Jornal Evangélico Luterano - Ano 40 - nº 742 - Agosto 2011

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Jorev Luterano - Agosto - 2011

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Editorial

O Sínodo Centro-Sul Catarinense

Visitação às

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esde a edição de março, pelas próximas 13 edições, vamos trazer nas Editorias Ministério, Presbitério, Mulheres e Gente Luterana representantes do mesmo Sínodo, de forma a mostrar a grande diversidade presente na nossa IECLB, proporcionando uma rica troca de experiências entre os Sínodos, com o objetivo principal de compartilhar informações e testemunhos que serão fonte de inspiração para todos os interessados no cumprimento da missão da IECLB no Brasil e no mundo.

Nesta edição, dedicada ao Sínodo Centro-Sul Catarinense, o Pastor Dietmar Wimmersberger e as lideranças Arlindo Lippel, Marilena Vidi, Claudinei Vicenzi e Elsa Janssen contam um pouco sobre a sua trajetória pessoal, a caminhada na IECLB, além de metas, dificuldades e sonhos envolvidos em ser IECLB na região. O Sínodo Centro-Sul Catarinense, com sede em Florianópolis/SC, formado por 34 Paróquias, 150 Comunidades e

Paróquias e integração das Comunidades para o trabalho missionário permanente

40 mil famílias-membro, cuja ênfase missionária é visitação às Paróquias, cursos de aprofundamento, troca de experiências entre Paróquias e conscientização e integração das Comunidades para um trabalho missionário permanente, tem como Pastor Sinodal o P. Sigolf Greuel. O Jorev de agosto também apresenta, nas páginas centrais, Editoria Unidade, a Série Cuidar bem do bem da IECLB, nesta edição tendo como enfoque a Missão na nossa Igreja, um texto elaborado com base na palestra

do P. Dr. Gottfried Brakemeier para a Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem. Fé Luterana, de maneira a estimular a reflexão sobre os ensinamentos da Bíblia e a confessionalidade luterana, traz dois textos sobre a temática Vícios e dependências. Uma bela homenagem ao Dia dos Pais, em mensagem do Pastor Sinodal João Willig, ganhou destaque da Editoria Comportamento.

Boa leitura!

Atendimento ao leitor Cislaine Becker Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419

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Este espaço é seu! A sua opinião é fundamental no nosso trabalho. Conhecer as suas preferências, ouvir as suas dicas de pauta, as suas sugestões para o jornal e os seus comentários sobre as matérias é muito importante para que possamos sempre oferecer um Jorev melhor para você.

Corpo da Igreja

Faça o seu Jorev Luterano. Escreva para nós e participe! Estamos esperando o seu contato!

Abraço, Elsa Janssen

Pastor Presidente P. Dr. Nestor Friedrich

Parabéns à equipe do Jorev Luterano pela criação da Editoria Gente Luterana, um espaço que se traduz em mais visibilidade ao corpo da Igreja em nosso País.

Secretária Geral Diác. Ingrit Vogt Jornalista Letícia Montanet

Reg. Prof. 10925

Administrativo Cislaine Becker

Família unida Escrevo para participar que a minha família e eu gostamos muito do Jornal Evangélico Luterano. O Jorev está ótimo e vocês estão de parabéns! Um abraço a todos, Roberto Becker

Grande Igreja Capa A capa presta uma homenagem ao Dia dos Pais, especialmente aos que tem a paternidade responsável como uma missão de amor. Leia matéria especial sobre a paternidade na Editoria Comportamento, página 13.

Estou muito contente com o Jorev. Melhor impossível! Tem notícias da nossa Igreja e de todas as Paróquias do Brasil. Agradeço e aproveito para dizer que é por meio do Jorev que os membros ficam sabendo o verdadeiro tamanho da nossa Igreja. Parabéns a toda a equipe de colaboradores. Abraços, Arlindo Marques

ISSN 2179-4898 Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios

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Curtas

Planejamento em Brusque Visando a planejar e agir com estratégias claras e definidas das suas ações, a Comunidade de Bateas, em Brusque/SC, reuniu o Presbitério durante os meses de março e abril para fazer o seu Planejamento Estratégico, que contou com a coordenação do Assessor Teológico do Sínodo Vale do Itajaí, P. Dr. Emilio Voigt. Após uma análise da realidade atual da Comunidade, partiu-se para a colocação dos principais objetivos a serem alcançados a curto, médio e longo prazos. Os encontros foram sempre produtivos e de muita reflexão sobre o ser Igreja de confissão luterana no meio religioso e na realidade em que vivemos.

Vida no limiar da morte Evangelho quer dizer Boa Nova. Evangelho quer dizer saúde. Assim motivadas, 42 pessoas se reuniram no dia 7 de maio, na Comunidade do Centro de Florianópolis/SC, para o primeiro módulo do curso Vida no Limiar da Morte, sob a assessoria da Diác. Leila Schwingel. Neste primeiro momento, foi abordada a questão A doença e a Bíblia sob a ótica de como Jesus se relacionou com os doentes. Temas como Visitação, Espiritualidade, Perdas e luto, Eu e a minha morte, serão abordados nos módulos seguintes, com o objetivo de capacitar para o ministério da visitação. O curso foi elaborado pela Secretaria da Ação Comunitária, da Secretaria Geral da IECLB, por meio da Coordenação de Diaconia, e apoiado pelo Sínodo Centro-Sul Catarinense.

‘Coralão’ da Juventude O Conselho de Música e o Conselho da Juventude Evangélica (JE) da União Paroquial Jucu realizaram, no dia 4 de junho, a 6ª edição do ‘Coralão da JE’, reunindo cerca de 40 jovens nas dependências da Comunidade em Ponto Alto/ES, para cantar e aprender novos cânticos. O encontro contou com a assessoria de um grupo de alunos e Professores da Associação Diacônica Luterana, em Serra Pelada – Afonso Cláudio/ES, que, munidos de instrumentos e partituras, conseguiram animar e ensinar novos hinos, principalmente ligados ao Tema 2011 da IECLB, Paz na Criação de Deus, e outros voltados para o público juvenil. O evento encerrou com a participação especial no culto da Comunidade, conduzido pelo P. Valdeci Foester, Assessor Teológico da JE na UP Jucu, que enfocou o Tema do Ano.

Cristãos de bons costumes

Mensalmente, a Comunidade de Canela/RS promove o ‘Café de homens’ com o objetivo de reunir cristãos de bons costumes para uma conversa informal sobre assuntos importantes para toda a Comunidade e as famílias canelenses. Atualmente, participam cerca de 30 homens por reunião e, para cada encontro, são convidados profissionais de diferentes áreas para interagir com os presentes. No último encontro, o convidado foi o Coronel aposentado Nelson Pafiadache da Rocha, que trouxe informações sobre segurança pública.

Piquenique ecológico As crianças do culto infantil da Comunidade de Santa Maria de Jetibá/ ES fizeram um Piquenique Ecológico no dia do Meio Ambiente, 5 de junho, na Comunidade de Serra dos Pregos. O encontro teve início na Igreja, com canto, oração e meditação baseada em João 15 Eu sou o tronco e vocês, os ramos, relacionando com os benefícios que a árvore traz. Várias brincadeiras e lanches deliciosos para partilhar também fizeram parte do dia. Para finalizar, o grupo fez uma grande roda em volta das árvores do local e, depois, cada um abraçou uma árvore, simbolizando o compromisso de sempre cuidar bem da natureza, pois ela é fonte de sobrevivência.

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OFERTAS NACIONAIS 14 de agosto 9º Domingo após Pentecostes Música e Liturgia na IECLB Música e liturgia estão no coração da vida comunitária na IECLB. Nos cultos, devocionais, Bênçãos Matrimoniais, velórios, sepultamentos e em tantas outras ocasiões, recorremos à música e à liturgia para celebrar a presença de Deus em nosso meio, expressar a nossa dor, alegria, esperança e intercessão. 21 de agosto 10º Domingo após Pentecostes Trabalho junto às Pessoas com Deficiência O trabalho junto às pessoas com deficiência na IECLB visa a proporcionar aos Sínodos a oportunidade de realizar Seminários, Cursos e Oficinas sobre o tema inclusão e deficiência, além da elaboração de materiais, como o Subsídio para a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência.

