainda se vou conseguir participar, devido aos gastos”, relata Iryneu. “Por sete anos recebemos apoio da Secretaria de Esportes e, somente nesse período, mais de 35 títulos foram conquistados pela nossa equipe, entre campeonatos paulistas e brasileiros. Espero que esse quadro volte a se repetir nos próximos anos”, finaliza Roberto
braço foi incluída na CBC (Confederação Brasileira de Culturismo), uma associação que era responsável por três esportes: luta de braço, levantamento básico de potência e culturismo. No mesmo ano aconteceu o primeiro campeonato mundial de luta de braço, no Canadá, onde 47 atletas participaram
História e regras A luta de braço é considerada uma das modalidades esportivas mais antigas da história. Sua origem exata é desconhecida, mas civilizações muito antigas, como a Grega e a Romana, já registravam a prática do esporte em pinturas, estátuas e escrituras. Foi somente no ano de 1967 que a luta de braço se tornou um esporte oficial internacionalmente, quando foi criada a WAF (World Armwrestling Federation), que em português significa Confederação Mundial de Luta de Braço. A partir disso, foram criadas regras e estipuladas categorias para a prática do esporte. E não demorou muito para o Brasil entrar oficialmente na modalidade. Exatamente dez anos após a fundação da WAF, em 1977, a luta de
“Eu conheci o esporte por meio daquele filme do Sylvester Stallone, ‘Falcão’, de 1987. Depois disso comecei a praticar a luta de braço” Roberto da Silva, TÉCNICO DA EQUIPE JOSEENSE
Iryneu, de 22 anos, exibindo medalhas que conquistou em campeonatos de luta de braço
da competição, representando países como Canadá, Índia, Estados Unidos e Brasil. Com o tempo foram surgindo organizações estaduais do esporte, como a FPLB (Federação Paulista de Luta de Braço), fundada em 1987, em Campinas. Essas associações foram ganhando cada vez mais adeptos e promovendo campeonatos regionais, aumentando a fama do esporte e o número de interessados na modalidade. A luta de braço se separou da CBC em 1987, mas somente em 1994 foi criada a CBLB (Confederação Brasileira de Luta de Braço). Atualmente a confederação também abrange, paralelamente, a modalidade de halterofilismo. Em uma disputa de luta de braço, os oponentes ficam de frente um para o outro, ambos em pé, apoiados em uma mesa específica para a prática do esporte. O atleta tem um minuto para ajustar a pegada na mão do adversário, não pode soltar a mão no pino de apoio e não pode retirar o cotovelo da mesa. Os punhos e ombros devem estar alinhados para que a luta comece. Dois árbitros são responsáveis pela fiscalização da partida: um central e outro de apoio. O atleta pode fazer diversos movimentos durante a luta, inclusive utilizando o peso do corpo, porém, sem retirar os dois pés do chão ao mesmo tempo. Os campeonatos de luta de braço são divididos por gênero, masculino e feminino, e também por peso. Na disputa feminina existem sete categorias, variando entre atletas de menos de 55 kg e superiores a 80 kg. Já no masculino são 11 categorias, variando entre atletas de menos de 75 kg e superiores a 110 kg. Além disso, todos os atletas competem com os dois braços, podendo conseguir colocações e títulos diferentes em um mesmo campeonato. Existem também categorias para atletas com menos de 18 anos e para os que possuem alguma deficiência física.
