Boletim quadrimestral da Paróquia Matriz de Porto Alegre – CEPA – Março de 2013 – Ano 19 nº 71
Não temam, eu sempre estarei com vocês Vivemos tempos em que vários segmentos do cristianismo estão expostos à severa crítica da sociedade. São acusados de anacrônicos, retrógrados e até corruptos. Algumas críticas procedem, outras não. É possível que nos assustemos diante desse cenário, achando que vivemos uma nova era de recrudescimento e até de perseguição do cristianismo. Seria isso algo estranho ou normal? Ao lermos a Bíblia observamos que a aceitação de Jesus Cristo sempre sofreu problemas quando ele vivia entre nós. Desconfiança, falsas interpretações, vingança e rejeição foram fenômenos sempre presentes na vida de Jesus. Havia sempre uma radical diferença entre a aproximação especulativa e despretensiosa e a aproximação marcada pela fé. O que se quer fazer com a informação a respeito de Jesus? Tratá-la como outra qualquer, especular a respeito dela ou tratá-la como indício de que Jesus é a resposta a nossas buscas e perguntas.
maneira incrédula. Tanto que o próprio Pedro correu para conferir os fatos. Para os discípulos, o processo entre o susto e a convicção da ressurreição foi mais demorado. A mensagem da cruz e da ressurreição continua sendo fundamental para nossa esperança cristã. Igualmente continua sustentando-se em tênues evidências históricas. Continua sendo um ato de fé. que fazer com essa informação? O que pensar? Muitas opções interpretativas se colocaram. Algumas bastante especulativas. Jesus não teria morrido de fato, mas fugido. O corpo de Jesus havia sido roubado pelos discípulos para simular a ressurreição.
No entanto, coerentemente com a mensagem e a atuação de Jesus, as mulheres são lembradas de que o próprio Cristo havia lhes dito que ressuscitaria. Então, a partir da memória querida das palavras dele, elas mudaram seu semblante e Lucas 24 relata a reação das atitude. Saíram alegres para contar mulheres que seguiam Jesus diante aos outros o que tinha acontecido a partir de seu testemunho. da ausência do corpo do Mestre morto. Elas se veem sem ação diante Quando os discípulos soubeda mudança de suas expectativas. O ram, reagiram imediatamente de
Para aqueles que dependem de suficientes provas científicas, a ressurreição não satisfaz. Para aqueles que esperam eventos de cunho sensacionalista, a ressurreição não se presta à especulação, pois se baseia numa fé bastante simples e coerente com o que foi, fez e disse Jesus. A fé cristã será possivelmente muito bombardeada por estas e outras especulações. Cabe a nós apresentar a mensagem de Jesus como uma visão libertadora do ser humano em constante diálogo com a sociedade e os tempos atuais. Cabe a nós não ter medo do risco. O próprio Jesus nos avisou dessa oposição. Ele disse que, apesar de tudo, sempre estaria conosco. P. Cláudio Kupka
Entrevista
Central
Você viu?
Entrevistamos nesta edição a Pa. Cristiane Echelmeier. Ela acompanha e orienta teologicamente a equipe de educadoras do Culto Infantil.
Compartilhamos, através de fotos e textos, o novo tema e lema da IECLB para 2013.
Com a chegada do novo Papa, surgem novas oportunidades de diálogo com luteranos.
Página 4
Páginas 8 e 9
Página 16
2
EDITORIAL
Março de 2013 – Ano 19 nº 71
O que eu posso fazer por minha Igreja? Saúdo a todos vocês, membros da nossa paróquia. Mais uma vez somos desafiados a ocupar a presidência da Paróquia Matriz. Assumo este trabalho com muita responsabilidade e contando com o auxílio de todos. A diretoria, os ministros, as instalações e todos os demais recursos são importantes sim, mas somente eles não farão uma Igreja viva. Do resultado do empenho de cada um de nós é que faremos a nossa Igreja. Não me cansarei de convocá-los ao trabalho, pois entendo que é do pouco que cada um pode contribuir que teremos um bom resultado.
membros, existem pessoas com muito potencial, capazes para nos ajudar. É principalmente para estas que apelo.
por membros que, apesar de suas limitações, assumem o compromisso de levar adiante um trabalho e o fazem com muito amor e dedicação. Exemplos desta dedicação não nos faltam e prezamos muito aos que assim agem. Seremos eternamente gratos a eles. Mas é necessário haver mais mobilização, mais envolvimento, mais membros que façam a diferença e que façam as coisas acontecerem.
