Jornal Evangélico Luterano | Ano 46 | Junho 2017 | n o 806
Vai e Vem 2017 Tempo de agradecer O meu coração bate pela missão! A Campanha Nacional de Ofertas para a Missão está na sua décima edição: uma história de fé, empenho e coragem
Ministério com Ordenação
Lutero - Reforma: 500 anos
Fé, gratidão e compromisso
Como ouvirão, se não há quem pregue?
Precisamos curar os nossos preconceitos
O compromisso agora é outro!
Jubileu da Reforma
Unidade
Gratidão
Jorev Luterano - Junho 2017
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REDAÇÃO
O meu coração bate pela missão!
Tempo de agradecer Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos. Salmo 90.17 Se tudo é passageiro, então, pelo que há de bater o nosso coração? No que vale a pena investir a nossa vida, o nosso tempo e o nosso dinheiro? Estas são questões para reflexão propostas pela Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem! O Salmo 90 fala sobre a transitoriedade da vida. Os primeiros versículos apontam como a vida é curta, quão frágeis somos e como o esquecimento apaga da memória tudo que foi construído com tanta dedicação, esforço e trabalho. Ao rogar a Deus por compaixão, alegria e bênção, o salmista sugere que uma vida construída sob a graça do Senhor dá confiança e sustenta a esperança, ou seja, colocar Deus na caminhada da vida vale a pena! É exatamente esta a proposta de Jesus ao criar uma Comunidade de discípulos e discípulas. ‘Somos parceiros e parceiras da Missão de Deus e é essa a parceria que motiva os nossos trabalhos comunitários, paroquiais, sinodais e nacionais. É isso que sustenta a Vai e Vem!’, destaca a Mensagem da Presidência para a Campanha 2017. Neste ano, celebramos 500 anos de história da Reforma. Deus, na sua graça, fez de nós instrumentos para abençoar muitas pessoas. Fazemos festa pela bênção que significa todo este testemunho de fé e amor. A nossa herança luterana, recebida e vivenciada nas Comunidades, se recria a cada Projeto Missionário apoiado e a cada Comunidade fortalecida pela Missão. Desta forma, cumprimos a determinação de sermos uma Igreja sempre em Reforma. Em especial, temos mais um motivo para celebrar: a décima edição da Vai e Vem, oportunidade de pessoas e Comunidades expressarem a sua fé, a sua gratidão e o seu compromisso com a Missão, que é de Deus! Pelo que bate o seu coração? Que, em 2017, cada pessoa e cada Comunidade olhe a sua caminhada e diga ‘O meu coração bate pela missão! É com orgulho que eu faço parte de uma história de fé, coragem, criatividade e comprometimento de muitos irmãos e muitas irmãs! Missão tem a ver comigo, com quem eu sou’.
CAPA Arte do cartaz da Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem, que, em 2017, está na sua décima edição e, por isso, nos convida à gratidão, com a chamada ‘Tempo de agradecer’, acompanhada da afirmação ‘O meu coração bate pela missão!’.
Jornal Evangélico Luterano | Ano 46 | Junho 2017 | n o 806
Vai e Vem 2017 Tempo de agradecer O meu coração bate pela missão! A Campanha Nacional de Ofertas para a Missão está na sua décima edição: uma história de fé, empenho e coragem
SUMÁRIO 2
REDAÇÃO
CARTA À COMUNIDADE EXPLICAÇÃO DA CAPA EXPEDIENTE
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ENFOQUE
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PALAVRA
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PRESIDÊNCIA
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FORMAÇÃO
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DIVERSIDADE
Ministério com Ordenação
Lutero - Reforma: 500 anos
Como ouvirão, se não há quem pregue?
Precisamos curar os nossos preconceitos
O compromisso agora é outro!
Jubileu da Reforma
Unidade
Gratidão
Fé, gratidão e compromisso
JUBILEU DA REFORMA CHARGE OFERTAS NACIONAIS INDICADORES ECONÔMICOS GESTÃO MINISTERIAL COMPETÊNCIAS MINISTERIAIS TEMA DO ANO PALAVRA DA PRESIDÊNCIA RETROSPECTIVA AGENDA EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTÍNUA PROPOSTA METODOLÓGICA FACULDADES EST FAMÍLIA PRONUNCIAMENTO
8-9 UNIDADE
LUTERO - REFORMA: 500 ANOS
10 11 12
13 14
15 16
FÉ LUTERANA
DIVERSIDADE FAMILIAR
PERSPECTIVA
RECONHECIMENTO E AGRADECIMENTO PASTORES DE VERDADE
MISSÃO
PLANO DE AÇÃO MISSIONÁRIA DA IECLB PROJETOS MISSIONÁRIOS PLANEJAMENTO MISSIONÁRIO CAMPANHA DE MISSÃO VAI E VEM
GRATIDÃO
FÉ, GRATIDÃO E COMPROMISSO PUBLICAÇÕES
GESTÃO
GESTÃO ADMINISTRATIVA DOCUMENTOS NORMATIVOS GUIA PARA O PRESBITÉRIO
SÍNODOS
ALEGRES, JUBILAI!
VAI E VEM
O MEU CORAÇÃO BATE PELA MISSÃO
Se Cristo é gracioso para você e o consola, quem o está consolando é o próprio Deus. Martim Lutero EXPEDIENTE Pastor Presidente P. Dr. Nestor Friedrich Secretária Geral Diác. Ingrit Vogt Jornalista Letícia Montanet - Reg. Prof. 10925 Administrativo Elizangela Basile ISSN 2179-4898 Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios Rua Senhor dos Passos, 202/5º 90.020-180 - Porto Alegre/RS Fone (51) 3284.5400 E-mail jorev@ieclb.org.br Proibida a reprodução parcial ou integral do conteúdo desta edição sem a prévia e formal autorização da Redação do Jorev Luterano.
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ENFOQUE
Jubileu da Reforma Dando seguimento ao projeto Estações do Jubileu da Reforma, a Presidência da IECLB convida a, neste mês de junho, aprofundarmos a reflexão sobre o tema Ministério, especificamente, o Ministério com Ordenação, que tem como atribuições a proclamação pública da Palavra e a administração dos Sacramentos. Ensina-se também que sempre haverá e permanecerá uma única Santa Igreja Cristã, que é a congregação de todos os crentes, entre os quais o Evangelho é pregado puramente e os Santos Sacramentos são administrados de acordo com o Evangelho (Art. 7, Confissão de Augsburgo). A Comunidade Cristã deve a sua existência à Palavra de Deus. Não por acaso o Apóstolo Paulo perguntou: Como crerão naquele de quem nada ouviram? Como ouvirão, se não há quem pregue? (Romanos 10.14). A partir do Batismo, todas as pessoas batizadas, reunidas em Comunidade, são corresponsáveis pelo Ministério da Proclamação da Palavra. É tarefa do Sacerdócio Geral, a comunidade das pessoas que creem. Ministros e Ministras pregam a Palavra, administram os Sacramentos, ouvem e aconselham, solidarizam-se, capacitam para a vivência do Sacerdócio Geral de todas as pessoas batizadas, atuam na formação de lideranças e testemunham publicamente a Palavra de
Reforma
Deus na sociedade. Participam e promovem, enfim, a Missão de Deus no mundo. A quarta Estação traz eventos importantes na sua agenda, como o Fórum de Missão, que inicia no dia 1º e encerra no Domingo de Pentecostes (dia 4), data do lançamento da Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem 2017. Toda a vida comunitária e de fé, devemos à ação do Espírito Santo, festejado em Pentecostes. Neste dia, também encerra-se a Semana de Oração pela Unidade Cristã, como parte da busca por reconciliação dos filhos e das filhas de Deus. O dia 5 (Dia Internacional do Meio Ambiente) lembra a nossa responsabilidade pelo cuidado com a Criação. O dia 10 (Dia do Ministro e da Ministra) convida para refletir sobre o lugar e a tarefa das pessoas que se sentem vocacionadas e abraçam o Ministério com Ordenação, colocando-se sob a incumbência advinda do Evangelho (Mateus 28.18-20). Trechos do documento emitido pela Presidência da IECLB
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INDICADORES FINANCEIROS
UPM Maio/2017
4,3240
Índice Abril/2017
0,14 %
Acumulado 2017
1,10 %
Fé é uma confiança viva e inabalável na graça de Deus. Martim Lutero
OFERTAS NACIONAIS 4 DE JUNHO Domingo de Pentecostes Fundo de Missão no País Pastor Homero Severo Pinto O Fundo de Missão no País Pastor Homero Severo Pinto tem sido usado para viabilizar atividades da IECLB na área da Missão, dentre as quais recebem destaque ações voltadas ao Planejamento Missionário. O Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI) oferece uma proposta de Roteiro para qualificar a Ação Missionária. Foram feitas adaptações das tentativas anteriores, acolhendo a resposta que veio das Comunidades colocadas diante do desafio de planejar a Missão. O Fundo de Missão apoia e motiva Seminários sobre o Planejamento Missionário em parceria com os Sínodos, contribuindo para que a IECLB continue ‘cuidando da Missão’ com base na Graça de Deus. 18 DE JUNHO 2º Domingo após Pentecostes Trabalho com Jovens na IECLB A Juventude Evangélica é geração ativa, que por Deus foi gerada e nele vive. É movida pela fé e pela confessionalidade luterana para agir em conjunto, em solidariedade, pela justiça e paz na Missão de Deus. Esta ação possibilita a articulação e o desenvolvimento de atividades com grupos de jovens na IECLB, os trabalhos do Conselho Nacional da Juventude Evangélica (Conaje), a preparação dos Congressos Nacionais da Juventude Evangélica (Congrenaje), a capacitação e a formação de lideranças, a elaboração de materiais, além dos diversos Encontros e Intercâmbios, valorizando e estimulando o trabalho com jovens na IECLB.