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NOTÍCIAS TURISMO
Fotos: Divulgação
Sem colocar o pé na areia
Veja como aproveitar as cidades do Litoral Norte nos dias em que a melhor opção não é a praia Marcus Alvarenga RMVALE E LITORAL NORTE
A
s férias de verão estão chegando, mas não é possível contar com o sol todos os dias, principalmente no Litoral Norte. Para não ficar refém apenas do roteiro praia, a Metrópole Magazine dá dicas de passeios para um dia mais nublado e longe da areia nas quatro cidades litorâneas da nossa região. Seguindo de norte a sul pela rodovia Rio-Santos, começamos a viagem por Ubatuba, considerada uma das cidades com as praias mais bonitas e preservadas do litoral brasileiro. A cidade fica na divisa com o Estado do Rio de Janeiro, oferecendo aos turistas a oportunidade de conhecer a vizinha Paraty, que têm como atrativo o centro histórico preservado. As opções atendem famílias, casais, solteiros e grupos. Na cidade os roteiros mais tradicionais e conhecidos pelos turistas fiéis de Ubatuba são o Aquário, onde se encontram diversas espécies de peixes, crustáceos e até pinguins resgatados nas praias da cidade; o Projeto Tamar, única unidade do projeto que preserva as tartarugas marinhas no
Estado de São Paulo. No local pode-se conhecer o trabalho dos biólogos e voluntários, além de estar bem próximo das tartarugas criadas em tanques. Outro ponto conhecido é o centro, onde está o mercado dos pescadores, o farol e a feirinha de artesanato, mais movimentada ao anoitecer. Ubatuba é a única cidade do Litoral Norte ainda com comunidades quilombolas. Elas podem ser visitadas por turistas que queiram conhecer os descentes dos negros e indígenas que fugiram da escravidão na época da colonização. O Quilombo da Caçandoca está localizado próximo ao bairro da Maranduba. Cerca de 50 famílias fizeram dessa terra a sua moradia no fim dos anos 1880, quando foram alforriados. Na área é possível conhecer trilhas utilizadas no período escravocrata, acompanhar a rotina dos moradores e descobrir histórias antigas. O acesso ao quilombo é feito pela rodovia Rio-Santos, no início do trecho denominado rodovia Dr. Manoel Hipólito do Rêgo. O acesso é feito logo após a ponte sobre o rio Maranduba, por uma estrada de terra por dentro da área de preservação da Serra do Mar.
Outro ponto de referência é o trecho que divide Ubatuba e Caraguatatuba. Descendo a BR-101 (ou SP-55 dentro do Estado), chegamos a Caraguatatuba, cidade que possui uma estrutura que agrada moradores e turistas. Toda a orla da praia do centro tem quiosques, quadras poliesportivas, academias ao ar livre e outras opções de diversão sem precisar colocar o pé na areia. A cidade recebe muitos artistas, não para descansar e sim para trabalhar, pois todas as semanas o Teatro Mário Covas, localizado na avenida Goiás,
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campo da música e outras artes. Ainda não há uma agenda de apresentações, mas conhecer o espaço no bairro Ponta da Sela já vale a pena.
Atrações noturnas
apresenta uma programação com atrações nacionais e regionais, a preços acessíveis. É uma ótima opção para uma noite diferente no Litoral Norte. Aventura também está no roteiro dos turistas que escolhem Caraguatatuba como destino. Os voos de asa-delta, paraglider e parapente podem ser agendados todos os dias, dependendo das condições climáticas e do vento. O passeio com decolagem do Morro do Santo Antônio dura cerca de 30 minutos e apresenta ao turista uma visão privilegiada da cidade. Os turistas que vêm ao Litoral Norte
muitas vezes escolhem Ilhabela, que já traz no nome uma de suas principais características. Além de toda a beleza natural - uma atração à parte a ilha tem pontos históricos e atrações culturais. Em 2016, foi inaugurado o Complexo Cultural Baía dos Vermelhos, espaço que reúne um centro cultural, uma residência artística, um teatro e o anfiteatro da Floresta, envolto por um jardim natural da Mata Atlântica. A proposta do local é estimular atividades artísticas e culturais, como inclusão social no
A temporada de verão é o momento onde todas as casas noturnas, pubs, bares, quiosques e outros estabelecimentos apostam no turista que gosta de aproveitar a noite. Ilhabela é conhecida pelos diversos shows e festivais durante todo o ano e que se tornam mais frequentes no período das férias. Em Caraguá e São Sebastião não é diferente. As praças de eventos são tomadas por grande público para assistir as apresentações de nomes populares da música nacional. Há alguns anos, Ubatuba não oferece shows gratuitos, mas há diversas opções em casas noturnas. Neste ano, a casa noturna 180º completa 20 anos de funcionamento em Ubatuba. A casa é conhecida por receber destaques da música eletrônica, mas o funk e sertanejo também já subiram ao palco da balada. A 180º fica no fim da avenida Iperoig. Na cidade ainda é possível encontrar o ‘Blues on the Rock’, um bar com jazz, blues e rock’n roll, sempre com bandas ao vivo, localizado na Avenida Chico Santos.
