Under 30 Juventude e inovação Renata Rebocho
ENTREVISTA Carolina Ferraz em uma conversa franca sobre arte e cultura
Jovens da RMVale são destaques na lista de empreendedores da Forbes
SAÚDE Prótese de mama. Quando é necessário fazer a troca?
ESPORTE Times da região se preparam para iniciar mais um ano de competições
GASTRONOMIA Luísa Motta traz uma receita vegana para a 'larica' de plantão
João Miranda
VELOZ Nissan Frontier, forte e elegante em qualquer terreno
EDITORIAL
Empreender para crescer Regina Laranjeira Baumann Diretora Executiva
2020, segundo projeções realizadas por empresas de consultoria e análises de
Editor Fabrício Correia
tendências, tem sido apontado como o período de consolidação de algumas tecnologias fundamentais para as estratégias de negócios e crescimento do empreendedorismo. De olho nas tendências no Brasil e no mundo, a primeira edição deste novo ano da Metrópole Magazine apresenta cases de sucesso em vários
Reportagem Beatriz Plaça, Bruno Castilho, Bruna Caroline, Gabriela Mancilha, Jefferson Santos, Nicole Almeida, Samuel Strazzer, Vanessa Menezes, Vinícius Assis Fotografia Camila Majes
segmentos profissionais vivenciados por jovens abaixo dos 30 anos. Nossa matéria principal tem como ponto de partida a inclusão de dois joseenses na lista
Diagramação/Artes Giuliano Siqueira
'Under 30' da Forbes, que apresenta anualmente os maiores influenciadores em
Departamento Administrativo Patrícia Vale
diversas categorias. A revista traz também dicas para você investir e preservar o
Distribuição Edson Amaral
seu dinheiro, além de uma análise dos campeonatos de futebol e a participação dos times da RMVale. A permanência cada vez maior dos brasileiros na internet
EDIÇÕES ANTERIORES: www.metropolemagazine.com.br
e a influência das redes sociais no dia a dia dos usuários é outro assunto que
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merece sua atenção em nossa revista deste mês. Uma entrevista com Carolina
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Ferraz vivenciando um novo momento em sua carreira e um artigo que mostra a importância do podcast na publicidade completam o mosaico de informações na Metrópole de janeiro. Que o ano que começa nos aproxime ainda mais e estimule nossa interação por meio dos diversos produtos que o Grupo Meon de Comuni-
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cação oferece para que você esteja preparado para as transformações diárias necessárias para o desenvolvimento de nossa região, estado, país e mundo. Boa leitura! Regina Laranjeira Baumann Diretora Executiva
A revista Metrópole Magazine é um produto do Grupo Meon de Comunicação | Edição Especial Verão
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SUMÁRIO
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MATÉRIA DE CAPA
Juventude e inovação. Histórias de sucesso de profissionais com menos de 30 anos na RMVale
ENTREVISTA Saúde& Comportamento& 26 Carolina Ferraz em uma conversa 36 44 Prótese de mama. Quando é necessáVida online. Os prós e contras da franca sobre a arte da interpretação rio fazer a troca?
realidade virtual
70Veloz&
Luiz Trucco
Luísa Motta e seu canal Larica Vegana
Camila Majes
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68Gastronomia&
74 Mercado& A hora do podcast no mercado
Nissan Frontier, tecnologia e força
publicitário
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Espaço do Leitor Aconteceu& Frases&
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Comportamento& Passarella& Social&
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Espaço do Leitor Feedback
Edição 58 – Dezembro de 2019 RMVALE
Newton Cardoso Júnior, presidente da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados "A Meon Turismo é uma publicação necessária para o turismo. Apresenta a RMVale para o Brasil. Parabéns a todos os envolvidos."
Adolfo Konder, secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro "Fiquei surpreso ao conhecer a Metrópole Magazine. Assuntos importantes para o desenvolvimento regional em convergência com o país e o mundo. Recomendo a leitura."
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Gabriel Chalita, advogado, professor universitário e escritor. Membro da Academia Paulista de Letras. "Foi uma alegria receber a Metrópole Magazine ao chegar em Cachoeira Paulista. Informação e entretenimento com qualidade."
Júlio Nanni, educador físico, Caçapava "Gostei muito da edição de dezembro da Metrópole Magazine. A matéria sobre colônia de férias estimula ainda mais os municípios a desenvolverem atividades no recesso escolar."
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Divulgação/PMSJC
Aconteceu& São José abre licitação para primeira fase da Linha Verde A Prefeitura de São José dos Campos lançou o edital para licitação das obras da primeira fase da Linha Verde no valor de R$ 84 milhões. O primeiro trecho será da Estrada do Imperador, na região sul, ao Terminal Rodoviário Intermunicipal (Rodoviária Nova), região central. R$ 30 milhões serão investidos pelo Governo de São Paulo por meio de convênio com o município e outros R$ 54 milhões serão custeados pela Prefeitura. O traçado total terá cerca de 23 km de extensão, a maioria dentro da área das torres de transmissão da Cteep (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista). A primeira fase terá 14,5 quilômetros. A linha verde "será operada por um VLP (Veículo Leve sobre Pneus) que será 100% elétrico, moderno e ecologicamente sustentável.", afirmou a municipalidade g
Novos radares começam a operar em Jacareí Radares inteligentes de trânsito começaram a operar em Jacareí no dia 13 de janeiro. O sistema tem a capacidade de monitorar os caminhões que tentarem fugir do pedágio e identificar veículos roubados. O novo sistema de câmeras de segurança viária contratado pela Prefeitura de Jacareí passou por aferição e aprovação do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). De acordo com a prefeitura, nos 17 meses que a cidade ficou sem os radares, foi registrado um aumento de 60% do número de mortes nas vias municipais, com 27 óbitos e o aumento de 20% do número de acidentes, registrando 1.368 ocorrências neste período. g
Com investimento de R$ 188 milhões, Hospital Regional de Caraguá deve começar a funcionar em março Com previsão inicial de ser entregue em 2018 e investimentos de R$ 188 milhões, o Hospital Regional de Caraguatatuba deve começar a funcionar ainda no primeiro trimestre de 2020, ou seja, até março. A OSS (Organização Social de Saúde) Instituto Sócrates Guanaes administrará a unidade e já iniciou o processo de contratação dos profissionais. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, a obra física do Hospital Regional do Litoral Norte está quase toda concluída. No momento, estão em andamento a construção do prédio de radioterapia e a compra de equipamentos para ativação do hospital. O hospital contará com 220 leitos, sendo 144 de internação, 40 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), 20 de observação e 16 leitos de Hospital Dia (assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial). Terá capacidade para fazer atendimentos clínicos e cirúrgicos, de ortopedia, traumatologia, neurocirurgia e UTI adulto, para atender a demanda de alta complexidade na região do Litoral Norte.
Divulgação
Divulgação
Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba já somam dezesseis casos de dengue apenas na primeira quinzena de 2020. O Grupo de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo realizou uma reunião de rotina em Caraguatatuba no dia 17 de janeiro para definir ações e estratégias no combate a doença nas cidades do Litoral Norte. Elizabeth Cabral, chefe da sessão de vigilância epidemiológica de Ubatuba, afirmou que os casos notificados este ano na cidade, superaram os números do ano passado. Em 2019, o primeiro caso foi confirmado apenas no final de fevereiro. Caraguatatuba também está com mais casos confirmados do que no mesmo período em 2019. De acordo com a prefeitura, em janeiro do ano passado, apenas um caso da doença foi confirmado na cidade. Em Ilhabela, segundo a assessoria de imprensa da administração municipal o número foi maior nos últimos anos; em 2019 a cidade teve dois casos da doença confirmada no mesmo período e seis no mesmo período de 2018. Em São Sebastião, não teve nenhum caso da doença em janeiro do ano passado. g
Ilustração
Litoral Norte registra 16 casos de dengue na primeira quinzena de 2020
TODOS NO MOVIMENTO CONTRA O MOSQUITO DA DENGUE. Para acabar com a dengue, todos devem fazer a sua parte. Siga as dicas e saiba como prevenir. FIQUE ATENTO AOS SINTOMAS E, EM CASO DE SUSPEITA DE DENGUE, PROCURE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE.
Deixe as garrafas sempre viradas.
Tampe os tonéis e caixas-d’água.
Mantenha a lixeira bem fechada.
Retire a água de pneus.
Mantenha as calhas sempre limpas.
Coloque areia nos vasinhos de plantas.
DENUNCIE. LIGUE 156.
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Frases& “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada.” Roberto Alvim, ex-secretário especial de Cultura, do Governo Bolsonaro, demitido após a publicação do vídeo em que apresenta a frase parafraseando Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler.
"Reitero nosso repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas. Manifestamos também nosso total e irrestrito apoio à comunidade judaica, da qual somos amigos e compartilhamos valores em comum."
presidente Jair Bolsonaro, ao comunicar a demissão do ex-secretário especial de Cultura.
"Sou brasileiro de família judia. 6 milhões de judeus morreram por causa do nazismo. O holocausto é um fato histórico. Usar a Cultura para fazer revisionismo histórico é perverso e violento. O vídeo do secretário Roberto Alvim é criminoso. Revela uma conduta autoritária inaceitável."
Luciano Huck, apresentador de televisão, pelo Twitter.
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"Assinei a ordem de serviço para o início das obras de revitalização da Praça Diógenes Ribeiro de Lima (Centro) e Antônio Fachini (Martim de Sá). São espaços muito visitados e que precisam ser valorizados e respeitados. As obras beneficiarão os próprios artesãos, que há anos esperam por esta mudança"
Aguilar Júnior, prefeito de Caraguatatuba anunciando novas obras por meio de sua página no Facebook.
"A paz é um bem precioso, objeto da nossa esperança; por ela aspira toda a humanidade." Papa Francisco, em sua homília para o Dia Mundial da Paz, celebrado em 1º de janeiro.
"68% de nossa cidade é de área rural. São José é a única cidade do Brasil que produz do leite à satélite. Criamos o “Poupatempo Rural”, campanhas de vacinação, distribuição de calcário, serviços de trator, e assistência técnica veterinária e de produção, acesso a empréstimos com taxas especiais." Felicio Ramuth, prefeito de São José dos Campos informando a criação de novo programa para melhorar a infraestrutura do atendimento às áreas e produtores rurais do município.