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PALAVRA GESTÃO MINISTERIAL
Resolução de conflitos: caminhos construtivos! P. Dr. Victor Linn | Pastor, Psicanalista e Coach Situações de conflito trazem uma dimensão de ameaça e perigo - geralmente mais imaginária que real, por isso evocam reações instintivas de ataque ou fuga, normalmente prejudiciais ou, pelo menos, improdutivas. Algumas pessoas são tomadas pelo desejo de ataque e confronto. Outras preferem ‘desaparecer’ do cenário… Muitas procuram ‘resolver’ conflitos pela imposição de pressão e irredutibilidade. Outras simplementes ignoram o conflito. Essas soluções têm pouca durabilidade. Em uma próxima oportunidade, o conflito volta a aparecer – com maior intensidade e menor chance de boa solução. Mesmo dispondo de recursos de poder e pressão, há caminhos melhores e mais eficazes. Esses caminhos mais eficazes exigem mais empenho e serenidade, pois pressupõem boa vontade e desejo por soluções. O primeiro passo consiste na disposição para buscar alternativas. Isso significa não bagatelizar e ignorar as razões e a relevância do que está em discussão. O argumento ‘Isso não me esquenta’ minimiza as razões e as pessoas envolvidas. Raramente funciona e apenas potencializa o conflito. Um bom caminho é abordar o problema com cuidado e sensibilidade, mesmo que associado a situações de sofrimento. Isso revela a autenticidade do desejo por uma boa solução. Descrever o ‘tema’ do problema cria uma nova perspectiva e facilita que a discussão ganhe objetividade em vez de ser personalizada. Sem declinar dos próprios argumentos, é possível demonstrar interesse pelas razões da outra parte. Essa atitude de diálogo estabelece uma relação respeitosa e pode levar a uma revisão ou mudança de posições ou, pelo menos, evitar que o conflito aumente.
COMPETÊNCIAS MINISTERIAIS
Liturgia: jeitos de celebrar Cat. Dra. Haidi Drebes | Secretária da Habilitação ao Ministério P. Dr. Romeu Martini | Assessor Teológico da Presidência A vida de fé faz com que cada pessoa crie o seu jeito pessoal e peculiar de relacionar-se com Deus. Quando uma Comunidade ou um determinado grupo seu se reúne, é usual que ali também haja expressão de fé. Ali há celebração. Cada celebração segue certo jeito. Isso se chama liturgia. Normalmente, a liturgia propõe leitura e meditação da Palavra de Deus, confissão, intercessão, canto, bênção de Deus. Na IECLB, existem muitas e distintas ocasiões para celebrar: o Culto Comunitário (com atos bem específicos: Ceia do Senhor, Batismo, Confirmação, Oração Memorial, Investidura, etc.), o Sepultamento, a Bênção Matrimonial, dedicação de espaços físicos (templo, capela mortuária), além de todo um conjunto variado de reuniões de grupos e encontros na família. Onde duas ou três pessoas se reúnem em nome Deus, ali Ele está (Mateus 18.20). Esta afirmação de Jesus demonstra a importância de todas essas celebrações na Comunidade. As celebrações são a principal fonte de alimento e sustentação espiritual da Comunidade. Ao ir para
um desses encontros com Deus, os membros da Comunidade levam consigo as suas alegrias, dores e expectativas cotidianas. Para elas, a celebração precisa fazer sentido: pelo abraço de Deus, a esperança renovada, a força para carregar as cargas pesadas da vida. Essa realidade redunda em enorme responsabilidade para a Comunidade. As celebrações merecem atenção redobrada da Comunidade. A parede da Igreja até pode ficar desbotada enquanto não houver dinheiro, mas, para o preparo do Culto, ‘não pode faltar tinta’! Cabe aqui a principal tarefa de Ministras e Ministros da IECLB, pois, ao preparar uma celebração, qualquer uma, estamos preparando um encontro ímpar: entre Deus e a sua Comunidade. Eis a razão pela qual a Direção da IECLB definiu que, em relação à competência Liturgia, Ministros e Ministras precisam ter a capacidade de lidar com os temas litúrgico-teológicos da Igreja, orientar e conduzir as celebrações comunitárias e acompanhar liturgicamente as pessoas nas suas passagens da vida.
TEMA DO ANO
Reforma Luterana em constante Reforma Profa. Ledy Zimmermann | representante do Sínodo Noroeste Riograndense no Conselho da Igreja Passaram 500 anos de constantes Reformas. Lutero foi ousado e teve muita coragem. Teve também pessoas que acreditaram em suas Teses e colaboraram para que a Igreja percebesse que era necessário fazer acertos. Agora estamos iniciando outros 500 anos! O que queremos e desejamos neste novo caminhar? Muito já foi dito e muitas mudanças aconteceram! Neste ir e vir, percebemos alegrias, ouvimos relatos de luta e coragem, de esperança e fé. Nos próximos 500 anos, a caminhada será de mais conhecimento da doutrina e da estrutura da Igreja. Será tempo de nos reconhecermos cada vez mais como verdadeiro Corpo de Cristo. Será tempo de ser Igreja, compreendendo e aceitando as diferenças, reconhecendo verdadeiramente que somos pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus, deixando de lado qualquer preconceito. Como Igreja sempre em Reforma, temos o desafio de ser Igreja com novos ideais, tendo sempre como centro o Evangelho de Jesus Cristo e os princípios da confessionalidade luterana. Por sermos uma Igreja da Palavra, temos que buscar o estudo bíblico, o aprofundamento bíblico teológico. Percebo a vontade de fazer esta Igreja se mover, andar. Percebo o desejo que todas as pessoas sejam incluídas, o desejo de ver mais pessoas se engajando na caminhada. Queremos uma Igreja para todas as fases da vida. Queremos que ela faça parte do cotidiano das famílias, das Comunidades e da sociedade. Olhamos para frente como um futuro promissor, esperando ser luz para este mundo, com muito mais amor e cuidado com Criação de Deus. Lutero primou por uma boa educação. Que isto também seja o nosso ponto alto: dar continuidade a este legado de Lutero. Assim, quero que o nosso bondoso Deus nos use como seus discípulos e suas discípulas na grande Seara do Senhor. Temos muito por fazer. Sejamos pessoas corajosas, como foi Lutero. Sejamos pessoas unidas na fé, para continuarmos firmes na Reforma! Para mais informações, acesse o Portal Luteranos
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PRESIDÊNCIA
No Culto, buscamos o caminho, a verdade e a vida Deus me livre da Igreja Cristã onde só existem santos! Pa. Sílvia Genz | Pastora 1a Vice-Presidente da IECLB
‘Que o bondoso Deus me livre da Igreja Cristã onde só existem santos!’ (Lutero, Castelo Forte). Alívio?! Uma mãe desesperada, que tem o seu filho envolvido em drogas, no momento preso, pergunta: ‘Posso continuar a participar da Comunidade e frequentar o Culto?”. A Palavra de Deus, que ficou por muito tempo distante e desconhecida, não foi só ouvida no Culto, mas começou a ser lida pelas famílias. Agradecemos por esse amplo acesso à Palavra, a Lutero, que traduziu a Bíblia para a Língua Alemã, possibilitando a leitura da mensagem de salvação em Jesus.
No Culto, ouvimos a Palavra, não porque somos pessoas perfeitas, mas justamente como pessoas pecadoras e que buscam aprender o caminho, a verdade e a vida. Em tempos de crise, é preciso ainda mais intensamente aprender e ensinar a enfrentar as dificuldades a partir da força de Deus. No mundo, o valor do ser humano está apoiado na produção que gera renda, esquecendo a vida. Comunidade Cristã é cuidado com a vida toda do ser humano, desde o começo até o fim dela, pois, no Culto, lembramos da alegria do nascimento e da tristeza da perda de alguém na família.
A misericórdia de Deus é como o céu, sempre firme sobre nós. Sob este teto, estamos em segurança, onde quer que nos encontremos. Martim Lutero
Então, participe da sua Comunidade! Como filha e filho de Deus, sinta-se sempre convidada e convidado para o Culto, especialmente em datas significativas, como o Culto de Pentecostes, oportunidade também para o lançamento da Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem, que, em 2017, está na sua décima edição e, por isso, nos convoca a agradecer com a chamada Tempo de agradecer, acompanhada da bonita afirmação O meu coração bate pela missão! A Missão tem como propósito a reconciliação e a paz como condições fundamentais para a preservação e a promoção da vida, como esclarece o Texto Motivador da Presidência para a Vai e Vem 2017, por isso, neste décimo ano da Campanha, foram destacadas dez ações inspiradas nas Obras de Misericórdia (Mateus 25.3146), as quais moldam essa Missão em prol da vida: alimentar, saciar, vestir, acolher, cuidar, visitar, consolar, transformar, conviver e celebrar. ‘Eu quero ficar naquela Igreja e estar entre aquele pequeno grupo de gente desanimada, fraca e doente, que reconhece e sente o seu pecado, a sua miséria e a sua desgraça e que também, de coração e sem cessar, anseia e clama a Deus por consolo e ajuda, crê no perdão dos pecados e é perseguida por causa da Palavra’ (Lutero, Castelo Forte).
