Boletim quadrimestral da Paróquia Matriz de Porto Alegre – CEPA – Julho de 2012 – Ano 18 nº 68
A dinâmica da sustentabilidade “Sou a favor da transparência, de gente de verdade, sem retoques, sem artifícios”, escreveu a colunista Clarissa Corrêa. É uma afirmação cheia de sentido. As relações humanas que se baseiam na transparência têm grande longevidade. Na comunidade cristã dever-se-ia perseguir este objetivo. Igreja não deveria nunca ser espaço de vaidades, falsidade e hipocrisia. Deveria ser espaço para sermos nós mesmos, sem máscaras, nifica que precisa ser sustentável. construindo relações verdadeiras e Precisa administrar recursos e desdesarmadas. pesas. Sem isso, correrá o risco de imediatamente fechar suas portas. No entanto, na Igreja, as pessoas e as relações humanas são Nossa sustentabilidade tem semelhantes e complicadas, como como base a gratidão a Deus. Ela em todo lugar. Muito das decepções nos leva também a viver em comude algumas pessoas em relação a nhão com aqueles que vivem da Deus têm a ver com desgastes e mesma fé. O amor que recebemos desencontros no âmbito relacional de Deus nos mantém unidos. Por nas instituições religiosas. A questão isso, é a contribuição voluntária de que era de origem humana-rela- nossos membros que sustenta nossa cional se transfere para o universo condição institucional e a missão. É religioso. um gesto ancorado na nossa consciência do valor que a comunidade Na Igreja vive-se uma relação cristã e a confissão de fé têm para de comunhão e de convívio definia nossa vida. da pelo próprio Deus. Ele cria uma comunhão baseada no seu amor Como a experiência de fé é dipor nós e espera que nos amemos nâmica, esta consciência pode mumutuamente. A Igreja vive também dar em função do distanciamento a dimensão institucional, o que sig- e das crises. Temos que considerar
obviamente o fator humano neste processo. Por isso, é fundamental na vida da comunidade que estejamos constantemente alimentando esta relação, superando crises e eventuais distanciamentos para novamente alimentar nosso vínculo comunitário. Um vínculo sadio e vivo redundará em sentimento de pertencimento, união e sustentabilidade institucional. Muitas instituições religiosas hoje não têm a mínima preocupação com uma relação transparente e honesta com os seus membros. Cedo ou tarde, um escândalo é revelado e a decepção afastará e frustrará as pessoas. Nós somos herdeiros de uma visão e de uma história como Igreja Luterana, que prima justamente pelo que falta no contexto religioso hoje. Por vezes nos culpamos pela ineficiência no que se refere ao nosso crescimento e a nossa visibilidade. No entanto (convenhamos!), nunca usaremos estes expedientes antiéticos para a nossa missão. Cultivemos, pois, esta nossa herança com confiança e esperança. No tempo certo, o joio e o trigo serão distinguidos. P. Cláudio Kupka
Entrevista
Central
Cultura e fé
A jovem Beatriz Pitrofski é a entrevistada desta edição do JR quando compartilha suas experiências na Rio +20.
Nossa Igreja em 2012 tematiza a juventude como um fator de dinamização de sua vida. Eis uma reflexão inadiável se queremos ser uma Igreja viva.
Nosso colaborador Artur Sanfelice Nunes nos traz uma importante reflexão a respeito da comunicação e do envolvimento das pessoas com suas múltiplas qualidades.
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EDITORIAL
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Uma campanha fundamental - reforma do telhado Estamos num ano de muitas campanhas, muitas obras estão sendo realizadas em nossa paróquia. No ultimo ano iniciamos a campanha para realização da pintura externa da igreja. Durante a campanha constatamos a presença de infiltração de água no nosso templo. Quando fomos fazer o conserto, concluímos que não seria um pequeno reparo e sim praticamente a troca do telhado. Muitas telhas estavam rachadas, que- deríamos iniciar a pintura bradas, trincadas, deterio- sem antes resolver os problemas do telhado. radas pelo tempo. Agora já foi resolvido, e Quando iniciaram as também a obra da pintura obras percebemos que esta em andamento. seria um trabalho maior Quero neste momendo que se esperava, e as despesas foram além do to agradecer a todos que esperado, mas a reali- nos auxiliaram, muitas zação deste trabalho era doações nos foram alcanimprescindível. Não po- çadas, mas ainda temos
Expediente Boletim informativo da Paróquia Matriz de Porto Alegre Comunidade Evangélica de Porto Alegre - CEPA Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB Coordenação: Artur Sanfelice Nunes Augusto Franke Bier José Sperb de Oliveira Liane Dagmar Schmidt P. Cláudio Kupka Terezinha Castro Editoração Vânia Möller - (51) 3209.5044 vmm.ez@terra.com.br Publicidade: Terezinha Castro terezinhacastro@hotmail.com Fones: 9731.8910 ou 3072.2232 ou na Secretaria da Paróquia Rua Senhor dos Passos, 202 90020-180 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3224.5011 www.paroquiamatriz.org.br secretaria@paroquiamatriz.org.br Expediente da Secretaria: 2a a 6a, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 18h30