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MATÉRIA DE CAPA
Da RMVale para a lista dos 90 jovens mais inovadores do país Lista da revista Forbes apresenta jovens de até 30 anos que mais se destacaram no país em suas áreas de atuação
Samuel Strazzer e Jefferson Santos DA REDAÇÃO
O
usadia e talento podem ser dois dos diversos adjetivos que descrevem o perfil de integrantes da lista Under 30 da revista Forbes, que conta com a seleção de 90 jovens inovadores em diversas áreas . O espírito empreendedor e a vontade de sair do modismo fez duas pessoas da RMVale entrarem para a lista. João Miranda, CEO e
fundador da Hash, e Renata Rebocho, fundadora da Quero Bolsa, são os ‘destaques’ da região. A dupla, apesar de ser de áreas distintas, tem muito em comum: acreditou em uma ideia e lutou para concretizá-la. Os dois foram classificados nas categorias Finanças e Ciência e Educação, respectivamente. Miranda e Rebocho compartilham espaço com pessoas de renome nacional e internacional. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), de outubro de 2018, apontam que 31,9% dos desempregados no Brasil têm entre 18 e 24 anos. No mesmo período, segundo o órgão, o índice de empregos informais chegou a 41,4% em todo o País. Com essas informações pode-se observar que as pessoas têm buscado cada vez mais criar seus próprios meios de gerar renda, ou melhor, buscar o sucesso. A Metrópole Magazine, apresenta cinco cases de sucesso, incluindo os
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Leia online
dois destaques da lista mais famosa do mundo business.
João Miranda Natural de São José dos Campos, João Miranda começou sua jornada antes mesmo do que imaginava: em olímpiadas científicas na escola particular que estudava, por meio de uma bolsa. Sempre aplicado e curioso para assuntos voltados à programação, Miranda terminou o ensino médio, em 2013, entrando de cabeça em
um projeto de dois colegas, que também faziam parte das olímpiadas. Aos 17 anos João já ocupava cargos importantes no Pagar.me., startup que simplifica a forma de pagamento online de pequenas e grandes empresas. Miranda conta que não possuía conhecimento aprofundado em programação ou empreendedorismo, mas que tinha vontade de fazer parte do desenvolvimento da empresa. “Começar nesse segmento não é comum, mas para mim a história foi
curiosa. Conheci duas pessoas que faziam parte de um campeonato estudantil e estavam criando uma startup. Estava terminando os estudos e fui convidado para fazer parte da empresa. Foi uma loucura!”, relata. Um ano depois, João decidiu se especializar e começou a estudar ciências da computação na USP (Universidade de São Paulo), mas abandonou o ensino superior, pois estava em um impasse. Entendeu que precisava sair da startup por
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MATÉRIA DE CAPA Foto: Divulgaão
“Apenas em
setembro de 2019 fizemos a receita de 2017 e 2018. Esperávamos um crescimento de três a quatro vezes, mas tivemos uma atração muito maior e que nos surpreendeu
João Miranda,
CEO e fundador da Hash
”
desencontro de ideais e que necessitava desenvolver um negócio próprio. Em 2017, João fundou a Hash com o apoio de outras duas pessoas. Em oito meses conseguiu desenvolver sua tecnologia e fechou US$ 200 mil nos primeiros meses. “O meu principal desafio foi manter a visão que eu tinha mesmo com o crescimento da empresa. Mas ao longo de 2018 consegui que minha ideia se concretizasse com a entrada de novas pessoas para o time e fechamos acordo com startups conhecidas. Em 2019 implementamos tecnologias que ainda não tínhamos e, com isso, crescemos 10 vezes mais do que o previsto. Apenas em setembro de 2019 fizemos a receita de 2017 e 2018. Esperávamos um crescimento de três a quatro vezes, mas tivemos uma atração muito maior e que nos surpreendeu”, contou. Questionado sobre quando ocorreu a “troca de chave” que fez a Hash alavancar nos negócios, João informa que tudo aconteceu devido à empresa ser 100% autônoma sem depender de
serviços de terceiros. “A partir do momento que começamos a vender um produto inteiramente nosso e não depender de terceiros, obtivemos um retorno muito grande. É muito comum startups contratarem serviços de outras empresas. Desenvolver a sua própria tecnologia permite total controle sobre a experiência do usuário e nos dá uma autonomia muito maior”, revelou. Todo o sucesso de João custou a ele, pelo menos no início do desenvolvimento da Hash, problemas de saúde. Ele lembra que por conta da ansiedade de conseguir concretizar suas ideias e fazer o projeto sair do papel teve taquicardia. “Teve um episódio que mudou muito minha vida e me fez pensar sobre como eu queria as coisas. Eu tinha 21 anos quando comecei com a Hash e no final estava tão estressado que tive taquicardia e fique internato por três dias. Era muito novo, ansioso, queria que as coisas dessem certo e foi um momento em que percebi que sozinho seria mais
rápido, mas acompanhado iria mais longe”, relembrou.
Renata Rebocho Assim como na história acima, Renata também sempre esteve ligada ao empreendedorismo e desde cedo, aos 14 anos, já trabalhava como revendedora de roupas nas cidades da RMVale. Sempre bem aplicada nos estudos, Renata ganhou o prêmio de melhor aluna do ano no colégio em que estudava por algumas vezes. Até começar na Quero Bolsa, um marketplace que ajuda alunos a pesquisarem e se matricularem em cursos superiores de todo Brasil, ela não pensava em empreender, mas sim em seguir por muito mais tempo na área acadêmica. “Optei por cursar Direito por acreditar que advogando poderia impactar a vida das pessoas positivamente, contribuindo para uma sociedade e um mundo melhor. No entanto, no curso e nos estágios comecei a me desiludir com a prática do direito e com o sistema, ao ver como alguns profissionais da área
“Tínhamos bem
menos recursos financeiros que outras startups de sucesso ou até mesmo que os nossos concorrentes, que fomos superando um a um
Renata Rebocho,
fundadora da Quero Bolsa
”
Foto: Junior Soares
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20 | Metrópole Magazine – Edição 59
MATÉRIA DE CAPA nas instituições de ensino, e o site bombou. Pareceu um milagre, mas funcionou! Tivemos um faturamento de R$ 30mil em janeiro e R$ 40mil em fevereiro. Desde então a empresa cresceu e em 2013 o faturamento passou de R$ 1 milhão”, exaltou. Para Renata o sucesso da Quero Bolsa está na área mais importante da empresa, que é a gestão de pessoas e RH “área que eu assumi e me especializei a medida que fomos crescendo e trouxemos outros sócios e diretores. Tínhamos bem menos recursos financeiros que outras startups de sucesso ou até mesmo que os nossos concorrentes, que fomos superando um a um. Tenho muito orgulho dos nossos sócios e amigos, que construíram a empresa conosco: fui privilegiada em poder trabalhar com pessoas tão inteligentes, competentes e leais, e me sinto muito honrada de ter tido a confiança deles, apesar de ser tão nova e inexperiente. É muito mais deles do que meu o mérito pelo sucesso da Quero”, enfatizou. Além dos dois jovens residentes na
RMVale descatados pela Forbes, outros profissionais com menos de 30 anos vêm se destacando e trilhando caminhos semelhantes.
Breno Andrade De família simples, Breno Andrade, de 29 anos, é sócio da WFlow Investimentos. Andrade cresceu na zona norte de São José dos Campos e foi uma criança fora do comum. Sempre gostou de fazer além do que lhe pediam e buscava ter estabilidade financeira ainda adolescente. Breno trabalhou desde os 14 anos fazendo ‘bicos’ pela cidade a fim de juntar dinheiro. No ensino médio conseguiu uma bolsa de estudos em escola particular, onde se formou com o propósito de iniciar os estudos em uma faculdade. Cursou engenharia mecânica na Universidade Federal de Itajubá, no sul de Minas Gerais. Durante a graduação, Breno fez iniciação científica e conseguiu participar de programas de incentivo à inserção ao mercado de trabalho e conseguiu uma
“Nessa época ainda
não havia me formado na faculdade, mas já tinha a mentalidade de não ser conformado com o comodismo Breno Andrade,
sócio da WFlow Investimentos
”
Foto: Camila Majes
atuavam sem propósito além do financeiro, e ver como pessoas de bem e empreendedores sofriam com o sistema jurídico injusto, burocrático e ineficiente do país”, desabafou Renata. “Então, para ganhar outra perspectiva de mundo, larguei meus estágios e comecei a me envolver na Quero Bolsa, a princípio de forma despretensiosa e com o único objetivo de ajudar meus amigos a organizarem o negócio”. A jornada de Renata na empresa começou quando ela precisou decidir sobre uma proposta de trabalho em São Paulo. Aos 20 anos, em setembro de 2012, Rebocho tinha acabado de se casar e seu marido, que hoje é seu sócio, estava empreendendo na startup, mas os negócios não iam bem. “Ele me disse que poderia ser um bom momento de fechar o negócio, que estava quase sem caixa e com poucas perspectivas naquele momento e ir para São Paulo comigo, onde ele também tinha algumas boas propostas, viver uma vida mais estável e confortável. Mas quando ele me contou sobre os desafios e problemas que estava enfrentando eu resolvi que, em vez de um novo emprego, tentaria ajudá-lo a não deixar o barco naufragar”, destacou. Renata conta que poucos dias depois de começar na empresa, numa última tentativa de salvá-la, ela e seu esposo decidiram abandonar o principal produto da startup e focar num protótipo, que era o Quero Bolsa. Um pequeno time foi criado para iniciar esta nova proposta da startup, com novos sócios e uma equipe mínima de atendimento aos alunos. O site foi todo atualizado e modernizado. “Em outubro de 2012, nosso caixa estava se esgotando. Tínhamos só 4 meses, até janeiro do próximo ano, para sair de zero de receita até o ‘break even’, pois era quando o caixa da empresa, levantado por meio de investidores anjos, iria acabar. Chegou a nossa primeira alta, período de matrículas
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Foto: Arquivo pessoal
MATÉRIA DE CAPA
“Aos 15 anos
abri meu canal no YouTube, aos 16 abri meu e-commerce de roupa que faturava R$6.000 por mês Gabriella Ferreira, influenciadora digital
”
bolsa de estudo integral na França. No país europeu, conseguiu o seu primeiro contrato profissional por meio de um estágio na divisão de helicópteros da Airbus. Naturalmente, a soma disso com o currículo facilitou a entrada de Breno em outra empresa, em Itajubá. “Nessa época ainda não havia me formado na faculdade, mas já tinha a mentalidade de não ser conformado com o comodismo. Eu sempre fazia muito mais do que me pediam. Tinha que me preparar para lidar com a questão financeira e também a relação com pessoas, porque eu sabia que um dia eu iria querer empreender”, disse. Breno conta que quando adolescente seus amigos saiam para curtir a noite e ele trabalhava em buffet, já pensando em juntar dinheiro. “Sempre pensei nisso, no intercâmbio já tinha essa ideia de ter um fundo de reserva com o valor que eu ganhasse da bolsa. Também convivi com muitas pessoas que sempre disseram sobre montar empresas. Na faculdade nasceu a ideia associada à empreender
no ramo financeiro”, completou. Depois de formado, como engenheiro, Breno conseguiu manter certa estabilidade e começou a estruturar suas ideias de consultoria financeira junto com seus amigos, mas não evoluiu. Em 2016, iniciou o processo de transição de CLT para autônomo. “Depois que conheci o universo de investimentos, de ter acesso à educação financeira e a WFlow soube que era nisso que eu queria depositar a minha energia”, afirmou. “Eu precisava de duas coisas: dinheiro e conhecimento para empreender. Necessitava estruturar financeiramente o plano e se não desse resultado em dois anos não impactaria a minha vida. Então precisei da engenharia para fazer esse meu ‘pé de meia’”, contou. No início da WFlow, foi desafiador para convencer os clientes e também pessoas a trabalharem com ele. “Quando a gente trouxe filial para São José, éramos em dois, passamos para três e depois quatro. Mas em pouco tempo dois desistiram do sonho. Isso aconteceu em meio a investimentos de ampliação do
escritório. A nossa maior dificuldade era trazer pessoas que tivessem o mesmo sonho e que mantivessem a cultura, porque, assim, não desistiriam”, ressaltou. Segundo Breno, a taxa de crescimento da WFlow no país entra na faixa de 80% ao ano, desde 2012. Em São José, esse crescimento foi superior a 200% ao ano. Atualmente, existem 700 escritórios espalhados pelo país e a unidade de São José faz parte da lista dos 20 maiores, desde a criação do ranking em 2013.