Por isto não devemos perguntar o que nossa Igreja faz por nós, devemos sim nos perguntar o que nós podemos fazer por nossa Igreja. Muitas vezes percebemos que tarefas que exigem um grande esforço ou uma Sei que esta mensagrande demanda de energia estão sendo realizadas gem, que deveria ser de Expediente Boletim informativo da Paróquia Matriz de Porto Alegre Comunidade Evangélica de Porto Alegre - CEPA Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB Coordenação: Artur Sanfelice Nunes Augusto Franke Bier José Sperb de Oliveira Liane Dagmar Schmidt P. Cláudio Kupka Editoração: Vânia Möller - (51) 3209.5044 vmm.ez@terra.com.br Publicidade: Secretaria da Paróquia Rua Senhor dos Passos, 202 90020-180 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3224.5011 www.paroquiamatriz.org.br secretaria@paroquiamatriz.org.br Expediente da Secretaria: 2a a 6a, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 18h
Temos muitas frentes de trabalho, como organização de almoços, grupos de música e de canto, recepcionistas dos cultos, grupos de casais, trabalhos com crianças, OASE, trabalhos com enlutados, grupo de singulares, grusaudação, de mensagem po de jovens, trabalho de início dos trabalhos do com confirmandos e tanano de 2013, está se trans- tos outros. formando num verdadeiro Participem, se envolapelo. Não fico preocupa- vam, façam a diferença, da com isto. Prefiro estar e tenho a certeza de que constantemente apelando juntos vamos ter horas para a ajuda de todos a muito agradáveis de conrelatar eventos que fazem vivência, estudo da palaparte de um passado so- vra e oração. Conto com bre o qual não podemos todos vocês. Que Deus fazer mais nada. Temos nos ilumine, nos guarde que viver a realidade, o e nos proteja em nossa momento presente e nos caminhada. Fiquem na paz preparar para o futuro. Sei de Deus! das dificuldades que nossa paróquia enfrenta e sei Elaine Burkhard também que, dentre seus Presidente da Paróquia Matriz
Charge
Março de 2013 – Ano 19 nº 71
MEDITAÇÃO
3
Vivendo uma Páscoa inusitada Páscoa, a data em que o povo hebreu sacrificava um cordeiro em memória à sua saída do Egito sob a liderança do patriarca Moisés. A Páscoa, mais do que um momento de celebração, constituía-se em uma ocasião de reflexão histórica e religiosa. Contudo, já fazia três anos da pregação de Jesus na Palestina ocupada por Roma e ali, conforme as profecias, configurava-se uma Páscoa diferente. Ao invés de um cordeiro comum, um cordeiro inusitado seria então imolado. Deus se fez homem para cumprir esta missão: JeJá no início do Evan- sus, chamado Cristo, veio gelho, João Batista excla- ao mundo como encarnamou, ao vislumbrar Jesus ção de Javé, o Deus histópelo caminho: “Eis o Cor- rico de Israel. deiro de Deus que tira o Se a paixão pascal de pecado do mundo!”. Cristo se circunscrevesse apenas ao seu martírio na cruz, sua missão sublime ficaria incompleta. Deste A Páscoa não modo, o sacrifício de Jesus representa apenas teve como continuidade a realidade do Cristo ressursofrimento, mas reto, o qual, com a crucifipromessa de vida. cação, configurou um momento unitário, aquele que indica não só a salvação na A humanidade vivia cruz, mas a promessa da em queda desde Adão, e vida futura junto a Deus, sua dívida para com Deus numa realidade ainda por Pai era tão grande que ela nós ignorada (“hoje vemos era incapaz de resgatá-la, obscuramente como num só Deus poderia. Assim espelho, mas então vere-
filho, em pronta resposta ao pedido de Deus. Os três anos de sua pregação na Palestina, a inquisição política, a crucificação, o martírio, a descida ao mundo dos mortos, a ressurreição, o anjo e o sepulcro vazio, o caminho de Emaús, o reencontro com os discípulos e a ascensão final aos céus são momentos marcantes da história de Jesus Cristo, cujo único significado é então a salvação da humos face a face”, diria o manidade através da sua apóstolo Paulo em 1Co 13). inocente paixão. Assim, a Páscoa não representa apenas sofrimento, mas promessa de vida (“vim para que tenham vida e a tenham em abundância”). A Páscoa nos suscita um momento de reflexão, aquele em que podemos avaliar a dimensão do amor de Deus, que “deu o seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo 31.16. Essa sentença resume todo o Evangelho, poderíamos dizer. Como o Pai Abraão, devemos nos arrojar a saltar no escuro através da fé como ele, ao decidir imolar o seu jovem
A Páscoa é recolhimento, é reflexão, é dimensionamento da fé, é dor, é sofrimento, mas também é promessa salvífica e esperança, na ocasião singular onde o Cristo crucificado se conjuga com o Cristo ressurreto, em um modo constitutivamente integral, indissociável e também suficiente. Devemos assim, nestes dias de Quaresma, nos preparar refletindo sobre a Paixão de Cristo, o seu significado e sua importância como o verdadeiro testemunho do amor de Deus para com a humanidade. João Arthur Fortunato
4
ENTREVISTA
Março de 2013 – Ano 19 nº 71
Entrevista com a Pa. Cristiane Echelmeier
Muitos ainda não a conhecem. Pelo sobrenome, talvez deduzam. Cristiane iniciou discretamente
seu
trabalho voluntário na Paróquia Matriz em março de 2011. Anteriormente,
atuava
no ministério pastoral na Paróquia de Monte Alverne, em parceria com seu marido, P. Gerson Echelmeier. Entre nós, acompanha e orienta teologicamente a equipe de educadoras do Culto Infantil. A Pa. Cristiane já celebrou cultos em nossa paróquia, mas profissionalmente ela atua fora daqui. Conheçamos então um pouco mais dessa ministra muito ativa e criativa.
JR: Conta um pouco da tua história pessoal. Cristiane: Cristiane: Sou filha de professora e de pai agricultor, nascida em Venâncio Aires. Desde cedo aprendi que sempre se deve ajudar ao próximo e na comunidade onde se vive. Fiz magistério e, a partir da participação na Semana de Criatividade oferecida pelo Sínodo, apaixonei-me pelo trabalho com crianças. Formei-me em Teologia pela EST em 2004 e, durante a faculdade, trabalhava numa ONG de Apoio e Prevenção a DST/AIDS, fazendo inúmeras palestras em escolas e empresas. Esse foi um tempo que definiu o meu ministério pastoral. Meu estágio foi na área da Capelania Hospitalar, com ênfase no acompanhamento a pessoas em estágio terminal da vida. Casei-me com Gerson em 2001, e em 2002 nasceu a Maria Laura. JR: Como foi a tua trajetória como pastora da IECLB? Cristiane: Fui enviada para o primeiro campo de trabalho na Paróquia de Monte Alverne, interior de Santa Cruz do Sul, em tempo parcial. Fui a primeira mulher a atuar na paróquia. A ênfase do trabalho se dava nos grupos de mulheres, OASE, capelania hospitalar e trabalho com crianças. As mulheres no interior são muito sofridas por causa do trabalho pesado na lavoura e pela conjuntura de violência que sofrem de seus maridos e dos filhos homens. Em parceira com a universidade, trabalhava-se em
grupos para prevenir e acompanhar essas mulheres, oferecendo cursos de trabalhos manuais e profissionalizando-as, assim, como tratamento terapêutico. A paróquia também era muito solicitada pelas escolas locais em datas comemorativas para momentos de reflexão. Dessa forma, fortalecia o trabalho da educação cristã em todos os âmbitos. JR: Onde atuas hoje? Cristiane: Desde setembro de 2011, atuo no C.E.M. Pastor Dohms, na função de professora de Ensino Religioso, desde as séries iniciais até as finais. É muito gratificante ver crianças e jovens interessados em sua aula. É sinal de que você atingiu seu objetivo. Além das aulas, o serviço de orientação religiosa e pastoral, consiste em acompanhar, orientar e fortalecer alunos, funcionários, professores, equipe pedagógica e direção, pois a escola tem a missão de ofertar uma educação humanizadora, fundamentada em princípios cristãos luteranos, valorizando sempre a vida e a aceitação da diversidade. A pastoral também zela pela identidade luterana da escola e por seus princípios. JR: Quais o desafios que sentes no trabalho com crianças em nossa paróquia? Cristiane: Como não temos mais um grupo de 50 crianças como no passado, nosso desafio é fidelizar nossas crianças, pois a criança depende do adulto para vir ao culto.