membros e também para que você tenha um ambiente agradável para sua caminhada na vida de fé em Cristo Jesus. Queremos também aqui fazer um apelo, para que na medida do possível, os membros coloquem suas contribuições em dia. Estamos contando com estas contribuições, já criamos diversas facilidades, uma delas o recebimento dos pagamentos um saldo a pagar e mais após o culto de domingo uma vez contamos com a e outra o boleto bancário colaboração dos membros que pode ser pago em qualquer banco. da nossa comunidade. Em nome da diretoria da paróJesus diz: Onde estivequia, queremos agradecer rem dois ou três reunidos muito a todos que já cola- em meu nome lá estarei boraram. Muito obrigado. no meio deles. Fique na paz de Deus. Temos a certeza que estamos trabalhando para Elaine Burkhard Presidente da Paróquia Matriz o conforto dos nossos
Charge
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MEDITAÇÃO
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Os nossos medos Medo é um sentimento contra o qual não temos imunização. Não há vacina que pode evitá-lo no decorrer da nossa existência. É um sentimento com que nos defrontamos diariamente. Quais são os nossos medos atualmente? A violência, que se expressa através de tantas formas no cotidiano, amedronta. A rotina de noticiários sobre os acidentes de trânsito, a corrupção, o roubo constante do patrimônio público, poluição e devastação das florestas, e sobre tantas outras situações cria medo, insegurança. Enfim, toda a natureza sofre e geme dores insuportáveis. É muito natural que se pergunte: a vida tem sentido em meio a tantas ameaças? Jesus Cristo é aquele que estará contigo, pois ele venceu todos os nossos inimigos. A diferença é que, no passado, muitos medos sequer tinham nomes. Relacionavam-se com a natureza, com os mistérios do mar, das matas, do desconhecido. Lendas foram contadas sobre o mar, crenças se desenvolveram a partir das suas águas. Os antigos o temiam como força criadora e, ao mesmo tempo, por seu poder destruidor. Mar inspira medo e respeito. Simboliza vida e mistério. Mas também é metáfora para o líquido amniótico que sustenta a vida.
comunidade – discípulos de Jesus (Marcos 4.35s), e chamando os discípulos, frustrados diante de suas pescarias, para um novo começo com o Mestre. Percebe-se que Jesus entra no mundo do nosso medo, não o elimina, mas navega em meio às ondas agitadas e ameaçadoras. Jesus faz travessias conosco. Ele diz, olhando em nossos olhos: “Não tenha medo”. Não é proibido ter medo.
Ambientação da cena em que Jesus “pesca” Simão Pedro.
Hoje, muitos medos têm origem definida, têm nome. Monstros de repente são pessoas que perderam a sua história, a vida para elas se tornou algo supérfluo. E agora, o que nos resta fazer? É preciso agir com propostas que deem visibilidade ao amor de Deus. Atitudes precisam ser tomadas para que o medo não nos vença.
bíblicas – “Não Temas” – nos dão a dimensão do tormento que o medo provoca. E Jesus será aquele que vem e que se coloca em meio as nossas vidas para que possamos administrar os medos.
Jesus começa o Reino de Deus a partir dos lugares em que brotam medo, ameaças, e que são cheios de mistério, como Veja, o que se coloca o mar. Ali está Jesus, acalnão é sentir medo ou não. mando tempestades que Mas o que fazemos com querem fazer sucumbir a este sentimento real, e que se materializa diante de situações que já experimentamos. Sentir medo é saber que somos humanos, perceber a nossa corporeidade, temporalidade e que somos finitos. A fé cristã acolhe os sentimentos e dialoga com eles. As inúmeras expressões
Mas, com Jesus, podemos administrar os nossos medos. Medo não é fim, mas uma possibilidade de perceber o Jesus que navega conosco neste mundo. Medo administrado pode fazer nascer o novo. Enfrenta os teus medos. Jesus Cristo é aquele que estará contigo, pois ele venceu todos os nossos inimigos, não há monstro que não tenha sido dominado. E se eles ainda te assustam, é porque ainda não foram avisados e ainda não compreenderam o novo tempo que já vivemos cá e lá, o Reino de Deus. P. Werner Kiefer
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ENTREVISTA
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Entrevista com a jovem Beatriz Pitrofski
A entrevistada desta edição do JR é a jovem Irene Beatriz Pitrofski. Bia, como a chamamos, tem 19 anos e é membro da Paróquia Matriz desde que “se conhece por gente”, diz ela. Foi batizada na nossa paróquia, participou do Culto Infantil e do Ensino Confirmatório. Hoje faz parte do Grupo AGIR, novo grupo para Jovens Adultos, atua como orientadora do Culto Infantil e como vocalista da Banda da JESP. É também vicesecretária no Conselho Sinodal da Juventude Evangélica. Bia, como outros jovens de nossa paróquia fizeram, representou nosso Sínodo no evento Rio+20. Ela compartilha conosco agora sua participação.