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NOTÍCIAS LITORAL
Mirante suspenso Projeto orçado em R$ 395 mil foi assinado pelo arquiteto Ruy Ohtake e acabou contestado pelo Ministério Público
Moisés Rosa ILHABELA
V
inte e cinco metros de altura em um projeto com características modernas. Orçada em R$ 2,5 milhões, a proposta para construir um mirante no Morro da Cruz, em Ilhabela, não deve ‘vingar’ na atual administração, já que é alvo de discussões sobre a real necessidade de se implantar a estrutura na ilha. De acordo com o Instituto Ilhabela Sustentável, o Plano Diretor da Cidade permite obras de até oito metros no arquipélago e a construção do ‘mirante’ pode interferir nas características de Ilhabela. O governo do prefeito Colucci afirma que o projeto está sendo revisto. Já o prefeito eleito, Márcio Tenório, destaca que não dará andamento à proposta e a utilização da área ainda será
analisada. Audiências públicas serão realizadas para decidir a finalidade do espaço.
Contestado Uma ação civil pública do MP (Ministério Público) contestou a falta de licitação na compra do projeto, que custou cerca de R$ 395 mil. A administração afirma que se trata de um projeto diferenciado e, por isso, contratou o renomado arquiteto Ruy Ohtake, que possui em seu currículo mais de 300 obras realizadas no Brasil e no exterior. A obra prevê a construção de uma sala administrativa, espaço para área técnica, saguão, cozinha, bar, elevador para portadores de mobilidade reduzida, banheiros e um salão que pode receber simultaneamente 120 pessoas. O processo ainda está sendo analisado pelo juiz do caso, que suspendeu o contrato do mirante. A ação pede ainda que o
projeto seja licitado. Depois da contestação do MP e da polêmica em torno do empreendimento, a administração solicitou a revisão da proposta. Ou seja, o projeto terá outras características e pode ser até mais ‘compacto’. A intenção da prefeitura era entregar o mirante ainda este ano, mas agora não há prazo, já que depende de uma decisão da Justiça.
Opiniões A construção do mirante divide opiniões entre os moradores. A prefeitura afirma que o local pode ser um ponto de visitação, o que impulsionaria o turismo da ilha. A proposta prevê ainda que os visitantes e moradores possam observar a paisagem geral na ilha, de frente para o canal de São Sebastião. À Metrópole Magazine, a administração informou que promoveu
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Fotos: Luis Lima Jr.
“Esse projeto foi rechaçado pela sociedade e vai contra a administração que iremos adotar. ” Márcio Tenório, PREFEITO ELEITO DE ILHABELA Croqui do projeto do Mirante
diversas audiências públicas para a apresentação da proposta de construção de um mirante no Morro da Cruz. Durante passagem pela cidade, o arquiteto justificou a importância do projeto. “Muitas destas obras em princípio causaram certo impacto, mas depois foram incorporadas ao cotidiano e à paisagem da cidade, inclusive se tornando importantes referências para os visitantes”, explicou o arquiteto, que já foi presidente do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Arqueológico, Artístico e Turístico), entre 1979 e 1982. Em nota, o prefeito Toninho Colucci afirma que o objetivo é estimular o turismo e criar um ponto turístico que vai gerar entretenimento e empregos para a cidade. “O terreno, agora destinado ao projeto, era antes uma área particular onde
seriam construídas duas grandes propriedades residenciais, porém, a prefeitura desapropriou a área devido à vista do local a fim de potencializá-la, transformando-a em um ponto de visitação privilegiado, estimulando ainda mais o turismo em nossa cidade”, ressaltou o prefeito. A reportagem entrou em contato com o escritório do arquiteto para que se posicionasse sobre a reformulação do projeto, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria. O secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de Ilhabela, Luís Henrique Homem Alves, disse que a administração já entrou com recurso e destacou que a suspensão pode atrapalhar o andamento do projeto. “Não tem sentido que ele [Ruy] não possa fazer os projetos complementares. É uma proposta extremamente importante para o desenvolvimento de empregos e
de um novo polo de turismo na ilha. Essa ação é motivada por questões políticas e isso só atrapalha o andamento dos projetos. Já apresentamos a contestação e aguardaremos a decisão”, destaca Alves.
Interferências Para o diretor executivo do Instituto Ilhabela Sustentável, Carlos Nunes, a construção de um mirante no arquipélago interfere nas características da ilha e abre possibilidades para a especulação imobiliária. Segundo ele, o projeto não condiz com a realidade de Ilhabela. “Tivemos um abaixo-assinado com mais de três mil assinaturas de pessoas contrárias à proposta. Além de interferir na paisagem, o mirante ultrapassa a altura permitida para construções, que é de apenas oito metros, e o projeto chega a medir vinte e cinco metros”, diz.