AGENDA | JUNHO 1/6
1-4/6
Fórum Nacional de Missão - IECLB São Leopoldo/RS Presidência
12/6
130 anos da Comunidade de São Bento do Sul São Bento do Sul/SC P. Inácio Lemke
RETROSPECTIVA
O Culto é privilégio e tarefa da Comunidade Não é a Comunidade que presta Culto a Deus, mas é Deus que, no Culto, serve a ela (por meio da palavra, do perdão, da comunhão, dos sacramentos e da bênção). Culto é a celebração das misericórdias de Deus que convergem na obra salvífica de Cristo. O Espírito Santo faz buscar e abraçar o santo serviço de Deus em nosso favor. A Comunidade assim agraciada responde a Deus com louvor e adoração e a Ele serve no mundo em que vive (Romanos 12.1). O Culto não é propriedade ou tarefa somente do Ministro e da Ministra, mas pri-
vilégio e tarefa da Comunidade. Esta participa ativamente com suas alegrias, dores, sofrimentos, dons e talentos. [...] Deus se comunica de maneira concreta, toma forma, encarna no mundo relativo e passageiro. O veículo da comunicação divina, por excelência, é Jesus de Nazaré. Os olhos da fé o reconhecem como verdadeiro ser humano, segundo a imagem de Deus e como verdadeiro Deus. Posicionamento IECLB no Pluralismo Religioso (2000)
Reunião da Diretoria do Conselho da Igreja Porto Alegre/RS P. Nestor Friedrich
17-18/6
Assembleia do Sínodo Brasil Central Brasília/DF P. Nestor Friedrich
30/6-1/7
Exame de Admissão Oral - PPHM (Período Prático de Habilitação ao Ministério) São Leopoldo/RS P. Nestor Friedrich
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FORMAÇÃO EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTÍNUA
O cuidado com a Criação passa pela Educação Cristã Eng. Johannes Gerlach | Engenheiro Ambiental, Físico e membro do Projeto ‘Galo Verde’ Para o Psicólogo Pablo Doberti, educar é formar, ou seja, não é informar. Formar é aprender a fazer algo com o que sei (Portal Huffpost Brasil). Em outras palavras, não serve para nada conhecer o Teorema de Pitágoras e não saber como construir paredes retangulares com uma trena, instrumento já utilizado pelos antigos Incas. Não adianta só saber que a temperatura está aumentando a cada ano que passa. É importante ter a consciência que o seu próprio comportamento contribui para isso e agir para evitar o agravamento da situação. Educação não começa na escola, mas, sim, em casa! Quando as pessoas adultas jogam lixo fora, sem preocupação com o seu destino, as crianças seguirão o seu exemplo. Se as pessoas adultas derem valor para a comida como um todo, utilizando o máximo de cada alimento, as crianças, no presente ou no futuro, farão isso também.
Nos anos 70, na Alemanha, surgiu um movimento chamado Educação Ambiental. O objetivo era desenvolver estratégias para cuidar do meio ambiente e das reservas naturais. Mais tarde, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também conhecida por Eco-92, realizada no Rio de Janeiro/RJ, em 1992, aprovou-se a Agenda 21, que, entre outras coisas, defendeu a Educação para um Desenvolvimento Sustentável. Nesse documento, foi estabelecida a importância de cada país refletir sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não governamentais e todos os setores da sociedade podem cooperar no estudo de soluções para os problemas socioambientais. No Brasil, passos importantes já foram dados para a Educação Ambiental e Sustentável. Ao mesmo tempo, outros tantos ainda precisam existir para que essa práti-
ca se consolide. Motivado pela tarefa cristã de Cuidar bem da Criação de Deus, um grupo de pessoas iniciou o projeto ambiental Galo Verde. Sob o slogan A Criação é de Deus. O compromisso é nosso, o projeto tem caráter ecumênico e visa a fortalecer a consciência ambiental em Comunidades. Para isso, promove periodicamente Seminários e assessora Oficinas e Palestras, entre outras atividades. Para saber mais sobre o projeto, acesse http://galoverde.org.br. Essa é uma importante ação construída a partir da Igreja para uma gestão ambiental sustentável, mas não pode ser a única. Várias são as possibilidades de conscientização ambiental. A partir da educação cristã, o cuidado com a Criação pode ser consolidado, contribuindo com a formação de pessoas cristãs mais conscientes e preparadas para exercerem o seu papel de discípulas de Deus, zeladoras da sua amada Criação.
CRIANÇAS | PROPOSTA METODOLÓGICA
Um papo delicioso! Caminhos da Reforma Neste ano de 2017, juntamente com os festejos da Reforma, o velho amigo do peito está completando 80 anos de existência. A data é motivo de muita alegria e gratidão pela bela caminhada do periódico. A Revista O Amigo das Crianças foi e deseja continuar sendo um veículo para promover a Missão de Deus entre as crianças da nossa querida IECLB. Então, divulgue a Revista O Amigo das Crianças e auxilie para que ela chegue até as crianças da sua Paróquia, da sua Comunidade e da sua escola!
O Amigo das Crianças, fazer um levantamento para descobrir, entre as crianças, quais dos chás elas gostariam de provar. Pode-se sugerir que tragam, para o próximo encontro, a sua xícara preferida, a fim de provar os dois chás mais votados. O chá será preparado por uma pessoa adulta e servido para as crianças no encontro. Outra possibilidade é pedir para que as crianças façam uma pesquisa com pessoas da sua família sobre os diferentes tipos de ervas medicinais que elas conhecem e apresentem para a turma. São conhecimentos passados através das gerações.
No quintal de Catarina Depois de conhecer os benefícios de cada chá citado na atividade das páginas 16 e 17 da Revista
www.est.edu.br
Congresso da Rede A Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, irá sediar, nos dias 30 de junho a 1º de julho de 2017, o VII Congresso de Instituições de Ensino Superior da Rede Sinodal. O objetivo do evento é congregar as instituições que fazem parte da Rede Sinodal e fazer um debate saudável sobre os caminhos, as dificuldades e o futuro da educação.
Sugestão extraída da Proposta Metodológica para uso da Revista O Amigo das Crianças, nº 69. Leia a Proposta Metodológica completa e saiba como assinar a Revista O Amigo das Crianças no Portal Luteranos
O tema do evento este ano é Impactos da Reforma Luterana na educação e na sociedade, a partir do qual pretende-se mostrar, no ano em que se comemoram os 500 anos da Reforma, que a história, o legado e a tradição impactaram não somente as pessoas luteranas, mas também a sociedade em geral. As inscrições ainda estão abertas para quem deseja ser ouvinte A intenção é fazer um resgate dos princípios e impactos na educação a partir da perspectiva luterana, além de avaliar a trajetória educacional até a atualidade, mas também traçar diretrizes para o caminho que se abre e estar preparado para os desafios que se impõem neste novo milênio. Assim, apresenta-se um diálogo crítico entre tempos históricos diferentes e mediados por sujeitos históricos diferentes.
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As 95 Teses, publicadas, há 500 anos, por Martim Lutero e que marcaram o despertar da Reforma, não visavam somente à reforma eclesial nem à criação de uma nova Igreja, mas os seus debates oportunizaram a trajetória dos acontecimentos que conhecemos como Reforma Luterana. Na atualidade, qual é a contribuição do pensamento luterano para gestores no contexto universitário em que estão Docentes e estudantes das mais diversas matrizes religiosas ou não-religiosas? Propõe-se, aqui, uma leitura do ensino superior na perspectiva da qualidade e da competência com vistas à transformação da educação e da sociedade. Docentes das Instituições de Ensino Superior da Rede Sinodal e Docentes em geral são o público-alvo do Congresso.
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DIVERSIDADE
Somos o resultado dos nossos relacionamentos!
Família: espaço de afeição, ética e solidariedade P. Dr. Mauro Souza | Secretário da Ação Comunitária
Todas as formas de vida se relacionam. Para a espécie humana, relacionar-se é algo que faz parte da sua essência. Somos, em boa medida, o resultado dos nossos relacionamentos. Carinho, afeto e amor, por exemplo, são indispensáveis para a existência humana. Ninguém vive só. Necessitamos nos relacionar com outras pessoas, por isso a família é tão importante em nossas vidas. Em boa medida, é ali que aprendemos a ser aquilo que somos. Algum tipo de família existe em todas as culturas. Algumas famílias são mais diversas, outras menos. Algumas são mais numerosas, outras menos. Algumas têm papeis mais claramente definidos, outras
menos. É fundamental para toda a vida, mas especialmente na infância, que tenhamos pessoas próximas com as quais podemos receber e dar cuidado, educação, amparo, proteção, amor. Há diversos relatos bíblicos que apontam para a importância da família, como, por exemplo, 1Timóteo 5.8: Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente. Em tempos de grandes mudanças, a família é um dos âmbitos da convivência humana que mais sofrem alterações. Existem novas configurações familiares que diferem até mesmo na função que a família tem. A legislação brasileira reco-
nhece estas alterações: ‘A transição da família como unidade econômica para uma compreensão solidária e afetiva, tendente a promover o desenvolvimento da personalidade de seus membros, traz consigo a afirmação de uma nova feição, agora fundada na ética, na afetividade e na solidariedade. Esse novo balizamento evidencia um espaço privilegiado para que os seres humanos se completem’ (A nova concepção de família no ordenamento jurídico brasileiro, por Patrícia Matos Amatto Rodrigues). Para a Igreja, fica a tarefa de incluir e acolher todas as famílias e de criar espaços e programas para que lá elas possam encontrar subsídios e apoio para as suas crises. Trata-se de uma oportunidade missionária, pastoral e diaconal. Permanece válido o que a IECLB afirmou já em 1997: ‘A fé cristã atinge a vida singular, conjugal e familiar. As pessoas merecem ser respeitadas em suas opções ou nos acontecimentos que as colocam em determinada situação, por isso o serviço comunitário deve procurar aceitar, envolver e amparar todas as pessoas, sem medo, constrangimento ou preconceitos. O sofrimento causado pela rejeição, por parte da família e da sociedade, é um motivo de preocupação para a Comunidade Cristã. O que, de fato, importa em uma família é o amor que a constitui, une e mantém. Que todas as famílias, sem distinção, possam se sentir acolhidas em nossas Comunidades e instituições.