Gabriella Ferreira Gabriella Ferreira, ou só Gabi Ferreira, de São José dos Campos, 21 anos, é influenciadora digital desde 2016 e atualmente é uma das maiores da RMVale com mais de 214 mil seguidores no Instagram. Gabi começou cedo, aos 15 anos criou seu canal no YouTube e, com um olhar empreendedor, abriu e-commerce de roupas aos 16 anos. O negócio foi promissor desde o início, com faturamento de R$ 6.000 por mês. “Aos 18 comecei a vender projetos de
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vídeos para grandes marcas, os famosos publiposts e meus negócios cresceram ainda mais”, conta. Gabi ficou grávida aos 19 anos e foi muito criticada. Ela conta que começou e parou duas faculdades e isso também foi alvo de críticas. Enfrentando as dificuldades avançou e continuou buscando oportunidades de se manter em evidência no meio digital. “Quando eu tinha 19 anos e estava grávida, ouvi que era uma decepção por ter repetido de ano e por ter desistido de duas faculdades. Mas a vida é sobre agarrar as oportunidades, sabe? Hoje em dia eu transformo vidas e carreiras e sou apaixonada por todos meus clientes. É acreditar em sonhos e colocá-los em prática, é isso que ensino nos meus cursos!”, afirma. Superando as adversidades e com
seu espaço já garantido no meio digital, a influencer iniciou um novo projeto para orientar pessoas que também desejam trabalhar com a internet: a Influencer Academy – uma das maiores academias de influenciadoras do Brasil. Hoje, trabalha como influenciadora para grandes marcas como Coca-Cola, Nestlé, Itaú e Universal Music. Em 2019, a jovem faturou mais de R$ 1,5 milhão com venda de produtos online. “Aos 20 abri a maior academia de influenciadoras do Brasil e hoje, com 21 anos faturei, mais de um milhão e meio vendendo os meus produtos online, apartamento quitado, investimentos rendendo e dou suporte financeiro para minha família. Tudo isso com um computador, uma câmera e um wi-fi”, conta Gabi.
DJ GBR O início de carreira de Gabriel Goulart, 17 anos, mais conhecido como DJ GBR, de São José dos Campos, também foi parecido com o de Gabi – em casa com um computador. Aos 11 anos, ele começou a produzir suas primeiras músicas. “Fazia só produção. Comecei a montar umas músicas e fui me aperfeiçoando em produção. Depois de um tempo decidi que não queria mais só produzir, mas queria tocar também, queria mostrar meu trabalho”, conta GBR. Após alguns anos, o músico passou a buscar oportunidades para tocar em shows. Para divulgar seu trabalho, GBR se apresentou em diversos bailes funk, casas de shows e festas, até mesmo de graça. “Meus primeiros shows foram todos em São José, fiquei uns 2, 3 anos tocando na cidade. Tocava até de graça só
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MATÉRIA DE CAPA Foto: RFalcon
“A minha dica é
persistência e buscar se diferenciar do que já existe. Se você já faz a mesma coisa que já esta no mercado, não vai fazer destaque. Diferenciar é a palavra certa Gabriel Goulart, DJ
pra divulgar meu trabalho. Eu sempre tive muita ajuda do meu irmão, que ia comigo nos bailes”, conta. Porém, para conquistar seu espaço ele ainda precisava mostrar que tinha algo que os outros MC’s do mundo do funk ainda não tinham. “A minha dica é persistência e buscar se diferenciar do que já existe. Se você faz a mesma coisa que já está no mercado, não vai se destacar. Diferenciar é a palavra certa”, afirma. Foi então que DJ GBR fez algo que impactaria todo o Brasil: criou um novo estilo musical, o rave funk. O estilo é uma mistura de música eletrônica com batidas de funk. Gabriel conta que teve a ideia quando foi no show de um amigo que é DJ de eletro. “Sempre gostei de eletrônico, mas nem tanto. Fui a uma festa onde meu amigo ia tocar, aí ele tocou uma música que tinha uma crescente legal e pensei ‘dá pra colocar uma batida de funk quando o beat dropar’. A primeira coisa que fiz quando cheguei em casa foi fazer a música, estava pronta na minha
mente”, conta GBR. Ele postou o som no YouTube e teve milhares de visualizações, a mesma coisa aconteceu com a segunda música desse novo estilo e assim por diante. Desde então, a popularidade de DJ GBR começou a subir até que explodiu nacionalmente em 2019. Somente em dezembro, GBR fez 60 shows. Em novembro, tocou para mais de 30 mil pessoas em um dos maiores festivais universitários do Brasil, o Tusca. A agenda do carnaval 2020 já esta lotada com a previsão de 13 bailes em quatro dias. Suas apresentações não são simples shows, elas têm nome próprio: RAVE DO GBR. Assim como o bordão “Cê acredita?”, do MC Kevinho, nas maiores festas de funk do Brasil não há um funkeiro que não tenha escutado “Eita! É o DJ GBR!”. O músico tem mais de 90 mil seguidores no Instagram e até a própria linha de camisetas. GBR fechou contrato com a GR6, uma das maiores produtoras de funk do país. “Muita gente vai desacreditar do seu
”
sonho, vai ter preconceito, ainda mais se você for um funkeiro, mas tem que ser persistente. Demorei cinco anos pra conseguir 1 milhão em uma música. Parecia que nunca ia chegar e chegou. Hoje estou com a GR6, maior produtora de funk do Brasil. Conheci pessoas que eu só via na televisão. Tinha pessoas que eu admirava muito e me chamaram pra fazer música” GBR superou dificuldades, preconceitos e chegou em um lugar de destaque. Ele conta que hoje, com apenas 17 anos, consegue dar uma vida boa para a sua família fazendo aquilo que ama. O músico conta que deve lançar muitas músicas e parcerias em 2020. “Graças a Deus, hoje estou sustentado a minha família. Era uma coisa que eu sempre sonhei, dar uma vida melhor pra eles. Esse ano também vou comprar uma casa melhor. [...]2020 vai ser o ano da diferença, não vou só lançar músicas no estilo que eu criei, o rave funk. ‘To’ com uma música com o MC Lan, já lançamos. Vou fazer bastante feat forte, um deles com o MC Livinho”, conta DJ GBR. g
26 | Metrópole Magazine – Edição 59
CAROLINA FERRAZ Foto: Carine Wallauer
ENTREVISTA
Leia online
Sou sempre maior do que qualquer personagem que eu venha interpretar Carolina Ferraz, atriz e apresentadora, em uma conversa franca sobre a arte da interpretação e suas impressões sobre o país e a celeridade deste tempo Fabrício Correia DA REDAÇÃO
I
mpossível não se impactar com a elegância, beleza e largo sorriso de Maria Carolina Álvares Ferraz. De origem humilde, nasceu em Morrinhos, interior de Goiás. Vitimada por uma tragédia na infância, seu pai foi assassinado por um pistoleiro contratado pelo empresário a quem
prestava consultoria, com a mãe, aos 14 anos mudou-se para São Paulo. Frequentadora assídua da RMVale, por conta de amigos e uma madrinha, Carolina Ferraz é um dos nomes e rostos mais marcantes da televisão brasileira. Mãe de duas meninas, Valentina e Anna Izabel, é lembrada por papéis como a Norma de "Beleza Pura" e seu famoso bordão "Eu sou rica!", e outras inúmeras personagens ao longo de
sua carreira de mais de três décadas. Depois de processar uma emissora de televisão por questões trabalhistas, a atriz escolheu o Youtube como plataforma para a nova fase. De volta à telinha na reprise da novela "Avenida Brasil", Carolina, em entrevista exclusiva para a Metrópole Magazine fala de sua carreira, sobre a arte da interpretação e suas impressões sobre o país e a política atual.
Janeiro de 2020 | 27
O que a dor representa para você? ▸ Não sei o que a dor representa para mim. Eu acho que faz parte da vida, sofrer. Até sofrer no sentido literal. As pessoas sempre associam sofrer a sofrer com dor, mas você pode sofrer, experimentar e vivenciar experiências, então não necessariamente é ruim. Então, dor e sofrimento são sinônimos? ▸ São sinônimos. A dor faz parte de qualquer processo de amadurecimento, até porque qualquer encontro de você com você mesmo nunca é confortável a princípio. É muito difícil alguém que tenha maturidade, perceber exatamente como de fato é. A maior parte das pessoas, e eu me incluo nelas, tem muitas expectativas, inseguranças, anseios. Por isso acredito que quando as pessoas realmente se conectam com o que de fato são, sintam alguma espécie de dor. Faz parte. Dentro da prática da interpretação, essa vivência contínua de construção e desconstrução ajuda a lidar com esse sentimento? ▸ Ajuda? Não sei! Não sei mesmo. Sou muito franca e não sei mesmo se ajuda. Você acha que ajuda? Talvez. Por estar vivendo outras vidas, ser parte de outras criações, que não a sua própria existência, possa ajudar, um pensamento apenas. Agora em sua construção, é possível? ▸ Tenho uma visão muito diferente do que é interpretar. Não existe nada que eu viva que não seja de dentro de mim. Então eu não vou viver uma outra vida. É a minha vida emprestando algo a uma outra personagem. É a minha vivência dando vida a outros. Não é a minha vivência do outro. É sempre a minha construção. Porque um personagem existe durante duas horas, nove meses ou no tempo que dura um espetáculo. Eu vivo há 51 anos, tenho 51 anos
“Tenho uma visão
muito diferente do que é interpretar. Não existe nada que eu viva que não seja de dentro de mim. Então eu não vou viver uma outra vida
”
de história para contar. Evidentemente meu universo vai ser sempre infinitamente maior do que o universo de qualquer personagem. Por isso é muito difícil você ver um ator muito jovem fazer um personagem emblemático, forte, e ter vivência. Por exemplo: o Lázaro Ramos, quando fez Madame Satã aos 21 anos de idade foi uma loucura porque ele tem uma densidade humana, além de uma qualidade dramática de ator, maravilhosa. Então isso é muito raro. A medida que você vai ganhando quilometragem você vai ficando cada vez mais nítido, mais evidente. Posso dizer que nunca é a vivência do outro. Vai ser sempre a minha vivência dando vida ao outro. É a minha humanidade dando humanidade a outro. Sou sempre maior do que qualquer personagem que eu venha interpretar. E nas plataformas? Cinema, televisão, teatro, a interpretação tem o mesmo significado? Você se sente mais confortável no palco, na
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ENTREVISTA
CAROLINA FERRAZ
gravação para uma telenovela, no cinema? ▸ Gosto das três coisas. Uma pena que a gente não faça mais filmes no Brasil. Poderíamos fazer muito mais porque como é bom cinema, não? Cinema é uma paixão. Recentemente, você brilhou interpretando uma travesti no filme "A Glória e a Graça". A interpretação não impõe limites, não é? ▸ A despeito de ser uma mulher cis, é muito mais natural que seja uma mulher interpretando uma pessoa trans do que o contrário porque o gênero é feminino. Então somos femininas. Agora, a
minha maior preocupação, no caso dessa personagem, e o que me apaixonou na história, que o Mikael escreveu com tanta beleza, foi a humanidade dessa pessoa. Que ser humano incrível! Uma mulher fantástica, com história forte e a história das irmãs, o resgate familiar, do amor entre elas. Achei tudo aquilo tão lindo. E a despeito de ser uma história na qual a protagonista é uma travesti eu acho que é um filme super familiar. A Sandra Coverlone está tão linda na personagem dela, a interpretação que ela deu. A gente se namorou tanto enquanto interpretavámos, porque eu olhava para ela e dizia: "Danada! Olha onde ela está indo. Olha o que
ela está fazendo!". E ela a mesma coisa, sabe? A ponto do Flávio Tambellini (diretor) dizer: "Vocês querem parar de se namorar e vamos fazer?". A Sandra também está nesse processo desde o início. Considero todo ator um autor também. Aqui no Brasil, os atores não são considerados autores. Eles não são simplesmente, na visão de todo mundo, do mercado de modo geral, considerados autores do que eles fazem. O que é uma grande loucura porque se eu fosse interpretar o mesmo personagem, lendo o mesmo roteiro, com o mesmo diretor e a Sandra fosse fazer o mesmo personagem, nós iríamos fazer diferente porque somos seres humanos distintos.