INDICADORES FINANCEIROS

Banco de

memórias O Grupo Rebeca e o Grupo Amigas em Cristo, os dois grupos de OASE da Paróquia Cristo Bom Pastor, em Joinville/ SC, festejaram alegremente com as aniversariantes do primeiro semestre. Refletindo sobre o Salmo 90, os grupos destacaram: a transitoriedade da vida humana, a eternidade de Deus e a necessidade da sabedoria para viver na transitoriedade, por isso oraram como o salmista Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio (Salmo 90.12). Na mensagem às aniversariantes, o P. Renato Creutzberg disse “Não temos mais acesso ao ontem e pouca influência sobre o amanhã, mas hoje é um presente de Deus para ser compartilhado com todos os que nós amamos. Vamos aproveitar, hoje, criar um banco de memórias para lembrarmos quando estivermos refletindo sobre como o tempo voa”.

UPM Julho/2011

2,7631

Índice Junho/2011

0,02%

Acumulado do ano

4,14%

100 milhões de Bíblias Uma sessão especial no Senado Federal comemorou, no dia 20 de junho, a impressão da centésima milionésima Bíblia produzida pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB). Cerca de 100 convidados acompanharam a cerimônia, que contou com a presença do Presidente da SBB, Adail Carvalho Sandoval, do Diretor Executivo, Rudi Zimmer, do Secretário de Comunicação e Ação Social, Erní Seibert, e do Gerente Geral da Gráfica da Bíblia, Celio Emerique. Os 100 milhões de exemplares da Bíblia foram contabilizados desde 1995, quando a Gráfica da Bíblia, instalada na sede da SBB, em Barueri/SP, foi inaugurada, na época, um verdadeiro divisor de águas na produção, encadernação e distribuição de literatura bíblica no Brasil e, hoje, um dos maiores centros produtores de Bíblias do mundo.


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Atualidade

Com-viver: uma ‘rede de amigos’ P. DR. ONEIDE BOBSIN Reitor da Faculdades EST

Amor extravagante Graça revolucionária Como na edição anterior, vamos falar sobre festa e extravagância. Desta vez, lembraremos daquele filho mais moço, que pediu a sua herança ao pai e foi para o mundo esbanjá-la, conforme relata o Evangelho de Lucas 15. Assim, em um país distante, viveu em pecado e desperdício, ao qual juntou-se a fome, que assolava o país. Caindo em si, resolveu voltar para casa e viver a vida dos trabalhadores, pois julgava ter perdido a condição de filho. Ao se aproximar da casa, foi surpreendido pelo pai, que correu ao seu encontro de braços abertos, e pediu perdão. Para a surpresa de todos, o pai mandou dar-lhe vestes novas e um anel, além de preparar uma festa, mas o irmão mais velho não conseguiu entender a alegria do pai por ter o filho de volta e com saúde. Uma história recontada por frei Beto atualiza esta passagem bíblica. Um jovem saiu de casa. Longe, levou uma vida difícil e desregrada. Como o jovem bíblico, caiu em si e escreveu uma carta aos seus pais contando tudo o que acontecera, avisando que iria passar de ônibus pela frente da casa e, se visse um pano de prato na goiabeira, desceria. Caso contrário, seguiria a sua viagem solitária. Temeroso, a poucas quadras da casa, avistou a goiabeira e não havia um pano de prato, mas um grande lençol branco. Afinal, por que receber de volta quem esbanjou e desperdiçou a herança? O pai ou a mãe que assim procedesse não estaria sustentando a irresponsabilidade de filhos e filhas que desperdiçam? Estariam aprovando um mau exemplo? Sim, se não houvesse o pedido de perdão. Nem mesmo tal pedido é condição para acolher quem estava perdido. O amor antecede ao perdão. De fato, o amor divino não tem lógica e a alegria de Deus é um absurdo: ignora os nossos cálculos e não faz contas. Em outras palavras, não vale nada. Isto é, não há dinheiro que o compre. Não há equivalente para ele em nossa realidade e dele não há vestígio nem no Mercado nem no Estado. Comenta-se que o grande Teólogo protestante Karl Barth, depois de escrever milhares de páginas sobre a fé, deu a seguinte definição de Deus: aquele que ama. Seguiremos com histórias de Jesus, que nos ensinam a ‘desperdiçar’ com festas a quem julgamos não merecê-las. Deus age assim conosco.

Deus: aquele que ama

Eles podem fazer a diferença!

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erta vez, quatro amigos levaram um paralítico até Jesus. Usando a criatividade, fizeram um buraco no telhado da casa e, assim, romperam as barreiras que impediam de chegar até a cura (Marcos 2). Destaca-se aqui a importância dos amigos. Foram eles que, convivendo com o paralítico, buscaram alternativas para o enfrentamento das limitações. Percebemos as dificuldades que tiveram que enfrentar, como barreiras humanas e arquitetônicas. Nesse tumulto, o Mestre soube ver o que era mais urgente. A fé e a persistência desses personagens se tornaram dignas da atenção de Jesus.

Com esse pano de fundo, queremos relatar um pouco da nossa caminhada na área da inclusão. Logo que chegamos à Paróquia de Buriti, em Santo Ângelo/ RS, procuramos desenvolver parcerias em conjunto com as instituições que já trabalham com inclusão e formar uma ´rede de amigos´ que caminham juntos em busca de soluções para a inclusão das pessoas com deficiência. Em nível de Paróquia, também não privamos as pessoas de conviverem com o nosso filho Pedro, que tem paralisia cerebral, uma prova viva que a interação e O casal, Candidata à Diácona Sônia Hining e P. Vilson Luiz Hining, com os filhos Pedro Henrique, 7 anos, e Luiz Felipe, 3 meses a convivência com essas pessoas possibilitam entrar em sintonia com o seu mundo. Pedro não fala fluentemente e, outro dia, vel! Eles podem fazer a diferença! Como seria se uma senhora, ao observá-lo, percebendo que ele não estivesse estudando em uma escola regular? ele gesticulava, falou ´Vocês entendem tudo o Pode um cego guiar outro cego? (Mateus 15.14b). A interação com o diferente trouxe uma que ele diz!´. Logo ela acrescentou ´Como não vão entender se vocês estão todos os dias jun- nova visão do assunto dentro da nossa Parótos?!´. A conclusão óbvia a que ela chegou é a quia. A prova disso é que em todos os templos mesma que também chegamos: à medida que e salões das Comunidades houve adequações. estamos em contato permanente é que conseguimos O que contribuiu para isso foram a convivência e os trabalhos que a IECLB vem desenvolvendo viver a inclusão. Como cristãos, temos que ´construir pon- nesta área, como a Semana Nacional da Pessoa tes´ e, de forma criativa, ´abrir buracos´ onde com Deficiência, os Seminários em nível sinopossamos tornar a inclusão viável, sem receio dal, os trabalhos em conjunto com as APAEs, de errar, perguntar e se aproximar. Isto porque etc. Todas essas ações têm motivado o diálogo e são elas mesmas que vão nos ensinando o que é a ´construção de pontes´ em nível local. Notamos, todavia, que ainda são poucas as preciso. A inclusão acontece onde existe disposição para a convivência, onde as pessoas estão pessoas que se envolvem com a causa. Normalabertas para o encontro com o diferente. Um mente, quem se engaja é porque possui alguma exemplo são os amigos e os colegas do nosso ligação direta com o assunto. Talvez essa seja filho. São eles que já convivem há quatro anos uma das lutas na qual devamos persistir para juntos que o acolhem e tornam a vida do Pedro que mais amigos e amigas se envolvam. No seu Sínodo, procure informações sobre a Seplena. Isto sem nunca terem recebido um manual prévio de como interagir com ele. Percebe- mana da Pessoa com Deficiência, que ocorre de 21 a mos como os amigos tornam a inclusão possí- 28 de agosto.


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Presidência

Cuidar bem do bem da IECLB

Campanha Vai e Vem!

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omo está indo a Campanha Vai e Vem em sua Comunidade, Paróquia, Sínodo? No lançamento, contei uma história para em que queria sensibilizar a todos no sentido de que, na IECLB, nós também podemos fazer mais! Quando usei esta história pela primeira vez, em um programa de rádio, aconteceu algo muito bonito. Recebi um telefonema em que a pessoa contou que passeava de carro com a esposa quando ouviu o programa. Ele havia gostado da mensagem e, se possível, gostaria de recebê-la por escrito. Dois dias depois, um novo telefonema agradecia o envio da mensagem. Conversamos e veio a pergunta ´A Igreja em que você trabalha tem um sistema de som?´. Disse que não!

