Jorev Luterano - Abril - 2010
2
Editorial
O Sínodo Centro-Sul Catarinense
C
omo IECLB no Sinodo CentroSul Catarinense, abraçamos de forma entusiasmada e comprometida a Missão de Deus como Nossa Paixão, tônica em nossos encontros, seminários e ações concretas nos últimos anos, procurando despertar para uma consciência missionária. Apoiamos iniciativas nas Comunidades e Paróquias locais. Em nível de Sínodo, constatamos que em nossa área geográfica há 50 municípios sem Comunidade luterana. Como fruto deste impacto, organizamos ações no sentido de abraçar o desafio de, a curto, médio e longo prazos, implantar uma Comunidade em cada um deles. Diversas iniciativas têm sido tomadas em nível sinodal: apoiamos a construção de um templo em Correia Pinto, no Planalto Serrano, alugamos uma sala transformada em templo em Arroio do Silva, no sul do Estado e, em parceria com a Missão Zero, estamos implantando uma Comunidade em Laguna, onde não havia, até julho de 2009, nenhum membro da IECLB. Após seis meses de trabalho, acolhemos 14 membros, a maioria jovens, por meio de um curso de profissão de fé e, em parceria com a Missão Zero, Paróquia de Barreiros e Faculdade
Luterana de Teologia, estamos trabalhando pela implantação de uma Comunidade em Biguaçu, na grande Florianópolis. Além de nos integrarmos na Campanha de Missão Vai e Vem, tomamos outras iniciativas para além da nossa área sinodal: apoiamos o Projeto Missionário do Sínodo Mato Grosso em Santarém/PA, apoiamos a Missão no Sínodo da Amazônia e apoiamos o Projeto da Missão Zero em Petrolina/PE.
Que possa prosperar o compromisso com Jesus Cristo, com o Evangelho e com a nossa confissão de fé
SIGOLF GREUEL
Participar da Missão de Deus é um privilégio. Nossa oração é que se desenvolva entre os membros a consciência missionária que busca pelo crescimento quantitativo e qualitativo da IECLB. Que possa prosperar o compromisso com Jesus Cristo, com o Evangelho e com a nossa confissão de fé. Acompanhe alguns testemunhos do Sínodo Centro-Sul Catarinense nesta edição do Jorev Luterano.
Pastor Sinodal
Atendimento ao leitor Juciane Wilsmann Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419
jorevluterano@jorevluterano.com.br
Este espaço é seu! A sua opinião é fundamental no nosso trabalho. Conhecer as suas preferências, ouvir as suas dicas de pauta, as suas sugestões para o jornal e os seus comentários sobre as nossas matérias é muito importante para que possamos sempre oferecer um Jorev melhor para você. Faça o seu Jorev Luterano. Escreva para nós e participe! Estamos esperando o seu contato!
Mensagens de Natal Agradecemos as ricas mensagens de Natal recebidas do Jornal Evangélico, que lemos com muito prazer e atenção. Oramos que o menino da manjedoura, da cruz e da ressurreição continue a trazer para vocês força, sabedoria, alegria e esperança para as suas vidas e para o seu importante Ministério de comunicação. Cordialmente, Ilse e P. em. Wilfrid Buchweitz
Ânimo e força Desejamos que a mensagem de paz do Jorev Luterano para o Natal possa acompanhar vocês durante o ano de 2010, dando-lhes ânimo e toda a força de Deus para o seu trabalho. Abraço, P. Rui Bernhard
Pastor Presidente
P. Dr. Walter Altmann Secretário Geral
P. Dr. Nestor Friedrich Jornalista
Letícia Montanet Reg. Prof. 10925
Administrativo
Juciane Wilsmann Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios Rua Senhor dos Passos, 202/4º - 90.020-180 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419 E-mail: jorevluterano@jorevluterano.com.br Proibida a reprodução parcial ou integral do conteúdo desta edição sem a prévia e formal autorização da Redação do Jorev Luterano.
www.jorevluterano.com.br Assinatura anual - 11 edições - R$ 22,00
Capa Parte do cartaz do Tema (Missão de Deus – Nossa Paixão) e Lema (Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia - Mateus 6.11) do Ano 2010 da IECLB. Leia matéria especial sobre o Tema e Lema do Ano e conheça o cartaz completo na Editoria Atualidade, página 4.
Unidade e a transparência Desejo um abençoado trabalho em 2010 para o Jorev, importantíssimo para a unidade e a transparência nos trabalhos paroquiais, sinodais, da Direção da Igreja e das Teologias desenvolvidas na IECLB. Abraços, P. em. Uwe Wegner
• Doc bancário • Cheque cruzado e nominal à IECLB - Jorev Luterano Enviar o cheque via carta registrada para o nosso endereço • Depósito Identificado em nome da IECLB - Jornal Evangélico Banco Bradesco - Ag. 0491-0 C/C 576.176-0 Banco do Brasil - Ag. 010-8 C/C 153.000-3 Banco Sicredi - Ag. 0116 C/C 8376-3 Escolha o banco da sua preferência e, após efetuar o depósito, envie o comprovante via fax.
Solicite a sua assinatura via site
Jorev Luterano - Abril - 2010
Curtas
Centenário em Ernestina Fundada em 27 de junho de 1909, a Comunidade de Ernestina/ RS completou cem anos em 2009, motivo de muita alegria e gratidão a Deus. Em comemoração, nos meses de setembro e outubro aconteceram diversos eventos culturais, além do lançamento do livro Centenário da Comunidade de Ernestina - você faz parte desta história. A celebração atingiu o auge no dia 25 de outubro, com a realização de um culto de ação de graças, que contou com a colaboração do Pastor Sinodal do Sínodo Planalto Rio-grandense, P. João Willig, e de alguns Pastores que já atuaram na Comunidade.
Seminário Sinodal da OASE Nas dependências da Lagoa da Harmonia, em Teutônia/RS, realizou-se no dia 28 de outubro o Seminário Piquenique Sinodal da OASE com cerca de 120 participantes, entre Coordenadoras Paroquiais e Vices das 15 Paróquias, duas representantes de cada um dos 49 grupos de OASE, além de Obreiros e Obreiras, que se reuniram para um dia de aprendizagem, partilha e lazer. O dia foi marcado pela celebração. As mulheres puderam compartilhar os seus sabores e dissabores, como mães, esposas e líderes comunitárias. As dores e amores revelados foram acolhidos com carinho e abraços.
Nova gestão do Coner/RS No dia 19 de novembro, na sede do Conselho de Ensino Religioso do Rio Grande do Sul (Coner/RS), após apresentação de relatório e prestação de contas da gestão 2007-2009, foi eleita e empossada a nova Diretoria do Conselho para 2010-2012, composta por representantes de diferentes denominações religiosas filiadas ao Coner/RS. A Diretoria do Conselho é composta pelo Diretor-Presidente Henri Fuchs, 1ª Vice-Presidente Vilma Rech, 2ª VicePresidente Jussara Cavalheiro, Secretária Vilma Ruiz e Tesoureira Cleusa Kujavinski. O Conselho Fiscal é composto por Yanina Munarski, Dalila Reidzan e Ahmad Ali, sendo Suplentes P. Oscar Lehmann e Enrique Illarze.
Justificação por graça e fé Por ocasião dos dez anos da Declaração conjunta sobre a Doutrina da justificação por graça e fé entre católicos e evangélico-luteranos do mundo, os alunos das oitavas séries A e B do Colégio Evangélico Alberto Torres (CEAT), de Lajeado/RS, tiveram o privilégio de receber a visita do P. em. Huberto Kirchheim, realizada em 24 de novembro. Na época da assinatura, em Augsburg, na Alemanha, em 1999, o P. Kirchheim representou as Igrejas evangélicas luteranas da América Latina, Central e Região do Caribe, na função de Vice-Presidente da Federação Luterana Mundial (FLM).
Capelania Hospitalar A Paróquia Centro de São Paulo recebeu no dia 6 de fevereiro a instalação da Pa. Vera Weissheimer para o Ministério Pastoral ecumênico da capelania no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo/ SP, com culto celebrado pelo Pastor Sinodal do Sínodo Sudeste, P. Guilherme Lieven. Após atuar nas Comunidades de Roraima, Blumenau e Centro de São Paulo, a Pa. Vera assumiu, em fevereiro de 2009, a criação da capelania do Hospital. Formada pela Escola Superior de Teologia da IECLB, com Mestrado na Universidade Metodista de São Paulo e Especialização na Alemanha, no ano passado a Pa. Vera lançou o livro Eu vi as tuas lágrimas - Amparo e consolo no sofrimento, uma reunião de meditações sobre superação de dores e perdas.
Parceiros de Ouro No ano do seu centenário, a Obra Gustavo Adolfo (OGA) está lançando a campanha Parceiros de Ouro, em que cada pessoa, independente se ela dispõe de mais ou menos recursos financeiros, pode participar, contribuindo com o valor e durante o tempo que desejar. O apoio é destinado a centros comunitários e sociais, construções de templos, trabalho com crianças e adolescentes, socorro em catástrofes, edificação de Comunidades em fronteiras missionárias e regiões empobrecidas pela migração. Os folders de adesão podem ser solicitados junto aos Representantes Sinodais e na sede da OGA: Rua Sinodal 50, São Leopoldo/ RS, telefone 51 3589.1098, e-mail ogaieclb@brturbo.com.br.