PRONUNCIAMENTO
A graça só tem um recipiente: o nosso coração. Martim Lutero
Valorizando a Família Sob família, a Igreja entende o grupo de pessoas relacionadas entre si por laços de parentesco, afetividade, compromisso ou comunhão cristã. Portanto, o conceito de família vai além do grupo de pessoas formado por pai, mãe, filhos e filhas, vivendo legalmente sob o mesmo teto. Com respeito e amor, a Comunidade Cristã também aceita, acolhe e ampara grupos familiares com características especiais.
Na compreensão luterana, a Comunidade Cristã tem tarefas que ultrapassam as fronteiras das famílias que a compõem, por isso estas famílias são chamadas a vivenciar a sua vocação cristã, colaborando com a Comunidade na realização da sua missão no mundo. Posicionamento Valorizando a Família Janeiro/1997
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UNIDADE
UNIDADE
Série Especial
Lutero - Reforma: 500 anos
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Família: um desafio para os próximos 500
É na diversidade da vida que a Igreja caminha e aprende a ser família cristã, integrando em sua comunhão os mais diversos modelos de família que se formam e querem viver sob a Palavra e a orientação de Deus.
O Tema e o Lema da IECLB para 2017 nos desafiaram a nos colocarmos em movimento, a jubilar e nos alegrar em Comunidade, em família e para dentro de uma sociedade plural. Somos Igreja de Jesus Cristo, formada por diferentes pessoas, culturas, sonhos e desafios. Somos Igreja na qual a diversidade precisa ser valorizada e acolhida, para que o corpo todo cresça e se coloque em movimento edificante e jubiloso. Se queremos olhar para os próximos 500 anos com olhares de esperança, crescimento e valorização do corpo em sua diversidade, é preciso buscar por bases sólidas, que nos sustentem, especialmente no que se refere à vida em família e ao acolhimento de novas composições familiares no seio das Comunidades Luteranas.
Pa. Iraci Wutke, Ministra na Paróquia em Rio Possmoser, em Santa Maria de Jetibá/ES
O que nos sustenta? No ano em que celebramos o Jubileu da Reforma Luterana, convém relembrar as bases para toda a discussão teológica e eclesial. Segundo Lutero, temos a nossa raiz e o nosso suporte firmado em Cristo (Sola Christus) e na sua Graça (Sola Gratia), permitindo que toda a nossa ação e o nosso pensamento sejam fundamentados somente nas Escrituras Sagradas (Sola Scriptura). Pois bem, se assim o é, na prática eclesial e familiar, muito temos a aprender destes princípios. Quem foi o Cristo que sustenta a nossa ação? Ele optou em andar entre os humildes e partilhou a sua vida com diferentes tipos de pessoas e famílias. Era amigo de mulheres e as valorizava (Marta e Maria), acolhia pessoas pecadoras (Zaqueu e a mulher adúltera), respeitando essas pessoas e as chamando ao arrependimento. Recebia as crianças com amor, valorizando todas em suas capacidades. Jesus mexeu com os modelos instituídos e estabeleceu novas possibilidades colocando o Reino de Deus acima das relações familiares (Mt4.21-22,8.21-22,Mc 3.35e13.12-13). Para ele, os laços de sangue são uma realidade secundária. Este Cristo é fundamento para a nossa ação. Se dele fugirmos, estaremos legislando em causa própria e criando condições para a exclusão e o desrespeito.
É pela Graça de Deus que se torna possível superar a tendência humana de querer se sobrepor ao outro ou estabelecer legalismos destrutivos e degradantes. O critério da vivência cristã é a fé, por meio da qual Deus nos aceita em Cristo, mesmo sendo pessoas falhas e pecadoras. É esta Graça de Deus que nos torna iguais em nossas diferenças e permite o enriquecimento das relações humanas a partir daquilo que cada pessoa ou grupo tem de singular. Na Graça de Deus, tomamos parte, por meio da ação de Cristo, em favor da humanidade, sem distinções ou privilégios. Esta ação, revelada pelas Escrituras Sagradas, se sobrepõe a costumes, tradições e instituições que tenham por objetivo excluir ou julgar. Ao usar as Sagradas Escrituras como parâmetro de vida, é preciso usar boas chaves de leitura considerando o seu contexto e as influências culturais presentes, sabendo identificar nela a Palavra de Deus que orienta a vida em e para todos os tempos. O que temos e somos? Somos família de Deus, formada por muitas e diferentes famílias humanas, unidas entre si por vínculos consanguíneos, de afetividade ou de comunhão, convivendo em uma relação de respeito e amor cristão (Valorizando a
família). Nessa grande família, a prioridade de acolhimento não está no modelo legalmente reconhecido e, muitas vezes, duramente engessado, mas no vínculo que une umas pessoas às outras. Podemos até não concordar em admitir determinados modelos, mas o nosso dever cristão é respeitar e acolher em amor o ser humano que vive neste modelo, de maneira que o corpo todo cresça e obtenha ganhos a partir da diversidade. Desta maneira, o que nos caracteriza e une como famílias cristãs são os laços espirituais que estabelecemos entre nós, os quais são capazes de superar qualquer modelo ou escolha. Temos diante de nós o desafio cristão de aprender a acolher e integrar cada pessoa dos diversos modelos familiares no seio da Comunidade Cristã, sem julgamentos ou preconceitos, ensaiando um novo modelo de comunhão e crescimento pessoal e comunitário. Seja na grande família cristã ou nas peculiares famílias humanas, o desafio maior está em viver comunhão e experimentar um crescimento pessoal e comunitário por meio da vivência do amor, que se traduz em respeito, acolhimento e compromisso mútuo. O que podemos ser? O ser humano tem estabelecido modelos para viver em sociedade e em Comunidade a partir das necessidades culturais e históricas que lhe são colocadas. Estamos em constante evolução, novos modelos vão surgindo e estes não precisam, necessariamente, mexer com as nossas bases teológicas e confessionais, mas tornálas ainda mais sólidas. O modelo tradicional de família tem a sua razão de existir e deve ser cultivado. Porém, ele não é exclusivo e tampouco pode ser excludente. Novos modelos de família clamam por acolhida e compreensão e podemos ver neles uma possibilidade de complementariedade e de aprendizado constante. A exemplo do Apóstolo Paulo, na carta aos Efésios (Ef 4.1-3), o desafio maior está em aprender a ‘suportar’
(umas pessoas às outras), com humildade e boa educação, buscando vivenciar a união, que só é possível quando permitimos que o Espírito de Deus nos conduza. Podemos e, se queremos vivenciar mais 500 anos como Igreja Luterana, devemos ser o suporte, o acolhimento, o apoio da outra pessoa sem perguntar por mé-
Jubilar alegres? Todos queremos! Este júbilo precisa nos comprometer com uma Reforma constante dos nossos modelos e pensamentos. Erramos? Vamos pedir perdão e, pela Graça de Deus, recomeçar!
ritos, opções ou condições pessoais. É na diversidade da vida que a Igreja caminha e aprende a ser família cristã, integrando em sua comunhão os mais diversos modelos de família que se formam e querem viver sob a Palavra e a orientação de Deus. Mesmo que a caminhada seja difícil, não podemos esquecer que o desafio está em nos carregar mutuamente e fazê-lo com alegria e bom ânimo, porque ‘irmão e irmã não pesam’, não precisam ter o mesmo sangue nem viver nas mesmas condições. Podemos ser famílias luteranas que, a exemplo de Lutero, educam as no-
vas gerações baseadas na ética cristã, que acolhe sem medo e convive em paz apesar de todas as diferenças. A partir da Reforma, as famílias são incumbidas de educar os seus filhos e as suas filhas. Esta talvez seja uma das características mais relevantes a ser cultivada se queremos fazer desta data um marco de mudança. A partir de uma base teológica sólida (Christus, Gratia e Scriptura), temos o desafio de educar para um convívio igualitário, respeitoso e que valorize a comunhão familiar, distribua tarefas, perpetue amor, confiança, responsabilidade e liberdade. Se queremos ser uma Igreja acolhedora, é preciso começar aprendendo a acolher não apenas as pessoas ‘iguais’, mas especialmente as pessoas ‘diferentes’. Temos o dever cristão de educar as novas gerações para os desafios da vida ajudando-as a perpetuar valores da ética e da moral cristã, que superem preconceitos e moralismos, tão presentes na sociedade que nos cerca e, muitas vezes, perpetuados nas Comunidades de fé. Queremos mais 500 Quando afirmamos que ‘agora são outros 500’, não podemos pensar que, em um passe de mágica, tudo se transforma e renova. É preciso rever opiniões, confessar pecados, refazer pensamentos e convicções, retrabalhar (pre)conceitos. É preciso reaprender a sentar ao redor da mesa com as nossas famílias, como fazia Lutero, para orar, louvar a Deus e viver a comunhão cristã. Se queremos mais 500, faz-se necessário passar por um processo de cura de preconceitos que geram guetos, favorecem exclusões e impedem uma caminhada saudável de todo o Corpo de Cristo. Jubilar? Todos queremos! No entanto, este júbilo precisa nos comprometer com uma Reforma constante dos nossos modelos e pensamentos. Erramos? Vamos pedir perdão e, pela Graça de Deus, recomeçar! Segundo Lutero (Discursos à Mesa), a ‘família é a fonte da prosperidade e da desgraça dos povos’. O que vamos querer?