Vou dar um sistema de som para a Comunidade! foi a resposta. Era bom demais para ser verdade! Nos meus mais de 25 anos de pastorado na IECLB, atitudes espontâneas foram coisa rara. A sensação era boa, pois o presente iria incrementar os nossos encontros e fazer a diferença nos cultos. O dia de receber o presente chegou. O nosso ouvinte era um senhor de meia idade e trabalhava em uma indústria de calçados na cidade vizinha, onde era membro da IECLB (tinha a sua Comunidade). Em uma pasta, trazia mensagens para enfermos e hinos para enterro. Tudo era bonito e útil. Perguntei ´Qual é o custo?´, ao que ele apontou no final das folhas impressas a frase distribuição gratuita! Não era alguém sem problemas. Este senhor tinha a sua

P. NESTOR FRIEDRICH Pastor Presidente da IECLB

Comissão Jurídico Doutrinária é instalada

Famílias do Clai realizam debate

Agosto Reunidos de 14 a 16 de junho, no Instituto Salesiano Pio XI, em São Paulo/SP, cerca de 40 representantes das cinco famílias confessionais membros do Conselho LatinoAmericano de Igrejas (Clai) dedicaram tempo e energia para a troca de experiências acerca do momento atual das Igrejas e como podem melhor se relacionar com as iniciativas do organismo ecumênico regional. O encontro teve a participação da delegação do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) liderada pelo Secretário Geral, Pastor Olav Fykse Tveit. Em comum, além do do compromisso evangélico, anglicanos, metodistas, presbiterianos, luteranos e pentecostais partilharam a constatação de uma realidade marcada pelas limitações orçamentárias e a paixão que impulsiona a sua criatividade para encontrar novas formas de trabalho. Os luteranos foram representados pelo P. Carlos Möller, Pastor Sinodal do Sínodo Brasil Central e 1º Vice-Presidente da IECLB, que defendeu o planejamento estratégico aliado ao ímpeto missionário como elemento importante para as Igrejas atualmente. “O nosso projeto missionário valoriza a Educação Cristã Contínua como uma alternativa viável”, afirmou. O Secretário Geral do CMI apontou para o desafio de uma nova leitura do papel do movimento ecumênico “Como poderemos nos assegurar que o movimento ecumênico não seja só algo para o passado, mas também para as gerações futuras?”.

cruz para carregar, mas tomou a missão de ajudar Comunidades da IECLB como sinal de gratidão a Deus. Veio o momento do sistema de som e a minha surpresa ao ver o equipamento lacrado, novo. Na Igreja, ao perceber que não havia ventiladores, o senhor também doou para a Comunidade, fez a diferença e criou um nó na cabeça de muita gente que nunca tinha se dado conta que poderia fazer muito mais do que tinha feito até então. Este senhor fez o que o seu coração, tocado por Deus, mandava! Com alegria! Não pediu nada em troca! A Campanha Vai e Vem quer fortalecer a nossa missão, os nossos projetos missionários! A sua ajuda é fundamental nesse processo. Que tal? Vamos fazer mais?

2/8 Diálogo com MEUC Blumenau/SC P. Nestor Friedrich 4/8 Aula Magna ProCAS Luterprev Teutônia/RS P. Nestor Friedrich 10/8 Encontro com Presidente do Conic Porto Alegre/RS P. Nestor Friedrich 11-12/8 Diretoria do Conselho da Igreja Porto Alegre/RS P. Nestor Friedrich 20-21/8 Assembleia do Sínodo Rio Paraná Dourados/MS P. Nestor Friedrich 26/8 Encontro Igrejas Históricas São Paulo/SP P. Nestor Friedrich

A reunião do Conselho da Igreja (CI), com a participação da Presidência e da Secretaria Geral, realizada nos dias 17 e 18 de junho, na sede nacional da IECLB, em Porto Alegre/ RS, iniciou com um momento especial: o culto de instalação da Comissão Jurídico Doutrinária (CJD), celebrado na capela da Paróquia Matriz. O Pastor Presidente da IECLB, P. Dr. Nestor Friedrich, instalou a equipe da CJD, formada por: Titulares Ministros - P. Marcos Butzke (Vale do Itajaí) e Pa. Carmen Siegle (Rio dos Sinos), Suplentes Ministros Cat. Valeria Bock (Rio dos Sinos) e Diác. Ione Georg Pedde (Rio dos Sinos), Titulares graduados em Direito - Loreno Weissheimer (Centro-Sul Catarinense) e Ralf Kirchheim (Vale do Taquari), Suplentes graduados em Direito - Jamenson Schneider (Rio dos Sinos) e Silvio Saul Müller (Centro-Sul Catarinense), Titular Vogal - Osmar Lausmann (Brasil Central) e Suplente Vogal - Carlos Hinkel (Rio dos Sinos). “Estejam alertas, fiquem firmes na fé, sejam corajosos, sejam fortes. Que tudo o que vocês fizerem seja feito com amor (1Co 16.13-14). Que vocês sejam um instrumento de cuidado e bênção para a nossa Igreja”, finalizou o P. Nestor Friedrich.

Sexualidade humana No dia 24 de junho, a Presidência da IECLB emitiu uma Carta pastoral sob o título Sexualidade humana – homoafetividade, em documento motivado por dois fatos recentes: a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 5 de maio, que trata sobre o reconhecimento jurídico das uniões estáveis de pessoas homoafetivas, e a tramitação do Projeto de Lei nº 122/2006, que tornaria crime a homofobia.

Uma retomada de argumentos, lembra a nossa condição de seres amados por Deus e nos conclama para o diálogo respeitoso sobre o assunto. “Somente assim chegaremos a aspectos novos a serem considerados nesse diálogo e aprofundamento”, afirma a Carta pastoral assinada pelo Pastor Presidente da IECLB, P. Dr. Nestor Friedrich.

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Ministério

Evangelização, formação e capacitação de lideranças Qual é o objetivo no trabalho com os Pequenos Grupos? Sempre enfatizei o trabalho com Pequenos Grupos de Estudo Bíblico. Comunidade acontece nos relacionamentos e na intimidade. Os Pequenos Grupos se propõem a ajudar as pessoas a serem encontradas pelo Evangelho de Jesus, criando um ambiente onde experimentem o amor e a graça de Deus, cresçam na vivência do discipulado e vivam em comunidade de serviço a Deus e um ao outro. Os Pequenos Grupos contribuem, ainda, para a concretização de dois grandes desafios da Igreja: formação de lideranças e prática missionária. De que forma se deu o início da sua trajetória pastoral? Durante uma reunião de um Pequeno Grupo de Estudo Bíblico, tomei a decisão de andar com Jesus pela fé e obediência. Um desejo enorme de querer servir a Deus no pastorado invadiu o meu coração. Estudei em Ivoti/ RS e fiz faculdade de Teologia na Faculdades EST, em São Leopoldo/RS. Os meus pais foram grandes incentivadores desta decisão. Também tive o apoio do P. Leonel Winter, que me deu os primeiros ensinamentos a respeito do Evangelho. O P. Nelson Pereira, com quem fiz estágio no período de estudo na EST, em Camaquã/ RS, me auxiliou trazendo a visão da evangelização, do discipulado e do cuidado. O meu primeiro campo de trabalho foi em Joinville/SC, na Paróquia São Lucas. Depois, atuei em

Curitiba/PR, na Comunidade Nova Esperança. Desde 2010, estou em Florianópolis/SC, na Comunidade Centro. Quais são as suas atividades na Comunidade Florianópolis? Nestes 23 anos de Ministério Pastoral, fui moldado e transformado pelo Senhor através do seu Espírito. Tenho tido a responsabilidade e, ao mesmo tempo, o privilégio de servi-lo com dons e habilidades presenteadas por Ele. Além do trabalho comunitário, tenho me dedicado à tarefa da evangelização por meio de palestras em diferentes Comunidades da IECLB. Também tenho me envolvido na formação e na capacitação de lideranças com o uso de recursos, como seminários, que enfatizam a Gestão de Comunidade.