OFERTAS NACIONAIS 2 de abril Sexta-feira Santa Mulheres e Coordenação de Gênero A dedicação, o compromisso com o próximo e a responsabilidade com o ser Igreja de Jesus Cristo está presente no dia a dia das mulheres desde os primórdios da cristandade até os dias atuais. Na Semana Santa, especialmente na sexta-feira da Paixão, o Evangelho nos lembra das mulheres que acompanharam o Senhor e permaneceram nas proximidades da cruz. 18 de abril 3º Domingo da Páscoa Apoio para a realização do PPHM O Período Prático de Habilitação ao Ministério (PPHM) é um programa criado pela IECLB para cuidar do Ingresso no Ministério com Ordenação, sendo realizado após a conclusão da faculdade de Teologia, no período de 17 meses, sob a mentoria de Obreiros devidamente capacitados, para que a Igreja possa conhecer, avaliar e confirmar o chamado dos seus futuros Obreiros.
INDICADORES FINANCEIROS UPM Fevereiro/2010
2,5181
Índice Janeiro/2010
- 0,52%
Acumulado do ano
0,52%
A missão é de Deus
“O Tema da IECLB para 2009 e 2010, Missão de Deus – Nossa Paixão, expressa de forma clara o que é missão: a missão é de Deus e é Ele quem faz brotar no coração da Igreja a paixão pela missão, paixão por aqueles que estão afastados da graça de Deus”, explica o P. Joel Schlemper, da Paróquia em Barreiros/SC. Nesse sentido, o Sínodo Centro-Sul Catarinense, além de apoiar a missão em outros lugares, “para além da nossa Jerusalém e Judéia, conforme ensina Cristo em Atos 1.8”, como afirma o P. Schlemper, procura novas formas de fazer missão no contexto da Paróquia e do Sínodo, onde experimenta esta ação com o Projeto Missionário organizado pelo Sínodo e apoiado pela Missão Zero em Laguna/SC. “Nosso próximo projeto é Biguaçu, na grande Florianópolis/SC. O objetivo é alcançar pessoas que ainda não conhecem a mensagem do Evangelho e suas implicações”, esclarece o P. Schlemper. Interessados em participar do mutirão deverão entrar e se inscrever em luteranabarreiros@gmail.com até a metade de junho de 2010.
3
Jorev Luterano - Abril - 2010
4
Atualidade
Missão de Deus – Nossa Paixão P. DR. ONEIDE BOBSIN Pastor da IECLB e Reitor da Faculdades EST
Os abacaxis
da participação Visitar o torrão natal e rever amigos deixa as férias mais agradáveis. Assim, já na estrada para a volta ao trabalho fui comprar abacaxi na fruteira do Paulinho, à margem da Rota do Sol. É um fruto importante para a saúde, produzido por nossa terra. Dele se fazem sucos, doces em calda, geléias e outros produtos apetitosos, por isso nunca entendi que é preciso descascar um abacaxi quando se está diante de um assunto complicado. Não podemos ver o Paulinho apenas como um vendedor de frutas e verduras. Enquanto eu saboreava pedaços de abacaxi, Paulinho foi falando do fim temporário, espero, da sua participação na Comunidade: Olha, disse ele, hoje não participo de mais nada. Apenas levo a minha mãe ao culto e depois vou buscá-la. O que aconteceu? Onde está o seu fervor comunitário?, perguntei. Paulinho, desde cedo, foi ativo participante da comunidade de fé, da política local, de associações comunitárias, etc. e nunca pleiteou cargos. Como comerciante, fazia questão de contribuir com alimentos, tempo e dinheiro para as festas da nossa Igreja, da Igreja Católica, do clube de futebol, entre outros. Pois é, agora não participo de nada. Quando eu participava, era muito criticado. Cansei! Não dá para entender o povo e as suas lideranças. Agora que não participo, ninguém me critica. Não é estranho isto? Deviam me criticar por não me envolver mais, mas não, agora nada falam! Infelizmente, Paulinho não é uma exceção. Há muitas situações semelhantes em nossas Comunidades. Enquanto algumas pessoas persistem no envolvimento comunitário, apesar das críticas, outros arriam a bandeira. Conheci outras pessoas que passaram pelo mesmo processo. Nunca mais participaram da vida comunitária depois de um conflito em que se julgaram preteridos. Um deles me recebeu no portão. Apenas a sua esposa frequentava os chás da OASE. Mais tarde, fiquei sabendo que faleceu sem ir aos cultos durante 25 anos. Como participação a gente aprende, os seus filhos não participam da nossa Igreja. Não tenho receita para trazer ao convívio comunitário estas pessoas. Suas decepções se espalham e desmotivam os novos líderes. Isto pode ser visto na pouca participação em assembleias eletivas. Estamos enterrando talentos. Absurdamente, o pastor Jesus deixou 99 ovelhas no deserto para buscar uma desgarrada. (Lucas 15). Sei que Jesus pode parecer irresponsável com este gesto, mas a sua estranha atitude pode trazer as pessoas de volta. Assim, elas aprenderão a descascar os ‘abacaxis’ em mutirão e fazer deles sucos e sobremesas apetitosas que nos alegram em torno de uma mesa.
Vamos aprender a descascar os ‘abacaxis’ em mutirão
Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia (Mateus 6.11)
E
m 2010 com o lançamento previsto para o domingo de Páscoa (4 de abril), o Tema do Ano vem acontecendo na IECLB desde 1976. Trata-se de um dos principais programas da Igreja e que alcança todas as Comunidades, Paróquias e demais instituições vinculadas à IECLB. O Tema e o Lema do Ano buscam trazer para a reflexão da Igreja e ação das Comunidades e seus membros algum tópico específico importante para a época: a realidade do mundo e seus problemas, mazelas, incoerências e colocá-lo como alvo de estudos a partir da fé cristã. Ao mesmo tempo, a Campanha apresenta arte, textos, materiais de divulgação e cadernos com estudos que apontam pistas para gestos, ações e atitudes motivados pela fé, de modo a transformar tal realidade. Ao escolher anualmente um Tema e Lema para toda a Igreja, a comunhão e a unidade são amplamente fortalecidas. Escolha do Tema e o Lema do Ano Tema e Lema são escolhidos pela Presidência da Igreja. Os Pastores Sinodais, assim como o Conselho da Igreja, avaliam a proposta e ajudam na escolha. Depois, um grupo de trabalho específico, sob a coordenação da Secretaria de Formação, prepara a arte e os materiais de divulgação e estudo. Normalmente, é assim que a Presidência apresenta uma proposta, a partir de alguma motivação específica. No caso de 2010, a escolha do Lema está diretamente relacionada à Federação Luterana Mundial (FLM), que terá a sua Assembleia Geral neste ano e o seu tema é o Lema da IECLB para 2010. Conteúdo teológico do Lema O Lema do Ano para 2010, ‘Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia’ (Mateus 6.11), está inserido na oração que Jesus ensinou aos seus seguidores, conhecida como Oração do Pai Nosso. O Lema de 2010 aponta para um dos quatro objetivos do Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI), a diaconia, o serviço que a Igreja presta ao mundo, um serviço motivado pela fé e transformador da realidade. A oração do Pai-Nosso é a oração mais conhecida no cristianismo, um verdadeiro patrimônio espiritual da cristandade. Trata-se de uma das partes que a IECLB considera imprescindível dentro da liturgia de um culto público oficial. Em eventos ecumênicos, ela desempenha um importantíssimo papel de unidade espiritual. Quando são eventos internacionais, as pessoas participantes costumam orar o Pai Nosso em sua língua materna, exemplificando que, embora em diversidade cultural, somos um só povo de Deus. O Lema remete a um dos pontos centrais da
confessionalidade luterana. Martim Lutero, ao explicar a quarta petição do Pai Nosso no Catecismo Menor, afirma que pão é tudo aquilo que se refere ao sustento e às necessidades da vida: comida, bebida, roupa, calçado, casa, lar, meio de vida, dinheiro e bens, marido e esposa íntegros, filhos íntegros, empregados íntegros, patrões íntegros e fiéis, bom governo, bom tempo, paz, saúde, disciplina, honra, amigos leais, bons vizinhos e coisas semelhantes. Pão é, naturalmente, o alimento básico para o sustento das pessoas, mas representa também tudo o que faz parte de uma vida digna: as relações familiares e profissionais sadias, até mesmo um bom governo que cuida do seu povo. Quando Jesus ensina ‘Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia’, ele está dizendo, ‘pede o suficiente para hoje. Amanhã, poderás pedir novamente’ e ‘pede-o não apenas para ti, mas também para o teu semelhante‘. Como comunidade cristã, valorizamos, em todos os âmbitos, também no espiritual, a imagem do pão compartilhado. O próprio Jesus, pão da vida, entregou o seu corpo em favor de todas as pessoas. Relevância do Tema e Lema para a Igreja O Tema dá prosseguimento à afirmação fundamental do PAMI 2008-2012 ‘Missão de Deus - Nossa Paixão’. O Lema aponta para o compromisso da IECLB de se manter fiel ao seu Senhor e colocar sinais concretos deste seu Reino, onde não faltará pão na mesa das pessoas. Ao escolher este Lema, a IECLB quer reafirmar a união indissolúvel entre oração e ação. Oramos por pão e também agimos para que pão (e tudo o mais que ele representa) se torne realidade concreta. Objetivos da IECLB O grande objetivo é incentivar as Comunidades e os membros da IECLB a novamente confrontarem-se com um assunto essencial da fé evangélica interpretada a partir da confissão luterana, convidando os seus membros a reunirem-se em oração, em culto, para refletir sobre a realidade da presença ou não do pão e os porquês de cada situação. Comunidade IECLB Historicamente, o Tema do Ano tem grande aceitação. A qualidade dos materiais e as possibilidades de trabalho que ele proporciona nos grupos, departamentos e cultos da Comunidade são amplas. Levantamentos junto aos Pastores Sinodais, membros do Conselho da Igreja e lideranças que coordenam grupos de Comunidades indicam que a Campanha Tema e Lema do Ano continua conquistando mais e mais espaço nas Comunidades da IECLB.