Procuramos ter uma boa proposta pedagógica que segue uma rotina a cada domingo e compreende as necessidades das crianças de hoje e as valoriza como seres humanos integrais. É fundamental a criatividade para a contação das histórias bíblicas, já que se compete com todas as tecnologias disponíveis para o mundo infantil. Apostamos na importância de se sentar em círculo, olhar e perceber o coleguinha, e ouvir uma boa história contada com recursos criativos. Acredito que nada pode substituir o contato e a interação com o outro, a brincadeira livre, fazer um novo amigo e a história contada. Hoje, conseguimos aumentar nossa equipe em três pessoas e também a frequência das crianças que participam. JR: Qual o desafio que fazes a todos nós em relação a esse trabalho? Cristiane: Se a paróquia compreende esse como um trabalho de futuro e de real importância para a missão e edificação do Reino, então o trabalho com crianças é de todos nós. Nem sempre é necessário investir muitos recursos financeiros. O mais importante é acolher com alegria a cada domingo os nossos pequeninos e fazer com que se sintam amados e queridos na paróquia. É preciso sempre estar de portas abertas para o bom barulho de nossas crianças, na certeza de que “quem acolhe a um destes pequeninos, acolhe ao próprio Jesus”.
Março de 2013 – Ano 19 nº 71
ENFOQUE
5
O rosto de Cristo no imaginário cristão O rosto mais conhecido no mundo ocidental é, sem dúvida, o de Cristo, embora não tenha havido quase representações antropomórficas de Jesus nos primeiros dois séculos da Era Cristã. Segundo o autor Armindo Trevisan, em sua obra O rosto de Cristo, os cristãos foram obrigados a elaborar um dicionário secreto para uso da sua comunidade. Como ainda não dispunham de um código visual de inspiração teológica, tiveram de assimilar o da cultura pagã e do helenismo vigentes na época. Eis por que muitos símbolos pagãos migraram para o imaginário cristão, dentre eles o cordeiro, o peixe, a pomba, o alpha e ômega, o sol e até a cruz. Destacam-se aqui o “cordeiro” que, além de significar a alma do cristão, representava o próprio Cristo, devido às palavras de João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo”. E o “peixe”, cuja simbologia das iniciais no vocábulo grego, a língua oficial da Igreja nos primeiros tempos, facultava um jogo de palavras de caráter esotérico: J-esous; Ch-ristos; Th-eou; Y-os; S-obter – “Jesus Cristo, Deus, Filho, Salvador”.
Também os Evangelhos canônicos nada dizem sobre a aparência de Jesus. E as primeiras imagens cristãs, produzidas sob a influência da arte romana, o mostravam como um jovem imberbe, de cabelos frisados. Todavia, à medida que o cristianismo se implantou no mundo greco-latino, apareceram as primeiras figurações humanas de Jesus, passando a representá-lo com feições semíticas e barba. É no fim do século IV que se completará o ciclo da busca de um rosto para Cristo. Um novo desafio é proposto à imaginação dos artistas: representar o irrepresentável, o Criador de todas as coisas, que “se fez homem”, e que continua a ser o Verbo Eterno. Outra grande mudança ocorreu no século VI d.C., quando os religiosos do mosteiro de Santa Catarina, no Egito, produziram um magnífico ícone, que apresenta Jesus de barba, longos cabelos repartidos ao meio, e feições muito próximas do tipo semítico. Esse ícone – o Cristo Pantocrator do Sinai – tornou-se um modelo para a posteridade e ainda impressiona pelo realismo, beleza e majestade.
Cristo Pantocrator do Sinai
A intenção dos artistas bizantinos era a de acentuar quatro realidades: o fato de que Deus domina toda a criação; conserva tudo no ser; abrange e contém tudo em si, e que Deus penetra todas as coisas. Todos os demais ciclos da arte, passando pela medieval, renascentista, românica, gótica – com seus vitrais – e barroca, tiveram seus expoentes na representação imagética de Cristo. Destacam-se aqui Dürer, no Renascimento, e Rembrandt, no barroco, cujas realizações prodigiosas no domínio protestante procuram tornar aceitável a bem-aventurança: a adesão da fé a
uma realidade transumana e transluminosa. Concluindo, segundo Trevisan, não há um estilo reservado à arte cristã. Ela deve ser uma arte legível, que não só revele a bondade e beleza de Deus, como nela também se possa intra-ler a esperança do paraíso. Em resumo, toda arte cristã deve guardar algo do simbolismo ideográfico de suas tradições. Pesquisa e adaptação do texto: Herta Elbern TREVISAN, Armindo. O rosto de Cristo - a formação do imaginário e da arte cristã. Ed. AGE, Porto Alegre, 2003.
6
GRUPOS
Março de 2013 – Ano 19 nº 71
Amor às árvores túnios eu continuava com desde aí, certa aversão ao minhas aventuras infantis. caqui. Adorava subir nos galhos largos do escuro e sombrio cipreste, cujas ramificações formavam confortáveis ninhos, convidando a ler, lá mesmo, o livro recebido do Papai Noel.