Luterprev Responde

ajudando a planejar o seu futuro Tenho uma pequena empresa, com dez colaboradores e gostaria de contratar previdência complementar para eles. É possível ou planos corporativos são para empresas grandes? Empresas de todos os tamanhos podem contratar planos para os seus empregados. A previdência privada é um importante benefício, pois valoriza os colaboradores e auxilia a empresa a reter os seus talentos. Saber que o empregador está ajudando a garantir o seu futuro certamente pesará na dedicação e na permanência do colaborador no emprego.

Preciso arcar com o total das contribuições? Se o fizer estará dando aos seus

colaboradores um benefício maior e mais consistente, mas a empresa pode optar por pagar parte da contribuição ou, ainda, só oferecer a facilidade de o empregado contratar o plano, descontando as contribuições diretamente na folha de pagamento. Quais os benefícios fiscais na contratação desses planos? Há implicações trabalhistas? Se forem planos instituídos, nos quais a empresa arca com as contribuições, ela pode deduzir os seus investimentos da base de cálculo do Imposto de Renda (IR) a pagar em até 20% do valor da folha de pagamento dos

Como surgiu o a obra Pequenos Grupos? As pesquisas e a elaboração de materiais para grupos e lideranças mostraram que eu poderia trazer uma contribuição importante não somente em termos conceituais do que é um Pequeno Grupo, mas também prático: como e o que fazer. Sob a motivação do Pastor Sigolf Greuel, escrevi Pequenos Grupos - Um guia prático para implementação na Igreja. Os Pequenos Grupos não são uma ferramenta infalível, mas um princípio que supre as necessidades fundamentais do ser humano em virtude da sua dinâmica relacional e da sua eficiência no pastoreio da vida. O propósito é compartilhar como os Pequenos Grupos contribuem para a edificação da Igreja e, ao mesmo tempo, dar subsídios para a implantação e a reformulação desse princípio para Comunidades já constituídas e em formação.

participantes do plano. Quanto à questão trabalhista, as contribuições não têm nenhum reflexo em INSS, FGTS, indenizações, etc. Para o empregador, os planos são uma forma legal de proporcionar benefícios sem gerar outras obrigações e encargos sociais. O que acontece quando o colaborador se desliga da empresa? Nos casos de planos instituídos, os critérios a respeito do uso dos valores pagos pela em-

Os Pequenos Grupos contribuem para a concretização de dois grandes desafios da Igreja: formação de lideranças e prática missionária

presa pelo colaborador vão depender do que ela definir no contrato assinado com a Luterprev. Já o montante de contribuições feitas pelo colaborador, em parceria com a empresa ou sozinho, fica integralmente à disposição dele quando sair, demitindo-se ou sendo demitido. Nesse momento, ele pode optar pelo resgate ou pela permanência no plano, nas mesmas condições que usufruía na empresa, mas assumindo a totalidade da contribuição.

Visite o site da Luterprev (www.luterprev.com.br) e faça uma simulação para a sua aposentadoria complementar. No site, você também encontra um link para encaminhar a sua pergunta à coluna. Se preferir, envie-a diretamente para luterprev@luterprev.com.br, com o assunto Jorev Luterano.


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Presbitério

Igreja viva, dinâmica, atraente e, acima de tudo, cristocêntrica O grande desafio da nossa Igreja é a caminhada conjunta com os nossos Pastores e em torno de um único objetivo

Como a fé se processa no seu dia a dia? O nosso dia inicia com um tempo para a comunhão com Deus e com o outro por meio da oração e da meditação sobre a Palavra. Colocamos diante de Deus o nosso dia, dos nossos filhos, familiares, Pastores e suas famílias, além da nossa empresa, da qual vem o nosso sustento, para que Deus abençoe, guarde e oriente. Procuramos ser testemunhas de Cristo junto às pessoas com as quais convivemos. Na IECLB, qual é a sua trajetória? Sou luterano de berço e sempre vi os meus pais servindo a Deus na IECLB. Participei do culto infantil, da JE e, ainda jovem, do Presbitério da minha Comunidade de origem, Agrolândia/SC. Após a minha transferência para a Comunidade de Rio do Sul, continuei participando da JE, do Presbitério da Comunidade e da Paróquia. Fui líder na JE, Tesoureiro da Comunidade de Agrolândia, Presidente, Vice-Presidente e Vogal da Comunidade de Rio do Sul, Presidente e Vice-Presidente da Paróquia de Rio do Sul. Sou Vice-Presidente da Comunidade de Rio do Sul e Secretário do Conselho Sinodal do Sínodo Centro-Sul Catarinense. A minha esposa e a minha filha são Professoras de culto infantil e, juntamente com a minha esposa, faço parte do grupo de casais. Quais são as suas atividades como liderança da Paróquia de Rio do Sul?

Como representante da Paróquia

junto ao Conselho Sinodal, tenho como responsabilidade ser o elo entre Sínodo e Paróquia, participando de forma ativa de todas as decisões tomadas no âmbito Sinodal e, consequentemente, levando as propostas para Paróquia e sendo um motivador na implantação destas. Temos como meta sermos uma Igreja viva, dinâmica, atraente e, acima de tudo, cristocêntrica. O grande desafio da nossa Igreja, considerando o número de membros, os pensamentos diversos e a quase uma centena de lideranças, é a caminhada conjunta com os nossos Pastores e em torno de um único objetivo. Qual é o saldo da sua dedicação à Igreja? Deus tem colocado no meu coração que é nessa Igreja que Ele quer me usar para servir a Deus, servir a Igre-

ja de Cristo e servir ao próximo. Além disso, a IECLB propicia aos seus membros um servir da forma como Deus coloca no coração de cada um, dando bastante liberdade nessa ação. A minha família sempre fez a sua caminhada na IECLB e estamos felizes com isto. Estes fatores me motivam a sempre me dedicar cada vez mais a auxiliar no cumprimento da missão na IECLB. Mesmo, por vezes, ‘nadando contra a correnteza’, nessa jornada de trabalho, família e Igreja, posso afirmar que é compensador e construtivo oferecermos parte do nosso tempo para a nossa Igreja. Essa gratificação e esse crescimento pessoal vêm em função de estarmos desempenhando funções nobres na face da terra e termos certeza que estamos construindo algo não só para esse mundo, mas para a eternidade.

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10 Mulheres

Cada mulher tem dons e talentos que as tornam únicas No Sínodo, quais são as demandas com as quais as mulheres lidam? Temáticas ligadas à família, à saúde ou às finanças são os desafios. Em especial, a falta de um lar cristão, em que o companheiro ou os filhos ainda não conhecem Jesus. Nestas horas, o suporte do grupo é muito importante, pois é lá que muitas encontram atenção, consolo, conselho e ânimo.

Como é o trabalho com mulheres no Sínodo Centro-Sul Catarinense? Levamos a Palavra de Deus aos grupos e incentivamos a busca diária do Senhor. Para serem guiadas pelo Espírito Santo, as mulheres precisam da intimidade com Deus por meio da Palavra e da oração. Trabalhamos para que todas percebam o quão especiais são, pois recebem o amor de Deus. Cada mulher tem dons, talentos e características que as tornam únicas: queremos que elas se sintam assim, plenas no Senhor. Quais são as suas metas como Presidente Sinodal da OASE? Buscamos estar em constante

contato com os grupos para conhecer necessidades e desejos, pois a minha tarefa é zelar pelo bom funcionamento destes grupos. Também oriento e auxilio aqueles grupos que estão começando ou enfrentam dificuldades. A minha equipe e eu tentamos suprir as Coordenadoras com informações e novas ideias, além de investir nas mulheres, valorizando-as e equipando-as para os desafios do dia a dia. Queremos continuamente formar novas lideranças, alegres e ativas no serviço do Senhor. Como sonho, temos o lançamento de um livro contando a história de cada grupo da OASE do Sínodo Centro-Sul Catarinense.

Qual é o perfil das mulheres participantes dos grupos? Heterogêneos: meios urbanos e rurais, diversas idades e vários níveis de instrução. Contudo, o que verdadeiramente marca todas as participantes é a busca pela comunhão com outras irmãs de fé. Na OASE, temos a oportunidade de testemunhar, compartilhar e servir. Existem peculiaridades no público feminino do Sínodo? As mulheres, por estarem cada vez mais ativas na sociedade, normalmente estão ocupadas nos horários tradicionais de encontros da OASE. De forma criativa, alguns grupos se reúnem aos sábados ou mesmo no período noturno, o que vale menção, pois mostra o quão sensíveis os nossos grupos estão às necessidades das suas participantes.