Foto: Gustavo Arrais
“ Nós somos
coautores dessa situação absolutamente infeliz em que a gente se encontra. A gente não está onde está a troco de nada
”
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CAROLINA FERRAZ
Portanto temos a nossa impressão digital diferente, somos autores. Alguns autores não dispõem desse pensamento. Eles são extremamente rígidos com o texto, com as impressões que entregam para a construção do personagem. Não quero mudar o texto de nenhum autor. Não é isso que estou dizendo. Eu não quero ser coautora do roteirista. Só sou autora da interpretação. Portanto em um longa-metragem onde o diretor é considerado autor, o roteirista é considerado um autor, o ator, de fato, é considerado um autor. É nesse sentido que eu digo. O Brasil é um país preconceituoso? ▸ Pra caramba! Apenas pontuando o tema do filme, é o país onde mais se mata homossexuais, que ainda morrem vítimas de agressão. É um absurdo!
“Eu exerço. Vou lá e exerço meu direito de anular o voto porque eu não me sinto representada
”
Li, que você não exerce seu direito de voto de forma pessoal, tem anulado, eleição pós eleição. Eu exerço. Vou lá e exerço meu direito de anular o voto porque eu não me sinto representada. Infelizmente. Gosto de ir lá, poderia não ir e depois justificar.
Faço questão de ir. Voto nulo porque acredito na democracia, mas não me sinto representada. Então, você vai, e com o voto nulo deixa claro sua insatisfação com a política brasileira? ▸ Nós somos coautores dessa situação absolutamente infeliz em que a gente se encontra. A gente não está onde está a troco de nada. São anos e anos de maus governantes, sucessivamente cometendo erros atrás de erros e nós não mudamos isso. Não sabemos exigir. Nós não temos a maturidade de acompanhar, sabe aquele deputado que você elegeu? Você não vai lá, não acompanha se ele está cumprindo a plataforma que prometeu em campanha. Nem eu, inclusive! Agora eu vou mudar, eu quero saber, estou acompanhando, quero participar. Acho que é a minha responsabilidade acompanhar o que vai acontecer com o Foto: green people
ENTREVISTA
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CAROLINA FERRAZ
AGNews
ENTREVISTA
“Existem pessoas que
fazem coisas incríveis e que transcendem, que nos emocionam e que olham a vida de um jeito diferente. Aí eu acredito na arte
”
país. Estou tomando esta atitude conscientemente, tenho inúmeros amigos que discordam loucamente de mim, dizendo que eu preciso escolher, que eu preciso ir lá e votar em alguém. Mas eu não vou fazer isso porque eu não me encontro em nenhum deles. Eu vou ser leal a mim mesma. É a minha opinião. Ao mesmo tempo em que você anula, você acredita que é fundamental que a população esteja próxima de seus governantes na fiscalização dos atos desta representação. Não é conflituosa esta posição? ▸ Não. É fundamental acompanhar a performance dos políticos! Isso muda determinantemente o futuro da nação. E educação, né? Você morar em um país onde cultura é considerado luxo... Tem que ter educação para todo mundo! Educação de fato! Educação boa, acessível. As pessoas têm que ter acesso à
educação. Isso eu acho que é o princípio de tudo. Dentro deste novo momento em que você está vivendo, após uma relação longa com uma emissora de TV, o que muda? ▸ Não associo a arte a uma plataforma, eu associo a arte à arte. A arte é uma maneira de respirar, de acordar é um modo de viver. Acredito que existam pessoas que são artistas de extrema sensibilidade, importância e que fazem um trabalho da maior beleza, seriedade e nunca foram associados a um veículo. Então essa pergunta eu não sei responder com exatidão. São coisas que transcendem a caixinha. Acho que é possível fazer uma obra prima na televisão a despeito de fazer uma coisa para as grandes massas. Existem pessoas que fazem coisas incríveis e que transcendem, que nos emocionam e que olham
a vida de um jeito diferente. Aí eu acredito na arte. Mas não depende do veículo, entende? O que te atrai nos livros? ▸ Estou lendo tão pouco. Eu já li muito mais do que eu leio recentemente. Fico muito mais vendo filme, vendo série, toda viciada. Agora, com todas essas plataformas disponíveis com a proliferação enorme de opções para você ver, gêneros, autores, atores, é uma delícia. Assisto tudo, absolutamente tudo do que há de melhor e também do que há de pior. Estou meio viciada e tenho lido menos. Mas adoro romances históricos. Gosto de ler também sobre filosofia. O teatro é algo que te aproxima da realidade brasileira, das pessoas? Você se sente bastante à vontade nos palcos? ▸ Adoro. Subir no palco é um exercício
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CAROLINA FERRAZ
maravilhoso para todo ator porque durante aquele tempo que você está ali em cima, está sujeito a qualquer coisa e é uma maravilha isso. Porque há uma interação muito grande. Essa humildade de você entender que cada dia, de fato, é um espetáculo diferente. Quantas vezes eu cheguei no teatro mal, triste, tinha tido algum problema, dizendo "hoje não vai dar" e dava! E eu saia do espetáculo melhor. É transcendental mesmo, me eleva. Essa experiência imediata de transcender, de sair de um estado de espírito e ser invadido por outro, só o teatro consegue. É muito, muito lindo fazer teatro. Não acho fundamental, conheço alguns atores que não fizeram teatro e os considero excelentes atores, excelentes artistas. Esse tempo célere, com redes sociais, e aplicativos de mensagens,
onde tudo é imediato, tem nos afastado de pensar, de refletir? ▸ Não é o tempo que afastou a gente da reflexão. Acho que o WhatsApp te afasta mais das coisas do que as séries de tv. Você fica na função daquela porcaria que serviria para que as coisas se resolvessem com mais facilidade e hoje se tornou uma coisa que te obriga ter um engajamento. Aqueles grupos e vão surgindo pessoas, comentários, ideias e você tem que falar, não tenho muito o que dizer mais. Gera um cansaço. Não há mais uma opinião que chegue. Não há opinião que dê vazão, que baste. Então eu acho que isso aproxima, mas ao mesmo tempo, ao contrário até, acho que deixa sobrepujante a necessidade de um contato de você com você mesmo. Então você acaba pensando mais porque chega uma hora que isso tudo satura, sabe? E aí a gente volta para si um pouco.
“É uma grande aventura e um grande aprendizado. Quando você chega aos 50 anos e se propõe a fazer uma coisa tão diferente, precisa ter disponibilidade emocional e intelectual muito grande
”
É nesse movimento que você decidiu utilizar a plataforma de compartilhamento de vídeos Youtube? Como está sendo este novo projeto? ▸ É uma grande aventura e um grande aprendizado. Quando você chega aos 50 anos e se propõe a fazer uma coisa tão diferente, precisa ter disponibilidade emocional e intelectual muito grande, mas no fundo estou tendo a oportunidade de mostrar mais minha personalidade, uma coisa mais inquieta. Não estou me levando muito a sério, quero mais é fazer loucura mesmo. É o momento para isso. Sei que vou errar muito até conseguir acertar. Adoro fazer quadros como o "Carona da Cantoria", inspirado no programa do apresentador britânico James Corden e "Cozinha do Possível", sempre gostei de cozinhar. É a continuação de um projeto que eu já gostava. g
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Saúde&
Próteses de mama
Quando é necessário fazer a troca? Vanessa Menezes RMVALE
A
cirurgia para implante de silicone nos seios é uma das mais realizadas no Brasil atualmente. É indicada para mulheres que desejam aumentar o volume das mamas, recuperar a firmeza e o volume e para pessoas submetidas à mastectomia para extração de tumores. De acordo com os últimos dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica cerca de 18,8% das inter venções cirúrgicas foram para colocar seios, seguidas da lipoaspiração (16,1%) e abdominoplastia (15,9%).