JR: Como foi que foste dia a dia. Aos 15 anos, parar na Rio +20? então, tentei dar iniciativa a alguns projetos de consBia: Participei da Confe- cientização ambiental. Por rência das Nações Unidas não conquistar grande sobre Desenvolvimento apoio entre meus amigos Sustentável através do jovens, acabei deixando a Projeto Criatitude – Jovens ideia de lado, e aplicando pelo Cuidado com a Cria- os conhecimentos que ção, que surgiu no Mês de tinha em casa e nos meus Missão da Juventude, em lugares de convívio. 2011. O projeto surgiu no Conselho Sinodal da Ju- Minha maior motivação é ventude Evangélica do Rio a preocupação que tenho dos Sinos, sendo aprovado com as gerações futuras, e até mesmo com o meu fupelo Conselho Nacional. turo. Apesar de saber que Em março de 2012, soube essa situação não é mais que um grupo de jovens reversível, sei que ainda seria selecionado para pode ser apaziguada, de participar da Rio +20, pelo alguma forma. Projeto Criatitude. Felizmente, fui escolhida, junto JR: O que te chamou a com outros 17 jovens bra- atenção no encontro? sileiros. Ao todo, o grupo tinha 30 pessoas, vindos Bia: A diversidade de culde vários cantos do Bra- turas existentes. Na Cúpula sil, e de outros países da dos Povos, encontrávamos América Latina: Suriname, pessoas de diversos tipos. Chile, Bolívia, Nicarágua, É raro observar diversas culturas em um mesmo El Salvador e Colômbia. espaço lutando por uma O projeto teve apoio da mesma causa, havendo Fundação Luterana de respeito e colaboração. Diaconia e da Fundação Luterana Mundial. Somen- Porém, o que mais me chate através dessa parceria mou a atenção foi o fato é que se pôde levar esse de estarmos participando grande grupo ao Rio de do evento em união com Janeiro. Parti de Porto a Rede Ecumênica da JuAlegre no dia 15 de ju- ventude. Além de haver jonho, retornando no dia vens de diversos países da 21. Ficamos hospedados América Latina, as religiões no Instituto Bennett, no também eram diferentes. Bairro do Flamengo. JR: Quais os desdobraJR: O que te motivou a mentos desta participação envolver-te na questão no teu envolvimento com a Paróquia e o Sínodo? ambiental? Bia: Desde pequena, sempre tive um contato muito próximo com a natureza. Na adolescência, comecei a assistir a diversos documentários que falavam sobre os riscos que nosso planeta sofria e a perceber esses fatos em meu
Bia: O principal desdobramento é a implantação de alguns projetos em nossa Comunidade. Através do Grupo Agir de Jovens Adultos, pretendemos tornar nossa Paróquia mais sustentável em alguns pontos. Neste caso, os be-
nefícios não serão apenas meus e dos jovens, mas também da Comunidade e do ambiente. Além disso, vejo como principal ponto positivo a grande importância que vem sendo dada aos adolescentes em nossa Igreja. Conhecida por ser bastante conservadora, a IECLB agora está reconhecendo o trabalho e o protagonismo do jovem, incentivando essa participação até pelo tema do ano: “Comunidade Jovem, Igreja Viva”. JR: Como você avalia os resultados da Rio +20? Bia: Como evento oficial da ONU, a Rio +20 não trouxe avanços significativos. O documento final foi pobre, e não trouxe grandes promessas. Antes do documento final, havia sido organizado um documento prévio que, em minha opinião, era o documento ideal, incluindo até mesmo os direitos das mulheres e dos índios. Porém, após grandes discussões entre os países de primeiro mundo e os países emergentes, constatou-se que a Rio +20 acabou sendo apenas um evento para encontro de políticos. A esperança está inteiramente na Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20 para participação da sociedade civil. Através das discussões realizadas neste espaço, surgiu um documento final, que foi enviado à ONU, como sendo a voz da população. Infelizmente, não há nenhuma garantia de que ele será lido e reconhecido.
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ENFOQUE
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Entre santos e checkpoints Durante três meses trabalhei como voluntário junto à ONG Ecumenical Accompaniment Programme for Palestine and Israel (EAPPI), criada pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) para monitorar violações a Direitos Humanos na região da Cisjordânia, que, junto com Gaza, compõe os chamados Territórios Ocupados Palestinos. Fui o segundo membro da IECLB a participar desse programa, que existe há dez anos e já recebeu cerca de 1.000 pessoas do mundo inteiro. A principal constatação, vivendo em meio a um conflito tão consolidado, é de que, infelizmente, falta muito para que a Terra Santa mereça esse título. Nossa função consistia, principalmente, em prover presença protetiva a comunidades vulneráveis, vivenciando o dia a dia da ocupação militar israelense, e dar o apoio que
a população árabe nativa, permitindo a expansão israelense para além das fronteiras de 1967. Soma-se a isso um forte elemento religioso, que acirra os ânimos de ambos os lados, resultando em uma radicalização que, no mais das vezes, só serve para alimentar alguns estereótipos correntes, especialmente com relação ao mundo árabe. podíamos a iniciativas de ambos os lados que visassem à solução pacífica do conflito Israel-Palestina. Dentro dessa ideia de vivenciar o conflito, saí de Porto Alegre, uma metrópole de mais de 1,5 milhões de habitantes, para morar em Tulkarm, uma cidade de pouco mais de 60 mil habitantes, situada ao norte da Cisjordânia, exatamente no que seria a fronteira com Israel.
de inúmeras restrições às liberdades da população nativa. A mais famosa dessas restrições é a barreira de separação de 770 km, construída a partir de 2002, que adentra as fronteiras palestinas reconhecidas pela ONU. Além da barreira, há ainda os chamados checkpoints, que nada mais são do que postos de controle militar que limitam a locomoção da população local. Isso sem falar das inúmeras arbitrariedades cometidas pelas forças de ocupação que, sempre sob o argumento da “segurança” de Israel, violam o Direito Internacional Humanitário.