Jorev Luterano - Abril - 2010
Presidência
Como comunidade de fé, não somos um povo sem esperança
Deus é nosso refúgio e fortaleza
N
os últimos tempos, temos presenciado (quando não sofrido) muitas calamidades naturais: tempestades, inundações, deslizamentos de terra, terremotos. Todas elas têm causado destruição e sofrimento. Em alguns casos, inúmeras mortes – no Haiti, até centenas de milhares. A ação humana descuidada ou irresponsável tem contribuído muito para o sofrimento, pela ocupação desordenada de lugares propensos a catástrofes e mau planejamento das nossas cidades, bem como as condições de pobreza que impedem pessoas de viverem em lugares seguros e com moradias resistentes. Em casos tão terríveis, como terremotos, também nos perguntamos perplexos: por quê? Como comunidade de fé, porém, não somos um povo sem esperança. Com o
salmista, confessamos Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações (Salmo 46.1) e isso em toda e qualquer tribulação. Aí a pergunta pelo ‘por que’ cede à pergunta ‘para que’. Assim, nos sentimos convocados para ações de solidariedade. Nos últimos tempos, o povo da IECLB tem sido conclamado e tem respondido a apelos de solidariedade. Mais de 300 mil reais foram doados para vítimas das catástrofes em Santa Catarina, em fins de 2008. Para vítimas do terremoto do Haiti, foram arrecadados, até agora, mais de 70 mil reais. Ainda continuando essa ação, lançamos um apelo em favor das vítimas do terremoto no Chile. Seriam haitianos e chilenos nossos próximos que devêssemos ajudar? Houve quem assim perguntasse. Jesus, questionado sobre quem é nosso próximo, in-
Contas para doações
Favorecido: IECLB - Terremoto Chile CNPJ: 92.926.864/0001-57 Banco do Brasil S/A Agência: 0010-8 Conta corrente: 60.000-8 Favorecido: Igreja - terremoto no Haiti CNPJ: 92.926.864/0001-57 Banco do Brasil S/A Agência: 0010-8 Conta corrente: 40.000-9
P. WALTER ALTMANN Pastor Presidente da IECLB
Clínica recebe o nome da Irmã Doraci Edinger
Cruz é a base do ecumenismo “Para ser una, a Igreja tem que voltarse à base comum, que é Jesus Cristo crucificado”, disse o novo Secretário Geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), o Pastor luterano Olav Fykse Tveit, da Noruega, ao ser investido oficialmente no cargo, em culto celebrado em Genebra, Suíça, no dia 23 de fevereiro. A cruz não é apenas um sinal de identidade religiosa, mas uma ‘prova de realidade’, tanto para as igrejas como para o movimento ecumênico, frisou o Secretário na celebração de investidura em cerimônia presidida pelo Moderador do CMI e Pastor Presidente da IECLB, P. Dr. Walter Altmann. Ao indagar como o movimento ecumênico pode ser um movimento da cruz, a árvore da vida, Tveit respondeu Quando Cristo abre seus braços na cruz, ele está abraçando a todos. O caráter único da cruz é, precisamente, que ela é inclusiva, afirmou. “Sejamos escutados ou não, a nossa vocação é carregar a cruz uns com os outros, também na busca pela unidade”, disse Tveit. Isso significa caminhar com os pobres e oprimidos, carregar o peso do desgosto quando acordos não são alcançados e superar o desalento quando os problemas não são resolvidos.
verteu a perspectiva e chamou nossa atenção – de quem eu estou disposto a me tornar próximo (Lucas 10.25-35)? Os membros da IECLB que têm doado em favor de pessoas afetadas por calamidades, perto e longe, delas se tornaram próximos. Que Deus desperte sempre mais em nós o espírito de solidariedade, não por último em gratidão pelas dádivas que dele recebemos em nossas vidas.
17/4 Assembleia do Sínodo Uruguai Marcelino Ramos/RS P. Carlos Möller
Airmã Doraci Edinger, morta de forma trágica, em fevereiro de 2004, em Moçambique, foi homenageada no dia 21 de fevereiro, na inauguração de uma clínica médica com o seu nome. A homenagem ocorreu no distrito de Moma e contou com a presença do Pastor 1º Vice-Presidente e Coordenador da Missão Global da IECLB, P. Homero Severo Pinto, que estava participando da reunião anual do Joint Mission Board, grupo de igrejas que apoia a missão em Moçambique. “A homenagem é um reflexo do que realizou a irmã Doraci”, disse o P. Homero no evento, prestigiado por um grande número de pessoas. “A morte não silenciou o seu trabalho. Pelo contrário, é justamente nessa região onde ela atuava que mais cresceu o número de comunidades da Igreja Evangélica Luterana em Moçambique (IELM)”, completou. “Irmã Doraci tinha muito amor pelo povo moçambicano, especialmente em Moma, comunidade à qual ela se dedicou por inteiro. Através da sua trágica morte, que até hoje lamentamos, ficaram sementes do Evangelho, que continuam trazendo fé e vida às comunidades,” lembrou o Pastor Presidente da IECLB, P. Dr. Walter Altmann.
23-24/4 Assembleia do CLAI – Brasil São Paulo/SP P. Homero Pinto
Dados estatísticos da IECLB
Abril 4/4 Lançamento do Tema e Lema do Ano 2010 Joinville/SC P. Walter Altmann Lançamento do Tema e Lema do Ano 2010 Estância Velha/RS P. Homero Pinto Lançamento do Tema e Lema do Ano 2010 Gurupi/TO P. Carlos Möller 12-16/4 Pré-assembleia da FLM Bogotá/Colômbia P. Walter Altmann e Delegados
25/4 Ordenação Erivelton Demari Dourados/MT P. Walter Altmann Ordenação Natanael Connor Cristalina/GO P. Carlos Möller
A Presidência da Igreja divulgou uma Carta Pastoral no dia 9 de março para mobilizar as Comunidades e os responsáveis pela coleta das informações – em cumprimento ao Art. 6º da Resolução 093/2009 do Conselho da Igreja. “Se queremos ser fiéis a Deus e objetivamos ser uma Igreja atuante e missionária, é imprescindível que tenhamos um bom conhecimento da nossa própria realidade”, escreve o Pastor Presidente, P. Dr. Walter Altmann. Ao avaliar a complexidade da tarefa, a palavra do Pastor Presidente é de ânimo: “Com esta Carta, desejo motivar vocês para participarem de bom ânimo no esforço de compilarmos com cuidado os dados estatísticos de nossas Comunidades e Paróquias”.
5
Jorev Luterano - Abril - 2010
6
Ministério
Igreja que busca o outro, supera diferenças e transpõe barreiras participam da vida comunitária. Qual é a atenção especial que o Sínodo dedica ao jovem? O trabalho com jovens sempre foi uma das marcas da Paróquia de Ituporanga. Além das atividades relacionadas à JE, anualmente é realizado o Encontrão Jovem, que reúne em torno de 2 mil jovens de diversas cidades de SC, PR e RS. Além de palestras, os jovens podem participar de seminários e praticar esportes. Em 2010, o 27º Encontrão Jovem será realizado nos dias 13 a 15 de novembro. O Sínodo também oferece um leque de atividades, como Olimpíada Sinodal, palestra no Dia da Igreja e Seminários de capacitação.
Como foi o início da sua caminhada pastoral? Em 1988, iniciei o curso de Teologia, em São Leopoldo/RS, onde percebi que, além do conhecimento acadêmico, é fundamental o convívio com a Comunidade, servindo ao Senhor com meus dons e capacidades, pois devemos ser Igreja que busca o outro, supera diferenças e transpõe barreiras. Realizei o PPHM em Monte Mor/SP e, em 1995, fui designado para atuar como Pastor na Paróquia de Maravilha/SC, onde trabalhei por quase 12 anos, sendo transferido em seguida para Ituporanga. Quais são as suas atividades na Paróquia de Ituporanga? Procuro sempre tomar cuidado para não cair na rotina de atender meramente às atividades previstas na agenda pa-
roquial. Entendo que o Pastor deve ter em mente que a sua tarefa é pastorear o rebanho de Cristo no intuito de capacitar as pessoas para a tarefa da evangelização. Assim, todas as atividades nas Comunidades da Paróquia miram este horizonte e são realizadas em conjunto com os demais Obreiros (Pa. Lilian Patzlaff e P. Dirceu Griggio) e lideranças que colocam os seus dons a serviço. Na Paróquia, como funciona o Curso Alpha? O Curso Alpha acontece no período de três meses, em reuniões semanais. Com os encontros, as pessoas vão compreendendo o amor de Deus por elas. Assim, muitas pessoas afastadas da Comunidade e outras que estavam distantes de qualquer igreja cristã foram alcançadas com a mensagem do Evangelho e
Luterprev Responde
ajudando a planejar o seu futuro A partir desta edição do Jorev Luterano, este espaço será ocupado pela Luterprev - Previdência Complementar, abordando um tema de amplo interesse: o planejamento do futuro. Dúvidas sobre aposentadoria complementar, planos de previdência, pecúlios, sucessões nos negócios e heranças serão respondidas por especialistas. A coluna trará também notícias e entrevistas. Agora, confira o que é e como atua a Luterprev. Qual é a relação da Luterprev com a IECLB? A ligação está em sua origem, já que ela é sucessora da CAPP – Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Pastores. Hoje, mesmo sendo indepen-
dente da Igreja, a Luterprev segue mantendo estreitos laços, não só com a IECLB, mas com todas as instituições luteranas. Existe diferença entre os planos de previdência Luterprev e os demais, como os oferecidos pelos bancos? Os planos são os mesmos, já que o mercado é regulamentado pelo Governo. A diferença é que os bancos têm inúmeros produtos e atividades, enquanto a Luterprev trabalha exclusivamente com previdência complementar. Para a Luterprev, cada plano vendido se torna um compromisso e o associado passa a contar com acompanhamento e atenção contínuos. Sem fins lucrativos, a Luterprev trabalha
Em sua atuação, quais são os desafios encontrados? Uma das maiores dificuldades que a Igreja enfrenta está relacionada com vocação e capacitação de lideranças. Não é possível pensar uma Igreja em que apenas o Pastor é responsável pela vida espiritual do rebanho. O ensinamento bíblico do sacerdócio de todos os crentes é muito caro aos luteranos, porém nem sempre praticado em nossas Comunidades. As necessidades só poderão ser contempladas quando um número maior de pessoas colocar os seus dons e capacidades a serviço do Reino. Isso exige dos Pastores uma visão de Igreja que rompa com o sistema tradicional no qual o Pastor é contratado para realizar as atividades religiosas e seja compartilhada com as lideranças em um processo constante de mudança, sempre firmados no Evangelho e na herança da Reforma Protestante.