Uma dúvida comum entre as pessoas que optam por colocar implantes de silicone nos seios é sobre as trocas das próteses. A evolução dos materiais que compõem as próteses de silicone permitiu que o tempo de vida útil do produto dentro do corpo humano também aumentasse. Com isso, a troca é cada vez mais rara, embora seja indicada em situações específicas. O cirurgião plástico, Dr. João Carlos de Moura Menezes, especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, alerta sobre as situações que exigem a substituição da João Carlos de Moura Menezes, prótese de silicone. cirurgião plástico | CRM 45.977 “Antigamente fazíamos a troca a cada
“Antigamente
fazíamos a troca a cada dez anos, mas atualmente só realizamos a substituição em caso de necessidade
”
Leia online
Foto: Camila Majes
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Dr. João Carlos de Moura Menezes - CRM 45.977
dez anos, mas atualmente só realizamos a substituição em caso de necessidade. Alguns cirurgiões dizem que as próteses desenvolvidas atualmente duram a vida toda, mas na verdade, ainda temos um percentual que varia de 10% a 15% de troca”, conta. Segundo o especialista, embora sejam casos raros existem alguns sinais de complicações tardias que podem acometer a prótese de silicone. Uma das complicações é a contratura capsular. “A contratura é o endurecimento da cápsula que se forma ao redor da prótese. Toda prótese inserida no corpo ocasiona uma reação do organismo, que forma essa cápsula. Seria como uma película ao redor do implante. Essa película, caso sofra um processo de enrijecimento, pode levar a deformidades
“Alguns cirurgiões
dizem que as próteses desenvolvidas atualmente duram a vida toda, mas na verdade, ainda temos um percentual que varia de 10% a 15% de troca
João Carlos de Moura Menezes,
médico cirurgião-plástico
”
visuais ou palpáveis. Existem quatro níveis de contratura, as de nível três e quatro além de deformar a mama, podem causar dor para a paciente”, explica. Outra complicação que pode tornar necessária a substituição do silicone é a ruptura da prótese. Com os materiais existentes no mercado atualmente, a ruptura é ainda mais rara que a contratura, atingindo menos de 1% das próteses, ao longo de 10 anos. “A ruptura é causada por microfissuras na camada externa do silicone e pode provocar algum grau de inflamação dos tecidos ao redor”, comenta. Para evitar as complicações com o implante, o cirurgião plástico, Marco Antonio Rocha, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, enfatiza a importância dos cuidados no pré e
“A paciente no pré-operatório,
como em qualquer cirurgia de qualquer especialidade médica, tem que estar em plenas condições de saúde, hidratar bastante a mama antes do procedimento com hidratantes corporais ou óleo de amêndoas, por exemplo
médico cirurgião-plástico
pós-operatórios. “A paciente no pré-operatório, como em qualquer cirurgia de qualquer especialidade médica, tem que estar em plenas condições de saúde, hidratar bastante a mama antes do procedimento com hidratantes corporais ou óleo de amêndoas, por exemplo. Realizar todos os exames pré-operatórios que seu médico solicitar e conversar com seu cirurgião plástico sobre o procedimento esclarecendo todas as dúvidas
”
existentes. Após o procedimento, o repouso é fundamental, de acordo com a rotina de cada médico cirurgião. Não carregar pesos excessivos e não praticar atividades físicas por determinado período contribuem para uma melhor recuperação. A hidratação das mamas também é indicada no pós-operatório. Em alguns casos também a drenagem linfática pode trazer uma melhora na recuperação da paciente” explica. A maquiadora e influenciadora
digital, Carol Zuza, de 26 anos fez a cirurgia para implante de silicone nos seios há três anos. “Foi depois de ter amamentado a minha filha por 2 anos. Os seios modificaram muito, e senti a necessidade de colocar. Fiquei super feliz com o resultado. Ficou do jeito que eu queria, proporcional ao meu corpo. Para diminuir as chances de complicação, escolhi a melhor prótese do mercado. A minha tem certificado de garantia vitalícia. Foto: Camila Majes
Marco Antonio Rocha,
Dr. Marco Antonio Rocha CRM 130.392
Foto: Arquivo pessoal
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Foto: Camila Majes
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“Outro cuidado que tive foi com a esco-
lha médica. Pesquisei muito antes, e passei por 3 médicos até escolher a minha. Ela me orientou antes e depois da cirurgia
Carol Zuza,
maquiadora e influenciadora digital Em caso de uma ruptura ou contratura, por exemplo, a empresa substitui a prótese. Outro cuidado que tive foi com a escolha médica. Pesquisei muito antes, e passei por 3 médicos até escolher a minha. Ela me orientou antes e depois da cirurgia” contou. Para o Dr. João Menezes a colocação de prótese de silicone trata-se de uma cirurgia tão séria quanto as demais operações médicas e requer cuidados. “As pessoas confundem cirurgia
plástica com uma cirurgia boba, mas na verdade ela está no ramo da cirurgia geral. É necessário ter os mesmo cuidados que toda cirurgia requer, mas com a vantagem de que é possível fazer todos os exames pré-operatórios com calma, visto que não há urgência. Uma coisa que observo nas pacientes de cirurgia plástica é que depois do procedimento elas voltam pouco ao consultório. Para evitar complicações oriento as minhas pacientes a fazerem o acompanhamento
”
das mamas com o ginecologista, nos exames clínicos e físicos no consultório, pois se achar necessário, o médico as encaminhará para exames de imagem, como mamografia e ecografia das mamas, além de ressonância magnética em casos mais específicos. Seguindo todos esses cuidados conseguimos evitar complicações. Atualmente o nível de satisfação das minhas pacientes é de 99%, que significa 99% de mulheres satisfeitas e felizes”, finaliza. g
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Comportamento&
Vida online Os prós e contras da realidade virtual Vanessa Menezes RMVALE
A
internet está cada vez mais presente na vida das pessoas. Um estudo feito pela plataforma Hootsuite e a agência We Are Social revela que os brasileiros passam em média 9 horas e 29 minutos online por dia, sendo que os internautas gastam um terço desse tempo acessando as redes sociais. Atualmente o Brasil tem 149,1 milhões de usuários ativos na internet, o que representa 70% da população. Sendo assim, o meio virtual tem tomado conta de boa parte do tempo e da vida das pessoas, e inclusive, algumas têm direcionado suas atividades profissionais para a internet. Com isso, surgiram os influenciadores digitais, que fazem das suas postagens uma forma de ganhar dinheiro através de ações de publicidade. Mas manter um público engajado não é tarefa fácil e exige dedicação e exposição. Para a psicóloga, Renata Miranda, a alta exposição nas redes sociais pode causar impactos na vida de qualquer indivíduo. “Os criadores de conteúdo digital carregam a responsabilidade de influenciar o seu público ou seus seguidores. Porém, não podemos nos esquecer que esses influenciadores são personagens, e é justamente nesse ponto que alguns se perdem e passam a sofrer as consequências de tamanha exposição. É a vida real versus vida virtual. Tais consequências podem implicar na saúde física e mental desses
Foto: Beatriz Villela
Leia online
Vanessa Carvalho Foto: Beatriz Villela
“Hoje entendo que
a crítica faz parte e respeito todas as opiniões desde que não seja nada ofensivo Vanessa Carvalho,
empresária
”
Foto: Camila Majes
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“Transmitir apenas alegria é uma interpretação errônea da realidade e com o tempo tem seus impactos negativos, afinal a vida não é perfeita
Renata Miranda,
psicóloga
profissionais, visto que quanto maior a exposição, maior a cobrança social”, explica. A empresária, Vanessa Carvalho, de 36 anos, conta que se tornou uma influenciadora digital aos poucos. “Tudo começou no ano de 2011, quando criei o ‘Blog da Van’. Ele funcionava como um diário virtual, onde eu compartilhava o ‘look’ do dia, as próximas tendências de moda e dicas de beleza. Comecei com um aplicativo de fotos há 9 anos, quando no Brasil era muito pouco conhecido, mas como eu fazia parte do mundo de blogues, já percebia que aquela seria uma forte rede social para os blogueiros. Essa visão vinha por conta de acompanhar os blogues internacionais da época. Aos poucos percebi que gostavam do meu conteúdo através do retorno dos seguidores e de marcas parceiras”, comenta. Com a exposição provocada pela internet, a influenciadora conta que já passou por situações negativas e positivas. “Tive um episódio no início em que recebi uma mensagem me chamando de gorda. Ler aquilo me trouxe na hora
um sentimento muito ruim. Hoje entendo que a crítica faz parte e respeito todas as opiniões desde que não seja nada ofensivo. Recebo também muitas mensagens carinhosas de pessoas que me acompanham e me causam um sentimento de gratidão. Isso dá sentido a essa entrega, motiva muito saber que de alguma forma você inspira uma pessoa, que você faz diferença no dia dela. Muitos se abrem, contam inseguranças, pedem conselhos. Já teve até segredos que nem a própria família imagina e compartilharam comigo”, conta. Para a psicóloga o mundo contemporâneo exige das pessoas uma cobrança para serem notadas e estar nas redes sociais é uma das formas mais utilizadas para expressar conquistas e para ter a sensação de ser aceito pelos outros. “Transmitir apenas alegria é uma interpretação errônea da realidade e com o tempo tem seus impactos negativos, afinal a vida não é perfeita. Na condição de seres humanos buscamos felicidade e aceitação, talvez por isso as redes sociais sejam tão atrativas, promovem interação social e uma falsa
”
sensação de pertencer. Esses impactos podem desencadear transtornos de ansiedade, estresse, depressão, entre outros, afinal é como se o indivíduo estivesse interpretando o tempo todo, o que pode levar a uma estafa mental”, destaca a especialista. As redes sociais se tornaram uma vitrine de sucesso, determinando um padrão de vida e de beleza, muitas vezes inalcançável. “Tudo é perfeito, porém nem tudo é real! Assim como a vida não é os corpos também não são. Você pode seguir qualquer página nas redes sociais, desde que tenha consciência de que a vida virtual é diferente da vida real. No virtual tudo é líquido, muito frágil, sobretudo, as relações interpessoais. A falta de discernimento no mundo virtual versus mundo real pode causar comparações, que por sua vez levam o indivíduo a frustrações que quando não compreendidas podem impactar negativamente a saúde emocional”, alerta a psicóloga. A maquiadora, Isabela Fernandes Trucco, de 19 anos, conta que começou a chamar a atenção nas redes sociais
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Foto: Luiz Trucco
quando ainda era menor de idade. “Eu tinha apenas 15 anos e percebi que minhas fotos tinham muito engajamento. Hoje sou bem resolvida em relação a minha imagem, mas já tive minhas crises. Nas fotos tudo é ângulo, luz e um bom fotógrafo. Ninguém sai lindo em todas as fotos. Por trás de uma boa fotografia sempre tem várias que não foram postadas e isso é normal. Ver boas fotos de outras mulheres me motiva a buscar a minha melhor versão. Para mim o que não funciona é a comparação, acho que não é saudável. Eu vejo que cada um tem sua beleza, seu biotipo, seu corpo único e só seu. Para mim temos que valorizar nossa singularidade como pessoa e não tentar reproduzir outra”, comenta. Apesar de atualmente utilizar as redes sociais para divulgar seu trabalho, a maquiadora conta que tem um tempo
limite para ficar conectada. “O aplicativo que uso tem uma opção nas configurações que avisa o tempo que estou online. Assim é possível colocar o tempo que se quer utilizar e ele avisa quando a pessoa atinge o tempo limite. O meu é ativado para uma hora por dia. Quando recebo a notificação já evito o uso”, conta. Determinar um período para ficar online pode ser umas das melhores maneiras de evitar os excessos na vida virtual. “Na atualidade é praticamente impossível viver sem contato com o mundo digital. Porém é necessário utilizar essas ferramentas com responsabilidade e discernimento. Estabelecer um tempo limite pode ser interessante para algumas pessoas. Autocontrole é fundamental, tendo em vista que o excesso das ferramentas digitais pode causar impactos negativos na saúde
do indivíduo. Destaco também o autoconhecimento, o qual ajudará na sua percepção do tempo dedicado às tecnologias, proporcionando uma reflexão e um limite do que para você é considerado tempo saudável de uso dessas redes”, explica a psicóloga. Para a especialista o cenário virtual faz parte da contemporaneidade e está presente no dia a dia de todos, não podendo causar mal algum, desde que haja discernimento. “Você pode seguir qualquer página, desde que tenha consciência de que a vida virtual é diferente da vida real. O problema está em viver como se a vida virtual fosse algo real, e é aí que a internet passa a ser uma armadilha. A tecnologia contribui para o avanço de muitos aspectos da sociedade. Afastar-se não é o melhor caminho, mas filtrar as informações faz-se essencial”, finaliza. g
“Nas fotos tudo
é ângulo, luz e um bom fotógrafo. Ninguém sai lindo em todas as fotos. Por trás de uma boa fotografia sempre tem várias que não foram postadas e isso é normal
Isabela Fernandes Trucco,
maquiadora
”
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Esporte&
Quem é que sobe?