Digo que seria porque o problema começa exatamente aí: Israel, depois da Guerra de 1967, invadiu os territórios palestinos, iniciando um processo violento de ocupação, com o estabelecimento O propósito da ocude colônias e a imposição pação é simples: expulsar
A principal constatação ao final desse período de três meses vivendo em meio a um conflito tão consolidado é a de que, infelizmente, falta muito para que a Terra Santa mereça esse título. Embora sagrada para as três grandes religiões monoteístas, a dinâmica da ocupação israelense impede que a mensagem de paz inerente a judaísmo, cristianismo e islamismo seja implementada de forma efetiva. Assim, mais do que nunca, é hora de olharmos com mais carinho para aquela região que é também berço da nossa fé luterana, pedindo por uma paz que tenha a vida como o bem mais valioso. Érico Loyola
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GRUPOS
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No meio do caminho tinha uma pedra Tomei conhecimento da poesia de Carlos Drummond de Andrade de maneira pouco comum, em se tratando de obra literária, pois foi durante a apresentação de um grupo de dança. Sem conhecer o texto, encantei-me. Anos depois, encontrei o texto inesperadamente na capa do relatório anual da Associação Evangélica Pella Bethania. Li, reli, e fiquei com a pulga na orelha: o que o autor quis dizer com este amontoado de palavras repetidas? Fiz uma pesquisa com diversas pessoas, jovens, velhas, altas, baixas, magras, gordas. Foram unânimes na identificação da pedra como um obstáculo na vida de cada um. Mas como enfrentá-lo? Uma senhora idosa
No meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra
exclamou impulsivamente: “Cuidado para não tropeçar”! Um jovem observou que a palavra “tinha” referia-se ao passado; era, portanto, pessoa idosa
olhando para trás. Houve a pessoa religiosa que iria enfrentar a pedra – obstáculo – com a ajuda de Deus. Outra se lembrou da infância quando, a
caminho do colégio, passava por uma pedreira e se encantava com as pedras brilhando ao sol. Provavelmente era granito, com grãos de quartzo. Seus netos agora se divertem pulando por cima delas. Uma amiga de imaginação fértil imaginou um casal: a esposa se queixando das dificuldades do dia a dia e o esposo, cansado da ladainha, com as retinas fatigadas. Uma jornalista opinou que com pedras se constrói, que depende do temperamento de cada um como dispor das pedras. Esta opinião me serve de ponte para finalizar com o bonito pensamento de Fernando Pessoa: “Com as pedras no meu caminho construí o meu castelo”. Sofia Renner
Visitas Singulares po local e com o terceiro convidado para a ocasião, o Grupo Singular Trevo de Cristal, da Paróquia S. Lucas (CEPA). O P. Werner Kiefer acolheu os visitantes, cerca de 60 pessoas, e iniciou-se a programação da tarde. Muita alegria e confraternização.Todas Singulares de São Lourenço do Sul, acompanhadas pelo P. Artur Presser, fizeram no sábado, dia 23 de junho. Vieram retribuir a visita do Grupo Singulares da Matriz. De manhã foi realizado um passeio Pois foi o que vinte turístico e, após o almoço, participantes do Grupo reuniram-se com o gruComo é gostoso visitar os amigos! Para fazer isso, não nos importamos nem mesmo de acordar cedo numa manhã de inverno para viajar ao encontro deles!
se apresentaram, cantaram, meditaram e oraram juntas. Seguiu-se um caprichado café da tarde, e então as amigas viajantes despediram-se. Até a próxima visita singular! Liane D. Schmidt
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NOTÍCIAS
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Grupo de Reflexão da Mulher Luterana mente com a Igreja, nesta harmonia de ideias, debates e assuntos pessoais que auxiliam nas vivências do dia a dia. Formamos um grupo animado e parceiro, aguardando sempre novas integrantes.
Com a participação da mulher como integradora na dinâmica e vida de uma comunidade, sentiu-se a necessidade de incorporar e ampliar os mais diversos perfis de grupos na IECLB, neste caso, os grupos da CEPA. Integração pessoal nesta harmonia de ideias, debates e assuntos pessoais que auxiliam nas vivências do dia a dia. Seguindo diretrizes do Fórum de Reflexão da Mulher Luterana da IECLB, formou-se na Paróquia Matriz o Grupo de Reflexão Terapêutica da Mulher.
Completamos, com satisfação e alegria, o nosso sétimo aniversário. No início das atividades, contamos com a psicóloga Hertha Costa Scherer na condução das reuniões. Hoje temos a
A Igreja deve servir de ancoradouro para tantos perfis diferentes e produtivos no CRESCER, INTEGRAR e PERMANECER, vinculando um dinamismo, tanto emocional quanto colabocolaboração da psicóloga rativo. Sandra de Oliveira Kiefer e, pela lógica “ano novo, rouAs nossas reuniões pa nova”, foi adotada uma ocorrem nas quartas/quarnova denominação: Grupo tas-feiras de cada mês, às de Reflexão da Mulher Lu- 18h30min, com atividades terana. O que buscamos? de março a novembro de Integração pessoal e igual- cada ano.