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“Não somos contrários ao mirante e, sim, de como ele está sendo aplicado, da forma em que fere o Plano Diretor. Temos também outras prioridades para a cidade e isso não é algo prioritário no momento”, ressalta. De acordo com Nunes, o empreendimento pode dar “brecha” para a construção de outras obras, acima do que é permitido por lei. “Não tem a ver com a característica da ilha e abre precedentes para a construção de outros
empreendimentos, transformando a ilha em uma metrópole, cheia de prédios”, acrescenta. O prefeito eleito de Ilhabela, Márcio Tenório, disse que a proposta não condiz com a proposta de governo e que não dará andamento ao projeto. “Não vamos dar andamento ao projeto proposto pela atual administração. Vamos fazer um levantamento de como foi todo o processo desse projeto e realizar os procedimentos necessários para que tenhamos todas
“O projeto está em desacordo com as leis municipais e é totalmente inútil em uma cidade que tem em toda a sua extensão uma vista panorâmica”
“Não tem contraste com o que tem em Ilhabela e não tem compatibilidade com a ‘cara’ da cidade. Poderiam fazer outras coisas mais importantes”
Terê Caiuby, COMUNICADORA SOCIAL
Diogo Camargo, ATENDENTE
as informações, como uma auditoria ou sindicância”. Ainda segundo Tenório, o projeto teve a rejeição da população. “Esse projeto foi rechaçado pela sociedade e vai contra a administração que iremos adotar. Vamos ouvir os nossos moradores e, após as audiências públicas, vamos decidir o que fazer no local. Pensamos em abrir um concurso de projetos para a área, mas antes precisamos debater bem o propósito e uso daquele espaço”, destacou.
“É uma proposta extremamente importante para o desenvolvimento de empregos e de um novo polo de turismo na ilha” Luís Henrique Homem Alves, SECRETÁRIO NA GESTÃO COLUCCI
“Não combina em nada com nossa ilha. Não precisamos de mais turistas. Precisamos é de mais tranquilidade e menos especulação imobiliária”
“Teve muita contraversão por ser um projeto futurista. Poderiam ter pensado em um projeto em outro local. Agora, cabe ao prefeito eleito verificar sobre a proposta”
“Sou a favor do projeto da implantação de um mirante, mas é necessário que o projeto tenha modificações, com a característica da ilha com a natureza”
Ivan Bueno, TRABALHA NA ÁREA DE
Leopoldo Pedalini, ASSOCIAÇÃO
Djane Vitoriano, EMPRESÁRIA
TURISMO
COMERCIAL DE ILHABELA
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Gastronomia& Foto: Divulgação
Drinks de Verão
Bares e restaurantes preparam bebidas para brindar a chegada do verão Rodrigo Machado SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A
Caio Bonneau preparando drink
estação mais quente do ano, o verão, tem dia e hora para chegar: às 7h44 de 21 de dezembro. E com as altas temperaturas que prometem agitar as cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte nos próximos meses, a Metrópole Magazine embarcou em uma missão especial: buscar as novidades de drinks para o verão. O resultado foi surpreendente. Um misto de sabores e charme preparado por mãos que entendem do negócio. Diante de tanta opção, uma coisa é certa no mundo das bebidinhas para se refrescar e curtir o calor: drinks são feitos para brindar e celebrar ocasiões, eternizá-los como fotografias na mente. Nada mais justo que comemorar a chegada do verão com um brinde especial. As formas de preparo de algumas bebidas apresentadas nesta reportagem e outras sugestões estarão disponíveis no portal Meon. Ao final da leitura desta viagem, corre lá para ver a receita que mais chamou a sua atenção e surpreender alguém com o preparo de um dos drinks sugeridos pelos nossos entrevistados. Em São José dos Campos, o barman Caio Bonneau, 32 anos, do Prime Meat Grill, instalado no charmoso Jardim Aquarius, zona nobre da cidade, apresentou dois dos diversos drinks lançados para celebrar o verão. “O processo de criação foi inspirado nos clientes da casa. Meu estilo é utilizar ingredientes brasileiros, de cachaças regionais às frutas nativas, doces e geleias típicas. O segredo de bons coquetéis é o equilíbrio e a escolha de ingredientes de