A tarefa do Pastor é pastorear o rebanho de Cristo no intuito de capacitar as pessoas para a tarefa da evangelização
com a missão de prover renda aos seus associados, ajudando-os a construir um futuro digno e tranquilo.
Diretor Geral (CEO) Everson Oppermann
Quem administra a Luterprev? Como está constituída, a Luterprev existe desde 1993 e é administrada por uma Diretoria Executiva que tem à frente o Diretor Geral (CEO) Everson Oppermann, profissional escolhido pelo Conselho Deliberativo, presidido por Seno Leonhardt, também Diretor Presidente do da Instituição Evangélica de Novo Conselho Deliberativo Hamburgo (IENH). Seno Leonhardt Visite o site luterprev.com.br e faça uma simulação para a sua aposentadoria complementar. No site, você também encontra um link para encaminhar a sua pergunta à coluna. Se preferir, envie-a diretamente para luterprev@luterprev. com.br, com o assunto Jorev Luterano.
Jorev Luterano - Abril - 2010
Presbitério
Deus estabelece os pensamentos daqueles que Nele confiam Todo Presbítero deixa tijolinhos na construção desta história e a pergunta, no final das contas, é de que qualidade são esses tijolinhos?
Como a fé se processa na sua vida? Para mim, a fé no Triúno Deus é como o motor para um carro. Creio que Deus estabelece os pensamentos daqueles que Nele confiam. Ele dirige todas as situações da vida e as tem sob o Seu controle e o meu trabalho. Qual é a sua trajetória na IECLB? Meus pais eram membros de uma Comunidade da IECLB, mas foi aos 14 anos que recebi o meu primeiro grande abraço de Deus, ocasião em que uma doença me confinou durante seis semanas no Hospital Dona Helena, em Joinville/ SC, no qual, na época, havia Diaconisas. Após o longo trabalho realizado durante o dia, elas encontravam disposição para reunir os doentes e falar sobre o grande amor de Deus. Então, me apaixonei pela ‘Missão de Deus’ e entreguei todo o comando da minha vida a Jesus. Mais tarde, cursei Enfermagem, Teologia e outros cursos em Curitiba/PR. Voltei a Joinville e trabalhei no Hospital Dona Helena até 1986, onde, além das atividades hospitalares, cuidávamos também do bem estar espiritual das pessoas. Na sequência, deixei a Enfermagem e me dediquei à Educação Cristã. Desde 1996, venho ministrando cursos de formação de líderes para o culto infanto-juvenil também nas Paróquias do Sínodo Centro-Sul Catarinense. De que maneira funciona a ação em torno da Coordenação do Ministério com Crianças? Os Pastores ou Coordenadores do Ministério infanto-juvenil entram em contato conosco e são ministrados cursos de acordo com a necessidade e natu-
reza de cada grupo. Graças a Deus, as alegrias deste trabalho são muitas. O objetivo principal é motivar, treinar e fornecer ferramentas para o trabalho. As dificuldades residem na complexidade do Sínodo, na variação de formação dos voluntários e na diversidade dos grupos. Quais são os desafios desta ação? Com paixão por esta causa, o que mais me desafia é o crescente número de voluntários para estes trabalhos. Em 2005, conseguimos reunir em torno de 150 pessoas no Congresso Sinodal (anual) para líderes de Culto Infantil. De 2007 para cá, esta participação tem sido bem notável. Em 2009, foram 600 participantes! Nesse sentido, devemos muita gratidão aos Pastores, que passaram a dar mais ênfase aos pequenos, entendendo
que eles são não somente a Igreja de amanhã, mas de hoje também. Para participar das atividades administrativas da IECLB, qual é a sua motivação? A minha motivação é o crescimento e a qualificação dos participantes do Reino de Deus em função do seu amor por nós. É uma grande honra poder servir a Deus na IECLB. Gente, vale a pena! Se estivermos com Deus, sempre estaremos do lado mais forte. Todo o mundo precisaria saber disso! Ao mesmo tempo em que sinto satisfação pelos trabalhos do Presbitério, também percebo a responsabilidade de cada ação, pois todo Presbítero deixa tijolinhos na construção desta história e a pergunta, no final das contas, é de que qualidade são esses tijolinhos?
7
Jorev Luterano - Abril - 2010
10 Mulheres
Na nossa IECLB, aprendi que Jesus quer ser o meu Senhor e Salvador Como foi a sua ação junto ao Centro de Recuperação Renascer? Na condição de Técnica de Enfermagem, trabalhei por dois anos e meio junto ao Centro de Recuperação Renascer, que trata de dependentes químicas, onde cuidei de toda a área da saúde das residentes. Também era responsável pelos contatos necessários com a família das residentes, mulheres bastante carentes, que viveram por muito tempo longe de Deus e necessitam grande atenção. É gratificante ver algumas vidas sendo transformadas por meio da Palavra de Deus.
Qual é a sua caminhada na IECLB? Sou evangélica luterana desde que nasci. Foi nessa Igreja que, entre outras coisas, aprendi que Jesus quer ser o meu Senhor e Salvador, por isso vivo pela fé em Jesus e não me imagino vivendo sem estar debaixo da palavra de Deus. Na IECLB, tenho feito parte do Presbitério como Presidente e Secretária da Paróquia, Secretária da Comunidade e, atualmente, Presidente da Comunidade. Além disso, sou Professora de escola dominical de adultos e desde os 18 anos venho ajudando a fazer diversas atividades nas Comunidades onde passei.
Quais são as dificuldades e satisfações no trabalho como Professora na Escola Dominical de adultos? Trabalho na escola dominical há 12 anos e amo esse trabalho. A cada 14 dias, nos domingos pela manhã, é feito o louvor. Depois, dividimos os participantes em grupos menores para um momento de reflexão com estudo da Palavra. É muito gratificante levar a Palavra, ao mesmo tempo aprender sobre ela e ver o interesse das pessoas que ali estão. No entanto, há alguns anos, a frequência vem diminuindo. Essa é a nossa maior dificuldade no momento.
A participação das mulheres no Sínodo Centro-Sul Catarinense é ativa? É bastante ativa. Creio que quase todas as Paróquias têm os seus grupos. As participantes são dispostas a fazer acontecer as programações no Sínodo. Como trabalho e as reuniões são durante o dia, por falta de tempo não participo de grupos de mulheres, mas sei que na minha cidade são tematizados assuntos diversificados, sempre acentuando a questão familiar. Como se dá o seu trabalho voltado para a missão? Considero o trabalho no Centro de Recuperação Renascer uma ação missionária, pois lidávamos com pessoas de lugares diferentes e que não conheciam Jesus. Também contribuo mensalmente para a missão. Além disso, esta atividade está incluída nas minhas orações.
1) Os filhos, Mateus e Adriel 2) Formatura em Enfermagem 3) Reunião do Presbitério
Oração pela diaconia
O Lema do ano da IECLB Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia (Mt 6.11) se insere na oração que Jesus ensinou às suas seguidoras e aos seus seguidores, conhecida como Oração do Pai Nosso. Esta oração faz parte do sermão do Monte, a mais famosa pregação de Jesus, em que ele aborda diversas questões sobre a humanidade. Jesus ensinou, motivou e orientou seus seguidores a orar. Por meio da oração, Deus se volta a nós e somos motivados a nos voltarmos aos outros, por isso, como Igreja, oramos pelo mundo, pelas pessoas e pelos seus sofrimentos. No dia 26 de cada mês, centenas de pessoas ao redor de todo mundo se unem em oração e intercedem pela
diaconia. Essa ação é motivada pela Diakonia World Federation, que congrega comunhões diaconais e igrejas do mundo todo, sendo que a IECLB é membro desde 1993. Para marcar esse dia, estaremos divulgando mensalmente, a partir de abril, no Portal Luteranos (www.luteranos.com.br), um relato de cuidado e uma proposta litúrgica pelo Dia Mundial de Oração pela diaconia. Queremos motivar você a fazer parte desta corrente, reunindo-se com o seu grupo na Comunidade, com a sua família, amigos e amigas ou mesmo sozinho, lembrando que a diaconia é a nossa resposta de fé ao serviço de Jesus em favor da humanidade.