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FÉ LUTERANA
Família: o que vale é o amor! Pa. Argéli Katiusa Karsburg | Ministra na Paróquia em Limeira/SP Ah como eu queria que em nossos dias o amor fosse o maior... Do que adianta saber o que ele é capaz de fazer Se eu não permito que ele seja o que precisa para transformar o meu viver? Onde o amor impera, não haverá guerra... Onde o amor toca, contagia e cura. Quebra barreiras do preconceito, pois dá lugar ao respeito. Onde o amor não tem espaço, como fazer para dar um abraço? Onde o amor não tem lugar, o que haverá de imperar? Temos muitos exemplos em nossos tempos Do que acontece quando o amor adormece O preconceito cresce e a intolerância prevalece... Os crimes acontecem... Em nome de um amor doente, tem muita gente Que sofre e padece Em nome de um modelo de amor, dito correto, existe quem pense que pode agredir e ferir... Amor é amor... Nasça ele onde for
Ele acalma e afasta a dor. Por que tem quem pense que alguns jeitos de amar são doença? Não consigo entender porque não acolher quem precisa viver Um amor não convencional... de um jeito fora do ‘normal’ Afinal, quem sou eu para dizer que amor só tem um jeito de ser?
O amor que é totalmente verdadeiro afasta o medo e sabe viver sem segredo... O amor verdadeiro é aquele que sabe que Deus nos amou primeiro! Existem jeitos de ser família onde o amor mora... Também existem aquelas onde, há muito tempo, ele já foi embora... Tem família tradicional e tem família nada convencional. Afinal, como posso dizer onde o amor vai viver? O que posso afirmar é que todo
mundo tem o direito de amar... Seja como for... Ainda que eu realmente não entenda ou compreenda O amor tem os seus mistérios... O meu critério é respeitar... É acolher... é não julgar... é deixar você amar. Oro para que, na Igreja, possamos viver plenamente o amor genuíno que Jesus ensinou... Amor que vê além das aparências e é maior que as nossas crenças. Deus permita que impere em nós a capacidade de soltar... As pedras que carregamos pensando que nós temos o direito de alguém apedrejar. Deixa o amor entrar e bagunçar a sua mente Para que possa ser um crente que saiba amar e respeitar... O amor que é totalmente verdadeiro afasta o medo e sabe viver sem segredo... O amor verdadeiro, verdadeiro mesmo, é aquele que sabe que Deus nos amou primeiro! Para refletir, leia 1João 4.18-21
Família: somos tudo farinha do mesmo saco! P. em. Darci Drehmer | Pastor Capelão Militar Reformado Falar que uma pessoa está ‘velha’ parece palavrão! Para contornar a situação, criou-se o eufemismo ‘melhor idade’. Diante da longevidade cada vez maior, fala-se em quarta idade, assunto debatido no 9o Congresso Paulista de Geriatria e Gerontologia, realizado em novembro de 2015. Levando-se em conta as ponderações do Congresso de Geriatria, deveríamos classificar a pessoa idosa como sendo da quarta ou quinta idade (infância, adolescência, vida adulta, pessoa idosa e velhice). Quem classifica o ciclo de vida em três ‘idades’, no mínimo, esquece as crianças. Em pauta, estão a quarta e a quinta idade. São as pessoas aposentadas, descompromissadas de cumprir horários de trabalho, que curtem netos, bisnetos e usufruem do merecido período sabático. São as pessoas da ‘melhor idade’. É, de fato, a melhor idade para aquelas que têm saúde e um ‘pé de meia’ para viajar e curtir. Estou motivando pessoas para participarem de um tour pela Alemanha, em comemoração aos 500 anos da Reforma. O que mais ouço é: ‘Saúde eu tenho, mas preciso pensar
com o bolso...’. Envelhecer não precisa ser motivo de choro e lamúria, de lamentar os ‘bons tempos’, a ‘aurora da minha vida. A minha infância querida. Que os anos não trazem mais’ (Casemiro de Abreu). Podemos fazer da idade que temos, a primeira, a segunda, a terceira, respectivamente, a quarta ou quinta, a melhor
Podemos fazer da idade que temos a melhor delas, curtindo dentro dos nossos limites. Importa que não nos acomodemos, pois tarefas não faltam! delas, curtindo dentro dos nossos limites. Importa que não nos acomodemos, que nos sintamos pessoas úteis e produtivas. Tarefas não faltam! A nossa Comunidade, religiosa ou civil, ficará grata se nos dispusermos a contribuir com a experiência que colhemos com o passar dos anos. Importante é manter-se em atividade, física e
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intelectualmente. Segundo um Médico que me viu cortando grama na frente de casa, ‘mão que pega em picareta, não pega em bengala’. Um Pastor aposentado confidenciou-me que, para manterse intelectualmente ativo, elabora uma prédica por semana, mesmo que não a leve ao púlpito. Como fica a ‘família intergeracional? Como interagimos com filhos e netos? Ilustro com dois exemplos: 1) um pai ficou extremamente irritado quando o seu filho resolveu um problema na Internet que ele próprio não conseguiu resolver; 2) o nosso neto, mais versado em informática que a minha esposa e eu, ensinava-nos ‘um lance’ no computador. Durante o processo, saiu-se com esta: ‘Engraçado... Eu ensinando os meus avós’. A minha reação: ‘Um dia, você vai aprender com o seu neto’. Por família intergeracional, entendo uma reciprocidade: nós aprendendo com filhos e netos. Filhos e netos aprendem com pais e avós. Simples assim: somos ‘farinha do mesmo saco’ e precisamos uns dos outros! Para refletir, leia 2Timóteo 3.14-17
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PERSPECTIVA
Reconhecimento e agradecimento: palavras que tornam a vida mais bela Profa. Dra. Ema Marta Dunck Cintra | Docente no Instituto Federal de Mato Grosso e Presidente do Conselho da Igreja Não fez mais que a sua obrigação! Quantas vezes ouvimos isso quando alguém fez algo que lhe foi solicitado ou é da sua responsabilidade? No dia a dia, temos facilidade em apontar falhas, falhas, inclusive, que não comprometeriam o conjunto. Entretanto, temos muita dificuldade em elogiar e perceber os vários momentos em que as tarefas são bem desempenhadas. Tem gente que pensa que elogios podem fazer com que a pessoa se torne ‘convencida’ e ‘acomodada’. Infelizmente, muitas pessoas que estão na função de liderança (mas não somente essas) acreditam que, para mostrar ‘autoridade’, precisam evidenciar os erros, punir. Ocorre que, em várias dessas situações, quando se olha o resultado da ação, os acertos foram maiores, as aprendizagens foram significativas e o final foi muito bom. É lamentável que aquilo que era um detalhe, mas foi extremamente potencializado, cegue os nossos olhos e não permita ver o resultado final como satisfatório. Situações como essas estão espalhadas nos mais diversos setores da sociedade e na Igreja não é diferente. Se algo sai errado, se alguém cometeu um equívoco, o que se escuta são murmúrios, reclamações e, pior, poucas vezes a busca conjunta por solução! É mais fácil apontar o dedo e reclamar... Quando isso ocorre, abrimos espaço para que o desânimo, a fofoca e o desentendimento entrem e se fortaleçam. Nem murmureis, como alguns deles
murmuraram e foram destruídos pelo exterminado (1Co 10.10). Pensando na nossa atividade profissional, na nossa Comunidade, na nossa família, na relação com colegas, irmãos e irmãs de fé, familiares em geral: há quanto tempo temos reclamado mais e agradecido menos? O que seria mais justo e produtivo: reconhecer e agradecer pelos acertos ou apontar os erros? Eu optaria pela primeira! Afinal, a gratidão é basilar para que sejamos mais felizes e ela nos impulsiona a ter uma visão mais otimista da vida. Então, vamos nos permitir mudar o modo como vemos o mundo, como tratamos as pessoas, como agimos, pensamos e sentimos? Vamos, cada vez mais, encher-nos do Espírito, dar graças por tudo ao nosso Deus e Pai e sujeitar-nos uns aos outros no temor de Cristo (Ef 5.18-21). Necessitamos andar na contramão desse lado ‘resmungão’ da vida e precisamos nos desarmar, reconhecendo o que foi bom, mesmo que isso seja da obrigação da pessoa a quem foi delegada a tarefa. No reconhecimento e na gratidão de um trabalho realizado, temos possibilidades de uma vida mais leve, mais humana, mais fraterna. A maior beneficiada nessa história toda é a pessoa que agradece. Vamos nos beneficiar disso? Vamos nos proporcionar uma vida mais bela, reconhecendo e agradecendo? Dediquem-se à oração, estejam alerta e sejam agradecidos (Colossenses 4.2).