qualidade”, disse ele, que apresentou uma carta com oito criações. Caio criou um coquetel chamado Red Goose. A base é a vodka de laranja que dá aroma e sabor cítrico à bebida, shrub traz doçura e um toque de acidez, pois ele é composto de uma calda de frutas vermelhas e um toque de vinagre. “Apesar de parecer inusitado, traz um equilíbrio fantástico e ressalta o sabor das frutas vermelhas e um toque de aperol que provoca um amargor frutado, resultando em um coquetel cheio de sabor, perfeito para acompanhar peixes e comidas leves”. Outra bebida que vai chamar atenção nos próximos meses é o Queimadinho, um drink que cabe muito bem para a estação, pois tem uma mistura de sabores doces e cítricos, além de despertar um leve toque de amargor, combinado de muito gelo, que traz suavidade e frescor ao coquetel. “Esse drink foi criado em uma tarde em minha casa, quando estava fazendo alguns testes e tive a ideia de fazer o doce de abacaxi queimado. Ele ganha toda a atenção por conta da exuberância na cor e sabor – doce de abacaxi caramelizado, limão cravo, Cynar e cachaça envelhecida”, contou. O barman Ronei Seixas, 38 anos, do Calle54 e Street One, também em São José, dedica sua vida aos drinks há nove anos e diz que nesse universo o importante é conhecer todo o leque de bebidas disponíveis para o preparo de drinks, para que fiquem saborosos, agradáveis e equilibrados. “A escolha dos ingredientes também é fundamental. Frutas, licores, destilados e xaropes são os pilares do preparo de um bom drink. Normalmente, fazemos os drinks especiais e deixamos expostos
para o cliente, gerando curiosidade e desejo de consumo. Temos o Summer, uma combinação extremamente equilibrada e refrescante”, contou. E o que ele tem de especial? Ronei diz que além do equilíbrio nos ingredientes, usa-se lichia, uma fruta chinesa que proporciona sabor único. Na bebida vai vodka importada, triple sec (Cointreau), sorvete picolé, frutas vermelhas, gelo e lichia à gosto.
“É importante saber as técnicas e suas combinações. A imaginação é o fruto de um bom coquetel. Não se serve um coquetel como um copo de água. A arte dos coquetéis consiste em associar, combinar dois bons produtos para fazer o melhor” Flavier Alexandre de Castro “Um drink diferente, saboroso e refrescante. Os ingredientes remetem ao verão, a fruta é exótica e combinada ao gelo e o sorvete picolé, torna-se um atrativo para refrescar o dia”, disse Seixas durante entrevista à Metrópole Magazine. O líder do bar Guten Bier e barman João Paulo Batista, 28 anos, vai fazer uma década de ‘estrada’ com experiência na elaboração de novas bebidas, fazendo releituras de drinks clássicos. “A apresentação deles é o foco do trabalho, até porque o drink tem que ser gostoso, rápido e com uma bela guarnição”, disse. As bebidas são elaboradas simplesmente com a casca das frutas, até porque
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essa é a melhor maneira de ser mais original possível, segundo ele. “Primeiramente um coquetel tem que ser feito como se fosse pra você tomar, tem que representar o equilíbrio entre os ingredientes e ser servido rápido.” O barman escolheu a bebida Aperol Spritz, um drink charmoso servido na taça de vinho, refrescante e com apresentação glamurosa. “No verão cai muito bem por ser um drink suave, refrescante, com a mistura do aperol que é um licor de ervas combinado com espumante e água tônica”, contou. O segredo do sucesso é que, por ser servido na taça de vinho, torna-o mais charmoso e faz com que chame bastante atenção do público. “Fora o fato de ser um drink refrescante para os dias quentes. Suas guarnições são meia lua de laranja dentro da taça, que o deixa muito charmoso. Nele vai o aperol, espumante e água com gás”, concluiu. O empresário Ricardo Sampaio, do Bar do Sampaio, preparou um ketel tea. “Por ser de verão, é um drink bem leve, fica bem suave nessa combinação entre o vodka, chá de hibisco, purê de pêra, suco de limão siciliano e angostura”, disse.
Caipirinha O bartender e professor do Senac Taubaté, Leandro Nagata, 42 anos, trabalha com drinks há 15 anos e hoje é especialista em mixologia - desenvolvimento de coquetéis e destilados com ênfase em cachaça. Para ele, o grande diferencial na hora de preparar uma boa bebida é sempre conhecer o sabor dos ingredientes que irão compor o drink, além de estudos e pesquisas constantes. Nagata contou que a caipirinha é um coquetel delicioso e representa o Brasil. Essa bebida jamais deixaria de ser destaque no verão por sua representatividade. “Os ingredientes são cachaça, limão açúcar e gelo. Acredito que a simplicidade desse coquetel é o segredo do seu sucesso. Vejo pessoas que não tomam a cachaça pura, mas adoram uma caipirinha, todos gostam do sabor e refrescância”, disse.