Meu amor às árvores vem de longe, data da minha infância. Naquele tempo eu subia na ameixeira que o Minuano sacudia e apanhava as frutas amarelas, doces e suculentas que davam, infalivelmente, tremenda dor de barriga. No pátio do meu avô havia,
além de árvores frutíferas, uma bela paineira. Quis pôr à prova seus espinhos, numerosos e hostis, dando vigoroso pontapé no tronco. O resultado foi um dedão sangrento e berros estridentes, para chamar a atenção de quem estivesse perto. Apesar desses infor-
Lembro, também, de uma tarde de domingo, com meu pai subindo em um caquizeiro e colhendo caquis quase maduros, que eram embrulhados em papel jornal e guardados numa gaveta para amadurecer. Eu, ao pé da árvore, observava as manobras do meu pai lá no alto, atirando as frutas na grama. Um dos caquis aterrissou no meu nariz. Resultado? Repetição dos berros, um nariz roxo e inchado e,
Apesar de tudo isso, meu amor continua inabalado. Tenho verdadeira veneração pelo arvoredo de 60 anos, plantado pelo meu marido em Gramado sem, no entanto, esquecer meu guapuruvu aqui do lado do meu apartamento, fiel e protetor. Sei que há pessoas que acham difícil memorizar o nome desta árvore. Vou ensinar. É simples: composto da vogal U, intercalada por consoantes em ordem alfabética: GUA-PU-RU-VU, e pronto. Sofia Renner Coordenadora do Grupo Arco Íris
Notícias da OASE sa Steffen, 2ª Tesoureira: Hildgard Krug de Oliveira Brito.
“Ano novo, vida nova” – costuma-se dizer. São novos planos, esperanças renovadas.
Desta maneira, com muita alegria, caminhamos unidas para realizar muito em prol da nossa Paróquia Matriz, Creche Lupicínio Rodrigues e Asilo Pella Bethania.
Assim, também nós, da OASE, começamos a nossa jornada em 2013, no dia 7 de março, muito animadas com projetos a serem realizados. Já no primeiro dia, começamos a organizar o almoço dominical, que efetivamente aconteceu no dia 17 de março. No dia 10 de março aconteceu a instalação da nossa nova diretoria juntamente com a instalação do novo presbitério da paróquia, ato celebrado pelo
P. Cláudio, nosso pastor-orientador de Oliveira Brito. Ela é atualmente composta pelas seguintes componentes e os respectivos cargos: Presidente: Ca-
Precisamos de mais pessoas para participar do nosso grupo da OASE, independente do seu credo religioso, basta querer farole König, Vice-Presidente: zer o bem. Todas são bemDorali Konrad Schuck, 1ª -vindas e serão recebidas Secretária: Ruthild Rick, com toda a nossa alegria. 2ª Secretária: Cleudete da Silva Diefenthaeler, 1ª Dorali Konrad Schuck Tesoureira: Cláudia MariVice-Presidente da OASE
Março de 2013 – Ano 19 nº 71
NOTÍCIAS
7
Grupo Singulares Não houve férias para o Grupo Singulares, pois em janeiro e fevereiro o grupo permaneceu com suas reuniões regulares, sempre bem frequentadas. Mesmo assim, buscando relembrar e renovar o convite para as reuniões, no dia 9 de março realizamos uma reunião seguida de confraternização de reinício do ano, no salão da Paróquia Matriz, com a presença de 40 pessoas.
em que a conversa “rolou solta”, fazendo a alegria total do grupo.
Nesta oportunidade, contamos com a presença da psicóloga Dorothea Wulfhorst, que presenteou o grupo com uma dinâmica que envolveu a todos. Igualmente, Dorothea
Os encontros do Grupo Singulares acontecem, sempre, no segundo e quarto sábados do mês, às 15 horas. Contamos com a sua presença. Todos são bem-vindos!
Contamos com a presença da psicóloga Dorothea Wulfhorst, que nos conduziu numa dinâmica e nos encantou com seu acordeão.
encantou aos presentes com seu acordeão, fazendo o acompanhamento musical dos diversos hinos cantados durante toda a programação.
Encerrando, houve uma confraternização com uma bonita mesa comunitária, com doces e salgados oferecidos pelas participantes, momento
Oficina de Páscoa Para finalizar, as crianças reflexão. Seria uma forma puderam participar da caça de integrar os grupos para aos ninhos. um mesmo propósito, um A árvore da Páscoa foi trabalho conjunto durante uma iniciativa da equipe o período da Quaresma. do Culto Infantil envolvendo toda a comunidade. A proposta foi que cada grupo da nossa paróquia adquirisse e decorasse cascas plásticas de ovos compradas a partir de uma
No dia 23 de março aconteceu a oficina de Páscoa para crianças, que contou com a presença de 24 crianças que passaram uma agradável tarde. As atividades iniciaram com a saudação e a oração. Os cantos de páscoa foram coordenados pelos jovens Amir, Thomas e Eveline
do grupo Agir. Logo após, ouviram a interessante história “O segredo dos ovos de páscoa” contada pela pastora Cris com técnica de tapete de histórias. Em seguida as crianças enfeitaram ovos e uma cesta de Páscoa. Ao final, após a hora do lanche, ajudaram a enfeitar a árvore de Páscoa.
No sábado da oficina do Culto Infantil e no domingo da Páscoa, as crianças decorariam a árvore. Assim está acontecendo. A árvore está ficando muito bonita.