Times da região se preparam para iniciar mais um ano de competições nos gramados do Estado de São Paulo; quatro times buscam o acesso na Série A-2 e na Quarta Divisão Bruno Castilho DA REDAÇÃO
A
no novo, esperança nova! Aprender com os erros, escolher as peças certas e apostar todas as fichas no acesso no Campeonato Paulista. Esse é o pensamento das quatro equipes da Região Metropolitana do Vale do Paraíba nas competições de futebol em 2020. Taubaté, São José, Joseense e Manthiqueira já se movimentam e estão acertando os últimos detalhes para o ano que promete ser de muitos desafios. Nas arquibancadas, os torcedores contam os minutos para ver a bola rolar e vibrar a cada jogo. Dos quatro clubes da região, três deles vão disputar a Série B do Paulistão, o equivalente à Quarta Divisão. Apenas o Taubaté luta para conseguir uma vaga na elite do futebol
de São Paulo, o que não acontece desde 1979, quando o Burro da Central conquistou o título com uma vitória contra o rival São José. A última participação do clube na Primeira Divisão foi em 1984 e, desde então, o clube segue em altos e baixos, colecionando acessos e rebaixamentos E também títulos. Durante estes 36 anos fora da elite, o Burro foi campeão duas vezes da Série A-3, em 2003 e 2015. No último Campeonato Paulista da Série A-2, o Taubaté teve problemas no decorrer da competição, mas mesmo assim conseguiu se classificar para a segunda fase. Nas quartas de final, porém, foi goleado pelo Água Santa em casa por 5 a 0 e derrotado por 2 a 0 na segunda partida jogando em Diadema. Para 2020, o clube aposta em uma mescla de jogadores que participaram da campanha na Copa Paulista,
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Leia online
Foto: Bruno Castilho
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no segundo semestre do ano passado, com jogadores experientes e com histórico de acessos conquistados em outros clubes e que foram contratados no final de 2019. O comandante é Ivan Izzo, remanescente da equipe do segundo semestre do ano passado. É ele que tem a missão de comandar o Taubaté na busca do caminho de volta à elite do futebol paulista. "Eu acho que a preparação se iniciou lá atrás, na Copa Paulista. Não é só agora desde novembro na reapresentação. E, mesmo tendo a desclassificação na Copa Paulista, nós mantivemos uma base importante para o início da preparação", afirma Izzo. Entre os novos jogadores contratados estão o goleiro William, ex-Coritiba e que volta ao Taubaté após uma passagem em 2013, o meia Boquita, revelado pelo Corinthians, Chumbinho, campeão da Copa Paulista pelo São Caetano e o atacante Maykinho, que no ano passado foi campeão da Série A-2
“Eu acho que a
preparação se iniciou lá atrás, na Copa Paulista. Não é só agora desde novembro na reapresentação
Ivan Izzo, treinador
”
com o Santo André. Por trás da montagem do elenco está o gerente de futebol Carlos Arini, o Carlito, que também criou equipes vitoriosas como o Guaratinguetá em 2007. "Nós tivemos muito cuidado com as contratações, situações pontuais, situações de atletas que possam fazer duas
funções... eu acredito que tudo o que foi feito teve uma importância grande até agora", completa o treinador do Burro da Central.
Voo mais alto Se o Taubaté está a um degrau da primeira divisão do Paulistão, o São José vai disputar pela quarta vez seguida a quarta e última divisão do Estado. No último ano, Águia do Vale também parou nas quartas de final da competição, sendo eliminado pelo Marília - um dos times que conseguiu o acesso para a Série A-3, além do Paulista de Jundiaí. Mas este ano promete ser diferente para o São José. Pelo menos é o que garante o presidente do clube Celso Monteiro, eleito em novembro. Ele comemora a aproximação do clube com a prefeitura da cidade assim como o acerto de cinco patrocinadores para esta temporada. Como o início do campeonato acontece apenas em abril, o elenco ainda não foi formado, mas pelo menos
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dez jogadores devem ser apresentados em fevereiro. “Nós já contratamos alguns jogadores e devem ser apresentados entre 10 e 15 jogadores, além de outros quatro ou cinco atletas da base que vão compor o elenco neste início de preparação para o campeonato”, explica Monteiro que também alerta não querer mais testes de jogadores durante a montagem do elenco. Para o presidente do São José, as contratações serão “certeiras”. Atletas que disputarem as Séries A-2 e A-3 também devem ser observados pela diretoria para possíveis contratações durante o ano. “Nós vamos ter a ajuda da prefeitura para o fortalecimento das categorias de base. Em 2020, nós vamos disputar os campeonatos de todas as categorias e isso acaba facilitando ainda mais o trabalho para o time principal, pois eu não posso admitir que o São José fique mais um ano na Quarta Divisão. Nosso projeto é resgatar a camisa do São José. Vamos resgatar a tradição do futebol, o
“Nós vamos ter a
ajuda da prefeitura para o fortalecimento das categorias de base Celso Monteiro, presidente
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torcedor vai voltar ao Martins Pereira”, avalia Monteiro. Ainda em São José dos Campos, o Joseense é outro time que vai disputar a Quarta Divisão do Campeonato Paulista em 2020. Para a montagem do time, o Tigre do Vale pretende fazer parcerias com escolinhas de futebol da cidade e até com equipes da Série A-1.
Laranja Mecânica O Manthiqueira, de Guaratinguetá, é o terceiro representante do Vale na
Quarta Divisão do Paulistão 2020. Campeão da competição em 2017, a Laranja Mecânica deve aproveitar algumas peças que disputaram a Copa São Paulo de Futebol Júnior no início do ano. Apesar da má campanha na competição de base – a equipe ficou em último lugar no grupo com apenas três pontos – o presidente Dado Oliveira garante que o time vem forte para a temporada. “A gente deve apresentar de seis a oito atletas que jogaram a Copinha e podemos ter pelo menos dois atletas que já passaram por aqui e vão retornar”, diz Oliveira. Apesar do otimismo, Dado acredita que o campeonato será um dos mais difíceis dos últimos anos. “Talvez o campeonato pode ter um aumento no número de equipes e isso pode dificultar, porque os clubes novos com certeza virão com vontade de subir. Mas tenho certeza que vai ser um grande campeonato”, analisa o presidente do Manthiqueira. Apesentadas as equipes, agora é hora de torcer e fazer suas apostas. A bola vai rolar nos campos da região! g
Cláudio Vieira/PMSJC
Pagamento à vista do IPTU tem 7,5% de desconto
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Prefeitura de São José dos Campos iniciou a distribuição dos aproximadamente 247 mil carnês do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) 2020. Neste ano, a correção será de 3,37%, e o IPCA fechou o ano em 4,31%. O IPTU terá o desconto de 7,5% para o pagamento à vista em cota única. Caso o contribuinte prefira, o valor pode ser parcelado em até 10 vezes. Em ambos os casos o vencimento é entre os dias 17/02 e 21/02/2020, conforme consta no carnê. Serviços Pagando o IPTU, o contribuinte garante a execução de serviços e projetos que melhoram a vida na cidade, em áreas como saúde, educação, mobilidade urbana e manutenção da cidade. Os contribuintes que não receberem seus carnês podem imprimir a segunda via por meio do PrefBook (www.sjc. sp.gov.br/prefbook) ou solicitar a segunda via do carnê nos Postos de Atendimento. (vide relação abaixo)
Programa Meu Pet Feliz Juntamente com o carnê, é possível contribuir com qualquer valor para os projetos voltados ao bem-estar animal.
Toda arrecadação será destinada para incentivar a posse responsável, o controle populacional de cães e gatos, o atendimento médico veterinário e a identificação por microchipagem. O pagamento, neste caso, não é obrigatório.