Grupo de Estudo Bíblico tunidade com que a nossa Paróquia nos presenteia. Temos reuniões a partir das 19h nas quartas-feiras, duas ou três vezes ao mês. No Estudo Bíblico, temos a oportunidade de ler as Sagradas Escrituras e de dialogar sobre dúvidas que temos. Tão logo a minha esposa começou a participar do Grupo de Estudo Bíblico, ministrado pelo Pastor Harald, ela me convenceu a conhecer o Grupo. Relutei, e depois concordei em ir ao menos uma vez para “tomar pé” desta nova ati-
vidade que minha esposa tanto elogiava. Pois esta minha concordância de ir ao menos uma vez para “tomar pé”, já dura mais de 16 anos, e não pretendo abandonar tão cedo esta linda opor-
Vale observar que, no Estudo Bíblico, temos grande oportunidade não só de ler as Sagradas Escrituras, como também dialogar com o Pastor sobre as dúvidas que temos, a fim de aprimorar a nossa fé cristã. Tive a oportunidade de apreciar
o profundo conhecimento que foi apresentado ao nosso grupo, tanto pelo P. Harald, quanto pelo P. Uli Sperb e pelo atual P. Werner Kiefer. Eles sempre demonstraram uma descontraída e simpática forma de se integrarem ao grupo, e com ela sempre nos cativaram. Venham nos conhecer! Élcio Webster
Comunidade Jov Texto produzido para o mural temático da Paróquia Matriz por Herta Elbern.
Desafios para a Igreja na atualidade Uma igreja viva renova-se constantemente, ampliando o significado de ser COMUNIDADE para além das instâncias paroquiais conhecidas, aprofundando a consciência de ser e viver a comunidade, integrando e acolhendo a todos: crianças, jovens, adultos, idosos. Comunidade cristã que ouve todos seus membros, em especial as gerações jovens, encara com mais sabedoria os desafios do presente e constrói bases mais sólidas para o futuro. Comunidade é espaço privilegiado de diálogo e de
construção conjunta de ações e soluções, a partir de expressões da vivência da fé. O foco do Tema 2012 não será a juventude no sentido restrito, mas a COMUNIDADE cristã com as características da juventude. Aos jovens e a todas as instâncias da Igreja é lançado um desafio para a construção conjunta de novos espaços de participação. Com isso, a própria comunidade terá a oportunidade de tornar-se jovem, renovando-se continuamente. Pastor Presidente Dr. Nestor Friedrich
Igreja viva – Juventude ativa Uma comunidade jovem não renega a tradição quando, ao mesmo tempo, cria espaços para inovação. Não impõe modelos, dialoga. A base de seu modelo são os fundamentos confessionais, que não mudam em sua essência, apenas recebem releituras conforme o contexto vivenciado. O surgimento de distintos movimentos juvenis, vem mostrando que os jovens – vistos como atores políticos – ao construir alianças e formas de atuação em rede, inovam as práticas sociais. Estas formas de expressão e de organização social nos apontam a necessidade de efetivamente superar o
mero assistencialismo, com vistas a um trabalho “com” e “de” jovens. Assim, ao invés do jovem ver a Igreja apenas como mais um item de sua agenda semanal, irá vivenciar que ela deveria estar permeada em toda a sua rotina. Afinal, falamos de igreja não como o local que visitamos aos domingos, mas como o selo que nos identifica num mundo entregue ao caos e à desordem. Este é o cenário atual, onde o jovem assume um papel de destaque na comunidade. E onde a igreja deverá lidar com: • o desafio inerente a um relacionamento produtivo com o jovem. • a conscientização dos encargos e tarefas envolvidas. • a ampliação dos canais para interação com os jovens. • a criação de mecanismos de ação no âmbito da rotina da igreja.
Os jovens esperam não mais ser vistos somente como sujeitos/ objetos, aos quais se destinam ações, mas sim, encarados como protagonistas das mesmas.
em – Igreja Viva Pesquisa realizada em 21 países pela Fundação Bertelsmann Stifungn (Alemanha), coloca o jovem brasileiro como o terceiro mais religioso do mundo, destacando o potencial mobilizador das organizações sociais para tantos jovens com predisposição ao voluntariado/diaconia.
O protagonismo possibilita a efetiva participação do jovem na construção do seu projeto de vida, na comunidade e na sociedade.
Igreja ativa
Comunidade jovem
Ser espaço de diálogo intergeracional
Ter coerência entre discurso e prática
Construir conjuntamente ações e soluções
Incentivar o protagonismo do jovem
Adequar-se às novas mídias de comunicação
Criar meios de participação criativa nas celebrações
Refletir os anseios da comunidade
Apoiar na construção da identidade
Motivar a vivência da fé
Reinventar modos de atuação
Reforçar o poder socializador das instituições
Incentivar grupos de estudo e discussão
Promover reflexão, reconciliação, solidariedade e partilha
Oportunizar o encontro, a convivência e o fortalecimento da fé
Expectativas dos jovens com relação à comunidade: Partindo da premissa de que o jovem espera uma coerência entre discurso e prática, buscando um sentido integrador para a existência pessoal e coletiva, a comunidade terá um papel importante com ações tais como: • Promover um acolhimento direto e afetivo • Oferecer uma partilha criativa da palavra de Deus, renovando práticas tradicionais • Reforçar o significado da comunidade de fé, oferecendo meios de um aprendizado continuado, visando alimentar o processo de crescimento • Destinar as ações aos jovens não apenas como sujeitos/objetos, mas como protagonistas das mesmas. • Apresentar-lhes a diaconia como missão que possibilita a efetiva participação na construção de um projeto de vida, na comunidade e na sociedade.
Herdamos de Jesus a concepção de uma igreja intergeracional, onde idosos, adultos, jovens, e crianças compartilhem juntos suas experiências.