Tema do Ser, Participar, Testemunhar. Eu vivo comunidade. Este é o Tema da IECLB a partir do Advento de 2012 e que nos acompanhará em 2013. O Tema é iluminado pelo Lema bíblico, um texto do Antigo Testamento, de Isaías, capítulo 41, versículo 10: Eu sou o seu Deus. Eu lhes dou forças, ajudo e protejo com a minha forte mão. Conhecemos o ritmo acelerado da vida moderna. Parece que cada novo dia exige mais tempo de nós e impõe mais tarefas. Corremos cada vez mais! Esse ritmo não é bom para ninguém, prejudica a saúde, vai esfriando relações de amizade, coloca-nos no isolamento e aumenta o estresse. Em termos de vida de fé, faz crescer a sensação de vazio. Isso é ruim, muito ruim. Eu, porém, acredito que pode ser diferente. Pode! O primeiro verbo do novo Tema do Ano é SER. Significa que, para Deus, eu sou. Você é! Eu, você, cada ser humano tem dignidade e individualidade. Cada um de nós é, existe e está aí como criatura única. Assim cremos. Como criaturas de Deus, você e eu somos justificadas por graça e fé, através de Jesus Cristo. Nessa condição, somos pessoas livres para pensar, discernir e agir. No entanto, não ficamos nessa ação de forma isolada, individualista. O segundo verbo do Tema do Ano é PARTICIPAR. Portanto, o Tema do Ano ajuda a perguntar pela experiência de ser pessoa cristã na comunidade; pergunta pelo meu lugar na comunidade; pelo cuidado da comunidade para comigo; pelo meu cuidado para com os meus irmãos
e as minhas irmãs na comunidade; pergunta pela minha relação com Deus na vida em comunidade. Ser e participar. O que esse cuidado pela pessoa na comunidade aponta? Que comunidade cristã é espaço privilegiado para encontrar-se com Deus e, através dele, exercitar o ministério do cuidado mútuo. Comunidade cristã é, por excelência, espaço que acolhe pessoas, que permite a experiência de estar na companhia de Deus. Através de Deus e da força que Ele concede, nós nos sentimos na companhia de pessoas que nos querem bem e que caminham conosco solidariamente. Esse lugar que Deus providenciou para cada pessoa no seio da comunidade cristã não tem um fim em si mesmo nem a comunidade pode voltar-se para seu próprio umbigo, por isso a importância do terceiro verbo do Tema do Ano: TESTEMUNHAR. Cada uma e cada um de nós é testemunha do Evangelho no mundo. Somos filhas e filhos de Deus, chamados para ser luz no mundo. A vida em comunhão torna-se testemunho no mundo. Torna-se um ato de nadar contra a maré do individualismo e do isolamento. Somos testemunhas do amor e da paz de Deus na sociedade. Ser, participar, testemunhar. Eu vivo comunidade. Eu sou o seu Deus. Eu lhes dou forças, ajudo e protejo com a minha forte mão. Nessa comunhão e com essa luz no horizonte, iniciemos a nossa caminhada em mais um novo ano da Igreja. Nestor Paulo Friedrich Pastor Presidente Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
“Fé e amor perfazem a natureza do cristão. A fé recebe, o amor dá; a fé leva a pessoa a Deus. O amor aproxima do próximo. Através da fé, ela aceita os benefícios de Deus. Através do amor, ela beneficia os seus semelhantes”. Martim Lutero
Ano 2013 Ser Na comunidade cristã, o indivíduo é parte – membro – de um corpo maior. Desse modo, o membro encontra na comunidade a segurança que o cotidiano nega. No convívio comunitário, a pessoa precisa aprender a lidar com a tensão entre liberdade individual e compromisso com o outro. A Criação de Deus se caracteriza pela diversidade, por isso, a comunidade viabiliza a inclusão e promove o respeito ao diferente.
Participar Na comunidade existe uma multiplicidade de grupos e frentes de missão que possibilitam a participação e o engajamento segundo a liberdade e a possibilidade de cada pessoa. A comunidade desperta e aperfeiçoa os seus membros para o exercício da vocação, encorajando pessoas a canalizar os seus dons - em sentido bem amplo, servindo na Missão de Deus por meio da sua participação nas iniciativas da comunidade e com a sua presença na sociedade.
Testemunhar Comunidade é convívio que promove a paz que vem de Deus. Por meio do seu falar e do seu agir, ela testemunha o Evangelho. Na sua forma de ser, a comunidade é exemplo de resistência e esperança frente ao que, na sociedade moderna, coloca as pessoas na condição de “exiladas”, ou seja, destituídas de seus direitos. No serviço comunitário se manifesta a relação entre fé e amor presente no testemunho cristão. A diaconia é o conjunto dessas ações que encarnam o amor de Jesus.
Eu vivo comunidade Por saber-se amado por Deus, o membro da comunidade não se ocupa consigo mesmo de forma egoísta, mas dispõe do seu tempo e dedica os seus dons com vistas ao cuidado do outro e da outra.
É convivência que cria e mantém unidade. Na comunidade cristã, o indivíduo é parte – membro – de um corpo maior. É por isso que a comunidade cristã: ...estabelece vínculos entre as pessoas, ...possibilita cura e inclusão, ...sabe trabalhar em grupo, ...resgata a história da gente,
...cria e mantém identidade, ...testemunha com palavras e ações, ...liberta as pessoas para pensar e discernir, ...articula a missão de Deus no mundo.
10
NOTÍCIAS
Março de 2013 – Ano 19 nº 71
Passos Luteranos Está acontecendo um programa muito especial na Paróquia Matriz, para toda a sua família. “Passos Luteranos” é um programa que se compõe de vários encontros, nos quais Data 07.03 14.03 21.03 04.04 11.04 18.04 25.04 02.05 09.05 16.05 23.05 06.06 13.06 20.06 27.06 04.07 11.07
compartilhamos questões básicas da fé cristã. Toda quinta-feira, durante o primeiro semestre, acontece a apresentação de um tema. Veja o nosso programa, com os respectivos palestrantes:
Tema Igreja! Como Surgiu? Reforma da Igreja – Martin Lutero História da Paróquia Matriz Ofertar Diaconia. Igreja que serve, serve! Gratidão e Compromisso Missão da Igreja – Pentecostes Crer: Vai e vem Viver a espiritualidade cristã Ser! Participar! Testemunhar Crer! Como se faz? Batismo! O selo de Deus Santa Ceia! O partilhar do Pão O nosso falar de Deus Calendário da Igreja O que vem depois da morte? Perdão!
Palestrante P. Harald Malschitzky P. Uli Sperb P. Cláudio Kupka Pa. Rosângela Stange Diác. Leila Schwingel P. Dr. Flavio Schmitt P. Eloir Weber P. Cláudio Kupka Dr. Flávio Schmitt P. Mauro Schwalm P. Wilfrid Buchweitz P. Werner Kiefer P. Dr. Romeu Martini Pa. Cristiane Echelmeier Cat. Erli Mansk P. Werner Kiefer P. Wilfrid Buchweitz
Cada encontro inicia com uma janta, às 19h, e termina às 21h. Nessa mesma noite, também acontece o Ensino Confirmatório para os adolescentes, e aulas de música com contação de histórias para as crianças. Toda a família pode se envolver. Caso você tiver de faltar a alguns encontros, isto não será motivo para deixar de participar deste programa. Venha conferir e experienciar o gosto de ser comunidade de forma envolvente! Aguardamos!