A oração precisa ter o coração todo para si, por inteiro e exclusivamente, para que seja uma boa oração. Martim Lutero
Depois do Amém e da Bênção Pastores de verdade! P. Dr. Oneide Bobsin | Docente na Faculdades EST, em São Leopoldo/RS Depois da Bênção, o Culto continuou no lado de fora do templo, enquanto esperávamos pelo almoço comunitário no domingo do Bom Pastor. Enquanto homens e mulheres de boa vontade se dedicavam aos preparativos, como um ato de fé na prática, os impactos da Prédica sobre o Bom Pastor (João 10), que dá a sua vida pelas ovelhas e não entra pela porta dos fundos do curral, eram comentados por um fiel membro da nossa Igreja. O Motorista aposentado, que se orgulha da sua filha ser Professora em uma escola municipal, chegou-se a mim e a outro colega com uma frase de forte indignação: ‘Vocês, que são ‘Pastores de verdade’, expliquem a razão de Pastores da nossa Igreja apoiarem medidas do Governo Federal que vão prejudicar a maioria do povo brasileiro?’. Ele fazia referência à Reforma da Previdência, à Reforma Trabalhista e a outras medidas de limitação de gastos com saúde e educação por 20 anos. ‘Eu já estou aposentado, mas, se o meu neto se aposentar, terá quase 70 anos e sem os direitos que tenho hoje’, desabafou o membro, que acompanha as Redes Sociais. O colega lembrou que a Direção da nossa Igreja publicou um posicionamento sobre o momento em que vivemos e este dava razão à indignação daquele fiel membro da IECLB. Não podemos tomar como único critério de avaliação ‘a política’ para distinguir o bom Pastor do mercenário. Também é
verdade que o Evangelho não é partidário em termos políticos, mas ele tem profundas implicações na vida das pessoas e do povo. Lutero fez a pergunta fundamental pela salvação e dela desdobrou muitas prédicas e cartas contra a usura (hoje, juros abusivos) e pediu que Prefeitos construíssem escolas públicas. Profetizar contra os Pastores de Israel não foi tarefa fácil para Ezequiel. Ai dos Pastores de Israel que se apascentam a si mesmos, que se alimentam do leite do rebanho e se vestem com as suas lãs, roubando, assim, o que é do povo. Para Ezequiel, os Pastores são os Governantes que serão destituídos por não pastorearem e Deus vai suscitar alguém para apascentar o seu povo. Jesus é o Bom Pastor. Liderança nenhuma, religiosa, política ou comunitária, pode sentar no seu lugar. Mesmo assim, o seu pastoreio é critério de liderança, pois deu a vida fazendo das ovelhas desgarradas um povo. Diante dele, qualquer liderança deve-se perguntar: Sou Pastor ou mercenário? Fui democraticamente escolhido para a função de liderança ou entrei pela porta dos fundos? Como fui eleito? Há muitas formas de propinas e ‘caixa dois’, além do dinheiro, nas escolhas de lideranças em qualquer espaço público e nas Comunidades em geral. O Bom pastor dá a vida pelo povo. Não cobra propina nem dízimos. Eis o critério para qualquer liderança em todas as organizações da nossa sociedade. Para mais informações, acesse o Portal Luteranos
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MISSÃO
Estratégias de Missão P. Dr. Pedro Puentes | Secretário de Missão O objetivo Geral do Fórum Nacional de Missão - IECLB, que acontecerá, entre 1ºe 4 de junho de 2017, na Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, é ‘refletir sobre a prática da Ação Missionária com vistas às estratégias de Missão para os próximos anos’. Em geral, as estratégias têm a ver com a escolha de um rumo e, para tanto, é necessário responder algumas perguntas. A primeira: Quem nós somos? Onde estamos e o que sabemos fazer? A resposta é que somos uma Igreja de Comunidades de Confissão Luterana, presente no território brasileiro pela imigração germânica, comprometida com a tarefa de Propagar o Evangelho de Jesus Cristo, estimulando a sua vivência pessoal, na família e na Comunidade, promovendo a paz, a justiça e o amor na sociedade brasileira e no mundo.
Missão e viabilidade Secretaria de Missão Em geral, os Projetos Missionários vinculados à criação de um novo Campo de Atividade Ministerial são experiências distantes e isoladas. Além do apoio financeiro nacional/ sinodal, os Projetos dependem dos esforços do próprio grupo local e da pessoa que exerce o Ministério nesse lugar. Acompanha este quadro a necessidade do Projeto se tornar autossustentável em um prazo prudente e a necessidade ainda, de trabalhos orientados para acompanhar os membros. Apesar de tudo, este procedimento nos legou a presença da IECLB em novas áreas, mas podia ser diferente... Por que não ampliar a nossa atuação evangelizadora para as pessoas além do nosso círculo? Por que não fortalecer a rede de apoio solidária de Sínodos/Paróquias/Comunidades para Projetos Missionários? A rigor, não deveriam existir experiências missionarias sem uma pareceria fraterna. Que Deus nos ajude a melhorar as nossas experiências missionárias.
A segunda: Aonde queremos chegar? O que queremos ser? A IECLB quer ser reconhecida como Igreja de Comunidades atrativas, inclusivas e missionárias, que atuam em fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo, destacando-se pelo testemunho do amor de Deus, pelo serviço em favor da dignidade humana e pelo respeito à Criação. A terceira: O que nos é permitido fazer? Aqui se investiga pelo ambiente externo que condiciona ou possibilita a nossa tarefa, por exemplo: leis e regulamentações, recursos humanos, financeiros ou tecnológicos, opinião pública, entre outros. Após responder a essas perguntas, pensamos sobre as estratégias: O que vamos fazer? Quais são os caminhos para ‘chegar lá’? Esta é a tarefa do Fórum de Missão. Os grupos de reflexão, utilizando o Plano
de Ação Missionária da IECLB (PAMI) como ponto de partida, deverão responder: O que é necessário fazer nos âmbitos da Evangelização, Comunhão, Diaconia, Liturgia, Formação na fé, Formação Ministerial, Sustentabilidade e Comunicação para sermos uma Igreja de Comunidades mais atrativas, inclusivas e missionárias no testemunho e no serviço? Que o Santo Espírito de Deus inspire quem participará deste Fórum de Missão!
Planejamento Missionário P. Altemir Labes | Secretário Adjunto para Missão e Diaconia O Planejamento Missionário precisa ser assumido com muita responsabilidade e necessita de certo tempo para ser realizado, mas não é uma tarefa difícil e pode até ser muito prazerosa. O importante é ter disposição para o diálogo, liberdade para avaliar os trabalhos e abertura para novas propostas. É fundamental que o processo de Planejamento não seja uma atividade técnica, mas oportunidade de comunhão e vivência da fé. O Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI) promove a unidade, orienta, motiva, articula o Planejamento de Comunidades, Paróquias, Sínodos e Instituições. O PAMI nos ajuda a qualificar a nossa Ação Missionária.
O XXX Concílio da Igreja, realizado em Brusque/SC, em 2016, acolheu a revisão metodológica do Roteiro para o Planejamento Missionário, que está organizado em cinco momentos: 1) Apaixonar-se pela Missão, 2) Assumir a Missão, 3) Analisar a situação, 4) Definir as Ações Missionárias e 5) Executar as atividades. Estes cinco momentos podem ser realizados em encontros de, aproximadamente, duas horas ou em Seminário ou Retiro. Ao longo de 2017, Encontros de Apresentação e Capacitação para o uso do Roteiro para o Planejamento Missionário estão sendo organizados pelos Sínodos.
O meu coração bate pela missão! P. Dr. Pedro Puentes | Secretário de Missão O lançamento da Campanha Nacional de Ofertas para a VAI E VEM 2017 | ANO 10 Missão acontece no Domingo de Pentecostes, em 2017, 4 de junho, encerrando no dia 24 de setembro. Junto com o Jubileu dos 500 anos da Reforma, comemoramos a décima ediO meu coração bate pela missão! ção da Vai e Vem, por isso a chamada da Campanha é Tempo de agradecer! O meu coração bate pela missão! Como sinal da décima edição e do agradecimento, destacamos dez verbos inspirados nas Obras de Misericórdia (Mateus 25.31-46), os quais moldam essa missão em prol da vida: alimentar, saciar, vestir, acolher, cuidar, visitar, consolar, transformar, conviver e celebrar. Com base nestas palavras, foi elaborado um caderno com Encontros de Estudos Bíblicos, de forma a motivar Ações Missionárias em cada Comunidade, seja em forma de reflexão, ações missionárias ou ofertas. Entre os materiais, destacamos que cada Sínodo recebeu o cofrinho personalizado, ou seja, com a menção dos Projetos Missionários apoiados em nível sinodal pelas ofertas da Vai e Vem. O folder continua a trazer a informação dos Projetos Missionários apoiados em âmbito nacional, além de subsídios da Campanha 2017. Que Deus continue a abençoar o trabalho que surge da gratidão. Vamos promover uma Campanha de Missão que contagie, porque... O meu coração bate pela missão! Amém! CAMPANHA NACIONAL DE OFERTAS PARA A MISSÃO
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GRATIDÃO
O compromisso agora é outro! Rumo aos 500 anos da Reforma Protestante! P. Sérgio Wruck Klippel | Pastorado Escolar e Universitário na Associação Educacional Luterana Bom Jesus/IELUSC, em Joinville/SC
É desejo de todo o ser humano ser feliz, realizar-se profissional e pessoalmente, ser aceito e valorizado na sociedade. Alcançar esses objetivos só é possível ao relacionar-se com outras pessoas e é nessa relação com o outro e com o meio que os sujeitos afirmam o seu comportamento, demonstram a sua personalidade e se sentem aceitos ou não. Isso nos permite dizer que o ser humano é, por natureza, relacional. Entretanto, percebe-se que nós, seres humanos, engatinhamos no que diz respeito à interação, ao compromisso com o meio e com as pessoas à nossa volta. Vivese em uma época fortemente marcada por polarizações e predisposições a construir muros que separam ao invés de pontes que unem. Repetidas vezes, ouvimos exemplos de relações baseadas na disputa de poder, em que há procura pelo reconhecimento individual e pelo sucesso pessoal. É na relação com o outro e com o meio em que está inserida, que toda pessoa
define o seu comportamento e demons tra a sua personalidade. ‘O ser humano é, por excelência, um ser insatisfeito, não conseguindo jamais em sua vida o pleno cumprimento dos seus anseios. A fé des cobre nessa insatisfação o espaço que só Deus pode preencher’ (P. Dr. Gottfried Brakemeier) Também no que se refere às relações no âmbito das Comunidades, por vezes, esta forma de ser, pensar e agir também está em jogo, o que prejudica e impede que uma Comunidade se fortaleça. Algo semelhante aconteceu entre os discípulos de Jesus. Lembro o episódio no qual os discípulos questionam Jesus a respeito de quem seria o mais importante (Mateus 18.1-5). Nesse sentido, como a fé cristã pode nos orientar a sermos pessoas comprometidas para que haja mais cooperação entre as pessoas? A fé cristã aponta para a necessidade de unir-se em torno do bem comum. Nos primórdios do cristianismo, essa necessidade foi uma questão fundamental para
a preservação da doutrina e o fortalecimento da fé a partir da oração, da comunhão e no partir do pão (Atos 2.4247). O apóstolo Paulo, em vários momentos, aborda a questão da importância da unidade da Comunidade. A passagem mais conhecida é a de 1Coríntios 12.12ss. A partir do que apontamos até aqui, novamente somos pessoas desafiadas a nos comprometer com o Sacerdócio Geral de todas as Pessoas Crentes, que possibilita a todas as pessoas servirem a Deus a partir dos dons que Ele próprio concedeu a cada uma, fortalecendo as relações de coletividade, de respeito, de cuidado. É fácil? Não é! No entanto, temos ferramentas à nossa disposição e que podem ser um bom auxílio. Uma destas ferramentas é o planejamento. Tanto no âmbito da vida pessoal, familiar, mas também na vida da Igreja. O planejamento é como um farol em meio ao oceano, que orienta a navegação e impede os navios de se chocarem contra icebergs. Planejar nos ajuda a ter uma visão mais ampla e segura de para onde devemos seguir. Desta forma, ao caminharmos rumo ao Jubileu dos 500 anos da Reforma Protes tante, como pessoas cristãs, somos lem brados e lembradas do nosso compromis so, firmado no Batismo, de sermos sal e luz no mundo. Mais do que isso, no Batismo, a pessoa é chamada pelo nome (tu és meu, minha), firmando um compro misso de ser discípulo, discípula de Jesus Cristo. A Comunidade Cristã é, justamente, o espaço para experimentar o bom sabor que a Palavra de Deus quer dar às nossas vidas, fazendo com que o nosso pensar e o nosso agir favoreçam o fortale cimento do Corpo de Cristo.