Diácona Leila Schwingel Coordenadora de Diaconia Secretaria da Ação Comunitária Secretaria Geral da IECLB
Jorev Luterano - Abril - 2010
Fé Luterana 11
Cruz e esperança Cruz sobre o altar
Pa. Paula Cristina Lüdtke, formada em Teologia pela Faculdades EST. Atua na Paróquia Bom Pastor, em Bom Retiro do Sul/ RS
Pa. Adriane Beatriz Dalferth Sossmeier, formada em Teologia pela EST, especializada em Bibliodrama, é Coordenadora da Equipe de Diaconia do Sínodo Paranapanema. Atua na Paróquia Cristo Salvador, em Curitiba/PR
Uma das lembranças mais marcantes que tenho da minha infância é das vezes que entrava na Igreja. Havia certo ritual que cercava aquele momento. Era como se fosse um pedacinho do céu. Havia recomendações: fazer silêncio e ter respeito pelo altar, pois ele era sagrado e remetia a algo muito sério, que eu não entendia bem o que era. Hoje, anos depois, aquele sentimento de estar em um pedacinho do céu permanece e o que antes era apenas uma sensação sobre algo importante tornou-se mais compreensível. O altar é o coração da Igreja. Neste coração, somos unidos por um ato de profunda paixão. Jesus, o Messias, o Filho de Deus, morreu pregado em uma cruz de horror, de braços abertos, para nos salvar e fez isso por amor. Dessa forma, a cruz passou a ser um dos símbolos mais conhecidos da cristandade e não para ser venerado e adorado, mas para nos lembrar da misericórdia e do amor de Deus para conosco e que deu o seu filho para nos salvar. No altar e em nosso dia a dia, a cruz quer ser lei e Evangelho, ou seja, ao mesmo tempo em que aponta para os nossos pecados e nos questiona a respeito das vezes em que nós continuamos crucificando Jesus e julgando de acordo com os nossos critérios humanos, também pode e quer nos consolar, afinal tudo já está consumado e Jesus venceu o poder da morte pela vida verdadeira e em seus braços está o abraço da salvação. Ele se doou para nos unir ao Pai.
Nossa ‘cruz’ de cada dia Diz um ditado popular Cada pessoa carrega uma cruz em sua vida. Jesus afirmou aos seus seguidores que neste mundo eles passariam por muitos sofrimentos. Afinal, quais são as nossas cruzes hoje? Cruz pode ser compreendida como um fardo que uma pessoa carrega sobre os seus ombros. Neste sentido, a cruz surge a partir do compromisso que uma pessoa assume para cuidar de alguém idoso, doente ou portador de deficiência. Por causa disso, ela abre mão de muitas oportunidades. Por outro lado, existem aquelas pessoas que carregam o peso da cruz por causa da pobreza, da falta de estudos, da fome, do preconceito racial, social e econômico, da exclusão, da incompreensão e, em função disso, se sentem humilhadas e sem ação. Por último, cruz também pode ser entendida como perseguição que uma pessoa sofre por causa da sua profissão de fé e da prática da justiça e do amor. Isto acontece quando uma pessoa se engaja em movimentos sociais que lutam pelo direito à vida, cuidado da natureza e superação de toda a forma de violência. Por causa dessa sua atuação, há pessoas que até são mortas. Como Jesus vê a vida dos seus discípulos? Ele afirma que quem quiser ser seu discípulo deve carregar a sua cruz e seguir os seus passos (Lucas 9.23). No contexto dessa recomendação, afirma que ninguém deve se envergonhar de viver e testemunhar o amor de Deus pela humanidade. Faça isto em palavras e atitudes em sua vida.
Para refletir, leia Mateus 11.28-30
Para refletir, leia Gálatas 2.19-21
Deus que sofre
Cruz vazia: Páscoa
A Bíblia descreve a eternidade assim: comunhão plena com Deus, ausência de lágrimas, dor, tristeza, choro e morte (Ap 21.4), mas, daquilo que esperamos, temos, por enquanto, apenas a ‘amostra grátis’, um aperitivo da grande festa. Afinal, a dor, a lágrima... e a morte ainda fazem parte do cotidiano. Deus nos concede, no presente, alegria, prazer, paz e comunhão. Ainda assim, as dificuldades estão aí. Quem já não experimentou momentos de profunda angústia? Situações em que tocamos o fundo do poço? Nestas horas, precisamos de pessoas que nos compreendam. Normalmente, aquelas que já sofreram mais conseguem fazer isso melhor. Como diz E. Drewermann, Somente conseguimos ir com os outros até onde nós mesmos já fomos. Há gestos de solidariedade que são humanamente possíveis. Há pessoas que são instrumentos de consolo nas mãos de Deus. Contudo, ninguém sabe tanto sobre sofrimento como o próprio Deus. Em Jesus Cristo, na cruz e no caminho que conduziu a ela, a dor e a angústia chegam ao limite. A oração de Jesus no Getsêmani, pedindo para que o Pai o livrasse da cruz (Mt 26.36-46), fala por si só. Mesmo quando os pés tocam o fundo do poço, uma convicção continua inabalável Deus nos compreende! A mão dele está estendida para nos tirar de lá, mesmo quando o caminho passar pela morte, porque também desta Deus entende. Não só entende, como também a vence. No horizonte, está um tempo em que as coisas velhas terão passado (Ap. 21.4). Eis a razão da nossa esperança!
Na manhã da Páscoa, a cruz resplandece vazia no alto do monte! Surge um novo horizonte, surge uma nova esperança: a vitória da vida! Ao mesmo tempo em que a cruz é símbolo de sacrifício e morte, ela é sinal e lembrança da vitória de Cristo sobre a morte, com a sua ressurreição. Assim, a cruz vazia aponta para uma nova possibilidade: vencer o sofrimento! Deus se aproxima de tal forma que assume sobre si próprio o peso do sofrimento, do ódio e da morte para nos libertar. Ele abre os seus braços para que sintamos o seu amor. É a Sua missão: Ele cumpre a Sua promessa e paga o preço para nos ensinar o caminho da Libertação e da Esperança, em que a tortura da cruz e morte não tem mais a última palavra. Celebrar este acontecimento e colocar a confiança em Cristo, morto e ressuscitado, abre os nossos corações para enfrentarmos as situações difíceis com calma, sem desespero e ódio. Cristo quer carregar o peso da cruz com os que sofrem na alma, no corpo, com as vítimas de todo o gênero de injustiça. Ele toma sobre si próprio aquilo que é pesado demais para nós e nos impulsiona para a vida em amor e libertação de tudo que oprime. Ele diz no Evangelho Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos que eu vos alivirei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve (Mateus 11.28-30). A cruz vazia toma uma dimensão existencial à qual todos nós somos confrontados: só sofremos sem limites por causa daqueles que amamos!
Para refletir, leia Mateus 11.25-30
P. Henrique Guilherme Scherer, Bacharel em Teologia pela EST, 1º suplente do Conselho da Igreja pelo Sínodo CentroCampanha Sul e Titular da Comissão de Exame Oral de Admissão ao PPHM e Pró-Ministério. Atua na Comunidade em Agudo/RS
Para refletir, leia Mateus 26.36-46
P. Nilo Orlando Christmann, Pós-graduado em Aconselhamento e Psicologia Pastoral pela EST. Atua como Pastor Sinodal do Sínodo Rio Paraná
Jorev Luterano - Abril - 2010
12 Geral
Educação cristã
vivendo, aprendendo e ensinando Queremos dar continuidade ao nosso diálogo sobre Educação Cristã comunitária perguntando O que fundamenta a Educação Cristã? No que se baseia a sua atividade educativa? A resposta é simples Antes de qualquer ação pedagógica, a atividade de Educação Cristã deve ser compreendida como um ato de gratidão a Deus. Ela é uma ação que se prolonga por toda a nossa vida. O nosso compromisso não é com a Comunidade e nem com as gerações anteriores, mas com o próprio Deus. A ação da Educação Cristã é um ato de testemunho às pessoas e às outras gerações de tudo o que temos recebido de Deus, não devendo ser entendida como um fardo ou uma carga insuportável. Ela deve fluir com naturalidade, ser um testemunho do que nos faz mover e dar sentido à vida, demonstrando aquilo que carregamos no coração. Entendemos a Educação Cristã como um testemunho de vida e fé. A vida cristã é movida por perguntas, pela busca por respostas. Reconhecemos que nem sempre temos
respostas para algumas perguntas. As perguntas que alguém faz aos 15 anos podem ser as mesmas que alguém faz aos 40, 50 ou 70 anos. O tempo da vida renova as perguntas que desejam respostas diferentes. O espaço onde se realiza a Educação Cristã comunitária é o lugar apropriado para formularmos perguntas de fé e exercitarmos o ensino mútuo do que compreendemos das Sagradas Escrituras. Uma das formas eficazes e agradáveis de aprender o conteúdo da fé é por meio da narrativa de histórias bíblicas. Destacamos que é importante que seja pela narrativa e não unicamente pela leitura de histórias. Por meio da narrativa, as pessoas criam imagens das histórias na sua mente e conseguem imaginar uma sequência. Com a narrativa de histórias bíblicas, também desenvolvemos uma relação afetiva entre o narrador e o ouvinte, tanto quando o ouvinte é criança ou adulto. Para a criança, o efeito significa que a pessoa adulta reservou um tempo para falar de Deus para ela. Na nossa aprendizagem, guardamos mais as imagens que as pa-
P. Dr. Manfredo Carlos Wachs, Professor e Diretor do Instituto Superior de Educação Ivoti/RS, Professor e Orientador de pesquisa de Religião e Educação e membro do Conselho de Educação da IECLB
Juventudes, pelo que bate o nosso coração? Sheila Murgia Eggert Potin Santa Maria de Jetibá/ES Coordenadora Sinodal da Juventude Evangélica no Sínodo Espírito Santo a Belém Presidente do Conaje
lavras das histórias. As imagens que criamos quando ouvimos uma história nos conduzem ao conteúdo da mesma. Assim, aprendemos e guardamos no coração a Palavra de Deus. Também nós, adultos, compreendemos melhor uma pregação em um culto quando criamos imagens. O nosso incentivo é que criemos grupos nas Comunidades com a simples tarefa de narrar histórias bíblicas. Mais do que inúmeras interpretações e debates, é importante conhecer as histórias do Povo de Deus. Quando a proposta educativa envolve a pessoa integralmente, procurando ensinar considerando a dimensão de transcendentalidade, afetividade, ludicidade, racionalidade e simbolismo, ajuda a pessoa a compreender o que confessa e saber explicar em que acredita.