1) Posse da Diretoria Sinodal 2) Coordenadoras Paroquiais 3) Dia Sinodal da OASE

Valorizar a diversidade E s t e ano, todas as Comunidades da IECLB receberam um cartaz para a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência. O objetivo é motivar a reflexão sobre o tema inclusão. O lema do cartaz é Porque as pessoas veem as aparências, mas Deus vê o coração (1Sm 16.7b). No cartaz, também está contida a im-

pressão em Braile. As palavras de Samuel nos motivam a pensar e avaliar a forma pela qual estamos olhando para a criação de Deus - Será que é um olhar que valoriza somente a aparência e, com isso, desvaloriza a diversidade da criação de Deus? O Braile no cartaz possibilita que as pessoas cegas, que foram alfabetizadas por meio do sistema Braile, tenham acesso a todas às informações, inclusive à imagem, que está descrita desta forma: bonecos simbolizando pessoas, de mãos dadas e entre os braços forma-se um coração. Este cartaz dá cumprimento parcial à moção aprovada durante o XXVII Concílio Geral da

IECLB, realizado em Foz do Iguaçu, em 2010, sobre acessibilidade de comunicação. Desejamos que a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência possa nos animar a valorizar e a respeitar a diversidade e, a partir disso, construir Comunidades inclusivas, onde todas as pessoas possam viver com qualidade de vida. Roguemos a Deus, pedindo que nos transforme e que, assim como o próprio Deus, possamos olhar para o coração, valorizando a pessoa como um ser integral, criado à imagem e à semelhança de Deus, integrado à sua criação, vivendo a sua paz.

Diác. Ms. Carla Vilma Jandrey Coordenadora do Programa Diaconia Inclusão Secretaria da Ação Comunitária Secretaria Geral da IECLB


Jorev Luterano - Agosto - 2011

Fé Luterana 11

Vícios e dependências Compreensão do prejuízo para si e para os outros O uso de substâncias lícitas e/ou ilícitas é epidêmica e uma questão de saúde pública cujo consumo vem aumentando significativamente em todos os níveis sociais da nossa população. Quando classificamos as substâncias como drogas lícitas ou ilícitas, entendemos que lícitas são aquelas que podem ser comercializadas e consumidas pela população, com certo controle e recomendações dos órgãos competentes. O cigarro é uma droga lícita, embora a nicotina seja uma substância que crie dependência química e, a cada dez pessoas que experimentam, cinco vão ficar dependentes. Além disso, o cigarro é responsável por uma grande variedade de doenças, em que destacamos o câncer de pulmão (o cigarro é responsável por 90% dos casos), temos a poluição do meio ambiente e muitos incêndios gerados pelas guimbas de cigarro. Quanto ao consumo de bebidas alcoólicas, de cada dez pessoas que experimentam, uma vai criar dependência. O consumo de álcool também é responsável por uma variedade de doenças, como câncer de esôfago, boca e garganta ou cirrose hepática e/ou pancreatite. As mulheres são mais sensíveis ao álcool, pois têm mais tecido adiposo (gordura) e 30% menos de uma substância (enzima) produzida no fígado, responsável pela metabolização (destruição) do mesmo. Também cada um de nós conhece casos de desajustes nas famílias e tantos acidentes

automobilísticos causados por motoristas alcoolizados. Existem, ainda, várias outras drogas lícitas, tais como os medicamentos para emagrecer, para criar mais musculatura, vendidos nas academias, e os tranquilizantes. Também estas substâncias trazem sérias consequências para a saúde do usuário. Quando me refiro às drogas ilícitas, entre várias, quero destacar a cocaína e os seus derivados. De cada dez que provam, nove vão ficar dependentes. Sendo o crack e, agora, o óxi, os mais potentes, pois são inalados e, em 10 segundos, já estão atuando no sistema nervoso central, liberando uma substância chamada dopamina, que dá a sensação de bem-estar. Na maioria das vezes, o primeiro experimento já é suficiente para criar dependência e cada vez é necessário usar mais droga para liberar dopamina. Como consequência, o usuário pode evoluir para overdose. Todos os dias, podemos ver na mídia exemplos de famílias em desespero e desestruturadas em função de entes queridos que se tornaram dependentes do uso de drogas. Nós, como Igreja, juntamente com outros movimentos, governamentais ou não, precisamos nos engajar cada vez mais no intuito de encontrar o caminho para a luz no final do túnel.

Nivaldo Kiister, Médico radio-oncologista, Presidente do Concílio da IECLB e Presidente do Conselho Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém

Para refletir, leia 1Coríntios 6.12

Dependência química e fé

Diác. Méris Gutjahr, Pedagoga, Diácona, Mestre em Teologia Práticas Sociais e Cuidado Gestão e Redes Sociais pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, Pós-graduada em Dependência Química e Comunidade Terapêutica pela Faculdade Luterana de Teologia (FLT), em São Bento do Sul/SC

Diariamente, vemos fervorosas demonstrações de gratidão de pessoas que alcançaram um objetivo. O Graças a Deus virou jargão popular Graças a Deus, estou curada!, Graças a Deus, deu tudo certo! Isso acontece porque é fácil ter fé quando as coisas dão certo, quando tudo vai bem. O difícil é ter fé na adversidade e é por isso que ninguém diz Graças a Deus, estou doente!, Graças a Deus, deu tudo errado! Em Mateus 14.28-31, quando Pedro caminha sobre as águas em direção a Jesus, a sua fé parece firme, mas, diante do primeiro vento, a sua certeza é abalada e ele começa a afundar. Da mesma forma, também é difícil manter a fé quando a estrutura familiar é abalada pela dependência química. A dependência corrói a família por dentro, destruindo não apenas o próprio dependente, mas também tudo – e todos – que o cercam. É nesse momento de turbulência que a fé tem um importante papel. A fé gera esperança e a esperança pode trazer profundas transformações emocionais e psicológicas. A fé pode abrir o coração para o poder restaurador de Deus, mas é Deus, e não a fé, que realiza o milagre. Não é somente a fé na religião, mas também a fé no tratamento que têm sido importantes elementos para a sua eficácia. Na maioria das comunidades terapéuticas, existe um reconhecimento da espiritualidade como fator importante para o tratamento e a recuperação em dependência química. A fé também tem um importante papel na pre-

venção do uso de substâncias psicoativas. Vários estudos indicam que a religião e o apoio da Igreja são importantes promotores de resiliência na vida dos jovens. Uma pesquisa de São Gonçalo aponta que a transgressão e o uso de drogas foram significativamente mais presentes entre jovens que não seguem uma religião. Dos que não cometeram transgressão, 80,1% têm religião e, da mesma forma, adolescentes com engajamento religioso usam menos álcool e drogas em relação aos que não possuem religião. Não é fácil ter fé nas adversidades, mas vale lembrar que, mesmo quando Pedro teve a sua fé abalada, Jesus não o abandonou, pelo contrário, estendeu-lhe a mão, porque essa é natureza do Cristo e é esta certeza no amor de Deus que deve nos servir de fortaleza nos momentos de dificuldade. Assim como Jesus estendeu a sua mão para Pedro, também a estende para os dependentes e seus familiares e cabe a nós fazer o mesmo. Que possamos seguir o exemplo de Jesus, estendendo as nossas mãos para quem mais precisa, amando uns aos outros no amor de Cristo. Para refletir, leia Provérbios 23.29-35