Plantão de dúvidas
Qual é a data de vencimento do IPTU? O vencimento será em fevereiro, entre os dias 17 e 21, conforme consta em seu carnê. Quando será iniciada a distribuição dos carnês do IPTU? Os carnês de IPTU começam a ser distribuídos a partir da segunda quinzena de janeiro de 2020. Caso não tenha recebido, os contribuintes podem imprimir a segunda via por meio do PrefBook (www.sjc.sp.gov.br/prefbook) ou solicitar a segunda via do carnê nos Postos de Atendimento. (vide relação abaixo) Há desconto para pagamento à vista do IPTU? Sim. O desconto será de 7,5% para pagamento à vista em cota única. Quais os principais descontos? Imóveis em fase de construção já tiveram redução
automática de 30%; Posso pagar parcelado o IPTU? Sim. Pode ser parcelado em 10 vezes, sem desconto. Onde posso pagar o meu IPTU? Até a data do vencimento você pode pagar na Caixa Econômica Federal, Lotéricas e SICOOB-CRESSEM: guichê, internet e autoatendimento. Santander, Itaú e Bradesco: internet ou autoatendimento. Banco do Brasil: internet e autoatendimento (com cartão de qualquer banco). Qual a correção no valor do IPTU? Neste ano, a correção do IPTU seguirá o patamar da inflação, que fechou os últimos 12 meses (dez 2018 a nov 2019) em 3,37%. Se eu não recebi o meu carnê em casa significa que eu não preciso pagar? Não. Se você não recebeu o carnê em casa, é possível imprimir a segunda via por meio do PrefBook (www.sjc.sp.gov. br/prefbook) ou solicitar a segunda via do carnê nos Postos de Atendimento. (vide relação abaixo) Os contribuintes isentos receberão carnê? Não. Como nos anos anteriores, o contribuinte nesta situação recebe uma correspondência informando o benefício/ isenção. Qual o prazo para pedir isenção, redução ou revisão? Até a data de vencimento da primeira parcela do imposto. Quem tem direito à isenção de IPTU? Somente o contribuinte que estiver em dia com os impostos e taxas e se enquadre nas condições de isenção. Quais são as principais isenções? - Para desempregado há mais de 90 dias, desde que tenha um único imóvel utilizado como moradia própria ou terreno com até 600 m². Apresentar carteira profissional. Se for Postos de atendimento Regional Leste R. Felício Savastano, no 120 - Vila Industrial (12) 3912-7717 Regional Norte R. Guarani, no 141 - Santana (12) 3921-7558
casado, apresentar carteira profissional do cônjuge e certidão de casamento. - Aposentado e pensionista com renda de até 2 salários mínimos e que possua um único imóvel utilizado como moradia própria, classificado como residencial (casa) padrão 1 e 2 ou apartamento padrão 1. É necessário apresentar o DCB (Demonstrativo de Crédito de Benefício) que poderá ser obtido junto ao banco que o beneficiário recebe o benefício ou pelo site www.meuinss.gov.br. - Proprietário de um único imóvel residencial utilizado como moradia própria, de padrão 1 e que tenha valor venal de até R$ 55.993,35. Se eu possuir débito de algum tributo municipal, posso requerer isenção ou redução? Não. É preciso regularizar sua situação antes. Estou desempregado, porém sou inquilino do imóvel onde moro e sempre paguei o IPTU. Posso solicitar a isenção para desempregado? Não. A isenção do IPTU é prevista somente aos proprietários, titulares de domínio útil ou possuidores a qualquer título. Tenho direito à isenção para desempregado se minha esposa estiver trabalhando? Não, pois a renda analisada é a do casal. Quem investe em energia solar (IPTU Verde) tem desconto? Sim, 5%, para os casos de sistema de aproveitamento elétrico solar, com a utilização de captação de energia solar por sistema fotovoltaico, visando reduzir, parcial ou integralmente, o consumo de energia elétrica da residência. Sim, 5%, para os casos de sistema de telhado verde, visando o gerenciamento de águas pluviais, melhoria térmica e criação de áreas de lazer nos empreendimentos imobiliários. Para o caso de telhado verde deverá ser observado que a área mínima da estrutura do telhado verde deverá ser de 85% da cobertura do imóvel. Nestes casos, o contribuinte deverá solicitar o desconto através de processo administrativo, que pode ser aberto via PrefBook (www.sjc.sp.gov.br/prefbook) ou nos Postos de Atendimento. (vide relação abaixo). A renovação do pedido deverá ser efetuada a cada 3 anos, depois da concessão. g
Regional Sul Av. Salinas, no 170 - Bosque dos Eucaliptos (12) 3932-2022 Eugênio de Melo R. XV de Novembro, no 259 - Eugênio de Melo (12) 3908-5914 Paço Municipal R. José de Alencar, no 123 - Centro (12) 3042-2799
Mais informações - site da Prefeitura www.sjc.sp.gov.br/iptu - PrefBook www.sjc.sp.gov.br/prefbook - Plantão de atendimento auditório do Paço Municipal - Informações tel. (12) 3042-2799
Cláudio Vieira/ PMSJC
Alunos da rede municipal já têm material escolar deste ano
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Prefeitura de São José dos Campos, por meio da Secretaria de Educação e Cidadania, já distribuiu os materiais escolares para as 47 escolas de ensino fundamental do município. A logística de distribuição no mês de janeiro tem como principal objetivo assegurar a entrega dos materiais escolares para cerca de 39 mil estudantes do ensino fundamental no dia 03 de fevereiro, quando terá início o ano letivo de 2020. Os 21 itens que compõem o material escolar dos alunos foram arrematados no pregão por R$ 1.647.858,45 por 10 empresas vencedoras do processo de
licitação. A compra realizada por item traz benefícios para o município. Feito com planejamento e antecedência, a condução da licitação permitiu preços mais competitivos com produtos de qualidade. O material escolar dos alunos da rede municipal é composto por materiais diversos, como: caderno, minidicionário, régua, tesoura, apontador, caneta esferográfica azul e vermelha, lápis de cor entre outros. De acordo com a equipe técnica que acompanhou a licitação, todos os produtos atenderam à especificação, garantindo assim bons preços e materiais de excelente qualidade.
Educação Infantil Materiais como pinceis, papeis coloridos, guache, giz de cera, lápis de cor, canetinha, entre outros de uso da educação infantil, também já estão disponíveis em todas as Escolas de Educação Infantil, Cecois (Centro Comunitário de Convivência Infantil) e Cedins (Centro de Educação Infântil) para cerca de 32 mil alunos. Diferente dos conjuntos disponibilizados para os estudantes do ensino fundamental, os materiais da educação infantil, ficam armazenados nas escolas para trabalhos pedagógicos de uso coletivo. g
Prefeitura lança edital da primeira etapa da Linha Verde
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Prefeitura de São José dos Campos lançou na quinta-feira (16), o edital de licitação de obras para implantação e adequação de via da Estrada do Imperador, na região sul, ao Terminal Rodoviário Intermunicipal (Rodoviária Nova), na região central, o projeto da Linha Verde. Esta etapa da obra tem o orçamento de referência de R$ 84.240.991,51. Do total orçado, o governo do Estado fará aporte de R$ 30 milhões e os outros cerca de R$ 54 milhões serão custeados pela Prefeitura. Essa fase terá 14,5 km de extensão, por onde irá circular o VLP (Veículo Leve sobre Pneus), que será 100% elétrico, moderno e ecologicamente sustentável. Essa obra tem prazo de execução previsto para 18 meses. Em outra etapa, a Prefeitura também fará uma licitação para a contratação dos serviços de inteligência semafórica e de catracas eletrônicas nas estações de embarque e desembarque da Linha Verde.
Integração A Linha Verde é o maior projeto de mobilidade de São José, que vai interligar as regiões mais populosas da cidade – sul e leste, agilizando o dia a dia
dos das pessoas. Em consonância com as diretrizes do Plano Diretor, o projeto atende aos modernos conceitos de planejamento urbano e desenvolvimento econômico sustentável, ao longo de todo a sua extensão que será de 20 quilômetros. O projeto ainda cria o Anel Viário Leste, uma nova via que permitirá a interligação de toda a cidade ao Parque Tecnológico, sem a necessidade de uso da Via Dutra. A Linha Verde utilizará 31% da faixa pertencente à ISA CTEEP (Companhia Paulista de Transmissão de Energia Elétrica S/A). A área foi adquirida pela Prefeitura, por meio de Projeto de Lei aprovado pela Câmara de São José. O plano urbanístico prevê o aterramento das torres de energia, que dividem a cidade. São José terá um novo eixo de desenvolvimento econômico, interligando alguns dos principais centros comerciais da cidade, como o Shopping Jardim Oriente, Vale Sul Shopping e Center Vale Shopping. Jacareí e Caçapava, situadas nas duas pontas da Linha Verde, também ficarão mais interligadas.
Eixos
A Linha Verde está apoiada em cinco eixos fundamentais: 1 - Desenvolvimento Urbano e Centralidades O corredor tornará a cidade mais compacta, facilitando o acesso a serviços e estimulando o desenvolvimento econômico entre as regiões sul e leste. 2 - TRM (Transporte Rápido de Massa) O novo modelo, inspirado nos modelos mais avançados do mundo, une modernidade, conforto e agilidade no serviço de transporte público oferecido à população. 3 - Sustentabilidade A Linha Verde vai promover o desenvolvimento urbano e econômico, preservando o meio ambiente. O eixo sustentável terá 75 mil metros quadrados e inclui quatro praças ao longo do trajeto. 4 - Anel Viário Leste Outra novidade é o Anel Viário Leste, uma nova via que permitirá a interligação da região sul ao Parque Tecnológico, sem a necessidade de uso da Via Dutra. 5 - Habitação de Interesse Social Das áreas remanescentes, 5% serão destinadas à habitação de interesse social, beneficiando quem mais precisa. g
62 | Metrópole Magazine – Edição 59
Passarella&
Vocês VERÃO Da redação RMVALE
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eliz Ano Novo, meus amores e qualiras desidratadas pelo calor saárico que toma conta de nossos dias neste 2020. O primeiro mês do ano nem
acabou e 'bafões' de todos os tipos pululam no noticiário. Como faço todos os anos, submergi na piscina do Copa e nem pulei sete ondas para não correr o risco de Iemanjá devolver a oferta, rárárárá, ouviu Bulques. Todas se perguntam sobre qual será a tendência da estação, e hoje vamos falar sobre tudo e mais um pouco, tá bom Jeff, o que vai bombar neste verão, 'aqui e agora', queridxs. Montar um guarda-roupas não é uma tarefa fácil, e não estou dizendo colocar em pé aquela oferta que você comprou no saldão das Casas Bahia ou da Marabráz, mas preparar um conjunto interessante de peças de roupas e acessórios para enfrentar
Estampas Embora os tons pastéis sejam 'queridinhos' dos fashionistas, a estamparia também deve colorir o verão. Com looks mais curtos e bem fresquinhos, a estampa certa ajuda a incrementar ainda mais o look, Amandinha. Uma infinidade de opções, está em todas as vitrines. Atente-se para as com forte pegada geométrica
Babados assimétricos Além do tradicional movimento, os babados ganharam assimetria nesta temporada. Seja aplicado em viés na gola ou no comprimento da peça, eles chegam para dar um toque descontraído, Marisa. Aproveite!
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e celebrar as oportunidades que cada dia nos oferta, Nossa baixou o padre Fábio em mim! Bom, já falei demais Catarina, só aproveito para repudiar o figurino grotesco, o cabelo ridículo domado a golpes de gel barato e a fala abjeta do ex-secretário de cultura do 'tá okay'. É inadmissível a presença de representantes com esse ideário na administração pública, que seja lançado a latrina da história. E segue o script.
Comprimento midi Popular na década de 1950, a saia midi durante muito tempo trouxe uma estética relacionada ao estilo vintage. Chega a 2020 com modelos atualizados, perfeitos para diversas ocasiões, das mais descontraídas como passeios durante o dia até casamentos.
Modelagens Saí pela orla do Rio e já notei circulando em 'corpitchos' vestidos fluídos, com formas diferentes e muito volume. É momento, Mirian, de investir nos cortes geométricos, já falamos sobre as estampas, e inovar nos modelos do vestuário, principalmente os com modelagens mais amplas.
E para os gatos? Tropical com tons terrosos É isso, o próprio nome já diz tudo, ou quase tudo, Giu. Estampas bem tropicais mas puxadas para os tons terrosos, uma vibe meio savana africana meio convergente com o jardim botânico carioca. Vermelho, marrom, laranja, bege, enfim, e flores, folhas, palmeiras, frutas. Banana é uma delícia e está super na moda. Pode incluir esse visual em várias peças, como camisas, calças e bermudas. Adorei a coleção da Youcom!
Poás Antonia, querida, o poá que você adora está de volta, ou melhor, nunca saiu para passear, rárárá. A clássica estampa de bolinhas está furiosa. Com muita personalidade, promete deixar qualquer look mais charmoso.
64 | Metrópole Magazine – Edição 59
Fotos: Divulgação
Gastronomia&
Janeiro de 2020 | 65
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Quiche vegana proteica sem glúten
A youtuber Luísa Motta apresenta uma receita leve para a "larica de plantão".