Notícias do Arco-Íris
Ilga Knorr
O primeiro encontro do Arco-Íris foi em alemão, no dia 5/3. Os participantes saudaram a data com alegria e alívio, pois acharam as férias muito longas. Agora recomeçaram as atividades habituais: ensaios do coral e aulas de ginástica, complementados pelas reuniões quinzenais.
O clube tem a lamentar o falecimento de sua ex-presidente, Ilga Knorr, ocorrido em fins de janeiro. Houve um culto em sua memória no domingo, dia 10/03, e houve homenagem a ela no encontro do Arco-Íris, dia 12/3.
da “Árvore dos Ovinhos”, por ocasião da Páscoa, e agradece pelo gesto de solidariedade do Grupo Singulares que assumiu a parte do Serviço de Chá após o Culto.
Sendo um grupo de idosos, ele não escapa às A vida continua, sendo restrições impostas pela que o Arco-Íris participará idade avançada.
Março de 2013 – Ano 19 nº 71
ACONTECE
11
Grupo Agir, CAPA e FLD realizam feira de produtos orgânicos na Paróquia Matriz O Grupo AGIR é um, grupo de jovens adultos da Paróquia Matriz, que busca contribuir na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Em vista disso, realizou no dia 17/03/2013, em parceria com a Ecovale, o Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA) e a Fundação Luterana de Diaconia (FLD), a primeira feira de produtos orgânicos em nossa paróquia. vinculados à IECLB, une, O evento foi resulta- em regime cooperativo, do direto de uma visita famílias de pequenos agricultores dispostos ao planrealizada pelo Grupo às tio e à comercialização de cidades de Santa Cruz do produtos orgânicos, resSul/RS e Venâncio Aires/RS, peitando o meio-ambiente quando teve contato com e as peculiaridades locais. o trabalho desenvolvido pela Cooperativa EcovaA feira ocorreu após le, que, com o auxílio do a celebração do culto doCAPA e da FLD, organismos minical e teve excelente
tóxicos e outros defensivos agrícolas, se esgotaram em pouco tempo, revelando o interesse dos membros da nossa comunidade pela prática de um comércio justo, que valorize o pequeno produtor e promova práticas agrícolas e comerciais sustentáveis.
repercussão, contando, inclusive, com a presença do Sr. Carlos Bock, Secretário Executivo da FLD no Brasil, e de Sighard Hermany, um dos engenheiros agrônomos responsáveis pelo CAPA. Os produtos oferecidos, como geléias, compotas, cereais, sucos, etc., todos livres de agro-
Já está prevista a realização de outra feira para o dia 21/04, também na Paróquia Matriz, e encontra-se em estudo a implementação de um sistema de “compras coletivas”. Todos estão convidados para conhecer o trabalho desenvolvido, auxiliando no seu constante aprimoramento e expansão. Érico Loyola pelo Grupo Agir
Árvore de Páscoa Na mais alemã das cidades brasileiras, a Quaresma é época de enfeitar a casa e montar a Osterbaum. A tradição veio com os imigrantes que colonizaram a pequena cidade de Pomerode, no vale do Itajaí, em Santa Catarina. “Oster”, em alemão, quer dizer Páscoa. “Baum”, árvore. Osterbaum, árvore de Páscoa. É uma belíssima tradição e carregada de simbologia. Os galhos secos representam a tristeza pela crucificação e morte de Jesus Cristo. Os ovos lembram vida, a alegria pela ressurreição. E até as cores têm significados.
surgiu a ideia no Culto Infantil para que toda a paroquia se unisse para confeccionar os ovos que enfeitariam a Árvore de Páscoa. Apreciem a árvore. Foi criação conjunta e trabalho de muitas mãos.
“O ovo vermelho é o sangue de Cristo, o verde, esperança, o amarelo, luz, e o branco, paz. As flores vida e alegria. Quem não lembra de ter pintado ovos
com sua mãe na infância? O trabalho de pintar ovos com a mãe antigamente era uma bela tarefa e reunia gerações. que tal resgatar essa ideia? Assim
12
OFÍCIOS E AGENDA
Março de 2013 – Ano 19 nº 71
Ofícios MEMBROS NOVOS Dilson Germann sua esposa Ana de Aguiar Germann e seu filho Lucas de Aguiar Germann; Marcelo Schwengber sua esposa Ingrid Assunção Oliveira e seu filho Matheus Oliveira Schwengber; Cesar Renato Cabreira; Rosani Nunes da Silva e sua filha Vitória Nunes da Silva Tiburski; Isolde Biehl; Fabiana Haydée Pauser; Gilson Geraldo Kegler sua esposa Cleuza Aparecida Soares Kegler e seu filho Gustavo Soares Kegler; Clarice Roseli Galle de Melo e sua filho Gustavo Galle de Melo e sua filha Aline Galle de Melo; Rosemari Paulina Luedtke e sua filha Rafaela Luedtke do Prado; Isabella Rosa de Oliveira; Ana Cláudia Kirsch dos Santos Souza e sua filha Ana Carolina Kirch do Santos Souza; Valdemir Dalla Porta e sua esposa Sirlei Braun Dalla Porta e sua filha Talita Braun Dalla
Porta; Marcela Fontes Lichtenfels; Daniel Möller Martinho e sua esposa Michele Betina Kussler e sua filha Beatriz Kussler Martinho. BATISMOS 23/12/2012 – Nicole Völz Gallas filho de Marcelo Luiz Gallas e Eunice Völz; 27/01/2013 – Carlos Eduardo Michalski Potter filho de Cristian Potter e Vivian Carvalho; 27/01/2013 – Marianne Höller Herberts filha de Marcelo Herberts e Cristiane Höller Herberts; 27/01/201 – João Pedro Garcia Hunemeier filho de Claumer Eron Hunemeier e Vandreia Machado Garcia; 10/03/2013 – Laurhen Petermann Batista filha de Tiago Landskon Batista e Silvia Regina Petermannn; 10/03/2013 – Beatriz Kussler Martinho filha de Daniel Möller Marinho e Michele Betina Kussler;
10/03/2013– Ana Carolina Kirsch dos Santos Souza filhaRogério Ferreira Santos Souza e Ana Cláudia Kirsch dos Santos Souza; 24/03/2013– Gabriela Duarte de Oliveira filha de Gustavo Kaempf de Oliveira e Aline Delgado Duarte de Oliveira. ÓBITOS 08/09/2012 – Elenore E. A. Weber, faleceu com 85 anos; 25/09/2012 – Elvira Prade Bos, faleceu com 100 anos; 19/11/2012 – Lilian Moeller Bethge, faleceu com 93 anos; 26/11/2012 – Delton Ney Geiger, faleceu com 76 anos; 30/11/2012 – Eldon Oldelmar Rubenich, faleceu com 52 anos; 12/12/2012 – Haroldo Alberto Mase Erbert, faleceu com 84 anos; 23/12/2012 – Gilberto Fernando Arsand, faleceu com 67 anos;
25/12/2012 – Quirino Pinto da Conceição, faleceu com 79 anos; 31/12/2012 – Alceu Schneider, faleceu com 67 anos; 11/01/2013 – Sytelka Gros, faleceu com 91 anos; 14/01/2013 – Iracema Pastoriza de Oliveira, faleceu com 87 anos; 25/01/2013 – Ilga Korndoefer Knorr, faleceu com 88 anos; 31/01/2013 – Carlos Richter, faleceu com 86 anos; 02/02/2013 – Edmundo Koch, faleceu com 87 anos; 07/02/2013 – Astor Luiz Eifler Junior, faleceu com 61 anos; 08/02/2013 – Amélia Petry, faleceu com 77 anos; 11/02/2013 – Neda Lucca, faleceu com 76 anos; 14/02/2013 – Ilona Kist, faleceu com 91 anos; 01/03/2013 – Manoel Luiz Malheiros, faleceu com 61 anos; 15/03/2013 – Silvia Ruck, faleceu com 85 anos; 20/03/2013 – Annalisa Reichert Borngräber, faleceu com 93 anos.