Vai e Vem apoia projetos missionários Um dos obje tivos da Campanha Vai e Vem é a mobilização de recursos para a ação missionária da IECLB. O valor arrecadado em 2009 está permitindo o desenvolvimento dos seguintes projetos missionários: - Área Missionária Sul do Pará/PA Sínodo Mato Grosso (em andamento) - João Pessoa/PB - Sínodo Espírito Santo a Belém (novo) - Mathias Velho - Canoas/RS - Sínodo Rio dos Sinos (em andamento) - Norte Fluminense/RJ - Sínodo Sudeste (novo) - Rurópolis/PA - Sínodo Mato Grosso (em andamento) - Teresina/PI - Sínodo Brasil Central (em andamento) - Vila Rica/MT - Sínodo Mato Grosso (em andamento)
Além desses projetos, também foi criado o Fundo Solidário a Paróquias e Comunidades, destinado a Comunidades e Paróquias em situação de ca rência momentânea ou fragilizadas por conta de cisões provocadas por grupos não identificados confessionalmente com a IECLB. A IECLB também mantém mais 31 projetos com recursos oriundos do exterior. A esses projetos devem ser acrescidos, os projetos dos 18 Sínodos, mantidos com a parcela que retorna aos
Sínodos conforme a arrecadação. Confira nas próximas edições um pouco da história de cada um destes projetos! Gisele Mello Coordenação da Campanha Vai e Vem Secretaria da Ação Comunitária Secretaria Geral da IECLB
Este é o tema do 20º Congresso Nacional da Juventude Evangélica (Congrenaje), que traz como lema Porque as pessoas veem as aparências, mas Eu vejo o coração (Samuel 16.7b). Neste ano, vamos nos reunir em Maripá/PR, Sínodo Rio Paraná, nos dias 18 a 22 de julho, onde queremos responder à pergunta: pelo que bate o nosso coração? Pode ser por uma paixão, pelo amanhecer do sol a cada dia, pela coragem de prosseguir lutando por um futuro ou um sonho, pela nossa família, pela Igreja ou pela Missão de Deus, que pode ser nossa paixão também. Neste Congresso, vamos conversar, refletir e descobrir com os nossos colegas e amigos de todo o Brasil pelo que bate o coração das juventudes na IECLB. Caso você queira participar dessa reflexão, mobilize o seu grupo, organize a caravana e vá até Maripá. Esta descoberta pode vir a partir da sua participação nas oficinas do Fest’Art, no Grito da Juventude, durante as palestras, inclusive nos momentos de sensibilização para a inclusão, nas reflexões a partir do que será apresentado nas tendas sinodais, nos momentos de meditação e espiritualidade ou mesmo nos momentos de convivência. Participar deste evento possibilita, a cada um e a cada uma de nós, rever amigos e amigas, iniciar novas amizades, conhecer lugares diferentes e fazer parte desta história da Juventude Evangélica. O Congrenaje e o Fest’Art, que vêm acontecendo a cada dois anos, têm o intuito de mobilizar e motivar a juventude a mostrar a sua cara e ser protagonista no testemunho da fé cristã na sociedade em que vivemos.
Jorev Luterano - Abril - 2010
Comportamento 13
Tempos difíceis, tempos de fé
Dando sequência à série de matérias especiais em comemoração aos 60 anos da IECLB, nesta edição o P. em. Dr. Martin Norberto Dreher, Doutor em Teologia pela Universidade de München, Alemanha, e Professor nos cursos de graduação e pós-graduação em História, vai apresentar os primórdios da igreja luterana no Brasil (com base nas obras ‘História do Povo Luterano’, ‘Igreja e Germanidade’ (Editora Sinodal) e ‘Imigração Alemã no Rio Grande do Sul-Recortes’ (Oikos Editora)
A história da IECLB está intima- opoldo/RS trouxeram Pastores consigo, chegariam a erguer um prédio usado mente relacionada com a miséria a que foi com o seu auxílio que foram criadas exclusivamente como templo. estiveram submetidas vastas popula- as primeiras Comunidades: Nova FriComo faltavam Pastores, os imições européias ao longo do século XIX. burgo (1824), São Leopoldo (1824) e grantes tiveram que improvisar: o PasBasta que lembremos alguns números Três Forquilhas (1826). tor foi eleito do seio da Comunidade. O que espelham o que foi a expulprincípio teórico luterano do sasão populacional ocorrida na Eucerdócio geral de todos os crenropa. De 1800 a 1845, foram 1,5 tes era posto em prática nessas milhões de pessoas. Já entre 1845 congregações brasileiras. Surgia, e 1875, 9,5 milhões. assim, o ‘pastor colono’. Ao lado Êxodo rural, industrializadas suas atividades na agricultução, reformas agrárias fracassara, ele também assumia funções das, crescimento desenfreado pastorais. Mais tarde, quando dos centros urbanos, colapso da chegaram ao Brasil os Pastores agricultura em consequência da ordenados, formados em Semiimportação de produtos produnários Teológicos ou em univerzidos a custos bem inferiores na sidades, esses pastores colonos Casa paroquial, Igreja e escola, em São Leopoldo/RS Austrália, na Argentina e nos Nesta Igreja, que, pelas leis vigentes, não podia ser reconhecível exteri- foram pejorativamente designaEstados Unidos - tudo isso levou ormente como Igreja, constituiu-se o Sínodo Riograndense, em 1886 dos de ‘pseudopastores’. Como o europeu a procurar ‘fazer a vida’ em No Rio de Janeiro, a capital do Impé- o pastor colono muitas vezes também outros continentes. O sonho por um pe- rio, a comunidade evangélica seria fun- assumia as funções de mestre-escola e daço de terra nas Américas foi a mola dada em 1827 por Comerciantes e Arte- como a escola era ao mesmo tempo o propulsora que levou milhões à beira sãos liderados pelo Cônsul da Prússia. templo da Comunidade, surgiu o bida miséria absoluta a emigrarem. Em Santa Catarina, os primórdios estão nômio escola-igreja, professor-pastor, Alemães, suíços, holandeses, dina- ligados à colônia Santa Isabel, de onde característico para o maior período da marqueses, noruegueses, suecos, aus- se originou também a vida luterana em história da IECLB. tríacos, italianos, poloneses, russos, es- torno de Blumenau (1850) e Dona panhóis e muitos outros mais migram Francisca-Joinville (1851). para o Brasil. Entre eles, encontramos O todo, porém, vale para os primuitos protestantes: luteranos, unidos, meiros 40 anos de história das coreformados, valdenses, anabatistas. munidades evangélicas, que mais Muitos deles viriam a formar, mais tar- tarde viriam a formar a IECLB, na de, a IECLB. Temos aqui uma das pri- época entregues a si mesmas, ou meiras características dessa Igreja: uma melhor, à graça de Deus. Os imipluralidade de formas de expressão da grantes tiveram que organizar a piedade. Seu luteranismo é resultado sua própria vida eclesiástica. Os de concessões e discussões, mas tam- primeiros cultos foram celebrados bém da convivência e do crescimento em cabanas cobertas com folhas de das suas bases: as Comunidades. palmeiras. Tratavam-se basicamenOs primórdios não foram nada fá- te de cultos domésticos. Mais tarde, ceis. Os imigrantes foram assentados construíram o primeiro prédio coprincipalmente nas três províncias me- munitário, a escola, na qual, aos doridionais do Brasil: Rio Grande do Sul, mingos, também eram celebrados Santa Catarina e Paraná, mas houve os cultos. Ao lado da escola, enconassentamento considerável no Espírito trava-se o cemitério comunitário, Santo. Grupos menores foram estabe- pois no cemitério público, adminislecidos em São Paulo, Rio de Janeiro e trado pela Igreja Católica, protesMinas Gerais. Como os primeiros imi- tantes não podiam ser sepultados. grantes de Nova Friburgo/RJ e São Le- Somente em anos posteriores é que Kolonien Suedbrasilien
Destino: colônia de São Leopoldo A colônia alemã de São Leopoldo foi a primeira do seu gênero instalada no Rio Grande do Sul. Ali se ensaiou um modelo agrícola que seria alternativa à economia baseada no latifúndio monocultor até então único no Brasil. Ele pode ser designado de economia baseada no regime da pequena propriedade familiar policultora e foi instalado em unidades de convivência humana, designadas de ‘picadas’. Picada era uma forma de penetração na floresta subtropical com 6,6m de largura, também designada de estrada ou linha, ao longo da qual eram instaladas famílias em propriedades que tinham, As picadas: o começo na mata virgem
Os primeiros imigrantes alemães chegaram à colônia em 1824
originalmente, largura de 220 e profundidade de 3.300 metros ou 72 hectares. Cada colônia tinha o seu Stadtplatz, sua sede, para a qual convergiam as picadas. Nela residia a administração da colônia, o Diretor e os seus auxiliares, não raro, Engenheiros. Os primeiros imigrantes alemães chegaram à colônia em 25 de julho de 1824. Já em 1830, o Stadtplatz de São Leopoldo contava com 86 de 182 residências, nas quais residiam etnias distintas da alemã. Nas picadas, logo surgiriam centros de vida comunitária: cemitérios, escolas, capelas e as vendas. Na segunda metade do século XIX, estes centros comunitários ainda experimentariam o advento de associações e sociedades das mais variadas, incrementando a vida cultural e comunitária. Foi em torno destas instituições das picadas que surgiram novas vilas, que concorriam com o Stadtplatz e deram, mais tarde, origem a novos municípios. O Stadtplatz passaria a contar com Câmara de Vereadores em 1846 e seria elevado à condição de cidade em 1864, o que mostra o seu rápido desenvolvimento.