Da redação SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
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uísa Motta é a personificação de seu canal, disponível na rede mundial de compartilhamento de vídeos, Youtube. Baseada na crença de que para convencer uma pessoa você precisa ser um bom exemplo, Luísa compartilha seus conhecimentos sobre uma alimentação mais consciente e do veganismo de uma forma simples e divertida. No canal Larica Vegana, que já possui quase 200 mil inscritos e mais de oito milhões de visualizações, exibe semanalmente vídeos que tratam o veganismo e incluem desde receitas até dicas sobre produtos veganos. O trabalho é desenvolvido por ela e seu irmão Tito, que não
é vegano. No Instagram, Luisa já interage com mais de 70 mil seguidores. Para quem é ou busca ser vegano, seus conteúdos são pratos cheios de informação e conhecimento sobre o assunto. Para Metrópole Magazine, Luísa Motta elaborou uma receita saborosa de quiche. g
Quiche vegano proteica sem glúten - Luísa Motta Ingredientes 99Massa: 1 e ½ xícara de grão de bico cozido - ½ xícara de farinha de arroz ou trigo (para opção com glúten) - 1 colher de sopa de cúrcuma (açafrão da terra em pó) - Sal - 2 colheres de sopa de azeite. 99Recheio: Tofu inteiro - 1 Alho - 1/2 Cebola - Tempero fresco a gosto (cebolinha e salsinha) - Orégano a gosto - 1 limão - Levedo nutricional (opcional) - Brócolis a gosto - Azeitona a gosto - Tomate cereja a gosto - ½ lata de milho - Alho poró a gosto - 1 colher de sopa de azeite
Modo de preparo
• Massa: 1) Bata em um liquidificador ou processador o grão de bico, ¼ de xícara de água, o azeite e uma pitada de sal, até que ela fique cremosa e quase homogênea. 2) Em um bowl, misture a pasta de grão de bico, a cúrcuma e a farinha. 3) Misture tudo com a mão e sove a massa até que ela fique bem lisa. 4) Use uma forma antiaderente ou unte a sua com um pouco de azeite. 5) Na própria forma, abra a massa e comece a moldá-la de acordo com o formato da forma até que cubra a superfície por completo. 6) Faça alguns furos na massa com um garfo. 7) Coloque a massa para pré assar em forno pré aquecido a 230º C durante 10 minutos.
• Recheio: 1) Pique todos os ingredientes. 2) Bata o tofu (de preferência o firme) do liquidificador, com o limão, sal, azeite, alho e levedo nutricional (opcional) até formar um creme (preservando a textura do tofu). 3) Misture todos os ingredientes picados com o creme de tofu. 4) Coloque o recheio dentro da massa pré assada e decore com tomates cereja, azeite e azeitona. 5) Asse a quiche por 20 minutos a 230ºC.
66 | Metrópole Magazine – Edição 59
Veloz&
Nissan Frontier Tecnologia e força
Da Redação RMVALE
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ara enfrentar desafios e garantir fortes emoções, experimente a Nissan Frontier: veículo que apresenta resistência e oferece ao condutor e aos passageiros conforto e segurança. Com a mais alta tecnologia japonesa e um estilo moderno e robusto, a picape continua sendo uma das líderes do mercado de veículos da categoria. Os locais mais severos que exigem resistência continuam sendo o alvo da Nissan Frontier. Com o chassi reforçado
duplo C, todos os seus componentes são protegidos de uma extremidade a outra e mantém uma ótima distância do solo, garantindo eficiência dentro e fora da estrada, o que colabora para atender também ao público de veículos urbanos. Seus ângulos de entrada (30,6°) e saída (27,7°) são favoráveis para o enfrentamento de terrenos mais inclinados. A suspensão dianteira de garfo duplo feita de aço e a suspensão traseira multilink com o eixo rígido são elementos importantes para a garantia de maior conforto na
utilização do veículo.
Inovação e tecnologia O acendimento automático dos faróis, com sensor crepuscular e função de temporizador Delay Timer, auxilia o motorista para uma condução mais segura em situações de baixa luminosidade, durante a noite. Outra característica interessante é o sistema de auxílio de partida em rampa (HSA) impede que o veículo desça ao arrancar em uma subida, permitindo conforto, tranquilidade e evitando possíveis colisões.
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Fotos: Divulgação
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Motor 2.3 A potência, aceleração e economia são a prova de que a Nissan Frontier é competitiva. O novo motor biturbo diesel e os testes de engenharia comprovam o máximo de desempenho na utilização do combustível.
Nova suspensão traseira A união perfeita entre resistência e capacidade de carga proporciona conforto aos ocupantes e estabilidade ao dirigir.
Visão 360º Tecnologia que detecta tudo ao redor do veículo, parado ou em movimento. Quatro câmeras com visão em close: na frente, na traseira e nas laterais. Mais agilidade e segurança.
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Social&
metropolemagazine@meon.com.br
Júnior Ferreti celebra lançamento de vinhos Foto: Camila Majes
Foto: Nando Jr.
Foto: Camila Majes
Júnior Ferreti, ex-meia do Corinthians, conhecido pela torcida como "reizinho do parque", comemorou em dezembro os cinco anos de seu empreendimento em São José dos Campos, Enoteca Ferreti. Na ocasião, lançou três rótulos próprios de vinhos. Os vinhos de safras premiadas e produzidos na região de Veneto, na Itália, puderam ser apreciados por um grupo seleto de convidados e representantes da imprensa da RMVale. Ferreti deu uma aula de harmonização aos convidados que se deliciaram em uma noite agradável regada a muito vinho e saborosas brusquetas de tomate e beringela. g
Foto: Nando Jr.
Fotos: Camila Majes
Meon e SJK Convention & Visitors Bureau brindam o avanço do turismo na RMVale
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O Grupo Meon de Comunicação e o SJK Convention & Visitors Bureau realizaram no dia 17 de dezembro um almoço especial para brindar o avanço do turismo na RMVale, na Galeria Recreio, em Aparecida. O encontro, que contou com a presença de profissionais ligados ao trade turístico, teve como assuntos principais a importância da realização de ações conjuntas para elevar ainda mais o potencial turístico da região e a revista Meon Turismo. A presidente do SJK Convention & Visitors Bureau, Luciana Sanefuji, destacou a união entre as cidades. "Quando trabalhamos juntos conquistamos resultados muito maiores”, comentou. Para a diretora de turismo de Jacareí, Daniela Cambuzano, a revista Meon Turismo tem sido uma importante aliada na divulgação da região."Fomos privilegiados com a capa da primeira edição. Ações como essa contribuem muito com o fortalecimento do turismo regional”. g
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A ampliação da participação feminina no cenário político, o combate à violência doméstica e a luta das mulheres pela igualdade de oportunidades no mercado de trabalho foram os temas tratados durante o encontro promovido pelo PSD Mulher de São José dos Campos, na Câmara Municipal da cidade, em dezembro Organizado pela presidente do PSD de São José, a vereadora licenciada Renata Paiva, o evento reuniu cerca de 500 mulheres e contou com a participação da coordenadora dos núcleos estadual e nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, ex-vice prefeita de São Paulo e secretária estadual do Trabalho e Menor. “Foi sensacional ver tanta mulher com vontade de fazer a diferença em nossa cidade”, destacou Renata. g
Fotos: Gilberto Freitas
Participação feminina na política é tema de encontro do PSD Mulher
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Mercado&
A importância do podcast no marketing digital A vantagem do podcast vai além, segmentar os ouvintes e aproximar-se do seu potencial cliente atendendo sempre as necessidades e desejos. Um exemplo dessa utilização é a Eurofarma, que utiliza o podcast para informar médicos com o canal Podcast Emagrecimento Sustentável, sobre a importância do tratamento contínuo da obesidade e sobrepeso, por ser uma doença crônica que alcança números assustadores em nosso país, caracterizando uma epidemia. Podemos dizer sem medo de errar que 2019 foi o ano do podcast. Até o Google resolveu investir pesado na mídia. Depois de lançar no meio do ano passado o seu aplicativo dedicado ao formato, o Google Podcasts, a empresa agora vai passar a permitir a reprodução de programas de áudio no seu buscador, o que significa que os internautas poderão ouvir seus podcasts favoritos no computador através do Google. Depois de anunciar seu primeiro lucro operacional da história, o Spotify comprou a produtora Gimlet Media e a plataforma Anchor como parte de um projeto para investir até US$ 500 milhões em podcasts em 2019. O CEO Daniel Ek prevê que, ao longo do tempo, 20% de tudo o que é reproduzido no serviço será de conteúdo não musical, e que o objetivo da companhia é se tornar a “plataforma de áudio número 1 do mundo”. Quatro em cada 10 internautas já ouviram Podcasts no Brasil. O celular é, de longe, o
equipamento mais usado pelos brasileiros para ouvir podcasts: três em cada quatro ouvintes (75%) utilizam o aparelho. Em seguida vêm o computador, com 40% das preferências, e o tablet, restrito a apenas 8% dos internautas.” segundo a publicação na Folha do Piauí em maio de 2019. O Ibope também aponta ainda que em 2019 no Brasil, 16 milhões de internautas ouvem podcast três vezes ou mais por semana, considerados fiéis. Convenhamos, 48 milhões de ouvintes é um número superior à população da Argentina. Devemos considerar ainda que o nível de retenção de quem ouve Podcasts é alto comparado a outras mídias, mesmo com episódios de maior duração. Para o bom resultado é necessário qualidade, planejamento e comunicação atraente e assertiva. Como tudo, para gerar resultados positivos é necessário profissionalismo e foco.
Divulgação
É indiscutível hoje o crescimento no mercado de podcast. Sabemos que cada vez mais empresas investem em patrocínio ou conteúdo relevante para Podcasts, sobretudo para atrair seus potenciais clientes, uma vez que os indicadores mostram que o ouvinte não avança no player no momento da publicidade, aumentando ainda mais o resultado de marketing, gerando um resultado fantástico de exposição da marca ou produto. Muitas pesquisas indicam que nesse ano houve uma verdadeira explosão de podcasts realizados por empresas especializadas e formadores de opinião. Outro dado significativo é que o número de investimento nos últimos 2 anos chegou na casa de bilhões de dólares e já alertava o real interesse nesse mercado pelo Google e Spotify, antes dominado pela Apple Podcasts. De acordo com uma pesquisa do Ibope, 40% dos 120 milhões de internautas brasileiros já escutaram um podcast e esse crescimento foi nesse ano, aumentando ainda mais as oportunidades. O Ibope fornece mais pistas sobre a força do segmento. De acordo com o estudo Podcast Ibope 2019, 32% dos internautas ativos no Spotify utilizam o canal para escutar podcasts. Há uma década, esse número não chegava a 5%. O que significa? A audiência de streaming, hoje o meio mais popular de se ouvir música, está aproximando o Podcast em seus aplicativos.
Marcus Manfredi é publicitário, diretor de comunicação e especialista em Podcasts da EnjoyBM, tradicional empresa de marketing, promoção e realização de eventos.