Publicações | Culto A história entre Deus e as pessoas carrega em suas entranhas a experiência do Culto, concebido como encontro que congrega Deus e um grupo de pessoas, bem como estas entre si. O sujeito do Cul to é Deus. Deus vem ao encontro da Comunida de (Mt 18.20) e Deus de fato ordena que o Culto aconteça (1Co 11.24-25). O encontro é ação de Deus. As pessoas reagem e aceitam o convite de Deus. Nesse encontro, elas ouvem a sua vontade (Palavra de Deus), comun gam na sua mesa (Ceia do Senhor) e realizam co munhão entre si. A Deus evidenciam a sua disposi ção de assumir o compromisso da fé. Trecho do Livro de Culto
Considero e confio tão somente no Deus único, invisível, incompreensível, que fez os céus e a terra e que está acima de todas as criaturas. Martim Lutero
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GESTÃO
Corpo IECLB | Gestão Administrativa Secretaria Geral da IECLB O Programa de Acompanhamento a Estudantes de Teologia contribui com a formação integral de cada estudante por meio da oferta de atividades que propiciam a aprendizagem, a troca de experiências e o crescimento e amadurecimento pessoal. Estas atividades são oferecidas nos Retiros, na Orientação para o Desenvolvimento Pessoal e da Mentoria Espiritual. Estão inscritos no programa 202 estudantes de Teologia matriculados nos três Centros de Formação Teológica conveniados com a IECLB. Os Retiros têm oportunizado a aproximação entre estudantes dos três Centros de Formação, a aproximação de estudantes com a sua própria Igreja, enquanto instituição, além de evidenciar o cuidado e a valorização da Igreja em relação aos estudantes. O Programa prevê a realização de três Seminários de orientação com vistas ao desenvolvimento pessoal, os quais são promovidos durante os Retiros. Os Seminários são dirigidos por uma Psicóloga, que assessora o Programa e organiza as atividades e os espaços de reflexão e de autopercepção. A Mentoria Espiritual consiste no acompanhamento a estudantes de Teologia por Ministros e Ministras que atuam no entorno dos Centros de Formação Teológica e tem por objetivo auxiliar no crescimento pessoal e no amadurecimento espiritual de cada estudante. É previsto que ocorra um encontro mensal entre estudante e Mentor, Mentora pelo período de 18 meses. Para a gestão do Programa, foi desenvolvido um módulo específico, visando a auxiliar no gerenciamento e na operacionalização das atividades. Este módulo possibilita o acesso eletrônico de cada estudante ao sistema. A ferramenta possibilita o registro da trajetória de cada estudante e das suas interações com o Programa, permitindo, assim, à Igreja, acompanhar o desenvolvimento dos seus futuros Ministros e das suas futuras Ministras ao longo da formação teológica. Trecho do Relatório da Secretaria Geral ao XXX Concílio da Igreja/2016 Para mais informações, acesse o Portal Luteranos
Guia para o Presbitério A Comunidade e a Paróquia não vivem isoladas, mas são parte de um todo, que é a IECLB. Isso significa que temos, com outras Comunidades e Paróquias deste imenso Brasil, uma história e uma base confessional comuns. Também compartilhamos dos mesmos objetivos. A IECLB tem, hoje, uma típica estrutura sinodal. A palavra sinodal origina-se do Grego syn-hodos, que significa juntos no caminho. O modelo sinodal não é centrado na Comunidade local (congregacionalismo) nem em uma estrutura hierárquica (episcopalismo), tampouco na pessoa do Pastor (pentecostalismo). Na estrutura sinodal, as Comunidades estão vinculadas umas às outras com base em uma identidade confessional e em um propósito comum. As Comunidades e as Paróquias caminham juntas, formando os Sínodos, e os Sínodos caminham juntos, formando a Igreja Nacional – a IECLB. Nesse modelo, as grandes decisões em assuntos de fé e ordem são tomadas de maneira compartilhada por Ministros Ordenados, Ministras Ordenadas e pessoas leigas, em Assembleias e Concílios, alcançando diversos níveis.
Documentos Normativos Regulamentos são a expressão normativa dos compromissos firmados entre as representações nas diversas instâncias. A Constituição, o Regimento Interno, o documento Justiça e Ordem, o Estatuto do Ministério com Ordenação da IECLB e o Guia Nossa FéNossa Vida são normas nacionais, eclesiasticamente válidas para todos e todas. Acima desses documentos está o mandato de Deus, tendo como base a Bíblia e os Escritos Confessionais. Todos os demais documentos são elaborados a partir dos princípios constantes nesses documentos e a eles estão sujeitos eclesiasticamente. O Estatuto padrão de Comunidade, por exemplo, estabelece, entre outros, que é incumbência da Comunidade: I cuidar da pregação pura da Palavra de Deus e da reta administração dos Sacramentos; II zelar para que seja dado testemunho do Evangelho em conformidade com a confissão da IECLB em doutrina, vida e ordem eclesiásticas; III dedicar-se à assistência espiritual e à ação diaconal; IV participar do trabalho evangelizador e missionário; V animar a cada um dos seus membros a servir ao próximo nos âmbitos familiar, comunitário e público; VI zelar pela formação evangélica das crianças, dos adolescentes e dos jovens depois da sua Confirmação; VII congregar homens e mulheres com o fim de orientar todos os seus membros no cumprimento das suas tarefas específicas.
Jorev Luterano - Junho 2017
SÍNODOS
Com tantas notícias ruins, há motivos para jubilar? Sim, porque, agora, são outros 500! P. Joaninho Borchardt | Pastor Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém sar em Casa Comum é pensar no cuidado com o mundo em que vivemos e partilhamos. O ar, a água e a comida, essenciais para a vida, vêm da natureza e não são infinitos. A seca no Espírito Santo nunca havia sido tão longa e intensa. Diversas localidades estão em processo de desertificação. Parte do problema é local, pelo nosso comportamento, mas parte é mundial, pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas. Para reverter essa situação, é necessário muito trabalho e tempo. É necessário mudar a forma como lidamos com a natureza. Não basta plantar uma árvore. Precisamos mudar pensamentos e atitudes em relação a como lidamos com a natureza!