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NOTÍCIAS
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Aniversário do Grupo Arco-Íris Quem tem 33 anos ainda está na flor da idade. O Arco-Íris fez 33 anos em junho. Não está na flor da idade, pois, como disse o Pastor Harald na sua palestra em comemoração ao evento, o Arco-Íris representa um grupo, e um grupo é diferente de um indivíduo. Seja como for, o Arco-Íris continua ativo.
e dos cantores da Paróquia do Salvador, todos apresentando músicas, canto e danças. Por sua vez, o Coral e o Grupo de Ginástica foram a Taquara, ao Lar OASE, para abraçar sua ex-presidente, dona Ilga Knorr, e alegrar o seu ambiente cantando e dançando. O Coral cantou também no Culto da Igreja Matriz, no primeiro domingo de julho.
Na comemoração, recebemos visitas de grupos de Esteio, de Campo Bom,
Grupo de dança folclórica alemã Este grupo se reúne no 2º sábado de cada mês, das 19h às 20h, com a orientação do Professor Alexsander Kleine, membro da Paróquia Matriz. As aulas começaram em agosto de 2011, com intervalo apenas em janeiro e fevereiro de 2012.
2º Fórum ADCE de Sustentabilidade
ser uma atividade física, Com o apoio do GEELé oportunidade de comu- PA, aconteceu nos dias 4 e nhão e diversão. 5 de junho o segundo FAZ nas dependências do Hotel A ideia surgiu ao coPlaza São Rafael, em Porto nhecer e frequentar espoAlegre. O evento contou radicamente o Grupo de com um seleto grupo de Dança Folclórica Alemã da palestrantes e painelistas, Paróquia de Gramado. focando, nesta edição, na O presidente dessa educação para a realizacomunidade é o profesComo idealizadora do sor Dieter, que dá aula ao Jantar de grupo, gostaria que mais grupo de lá e é irmão do membros da comunidade Professor Alexsander. No dia 15 de junho, os participassem do grupo pastores Cláudio, Werner de danças que, além de Rosemarie Lopes Gomes e Gerson convidaram um grupo de ministros ligados a nossa paróquia para OASEs CEPA uma reunião, seguida de uma sopa de capeletti. Realizou–se no dia pois foi uma tarde muito 17 de maio de 2012, na agradável, com muita Paróquia Bom Pastor de comunhão, testemunho Viamão, o encontro das e fé. OASEs CEPA. O Palestrante foi o Tivemos a presença Doutor Pastor Flavio Scmidt de 113 pessoas no evento, de São Leopoldo, que nos entre Senhoras/es ,Pastoras/ falou sobre o sentido e o es e a Diretoria da OASE significado da Ascensão. Sinodal . Depois das atividades Agradecemos a todos confraternizamos com um que se fizeram presentes, gostoso chá.
ção, ou seja, nas práticas sustentáveis. Além da coordenação do GEELPA, sob a liderança do presidente, Tito Lívio Goron, nossa Igreja esteve representada por painelistas, como o P. Sinodal Edson Streck e o Dr. Oneide Bopsin, reitor das Faculdades EST.
Ministros O objetivo foi valorizar e estreitar o diálogo com este grupo tão seleto e experiente. Foi uma noite bem agradável. Planejamos um segundo encontro ainda este ano.
ACONTECE
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Brechó da Matriz No dia 06 de maio aconteceu o 10º Brechó da Paróquia Matriz.
independentemente de classe social. A cada ano, são realizados dois brechós. O próximo está agendado para o dia 6 de outubro, sábado, das 9h às 16h. Convocamos a comunidade para se integrar novamente neste mutirão, cada um conforme suas possibilidades.
Ele tem um significado muito especial. A participação acontece de forma voluntária e envolve doadores, comerciantes de brechós, compradores que renovam o seu guarda-roupa, funcionários da Paróquia, e as nossas duas instituições, a Lupicínio Rodrigues e o CEDEL.
Enfim, o que se faz com amor cresce e traz alegria para todos nós.
Tudo é preparado com Brechó é partilha, atidedicação e de forma muito tude, doação, troca. Venha alegre. E o resultado é comprometimento, doa- amadoras, vemos que os fazer parte deste mutirão! animador. Isto revela que, ção e compreensão diante frutos se multiplicam e vêm onde existe participação, das nossas limitações beneficiar muitas vidas, Jurema Kurz
Aniversário do CEDEL 12 anos de atividades
Lupicínio Rodrigues A comemoração do Dia das Mães foi intensa na semana que a antecedeu. A turma do Berçário realizou uma atividade interativa, a “Dança das Cadeiras” com as mamães e as crianças. Nela, ao parar a música, as mamãe sentariam com seus filhos(as) no colo. No final, foram presenteadas com lembrancinhas coloridas pelas crianças.
presentes feitos pela turma. As atividades foram realizadas no salão, decorado pelas educadoras, contando inclusive com exposição de trabalhos feitos pelas crianças.
As turmas dos Maternais realizaram uma apresentação com a formação de uma “bandinha” com tampas de panelas, tambor, pandeiro, presenteO Jardim realizou uma ando as mamães com um apresentação com canto e porta-recados.
Inauguração da Praça de Recreação Playground
Liselotte Rosina Heinrich, foi possível instalar este belo espaço para um feliz e alegre convívio da Culminando com as criançada. festividades de 12 anos Foi um “sonho” acado CEDEL, no dia 16 de março foi inaugurado um lentado por muitos anos espaço de recreação para que se realizou: oferecer, as crianças desta entidade. principalmente às crianças menores, um espaço Graças à doação re- lúdico para que possam cebida da Fundação Alemã brincar e se divertir.