Jorev Luterano - Abril - 2010
14 Deutsche Seite
Der zerrissene Vorhang In den drei ersten Evangelien wird uns berichtet, dass in der Todesstunde Jesu der Vorhang im Tempel von oben bis unten aufriss. Nach dem Evangelisten Johannes ist Jesus mit dem Ausruf “Es ist vollbracht” gestorben. Wir glauben, da besteht ein Zusammenhang. Es wird sich lohnen, einmal darüber nachzudenken. Was ist das für ein Vorhang, von dem hier die Rede ist? Stellen wir uns einmal den Tempel, wie er zur Zeit Jesu aussah, vor. Er war von Herodes dem Großen 20-10 vor Christi Geburt prächtig und großzügig auf der Stelle des alten, zerstörten Tempels erbaut worden. Der eigentliche Tempel war ein Gebäude von etwa 8 mal 24 Metern im Grundriss, in zwei Teile (das Heilige und das Allerheiligste) geteilt. Die übrigen Gebäude waren große Galerien und Vorhöfe für die Priester, für die jüdischen Männer, für die jüdischen Frauen und für die Masse der Heiden, die alljährlich zu den großen Festen, die das jüdische Vollk feierte, zusammenzuströmen pflegten. Das Allerheiligste durfte nur einmal im Jahr betreten werden, und zwar von dem Hohenpriester, am großen Versöhnungstage, an dem die Sünde des ganzen Volkes vor Gott gesühnt wurde. Heiliges und Allerheiligstes waren durch einen schweren, doppelten Vorhang voneinander getrennt. Das Allerheiligste war dunkel und zur Zeit Jesu und der Apostel, wo die Bundeslade nicht mehr existierte, völlig leer. Gott wollte im Dunkeln wohnen. Der schwere Vorhang trennte den Schöpfer von seinen sündigen Geschöpfen. Es ist eigentlich erschreckend: Das Volk Israel verstand sich selbst als das Volk Gottes. Es wusste: der wahre Gott kann nicht “sichtbar”, in Bildern und Statuen verehrt werden. Es
Gott ist erfahrbar geworden. Er will nicht mehr im Dunkeln wohnen. Er redet eine deutbare Sprache
Der Baum des Lebens Es ist Karfreitag früh, noch fast dunkel; ich gehe einen Berg hoch. Der Weg ist steinig und die winterliche Landschaft ist trostlos. Ich wünschte, dass jemand mit mir gehen würde; ich wünsche mir hier oben ein Zeichen des Lebens zu finden. Auf einmal sehe ich: Vor mir steht ein Baum und ein Kreuz. Der Baum sieht tot aus: an ihm hängen weder Blätter, noch Blumen oder Früchte. Nur die nackten Äste werden von dem kalten Wind bewegt. Daneben steht ein leeres Kreuz. Es scheint auch vom Tod zu erzählen. Es ist ein ziemlich trauriger Anblick, der das Herz fragen lässt: Besteht hier etwa noch Grund zur Hoffnung? Dann plötzlich zeigt sich die Sonne am Horizont und die ersten Morgenstrahlen erhellen den Baum, strahlen das Kreuz an und wärmen dabei auch mein Gesicht. Auf einmal wird mir auch um das Herz warm: Gewiss, es besteht Grund zur Hoffnung! Der leere Baum und das Kreuz zeigen doch kein endgültiges Bild, sondern nur einen Teil des Ganzen. Ich weiß: wenn mal der dunkle und kalte Winter vorbei ist, zeigt der Baum, dass er doch nicht tot war. Es dauert nicht mehr lange, und schon werden sie zu sehen sein: Die neuen grünen Blätter, die Blüten, die schmackhaften Früchte! Aus dem Kreuz wird auch ein Zeichen des Lebens werden. Wenn der dunkle Karfreitag vorbei ist, dauert es nicht mehr lange bis der gekreuzigte Jesus den Tod besiegt. Dann bekommt ein solches Bild eine neue Perspektive: Ich halte mich nicht an den Zeichen des Todes fest, sondern Gott ermöglicht es mir, darüber hinweg zu sehen. Durch den Glauben kann ich wieder die Hoffnung und die Gewissheit haben, dass der Tod nicht das letzte Wort hat.
Das leere Kreuz Christi und der noch blattlose Baum erzählen von Hoffnung und neuem Leben
Pfarrer Lindolfo Weingärtner
lehnte den Weg des Heidentums, seine Götter zu verehren, ab, es klammerte sich an den einzigen, unsichtbaren Gott. Aber kann man auf die Dauer mit einem Gott leben, der im Dunkeln wohnt? War der Vorhang für alle Zeiten aufgehängt? Und nun lesen wir in den Evangelien, dass in der Todesstunde Jesu dieser Vorhang von oben bis unten. zerriss. “O Heiland, reiß den Himmel auf!” heißt es in einem alten Lied. In dem Augenblick, als Jesus starb, veränderte sich etwas grundlegendes im Verhältnis Gottes zu den Menschen. Gott war aus dem Dunkel, aus seiner Verborgenheit ins helle Licht getreten. Das Heilswerk Gottes in Jesus Christus war vollendet. Es ist vollbracht. Gott sei gelobt, es ist vollbracht! Auch in unserer Erfahrung wohnt Gottt erst einmal im Dunkeln. Das Dunkel kann so groß werden, dass wir an Gottes Existenz zweifeln. Der Vorhang scheint undurchdringlich und endgültig zu sein. Doch nun sagen uns die Zeugen des Todes und der Auferstehung Jesu: Der Vorhang ist zerrissen. Gott ist erfahrbar geworden, er redet eine deutbare Sprache. Heute noch wirst du mit mir im Paradiese sein! Spätestens in unserer Todesstunde wird sich der Vorhang auch für unsere Augen öffnen. Wir werden Gott schauen, wie er ist. Der auferstandene Christus ist unser Bürge dafür, dass das Heilswerk vollbracht ist. Er wird das Licht der Welt sein für alle Ewigkeit.
Theologe Jaime Jung
Das Kreuz Christi und der Baum haben Gemeinsamkeiten: In beiden kommen das Senkrechte und das Waagerechte zusammen. Einerseits sehe ich diese vertikale Linie vom Kreuz und vom Baumstamm. Sie verbindet Oben und Unten, Himmel und Erde: Es ist wie die Verbindung zwischen Gott und der Welt. Anderseits sehe ich die horizontale Linie des Kreuzes und die nach außen ausgebreiteten Äste des Baumes: Diese symbolisieren die Verbindung zwischen den Menschen untereinander. Jesus stirbt und aufersteht, damit ein neuer Anfang zwischen Gott und den Menschen geschieht, und auch zwischen den Menschen unter sich. Bald wird dieser Baum erneut Lebensraum für unzählige Lebewesen bieten: Orchideen, Insekten, Vögel. So auch das Kreuz des Auferstandenen Christus: es ermöglicht Vergebung und neues Leben für Gottes Kinder. Mein Weg an diesem Morgen war lang; lang wird er wohl noch sein. Dann entdeckte ich die Sitzbänke, die unter dem Kreuz stehen. Dort kann ich neue Kraft schöpfen, ja dort unter dem Kreuz. So setze ich mich hin. Dann kommen auch andere Menschen den Berg hoch. Sie nehmen Platz neben mir, wir lernen uns kennen, wir teilen das Brot und erneut machen wir uns weiter auf den Weg: jetzt aber gemeinsam. Der Baum und das Kreuz bleiben auf dem Berg; der Frühling und der Ostermorgen sind aber schon nah.
Jorev Luterano - Abril - 2010
Compartilhar 15 Neste espaço, a Comunidade pode compartilhar os momentos significativos da vida cristã, como Nascimento, Batismo, Confirmação, Bênção Matrimonial, Encontros Familiares, Bodas e Sepultamento.
Entre em contato conosco!