O povo capixaba já se acostumou com notícias negativas nos últimos anos. Primeiro, foi a enchente, em 2013. Depois, foi a lama do Rio Doce, em 2015. No meio disso, a seca e a estiagem prolongada por três anos. Em 2016, veio o surto da Febre Amarela. No começou de 2017, pensei: Agora deve vir uma notícia boa. Chega de notícias ruins! Eis que, no primeiro fim de semana de fevereiro, um movimento de familiares de Policiais Militares do Espírito Santo pararia o efetivo da corporação e começaria o caos na Segurança Pública no Estado, causando uma disseminação da violência sem precedentes. Fato é que a sociedade ainda não aprendeu a viver sem ser vigiada pela Polícia. Sem tê-la por perto, perdem-se os valores da boa convivência, do respeito ao próximo, da paz entre as pessoas, da honestidade. A sociedade ‘esquece’ que não pode roubar, matar, saquear, atravessar em sinal vermelho, estacionar em local proibido... Como se tudo isso não bastasse, nesta época o Governo Federal estava preparan-
do um pacote de medidas de Reforma Trabalhista e Reforma da Previdência que pesará, mais uma vez, sobre os ombros das pessoas trabalhadores de todo o país, em especial de Agricultores e Agricultoras. Neste cenário, pensei novamente: Com tantas notícias ruins, quais são os motivos para jubilar? Quais são os motivos para celebrar e se alegrar? Respondo: Motivos é que não faltam! Em meio à angústia e à dor, entre o desespero e a desesperança, destaco três motivos para jubilar, alegrar, comemorar: o nosso compromisso com a Casa Comum, o aproveitamento de águas pluviais e de arcondicionado e a Pastoral da Consolação! Casa Comum A Assembleia Sinodal de 2016 do Sínodo Espírito Santo a Belém (SESB) foi marcada pela preocupação e pelo estudo do tema Casa Comum: nossa responsabilidade, conduzido por representantes do Movimento Casa Comum, que teve origem na Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016. Pen-
O que é preciso fazer para cuidar da natureza, da nossa Casa Comum? Reflorestar nascentes, recuperar áreas de recarga, desenvenenar as terras e as águas, recuperar a autonomia das sementes da tradição, construir viveiros comunitários, fazer encontros de formação nas Comunidades e usar racionalmente a água são algumas ações que podem ser feitas para reconstruir e fortalecer a natureza à nossa volta. Aproveitar a água das chuvas e reaproveitar a água de uso doméstico é um bom exemplo que Igreja pode dar à sociedade, além de ser oportunidade para criar uma cultura do uso sustentável dos recursos hídricos de forma planejada e técnica. Nos momentos de maior fragilidade na vida, principalmente quando a doença se manifesta, as pessoas precisam se sentir carregadas, acompanhadas e perdoadas. A presença pastoral muitas vezes é solicitada para confissão de culpa e absolvição. Ela faz parte do processo de cura. Nesse momento, o nosso legado histórico pede que a Igreja acompanhe o membro em todos os momentos e lugares, também nos hospitais. Estas são três ações especiais do SESB para o Jubileu da Reforma e para os outros 500!
Aproveitamento O aproveitamento de águas pluviais e a reutilização de águas domésticas é um bom exemplo da prática da sustentabilidade. É isso que algumas Comunidades estão implementando. A primeira Comunidade a aproveitar as águas pluviais foi Vila Velha. Uma cisterna com capacidade de 30 mil litros aproveita a água das chuvas de dois grandes telhados: da Igreja e da quadra de esportes. Desde 2015, a Comunidade não precisa mais usar água tratada para lavar calçadas, limpar a Igreja e molhar o jardim. Também estão neste caminho a Comunidade de Vitória, a Comunidade de Vila Valério e o próprio Sínodo, que, no início de 2017, canalizou as águas que saem dos aparelhos de ar-condicionado do prédio para um reservatório de 600 litros, proporcionando o reaproveitamento de água para limpeza. Pastoral da Consolação A Pastoral da Consolação é um projeto de parceria entre o Albergue Martim Lutero e o Sínodo Espírito Santo a Belém. Diariamente, carros de Prefeituras e particulares se deslocam para a região metropolitana de Vitória levando pessoas em tratamento médico. Estima-se que 40 pessoas luteranas circulam semanalmente nos 25 hospitais da região metropolitana. O objetivo desta pastoral é visitar e acompanhar pastoralmente estes membros internados e seus familiares. A Missão de Deus também se concretiza no cuidado com as pessoas. Com isso, queremos chamar atenção para a beleza da mensagem de Jesus e da sua proposta de vida, mesmo quando a distância da família e a doença se fazem presentes, estimular a vivência da fé na perspectiva pessoal, familiar e comunitária, criando uma conexão com sua Comunidade de origem, procurar traduzir o significado da fé cristã para a atualidade e nos empenhar na promoção da dignidade humana.
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VAI E VEM
Tempo de agradecer
Venha fazer parte da Campanha Vai e Vem!
O meu coração bate pela missão!
Lançamento: 4 de junho de 2017 (Pentecostes) Encerramento: 24 de setembro de 2017
Mensagem da Presidência | Campanha Nacional de Ofertas para a Missão 2017 O que a Campanha 2017 tem de especial? Neste ano, celebramos 500 anos de história da Reforma da Igreja, propiciada por Martim Lutero. Comemoramos, com alegria e gratidão, a herança recebida. Como Igreja de Jesus Cristo, construímos uma bonita história. Apesar das faltas, das crises e das frustrações, Deus, na sua graça, fez de nós instrumentos para abençoar muitas pessoas, famílias e sociedade. Fazemos festa pela bênção que significa todo este testemunho de fé, fidelidade e amor. Hoje, o que podemos fazer com esse passado? Esse passado não é para ser guardado em um museu, tampouco para ser idolatrado. Nessa herança, encontramos sabedoria vinda da experiência e a confirmação da fidelidade de Deus, apesar das nossas imprudências. Ambas são essen-
tidão e o seu compromisso com a Missão, que é de Deus. Em 2017, completamos dez anos de Campanha promovendo gratidão por meio de ofertas para a Missão. A Missão tem como propósito a reconciliação e a paz como condições fundamentais para a preservação e a promoção da vida, por isso, neste décimo ano da Campanha, destacamos dez ações inspiradas nas obras de misericórdia (Mateus 25.31-46), as quais moldam essa missão em prol da vida: alimentar, saciar, vestir, acolher, cuidar, visitar, consolar, transformar, conviver e celebrar. O que esperamos da Campanha 2017? Em primeiro lugar, queremos celebrar a nossa história, tanto dos 500 anos da Reforma, como do Ano 10 da Campanha Vai e Vem. É por isso que, em sintonia com o Tema do Ano da IECLB para 2017, Alegres, jubilai! Igreja sempre em Reforma: agora Deus, em Jesus Cristo, nos torna parceiros são outros 500, a e parceiras da sua Missão. É essa a parceria Campanha afirque motiva os nossos trabalhos comunitários. ma que é Tempo de agradecer. É isso que sustenta a Campanha Nacional A Vai e Vem de Ofertas para a Missão Vai e Vem! 2017 também motiva que cada pesciais para enfrentarmos os desafios presensoa, na sua Comunidade, se sinta parte de tes e futuros. Desta forma, sob os impulsos uma história que tem o seu início na Missão do Espírito de Deus, inserimos a nossa cade Deus. Trata-se de uma história cheia de minhada na caminhada de irmãos e irmãs fé, coragem, criatividade e comprometide todos os tempos e lugares. mento de muitos irmãos e muitas irmãs e O que tem a ver o Jubileu da Reforma da qual é um orgulho fazer parte. com a Campanha Vai e Vem? A herança luNão só isso, pois essa história nos desaterana recebida e vivenciada nas Comunifia, interrogando: Pelo que bate o nosso dades tem mais probabilidade de futuro se coração? Espera-se, assim, que cada pesdesafiada e articulada em novos contextos soa e Comunidade olhem para toda esta pelas Ações Missionárias. Isto significa que história como se fosse um espelho, e dia nossa herança se recria com cada Projeto gam: Isso tem a ver comigo, com quem Missionário e Comunidade fortalecida pela eu sou, com quem nós somos, para que, missão. Cumprimos, desta forma, a deterjuntos e juntas, afirmemos: O meu coração minação de sermos uma Igreja sempre em bate pela missão! É por isso que promoveReforma. mos iniciativas em prol da missão, seja em Entretanto, temos mais um motivo para forma de reflexão, de ações missionárias celebrar. Neste ano, acontece a décima ediou de ofertas. ção da Campanha Vai e Vem. Tem sido um Que Deus continue a abençoar cada bonito tempo, durante o qual pessoas e Cogesto e cada ação que brotam de um coramunidades expressaram a sua fé, a sua gração humilde e grato. Amém!
Pelos 500 anos da Reforma e pelo Ano 10 da Campanha Vai e Vem, é Tempo de agradecer e promover iniciativas em prol da Missão, sejam de reflexão, ações missionárias ou ofertas, pois O nosso coração bate pela missão! Projetos Missionários apoiados em âmbito nacional com recursos da Vai e Vem - 2017: Araucária/PR Sínodo Paranapanema Nordeste MG e Sul BA Sínodo Sudeste Norte Fluminense Sínodo Sudeste Pastoral do Cuidado/RS Sínodo Rio dos Sinos Paz/RS Sínodo Sul-Rio-Grandense Ribeirão Preto/SP Sínodo Sudeste Rio Brilhante/MS Sínodo Rio Paraná Rurópolis/PA Sínodo Mato Grosso São João Batista/SC Sínodo Vale do Itajaí Sidrolândia/MS Sínodo Rio Paraná Sul do Pará/PA Sínodo Mato Grosso A metade do valor ofertado para a Vai e Vem retorna aos Sínodos para apoiar iniciativas missionárias sinodais com base no Plano de Ação Missionaria da IECLB (PAMI). Acesse os materiais, bem como a Liturgia para o Lançamento da Campanha Vai e Vem 2017 no Portal Luteranos.
Para mais informações, acesse o Portal Luteranos
A COMEMORAÇÃO DOS �
ANOS DA REFORMA SERÁ INESQUECÍVEL
Aproveite esta oportunidade única e faça parte do Jubileu
Além de visitar todas as cidades alemãs que foram cenário da Reforma protagonizada por Lutero �Worms, Eisenach, Erfurt, Eisleben e Wittenberg�, você também vai passear pela República Tcheca, Áustria, Liechtenstein, Suíça, França, com destaque para regiões do sul da Alemanha: Baviera e Alpes Alemães, Floresta Negra e Vale do Rio Reno.
ESCOLHA UM DOS GRUPOS QUE AINDA TÊM VAGAS:
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