Benditas as Pessoas Pacificadoras - Habilidades de mediação e reconciliação para a Igreja

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Reconciliar o Mundo Aportes da teologia da reconciliação para a gestão de conflitos Valério G. Schaper Coordinador Instituto Sustentabilidade América Latina y el Caribe Faculdades EST Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil

Introdução Historicamente as religiões têm sido associadas às causas dos conflitos. Não são poucos os exemplos que comprovam que, de fato, as religiões originaram ou agravaram desentendimentos entre grupos sociais ou pessoas. Foi a percepção e análise desse fato que levou Hans Küng a concluir em seu projeto de ética mundial que, se não houver paz entre as religiões, não teremos paz no mundo.1 Discursando em duas ocasiões (1998 e 2001), o então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, reservou às religiões um papel mais destacado do que antes na resolução de conflitos. Kofi Annan, embora reconhecesse que as religiões estavam na raiz de muitos conflitos, entendia que elas podiam oferecer princípios e valores comuns e podiam também ser “fonte de motivação espiritual” para prevenção e/ou solução de conflitos. As religiões KÜNG, Hans. Projeto de ética mundial. Uma moral ecumênica em vista da sobrevivência humana, 1993, p. 186

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