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12 Geral

Educação cristã vivendo, aprendendo e ensinando

O Plano de Educação Cristã Contínua da IECLB (PECC) na Faculdades EST: a Educação Cristã faz parte da história do currículo do Bacharelado em Teologia da Faculdades EST. A Educação Cristã constitui-se, portanto, como uma área de abordagem acadêmica. O conteúdo do PECC é apresentado aos estudantes em cadeiras específicas e estudado em aula. A sua abordagem também está prevista para os cursos de Especialização ao Ministério Eclesiástico, especialmente na ênfase de Educação Cristã, mas também deverá ser abordado nas ênfases diaconal e pastorado. Além disso, boa parte da produção bibliográfica disponível sobre a Educação Cristã foi produzida em nosso Centro de Formação ou a ele associado. Ainda como instituição, a EST disponibiliza o seu portal

de Educação a Distância para a realização de cursos de Educação Cristã Continuada e também para o curso de Educação Cristã Comunitária da IECLB que trata da implementação do PECC. Como Pesquisadora da Faculdades EST, desenvolvo um Projeto de Pesquisa denominado Educação Cristã – semeando para toda a vida com a atuação de dois estudantes bolsistas como apoio para a pesquisa. O projeto busca identificar formas de incrementar e concretizar a Educação Cristã Contínua no âmbito eclesial, especialmente na IECLB, e procura averiguar consequências do Plano de Ação Missionária (PAMI) e PECC para a organização das Comunidades da IECLB em sua atuação na Educação Cristã. Os resultados dos trabalhos realizados no projeto são divulgados em diferentes even-

Cat. Laude Erandi Brandenburg, Catequista da IECLB, Pedagoga, Doutora em Teologia, docente dos cursos de Graduação e Pós-Graduação em Teologia da Faculdades EST, em São Leopoldo/RS

Sonhos e dúvidas Nicolas Nering Sínodo Norte Catarinense

tos acadêmicos e colocados em discussão. Um desses eventos é o Salão de Pesquisa da Faculdades EST, realizado anualmente com a presença do nosso corpo estudantil e convidados de outras instituições. O projeto gera novos subsídios, que são publicados em espaços pertinentes e utilizados no estudo acadêmico do assunto. Todas as ações a favor do PECC na EST estão a serviço de um objetivo expresso na ordem do próprio Jesus, que lemos no Evangelho de Mateus 28.19-20 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.

Projeto de Missão do Sínodo Uruguai Estive doente e me visitaste - como Igreja, queremos estar junto com as pessoas na hora do sofrimento e da dor. Sonhamos com equipes de Visitadores e Visitadoras em todas as Comunidades. Nesse sentido, são oferecidos Seminários nos quatro núcleos do Sínodo, com temas relacionados a pessoas doentes e enlutadas, além do repasse de folhetos de oração. Também temos a Capelania Hospitalar nos Hospitais Regionais em Chapecó/RS (Unimed e Hospital Regional do Oeste - HRO). As pessoas vêm da região oeste de Santa Catarina e dos municípios vizinhos do Rio Grande do Sul. As doenças são graves e de alta complexidade. Além das visitas, acontece o trabalho com a Pastoral do Enfermo no HRO, onde são realizadas diversas atividades, como celebrações na Capela, conversas com os familiares dos doentes, reflexões com os funcionários, corpo clínico e voluntários, me-

ditações no refeitório, mensagens radiofônicas internas e encontros de estudo e formação para voluntários e agentes da Pastoral. O ouvir, o abraço, a esperança, a espiritualidade, o riso e o choro: tudo isto faz parte deste projeto tão especial que é apoiado com os recursos da Vai e Vem*. *Descontados os investimentos feitos na realização da Campanha, 50% das ofertas arrecadadas retornam ao Sínodo de origem para serem aplicadas em projetos missionários locais. Pa. Neiva Maria Barg Coordenadora do Conselho de Formação e Diaconia do Sínodo Uruguai

No terceiro ano do Ensino Médio, várias expectativas são criadas em relação à vida universitária Qual curso devo fazer? O vestibular é difícil como falam? Darei conta? Para as pessoas que moram longe, surgem mais dúvidas Como será ficar longe de casa, família e amigos? Depois que a sonhada vaga é conquistada, começam a surgir respostas. Iniciam as preocupações sobre moradia e distância do local de estudo. Idealizamos o que é difícil concretizar, como o apartamento e o emprego dos sonhos. Após a fase de transição, começa a convivência com novas pessoas e que, muitas vezes, têm maneiras de pensar e agir que não combinam com as nossas. Cabe a nós termos consciência que alguns hábitos que denigrem e afetam a nossa mente e o nosso corpo não podem ser permitidos. Isso requer força de vontade, pois, algumas vezes, as pessoas tentam forçar certos comportamentos e, quando recebem uma negativa, tendem a excluí-lo do grupo. Quando surgirem grandes dúvidas e decisões delicadas, esses anseios da vida universitária devem ser colocados nas mãos de Deus. A sua vontade é maior que a nossa, por isso, se os desejos não forem realizados, mesmo assim saiba que Deus está agindo na sua vida de maneira imprevisível, seja colocando as pessoas certas no seu caminho, proporcionando um teto seguro ou dando-lhe força para seguir em frente depois de algumas decepções. Entrega teu caminho ao Senhor; confia nEle, e o mais Ele fará - esse versículo consola a maior das aflições, pois nele podemos crer que Deus sempre está conosco, nos bons e maus momentos, nos bons e maus trabalhos, nas boas e más notas. Sigamos persistindo na palavra do Senhor, que Ele fará o que considerar melhor.


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Comportamento 13

Ser pai é... ser pai! No ano de 1993, fomos à Venezuela, Gabriela, com 8 anos, Daniel, com 6, Regina, a mãe dos meus filhos, e eu. Fomos enviados pela IECLB para trabalhar na Iglesia Evangélica Luterana en Venezuela (IELV), para um contrato de seis anos. Em 1995, nas voltas que o mundo dá, a mãe dos meus filhos e eu nos separamos. Ela foi viver na Austrália e as crianças ficaram comigo, só nós três, sem avós, tios, madrinhas e em um país longe de toda parentela... e agora, o que fazer? A IECLB ofereceu a possibilidade de voltar e atuar na nossa Igreja, no Brasil, mas também tínhamos o desejo de cumprir com o envio e o chamado de Deus para trabalhar naquele país, que tão bem nos aceitou. Dependíamos da IELV para saber se podíamos ou não continuar por lá. Ao comunicar o fato do divórcio, ficou uma grande dúvida: o que esperar? Como reagiriam os membros, os demais Obreiros da Igreja, o Presbitério? De maneira surpreendente, a IELV, por meio do seu Conselho Diretor e a maioria dos membros, disse que gostaria muito que nós continuássemos. Lembro, como se fosse hoje, que, após comunicar a decisão da separação, a senhora Viviene de Ramirez, Tesoureira da Igreja, disse ´Pastor, tantas vezes pedimos que você orasse por nós, por nossos filhos, pelas nossas famílias. Agora, nós vamos orar por você, seus filhos e sua família´. Quando lembro desse fato, fico emocionado. Como foi bom sentir o apoio de irmãs e irmãos. Também

Pastor Sinodal João Willig com a filha, Gabriela, e o filho, Daniel

houve algumas críticas, do tipo ´mas como, um Pastor divorciado?´. Mesmo com alguns poucos preconceitos, pude sentir o que é ter a Igreja junto da gente, a Comunidade apoiando, os colegas de Ministério dando sempre a maior força. Pude sentir o que é ser pai. No Dia das Mães, a Comunidade também me saudava e presenteava. Eu ficava até orgulhoso, mas, aos poucos, descobri que eu devia ser pai. Afinal ser pai é... ser pai. Eu imaginava ter algumas poucas habilidades maternas, mas sabia que só podia ser pai e ser pai já era o suficiente. Caso eu cumprisse bem essa tarefa de pai, tinha certeza que poderia olhar sempre os meus filhos de cabeça erguida, orgulhoso por cada conquista, principalmente, porque a Gaby era uma excelente filha e o Dani,

um maravilhoso filho. Eu, bem... eu era pai. Errava, acertava, mas, juntos, levávamos uma vida de família. Cada qual orgulhoso pela tarefa que recebeu de Deus. Um ano depois do divórcio, a Igreja da Venezuela me elegeu Pastor Presidente. O contrato de seis anos foi prorrogado para dez anos. Voltamos ao Brasil e, três anos e quatro meses depois da volta ao Brasil, o Sínodo Planalto Rio-Grandense me deu a honra de ser o Pastor Sinodal. Os filhos? Bem, eles também me deixam muito orgulhosos. A Gabriela é Assessora de Comunicação da Universidade Latino-Americana de Foz do Iguaçu/PR e o Daniel é Desenvolvedor de Sistema em Passo Fundo/RS. Vivemos muitos bons momentos juntos e, as dificuldades, enfrentamos unidos. Hoje, vivo um outro momento. Estou há um ano casado. A Pa. Sonja e eu pensamos em adotar uma criança. É ainda um sonho que colocamos nas mãos de Deus. Deus me deu diversas tarefas. Muitas, consegui cumprir, em outras, falhei, mas a missão mais surpreendente, a conquista mais extraordinária que consegui levar adiante, foi a da paternidade responsável, pois ser pai é mais do que cumprir um papel dentro da família e da sociedade. Para ser pai, não precisei ser um grande e importante homem. O verdadeiro pai é aquele que cumpre o papel nos seus mais profundos sentimentos: pelo afeto, pela sintonia, pelo amor, por Deus, por ser filho, por ser Pai.