Caroline Santos e Camila Hayashi com Ketel Tea
E por que no verão essa é uma boa bebida? Nagata responde que ‘ela é ótima em qualquer estação do ano, mas no verão é um perfeito acompanhamento para qualquer situação, é perfumada, saborosa, e combina com tudo’. “A caipirinha é o único coquetel brasileiro que está na lista dos grandes coquetéis clássicos da IBA (International Bartenders Association), além de ser um dos dez mais consumidos no mundo todo. Ela foi criada para ser um remédio para gripe no início do século XX, e aos poucos foi conquistando o Brasil e o mundo”, afirmou o especialista. Preparar drinks é uma arte. “É importante saber as técnicas e suas combinações. A imaginação é o fruto de um bom coquetel. Não se serve um coquetel como um copo de água. A arte dos coquetéis consiste em associar, combinar dois bons produtos para fazer o melhor”, disse Flavier Alexandre de Castro, 39 anos, da Flayr Drinks Bartenders. Ele começou na área de coquetelaria admirando a área de Flair (arte de jogar garrafas) e por curiosidade começou a aprimorar e aprender mais sobre coquetelaria. “Fiz vários cursos na área, me associei à Associação Brasileira de Bartenders. Da formação universitária na área de eventos e o conhecimento pleno da profissão surgiu a empresa”, disse.
Acesse as receitas em: meon.com.br
O drink escolhido foi o Messicano. Tem os ingredientes gim, Galliano, Amaretto, xarope de romã e água com gás. “É considerado um drink gourmet refrescante, feito à base de gim, uma aguardente de grão (milho, cevada ou centeio) originária dos países anglo-saxões”, segundo ele. “É perfumado com diferentes aromas naturais, essencialmente com genièvre, uma bebida diferenciada que poucos bartenders usam em suas combinações, é o segredo do seu sucesso. Um drink que desperta a curiosidade de quem prova, pois hoje o gim é uma nova tendência na área de coquetelaria”, disse.
Vinhos E não são só os destilados que fazem sucesso. Os vinhos rosé e diversos tipos de espumantes, além do refrescante vinho verde português, também estão cotados para o verão. É o que a diretora do Zest Mercado Empório, Priscila Fonseca, tem sugerido aos amigos e apaixonados por vinho em São José. “Esses vinhos mais refrescantes estão super em alta, as pessoas estão procurando mais os espumantes e há ainda o vinho verde, que vem conquistando bastante espaço. Essas opções podem ser saboreadas durante a temporada de calor e podem ser consumidas o ano todo. Assim, os apaixonados por vinho não precisam esperar pelo inverno”, disse.
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Social& por Laís Vieira GrandBazar Próvisão
Divulgação
Fátima Fornachari escolheu o vestido da Luciana Gimenez para contribuir com GrandBazar
Festival de Cinema Italiano A convite do RP Ovadia Saadia, o grupo de amigos do CineArt & Wine de São José dos Campos teve o privilégio de participar da abertura da 12ª edição do Festival de Cinema Italiano no Brasil, organizado pela Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Agricultura, que aconteceu no dia 21 de novembro, no auditório do Parque Ibirapuera, em São Paulo. Estiveram presentes na cerimônia de abertura o diretor Alessandro Battisti, além de Nico Rossini, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do Festival de Cinema Italiano desde 2005, Antonio Bernardini, embaixador da Itália no Brasil, e Michele Pala, cônsul geral da Itália em São Paulo. Juntos, eles prestaram uma homenagem ao diretor Roberto Faenza, que foi o último diretor a trabalhar com o ator italiano Marcelo Mastroianni. Na abertura do festival foi exibido o filme “Veloz como o vento”, de Matteo Rovere.
Sua relação com o Hospital Próvisão é de infância. Adriana Rebouças se lembra de seu atendimento e de sua família na instituição e desde então está presente nos eventos do hospital. Diante das dificuldades da instituição, Adriana preparou o Grand Bazar Próvisão, que terá toda renda arrecadada com a venda das peças revertida para o hospital. A ideia tomou proporções incríveis e quase mil peças de roupas, sapatos e acessórios foram doadas. “Ficamos muito felizes com a repercussão nas redes sociais e já estamos analisando a possibilidade de fazer um bazar permanente para ajudar o hospital. As pessoas são muito generosas quando a causa é nobre”, comenta Adriana. O valor total arrecadado pelo GrandBazar foi de R$ 30.051,00.
