Política e diálogo Marie Ann Wangen Krahn Profesora de Hebraico, Faculdades EST Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
Política! Quando você ouve esta palavra quais são os sentimentos que surgem? Tome um minuto para identificá-los. Frustração? Fortalecimento? Raiva? Apatia? Pertencimento? Participando? Impotência? Indiferença? Manipulado/a? Desconfiado/a? Conectividade? Cansaço? Felicidade? Inquietação? Vergonha? Satisfação? Quando se trata de política, parece que o diálogo e a reconciliação estão se tornando cada vez mais difíceis. Parece haver uma crescente falta de vontade de ouvir as ideias e sentimentos da outra pessoa, especialmente quando são bastante diferentes dos nossos. O individualismo está ficando mais forte. A preocupação com o bem maior e com o bem-estar geral de toda a criação parece estar diminuindo. As redes sociais parecem dar muito mais atenção ao sensacionalismo, às mentiras e ao mal que se perpetuam no mundo do que a todas as ações boas e solidárias que estão sendo realizadas por tantas pessoas e grupos. Como podemos trabalhar a reconciliação e o diálogo em meio a tudo isso? Obviamente, não existe uma resposta, não existe uma receita que consertará tudo. Mas existem estratégias e ações que podem nos colocar no caminho de trabalhar pela paz e reconciliação. Como se pode ver na pesquisa rápida e informal feita com algumas pessoas sobre quais sentimentos surgem quando a palavra política é dita ou lida, há sentimentos mistos, mas o que predominam são os sentimentos negativos. Um dos primeiros passos no trabalho de diálogo e reconciliação é tomar consciência e ser capaz de identificar os próprios sentimentos. Depois de identificar os sentimentos, precisamos tentar entender o que causa esses sentimentos. Muitas vezes é mais fácil identificar sentimentos e causas quando estamos em pequenos grupos de pessoas em quem confiamos. Muitas
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