Agenda 03/04 06/04 07/04 09/04 17/04 21/04 21/04 23/04 24/04 24/04 26-28/04 26/04 27/04 05/05 05/05 09/05 14/05 15/05
19h30min 18h 11h30min 18h 19h30min 14h 20h 19h 19h 12h 10h 8h30min-15h 11h30min 14h 18h 19h30min
Gr. Casais Culto Bênção Casais Encontro de Casais Diretoria Paróquia Gr. Casais Almoço Renovamente Conselho Paroquial Curso Confess. Lut. GEELPA Retiro Confirmandos Diretoria OASE Passeio Singulares Brechó Encontro de Casais Chá das Mães - OASE Diretoria Paróquia Gr. Casais
19/05 19/05 19/05 22/05 22/05 26/05 28/05 29/05 02/06 05/06 11/06 16/06 19/06 21/06 23/06 25/06 26/06 26/06 29/06
10h 19h 20h 12h 19h 12h 19h 19h30min 11h30min 19h30min 18h 12h 19h30min 19h 20h 19h 12h 19h 15h
Confirmação Encerram SOUC Renovamente GEELPA Curso Confess. Lut. Almoço JESP Conselho Paroquial Gr. Casais Encontro de Casais Gr. Casais Diretoria Paróquia Almoço – Gr. Casais Gr. Casais Jantar Ministros Eméritos Renovamente Conselho Paroquial GEELPA Curso Confess. Lut. Festa Junina
Março de 2013 – Ano 19 nº 71
CULTURA E FÉ
13
Em que creem os que não creem?
Arquivo Tribuna do Norte
Esse é o título de um nós, cristãos, devemos nos ótimo livro, que contém envergonhar. Muitas vezes um diálogo público dos esquecemos que muitos correspondentes Umberto pensadores e cientistas Eco (escritor) e Carlo Maforam hostilizados e perseria Martini (Arcebispo de guidos por grandes líderes Milão), durante um ano, religiosos (Lutero foi muito na revista Liberal (Itália). mordaz ao combater as O livro é ótimo por apreideias de Copérnico, por sentar um longo e caloexemplo), coisa que hoje roso diálogo onde nem causaria grande surpresa. argumentos risíveis e nem Ou não? Há intolerância estereótipos são utilizaem muitas manifestações dos, onde dois pensadores públicas de religiosos, da de grande conhecimento homofobia à política, e isso conversam sobre os mais não seria feito sem o apoio diversos assuntos (Deus, de suas igrejas. Ou seja: ética, mulher, sacerdópara vergonha nossa, talcio, liberdade de escolhas, vez Veríssimo é que tenha aborto e engenharia gerazão ao concluir seu texto nética foram alguns dos rar os pontos em comum e, Verdade (com letra mai- dizendo que, se Jesus voltemas abordados). claro, aprender do outro. úscula) e que isso justifica tasse hoje, seria preso por tudo – da manipulação do inquisidores, e a chave de O título vem do quesEsse tema vem a calhar tionamento se há ou não O texto “Deus hipotético”, de Luís numa época em que um uma noção de esperança Fernando Verissimo nada tem de ofensivo, renomado escritor brasileicomum a crentes e desro publica um texto muito apenas fala de forma muito direta sobre crentes, e o respeito múprovocativo, cercado de as instituições religiosas e os efeitos tuo transparece em cada grande polêmica. Trata-se carta. Apesar da admiração provocados por elas. de “Deus hipotético”, de mútua, as divergências Luís Fernando Verissimo. permanecem. Carlo MartiNa verdade, esse texto ni diz ter dificuldades em nada tem de ofensivo, apecompreender o que move nas fala de forma muito os ateus em direção à ética, direta sobre as instituições pois só vê razão verdadeira religiosas e os efeitos proem um Mistério transvocados por elas. Mas os cendente. “Onde o leigo seus argumentos precisam encontra a luz do bem?”, de reflexão, pois falam pergunta. Umberto Eco diz grandes (e incômodas) que a resposta está “nas verdades. relações interpessoais que definem a humanidade” (amor, respeito à integriA primeira coisa que desespero alheio às guer- sua cela seria jogada fora. dade do outro e sentido salta aos olhos é que o ras religiosas. É impactante Antes de reclamarmos dos absoluto de dever). E há texto não fala só sobre o e verdadeiro o trecho que que não comungam conosalgum problema em um cristianismo, fala de todas diz que a fé não tem inspico, precisamos ouvir suas livro que termina com as as religiões monoteístas e rado as religiões a serem vozes e aprender com o mesmas divergências que de como todas causam o muito religiosas. que nos dizem.. abordou no início? Evi- mesmo dano. Que dano é dentemente que não, o esse? Acredito que se trate A intransigência reliobjetivo era dialogar, ouvir, da visão estreita de quem Artur Sanfelice Nunes, expor argumentos, procu- considera que é dono da giosa é algo de que todos designer gráfico.