Foto: Nando Jr.
São José dos Campos, dezembro de 2016 | 75
Foto: Divulgação
Elano doa camisa para Casa de Noel “Deus me proporcionou esse momento.” - comenta Elano em Pinda. O jogador de futebol, do Santos Futebol Clube, doou uma camisa autografada para ser leiloada para instituições de caridade de Taubaté e Pindamonhangaba. Entre a rotina pesada de treinos diários e jogos oficiais nos fins de semana, Elano participou do evento Casa de Noel no dia 8 de novembro e disse que ficou muito feliz em ser convidado pelo amigo Dunga, apresentador do programa PNH da TV Canção Nova, para participar de um projeto que cresceu tanto e ajuda tanta gente. “Quando fiquei sabendo, fiz questão de participar, pois eventos como esse encorajam outras pessoas a também se doarem ao próximo. Podem contar sempre comigo”, comentou. No jantar deste ano, mais de 600 pessoas estiveram presentes para celebrar a natureza da existência humana, que é ajudar ao próximo.
O filósofo, escritor e ensaísta Luiz Felipe Pondé esteve em São José dos Campos para uma palestra organizada pelo Partido Novo, no dia 23 de novembro. A conversa, com cerca de 50 pessoas, aconteceu de maneira descontraída e Pondé falou sobre os momentos históricos importantes e contextualizou a atual situação política no Brasil e no mundo. Foi um debate de ideias sobre os tempos que estamos vivendo. Como esteve recentemente no programa de televisão Roda Viva com jovens influenciadores digitais, o escritor falou sobre a participação dos jovens na política e a possibilidade de conversar e “abrir a cabeça dos jovens para descolá-los da esquerda”. Pondé se lembra da sua juventude esquerdista, cheia de ideologias, mas que acabou quando, aos 23 anos, foi pai. Ele percebeu que o ideal de mundo justo e igualitário era impossível e que nunca haverá a paz total no mundo. “Mas também não é para ser como a Síria”, frisa. Ao finalizar a palestra - que se estendeu por quase três horas - Pondé comentou: “Não existe Deus na política. Os políticos trabalham dentro de suas possibilidades”.
Foto: Divulgação
Bate papo com Pondé
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Arquitetura& Por Moisés Rosa
Integração dos espaços de lazer Residência conta com espaços interligados e amplos; família pode usufruir de uma bela vista
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ma residência com dois pavimentos e projetada para atender um casal com três filhas foi feita especialmente pela arquiteta Rosana Leme Galvão, em uma região nobre de São José dos Campos. Localizada no bairro Urbanova, a casa de 386 m² conta com ambientes de estar, jantar, copa, varanda churrasqueira, spa, sauna e home theater. Segundo a arquiteta, o pedido da família foi para uma proposta que trouxesse a integração dos espaços de lazer. “O resultado é uma casa com seu interior transparente que além de clara tem todos esses espaços visíveis, interligados e integrados”. Ambientes amplos e a suíte do casal na fachada frontal foram o diferencial do projeto. O casal pode usufruir de uma bela vista da cidade. Outro destaque é para o espaço criado na churrasqueira com um bar para atender a família, que adora fazer festas e reunir amigos e parentes nos fins de semana. Uma preocupação dos pais era também com a segurança das filhas
pequenas. Para isso, solicitaram a integração do banheiro, do spa, sauna e da piscina. O lavabo também fica próximo da área mais social da casa. Já no pavimento superior, Rosana Galvão trouxe a proposta de outro home theater, que atende os momentos de lazer e das horas de descanso da família, com atividades de videogame e filmes. Além do home theater, também foram projetados três quartos para as meninas, que se comunicam por um corredor que pode ficar privativo com o fechamento de uma grande porta de correr. Os quartos ainda possuem varanda e vista para a área verde do condomínio e para a piscina.
Arquiteta A arquiteta Rosana Leme Galvão mora em São José dos Campos. Ela trabalha há 25 anos com projetos de arquiteturas residenciais e comerciais, e é formada há 30 anos pela FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) da USP (Universidade de São Paulo).