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OFÍCIOS E AGENDA
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Ofícios MEMBROS NOVOS
24/06/2012 – Maysa dos de Almeida Costa e Ane Santos Vonlar, filha de Caroline Soares. Ricardo König; Ilaine Schu- Rafael Conte Vonlar e ch, seu marido Marcelino Mariana Thalia dos Santos; CASAMENTOS de Souza e sua filha Ales08/07/2012 – Paola Leal sandra Schuch de Souza; Ingrid Frank de Ramos; Diefenthaeler, filha de 02/06/2012 – Egon TheoCamila Krabbe Ketzer e seu Pa t r i c k D i e f e n t h a e l e r philo Heinsch e Ilga Erna marido Rodrigo Zucatti Mertins e Susan Brasilina Hoffmann Heinsch – Bodas de diamante. Oliveira; Roberto Zachow. Leal Leal;
18/05/2012 – Lony Erna Bauermann Plein, faleceu com 88 anos;
08/07/2012 – Gabriela Burkle Di Giacomo, filha de Rafael Di Giacomo e ÓBITOS 24/06/2012 – Manuela Lilian Soares Burkle; Lautert Calixto, filha de 03/05/2012 – Hilda Emma Rafael Cambraia Calixto e 08/07/2012 – Inácio Soares Wrasse Zimmermann, faCosta, filho de Jonatas leceu com 89 anos; Elisa Lautert;
23/06/2012 – Henrique Ricardo Boening, faleceu com 81 anos;
BATISMOS
06/06/2012 – Hermes Evange da Silva Lemos, faleceu com 65 anos; 12/06/2012 – Elvira Schuck Enet, faleceu com 103 anos;
10/07/2012 – Ivani Iris Carneiro, faleceu com 89 anos.
Agenda 04/08 19/08 19/08 25/08 26/08 27/08 01/09 02/09 16/09 16/09 22/09 23/09 26/09 30/09 30/09 21/10 24/10 28/10 31/10 11/11 28/11 02/12
14h 12h 16h 20h 20h 12h 08h 19h 10h 12h 09h 08h 12h 10h 20h 12h 12h 20h 19h30min 20h 12h 20h
Café Colonial (OASE) Almoço Mensal Encontro de Coros da CEPA Retiro de Casais Grupo Renovamente Almoço de Lançamento do Prêmio Empreendedor Luterano do Ano Dia Sinodal da OASE Apresentação Coral alemão Sound of Joy Culto de Ação de Graças Almoço Mensal Festival Luterano de Música Dia da Igreja Sinodal GEELPA Culto Relembrando o Batismo Grupo Renovamente Almoço Mensal GEELPA Grupo Renovamente Celebração da Reforma Grupo Renovamente GEELPA Grupo Renovamente (festiva)
Julho de 2012 – Ano 18 nº 68
CULTURA E FÉ
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A multiplicidade dos meios a serviço do Reino de Deus Sempre que se pensa em comunicação, pensase em superproduções, em grandes textos e fotos arrasadoras, tudo publicado na mais nova tecnologia e, de preferência, que só dê trabalho para quem está encarregado disso, não é verdade? Pois a verdade não deveria ser assim. Qualquer organização, ao definir sua estratégia competitiva, missão e objetivos, pode (e deve) definir abordagens de melhoria contínua, com utilização dos conceitos de gestão da qualidade e de processos e isso implica responsabilidade, trabalho conjunto e contínuo, e a comunicação precisa estar incluída em tudo isso. Tudo o que é bem feito dá trabalho e exige o melhor de quem o faz. Hoje se podem buscar referências e modelos de gestão e práticas de comunicação, aplicando modelos profissionais de trabalho e envolvimento coletivo, de forma a se obter benefícios para a instituição e manter os resultados. Mas, para isso, é necessário que os objetivos de comunicação estejam traçados, compreendidos e assimilados por todos os envolvidos. Também é necessário entender todo o processo de comunicação, ter em vista o entendimento das mensagens por todos os membros da comunidade e utilizar as técnicas de comunicação
que dá maior privilégio à palavra, como se esse fosse o único meio viável da proclamação do Evangelho, o que pode ajudar a explicar essa confusão entre comunicação e jornalismo. É importante também querer participar. Ouse pular as barreiras! Quer ser escritor? Escreva! Quer ser artista? Desenhe, pinte, fotografe! Com o tempo, virão a técnica, a experiência e a habilidade, mas não permita que o seu entusiasmo seja apagado – insista e batalhe por seu espaço em nossa paróquia, contribua com os seus dons e talentos para a tarefa da Igreja! Claro que isso exige esforço, criatividade e envolvimento – mas o que Lucas Cranach – exemplo de dons colocados a serviço do Evangelho não exige? Tudo o que é bem feito dá trabalho e apropriadas para cada si- como beber água – e isso exige o melhor de quem tuação. não é exagero. Comunicar- o faz. A comunicação -se está diretamente ligado também é assim. Existem bons exem- aos sentidos humanos, a plos do uso dos diversos todos eles. Na verdade, teArtur Sanfelice Nunes meios (tecnológicos, co- mos uma herança cultural Designer Gráfico municacionais e artísticos) à disposição, basta procuBons exemplos na internet rar – e para isso a internet é uma grande ferramenta. http://ieclbcanoas.org/site/ Paróquias e comunidahttp://www.iebv.com.br/index.php des, da IECLB e de outras http://www.adl.org.br/index.php denominações, estão se http://portalcomunicar.com.br/ articulando, despertando http://www.ieclbhistoria.org.br/home/index.php vocações em sua gente e trabalhando a comunicação como ferramenta indispensável à proclamação do Evangelho. E aqui é necessário entender comunicação no seu sentido mais amplo, não confundindo com jornalismo. Comunicar-se é tão natural como respirar, tão importante para o ser humano
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VARIEDADES
Festa Junina, sô!