14
VARIEDADES
Março de 2013 – Ano 19 nº 71
“31 Dias Marcantes” – livro do Pastor Emérito Ulrico Sperb
No livro “31 Dias Marcantes”, Ulrico Sperb narra fatos sobre sua vida, nos quais compartilha como testemunhou e participou de momentos da História contemporânea na segunda metade do século XX e no início do terceiro milênio. Sobre esta obra, seu amigo Everson Oppermann – Diretor Executivo da Luterprev – escreve
o seguinte: “Ulrico Sperb é quem nos brinda com seus 31 Dias Marcantes. Numa curta frase. Dias de Pastor. Os leitores vão se surpreender, se identificar. A narrativa é ótima, algumas vezes com humor característico. Os relatos são interessantes, surpreendentes, e também dramáticos, humanos. Trata-se de testemunhos do cotidiano pastoral, com seus limites e poderes, fiel à sua formação, de uma pessoa com coragem e fé, mesmo em situações quando isto significava risco de morte”. Sua amiga, psicanalista de Brasília, Mirian Ritter, escreveu o seguinte: “Foi um prazer enorme conversar com P. Uli através de seu livro. Logo de
Grito
início senti o autor muito próximo e pude imaginar aquela paradinha que ele costuma dar. Uma paradinha na narração, com um sorriso estampado no rosto. Percebi que você, P. Uli, teve uma vida cheia de sucessos, com muita fé em Deus, paciência, obstinação e crença no lado bom do ser humano”. O ex-Secretário Geral da IECLB assim se expressou sobre o livro 31 Dias Marcantes: “Acabei de ler o livro, que é uma contribuição para a história da nossa Igreja. Não só por mostrar a realização e evolução de um pastorado tanto em Comunidade como em cargos extra paroquiais, mas também por abrir algumas janelas que nos permitem conhecer aspectos desta vida e missão, em boa parte desconhecidos aos membros da Igreja e ao público leitor”.
A ideia do livro já vinha há mais tempo. Depois que se aposentou – devido a sérios problemas de saúde, em agosto de 2010, Pastor Uli – como também é conhecido – começou a escrevê-lo, motivado por diversas pessoas com as quais conviveu, inclusive algumas da Paróquia Matriz. A maior parte do texto de 31 Dias Marcantes foi escrita durante o período em que teve uma melhora em sua saúde, entre maio/2011 e junho/2012. A obra é autobiográfica e abrange todos os lugares em que viveu. A esposa Rosângela o apoiou e ajudou decisivamente na consecução desta obra. O livro está à venda ao preço de R$ 20,00, na Secretaria da Paróquia Matriz ou aos domingos, após o culto, na banca de livros.
José Nedel
Quem não escuta o grito do indigente, Ou tripudia sobre o desvalido, Quando implorar socorro a outra gente Não será por ninguém sequer ouvido. Essa é uma lei que é dura infelizmente. Quem a transgride ou julga sem sentido, Deixa de ser, por isso, um inocente: E acaba merecendo ser punido. O próprio tempo disso se encarrega: No momento oportuno lhe entrega O fardo que em sua vida recolheu. Não se tendo mostrado solidário, Sozinho subirá o seu Calvário, Sem que ocorrer-lhe venha um Cireneu.
“O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, também clamará e não será ouvido” (Pr 21, 13). “E obrigaram a Simão Cireneu... a carregar-lhe a cruz” (Mc 15, 21).
15
Um vídeo muito legal sobre a Páscoa Um grupo de uma comunidade da nossa igreja em Curitiba (Voa Flor) fez um vídeo muito legal sobre a Páscoa. É mais legal porque foi contado e representado por CRIANÇAS! Peça ao papai ou a mamãe mostrarem este vídeo pra você na Internet. Esse são os endereços: youtu.be/XZ78NKjX7Uw – vimeo.com/61370694 – facebook.com/voaflor Para quem não tem Internet, vão algumas imagens:
16
VOCÊ VIU?
Março de 2013 – Ano 19 nº 71
Líderes luteranos convidam Francisco para comemorações dos 500 anos da Reforma protestante
“Que essa cruz sirva como incentivo para que ofereça suas experiências pastorais da Argentina como um presente nesse novo serviço para o qual foi chamado. Oramos para que suas contribuições se convertam numa bênção para a igreja”, disse Younan.
Foto: Associated Press
O presidente da Federação Luterana Mundial, bispo Munib A. Younan, entregou ao papa Francisco, na quarta-feira, 20, no Vaticano, uma cruz pintada em El Salvador, com o desejo que de que ela o inspire no novo ministério. Younan esteve acompanhado do secretário geral do organismo ecumênico, pastor Martin Junge.
argentino, sabe qual é a dívida externa, em muitos aspectos ilegal e ilegítima, e quais consequências ela traz aos seres humanos”, afirmou o pastor.
Junge, natural do O secretário geral reaChile, alcançou ao papa publicação da FLM sobre firmou o compromisso da a dívida externa. “Como Comunhão Luterana com
o diálogo ecumênico que, no caso com a Igreja Católica, já tem mais de cinco décadas. “Uma igreja não pode ser por si própria. Ela requer laços fortes de relações e intercâmbio mútuo e edificante. Os diálogos ecumênicos são uma expressão importante do
que é ser igreja na sociedade de hoje”, assinalou. Os líderes luteranos reiteraram o convite a Francisco para que participe, em 2017, das comemorações dos 500 anos da Reforma protestante. ALC - Roma, 22/03/2013
IMPRESSO Remetente: Paróquia Matriz Rua Senhor dos Passos, 202 - 90020-180 - Porto Alegre, RS - Fone: (51) 3224.5011 www.paroquiamatriz.org.br - secretaria@paroquiamatriz.org.br Destinatário: IECLB