Fotos: Arquivo pessoal
São José dos Campos, outubro de 2016 | 77
Casa está localizada em região nobre da cidade; arquiteta integrou espaços para a família
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Ao lado, ambiente atende pedido da família de espaço para reunir amigos e familiares; no centro, banheiro conta com iluminação especial; abaixo, spa é integrado com a piscina da casa
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SĂŁo JosĂŠ dos Campos, dezembro de 2016 | 81
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Crônicas & Poesia Conversa de Natal Por Wilson R. Sob o escaldante sol de dezembro, o professor João caminha pela Rua XV de Novembro, em São José dos Campos. O comércio está agitado e as pessoas acotovelam-se dentro das lojas no afã de encontrar um presente para aquela pessoa especial. Senta-se num banco da Praça Afonso Pena, pedindo licença com os olhos para o velho que já estava ali: – Bom dia. Posso? – Claro, fique à vontade. – Correria, não? Todo mundo doido pra comprar alguma coisa. – É. – Acho tudo uma grande estupidez. O homem velho parece espantado. – Estupidez? Ora, mas por quê? É Natal! – O amigo sabe a origem do Natal? Dessa festança toda? – Até onde sei, comemoram o nascimento de Jesus. Uma festa cristã. – Ah! Isso é o que colocaram na cabeça das pessoas. Na verdade a história é outra. O Natal não tem nada de cristão. –Como assim? Acostumado a salas de aula, João assume sua velha postura docente e começa: – O que chamamos “Natal” nada mais é que um amontoado de crenças pagãs convenientemente alinhavadas para favorecer o cristianismo. Veja a árvore de Natal, por exemplo. Já era usada três milênios antes de Cristo, um símbolo da união do Homem com as divindades por causa de sua raiz presa ao solo, a terra onde o homem vive, e seu caule verticalmente lançado aos céus, como a procura de Deus. A comemoração e a ceia, cheias de amigos e fartura, têm sua origem nas festas romanas ao deus Saturno, nessa mesma época. Até o Papai Noel é inspirado na figura de um druida das florestas, que em diversas lendas presenteia as pessoas que foram boas durante o ano. Aliás, a roupa vermelha é
Foto: Pedro Ivo Prates
invenção recente, surgida quando um artista foi contratado pela Coca-Cola para criar o desenho oficial do “bom velhinho”. Comércio, puro comércio. O velho faz repetidos movimentos com a cabeça, como que entendendo e concordando com João que, empolgado, continua: – Veja a data, por exemplo. Qualquer religioso ou pesquisador com conhecimento médio do assunto sabe que Jesus não nasceu em dezembro. Acontece que por volta do dia 22, pouco mais, pouco menos, ocorre o solstício de inverno no hemisfério Norte. Esse fenômeno marca o dia em que o sol está mais longe e começa sua caminhada de volta, ou seja, quando o Sol, a luz da vida, retorna. Dado ao simbolismo, festas eram feitas em nome de Saturno, Mitra e outros deuses, dependendo da época e região. Dando um leve tapa na perna do velho, João conclui: – Então, meu amigo, em essência, o Natal não representa nada do cristianismo. A árvore, a ceia, o nascimento... tudo foi convenientemente ajustado para angariar cristãos entre os pagãos. Sim, pois por mais que os aldeões se dissessem cristãos,
eles ainda temiam não festejar as tradições. Achavam que arriscariam as colheitas, atrairiam azar. O remédio foi então associar Papai Noel a São Nicolau, criar um aniversário para Jesus perto do solstício, enfeitar as árvores com anjinhos e... Pimba! Eis o Natal como temos hoje. –O Natal não tem nada de cristão? Nada mesmo? Levantando-se, João conclui. – Bom, temos o presépio, criado por São Francisco de Assis. O resto é isso mesmo: não tem nada de cristão. João se vai. O velho retribui seu aceno de despedida e fica pensativo. Após alguns instantes, resmunga para si mesmo: –Então a árvore é a união de Deus com o homem, o dia 25 de dezembro marca o regresso da luz da vida para a Terra, a ceia é uma reunião de amigos e o Papai Noel é uma figura mística que recompensa os bons. Abre um largo sorriso: – Ah! Parece bastante cristão pra mim. Wilson R. é poeta, escritor e membro da Academia Joseense de Letras.
PODE COMPARAR, NENHUMA OUTRA RÁDIO TOCA TANTA MÚSICA COMO A ANTENA 1.