Falecimento Comunicamos o falecimento da nossa querida mãe, sogra, avó e bisavó
Falecimento
ALICE BRINGMANN SCHNEIDER
WALDIR BERGER Waldir Berger, nascido em 5 de fevereiro de 1951, em Itaguaçu/ES, filho de Rodolfo Berger (in memoriam) e Ilda Dubberstein Berger, casou-se com Luiza Barth Berger no dia 13 de dezembro de 1975, em Novo Hamburgo/RS, sendo o casamento abençoado com dois filhos, André e Eduardo (in memoriam) e uma filha, Fernanda. Waldir Berger foi fundador da Paróquia da IECLB em Colatina/ES, onde exerceu o Ministério Pastoral no período de 1976-1981 e na Paróquia de Santa Maria de Jetibá/ES, de 1981-1984. Nos últimos anos, trabalhou como escriturário na Secretaria Municipal de Saúde de Santa Maria de Jetibá. Waldir Berger faleceu no dia 4 de dezembro de 2009, com 58 anos e 10 meses, deixando enlutados a esposa, Luiza, o filho, André, a nora, Márcia, a filha, Fernanda, a mãe, Ilda, e demais familiares, amigos e amigas, colegas de Ministério e membros das Paróquias onde atuou como Pastor. A família de Waldir Berger agradece a todos que manifestaram carinho, solidariedade e apoio neste momento. Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós...
nascida em Linha do Rio, município de Candelária, no dia 18 de maio de 1925 e falecida no dia 2 de dezembro de 2009, em sua residência, em Linha Tigre, Arroio do Tigre, com 84 anos, 6 meses e 14 dias, tendo sido sepultada no Cemitério da Comunidade Martim Lutero de Arroio do Tigre/RS. Alice, filha de Júlio Ernesto Bringmann e Amanda Jappe Bringmann, era casada com Olíppio Reinoldo Schneider, que a antecedeu na morte. Alice foi assinante do Jorev Luterano por 68 anos e era também integrante dos Encontros da Família Jappe. Alice Schneider deixa enlutados uma filha, cinco filhos, cinco noras, onze netos, uma bisneta, uma irmã, dois irmãos, um cunhado, uma cunhada, o Grupo de OASE e a Comunidade Martim Lutero. Os familiares agradecem a Pastora Carla Grossmann e o esposo Luciano Seidel pelos cantos e pelas palavras de consolo, fé e carinho. Agradecem também pelas coroas e flores enviadas por entidades, parentes e amigos. Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Romanos 1.16
Falecimento Com pesar e saudades, os familiares de SELMA BERTHA WEIMER (nascida Schünemann)
Falecimento Com pesar, participamos o falecimento de LEONILDA FLORENTINA WELZEL KLEIN nascida em 10 de setembro de 1923, em Ibirubá/RS, onde também casou, em 3 de outubro de 1941, com Theobaldo Klein. Na vida matrimonial, foi abençoada com um filho, Hildemar, e duas filhas, Ledi e Marli. Na Comunidade Evangélica de Ibirubá, Leonilda participou ativamente no Grupo de Estudos Bíblicos, entre outros. Leonilda Klein veio a falecer no dia 17 de agosto, poucos dias após completar 86 anos, tendo sido sepultada no Cemitério Evangélico de Ibirubá. A família enlutada (o filho, as duas filhas, a nora, os dois genros, dez netos, sete bisnetos, um irmão, duas cunhadas e um cunhado) agradece a todos que expressaram a sua solidariedade, em especial ao Coral da OASE e ao Coral do Clube Divertido. A pessoa vê o exterior, porém o Senhor vê o coração. Samuel 16.7 Versículo bíblico da sua Confirmação
participam o seu falecimento, ocorrido no dia 6 de julho de 2009, no hospital da Unimed de Ijuí/RS, tendo alcançado a idade de 91 anos, 6 meses e 16 dias. Nascida no dia 19 de janeiro de 1918, em Augusto Pestana/RS, filha de Reinoldo Schünemann e Elza Schünemann, casou-se com Affonso Weimer no dia 22 de abril de 1939, sendo membro da Comunidade Evangélica desta cidade. Selma Bertha Weimer deixa enlutados três filhos, uma nora, um irmão, quatro cunhadas, dois cunhados, dois netos e quatro bisnetos. Deus é nosso refúgio e nossa força, socorro que não falta em tempo de aflição. Salmo 46.1
Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios
Rua Senhor dos Passos, 202/4º - 90.020-180 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419 E-mail: jorevluterano@jorevluterano.com.br Site: www.jorevluterano.com.br
O Sínodo Centro-Sul Catarinense, formado por 27 Paróquias, 132 Comunidades, 79 Pontos de Pregação e 25 mil famílias-membro, cuja ênfase missionária é visitação às Paróquias, cursos de aprofundamento, troca de experiências de Paróquia para Paróquia e conscientização e integração das Comunidades para um trabalho missionário permanente, está representado nesta Editoria por nossa gente luterana Ari Osvaldo Weiss e Renato Luís Ribeiro
no rumo
certo
Sonho que todo membro da IECLB não seja um mero ouvinte do Evangelho, mas fiel e comprometido praticante
Formado em Administração, na IECLB Ari Weiss é Secretário Executivo do Sínodo Centro-Sul Catarinense “Como funcionário da Igreja, tenho espaço amplo e livre para viver a minha fé, baseada em Jesus Cristo como Senhor e Salvador da minha vida, a quem devo obediência e fidelidade, não por obrigação ou constrangimento, mas por gratidão”. Como Secretário Executivo, Ari tem uma visão mais abrangente da IECLB, entendendo melhor as suas normas e regulamentos e conhecendo a estrutura funcional da Igreja. Como Presidente da Comunidade, vivencia a realidade local, com seus desafios e limitações. Luterano de nascimento, o Presbítero iniciou a sua caminhada na Igreja na Escola Dominical, foi Presidente da JE de Florianópolis, casou na IECLB e, junto com a sua esposa, coordenou o trabalho com Casais da Comunidade. Atualmente, o casal lidera um grupo de estudo bíblico. Ari também já ocupou os cargos de Tesoureiro e Vice-Tesoureiro da Comunidade, Vice-Presidente da Paróquia e Representante do Sínodo no Lar Rodeio 12 “Considero-me um privilegiado por ter nascido e crescido dentro de uma Igreja Cristã, especialmente na
IECLB. Isso determinou o rumo da minha vida”. São quatro os grandes temas no Sínodo Centro-Sul Catarinense: missão, formação e capacitação de lideranças/Presbíteros, cuidado com os Obreiros e suas famílias e busca pela sustentabilidade das Paróquias e Comunidades por meio de ofertas e contribuições, o que também é um desafio, juntamente com a tarefa de, como Igreja Evangélica, buscar respostas na Bíblia para as questões, sempre apontando para a centralidade de Cristo. Além disso, dar conta do desafio de ser missionária e evangelística, perceber as dores e anseios da Comunidade e sociedade em geral, apresentando respostas e ações rápidas, e, por fim, desenvolver atividades que motivem o jovem a permanecer na Igreja. O que poderia melhorar na nossa Igreja? “Ser mais missionária e acolhedora, uma Igreja que tenha contato com o lado mais brasileiro da nossa cultura, abrace os visitantes nos momentos de culto e tenha unidade nas questões inegociáveis do Evangelho, mas respeite a diversidade”, resume Ari Weiss, cujo sonho para a IECLB é que todo membro não seja um mero ouvinte do Evangelho, mas fiel e comprometido praticante.
nós somos Renato Luís Ribeiro, 45 anos, catarinense de Rancho Queimado, Bancário, casado com Maria Goreti e pai de Bruna Maria e Beatriz Maria, faz parte da Comunidade de Campinas, Paróquia de São José, Sínodo Centro-Sul Catarinense ”Expresso a minha fé por meio da leitura da Palavra, oração, comunhão com os irmãos e participação ativa nos trabalhos da Comunidade“.
unidade
Bacharel em Ciências Econômicas, Renato conta que, no seu ambiente de trabalho, o espaço para a fé tem que ser disputado com muitas outras correntes de pensamentos, o que exige disponibilidade para desafios e questionamentos, por isso o Bancário busca demonstrar a sua crença por meio de atos e decisões. De ‘berço luterano’ e com presença na Igreja desde criança, Renato revela que foi durante a sua juventude, em um Encontrão Jovem, em Ituporanga, que tomou posição a respeito do chamado de Jesus. Na sequência, Renato foi Professor da Escola Dominical, Presidente, Tesoureiro e Vice-Tesoureiro da Comunidade e VicePresidente da Paróquia. Atualmente Presidente de Paróquia e Vice-Secretário Sinodal, o Presbítero ainda atua, juntamente com a sua esposa, nas atividades da JE de Campinas e na Missão Criança, que trabalha com crianças do Batismo até os quatro anos. Quanto aos temas relevantes, o Sínodo Centro-Sul Catarinense dedica-se ao assunto ‘missão’ tanto em sua área de abrangência, com o Projeto realizado em Laguna e o programado para Biguaçu, como o projeto do Sínodo Mato Grosso em Santarém e o projeto no
Ari Osvaldo Weiss, 46 anos, natural de Curitiba/PR. Administrador, casado com Elfy Margrit Göhring Weiss e pai de Arthur pertence à Comunidade de FlorianópolisCentro, Paróquia em Florianópolis, Sínodo CentroSul Catarinense “No meu cotidiano, a fé está em cada momento, em todas as horas, em situações fáceis ou difíceis. Creio que a fé em Cristo molda ou deveria moldar o nosso caráter. Para sermos justos, amarmos o próximo e principalmente o nosso ‘inimigo’, precisamos estar ligados a Cristo”.
O ‘caminhar junto’ deve ser exercido diariamente pela IECLB e pelos Sínodos
Sínodo da Amazônia. No campo dos desafios, o Sínodo tem buscado agir proativamente junto a Paróquias, Comunidades e Obreiros, fazendo que o significado da palavra Sínodo (caminhar junto) seja realmente posto em prática. O que poderia melhorar na nossa Igreja? “Com a reformulação na Igreja e a criação dos Sínodos, demos um grande passo para estarmos perto das nossas Paróquias e Comunidades, mas esse caminhar junto deve ser exercido diariamente, pela IECLB e pelos Sínodos, mostrando que nós somos unidade e buscamos o mesmo objetivo: a divulgação da palavra de Deus por meio da proclamação do Evangelho, dando oportunidade para que as pessoas cheguem ao pleno conhecimento da verdade”, define Renato, que sonha com uma IECLB firme e baseada na Palavra de Deus, que as pessoas se sintam à vontade para expressar a sua fé e se engajar nos trabalhos de divulgação do Evangelho e que a Palavra possa alcançar cada vez mais pessoas, de forma que, como Igreja, possamos ser um corpo do qual Cristo é a cabeça e nós, seus membros, sendo todos de vital importância.