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14 Deutsche Seite

Freuet euch in dem Herrn! Ein Zuhause für die Familie oder ein neues Spielzeug - was die Menschen glücklich macht ist unterschiedlich. Das Thema „Glück“ wurde neulich von 100 internationalen Wissenschaftlern untersucht und daraus ist ein Buch entstanden. Der Reporter Karsten Huhn schrieb darüber einen Artikel für das bayerische Sonntagsblatt, den ich zusammengefasst weitergebe: Wie schon die Bibel vor 2000 Jahren haben jetzt auch Glücksforscher erkannt: Zum Glücklichseinbrauchenwirvor allem liebende Mitmenschen. Die meisten Glücksforschern geben den Ratschlag: „Suchen Sie das Glück nicht in sich selbst, sondern in Ihren Beziehungen zu anderen Menschen“. Der Psychologie professor Christopher Peterson empfiehlt: „Lieben und ehren Sie die Menschen, die Ihnen wichtig sind.“ In der Bibel steht dieser Rat schon seit 2000 Jahren. Dort heißt es im Römerbrief 12, 10: Seid einander in herzlicher geschwisterlicher Liebe zugetan! Übertrefft euch in gegenseitiger Achtung! Geld scheint nicht glücklich zu machen: „Je materialistischer wir sind, desto weniger zufrieden sind wir mit unserem Leben“, schreibt Helena Hnilicova. Auch diese Sichtweise findet sich im Neuen Testament: Ich habe gelernt, mit dem zufrieden zu sein, was ich habe, schreibt der Apostel Paulus. Ich kann in Armut leben und mit Überfluss umgehen … Durch den, der mich stark macht, kann ich in allem bestehen (Philipper 4, 11-13). Viele Aussagen der Forscher klingen so, als seien sie aus der Bibel abgeschrieben. Der Aufenthalt in der Natur birgt Glücksmomente: „Man kann großes Glück gewinnen, wenn man Vögeln beim Singen zuhört, wenn man aufmerksam Bäume, Pflanzen und Blumen, fließendes Wasser, Wolken, Sonnenauf- und -untergänge ansieht“, rät der Psychologieprofessor Strümpfer. Dieselbe Erfahrung macht der Beter in Psalm 104. Er lobt Gott: Du lässt Brunnen quellen in den Gründen, dass die Wasser zwischen den Bergen fließen, dass alle Tiere auf dem Felde trinken und das Wild seinen Durst lösche. Dort sitzen die Vögel des Himmels und singen unter den Zweigen. ... Herr, wie sind deine Werke so groß und viel! Du hast sie alle weise geordnet, und die Erde ist voll deiner Güter. Viele Bibelleser haben Probleme mit der Geschichte von Hiob, der Familie, Haus, Habe und Gesundheit verliert und dennoch zu dem Schluss kommt: Haben wir Gutes empfangen von Gott und sollten das Böse nicht auch annehmen? (Hiob 2, 10). Schwer zu praktizieren scheint

Theologe Jaime Jung

auch diese A u f forderung:

Seid dankbar in allen Dingen; denn das ist der Wille Gottes in Christus Jesus für euch (1.Thessalonicher 5, 18).

So schreibt der Psychologe Gary Reker: „Hören Sie auf, sich Sorgen zu machen. Glückliche Menschen machen sich keine Sorgen - weil Sorgen eine Form des unerfreulichen Denkens sind.“ Ähnlich sagt Jesus in der Bergpredigt: Sorgt nicht für

Wollen wir glücklich leben? Die Bibel sagt uns wie das geht

den andern Morgen; denn der morgige Tag wird für das Seine sorgen. Es ist genug, dass ein jeglicher Tag seine eigene Plage habe (Matthäus 6, 34). Oder wenn Jesus rät: Sammelt euch nichtSchätzeaufderErde;sammelteuch Schätze im Himmel, wo weder Motte noch Rost zerstört; denn wo dein Schatz ist, da wird auch dein Herz sein (Matthäus 6, 19-21). Zum Umgang mit Fehlern schreibt der Sozialwissenschaftler Philippe Van Parijs: „Wir müssen lernen, Fehlschläge zu vergessen, und nach vorne schauen.“ Zum Vergleich: Im Brief an die Philipper schreibt Paulus: Ich vergesse das Vergangene und schaue auf das, was vor mir liegt. Ich laufe mit aller Kraft auf das Ziel zu, um den Preis zu gewinnen, für den Gott uns durch Jesus bestimmt hat. Zum Abschluss noch eine simple Erinnerung des mexikanischen Forschers Vega: „Vergessen Sie nicht, glücklich zu sein.“ Steht auch das in der Bibel? Na klar! Etwa im Brief an die Philipper 4, 4: Freuet euch in dem Herrn allewege! Und abermals sage ich: Freuet euch! Jesus spricht: Glücklich sind, die arm im Geist sind; denn ihnen gehört das Himmelreich. Glücklich sind, die trauern; denn sie sollen getröstet werden. Glücklich die Sanftmütigen; denn sie werden die Erde besitzen. Glücklich, die hungern und dürsten nach der Gerechtigkeit; denn sie werden satt werden. Glücklich sind die Barmherzigen; denn sie werden Barmherzigkeit erfahren. Glücklich die im Herzen Reinen; denn sie werden Gott schauen. Glücklich sind, die Frieden stiften; denn sie werden Gottes Kinder heißen. Glücklich, die um der Gerechtigkeit willen verfolgt werden; denn ihnen gehört das Himmelreich. Matthäus 5


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Compartilhar 15 Neste espaço, a Comunidade pode compartilhar os momentos significativos da vida cristã, como Nascimento, Batismo, Confirmação, Bênção Matrimonial, Encontros Familiares, Bodas e Sepultamento.

Entre em contato conosco!

Encontro de Família Histórico da Família Pott Os primeiros dados que se tem conhecimento sobre a Família Pott datam de l692. É o ano do nascimento de Johann Heinrich Pott, que, em l740, descobriu o elemento químico manganês (Mn). Em 1802, nasceu August Friedrich Pott, Filólogo e Pesquisador de línguas. Era Professor universitário em Halle e Berlim e publicou vários livros sobre filologia, etimologia entre outros assuntos. No Brasil, os primeiros registros são de 1875. Um túmulo no cemitério de Berlim tem data de nascimento de 22 de fevereiro de 1819. Westfalen e Baixa Renânia, na Alemanha, são os principais estados alemães do qual emigraram os primeiros que se estabeleceram na antiga Colônia Teutônia, oficialmente instalada em 1858. A primeira família que veio ao Brasil foi de Johannes Friedrich Pott, casado com Marie Elisabeth Niendiecker, no ano de 1875. Tiveram sete filhos, dois dos quais nasceram no Brasil. Depois, veio Eberhardt Kaspar Pott, casado com Christine Mari Wilhelmine Driemeyer, por volta de 1880. Antes, em 28 de outubro de 1869, a bordo do navio Iduna, aportou em Porto Alegre/RS, o viúvo de Christina Pott, Wilhelm Fangmeier, com os seus cinco filhos. Vieram também Marie Christine Wilhelmine Pott, casada com Hermann Strathmann. Após a I Grande Guerra, emigrou para a Argentina Carlos Pott, que defendera a Alemanha naquela guerra. Depois, Carlos Pott imigrou no Brasil e se estabeleceu em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul e hoje a maioria dos seus descendentes mora no Paraná. Frederico Pott, fabricante de vassouras, desembarcou no início deste século no porto de Santos/SP. Alguns dos seus descendentes moram em Curitiba.