Festa junina com tempo bom e calor? Foi isso mesmo que aconteceu! Promovida pelos grupos Singulares, JESP e Culto Infantil, com o apoio da OASE, a festa junina da Paróquia Matriz também contou com muita diversão e calor humano. Antes da festa junina, as crianças participaram de uma Oficina, promovida pelo Culto Infantil, onde além de brincar, cantar e desenhar, fize-
ram deliciosos cupcakes. Uma atração à parte foi o Casamento Caipira – difícil descobrir quem se divertiu mais, se foram os atores ou o público. Depois aconteceu a dança de quadrilha e, além disso tudo, havia mesas com comidas típicas, quentão e, claro, pescaria, acerte as latas, cadeia e tiro ao alvo na boca do palhaço. E tudo terminou com gosto de “quero mais”, como deve ser.
Julho de 2012 – Ano 18 nº 67
Almoço Comunitário No dia 17 de junho aconteceu o tradicional almoço domingueiro da Paróquia Matriz, sob responsabilidade do grupo de Casais Jovens. O cardápio esteve muito adequado à estação fria, com consomé, saladas variadas, iscas de carne ao molho, salsichão, e galeto. Os almoços comunitários são atividades em que a paróquia pode se encontrar e compartilhar momentos de forma descontraída, se-
melhantemente aos cultos, onde não estamos “divididos” em grupos. O salão paroquial ficou cheio de gente animada, aproveitando mais essa oportunidade de se envolver e ter comunhão de mesa. Como resultado disso, além da alegria e participação, a Paróquia Matriz teve resultado financeiro positivo nesse almoço, resultando em mais verba para investir em suas atividades.
No dia 07 de julho valor arrecadado foi de aconteceu o nosso 6º R$7.220,00. Jantar “Festival de Massas”. Agradecemos aos nossos patrocinadores: Optica Fo e r n g e s , L u t e r p r e v, Ecoplan, Plaza São Rafael, Arte Druidas, Faby Dias & Ilô Becker. A nossa gratidão aos que nos prestigiaram, à equipe organizadora. Desde já convidamos para o próximo, que será no 13 de julho de 2013. O
Participação de Nascimento moriam) e Maria Geci dos Santos Ferri, Marilene Nair Schölze; dos tios: Ricardo König, Luciana Marlise König, Luiz Antonio e Santuza Ferri, Jaques e Silvana Ferri; e dos primos Matheus, Antonio Paulo, Guilherme, Jonata. Agradecemos ao Dr. Jader Burtet e equipe, Pediatra Drª Patricia de Godói Martins e toda a equipe da Neo do Hospital Moinhos de Vento.
O mano William comunica o nascimento do seu irmão Raul Orlando Ferri König, para alegria do seus pais Roberto Arnoldo e Rosária Aparecida Avós Raul e Carole König, Orlando (in me-
“Porque o Senhor é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade”. (Salmo 100.5) Porto Alegre, 31/03/2012.
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Quem se dispõe a ajudar? Um homem judeu foi assaltado numa viagem e ficou ferido à beira da estrada. Um sacerdote e outro funcionário do templo passaram sem o ajudar. Um samaritano, pessoa de um povo inimigo dos judeus, parou e ajudou o homem ferido. Siga as setas para ver quem dos três era o samaritano. Aproveite e leia a história na Bíblia, em Lucas 10.25-37.
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VOCÊ VIU?
Julho de 2012 – Ano 18 nº 68
Deus virou partícula? O dia 4 de julho amanheceu com a notícia da maior descoberta científica dos últimos 30 anos. O nome Partícula de Deus refere-se à sua onipresença no Universo, tal qual Deus. Os cientistas de Genebra anunciaram a comprovação da existência da chamada “Partícula de Deus”, a partícula subatômica conhecida como Bóson de Higgs, fundamental para entender a formação do Universo. O acelerador de partículas construído nos Alpes – que os céticos classificaram como possível detonador do Apocalipse – foi o responsável pela quase comprovação. A descoberta anunciada tem uma chance em um milhão de não se confirmar, segundo os cientistas.
primeira vez em 1964, pelo cientista escocês Peter Higgs, como uma hipotética partícula que dá massa à matéria. O nome Partícula de Deus referese à sua onipresença no Universo, tal qual Deus. A expressão foi usada pelo físico Leon Lederman em O bóson de Higgs foi seu livro sobre a busca vislumbrado na teoria pela dessa evidência. O título
original do livro era “The Goddamm Particle” (A Partícula Maldita), mas o editor, com medo das repercussões, refez o título para “The God Particle”.
Mas não é nada disso. A pior parte dessa polêmica é o uso de argumentos fundamentalistas, tanto de parte dos religiosos e crentes, como de parte de alguns cientistas que Desde então, Deus querem tirar Deus dessa foi envolvido no debate, jogada a qualquer custo. para muitos até como uma busca científica que comClóvis Lindner provasse a sua existência.
IMPRESSO Remetente: Paróquia Matriz Rua Senhor dos Passos, 202 - 90020-180 - Porto Alegre, RS - Fone: (51) 3224.5011 www.paroquiamatriz.org.br - secretaria@paroquiamatriz.org.br Destinatário: IECLB