O imigrante Friedrich Ernst Pott, no que ser considerado o primeiro Encontro da Família Pott

Após dois longos anos de espera, a grande e unida Família Pott volta novamente a se reunir. O encontro será no dia 4 de setembro de 2011, nas dependências da Sociedade de Linha Clara, em Teutônia/ RS. Programação 8h30 - Recepção aos familiares 10h30 - Culto 12 h - Almoço de confraternização 14h - Atrações organizadas pelos membros da localidade 15h30 - Sorteio de brindes 16h - Divulgação do local da realização do 12º Encontro da Família Venha reviver com a gente grandes emoções, rememorar antigas histórias dos nossos antepassados, aqueles que saíram da Westfália, na Alemanha, e desbravaram as matas da Westfália e Teutônia, no Brasil. Faça você também esta história!

Descendências principais Grupo 1 - Johannes Friedrich Pott e Maria Elisa Niendiecker Friedrich Ernst e Johanna Christina Lammers Wilhelm Pott e Friderike Alwine Knöpker Wilhelm Pott e Florena Müller Antonie(Toni) Pott e Rudolph Niendiecker Sophie Pott e Friedrich Spellmeier Wilhelmine Pott e Wilhelm Wahlbrinck Friedrich com Frida Arnold Lisette Pott e Emil Petry

Para reservas e informações site: www.genealogiacapef.com.br e-mail: pott@certelnet.com.br Telmo Pott: 49 3664.0218 Confirme a sua presença até, no máximo, o dia 2 de setembro de 2011. Multiplique esta ideia. Ajude na divulgação!

Grupo 2 - Eberhardt Kaspar Pott e Christine Mari Wilhelmine Driemeyer Friederich Pott e Lisette Teckemeier Wilhelmine Lisette Friederike Pott e Friedrich Wilhelm Markus Wilhelmine Friederike Liselotte e Wilhelm Moritz Korner Grupo 3 - Marie Christine Wilhelmine Pott e Hermann Heinrich Straathmann Grupo 4 - Christina Pott e Wilhelm Fangmeier Grupo 5 - Carlos Pott Grupo 6 - Frederico Pott

Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios

Rua Senhor dos Passos, 202/4º - 90.020-180 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419 E-mail: jorevluterano@jorevluterano.com.br Site: www.jorevluterano.com.br


RESGATE DA família Proprietário da Contabilidade Tabajara, Claudinei conta que a fé tem transformado não só o seu trabalho, mas o convívio com os seus colaboradores e clientes “Não deixo de falar no amor de Deus e o quanto Jesus pode transformar a nossa vida. Os problemas e as alegrias são compartilhados e sei que Deus tem operado grandes obras entre nós”. A formação de Contador também auxilia nas atividades da Igreja, mas Claudinei alerta “Uma Comunidade só evolui se for como um corpo, em que todos os membros trabalham juntos. Sou mais um membro dentro de ‘um todo’ do Presbitério e tenho muito respeito pelas pessoas que prestam o seu tempo em nossa Comunidade”. Na IECLB, no âmbito da Comunidade Martin Luther, Claudinei já foi Presidente, representante junto a Assembleia Sinodal e membro do Conselho Fiscal. Atualmente, é Vice-Presidente do Conselho Sinodal no Sínodo Centro-Sul Catarinense. Sobre os grandes temas do Sínodo, o Presbítero elege ações de missão (com a arrecadação de ofertas para investir em novos campos), Conferências de Ministros (eventos bimestrais para promover palestras e discutir temas da atualidade) e Retiros

AMOR E ENTREGA DA VIDA A JESUS, BUSCANDO O PERDÃO E A SALVAÇÃO

(envolvendo os mais diversos setores do Sínodo). “O maior desafio de ser IECLB na região do Sínodo é fazer com as pessoas deixem a sua casa, o seu computador, a sua televisão, o seu individualismo, esse jeito de viver globalizado, para irem à Igreja, participarem de cultos, encontros de casais, jovens, estudos bíblicos e outros programas nos quais se prega a palavra de Deus e a salvação por meio de Jesus Cristo e que a IECLB prepara com tanto carinho e tão pouco são frequentados”, lamenta Claudinei. O que poderia ser melhor na IECLB? “A nossa Igreja poderia se fazer mais presente nos meios de comunicação, assim como fazem várias denominações. Seria uma forma de estar presente na vida das pessoas, levando o verdadeiro sentido do Evangelho”, acredita Claudinei Vicenzi, que sonha com uma IECLB sendo uma Igreja que busca constantemente o resgate da família, pois dela dependem educação, saúde, sociedade sadia, políticos sérios, etc. e o que é mais falado nas Escrituras: o ‘amor’ - entre a família, os irmãos, pelo próximo e a entrega da vida a Jesus, buscando o perdão, a salvação e a vida eterna.

IGREJA DA Palavra

Elsa Eneli Müller Janssen, 63 anos, nascida em Mondai/SC, Professora pós-graduada em Geografia do Desenvolvimento, casada há 36 anos com o P. Bruno Janssen, mãe de Felipe e Juliana e avó de Victor, é membro na Comunidade da Trindade, pertencente à Paróquia de Florianópolis, no Sínodo Centro-Sul Catarinense “Vivemos tempos corridos. É necessária a disciplina diária para não perder a hora da oração, da leitura da Palavra e da comunhão com irmãos, seja na forma de culto ou estudo bíblico”.

Durante os anos de transferências de moradia, em função da atividade pastoral do esposo, Elsa atuou durante 36 anos na área da educação: em sala de aula, no setor administrativo e na Direção escolar, com crianças, jovens e adultos “A fé cristã representou a base de tudo. Momentos de dúvida, desafio, sofrimento, solidariedade e muito mais foram alicerçados na certeza de que eu não estava só. Havia um Senhor que dirigia os meus passos”. Elsa nasceu em berço luterano, quando os cultos, realizados em Alemão, eram um forte aglutinador social, participou dos grupos de JE, casais, Orientadores de culto infantil, canto coral e OASE, todas ótimas oportunidades de crescimento e fortalecimento na fé, especialmente a OASE. “Como Professora, trabalhei na Rede Sinodal de Educação, no CEAP, em Ijuí/RS, e no Colégio Sinodal Ruy Barbosa, em Rio do Sul/SC, sendo neste responsável pela Direção Geral por quase 11 anos. Também fui Secretária do Conselho de Educação da IECLB. Atuei como Secretária e Vice-Presidente da Associação Wally Heidrich. No Sínodo, fui Secretária e Presidente Sinodal da OASE. Atualmente, sou Presidente da Associação Nacional dos Grupos de

Claudinei Vicenzi, 38 anos, natural de Agrolândia/SC, Contador, casado com Crestiani Seubetr Vicenzi e pai de Clara e Cecília, é membro na Comunidade Martin Luther, em Agrolândia, pertencente à Paróquia em Atalanta/SC, no Sínodo Centro-Sul Catarinense “A cada dia, dependemos da graça e misericórdia de Deus, por isso, peço a Deus que me fortaleça na fé e que eu possa me tornar uma pessoa melhor”.

A IECLB É UMA IGREJA QUE NOS DÁ LIBERDADE PARA O TRABALHO DIACONAL OASE, que está estruturada em 17 Sínodos, agora também iniciando em Porto Velho/RO, Sínodo da Amazônia, em uma caminhada que já ultrapassa os 113 anos de existência”, relata. Quanto aos grandes temas do Sínodo Centro-Sul Catarinense, Elsa destaca missão, educação cristã continuada, família, juventude, projetos de solidariedade e cuidados com a Criação de Deus. Os desafios de ser IECLB na região do Sínodo são: envolver e cativar mais jovens para a vida em comunidade, marcar presença luterana em todas as 50 cidades de abrangência do Sínodo e formação e fortalecimento das lideranças, com vistas ao trabalho com crianças, casais e projetos comunitários. O que poderia ser melhor na IECLB? “A IECLB é uma Igreja que nos dá liberdade para o trabalho diaconal, mas projetos importantes em desenvolvimento são pouco conhecidos. A Igreja da Palavra também deve estar em primeiro lugar em todas as suas ações e proposições”, argumenta Elsa Janssen, que sonha com uma Igreja avivada, atuante, mesmo desafiada pelo espírito da época, porém tendo clareza e firmeza suficiente para jamais contradizer o legado: somente a Escritura, somente a graça, somente a fé, somente Cristo.


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